EUROTRANSPORTE 71

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revista ANO XII

N.º 71 SETEMBRO/OUTUBRO 2012

Continente Preço 2,5 Euros

IAA 2012 - HANOVER WWW.REVISTAEUROTRANSPORTE.COM

IVECO STRALIS HI-WAY CAMIÃO DO ANO 2013 JOVEM MOTORISTA EUROPEU SCANIA FINAL 2012 - SUÉCIA FORD TRANSIT VAN DO ANO 2013



NOTA DE ABERTURA Director Eduardo de Carvalho Chefe de Redacção Ana Paula Oliveira Redacção Ana Filipe Cátia Mogo Carla Laureano Publicidade José Afra Rosa Jacinto Sim Sim Luís Trindade Director Técnico Paulo Albuquerque Assinaturas Fernanda Teixeira Colunistas Frederico Gomes João Cerqueira Consultório de Segurança António Macedo (CRM) Fotografia Aurélio Grilo Jorge Padeiro Editora Invesporte, Editora de Publicações Empresa Jornalística nº 223632 registada no Inst. de Comunicação Social Edição, Redacção e Administração Praceta S. Luís, N.º 14 CV/Dta. Laranjeiro - 2810-276 Almada Telefone: 21 259 41 80 Telefax: 21 259 62 68 Email: eurotransporte@netcabo.pt Web: www.revistaeurotransporte.com Propriedade: Eduardo de Carvalho Registo DGCS: N.º 123724 Impressão Manuel Barbosa & Filhos, Lda. Zona Industrial de Salemas FracçãoA2 2670-769 Lousa LRS Distribuição Logista Portugal, S.A Edifício Logista Expansão da Área Industrial do Passil Lote 1-A Palhavã - 2890 Alcochete Tiragem Média: 30.000 Exemplares Depósito Legal: N.º 159585/00

REMAR CONTRA A MARÉ A notícia sobre a queda das vendas no mercado automóvel repete-se mês após mês, com um ritmo de fatalidade quase inevitável que entre Janeiro a Setembro atingiu os 39,7 por cento, no segmento dos comerciais ligeiros relativamente ao período homólogo de 2011. Isto corresponde somente a 74.461 unidades comercializadas. Nos primeiros nove meses do ano de 2012, o mercado dos comerciais ligeiros não excedeu as10.823 unidades, tendo registado uma forte contracção de 55,1 por cento comparativamente a 2011. Nos veículos pesados, de Janeiro a Setembro de 2012, as vendas não foram além das 1.519 unidades, o que corresponde a uma queda do mercado de 38,6 por cento relativamente ao período homólogo do ano anterior. No Salão Internacional de Veículos Comerciais de Hanover, tivemos oportunidade de verificar que todos os construtores estão empenhados em apostar nas novas tecnologias para produzirem veículos mais eficientes, mais seguros e menos poluentes, falta apenas a colaboração da conjuntura económica mundial para que o mercado possa começar a recuperar as perdas dos últimos anos. Em Portugal, os dados referentes às vendas não permitem previsões optimistas para 2013, por isso a nova meta para a recuperação económica ficou adiada para o ano de 2014, e é para lá que a esperança foi enviada. por Ana Paula Oliveira

EDITORIAL

Chefe de Redacção

n Pág. 4 Notícias Breves n Pág. 06 - 08 Apresentação: Mercedes Citan n Pág. 10 - 11 Comerciais: Citroën Berlingo n Pág. 10 - 11 Comerciais: Peugeot Partner n Pág. 12 Notícias Breves n Pág. 14 - 16 Novidade: Ford Transit n Pág. 18 - 19 Novidade: Nova Série Volvo FH n Pág. 20 - 21 Entrevista: Fernando Martins Director Geral Lubrigrupo

n Pág. 36 - 37 Consultório de Segurança, por António Macedo n Pág. 38 - 40 Reportagem: Jovem Motorista Europeu Scania - Final 2012 n Pág. 42 - 45 Actualidade por João Cerqueira n Pág. 46 - 47 Certames: Automechanika 2012 n Pág. 48 Sugestões: Dacia Duster n Pág. 49 Sugestões: Peugeot 208 n Pág. 50 Sugestões: Renault Mégane

n Pág. 22 - 24 Camião do Ano: Iveco Stralis n Pág. 26 - 29 Destaque: Scania no IAA

www.facebook.com/eurotransporte n Pág. 30 - 32 Reportagem: IAA n Pág. 34 - 35 Entrevista: Patrick Goetz Man Portugal

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BREVES

GRUPO MOTA-ENGIL ADQUIRE 68 VIATURAS MAN Em Fevereiro de 2012 o Grupo MotaEngil assegurou a adjudicação de obras em Moçambique e no Malawi, designadamente na construção de cerca de 145 quilómetros de corredor ferroviário de Nacala, entre Moçambique e o Malawi. A dimensão da obra levou à aquisição de viaturas com características específicas para operar nas exigentes condições de trabalho em estaleiro. A escolha das viaturas veio a incidir sobre os veículos MAN TGS 33.360 6x4 BB-WW. As especificações WW (World Wide) adquirem aqui uma importância essencial, devido às especificidades dos países onde vão ser aplicadas. As 68 viaturas foram entregues até ao início do 2º semestre deste ano, prevendo-se que em Outubro já estejam ao serviço do cliente, tendo 40 delas carroçarias da marca Meiller.

PROMO ESCOLHE SOLUÇÃO DE GESTÃO DE ARMAZÉM EYE PEAK Para dar sequência à estratégia de implementação de serviços logísticos, a Promo adjudicou à unidade de negócio Soluções de Mobiliadade da Sinfic a solução de gestão de armazém Eye Peak. De acordo com Nuno Andrade, administrador da Promo, a escolha da solução de gestão de armazém Eye Peak “foi o culminar de um processo de análise com várias fases. Inicialmente foram consideradas soluções nacionais e internacionais de gestão de armazém. Como as necessidades da Promo exigiam desenvolvimento para adaptar a solução às necessidades da empresa, as soluções internacionais foram descartadas, dando preferência a uma relação de maior proximidade geográfica”. A escolha acabou por recair no Eye Peak, dado que já respondia a muitas das necessidades da empresa na sua forma standard, reduzindo assim as necessidades de desenvolvimento para responder às especificidades da Promo.

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DIA ENI NO CIRCUITO DE LOUSADA A ENI, patrocinador activo do desporto motorizado em Portugal, reuniu no dia 16 de Setembro, na Pista da Costilha em Lousada os seus clientes e patrocinados. As centenas de pessoas presentes tiveram a oportunidade de ver e sentir as emoções ao circularem em viaturas de competição de vários tipos e em diferentes pisos. Nos Co-Drives estiveram presentes os pilotos Daniel Nunes, Pedro Lança, Daniel Ribeiro, Pedro Grancha, Fernando Santos, Miguel Abrantes, Diogo Gago e Jorge Pinto e Bernado Maia. Houve também exibição de motos de estrada, enduro, motocross e no final do evento houve uma exibição dos kartcross representados pela Auto Sport & Kart. Esta iniciativa contou com o apoio do Clube Automóvel de Lousada.

PRIMEIRO CAMIÃO HIBRIDO RENAULT TRUCKS VAI CIRCULAR EM BARCELONA Barcelona será a primeira cidade espanhola a receber um camião híbrido de 26 toneladas para o seu serviço de recolha de resíduos. O Renault Premium HybrysTech vai circular antes do final do ano pela mão da Urbaser, primeira empresa espanhola que incorpora um veículo com estas características na sua frota. Este camião utiliza energia eléctrica até aos 20 km/h o que permitirá evitar a emissão de 12 toneladas de CO2 anuais e reduzir em 20% o consumo de combustível. Também são suprimidos os ruídos do motor durante o arranque e paragem do veículo, incluindo o processo de carga e descarga de contentores de lixo. A Expoelectric Fórmula-e 2012 foi o cenário da primeira apresentação pública deste veículo em Espanha, desenvolvido e fabricado por Renault Trucks.

SCANIA IBÉRICA TEM NOVO DIRECTOR COMERCIAL DE CAMIÕES Pedro Déniz Holtmann, foi nomeado director comercial de camiões, veículos usados e logística da Scania Ibérica. Substitui Emilio Hernández Vannini na gestão do departamento comercial de camiões e assume também a direcção do departamento comercial de veículos usados e da área de logística, até ao momento integrada no departamento de Marketing e Produto. Pedro Déniz, é licenciado em Direito, possui um Master em Gestão Administrativa e um MBA. Iniciou a sua actividade profissional na Scania no ano de 1996, desempenhando funções no departamento comercial. No ano de 2011 tornou-se responsável pela gerência dos concessionários Scania nas províncias de Málaga, Granada, Jaén e Almeria.



APRESENTAÇÃO

Mercedes-Benz Citan

SUCESSO À VISTA Com chegada prevista ao mercado português no mês de Novembro, o MercedesBenz Citan corresponde aos padrões habituais da marca alemã, que conferiu ao comercial ligeiro os seus reconhecidos critérios de qualidade.

O

surgimento de um novo veículo comercial suscita sempre curiosidade, mais ainda quando se trata da entrada de um construtor num segmento onde não tem estado presente. Por essa razão geraram-se elevadas expectativas em torno do MercedesBenz Citan, que promete agitar o mercado através da sua eficiência na distribuição urbana. Foi isso que tivemos oportunidade de constatar na cidade de Copenhaga, na Dinarmarca, onde decorreu a apresentação dinâmica com trajectos de cariz urbano para que fosse posto à prova. Além do desempenho no trânsito citadino foi possível testar, em circuito fechado, a capacidade de travagem,

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APRESENTAÇÃO a manobrabilidade e a fiabilidade do Citan. Sobre estes aspectos podemos afirmar que o resultado foi positivo, o veículo demonstrou um comportamento exemplar nos diversos desafios que teve de superar. Baseado na plataforma do Renault Kangoo, o novo modelo vem ampliar a gama de comerciais ligeiros da Mercedes-Benz, constituída pelo Vito e Sprinter. No segmento dos monovolumes, a série fica completa com o Viano. Volker Mornhinweg, responsável pela Mercedes-Benz Vans, salientou: “ se tem a estrela da Mercedes, tem que possuir os padrões de qualidade Mercedes. O Citan não é apenas muito robusto é também muito seguro”. A marca alemã conseguiu conjugar na perfeição o prazer de condução com um alto rendimento e custos de manutenção reduzidos. A versão Citan BlueEfficiency apresenta um consumo de 4,3l/100 km. O compartimento de carga tem cerca de 3,8 m3 e uma capacidade de carga útil de 800 kg, contribuindo para que se apresente como uma solução profissional para a distribuição urbana, graças à rentabilidade, versatilidade e robustez que caracterizam o modelo. A herança Mercedes-Benz é visível no design exterior, com traços inspirados nos outros comerciais da família, onde se destaca desde logo a estrela cromada de três pontas, colocada sobre uma robusta grelha do radiador e os faróis inclinados salientam o dinamismo do veículo. O formato trapezoidal da tomada de ar no pára-choques faz sobressair a imponência do Citan. Este é mais um elemento do estilo típico Merce-

des-Benz presente em toda a gama de veículos de passageiros e também nos pesados, designadamente no novo Actros. Possui pará-choques resistentes em plástico, mas para os clientes que preferem uma imagem mais elegante, o Citan encontra-se também disponível com pará-choques e retrovisores exteriores na cor da carroçaria. No interior, deparamos com o nível habitual dos veículos Mercedes-Benz onde se destaca o ergonómico e robusto painel de instrumentos, com uma textura semelhante ao couro, resistente aos riscos e de fácil limpeza. Todas as variantes dispõem de velocímetro, conta-rotações, indicadores do nível da temperatura do motor e do combustível. O display central situado na parte inferior do velocímetro mostra a quilometragem. Os modelos com computador de bordo exibem informações relativas ao con-

sumo de combustível, quilometragem total e parcial e autonomia. Tanto o condutor como o ocupante dispõem de bancos com acolchoado rígido e confortável. A sua forma anatómica, especialmente nas costas, oferece uma agradável posição de condução. Possui numerosos espaços de arrumos para os objectos de maior ou menor dimensão no quotidiano do condutor. Um comercial fUncional O Citan vai estar disponível em três versões: furgão, mixta e combi de passageiros. São propostas três variantes, compacta, longa e extra-longa, com comprimentos de 3,94 metros, 4,32 metros e 4,71 metros, respectivamente. Disponibiliza um espaço de carga considerável, com comprimentos interiores de 1,36 m, 1,75 m e 2,13 m (Citan compacto, longo, extra-longo). A capacidade de carga útil depende do comprimento e peso bruto, sendo de 500 kg no compacto, 650 kg no longo e 800 kg no extra-longo. Pode aceder-se ao compartimento de carga através de uma ou duas portas laterais deslizantes e também pela dupla porta traseira assimétrica, com posições de 90º e 180º, para facilitar as operações de carga. Para possibilitar o transporte de objectos compridos, as versões longa e compacta podem incluir uma abertura superior junto da porta traseira. O equipamento de segurança é um dos pontos fortes do Citan, que tem como elemento central o programa electrónico de estabilidade Adaptive ESP implementado de série em todos

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APRESENTAÇÃO

os modelos, que tem em atenção a carga efectiva do veículo. Este sistema inovador surge em combinação com o ABS, distribuição electrónica da força de travagem EBV, regulação do binário de retenção do motor MSR, sistema anti-bloqueio das rodas, assistência hidráulica à travagem, auxiliar de arranque em subida e sistema de tracção TCS e ASR. O Citan encontra-se equipado com o motor turbodiesel “common rail” de 1,5 l de cilindrada, com injecção directa e três níveis de potência: 75 cv (108 CDI), 90 cv (109 CDI) e 110 cv (111

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CDI). Esta última versão só estará disponível a partir do segundo semestre do próximo ano. Os dois níveis de potência inferiores são dotados de caixa manual de cinco velocidades e a variante de 110 cv com caixa de seis. Destaque para os intervalos de manutenção que se situam nos 40 mil km ou dois anos e o baixo consumo de combustível no Citan com tecnologia BlueEfficiency 108 CDI e 109 CDI que registam valores na ordem dos 4,3l/100 km que se traduz em emissões de 112 g/km de CO2, contribuindo positivamente para a preservação ambiental.

