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. ANO I . NÚMERO 1 . JUNHO 2011 . 5,00 € . . EVENTOS . CONGRESSOS . FEIRAS . INCENTIVOS . DESTINOS .
C AT E R I N G PA R A E V E N T O S CHEGOU A HORA DO BRASIL DESAFIO GLOBAL FAZ DEZ ANOS MACAU, SIZE DOES MATTER
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FICHA TÉCNICA
EDITORIAL
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PROPRIETÁRIO Estação Livre Comunicação Tel: 226053936 info@eventpoint.com.pt www.eventpoint.com.pt SEDE DA REDACÇÃO Rua Visconde de Bóbeda, 70, 2º Fte 4000-108 Porto DIRECTOR Rui Ochôa rui@eventpoint.com.pt EDITORA / DIRECTORA DE INFORMAÇÃO Cláudia Coutinho de Sousa claudia@eventpoint.com.pt REDACÇÃO Cláudia Coutinho de Sousa Maria João Leite (mj@eventpoint.com.pt) Sara Marques (sara@eventpoint.com.pt) COLABORAÇÃO Ana Godinho Maria Pereira Olga Teixeira COLUNISTAS Catarina Valença Gonçalves Diogo Assis Filipa Primo Frederico Ferreira João Pestana Dias John Hooker José Pimentel Furtado Pedro Cardoso Tim Hogg DESIGN Norma Design www.normadesign.com FOTOGRAFIA Minifoto BANCOS DE IMAGENS Dover e ShutterStock IMAGEM DE CAPA Gentilmente cedida por José Avillez © Nuno Correia IMPRESSÃO Norprint Zona Industrial Alto da Cruz - Fontiscos Apt.: 172 . 4780-583 Santo Tirso DISTRIBUIÇÃO VASP – Distribuidores de Publicações Nº REGISTO ERC 126066 DEPÓSITO LEGAL 330066/11 TIRAGEM 5 mil exemplares PERIODICIDADE Quadrimestral É estritamente proibida a reprodução parcial ou integral de textos ou ilustrações da Event Point. As informações contidas nos anúncios são da exclusiva responsabilidade dos anunciantes. Consequentemente, não podemos ser responsabilizados por qualquer informação incorrecta que se possa verificar.
RUI OCHÔA
CLÁUDIA COUTINHO DE SOUSA
Para quem nos conhecia como Festas&Eventos, convém explicar que mudámos de nome mas a equipa é a mesma, e a vontade de lhe oferecer informação relevante, sobre organização e gestão de eventos, também. A Event Point é o resultado natural da evolução da F&E, assumindo-se como a publicação em Portugal especializada em eventos corporativos e meetings industry. De quatro em quatro meses, vamos continuar a trazer-lhe entrevistas, reportagens, notícias, artigos de opinião, sugestões, atentos ao que de mais interessante se passa nesta indústria, cá dentro e lá fora. Neste primeiro número da Event Point escolhemos para o dossiê temático o catering. Num tempo de crise, em que a pressão sobre os preços é enorme, quisemos perceber forças e fragilidades do sector, a evolução do negócio, com fenómenos como a concentração e fusão de empresas, as questões da segurança e higiene alimentar, a sustentabilidade e a importância de oferecer às pessoas boa comida, que sabe a comida. Afinal, não é isso que todos nós queremos? Não podíamos deixar de assinalar os dez anos da Desafio Global, agência de eventos corporativos do universo ativism, numa
conversa com Pedro Rodrigues sobre o percurso de uma década e um olhar sobre o nosso mercado. John Hooker, consultor, estratega de eventos globais, um observador atento da realidade da meetings industry, publica na Event Point uma análise do mercado MI. O que podemos esperar nos próximos meses? Numa altura em que cada vez mais empresas portuguesas olham para o exterior, em busca de novas oportunidades de trabalho, de negócio, apresentamos o exemplo do Brasil. Casos, esperanças e riscos para quem queira atravessar o Atlântico, ou está apenas curioso com o país que vai acolher nos próximos anos os Jogos Olímpicos e o Mundial de Futebol. Para quem conhecia a F&E, vai encontrar na Event Point algumas secções comuns, e sempre interessantes, como é o caso do Consultório de Protocolo, assegurado por Cristina Fernandes e Susana Casanova. Uma última palavra de reconhecimento para a Norma Design, em especial ao Marco Ferreira e ao Tiago Carneiro, responsáveis pelo grafismo da revista e do site, www. eventpoint.com.pt, também ele renovado. Esperamos que goste da primeira Event Point.
Boa leitura, e até Outubro.
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Colunistas Espaço APECATE Nasce a Event Point Notícias DEZ ANOS DE DESAFIO GLOBAL CATERING: DESAFIOS EM TEMPO DE CRISE As tendências na alimentação, por Tim Hogg Grande entrevista: José Silva Carvalho Cooking Lab: O espectáculo da comida Catering Sustentável O espectáculo do Bar-Catering Sustentabilidade à mesa, por E-Value Que segurança para os eventos, por José Pimentel Furtado CHEGOU A HORA DO BRASIL A criatividade dá-nos soluções para resolver problemas, por João Pestana Dias Case-study: Lançamento do novo Ford Focus Positivismo artístico e emotividade tecnológica, por Frederico Ferreira Os 10 erros mais frequentes nos eventos internos, por Filipa Primo Chegou a nova geração: iEventos Portugal mostra-se na IMEX Cinco previsões para a indústria MI, por John Hooker Como e quando vamos pagar os 78 mil milhões de euros, por Pedro Cardoso Porquê partilhar ideias com a minha concorrência, por Diogo Assis Formação: The so called green events Património em festa, por Catarina Valença Gonçalves Consultório de protocolo Hotelaria Sugestões Destino nacional: Tróia DESTINO INTERNACIONAL: MACAU Empresas Directório
16 18 50 1 10 W W W.E VENTPOINT.COM.PT
COLUNISTAS 6
CATARINA VALENÇA GONÇALVES É historiadora da arte e directora-geral da Spira – revitalização patrimonial Lda., empresa especializada na concepção e operacionalização de projectos culturais ancorados em património edificado. É ainda professora no ISCTE (Instituto Superior de Ciências do Trabalho da Empresa) e investigadora integrada do Instituto de História da Arte da FCSH-UNL. É membro dos órgãos sociais da SEDES (2010-2012).
DIOGO ASSIS Formado em Gestão Hoteleira e Turismo, trabalhou no departamento comercial e de marketing de algumas das principais cadeias hoteleiras do país, assim como no International Hyde Park, em Londres. Em Novembro de 2002 decidiu lançar-se numa nova experiência e co-fundar a TLC. O objectivo era tornar esta empresa o DMC líder em Portugal.
FILIPA PRIMO Directora-adjunta do Grupo Inforpress, agência de comunicação e relações públicas, sendo responsável pelos recursos humanos da agência e pela coordenação geral das áreas de Consultoria de Moda e Consumo, Comunicação Online (e-Comunicação®) e Plataformas (Audentia® Formação, Eventos que Marcam®, Breathe Criatividade e Audiovisuais). Licenciada em Comunicação Social pelo ISCSP – Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas.
FREDERICO FERREIRA CEO e director artístico da NIXFUSTE – Recursos Criativos. Lecciona as disciplinas de Desenho e Figura Humana no curso de Design de Moda, e de Design Básico no curso de Design Textil no CITEX, no Porto. Artista plástico e escultor, realiza exposições individuais desde 2005, tendo participado em diversas exposições colectivas, bienais e feiras de arte desde 2000. Paralelamente à actividade artística, desenvolveu a actividade de programação de artes plásticas no Maus Hábitos, no Porto, entre 2002 e 2006.
JOÃO PESTANA DIAS Trabalhou cinco anos como jornalista na rádio com Francisco José Viegas e José Carlos Malato. Mais tarde ingressou na Winterthur Seguros mantendo uma actividade profissional ligada à moda. Em 1995 abre o Amália Clube de Fado em Cascais, apadrinhado por Amália Rodrigues. Em 1997 é convidado para fazer televisão na SIC, como cantor/actor. Funda a Fadus Special Events em 1998. É sócio da International Special Event Society e foi Learning Event Chair do EO (Entrepreneurs Organization).
COLUNISTAS 7
JOHN HOOKER Um estratega e estudioso de eventos e um dos opinadores mais importantes da meetings industry. Do seu percurso profissional destaca-se o lançamento do Dubai International Convention and Exhibition Centre. Actualmente é director da JHCP, uma consultora de eventos, com trabalhos já realizados na Europa, África, Médio-Oriente e América do Sul. É um apaixonado por pessoas e tem um gosto especial por formar novos talentos.
JOSÉ PIMENTEL FURTADO Coronel de Cavalaria, Pimentel Furtado é licenciado em Ciências Militares. Desempenhou diversas funções na área da Segurança, entre as quais Comandante de diversas Unidades da Polícia do Exército, assessor para a formação da Polícia Militar das Forças Armadas Angolanas e a de Staff Security Manager do Quartel-General da NATO, em Oeiras. Foi responsável pela organização da segurança de dezenas de eventos oficiais. Actualmente dedica-se à consultoria, ensino superior e formação técnica.
PEDRO CARDOSO Formado em Gestão Hoteleira, foi director de Front-Office / Alojamento na abertura do ex-Sheraton Porto em 1986 e director de Marketing e Vendas até 1995. Quadro co-fundador e director-executivo da Sugestões&Opções e do Grupo QRM, de 2002 a 2008. Fundador, em 2002, administrador e principal accionista da The House of Events. Consultor de Hotelaria e Turismo, e ex-docente na Escola de Hotelaria e Turismo do Porto.
TIM HOGG Licenciado em Microbiologia e Bioquímica, doutorado em Ciência e Tecnologia Alimentar, é actualmente Professor Associado e membro da Direcção da Escola Superior de Biotecnologia, da Universidade Católica Portuguesa. Também é director do Centro de Biotecnologia e Química Fina, um Laboratório Associado do Estado. Tem liderado projectos de investigação e ensino em várias áreas ligadas à enologia e ciência alimentar. Já publicou mais de 70 artigos científicos em revistas internacionais.
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ANA BARBOSA
MIGUEL RIBEIRO
PRESIDENTE DA SECÇÃO DE ANIMAÇÃO TURÍSTICA
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BONS SABORES NA ANIMAÇÃO TURÍSTICA
QUALIDADE E APRESENTAÇÃO
Na perspectiva da animação turística, nesta matéria o pensamento-chave é um e só um: nada do que é enogastronómico nos pode ser estranho. Todos os que criam produtos de animação, em particular nas zonas mais interiores de Portugal, sabem que a aliança entre a paisagem e o património é incontornável. E também já descobriram que património não é só o edificado, com uma pitada de artes e ofícios, festas, feiras e romarias. É também o que se come e se bebe, o que se prova e petisca a qualquer hora do dia, o que se escolhe para o almoço e para o jantar, o que se pode comprar para levar para casa e prolongar, noutros cenários, os sabores que aqui se descobriram. Por isso, a gastronomia e os vinhos são, cada vez mais, parte integrante dos programas de animação turística. Quem já participou num programa destes e viveu a surpresa de chegar a um qualquer lugar com uma vista fantástica e ter à sua espera uma gostosa prova de produtos enogastronómicos locais, em mesa posta à maneira, com toalha de pano, copos de pé alto, tábuas de queijos e enchidos e louça a condizer, sabe que, não desfazendo de tudo o resto, é destes
O sucesso de um evento, qualquer que seja a sua natureza, resulta de vários factores, sendo um dos principais a qualidade do catering. Quase todos os eventos têm sempre uma componente ligada ao fornecimento de refeições, nem que seja um pequeno coffee-break no intervalo de uma reunião. Esta cultura de um pequeno agrado ou simplesmente de uma pausa para descontrair com um copo ou chávena na mão está completamente enraizada na organização de eventos, principalmente nos eventos realizados em território nacional. É bem visível que os portugueses dão bastante importância ao que lhes é servido quando participam num evento de qualquer tipo, seja uma prova de rafting, um casamento ou um jantar da empresa, daí que os organizadores profissionais de eventos tenham como principal prioridade e preocupação um serviço exemplar e uma refeição irrepreensível. Mesmo que alguma das actividades ou das animações não sejam do agrado geral, não é disso que o participante no evento se vai lembrar no futuro. Mas se a refeição não possuir a qualidade e/ou quantidade exigida será assunto de conversa entre os
momentos que se vai lembrar. Mas há um outro aspecto que vale a pena salientar: a forma como a gastronomia e os vinhos têm contribuído para o alargamento do conceito de Turismo Activo ao Turismo Cultural. Há uns anos atrás, a receita andava pelo passeio a pé, em btt, de canoa ou de jipe, umas brincadeiras com cordas, ou uma qualquer outra actividade mais emocionante como o rafting ou o cannyoning. Hoje já acontece dizerem-nos: não, “isso” já fizemos, queremos um programa diferente “desses”. E começaram a surgir outros, muitos deles com base na temática enogastronómica: participar na vindima ou na apanha da azeitona; aprender a distinguir castas e iniciar-se na feitura do vinho; fazer um curso de cozinha e terminar a provar o que se aprendeu a confeccionar, são algumas das muitas experiências que apontam as infinitas potencialidades deste novo Turismo Activo. Os desafios da originalidade para satisfazer clientes cada vez mais exigentes são sempre grandes. Mas há uma coisa que não é segredo para ninguém. É que nunca nenhum de nós ouviu um cliente dizer: “comer e beber bem, não, já experimentei da outra vez … “
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MARIA JOSÉ TEIXEIRA PRESIDENTE DA SECÇÃO DE CONGRESSOS DA APECATE
OS CONGRESSOS E O CATERING participantes por muito tempo. As empresas organizadoras de eventos podem ter uma unidade de catering interno ou podem simplesmente subcontratar este serviço a uma empresa especializada, mas em ambos os casos as preocupações são idênticas: seguir todos os preceitos exigidos por lei (higiene, segurança, etc) e prestar o serviço exactamente como o cliente deseja. Saber escolher uma empresa de catering, passa por várias fases, desde a visita às instalações das mesmas até à prova do menu escolhido para o evento. O número de empregados e o grau de profissionalismo, a qualidade do material de apoio e a rapidez na execução são outros factores a ter em conta e que podem determinar o sucesso ou o fracasso do evento. Se a tudo isto unirmos o nome de um Chef famoso e uma excelente apresentação, temos o cliente fidelizado.
Participa-se num congresso para trabalhar e não para comer, mas é certo que não se pode trabalhar sem comer e de preferência de forma equilibrada, respeitando o metabolismo humano, a cultura de cada povo e as crenças religiosas. Conciliar estes aspectos com as tradições gastronómicas do local do congresso não é fácil. Um Organizador Profissional de Congressos não pode conhecer apenas a sua cultura, mas também os costumes e factores condicionantes dos participantes, tendo em conta a sua origem. O produto “Congresso”, para além da eficiência dos seus serviços deve ser também caracterizado pela originalidade e a tipicidade da oferta cultural, no sentido mais amplo, do território onde decorre a reunião. Então, também a gastronomia e enologia regionais devem propor as suas próprias especialidades. Em sumptuosos almoços ou jantares podemos apresentar um rol de especialidades irrepreensíveis, mas sem personalidade, com um único denominador comum: a estandardização da chamada “Cozinha Internacional” para a qual se encontram os mesmos pratos, as mesmas especialidades em qualquer país. O catering deve ter presente que o
turista de negócios é diferente do turista de lazer e as suas expectativas são normalmente superiores. A mesa é uma cultura em si, com as suas disciplinas de gosto, seus mestres, seus convivas, e seus críticos. Ela implica uma educação prévia e usos conexos: higiene, delicadeza e saber fazer, arte da degustação. A isto juntam-se evidentemente as disciplinas do convívio, o facto de, por exemplo, encher um silêncio ou, se necessário, cultivá-lo. A montante, a gastronomia implica produtos frescos, é necessário que estejam maduros e no ponto certo. Para isso, o responsável da empresa de catering vela para que os seus fornecedores sejam tão numerosos quanto possível, fiáveis e honestos. Segundo o dicionário de língua Portuguesa, catering é o “serviço de fornecimento de refeições e bebidas para ocasiões festivas, oficiais ou profissionais”. Por isso, também um congresso tem de ter um bom catering!
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EM DESTAQUE 10
NASCE A EVENT POINT A Festas&Eventos deu lugar à Event Point. Uma mudança pensada há já vários meses e agora concretizada, depois de um intenso trabalho de pesquisa e de aconselhamento. Para anunciar o novo nome juntámos algumas das pessoas que, connosco, directa ou indirectamente, contribuem para o sucesso da publicação. O encontro, informal, e de convívio, aconteceu a 10 de Maio, no Rio’s, em Oeiras. A equipa da Event Point agradece, muito especialmente, a todos os parceiros que tornaram possível o evento: Rio’s, Service Pack, 2The Love Project, Nobrinde, Minifoto Estúdio, Norma Design, Mojito Bar Catering, Concept 4 Talents e Hello Movement.
ANTÓNIO CAMILO (MINIFOTO), CORONEL PIMENTEL FURTADO, CLÁUDIA SOUSA E SARA MARQUES (EVENT POINT)
JOÃO PAULO OLIVEIRA (LEADING) E ANTÓNIO SILVA E SOUSA (PUBLIHAPPENING)
FRANCISCO SERZEDELLO (DG), CRISTINA CARVALHO (TURISMO DE PORTUGAL) E GONÇALO OLIVEIRA (DG)
RUI OCHÔA (EVENT POINT), NUNO GUSTAVO (ESHTE), PEDRO RODRIGUES E FRANCISCO SERZEDELLO (DESAFIO GLOBAL), PAULO GUERREIRO (MULTIARCO)
PEDRO RODRIGUES (DG) E JOÃO PESTANA DIAS (FADUS)
EM DESTAQUE
. NASCE A EVENT POINT 11
INÊS MARQUES E JOANA VIEGAS (COOKING LAB)
LILIANA ALMEIDA E ALEXANDRA SOBREIRA (BLOOM)
RAQUEL REBELO E NORMA FRANCO (E-VALUE)
JOANA GOMES E HUGO SOARES (ENEOGE), MIGUEL SOUSA E SALOMÉ AREIAS (AYR CONSULTING)
PATRÍCIA MARQUES (FORWARD PR) HELENA WEINSTEIN E MARIA JOSÉ TEIXEIRA (APECATE), MIGUEL RIBEIRO (3 EM LINHA)
JOÃO CARDOSO E FERNANDO ROSA (SERVICE PACK)
FILIPA SALVO, ARTUR SILVA E ANTÓNIO SALVO (BULL INSURANCE)
NEBUR E SOFIA GIÃO (2THE LOVE PROJECT)
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NOTÍCIAS 12
CIMEIRA EUROPEIA DE EVENTOS Graças às novas tecnologias, ao progresso da neurociência e da comunicação multissensorial, a indústria dos eventos tem conhecido uma enorme evolução nos últimos anos. Claro que nem todas as empresas/marcas/associações/instituições se aperceberam ainda do poder dos eventos, nem tão pouco retiram deles
todo o potencial. Para ajudar a clarificar as inúmeras possibilidades desta ferramenta de comunicação, realiza-se de 1 a 3 de Setembro, no Luxemburgo, a Cimeira Europeia de Eventos (European Event Summit). A organização da ISES (International Special Events Society) convida todos os decisores deste sector
a partilharem as suas experiências, boas práticas, ideias, num encontro ao nível europeu. Os grandes tópicos a discutir serão os seguintes: atribuir valor aos eventos, desenvolvimento sustentável, eventos híbridos e comunicação multissensorial. Mais informações em: www.eventsummit.lu.
YOUR EVENT LANÇA-SE NO MERCADO É uma nova empresa no mercado, no entanto a experiência das fundadoras é grande neste sector. Actuam na área corporate, desenvolvendo de início ao fim eventos como kick-offs, congressos, seminários, galas, acções de team-building, feiras, entre outros. Uma
componente importante deste projecto são os recursos humanos. Assim, a Your Event disponibiliza equipas formadas e acompanhadas que, segundo a empresa, “garantem atitude profissional, responsável e competente”. Estas equipas podem ser de hospedeiras, amotoristas,
ou apresentadores de eventos. E porque levam muito a sério os eventos, conforme explica Melina Glebov, uma das responsáveis, a Your Event tem ainda um serviço de eventos para particulares, porque acredita, justamente, que qualquer evento deve ser muito especial.
IMAGINE MORE ESTREIA-SE NA IMEX É um DMC recente constituído por quatro mulheres ligadas há muitos anos a este sector: Ana Telo, Sofia Schwarz, Rita Montarroio e Marta Telo. “Tínhamos uma filosofia e maneiras de trabalhar semelhantes e decidimos apostar numa empresa nova”, conta Ana Telo, uma das responsáveis. A
Imagine More trabalha no sector dos congressos e incentivos e está sobretudo especializada no mercado alemão e francês, “temos também alguns contactos no mercado russo, canadiano e brasileiro”. Se solicitado, organizam igualmente eventos para clientes nacionais. A filosofia da empresa é clara:
“tentamos que cada evento tenha uma abordagem original, juntamos a nossa visão do país aos inputs dos clientes, o que faz com que cada produto seja feito à medida”, explica Ana Telo. A imagem da empresa privilegia o cor-de-rosa, “uma cor forte, positiva e alegre”, atributos tão necessários numa altura difícil.
EUBEA COM MEGA-NEWSLETTER PARA O MERCADO DE EVENTOS EUROPEU Os European Best Event Awards (EuBEA) disponibilizam um novo meio de divulgação destinado a todos os organizadores de eventos europeus. Duas vezes por semana, a organização dos prémios, o Grupo ADC, envia uma newsletter direccionada a 15 mil profissionais de eventos de toda a Europa. Isto inclui pessoas ligadas à comunicação
corporate, agências de eventos, fornecedores e marcas. A intenção é contribuir para a promoção do sector dos eventos. Nos conteúdos figuram notícias sobre eventos, feiras, estudos de mercado, prémios, etc., provenientes dos vários países europeus A inscrição na newsletter pode ser feita através do site: www.besteventawards.com.
Para contribuir com as notícias da sua empresa, envie um email com o press release em inglês para a redacção da Event Point (info@eventpoint.com.pt).
NOTÍCIAS 13
EUROPEAN BEST EVENT AWARDS: INSCRIÇÕES ABERTAS Aponte esta data: 15 de Julho. É o limite para o registo de candidaturas aos European Best Event Awards (EuBEA), iniciativa que premeia o sector dos eventos ao nível europeu. Portugal tem tido bons desempenhos nesta cerimónia que vai já na sexta edição, e que é única na Europa. O objectivo da organização é validar o sector dos eventos como uma forma de comunicação inovadora, integrada no mix, sendo uma parte importante da estratégia de marketing das empresas. A iniciativa está aberta a agências de eventos, relações públicas, publicidade, promoção, comunicação, web e ainda a editoras, organismos públicos, associações, empresas e fornecedores de serviços, que podem candidatar projectos realizados entre 1 de Julho de 2010 e 20 de Junho de 2011. O site para efectuar o registo é www.besteventawards.com. Há 18 categorias a concurso. Este ano a participação nos prémios inclui um conteúdo no Anuário Europeu de Eventos.
Salvatore Sagone, presidente do Grupo ADC, empresa que promove estes prémios, está optimista em relação à adesão ao evento, referindo que, como outros sectores da comunicação, os eventos vivem um período difícil já há três anos, mas que como qualquer crise, esta não é eterna, e pode ser de alguma forma até saudável.
“No último ano realizaram-se muitos eventos. As agências e as empresas criaram eventos com orçamentos mais reduzidos, mas em muitos casos com uma criatividade excepcional”, diz o responsável, que adianta estar muito curioso para ver as candidaturas. O júri é constituído por profissionais um pouco de toda a Europa, incluindo Portugal. A Event Point é representada por Rui Ochôa.
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NOTÍCIAS 14
EXPOEVENTOS:
FEIRA E SEMINÁRIOS PARA PUXAR PELO SECTOR É a sétima edição da ExpoEventos e a organização, Publihappening, preparou uma série de novidades. Desde logo a parceria com o Sport Lisboa e Benfica. Esta associação vai permitir que o evento se realize nas instalações do clube e que os meios de promoção sejam disponibilizados em favor do evento. A segunda grande novidade é a de que a ExpoEventos “abre as portas” ao grande público, enquanto consumidor de serviços e cliente dos mais variados tipos de eventos. Mas uma grande componente da feira continua a destinar-se aos profissionais para actualização e concretização de negócios. A última inovação tem que ver com as áreas temáticas. Assim a ExpoEventos vai contar com um Fun Park, um espaço dinamizado por empresas de animação turística, de divulgação de serviços e de participação activa dos visitantes; com o Palco dos Eventos, pólo permanente de animação e de actuação de artistas de diversas áreas; e com o Espaço Green Event, onde vai ser apresentada a metodologia de
classificação da ExpoEventos “Green Event – Evento Responsável”, e outras entidades vão apresentar os produtos e serviços na área da sustentabilidade. Momento alto do evento é sempre o Gest que, nesta edição se desdobra em três seminários: gestão de eventos, turismo de negócios e marketing desportivo. O programa das três sessões pode ser consultado em: www.expoeventos.org. Esta é uma das iniciativas mais importantes do ano no que concerne a formação em eventos. A Gala dos Eventos, cerimónia que premeia o sector, tem lugar marcado para a ExpoEventos, no dia 1 de Julho, segundo dia do evento, que decorre de 30 de Junho a 2 de Julho.
O QUE PODE ENCONTRAR NA EXPOEVENTOS Empresas de eventos, congressos e animação turística; centros de congressos e feiras; espaços multiusos; hotéis; quintas; espaços históricos; salas de espectáculo; recintos desportivos; hotelaria; agências de viagens; transportes; catering, audiovisuais e multimédia; entidades oficiais e associações do turismo; convention bureaux; ensino e formação; animação; agentes artísticos; moda e espectáculos; organizadores de casamentos e festas particulares, eventos desportivos, culturais e infantis; empresas de comunicação, design, webmarketing, credenciação e gestão de dados; relações públicas, protocolo, hospedeiras; intérpretes; tendas; palcos; stands; decoradores; floristas; plantas; fardas; brindes; fotógrafos; vídeo; segurança e prevenção; limpeza.
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EM DESTAQUE 16
DEZ ANOS DE DESAFIO GLOBAL
A 1 de Abril de 2001, ironicamente no dia das mentiras, nascia a Desafio Global, pela mão de Pedro Rodrigues, Arlindo Frazão e Pedro Vieira. Três dias mais tarde a empresa organizava o primeiro evento, o lançamento em Portugal da National Geographic Magazine. De lá para cá a Desafio Global cresceu, assente na decisão de que ficaria focada na área dos eventos corporativos. “Nestes dez anos há vários momentos marcantes, a primeira vez que concorremos aos Prémios Evento Plus e ganhámos uma série de prémios, o projecto emblemático da inauguração do Casino de Lisboa, a mudança de instalações. Sempre crescemos de forma sustentada, e fomos arriscando crescer. Mas não crescer também teria
sido arriscado”, diz Pedro Rodrigues, director da Desafio Global ativism. Pelo meio reuniram um conjunto de colaboradores que mantêm a DG no pelotão da frente quando se fala em eventos corporativos. E qual é o ADN Desafio Global? “O primeiro slide de uma apresentação interna que temos diz o que é ser Desafio Global: orgulho
e responsabilidade”, conta Pedro Rodrigues. Orgulho pelos projectos passados e pelos que estão a ser preparados e a responsabilidade que o nome acarreta. Outro elemento do ADN é serem “orientados para as soluções”. “E depois a capacidade de conseguirmos conciliar a criatividade nos projectos, que vem associada a uma capacidade
EM DESTAQUE
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quase imaculada de execução”. Daí que o perfil que procuram nos colaboradores seja muito claro, “primeiro do que tudo têm de ter uma paixão assolapada pelos eventos; depois, como é uma área que todos os anos se reinventa, é preciso que tenham a capacidade de investigar, procurar e arriscar, não podem ser minimamente acomodados”. Outro requisito importante, e isso tem que ver com o modelo de funcionamento da própria empresa, é terem simultaneamente um perfil operacional e comercial. “E depois têm que ser um bocadinho obsessivo-compulsivos com os detalhes”, adianta Pedro Rodrigues. E qual a relação da DG com a concorrência? “Acho que o mercado dos eventos sempre se caracterizou por uma convivência muito salutar, talvez por muitos de nós termos estado na génese da antiga AOPE, a Associação de Organizadores Profissionais de Eventos”, refere o rosto principal da Desafio Global. Aliás, “facilmente pegamos no telefone e falamos com os nossos concorrentes” O papel de Pedro Rodrigues na estrutura também se foi alterando, tornando-se menos operacional e mais o de garante dessa identidade da DG, “quero acreditar que ao longo destes anos e com o crescimento que a Desafio Global teve, ajudei a que as pessoas ficassem imbuídas desse espírito de fazer bem e de gerar valor para o cliente”, refere o próprio. Nestes dez anos, os prémios foram muitos ao nível nacional e europeu. Existe quase uma obsessão por conquistar prémios? “Obsessão é uma palavra muito forte. É uma questão de motivação, os prémios acabam por ser um reconhecimento do mercado. Por trás de cada um daqueles projectos há uma história e o que é apresentado num power point é extremamente castrador face às insónias e às noites mal dormidas e aos riscos que corremos”. Todos vibram com o sucesso internamente, “acho que muitas vezes as empresas de eventos não são um
exemplo de motivação. Tem que se ter a frontalidade de elogiar quando é preciso elogiar e de criticar quando é preciso criticar. Estas pequenas celebrações permitem alimentar o ego, de tempos a tempos”, diz Pedro Rodrigues. Nesta década de intenso trabalho, a tentação de olhar para trás e pensar que se poderiam ter feito as coisas de maneira diferente é vista com muita naturalidade, “Essa é a história da nossa vida, ou seja, fazer o melhor evento possível. Podemos ter um evento extraordinário e passado um ano, com os vários avanços, conseguimos reinventar esse evento. E não fazemos ideia do que poderá ser no ano seguinte. É uma área que evolui muito e rapidamente”.
UNIVERSO ATIVISM A Desafio Global está inserida no sistema ativism, um conjunto de 11 agências especializadas que cobre as diferentes disciplinas da comunicação. Este sistema foi criado em 2007 e assume-se como uma orquestra em que as agências são os vários instrumentos. Do design, às relações públicas, passando pela activação de marca e os eventos, o universo ativism funciona de forma integrada para responder aos diversos problemas dos clientes.
Ver a continuação da entrevista em: www.eventpoint.com.pt
Cláudia Coutinho de Sousa
4 PERGUNTAS A PEDRO RODRIGUES O MODELO DE NEGÓCIOS QUE ADOPTARAM FOI O MAIS ADEQUADO OU FARIAM ALGO DIFERENTE? Sim, acho que sim. Se faríamos coisas diferentes, isso seria uma longa reflexão. Afinaríamos algumas estratégias, mas o modelo faz sentido já que a Desafio Global está a completar dez anos e tem muitos projectos em carteira. NESTA ALTURA DE CRISE É MAIS DIFÍCIL SUSTENTAR UMA ESTRUTURA GRANDE COMO A VOSSA? Eu sinto-me em crise há vários anos. Quando nascemos não se falava muito em eventos e hoje em dia já se fala. Acho que, de facto, os eventos conseguiram lutar por verbas dentro das organizações. Por outro lado, acho que a Desafio Global conquistou um espaço enorme. Cada vez é preciso mais eficiência e hoje somos parceiros dos clientes. É preciso fazer mais com menos, mas acho que as coisas estão a acontecer na mesma. SE NESTE MOMENTO TIVESSEM QUE ESCOLHER UM NOVO SÓCIO QUE PERFIL É QUE ESCOLHERIAM? Um xeque árabe (risos). ALGUÉM COM MUITO CAPITAL? Acho que do ponto de vista societário não há essa necessidade. Uma coisa é trabalho desenvolvido, outra é a forma como as empresas estão estruturadas e organizadas. Há um fenómeno muito curioso agora na nossa área dos eventos, é que todas são Grupos. Mesmo nas pequenas empresas de animação, que nasceram agora, as pessoas assinam como directores gerais. Essas pessoas procuram estatuto, antes sequer de terem provas prestadas, e acho que nós nunca fomos assim, temos uma maneira de estar, muito trabalho desenvolvido. As pessoas às vezes estão tão preocupadas com o estatuto dos sócios… e às vezes perdem o foco daquilo que é importante.
