EUROTRANSPORTE 90

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ANO XVII | BIMESTRAL | N.º 90 | Continente Preço 2,5 Euros

EURO

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TRANSPORTE

NISSAN NAVARA: CONCEITO RENOVADO

MAN TGX D38 APOSTA NA RENOVAÇÃO

MERCEDES-BENZ CITAN MAIS ECOLÓGICO E EFICIENTE

VAN DO ANO 2016 | VW TRANSPORTER

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CAMIÃO DO ANO 2016| IVECO EUROCARGO



NOTA DE ABERTURA Director

EFEITOS DO ORÇAMENTO DO ESTADO

Eduardo de Carvalho Chefe de Redacção Ana Paula Oliveira Redacção Ana Filipe Cátia Mogo Carla Laureano Publicidade José Afra Rosa António Sobral Assinaturas Fernanda Teixeira Colunistas Frederico Gomes Consultório de Segurança António Macedo (CRM) Fotografia Aurélio Grilo Editora Invesporte, Editora de Publicações

Apresentado o esboço do que irá ser o Orçamento do Estado para 2016, e rapidamente se tornam visíveis as penalizações para o sector do transporte rodoviário de mercadorias que dali advém. Designadamente o aumento de cinco cêntimos na gasolina e de quatro cêntimos no gasóleo, subidas essas que irão elevar o valor do Imposto Sobre os Produtos Petrolíferos e, consequentemente, a um aumento considerável do preço de venda. No entanto, esta sobrecarga junta-se a um conjunto de agravamentos fiscais que o sector tem vindo a sofrer, principalmente desde o ano passado, com o aumento da Contribuição Rodoviária, taxa de carbono e aumento dos biocombustíveis. por Ana Paula Oliveira Chefe de Redacção Isto traduz-se em custos de operação agravados, e simultaneamente, dificuldades acrescidas, para os agentes deste sector. Importa salientar algo inédito nesta legislatura que é o facto de pela primeira vez em Portugal, não constar da orgânica do Executivo, nem um Ministério nem uma Secretaria de Estado dos Transportes; A ANTRAM (Associação Nacional Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias) demonstrou a enorme insatisfação das empresas do sector pelo que, e a confirmar-se a concretização destas medidas, irá recorrer a diversas formas de luta.

EDITORIAL

Empresa Jornalística nº 223632

ÍNDICE

registada no Inst. de Comunicação Social Edição, Redacção e Administração Praceta S. Luís, N.º 14 CV/Dta. Laranjeiro - 2810-276 Almada Telefone: 21 259 41 80 Telefax: 21 259 62 68 Email: eurotransporte@invesporte.pt Web: www.eurotransporte.pt Propriedade: Eduardo de Carvalho

t Pág. 04 NOTÍCIAS BREVES

t Pág. 30 - 31 REPORTAGEM: SCANIA R490

t Pág. 06 - 07 COMERCIAIS: MB CITAN

t Pág. 32 - 34 MAN TGX D38

t Pág. 08 NOTÍCIAS BREVES t Pág. 10 - 11 NOVIDADE: NISSAN NAVARA

Registo DGCS: N.º 123724 Impressão

t Pág. 12 EMPILHADORES: TOYOTA TRAIGO t Pág. 14 - 15 LEGISLAÇÃO

FracçãoA2 2670-769 Lousa LRS Distribuição Urbanos Press, S.A Rua 1º de Maio Centro Empresarial da Granja Junqueira; 2625 - 717 Vialonga Tiragem Média: 30.000 Exemplares Depósito Legal: N.º 159585/00

t Pág. 38 - 39 EVENTOS: WCONNECTA t Pág. 40 - 41 EMPRESAS: JUNGHEINRICH

Manuel Barbosa & Filhos, Lda. Zona Industrial de Salemas

t Pág. 36 - 37 CONSULTÓRIO DE SEGURANÇA POR ANTÓNIO MACEDO

t Pág. 16 - 18 PNEUMÁTICOS: AB TYRES t Pág. 20 - 21 CAMIÃO E VAN DO ANO 2016

t Pág. 42 - 43 REPORTAGEM: SALÃO DE LISBOA t Pág. 44 COMPETIÇÃO: ÁFRICA ECO RACE

t Pág. 22 - 24 PUBLIREPORTAGEM: GNA

t Pág. 46 - 48 CERTAMES: EXPOTRANSPORTE

t Pág. 26 - 28 DESTAQUE: MERCEDES-BENZ ACTROS PILOT

t Pág. 49 - 50 APRESENTAÇÃO: AB LUBS REPRESENTA LUBRIFICANTES TEXACO

www.facebook.com/eurotransporteTV REVISTA

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NOTÍCIASBREVESNOTÍCIASBREVES AUTOCARROS SETRA TOPCLASS 500 CHEGAM A PORTUGAL A empresa Portuguesa de transporte colectivo de passageiros Greenbus aumentou a sua frota ao adquirir dois autocarros de turismo do modelo Setra S 516 HDH. Os dois veículos de três eixos, equipados com tecto panorâmico TopSky Panorama, são os primeiros modelos Setra TopClass 500 fornecidos ao mercado Português. Além da nova pintura silver

stone metallic, os autocarros destacam-se pelos 13.33 m de comprimento e pelos 55 bancos Setra Voyage Ambassador com elementos de design em pele. Os elevados níveis de segurança para o condutor e passageiros são assegurados, entre outras funções, pelo controlo da velocidade de cruzeiro adaptativo com Assistente de Travagem Activo 3 (ABA 3).

ESEGUR ADQUIRE 120 MERCEDES-BENZ SPRINTER

EXPOMECÂNICA COM RECORDE DE PARTICIPAÇÕES ESTRANGEIRAS

A Esegur renovou a sua frota de veículos blindados para o transporte de valores, com a aquisição de 120 novas viaturas MercedesBenz Sprinter. Esta ligação remonta ao início da actividade na área do

O expoMECÂNICA 2016 conseguiu aquele que será o melhor registo de participação de empresas estrangeiras no certame. São 14 os expositores internacionais inscritos e prevê-se que o número aumente. O certame tem apostado na melhoria contínua, tendo em vista os visitantes (profissionais). Um dos aspectos é o processo de credenciação online que está a funcionar no site da feira e permite a preparação atempada da visita. Os ciclos de conferências integram-se no próprio espaço expositivo. De um lado estará o auditório do Demotec by Schaeffler - Espaço de Demonstração. O Salão incide em cinco segmentos do pós-venda (Peças e Sistemas, Tecnologias de Informação e Gestão, Estações de Serviço e Lavagem, Reparação e Manutenção e Acessórios e Customização) e decorre de 15 a 17 de Abril na Exponor.

transporte de valores. O modelo seleccionado foi o Sprinter 516CDI/37, que possui um motor com 2.143cm3, 163 cv, 380 Nm de binário. Equipado de série com o sistema de segurança ESP9i Adaptive (programa electrónico de estabilidade adaptativo) que inclui ABS (sistema anti bloqueio das rodas), ASR (controlo de tracção), BAS (distribuição electrónica da força de travagem) e EBD (assistência à travagem). O processo de renovação da frota ascende a um investimento superior a nove milhões de euros está a meio do seu curso.

LINDE AMPLIA GAMA DE TECNOLOGIA ÍON-LÍTIO As baterias isentas de manutenção de íon-lítio (Li-Ion) no portfólio de produtos da Linde Material Handling demonstraram a sua capacidade numa ampla gama de aplicações. Após a sua implementação nos porta-pale-

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tes com condutor apeado Linde T16 ION, Linde T18 ION e T20 ION, a Linde apresenta os seus novos modelos de porta-paletes com plataforma, de preparadores de encomendas de primeiro nível e de tractores de reboque com tecnologia de íon-lítio. Baterias novas e mais potentes com uma capacidade de 4,5 ou 9,0 kWh, complementam ainda a gama disponível anteriormente de 1,8 e 3,6 kWh. Com 2.500 ciclos de recarga garantidos, a vida útil de uma bateria Li-Ion é duas vezes superior à das variantes de chumbo.



COMERCIAIS

MERCEDES-BENZ CITAN MAIS ECOLÓGICO E EFICIENTE O comercial ligeiro da Mercedes-Benz foi o objecto de uma evolução que se traduziu no cumprimento da norma de emissões Euro 6, passando a contar com o pack BlueEfficiency, mais binário na motorização diesel e novos equipamentos.

o

s veículos Mercedes-Benz Citan Tourer encontram-se em conformidade com a norma Euro 6. As alterações realizadas incluem ainda os novos opcionais que variam entre um banco duplo de passageiros, um sistema de navegação instalado de fábrica, um tecto panorâmico com clarabóias dianteiras e câmara de estacionamento traseira, o Citan torna-se assim ainda mais prático e personalizável. O Citan surge mais ecológico e todas as variantes do Citan Tourer cumprem a norma Euro 6, utilizando apenas um conversor catalítico, abdicando assim da tecnologia SCR (AdBlue). O motor 1.5 diesel está disponível com três níveis de potência: 75 cv, 90 cv e 110 cv. O Citan Tourer está disponível de série com o pack BlueEfficiency. Este inclui o sistema Eco start/stop que permite reduzir

o consumo de combustível anunciado para apenas 4,3 l/100km, atingindo assim este valor de consumo sem comprometer o seu desempenho. As motorizações Euro 6 do Citan caracterizam-se por oferecer um aumento de 20 Nm no binário máximo em cada motorização diesel, resultando num binário máximo entre os 200 e os 260 Nm, nas motorizações de 75 cv, 90 cv e 110 cv, respectivamente. As diversas alterações abrangeram uma nova designação comercial, passando o Citan Combi a designar-se Citan Tourer, tal como sucede no novo Vito. Novo equipameNto A concepção do comercial ligeiro da Mercedes-Benz foi revista, através da introdução de novos pormenores, com o objectivo de tornar este veículo mais prático e funcional para quem o

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utiliza diariamente. O travão de mão foi redesenhado. A pega interior do portão traseiro torna mais fácil o seu fecho. Graças ao novo equipamento opcional, o Citan pode ser personalizado à medida das necessidades concretas. Para a versão ‘Tourer Standard’, existe a possibilidade de ser equipada com o tecto panorâmico em vidro sob os lugares dianteiros. O Citan Furgão tornou-se ainda mais flexível com o novo banco do acompanhante duplo. Ambos os bancos têm encostos de cabeça reguláveis em altura e cintos de segurança de três pontos. Existe a possibilidade de o encosto do banco pode ser rebatido, servindo desta forma de mesa de apoio. Sob os bancos encontra-se um compartimento de arrumação. Dispõe de um novo sistema de na-

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COMERCIAIS

vegação desenvolvido especialmente para o Citan indica o caminho até ao destino - com ecrã táctil de 3.5 polegadas, integrando-se num sistema multimédia que inclui entradas USB, AUX, conectividade Bluetooth, navegação GPS com mapa da Europa, e funcionalidade mãos-livres. Com a nova câmara de estacionamento traseira opcional, as manobras tornam-se mais fáceis, aumentando assim a segurança. A câmara está localizada por cima da matrícula do portão traseiro, sendo esta

activada após o engrenar da marcha atrás. A imagem da câmara é projectada no retrovisor interior. Para ajudar a calcular a distância dos obstáculos, surgem linhas interactivas que permitem visualizar o espaço disponível para a execução da manobra. Outra novidade é o sistema opcional alarme anti-roubo para o Citan. A capacidade de adaptação do Mercedes-Benz Citan, dando resposta às mais diversas exigências colocadas a um veículo de transporte urbano, fa-

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zem deste modelo uma referência neste segmento. Está disponível em três comprimentos diferentes: 3937mm (Compacto), 4321mm (Standard) e 4705mm (Longo). Três distâncias entre eixos e três diferentes comprimentos do compartimento de carga, até 2137mm e uma altura de 1258 mm. Uma de capacidade de transporte até 3,8 m³ com uma carga útil entre 490 e 810 kg. Sendo de referir ainda o peso total admissível até 2,2 toneladas. n

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Ana Paula Oliveira


NOTÍCIASBREVESNOTÍCIASBREVES PATINTER ADQUIRE CAMIÕES MAN A Patinter reforçou a sua frota com 50 veículos MAN TGX 18.480 EfficientLine2. Além da aquisição dos camiões, a empresa optou também pelo pacote MAN Solutions, um conjunto de soluções integradas de transportes. Todos os camiões terão incluído o serviço de gestão de frotas MAN TeleMatics full pack, contrato de Manutenção e Reparação e ainda a formação para motoristas MAN ProfiDrive. O MAN TGX EfficientLine 2 cumpre as directivas da norma Euro 6, sendo o tractor MAN mais ecológico, e com os menores consumos de combustível. A MAN Truck & Bus Portugal e a Patinter são parceiros de longa data, e a empresa transportadora possui diversos veículos MAN.