Estes modelos possuem também a função Eco start/stop que desactiva o motor sempre que se encontra sem nenhuma mudança engrenada (ponto morto). Assim, que for accionado o pedal da embraiagem volta a ligar. Os preços de comercialização do Citan em Portugal, ainda não se encontram totalmente definidos, no entanto deverá apresentar um valor superior ao Renault Kangoo, e inferior ao Volkswagen Caddy, sendo um concorrente de peso no segmento dos comerciais ligeiros.■ Ana Paula Oliveira



COMERCIAIS

A gama de comerciais Citroën foi renovada recentemente e incorpora o espírito Créative Technologie, onde impera a modernidade para tornar mais fácil o quotidiano dos utilizadores de veículos profissionais.

Citroën Berlingo

PERFIL COMERCIAL

A

marca francesa detém um longo historial na construção de veículos comerciais que se tornaram verdadeiras referências no sector. O Berlingo foi apresentado em 1996 e caracterizava-se por conjugar estilo e funcionalidade, desde então tem registado uma evolução constante que tem por base a inovação. Actualmente revela uma silhueta mais moderna, mais forte e mais expressiva, nomeadamente com evoluções no estilo em perfeita harmonia com os códigos actuais da marca, assentando a sua evolução nas suas prestações como utilitário. O Berlingo possui uma nova grelha frontal de maior dimensão e também mais arredondada, onde se encontram os estilizados “chevrons” da marca. Os indicadores de mudança de direcção, ocupam um espaço lateral da óptica

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e são activados por segmentos azuis. A entrada de ar frontal destaca-se, conferindo-lhe um aspecto de robustez, factor muito apreciado num veículo comercial. As alterações incluem um novo design dos espelhos exteriores, que graças ao seu aerodinamismo permitem diminuir ainda mais o consumo de combustível e as emissões de CO2. O interior distancia-se da antiga imagem associada aos veículos profissionais, apresentando um estilo atractivo para quem passa o dia ao volante, oferendo um ambiente a bordo agradável. Apresenta o revestimento «Gazyban» em cinza bizantin/bise substitui a versão anteriormente proposta, de modo a melhorar a qualidade de vida a bordo. Mas nem só de estética vive o Berlingo, por isso mostra uma arquitectura funcional, prática, ergonómica e de elevada habitabilidade. Com um volu-

me máximo de carga de 4,1 m3, e graças aos seus acessos inteligentes, incluindo portas laterais deslizantes ou traseiras assimétricas (60/40), com abertura a 180°, permite a carga de duas europaletes, optimizando a facilidade e segurança de utilização. O banco lateral retráctil permite transportar cargas com comprimento até 3 metros, enquanto o banco central pode ser colocado em função de escritório móvel. SolUçõeS à medida Devido à sua versatilidade pode ser utilizado para diversos tipos de actividades, sendo adaptável às necessidades dos profissionais, o berlingo disponibiliza, a título opcional, acabamentos completos em madeira (piso, cavas das roda, protecção dos flancos) e várias soluções de fixação. Para uma me-


COMERCIAIS

lhor ergonomia, disponibiliza também uma cabine “Extenso” de três lugares, com os assentos dos passageiros rebatíveis, permitindo um melhor aproveitamento do espaço de carga. A Eurotransporte teve oportunidade de testar o Citroën Berlingo 1.6 dotado da tecnologia micro-híbrida e-HDi, as emissões de CO2 da motorização eHDi 90 Airdream BMP6 são ainda menores, com apenas 123g/km. O veículo encontra-se equipado com caixa de velocidades automatizada e sistema “start & stop”, e apesar do mercado

português não estar ainda muito receptivo a este tipo de caixas, na realidade constituem uma óptima opção para utilização quotidiana, permitindo uma condução mais tranquila e também consumos reduzidos. Esta versão é comercializada pelo preço de 19.787 euros. Existem outros benefícios deste conjunto moto-propulsor que repartem por duas áreas, sendo simultaneamente ecológico e ergonómico no interior da cabina. A total ausência de uma alavanca de velocidades liberta o espaço

entre o condutor e o passageiro, sendo que a selecção das mudanças é feita através de um selector no painel de instrumentos, ou com patilhas no volante para mudanças de caixa em modo manual. O Berlingo está disponível com prestações dinâmicas, mantendo o respeito pelo ambiente, com um motor a gasolina Vti 95 e quatro a diesel: HDi 75, HDi90, e-HDi90 (caixa manual), e-HDi90 (caixa pilotada de seis velocidades).n Ana Paula Oliveira


BREVES

FORD TRANSIT CUSTOM VENCE TROFEÚ “INTERNATIONAL VAN OF THE YEAR” Um júri composto por 24 jornalistas especializados avaliou a nova Transit Custom pelo seu estilo, maneabilidade, capacidade de carga, características de segurança e pelo seu baixo custo de utilização, atribuindo o troféu de “International Van of the Year” no Salão de Veículos Comerciais de Hannover. A Transit Custom alcançou 117 pontos dos 133 possíveis, a mais elevada pontuação de sempre de um modelo vencedor na história destes prémios. Seguiram-se o Dacia Dokker e o Mercedes-Benz Citan, segundo e terceiro, respectivamente. A família Transit passa a deter um recorde de quatro vitórias - Transit (2001), Transit Connect (2003) e Transit (2007) - nos 22 anos de história destes prémios.

TRW DISPONIBILIZA VÍDEO ONLINE DE DEMONSTRAÇÃO E FORMAÇÃO A TRW apresentou online um vídeo de demonstração e formação, completo e gratuito, para apoiar a sua ferramenta de serviço portátil para oficinas, o TRW easycheck. Este guia, que pode ser descarregado no site www.trwaftermarket.com, possui três funções: pode ser utilizado como suporte de formação para auxiliar os utilizadores existentes; também permite que potenciais clientes compreendam as características e vantagens da ferramenta antes de efectuarem a compra e, finalmente, apoia a principal filosofia da TRW de oferecer aos seus clientes um valor acrescentado. O vídeo está disponível em oito idiomas: alemão, espanhol, francês, inglês, italiano, holandês, português e turco.

DAF XF105 É CAMIÃO DO ANO NA IRLANDA Na cerimónia da entrega dos prémios Anuais da Exportação, Transportes e Logística, em Belfast, o DAF XF105 venceu o prémio de Camião de Frota Irlandês do Ano de 2012. O júri destacou a fiabilidade, economia, design e conforto para os condutores do modelo topo de gama da DAF. Os prémios de Camião do Ano, são atribuídos pelo magazine Export & Freight. O júri comentou: “O DAF XF105 foi claramente concebido como um camião sem compromissos para frotas que necessitem do mais baixo custo de operação e que considerem também importante a estabilidade do seu quadro de pessoal condutor. Trata-se de um veículo particularmente vocacionado para o transporte a longa distância, fundamentalmente um veículo fiável e económico.”

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VAN DO ANO

Ford Transit Custom e Tourneo Custom

UMA LENDA RENOVADA Inserida na estratégia de reformulação de toda a gama de comerciais Ford, a nova Transit Custom, eleita Van do Ano 2013, oferece um estilo exterior moderno a par de um interior em tudo semelhante ao de um automóvel, que irão certamente conquistar novos adeptos para este modelo mítico. A elegante Tourneo Custom está vocacionada para o transporte de passageiros em negócios ou lazer.

A

nova Ford Transit Custom apresenta um estilo inconfundível inspirado no carácter dinâmico do kinetic design presente nos automóveis de passageiros da Ford, e uma notável dinâmica de condução, sem prescindir de nenhum dos valores do lendário modelo Transit como a robustez e valor, acrescentando uma capacidade de carga líder na sua classe, atractivos custos de utilização e os melhores valores de consumo de combustível. A Van do Ano 2013 é uma proposta completamente nova da Ford para o segmento de uma tonelada que deverá chegar ao mercado português em final de 2012 (Dezembro) ou início de 2013. A nova geração do emblemático modelo vai estar disponível em versões de chassis curto e longo, substituindo gradualmente os derivativos de chassis cur-

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to e médio da gama actual que vão continuar a coexistir durante o ano de 2013 com a nova gama. O kinetic design está patente na grelha trapezoidal vincada, uma linha de ombros forte e musculada, acentuada pelos salientes rebordos das cavas das rodas. A Transit Custom vai estar disponível em versões de distância entre eixos curta (chassis curto – comprimento total de 4,97 metros) e longa (chassis longo comprimento total de 5,34 metros), com volumes de carga máxima de 6,0 (curto) e 6,8 m3 (longo). Os modelos de chassis curto permitem transportar três europaletes e materiais até 3 metros de comprimento (3,4 metros nas versões chassis longo), devido a uma engenhosa optimização da antepara e do design do espaço de carga. Os pontos de fixação e ancoragem foram reposicionados nas paredes laterais interiores,

deixando o piso livre para facilitar as operações de carga e de limpeza. O revestimento do piso de carga proporciona maior durabilidade, sendo fácil de limpar. Para oferecer aos clientes uma ampla gama de opções de carga, entre os 600 kg e os 1.400 kg, a Transit Custom está disponível com várias opções de peso bruto, que no mercado português serão quatro: 2.500 kg, 2.700 kg, 3.100 kg e 3.300 kg. A capacidade de carga pode ser expandida até 130 kg, graças à opção das barras transversais posicionadas no tejadilho que podem ser rebatidas quando não utilizadas. modelo de virtUdeS A Transit Custom surge com um interior moderno, totalmente novo, com tecnologias avançadas e uma excelente


VAN DO ANO dinâmica de condução, e um nível de agradabilidade ao condutor semelhante ao de um automóvel. O painel de instrumentos combina um visual elegante com inteligentes soluções de arrumação para garrafas, telefones e papéis. O conforto foi melhorado através de uma posição de condução de ajuste variável, maior em termos de comprimento, incluindo 30 mm adicionais para trás para acomodar condutores de estatura mais elevada e a inclusão de uma coluna de direcção ajustável em profundidade e altura. O condutor tem ao seu dispor uma gama de tecnologias de assistência à condução que estão disponíveis nos mais recentes automóveis de passageiros da Ford, entre as quais o Sistema SYNC de conectividade ‘in-car’ com

activação por voz, integrando a premiada tecnologia de Assistência de Emergência, Assistência da Manutenção da Faixa, Alerta do Condutor e Controlo da Altura dos Faróis, para além do sistema de câmara de visão traseira com imagem integrada no retrovisor interior. A Ford Transit Custom disponibiliza três derivativos no mercado nacional: Van (dois comprimentos de chassis, L1 e L2), Kombi Van (dois comprimentos de chassis, L1 e L2 + 6 lugares c/ antepara), Kombi (dois comprimentos de chassis, L1 e L2 + 9 lugares) Encontra-se equipada com o bloco diesel Ford Duratorq TDCi de 2,2 litros de cilindrada, disponível em variantes de 100 cv, 125 cv e 155 cv, este motor de elevado binário e de resposta pronta integra, de série, a ECOnetic technolo-

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NOVIDADE

gie, Start/Stop com limitador de velocidade (110 km/h) e a função Stop/Start nos blocos Euro 5, permitindo consumos combinados de 6,6 litros aos 100km e emissões de CO2 de 174 g/km, numa redução de até 8% comparativamente ao actual modelo Transit. O intervalo de preços varia entre os 20.200 € e 24.500 € (Van), 22.600 € a 27.000 € (Kombi Van), 37.300 € a 43.000 € (Kombi). ford toUrneo cUStom A nova Tourneo Custom revela uma vocação diferente, apresentando-se aos utilizadores profissionais e particulares como uma proposta de passageiros com maior estilo e com maior número de características de um automóvel. O início da comercialização está agendado para o final do ano em curso. Com linhas fluídas e arrojadas, a Tourneo Custom encerra o mesmo carácter dinâmico inerente ao kinetic design

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presente nos automóveis de passageiros da Ford, podendo ser uma opção válida, seja para uso pessoal ou como um “shuttle” para executivos e para transporte de turistas. Disponível com uma configuração de oito ou nove lugares, a Tourneo Custom irá estar disponível em versões de distância entre eixos curta, com 2.033 mm (comprimento total de 4,97 metros) e longa, com 3.000 mm (comprimento total de 5,34 metros), ambas com um generoso espaço para pessoas e bagagem. O comprimento adicional das versões chassis longo implica um espaço adicional de carga atrás da terceira fila de bancos. Os derivativos do modelo Tourneo Custom oferecem duas portas laterais deslizantes de série, com degraus móveis para um melhor acesso, bem como uma diferenciação em termos visuais. A porta traseira articulada é de série. O interior da Tourneo Custom prima pela elegância, conforto e pelo aspecto

luxuoso, onde se destaca a qualidade dos equipamentos e a ergonomia do painel de instrumentos. Os passageiros do compartimento traseiro desfrutam de um ambiente espaçoso com recurso a materiais mais nobres, como seja a aplicação de pele nos bancos (em opção). Os novos sistemas de aquecimento, ventilação e ar condicionado oferecem maior fluxo de ar e também uma melhor performance. Conta com a melhorada versão do motor de 2,2 litros Duratorq TDCi da Ford, que combina performance e economia ao nível dos consumos. Está disponível com três níveis de potência: 100 cv, 125 cv e 155 cv. Dotada de uma caixa de seis velocidades manual e com Auto Stop/Start de série, os consumos situam-se nos 6,5 litros aos 100km, e emissões de CO2 (172 g/km). Os preços de comercialização situam-se entre os 44.000 e os 48.800 €.■ APO



NOVIDADE

A nova geração FH foi concebida de acordo com os actuais requisitos do sector do transporte, visando proporcionar um aumento da rentabilidade das empresas que têm ao seu dispor a fiabilidade e a economia das novas motorizações Volvo.