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DOSSIÊ TEMÁTICO 18
C AT E R I N G
DESAFIOS EM TEMPO DE CRISE O catering remonta ao 4º milénio antes de Cristo, na China. Aqui, como no antigo Egipto, na Grécia e durante o Império Romano era prerrogativa do exército para abastecer os soldados. Tornou-se muito popular na Alemanha nos séculos XIV e XV com o surgimento das primeiras leis que regulamentavam a qualidade da comida e da bebida. Na Segunda Guerra Mundial foi muito importante no fornecimento de alimentos aos refugiados. Evoluiu muito e, agora como antes, é um elemento vital da sociedade e hoje está cada vez mais profissionalizado. Nos eventos é fulcral. Fomos olhar por isso para o sector.
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UM RETRATO Concentrado em Lisboa e no Porto, o sector está nas mãos de poucos operadores. E os fenómenos de fusão que se têm verificado acentuam esta tendência, com o grupo Ibersol a servir de “pivot” neste mercado, depois de comprar a Solinca e a Silva Carvalho Catering. Em Lisboa, o sector consegue manter-se mais pulverizado, debaixo da liderança da Casa do Marquês, uma das mais antigas empresas no ramo, com uma experiência de mais de 20 anos. E há novos operadores a entrar. Haverá negócio para todos? “Menos trabalho, menos negócio, menos eventos e os eventos que existem têm um orçamento muito mais baixo”. É assim que Tiago Silva Carvalho, responsável pela Bholding, caracteriza actualmente o sector do catering. “Neste momento existe uma faixa de 10 ou 15% dos clientes que ainda pensa em qualidade e não olha para o lado direito da página, onde está a descrição do preço”. Muito embora haja sempre um ajuste ou outro. José Eduardo, director da Casa do Marquês, afirma que a crise se sente
mais na área institucional. No entanto, a empresa, que é a líder no sector, tem um mercado diversificado, o que lhe permite fazer face a conjunturas económicas mais complicadas. “Nota-se que há um aperto considerável, não há disponibilidade para grandes eventos, quer em termos empresariais, quer ao nível dos congressos”, diz Artur Junqueira, da Ibersol. O que se assiste neste momento, segundo este responsável, é a uma grande pressão sobre o preço. “Essa pressão faz com que estejamos a migrar em alguns casos a tipologia de serviço, ou seja, quando antes se fazia um cocktail fantástico, hoje faz-se um cocktail mais simples, em vez de um jantar de abertura faz se um cocktail dinatoire”, exemplifica Artur Junqueira. E já se chegou ao limite do razoável? Tiago Silva Carvalho acredita que já se ultrapassou esse limite. “As pessoas esquecem-se de que tudo tem aumentado, carne, peixe, electricidade, e querem fazer o mesmo por menos. O que eu acho verdadeiramente incrível é
como algumas empresas conseguem ir tão baixo, ou estão a a fazer dumping ou a recorrer a produtos de péssima qualidade”. Esta atitude de quase desespero, segundo o responsável da Bholding, tem consequências graves tanto para estas empresas como para o próprio mercado. A opinião de Artur Junqueira segue o mesmo caminho, “em alguns casos a falta de negócio faz com que as pessoas baixem preços, porque têm uma estrutura para pagar. Isso por vezes gera problemas muito graves”. Do lado do cliente também parece haver um aproveitamento da crise, “Sou defensor do empresário ético. Mas há obviamente um aproveitamento”, confessa José Eduardo, da Casa do Marquês, que refere que é importante perceber até onde se pode ir. Quando se chega a uma determinada fronteira, “temos que dizer desculpe, mas tem que procurar outra empresa”. “Nós não queremos baixar, temos sido muito coerentes nesse princípio. Somos flexíveis, mas sem baixar”, regista o responsável.
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O ÚLTIMO ITEM? “80% do sucesso de um evento depende dos audiovisuais e do catering”, comenta Tiago Silva Carvalho. “Se comemos mal o evento está estragado”, pelo que o espanto é grande quando os clientes investem muito dinheiro em outros itens do evento, “e depois espremem o catering até ao tutano”. Opinião partilhada pelo responsável da Ibersol, “o cliente privilegia coisas como a decoração e depois no catering “qualquer coisa serve””, e isso é algo completamente desajustado. Para Artur Junqueira, e regressando à questão do preço, é importante que os clientes percebam a diferença entre catering e restauração. “Catering é um serviço de alfaiate, e
um restaurante é serviço de pronto-a-vestir”. Se no primeiro é quase tudo variável, há que contratar empregados, resolver as questões da logística, nos restaurante há custos fixos, e quanto mais se vender, mais se amortizam os referidos custos. José Eduardo acredita que, hoje em dia, as pessoas dão mais importância ao catering, que “antes era uma actividade da segunda divisão”, numa analogia com o futebol. Também porque antes quem fazia o catering era uma “empresazinha, em que ela cozinhava, e ele atendia os clientes”. Só depois apareceram empresas como a Casa do Marquês. Hoje o catering é fulcral num evento.
TRÊS PERGUNTAS A JOSÉ EDUARDO, CASA DO MARQUÊS OS ESPAÇOS PARA EVENTOS JÁ ESTÃO PREPARADOS PARA RECEBER AS EMPRESAS DE CATERING? Esse é um problema, de facto. Temos necessidade de espaços. Lisboa precisa de espaços para ser competitiva em relação a outras cidades europeias. Os responsáveis desta área têm feito, no entanto, um bom trabalho. Nós temos uma média de três/ quatro eventos por dia, estamos constantemente a montar estruturas. Temos todos os meios para chegar a qualquer lugar e montarmos uma estrutura que dê resposta. COM ESTA CRISE, COMO ESTÁ O RELACIONAMENTO DA CASA DO MARQUÊS COM A BANCA E COM O ACESSO AO CRÉDITO? Já recorremos ao financiamento, mas neste momento não. Estamos a dar um passo para profissionalizar ainda mais a empresa e para termos uma maior capacidade de resposta, o que nos vai obrigar a alguns investimentos. É reconhecido que a banca portuguesa está com dificuldades, todavia há outras entidades financeiras e mesmo bancos estrangeiros sem esses problemas. A POSSIBILIDADE DE ABRIR A EMPRESA A NOVOS MERCADOS É UMA HIPÓTESE? Temos sido sondados, nomeadamente por Angola. Mas são mercados que desconhecemos, com características diferentes. Tenho dificuldade em me situar numa realidade angolana. Não está nos nossos horizontes, no dia de hoje, estarmos a embarcar para uma aventura para Angola. Angola é um mercado em grande desenvolvimento, mas para já não.
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HIGIENE E SEGURANÇA QUESTÃO CRÍTICA: ALIMENTAR AS MATÉRIAS‑PRIMAS EMPREGADOS É uma questão essencial. “Existem empresas de catering e existem as pseudo empresas de catering, que não têm estrutura, onde se cozinha em casa, ou no restaurante, e que não têm condições nenhumas de higiene e segurança”, comenta Tiago Silva Carvalho, da Bholding, pelo que se contam pelos dedos de uma mão as boas empresas de catering. “Há um mercado antes e pós ASAE”, explica José Eduardo que considera a actuação da entidade como “muito válida”, apesar de algumas convulsões iniciais. “A ASAE veio criar uma consciência muito grande nas pessoas e exigência ao nível da higiene e segurança alimentar”, admite Artur Junqueira. “Felizmente”, diz, “há clientes conscientes e que não arriscam em contratar um operador que não cumpra os parâmetros”.
“Temos fornecedores perfeitamente identificados e defendidos”, diz José Eduardo, da Casa do Marquês, que no entanto admite que os preços dos produtos subiram. No entender de Artur Junqueira não é difícil encontrar boas matérias-primas, “é difícil encontrar bons produtos a um preço que permita depois vender pelo valor que os clientes finais querem”. Tiago Silva Carvalho afirma que é cada vez mais complicado encontrar boas matérias-primas. “Cada vez mais não têm qualidade, porque o ciclo é mais curto”, e exemplifica com o caso dos morangos, que antes existiam uma vez por ano, portanto um ciclo, e hoje cumprem quatro a seis ciclos. “Há necessidade de produto, a tecnologia faz com ele cresça, mas o paladar, sem dúvida, não é o mesmo”, refere, considerando esta uma questão difícil de gerir.
Como os eventos variam naturalmente de dimensão, na altura de recorrer a trabalhadores temporários, encontrar bons colaboradores pode ser uma dificuldade. Nota-se a falta de formação na área e por isso na Casa do Marquês forma-se o pessoal, “isto é uma universidade”, comenta José Eduardo. Para Artur Junqueira não é assim tão difícil contar com bons colaboradores. “Fidelizamos um conjunto de 30/40 colaboradores extra que quando precisamos, recrutamos. E quando são necessários 200 empregados também se arranja”. Já Tiago Silva Carvalho diz que para a cozinha é fácil encontrar pessoas com valor e vontade, porque a cozinha criou uma carreira, mas que para a sala é mais complicado. “O português não quer trabalhar na sala, acha que é um trabalho menor, enquanto que estar numa cozinha hoje em dia é prestigiante”.
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FENÓMENOS DE FUSÃO A Ibersol protagonizou uma alteração no mercado com a compra de duas grandes empresas de catering: a Solinca e a Silva Carvalho Catering. Para José Eduardo é inevitável que se assistam a outros fenómenos de fusão, sendo que para este responsável “a questão é depois o posicionamento dessas empresas e como fazem a junção entre uma cultura de massas e uma de luxo”. O que acontece, diz o responsável da Casa do Marquês, “é que quando as grandes empresas querem engolir as mais pequenas, esquecem este pormenor”. Tiago Silva Carvalho acredita que “há uma tendência para outras empresas se juntarem, para ganharem dimensão”. Mas alerta que quem faz bem um
catering de menu com requinte, qualidade e pormenor, não faz bem um festival, por exemplo. “O que acho que vai acontecer no mercado é que as empresas vão ter necessidade de se definir”, considera Tiago Silva Carvalho. E quem já o fez, está melhor colocado neste momento. A tendência é, no entender do rosto da B-Holding, de algumas empresas desaparecerem. Artur Junqueira, da Ibersol, começa por esclarecer que o catering representa uma parte pequena do negócio da Ibersol, mas que não deixa de ser importante. “As aquisições foram uma oportunidade que surgiu de tentar ganhar quota de mercado”, até porque o negócio do catering necessita de dimensão. O responsável considera que ainda vão ocorrer mais concentrações e que alguns operadores irão mesmo sair do mercado. “Os eventos,
como o próprio nome indica, são eventuais. Ou há uma sucessão grande e volume de negócios interessante que permita ter uma estrutura de suporte à operação, que por seu lado me vai permitir concretizar com qualidade um grande número de eventos, ou tenho que aligeirar a estrutura. Claro que se aparecem dois ou três eventos no mesmo dia já não tenho capacidade de resposta”, explica Artur Junqueira. A integração da Solinca – a mais recente - está a correr muito bem e esse é o feedback dos clientes, diz Junqueira. E com Solinca e Silva Carvalho não há risco de sobreposição? O responsável diz que os posicionamentos são diferentes: “há diferenças claras de serviço e de proposta gastronómica, a Silva Carvalho mais virada para a cozinha internacional e a Solinca mais baseada na tradicional”.
TRÊS PERGUNTAS A TIAGO SILVA CARVALHO, B-HOLDING HÁ UMA TENDÊNCIA PARA A SIMPLIFICAÇÃO DO CATERING? Na minha opinião há uma tendência para as pessoas voltarem a comer. Antigamente, nos eventos, as pessoas comiam bem. Depois houve uma tendência de evolução de cozinha um pouco estranha, fomos à nouvelle cuisine e entrámos no molecular, uma linha completamente fora da caixa, quase a roçar o bizarro. Tudo para criar sensações. Comer é uma sensação, mas às duas por três já perdemos o norte. Há um retrair disso, e uma evolução no sentido de se voltar a comer e voltar a ter carne, peixe, legumes, agora trabalhados e apresentados de forma diferente. ONDE É QUE ESTÁ A MAIOR MARGEM DE INOVAÇÃO? Existe uma coisa que é a base, que é o bom serviço. E a sala não evolui muito, só se formos excêntricos. Há evolução ao nível de conceitos de decoração, de formatos. Há dez anos não se usava o lounge, hoje é comum, há cinco anos não se usava vidro, hoje em dia é banal, não se usavam acrílicos, agora usam-se. E as decorações dão muita vida aos eventos. Depois o que nós chamamos a cereja em cima do bolo é sem dúvida a cozinha, porque toda a maquinaria que vai aparecendo, e vai estando ao dispor do Chef, vai permitindo fazer coisas novas e diferentes. ESSA INOVAÇÃO PASSA PELA BUSCA DE NOVOS SABORES? Mais pela busca de sabores antigos. Voltar a sentir um arroz de tamboril ou marisco, um leite creme como antigamente. Não há ninguém, desde o CEO ao operário, que não goste de leite creme, de arroz doce, de bacalhau... a forma de o servir, de o apresentar, é que é importante. Podemos apresentar num shot, numa tulipa com um crocante, é um bocadinho esse conceito que tentamos agarrar.
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EXCLUSIVIDADE NOS ESPAÇOS Há vários espaços para eventos com empresas de catering em regime de exclusividade. Grosso modo isso significa que um organizador quando tem um evento nesse espaço é “obrigado” a contratar esse catering. Para José Eduardo é tudo uma questão de acordos, “depende de quem está e de quem é. Se for uma empresa como a nossa tem óptimos resultados”. “Vejo a situação com naturalidade desde que as entidades consigam ter uma relação preço/qualidade equilibrada”, comenta. A situação torna-se no entanto um abuso, segundo o entrevistado, quando a qualidade é péssima e o operador se aproveita da exclusividade para praticar preços mais
altos. “Quem tem um sítio exclusivo, não pode, não deve, furar o equilíbrio do mercado”, diz. No entanto, José Eduardo admite que o que mais o preocupa é a questão do Estado, “que tem sítios onde impõe exclusividade. Isso é perigoso e suspeitoso. É preciso estar atento a como se fazem estas coisas, quais são as contrapartidas. Há aqui um equilíbrio que tem que ser encontrado”. Artur Junqueira admite que por vezes a sua empresa beneficia dessa exclusividade, “ e em alguns casos isso é legítimo, quando exige investimento, quer de comercialização, quer monetário, no espaço. Não faz sentido investir e depois vir outro fazer o trabalho”. Por outro lado um
esquema em que qualquer operador pode utilizar o espaço também pode prejudicar e o próprio venue tem interesse em proteger a sua posição. O modelo Alfândega do Porto é apontado como um bom exemplo por Artur Junqueira. Neste espaço o organizador tem quatro fornecedores de catering à escolha que conhecem bem o espaço e dão garantias de qualidade, explica. E assim evitam-se “operadores de vão de escada, que não pagam o IVA, não estão na economia real, fazem um serviço e degradam o espaço”. No fundo a Alfândega é o exemplo de uma solução de compromisso.
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TRÊS PERGUNTAS A ARTUR JUNQUEIRA, IBERSOL HOUVE UMA EVOLUÇÃO EM TERMOS DE EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS DE APOIO AO CATERING? De confecção sim, de regeneração nem tanto. Na confecção, o que se tem que fazer é a produção nas formas mais ou menos clássicas: frigideiras, fornos, fogões. A questão da temperatura é crítica neste processo, temos que fazer abatimento da temperatura e o produto é conservado em embalagens próprias, seguindo para os eventos em carros frigoríficos. No evento desembala-se, o produto é regenerado, passa para uma temperatura de segurança, acima dos 70 graus, e é guardado em estufa até ser servido. Na parte do embalamento, do abatimento da temperatura, de conservação, houve muita evolução. Na parte de regeneração nem por isso. AS QUESTÕES DA SUSTENTABILIDADE SÃO POUCO RELEVANTES AINDA? Isso ainda é complicado. Há barreiras intransponíveis. Tentamos introduzir algumas coisas, estamos a usar garrafas de vidro para haver reutilização, fazemos a separação de todos os lixos, estamos em alguns congressos a utilizar os water dispenser (dispensador de água), em vez de milhares de garrafinhas. O departamento de compras da Ibersol tenta privilegiar os produtores nacionais e evitar ao máximo as importações, mas em alguns casos a indústria portuguesa não responde. É uma questão de princípio. A própria Ibersol tem adoptado normas de sustentabilidade e responsabilidade social importantes, que podem ser consultadas na Internet. E O QUE FAZEM ÀS SOBRAS DOS EVENTOS? Os eventos geram muitas sobras e existem programas patrocinados pela UNICEF de alerta para o cuidado que os convidados devem ter na confirmação das presenças. Continuamos a ter problemas enormes com o desperdício quase imoral dos congressos. Quando é possível, doamos essas sobras a instituições de caridade, temos duas obras no Porto e uma em Lisboa. O problema é quando sobram dez doses, não é rentável, nem é possível irem recolher. Mas é uma experiência que apesar de tudo tem corrido bem.
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© JOSÉ AVILLEZ
CONHECIDOS CHEFS AMBICIONAM DAR CARTAS NO CATERING Os exemplos de Chefs de renome que se lançam no sector do catering são variados, mas o mercado olha-os com alguma desconfiança. Até que ponto o catering é compatível com a criatividade que um Chef pode apresentar por exemplo num restaurante, onde as condições de trabalho são necessariamente outras? Fomos conversar com José Avillez. “Enquanto Chef, o meu objectivo é oferecer as melhores experiências gastronómicas. Os restaurantes, o take-away e o catering são apenas diferentes formas de concretizar esse objectivo”, explica o responsável da José Avillez Catering. A área do catering não
é uma novidade para este cozinheiro, “na verdade, foi a primeira marca/ serviço que criei na minha empresa, por considerar que é uma área muito interessante e desafiante. Há empresas que já são nossas clientes há vários anos e isso é muito compensador pois significa que reconhecem a qualidade, o profissionalismo e a segurança dos nossos serviços. E os clientes estão dispostos a pagar mais por melhor qualidade? “Acreditamos que é possível ter um catering inesquecível e acessível”, afirma Avillez. As diferenças entre cozinhar num restaurante e num catering não são assim tão relevantes, “acredito
que com conhecimento, criatividade e organização podemos fazer qualquer trabalho. Nenhuma destas competências se esgota, nem se aplica apenas a um tipo de serviço. Pelo contrário, a experiência ganha em diferentes áreas enriquece-nos, torna-nos mais conhecedores, mais criativos e mais organizados. O catering é um serviço versátil e flexível que pode ser tão criativo como o trabalho desenvolvido num restaurante, tudo depende, obviamente, das condições”, termina.
Cláudia Coutinho de Sousa
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TIM HOGG DIRECTOR ADJUNTO DA ESCOLA SUPERIOR DE BIOTECNOLOGIA, UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA
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AS TENDÊNCIAS NA A L I M E N TA Ç Ã O
É óbvio que catering é muito mais do que o simples acto de entregar alimentos prontos a consumir. Tem componentes concretos de serviço e conforto, mas também elementos intangíveis como charme e requinte. O acto de alimentar pessoas é central no conceito de catering e, como tal, não está afastado das tendências que influenciam o resto do sector alimentar.
A EVOLUÇÃO DA CADEIA ALIMENTAR. Para quem ainda se lembra como as coisas eram nos anos 70 e 80 vale a pena registar como a alimentação evoluiu no entretanto. As origens dos alimentos, a variedade dos alimentos e produtos alimentares, a maneira como os compramos e os sítios em que compramos, a tecnologia usada para os processar e confeccionar, – tudo mudou. Inicialmente estas mudanças eram conduzidas essencialmente pelos desenvolvimentos tecnológicos. Novas soluções de cultivo, colheita, processamento, embalagem, transporte etc., foram inventadas e incorporadas na cadeia alimentar e usadas para fornecer comida aos consumidores. A maior parte dos quais eram algo indiferentes a factores como segurança e qualidade. Nos anos 70 e 80 era mesmo assim, o imperativo era processar os produtos da agricultura de maneira a torná-los estáveis e seguros. Nos anos 90 começou a haver uma evolução no
sentido de tornar os produtos, por um lado, mais naturais e menos processados, e por outro, que precisassem de menos trabalho antes de serem consumidos. Com esta evolução começou a tendência que hoje é uma banalidade – o poder do consumidor. Ou seja, começou com a cadeia a tentar apresentar produtos que agradavam ao consumidor, mas a lógica foi, ao longo do tempo, invertida. Deixámos de produzir e tentar vender e começámos a ir ao encontro do que o consumidor quer, adaptando a nossa produção com isso. É a partir desta altura que começámos a assistir à implantação de tecnologias que permitiram esta inversão de lógica – por exemplo, o estabelecimento da cadeia de frio numa forma mais distribuída e os grandes desenvolvimentos na área de embalagem alimentar. Os anos 90 foram também o início da explosão da dita distribuição moderna – os super e hipermercados e suas marcas
próprias. Cheguei a Portugal em 1990 e só havia um hipermercado em Portugal – o Continente de Matosinhos. E agora a tendência principal nos países desenvolvidos é a procura de saúde através da alimentação. Mas antes de desenvolver mais esta área tão complexa e multifacetada talvez seja melhor responder à pergunta:
Que tem isto a ver com catering? Em primeiro lugar , as empresas de catering são intermediárias no processo de alimentação – compram as mesmas matérias-primas e produtos transformados que estão disponíveis no mercado moderno; em segundo lugar , a tecnologia de preparação e confecção evoluiu em paralelo com os desenvolvimentos na indústria agro-alimentar e assim as possibilidades em termos de variedade acompanharam as deste
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OPINIÃO
. AS TENDÊNCIAS NA ALIMENTAÇÃO, POR TIM HOGG
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sector; por último, os consumidores de catering são os mesmos do mercado retalhista e têm os gostos, expectativas e exigências evoluídos, já condicionados por este sector.
O EIXO SAÚDE - CUIDAR O CONSUMIDOR. Mais do que uma tendência a saúde é um prisma através do qual temos de ver a alimentação. A complexidade do assunto torna-o praticamente indecifrável, abrangendo questões tão díspares como as pandemias de obesidade e outras patologias associados ao consumo excessivo no mundo desenvolvido, a pobreza e a insegurança no mundo em desenvolvimento, os conceitos de apetite e saciedade nas suas vertentes sociológicas, psicológicas, neurológicas e fisiológicas, até a venda de produtos que podem, supostamente estender as nossa vidas, tanto em anos como em qualidade de vida. Numa leitura mais focada no papel do operador na cadeia – neste caso a empresa de catering –, este também tem de estar atento às mudanças dos hábitos e às expectativas. O consumidor que, no seu quotidiano, tenta seguir as opções saudáveis – seja ele bem informado ou não -, vai também manter estes valores quando efectua as suas opções de catering. E clientes corporativos também não podem ignorar os padrões de consumo dos seus próprios clientes ou convidados.
Infelizmente há uma tendência, em muitos casos, de limitar o nível de debate sobre alimentação e saúde. A mera redução de sal, redução das gorduras, especialmente as saturadas, redução de açúcares, à inclusão de ingredientes funcionais, i.e. que têm efeitos para além da simples sustentação, como baixar o colesterol, e comer mais frutos e legumes. Embora estas medidas sejam louváveis para citar uma t-shirt promovida por um famoso comunicador de ciência inglês, Ben Goldacre, I think you’ll find it’s a bit more complicated than that! (Acho que vai descobrir que é um pouco mais complicado do que isso!)
O meu apelo pessoal é para que haja um aumento da sofisticação na resposta aos desafios que a saúde representa, por parte de todos os operadores na cadeia.
Só assim é que o sector pode ajudar na mudança, e só assim é que vai encontrar as oportunidades de diferenciação. A crescente presença de licenciados em Nutrição e disciplinas afins, Engenharia Alimentar por exemplo, no sector de catering e restauração é um excelente sinal. Espero que eles consigam ajudar a efectuar a mudança.
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JOSÉ SILVA CARVALHO ADMINISTRADOR DA SILVA CARVALHO RESTAURAÇÃO © ANTÓNIO CAMILO . MINIFOTO
GRANDE ENTREVISTA 33
HOJE O PREÇO É M A I S S I G N I F I C AT I V O DO QUE ERA ANTIGAMENTE Esta é uma entrevista de carreira, porque falar de catering em Portugal é falar inevitavelmente de José Silva Carvalho. Apesar de hoje em dia estar afastado do catering para eventos e dedicado totalmente à restauração, Silva Carvalho mantém-se um observador atento do sector e avisa que com esta vertigem de esmagar preços, atingiu-se o limite de se conseguir ganhar dinheiro. Qual foi o seu percurso até chegar à área do catering? Inicialmente a minha vida foi completamente diferente, completei a minha licenciatura em medicina e exerci durante 25 anos. Simultaneamente tinha uns espaços comerciais em Sintra que me obrigaram a fazer uma opção entre a vida profissional de médico e a vertente dos restaurantes e, posteriormente, do catering. Optei pelo catering, um pouco também porque os meus filhos mais velhos começaram a trabalhar comigo. O primeiro grande desafio em termos de catering foi a Expo98 em que ficámos com a responsabilidade do Pavilhão do Território, e
com um grande evento que foi o jantar de Macau na Exposição. Seguiu-se, depois, o nosso maior desafio e que foi servir o jantar oficial da transição de Macau para a China. Decidimos então investir no catering, com a Silva Carvalho Catering, e de uma forma em que fosse possível a internacionalização. Construímos uma unidade com 4 mil metros quadrados, onde criámos um espaço, o primeiro a ter uma licença sanitária para desenvolver a actividade de catering ao nível nacional e internacional. A partir daí começámos a ter vários eventos, sobretudo em Portugal.
Olhando para este sector do catering, como o avalia nestes últimos anos? Vivemos um momento completamente diferente do que se vivia há cinco anos atrás. Na altura em que eu estava à frente da Silva Carvalho Catering, tínhamos um preço médio de refeição e um estilo que nos permitia ter um cliente médio-alto. Só que para esse cliente médio-alto, neste momento, o preço é mais significativo do que era antigamente. Vive-se mais do preço do que da própria qualidade.
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O cliente olha para o preço e negoceia até ao cêntimo? Desde há algum tempo que estou dedicado à restauração, mas pelo que tenho conhecimento, a situação é de facto muito complicada. Há menos congressos, incentivos, e os preços são substancialmente mais baixos. Chegou-se ao limite do razoável? Chegou-se ao limite de se conseguir ganhar dinheiro. Penso que há empresas que já estão a vender só para poderem ter negócio. A Silva Carvalho Restauração tem neste momento cinco restaurantes e nota-se uma certa quebra, não da quantidade de pessoas, mas sim de facturação. As pessoas hoje consomem menos e consomem produtos mais baratos. E a tendência tem sido para uma simplificação cada vez maior, em termos de processos e de ementas, justamente por causa dessa batalha pelo preço? A ideia de gastar por exemplo 100 euros por pessoa numa refeição é, neste momento, impensável. Se a média antigamente andava entre os 75 e 100 euros por pessoa, hoje andará pelos 40/45 por pessoa. Houve uma quebra de 50%. Há menos vendas e menor poder de compra, o que faz com que haja uma consequente redução de investimento na apresentação de novas ideias, decorações.
A ASAE MARCOU POSITIVAMENTE O SECTOR Sente que os clientes têm consciência dos riscos que estão envolvidos nesta actividade? Hoje as empresas têm de certeza absoluta a preocupação em oferecer garantias de higiene e segurança alimentar a todas as pessoas, mas penso que o cliente está mais preocupado com o preço do que em saber como o produto final chega à mesa. O aparecimento da ASAE, como marcou esta evolução? Muito positivamente, embora com excessos, sobretudo na fase inicial. Houve uma alteração de paradigma relativamente à alimentação. Essa vossa opção de ter uma licença sanitária partiu de dentro? Ou na altura sentia-se a pressão por parte dos clientes? Não se sentia pressão nenhuma, foi uma estratégia nossa. Achávamos que poderia ser uma mais-valia muito importante, e foi uma óptima aposta termos conseguido a licença sanitária, permitindo-nos explorar sem qualquer problema a parte de catering. Outra coisa muito importante é a qualidade da gastronomia portuguesa. Temos produtos de muita qualidade, um peixe e carnes óptimos. Podemos concorrer ao nível internacional com qualidade. E temos demonstrado isso às pessoas que vêm cá.
Fala-se muito na crise que o país vive, e na opção de que abdicámos de produzir certas matérias-primas, que depois são usadas na gastronomia. Vê isso com preocupação? Foi um erro termos acabado com a agricultura e pescas. Foi algo que nos foi imposto, mas hoje é um aspecto altamente negativo. Nas grandes superfícies a maior parte dos produtos vêm de fora, isso para a nossa balança de pagamentos é dramático. Devíamos voltar a pensar na terra, no mar, e tirar daí todos os proveitos, de modo a podermos importar menos e ter produtos mais baratos.
DIFICULDADE DE ENCONTRAR BONS EMPREGADOS E ao nível do pessoal? Existe gente qualificada, disponível? Uma das grandes dificuldades que temos é encontrar colaboradores. Penso que tem que haver mais profissionalismo, mais ambição em termos profissionais, não pensar que a última profissão que se pode ter é a de empregado de mesa. É uma profissão digna como outra qualquer, e que terá que ser valorizada. A primeira imagem de um restaurante é a maneira como o cliente é recebido. Isso é fundamental. É muito difícil arranjar as pessoas certas para os sítios certos. Posso dar um exemplo, nós publicamos quase diariamente anúncios para contratar empregados. Em dez entrevistas marcadas, são capazes de aparecer dois. E há uma dificuldade adicional, encontrar pessoas que tenham qualificação. Esse é um dos grandes problemas da hotelaria.
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Parece-lhe que isso resulta de uma falha do sistema de ensino, que não prepara pessoas para esta área? Durante muitos anos tivemos poucas escolas de hotelaria. Hoje estamos melhores, mas penso que é preciso dar uma formação prática e não só teórica. Depois a hotelaria, a restauração, são bastante exigentes, um empregado de mesa muitas vezes está cerca de 12 horas, não a trabalhar, mas com o seu tempo ocupado, por causa dos horários repartidos. Uma das características desta actividade é o facto de cada um de nós ser um especialista. Todos temos uma opinião sobre a comida. Que tipo de dificuldades existem em servir fora de portas, que podem condicionar a percepção da comida? O grande problema que existe em fazer um serviço fora de portas é o espaço. Apercebemo-nos desde muito cedo que era necessário ter materiais nos bastidores que nos facilitassem a vida a esse nível. Fomos pioneiros em trazer para Portugal uns dispositivos, umas aranhas que permitiam, num espaço relativamente pequeno, 1,5 m2, colocar 180 pratos. Antes disso, colocavam-se uma série de tábuas com os pratos espalhados. Isso foi uma inovação, na altura um grande sucesso. Penso que fomos a primeira empresa a deixar de servir em travessa e a servir empratada. Primeiro porque a apresentação é completamente diferente, depois porque o serviço do empregado de mesa é facilitado. Chegámos à conclusão de que um empregado a servir uma mesa de dez pessoas demora no mínimo oito minutos, ou seja a comida quando acaba de ser servida está pouco quente. Por isso introduzimos um sistema de servir mesa completa por mesa completa: cinco empregados com um prato em cada mão, colocávam-se atrás dos clientes e serviam simultaneamente os dez. Num minuto, toda a gente começava a comer. E várias outras inovações
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que fomos introduzindo. Íamos a muitas feiras, sobretudo para comprar materiais decorativos. E depois aquela grande experiência de Macau deu-nos uma bagagem fantástica que nos permitiu fazer coisas em Portugal com mais facilidade. E foi assim que a empresa se dinamizou, até dividirmos o negócio entre restauração e catering. Como sabem, a parte dos eventos é hoje explorada pela Ibersol. Como é que encara um fenómeno crescente de Chefs que se tornam extremamente conhecidos, de que forma o papel destes tem evoluído e é reconhecido nesta actividade? Melhorámos imenso, devido às escolas, à internacionalização. Hoje é muito mais fácil um individuo que acaba um curso de cozinha fazer um estágio lá fora, adquirir experiência e trazê-la para Portugal. Em termos de catering acho que o sucesso desses grandes Chefs não é muito grande e não se traduz em grande evolução. As pessoas optarem por esta empresa de catering ou por aquela porque está A, B ou C à frente da mesma... não é por aí. E é um pouco efémero... a comida desses Chefs não se adequa muito ao catering de eventos. É uma cozinha muito trabalhada e é complicado. Penso que ao nível dos restaurantes, sim, evoluímos imenso ao nível da qualidade.