TOYOTA NOMEADA PARA PRÉMIOS IFOY Dois produtos lançados no final de 2015 foram nomeados para os prémios ’IFOY Award 2016’ - o empilhador eléctrico Toyota Traigo48 e o stacker eléctrico BT Staxio SPE140L. Ambos estão equipados com baterias de iões de lítio e têm a possibilidade de se tornarem ‘Empilhador Internacional do Ano’. O Toyota Traigo48 8FBEK16T foi nomeado para a categoria de empilhadores contrabalançados até 3.5 ton. Este empilhador de enorme manobrabilidade pode elevar 1.6 ton até alturas de 7.5 metros. O BT Staxio SPE140L foi nomeado para a categoria de equipamentos de armazém ‘highlifters’. Trata-se de um stacker

ACRV RECEBE CERTIFICAÇÃO DE QUALIDADE E AMBIENTE

com plataforma que atinge a velocidade de 10km/h e elevações até 5.4 metros. Ambos estão equipados com baterias com tecnologia de iões de lítio que permitem cargas de oportunidade, permitindo poupar até 30% de energia.

TRANSPORTES MARGINAL DO MONDEGO ADQUIRE CAMIÕES SCANIA A Scania entregou cinco unidades Scania R 410 à empresa Transportes Marginal do Mondego, destinadas aos seus serviços de transporte de carga geral. A Transportes Marginal do Mon-

dego é uma empresa especializada no transporte em Portugal, Espanha e Escandinávia. Mais de 50% da sua frota é constituída por veículos Scania, aos quais se juntam agora estas últimas unidades R 410 LA 4X2 MNA, que contam com um motor de 13 litros e um binário máximo de 2150 Nm. Estas unidades têm associado um contrato de reparação e manutenção, que permitirá prolongar a vida útil dos veículos. A aquisição destes veículos responde ao objectivo da Transportes Marginal do Mondego de reduzir o consumo de combustível da sua frotal.

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A ACRV obteve a certificação do seu Sistema de Gestão da Qualidade e Ambiente de acordo com as normas ISO 9001 e ISO 140001. O âmbito da certificação abrange as várias áreas de negócio da empresa e resulta do empenho e compromisso para com os clientes, assumido por toda a organização, de forma transversal. A certificação agora obtida insere-se no processo de certificação multi-site da DAF e é atribuída pela entidade certificadora TÜV NORD Cert. Terá por objectivo a melhoria e evolução das boas práticas já implementadas para que a ACRV se torne, cada vez mais, uma referência nacional em termos de comercialização de veículos e peças da marca DAF e prestação de serviços de assistência técnica.

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DE OPORTUNIDA

DE OPORTUNIDA

Mercedes-Benz Actros 1842 LS, 4x2

Mercedes-Benz Axor 1840 LS, 4x2

2012; 346.000kms; Euro 5; Cabine StreamSpace; 2 Depósitos; Ar condicionado; Caixa Automática; Retarder Voith

2010; 580.000kms; Euro 5; Cabine Teto Elevado; 2 Camas; 2 Depósitos; Caixa Automática; Retarder Voith

59 .9 00 €+ IVA

32 .5 00 €+ IVA

Volvo FL 12.240, 4x2

2010; 566.000kms; Euro 5; Cabine Larga; Espaço de Carga (C/L/A) 7900/2480/2370mm; Ar Condicionado; Caixa Manual; Plataforma Elevatória 1.500Kg

28 .5 00 €+ IVA

Mercedes-Benz Actros 1844 LS, 4x2

2011; 720.000kms; Euro 5; Cabine MegaSpace; 2 Camas; 2 Depósitos; Ar Condicionado; Caixa Automática; Retarder Voith

42 .9 00 €+ IVA


NOVIDADE

NOVA NISSAN NAVARA A NP300 Navara recebeu o troféu “International Pick-up of the Year Award 2016”, tendo os jurados destacado o estilo exterior e interior, as tecnologias inovadoras no segmento, o motor dCi de 2,3 litros e a elevada capacidade de carga e de reboque.

a

estreia nacional da nova NP300 Navara teve lugar no Salão Automóvel de Lisboa 2015. O emblemático modelo foi totalmente redesenhado, tendo sido adoptado o comprovado estilo Crossover da Nissan, a NP300 Na-

vara tem por base os oitenta anos de experiência da Nissan no segmento das pick-up, que teve início em 1935 com a apresentação da Datsun pick-up. O pioneirismo e o carácter inovador da marca, voltou a estar em evidência com a criação do segmento dos Cros-

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sover com o Qashqai. O sucesso alcançado neste sector permitiu melhorar aspectos como a qualidade e o requinte, mantendo em simultâneo a reconhecida capacidade fora de estrada da NP300 Navara, bem como a sua durabilidade e capacidade de carga. Passou a contar com nova tecnologia, design ambicioso e engenharia inteligente. Os níveis de conforto foram significativamente melhorados graças à introdução de um novo interior, enquanto a integração de um novo sistema de suspensão traseira multi-link de cinco braços para as versões de cabina dupla, extremamente leve, que retirou 20 kg à solução anterior com molas de lâminas, transformou a eficiência e conforto de condução. O novo modelo difere completamente da geração anterior, com um chassis robusto e resistente que apresenta um vasto conjunto de novas características

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NOVIDADE

CONCEITO RENOVADO de engenharia concebidas para melhorarem ainda mais a condução e a versatilidade. As versões King Cab mantêm as molas de lâminas que equipava o modelo da geração anterior, mas agora a suspensão de lâminas sobrepostas não só pesa menos 7 kg que a geração antecedente como permite também à King Cab uma melhoria de 3,1 por cento no ângulo de saída das rodas traseiras e uma redução do ruído de rolamento.

e sensores de estacionamento. O interior conta com um painel de instrumentos totalmente novo, concebido para oferecer um maior espaço para o habitáculo e a sensação de um ambiente amplo. Os bancos dianteiros, com apoio específico para a coluna, apresentam uma melhor ergonomia. Surge equipada com o novo motor dCi de 2.3 litros, 24 por cento mais eficiente do que a versão anterior, sendo

aposta Na tecNologia Um dos pontos fortes é a inclusão de novas tecnologias que permitem reforçar o conforto mas também a segurança, entre os quais o monitor de visualização da área circundante (360º) e o sistema anti-colisão frontal (FEB) que disponibilizam níveis de tecnologia avançada invulgares num veículo desta natureza. Dispõe ainda de controlo da velocidade de cruzeiro, controlo assistido em descidas (HDC) e o arranque assistido em subidas (HSA. Integram também o conjunto de equipamentos a entrada sem chave, câmara traseira (nos casos em que o equipamento não inclui o Monitor 360º)

mais ecológico e o mais eficiente. Varia entre os 160 cv e os 190 cv de potência, a versão topo de gama introduz pela primeira vez no segmento tecnologia de turbo compressão dupla e permite custos de funcionamento baixos a par de emissões de CO2 reduzidas. Na nova geração NP300 Navara existe a possibilidade de tracção às duas rodas ou integral e com a opção de uma caixa de velocidades normal de seis velocidades ou uma automática de sete velocidades. As capacidades de carga e de reboque da NP300 Navara foram melhoradas em toda a gama. Com valores de carga a excederem agora uma tonelada em todas as versões aliada a uma capacidade de reboque de 3.500 kg. Dispõe de robustas calhas na frente e nas laterais da caixa de carga, permitindo prender cargas vulneráveis. Para transportar cargas maiores, a nova caixa de carga da Double Cab é 67 mm mais comprida do que a do modelo anterior, oferecendo um comprimento de 1.578 mm, enquanto na King Cab este atinge 1.788 mm. n Ana Paula Oliveira

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EMPILHADORES

TOYOTA TRAIGO EM EVOLUÇÃO PERMANENTE

a

Toyota procura desenvolver soluções capazes de contribuírem para melhorar cada vez mais os níveis de produtividade dos utilizadores. As últimas tecnologias e novos componentes são agora implementados num chassis compacto. Em conjunto com uma melhoria ergonómica, a experiência do operador fica assim optimizada. Deste modo, os clientes podem beneficiar de uma vida operacional mais longa, sem reduzir a produtividade, mesmo nas operações mais intensivas. O novo empilhador eléctrico Toyota Traigo 48 volt encontra-se equipado com uma a nova direção assistida elétrica para uma condução sem esforço com características de sensibilidade que ajustam a força assegurando um controlo preciso em todas as velocidades de condução. Este empilhador oferece um controlo melhorado com paragem em rampa e posicionamento preciso, com e sem carga. Os modelos de três rodas estão disponíveis desde 1.5 a 2.0 toneladas e são altamente manobráveis em áreas confinadas. Os modelos quatro rodas estão disponíveis desde 1.6 até 2.0 toneladas e podem executar operações intensivas em ambientes interiores e ex-

A Toyota Material Handling disponibiliza o novo Toyota Traigo 48, uma referência na sua classe em eficiência energética, sendo particularmente produtivo em operações intensivas. teriores apresentando agora um raio de viragem melhorado. Estes versáteis e flexíveis empilhadores podem aceder a todas as áreas, fornecendo um desempenho elevado em todas as aplicações de movimentação de materiais. Os empilhadores também estão equipados com o Sistema Activo de Estabi-

lidade (SAS) e o motor AC Toyota para melhorar a segurança e a produtividade. A gama contrabalançada de 48 volt estabelece um novo padrão em eficiência energética, consumindo menos energia e aumentando o desempenho. Estes modelos estão disponíveis com a tecnologia de bateria de iões de lítio como opcional, que permite um carregamento rápido a qualquer altura. Este sistema revolucionário de baterias elimina a necessidade de troca de bateria em aplicações multi-turnos. O objectivo foi exceder as expectativas dos clientes, e com o Traigo 48 assegurar produtividade através do aumento do desempenho e do baixo consumo de energia. O Traigo 48 é também um importante passo em termos de ergonomia graças à oferta de baterias de iões de lítio como opção que reduzem a necessidade da troca da bateria em muitas operações.n APO

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LEGISLAÇÃO

LEI ALEMÃ DE SALÁRIO MÍNIMO MARCOU ANO 2015 Entre as várias alterações legislativas registadas em 2015, a que suscitou mais atenção foi a lei alemã de salário mínimo.