Nova série

VOLVO FH

O

início da produção do novo Volvo FH encontra-se agendada para o segundo trimestre de 2013, sendo disponibilizadas motorizações Euro 5 e Euro 6. Estas últimas recorrem aos sistemas SCR (redução catalítica selectiva), EGR (regeneração de gases de escape) e filtro de partículas para poderem estar em conformidade com o disposto na norma europeia. A redução do consumo de combustível tem sido a meta primordial dos construtores de camiões, a Volvo também se empenhou neste objectivo e se os motores Euro 5, já apresentavam um consumo económico, agora serão ainda mais. O primeiro propulsor Euro 6 da Volvo promete uma redução significativa das emissões. Graças à nova função I-See permite diminuir o consumo de combustível, até cerca de 5%. No Outono de 2013, será lançada uma nova linha motriz, a Volvo I-Torque, “que reduz o consumo de combustível até 4%. Juntamente com o I-See e outros pequenos melhoramentos, o resultado é uma redução do consumo de combustível até 10%. Isso corresponde a 4100 litros de combustível por ano num camião médio”, assegura Claes Nilsson, Presidente da Volvo Truck Corporation. Uma poupança adicional até 5% é possível com o novo pack de combustível da Volvo Trucks. Este inclui formação e assistência mensal – Fuel Advice – e visa reduzir os custos, alterando estilos de condução e aumentando o conhecimento de como conduzir de forma a obter a máxima eficiência. A Volvo introduziu as mais recentes tecnologias na nova geração FH que passa a dispor de monitorização online

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NOVIDADE

dos camiões, planeamento da oficina mais eficiente e Volvo Action Service on Call. Em conjunto, dão origem a uma plataforma que permite à Volvo Trucks criar as condições para um período operacional alongado. Através da nova estrutura electrónica da série Volvo FH é possível utilizar uma unidade de comunicação designada por Módulo de Comunicação Telemática, o camião é ligado remotamente através da rede GSM. Deste modo a oficina pode monitorizar as condições do veículo à distância, controlando o desgaste dos travões e da embraiagem, e ainda o estado da bateria e do filtro do desumidificador. Hora de renovar A nova cabina da série FH oferece maior ergonomia, e 300 litros de espaço adicional destinado a arrumos. A Volvo teve a preocupação de melhorar o habitáculo no intuito de disponibilizar um local de trabalho confortável para o motorista. A ampliação do espaço interior foi conseguida porque os pilares A ficaram mais verticais.“Isto confere à cabina linhas mais rectas no exterior, mas a linha inclina-

da do tejadilho da cabina compensa esta alteração. Em resultado, o Volvo FH mantém a aparência distintiva da cabina”, diz Rikard Orell, Director de Design na Volvo Trucks. Apesar de a cabina ser maior, o novo Volvo FH ainda apresenta as mesmas propriedades aerodinâmicas que a sua predecessora, devido, ao maior raio dos cantos da cabina. A nova grelha foi criada para melhorar o arrefecimento da nova geração de motores Euro 6 de 13 litros, enquanto o logotipo da marca passa a situar-se por baixo do para-brisas. As janelas são maiores do que no anterior Volvo FH e foram concebidas para melhorar a visibilidade de proximidade. O painel de instrumentos é mais plano e é constituído por uma única peça de um lado ao outro da cabina. Outro aspecto que melhora a visibilidade são os espelhos retrovisores. Muitas das funções no novo camião podem ser controladas através de botões situados no volante, onde se inclui o telefone e o navegador. Os botões no painel de instrumentos foram posicionados por ordem de prioridade, mas também podem ser facilmente reposicionados pelo motorista ou pela empresa de transportes. A estrutura da cabina torna o novo Volvo FH um veículo ainda mais seguro, conforme ficou provado nos testes de colisão a que foi sujeito com grande sucesso. A visibilidade melhorada, em grande parte devido aos espelhos retrovisores mais estreitos, também contribui para o ambiente de trabalho mais seguro. Factores como a optimização dos sistemas de suspensão dianteira e traseira, a maior estabilidade de circulação e a suspensão melhorada da cabina contribuem para conferir ao novo Volvo FH uma condução e um controlo superiores. Dispõe ainda de suspensão dianteira independente. Os melhoramentos ao nível do chassis e da cabina correspondem também a uma maior estabilidade direccional do novo Volvo FH. A combinação entre estabilidade de circulação e estabilidade direccional proporciona ao motorista uma sensação de precisão e conAPO trolo. ■

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ENTREVISTA

Fernando Martins, Director Geral da Lubrigrupo II

MOBIL REGRESSA A PORTUGAL Os lubrificantes Mobil estão novamente presentes em Portugal através da Lubrigrupo, empresa que representa esta marca de renome mundial para o nosso país.

A

empresa Lubrigrupo derivou inicialmente de um Agrupamento Complementar de Empresas (ACE), através da união de três distribuidores de lubrificantes da zona norte do país. A Mobilub, Lubrinordeste e Karterlub encetarem um projecto com o intuito de melhorar e complementar a oferta e o portfólio de produtos ao mercado com ênfase especial na distribuição de lubrificantes. A área de intervenção expandiu-se (incluindo as ilhas da Madeira e Açores) e passou a contar com mais cinco distribuidores (SDL, Auto Progresso de Pombal, Maia & Marques, JLH Sousa e Auto Pop). Fernando Martins, Director Geral da Lubrigrupo, falou sobre o projecto Lubrigrupo e sobre o renascimento da marca Mobil em Portugal à revista Eurotransporte. Como é que surge a Lubrigrupo e a sua relação com a Mobil? Após a saída oficial da ExxonMobil de Portugal em 2008, e tendo em atenção a relação de alguns destes distribuidores com a marca, o trabalho já desenvolvido na área da distribuição dos lubrificantes no nosso mercado, a necessidade da continuidade do abastecimento dos clientes fidelizados, a Lubrigrupo concebeu e materializou um plano de importação dos lubrificantes Mobil que passou também, por uma relação directa com a própria ExxonMobil. Foi uma fase particularmente difícil já que a relação apenas se resumia à transação do produto propriamente dita, ficando a cargo da Lubrigrupo toda a operação de distribuição ao mercado, promoção e suporte técnico. Mesmo nesta fase com todas as dificuldades inerentes à saída do nosso mercado da Exxon, a Lubrigrupo soube dar continuidade a um serviço de excelência a que o mercado estava habituado. Valeu a grande experiência de alguns dos nossos distribuidores que já trabalhavam a marca há mais de 20 anos tendo inclusivamente alguns deles sido premiados com o galardão Elite e considerados os melhores distribuidores da Ibéria. De facto, a Lubrigrupo soube

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transformar essas dificuldades em oportunidades futuras com uma visão sustentada no longo prazo e na excelência da operação em toda a cadeia de valor. O esforço da Lubrigrupo para não deixar cair a marca e o excelente trabalho desenvolvido por toda a rede de distribuidores, foi compensado pela atribuição à Lubrigrupo do estatuto de FDS (Fully Distributor Served) para Portugal por parte da ExxonMobil Corporation após a apresentação de um plano de negócios muito sólido, robusto e bem estruturado direccionado para o seu crescimento sustentável. A partir de quando é que a Lubrigrupo passou a representar oficialmente a Mobil em Portugal? Desde Janeiro de 2011. Com a representação oficial da Mobil, a Lubrigrupo evoluiu para para uma sociedade anónima por questões legais e estratégicas do negócio, permitindo a operação em dois canais de distribuição: Através de distribuidores para o mercado capilar e a comercialização directa ao mercado (B2C). O canal da distribuição e o directo são canais distintos, com especificidades próprias. Isto permite estar mais próximo de outro tipo de clientes e tratá-los de forma diferenciada em função das suas necessidades e sempre com objetivo

de maximizar o valor da parceria para ambas as partes. Canais diferentes exigem uma gestão diferenciada. A distribuição vai continuar a ser realizada pelos mesmos distribuidores? Todos os antigos membros da Lubrigrupo ACE são distribuidores da Lubrigrupo SA, com uma representatividade bastante forte nosso país, sobretudo nos mercados do norte, centro-sul e ilhas. Prevêem estar presentes em todo o território nacional a curto prazo? Estamos constantemente atentos no sentido de melhorarmos a nossa operação com o objetivo de maximizar a eficiência da cobertura geográfica do território nacional. Fizemos um road show para tentarmos encontrar os parceiros certos para suprir alguns gaps de mercado e neste momento encontramonos em processo de selecção e negociação com alguns distribuidores para as zonas de Beja e Algarve. Antes do final do ano queremos ter uma rede forte, organizada e que nos permita cobrir todo o território nacional de forma eficiente como atrás referi. No canal B2C (Business to Consumer) já temos uma abrangência nacional e temos perspectiva até ao final do ano reforçar a nossa equipa. Quais são os produtos comercializados e qual a relação da Mobil com os principais construtores? Como principais produtos comercializados, além da vasta gama de óleos de motor desde os minerais aos sintéticos, destaca-se a gama Mobil 1 líder mundial de mercado dos lubrificantes 100% sintéticos para ligeiros e também a nova gama Mobil Super que se posiciona no segmento Premium. O Mobil 1 possui uma fórmula que visa optimizar o rendimento energético do motor e reduzir o consumo de combustível, bem como reduzir também as emissões dos gases de escape. Foi a marca de óleo mais escolhida em todo o mundo pelos construtores de automóveis para primeiro enchimento e recomendação de utilização dos quais se destacam a


ENTREVISTA Porsche, Mercedes-Benz AMG, Aston Martin, Bentley e exclusivamente recomendado por mais de 50 modelos de automóveis. Há mais de 80 anos que o grupo ExxonMobil também está presente nos segmentos dos lubrificantes para motores de veículos pesados, máquinas industriais de obras públicas e agrícolas. A marca Mobil Delvac corresponde também às necessidades dos construtores e utilizadores do mercado de veículos utilitários. A Mobil tem uma gama completa de óleos de motor Mobil Delvac para o mercado (minerais, semi-sintéticos e sintéticos), destacando-se os produtos 100% sintéticos para intervalos de manutenção alargados e Fuel Economy. É importante realçar que estes lubrificantes da Mobil Delvac Fuel Economy permitem poupanças de combustível na ordem de 2,3 a 2,6%. Cada produto responde às mais exigentes especificações e requisitos dos construtores. Mobil Delvac é a marca utilizada nas oficinas e fábricas dos maiores construtores mundiais de veículos pesados como por exemplo: MAN, Scania, MercedesBenz, Volvo, Renault, DAF. A Mobil disponibiliza ainda, uma gama completa de outros lubrificantes dos quais destacamos: Óleos Mobil para caixas de velocidade; Óleos Mobil para transmissões manuais e automáticas; Lubrificantes Mobil para direcções assistidas; Lubrificantes Mobil para transmissões e sistemas hidráulicos (máquinas agrícolas). Qual é a quota de mercado da marca Mobil no território nacional? A marca Mobil já representou 11% em Portugal. Actualmente, a nossa quota de mercado é cerca de 3,5% embora estejamos a crescer num sector em que a queda nas vendas é generalizada. Temos a força do Brand, a reconhecida qualidade e valor acrescentado dos nossos produtos e serviços, que nos dão a certeza de que a médio prazo alcan-