“HÁ EMPRESAS MUITÍSSIMO BEM PREPARADAS” Enquanto observador do mercado do catering, acha que se contam pelos dedos de uma mão as boas empresas? Penso que há empresas muitíssimo bem preparadas para poderem dar todas as garantias em termos de higiene e saúde alimentar. E continuam a existir empresas que não têm condições nenhumas para poderem exercer essa actividade, mas que a exercem. A crise pode servir também para limpar o mercado destas empresas? Algumas empresas já desapareceram do mercado, isso é um facto. As maiores empresas de catering são aquelas que têm mais defesas e conseguem reduzir custos. E como têm muito trabalho conseguem sobreviver. Para as outras a situação é mais difícil. Essa capacidade de conseguir manter a estrutura é um elemento crítico? Eu penso que é assim para todas as empresas. E há uma retracção do investimento, isso também é indiscutível.
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DEZ PERGUNTAS A JOSÉ SILVA CARVALHO BENFICA OU SPORTING? Sporting CARNE OU PEIXE? Peixe CAMPO OU PRAIA? Campo COMER EM CASA OU NO RESTAURANTE? Casa ÁGUA OU VINHO? Água
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Isto vai abrir a porta a fenómenos de fusão, concentração? Penso que o que as empresas estão a fazer passa pela redução de custos, negociando preços com fornecedores, tentando manter o preço durante um ano, e diminuição de pessoal, adaptando-o às circunstâncias. É a única hipótese de sobrevivência sem grandes sobressaltos. O que é que seria necessário para inverter esta situação? Havendo uma pressão para que a área do catering se torne mais simples, isso leva a um empobrecimento da própria actividade, da imagem do sector? Acho que depende do que se considere imagem. Podemos dar a mesma qualidade com produtos diferentes. Por exemplo usar materiais de qualidade boa, mas inferior à de antigamente, utilizar um atoalhado mais simples, mas com determinada qualidade, as decorações florais em vez de serem altamente sofisticadas serem mais simples, os talheres ao invés de serem de uma determinada marca, serem de
uma de qualidade um pouco inferior. Se o cliente não estava habituado ao outro regime, não nota grande diferença. Também em termos de empregados, em vez de se utilizar um empregado para cada 10 pessoas, passar a ser um para 15, e tem que se sensibilizar o empregado de que tem que ser mais rápido, dinâmico, dar mais de si, para que o serviço se mantenha com a mesma qualidade. Temos de nos mentalizar que o país está em dificuldades económicas muito grandes e as pessoas têm de ajudar a resolver os problemas das suas empresas. Nada se faz sem uma equipa. Estamos numa fase de resistir? Quem conseguir resistir nesta fase, dentro da lógica, não terá dificuldades nenhumas em se manter no mercado e evoluir positivamente. Acho que estamos no pico da crise, pior do que isto dificilmente existirá.
Cláudia Coutinho de Sousa
REFEIÇÃO INESQUECÍVEL? Hotel Vila d’Este, Lago de Como, Itália, pela envolvência COMPANHIA IDEAL À MESA? A minha mulher SE JUNTASSE NUM ALMOÇO CAVACO SILVA E JOSÉ SÓCRATES, O QUE PROPUNHA DE EMENTA? Deixe-me pensar para não dar uma resposta desagradável (risos). Acho que deviam comer um prato tradicional português. SERVIÇO DE CATERING QUE NUNCA ESQUECEU? A cerimónia de transferência de soberania de Macau para a China JÁ FEZ MAIS DE 100 KM PARA COMER UM PRATO? Vou a restaurantes de propósito para comer determinados pratos.
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O ESPECTÁCULO DA COMIDA
COOKING LAB: APRESENTAÇÃO TÃO IMPORTANTE QUANTO O SABOR Quando entrámos nas instalações da Cooking Lab ocorreu-nos de imediato que o nome da empresa não poderia ter sido mais bem escolhido. Neste espaço a cozinha é um laboratório, e as panelas coexistem com os tubos de ensaio. Aqui, por exemplo, desconstrói-se o tradicional arroz doce: a canela é apresentada na forma de uma folha maleável, o limão transforma-se num suspiro que se desfaz em pó e o creme de arroz fica um gelado quando está quente e derrete quando fica frio. Ficou interessado? Sabia que a Cooking Lab tem uma área de eventos?
O QUE É A GASTRONOMIA MOLECULAR? Na Cooking Lab investiga-se e estuda-se a gastronomia molecular e os resultados podem ser produtos tão variados como gelados de azoto líquido, pasta de azeite, espumas, charutos comestíveis ou um gin tónico em forma de cubo. Produtos que podem causar alguma resistência, mas cujo efeito pode ser espectacular. Comecemos pelo início. Simplificando... a gastronomia molecular é a ciência que estuda aquilo que acontece na cozinha. Joana Viegas, engenheira química, e responsável pela
área de eventos da Cooking Lab exemplifica, “por que é que quando pomos uma massa no forno ela se transforma numa esponja, ou quando pomos uma carne na frigideira ela passa de vermelha a acastanhada/acinzentada, e porque que é que quando batemos as claras elas ficam em castelo?” São estes e outros acontecimentos/fenómenos que procuram ser respondidos por este ramo da ciência, que tem uma grande componente de física e de química, explica a responsável. Aliás os primeiros passos desta ciência foram justamente protagonizados pelo físico Nicholas Kurti e o químico Hervé This, que usaram pela primeira vez a expressão “gastronomia molecular”.
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UNIQUE FOOD EVENTS A Cooking Lab é um projecto de um grupo de engenheiras químicas e de uma arquitecta paisagista que tinham um gosto enorme pela cozinha. Começaram a ir a alguns congressos do investigador Hervé This, e recolheram informação e conhecimento que permitiram trazer para o nosso país a gastronomia molecular. E se começou como uma espécie de brincadeira, o interesse que o trabalho deste grupo suscitou nos Chefs rapidamente obrigou a levar tudo muito a sério. “Os Chefs têm problemas na cozinha, para os quais não encontram solução porque não têm conhecimentos de química”, explica Joana Viegas, dando um exemplo muito simples: apesar de parecer impossível “há uma solução para juntar água com azeite” e confeccionar um prato misturando os dois ingredientes. E foi nesse sentido que os Chefs vieram à procura deste grupo de engenheiras químicas. Além disso, precisam de ter sempre criações novas e inovadoras e os inputs que o grupo lhes podia fornecer eram interessantes. A visibilidade cresceu muito, até ao nível dos media. Estavam então reunidas as condições para a criação da Cooking Lab que, numa primeira fase, se concentrou na área das formações, para além da investigação. Actualmente os eventos são também uma aposta da empresa que criou para o efeito a marca Unique Food Events. “O que fazemos são apontamentos, não confeccionamos menus do início ao fim”, esclarece Joana Viegas, “tudo o que são cocktails com finger food sim, fazemos a parte do cocktail, da bebida, do salgado, do doce, porque são pequenos, mas um menu inteiro, com um prato de carne ou um prato de peixe, não”. Para isso estabelecem parcerias com Chefs. “Conseguimos criar coisas engraçadas. O cliente procura algo de memorável para o evento”, e isso pode ser conseguido através da comida.
“NÃO QUEREMOS SER O TRADICIONAL DO CROQUETE E DO RISSÓL” A empresa é sobretudo procurada, para além dos Chefs, por empresas de catering e agências de eventos. “Criámos um cubo gelificado de gin tónico e o convidado ao fazer um brinde, em vez de beber, come. Foi um pouco nesse sentido que vieram à nossa procura”, explica Joana Viegas. As empresas também se interessaram pelos serviços da Unique Food Events, quando, por exemplo, “têm que fazer um programa de fim-de-semana e pedem-nos para fazer workshops para os clientes”, conta. E o que pedem os clientes? “Há duas visões da Cooking Lab, a visão do molecular, da química, das coisas esquisitas, que são giras mas não arrisco, e depois há quem queira só inovações, coisas com muito fumo”, explica. No primeiro caso a empresa desenvolve menus mais tradicionais, ainda que sempre com inovação. “Não queremos ter o tradicional croquete e rissól, não temos nada contra, mas para isso já há muitas empresas que os fornecem”. O número de participantes no evento pode ser um problema, de modo que, dependendo do número, a empresa pode sugerir apenas um apontamento ou outro.
O CATERING É VISTO COMO UMA EXPERIÊNCIA “Quando nos fazem uma consulta, a primeira pergunta é: qual é o tema? E dentro das nossas técnicas, construímos o produto”, sendo que a apresentação é tão importante quanto o sabor. “Gostamos de provocar um sentimento, que as pessoas digam “uau, um charuto comestível!”. Mas depois tem que ter um bom sabor, senão o impacto perde-se. E até que ponto este fenómeno de moda pode condicionar a evolução da Cooking Lab? Será expectável que as pessoas percam um pouco o interesse por este arrojo? Na opinião de Joana Viegas vai sempre haver a procura pelo diferente, pela inovação. E há sempre espaço para inovar. “O que trazemos para Portugal é uma moda, os gelados com azoto líquido, os caviares, as espumas, mas lá fora, noutros continentes, já nem podem ouvir falar mais disto. E sem dúvida que isso vai ficar esgotado, mas por isso é que somos uma empresa de investigação e desenvolvimento para encontrar outros motivos de interesse”, explica a responsável. No entanto, é difícil antecipar novas modas, diz. De qualquer forma, o espírito da Cooking Lab é o de surpreender, jogar com os sentidos e com as emoções, “as pessoas pensam que vão comer uma cereja e afinal é um foie-gras, por exemplo. “Queremos fazer a cozinha como se fosse um espectáculo”. Cláudia Coutinho de Sousa
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C AT E R I N G SUSTENTÁVEL
O CASO DO CENTRO DE CONGRESSOS DO ESTORIL No sector dos eventos, o Centro de Congressos do Estoril (CCE) é a entidade pioneira em Portugal em termos de sustentabilidade, e estabelece o exemplo a seguir no que toca ao compromisso com o meio-ambiente. Em Outubro de 2010, a Carta de São Paulo, assinada por 42 Chefs internacionais estabelece princípios que consubstanciam as preocupações da sustentabilidade na gastronomia. Fomos conversar com Pedro Rocha dos Santos, director do Centro de Congressos do Estoril, de modo a perceber o que é isto do catering sustentável e quais são as principais dificuldades de implantação. Um dos pilares do catering sustentável é o uso de produtos locais. É difícil arranjar bons ingredientes e bons fornecedores? O uso de produtos locais obviamente depende de região para região e também da época do ano. No nosso caso, e considerando que num raio de 50 km em torno do Estoril, existe não só o Oceano Atlântico, como também uma importante zona rural onde a produção local é abundante, é fácil perceber que será apenas uma questão de organização identificar quem, de uma forma regular, poderá fornecer produtos de origem local e de produção biológica. Se considerarmos que Cascais tem por tradição a pesca associada ao seu desenvolvimento, penso que também nesse aspecto o oceano e a tradição podem ser elementos facilitadores na obtenção de produtos e na selecção de ementas que tenham a gastronomia regional por base.
Os fornecedores fazem o rastreamento dos produtos? Por exemplo é possível saber onde foi produzido determinado ingrediente e por quem? Obviamente que atestar a proveniência e origem de um determinado produto será fundamental, mas essa é uma das premissas que tem que ser definida com os nossos fornecedores locais, garantindo transparência e confiança na relação. Um projecto de criação de marca registada da região está também em curso através de uma Agência Municipal, o que permitirá acreditar oficialmente os produtos provenientes da região, e que são produzidos dentro de parâmetros naturais certificados.
Em termos de custos, uma opção como esta representa um aumento substancial do orçamento deste item num evento? Esta é uma questão que deverá ser ponderada. Na criação dos menus sustentáveis devemos ter a preocupação de incluir um conceito de mais-valia relacionado com alimentação mais saudável mas por um custo semelhante. Este processo obrigará a sermos criativos e a produzir alternativas de maior qualidade alimentar sem acréscimo de custo. Neste caso, fará talvez mais sentido servir as refeições empratadas, de modo a valorizar a apresentação e equilibrar as quantidades, de forma a garantir uma imagem de qualidade no serviço. Para conter os custos e manter orçamentos dentro do que se pratica normalmente haverá que encontrar um mix que faça sentido, salvaguardando a questão da origem e da qualidade dos
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de maior intensidade intelectual há que compensar com alimentos mais dirigidos a repor energias a esse nível, e assim por diante. Como se costuma dizer o melhor caminho para o coração de alguém é através do seu estômago, pelo que entendo este pode ser um meio de sensibilizar os participantes para questões relacionadas com a sustentabilidade em geral e em particular do próprio evento.
alimentos, assim como a referência à gastronomia característica da região. Devemos transformar o catering numa experiência gastronómica criando maisvalias evidentes para a percepção global de todos os participantes no evento. Quem são os vossos parceiros em termos de catering? É difícil encontrá-los? O CCE tem estabelecida uma relação de exclusividade com apenas um fornecedor que garante a qualidade exigida nos nossos serviços e que pratica os mesmos princípios defendidos pelo CCE no exercício da sua actividade: profissionalismo, flexibilidade e qualidade. A relação com o nosso fornecedor de catering, o Hotel Palácio Catering, tem vindo a ser construída ao longo dos anos e aperfeiçoada ao pormenor. Com o compromisso de sustentabilidade do CCE e a organização de Green Events foi necessário desenvolver uma oferta de catering mais sustentável, baseada num conceito americano designado por FLOSS, que quer dizer, Fresco, Local, Orgânico, da Saison [época] e Sustentável. Dentro destes cinco princípios é possível criar menus originais e adaptados aos objectivos do próprio evento. Se o evento for
Como é que gerem a questão dos excedentes? Ora aí está uma questão séria que deve ser considerada mais do que nunca, tendo em conta os tempos adversos que correm. Quem é profissional do sector está mais do que habituado a presenciar o brutal esbanjamento de comida que se concretiza no final dos eventos. Normalmente produzido em excesso, pois faltar afectaria a imagem do evento, os excedentes são muitas vezes equivalentes à quantidade de comida que foi consumida. Esta situação torna-se imoral se considerarmos a quantidade de gente que passa dificuldades, e que poderia usufruir de uma refeição gratuita por esta via. Até há bem pouco tempo a legislação não permitia a reutilização dos excedentes. No entanto, por força da necessidade e das circunstâncias, vemos agora maior abertura para se organizarem, em conjunto com instituições de apoio social, programas que permitam a distribuição desses mesmos excedentes.
Há um programa a tomar forma, onde está envolvido o CCE, o seu fornecedor de catering e a paróquia do Estoril que, através do chamado “Famílias SOS”, fará chegar os excedentes a quem precisa, de modo a garantir a sua qualidade. Os restantes excedentes são separados em contentores, considerando as suas características, e enviados posteriormente para reciclagem. A responsabilidade social e uma maior contribuição em prol do bem estar das nossas comunidades fazem parte do compromisso de sustentabilidade defendido no modelo de negócio do CCE, pelo que entendemos ser um dever e uma obrigação considerarmos todas as questões que possam contribuir para um maior bem estar de todos, minimizando a pegada ecológica na nossa actividade.
Cláudia Coutinho de Sousa
PREMISSAS DO CATERING SUSTENTÁVEL . Minimização dos custos energéticos . Ingredientes locais (até 100 km de distância) . Produção orgânica . Menus de peixe ou vegetarianos . Proveniência dos produtos deve ser conhecida . Uso de água da torneira ou outras bebidas de produção local . Toalhas e guardanapos reutilizáveis . Serviço de porcelana e faqueiro de boa qualidade . Reciclagem e separação do lixo . Doar os excedentes a Instituições
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O ESPECTÁCULO DO B A R - C AT E R I N G
Desde há muitos anos que o bar é uma componente importante do nosso dia-adia, retratada aliás em várias séries de televisão (Cheers por exemplo) e filmes (Cocktail). O barman não se limita a servir bebidas, é um animador, e muitas vezes um ouvinte, ou um contador de histórias. Nos eventos, o bar-catering ganha o seu espaço. Fomos conhecer duas empresas, a Mojito Bar Catering e a Cocktail Team.
ALBERTO PIRES . MOJITO BAR CATERING
O ESPECTÁCULO DA MIXOLOGIA MOLECULAR
Ponto prévio: Alberto Pires é um comunicador nato. O responsável pela empresa Mojito Bar-Catering não se queixa da falta de trabalho, “Tem vindo sempre em crescendo. Os meus concorrentes directos são os caterings convencionais, bastante fixados na linha clássica da hotelaria, e que não têm este conceito de bar”. Muitos
dos clientes são os hotéis, “levamos o equipamento todo para o hotel, e eles não têm de se preocupar com nada”, explica. Eventos são mais do que muitos, e bastante diversificados, “fazemos muita coisa durante o dia, se bem, que com álcool, somos mais solicitados para eventos ao final da tarde e à noite”. Para Alberto Pires o
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serviço de bar tem de ser uma experiência, “somos rápidos a atender toda a gente, e quando todos estão satisfeitos, podemos brilhar com apontamentos fora do normal”. A mixologia molecular é uma moda que está para ficar, “usamos muito o gelo seco, pedrinhas de dióxido de carbono a 68 graus negativos que colocamos nas bebidas, e o azoto líquido para fazer sorvetes”. E tudo muito na base da improvisação, “fazemos os sorvetes em frente às pessoas e costuma correr bem”. Neste produto é usado álcool, para não ser simplesmente uma sobremesa, “e tem sempre grande impacto, primeiro a pessoa vê o fumo e depois prova e é delicioso”, refere o responsável, “As pessoas ficam maravilhadas”. Também transformam, por exemplo, cocktails em gelatinas, “de um cosmopolitan fazemos um cubo de gelatina para o participante comer com colher”. É uma graça, diz Alberto Pires, mas não se vai deixar de fazer bebidas normais, “se o cliente achar que sou um excêntrico, um criador, e chego ao evento e não tenho as duas ou três bebidas básicas, vou ser um incompreendido”. E o gosto dos portugueses? “Somos um pouco conservadores em termos de sabor, não estamos habituados a bebidas fortes, gostamos de coisas doces, básicas”, responde Alberto Pires. O arrojo tem de ser de alguma forma controlado, “mas vamos experimentando dar outros sabores”. A comunicação com os clientes é fundamental, “tentamos ter sempre tempo para isso, para falar com as pessoas, ter uma história para contar, algo de interessante para dizer, somos uma animação para além das bebidas”.
© COCKTAIL TEAM
NÃO NOS LIMITAMOS A DESPEJAR LÍQUIDO A Cocktail Team está especializada no serviço de bebidas, “mas não se limita a despejar líquido para dentro dos copos. Fazemos do nosso serviço um verdadeiro espectáculo, através da criação de bebidas exclusivas, altamente saborosas e de excelente qualidade, com fruta natural, com cores apelativas, fumos, caviar, bebidas com a imagem, por exemplo, do logótipo do cliente”, explica Hugo Silva, responsável da empresa. São procurados pelo mercado corporativo para “lançamentos de produtos, convenções de vendas, inaugurações, recepção de clientes, etc.”. O bar-catering tem conhecido uma evolução notória e a contratação de empresas especializadas é um passo lógico, entende Hugo Silva. “Apostamos cada vez mais na originalidade dos eventos tendo como actor principal as bebidas, que tornamos fluorescentes, em formato de gelatina,
© COCKTAIL TEAM
espumas, etc.”, refere o responsável, apontando algumas particularidades do serviço da Cocktail Team, “investimos nas próprias estruturas, desde copos originais, balcões profissionais com possibilidade de personalização por parte do cliente, espectáculos de fogo, entre outros”. A Mixologia Molecular trouxe um refresh ao mundo das bebidas, diz Hugo Silva, “permitindo criar composições altamente inovadoras através de processos químicos estudados”. Aliás, segundo o responsável os próprios clientes já solicitam expressamente o serviço de mixologia molecular. Cláudia Coutinho de Sousa
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© JAMES REYNOLDS
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SUSTENTABILIDADE À MESA Este mês propomos levar a sustentabilidade à sua mesa… através de um pequeno desafio. Atente na comida e bebida(s) que normalmente fazem parte da sua mesa. Conhece a sua origem? Sabe que todas opções que fazemos em relação a bebidas ou alimentos, quer em casa, ou no restaurante, quer na organização de um evento, têm uma pegada de carbono?! Sim, é verdade que somos constantemente bombardeados com a mais diversa informação no momento em que fazemos as nossas opções de compra, e que o tempo parece ser sempre escasso para a processar… Convidamo-lo, enquanto lê tranquilamente a sua Event Point, a adivinhar qual a pegada carbónica de uma caixa de kiwis proveniente da nova Zelândia. E daquela caixa de morangos, tão prática e fácil de manusear, de plástico, e revestida de papel celofane?!... E da palete de latas de refrigerantes ou de pequenas garrafas de água?!... Já pensou no volume de resíduos que geramos com as nossas opções?! O desafio que lhe propomos é o de levar o tema sustentabilidade para a sua mesa. Inove no menu, diferencie-se na escolha dos produtos, surpreenda a família, amigos ou clientes, e faça da sua mesa o seu statement por uma atitude mais responsável e de respeito pelo equilíbrio da Natureza. Que tal organizar uma ementa CarbonoZero®, começando por seleccionar alimentos da época e produtos de origem local, fazendo regressar a tradição portuguesa à mesa (do azeite ao vinho, não esquecendo as ervas aromáticas para tempero)? Prefira produtos com etiquetagem carbónica, como o Carbon Reduction Label, que atesta um esforço de minimização das emissões de carbono ao longo de todo o ciclo de vida dos mesmos (da extracção da
matéria-prima ao seu fim-de-vida); hoje, existem cerca de 90 marcas e mais de 5 mil produtos que ostentam esta etiqueta. Sempre que possível, dê uma oportunidade ao comércio justo, optando por produtos Fairtrade®. Caso pretenda oferecer um prato de peixe, tenha em atenção as espécies ameaçadas. Opte pelo uso de água da torneira, em detrimento da engarrafada. Tenha ainda em atenção as embalagens, optando sempre pelo maior formato disponível, em detrimento de embalagens individuais (ou mono-dose). E pode ir mais longe por uma mesa sustentável, optando, por exemplo, pela utilização de guardanapos de pano; caso tal não seja possível ou adequado, prefira guardanapos reciclados ou certificados. Numa mesa sustentável é condicionada a entrada dos descartáveis; têm livre-trânsito apenas os descartáveis que sejam biodegradáveis, ou recicláveis - note que apenas os descartáveis de plástico são passíveis de reciclagem, os descartáveis cuja matéria-prima é à base de papel ficam contaminados por restos de comida, o que inviabiliza a sua reciclagem. À mesa sustentável promove-se a reciclagem - quer esteja em casa (enquanto cidadão), quer esteja num evento (enquanto prestador de serviço de catering). Separe devidamente os resíduos, para que os mesmos sejam
reencaminhados para o destino adequado. Para os serviços de catering, sempre que possível opte por fornecedores com certificação ambiental, garantindo, desta forma, que trabalha com empresas que gerem adequadamente os aspectos ambientais da sua actividade e consequentemente do seu evento.
Desafio “sustentabilidade à mesa”… Estamos convidados para nos sentarmos à sua mesa? Contamos consigo! Nota: 1 kg de kiwis transportado de avião desde a Nova Zelândia até Portugal emite 20 kg CO2e. E.Value
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JOSÉ PIMENTEL FURTADO CORONEL DE CAVALARIA, ESPECIALISTA EM SEGURANÇA E GESTÃO DE CRISES
OPINIÃO 47
QUE SEGURANÇA PA R A O S E V E N T O S ?
Nos últimos meses, têm sido constantes as notícias nos jornais relativas a incidentes e acidentes ocorridos em diversos tipos de eventos. Para apenas nomear alguns de memória, ocorre-nos o acidente na procissão em Amarante, na Páscoa, quando uma viatura entrou pela procissão dentro, matando três pessoas e ferindo sete, três com gravidade. Dois dias depois, em Ponte de Lima, o rebentamento de um foguete durante um espectáculo de fogo-de-artificio, que feriu mais quatro pessoas. Já em Setembro do ano passado, nas festas de Ribeiradio, Oliveira de Frades, o fogo-de-artifício atingiu o público, tendo provocado dezasseis feridos, um dos quais com gravidade. Durante o mês de Maio, nas queimas das fitas realizadas pelo país fora, diariamente os jornais foram‑nos dando conta de acidentes e incidentes vários, dos comas alcoólicos aos confrontos com a polícia. Tal como noutras actividades da vida económica e social, em que a possibilidade de ocorrência de acidentes é elevada, parece-nos haver relativamente à organização e realização de eventos uma epidemia oculta de acidentes, por vezes mortais, fruto da falta de profissionalismo, ou do desleixo, de quem os organiza. Se acrescentarmos aos riscos inerentes à realização de eventos, o facto de, por definição, estes concentrarem muitas pessoas no mesmo local, aumentando assim o número de potenciais vítimas expostas aos riscos; estas pessoas
deslocarem-se ao evento para se divertir e a segurança ser a menor das suas preocupações; a própria dinâmica das multidões provoca riscos de esmagamento, asfixia e espezinhamento, principalmente em situações de pânico; e, frequentemente, os participantes em certo tipo de eventos encontrarem-se sob o efeito do álcool ou de substâncias psicotrópicas, então é fácil compreender o enorme potencial que os eventos têm para provocar acidentes graves. Diversos tipos de riscos ameaçam constantemente a realização de cada
evento. Os riscos de origem natural, como as tempestades, os sismos, as ondas de calor ou as vagas de frio devem ser considerados em quase todos os tipos de eventos, pois podem afectar de forma dramática a segurança das pessoas presentes. É raro o evento onde a tecnologia não desempenhe um papel fundamental, da iluminação ao som, ao fogo de artifício, à climatização do ambiente nos recintos cobertos, às botijas de gás dos diversos fornos. Por trás de cada uma destas tecnologias esconde-se uma série de ameaças, da electrocussão, ao
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OPINIÃO
. Q U E S EG U R A N Ç A PA R A O S E V E N TO S ? , P O R J O S É P I M E N T E L F U RTA D O
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incêndio, à explosão ou à intoxicação. A probabilidade de ocorrência de um acidente aumenta com a quantidade de equipamentos instalados no interior do recinto, principalmente se coabitarem tecnologias diferentes (por exemplo, água e electricidade, ou electricidade e gás), resultando a conjugação dos vários riscos em simultâneo numa maior severidade das consequências do potencial acidente. Eventos há em que o consumo excessivo de álcool ou de drogas são uma marca distintiva. Outros em que os adeptos dos clubes vêem o evento mais como uma oportunidade para uma batalha, do que como um acontecimento desportivo. Quase todos são uma oportunidade para os bandidos de ocasião, como o carteirista ou o assaltante de automóveis, ou para os profissionais, como o vendedor de bilhetes falsos ou o traficante de droga. Alguns eventos mais mediáticos poderão ser o alvo de grupos terroristas, de boicotes por parte de activistas mais agressivos, de greves nos transportes públicos, ou de cortes dos seus acessos. São estes alguns dos tipos de riscos sociopolíticos a que um evento pode estar sujeito. Também as ameaças biológicas são
hoje em dia um risco a considerar. Das pandemias das diferentes estirpes de gripe aos problemas da segurança e da higiene alimentar, somos constantemente alertados para a possibilidade de eclosão de uma nova vaga epidémica que, à semelhança das que ocorreram noutras épocas históricas, poderão ceifar milhões de vidas. Ora um evento conta sempre com a participação de um elevado número de pessoas, concentradas num local durante um intervalo de tempo, condições ideais para a propagação de muitas das doenças infecto-contagiosas em causa. As probabilidades de contágio
aumentam ainda mais se no evento houver disponibilização de comida, ou se as condições de higiene não forem as mais adequadas (se a contaminação por E.coli que ocorre na Alemanha, e atingiu a França, não for rapidamente controlada e chegar a Portugal, será ainda possível realizar os festivais de Verão, servidos por “parques de campismo” selvagem, sem as mínimas condições de higiene?). Nem todos os riscos têm a mesma probabilidade de ocorrência, nem resultarão nas mesmas consequências, mas todos representam uma ameaça real às pessoas.
Continuar a realizar eventos sem previamente efectuar uma análise de risco, sem implementar um plano de segurança, para fazer face aos riscos identificados, e sem dispor de um plano de emergência, testado e treinado, para fazer face aos acidentes e incidentes que, mesmo assim, se concretizem, é falta de profissionalismo, muita irresponsabilidade e, no mínimo, negligência. Não é isso que se espera de uma organização profissional e de um serviço de qualidade.
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Numa altura em que a crise parece ser a palavra de ordem na Europa, muitas empresas procuram novos mercados para contornar as dificuldades. Com a realização do Campeonato do Mundo de Futebol de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016, um mercado dezenas de vezes maior do que o nosso, com um dinâmico sector de eventos e da meetings industry, e uma língua comum, muitas empresas portuguesas vêem o Brasil como um destino óbvio e uma oportunidade para dar esse salto. Falámos com empresas que apostam agora no mercado brasileiro para conhecer as motivações e expectativas, mas também com outras, implantadas há anos do outro lado do Atlântico, para conhecer melhor as oportunidades e as dificuldades de quem chega. EVENTS BY TLC APOSTA AGORA NO BRASIL A ideia para este artigo surgiu precisamente com um press release que anunciava o rebranding de uma empresa, acompanhando a internacionalização para o Brasil. Trata-se da TLC, uma DMC (Destination Management Company) portuguesa, especializada na organização de eventos internacionais em Portugal, sobretudo para o mercado inglês e americano, que passa a apresentar-se como “events by tlc”. A transformação é colocada em prática para se adequar a um reposicionamento geográfico da empresa, com abertura de escritórios em São Paulo e no Rio de Janeiro, e garantindo um alargamento da oferta a novos mercados. “O Brasil surge como oportunidade efectiva de internacionalização para a “events by tlc”, fruto de um ganho de relevância crescente deste país, originando a pressão de clientes internacionais e também de grandes empresas em Portugal que, por razões diversas, têm necessidade de realizar eventos neste destino”, disse à Event Point Diogo
Assis, chairman da empresa. Diogo Assis descreve o Brasil como “maduro e muito aquecido no que respeita ao mercado interno, e relativamente imaturo no que respeita aos eventos internacionais”, por isso, a empresa quer utilizar as “competências extraordinárias nas mais diversas disciplinas” que tem em Portugal para “aproveitar as oportunidades dos mercados emergentes, deficitários em mão-de-obra especializada”. “O Brasil irá ser o anfitrião do Campeonato do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016, entrando também no panorama internacional com o drive da economia que cresce 6% ao ano. Sendo, neste momento, a quarta maior economia do mundo, toma o seu lugar no mapa de eventos internacional, numa tendência que se perspectiva de evolução crescente”, assinala o responsável. Com estes mega eventos, “o mercado Brasileiro abriu definitivamente as suas portas para o mercado internacional e, com isso, o investimento em infra-estruturas, aumento da capacidade aérea, mais hotéis de cadeias internacionais e nacionais e espaços para eventos, além de trazerem uma grande
exposição mediática já que estamos a falar dos dois eventos mais vistos em todo o mundo”, explica Diogo Assis. E assinala, que “os efeitos são sentidos anos antes de os próprios ocorrerem, com eventos de preparação, actividade crescente dos patrocinadores e delegações. Ao mesmo tempo as candidaturas vencedoras são obrigadas a criar infra-estruturas de suporte. Essas estruturas ficam depois dos eventos e é este legado que potencia um plano de negócios como o nosso”, assinala.