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á um ano que a lei alemã de salário mínimo entrou em vigor, estabelecendo, entre outros aspectos, que os motoristas, de autocarros ou camiões, que façam serviços em território alemão sejam pagos a 8,50 euros por hora. Inicialmente prevista para ser aplicada em serviços de cabotagem, carga e descarga e transporte com travessia em território alemão, o governo germânico acabou por recuar no que diz respeito a este último serviço. As transportadoras estrangeiras são obrigadas a comunicar às entidades alemãs as operações que vão ser efectuadas em território alemão, preenchendo um formulário, que pode ser descarregado online no site da Zoll (alfândega alemã), onde devem constar os dados dos motoristas, a data de

início e duração estimada da operação de transporte em território alemão e morada completa relativa ao local onde os documentos relacionadas com as empresas são guardados. Esta nova lei causou muita contestação, com a ANTRAM (Associação Nacional de Transportadores Rodoviários de Mercadorias), a Associação Portuguesa de Logística, a Associação Portuguesa de Operadores Logísticos, a Associação dos Transitários de Portugal e a Confederación Española de Transporte de Mercancías a juntarem-se para assinar um manifesto contra a lei, logo no início de 2015. A Comissão Europeia abriu um processo de inquérito onde acusa o Estado alemão de estar a aplicar medidas injustificadas que criam barreiras administrativas e são desproporcionais face

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às empresas de transporte de outros Estados Membros. A Revista EUROTRANSPORTE falou com Miguel Krag, advogado luso-descendente que trabalha na Alemanha na área dos transportes, que afirmou que "ainda há muitas questões em aberto. Não sabemos se certas partes do salário português fazem parte do salário mínimo alemão, como por exemplo as ajudas de custo, que não têm tanto o objectivo de remunerar um trabalho, mas sim de ajudar a viver." Conhecendo bem a Alemanha e apesar da pressão feita principalmente pelos países do sul da Europa, Miguel Krag considera que o governo alemão não vai recuar. "No caso da cabotagem, eles dizem que é um serviço na Alemanha e a lei comunitária em princípio admite isso. Os alemães não abdicaram desse

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LEGISLAÇÃO ponto de vista e vão continuar a dizer que é válido. O que está a ser discutido na Europa é a carga e descarga na Alemanha por empresas estrangeiras", explicou. A Transportes Figueiredo, empresa sediada em Oliveira de Azeméis, faz serviços em toda a Europa e foi, por isso, afectada pela lei alemã do salário mínimo. José Soares, manager de operações e logística da empresa adianta que "a lei é referente ao salário alemão com a extensão a todos os que exerçam lá actividade, por isso no primeiro ponto pode dizer-se que concordo. Quanto ao segundo ponto, limita a actividade e afecta todos os Estados Membros, levando a um possível aumento de custo e neste ponto já não posso dizer que concordo." Para além da Alemanha também em França, Noruega e Áustria entraram em vigor leis de salário mínimo. No caso da Noruega a medida só se aplica em operações de transporte em que os donos das mercadorias tenham sede na Noruega. Já na Áustria foi posto em prática o regulamento da Directiva 96/71, relativa a trabalhadores destacados, que exige que as transportadoras estrangeiras que realizem serviços de cabotagem paguem aos seus motoristas o salário mínimo vigente no país.

veículos das categorias M2 e M3 das classes A, I e II, autocarros articulados da categoria M3 das classes A, I e II ou veículos das categorias M2, M3, N2 e N3 com mais de três eixos. Desde 1 de Novembro de 2015 que, de acordo com o regulamento n.º 661/2009, as autoridades nacionais deixaram de considerar válidos os certificados de conformidade no que respeita a veículos novos e proibir a matrícula, a venda e a entrada em circulação de tais veículos, sempre que não sejam cumpridos os requisitos necessários. alterações Nos pesos e dimeNsões Desde Maio de 2015 que está em vigor a Directiva 2015/719, que determina que os veículos ou conjuntos de veículos podem exceder os comprimentos máximos previstos, permitindo a instalação na parte traseira de equipamentos aerodinâmicos. Estipula ainda que se esses equipamentos excederem os 500 mm de comprimento terão de ser homologados antes de serem comercializados. O condutor é, no entanto, obrigado a rebater, recolher ou remover esses equipamentos caso a segurança dos outros

utentes da estrada ou do condutor esteja em risco e, nesse caso, os equipamentos não poderão exceder o comprimento máximo autorizado em mais de 20 cm. No que diz respeito aos veículos equipados com sistemas alternativos de propulsão (electricidade, hidrogénio, gás natural e gás liquefeito de petróleo, entre outros) a tara passou a ser maior de forma a permitir a instalação de baterias e outros dispositivos de armazenamento de potência eléctrica ou mecânica. Veículos a motor de dois eixos movidos a combustíveis alternativos, com excepção dos autocarros, têm agora um peso máximo autorizado de 18 toneladas, ao qual pode ser acrescentado no máximo uma tonelada. Nos autocarro de dois eixos o valor passou a ser de 19,5 toneladas. Em relação aos veículos de três eixos o peso passou a ser de 27 toneladas, enquanto nos autocarros de três eixos é de 28 toneladas. A Directiva 2015/719 deverá ser transposta para o ordenamento jurídico nacional até Maio de 2017. n

Miguel Krag

Novos sistemas de seguraNça obrigatórios No que diz respeito ao sector dos transportes de mercadorias, 2015 foi também o ano em que passaram a ser obrigatórios o sistema de aviso de afastamento de faixa de rodagem e o sistema avançado de travagem de emergência (AEBS). O regulamento n.º 661/2009 do Parlamento Europeu e do Conselho, relativo às prescrições para homologação no que se refere à segurança geral dos veículos a motor, seus reboques e sistemas, componentes e unidades técnicas a eles destinados, estabelece uma obrigação geral para que os veículos das categorias M2, M3, N2 e N3 sejam equipados com os dois sistemas já mencionados. Há no entanto algumas excepções estabelecidas no regulamento n.º 347/2012 (relativo ao AEBS) e n.º 351/2012 (relativo ao aviso de afastamento de faixa de rodagem). Nestes dois documentos está definido que ficam fora desta obrigatoriedade veículos de tracção de semi-reboques da categoria N2 com massa máxima superior a 3,5 mas não superior a 8 toneladas,

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Carla Laureano


PNEUMÁTICOS

ALVES BANDEIRA TYRES APOSTA NA CONSOLIDAÇÃO DO CRESCIMENTO É uma das empresas do Grupo Alves Bandeira que agrega as competências de negócios, aliadas à experiência e conhecimento acumulado em diversas actividades.

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Grupo Alves Bandeira foi constituído pela fusão dos negócios das famílias Cassiano Alves Bandeira, Monjardino, Francisco Mascarenhas e João Pedro Justo. Todas dotadas de aptidões comprovadas nos negócios petrolíferos. Sendo constituído pela Alves Bandeira dedicada aos combustíveis, retalho e cartões; Petroibérica (combustíveis a granel); AB Lubs (lubrificantes). O negócio de pneus cabe à AB Tyres e os negócios externos à AB International. O Grupo comtempla ainda diversas actividades de suporte na área de equipamentos e software, construção civil, concessionários automóveis e mediação de seguros.

César Branco, director da Alves Bandeira Tyres, em entrevista à Eurotransporte revelou em termos genéricos o âmbito desta actividade. Quando é que foi constituída a empresa Ab tyres, e quais as razões da entrada nesta área de negócio? A Ab Tyres, SA iniciou a sua actividade em Julho de 2014 e deriva da autonomização do negócio de pneus dentro do Grupo Alves Bandeira. O Grupo Alves Bandeira está presente no negócio dos pneus desde o seu início mas de uma forma organizada em termos de Distribuidor/Armazenista a partir do ano de 2000. Como é que caracteriza a evolução da Ab Tyres desde a sua criação?

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A evolução da Ab Tyres, SA de Julho de 2014 ao final do ano de 2015 é bastante positiva, dado que podendo comparar o que é comparável, apresenta uma evolução superior a 50% em termos de unidades vendidas quer no mercado nacional, quer no mercado internacional superando os 400 mil pneus comercializados. Esta é uma das empresas que integram o universo do Grupo Alves Bandeira. É uma forma de estar também presente do mercado dos pneus e de oferecer mais opções aos clientes? A presença da Ab Tyres,SA já está consolidada e a autonomização da empresa no universo AB teve como objectivo especializar os negócios den-

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PNEUMÁTICOS tro do grupo e dotá-los de vectores estratégicos e competências de gestão de acordo com a especificidade de cada mercado em que as empresas operam. Quais são as principais dificuldades com que se deparam no mercado dos pneus? A fragilidade do mercado português vs a dimensão de outros mercados europeus. A concorrência de operadores desses mercados com uma proposta de valor muito mais baixa. A concorrência dos pneus usados importados de outros mercados. O excesso de oferta na produção e a redução do valor de transacção do pneu no mercado nacional. A concorrência entre os diferentes operadores com o aumento do nível de serviço e a não valorização dos mesmos. A mudança do paradigma na forma de comercialização de pneus e a alteração profunda do canal de distribuição. A Ab Tyres tem vindo a conquistar uma posição de destaque neste segmento

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PNEUMÁTICOS

César Branco, Director da Alves Bandeira Tyres

de negócios, quais são estratégias que vão adoptar para consolidar e ampliar o posicionamento? O alargamento da oferta de marcas e a presença em segmentos onde não estávamos presentes. No mercado nacional, através da presença em Lisboa, Porto e Mealhada com armazéns o que nos permitirá reforçar a distribuição bidiária nestas áreas e conquistar novos clientes apostando na oferta de pneus e serviços adequados à necessidade de cada mercado. Uma consolidação na oferta das marcas Premium e o reforço da nossa posição através das marcas próprias da Ab Tyres - Falken, Uniroyal, Nokian, Primewell, Runway, Torque, Zeetex, Fulda Truck, Nokian HT e Mitas. Desenvolver a área de pneus de especialidade nas áreas da floresta, industria e agricultura em profundidade através do cross selling do Grupo Alves Bandeira, permitindo-nos oferecer uma proposta completa aos nossos clientes industrias, de combustível, lubrificantes e pneus. Na área Internacional, o reforço da nossa presença nos mercados do Médio Oriente e Africano, através das

parcerias Internacionais já existentes. O trabalho desenvolvido pela empresa permitiu conquistar a confiança de diversos parceiros e estender a colaboração em mercados internacionais. Como é que se está a processar esta vertente? A vertente internacional da Ab Tyres SA, através da ABI sediada no Dubai está em franco desenvolvimento dado o crescimento superior a 50% em relação em 2014 e que se espera que continue a crescer ao mesmo ritmo para 2016. A Ab Tyres é representante oficial de diversas marcas e distribuidor de outras. Estas duas facetas complementam-se? Complementam-se e a separação é clara entre a actividade de trading Internacional e o papel de distribuidor em Portugal através das marcas representadas pela Ab Tyres e a função de armazenista para as marcas Premium. Em que consiste a parceria estabelecida recentemente entre a Garland e a Alves Bandeira? A parceria com a Garland teve como objectivo reforçar a nossa posição através da inclusão no nosso portofólio de marcas complementares em

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segmentos em que não estávamos presentes, tais como os industriais, agrícolas e florestais., reforçando a aposta num negócio dentro do Grupo Alves Bandeira que é “core”. Paralelamente adequar a nossa capacidade logística de armazenagem através da Garland Logística, umas das melhores empresas de logística nacional e internacional com a experiência do passado da Garland pneus o que nos permite focar na comercialização entregando a gestão logística a especialistas e que ao invés da Ab Tyres, para o Grupo Garland o negócio de pneus não era “core” Quais os benefícios que vai proporcionar? De imediato a presença no mercado de Lisboa com um armazém moderno e do mais adequado que existe em Portugal no sector dos pneus para poder aumentar o nível de serviço junto dos actuais e novos clientes. Garantir a capacidade e a competência para fazer face ao crescimento da actividade do Grupo Alves Bandeira quer nacional quer internacional nos pneus e nos lubrificantes.n

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APO



EM FOCO

VOLKSWAGEN TRANSPORTER VAN INTERNACIONAL DO ANO 2016 A sexta geração da Transporter foi eleita, por um conjunto de jornalistas especializados, como o melhor veículo comercial do ano de 2016.

o

modelo da marca de Hannover foi distinguido pelo painel composto por 24 júris europeus. A Volkswagen Transporter recebeu este desejado prémio pela terceira vez na sua história, sendo a primeira em 1992 (Volkswagen T4) e a segunda no ano de 2004 (Volkswagen T5). Eckhard Scholz, Diretor Executivo da Volkswagen Veículos Comerciais, recebeu o prémio entregue por Jarlath Sweeney, presidente do júri, na cerimónia dos prémios realizada no decorrer da Feira Solutrans, em Lyon. "O prestigiado prémio International Van of

the Year 2016 para a Volkswagen Transporter é um extraordinário reconhecimento para toda a nossa equipa que desenvolveu as mais avançadas soluções tecnológicas para este nosso ícone produzido em Hannover, capaz de o tornar no melhor veículo de transporte de sempre.” Acrescentando ainda que “estamos particularmente satisfeitos por receber esta grande honra. É mais um forte incentivo para um ano de 2016 que prevemos recheado de novidades para a marca.” A Transporter está disponível com motores TDI Euro 6 de 2,0 litros, com potências de 84 cv, 102 cv, 150 cv e

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204 cv. Contam com o sistema start&stop, e podem surgir em combinação com a transmissão manual ou a caixa automática de dupla embraiagem e sete velocidades. Em termos de equipamentos e tecnologia importa salientar a introdução do Cruise Control Adaptativo, travagem de emergência em ambiente urbano, comutação automática da luz (a iluminação pode ser de halogéneo ou LED) e a câmara traseira e sensores de estacionamento para auxílio nestas manobras.n