çaremos a posição em que a marca merece estar. Existe um elevado potencial de crescimento. Porém, não queremos crescer a qualquer preço, estamos a ser bastante seletivos na forma da abordagem ao mercado, pois pretendemos apostar em clientes que valorizem a marca, que reconheçam a superioridade dos lubrificantes Mobil através de elementos tangíveis e sobretudo que valorizem as parcerias. Posso dizer-lhe que em 2012 estabelecemos parcerias fortes com empresas nacionais, empresas portuguesas multinacionais, filiais portuguesas de multinacionais que operam à escala global e em que o objetivo foi sempre o estabelecimento de relações Win-Win. As parcerias têm que ser boas para ambos. Quais são as expectativas de crescimento da marca Mobil a curto e médio prazo? O nosso objectivo é alcançar os 6% em 2015. Se conseguirmos mais do que isso e o que não me surpreenderá, será um resultado excelente! Mas o nosso target são os 6%. A Lubrigrupo vai disponibilizar serviços técnicos? Uma das prioridades da Lubrigrupo foi ter um departamento de serviços técnicos que pudesse proporcionar todo o apoio aos nossos clientes, não só como forma de fidelização mas também para lhes ajudarmos a resolver os seus problemas do dia a dia e/ou questões, bem como um aconselhamento profissional e credível em tudo o que abrange a lubrificação. Possuímos uma série de ferramentas online que a própria ExxonMobil nos disponibiliza, com as quais podemos apoiar os nossos parceiros. No plano técnico estamos bem apetrechados, porque estamos conscientes que é um factor crítico de sucesso no nosso negócio e também de diferenciação. O apoio técnico da ExxonMobil à Lubrigrupo é muito forte, digamos que é o mesmo da própria ExxonMobil e das suas filiais. Não há distinção, a Lubrigrupo tem um tratamento

idêntico o que faz com que neste campo sejamos muito fortes também. O preço é um factor determinante para a escolha de uma marca de lubrificantes, ou existem outros aspectos que influenciam a compra? Não. Gosto muito de fazer a analogia com um Iceberg. Num Iceberg cerca de 10% emerge à superfície e o restante correspondente a 90% está submerso. Ou seja, o preço é aquilo que se vê, tudo o resto que não é visível representa os benefícios para o cliente, ou se quisermos, o valor associado à sua escolha. Os lubrificantes são um produto de alto valor acrescentado e como tal, não se podem nem se devem vender pelo preço. Como outros factores, destacaria efectivamente a marca e o capital da marca como a imagem e notoriedade. Apenas quero sublinhar a questão da poupança de combustível que atrás falei. Quanto poupará por ano, um transportador cuja frota faz milhões de quilómetros se utilizar um produto que lhe permita economizar em combustível entre 2,3% a 2,6%?Imenso! Aqui está um exemplo de que os clientes não devem só comparar preços mas também benefícios. Como é que define o mercado dos lubrificantes em Portugal? É um mercado extremamente maduro, muito competitivo e muito concorrencial. Desde a década dos anos 90 até aos dias de hoje, estima-se que o mercado tenha sofrido uma queda de aproximadamente 20%. A reduzida rentabilidade e atractividade do negócio face aos investimentos necessários, às dificuldades de recebimento em alguns canais de distribuição, bem como aos custos fixos de operação associados, faz com que seja um negócio muito pouco atractivo do ponto de vista financeiro mas muito estimulante do ponto de vista técnico e da relação com o cliente.■ APO

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CAMIÃO DO ANO

IVECO STRALIS HI-WAY QUALIDADE CONFIRMADA A gama de pesada da Iveco foi recentemente renovada com o modelo Stralis Hi-Way que se caracteriza por proporcionar custos de operação reduzidos, menores consumos de combustível que se traduzem em vantagens ao nível da mobilidade sustentável.

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construtor italiano teve em consideração os desafios do transporte e apresentou uma proposta competitiva que se destaca pela eficiência e qualidade. O Stralis Hi-Way possui uma nova tecnologia motora inovadora, onde está incluído o sistema HI-eSCR, desenvolvido pela FPT Industrial, para cumprir o limite imposto pela normativa Euro 6, sendo o único veículo pesado que não recorre à utilização de EGR. Esta solução possibilitou a simplificação do sistema de pós-tratamento de gases e permite utilizar o mesmo “body in white” existente na cabine, a partir do momento que com o HI-eSCR o motor não necessita de sistema de refrigeração adicional. Proporciona diversos benefícios, como a redução de peso, um menor consumo de combustível e

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uma maior duração devido a uma tecnologia menos complexa, mas capaz de garantir a eficiência. Segundo Alessandro Mortali, Vice Presidente Sénior da gama pesada da Iveco, “o novo Stralis maximiza a poupança em todas as áreas principais de custos. De facto, permite uma redução consistente do custo total na utilização do modelo de 4% nas operações mais comuns”. Surge com uma cabine de design totalmente renovado, sistema de telemática avançado e integrado, melhores ferramentas de apoio ao cliente e com o inovador sistema electrónico de segurança em estrada. O novo modelo foi sujeito a ensaios de qualidade e fiabilidade, com mais de seis milhões de quilómetros de testes de resistência e outros onze milhões de quilómetros em testes de estrada.


CAMIÃO DO ANO

Cabe à fábrica Iveco de Madrid (Espanha) a responsabilidade da produção do novo Stralis. Esta unidade foi recentemente premiada com a medalha de prata pelo nível de qualidade, pelo prestigiado programa World Class Manufacturing (WCM), obtendo uma das pontuações mais elevadas. Um modo de vida O Stralis Hi-Way foi concebido a pensar no conforto dos motoristas, por isso apresenta uma cabina com uma ergonomia renovada que resulta da estreita colaboração com vendedores e clientes. A nível exterior houve a preocupação de melhorar a aerodinâmica do veículo na redução do consumo. A frente caracteriza-se sumariamente pela nova grelha central redesenhada, pelos deflectores de ar, nova viseira de sol com luzes de LED, o grupo óptico dotado de luzes diurnas de circulação de LED e projectores de Xenon e pela optimização dos pára-choques. São disponibilizadas duas larguras da cabine: a cabine larga (2.500 mm) HiWay projectada para garantir o máximo conforto nas deslocações mais longas, disponível na versão longa de tecto alto e baixo; e a cabine média (2.300 mm) disponível na versão Hi-Road longa de tecto médio-alto e baixo e Hi-Street curta com tecto baixo. Revela um ambiente interior acolhedor, onde os comandos foram reposicionados ao redor do computador de bordo numa zona central, para que

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CAMIÃO DO ANO seja facilmente visível e alcançável. Para corresponder aos requisitos específicos de todas as actividades e necessidades de gestão de frotas, o novo Stralis acrescenta à vasta gama, a oferta da exclusiva função DSE (Driving Style Evaluation) Avaliação do estilo de Condução; Iveconnect, o exclusivo sis-

tema Iveco que integra o dispositivo de navegação e o serviço de infotainment, assistência de condução. Encontra-se ainda disponível a função Iveconnect Fleet que faculta assistência para a gestão das pequenas, médias e grandes frotas. O Stralis Hi-Way dispõe de um avan-

çado sistema electrónico, que abrange o dispositivo EBS com a função de Assistência à Travagem, o Sistema de Aviso de Mudança de Faixa, ESP, Adaptive Cruise Control, Luzes Diurnas de Circulação, a nova função de Suporte à Atenção do Condutor e o Sistema Avançado de Travagem de Emergência. O Stralis Hi-Way encontra-se equipado com o motor Cursor FPT Industrial com arquitectura de seis cilindros em linha, com três opções de cilindrada (8, 10 e 13 litros na gama Euro V; 9, 11 e 13 litros na gama Euro VI) e oito níveis de potência na versão diesel (de 310 a 560 cv) mais três versões CNG (de 270 a 330 cv). Estas motorizações permitem conciliar baixo consumo e prestações elevadas, que oferecem o máximo de binário em regimes muito baixos (a partir das 1.000 rpm). O reduzido número de passagens de caixa, traduz-se em eficiência e conforto de condução. No intuito de melhorar o desempenho do condutor, o novo Stralis apresenta a exclusiva função “Driving Style Evaluation”, um instrumento que permite ao motorista melhorar o seu estilo de condução em tempo real, que se estiver ligado ao sistema, o Iveconnect Fleet, também, permite que o operador de uma frota avalie remotamente cada condutor. camião internacional do ano 2013 No decorrer da 64ª edição do Salão Internacional de Hanover, o novo Stralis Hi-Way foi eleito “Camião Internacional do ano 2013”, prémio atribuído por um júri constituído por 25 jornalistas de revistas europeias. O galardão foi entregue a Alfredo Altavilla, Administrador Delegado da Iveco, que declarou: “Estamos orgulhosos por receber este reconhecimento. O novo Stralis representa um ponto de referência em termos de eficiência, qualidade e valor para o cliente. O modelo é a demonstração concreta da renovação da nossa estratégia corporativa, que nos coloca muito próximo dos nossos clientes, pela nossa capacidade de fornecer produtos excelentes”. Os critérios de atribuição do troféu abrangem aspectos como o contributo do veículo para a eficácia do sector dos transportes rodoviários em termos de consumos reduzidos, segurança, maneabilidade, conforto e reduzido impacto ambiental. n APO

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DESTAQUE

Scania no IAA

UMA GAMA COMPLETA O construtor sueco foi uma das presenças mais notadas no Salão Internacional de Hanover (IAA), onde expos a gama de motores Euro 6, de 9 e 13 litros com potências que vão dos 250 cv aos 480 cv, além de dois veículos Euro 6 a gás, dotados de nova tecnologia.

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o Salão referência dos veículos comerciais pesados e ligeiros, a Scania teve presente com uma vasta panóplia de produtos, desde camiões a autocarros. Esta foi uma oportunidade para exibir a mais recente gama de motorizações disponibilizada pela marca sueca, designadamente, a nova tecnologia diesel Euro 6, SCR e EGR+SCR combinadas. Foram apresentados quatro novos motores. O pós-tratamento SCR, é utilizado em dois novos motores diesel de 9 litros de 320 e 360 CV, enquanto os novos motores de 250 e 280 cv reúnem o sistema EGR e SCR, similar ao utilizado nos veículos de 13 litros com 440 e 480 CV. Os clientes têm a possibilidade es-

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colher entre a tecnologia SCR ou EGR+SCR, na gama de 9 litros. Importa salientar que a base para todos os motores Euro 6 da Scania é a mais recente plataforma modular dos motores de 9, 13 e 16 litros, que se traduz em benefícios como uma maior facilidade de assistência e fornecimento de peças. A gama completa destes motores deverá estar disponível a partir de 31 de Dezembro de 2013, data em que a norma Euro 6 irá ter carácter de obrigatoriedade. Os motores Euro 6 da Scania demonstram um binário elevado a baixas rotações, o que proporciona uma condução distinta, permitindo uma velocidade de cruzeiro adequada a baixas rotações, para uma economia máxima

de combustível. Os motores de 13 litros, de 440 e 480 CV, com EGR e SCR, foram lançados no início de 2011. Está comprovado que em termos de economia de combustível e performance têm, pelo menos, o mesmo desempenho do que nos motores Euro 5 da Scania. De referir que a Scania desenvolve motores para diversos tipos de actividades, num processo comum que utiliza como base os mesmos motores. O desenvolvimento de motores para camiões e autocarros decorre em paralelo com o das aplicações de motores industriais, geradores ou motores marítimos, camiões de construção, os quais também serão obrigados a cumprir limites de emissões semelhantes aos da norma


DESTAQUE

Euro 6, a partir de 2014. Segundo o CEO da Scania, Martin Lundstedt, “os engenheiros da marca têm de ter uma visão global porque temos um sistema de produção modular e podemos criar soluções para requisitos de transporte muito específicos“. A Scania apresentou também dois novos motores Euro 6, de 9 litros, a gás, com um desempenho assinalável, destinados a camiões e autocarros.

As taxas máximas de binário são marcadamente elevadas para um motor de combustão Otto, o que deixa em aberto a possibilidade de aplicações para além da actividade de transporte urbano. Os novos motores a gás permitem uma condução semelhante ao diesel, e podem também ser aplicados em serviços como a distribuição regional ou o longo curso. O âmbito de funcio-

namento de uma unidade de tracção pode quase duplicar, devido à instalação de um depósito de gás líquido opcional, de 600 para cerca de 1100 km, que nos camiões, pode ser fornecido de fábrica. Um dos trunfos destes veículos consiste no funcionamento silencioso que permite às empresas efectuar entregas nocturnas com baixo nível de ruído em zonas com restrições ambientais.