YDREAMS REFORÇA PRESENÇA NO BRASIL “A internacionalização da YDreams não surgiu apenas agora, em resposta à recessão do mercado interno. A intenção de investir no mercado brasileiro existe deste a criação da empresa em 2000, mas claro que face às dificuldades internas, é excelente termos a oportunidade de operar e crescer numa das economias que apresentam incríveis promessas de crescimento e expansão”, explica à Event Point Karina Israel, directora executiva da YDreams Brasil.
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© YDREAMS
A empresa, especialista em tecnologias de interacção, com foco na área de realidade aumentada, tem duas filiais no Brasil. A primeira foi criada no Rio de Janeiro, em 2005, e a segunda em São Paulo, em 2008. “A ideia de abrir no Brasil surgiu logo que começámos a pensar na expansão. Faz todo o sentido por causa da língua, da dimensão, regras e práticas de mercado semelhantes. Sem contar que os especialistas apontam que o Brasil será a quinta potência mundial em alguns anos”, explica a responsável. “Primeiro tentámos via uma empresa representante, através de conhecidos de confiança. No entanto os valores ficaram demasiado altos para o mercado. Este é o problema das parcerias, colocar margem sobre margem, prejudicando a comercialização devido aos altos valores praticados. Depois decidimos abrir nós mesmos a empresa, primeiro como uma produtora, para dar vazão a produtos já prontos, apenas modificando o interface. Só que o mercado brasileiro é bem mais exigente, e está sempre a desafiar-nos com pedidos inovadores e tivemos que nos adaptar”, explica. “Em 2009, o mundo todo, inclusive o Brasil, esteve atento ao que seria a repercussão da crise mundial, com algum cuidado nos investimentos. Depois do anúncio das Olimpíadas o panorama no Brasil mudou. E foram enviadas duas pessoas-chave da
YDreams Portugal para a YDreams Brasil, reforçando a equipa e possibilitarndo que tudo que seja feito na matriz possa ser feito aqui também. O director de tecnologia e a directora executiva (vendas e projectos) prepararam os substitutos em Portugal e abraçaram a aventura da YDreams Brasil”. Karina Israel explica que no Brasil “o sector de eventos está extremamente aquecido, há períodos como Setembro/ Outubro em que, com um ano de antecedência, já é difícil reservar os locais para congressos. No ano passado fizemos neste período as vendas do ano anterior inteiro”, conta. Em termos de mais-valias, a responsável destaca “o potencial retorno de funcionarmos num mercado muito maior do que o português”. Mas também não faltam dificuldades, ou desafios. “O primeiro foi conseguir ter preços competitivos. Inicialmente havia um aspecto problemático, que era o da importação dos equipamentos, tornando os preços abusivos. No Brasil, as taxas de importação são altíssimas. As barreiras alfandegárias, bastante proteccionistas, forçam a um enorme aumento dos preços de qualquer item importado. Da mesma forma percebemos rapidamente que era necessário montar a equipa localmente. O timming é diferente, o estilo e o nível de exigência também”. “O segundo desafio foi a burocracia para abrir a empresa e a dificuldade
com contabilistas e regras de impostos que são bastante mais complexas do que na Europa. O sistema tributário brasileiro precisa de uma reforma urgente”, adiantou. E depois surgiu o problema clássico das empresas sem implantação no país, sobretudo com produtos/serviços inovadores, “de mostrar aos potenciais clientes que o nosso produto é fiável, sem ter casos implementados no local”. “No início sentíamos a cobrança de possuir casos aqui para que acreditassem que era possível. Ainda mais no nosso caso que se assemelha a ficção científica”. “Além disso, para trazer o know-how é necessário trazer alguns profissionais e então deparamo-nos com as dificuldades de autorizações de trabalho, permissões de residência, vistos”, conta Karina Israel. Mas nenhum destes desafios travou a YDreams. E agora, com anos de experiência no mercado brasileiro, quando questionada sobre as “oportunidades com a realização do Campeonato do Mundo e dos Jogos Olímpicos”, a responsável não hesita: “as oportunidades são infinitas”. “A YDreams tem hoje uma visão do mundo que poucas empresas têm, preparada que está com uma experiência de mais de 600 projectos em mais de 20 países com clientes de renome mundial. Tudo isso possibilitou-nos pensar os desafios de uma nova geração, que são mais do que pertinentes para o que o Brasil pretende
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VILA GALÉ FORTALEZA
VILA GALÉ SALVADOR
VILA GALÉ: EVENTOS COLMATAM A SAZONALIDADE NO BRASIL para si mesmo na sua década de ouro. O Campeonato do Mundo e as Olimpíadas foram os catalisadores deste processo, mas o movimento é muito maior do que os próprios eventos. Chegou a hora do Brasil no mundo, não existe lugar melhor para estarmos neste momento, e ainda mais com a maturidade conquistada”, assegura. Questionada sobre onde é que as empresas portuguesas ligadas ao sector dos eventos e turismo de negócios podem entrar no mercado brasileiro, a responsável da Ydreams aponta a hotelaria como a área que “vai precisar de crescer no país para dar conta dos próximos eventos”. “Hoje, em São Paulo, com eventos de menor porte já é difícil encontrar local de alojamento na cidade”.
E precisamente por falar na hotelaria, é inevitável falar no grupo Vila Galé, já que das 23 unidades que detém, seis são situadas no Brasil. “A aposta do grupo neste mercado foi a conjugação de dois factores. Por um lado um mercado com dimensão, riqueza cultural, gastronómica e natural, e afinidade linguística, e depois o surgimento de oportunidades de negócio concretas (terrenos, edifícios ou hotéis para gerir)”, conta à Event Point Gonçalo Rebelo de Almeida, Director de Marketing e Vendas. “O sector dos eventos no Brasil tem um enorme potencial e é uma aposta clara de todos os hotéis de resort. De resto, o investimento em eventos é uma das preferências de todos os departamentos de marketing das empresas”, explica o responsável, adiantando que isto permite aos hotéis “combater uma certa sazonalidade, pois o período forte de eventos é fora das épocas altas e traduz-se numa receita mais elevada do que o segmento de lazer”. Como ponto negativo destaca “apenas o desconforto que é causado aos
hóspedes de lazer nos momentos em que temos eventos no hotel”. Sobre a realização do Campeonato do Mundo e dos Jogos Olímpicos, Gonçalo Rebelo de Almeida frisa que “a grande oportunidade destes dois eventos é projectar a imagem do Brasil no exterior e potenciar a promoção do destino, permitindo que o Brasil cresça em termos de visitantes internacionais”. “Neste momento, 80% do turismo no Brasil é interno e apenas recebe cerca de 5 milhões de turistas por ano (Portugal recebe 11 milhões)”, assinala o responsável. Neste contexto, onde é que as empresas portuguesas ligadas ao sector dos eventos e turismo de negócios podem ter um papel importante? Gonçalo Rebelo de Almeida explica que “o crescimento do mercado brasileiro, nomeadamente da classe média, provocou um aumento exponencial de turistas para o mercado interno e externo, havendo potencial inclusive para a captação de eventos de empresas brasileiras para o exterior e Portugal em concreto”.
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APECATE AVISA: “AS OPORTUNIDADES SÃO BOAS MAS AS DIFICULDADES PROPORCIONAIS” “Há algumas empresas em Portugal que já operam no Brasil e creio que a tendência é para aumentar”, conta à Event Point João Sacchetti, presidente da APECATE (Associação Portuguesa de Empresas de Congressos, Animação Turística, Eventos), afirmando que a associação tem por várias vezes abordado o tema da internacionalização nas suas iniciativas. “Temos ajudado à construção de contactos e networking contribuindo, à nossa escala, para um melhor conhecimento do mercado brasileiro e das suas regras”, explica o responsável.
A APECATE tem inclusive como parceiro no Brasil a Associação Brasileira das Empresas de Eventos – ABEOC que “já por duas vezes esteve presente em Portugal, nomeadamente com contribuições e representantes no seminário GEST, que decorre todos os anos na ExpoEventos, onde a APECATE também participa e contribui com temas, oradores e conteúdos”. Questionado sobre que oportunidades vê para as empresas portuguesas com a realização do Campeonato do Mundo e dos Jogos Olímpicos, João Sacchetti frisa que “nenhum desses dois super-eventos mundiais se realizou no nosso país e, consequentemente, nenhuma empresa portuguesa de eventos terá experiência directa nos mesmos”. Ainda assim, considera “as empresas portuguesas, especializadas no sector, de grande qualidade e capacidade na organização e gestão de grandes eventos, podendo oferecer valiosos
contributos, em associação com parceiros brasileiros que o necessitem, pois a nossa experiência é vasta, diversa e reconhecida internacionalmente”. João Sacchetti, que tem conhecimento directo do mercado brasileiro pois fez parte do projecto da João Lagos Sports Brasil, que se iniciou em 1999, conta que “o Brasil é antes de mais imenso, diverso e diferente em todos os aspectos de Portugal, com a excepção da língua e, mesmo essa, não só soa diferente como, às vezes, as palavras querem dizer coisas distintas”. E avisa: “O facto da língua ser o traço unificador e de dispormos de uma memória histórica e de emigração partilhadas, não basta: nada mais é parecido com o nosso mercado. Para todos os efeitos só posso recomendar para quem queira desenvolver um projecto no Brasil que considere que vai para a América onde se fala um português diferente. Por muito que custe
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E.Value com o Rock in Rio no Brasil Desde 2006 que a CarbonoZero®, marca da empresa portuguesa E.Value, é parceira do Rock in Rio na quantificação e compensação de todas as emissões geradas nos eventos que se realizam nas cidades do rock de Lisboa e Madrid. O compromisso e responsabilidade assumidos pelo Rock in Rio são sobretudo de minimizar a sua pegada carbónica e compensar exclusivamente as emissões inevitáveis. A E.Value já esteve na edição do Rock in Rio em Madrid e este ano, como o evento regressa ao Rio de Janeiro, conta novamente com a parceria da empresa, que assegura que o festival será um evento com efeito nulo no clima. Em 2007, o âmbito dos trabalhos da CarbonoZero incluiu a definição de um plano de redução de emissões, envolvendo todos os seus stakeholders (patrocinadores, parceiros, fornecedores, público, media). Foi, ainda, lançado um Concurso de Boas‑Práticas, com vista a reconhecer, dar visibilidade pública e premiar as melhores práticas adoptadas nos eventos. Os resultados obtidos traduzem-se numa redução da pegada carbónica dos eventos. A intensidade e nível de abrangência das acções de gestão de emissões têm vindo a ampliar-se e, em 2011, foi estruturado um Plano de Sustentabilidade para os eventos. Para além da elaboração deste Plano, a CarbonoZero marcará presença no Rio de Janeiro para efectuar a quantificação das emissões de carbono do evento (incluindo as associadas ao padrão de mobilidade do público) e como Júri do Concurso de Boas Práticas. Questionados sobre se esta participação no Brasil será apenas para este evento, ou há uma intenção de aposta da empresa neste mercado, os responsáveis da E.Value explicam que “a internacionalização, designadamente através de uma parceria com uma empresa local, é um tema em análise. Actualmente, a E.Value já se encontra a desenvolver trabalho de consultoria técnica na área da gestão corporativa de matérias como sustentabilidade e emissões de carbono”.
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aos portugueses de Portugal, os 200 milhões de brasileiros desenvolveram uma cultura própria nada dependente da nossa: regras de mercado, onde as formas de abordar são muito mais directas e competitivas”. “O mercado é muito fechado às empresas de fora do Brasil e os portugueses têm má imagem, com excepções como é óbvio. Mas há uma visão depreciativa dos portugueses, tradicionalmente vistos como empresários de padaria e de pastelaria”, explica João Sacchetti, e avisa: “Há associações de portugueses do Brasil e associações empresariais ligadas aos portugueses no comércio e indústrias tradicionais, respeitadas e consideradas pela sua cultura e história, mas de quem não se esperam grandes contributos. Poderão ser um bom contacto para as empresas portuguesas começarem a conhecer o mercado, além da referida ABEOC para as empresas de eventos, mas, para o resto, estarão por conta própria”.
Para o responsável da APECATE, “se culpas ou responsabilidades há, essas cabem-nos a nós portugueses que não temos apostado numa comunicação forte e moderna no Brasil, de forma continuada e incisiva.
“Em poucas palavras, no geral, Portugal e os portugueses, são desconhecidos para o brasileiro, com poucas excepções”. “Isto não ajuda nada e creio que o caminho para ter algum sucesso terá a ver com parcerias e associações com empresas de eventos locais, em projectos comuns, em particular, os que se possam promover para grandes empresas portuguesas no Brasil, como é o caso da PT e da EDP, e poucas mais”. Para João Sacchetti, “outro aspecto a considerar são os capitais próprios das empresas para operar nesse mercado. Sem dinheiro é muito difícil sobreviver num mercado hiper-competitivo e avançado no sector dos eventos. É um erro habitual lançar-se um projecto com zero recursos, excepto os que se obtêm a partir da empresa em Portugal. Recomendo que se separem as operações e as tesourarias porque o risco é grande, o mercado 20 vezes maior e os custos altos. Por último,
não se esperem resultados rápidos nem espectaculares. Isso também pode acontecer porque o mercado, mais correctamente os mercados, são enormes e as operações proporcionais. A regra é ir devagar porque o tombo pode ser grande”. Por isso, João Sacchetti frisa: “As oportunidades são boas, mas as dificuldades proporcionais. Só posso, pela experiência adquirida em São Paulo, recomendar que se estude bem o mercado, a concorrência e as condições no terreno, porque é longe, é caro e apinhado de concorrência. E que se façam contactos e amigos no sector antes de desembarcar no mercado”. “Os tempos são outros e, embora tenhamos mais informação e muito maiores conhecimentos, esperam-nos imensas dificuldades, múltiplas sortes, mais do que nos tempos das caravelas, quando lá chegámos primeiro”. Sara Marques
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JOテグ PESTANA DIAS DIRECTOR-GERAL DA FADUS
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A C R I AT I V I D A D E DÁ-NOS SOLUÇÕES PA R A R E S O LV E R PROBLEMAS
Hoje a criatividade é uma questão, não de afirmação, mas de sobrevivência! Como dizia Pessoa :” Viver não é necessário. Necessário é criar.” Porque criar é dar forma ao próprio destino e a melhor forma de prever o futuro é . . . criá-lo! O que está acontecer a muitas empresas hoje em dia, e muitas delas no sector dos eventos, é que o facto de terem sido empresas de sucesso ontem não implica que o serão hoje, ou terão de ser amanhã. Um CEO moderno deve, nos dias que correm, ter uma atitude assertiva, assente em três princípios : 1. Gerir o presente 2. Esquecer selectivamente o passado e 3. Criar o futuro. Temos de aproveitar o enorme capital de criatividade que temos e transformá-lo em inovação! Criatividade sem inovação é como uma grande ideia que nunca é posta em prática. É uma grande teoria não realizada ou por outras palavras, . . . puro lirismo. O desafio fundamental é dar vida à criatividade e transformá-la em
inovação. É por isso que a grande diferença entre criatividade e inovação está entre o pensar e o fazer. Não é por acaso que a Harvard Business Review, no seu último número, dedica vários artigos ao papel dos CEO no modelo de reinvenção do negócio. É que a criatividade é a única arma na guerra contra a realidade. Estes são tempos que testam a alma dos homens, acredito por isso que a criatividade nos vai redimir. De nada serve ter grandes ideias, que de resto muitos de nós podem ter (até de uma forma quase simultânea) se não acrescentarmos valor. Fernando Pessoa costumava dizer que nascemos portugueses por duas ordens de razão: ou por missão ou por castigo, tal é a determinação bipolar da alma lusa. Ou enchemos o peito e consideramo-nos deuses ou achamos
que somos uns desgraçados, dignos de pena. Ora nunca somos tão bons quanto achamos que somos, nem tão maus como nos dizem . E dito isto, estou rendido à genialidade lusa. Sim, há uma genialidade lusa, porque considero que a nossa criatividade é marca registada, fruto de constantes desafios geracionais que nos aguçaram o engenho. Nos eventos internacionais que temos tido, nomeadamente em Espanha, França, Inglaterra e Turquia, é fácil perceber a capacidade criativa, com que as agências portuguesas brindam as demais. Com os orçamentos reduzidos a metade e a exigência multiplicada por 2, a criatividade não é uma mera palavra. É a “Palavra da Salvação”! Continuamos a ser tão bons ou tão maus como éramos há 500 anos atrás, e por isso estou
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OPINIÃO
. “A C R I A T I V I D A D E C R I A S O L U Ç Õ E S P A R A R E S O L V E R P R O B L E M A S ” , P O R J O Ã O P E S T A N A D I A S
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confiante de que é a criatividade que nos vai tirar da crise. Porque a imaginação é a inteligência a divertir-se. Só mesmo nós, encontrando-nos no estado em que nos encontramos, rimos da desgraça como se troçássemos do Adamastor. No dia 8 de Junho de 1497, Vasco da Gama navegou rio abaixo em direcção ao desconhecido. Começámos então a mudar o mundo! Estou perfeitamente convencido de que não iremos dar lições ao Universo, mas iremos, mais uma vez, mostrar o caminho através da criatividade. Esta será por isso transversal a todas as disciplinas que nos levam à sabedoria .
Para se ser criativo é necessária alguma coragem, de forma a abandonar lugares comuns, dogmas e verdades comodamente instaladas. Até certo ponto, a experiência é inimiga da criatividade. Nunca tenhamos medo de experimentar coisas novas. Foram amadores que construíram a Arca e profissionais que construíram o Titanic.
A criatividade é transversal a todo o evento e a todos os seus ritmos. É fundamental percepcionar literalmente tudo com criatividade. É ela o factor-chave de comunicação que nos aproxima da essência da mensagem que o cliente quer passar. Assim sendo, poderemos alterar o chão, as paredes, o tecto, as mesas, parte do catering, enfim tudo pode ser intervencionado, de forma a que a parte estrutural de um evento possa, ela mesma, ser uma autêntica pauta musical que nos encanta com a sua versatilidade e se transforma ao ritmo das nossas sensações. É a criatividade que conta histórias e vende sonhos! É preciso arriscar para criar. Se não nos perdermos, nunca encontraremos um novo caminho. É pois preciso perdermo-nos para nos encontrarmos. Termino com uma mensagem de optimismo. É preciso escutar mais o coração. Um segundo de grande intensidade emocional, cheio de criatividade, vale por uma vida e faz maravilhas por uma marca, pela inteligência emocional que lhe está adjacente. Criatividade é transformação, e nos dias que correm, se não tomarmos a iniciativa na nossa vida, a vida toma a iniciativa por nós.
Sejamos criativos nos eventos. Tentemos olhar por outra janela. Veremos outras coisas que a nossa concorrência não vê. Acrescentemos valor! O cliente agradece!
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LANÇAMENTO EM PORTUGAL DO NOVO FORD FOCUS Durante cerca de um ano, 28 pessoas trabalharam para a apresentação em Portugal do novo Ford Focus, organizado pela Ogilvy. A campanha integrou um desafio online que começou em Fevereiro e uma festa de lançamento oficial do novo Focus em Portugal, que decorreu no dia 8 de Abril.
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DUARTE VASCONCELOS, DIRECTOR DE MARKETING DA FORD
FESTA DE LANÇAMENTO COM INOVAÇÃO 3D EM 14 EVENTOS SIMULTÂNEOS Com o nome “The Match”, a campanha tinha como tema as diferentes fases de uma relação amorosa, neste caso, entre o dono e o seu carro. Para Duarte Vasconcelos, Director de Marketing da Ford: “A campanha “The Match” é uma abordagem inovadora ao mercado e ao lançamento de um carro, e acreditamos que vai gerar um grande envolvimento entre a marca e os consumidores, que estarão dispostos a cometer loucuras por este amor”. E assim foi, porque houve até quem, para ganhar o carro, destruísse o seu veículo antigo, ou tatuasse o nome Focus na pele.
No dia 8 de Abril, o novo Ford Focus foi lançado oficialmente no mercado português. O lançamento foi celebrado com um evento na Praça Luís de Camões, em Lisboa, com recurso a projecções 3D e um jogo digital interactivo projectado na fachada de um edifício, e uma festa a acontecer em simultâneo em 14 locais por todo o país – Vila do Conde, Viseu, Porto, Coimbra, Aveiro, Torres Vedras, três locais em Lisboa, Santarém, Almada, Beja, Vilamoura e Portimão.
O DESAFIO ONLINE “The Match” começou em Fevereiro, altura em que a marca lançou um desafio aos portugueses para se “apaixonarem e perderem a cabeça pelo novo Focus”. O passatempo colocou à prova os 700 inscritos, que tinham de mostrar que mereciam conquistar o grande prémio: uma viagem de luxo à volta do mundo e um “casamento” para a vida com um novo Ford Focus totalmente equipado. O primeiro desafio era provar o seu amor pelo carro através de uma declaração em vídeo ou por escrito, avaliada depois por um júri, mas existiam também formas mais arrojadas de passar à fase seguinte. Quem entregasse o seu carro para abate ou fizesse uma tatuagem especial
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onde constasse a palavra Focus tinha entrada directa garantida no lote de 16 candidatos finais. Os 16 finalistas foram depois levados até ao Algarve, ao Autódromo de Portimão, onde, durante seis horas, fechados em camarotes individuais e apenas com acesso a um computador com Internet tiveram que angariar o maior número de sms possíveis em seu nome. O desafio foi transmitido em directo no site, através de live streaming.
Depois de mais de 26 mil sms enviadas, os dez mais votados saíram do autódromo, cada qual ao volante de um Focus a estrear. Mas para manterem o veículo tinham que somar votos através dos amigos na página do Facebook da Ford Portugal. Só os oito candidatos mais votados seguiram em frente e enfrentaram novo desafio: mostrar através de fotos e vídeos o seu amor e a sua paixão pelo Ford Focus,
tendo sido publicados no site várias dezenas de manifestações de afecto. No final, os seis candidatos que melhor souberam seduzir os visitantes do site e que mais votos conquistaram conseguiram passar à fase seguinte. No penúltimo desafio, os candidatos tiveram que encontrar as respostas às pistas que iam sendo colocadas durante a semana e conseguir descobrir o local da despedida de solteiro mais secreta do Mundo. No final, os quatro primeiros candidatos que chegaram à Galeria Zé dos Bois, em Lisboa, festejaram a passagem ao último desafio, com um concerto dos portugueses Klepht. No último desafio, os candidatos em jogo tinham que activar o seu perfil nas redes sociais e angariar o máximo de fotografias de amigos com um Focus, ir de Lisboa ao Porto no seu Ford Focus da forma mais económica, rentabilizando ao máximo algumas das tecnologias que o automóvel disponibiliza (nomeadamente o parqueamento automático), obter os melhores níveis de consumo, e levar o maior número de convidados ao “Casamento”. “O “The Match” durou de Fevereiro a Março, recebeu mais de 700 inscrições,
levou quatro pessoas a cometer uma loucura pelo Focus – uma destruiu o carro antigo e três fizeram uma tatuagem Focus verdadeira – e impactou mais de 21 mil pessoas no Facebook”, explica a Ogilvy.
EXPOSIÇÃO DE ARTE FEITA COM A SUCATA Os destroços do carro antigo que foi destruído para participar no passatempo foram depois utilizados pelos alunos do IADE (Instituto de Artes Visuais Design e Marketing) para criar peças de arte. O “Altar”, a “Lava” e a “Moldura” espelham a visão dos artistas sobre o amor e as fases de uma relação amorosa, o conceito que deu origem ao “The Match”. No âmbito de uma parceria entre a Ford e a EGEAC (Empresa Municipal de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural), a exposição esteve durante alguns dias no meio da Praça Duque de Saldanha em Lisboa. Sara Marques
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FICHA DO EVENTO EMPRESAS ENVOLVIDAS: Ford, BP, Rádio Comercial, Canal Q, MEO, Sapo, Geostar, Valor Car. TEMPO DESDE A PREPARAÇÃO ATÉ À ÚLTIMA ETAPA: Cerca de um ano entre a definição da estratégia, apresentação e aprovação do cliente e, finalmente, na implementação do projecto. Depois de aprovado e delineado, durou nove semanas. NÚMERO DE PESSOAS ENVOLVIDAS NA ORGANIZAÇÃO: Da Ogilvy 17 pessoas (entre Ogilvy Public Relations, OgilvyOne, Ogilvy Advertising, Ogilvy RedWorks) e mais de 11 pessoas: cinco para produção de conteúdos vídeo e fotográfico, cerca de três para activação e três pessoas da Ford. NÚMERO DE PESSOAS PRESENTES NOS EVENTOS FÍSICOS E PARTICIPANTES NO DESAFIO ONLINE: Festa secreta: cerca de 200 pessoas. Casamento: cerca de 1000 pessoas, mais os que por lá passavam. Desafios online: mais de 21 mil fãs no Facebook que participaram activamente com ajuda para os seus candidatos favoritos.
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FREDERICO FERREIRA DIRECTOR DA NIXFUSTE
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POSITIVISMO ARTÍSTICO E EMOTIVIDADE TECNOLÓGICA
Original, inovador, positivo e marcante são porventura os adjectivos que desde sempre e cada vez mais se procura ter associados aos eventos. A actual conjuntura de retracção económica exige que sejamos mais selectivos na escolha das estratégias de comunicação. As marcas buscam soluções que permitam ser lembradas instantaneamente pelos consumidores, soluções que as façam destacar-se da concorrência, numa derradeira corrida pela notoriedade. Surgem assim fantásticas oportunidades de conceber e implementar novas formas de comunicação customizadas, desbravando-se caminhos que nos levam directamente ao desenvolvimento sensorial e emocional do público. É importante que o público encontre segurança, estabilidade e sobretudo um sentimento positivo inerente à experiência a que se predispõe usufruir. Uma perspectiva artística nativa, transversal a múltiplas áreas da criação, pela natureza das suas características de comunicabilidade com o
elemento humano sensível contribui decisivamente para o enriquecimento das soluções de comunicação dirigida aos vários públicos possíveis. A arte é uma forma de comunicação que não encontra limites na suas infindáveis possibilidades de expressão, atenta por natureza aos fenómenos que a rodeiam, cumpre vários papéis de carácter social sendo uma inquiridora por excelência e bem conhecedora dos mecanismos que despoletam a emotividade do público. A experiência artística de criativos
oriundos de áreas directamente ligadas às artes plásticas, à escultura, à pintura, ao desenho, à música, às artes performativas e outras, que habitualmente não contribuem directamente na concepção de estratégias de comunicação das marcas, acrescentam inestimáveis valias a nível estético, formal, sensorial e emocional que desequilibram positivamente a balança a favor do sucesso das acções junto do público. As soluções de comunicação assim criadas contêm agentes de reforço positivo que imprimem um maior
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OPINIÃO
. POSITIVISMO ARTÍSTICO E EMOTIVIDADE TECNOLÓGICA, POR FREDERICO FERREIRA
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sentido positivo à relação marca/cliente, tornando-a memorável, inspiradora e apetecível. O efeito repercutor é elevado, gerando retorno para a marca. Esta postura criativa artística associada às novas tecnologias constitui uma poderosa fórmula de comunicação, imprimindo uma atitude activa, dinâmica e diferenciadora junto das pessoas. Com as redes de comunicação electrónicas e as plataformas sociais surge cada vez mais a necessidade individual de afirmação diferenciada num contexto cada vez mais globalizante. As múltiplas plataformas de comunicação móvel, que potenciam um imediatismo mediático do relacionamento inter-pessoal, são por si só o meio e a mensagem em simultâneo. Tal como profetizado pelo filósofo e teórico da comunicação Marshal McLuhan (1911-1980) “os meios de comunicação são as extensões dos nossos sentidos, corpo e mente”, entendendo as plataformas de comunicação como mensagem por si só. Uma lâmpada, por exemplo, é um meio sem qualquer conteúdo mas que cria um ambiente pela sua simples presença. Contém um efeito social permitindo às pessoas criarem espaços durante a noite que estariam envolvidos pela escuridão. Nesta óptica a simples presença de inúmeras plataformas de comunicação multimédia à nossa volta cria um ambiente de natural receptividade ao desenvolvimento de soluções de comunicação diferenciadoras e marcantes, assentes na partilha, pelas redes sociais e inter-pessoais, de experiências comunicacionais personalizadas.
Recentemente a Mini lançou uma campanha inovadora a este nível. The Mini Photo Box ( http://apps.facebook.com/MINIphotoBox ) Transeuntes de Berlim eram convidados a entrar numa cabine de snapshot e a tirar uma foto junto de um modelo virtual Mini. Simultaneamente as suas fotografias surgiam num ecrã de leds gigante fixo na fachada de um edifício no lado oposto da rua. No entanto milhares de outras pessoas no mundo poderiam também fazê-lo através da página da Mini do Facebook, vendo as suas fotos serem apresentadas instantaneamente a quilómetros de distância, habilitando-se ainda a ganhar um Mini.
O segredo do sucesso destas acções de comunicação está em conseguir criar uma combinação perfeita entre objectivo, mensagem e pertinência do meio a utilizar, por forma a gerar algo realmente inovador, interessante para todos e estruturante em toda a sua essência.
Assim, acredito que a abordagem na concepção destas soluções deve passar por um cruzamento despreconceituoso e plural entre criadores provenientes de áreas artísticas, abertos ao experimentalismo e à busca de soluções naturalmente disruptiveis, e profissionais de áreas científicas e tecnológicas, aproveitando o melhor destes dois mundos na busca da solução certa de comunicação, mais eficaz, inovadora, marcante e inspiradora para todos. Na maior parte dos casos, as soluções certas encontram-se nos pormenores mais simples que nos rodeiam. A arte e a vida são a mesma coisa.
A arte está em qualquer lugar, apenas temos que estar predispostos a encontrá-la.