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Ana Paula Oliveira


EM FOCO

IVECO EUROCARGO CAMIÃO INTERNACIONAL DO ANO 2016 A revelação foi feita no decorrer do Salão Internacional de Veículos Comerciais, Solutrans, que se realizou no final do ano transacto na cidade de Lyon, em França.

a

nova geração Iveco Eurocargo foi distinguida com o título de “Camião Internacional do Ano 2016”, com um total de 101 votos. O júri constituído por 25 elementos atribuiu o troféu tendo por base factores como o desenvolvimento tecnológico deste veículo e as vantagens que proporciona aos utilizadores ao nível da redução dos custos de operação e também por corresponder aos princípios de sustentabilidade de âmbito ecológico. Foi considerado um camião “amigo da cidade” pelo design linear da cabina, pela concepção adequada à distribuição em cidade e pela sua eficiência. O Eurocargo é um veículo vocacionado para a distribuição urbana caracterizado pela funcionalidade, manobrabilidade, consumos económicos e emissões reduzidas. Surge com novas funcionalidades, de-

sign moderno e renovado da cabina que retoma o estilo Iveco iniciado na gama ligeira Daily. A parte dianteira transmite uma aparência robusta, com uma nova grelha e deflectores em consonância com as linhas frontais. O párabrisas oferece protecção face aos raios solares, enquanto o pára-choques integra os degraus de acesso à cabina e também o radar do AEBS (Sistema avançado de travagem de emergência). Dispõe de faróis, com luzes diurnas LED de série, existindo a possibilidade de incorporar a título opcional faróis de xenón. O novo Eurocargo apresenta uma melhoria do coeficiente aerodinâmico de 2%, contribuindo significativamente para a redução do consumo de combustível no circuito extra-urbano e auto-estrada. A nova geração Euro VI dos motores Tector 5 (quatro cilindros de 4,5 litros) e Tector 7 (seis cilindros de 6,7 litros) demonstra maior eficiência, devido a dis-

positivos como o ventilador electromagnético de duas velocidades com embraiagem com controlo electrónico, à função EcoRoll (caixa de 12 velocidades) que aproveita a inércia do veículo, e o EcoSwitch (disponível nas caixas automáticas de 6 e 12 velocidades) que reprograma a lógica das mudanças para garantir a máxima eficiência. É ainda disponibilizada uma versão equipada com um motor a gás natural comprimido (CNG), que proporciona benefícios a nível ambiental e a redução dos custos de operação. O presidente do júri Gianenrico Griffini salientou que “a Iveco desenvolveu um novo veículo da gama média, que consegue uma vez mais elevar a competitividade, neste segmento onde o Eurocargo tem sido uma referência nos últimos 25 anos”.n Ana Paula Oliveira


PUBLIREPORTAGEM

GNV EM PORTUGAL

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oi através da Galp Energia que o Gás Natural Veicular (GNV) foi introduzido em Portugal no início do Séc. XXI, mais concretamente no ano 2000, na Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) e posteriormente, em 2001, na CARRIS em Lisboa. Em 2007 a Galp Energia iniciava o abastecimento do 3.º posto de abastecimento de GNV em Portugal, no cliente VALORSUL que possibilitou que grande parte da frota de recolha de resíduos dos municípios de Lisboa, Loures, Amadora e Vila Franca de Xira fosse convertida para veículos a Gás Natural. Além destas três entidades: STCP, CARRIS e VALORSUL, foram aparecendo pontualmente outras entidades e par-

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PUBLIREPORTAGEM

ticulares que foram contribuindo para aumentar o número de veículos que não tendo acesso a postos públicos (inexistentes na altura) beneficiavam das instalações dos STCP e da CARRIS através de protocolos com a APVGN (Associação Portuguesa do Veículo a Gás Natural). Já em 2013 é impulsionado o arranque do GNV em Portugal por via do projecto Europeu Blue Corridor, que apoia a construção de postos de abastecimento de GNV em corredores predefinidos e que pretendem fomentar a utilização do GN como combustível nos transportes de mercadorias internacionais. A Galp Energia faz parte do projecto Blue Corridor desde o seu inicio. gás Natural veicular O Gás Natural Veicular é disponibilizado sob duas formas: GNC (Gás Natural Comprimido): indicado para todas as tipologias de veículos, de ligeiros de passageiros até veículos pesados. O gás é comprimido a cerca de 250bar e injetado no(s) reservatório(s) do veículo. Em veículos pesados de mercadorias ou de passageiros a autonomia desta opção varia entre 300-450km dependendo da ca-

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pacidade do reservatório e do regime de funcionamento. GNL (Gás Natural Liquefeito): unicamente utilizado em veículos pesados de transporte (40TON). O Gás é armazenado e abastecido a aproximadamente -160ºC e à pressão atmosférica, condição essencial para se manter em estado liquido. A grande vantagem deste tipo de abastecimento, prendese com a autonomia que poderá variar entre 600km e 1.000km dependendo do número de reservatórios do veículo (1 ou 2). As vantagens da utilização do Gás Natural como combustível advêm de três vetores principais: Ecologia - O Gás Natural Veicular é inequivocamente um combustível mais “amigo do ambiente” mesmo quando comparado com os motores de ciclo diesel mais evoluídos (EURO VI).

Uma vez que os motores a Gás Natural produzem significativamente menos ruído que os veículos a diesel também aqui ganham vantagem relativamente à poluição sonora produzida. Segurança - Os veículos são tão se-

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guros, se não mais, do que os veículos com combustíveis convencionais. O Gás Natural tem uma temperatura de ignição bastante superior ao diesel e os limites de inflamabilidade são superiores, i.e., são necessárias maiores concentrações de gás no ar para que haja combustão. O Gás Natural não é tóxico nem corrosivo e não contamina os solos. Economia - O Kg de Gás Natural custa cerca de 30% menos que o litro de diesel. Como se trata de um combustível de queima limpa, reduz-se a necessidade de manutenção no que diz respeito a trocas de óleo e substituição de velas de ignição. A análise do TCO (Total Cost of Ownership) embora consiga ser favorável na opção Gás Natural quando comparada com a Diesel é penalizada pelo investimento inicial, uma vez que o custo de aquisição de uma viatura a Gás Natural ainda é significativamente superior a uma equivalente a diesel. À medida que o mercado dos veículos a Gás Natural se torne mais “maduro”, principalmente no segmento dos veículos pesados é expectável que o diferencial existente entre viaturas a Gás Natural e viaturas equivalentes a Diesel se esbata, tornando a opção a Gás Natural ainda mais competitiva. oFerta gNv galp eNergia Até ao final do primeiro trimestre de 2016 a Galp Energia, irá inaugurar dois postos, um em Matosinhos e outro na Azambuja . Parte de uma estratégia que pretende incentivar a utilização de combustíveis mais limpos, os postos de abastecimento destinam-se essencialmente a veículos pesados de mercadorias (autonomia de 1.000 km, recorrendo ao GNL) e frotas com percursos tipificados (autonomia de 400 km, recorrendo ao GNC). Está previsto a inauguração de um 3.º posto já em 2016 e o alargamento progressivo da rede de abastecimento de GNV, complementando assim a oferta de combustíveis convencionais nos mais de 1.300 postos da Galp Energia a nível Ibérico.n

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DESTAQUE

MERCEDES-BENZ ACTROS O FUTURO COMEÇA HOJE A Mercedes-Benz tem investido no desenvolvimento de soluções tecnológicas, designadamente, no âmbito da condução autónoma que resultou na produção de série do primeiro camião neste domínio.

o

s camiões Daimler estão focados nos transportes do futuro e as funções de condução automatizada promovem a segurança e eficiência do tráfego rodoviário. A Mercedes apresentou na última edição do Salão de Veículos Comerciais de Hannover (IAA) o Future Truck 2025, um camião com condução autónoma nas auto-estradas. Um estudo da marca revelou que, em dez anos, os camiões serão capazes de circular sem necessidade de um motorista no comando.

Para alcançar esse objectivo, a Mercedes conectou os sistemas de assistência já existentes com sensores aprimorados do piloto automático rodoviário Highway Pilot. O Mercedes-Benz Actros com sistema Highway Pilot é o primeiro camião de produção em série, para condução parcialmente autónoma na auto-estrada. O teste decorreu na A8 entre Denkendorf e o aeroporto de Estugarda, na Alemanha. O Primeiro-ministro alemão Winfried Kretschmann, juntamente com Wolf-

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gang Bernhard, membro do conselho da Daimler AG responsável pelos Camiões e Autocarros, realizaram uma viagem inaugural no Mercedes-Benz Actros com sistema Highway Pilot. Este sistema permite conduzir o camião em auto-estradas de forma autónoma. O veículo utilizado para esta estreia foi o Mercedes-Benz Actros equipado com o sistema inteligente Highway Pilot. Na opinião de Wolfgang Bernhard, conselheiro da Daimler: “Esta estreia é um passo importante para a maturidade

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DESTAQUE do mercado de camiões de condução autónoma - e para a segurança dos veículos de mercadorias”. Sven Ennerst, chefe de desenvolvimento da Daimler Trucks, salientou: "Estamos muito satisfeitos que BadenWürttemberg tenha permitido a realização deste teste. Ao fazê-lo demonstram um verdadeiro espírito pioneiro. E é evidente que estamos também muito satisfeitos que a Autoridade de Inspecção Técnica Alemã tenha confirmado a segurança do nosso sistema". A fusão multi-sensor, ou seja, a combinação de assistência de nova geração, os sistemas de segurança e sensores, permitem que o camião com o sistema Highway Pilot observe continuamente toda a área da frente do veículo e assuma o controlo em determinadas situações. Isto permite que o condutor possa tirar as mãos do volante, sem incorrer em riscos.

HIGHWAY PILOT

TESTE SEGUrO Coube a Wolfgang Bernhard a responsabilidade de conduzir o Mercedes-Benz Actros da estação de serviço da auto-estrada para Karlsruhe. Assim que o camião entrou na auto-estrada, na via da direita, o sistema Highway Pilot ficou disponível para assumir a condução do veículo. O condutor pode confirmar a selecção do sistema Highway Pilot com o pressionar de um botão. O Actros manteve-se na sua faixa de rodagem e conservou a distância aconselhada para o veículo da frente. Nas situações em que distância se torne demasiado pequena ou se outro veiculo se colocar à frente, o camião trava. Os ocupan-


DESTAQUE

tes deste veículo puderam usufruir da cabina moderna e funcional que se caracteriza pelo conforto. Quando a saída para o aeroporto se aproximou, o sistema pediu a Wolfgang Bernhard para assumir o controlo do camião, e passar do modo de condução automático para uma condução manual - "Highway Pilot Desligado - Off". Se o camião se aproximar de um obstáculo, como obras rodoviárias, o sistema solicita ao condutor para assumir a condução do veículo. Passando a zona de obras, o sistema Highway Pilot, volta a controlar do veículo. O Mercedes-Benz Actros encontra-se equipado com o motor OM 471 de 12,8l e dispõe de sistemas de assistência e segurança comprovados, tais como a caixa de velocidades Mercedes PowerShift 3, Predictive Powertrain Control (PPC), o Active Brake Assist 3, Attention Assist e o computador de bordo FleetBoard. Estes sistemas estão ligados aos sensores do sistema Highway Pilot - radar e câmara estéreo. Toda a tecnologia do Actros com o sistema Highway Pilot está no veículo, não sendo necessária a utilização de internet para que a função de condução autónoma funcione. O sistema é ideal para a auto-estrada: mantém a distância correta do veículo da frente e se outro veículo se colocar à frente, trava a tempo. O sistema Highway Pilot não substitui o condutor, mas apoia e alivia a pressão sobre o condutor em trajectos monótonos, no páraarranca e em engarrafamentos. No modo autónomo, o condutor tem o controlo sobre o veículo em todos os momentos e em situações complicadas pode assumir a condução do veículo imediatamente. A redundância do sistema de sensores e componentes à prova de falha, como a direcção e os