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DESTAQUE

SolUçõeS verSáteiS Os motores em linha produzidos pela Scania, para camiões, são também utilizados nos autocarros de transportes urbanos e nos autocarros de turismo da marca, incluindo as opções de combustíveis alternativos como o biogás, o gás natural e o etanol, e a nova gama Euro 6. A montagem é longitudinal ou

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transversal, sendo que esta última é utilizada nos autocarros urbanos Scania Citywide, de piso rebaixado. Os camiões Off-road da Scania foram exibidos pela primeira vez numa exposição internacional, representados por um camião basculante, que integra a oferta de aluguer da Scania na Alemanha. Os novos veículos de obras preten-

dem dar resposta às exigentes condições de trabalho na indústria. O novo design da cabina distingue-se pela funcionalidade, dado que incorpora soluções robustas, que protegem os componentes mais vulneráveis, minimizando os custos de reparação e reduzindo os tempos de paragem. Possuem características inovadoras como uma maior mobilidade, a caixa de velocidades


DESTAQUE

adaptada a uma condução construtiva, uma nova versão do Scania Retarder, que permite uma potência adicional a baixas velocidades. Martin Lundstedt, CEO da Scania, salientou que “os produtos Off-road da Scania são muito importantes para a marca, por isso criamos um departamento dedicado a este sector de actividade”. As soluções de optimização do combustível estiveram em destaque no stand. Tanto os motoristas como os operadores dispõem de uma ampla gama de novos serviços de apoio, desenvolvidos pela Scania, nomeadamente, aplicações para smartphones e PC tablets. O Scania Communicator é instalado de série na maioria dos veículos Scania, funciona como uma plataforma flexível para apoiar os motoristas e as empresas. Permite realizar diversas operações, incluindo a ligação em tempo real ao veículo, através do sistema Scania Fleet Management. No intuito de agilizar o plano de assistência e as comunicações com a oficina, a ferramenta do Plano de Assistência dos pacotes de Análise e Con-

trolo foi melhorada. A Scania introduziu também um novo sistema audio, com navegação opcional, ligação telefónica Bluetooth, AUX, USB e tomada para cartão de memória. O Ecolution by Scania é um conceito para maximizar a economia de combustível entre 10 e 15%, reduzindo simultaneamente as emissões de CO2, sem prejudicar a performance. O Ecolution by Scania abrange o controlo do consumo de combustível, coaching personalizado de motoristas e manutenção especial. em deStaqUe No stand das Scania encontravamse nove camiões e dois autocarros, dos quais destacamos o tractor topo de gama Scania R 730 4x2 V8, com uma potência de 730 cv, 3500 Nm, Euro 5/EEV, equipado com caixa de velocidades totalmente automática e com o Scania Active Prediction que permite uma redução do consumo até 3%. Destinado especificamente ao transporte de madeira com grua auxiliar, o

pequeno camião Scania R 560 6x4 V8 de 560 cv, 2700 Nm, Euro 5, dotado de caixa de velocidades automática, do potente Retarder Scania de 4100Nm e Scania Active Prediction. Igualmente em destaque encontrava-se o versátil Scania G 440 4x2, Euro 6 de 440 CV, 2300 Nm, equipado com a especificação de optimização do consumo de combustível Ecolution by Scania e caixa de velocidades totalmente automática, além do Scania Active Prediction. Podemos ainda ver o Scania R 440 6x2, de longo curso, direcção traseira com caixa móvel fornecida pela fábrica, 440 cv, 2300 Nm e motor SCR, de binário elevado, conforme à norma Euro 5, também equipado com Ecolution by Scania, Scania Active Prediction e uma cabina diária espaçosa, da Série S. Os veículos destinados ao transporte regional estiveram representados pelo Scania P 340 4x2, Euro 6, a gás com 340 cv, 1600 Nm, transmissão automática e duplo depósito de combustível: CNG/biogás e gás natural liquefeito (GNL).n Ana Paula Oliveira

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REPORTAGEM

Ford Transit - Van do Ano 2013

Renault Midlum e Master

Salão Internacional de Hanover

CHUVA DE ESTREIAS A 64.ª edição do Salão Internacional de Veículos Comerciais de Hanover foi o local escolhido pelos diversos construtores para apresentarem as mais recentes novidades.

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e 20 a 27 Setembro reuniram-se no Salão de Hannover (IAA) os protagonistas deste sector de actividade. Sob o mote “Driving the future” foram apresentadas novas tecnologias para o futuro do transporte e da indústria dos veículos comerciais. Os novos motores Euro 6 tiveram uma forte presença neste evento, sendo em alguns casos uma estreia. No espaço DAF, as atenções estavam focadas no renovado XF, equipado com os novos motores MX Euro 6 da Paccar (410 cv, 460 cv e 510 cv). O veículo foi totalmente redesenhado revelando um estilo robusto e moderno que

vai entrar em produção em 2013. A presente edição do IAA foi auspiciosa para a Iveco que viu o novo Stralis Hi-Way galardoado com o troféu “Camião Internacional do ano 2013”, devido a argumentos como a redução dos custos de operação até 4%, além de outras tecnologias inovadoras integradas neste veículo. A gama de motorizações Iveco passa a disponibilizar o motor Cursor 9 Euro 6 de 400 cv e também o Cursor 11 de 480 cv. Encontravam expostas a nova versão do Stralis LNG Natural Power, alimentado a gás natural liquefeito e ainda o novo Trakker da gama off-road. A Daily eléctrica com cabina renovada integrava tam-

bém o leque de inovações. A MAN apresentou doze novidades nos segmentos de camiões, autocarros, motores e serviços. As estreias mundiais da nova série TG, que está em conformidade com a norma Euro 6, do Neoplan Jetliner e do MAN Lion's Coach EfficientLine, atraíram milhares de visitantes ao stand da MAN. O interesse centrouse nas medidas para melhorar a eficiência. O estudo de concepção do camião MAN Concept S, apresentado pela primeira vez com um semi-reboque aerodinâmico da Krone, foi o veículo mais fotografado do IAA. A aplicação para iPhone que a MAN desenvolveu especificamente para a IAA 2012 esteve

Citroën Jumper

VW Amarok

Peugeot iOn

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REPORTAGEM

MAN - Protótipo S

Espaço da Iveco

também no centro das atenções. Dez mil visitantes no stand, apresentação de doze estreias mundiais, convidados de topo da política, do desporto e das artes, este é o balanço que a MAN faz desta edição de 2012. No extenso espaço ocupado pela Mercedes-Benz, as principais novidades foram o Antos, no segmento de veículos pesados, e nos comerciais ligeiros o novo Citan. Além de outras presenças inovadoras como os modelos eléctricos, Vito e Sprinter E-Cell. O Antos é comercializado com motores Euro 6 e revela traços em comum com a família de pesados MercedesBenz, contando com todos os sistemas

de segurança e de assistência à condução já integrados no Actros. O Mercedes-Benz Citan promete tornar-se uma história de sucesso do construtor alemão que apostou no segmento dos pequenos comerciais urbanos disponibilizando uma oferta válida neste mercado em ascensão. Nas páginas 6 a 8 encontra-se uma reportagem alargada sobre este modelo, com informação detalhada. A Renault Trucks manifestou, mais uma vez, a linha de orientação seguida nos últimos tempos através da frase “All For Fuel Eco” que decorava o stand. Na realidade as soluções para minimizar o consumo de combustível são uma

das apostas do construtor francês, tal como a procura de alternativas ao diesel. Não podiam faltar as versões Premium Optifuel e Midlum com pack Optifuel, além do Maxity eléctrico, um Premium Distribuição a gás natural e o Premium Hybrys Tech. Foi também revelada a tecnologia dos futuros motores Euro 6, que irá contar com os propulsores DTi 11 e DTi13. Está em curso uma renovação total das gamas de longa distância, distribuição e construção que irá acompanhar a introdução dos motores Euro 6. A Scania teve uma presença muito notada em Hanover graças à nova gama de motores Euro 6 de 9 litros do-

Fiat Doblò

Volvo FH

DAF

Fuso

Mercedes-Benz Actros

MAN TGX

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REPORTAGEM

Setra

Schmitz Cargobull

Krone

Nissan e-NT400

Voith

Espaço da Opel

tados com tecnologia EGR/SCR (250 e 280 cv) ou apenas SCR (320 e 360 cv), enquanto os motores de 13 litros com potência de 440 e 480 cv conciliam os sistemas EGR e SCR. As novidades abrangeram também dois motores Euro 6 a gás (reportagem completa sobre a Scania, nas páginas 26 a 29). A Volvo apresentou em primeira mão a nova geração FH, através da presença de dez veículos desta gama que surge completamente renovada, na qual foram integradas soluções inovadoras no domínio da redução do consumo, segurança e melhorias na condução. Encontrava-se exposto o primeiro motor Euro 6 da Volvo, bloco de 13 litros e 460 cv que foi objecto de diversas melhorias. A alemã Schmitz aproveitou esta edição para revelar cinco novos veículos: S.CS MEGA Speed Curtain – abertura e fecho das lonas em 35 segundos; S.CF

container – para optimizar a distribuição do peso; New S.KO Express – permite transportar 67 euro paletes; reboque furgão M.KI e M.KO; M.KO reboque furgão rígido. Nos comerciais ligeiros a Citroën escolheu o IAA para apresentar o novo modelo de sua gama de eléctricos: trata-se do utilitário Berlingo, que virá com motor eléctrico de 67 cv de potência, desenvolvido em parceria com a Mitsubishi. No decurso do Salão de Veículos Comerciais de Hanover.a nova Ford Transit Custom foi nomeada “International Van of the Year 2013”, tornando-se o quarto elemento da família Transit a vencer este prestigiado prémio. A Ford mostrou neste certame a nova Transit Custom, que representa uma nova geração de veículos comerciais de 1 tonelada, junto com a nova Transit e Transit Connect. A marca revelou recentemente a sua estratégia de plataformas globais e o

redesenho total de toda a sua gama de veículos comerciais na Europa ao longo dos próximos dois anos. A Nissan revelou em Hanover, a totalmente nova versão 100% eléctrica do seu furgão compacto, e-NV200, que se junta a outros veículos de emissões zero, nos quais a marca pretende afirmar a sua liderança. A Opel esteve presente com a actual gama de comerciais ligeiros, Movano, Vivaro e Combo, mostrando diversas variantes e veículos especiais destinados a utilizações específicas. A Peugeot realizou a estreia mundial da nova Partner eléctrica, dotada de um motor com 67 cv de potência e uma autonomia de até 170 quilómetros. A Volkswagen apresentou em primeira mão o comercial ligeiro Caddy na versão aventureira Cross Caddy 2.0 TDI 4x4.n

ZF

Bosch

Michee

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Ana Paula Oliveira



ENTREVISTA

MAN Portugal

“APOSTAMOS EM SOLUÇÕES PERSONALIZADAS” A MAN escolheu o Salão Internacional de Hanover para apresentar ao público os novos motores Euro 6, dotados de tecnologias de vanguarda que asseguram menores custos de operação para as empresas.

A

s dificuldades que assolam o mercado nacional de veículos pesados levou a MAN a procurar soluções para garantir a sustentabilidade da marca, conforme revelou o responsável pela MAN Portugal, Patrick Goetz. Quais são as previsões de vendas e objectivos para o ano em curso e que balanço é possível fazer até ao presente? Para já estamos em linha com os objetivos propostos para o corrente ano. Olhando para as quotas de mercado para veículos pesados de mercadorias acima de 6T, a MAN foi a única marca que cresceu substancialmente, tendo mantido sensivelmente os volumes do ano anterior. Passamos de 9,7% para actualmente 16% (fecho de Agosto). O nosso objetivo é fechar com uma quota de 13%. No que se refere aos autocarros acima de 7,5T queremos fechar com uma quota de 30%. Como é que analisa o actual momento

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do mercado português de comerciais pesados? O mercado de comerciais pesados em Portugal está de facto muito complicado, muito reduzido e com pouca liquidez. Temos pouco volume e pouca margem. Estimamos que o mercado de camiões acima de 6T este ano seja de cerca de 1.800 unidades e os autocarros acima de 7,5T cerca de 170 unidades. Os poucos clientes que conseguem comprar esmagam as margens até ao mínimo. Não vejo uma recuperação veloz das condições, pelo que temos de concentrar em encontrar alternativas para manter a empresa sustentável neste período. O que mais preocupa é a constante redução de circulante, o que tem um impacto significativo na área do após venda. Quais as estratégias adoptadas pela MAN para combater a conjuntura económica negativa? Cada vez mais estamos a trabalhar em conseguir soluções “personalizadas”

para os problemas dos clientes. No contexto actual tentamos criar uma relação mais profunda e mais longa com o cliente, ou seja, tentar não vender só o camião ou autocarro, mas também outros serviços que sejam de valor acrescentado para o cliente. Estamos cada vez mais a vender soluções completas em vez de vender só os produtos. A nível do produto estamos também a apostar em segmentos nos quais a MAN não tinha grande presença no passado nomeadamente nas frotas de maior dimensão. Outro pilar importante da nossa estratégia é o apoio à rede de distribuição existente. Só tendo uma rede estável, e que conseguimos ter sucesso como marca. A MAN está a melhorar muito a sua comunicação com a rede analisando os negócios em conjunto de forma a optimizar as oportunidades existentes. O terceiro pilar é a aposta no Após Venda e na estabilização da mesma, seja via a rede de distribuição, seja directamente. A nível financeiro estamos a ter cuidados redobrados com a liquidez, nomeadamente com a gestão do stocks e dos clientes. Como é que pode ser caracterizada a rede e que apoio é que a marca está a prestar aos concessionários? A nossa rede é mista e agora está estável. Temos a filial no Porto e três concessionários, que em conjunto com a nossa filial, disponibilizamos aos nossos clientes de oito oficinas, que face ao índice de parque de veículos por região, fazem uma cobertura do total do território continental. Nos Açores também dispomos de dois pontos de assistência e na Madeira temos mais um. A MAN Portugal disponibiliza aos concessionários formação técnica permanente, apoio constante na solução de problemas, bem como a todos os outros serviços relacionados com o serviço e disponibiliza o fornecimento de peças diário, com um