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FILIPA PRIMO DIRECTORA-ADJUNTA DO GRUPO INFORPRESS
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OS 10 ERROS
MAIS FREQUENTES NOS EVENTOS INTERNOS Na delineação do plano de eventos internos de uma empresa são vários os aspectos que devemos ter em consideração, segundo os objectivos que definimos para os mesmos. Sem alguns pontos essenciais, esses não serão totalmente realizados, não se conseguindo desta forma transmitir aos colaboradores a informação e as mensagens pretendidas. São vários os erros frequentes que podemos enumerar na organização de um evento interno, aos quais devemos dar elevada importância. Antes de mais, começando por quem deverá ser o departamento responsável pela organização dos eventos internos. O departamento de Recursos Humanos? O departamento de comunicação? O planeamento de um evento interno não deverá ser organizado apenas por um departamento, deve sempre contar com a participação dos vários departamentos da empresa. A delineação dos objectivos do mesmo, o seu conceito e as acções que envolve devem ser discutidas por um comité formado para o efeito e constituído pelas várias áreas da empresa. Através destes eventos temos oportunidade de comunicar de forma mais directa com todos os colaboradores, mas será necessária a capacidade de integrar, com um planeamento eficaz, todas as ferramentas de comunicação interna. Nem sempre no planeamento dos eventos podemos verificar a utilização das ferramentas integradas, dando relevância apenas a algumas delas. Outro erro frequente é a forma como o briefing destes eventos muitas vezes é passado às agências. Nem sempre os
objectivos do evento são transmitidos, dando-se maior relevância ao prazo de entrega da proposta, ao budget ou outros pormenores. É primordial despender tempo com o briefing, pensar estrategicamente, transmitir a mensagem-chave de forma a garantir que esta seja vivida no evento, com retorno da mensagem pretendida. Assistimos também, em algumas situações, ao pedido de um evento motivacional isolado, o que não cumpre os objectivos pretendidos, pois não basta uma acção destas, isolada, para remediar um problema interno ou para aumentar o volume de vendas. Tem de existir um planeamento com acções contínuas, alinhadas a objectivos específicos. Assistimos ainda à utilização do endomarketing como uma acção isolada. O endomarketing não se pode resumir a acções isoladas, de emergência, para ser usado apenas em momentos de dificuldade, pois falamos de uma ferramenta de comunicação e motivação contínua, que encara o cliente interno como um factor essencial à fidelização de clientes externos. Podemos também verificar usualmente que no final dos eventos internos motivacionais não existe a realização
de um debriefing, o que é essencial e obrigatório, pois através deste momento conseguimos resumir os objectivos e mensagens transmitidas através das acções que acabaram de se realizar, de forma a desenvolver uma maior consciencialização sobre as mesmas. Não existe também, na maioria dos eventos internos, uma avaliação dos seus resultados. Desta forma, como podemos concluir se o evento foi um sucesso, ou não? Cada vez mais, a avaliação do ROI nos eventos internos tornou-se uma prioridade. Esta medição prevê quatro passos: o mais frequente mede o feedback dos colaboradores em relação à satisfação do evento, através de um simples questionário. O segundo passo será avaliar o que os colaboradores aprenderam com o evento, a terceira avaliação incide no quanto foi aplicado do que foi apreendido. Por último, é necessário verificar o impacto que este produz no negócio da empresa. Devemos ter sempre em consideração todos os elementos anteriormente referidos, de forma a conseguirmos concretizar os objectivos de comunicação delineados, e que estes estejam intrínsecos ao nosso target a médio e longo prazo. W W W.E VENTPOINT.COM.PT
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C H E G O U A N O VA GERAÇÃO: iEVENTOS
Um dia sem telemóvel, ou sem conexão à Internet no portátil, pode tornar-se num pesadelo sobretudo num dia de trabalho. As tecnologias estão por toda a parte e cada vez mais estamos dependentes de todos os tipos de ecrã, dos mais pequenos aos maiores. Agora, será que os melhores gadgets para trabalhar são os que estão mais na moda?
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A Apple veio revolucionar o mercado do consumo com os seus “iEquipamentos”, mas ainda está com alguma dificuldade em chegar ao segmento empresarial. O Blackberry ainda se sobrepõe ao iPhone e o PC ainda não foi substituído pelo iPad, pelo menos para já. Mas será que vai ser assim no futuro? Os primeiros tablet PC lançados no mercado estavam direccionados para profissionais que precisavam de usar o computador e não tinham propriamente uma secretária ou uma cadeira para se sentar, como os médicos. Hoje, os fabricantes destas máquinas querem tocar num público mais vasto e demonstrar as potencialidades dos tablet para todas as actividades. A guerra das “folhas de papel electrónicas” ainda está longe de terminar, resta saber se este equipamento irá conquistar o mundo dos negócios, como conquistou o dos consumidores. No ano passado, os tablet PC ainda estavam a dar os primeiros passos, este é o ano da sua afirmação, segundos os analistas internacionais. E já são muitos os fabricantes que melhoraram os seus produtos para os preparar para o universo dos negócios, conferindo mais atenção a áreas como as comunicações e a segurança. Agora qual é o melhor tablet para o negócio? Será o preço um óbice ao crescimento deste segmento de PC no seio do mundo empresarial? Especialistas da indústria das tecnologias defendem que este tipo de equipamento pode aumentar a produtividade, pela sua rápida capacidade de resposta, pela longa bateria e facilidade de manuseamento.
No ano passado foram vendidos seis milhões de tablet PC na região EMEA – Europa, Médio Oriente e África - e em 2011 esse número deverá multiplicar-se por mais de 3,5 vezes, atingindo 22 milhões, segundo estimativas da consultora IDC. Do total de unidades transaccionadas nesta região, no ano passado, cerca de 5 milhões correspondem a vendas do iPad, da Apple, que garantiu assim uma quota de mercado superior a 80%. Em Portugal, foram vendidos 35 mil tablets em 2010, de acordo com a mesma consultora especializada em tecnologias de informação, um número que deverá crescer 813% para as 322 mil unidades até ao final do ano. O iPad representou mais de 85% das vendas, mesmo só tendo chegado ao mercado nacional no final do ano passado.
PRODUTIVIDADE É A PALAVRA DE ORDEM Organizar um evento requer trabalho, criatividade, uma boa equipa e, claro, boas ferramentas para que tudo corra como planeado. Neste negócio, como em muitos outros, o contacto com as pessoas é um dos pontos mais relevantes, pelo que eliminar barreiras é algo fundamental. Ter um PC aberto durante um evento pode ser intrusivo, criando algum distanciamento, já um tablet, ou seja, um computador que não é mais do que uma folha de papel tecnológica, pode ajudar a rentabilizar o tempo e a partilhar informação pretendida, pelo menos esta é a teoria defendida pela Avent Solutions. Segundo a tecnológica, este gadget está no meio caminho entre o telemóvel e o computador, com funções que não são desprezíveis… De uma forma mais fácil pode responder a mails, ir à Internet, aceder a algumas aplicações dedicadas a eventos, sem se preocupar com a bateria, e não falando na dimensão do ecrã que facilita todo este processo. O
aumento da produtividade é o principal objectivo. No entanto, em tempo de crise o custo de um equipamento deste género é, sem dúvida, um dissuasor para a sua expansão, principalmente num mercado como o português, onde as Pequenas e Médias Empresas compõem grande parte do tecido empresarial. Nos EUA, para ultrapassar esta questão do preço, as empresas estão a fomentar a prática do aluguer de equipamentos, mas para isso também é importante saber escolher. No nosso país ainda se fala pouco na guerra dos sistemas operativos, mas quando se escolhe um tablet para trabalhar é preciso ter este aspecto em atenção. Actualmente, a App Store da Apple ainda é um dos principais argumentos para a escolha, face ao número de aplicações disponíveis. No entanto, a Google, com o crescimento do sistema Android tem também aumentado o número de aplicações disponíveis no Android Market. E como não há aplicações sem conteúdos cada vez mais as empresas estão a disponibilizar informações detalhadas para as diferentes plataformas. Por exemplo, o Centro de Congressos do Estoril lançou uma aplicação para smartphone e em breve chegará aos tablet. Desde informação sobre os espaços, o tipo de eventos, contactos e informação importante para o organizador de eventos, está tudo à distância de um clique. E não fica por aqui… a ligação às redes sociais, como um prolongamento do smartphone, coloca-o mais próximo do público-alvo.
Agora no momento de decidir, onde recai a escolha? PC, tablet ou ficar apenas pelo smarphone? W W W.E VENTPOINT.COM.PT
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EVENT APPS
PORTUGAL AINDA DISTANTE DESTA TENDÊNCIA O mercado nacional ainda está longe desta dinâmica dos tablet. Apesar do iPad 2 ter esgotado em muitas lojas nos primeiros dias, como aliás na maioria dos mercados (excesso de procura ou estratégia de marketing?) e as operadoras de telecomunicações estarem a lançar cada vez mais ofertas neste segmento, os portugueses ainda estão a ser conquistados por este novo gadget. A Event Point quis saber qual a receptividade deste tipo de equipamento para o mercado dos eventos e foi claro que, apesar de mais de um terço dos inquiridos já utilizarem o tablet para a sua actividade profissional, quase 60% ainda está distante desta realidade, e as razões são várias. O preço ainda é um grande entrave para a sua aquisição, mas um terço dos inquiridos apenas não vê necessidade em adquiri-lo porque está satisfeito com os equipamentos que utiliza habitualmente.
Para aqueles que já utilizam os tablet no seu dia-a-dia, o acesso à Internet, a consulta de informação e a possibilidade de fazer apresentações através deste gadget são algumas das tarefas mais utilizadas. Quanto às vantagens, as empresas que responderam a este inquérito sublinham a longa vida da bateria deste computador, quando comparada com um portátil vulgar e a rapidez de processamento, como aspectos diferenciadores. Mas também existem lacunas. Os inquiridos mencionaram a falta de teclado, a dificuldade de ver conteúdos em “flash” no iPad o que inibe o acesso a alguns sites, bem como a falta de portas USB como aspectos negativos. Apesar das opiniões serem distintas, é claro que esta ferramenta de trabalho poderá ser útil para desenvolver aplicações específicas para os eventos, para fazer apresentações, bem como para aumentar a interactividade com as redes sociais.
As lojas ainda agora abriram e já estão cheias de novidades. Há muitas empresas que estão numa fase de amadurecimento no que concerne à produção de conteúdos para esta plataforma tão na moda, mas a maioria ainda está a dar os primeiros passos. No segmento específico dos eventos, as opções são diversas. As empresas têm investido mais, numa primeira fase, em aplicações para smartphones, até porque a taxa de penetração é mais elevada. Tecnológicas como a Invisage têm lançado apps dedicadas aos eventos. Especificamente esta tecnológica lançou o “Follow Me” e o “Event Link”, aplicações que permitem ter toda a informação sobre eventos actualizada, sem que tenha necessidade de estar constantemente online. Já especificamente para os tablet PC e para aumentar a interacção com o seu público, marcas como a Siemens ou a Rip Curl têm lançado aplicações dedicadas aos seus eventos ao longo do ano, ou apenas para apresentar um acontecimento específico. Para os organizadores de eventos, as lojas apresentam um conjunto de aplicações de produtividade, de planificação da sua agenda. No caso da AppStore, algumas das propostas passam pela Events Management ou o Agenda Maker. No mercado da Google, aplicações como a Event Planning ou o Event Planning Ultimate Guide. E todos os dias têm surgido novidades neste campo, com o objectivo de abranger todos os segmentos solicitados no mercado. Basta ir à loja e comprar, ou simplesmente descarregar, porque muitas ainda são grátis. Ana Godinho
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REPORTAGEM 76
PORTUGAL MOSTRA‑SE NA IMEX A maior feira europeia da meetings industry realizou-se no final de Maio, em Frankfurt, e Portugal apresentou-se com cerca de meia centena de participantes. No stand do Turismo de Portugal reuniram-se representações de cinco regiões - Porto e Norte, Lisboa/Estoril, Algarve, Madeira e Açores -, através das suas Agências Regionais de Promoção Turísticas e Convention Bureaux, 42 empresas apresentaram a sua capacidade e oferta para o sector do turismo de negócios. O espaço, com 500 metros quadrados, situava-se mesmo em frente à entrada principal da feira e um dos objectivos do espaço do Turismo de Portugal passou pela divulgação da riqueza, qualidade e diferença da oferta de Gastronomia e Vinhos, com os formadores das Escolas do Turismo de Portugal a realizarem degustações de vinhos, queijos, azeites
portugueses e de finger food. Na opinião de alguns expositores portugueses, a feira correu bem. No entender de Cila Uva, Chefe de Vendas do Monte da Quinta Resort, o certame foi muito promissor, “houve muitos visitantes e todos muito interessados”. Já Maria da Graça Luís, da Secretaria Regional de Turismo e Transportes da Madeira considera que
a feira correu bem, mas não tão bem como em 2010, “Este ano tivemos menos reuniões marcadas, o que não quer dizer que não tenhamos recebido muita gente. As visitas marcadas, no entanto, foram muito positivas”. Ana Telo, da Imagine More, diz que este ano os visitantes eram em menor número, mas que o resultado “foi positivo, com bons contactos”.
REPORTAGEM
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sobre boas práticas no sector. No respectivo stand, o CCE utilizou painéis de cortiça como pavimento, juntamente com mobiliário de cartão. Neste espaço, o CCE convidou todos os visitantes a colocarem uma flor de papel na parede, simbolizando assim o compromisso pessoal de redução da pegada de carbono.
CONGRESSO DA EFAPCO REALIZA-SE NO ESTORIL “O mundo mudou. Vamos parar de falar e vamos começar a agir” é o tema do 5º Congresso da EFAPCO (Federação Europeia das Associações de Organizadores Profissionais de Congressos) que se realiza no próximo mês de Janeiro no Estoril. O stand do Turismo de Portugal foi o cenário da apresentação formal do evento, que contou com a presença de Helena Weinstein, da APECATE (Associação Portuguesa das Empresas de Congressos, Animação Turística e Eventos), entidade que assume a organização, e Nicola LeBrun, presidente da EFAPCO. Para além de revelar o tema, Helena Weinstein aproveitou a ocasião para anunciar a colaboração da IMEX e do MPI (Meetings Professionals International) no congresso, com o Fórum dos Futuros Líderes. Este fórum é aberto aos estudantes deste sector, tanto portugueses, como do resto da Europa, e representa uma ocasião de encontro e networking entre profissionais e futuros profissionais.
CENTRO DE CONGRESSOS DO NASCEU A MEETOLOGY ESTORIL LANÇA APLICAÇÃO Sabia que uma planta na sala melhora a criatividade? E que o facto de estar PARA SMARTPHONES pintada de azul também? E que o layout A apresentação desta aplicação foi realizada durante e já pode ser descarregada gratuitamente em telemóveis com sistemas iPhone e Android. A aplicação foi desenvolvida pela M-Insight e tem conteúdos sobre os espaços, o tipo de eventos, contactos e informação importante para o organizador de eventos. Tem ainda contéudos sobre o destino Estoril. A informação pode ser partilhada nas redes sociais e por email. Segundo Pedro Rocha dos Santos, director do Centro de Congressos do Estoril (CCE), esta é uma ferramenta muito útil que fornece acesso directo a informação sobre o Centro de Congressos, e “estará brevemente disponível nos tablets”. A acção do CCE foi mais alargada, com o patrocínio do stand de Responsabilidade Social da IMEX. Este patrocínio consubstanciou-se no fornecimento de todo o mobiliário, fabricado em cartão reciclado. Neste espaço, especialmente dedicado à sustentabilidade, decorreram, ao longo da feira, vários painéis e apresentações
de um espaço afecta a forma como as pessoas comunicam? E que o que se come antes das reuniões tem impacto no resultado final? E que a temperatura da sala afecta o rendimento? Para recolher este tipo de informação foi criada a Meetology. O termo designa o estudo da performance dos participantes nas reuniões e nos eventos. Jonathan Bradshaw, um consultor de Meetings Performance, acredita que é necessário trazer áreas como a psicologia comportamental, a fisiologia, a nutrição ou a neurociência para o sector dos eventos. E por isso decidiu criar um Instituto para recolha, investigação e disseminação de estudos científicos que possam afectar este universo da meetings industry. Esse Instituto tem agora uma plataforma online em www.meetology.com. Os estudos estão divididos em sete áreas: social, corpo, mente, espaço, cérebro e tecnologia. A intenção do projecto é, segundo Bradshaw, “ajudar os organizadores de eventos a tornarem as suas iniciativas mais eficazes”. O projecto foi apresentado na IMEX. Claudia Coutinho de Sousa, Frankfurt
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JOHN HOOKER DIRECTOR-GERAL DA JOHN HOOKER CONSULTANCY PRACTICE
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CI N C O P R E V IS ÕES PAR A A IN DÚST RIA MI O último ano será, provavelmente, relembrado pelas perturbações causadas no transporte aéreo por vulcões em erupção, vagas de frio na Europa no fim e no início do ano, cheias devastadoras na Austrália, no Brasil, passando pelo Sri Lanka e pela China. E greves. Neste sentido, 2011 não começou bem, quer no Japão, que viveu um sofrimento horrível, quer nos EUA, assolados por tornados assassinos. E como se isso não fosse suficiente, um novo vulcão islandês recordou à Europa que também tem o potencial de perturbar o transporte aéreo. Os desastres naturais conseguem sempre mostrar-nos a fragilidade do homem face aos elementos, mas também demonstram a fantástica determinação do homem para ultrapassar a adversidade. Temos que olhar para o futuro, mas porventura com um plano de contingência no bolso, para o caso de ser preciso. Os organizadores de eventos de todo o mundo já não podem ignorar as incertezas. Não é só uma questão de ter um plano de backup, mas também de rever termos e condições que são justos e relevantes face ao clima actual. Também têm que reconhecer que iremos continuar a ter um mercado em que as vantagens serão sempre escassas, o que significa ser absolutamente claro desde o início no que diz respeito às obrigações de ambas as partes. Muito se escreveu sobre as economias globais e, sem dúvida, ainda há mais dificuldades no futuro. A reviravolta irá certamente chegar, só que não antes de as dívidas monstruosas terem sido
efectivamente resolvidas e reduzidas. Para as empresas, o importante passará sempre por uma combinação de risco e percepção. Os clientes podem ter medo de compromissos no que diz respeito às economias que baralham este problema e onde continua a incerteza.
Convencer quem faz o orçamento de que está seguro é uma coisa. Convencer quem frequenta os eventos de que a instabilidade social, que invariavelmente tem como alvo os transportes nesses destinos (como resultado de políticas ou regimes impopulares), é muito mais difícil.
Os destinos do Norte de África sofreram as consequências do conflito regional. No entanto, estes países optaram por uma abordagem honesta e directa no que diz respeito ao impacto que isto tem para os clientes e, como resultado, alguns mantiveram a confiança, especialmente Marrocos. Isto faz com que o planeamento garantido seja um verdadeiro desafio. É uma indústria global e precisamos das alternativas que o mundo oferece. Senão vamos tornar-nos muito domésticos e, segundo algumas opiniões, virtuais, no que diz respeito a eventos cara-a-cara. Mais do que nunca, as associações do sector têm que se juntar para fazer lobby e comunicar os benefícios da nossa indústria, que é: . Empregadora . Facilitadora de comunicações . Exportadora . Motivadora . Educadora
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OPINIÃO
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X VS Y A riqueza de aproximar culturas, de reuniões presenciais, não tem preço. Por vezes, acho que o facto de existirem muitas associações com agendas próprias não ajuda a causa. O mercado está tornar-se mais fragmentado e isso é outra razão para não perdermos de vista os nossos objectivos comuns. Talvez seja tempo de ter uma visão global e perceber que o sector, tal como a banca, está intrínseca e globalmente ligado. 2011 está a ser um ano com altos e baixos, com alguns a terem um bom resultado, uns a verem a luz no fundo do túnel e outros a falhar. Enquanto a consolidação continua nas agências globais, impulsionada por clientes que pretendem um serviço global, oferecido por um único parceiro; vimos uma miríade de start ups promovidas por pessoas experientes que, por várias razões, quiseram ter mais controlo sobre o seu futuro como forma de ficar nesta indústria. Outros mudaram de actividade, o que significa uma perda geral, sendo que o balanço é agora de menos experiência, ainda que menos custos. Iremos sofrer com a falta de bons mentores e de líderes representativos.
As estratégias tradicionais de vendas estão a começar a falhar, à medida que se torna mais difícil conseguir uma reunião presencial. Há muitas razões que explicam isto, mas por trás está uma mudança de geração (X e Y) que têm uma atitude diferente e por isso requerem uma abordagem diferente. Isto inclui o acesso ao mercado, às redes sociais e, acredito eu, estratégias mais emocionais de acção. Também coloca em questão o ROI dos maiores eventos. Continuo a ouvir a mesma questão dos promotores, “mostrem-me pessoas que não conheço, e não as que já conheço”. As empresas agora precisam de reter clientes e um plano geral para os conquistar já não funciona.
Então o que é que os próximos meses nos reservam? Ficam aqui cinco previsões: 1) Os empregadores podem cada vez mais questionar os gastos das empresas em áreas como patrocínios, enquanto as dificuldades continuarem para os trabalhadores. As empresas terão que melhorar a comunicação interna para assegurar que os empregados entendem os benefícios. A inquietação dos patrocinadores da FIFA é um caso em questão. 2) Os subornos serão cada vez mais uma área de preocupação para as empresas, depois da nova legislação aprovada no Reino Unido e EUA. 3) Um foco em campanhas que apelem às emoções, além de incluírem produtos e serviços. Esta geração de consumidores quer sentir que faz parte de alguma coisa e não apenas que lhe vendam um serviço ou produto. 4) Distribuir o risco por mercados globais e não por clientes globais, como as multinacionais farmacêuticas. 5) Maior intrusão nos territórios de cada fornecedor, à medida que a cadeia de produção estende a oferta de serviços [os audiovisuais que propõem a animação, o catering que propõe a decoração]. Isto é um grande desafio. Não só as corporações estão a contactar directamente as Destination Management Companies, mas também os agentes falam directamente aos fornecedores de base. Isto não é sustentável a longo prazo.
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PEDRO CARDOSO DIRECTOR-EXECUTIVO DA THE HOUSE OF EVENTS
OPINIÃO 83
E A G O R A?
COMO E QUANDO VAMOS PAGAR OS 78 MIL MILHÕES DE EUROS? As estatísticas do Banco de Portugal apontam para receitas anuais do turismo de cerca de 7 mil milhões de euros, o que significa que hipotecámos estas receitas para a próxima década. A fazer fé nas estimativas em que me baseei, são precisos pelo menos 50 anos de actividade no segmento de reuniões associativas e corporativas para atingirmos o mesmo volume de negócio. Lamento não estar cá até 2060 para prestar o meu contributo, mas aqui ficam algumas ideias sobre questões, que, a médio e longo prazo serão factores críticos de sucesso para o turismo em Portugal, nomeadamente, para o segmento de reuniões. Em primeiro lugar, o aparentemente irreversível processo de globalização. Mesmo numa indústria muito atomizada como o turismo, em que mais e mais destinos e empresas concorrem entre si, com quotas de mercado reduzidas, faz-se sentir o impacto crescente deste processo, que parece tender para a extinção do conceito económico “small is beautiful”. Por outro lado, a cada vez mais apregoada fórmula do retorno de investimento (ROI) que obriga a que, no futuro, a organização de eventos obedeça aos mesmos critérios de rigor que são aplicados aos investimentos em activos tangíveis. Longe vai o tempo em que reuniões e eventos eram organizados “apenas” com o objectivo de
proporcionar um bom acolhimento aos participantes e convidados. Em tempo de “vacas magras” exige-se uma definição clara da relação custo vs. benefício. O poder de decisão nas empresas, está a passar da esfera de influência do marketing para as finanças, o que, a médio e longo prazo, pode condicionar o crescimento do mercado. “Para grandes males, grandes remédios”. Caberá aos futuros governos e aos múltiplos organismos da tutela deixar de ser um problema e passar a fazer parte da solução. Como? Através da implementação das anunciadas reformas e planos estratégicos, que mobilizem o sector, políticas e práticas para promover o investimento, benefícios e incentivos fiscais à criação de postos de trabalho, sobretudo para os mais jovens. Quanto a nós, quadros e colaboradores de micro, pequenas e médias empresas do sector, precisamos de identificar e formar novos líderes, organizarmo-nos em clusters, diferenciar e inovar, criar valor para os clientes e stakeholders e especializarmo-nos em mercados, como forma de obter os tão necessários ganhos de produtividade.
Agora, mais do que nunca, é hora de construir um futuro assente na sustentabilidade: uma visão coerente, consistente e equilibrada entre actividade económica, responsabilidade ambiental e progresso social. Mãos à obra!
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DIOGO ASSIS DIRECTOR DA TLC
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P O R Q U Ê PA R T I L H A R IDEIAS COM A MINHA C O N C O R R Ê N C I A? Sinto uma necessidade constante de partilhar informação, de sentir o país a falar a uma só voz no que toca à promoção turística e especificamente no turismo de negócios e eventos. Faço questão em partilhar com parceiros de negócios as boas práticas em que tanto investimos. E porque não partilhar também estas práticas e falar sobre estes temas com a concorrência? Não nos devemos juntar à volta de temas que podem ajudar o pPaís a atrair mais e melhor negócio para todos? Não devemos pensar o destino de forma holística e concentrada em valores comuns? Portugal vive um período difícil e não menos difícil está a nossa indústria de eventos. Exige esforço adicional de todos e uma comunicação mais eficaz para que possamos sair deste buraco onde o país se encontra, e garantir o futuro das próximas gerações. Depois da tempestade, normalmente, vem a bonança, e cada dificuldade traz também oportunidades. Está na altura de nos lamentarmos menos, de invejarmos menos aqueles que têm sucesso, arregaçar as mangas e trabalhar mais, mas também trabalharmos mais sintonizados, para alcançar resultados mais rápido. Não podemos esperar pela bonança sentados, a aguardar que
o tempo passe, continuar a criticar os dirigentes políticos e tudo o que nos rodeia e não fazermos nada de diferente. Estamos num período de grande inquietação em Portugal sem sabermos muito bem o que se passará depois do período da Troika. Exige de todos nós reflexão e acção imediata. Escrevo este artigo a caminho de Lisboa, vindo de Miami, onde estive num evento organizado pela direcção da TAP nos Estados Unidos para promover a sua nova rota Lisboa / Miami, quatro vezes por semana. Esta acção, muito bem organizada, pela qual felicito a TAP, inspirou-me no tema deste artigo de opinião
– associativismo! Este bom exemplo de promoção do espírito associativo, de colaboração e esforço conjunto para se atingir melhores resultados. Estiveram presentes, entre outros stakeholders, algumas DMC concorrentes que têm vindo a desenvolver no mercado americano a sua actividade comercial. Não seria óbvio a TAP convidar tais parceiros para alinhar comunicação, promover discussão de ideias para maximizar a exposição de Portugal no mercado americano e obter melhores resultados para todos? Claro que sim, mas acontece que estes exemplos são muito escassos.
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Temos medo de partilhar informação, de discutir as boas práticas que cada um de nós desenvolve com medo de perder clientes para a concorrência. Não serão a nossa concorrência real os players de outros países ou os próprios países? A falta de associativismo é um problema latino, reconheço, mas Espanha tem conseguido incrementar a sua participação associativa com excelentes resultados. Falo do sector dos eventos que é o que melhor conheço. Em 2006 um grupo de empresários, CVB, hotéis, entre outros, juntou-se para apresentar ao board da MPI (Meetings Professional Internacional) uma proposta para criar um capítulo espanhol desta associação. Conseguiram juntar de forma célere 150 membros com o típico rácio de 50% clientes e 50% fornecedores e CVB, um sucesso enorme. A MPI é a maior associação de organizadores
profissionais de reuniões e eventos com 67 capítulos e mais de 20 mil membros, que se distingue por ser a “autoridade” desta indústria que gera mais de 122 biliões de dólares em todo o mundo. No ano seguinte, no congresso europeu da MPI em Copenhaga, Espanha ganha o melhor capítulo europeu e concorre para a organização do mesmo evento em Málaga que aconteceu em Março de 2010 com mais de 600 participantes trazendo uma exposição mediática e um case study para o país. Que grande exemplo de espírito associativo, este, que deveríamos seguir.
Nos dias de hoje, em que a informação tem que fluir rápida, clara e efectiva, na era das redes sociais e da tecnologia que, diariamente nos aproxima daqueles que estão distantes, não há espaço para continuar cada um a trabalhar sozinho, com medo de partilhar informação. Este é um problema do nosso país que nos atrasa o crescimento. Há que mudar. Com estas associações profissionais vem também uma agenda anual de formação e workshops em áreas diversas, que possibilitam a formação e desenvolvimento das competências técnicas das nossas equipas, de acordo com o que de melhor se faz lá fora; junta empresários e vozes da indústria à mesma mesa para se falar do país como um todo, como
podemos ganhar aos outros destinos, o que é preciso fazer e estabelecer metas onde todos participam. Já defendi em artigos anteriores que devemos comunicar melhor para fora do nosso meio, que a nossa indústria não é suficientemente profissionalizada e é vista pelo mundo corporativo como sociável. Os departamentos de compras das grandes multinacionais não reconhecem as DMC como mão-de-obra qualificada que pode cobrar honorários pelo valor acrescentado. Isto tem que mudar, não podemos continuar refugiados nas comissões, mark ups escondidos, etc. O mundo dos eventos corporativos está a mudar muito rápido. Há uns anos as DMC precisavam de conhecer bem o destino e produto e terem uma brochura bonita. Isso era suficiente para atraírem clientes e gerar bom negócio. Hoje essa realidade é outra, há necessidade de acrescentar valor em todo o processo de organizar um evento, desde ferramentas que asseguram um planeamento rigoroso, política de compras exigente e transparente, gestão de risco pré e durante o evento, gestão de crise, uso de tecnologia na gestão de eventos, e por aí fora. É necessário formar e beber conhecimento.
Defendo por isto o associativismo, a partilha de informação e o trabalho conjunto. Acredito que nos temos que associar para atingir melhores resultados para as nossas empresas e para o nosso país.
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THE SO CALLED GREEN EVENTS
O Homem está a consumir mais do que o planeta consegue repor e o equilíbrio ambiental encontra-se perigosamente ameaçado. Há uma tendência verde com o aparecimento de uma nova classe de consumidores que prefere produtos ambientalmente “correctos” e cujas exigências têm levado as organizações a repensar as suas estratégias para passar a incluir a componente de sustentabilidade nas suas decisões. O sector dos eventos não foge a este cenário. O caso de estudo que apresentamos é o do Festival Sudoeste, a edição de 2009, justamente porque foi a mais verde de sempre. RESPONSABILIDADE SOCIAL Os eventos produzem impactos nas pessoas, no planeta e no lucro - triple bottom line - e, neste sentido, muitas são as empresas, ou organizações, que passaram a assumir na gestão e programação dos seus eventos uma filosofia sustentável, que advém desde cedo da sua política de marketing verde. Inevitavelmente, as acções ditas verdes proporcionam reconhecimento mediático às empresas, ou organizações, por investirem nestas iniciativas sociais, gerando um sentimento positivo de participação e melhorando o ambiente social e, consequentemente, fomentando uma maior experiência inerente ao evento. O marketing verde é actualmente uma tendência irreversível e, acima de tudo, uma exigência
do mercado, que não pode nem deve ser ignorada. Quando estas genuínas preocupações ambientais são reconhecidas no mercado, através de reconhecimento público, dos benefícios lucrativos e do aumento de visibilidade, geram-se novas motivações e, consequentemente, todos os produtos são melhorados tendo em vista o caminho da sustentabilidade. Ao longo dos últimos anos a paisagem do mundo dos negócios, das empresas e das organizações mudou diante dos nossos olhos e os seus eventos ficaram debaixo de escrutínio público, com uma necessidade crescente de oferecer medidas de ROI (retorno do investimento) e um maior foco numa economia e visões sustentáveis, tendo em vista a protecção do ambiente e incontornavelmente a crise financeira.
SUDOESTE TMN - EDIÇÃO 100% NATURAL Foi com este evento que a febre dos festivais começou. A Herdade da Casa Branca cresceu ao longo de 13 edições, palco de um dos mais conhecidos festivais de Verão realizado em solo português, com o campismo a ficar cada vez mais concorrido, o pó mais controlado, o recinto mais cheio de atracções paralelas e a Elsa, essa, espera-se que tenha encontrado os amigos… O Sudoeste TMN representa um dos muitos exemplos de iniciativas que demonstram a preocupação das empresas e organizações nacionais e a possibilidade da sua implementação e enorme sucesso, com as suas políticas de sustentabilidade e responsabilidade social.