travões, asseguram um padrão extremamente elevado de segurança. Se os pré-requisitos mínimos do sistema não estão presentes devido ao mau tempo ou à falta de marcações na estrada, são accionados avisos sonoros e visuais para que o condutor assuma o controlo do veículo. Se não houver reacção por parte do condutor, é efectuada a imobilização do camião de uma forma independente e segura. PErTO DA CONDUçãO AUTóNOMA Cerca de dois terços de todos os acidentes rodoviários devem-se a colisões traseiras e acidentes resultantes de sonolência ou distracções, que fazem com que o veículo ultrapasse o limite da faixa de rodagem. É por isto que o sistema Highway Pilot é superior a qualquer ser humano. Está sempre focado, em alerta e sem pressões, sem excepções, todos os dias do ano. A Daimler desenvolve formas de enfrentar os complexos desafios como a intensidade do tráfego, estrangulamentos e pressões de custos no sector dos transportes. Os camiões para transporte de longo curso estão predestinados para a condução autónoma. Isso permite um aumento considerável na eficiência do

sector dos transportes, especialmente através da redução no TCO. Aumentar a segurança rodoviária e reduzir o consumo de combustível. O camião de condução autónoma auxilia o condutor em trajectos monótonos, nas situações de pára-arranca e em engarrafamentos. Conectividade não é apenas a combinação de todos os sistemas de assistência, de segurança e de telemática com os novos sistemas de sensores; abrange também redes inteligentes entre veículos e infra-estruturas. Se um camião for informado com antecedência sobre os incidentes no trânsito, poderá atempadamente executar uma acção adequada. Isto significa que no modo de condução autónomo a utilização adapta-se às características do percurso. Através de uma condução mais uniforme, o consumo de combustível e as emissões poluentes baixam. Os tempos de transporte tornamse mais fáceis de gerir e o veículo sofre menor desgaste, graças a um estilo de condução consistente. Isso também reduz as paragens do camião devido a manutenções e reparações. O Future Truck 2025 possui funcionalidades para a condução autónoma que não se encontram no Actros como o sistema Highway Pilot, exemplo disso é o espelho com câmara, o assento giratório e o tablet integrado. A razão disso é que o veículo foi aprovado de acordo com o nível de automação 2 (condução parcialmente automatizada). Isto significa que o sistema Highway Pilot pode ajudar o condutor em certas situações, para a orientação longitudinal e lateral. No entanto, o condutor deve monitorizar constantemente as condições da estrada e do trânsito, e em todos os momentos deve estar disponível para assumir o controlo do camião novamente. Por sua vez, o Future Truck 2025, já está preparado para o nível de automação 3 (condução altamente automatizada): isto significa que o sistema detecta de forma independente os limites e, consequentemente, pede ao condutor para assumir a tarefa de conduzir. E com este nível de automação o condutor não teria mais que supervisionar permanentemente o sistema, mas também poderia continuar com outras actividades durante a viagem. n Ana Paula Oliveira



REPORTAGEM

SCANIA R490 STREAMLINE EFICIÊNCIA EM TODA A LINHA Diversas características, incluindo a Antecipação Activa Scania, foram integradas, de série com o Scania Opticruise e também o novo modo Economia, que contribuem para proporcionar poupanças de combustível de 4 a 5%.

e

ste modelo da série R encontra-se equipado com o motor de seis cilindros em linha e 13 litros, com 490 cv e 2.550 Nm de binário máximo que permite conseguir um compromisso interessante entre prestações elevadas e baixos custos. Cumpre a norma Euro 6 combinando os sistemas Scania EGR (recirculação dos gases de escape) e redução catalítica selectiva (SCR). Dispõe de suspensão de molas no eixo dianteiro, combinada com suspensão pneumática de quatro foles no eixo traseiro. Conta ainda com o Scania Opticruise e Active Prediction com vários modos de rendimento e Retarder Scania desacoplável. ESP (Programa Electrónico de Estabilidade), Sistema SDS (Scania

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REPORTAGEM Driver Support), Cruise Control com Active Prediction com diferentes modos de condução. A Antecipação Activa Scania é um sistema de cruise control preditivo que utiliza dados dos mapas de GPS e topográficos para regular com exactidão a velocidade de cruzeiro, utilizando diferentes estratégias de poupança de combustível. Outro factor que contribui para a diminuição do consumo de combustível é o Retarder desacoplável. Além do conforto e de uma condução descontraída, também oferece uma poupança ao diminuir a necessidade de manutenção do sistema de travagem normal. Nesta versão mais recente, o retarder desengrena automaticamente e entra em roda movimento livre quando não está a ser utilizado, para poupar combustível. A economia real de combustível varia em função das condições da estrada, mas em média é possível uma redução média de 0,5%. Não é necessário a intervenção do motorista. Sempre que for preciso potência de travagem, o travão sai do modo de roda livre e o engrenamento é feito de modo suave e imediato, utilizando um tipo de sincronização que é semelhante ao das caixas de velocidades Scania. Além de não necessitar de energia, o retarder desacoplável oferece uma potência de travagem mais elevada, 4.100 Nm em vez de 3.500 Nm, assim como um aumento do efeito de travagem a baixas rotações do motor, com o auxílio das relações de transmissão mais elevadas.

Prediction e ao Eco-roll, é instalado de série nos veículos de longo curso, oferecendo uma economia de combustível até 2 por cento. Outra funcionalidade importante é o Scania Driver Support, destinado a contribuir para uma condução eficiente. Através de lembretes e avaliações, o motorista recebe informações que mantêm ou aumentam a aptidão de condução, reduzindo simultaneamente os custos operacionais. Utiliza os dados de condução disponibilizados pelos diversos sistemas e sensores de controlo do camião e fornece conselhos específicos para cada situação de condução es-

pecífica. Desde que surgiu em 2009, tem sido constantemente aperfeiçoado e tornou-se ainda mais flexível e capaz de se adaptar a diferentes aplicações e condições. A cabine Scania Topline, a maior da marca, com tecto alto e cama, continua a oferecer o conforto adequado a quem passa longas horas na estrada. A qualidade dos acabamentos é um dos pontos em destaque neste camião, bem como, a funcionalidade e a facilidade de aceder aos principais comandos tornam mais agradável a vida a bordo. n

poupaNça e eFiciêNcia Os esforços do construtor sueco têmse focado na redução dos custos, um dos aspectos fulcrais para as empresas de transporte rodoviário de mercadorias. O Scania Streamline R 490 foi pensado para aumentar a poupança de combustível. Os veículos equipados com o Scania Opticruise e o Scania Active Prediction permitem diminuir custos, também graças à função Scania Eco-roll. Esta última avalia automaticamente qual a opção mais eficiente em termos de combustível, circulando nas descidas com a transmissão na posição neutra e o motor em marcha lenta ou, em alternativa, utilizando a travagem do motor com a alimentação de combustível desligada. Em mercados onde estão disponíveis dados de mapas topográficos, o Scania Opticruise, associado ao Scania Active

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PESADOS

MAN TGX D38 APOSTA NA RENOVAÇÃO O modelo topo de gama da MAN vai ser objecto de uma actualização em 2016, com o intuito contribuir para a redução dos custos totais de operação, através da inclusão de uma nova geração de caixas de velocidades e funcionalidades como o EfficientCruise e EfficientRoll.

a

cadeia cinemática do TGX D38 foi submetida a um desenvolvimento que procurou garantir as performances de condução e a eficiência de combustível. Graças à turbocompressão de dois estágios, o binário fica inteiramente disponível para o motor a 930 rpm. Os binários máximos de 2500 Nm (520 cv), 2700 Nm (560 cv) e 3000 Nm (640 cv, para transportes especiais) estão disponíveis em todas as velocidades. É possível seleccionar relações de caixa elevadas, que permitem uma poupança de combustível, sem abdicar do conforto de condução e sem perder flexibilidade. Para tal, a cadeia cinemática do TGX D38 passou a integrar a geração de caixas de velocidades MAN TipMatic TX com novas funções de conveniência no veículo. A MAN TipMatic TX tem uma desmultiplicação particularmente elevada nas 12 velocidades (16.69-1). Uma re-

lação de transmissão reduzida para a velocidade “mais alta” permite a combinação com transmissão de eixo optimizada para o transporte de longo curso, oferecendo assim uma economia de combustível durante a condução a velocidades baixas. Ao mesmo tempo, uma relação de transmissão

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elevada para a velocidade “mais baixa” permite uma condução lenta, apesar da baixa rotação no eixo traseiro, de modo a reduzir o desgaste da embraiagem. Para assegurar a eficiência do TGX D38 no transporte de grandes cargas são disponibilizadas funções de con-

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PESADOS veniência para a cadeia cinemática. Entre os quais o sensor de declive e amortecimento activo, funcionalidade de manobra e função de balanço livre, EfficientRoll, mudança de velocidade rápida e condução à velocidade de ralenti. O sistema de controlo de velocidade de cruzeiro EfficientCruise controlado por GPS permite o ajuste orientado pelo condutor, pré-visualização detalhada do percurso e economia no consumo de combustível de cerca de 6%. A MAN melhorou o ajuste antecipado de velocidade do sistema EfficientCruise. Na geração de modelos de 2016, o sistema controla ainda o modo de marcha em roda livre EfficientRoll, conjugando os benefícios dos dois sistemas. Em conjunto com o EfficientRoll, o novo EfficientCruise activa sempre a função de marcha em roda livre quando esta permite uma economia efectiva do consumo de combustível. Para isso, o sistema utiliza informações de mapas 3D armazenados do trajecto. O EfficientCruise intervém activamente na selecção de velocidades e muda oportunamente para a veloci-

dade mais baixa mais adequada antes da inclinação, de modo a que não exista qualquer interrupção na força de tracção em subidas. Em inclinações ligeiras, o veículo evita totalmente as reduções de velocidade sempre que possível. Quando chega ao fim da subida o veículo muda oportunamente para uma velocidade mais alta. O EfficientCruise calcula a velocidade adequada para optimizar o consumo em subidas e em descidas, adaptando a velocidade de condução de forma correspondente. O condutor pode ajustar o nível de tolerância para desvios da velocidade definida em qualquer altura, para se adaptar ao cenário de condução. geração aperFeiçoada A segurança está em destaque na actualização do MAN TGX D38 que vem equipado de série com um assistente à travagem de emergência. Este sistema está incluído em todos os tipos de veículos afectados por requisitos de recertificação de transporte a partir de Novembro de 2015, abrangendo assim a grande maioria dos camiões MAN. O

assistente à travagem de emergência EBA incluído pela MAN desde Julho de 2015, excede os exigentes requisitos legais de Nível 2, que entrarão em vigor em Novembro de 2018 para novos camiões matriculados. Neste caso os clientes estão a comprar um sistema adaptado aos requisitos futuros. A nova geração do sistema de assistência à travagem de emergência EBA da MAN concilia a informação do sensor de radar na parte frontal do veículo e da câmara instalada no pára-brisas. Veículos que circulam à frente e objectos imóveis podem ser identificados rapidamente e com maior exactidão. Numa situação de emergência, o veículo pode assim reduzir mais rapidamente a velocidade e parar antecipadamente. O EBA reage à presença de um objecto que implica uma travagem e à ausência de reacção do condutor (alteração de faixa ou travagem) com uma série de medidas que são postas em prática ao longo do tempo. Primeiro, o condutor é avisado por um sinal de aviso sonoro e uma mensagem no visor. Neste momento, o sistema de travagem

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PESADOS

já está preparado, para reduzir o tempo de resposta. Simultaneamente, as luzes de travagem são activadas, para avisar os veículos que circulam atrás. Outra funcionalidade é novo sistema de manutenção na faixa de rodagem (LGS) que utiliza a mais recente tecnologia de câmaras. A velocidades superiores a 60 km/h, o LGS monitoriza a posição do veículo em relação à faixa e avisa o condutor se este passar acidentalmente as marcações da faixa. O controlo adaptativo de velocidade de cruzeiro (ACC), que é regulado à distância, adapta automaticamente a velocidade de circulação em auto-estradas e estradas de dupla faixa de rodagem, e mantém uma distância de segurança adequada. É um desenvolvimento do controlo de velocidade de cruzeiro, que também controla os sistemas de travagem dos veículos. A função anti-derrapagem EPS integra o equipamento de série e controla adicionalmente a travagem de reboques e semi-reboques. A partir do início de 2016, a parte frontal dos modelos TGS e TGX incluirá um novo design de luzes mais atractivo com luzes LED de condução diurna nos

faróis principais. Isto incluirá uma barra de luz horizontal integrada, que estará sempre activa durante a condução. As luzes LED laterais e as luzes LED de condução diurna serão implementadas nesta barra, com diferentes níveis de luminosidade. As luzes LED de condução diurna irão proporcionar uma visibilidade acres-

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cida ao mesmo tempo que consomem significativamente menos energia. Também vai ser possível escolher o sistema de iluminação automático em todos os modelos que pode ser combinado com um sistema de sensor de chuva automático.n

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CONSULTÓRIODESEGURANÇA Chegado o inverno chega também o tempo das chuvas. E apesar do aquecimento global e da seca prolongada, são cada vez mais frequentes as chuvadas intensas. Destas resultam invariavelmente cheias ou acumulações de água nas estradas, bermas e depressões e a permanência de elevados volumes de água nos pavimentos.