ENTREVISTA nível de serviço de 97%. Sendo um número reduzido de concessionários, podemos entrar muito mais profundamente nos problemas específicos da rede e apostamos em soluções “personalizadas” para os problemas existentes. A MAN revelou recentemente os motores Euro 6 que vão passar a equipar os modelos da marca. Quais são os principais atributos destes motores e que benefícios podem colher os clientes? Os principais atributos dos novos motores Euro 6 são a redução do consumo de combustível mantendo os mesmos níveis de potência elevados, sem prejudicar nem a tara reduzida (apesar de o equipamento adicional pesar cerca de 150 kg) que os veículos MAN sempre tiveram e ao mesmo tempo mantendo a fiabilidade e facilidade de manutenção. Estes atributos conjuntamente com o facto de sabermos que os componentes centrais para se alcançar a norma Euro 6 já serem componentes utilizados e testados nos veículos de serie da MAN desde há alguns anos como o caso da injecção Common Rail, já utilizada na MAN desde 2002, a recirculação de refrigeração e regulação dos gases de escape, o sistema de alimentação com dois turbo compressores, tudo isto são garantias de fiabilidade que a MAN disponibiliza para os clientes. Graças à combinação destas tecnologias já intensivamente testadas e comprovadas, os clientes da MAN terão grandes benefícios pois a fiabilidade é garantida e também o consumo de combustível dos novos motores é menor, bem como o de adblue (-50% de adblue comparado com os motores Euro 5), o que se traduz em menores custos de operação para o cliente. Que papel tem desempenhado o serviço de Após Venda nos últimos tempos? Tem-se revelado um dos pilares fundamentais da empresa. Acho que não deve ser diferente em nenhuma das outras marcas. O Após Venda tem mantido uma certa estabilidade a nível de facturação apesar da redução de circulante, sendo de realçar a contribuição decisiva para este facto, a proximidade que mantemos com o nosso cliente e a forma de parceria com que é encarada esta relação. Num mercado cada vez mais reduzido que acções têm desenvolvido para manter e captar novos clientes? De momento, as maiores exigências por parte do mercado são de um pro-

duto fiável, económico e eficiente. Ao preço que o combustível está, um veículo que consuma menos e esteja o maior tempo possível a trabalhar sem manutenção é a principal preocupação dos clientes. Outro ponto de extrema importância são serviços e pontos de assistência disponibilizados em Portugal e no estrangeiro, contratos de manutenção, extensões de garantia e financiamento. Com o intuito de fazer os clientes conhecer a eficiência das viaturas MAN, temos disponibilizado uma série de viaturas de demonstração para que os clientes as possam testar em condições de trabalho e carga normais. As empresas procuram cada vez mais um produto económico, fiável com um atractivo e completo pacote de serviços incluído. Tudo isto com um preço fixo por mês. Neste âmbito a MAN está com uma postura totalmente direccionada para o cliente e com campanhas comerciais e de serviços bastante atraentes. Actualmente a MAN disponibiliza todo o tipo de produtos e serviços que se encaixa perfeitamente a qualquer tipo de necessidade do mercado. Nesta fase em que o acesso ao crédito bancário está dificultado, que importância têm as soluções MAN Finance?

Cada vez mais a ideia é proporcionar ao cliente uma solução integrada que congregue cada um dos serviços indispensáveis à sua actividade, e a questão do financiamento, que já era muito importante, passou agora a ser central, por força das dificuldades de financiamento que existem no nosso país. Neste contexto, tem-se vindo a acentuar uma tendência, que deslocaliza o enfoque dos clientes mais para a utilização e menos para a posse dos veículos. Convenhamos, o que interessa hoje em dia ao cliente é utilizar o veículo, poder usá-lo como uma ferramenta para atingir os seus fins, e com a MAN Finance, que é sua locadora de veículos pesados, a MAN põe os veículos à disposição dos seus clientes, preferencialmente com serviços de após venda agregados, permitindo que os transportadores se concentrem na sua atividade, e não no veículo. Desta forma, a MAN Finance tem vindo a suportar os nossos clientes no sentido destes poderem operar veículos MAN, numa previsão de investimento nos clientes portugueses em 2012 de cerca de € 16 milhões, assumindo assim um compromisso de longo prazo com Portugal e com os clientes portugueses. n

Ana Paula Oliveira

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CONSULTÓRIO SEGURANÇA

PORQUE ACONTECEM OS ACIDENTES? O primeiro acidente rodoviário de que há menção em Portugal ocorreu na estrada para Santiago do Cacém, em 1895, quando um Panhard & Levassour, adquirido (e provavelmente conduzido) pelo 4º Conde de Avilez, atropelou um burro na sua viagem inaugural.

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m dos primeiros condutores em Portugal, o Rei D. Carlos, era conhecido como o “Arreda”. Isto porque quando se deslocava no seu automóvel, um dos seus criados corria à sua frente gritando “arreda!” a todos os transeuntes, para que o real veículo pudesse avançar sem incidentes. Um acidente, por definição, é um acontecimento não planeado, pelo que a base da prevenção é a previsão e a antecipação. Prever os acontecimentos e antecipar as acções, escolhendo a posição e a velocidade adequadas por forma a evitar “acidente”. Normalmente os condutores experientes, quando conduzem, olham para o que se passa na estrada numa zona que fica entre 5 a 15 segundos à sua

No entanto muitos condutores, por falta de experiência, falta de atenção ou por negligência, cometem erros, não conseguem prever ou António Macedo antecipar as situações potencialmente perigosas e envolvem-se em colisões. Têm “acidentes” ou são vítimas deles. Reparem que coloquei umas aspas na palavra acidente? Não foi por engano, pois na perspetiva de muitos acidentologistas, o acidente rodoviário praticamente não existe. Isto porque a definição de acidente é muitas vezes associada à ideia de inevitabilidade, de força do destino ou resultado de um golpe de azar. Neste âmbito pode-

substancia a maioria dos “acidentes” rodoviários são colisões. As consequências em danos materiais ou pessoais dessas colisões, são sempre resultado da absorção ou da transferência de energia entre veículos, pessoas e outros objectos ou obstáculos, energia essa resultante do movimento dos veículos envolvidos. Temos então na sua génese, um problema de física que tem origem no movimento dos veículos. Falamos de cinemática, a ciência que estuda o movimento dos corpos. A maior preocupação social relativa aos acidentes provem das consequências destes em termos de danos pessoais, isto é, nas vítimas que provocam, mortos e feridos. É por isso que, a indústria automóvel investe muito tempo

frente, e mantém uma prospeção visual contínua em diversos pontos do cenário envolvente que passa também pelos indicadores do veículo e por olhares frequentes aos retrovisores. Assim, podem identificar potenciais perigos e “imaginar” o movimento dos outros, de forma a terem tempo para planear a sua trajectória e a poderem, eventualmente, defender-se. É por isso que lhe chamamos condução “defensiva”.

remos incluir nos acidentes rodoviários os que resultam directamente de algumas condições meteorológicas extremas (ventos fortes, inundações, quedas de muros ou barreiras, quedas de pontes ou árvores, etc.) ou seja aqueles que são improváveis ou não controláveis pelos condutores ou resultantes de eventos não previsíveis ou de baixíssima probabilidade de ocorrência. O evento que genericamente con-

e recursos em testes de colisão e no estudo da proteção dos ocupantes dos veículos através dos sistemas de segurança passiva, sistemas que protegem os ocupantes e reduzem a probabilidade de causar danos pessoais aos ocupantes e peões, durante e após uma colisão, despiste ou capotamento. De forma geral estes sistemas ajudam a absorver a energia dos impactos ou das colisões. Alguns destes sistemas são

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CONSULTÓRIO SEGURANÇA

visíveis e conhecidos de todos, como o encosto de cabeça ou o cinto de segurança. Mas outros, como a conceção dos painéis interiores dos veículos sem arestas, sem botões salientes, acessórios ou elementos contundentes, os vidros ou pára-brisas em vidro temperado ou laminado, os elementos do chassis com deformação programada ou a localização precisa de determinados órgãos mecânicos do motor, tudo ou quase tudo num veículo moderno é pensado em termos da protecção dos ocupantes em caso de acidente. Também ao nível das infra-estruturas rodoviárias, muito se tem investido na proteção dos condutores e passageiros. As características técnicas dos postes e candeeiros de iluminação, as barreiras de proteção, os elementos de absorção de energia existentes junto das saídas de algumas vias, as saídas de emergência para paragem dos veículos pesados existentes nas descidas com declives acentuados e prolongadas, são algumas das mais evidentes. Todas estas são medidas tendentes a absorver a energia das colisões ou “acidentes” e são elas que muitas vezes

contribuem para a redução do número de vítimas ou da gravidade dos danos. É evidente que não está aqui a resposta para as causas dos acidentes. Nesta perspectiva, a origem encontrase maioritariamente no condutor! É verdade. É no condutor, nos seus comportamentos e na influência que diversos fatores humanos têm na sua actuação enquanto condutores de veículos, que está a resposta a esta questão. Falamos da atenção, da concentração, da fadiga, do stress, das suas emoções, das suas motivações, da sua atitude. É nestes níveis que temos de procurar a origem dos tais “acidentes”. E é outra vez nestes níveis, que os fabricantes de veículos e das infra-estruturas têm actuado de forma preventiva com a introdução dos sistemas de segurança activa, os que existem para prevenir, evitar ou limitar as ocorrências que tendencialmente podem conduzir ao “acidente” ou colisão. Muitos destes sistemas servem para corrigir erros, omissões ou falhas dos condutores. Por exemplo, o ABS, foi criado e desenvolvido para corrigir o efeito de bloqueio das rodas provocado pela tra-

vagem excessiva resultante da força aplicada pelo condutor no pedal de travão, quando ele procura evitar a colisão, travando forte. Este excesso de força de travagem é muitas vezes provocado quer pela reacção emocional do condutor. Falamos aqui de factores humanos. Uma coisa é certa e evidente, a prevenção rodoviária e o combate à sinistralidade não resulta apenas do ensino e educação dos condutores ou da fiscalização dos seus comportamentos, como por vezes parece ser a aposta das campanhas de prevenção que vamos vendo por aí, mas resulta também da formação dos técnicos, educadores, agentes e de todos os profissionais cujas atividades tenham influência nos comportamentos dos condutores. A segurança rodoviária é uma ação e um processo transversal a quase todas as atividades e profissões e a toda a sociedade. A segurança rodoviária não deve ser apenas vista como um problema da condução e dos condutores ou dos veículos e das estradas. Acima de tudo, a segurança rodoviária e a prevenção da sinistralidade é uma responsabilidade de todos. n


REPORTAGEM

Jovem Motorista Europeu Scania 2012

VITÓRIA IRLANDESA

Os 24 melhores motoristas europeus disputaram a final da competição, entre 6 e 9 de Setembro, nas instalações da Scania em Sodertalje, na Suécia, onde foram recebidos cerca de 10 mil espectadores.

O

irlandês Gabriel Warde foi o vencedor da edição de 2012 do campeonato Scania Young European Truck Driver (YETD), na final disputada no sábado, dia 8 de Setembro. A competição contou com a participação de 17 mil jovens motoristas de camiões com idade inferior a 35 anos de 24 países europeus. Este evento promovido pela Scania conta com o apoio da Comissão Europeia e da IRU, tendo como patrocinadores a Michelin e a Volkswagen. Além do continente europeu, a Scania organiza competições semelhantes na América Latina, Africa e Ásia. Em 2012, a prova registou a par-

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ticipação de 70 mil participantes em todo o mundo. Esta iniciativa começou em 2003, como parte integrante de uma estratégia global para uma condução segura e responsável, promovida pelo construtor sueco. Por outro lado visa destacar o importante papel do condutor e deste modo atrair mais jovens para a profissão. A Scania esta consciente que uma condução eficiente de combustível e a segurança dependem essencialmente do comportamento humano, sem esquecer que os veículos e as infra-estruturas são também factores de influencia determinante. Através do YETD, a Scania pretende

ajudar a melhorar a situação dos motoristas e salientar a sua importância para a rentabilidade das empresas de transporte, contribuir para a segurança rodoviária e para a diminuição do impacto ambiental. A final decorreu durante dois dias e foi composta por provas de condução defensiva, economia de combustível, segurança da carga, verificação do veículo antes da condução, primeiros socorros e manobrabilidade. Os 24 finalistas eram desafiados a demonstrar a suas aptidões e uma atitude responsável para conseguirem cumprir um programa que incluía manobras complexas e provas com obstáculos.


REPORTAGEM

A competição teve início com uma qualificativa dedicada a temas como salvamento, condução económica, segurança da carga e manobrabilidade. O representante português na final, Vasco Coimbra, não conseguiu superar esta prova, tendo terminado no 20 lugar. Para passar a fase seguinte necessitava de ficar entre os 18 melhores.