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A operadora já integra o Dow Jones Sustainability World Index – um dos mais conceituados índices mundiais que analisa a performance das empresas cotadas na Bolsa de Nova Iorque em termos de sustentabilidade. Uma distinção que coloca a Portugal Telecom entre as onze empresas de telecomunicações, a nível mundial, com as melhores práticas de sustentabilidade. Desde 2005, a operadora faz parte do FTSE 4GOOD. Profundamente consciente de que é indispensável mudar hábitos e mentalidades e assumir uma atitude ecológica mais responsável, o Sudoeste TMN 2009 transformou a Zambujeira do Mar no maior “Planeta Azul do País”. Numa edição verdadeiramente ecológica do festival de Verão mais verde de sempre, a organização procurou mudar hábitos e mentalidades e assumir uma atitude mais responsável face ao ambiente. Neste sentido, a TMN, em parceria com a Música no Coração, o Parque Natural do Sudoeste Alentejano e a Quercus, contribuiu para alargar em mais de 10 hectares o habitat natural do Cágado de Carapaça Estriada, uma espécie em vias de extinção. Desta feita, o conceito do festival foi gerido em torno da espécie e de questões ambientais – o próprio logótipo foi alterado e foram promovidas inúmeras actividades junto dos “festivaleiros” que possibilitaram contribuir com metros quadrados para a preservação do habitat natural do Cágado de Carapaça Estriada. Na persecução do seu objectivo ecológico a TMN e a Música no Coração criaram o Eco Park TMN, onde milhares de espectadores puderam participar em diferentes actividades com o objectivo uno de angariar cágados simbólicos e trocá-los por metros quadrados de área protegida em prol da espécie localmente ameaçada – um êxito indiscutível com o objectivo de sensibilização para a causa na sua globalidade. O espaço albergou ainda as indispensáveis máquinas de carregamento de baterias dos telemóveis, nesta
edição alimentadas por energia eólica. O sucesso foi visível nos números gerados: os “festivaleiros” carregaram cerca de 20 mil baterias de telemóvel em sete máquinas de carregamento disponibilizadas pela TMN durante três dias consecutivos. Os promotores TMN com um vestuário único, capaz de captar todas as atenções, vestidos de yettis, desfilaram por todo o recinto refrescando os presentes com sprays de água, despertando a consciência para a importância de contrariar o aquecimento global. Em todas estas acções o grafismo não ficou esquecido e foi desenvolvido com elementos da natureza. Também as entidades que patrocinaram o evento e que marcaram presença no recinto foram sensibilizadas para a questão ambiental, nomeadamente para a reciclagem dos resíduos produzidos. A saber: a Galp Share promoveu a partilha de transportes e boleias para o festival; a CP incentivou a deslocação por comboio; a Tiffosi produziu as t-shirts oficiais do festival com algodão biológico; a Ben & Jerry criou uma roda gigante, movida pelos “festivaleiros”, geradora de energia alternativa.
Pelo quinto ano consecutivo, os “festivaleiros” aderiram com visível entusiasmo à recolha do lixo, que trocaram por mais de 40 mil fichas Eco TMN - a moeda de troca do festival que dava direito a cervejas Super Bock, animações e brindes TMN recicláveis.
De salientar, também, que todos os copos e garrafas de plástico recolhidos pela TMN foram ao longo do festival alvo de reciclagem. Para tal a TMN e a Música no Coração associaram-se à Ambilital – empresa que faz a gestão do sistema integrado de recolha, tratamento e valorização dos resíduos sólidos urbanos dos Municípios Alentejanos – para racionalizar e maximizar a separação dos lixos e subsequente recolha e reciclagem antes, durante e após o festival. De modo a facilitar a vista sobre o palco, a TMN criou uma Eco bancada gigante, com vista privilegiada para os concertos, feita de fardos de caixas de telemóveis recicladas, que vinham directamente dos armazéns da TMN. Pretendeu-se demonstrar que, com recursos já existentes e com custo reduzido, é possível reinventar com originalidade e criatividade. Neste contexto, várias foram as iniciativas que contribuíram para tornar o Sudoeste TMN 2009 no festival mais verde de sempre, e levaram a Sociedade Ponto Verde, entidade responsável pela gestão de resíduos de embalagens em Portugal, a certificar o Festival Sudoeste TMN como um evento 100R®. Este texto é um excerto de um trabalho de Bruno Valinhas, aluno do mestrado em Turismo, ramo de especialização em Gestão Estratégica de Eventos, da Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril. Este e outros trabalhos foram realizados no âmbito das cadeiras de Programação e Gestão de Eventos e Marketing de Eventos com orientação dos Docentes Nuno Gustavo e Luís Rasquilha. Os melhores trabalhos são publicados na Event Point e no site www.eventpoint.com.pt.
Bibliografia: Portugal Telecom, S.A. (2010) – Comunicação Responsável no Green Festival. Portugal Telecom, S.A. (http://www.telecom.pt/InternetResource/PTSite/PT/ Canais/Media/DestaquesHP/Destaques_2010/3_edicao_ greenfestival.htm)
Ver o artigo completo em: www.eventpoint.com.pt
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CATARINA VALENÇA GONÇALVES DIRECTORA-GERAL DA SPIRA
OPINIÃO 91
PATRIMÓNIO EM FESTA A área do património em Portugal - património edificado, leia-se – faz parte daquele sector complicado, fechado e, em alguns campos, profundamente monolítico a que no nosso país se chama “Cultura”.
É certo que está a decorrer, há já alguns anos a esta parte, uma revolução lenta e em grande parte silenciosa nesta matéria, nomeadamente, no que diz respeito aos sectores educativos de museus, de equipamentos culturais e de património aberto ao público. Igualmente, na realização de alguns certames com carácter regular e mais abrangentes no público-alvo a atingir (o Serralves em Festa é o melhor exemplo disso mesmo). Ou, ainda, em algumas publicações – como aquela que nestes dias é editada em conjunto pelo IMC - Instituto dos Museus e da Conservação e o Jornal Público – assumidamente de carácter generalista, novamente aceitando que, afinal, toda a gente pode ser consumidora de cultura / património. São, sem dúvida, passos importantes que seriam mais eficientes caso estivessem integrados numa estratégia de médio e longo prazo, transversal ao sector e integrando todas as suas diferentes valências. O delinear dessa estratégia de fôlego – esse ponto da situação do que foi feito e alcançado qualitativa e quantitativamente até aqui, e fundamental projectar do que deve, pode e será cumprido no prazo, por exemplo, de 10 anos – permitiria evidenciar lacunas gritantes com as quais o mundo da cultura e, em concreto, do património se continua a confrontar nos dias de hoje. Uma dessas lacunas (de várias estratégicas que poderiam ser apontadas e que importa corrigir) prende-se com as outras utilizações possíveis
do património. Há, inclusive, nesta problemática, alguma dose de comicidade ao sublinhar características da forma de gerir do sector público em Portugal. De facto, existe uma relativa facilidade em entregar-se património para ser profunda e definitivamente transformado do ponto de vista arquitectónico em unidades de alojamento, por exemplo como sucedeu e continua a suceder com as Pousadas de Portugal (anterior ENATUR, e actualmente com exploração do Grupo Pestana); ou, ainda, em equipamento de serviço público como foi, e ainda é, o caso de tribunais e outro tipo de organismos instalados em conventos e restantes edifícios de grande porte. Estes casos sublinham que o problema parece assim estar ,não na
profundidade da alteração efectuada no património, mas sim na perenidade dessa alteração. Ou, posto de outra forma, o Estado lida bem nesta matéria com situações fechadas, definitivas, que congelam o significado original do monumento e criam-lhe um outro por cima, novo é certo, mas totalmente impossibilitado de estabelecimento de uma conexão. Como se, de alguma forma, estas utilizações monolíticas e desconectadas do ponto de vista de significado fossem de mais fácil integração por parte dos gestores de património: “era assim, passou a ser assado”, uma tábua rasa, um congelamento, “8 ou 80”, sem zonas cinzentas, sem diferentes camadas, sem o fervilhar de diferentes vivências, opiniões, polémicas frutíferas a
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OPINIÃO
. PAT R I M Ó N I O E M F ESTA , P O R C ATA R I N A VA L E N Ç A G O N Ç A LV ES
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© CATARINA VALENÇA GONÇALVES
coexistir em simultâneo. No fundo, a tão profunda e arreigada aversão à discussão consistente, à crítica construtiva, à sempre necessária síntese e repercussão dessa experiência no futuro próximo. É neste enquadramento ideológico – pois é disso que falamos quando gerimos cultura ou património – que perdura uma reiterada aversão a utilizações circunstanciais de património com fins díspares do propósito original do monumento: set de cinema, óperas, concertos (de jazz, hip-hop, clássica) teatros (de todo o tipo), perfomances artísticas, festivais temáticos, eventos empresariais, reuniões ao ar livre... São utilizações não procuradas por parte dos gestores dos recursos patrimoniais e profundamente mal-amadas. Como se essas utilizações fugazes conspurcassem o significado original do espaço.
Todos podem e devem aceder ao património. E a todos compete preservá-lo e fomentar a sua fruição. O Estado não pode de forma nenhuma ostracizar quem quer e pode utilizar, enaltecer e rentabilizar todo o potencial cultural e económico de um recurso patrimonial, apenas por preconceito. As empresas, as agências de comunicação e os organizadores de eventos procuram, todos, a diferença nas suas acções e iniciativas. O património precisa de outras formas de receita para assegurar a sua preservação, manutenção e garantir a sua fruição pública em condições. Queira a crise económica que atravessamos ser um bom pretexto para fomentar este necessário diálogo entre estes agentes e, dessa forma, ultrapassar desconfianças alimentadas somente pela sempre fácil e extremamente limitada postura do “não querer conhecer, não querer saber”.
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LEITOR 94
C O N S U LT Ó R I O D E PROTOCOLO
Nesta edição do Consultório de Protocolo, uma secção que conta com o contributo das especialistas Susana de Salazar Casanova e Cristina Marques Fernandes, os temas em foco têm que ver com convites, seating e com o papel do mestre de cerimónias. As perguntas foram enviadas pelos leitores através do site www.eventpoint.com.pt. Vamos organizar um jantar para os nossos clientes. Não podemos ter mais de 50 pessoas. Quantas devemos convidar para mais ou menos cumprir esse número, tendo em conta que muitos deles podem não estar presentes? Enviamos 75/100 convites? E com que antecedência? CS, Alfena Para um jantar onde pretende ter presentes não mais de 50 pessoas, aconselha-se a que envie cerca de 80 convites. Contudo, a adesão dos convidados depende de inúmeros factores que, naturalmente, poderão influenciar a participação: não só o tipo de relacionamento existente entre empresa/ cliente, como também a data, o local, alguma actividade complementar ao jantar, por exemplo. Quanto à antecedência, depende do grau de formalidade do jantar (factor que não refere) mas aconselha-se, pelo menos, a duas semanas. Após o envio dos convites, será certamente eficaz proceder a um follow-up telefónico para agilizar o processo.
Já nos aconteceu, mais do que uma vez, convidarmos determinadas pessoas para um evento e elas delegarem noutras, não tão interessantes para a nossa organização. Como ficar claro no convite que este se destina unicamente à pessoa X, sem deixar passar alguma sobranceria? ST, Maia A questão da representação de uma pessoa por outra só se pode fazer em certo tipo de eventos (por exemplo num seminário), mas deixando sempre essa possibilidade à consideração (e até aprovação) de quem convida. Quando o convite é para uma refeição, ou é aceite ou é declinado, não sendo correcto pedir a uma pessoa que tome o lugar de outra. Acresce ainda referir que para as Altas Entidades Públicas a representação está prevista na Lei n.º 40/2006. Assim e para evitar situações como a que menciona pode escrever no convite a expressão “pessoal e intransmissível”.
Em relação a um jantar, sendo um encontro profissional, informal, deverá haver lugares marcados? RR, Setúbal Tratando-se de um encontro informal, não é comum que existam lugares marcados. No entanto, o factor decisivo será a intenção, ou não, do anfitrião em ter perto de si determinados convidados. Assim, o anfitrião pode, verbalmente, indicar o lugar aos seus convidados mais próximos (por exemplo aos da sua mesa). Acontece, também, com alguma frequência, existir apenas uma ou duas mesas com lugares marcados (com cartões de mesa) e as restantes em regime de free-seating.
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. C O N S U LT Ó R I O D E P R O T O C O L O 95
Quais são as características mais importantes a ter em conta quando escolhemos um mestre de cerimónia para o nosso evento? JF, Lisboa A função de um mestre de cerimónias evoluiu ao longo dos tempos acompanhando as mudanças tecnológicas e adequando-se aos novos desafios de um evento ou cerimónia. A tarefa deste profissional - que ainda se confunde com o papel do apresentador -, passa por dar as boas-vindas, apresentar convidados/oradores e conduzir o evento, sendo um interlocutor entre o anfitrião/organização e o público. O seu papel, embora muito abrangente, é menosprezado e até, frequentemente, preterido por questões orçamentais. É levado a cabo pela pessoa que, a partir de um guião previamente elaborado, conduz o evento, chama oradores a intervir, dá informações pertinentes sobre o decurso do evento, ou seja, funciona como um elemento integrador
e um fio condutor entre as diversas fases do acontecimento. É fundamental que esteja coordenado com alguém responsável pelos audiovisuais. Ao contrário de quem desempenha a função de “voz off”, o mestre de cerimónias fala a partir do púlpito, de frente para os presentes. A sua função é, naturalmente, de grande visibilidade. Além de estar inerente que deve ter uma imagem exímia (usando um traje adequado ao contexto), não deve descurar a postura. Por outro lado, é imprescindível que tenha uma excelente dicção e um bom tom de voz. Este último deve ser adaptado ao tipo de evento: numa cerimónia de grande formalidade usa um tom de voz solene, numa entrega de prémios recorre a um tom que crie suspense na audiência.
Contudo se a mensagem a passar for de contenção ou negativa, o tom deve variar e reflectir tristeza. Já quando se está a disponibilizar informação sobre certos acontecimentos, o tom deve ser exactamente esse, informativo. Recomenda-se que conheça atempadamente o texto, que se informe sobre a forma de pronunciar correctamente nomes e palavras em língua estrangeiras e que efectue testes prévios a partir do local de onde vai falar (som ou ajustar a altura do microfone). Numa outra perspectiva, devem usar de determinação, clareza, ritmo e objectividade ao comunicar. Acima de tudo ter aquilo a que se designa de “dom da palavra”, pois facilita a atenção do público.
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HOTELARIA 96
NEGÓCIOS COM VISTA PARA O MAR Com uma localização privilegiada, o Crowne Plaza Vilamoura é o único representante português desta marca pertencente à cadeia internacional Intercontinental Hotels Group. Embora fique situado na zona nobre de Vilamoura, é muito mais do que um hotel de praia. A pouco mais de 20 minutos do Aeroporto de Faro e com facilidade de acesso a toda a zona de lazer envolvente, tem 327 quartos com vista de mar e capacidade para cerca de 800 pessoas. O edifício com apontamentos de inspiração árabe já existe há cerca de 30 anos, mas foi totalmente renovado, proporcionando agora um conforto acrescido. O hotel dispõe ainda de um spa, sala de fitness e locais próprios para crianças. O sol e a proximidade da praia fazem deste local um destino de excepção para quem deseja aproveitar em pleno todas as vantagens de umas férias no Algarve, mas o Crowne Plaza Vilamoura oferece igualmente óptimas condições para a realização de eventos, dispondo de uma área de cerca de 1400 metros quadrados preparados para receber congressos, reuniões, banquetes ou apresentações de marcas e produtos. As três salas, que podem ser subdivididas em vários espaços ficam situadas no primeiro andar e dispõem de luz natural, meios audiovisuais com a mais recente tecnologia, ar condicionado e rede wireless. A Sala Sotavento, com cerca de 600 metros quadrados, distingue-se das restantes por três particularidades: a existência de uma plataforma elevatória no exterior, que permite fazer chegar ao interior objectos de
grandes dimensões, como carros e barcos, uma varanda com vista para a zona do bar onde podem ser realizados coffe-breaks e cocktails e uma cozinha própria, para que as refeições possam ser preparadas e servidas com o máximo de qualidade. O hotel dispõe ainda da Sala Barlavento, com uma área de 350 metros quadrados e da Sala Atlântico, com cerca de 200 metros quadrados. Todos os quartos do primeiro andar podem ser convertidos em salas de reuniões. Para facilitar a comunicação entre os organizadores do evento e os seus participantes, existe um sistema que permite que sejam enviadas mensagens directamente para os televisores instalados em cada quarto. Além dos espaços interiores, o Crowne Plaza possui ainda um pátio capaz de receber galas e banquetes para cerca de 500 convidados. As zonas de lazer são, aliás, um dos grandes atractivos para
quem quer aliar o trabalho e os negócios a momentos de descontracção. A praia, as piscinas, o Casino e a Marina de Vilamoura estão a poucos metros de distância e quem desejar pode optar por pacotes que incluem golf ou passeios de barco. A gastronomia algarvia, a que é acrescentada a sofisticação própria de um hotel de cinco estrelas, pode ser saboreada em vários espaços do hotel: o restaurante Cataplana é o ponto principal, mas as refeições podem ser servidas junto da piscina ou na Garrafeira, uma sala privada situada dentro do restaurante principal. A Suite Presidencial, situada no 11º andar pode ser alugada para um almoço ou jantar de trabalho, proporcionando uma vista deslumbrante sobre toda a zona de Vilamoura. Olga Teixeira
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HOTELARIA 98
PESTANA ASSUME GESTÃO DO VILA SOL GOLF & RESORT HOTEL EM VILAMOURA O grupo Pestana conta desde Fevereiro com mais uma unidade de cinco estrelas no Algarve. O Pestana Vila Sol Golf & Resort Hotel tem 189 quartos e suites, dos quais 141 estão distribuídos ao longo do jardim, junto às piscinas exteriores e aos lagos. O edifício foi projectado pelo arquitecto Arsénio Cordeiro e a decoração, em estilo mediterrânico, ficou a cargo de Graça Viterbo. Situado em Vilamoura, a cinco minutos da marina e 20 do aeroporto de Faro, o Vila Sol insere-se num dos destinos algarvios mais procurados no segmento de reuniões, congressos e incentivos. E a unidade está preparada para acolher esses eventos. O hotel dispõe de um salão de 480m2, com capacidade para 650 pessoas em plateia e 350 pessoas em banquete. Este ballroom é divisível em seis salas, todas com luz natural e cinco metros de altura de pé direito, com um terraço adjacente coberto de 500m2, com capacidade para mais 450 pessoas. O hotel tem ainda cinco salas de reuniões, um business centre e um foyer de 195m2. O restaurante L’Olive (cujo nome provém da oliveira plantada no interior), que chegou a ser distinguido com uma estrela Michelin, é outro espaço do hotel que pode ser utilizado para eventos, com capacidade para 80 pessoas em banquete. Com uma decoração árabe, tem a particularidade de se poder abrir para o terraço, com vista para o jardim e o campo de golfe, através de um mecanismo que faz recolher os vidros das janelas. Miguel Metello, director do hotel, disse à Event Point que o hotel está preparado para acolher “reuniões, conferências, congressos e eventos de carácter
particular, mais privados”. Incluído no complexo do hotel, mas mais antigo do que este (conta já com 20 anos), está o campo de golfe de 27 buracos, que foi considerado o 29º melhor do mundo. Do complexo hoteleiro fazem ainda parte duas piscinas exteriores, uma piscina interior, ginásio, academia de golfe, campos de ténis, circuito de manutenção, clube para crianças e um espaço de aluguer de bicicletas. “O complexo Pestana Vila Sol (hotel e campo de golfe) é uma das apostas mais fortes do Grupo Pestana para 2011”, afirma Pedro Lopes, administrador do Grupo Pestana, frisando que “Vilamoura é um dos principais pólos turísticos nacionais e internacionais nos segmentos de clientes que procuram sol e praia, golfe e reuniões, congressos e incentivos”. O Pestana Vila Sol completa a oferta do Grupo Pestana no Sotavento Algarvio, juntando-se às Pousadas de Estói e Tavira”, realça Pedro Lopes.
O Grupo Pestana passa assim a gerir oito hotéis no Algarve e três Pousadas de Portugal (num total de 1.625 quartos). O grupo passa também a deter na região cinco campos de golfe: Pestana Vila Sol, Pestana Gramacho, Pestana Vale de Pinta, Pestana Silves e Pestana Alto Golf. “Estando o golfe em larga expansão no mercado nacional, em especial a sul do país devido ao clima ameno, é muito importante podermos continuar a reforçar a nossa oferta neste sector”, frisa o administrador. Sara Marques
SUGESTÕES 99
AIR NIMBUS DEIXA-NOS NAS NUVENS A Rota do Romance podia ser um qualquer pacote turístico com hotel incluído, agendado para o dia dos Namorados. Mas a Air Nimbus resolveu inovar o conceito e levar os seus clientes em escapadas românticas pelos ares. Sofia Santos, Project Manager da empresa disse à Event Point que esta pequena companhia aérea se especializou em produtos de turismo aéreo especiais. Há experiências para todas as bolsas. A Rota do Romance custa 111,30 euros e inclui um voo de 20 minutos em Cascais e no cabo da Roca. Para quem pode, a Rota da Paixão oferece uma experiência mais completa, com refeições e visitas incluídas, por 650 euros cada pessoa. Mas não é só de romance que vive a Air Nimbus. Sofia Santos diz que, por exemplo, “muitos dos nossos clientes escolheram a companhia para realizarem o seu baptismo de voo”. Aliás, segundo a responsável, a empresa tem ajudado quem tem medo de voar. “Conseguimos desmitificar os medos e as pessoas acabam por sair muito mais confiantes e com coragem para voar.
As sessões de cultura aeronáutica e de simulador de voo são também uma grande ajuda nestes casos”. Há ainda produtos mais pragmáticos.
Ter um serviço de táxi aéreo pode parecer improvável nos dias de hoje. Mas esse é exactamente um dos serviços que oferece a Air Nimbus. E é dos mais populares. Funciona entre cidades portuguesas e também com ligações a Espanha. Sofia Santos realça ainda a procura pela Costa do Sol e Rota de Sintra. Por outro lado, a Air Nimbus tem também pacotes para eventos e team building, que cada vez mais fazem parte da vida das empresas. A Air Nimbus foi criada em 2005 e atrai
tanto portugueses como turistas de visita ao nosso país. “Neste momento o nosso público é bastante diverso. 50% são turistas internacionais e os restantes são portugueses à procura de novas experiencias” diz Sofia Santos. A empresa tem apenas cinco pessoas, que vão acumulando várias funções. Mas isso não impede a Air Nimbus de estar já a trabalhar num novo segmento de negócio, o de voo executivo. O produto será lançado brevemente, segundo Sofia Santos. A Air Nimbus não descarta voar para novas paragens. “Neste momento temos escritório apenas em Portugal, mas voamos para a restante Europa e Norte de África. No futuro talvez venhamos a internacionalizar-nos”, adianta Sofia Santos. Tudo isto a partir do aeródromo de Cascais. Maria Pereira
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SUGESTÕES 10 0
TEATRO DE EVENTOS OU EVENTOS EM TEATRO? Em tempos de crise até as artes se preocupam em ser sustentáveis (e rentáveis). Se o cinema e a música continuam a ser lucrativos, agora aliados ao poder da Internet, o teatro está frequentemente nas notícias associado a dificuldades
financeiras e numa total dependência de subsídios do Estado. O Teatro do Bairro, no Bairro Alto, em Lisboa, quer contrariar esta tendência e para isso está a organizar eventos e todo o tipo de festas (incluindo de Natal…).
A produtora Ar de Filmes já é conhecida por promover eventos culturais de teatro e cine- teatro. Em Março tornou-se também a promotora do Teatro do Bairro, que espera receber espectáculos culturais de todos os géneros, e convida agora empresas e outras entidades a alugar o espaço e os seus serviços para todo o tipo de eventos. A produtora enfatiza as qualidades do espaço, equipado para receber eventos corporativos como reuniões, convenções e workshops. Lançamento de marcas, road-shows e outros eventos promocionais estão também entre os alvos do Teatro do Bairro. No edifício (mais conhecido por Interpass), onde já esteve a rotativa do Diário Popular, há galerias e diversas instituições culturais. Localizado na Rua Luz Soriano, tem uma área útil de 430 metros quadrados, com um auditório conversível de 110 metros quadrados. Por 2.200 euros é possível alugar o palco, a bancada e o bar. A empresa oferece serviços extra de luz, som, catering e conteúdos aos interessados. É uma espécie de “teatro de eventos” que pode ter eventos em teatro. Equipas de actores, cenógrafos e argumentistas estarão à disposição de empresas que queiram um evento especial.
Uma forma de pôr a economia a trabalhar a favor das artes? Afinal, sempre foram precisos mecenas e patrocinadores para os grandes artistas.
SUGESTÕES 101
EVENTOS NO CORREDOR “BUS” Os portugueses já estão habituados a ver carros com publicidade percorrerem as ruas das cidades. Já um autocarro a circular enquanto decorre o lançamento de um produto despertará sempre as atenções. O conceito do Special Bus oferece isso mesmo. O aluguer ao dia do veículo pode custar entre 800 e 2.800 euros. O primeiro valor refere-se ao autocarro parado, já o preço máximo dá direito ao uso do plasma, gerador, gasóleo e todos os restantes serviços disponibilizados. Os preços tornam-se mais interessantes, claro, se o autocarro for usado durante alguns dias. O veículo pode ser completamente coberto com uma imagem em vinil, por
3.500 euros. Baseado inicialmente no conceito de restauração móvel, o Special Bus demorou oito meses a desenvolver. Está equipado com WC, depósitos de água suja e limpa, fria e quante, despensas, zona de reunião para quatro pessoas, dois balcões de quatro metros e a tecnologia necessária para servir um evento: 60 tomadas, redes de dados e canhão de luz, por exemplo. O Special Bus exigiu um investimento de 250 mil euros e pode ser adaptável ao tipo de evento que se pretende realizar. A empresa exige apenas uma coisa: o seu motorista é o único que conduz este autocarro especial. Só não sabemos se pode circular no corredor do “bus”...
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DESTINO NACIONAL 10 2
TRÓIA DESIGN HOTEL
TRÓIA
UM PARAÍSO MODERNO Areia dourada e mar azul ao longo de cerca de 17 quilómetros, praias tranquilas e uma beleza natural incomparável. É este o cartão-de-visita da Península de Tróia, situada no Litoral Alentejano. Além disso, está dotada de modernos equipamentos em termos de hotelaria, lazer ou negócios: hotéis, centros de conferências e eventos, campos de golfe e de ténis… Um paraíso moderno!
DESTINO NACIONAL
. TRÓIA 103
“LOCAL PRIVILEGIADO PARA RECEBER EVENTOS”
TRÓIA GOLF
Os cenários são de uma beleza indescritível, não estivesse Tróia inserida num triângulo rico em fauna, flora e paisagem: Parque Natural da Serra da Arrábida, Reserva Botânica das Dunas da Península de Tróia e Estuário do Rio Sado. É neste último cenário que se pode encontrar uma população residente de golfinhos-roazes e esta é uma das grandes atracções locais. Tróia tem estruturas para a realização de conferências, feiras, congressos e outros eventos, tem aquele que é considerado por muitos os melhor “Championship Course” do país – o Tróia Golf – e outros equipamentos para práticas desportivas e de lazer. É a partir de Tróia que se pode iniciar uma aventura pelo litoral alentejano, pelas aldeias piscatórias, pelas praias calmas, pelas tradições culturais e religiosas. A visita pode começar com uma travessia por ferry-boat …
O enquadramento natural, a oferta turística, a localização e a relação qualidade-preço são algumas das mais-valias de Tróia. “No território da costa alentejana, e até mesmo no Alentejo, não há outro local tão privilegiado para acolher eventos. A sua extraordinária localização, o Estuário do Sado, o Oceano Atlântico e a deslumbrante vista para a Serra da Arrábida, aliada a um património natural de excelência, com as requalificadas Ruínas Romanas, Tróia é um autêntico paraíso a pouco mais de uma hora de Lisboa”, afirma à Event Point Carlos Beato, presidente da Turismo do Alentejo Litoral. O responsável por esta entidade regional refere ainda a importância para a região de vários equipamentos – como o Casino, a Marina e o Campo de Golf – e a variedade de serviços locais: “Tróia tem hoje para oferecer alojamentos e os mais diversos serviços, com uma gama de preços ajustada a diferentes segmentos de mercado, o que faz com que Tróia e o concelho de Grândola sejam, nos nossos dias, um destino turístico absolutamente ímpar.” Todas estas vantagens reforçam “a potencialidade do destino para a realização de eventos”. Além das Ruínas Romanas, “os Caminhos de Santiago, o Castelo de Alcácer do Sal, as Músicas do Mundo em Sines, Milfontes em Odemira, são também um incentivo forte para vir à região”, enumera. Para o Departamento de Comunicação Aqualuz, do grupo Sonae (que engloba o Troiaresort), são várias as
potencialidades. “Para além do enquadramento natural, Tróia beneficia de um rico espólio patrimonial que distingue o destino também do ponto de vista cultural. Paralelamente, uma localização privilegiada na tranquilidade do Litoral Alentejano, a menos de uma hora de Lisboa e com todas as acessibilidades asseguradas – por terra ou pelo rio –, define Tróia como um ponto geográfico naturalmente apetecível”, adianta. Os responsáveis acrescentam que a segurança é garantida no que ao Troiaresort diz respeito “mas, acima de tudo, o facto de apresentarmos uma oferta turística em que a componente de hotelaria oferece uma óptima relação qualidade-preço e é complementada por uma infra-estrutura multifuncional capaz de responder a diferentes exigências, inscreve-nos como destino de eleição para a meetings industry”. Também Teresa Roldão de Barros, directora de Comunicação e Marketing da Amorim Turismo, responsável pelo Tróia Design Hotel, fala em “características naturais únicas”, na “localização estratégica” e destaca a relação qualidade-preço, “no sentido em que num lugar exclusivo como Tróia conseguimos ter preços bastante competitivos, aliados a uma oferta de qualidade e um serviço de excelência”. José Pedro Calheiros, responsável da empresa de animação turística SAL – Sistemas de Ar Livre, diz que actualmente a mais-valia de Tróia é o “efeito moda, fashion, a par de uma grande capacidade financeira de investimento em promoção”. Além
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DESTINO NACIONAL
. TRÓIA
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ESTAÇÃO ROMANA DE TRÓIA
disso, acrescenta, “tem o efeito de ser novo e tudo estar muito bonito e bem arranjado, bem como bastante desocupado o que contribui para uma calma serena que ajuda ao efeito de união dos grupos”. De acordo com José Pedro Calheiros, “além das Ruínas Romanas, que são pouco úteis para eventos de incentivo pela fraca possibilidade de utilização turística, o local tem em Setúbal e em Palmela dois destinos bastantes ricos em Património Cultural que não devem ser esquecidos, bem como o Parque Natural da Arrábida ao nível do Património Natural. As limitações de acesso e utilização da Reserva Natural do Estuário do Sado fazem com que este património seja pouco relevante para o turismo de incentivos”. E acrescenta: “Como resort quase fechado, Tróia apresenta uma segurança elevada, ao que se acresce o facto de ter uma frequência de qualidade, de pouca dimensão, para o qual contribui a sua localização um pouco longe de tudo. É sempre difícil definir qualidade, mas é notório que há um esforço para que esta seja elevada em Tróia, dentro dos padrões uniformemente aceites no mundo do turismo. No entanto, os preços associados a esta qualidade têm sido de tal maneira elevados que colocam o destino num patamar de difícil acesso, face a outros destinos igualmente bons e com enormes vantagens económicas.”