HIDROPLANAGEM – PARTE 1

a

chuva está para a segurança rodoviária como o calor está para os incêndios florestais. Quando chove aumenta a incidência de acidentes, e o risco está ligado directamente à visibilidade mais reduzida, associada ao aumento do tempo de reação e, principalmente, à redução da aderência que promove e resulta num aumento da distância de travagem. Evidentemente que os factores chave para a segurança nestas condições são: velocidade e distancia de seguimento. Vulgar nesta época de chuvas, em especial em vias suburbanas rápidas, estradas nacionais e auto estradas, é um evento resultante da acumulação de água no pavimento designado de hidroplanagem, e que normalmente tem como consequência a derrapagem e o despiste dos veículos. Para compreender a hidroplanagem (aquaplanagem ou "aquaplaning" em inglês) devemos entender de início que é um efeito de perda de aderência que ocorre nos veículos, particularmente na presença de água no pavimento. Existem pelo menos 2 tipos de problemas relacionados com o excesso de água no pavimento: 1- Se existir uma zona inundada com mais de 3 cm de profundidade, quando um veículo atinge essa zona é travado pela resistência da água. Por vezes essa acumulação surge junto das bermas e apenas uma roda “prende” e “puxa” o carro. 2- Se a quantidade de água for mais reduzida, entre 0,5 cm até cerca de 3 cm acima da placa do pavimento, então em lugar de existir resistência, a partir de uma determinada velocidade, poderá ocorrer uma derrapagem. Uma ou mais rodas podem escorregar ou patinar. Existem 2 fatores que, associados, resultam numa hidroplanagem: a velocidade e a baixa aderência resultante da acumulação de água no pavimento. De salientar que quando falamos em aderência de um veículo estamos a refe-

António Macedo

rir-nos à quantidade de atrito existente na zona de contacto entre o pneu e o solo. Por isso, quando falamos de baixa aderência, ela pode resultar de um pavimento menos rugoso, mais liso, com menor atrito ou pela existência de qualquer material que funcione como lubrificante sobre o pavimento, como areia, folhas, óleos, lamas ou água (sob forma líquida, neve ou gelo). Mas quando falamos de baixa aderência também falamos dos pneus, da pequena zona de contacto que cada roda tem com o solo. E a aderência pode reduzir-se em função do peso exercido sobre cada roda, da profundidade das estrias de escoamento de água, do tipo de pneu, da largura do pneu e da pressão que sendo baixa resulta numa maior área de contacto com o solo aumentando, nalguns tipos de pneus, a probabilidade de hidroplanagem. Neste contexto uma hidroplanagem que pode apresentar-se e ocorrer sob duas formas: - a hidroplanagem estática ou viscosa resulta da existência de uma película de água (por vezes contendo gorduras, resíduos ou óleos) debaixo das rodas de um veículo, que normalmente afeta todas as rodas em simultâneo e confere o efeito de derrapagem total. Depende muito da uma superfície lisa ou polida. Já alguma vez deve ter visto um copo de água pousado no balcão da pastelaria a escorregar sem que ninguém lhe toque! Num veículo, este efeito pode suceder a baixa velocidade (20 ou 30 km/h) ou quase parado, tal como se estivesse sobre gelo. - a hidroplanagem dinâmica, que resulta da patinagem, normalmente de uma roda

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motriz. Ao entrar na zona de acumulação de água, se por exemplo falarmos de um veículo de tração (eixo motriz à frente) são as duas rodas da frente que “puxam” o veículo, a uma determinada velocidade: por exemplo 120km/h. Ora ao entrar numa zona onde as duas rodas que puxam, perdem subitamente a aderência, isto é, deixam de ter contacto com o solo, normalmente, como resultado do efeito de diferencial, uma das rodas motrizes irá perder a aderência antes da outra, ou seja, uma das rodas aumenta a velocidade em relação à outra. Este aumento de velocidade instantâneo, de uma das rodas, é sentido pelo condutor que nota um aumento da rotação do motor. A roda que tinha resistência enquanto estava em contacto com o pavimento, deixou de o ter e por isso aumenta de velocidade. Este diferencial de velocidade entre as rodas direita e esquerda, pode nalguns casos promover o efeito de “chicotada” que resulta no desequilíbrio do veículo, ou seja o seu eixo longitudinal deixa de coincidir com o eixo do movimento. Eixo director do movimento

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Eixo longitudinal do veículo


É esse o momento em que normalmente ocorre a reação do condutor, quando sente o carro a “patinar”, ele atua: - libertando o acelerador, o que provoca uma desaceleração/travagem nas rodas motrizes - travando, o que reduz a velocidade em todas as rodas, e nalguns casos, a fricção da(s) roda(s) que estão em contacto com a estrada, em oposição às que não estão em contacto com o pavimento ou seja, aquelas que estão sem aderência (recordo que as rodas estão em cima de água) deslizam e as que estão em contacto com a estrada, agarram. - e se sentir o carro a desviar-se do seu eixo de movimento - inclinando-se para um lado como na figura - é levado a tentar corrigir a trajectória girando o volante para o lado inverso, ação designada de contra brecagem. De qualquer destas manobras, resulta o incremento da derrapagem e o agravamento da perda de controlo da situação (despiste) normalmente seguida de saída de estrada e colisão contra outros veículos, obstáculos fora da via ou despiste e capotamento. Ora se neste caso a patinagem das rodas e o desequilíbrio do veículo resultam da aceleração das rodas motrizes, então a forma mais rápida e eficaz para “cortar” a velocidade do motor transmitida às rodas é desembraiando. A hidroplanagem em viaturas de propulsão (com eixo motriz traseiro) como acontece na maioria das viaturas 4x4 desportivas e diversos quando circulam com a tração à frente desligada, com muitas das viaturas desportivas e diversos modelos de viaturas alemãs, é mais frequente pelo efeito de chicote… Qual será então o resultado das rodas não estarem voltadas na direcção do eixo de movimento, quando o veículo sai da zona de hidroplanagem e ganha aderência? Lembra-se do que acontece com a prancha de “skimming” quando acaba a água? A prancha pára subitamente e o utilizador é projectado para a frente e por vezes cai! Pois com as rodas do veículo sucede algo semelhante,

quando o carro sai da zona de hidroplanagem, recupera o atrito das rodas ao pavimento e a partir daí, depende da velocidade nesse momento e da posição das rodas. Pode correr bem, pode correr mal ou muito mal. Então como podemos evitar a hidroplanagem? A resposta serão duas. Em primeiro lugar, e esta é a solução com melhores resultados prováveis, prevenir que aconteça. - Manter os pneus sob vigilância em relação ao seu desgaste e à sua pressão - Diminuir a velocidade de circulação quando chove - Observar cuidadosamente a estrada à sua frente, em especial quando chove ou se o pavimento ainda estiver molhado depois de ter chovido, identificando zonas de acumulação de água e escolhendo uma trajectória que evite que as rodas do seu carro passem sobre essas zonas ou reduzindo a velocidade antes de entrar nessas zonas mais molhadas. Se sentir o carro a deslizar ou perda de aderência repentina, poderá tentar reduzir as consequências mantendo o sangue frio, segurando o volante com as duas mãos na posição das “nove horas e quinze minutos”, ou seja, uma de cada lado do volante, mantendo a direcção alinhada com a trajectória e evitando guinadas, evitando travar e, se puder e tiver a destreza e discernimento para o fazer, pisar a embraiagem para retirar a força de travagem produzida sobre as rodas motrizes e que podem desequilibrar o veículo. E lembre-se de que os sistemas de controlo de estabilidade que eventualmente o seu veículo possua, o podem ajudar nessas circunstâncias, mas têm limites de utilização. O ESC (sistema electrónico de estabilidade) para produzir a correção de trajectória numa derrapagem, necessita que a roda que irá produzir travagem e correcção da posição do veículo tenha a quantidade de atrito necessária para o fazer, caso contrário o ESC atua mas não produz resultados.n Nota: Veja no Youtube o vídeo “how does ESP work?”


EVENTOS

WCONNECTA MADRID 2015 BATE RECORDE DE PARTICIPANTES O Wconnecta, realizado pela Fundação Wtransnet, vai já na sexta edição e em 2015 recebeu cerca de 700 visitantes, mais 40% que na edição anterior, registando um recorde de participantes.

m

adrid recebeu a sexta edição do Wconnecta, um evento onde marcam presença profissionais do sector do transporte de mercadorias de toda a Europa. "O evento responde ao interesse que há por parte dos empresários do transporte de fazer crescer e melhorar as suas empresas colaborando em vez de competir com outras empresas de transporte", explicou Jaume Esteve Enrech, CEO da Wtransnet. O Wconnecta apresentou mais uma vez duas áreas de trabalho distintas. Na Speed Networking Area realizaramse rondas de entrevistas rápidas, organizadas por especialidades, com o intuito de estabelecer as bases para futuros acordos. No Wconnecta 2015 realizaram-se 8463 entrevistas rápidas, mais 49% que em 2014. A outra zona de trabalho foi a Networking Cargo Area, que nesta edição contou com a participação de 45 empresas de transporte e operadores lo-

gísticos ofertantes de carga, que aqui tinham ao seu dispor um espaço para reuniões mais privadas com empresas que marcaram previamente uma entrevista. No total realizaram-se 1270 reuniões, registando-se um aumento de cerca de 30% quando comparado com a edição anterior.

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A Networking Cargo Area é uma aposta recente da Fundação WTransnet. "Os grandes grupos logísticos que têm interesse em encontrar colaboradores fixos para todo o ano pediam-nos para terem mais tempo para falar com as pessoas. Desde que criámos a Cargo Area vieram mais grupos logísticos ao

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EVENTOS evento da Wconnecta", explica Jaume Esteve Enrech. Exemplo disso é a Klog, que esteve pela primeira vez presente no Wconnecta, com um espaço na Networking Cargo Area. "Estamos aqui principalmente para expandir o negócio, conhecer novos parceiros e cimentar aquilo que já conhecemos. A maioria dos contactos que já fizemos têm tido mais valias. Acho que há aqui boas oportunidades de negócio, quer para nós, quer para as empresas que contactaram connosco, que são principalmente da Polónia e de Espanha", adiantou Henrique Pereira, director de operações nacionais da divisão europeia de transporte da Klog. O Wconnecta regista a cada ano que passa um maior número de participantes. "O segredo é que, num só dia, qualquer pessoa que venha pode fazer 20 entrevistas e falar com 20 empresários e perceber como pode colaborar com eles e em que é que se podem ajudar para melhorar os respectivos negócios. Se as empresas continuam a marcar presença é porque aqui encontram contactos. Aqui não se fecham negócios mas fazem-se os contactos para depois se concluírem os negócios", explica o CEO da Wtransnet. A comprovar a relevância deste evento a nível europeu está a presença de várias associações de transporte. Para além das associações espanholas ASTIC (Asociación del Transporte Internacional por Carretera), CETM (Confederación Española de Transporte de Mercancías), e ATFRIE (Asociación Española de Empresarios de Transportes Bajo Temperatura Dirigida), estiveram presentes, por Itália, a ANITA (Associazione Nazionale Impresse Transporti Automobilistic), por Portugal a ANTP (Associação Nacional das Transportadoras Públicas Portuguesas), a IRU (International Road Transport Union) e a TRANSFRIGOROUTE, a associação de transportes frigoríficos mais importante da Europa. Esta foi a pri-

meira vez que Márcio Lopes esteve presente no Wconnecta enquanto presidente da ANTP. "Como associação o que podemos retirar deste evento são os contactos. É o falarmos a quatro olhos com alguns dos associados que por vezes temos dificuldade em chegar até eles. Estamos sedeados em Loures e temos associados que são do norte e do sul. É mais fácil por vezes encontrarmo-nos aqui do que em Portugal. Representando a associação, estou aqui para dar apoio aos associados naquilo que eles pretenderem e precisarem. Achamos que este evento é importante em todos os aspectos", afirma Márcio Lopes. Nesta edição estiveram representados 16 países europeus. Espanha continua a ser o país com maior representação, com Portugal a ocupar o segundo lugar com 32 participações, seguido da Polónia (18) e Itália (14). No total, 33% das empresas participantes provinham de fora da Espanha, sendo que mais de metade das empresas participantes estiveram pela primeira vez no evento. "Estamos muito satisfeitos com o recorde de participação alcançado este ano" adianta Josep Maria Sal-

lés, Director Comercial da Wtransnet para a Península Ibérica. "Para nós, o WConnecta é um evento muito especial baseado na nossa filosofia, na colaboração entre empresas e muito centrado no apoio ao sector. Por isso estamos orgulhosos de comprovar que o WConnecta consolidouse como um evento de referência na Europa." n Carla Laureano