Vasco Coimbra descreveu as principais dificuldades com que se deparou na Suécia: “Os concorrentes são mais competitivos e o nível das provas também é mais exigente, requer maior atenção naquilo que estamos a fazer. O que correu pior foi a prova mais fácil de todas, a verificação do veiculo, é uma coisa que fazemos todos os dias,

penso que aconteceu por estar enervado no quotidiano não estamos sujeitos aos olhares, não há pressão nenhuma e aqui toda a gente observa o que estamos a fazer”. Na Suécia constatou “que as coisas são muito diferentes da competição nacional, estamos perante outra magnitude mas gostei muito de ter participado. Estava um bocado nervoso e as coisas não correram bem, temos que pensar que todos estavam aqui para ganhar.” Prosseguiu aludindo a experiência positiva que permitiu “Aprender algumas coisas, isto não acontece todos os dias e muito bom sentir a nossa profissão valorizada e toda a atenção que nos é dada. Há sempre algo de útil para aprender. Vale muito a pena participar”. Vasco Coimbra trabalha na Transportes Vieira Vacas e esta foi a primeira e será também a última vez que participa no YETD, por ter atingido a idade limite permitida, no entanto, referiu que se pudesse voltava a competir. A competição prosseguiu com 18 concorrentes, divididos em grupos de três elementos. Os condutores melhor classificados escolhiam os outros dois oponentes para disputarem a prova Combo, a qual simula o estacionamento do camião numa garagem estreita sem cometerem erros. No final apenas seis motoristas são apurados para a próxima ronda, tendo passado à semifinal: Stephen Lacombe (França), Petr Ropecky (Republica Checa), Martin Otter (Holanda), Dmitrey Semenov (Rússia), Gabriel Warde (Irlanda), Thomas Fensel (Alemanha). Seguiu-se a prova denominada Knock the King, que tinha por principal objectivo derrubar o pino vermelho e deixar os azuis de pé, ficando apurados para a final os três condutores menos penalizados que foram Stephen Lacombe (França), Gabriel Warde (Irlan-

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REPORTAGEM

da) e Dmitrey Semenov (Rússia). Pelos desempenhos nas provas precedentes e por se encontrarem no topo da classificação, tudo indicava que os dois favoritos a vitoria na Super Z, seriam os concorrentes da França e da Rússia. Na realidade quem efectuou o percurso Z no menor tempo e com menos penalizações foi o irlandês Gabriel Warde, que estava em sétimo depois das rondas de classificação, sagrando-se

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vencedor da edição do YETD 2012. A segunda posição do pódio foi para Dmitrey Semenov e o terceiro para Stephen Lacombe que já tinha sido galardoado com o prémio Scania Ecolution Award. Gabriel Warde dirigiu-se de imediato para junto do premio conquistado, um camião Scania da Serie R, no valor de 100 mil euros. Esta foi a segunda participação do irlandês, a primeira foi em

2010, “a experiencia adquirida foi vantajosa para esta segunda participação”, declarou a Eurotransporte visivelmente satisfeito com a vitória, embora tenha acrescentado que “não estava nada há espera disto mas afinal acabei por conseguir ser o vencedor. Fiz uma pequena preparação para a competição e graças a Deus conquistei o primeiro lugar”. ■ Ana Paula Oliveira



ACTUALIDADE

Inspecções e carta de condução com novas regras

SEGURANÇA RODOVIÁRIA NA AGENDA POLÍTICA Perseguindo o objectivo político de reduzir o número de mortes nas estradas europeias em 50% até 2020, a Comissão Europeia avança agora com uma nova proposta que visa controlos técnicos aos veículos ainda mais rigorosos. Também em Portugal o governo parece apostado em ir ao encontro deste objectivo de reforço da segurança rodoviária, com a introdução de alterações nos diplomas de inspecções técnicas obrigatórias, Código da Estrada e produzindo um novo Regulamento da Habilitação Legal para Conduzir.

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ruxelas quer inspecções técnicas mais rigorosas aos veículos avançando com um conjunto de novas propostas, algumas das quais acabam de ser transpostas para a legislação nacional. O pacote da “Inspecção Técnica Automóvel” avançado agora pela Comissão Europeia, inclui não só as chamadas inspecções obrigatórias, mas também inspecções técnicas na estrada aos veículos comerciais ligeiros e pesados e matrícula de veículos. Segundo a Comissão Europeia as inspecções técnicas são fundamentais para o reforço da segurança rodoviária, uma vez que todos os dias morrem mais de 5 pessoas nas estradas europeias em acidentes resultantes de falhas técnicas.

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Os defeitos técnicos dos veículos são responsáveis por 6% do número total de acidentes, traduzindo-se em mais de 2.000 vítimas mortais João Cerqueira todos os anos. Recentemente, foram publicados estudos na Alemanha e no Reino Unido, os quais evidenciam que mais de 10% dos veículos apresentam defeitos técnicos que os impede de passar nas inspecções periódicas, apresentando muitos deles problemas que podem afectar gravemente a segurança rodoviária, ao nível do ABS e do ESP, sistemas que não constam do longo cardápio de verificações nas inspecções periódicas.

Nesse sentido, Bruxelas propõe que os controlos técnicos nos países da UE passem a abranger os ciclomotores e os motociclos (o que acaba de ser transposto para a legislação portuguesa), uma vez que 8% dos acidentes com motociclos estão directamente ligados a defeitos técnicos. Propõe também o aumento da frequência dos controlos técnicos periódicos para os veículos mais antigos; a viaturas particulares e a veículos comerciais com quilometragens excepcionalmente elevadas; a melhoria da qualidade das inspecções definindo normas mínimas comuns no que respeita a anomalias, equipamentos e inspectores; controlos técnicos obrigatórios aos componentes electrónicos de segurança e o combate à fraude em


ACTUALIDADE matéria de quilometragem. Em relação à frequência das inspecções dos ligeiros de passageiros propõe que mantenha a primeira inspecção ao cabo de quatro anos, a segunda de seis e depois anualmente, passando dos actuais 4-2-2 para 4-2-1. Segundo a nova proposta a selecção dos veículos deve basear-se no perfil de risco dos operadores e visar empresas de alto risco, para reduzir o ónus dos operadores que mantêm os respectivos veículos em boas condições. Este perfil de risco será estabelecido em função dos resultados de anteriores controlos técnicos e inspecções na estrada, tendo em conta o número e a gravidade dos defeitos detectados. A proposta alarga as inspecções técnicas da estrada aos comerciais ligeiros, ao contrário de agora que só incide sobre os pesados. Os objectivos de Bruxelas visam salvar 1.200 vidas e evitar cerca de 36.000 acidentes com este conjunto de medidas, implicando uma poupança para sociedade de mais de 5.600 milhões de euros. PeSadoS de mercadoriaS com maiS de 8 anoS deixam de ir à inSPecção SemeStralmente Entrou em vigor no passado dia 10 de Agosto o Decreto-Lei n.º 144/2012, de 11 de Julho, o qual vem alargar o universo de veículos sujeitos a inspecção técnica, altera as periodicidades obrigatórias e também, nalguns casos, o respectivo regime de sanções. Este diploma transpõe para a legislação interna as directivas comunitárias n.º 2009/40/CE e n.º 2010/48/UE, visando como principal objectivo o reforço da segurança rodoviária. A nova legislação altera as periocidades para as inspecções aos veículos pesados de mercadorias e aos reboques e semireboques com peso superior a 3.500 Kg.

Refira-se que estes tipos de veículos eram inspeccionados um ano após a data da primeira matrícula e, posteriormente, todos os anos até ao sétimo. No oitavo ano e seguintes tinha de ir à inspecção semestralmente. A partir de agora, estas inspecções semestrais passam a anuais, aliviando assim os encargos das empresas transportadoras e aumentando a disponibilidade dos veículos a partir do oitavo ano. Dado que a entrada em vigor ocorre no decurso ano, para que os prazos coincidam com o mês da primeira matrícula, esta alteração para inspeccionar os pesados de carga anualmente só é aplicável de imediato aos veículos com matrícula posterior a 10 de Agosto. Quanto aos veículos com matrícula anterior a essa data, ainda terão de realizar mais uma inspecção semestral este ano. O diploma passa também a sujeitar a inspecção periódica os motociclos, triciclos e quadriciclos com cilindrada superior a 250 cm3, bem como os reboques e semi-reboques com peso igual ou superior a

750 kg e inferior a 3.500 kg. No entanto, a obrigatoriedade de inspecção para estes veículos só entrará em vigor após a publicação em Diário da República duma portaria com a respectiva calendarização. Em relação ao regime de contraordenações, mantém-se no essencial


ACTUALIDADE aquele que já estava inscrito no Código da Estrada, estabelecendo-se apenas coimas mais reduzidas para as infracções que incidam sobre motociclos, triciclos e quadriciclos. PrazoS de validade doS títUloS de condUção cada vez maiS cUrtoS Com a publicação do Decreto-Lei n.º 138/2012, de 5 de Julho, foi introduzido um conjunto de alterações ao Código da Estrada e aprovado o novo Regulamento da Habilitação Legal para Conduzir. O diploma tem por objectivo harmonizar os prazos de validade, os requisitos de aptidão física, mental e psicológica, e os requisitos para obtenção das Cartas de Condução emitidos pelos diversos países da União europeia, transpondo assim, parcialmente, para a ordem jurídica portuguesa a Directiva nº 2006/126/CE do Parlamento e do Conselho europeus. Este é também mais um instrumento que visa melhorar a segurança rodoviária e facilitar a circulação de cidadãos residentes em outros Estados membros. No que diz respeito às principais alterações à carta de condução, a partir de 2 Janeiro de 2013, pela segunda vez no curto espaço de três anos, a legislação portuguesa encurta de os prazos de validade destes títulos, os quais não poderão exceder os 15 anos para as categorias relativas a ciclomotores, motociclos e veículos ligeiros e os 5 anos para as restantes categorias (profissionais). Quanto às categorias não profissionais a revalidação da carta passa a ser feita logo aos 30 anos de idade e, posteriormente, de 10 em 10 anos até aos 70 anos, e depois de 2 em 2 anos. No caso dos títulos de condução relativos aos veículos profissionais (pesados de mercadorias, pesados de passageiros, ambulâncias, veículos dos bombeiros, transporte de doentes, transporte escolar e ligeiros de passageiros de aluguer), a primeira renovação ocorre aos 25 anos e, as seguintes, de 5 em 5 anos até aos 70 anos de idade dos respectivos condutores e depois de 2 em 2 anos. A única excepção é referente aos condutores de veículos pesados de passageiros, que só podem conduzir este tipo de viaturas até aos 65 anos. Refira-se que os novos prazos de validade só são aplicáveis às cartas emitidas pela primeira vez após 2 de Janeiro de 2013, mantendo-se as regras de re-

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Bruxelas quer controlos obrigatórios aos equipamentos electrónicos de segurança

validação que já vigoravam válidas para as que foram emitidas anteriormente. As revalidações efectuadas aos 30 e aos 40 anos são meramente administrativas, enquanto a partir dos 50 anos são precedidas de exame médico e de exame psicológico (neste último caso para condutores profissionais). Outro dado a ter em atenção, prende-se que o aumento dos requisitos de aptidão física e mental dos condutores, tornando-se mais exigente relativamente às condições de visão, diabetes e epilepsia. Também há mexidas nos exames teóricos e práticos para obtenção dos títulos de condução, e neste caso já partir de 2 de Novembro de 2012, passando a existir uma prova teórica com 40 questões para os candidatos aos títulos das categorias A e B. A prova teó-

rica passa a ter 1 ano de validade. Passa a ser possível a aplicação de um sistema de monitorização de provas práticas do exame de condução. É introduzida a condução independente durante a prova prática e é reduzido o número de faltas que levam à reprovação na prova prática. É igualmente introduzido um novo modelo de carta de condução comunitária e a obrigatoriedade de troca de título de condução estrangeiro no prazo de 2 anos após fixação de residência em território nacional. A partir de 2 de Janeiro do próximo ano são introduzidas novas categorias, nomeadamente a categoria AM para ciclomotores, que substitui a actual licença de condução para esta categoria de veículos. É introduzida igualmente a nova categoria A2 para motociclos de potência máxima de 35 Kw,

Motociclos também vão ter de ir à inspecção


ACTUALIDADE de carta das categorias AM ou A1, conduzir veículo de qualquer outra categoria para a qual a respectiva carta de condução não confira habilitação é sancionado com coima de 700 a 3.500 euros. No capítulo das alterações ao Código da Estrada propriamente dito, deixamos apenas aqui este novo registo: “os condutores de veículos que transitem em missão de polícia, de prestação de socorro, de segurança prisional ou de serviço urgente de interesse público assinalando adequadamente a sua marcha podem, quando a sua missão o exigir, deixar de observar as regras e os sinais de trânsito, mas devem respeitar as ordens dos agentes reguladores do trânsito”.n Proposta da Comissão estende inspecções técnicas na estrada aos VCL

que pode ser obtida a partir dos 18 anos. Por sua vez, a idade para a obtenção da carta de condução relativa à categoria A (motociclos de grande cilindrada) passa para os 24 anos, excepto nos casos em que os requerentes já são titulares da carta de condução da categoria A2 com pelo menos dois

anos de experiência. Atenção ainda ao regime sancionatório, bem mais pesado, o qual determina que quem conduzir veículo de qualquer categoria para a qual a respectiva carta de condução não confira habilitação é sancionado com coima de 500 a 2.500 euros, com uma agravante para quem, sendo apenas titular

Novo regulamento da Habilitação Legal para Conduzir não afecta condutores de pesados


CERTAMES

A edição de 2012 da Automechanika realizou-se entre 11 e 16 de Setembro em Frankfurt, na Alemanha, na qual estiveram presentes as mais destacadas empresas do sector de aftermarket, peças e componentes para automóveis.