MAIS PROMOÇÃO Uma “melhor divulgação das enormes potencialidades” de Tróia como destino turístico é a solução apontada pelo presidente da Turismo do Alentejo Litoral para tornar Tróia mais competitiva. “Nos últimos três anos, Tróia sofreu uma grande melhoria de qualidade, quer das suas unidades hoteleiras, quer ainda pela requalificação dos seus espaços exteriores. É por isso que é necessária maior e melhor divulgação deste destino turístico na Costa Alentejana”, frisa Carlos Beato. Este é, aliás, um aspecto também destacado pela directora de Comunicação e Marketing da Amorim Turismo, que aponta como fraqueza “o facto deste novo destino ser pouco conhecido nos nossos principais mercados emissores de turistas, obrigando a um maior investimento na promoção/ comunicação do destino por parte de todos os players da região, assim como do incremento de sinergias”. Teresa Roldão de Barros alerta ainda para a “necessidade de se continuar a investir nas acessibilidades, facilitando a mobilidade de pessoas e bens”. Segundo o Departamento de Comunicação Aqualuz, “aquilo que fazia falta à região para se tornar mais competitiva era, precisamente, um espaço orientado para o segmento de negócios, como é
o caso do Centro de Eventos Aqualuz”. Os responsáveis dizem que “Tróia se afirmou naturalmente como destino de lazer pelas condições naturais, pela oferta de alojamento e pelo vasto conjunto de actividades disponíveis para ocupar os tempos livres”, mas necessita de “se afirmar também como destino de negócios, como escolha estratégica para o sucesso de qualquer evento e que seja capaz de surpreender o mercado, uma vez que dispõe de todas as condições naturais e de infra-estruturas pensadas para receber encontros empresariais”. “O enfoque é, nesta fase, afirmar Tróia como opção de qualidade para o turismo de negócios e, posteriormente, captar quota de mercado neste segmento, despoletando o natural desenvolvimento de ofertas e serviços complementares”, conclui. Já o responsável pela SAL aponta como maiores fraquezas os acessos a Tróia – que são “difíceis, morosos e caros” – e a “opção estratégica de hostilização à cidade vizinha de Setúbal, tanto ao nível das populações como do desenvolvimento turístico”. Na opinião de José Pedro Calheiros estes factores “criam um entrave ao desenvolvimento do negócio que só poderá ser alterado de dentro para fora, com uma nova abordagem ao mercado de grande proximidade que se encontra do outro lado do Rio Sado”.
DESTINO NACIONAL
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CASINO DE TRÓIA
CAPACIDADE HOTELEIRA DÁ RESPOSTA JOGO, ANIMAÇÃO E TURISMO Um dos espaços de diversão por excelência é o Casino de Tróia, inaugurado no início do ano. “As características únicas deste projecto deixam adivinhar uma forte aposta da Amorim Turismo em trazer para Tróia um novo pólo de animação turística, dinâmico e atractivo, com capacidade para captar um público diversificado. A procura, desde a abertura a 1 de Janeiro deste ano, tem correspondido às nossas expectativas, na medida em que se trata de um espaço que está a solidificar o seu posicionamento no mercado como novo pólo de animação cultural do destino”, refere à Event Point Teresa Roldão de Barros, directora de Comunicação e Marketing. O Casino é um espaço “arrojado, dinâmico, inovador e sofisticado” e conta com uma área de jogo composta por 226 máquinas slot e 16 mesas de jogo. A Amorim Turismo detém o Tróia Design Hotel, que é complementado com o Centro de Espectáculos e com o Centro de Conferências. “Existe da nossa parte um investimento grande nestas infra-estruturas, no sentido de criar novos pólos de animação e negócios na península, contribuindo para o crescimento económico da região e do país”, explica a responsável, acrescentando que “ambos os espaços foram pensados para dar resposta às necessidades do sector dos negócios, da meetings industry e do sector dos eventos, que muitas vezes se complementam”.
No que toca à capacidade hoteleira, Carlos Beato afirma que Tróia tem para oferecer “quatro hotéis de quatro e cinco estrelas, com 1.500 camas, assegurando grande capacidade hoteleira, apta a responder aos mais diversos eventos que ali se podem realizar”. Para o Departamento de Comunicação Aqualuz, “Tróia reúne uma vasta oferta de qualidade constituída por 358 apartamentos das unidades Aqualuz Troiamar, Troiario e Troialagoa de 4 estrelas, que oferecem condições de conforto modernas e funcionais; 100 apartamentos turísticos Troiaresort que combinam a vantagem de ter o espaço e conforto de um apartamento privado, com os serviços e facilidades de um hotel e o Tróia Design Hotel 5 estrelas”. A directora de Comunicação e Marketing do grupo deste último hotel referido explica que o principal mercado é o nacional e que “a oferta existente tem conseguido dar resposta à procura, mesmo que crescente, por parte de clientes individuais e mesmo grupos”.
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TRÓIA DESIGN HOTEL
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CONDIÇÕES REUNIDAS PARA EVENTOS
ARTICULAÇÃO ENTRE OS PLAYERS
E relativamente a espaços para eventos? Nesta matéria, estão todos de acordo. “Tróia está hoje dotada de um Centro de Congressos, para 1.000 participantes, e de um recentemente inaugurado Centro de Eventos, para 600 participantes, que tornam possível a realização de várias acções em simultâneo, situação que não tem paralelo, a não ser em Lisboa, no Algarve ou na Madeira!”, lembra Carlos Beato, da Turismo do Alentejo Litoral. O Departamento de Comunicação Aqualuz alinha no mesmo discurso e garante que “apenas é necessário afirmar o destino, uma vez que as condições estão todas reunidas: o novo Centro de Eventos Aqualuz junta-se ao Centro de Congressos já existente permitindo uma resposta eficaz na organização e recepção dos mais variados tipos de eventos”. Esta é uma ideia também presente nas declarações de Teresa Roldão de Barros: “A oferta existente é bastante completa, a julgar pela capacidade e versatilidade das salas de reuniões que existem
Para que a promoção de Tróia como destino turístico e de negócios seja produtiva é essencial que todos os players façam um esforço conjunto e articulado. E esse é um caminho que começa a ficar mais sólido. “Nesta fase de criação de um ‘novo’ destino turístico, é preciso que todas as partes envolvidas na promoção do desenvolvimento turístico da região estejam conscientes da necessidade de se unirem esforços e investimentos num único sentido, o da introdução de um turismo de qualidade na região e acreditamos que é esse o caminho que já está a ser delineado, na medida em que existe uma excelente articulação entre entidades que com o tempo tem vindo a ganhar cada vez maior solidez”, sublinha Teresa Roldão de Barros, da Amorim Turismo. Este processo de articulação “nunca está encerrado”, explica à Event Point o Departamento de Comunicação Aqualuz, que acrescenta que nesta fase “há ainda muito esforço conjunto que tem de ser desenvolvido de forma
(11 salas de reunião e breakout com capacidade para reuniões desde 15 a 900 pessoas), pelo Casino e Centro de Espectáculos que complementam a oferta (permitindo a realização de jantares para cerca de 400 pessoas com ou sem espectáculo), pela oferta de espaços de restauração (dois restaurantes e um pool bar com uma vista magnífica da serra). Toda esta oferta de espaços complementada pelas inúmeras actividades de lazer disponíveis na península de Tróia. Um cenário bastante aprazível para a realização de vários tipos de eventos, de diferentes dimensões, desde uma simples reunião a um congresso, espectáculo ou acções de team building.” Por seu lado, José Pedro Calheiros afirma que “os empreendimentos turísticos de Tróia, nas suas diferentes fases, sempre tiveram excelentes logísticas para recepção de eventos de toda a espécie. O que faz a diferença entre estes acontecerem, ou não, neste local é apenas uma questão de estratégia comercial e de associação com as parcerias certas”.
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articulada entre todos os players”. Relativamente às unidades Aqualuz e à criação do Centro de Eventos Aqualuz Tróia, os responsáveis salientam “o importante papel da Câmara Municipal de Grândola ao longo do processo, assim como da Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo (ARPTA), ambos parceiros de excelência para que possamos concretizar os objectivos que traçamos para este projecto”. Já José Pedro Calheiros, da SAL – Sistemas de Ar Livre, revela que a empresa de animação turística não tem actualmente qualquer relação comercial com Tróia, embora tenha tido alguns contactos, mas que nunca obtiveram resposta. O responsável afirma não saber por isso “se existe ou como se processa a articulação com os restantes agentes de mercado. Por seu lado, Carlos Beato considera que “a articulação entre as diferentes entidades que intervêm no território é um processo dinâmico, que acontece em permanência, e os operadores, os organizadores de eventos e as empresas
VARIADAS POSSIBILIDADES PARA INCENTIVOS “Um incentivo deve assentar numa experiência diferenciadora para os seus participantes, mas deve ser planeada tendo em conta o nivelamento perfeito para o grupo alvo”, começa por explicar José Pedro Calheiros, da SAL – Sistemas de Ar Livre, um operador de animação turística especializado em Turismo de Natureza e Motivação e Animação Outdoor. O responsável refere que “a região da Arrábida e a região do Alentejo Litoral, onde Tróia naturalmente se enquadra, apresentam possibilidades variadas para incentivos que podem ir do evento de um dia até ao perfeito incentivo de três dias, de grande diversidade”. A SAL aposta na área dos eventos para grupos, “preparando todo o evento, assumindo a concepção, realização, animação e avaliação de forma própria e autónoma”, e na área de lazer para individuais, assumindo-se como “empresa líder na oferta de passeios pedestres, com uma agenda regular de actividades todos os fins-de-semana, movimentando mais de 4500 pessoas por ano nesta actividade”. “A nível dos cruzeiros fluviais e costeiros, apresenta uma oferta de actividades nos Rios Sado, Tejo, Guadiana e Zêzere, em parceria com operadores marítimo turísticos, realizando cerca de 40 cruzeiros anuais”, acrescenta. A SAL, que se iniciou na realização de eventos em 1996, realizou em Tróia uma das suas maiores iniciativas. “Este local faz parte da oferta permanente de destinos nas propostas SAL, no entanto a sua escolha não tem sido privilegiada pelos mercados que temos conquistado”, revela José Pedro Calheiros.
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CENTRO DE EVENTOS AQUALUZ
de turismo proprietárias das unidades hoteleiras e de restauração já há muito que entendem que a cooperação entre eles é fundamental ao desenvolvimento da actividade turística com benefício para todos”. No que toca à promoção, o presidente da Turismo do Alentejo Litoral conta que “além do mercado interno, que continua a ser um mercado muito importante, o mercado espanhol e do Norte da Europa são
seguramente os mercados mais importantes”. E quanto a projectos futuros, Carlos Beatos garante que, além das actividades de promoção e das acções de melhoria que têm sido levadas a cabo, a entidade regional, em cooperação com a Agência Regional de Promoção Externa do Sector no Alentejo, vai “implementar uma estratégia de comunicação e marketing deste novo destino turístico, de molde a
assegurar notoriedade a nível nacional, e principalmente internacional, à Costa Alentejana, destino turístico bastante diversificado, com oferta como a que temos em Tróia, à Lagoa de Santo André, Porto Covo, até Odeceixe, isto é de Grândola até Odemira, passando por Alcácer do Sal, Santiago do Cacém e Sines”. Maria João Leite
AQUALUZ INAUGUROU CENTRO DE EVENTOS Moderno, funcional e confortável, pensado para integrar na perfeição o espaço envolvente, com uma área total de 681m2, com luz natural e meios técnicos e audiovisuais disponíveis, com capacidade até 630 lugares sentados e com a possibilidade de se dividir em três espaços distintos (uma sala polivalente, um auditório e um foyer de 183m2), aptos a acolher qualquer tipo de evento. Assim é o Centro de Eventos Aqualuz Tróia recentemente inaugurado. Esta estrutura multifuncional “inscreve-se na estratégia de complementaridade protagonizada pela Sonae Turismo Hospitality” e, segundo o Departamento de Comunicação Aqualuz, “é o reflexo da preocupação existente com o alargamento de uma oferta de serviços associados, capazes de dar resposta a uma multiplicidade de solicitações empresariais ou particulares”. O investimento ronda os dois milhões de euros e surge como complemento à oferta de alojamento e de lazer das unidades Aqualuz em Tróia. Uma aposta que fortalece a Península de Tróia “não só como uma opção de lazer, mas também como destino de eventos”, frisa. O Departamento de Comunicação sublinha ainda a oferta variada e o largo leque de serviços disponíveis do complexo turístico Troiaresort. “Quer pela amplitude de serviços que o destino oferece, quer pela ausência de espaços homólogos na região, o Troiaresort apresenta agora todas as condições para alavancar o turismo de negócios e para se afirmar como destino de congressos, reuniões ou encontros empresariais”, conclui.
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MACAU,
SIZE DOES MATTER Pense em grande. Agora pense em maior ainda. Imagine o supra-sumo do luxo e da ostentação. E depois de imaginar tudo isto, fique a saber que em Macau tudo é ainda maior e mais luxuoso. Monumentais edifícios de várias formas, cores e feitios rasgam os céus, imponentes, gigantescos.
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O JOGO E O LUXO Em menos de 30 km2 de terra concentram-se 22 mil quartos de hotel e nem o espaço parece ser problema para os macaenses. Não há mais terra? Conquista-se ao mar. Cerca de metade do território actual foi ganho através de aterros e ilhas artificiais. Olhando para os edifícios em construção percebe-se que a oferta hoteleira vai crescer, mas Macau também. Dois projectos em curso na Ilha da Montanha, oferecida a Macau pela China, vão acrescentar mais território a esta região administrativa que, em 1999, passou de Portugal para a China.
Engana-se quem pensa que Las Vegas é a meca do jogo. As receitas dos casinos de Macau já ultrapassam em quatro vezes as da cidade do jogo norte-americana. Este pequeno território com uma população de 550 mil pessoas goza do estatuto de região administrativa especial, o que significa que os chineses que vivem noutras províncias precisam de um visto de entrada. É a única região da China onde o jogo é autorizado, e é da China e de Hong Kong que chegam aqueles que mais fazem mexer a economia. Jogadores de todas as idades, de ambos os sexos, cruzam a fronteira para passar um ou dois dias, gastos quase na totalidade nas mesas do casino, onde o tempo se move de maneira diferente consoante as fichas de plástico vão trocando de mão. Cerca de metade destes turistas não chega a ocupar um quarto de hotel, uma realidade que os hoteleiros querem alterar. Os grandes jogadores, aqueles que têm acesso às salas privadas, vêm também dos Estados Unidos. Chegam em aviões privados, são recebidos com limousines, Ferraris e Rolls Royces no aeroporto e registados, muitas vezes com um nome fictício, nas suites de um dos muitos hotéis de luxo da cidade.
Até 2001 o negócio dos casinos, que representa 70% das receitas da região, era um império de Stanley Ho, o milionário com nacionalidade chinesa, britânica e portuguesa. Em 2004 surgiram os grandes grupos mundiais e mudaram este negócio do jogo. Macau é mais do que o que se vive sobre o pano verde das mesas de jogo, mas muitos nem se dão ao trabalho de descobrir o que fica para lá das fachadas brilhantes dos casinos. E se os percorrer vai percebendo porquê. Os grandes hotéis-casino são verdadeiras cidades dentro de portas onde nada falta. Nem sequer onde gastar o dinheiro que ganhar, ou que conseguir não perder, na mesa de jogo. As grandes marcas de produtos de luxo como a Cartier, Bulgari, Chanel, Dior, Armani, Gucci, Louis Vuitton, Miu Mil, Prada… têm obrigatoriamente uma loja dentro dos gigantes da hotelaria. Nos espaços comuns, tudo é luxo e ostentação. Os pés pisam o mármore que chega de todas as parte do mundo, nos tectos há pinturas com folha de ouro e candelabros monumentais, numa decoração com maior ou menor bom gosto, mas em todos os casos, cara.
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DESTINO PARA EVENTOS Já desde o século XVI que viajantes e negociantes do Oriente e do Ocidente se encontram em Macau - principal porta de entrada para a China. Agora, Macau continua a ser um ponto de encontro, com uma meetings industry (MI) em permanente crescimento que parece escapar e até aproveitar a crise dos Estados Unidos e da Europa. Em 2010, o número de eventos em Macau foi 15% superior ao de 2009 e o número de participantes 41% superior. Segundo dados do Turismo de Macau, no primeiro trimestre de 2011 houve menos eventos, mas com mais participantes do que no mesmo período do ano anterior. Tiveram lugar 267 reuniões/conferências e exposições, menos 64 face ao mesmo trimestre do ano anterior e participaram 127.194 indivíduos, um número 42% superior, em relação ao trimestre homólogo de 2010. 63% das entidades organizadoras das exposições/exibições são empresas de Macau e 25% são de Hong Kong, indicam ainda as estatísticas. A maioria destes eventos (214) realizou-se nas instalações hoteleiras, tendo apenas 53 decorrido nos centros de conferências e exposições e com duração
inferior aos realizados nos hotéis. Os eventos do Governo de Macau só podem ser realizados em hotéis sem casinos ou noutros espaços, já que os funcionários públicos só podem entrar nos casinos no Ano Novo Chinês. O director do Turismo de Macau, João Costa Antunes, explicou que as autoridades macaenses querem mostrar que a Região Administrativa “não é um monoproduto”. “Reconheço que há pessoas que vêm a Macau pela importância do jogo, mas depois acabam por ver que há mais do que isso”. “Pretendemos abrir o mercado das convenções, exposições e incentivos e também mostrar que temos um produto de qualidade, quer nas instalações, quer, por exemplo, nas lojas”, explicou o responsável. O objectivo do Turismo de Macau é ter um evento internacional por mês e já faltam poucos meses para preencher, se tivermos em conta as Regatas Internacionais de Barcos Dragão, que, no início de Junho, encheram os hotéis de Macau, o Grande Prémio de Fórmula 1, que esgota igualmente a capacidade hoteleira, o Ano Novo Chinês, o Festival de Fogo-de-Artifício,
o Festival de Artes, o Festival Internacional de Música, Oktoberfest, o 1 de Maio e o 1 de Outubro, altura em que tudo encerra na China, trazendo os turistas a Macau.
PATRIMÓNIO MUNDIAL DA UNESCO O Centro Histórico de Macau foi agora inscrito na Lista do Património Mundial, tornando-se no 31º sítio designado como Património Mundial na China, e é um cruzamento de duas culturas. A arquitectura colonial partilha a paisagem com edifícios com traços asiáticos. A poucos metros de uma igreja católica, o templo dedicado à deusa A-Má lembra-nos que estamos a milhares de quilómetros de Portugal. Por um lado há a forte marca asiática, por outro, a presença dos portugueses que, até há pouco mais de dez anos,
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DOC DMC MACAU E SMALLWORLD EXPERIENCE A DOC DMC Macau é a única Destination Management Company portuguesa na região. A trabalhar no mercado há três anos e meio, detém ainda uma outra empresa de actividades de incentivos e team building, a smallWORLD Experience, que proporciona actividades como as regatas dos barcos do dragão, corridas de kart, dança do dragão, tai-chi, etc. Bruno Simões é o CEO da empresa, com 15 anos de ligação à meetings industry. Trabalhou pela primeira vez Macau entre 1993 e 1995 e, depois de sete anos em Portugal, regressou.
governavam o território. O centro histórico inclui ruas e praças, tais como o Largo da Barra e o do Lilau – onde existia a principal fonte de água natural em Macau e nasceu a lenda que dizia: “Aquele que beber da água do Lilau, jamais esquecerá Macau” - o Largo de Santo Agostinho, do Senado, da Sé, de S. Domingos, da Companhia de Jesus e o de Camões. Estas praças principais e ambientes urbanos estabelecem a ligação entre uma sucessão de mais de vinte monumentos, que incluem o já referido Templo de A-Má, o Quartel dos Mouros, a Casa do Mandarim, a Igreja de S. Lourenço, a Igreja e Seminário de S. José, o Teatro D. Pedro V, a Biblioteca Sir Robert Ho Tung, a Igreja de Santo Agostinho, o Edifício do Leal Senado, o Templo de Sam Kai Vui Kun, a Santa Casa da Misericórdia, a Igreja da Sé, a Casa de Lou Kau, a Igreja de S. Domingos, as Ruínas de S. Paulo, o Templo de Na Tcha, a Secção das Antigas Muralhas de Defesa, a Fortaleza do Monte, a Igreja de Santo António, a Casa Garden, o Cemitério Protestante e a Fortaleza da Guia.
HÁ MARCAS QUE NÃO SE APAGAM, MAS OUTRAS DESAPARECEM Os nomes das ruas, das escolas, dos edifícios públicos, lojas e até os sinais de trânsito estão escritos em chinês e português. Aqui não faltam restaurantes portugueses. O “António”, o “Fernando”, o “Manuel”, o “Espaço Lisboa”, são alguns dos mais conhecidos, que pautam a ementa por pratos como bacalhau à lagareiro, sardinhas, chouriço assado, leite creme, serradura, vinho português e mesmo nas ruas vendem-se pequenos pastéis de nata, um pouco por todo o lado.
Nestes restaurantes vêem-se sobretudo chineses que descobriram as delícias da cozinha portuguesa, dos peixes, dos mariscos, dos doces e dos vinhos, mas a comunidade de portugueses já vai sendo pequena e passa despercebida pela cidade. E estranhamente, mesmo com tanta influência lusitana, com tanta sinalética na língua de Camões, poucos são os que entendem ou falam português na cidade e, em alguns locais, longe do bulício dos casinos, nem o inglês permite comunicar.
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LINDA PEREIRA FAZ O RETRATO DA MI EM MACAU A directora executiva da CPL Events, Linda Pereira, é a representante para a Europa do grupo Venetian no sector da meetings industry. Conhece bem o destino e fez à Event Point um retrato do sector. “Macau tem-se posicionado muito inteligentemente na Ásia”, começa por explicar. “Oferece a componente de MI, mas também de entretenimento e jogo, que é muito importante para o cliente asiático”. Além disso, realça, “está a posicionar-se também no mercado indiano, que tem muito dinheiro e é difícil de atrair”. Já para o cliente europeu e americano, “o jogo não é fundamental, mas sim a componente cultural e a ligação à China”. “A Austrália é um grande comprador de incentivos porque, sendo perto, encontra em Macau uma cultura completamente diferente”, explica. “Outro grande cliente é o Japão, mas, depois do sismo, começou a cancelar eventos”. O cliente português é muito valioso em Macau, por exemplo no Westin Macau todas as salas têm nome de rios portugueses. Mas, por ser tão valioso, “a nossa crise é, para eles, uma dor de cabeça”, explica Linda Pereira. E assinala que, “em Macau o luxo é tal que nos esquecemos da crise”. Para Linda Pereira “o destino está a ser muito bem trabalhado”. “Aproveitam o know-how dos grandes grupos internacionais, que conhecem os vários tipos de clientes, e há também uma aposta do Convention Bureau em contactar pessoas que conhecem bem os mercados a que se dirigem”. “Os DMC têm a vida facilitada dada a grande oferta de programas. Parte do evento pode, por exemplo, ser uma ida a um dos vários espectáculos. E, se for o caso, num dos dias do evento atravessam a ponte e estão em ambiente chinês”, diz ainda. “Falta de espaços não há”, garante, e assegura que, mesmo a realização de um grande evento não interfere com clientes dos casinos e dos hotéis. “Tivemos [no Venetian] um congresso de 9500 pessoas e os clientes do hotel nem deram por elas”, explica. Linda Pereira aponta outra vantagem ao destino: “Macau ainda pode realizar congressos médicos e da indústria farmacêutica porque não funciona com o sistema de estrelas”. Depois de escândalos que mancharam as empresas farmacêuticas de todo o mundo, há uma tentativa de passar uma imagem de contenção, por isso, o código de boas práticas impede a utilização de hotéis luxuosos para a realização de eventos. O facto de não ter a classificação de estrelas é uma vantagem para Macau, deste ponto de vista. Mas com tanto luxo, Macau é um destino caro? Linda Pereira assegura que não. “É um destino mais barato do que o norte da Europa: Alemanha, Londres, etc. Um americano que esteja a escolher entre a Alemanha e Macau, por exemplo, opta muitas vezes por Macau. Apesar de os voos serem mais caros, o evento realizado lá fica mais barato, uma vez que os hotéis têm OPC (Organizadores Profissionais de Congressos) internos, os transportes são próprios, os espectáculos são deles, o catering também… fica mais barato do que subcontratar”, explica. E qual é o ponto fraco do destino? “A parte mais difícil são as acessibilidades”, diz. “Não há muitos voos directos. Os grupos hoteleiros organizam os transferes de barco de Hong Kong e as pessoas nem se apercebem que aterraram noutra cidade. Muitos DMC locais voam para Pequim, fazem uma visita e depois é que voam directamente para Macau. O incentivo começa lá. É uma forma de contornar um possível problema”.
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INCENTIVOS DO GOVERNO AO TURISMO DE NEGÓCIOS VENETIAN
ENTRETENIMENTO DE QUALIDADE Macau leva a sério o lema de cidade que não dorme. Durante toda a noite há pessoas nas ruas, lojas, nos restaurantes e nos bares. A maior parte dos bares e pubs localiza-se nas docas, mas nos hotéis estão alguns dos bares e discotecas da moda, como o Club Cubic, do City of Dreams, o Cristal Piano Bar, no Galaxy, o Bellini Lounge, no Venetian, ou o Lion’s Bar, no MGM. Para quem procura um espectáculo, a oferta é variada. A não perder é sem dúvida o “The House of Dancing Water”, que pode ser visto no City of Dreams. Uma superprodução que custou 250 milhões de dólares, demorou cinco anos a conceber e mais dois anos de ensaios antes de
ser apresentado ao público. Criado e dirigido por Franco Dragone, o espectáculo é um magnífico bailado na água que tira a sua inspiração das raízes da cultura chinesa. No Venetian está patente desde 2008 um espectáculo permanente do Cirque du Soleil. “Zaia” é uma encenação de dança, movimento e acrobacia aérea que já foi vista por mais de 800 mil espectadores. E há outros espectáculos que decorrem durante todo o dia, gratuitamente, em vários hotéis de Macau. É o caso do “Performance Lake”, localizado na área em frente do Wynn, a árvore da Prosperidade também no Wynn e o “Bubble Show” no City of Dreams.
O Governo de Macau decidiu prolongar até ao final do ano o plano de estímulo ao turismo de negócios, que foi lançado em 2009 e terminava no final deste mês. A Direcção dos Serviços de Turismo (DST) justifica o prolongamento com “a aceitação e o impacto favorável” do programa que visa ajudar a atrair mais eventos ligados ao sector das reuniões, convenções e exibições. Nestes dois anos, o plano traduziu-se em apoios financeiros no valor de 46,9 milhões de patacas (cerca de 4,3 milhões de euros) e apoiou um total de 246 eventos, incluindo 95 reuniões e convenções, 47 exposições, assim como 104 eventos de turismo envolvendo mais de um milhão de participantes. Entretanto, o Ministério do Comércio da China e o Governo de Macau chegaram a um acordo para facilitar os vistos para os indivíduos do interior da China que pretendam participar em eventos no território, para facilitar a participação das empresas em convenções e exposições a realizar em Macau.
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CENTRO DE CONVENÇÕES DA TORRE DE MACAU A Torre de Macau é a 10ª torre independente mais alta do mundo e a 8ª na Ásia. O Salão Nobre tem uma área de 1960 m2 e capacidade para 2.200 participantes, podendo ser subdividido em oito salas individuais. A Sala de Exposições pode acomodar até 100 mesas de expositores e a de Espectáculos dispõe de 500 lugares, palco onde o fosso de orquestra é operado hidraulicamente e equipamento de tradução simultânea. CENTRO CULTURAL DE MACAU Inclui duas salas: o Grande Auditório, com 1.114 lugares sentados, projectado para espectáculos musicais, tendo inclusive um fosso de orquestra; e o Pequeno Auditório, com 393 lugares. Ambos estão equipados com um sistema de tradução simultânea e dotados de equipamento de luz e som.
MGM
VENETIAN
COMO CHEGAR Se o destino o convenceu, prepare‑se para uma longa viagem. Portugal e Macau estão separados por 11740 quilómetros e não há voos directos. Uma das opções é voar pela Alemanha, outra pela Finlândia ou mesmo por Pequim. Escolha qual escolher, passará muitas horas dentro de um avião, mas o destino realmente vale a pena. Sara Marques A jornalista viajou a convite do Turismo de Macau
THE VENETIAN MACAU É o maior resort da Ásia e o maior casino do mundo. Tem 2.874 suites de luxo (cada uma com área superior a 70 m2). As salas para congressos e exposições têm uma área de 75.000 m2. Dispõe ainda de um Salão de Festas (sem colunas) com 6.500 m2, assim como 108 salas adaptáveis a reuniões diversas. O hotel oferece ainda entretenimento como o Cirque du Soleil e outros espectáculos culturais e desportivos na Arena, com 15.000 lugares e no Teatro, com 1.800. FOUR SEASONS Com 360 quartos, o hotel, que está incluído no complexo do Venetian, inclui 2.559 m2 de áreas para eventos, incluindo duas salas, uma delas com capacidade para 400 pessoas. Recentemente, o hotel foi palco de um evento da Mercedes, em que um carro foi colocado no meio de uma das piscinas. Aliás, o hotel tem recebido vários lançamentos de automóveis nesse espaço exterior. GALAXY É o mais recente resort de Macau, inaugurado em Maio de 2011. Tem a maior praia de ondas artificial do mundo, com 350 toneladas de areia branca e fina. Dispõe de três hotéis de cinco estrelas, Okura, Banyan Tree e Galaxy, e abrirá até ao final do ano um complexo de cinemas com nove salas e tecnologia 3D. Tem ainda uma sala com capacidade para 1.200 pessoas, assim como duas salas de conferências com 660 m2 no total, que podem ser divididas em quatro mais pequenas. MGM MACAU Com cerca de 600 quartos, tem uma área de 1.452 m2 que inclui um Salão de Festas com 807 m2 e locais próprios para reuniões, eventos e casamentos. A Grande Praça, com uma área de 1.088 m2 e um tecto de vidro a 25 m de altura, é muito usada para eventos e refeições.
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HELLO MOVEMENT O poder das imagens
“A Hello faz filmes!”, costuma responder Ricardo Guerra, sempre com um ar tranquilo. Ele que começou há dez anos a trabalhar em produtoras de televisão, foi aos poucos acumulando experiência em diversas áreas de pós-produção, e com ela uma série de clientes que exigiam cada vez mais tempo e dedicação. Foi assim que nasceu a Hello Movement, e rapidamente se formou uma equipa multidisciplinar, com essa mesma paixão: concretizar projectos. Desde a produção de linhas gráficas para programas de televisão, nacionais e internacionais, filmes publicitários, efeitos especiais, institucionais, packshots, reportagens, até ao cinema, em cada um destes géneros a Hello Movement deixou já a sua marca. No caso dos eventos, é possível trabalhar toda a comunicação visual, desde genéricos para a abertura, separadores temáticos, filmes explicativos de produtos e serviços, podendo produzir ambientes virtuais que são depois mapeados no recinto, de modo a que todos os participantes se sintam imersos no evento. O envolvimento dos clientes é
essencial, até porque o trabalho da Hello Movement não existe desligado da restante construção do evento. “Se conseguirmos harmonizar o conteúdo audiovisual com a animação, por exemplo, o impacto aumenta exponencialmente, resultando numa experiência mais forte”, garante Ricardo Guerra. Também aqui as tecnologias têm evoluído, permitindo novas soluções. “Antes de trabalharmos em eventos, o máximo de resolução que utilizávamos era o HD (1920x1080 píxeis). Hoje, trabalhamos resoluções na ordem dos 10.000x1080 píxeis! Por isso é tão importante ter um parceiro sólido quando falamos de estruturas
RICARDO GUERRA
audiovisuais. E por isso uma das primeiras perguntas que faço ao nosso cliente é com quem vamos trabalhar”, explica Ricardo Guerra. Quanto mais cedo entram no projecto, melhor. “O tempo é sem dúvida o mais importante, e os clientes estão cada vez mais conscientes disso”, assegura o responsável pela Hello Movement. “O tempo e a quantidade de informação, ou a qualidade do briefing, são os factores que mais influenciam o resultado final”.
Mais informações em: www.hellomovement.com www.vimeo.com/hellomovement
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MINIFOTO
Emoções em grande formato António Camilo é filho de fotógrafo, e foi o pai, colaborador do jornal O Século, quem fundou em 1965 a Minifoto. Um estúdio no Lumiar, não muito longe de Alvalade, onde mora o clube do coração de António. Isto para dizer que, no caso dele, o sportinguismo e a fotografia estão-lhe nos genes, no sangue, correm-lhe nas veias. Imagina-se que soube o que era uma máquina fotográfica antes de conseguir andar, ou saber sequer como se chamava aquele aparelho.