EMPRESAS

JUNGHEINRICH INAUGURA NOVAS INSTALAÇÕES A Jungheinrich Portugal, empresa especializada em equipamentos de movimentação de carga, tecnologia de armazenagem e de fluxo de materiais, inaugurou recentemente as suas novas instalações, situadas em Mem Martins, Sintra.

a

s novas instalações dispõem de uma área de 4 mil m2, e contemplam uma zona de exposição de equipamentos e de oficina, de 1700m2 e 1000m2, respectivamente, para além da área de escritórios com 1300m2. Representa um investimento na ordem dos 700 mil euros e tem objectivo garantir aos clientes um serviço de excelência e proporcionar aos colaboradores um óptimo ambiente de trabalho. A Jungheinrich Portugal vai proceder a outros investimentos que visam reforçar o reconhecimento da empresa enquanto fornecedor completo em logística integral e também ao nível de soluções automatizadas e que passam pelo alargamento da frota de aluguer e usadas, com aposta nos equipamentos Jungheinrich JungStars (empilhadores recondicionados de 4 estrelas), e da contra-

Mark Wender

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tação de novos colaboradores. Existe a necessidade de adaptação ao volume de negócio, nomeadamente no aumento da equipa de técnicos pós venda que vai permitir responder de forma célere a todas as solicitações dos clientes. A aposta na formação contínua, prática habitual da empresa, é outro dos aspectos que será reforçado para oferecer um serviço de qualidade aos clientes. Mark Wender, managing director da Jungheinrich Portugal, salienta que este investimento cumpre um plano de crescimento que foi iniciado há oito anos, e que, devido à crise que o país atravessou teve de ser adiado. “Contrariando o decréscimo acentuado do mercado registado entre 2008 e 2012, verificou-se nos últimos tempos um crescimento de aproximadamente 20 por cento, pelo que estamos de novo na posição de poder dar este passo”.

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EMPRESAS A empresa conta com 70 colaboradores, o que permite fazer uma cobertura nacional e disponibilizar aos clientes uma vasta gama de soluções que podem passar, pela compra de equipamentos, pelo aluguer, leasing ou renting. A Jungheinrich Portugal registou um crescimento de 11 por cento no ano, tendo atingido uma facturação que rondou os 11 milhões de euros, posicionando-se assim como um dos maiores fornecedores no mercado português de equipamentos de movimentação da carga. perspectivas do mercado Importa referir o crescimento do mercado de máquinas usadas, ideal para clientes com reduzido fluxo de trabalho, e das de aluguer que servem de reforço de frotas nos picos de actividade (agrícola/safras, distribuição /Natal/ Páscoa, livreiros, entre outros). Isto deve-se particularmente à elevada flexibilidade que apresenta, permitindo melhor segurança de planeamento devido à flexibilidade financeira, evitando o dispêndio de capital, e à flexibilidade operacional através do ajuste do tamanho da frota. “Estas novas instalações vão permitir ter mais espaço para podermos investir na

frota de aluguer e de máquinas usadas e assim estar mais presentes no mercado”, salientou Mark Wender. Entre as novidades encontrava-se a nova geração de baterias de iões de lítio, o novo modelo ETV-C (um retráctil com roda super elástica que permite utilização interior e exterior), o novo empilhador térmico com acessório multipalete e o porta-bobines. Foi apresentado o novo order picker vertical, EKX 516, serie 5, particularmente indicado para corredores estreitos. Com uma maior rentabilidade (até 25%) e maior flexibilidade, este equipamento permite o aumento da segurança e da potência em pisos irregulares, através

do sistema inovador de amortecimento de vibrações - Floor Pro. Tem mais 100 kg de capacidade de carga e maior estabilidade, através da utilização de aços altamente resistentes com um teor de 20% de titânio. Estes equipamentos podem ser personalizados e adaptados às exigências de cada aplicação. Também são caracterizados por um aumento significativo de aceleração e desempenho, o que resulta numa eficiência de transferência até dez por cento mais elevada em relação ao seu antecessor e o consumo de energia teve uma redução até catorze por cento. Mark Wender fez referência ao Plano 20/20 da Jungheinrich que faz parte da estratégia da empresa, “para conseguir alcançar um crescimento no mercado, que foi lançado a nível mundial há três anos e está a ser implementado caso a caso. Pretendemos que a marca esteja mais presente, mas também desejamos conhecermos melhor as necessidades dos nossos clientes. Isso passa por disponibilizar uma maior cobertura em termos de serviço após venda e fornecer os produtos que os clientes necessitam”. n Ana Paula Oliveira


REPORTAGEM

SALÃO AUTOMÓVEL DE LISBOA UM REGRESSO DESEJADO Após uma ausência de sete anos, os carros voltaram aos pavilhões da FIL, do Parque das Nações, em Lisboa, com a organização a pertencer, como habitualmente, à Associação Automóvel de Portugal (ACAP).

a

recuperação das vendas no mercado automóvel português foi o factor determinante para a decisão de levar por diante esta exposição que ocupou dois pavilhões e contou com a presença dos concessionários da área metropolitana de Lisboa. O Salão do Automóvel e do Veículo Ecológico realizou-se de 31 de Outubro a 8 de Novembro e ocupou um espaço de 16 mil metros quadrados com novos modelos ligeiros e comerciais. Em destaque neste Salão, estiveram as soluções de mobilidade eléctrica (100% eléctricos e híbridos plug-in) e a inovação tecnológica, em defesa de uma mobilidade mais sustentável. Desta vez os importadores cederam o lugar aos concessórios que deram um cariz diferente ao certame, confe-

rindo-lhe uma vertente mais comercial. Foram muitas as campanhas especiais na aquisição de modelos, algumas delas exclusivas do evento, que o transformam no local indicado para adquirir uma nova viatura. Foi possível assistir a uma diversidade de iniciativas associadas ao certame, onde foram exibidos modelos de competição, ofertas especiais, possibilidade experimentar diversos simuladores e efectuar test-drives, O Salão do Automóvel e Veículo Ecológico contou com a presença da cantora Sara Paço que apresentou o seu novo tema, “Red Soul Car”. O espaço da Mitsubishi transformou-se numa pequena sala de espectáculos para receber a fadista e embaixadora da marca, Cuca Roseta, que animou os visitantes com a sua actuação. Os simuladores foram uma das prin-

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cipais atracções do Salão, instalados em espaços como os da Ford, Nissan e BP que foi a “pista de testes” das aptidões ao volante. Os simuladores de embate e capotamento, colocados na zona a cargo da Prevenção Rodoviária Portuguesa, tinham uma vertente didáctica demonstrando num ambiente controlado a importância de uma condução segura e as consequências negativas que podem resultar das más práticas na estrada. Nova abordagem As soluções de mobilidade sustentável tiveram uma presença significativa, uma vez que era essa a temática principal do evento. Os veículos comerciais compareceram e foi possível encontrar alguns dos mais recentes produtos disponíveis no mercado nacional.

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REPORTAGEM

No espaço da Citroën estava apenas exposto o Berlingo Multispace 1.6 BlueHDi. A Nissan escolheu o certame para revelar pela primeira vez a nova pickup NP300 Navara, apesar da comercialização só começar em Janeiro de 2016. O modelo Nissan e-NV200 Evalia e também a versão furgão foram outras das propostas da marca a que se juntou ainda o NT400 Cabstar. A Ford optou por trazer o Tourneo Courier Titanium 1.6 TDCi, que integra a oferta da marca no segmento dos

veículos comerciais ligeiros. A Isuzu trouxe até ao Salão de Lisboa a carismática pick-up D-Max 2.5 biturbo de 163 cv. Os modelos Isuzu série F e N estiveram também representados. A Opel fez questão de apresentar diversos modelos da gama de comerciais, designadamente o Vivaro Combi 1.6 CDTi, o Movano Van 2.3 CDTi, o Combo Van e ainda Corsa Van 1.3 CDTi. Entre os comerciais, a Volkswagen tinha uma das representações mais numerosas, tendo exposto uma Crafter Ambulância, a nova Transporter Gene-

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ration Six 2.0 TDi de 140 cv. Do modelo Caddy estiveram no certame as versões Confortline 2.0 TDi de 150 cv, Extra Plus 2.0 TDi de 75 cv e Caddy Maxi Confortline 2.0 TDi de 150 cv. A pick-up do construtor alemão Amarok Grand Canyon 2.0 TDi de 180 cv completou o portfólio apresentado no certame. A nova Mitsubishi L200 Strakar na versão 4WD com a motorização 2.4 de 180 cv esteve patente ao público no espaço ocupado pela marca.n

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Ana Paula Oliveira


COMPETIÇÃO

AFRICA ECO RACE ELISABETE JACINTO EM TERCEIRO A competição de todo-o-terreno, Africa Eco Race teve início dia 27 de Dezembro no Mónaco e terminou no dia 10 de Janeiro no Lago Rosa, em Dakar no Senegal.

e

sta foi a sétima participação de Elisabete Jacinto e da equipa Oleoban nesta competição, e a quinta vez que subiram ao pódio da categoria camião. A formação portuguesa garantiu, após concluir 12 etapas e feito cerca de 6000 quilómetros, a terceira posição dos T4 e o 14.º lugar da tabela conjunta auto/camião. Após concluir, em Dakar, o último sector selectivo desta prova, a piloto demonstrou satisfação por conseguir este resultado: “a especial de hoje é uma festa. Mas, aconteceu-nos uma situação caricata que ainda nos arrancou algumas gargalhadas no final. Saímos ao lado dos outros camiões e, como é habitual, tive um bom arranque. No entanto, para evitar uma grande poça de água desviámo-nos para encurtar caminho e por ironia do destino ficámos presos na lama. Esta especial é tão curta que não nos podemos dar ao luxo de perder tempo. Felizmente, o MAN que

vinha atrás de nós teve a simpatia de nos puxar e ajudou-nos a sair dali. Acima de tudo estamos muito satisfeitos por chegar ao fim da nossa sétima presença nesta grande corrida”. A edição de 2016 do Africa Eco Race foi considerada uma das mais difíceis dos últimos anos particularmente quando o rali entrou na Mauritânia. É também nestas pistas que o trio português constituído por Elisabete Jacinto, José Marques e Marco Cochinho, costuma sentir maiores dificuldades. Apesar de tudo, a equipa Oleoban conseguiu ultrapassar os obstáculos e manter um ritmo constante que permitiu mostrar a sua competitividade em diversos momentos: na quarta etapa ficaram em segundo entre os camiões; na oitava jornada conseguiram alcançar a sétima posição da tabela conjunta auto/camião; na nona especial terminaram em segundo dos T4, à frente dos dois camiões da formação Kamaz e no penúltimo dia de prova gastaram apenas