Automechanika 2012

MERCADO EM MOVIMENTO

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a feira estiveram presentes os principais importadores e distribuidores das seguintes áreas de produto: peças e sistemas, acessórios e tuning, reparação e manutenção; tecnologias de informação e estações de serviço e lavagem automática. Apesar de estarmos a atravessar um período de crise, o evento estabeleceu um novo record ao atingir os 4.593 expositores oriundos de 74 países, com predomínio da Alemanha, França, Polónia, China, Hong Kong, Coreia do Sul e Taiwan. A Feira ocupou uma área de 305.000m2 e recebeu cerca de 148 mil visitantes provenientes de 174 países, que procuraram conhecer as mais recentes inovações propostas pelas diversas marcas ali presentes. Ficou provado que o mercado de peças sobresselentes tem conseguido contornar os efeitos da crise económica, tendo-se registado um aumento do número de visitantes do leste europeu, em simultâneo com o decréscimo dos provenientes do sul da Europa. O evento teve três temas principais: Truck Competence, e-mobility e sistemas de treino básico e avançado. Realizaram-se diversas apresentações tanto interior como no espaço exterior, nas quais foram exibidas novas propostas,

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produtos inovadores, workshops e acções de formação profissional. A Automechanika continua a ser o local de encontro dos representantes da indústria automóvel, onde podem encontrar os clientes alvo. Um número significativo de empresas portuguesas aderiu ao evento, aproveitando a oportunidade para promoverem produtos e serviços. Foram doze no total que se deslocaram a Frankfurt: C.T.E.Q.- Centro Técnico de Estudos Químicos, Cortigon Unipessoal,

H.S. Peças, Hispanor – Produtos Industriais, Incomcar – Indústria de Componentes para Carroçarias Auto, Indasa – Industria de Abrasivos, Indústrias Metálicas Venaporte, João de Deus & Filhos, MF Pinto, Petrotec – Inovação e Industria, SIM – Sociedade Irmãos Miranda, Starextrasline. Na opinião destes expositores a participação revelou-se vantajosa. “Depois de lhe ter sido atribuído o estatuto de PME Líder, a MF Pinto marcou presença pela primeira vez na Automechanika


CERTAMES de Frankfurt deste ano, e o balanço que a equipa MF Pinto presente na feira faz é francamente positivo”, declarou Paulo Rodrigues do Export & Equipment Department. Para Luís Oliveira, director comercial da Hispanor, “a participação da empresa na feira Automechanika em Frankfurt foi francamente positiva, mesmo tendo em conta que foi a primeira vez que a Hispanor expôs num evento desta envergadura. O mercado nacional encontra-se em contracção e a aposta na exportação é actualmente essencial para o aumento das vendas. Apresentamos a nossa gama Wetor de sprays técnicos e de pintura, poliuretanos e polímeros MS de colagem de vidros e de vedação, sistemas de colagem e reparação de plásticos, sistemas DIY e profissionais de polimento de ópticas, fitas de dupla-face, e a cola ultra-forte com partículas de enchimento Q-Bond para reparação de plásticos e metais, da qual somos distribuidores

para a maioria dos países europeus”. O stand da Petrotec suscitou grande interesse do público em geral e imprensa internacional. Não só pela animação vivida constantemente, mas sobretudo pelas novidades tecnológicas apresentadas com destaque para a PFAST, que recebeu elogios do júri e das centenas de pessoas que visitaram o espaço Petrotec. Trata-se de produto 100% português que está a suscitar interesse nas companhias petrolíferas de renome mundial, mas também nos fabricantes automóveis. João Mendes do departamento de Marketing & Comunicação,

salienta que “a Petrotec foi a única empresa no certame seleccionada para dois prémios, em duas categorias diferentes; o "Innovation Awards" e o "Green Directory", através do seu mais recente equipamento, o posto de carregamento eléctrico PFAST para viaturas eléctricas. O júri considerou unanimemente esta solução como altamente inovadora, sustentável e impulsionadora da mobilidade eléctrica nos postos de abastecimento”. Entre os expositores internacionais destaque para a TRW Automotive Aftermarket que apresentou a sua oferta “Corner Module” de sistemas e peças de travagem, direcção e suspensão, para veículos ligeiros de passageiros, veículos comerciais ligeiros e veículos pesados. A empresa demonstrou como a sua oferta combinada de tecnologia, produtos e serviços coloca a TRW numa posição de líder e o parceiro de eleição dos clientes do mercado de pós-venda.n APO


SUGESTÕES

Adquiriu rapidamente o estatuto de modelo referência da Dacia pela enorme popularidade que alcançou no mercado, em resultado de uma relação qualidade/preço verdadeiramente imbatível.

Dacia Duster

ESPÍRITO DE AVENTURA

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Duster apresenta o estilo inequívoco de um veículo todo-o-terreno e essa será também uma das razões para suscitar a admiração generalizada, bem como, pelo aspecto robusto aliado a uma estética elegante. Este SUV da Dacia tornou-se um curioso fenómeno da indústria automóvel, também pelo consenso gerado e pelo conceito de “objecto de culto” conquistado junto de milhares de proprietários em todo o mundo e em Portugal onde foi, em 2011, foi o terceiro SUV mais vendido com 1.518 unidades. Estes números não deixam margem para dúvidas, trata-se de um sucesso comercial. Apresenta uma frente apelativa com

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uma grelha dianteira cromada e faróis dianteiros com ópticas duplas que contribuem para formar um conjunto harmonioso. Não passa despercebida a elevada distância ao solo e os ângulos de ataque, revelam a sua vocação aventureira que lhe permite encarar com naturalidade os desafios dos terrenos fora de estrada, onde garante um desempenho de acordo com as expectativas. O Dacia Duster não se fica pelo exterior atractivo, a tendência mantémse no interior que prima pelo espaçoso e conforto, onde acomoda cinco passageiros e disponibiliza um volume de bagageira até 475 litros, de modo a transportar facilmente os equipamentos

de lazer e as bagagens. Dois anos após a chegada ao mercado português, a marca do Grupo Renault lançou uma série limitada, de 200 unidades, denominada Dacia Duster Delsey, que dispõe dos mesmos atributos de robustez, fiabilidade e economia. Como não podia deixar de ser, o segredo volta a estar no preço sem concorrência que se situa nos 20.800 € para a versão 4X2 e 23.750 € para o modelo 4X4. Este não é o único argumento desta série especial, disponível na nova cor verde “Olive” a que se juntam os retrovisores e jantes em liga leve de 16 polegadas em “Dark Metal”, a ponteira de escape em cromado, e a identificação “Delsey” no pilar traseiro e nas soleiras das portas. Na aquisição desta série limitada, está incluída uma mala da conceituada marca Delsey. O interior está mais elegante e conta com uma novidade, o novo rádio com Bluetooth, os vidros eléctricos nas portas traseiras (uma estreia no Duster), o volante e punho da caixa de velocidades em couro, com costuras em vermelho, os estofos específicos com costuras em vermelho, a consola central, as saídas de ar, os puxadores e frisos das portas em cinzento e os tapetes com rebordo em vermelho. Encontra-se equipado com o reconhecido motor 1.5 dCi que debita uma potência de 110 cv e um binário máximo de 240 Nm. Este propulsor caracterizase não só por proporcionar uma condução agradável mas também por apresentar consumos reduzidos na ordem dos 5,0l/100km, em ciclo misto, na versão 4x2. No que concerne ao 4x4, o consumo fica apenas pelos 5,3l/100km.n APO


SUGESTÕES

Rodeado de expectativa o 208 chegou ao mercado nacional em Abril deste ano para demonstrar que pretende fazer história e marcar uma nova etapa na marca francesa.

são. O painel de instrumentos tem uma aparência muito tecnológica, com mostradores analógicos que remetem para o ecrã digital no qual a velocidade se encontra visível. Encontra-se equipado com um ecrã táctil a cores de 7” com cuidado grafismo (resolução 800x400) e funcionamento intuitivo. Permite aceder a diversas funções: rádio, kit mãos-livres Bluetooth ou leitura de ficheiros musicais através de uma ligação USB ou em streaming áudio. Tudo isto ao alcance da mão e à altura dos olhos para que condutor não necessite de desviar a atenção da condução, garantindo uma utilização segura. Este interior revela-se prático no diaa-dia, com locais para arrumação, como é o caso do espaço situado à frente da alavanca de velocidades, ou das bolsas rígidas nas portas. O modelo testado foi o 208 Active 1.4 HDi FAP com 68 cv e um binário máximo de160 Nm, caixa manual de cinco velocidades, e emissões de CO2

Peugeot 208

SEDUTOR NATO

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Peugeot 208 insere-se no “segmento B”, do qual fazem parte as viaturas compactas polivalentes. Foi concebido para agradar a um conjunto de clientes diversificado, por esse motivo a marca não poupou esforços e conseguiu produzir um automóvel simultaneamente compacto, leve, habitável e aerodinâmico. Apresenta dimensões mais reduzidas que o 207 que contribuem para um estilo dinâmico, para a agilidade e também para uma diminuição do peso do veículo. A componente estética tem constituído um dos trunfos da Peugeot e o

208 consegue apresentar linhas fluídas, modernas e apelativas, numa face dianteira repleta de carisma. A grelha insere-se harmoniosamente na frente, emoldurada pelo contorno cromado com uma entrada de ar optimizada que permite melhorar a eficiência ao nível do consumo. O design requintado expande-se até à traseira, onde os farolins surgem perfeitamente integrados, numa verdadeira simbiose com a carroçaria. Assim que se abre uma porta, sobressai de imediato a qualidade do interior que oferece uma nova ergonomia de condução, com benefícios evidentes ao nível da maneabilidade e da preci-

de 98 g/km. Revelou uma performance interessante, onde se destaca o comportamento ágil em estrada com uma suspensão que lhe confere suavidade. A segurança foi outro factor que esteve em evidência, devido ao índice de equipamentos neste domínio onde se inclui ESP de nova geração, integrando sistemas de antipatinagem, controlo de estabilidade, assistência à travagem de emergência e repartição electrónica de travagem. O preço base desta versão situa-se nos 17.601euros, no entanto poderá ascender a outro valor em função dos opcionais escolhidos.n APO

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SUGESTÕES

O Mégane tem registado uma evolução constante e o mais recente modelo promete dar continuidade ao sucesso granjeado pelas gerações precedentes, para tal surge com um visual moderno e com tecnologias inovadoras.

Renault Megane Sport Tourer

CARÁCTER REQUINTADO

O

Renault Mégane possui diversos argumentos de peso, mas um dos principais é certamente a nova gama de motores mais económica, mais ecológica e com melhores performances que fazem deste modelo uma referência no mercado no segmento C. As alterações no design da dianteira conferem-lhe um aspecto atraente e requintado. Para tal contribui a iluminação diurna com tecnologia LED, uma nova grelha, um novo guarda-lamas, as novas protecções laterais, assim como a inclusão de elementos em preto lacado e em cromados. O interior exibe as características típicas da marca francesa, causando uma impressão positiva graças ao aspecto acolhedor do habitáculo que transmite uma sensação de conforto a bordo, destacando-se os novos tecidos, os novos grafismos dos manómetros e pelo amplo equipamento. Entre as novidades encontra-se o Visio System, um dispositivo que possui uma dupla funcionalidade

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original: faz a comutação automática dos médios e máximos, a câmara de ajuda ao estacionamento traseiro que permitir visualizar as imediações do veículo facilitando as manobras, o novo sistema de ajuda ao arranque em declive evita que o veículo descaia e o indicador luminoso "modo auto-estrada". Possui ainda elementos que contribuem para o conforto a bordo, designadamente, o Air Quality Sensor que controla a qualidade do ar, os novos rádios R-Plug&Radio+, que integram as funcionalidades Bluetooth mãos-livres e audio-streaming, sistema de navegação Carminat TomTom e os seus serviços Live. O modelo ensaiado pela Eurotransporte foi o Mégane Sport Tourer 1.6 dCi com 130 cv de potência e podemos constatar o notável desempenho do motor devido ao binário de 320 Nm, disponível a 80% a partir das 1500 rpm, permite recuperações rápidas e oferece uma condução entusiasmante. Importa salientar que o Mégane Sport Tourer apresenta um consumo de 4l/100 km

em ciclo misto e emissões de apenas 104g de CO2/km, por isso, potência e economia são dois pontos fortes. Encontra-se equipado com o sistema Stop & Start e recuperação de energia na travagem e desaceleração. Este motor diesel de 1.6l estreou-se no Scénic em 2011, surgindo agora integrado no novo Mégane. A arquitectura quadrada do Energy dCi 130 deriva, directamente, da experiência da Renault na Fórmula 1. O Energy dCi 130 dispõe de um amplo equipamento tecnológico onde se destaca um sistema de recirculação dos gases de escape em ciclo frio (EGR Baixa Pressão), tecnologia de thermomanagement, uma bomba de óleo de cilindrada variável, tecnologia do swirl variável e um sistema de multi-injecção que permite optimizar a regeneração do filtro de partículas. O Mégane é comercializado com seis níveis de equipamento: Confort, Dynamique, Dynamique S, Luxe, Bose Edition e GT Line.n APO




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