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mais seis segundos que o checo Tomas Tomecek a cumprir o sector selectivo. No balanço Elisabete Jacinto referiu que “este rali foi, sem dúvida, um dos mais duros que já fiz. Por isso estamos muito contentes por chegar ao fim em terceiro lugar entre os camiões e na 14.ª posição da geral. Aliás, estou tão contente como se tivesse ganho a prova. Tivemos vários problemas ao longo de toda a prova, mas é forma como lidamos com as adversidades que dita o nosso lugar na classificação final. O Marco foi o herói deste rali. Fez muito do trabalho sozinho e foi um grande profissional. O meu navegador José Marques foi também excelente e fez um trabalho magnífico”. O cazaque Kanat Shagirov, aos comandos de um Toyota foi o vencedor absoluto desta edição. Na categoria T4, a vitória foi para o piloto Anton Shibalov da Kamaz, enquanto Tomas Tomecek alcançou o segundo lugar.n

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APO/Fotos: Aifa



CERTAMES

EXPOTRANSPORTE E MECÂNICA SUPERAM EXPECTATIVAS O Centro de Exposições da Batalha, Exposalão, recebeu, em Novembro passado, a 6.ª edição da Expotransporte - Salão Nacional de Veículos Pesados e Ligeiros de Mercadorias e Logística, e a 5.ª edição da Mecânica - Salão de Equipamento Oficinal, Peças, Componentes, Lubrificantes e Acessórios para Veículos Ligeiros e Pesados.

d

urante quatro dias mais de 130 empresas apresentaram na Expotransporte e na Mecânica as propostas e soluções mais recentes, num evento que recebeu mais de 25.000 visitantes, com alguns deles internacionais, vindos de países como Angola, Espanha, Reino Unido, França e Alemanha. Entre as várias novidades e soluções apresentadas no evento, um dos destaques foi para a área dos semi-reboques, que nesta edição teve muitos representantes. Um deles era a Kögel, representada em Portugal pela J. Tavares da Costa e Filhos, SA. O fabricante alemão levou para a Expotransporte dois modelos diferentes de semi-reboques. "Estamos a apresentar o novo produto da Kögel que é o Cool - PurFerro Quality, que é um produto frigorífico muito bem

sucedido noutros países e que queremos introduzir em Portugal. É muito silencioso, o interior do veículo e as paredes são

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mais finas que na maioria dos outros fabricantes, precisa de menos energia, por isso é muito eficiente", explica Volker

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CERTAMES Seitz, director de comunicação e marketing da Kögel. No stand do fabricante alemão estava também exposto o FlexiUse, um semi-reboque "que pode ser utilizado com diferentes camiões, com diferentes alturas e para diferentes bens", acrescentou Volker Seitz. Em relação ao mercado português, Rui Pedro Tavares da Costa, da J. Tavares da Costa e Filhos, SA, explica que "neste momento estamos com uma quota de 10% do mercado de vendas. O FlexiUse está a ter uma aceitação óptima e começámos agora a trabalhar a sério a parte do frio. O objectivo é sempre melhorar ano após ano e é isso que temos vindo a fazer desde que a Kögel está no mercado português, há mais ou menos dois anos e meio." Na área dos semi-reboques marcou também presença a empresa Roques, que tinha expostos produtos da Benalu, da Chereau e da Fliegl. "O mercado está novamente a mexer e achámos que seria interessante mostrar alguns veículos novos", adiantou Ana Roque, directora comercial da empresa. Entre os produtos apresentados na Expotransporte, Ana Roque destaca "o veículo de piso móvel da Benalu, todo construído em alumínio, com 90 m³, que tem a característica de fazer carga e descarga sozinho através de um comando rádio e tem eixos de 12 toneladas, atendendo à nova legislação." Outros dos semi-reboques que merece destaque é o frigorífico da Chereau, que é "um porta carnes, destinado a clientes que transportam carnes penduradas, já equipado com a nova norma de piso anti-ruído. É um produto muito bom, topo de gama, muito bem construído e que nos dá muita confiança", explica Ana Roque. Em relação ao comportamento do mercado, a directora comercial da Roques, adianta que se verifica "um incremento na actividade de uma forma geral. A zona centro do país era, por exemplo, uma zona ligada a trabalhos públicos ou a obras e voltou a estar activa. Esperamos poder aumentar os nossas vendas e a nossa presença no mercado." Os camiões, devido à sua dimensão, não passam despercebidos e há empresas que apostam em publicidade nas cortinas dos semi-reboques. Ainda existe alguma reticência em apostar neste tipo de mercado "porque os produtos que existem não permitem uma garantia de durabilidade e de qualidade do produto, ou seja, ao fim de um ou

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dois anos a imagem está muito degradada", afirma António Gonçalves, director geral da APG Coberturas. Para colmatar esta falha no mercado, a APG Coberturas está a comercializar o Solidskin, "um produto que tem cinco anos de garantia, recobrimento em poliuretano, o que lhe permite suster o ataque dos raios UV à impressão, tem uma manutenção muito baixa, um efeito apolar que impede que a sujidade se agarre à cortina e tem uma fácil limpeza", explica António Gonçalves. Este tipo de produtos permite "que as empresas possam gerar meios de comunicação diferentes, mais baratos e com um impacto grande. Quando se passa por um painel destes, se a imagem for apelativa, o impacto é grande e penso que despertará mais atenção que muitos painéis fixos", adianta o director geral da APG Coberturas. No espaço destinado à Mecânica fizeram-se notar as empresas ligadas à área dos pneus. Exemplo disso é a AB

Tyres, empresa do Grupo Alves Bandeira, que aproveitou para dar destaque à nova parceria com a Garland Pneus, da qual resultam duas principais vantagens. "Uma das grandes mais-valias que a Garland tinha no mercado era os armazéns em Lisboa e no Porto, ontem a AB Tyres não estava presente. A partir deste momento temos três armazéns, em Lisboa, Porto e Mealhada", explica César Branco, director da AB Tyres. A outra vantagem prende-se com o número de produtos que passam a disponibilizar. "Com a inclusão de marcas premium, quality e budget que pertenciam à Garland alargámos a nossa oferta e passámos a estar representados em segmentos onde não estávamos anteriormente: agrícolas, florestais e industriais. Além disso alargámos a nossa base de clientes, o que significa que com uma componente comercial mais forte e com um serviço de logística muito mais eficaz e profissional conseguiremos com certeza reforçar a nossa posição no mercado

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nacional", adianta César Branco. A Tirso Pneus, que pertence ao Grupo Soledad, marcou também presença na Mecânica expondo produtos das várias marcas que representam, entre as quais se encontra a Hankook, da qual é distribuidor exclusivo. A empresa tem também marcas próprias, como é o caso da "fábrica de recauchutagem, chamada Insa Turbo, na qual fabricamos pneus para camião, turismo, 4x4 ou furgoneta," explica Paulo Santos, director geral da Tirso Pneus. "Temos também uma rede que se chama Confortauto Hankook Masters, que tem já cerca de 90 associados em Portugal continental, Madeira e Açores, e em Espanha temos cerca de 700 associados", acrescentou. A Tirso Pneus tem um armazém na Maia e outro em Lisboa. A próxima edição da Mecânica volta já este ano, de 03 a 06 de Novembro, enquanto a Expotransporte tem regresso marcado para 2017.n

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Carla Laureano


APRESENTAÇÃO

A AB Lubs, empresa do Grupo Alves Bandeira, assinou um acordo com a Cepsa, que tem os direitos de comercialização da Texaco na Península Ibérica, tornando-se no representante exclusivo dos lubrificantes da marca em Portugal.

AB LUBS É REPRESENTANTE NACIONAL DOS LUBRIFICANTES TEXACO

o

acordo entre a AB Lubs e a Cepsa, apresentado durante a 5.ª edição da Mecânica, Salão de Equipamento Oficinal, Peças, Componentes, Lubrificantes e Acessórios para Veículos Ligeiros e Pesados, na Exposalão Batalha, estabelece que a empresa do Grupo Alves Bandeira passa a disponibilizar em Portugal duas marcas específicas da Texaco para o sector de lubrificantes para motores de veículos automóveis: a Havoline, destinada a motores de veículos ligeiros, e a Ursa, para motores de veículos comerciais ou pesados. Um dos objectivos desta nova parceria é introduzir a marca Texaco no mercado português e, para isso, a Cepsa precisava de encontrar um distribuidor. Gerardo Socorro Lorenzo, representante da Cepsa explicou que "queríamos um distribuidor com quem pudéssemos manter uma relação a longo

termo, que fosse experiente e forte, que conhecesse o mercado, que conhecesse bem o mundo dos lubrificantes, que é um mercado onde há muita concorrência. As reuniões e negociações que tivemos com o Grupo AB demonstraram que efectivamente sabem do que falam, sabem o que querem e nesse sentido é o nosso parceiro ideal." Da parte do Grupo Alves Bandeira, esta nova parceria vai permitir uma maior expansão na área dos lubrificantes. "Estávamos à procura de um produto premium que pudéssemos importar, ficando com a liberdade de marketing de escolher os canais de vendas que teríamos e os preços que quereríamos criar no âmbito integrado das soluções de lubrificação que temos", afirmou José António Monjardino, administrador executivo do grupo. Estando responsável pela comercialização de duas gamas distintas de lu-

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brificantes, os canais de distribuição serão diferentes para cada uma delas. Relativamente à gama Ursa "a distribuição é feita na base instalada de clientes que temos e naquela que crescemos. O Grupo AB é especializado em vender a consumidores industriais, no sentido mais lato da palavra, são consumidores finais de grande dimensão. Estamos a falar desde agricultura, da parte dos transportes, dos empreiteiros, explorações de pedra, mineralogia, etc.", adiantou o administrador executivo. Quanto à gama Havoline, José António Monjardino explica que "a maneira como se chega a viaturas ligeiras é através do retalho e portanto a nossa estratégia é usar canais especializados de indústria e de clientes industriais finais através do Ursa e usar o canal de parceiros, sejam eles oficinas independentes ou casas de peças para escoar o produto Texaco." O negócio de lubrificantes do Grupo

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Gerardo Socorro Lorenzo - representante Cepsa

resultou da fusão dos negócios de lubrificantes da Alves Bandeira e Co., Petroibérica, SA e Iberazória, SA. Com este acordo com a Cepsa, a AB Lubs pretende servir cada vez melhor os clientes e crescer, tanto a nível nacional como internacional. "No negócio dos lubrificantes, para se ser competitivo, é preciso ter uma escala de custos de logística muito, muito baixos e só se consegue fazer isso através da volumetria. A nossa base de logística para estes produtos é na Mealhada e é enorme, mas temos que ter uma rotação muitíssimo maior", adianta José António Monjardino. "A nossa pretensão a três ou quatro anos é duplicar a dimensão que temos. Só dessa forma é que podemos ser um operador de dimensão europeia. As operações de distribuição de lubrificantes na Europa têm de ser de dimensões mínimas de 3 a 4 mil toneladas. Se não o fizerem não são rentáveis. Há uns anos,

José António Monjardino, Administrador Executivo do Grupo AB

em Portugal, era-se um grande distribuidor com 300 toneladas. Hoje em dia a dimensão mínima de sobrevivência é de 1000 a 1500 toneladas. A dimensão mínima razoável europeia de competir e oferecer uma equação de valor longa e perene aos nossos clientes não pode ser menor do que 3 ou 4 mil toneladas e nós queremos ser um operado de lubrificantes europeu", acrescentou o administrador executivo do grupo. A apresentação da parceria foi feita no salão Mecânica porque decorreu ao mesmo tempo da Expotransporte, "por isso estão aqui muitos clientes nossos. A região onde estamos é uma das nossas zonas mais fortes em termos comerciais e como queríamos fazer um evento clientes nesta zona decidimos fazer aqui. Como é uma feira mecânica não há melhor sítio para lançar um produto tecnológico como um lubrificante", afirmou José António Monjardino.

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gamas HavoliNe e ursa A gama Havoline, destinada a motores de veículos ligeiros, ajuda a proteger os componentes do motor contra o ataque constante de depósitos nocivos. Entre os vários produtos disponibilizados nesta gama encontram-se óleos de protecção premium, óleos de engrenagem, óleos de motor a dois tempos, fluidos de refrigeração/anticongelantes, fluidos dos travões e da direcção ou massas lubrificantes. A gama Ursa, destinada a motores de veículos comerciais ou pesados, combina tecnologia de ponto com serviços e conhecimentos especializados, traduzindose em produtos que proporcionam protecção, desempenho e fiabilidade. Entre esses produtos encontram-se óleos hidráulicos, fluidos de transmissão automática, óleos de motor ou agentes de limpeza do sistema de combustível.n

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Ana Paula Oliveira




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