Aos dez anos insistia em acompanhar o pai, e fazia trabalhos de gente grande. Como naquele dia, num casamento, em que o flash literalmente explodiu e ele teve que improvisar, pedindo ao padre e aos noivos que se chegassem mais para perto de uma vela, no sítio onde uma clarabóia mal projectava a luz suficiente para fotografar. Mas o expediente
funcionou, e as imagens saíram fantásticas. Toda a gente se emocionou com o talento daquele miúdo. Histórias há muitas, nas memórias de António Camilo e dos que com ele trabalham. Falhas nas máquinas, avarias de carros, horas perdidos no meio de nada, quando ainda não havia GPS, gente que os contratava e
os queria pôr a dormir ao relento, em pleno Alentejo, só porque era Verão e fazia muito calor. E o preconceito, o preconceito por exemplo daqueles que só fazem certo tipo de fotografia. Mas o verdadeiro medo, o maior de todos, garante, é perder os originais de um trabalho.
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Diz com orgulho, “O meu trabalho é reflexo do que sou”. Intuição. No caso dele é muita intuição, ser capaz de antecipar o que vai acontecer a seguir, e estar lá, preparado para disparar a máquina, registar o momento.
Não admira que António Camilo se tenha especializado em fotografar pessoas, e frisa como é importante conhecê-las minimamente, até ao ponto de, pelo menos, conseguir uma certa empatia. Há dias, ou noites, em que escreve, escreve sobre tudo, sobre as coisas de que gosta, e sobre as que detesta. Compara por isso muitas vezes o seu trabalho ao do escritor. Ambos se servem dos mesmos ingredientes, das emoções, da inteligência, da capacidade de observação, das experiências acumuladas ao longo da vida. Utilizam apenas instrumentos diferentes para fazer essa operação. Catálogos, editoriais, reuniões de
empresa, festas anuais, apresentações à imprensa, actividades outdoor, eventos ou criação de imagens para divulgar nos meios de comunicação, nos últimos 15, 20 anos, o trabalho da Minifoto e de António Camilo tem passado cada vez mais pelas empresas. Seja em que circunstância for, cada sessão tem que ter um detalhe qualquer diferente, é isso que o faz querer continuar. “Confio no meu trabalho. E é tudo”. António Camilo publica regularmente o seu portefólio em revistas da especialidade e tem conduzido workshops em Portugal e em Espanha. Mais informações em: www.minifoto-estudio.com
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NEBUR E SOFIA GIÃO
2THE LOVE PROJECT A importância de uma banda sonora
Sofia Gião e Nebur conheciam-se do Tamariz e do Jézebel, no Estoril, e foi a música que os aproximou. Cada um deles começou a convidar o outro, a cumplicidade foi crescendo, até que há um ano, mais ou menos, esta dupla de DJ criou o 2The Love Project Feat. Nebur & Sofia. Assumidamente marcados pela Soulful e Deep House, com influências dos sons Funky e Pop, do Disco Sound e da música negra de editoras como a Motown, apostam sobretudo na área de eventos, e não tanto na noite, embora também toquem em discotecas. A versatilidade é o que os distingue. “Podemos perfeitamente tratar de toda a banda sonora do evento, marcando diferentes momentos, e fazer com que o trabalho de sonoplastia contribua para atingir os objectivos do organizador. Neste sentido, somos mais do que simples DJ”, explicam Sofia Gião e Nebur. Para o nome, inspiraram-se na estética de movimentos artísticos tributários do Studio 54 e do Paradise Garage, em
Nova Iorque, brincando com o número 2 e a paixão comum pela música. Apesar de todos os trabalhos terem uma base de planeamento, ajustada ao tipo de público, ao espaço, à ocasião, com maquetas previamente gravadas, a emoção acaba por determinar muito do que acontece no trabalho do 2The Love Project. E as novas tecnologias vieram dar uma ajuda incontestável. Para além da parafernália de computadores, é possível por exemplo descarregar uma música através do iPhone, e tocá-la naquele momento, apenas porque era isso que o ambiente pedia. Claro que tudo isto levanta de imediato a questão dos direitos de autor, e aqui Sofia Gião e Nebur não facilitam. “As músicas que tocamos foram compradas
legalmente, temos sempre os comprovativos connosco, por causa das fiscalizações da ASAE, mas a verdade é que a lei é um pouco confusa, e às vezes desfasada da realidade, não prevendo por exemplo que possamos comprar uma música e depois a passemos para o disco rígido do computador ou se grave num CD”.
Para escutar, e sentir, as boas vibrações do 2The Love Project: Tlm: 962 341 955 Tlm: 912 272 926 2theloveproject@gmail.com
EMPRESAS 12 1
PEDRO OLIVEIRA E PEDRO HENRIQUES
SOLUÇÕES MODULARES PERSONALIZADAS E VÍDEO PROJECÇÃO 3D E FULL HD: OFERTA VANGUARDISTA E DIFERENCIADORA
EVENTPACK
Inovação e diversidade para todo o tipo de eventos A EventPack é uma empresa especializada no aluguer de equipamentos e estruturas para eventos, em Portugal. Pensada e projectada para servir como parceiro estratégico na organização de todo o tipo de eventos, a EventPack dispõe “de soluções variadas, inovadoras, apostando em garantir qualidade e compromisso com os seus parceiros”. Com um mercado cada vez mais exigente e à procura das soluções inovadoras e personalizadas, a EventPack posiciona-se no mercado, não como uma empresa de organização de eventos, mas como parceiro da sua organização. Dispondo de um considerável portefólio de soluções modulares, a empresa apostou no desenvolvimento de soluções integradas e personalizáveis a pensar nas diferentes necessidades dos seus clientes. Face à exigente conjuntura
económica, e atenta às tendências internacionais, a empresa realizou um investimento assinalável em equipamentos com melhor performance energética, o que vai permitir baixar os custos para os clientes, durante a realização do evento. Variedade e qualidade das soluções, aliadas à elevada capacidade de resposta, rapidez de montagem, criatividade nas propostas e uma equipa experiente e qualificada fazem da EventPack um parceiro a ter em conta, neste sector.
Pedro Oliveira e Pedro Henriques, respectivamente Business e Comercial Manager da EventPack, destacam justamente a personalização e inovação como pontos fortes da empresa. “Temos que garantir aos nossos parceiros, soluções inovadoras e de qualidade, com preços competitivos” realçam os responsáveis da empresa. “Realizámos um grande investimento em tecnologia LED, projecção 3D e Full HD, soluções modulares personalizáveis, decoração e mobiliário, efeitos especiais e climatização, garantindo assim uma oferta completa para qualquer evento”, concluem. Deste modo, a EventPack está em condições de oferecer o apoio necessário para “tornar qualquer evento único e distinto”. EVENTPACK Braga e Lisboa Sede: Rua Padre Manuel Guimarães 121 4700-284 Braga Tel: 253 283 483 geral@eventpack.net www.eventpack.net
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EMPRESAS 122
CONCEPT4TALENTS Foi você que pediu animação? Um parceiro, capaz de fornecer artistas, certificando a sua qualidade e profissionalismo, é este o papel assumido pela Concept4Talents. Esta agência, ainda recente, surgiu da experiência da Concept4 nas áreas da moda, onde representa modelos há mais de 15 anos, e da hotelaria, já com um percurso de sete anos. Através do site www.concept4talents.com é possível encontrar artistas circenses, bailarinos, animadores, cantores, músicos, apresentadores e modelos. Com uma grande vantagem, que é a de cada um deles dispor de todas as informações necessárias para uma primeira avaliação, incluindo, sempre que isso se justifica, um conjunto de vídeos com actuações. Deste modo, garante Jorge Cruz, director-geral da Concept4, “o que os nossos clientes vão ter é exactamente aquilo que podem ver online, algo que eu diria é único no
mercado português”. Com uma equipa de cinco pessoas, e Cláudia Costa, como directora executiva, esta nova agência representa mais de 500 artistas, desde os desconhecidos até aos consagrados, isto se não contabilizarmos os shows em que participam 50 ou 100 pessoas, e nesse caso o número aumenta consideravelmente. Os hotéis e o sector da meeting industry foram aqueles que mais rapidamente aderiram às propostas da Concept4Talents, até por causa da ligação anterior ao universo da hotelaria, mas a verdade é que este serviço está pensado para todas as empresas que precisam de animação para os seus eventos, sejam eles um congresso, uma reunião de colaboradores ou o lançamento de um produto. As perspectivas de Jorge Cruz para este ano são apesar de tudo animadoras. “Temos um formato de representação
diferente, que não existia em Portugal, e por isso está a suscitar uma forte adesão por parte das empresas. Depois, como fazemos questão de acompanhar sempre nos trabalhos os nossos artistas, e sobretudo os nossos clientes, as garantias de sucesso são muito elevadas, diria a rondar os 100%”. Os preços têm estado a ser esmagados, é verdade, mas Jorge Cruz prefere apontar o facto de haver ainda clientes com receio de assumir os budgets de que dispõem, algo que a fazer-se tornaria bem mais fácil e rápido todo o processo de consulta. “A animação tende a crescer e evoluir nestas alturas de crise e depressão, certamente porque as pessoas precisam de desviar as atenções para algo mais divertido e arrebatador. Acredito por isso que teremos muito trabalho nos próximos anos, sobretudo porque confio na capacidade deste povo e deste país”, conclui o responsável pela Concept4Talents. Para mais informações: CLÁUDIA COSTA cc@concept4talents.com
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DIREC TÓ R I O ANIMAÇÃO
Dist rito de Lisboa
Dist rito de Braga
ALFASOM Amadora Tel: 214 967 000 info@alfasom.com
ASES NA MANGA Braga Tel.: 253 283 483 ases@asesnamanga.com Dist rito de Lisboa 2THE LOVE PROJECT Lisboa Tel: 962 341 955 / 912 272 926 2theloveproject@gmail.com Ver página: 120
AUDIOMEIOS Venda do Pinheiro Tel: 219 663 843 geral@audiomeios.pt ELECTROAUDIO S. Domingos de Rana Tel: 214 531 223 info@electroaudio.net
CONCEPT4TALENTS Rua Arco Chafariz das Terras, 10 A 1200 ‑ 607 Lisboa Tel: 213 940 242 Fax: 213 967 036 geral@concept4talents.com www.concept4talents.com Ver página: 122
RXF ‑ AUDIOVISUAIS E TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO Sintra Tel: 210 189 366 geral@rxf.pt
FADUS – ANIMAÇÃO E ESPECTÁCULOS Estoril Tel: 214 662 550 geral@fadus.pt
AUDIOLUZ Serzedo Tel: 227 625 805 geral@audioluz.net
PMP – PAULO MAGALHÃES PRODUÇÕES Lisboa Tel: 218 619 375 pmp@portugalmail.com
DIGITAL FRAME V. N. de Gaia Tel: 227 870 175 info@digitalframe.pt
RITMOS URBANOS Ramada Tel: 934 802 183 mircosatar@ritmosurbanos.com Dist rito do Por to ADEREÇO PRODUÇÕES Porto Tel: 225 322 720 geral@adereco.com Dist rito de Setúbal MOVE IT Cova da Piedade Tel: 212 581 980 info@moveit.pt
Dist rito do Por to
MACEDO’S PIROTECNIA Lixa Tel: 255 483 999 pirotecnia@macedos.com.pt SERVICE PACK Rua de Santana, 276 4450 ‑ 781 Leça da Palmeira Tel: 229 942 944 geral@servicepack.pt www.servicepack.pt (Aluguer de material) Ver página: 49 Dist rito de Setúbal BACK LIGHT Alcochete Tel: 212 349 740 backlight@verylight.pt C AT E R I N G
MÚSICA NO CORAÇÃO Lisboa Tel: 210 105 700 musicanocoracao@musicanocoracao.pt EVERYTHING IS NEW Lisboa Tel: 213 933 770 geral@everythingisnew.pt RITMOS & BLUES Paço d’Arcos Tel: 214 694 050 info@ritmoseblues.pt AUDIOVISUAIS E PIROTECNIA
Dist rito de Coimbra SLC ‑ SOUND LIGHT AND CREW Coimbra Tel: 239 722 255 info@slcrew.com
MOJITO BAR CATERING Paço d’Arcos Tel: 210 992 980 info@mojitobarcatering.com Dist rito do Por to CRISTINA HENRIQUES ‑ BANQUETES Porto Tel: 965 069 619 geral@agestial.pt
MEMORIAL CATERING V. N. Famalicão Tel: 252 313 022 geral@memorialcatering.pt Dist rito de Coimbra CARLOS FILENO Cernache Tel: 239 949 290 filenos@mail.telepac.pt Dist rito de Lisboa B HOLDING Abóboda Tel: 214 658 420 geral@bholding.com.pt CASA DO MARQUÊS Algés Tel: 214 118 152 casadomarques@casadomarques.pt COMPANHIA DOS PALADARES Sintra Tel: 219 677 510 geral@cpaladares.com
Dist rito de Faro FÁBRICA DO INGLÊS Silves Tel: 282 440 480 fabrica@mail.telepac.pt PORTIMÃO ARENA Portimão Tel: 282 410 440 geral@portimaoturis.pt Dist rito de Leiria CENTRO CULTURAL E CONGRESSOS DAS CALDAS DA RAINHA Caldas da Rainha Tel: 262 889 650 ccc.secretariado@cm‑caldas‑rainha.pt Dist rito de Lisboa
SOLINCA EVENTOS E CATERING Porto Tel: 707 502 220 comercial@solincacatering.com
ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE LISBOA Lisboa Tel: 213 224 050 sm@acl.org.pt
TRÊS SÉCULOS V. N. de Gaia Tel: 223 742 800 general.office@tresseculos.pt
BENFICA ESTÁDIO Lisboa Tel: 217 219565 bsa@slbenfica.pt
Dist rito de Santarém
CAMPO PEQUENO Lisboa Tel: 217 998 450 secretariado@campopequeno.com
CONDESTÁVEL DE LUÍS SUSPIRO Cartaxo Tel: 243 719 786 geral@condestaveldeluissuspiro.net
ENCONTRUS Carregal do Sal Tel: 232 960 202 mail@encontrus.com
CASTELO DE S. JORGE Lisboa Tel: 218 800 620 castelodesaojorge@egeac.pt CENTRO CULTURAL DE BELÉM Lisboa Tel: 213 612 697 dac@ccb.pt
Açores PRIMAZ S. Mateus da Calheta Tel: 295 206 410 primaz@primaz.com Madeira TROPICAL CATERING Funchal Tel: 291 700 840 restaurante.tropical@clix.pt
Dist rito de Braga
Dist rito de Braga AUDIOVELOSO Guimarães Tel: 253 418 428 geral@audioveloso.pt
SILVA CARVALHO CATERING Sintra Tel: 219 255 510 comercial@sccatering.pt
Dist rito de Viseu
A R T I S TA S E E S P E C T Á C U L O S Dist rito de Lisboa
COZINHA DIVINA Lourinhã Tel: 917 898 555 contacto@cozinhadivina.com
COLISEU DE LISBOA Lisboa Tel: 213 240 580 marketing@coliseulisboa.com CONVENTO DO BEATO Lisboa Tel: 210 103 100 conventodobeato@cerealis.pt ESTÁDIO ALVALADE XXI Lisboa Tel: 217 516 522 eventos.corporate@scp.pt
E S PA Ç O S M U LT I U S O S Dist rito de Aveiro EUROPARQUE Sta. Maria da Feira Tel: 256 370 200 info@europarque.pt Dist rito de Braga AVEPARK – PARQUE DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA Caldas das Taipas Tel: 253 470 600 avepark@avepark.pt MULTIUSOS DE GUIMARÃES Guimarães Tel: 253 520 300 geral@tempolivre.pt Dist rito de Coimbra CENTRO DE ARTES E ESPECTÁCULOS DA FIGUEIRA DA FOZ Figueira da Foz Tel: 233 407 200 geral@figueiraturismo.com
MUSEU DA CARRIS Lisboa Tel: 213 613 087 museu@carris.pt PAVILHÃO ATLÂNTICO Lisboa Tel: 218 918 409 info@pavilhaoatlantico.pt Dist rito do Por to CAVES CÁLEM – SOGEVINUS FINE WINES Vila Nova de Gaia Tel: 223 746 660 turismo@sogevinus.com CENTRO DE CONGRESSOS E EXPOSIÇÕES DA ALFÂNDEGA Rua Nova da Alfândega Edificío da Alfândega 4050‑430 Porto Tel: 223 403 000 Fax: 223 403 099 cce@amtc.pt www.amtc.pt Ver página: 15
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DIRECTÓRIO 1 24
COLISEU DO PORTO Porto Tel: 223 394 940 coliseu@coliseudoporto.pt ESTÁDIO DO DRAGÃO Via Futebol Clube do Porto, Estádio do Dragão, 3º Nasc. 4350‑415 Porto Tel: 225 083 000 Fax: 225 083 399 portoestadio@fcporto.pt www.fcporto.pt Ver página: 57
EUROLOGISTIX Almancil Tel: 289 419 199 info@eurologistix.pt (Aluguer de material)
ALUG’AQUI Chão de Meninos ‑ Sintra Tel: 219 108 003 info@aaqui.com (Aluguer de material) EURODOME Fernão Ferro – Seixal Tel: 917 224 866 domesportugal@gmail.com (Tendas e estruturas)
MOSTEIRO DE SÃO BENTO DA VITÓRIA Porto Tel: 223 401 900 larcher@tnsj.pt
EUROPALCO Mem Martins Tel: 219 605 520 comercial@europalco.com (Palcos e tendas)
Dist rito de Setúbal
Dist rito de Viseu EXPOVIS Viseu Tel: 232 422 018 geral@expovis.pt Açores AÇOR ARENA ‑ PAVILHÃO MULTIUSOS Vila Franca do Campo Tel: 296 539 390 acorarena@acorarena.pt CENTRO CULTURAL E DE CONGRESSOS DE ANGRA DO HEROÍSMO Angra do Heroísmo Tel: 295 206 120 cccah@mail.telepac.pt PORTAS DO MAR Ponta Delgada Telefone: 296 281 500 associacaoportasdomar@gmail.com Madeira CENTRO CULTURAL E DE CONGRESSOS DO PORTO SANTO Porto Santo Tel: 291 980 600 sdps@netmadeira.com
BESTEVENTS Braga Tel: 253 204 053 info@bestevents.pt
Dist rito de Lisboa
FUNDAÇÃO DE SERRALVES CONGRESS CENTRE Porto Tel: 226 156 500 serralves@serralves.pt
CONVENTO DA ARRÁBIDA Azeitão Tel: 212 180 520 arrabida@foriente.pt
Dist rito de Braga
EVIDÊNCIA DISPLAY Lisboa Tel: 214 603 620 geral@evidenciadisplay.com (Stands) MULTIARCO Rua Reinaldo Ferreira, nº38 ‑ A/B 1700‑324 Lisboa Tel: 218 483 740 / 218 477 075 info@multiarco.pt www.multiarco.pt (Ar condicionado) Ver página: 61 PÊBÊ DESIGN Terrugem Park - Ed. 10 , Av. 29 de Agosto, Km. 66,2 2735-145 Terrugem Tel: 219 188 720 Fax: 219 131 053 pebe@pebe.pt www.pebe.pt (Stands e Design) Ver página: 97 POP COMMUNICATION GROUP Lisboa Tel: 218 650 400 popgroup@popgroup.pt (Stands e Design) Dist rito do Por to AUDINOVA Leça da Palmeira Tel: 229 961 930 geral@audinova.pt (Aluguer de material)
CITEVE ‑ CENTRO TECNOLÓGICO DA INDÚSTRIA TÊXTIL V. N. de Famalicão Tel: 252 300 300 citeve@citeve.pt PARQUE DE EXPOSIÇÕES DE BRAGA Braga Tel: 253 208 230 peb@peb.pt Dist rito de Faro ALGARVE TOURS Faro Tel: 189 890 200 comercial@algarve‑tours.pt CENTRO DE CONGRESSOS DO ARADE Lagoa Tel: 282 498 577 clientes@algarvecc.com CLASS TRAVEL Portimão Tel: 282 414 522 / 282 415 414 classtravel@mail.telepac.pt
E S T R U T U R A S & A L U G U E R D E M AT E R I A L Dist rito de Braga EVENTPACK Rua Padre Manuel Guimarães, 121 - Real 4700-284 Braga Tel: 253 283 483 Fax: 253 283 484 pedro@eventpack.net www.eventpack.net Ver páginas: 13 e 121 MODELSTAND Padim da Graça Tel: 253 300 320 geral@modelstand.pt (Stands) SPORMEX Braga Tel: 253 673 689 geral@spormex.pt (Stands) Dist rito de Faro ALGARPALCOS Loulé Tel: 289 401 370 algarpalcos@algarpalcos.com (Palcos)
ALUGOCLIMA Rua dos Laminadores, 15 Foros da Catrapona, PIS II 2840‑586 Aldeia de Paio Pires Tel: 212 549 550 Fax: 212 549 558 info@alugoclima.com www.alugoclima.com (Aluguer de material) Ver página: 75 Madeira SIRAM Funchal Tel: 291 230 350 siram@siram.pt (Stands) FEIRAS, CONGRESSOS & INCENTIVOS Dist rito de Aveiro EUROPARQUE Sta. Maria da Feira Tel: 256 370 200 info@europarque.pt
BIG TIME Fátima Tel: 249 533 770 julio.santos@bigtime.pt EXPOSALÃO BATALHA Batalha Tel: 244 769 480 info@exposalao.pt Dist rito de Lisboa ABREU Linda‑a‑Velha Tel: 214 156 100 dmcportugal.lisbon@abreu.pt
GEOTUR Lisboa Tel: 218 422 700 incoming@geotur.com ID ‑ INTÉRPRETES DIRECTOS Lisboa Tel: 961 372 269 id@interpretesdirectos.com LEADING ‑ CONGRESS & ASSOCIATION MANAGEMENT Linda‑a‑Velha Tel: 217 712 634 leading@leading.pt MESSE FRANKFURT ‑ PORTUGAL Lisboa Tel: 217 939 140 info@portugal.messefrankfurt.com MUNDI CONVENIUS Lisboa Tel: 213 155 135 info@mundiconvenius.pt SALA OCEÂNICA Oeiras Tel: 214 462 550 geral@oeirasviva.pt SFORI Lisboa Tel: 217 604 839 geral@sfori.com TEAM QUATRO Algés Tel: 214 111 300 info@teamquatro.com Dist rito do Por to
AIMS PORTUGAL Lisboa Tel: 213 245 040 lisbon@aims‑international.com
ABREU Porto Tel: 222 043 570 dmcportugal.porto@abreu.pt
AUDITÓRIO PROF. DR. ARMANDO SIMÕES SANTOS Lisboa Tel: 217 922 625 auditorio@fmd.ul.pt
ACRÓPOLE Porto Tel: 226 199 680 geral@acropole‑servicos.pt
B+ Estoril Tel: 214 689 668 geral@bpositivo.com BLOOM UP Lisboa Tel: 214 689 668 bloom@bloom.pt CENTRO DE CONGRESSOS DE LISBOA Lisboa Tel: 213 652 000 lisboacc@aip.pt CENTRO DE CONGRESSOS DO ESTORIL Estoril Tel: 214 647 575 info@estorilcc.com C. I. CONGRESSOS E INCENTIVOS Lisboa Tel: 219 246 342 cicongressos@mail.telepac.pt CITUR TRAVEL DMC Linda‑a‑Velha Tel: 217 712 610 lisbon@citur.pt
Dist rito de Beja EXPO BEJA Beja Telefone: 284 315 602 expobeja@mail.telepac.pt
FIL ‑ FEIRA INTERNACIONAL DE LISBOA Lisboa Tel: 218 921 500 fil@aip.pt
Dist rito de Leiria
Dist rito de Setúbal MADEIRA TECNOPOLO Funchal Tel: 291 720 000 admin@madeiratecnopolo.pt
EVENTS BY TLC Lisboa Tel: 213 213 060 lisbon@tlc‑pt.com
CPL EVENTS Cascais Tel: 214 003 540 events@cplevents.pt CWT EVENTS Lisboa Tel: 213 224 370 cwtevents@carlsonwagonlit.com.pt
CENTRO DE CONGRESSOS E EXPOSIÇÕES DA ALFÂNDEGA Rua Nova da Alfândega, Ed. da Alfândega 4050‑430 Porto Tel: 223 403 000 Fax: 223 403 099 cce@amtc.pt www.amtc.pt Ver página: 15 EXPONOR Leça da Palmeira Tel: 229 981 400 info@exponor.pt HOSPEDEIRAS DE PORTUGAL Porto Tel: 225 320 280 porto@hospedeiras‑portugal.pt SKYROS CONGRESSOS Porto Tel: 226 165 450 skyros@skyros‑congressos.com THE HOUSE OF EVENTS Porto Tel: 228 348 940 info@the.pt Dist rito de Santarém CNEMA ‑ CENTRO NACIONAL DE EXPOSIÇÕES E MERCADO AGRÍCOLAS Santarém Tel: 243 300 300 centrodecongressos@cnema.pt
DIRECTÓRIO 12 5
Dist rito de Setúbal
Dist rito de Braga
GRUPO ECOREX Corroios Tel: 212 548 200 info@ecorex.pt
AQUAFALLS SPA HOTEL Vieira do Minho Tel: 253 649 000 info@aquafalls.pt
Dist rito de Viseu
AXIS OFIR ‑ BEACH RESORT HOTEL Ofir ‑ Esposende Tel: 253 989 800 reservas@axisofir.com
EXPOVIS Viseu Tel: 232 422 018 geral@expovis.pt Açores CENTRO CULTURAL E DE CONGRESSOS DE ANGRA DO HEROÍSMO Angra do Heroísmo Tel: 295 206 120 cccah@mail.telepac.pt TURANGRA Angra do Heroismo Tel: 295 204 040 congressoa@turangra.com Madeira CENTRO CULTURAL E DE CONGRESSOS DO PORTO SANTO Porto Sto. Tel: 291 980 600 sdps@netmadeira.com MADEIRA TECNOPOLO Funchal Tel: 291 720 000 admin@madeiratecnopolo.pt
Dist rito de Castelo Branc o TRYP CONFORT D. MARIA Covilhã Tel: 275 310 000 tryp.dona.maria@solmelia.com
HOTEL QUINTA DAS LÁGRIMAS Coimbra Tel: 239 802 380 comercial@quintadaslagrimas.pt Dist rito de Évora HOTEL MAR DE AR Évora Tel: 266 739 300 comercial@hoteldacartuxa.com Dist rito de Faro
FABRICE ZIEGLER Lisboa Tel: 218 877 719 fabriceziegler@netcabo.pt
HOTEL FARO Faro Tel: 289 830 830 comercial@hotelfaro.pt
MINIFOTO ESTÚDIO Rua Alexandre Ferreira, 49 A ‑ Lumiar 1750‑010 Lisboa Tel: 217 567 330 Fax: 217 567 339 minifoto@netcabo.pt www.minifoto‑estudio.com Ver páginas: 118 e 119
LE MERIDIEN PENINA GOLF E RESORT Portimão Tel: 282 420 200 sales.lemeridien@starwoodhotels.com
Dist rito do Por to CITYLAB Marco de Canaveses Tel: 255 539 230 citylab@citylab.pt NVSTUDIO Porto Tel: 226 180 741 nvstudio@nvstudio.co.pt
SHERATON ALGARVE HOTEL & RESORT Albufeira Tel: 289 500 100 pinecliffs.reservations@luxurycollection.com TIVOLI MARINA VILAMOURA Vilamoura Tel: 289 303 330 paula.santos@tivolihotels.com Dist rito de Leiria MARRIOTT PRAIA D’EL REY & BEACH RESORT Amoreira Tel: 262 905 100 info.pdr@marriott‑pdr.com.pt
CORINTHIA LISBOA HOTEL Lisboa Tel: 217 236 363 lisboa@corinthia.pt
Dist rito de Aveiro GRANDE HOTEL DA CURIA Anadia Tel: 231 515 720 geral@grandehoteldacuria.com
HOTEL REAL VILLA ITÁLIA Cascais Tel: 291 724 257 swreservations@granderealvillaitaliahotel.com
PALACE HOTEL BUSSACO Luso Tel: 231 937 970 bussaco@almeidahotels.com
HOTEL VILLA RICA Lisboa Tel: 210 043 000 villarica@villarica.pt
Dist rito de Beja
LISBON MARRIOTT HOTEL Lisboa Tel: 217 235 551 claudia.ventura@marriotthotels.com
CLUBE DE CAMPO VILA GALÉ Beja Tel: 284 970 100 clubedecampo@vilagale.pt
THE VINE HOTEL Funchal Tel: 291 009 000 info@hotelthevine.com
VIP EXECUTIVE ART’S Av. D. João II, Lt. 1.1801C 1998‑028 Lisboa Tel: 210 020 400 Fax: 210 020 401 hotelarts@viphotels.com www.viphotels.com Ver página: 81
PORTO PALÁCIO CONGRESS HOTEL & SPA Porto Tel: 226 086 600 portopalaciohotel@sonae.pt SHERATON PORTO HOTEL & SPA Porto Tel: 220 404 000 sheraton.porto@sheraton.com TIARA PARK ATLANTIC PORTO Porto Tel: 226 072 500 reservas.porto@tiara‑hotels.com Dist rito de Santarém DOM GONÇALO HOTEL & SPA Fátima Tel: 249 539 330 mail@hoteldg.com Dist rito de Viana do Castelo
E ANIMAÇÃO TURÍSTICA Dist rito de Aveiro DESAFIOS Sever do Vouga Tel: 234 556 619 informacoes@desafios‑lda.pt MARGENS Águeda Tel: 234 648 571 margens@margens.pt Dist rito de Braga DIVERLANHOSO Póvoa de Lanhoso Tel: 253 635 763 info@diverlanhoso.com.pt Dist rito de Castelo Branc o GRAU 5 Barroca Tel: 275 751 042 contacto@grau5.pt Dist rito de Coimbra CAPITÃO DUREZA ‑ DESPORTOS DE AVENTURA Figueira da Foz Tel: 239 918 148 info@capitaodureza.com
FLÔR DE SAL Viana do Castelo Tel: 258 800 100 reservas@hotelflordesal.com
CAMINHOS D’ÁGUA ‑ LAZER ACTIVO Coimbra Tel: 969 049 470 info@caminhosdagua.com
Dist rito de Vila Real
Dist rito de Évora
FORTE DE S. FRANCISCO HOTEL Chaves Tel: 276 333 700 webmaster@forte‑s‑francisco‑hoteis.pt
TURAVENTUR Évora Tel: 266 743 134 turaventur@turaventur.com
VIDAGO PALACE HOTEL Vidago Tel: 276 990 900 vidagopalace@unicer.pt
RUSTITUR Évora Tel: 266 978 043 info@rustitur.com
Dist rito de Viseu
Dist rito de Faro
AQUAPURA DOURO VALLEY Lamego Tel: 254 660 600 aquapuradouro@aquapuradouro.com
ZOOMARINE Albufeira Tel: 289 560 300 algarve@zoomarine.pt
HOTEL MONTEBELO Viseu Tel: 232 420 000 hotelmontebelo@visabeiraturismo.pt
Dist rito de Lisboa
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EQUINÓCIO Lisboa Tel: 210 155 139 info@equinocio.com Dist rito do Por to ELEMENTO TERRA Porto Tel: 938 303 674 hugooliveira@elementoterra.com Dist rito de Santarém AVENTUR Torres Novas Tel: 962 748 550 geral@aventuralazer.com Dist rito de Setúbal SAL Setúbal Tel: 265 227 685 sal@sal.pt
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MERCADO DA CULTURA Oeiras Tel: 214 410 448 geral@mercadodacultura.pt PEDRO SALGADO Oeiras Tel: 214 461 020 geral@pedrosalgado.pt PRESTÍGIO Ed. Alto das Amoreiras, Rua Joshua Benoliel, 6, 9ºA 1250‑133 Lisboa Tel: 213 839 600 Fax: 213 839 609 geral@prestigio.pt www.prestigio.pt Ver página: 55
Dist rito de Faro JUST PERFECT Loulé Tel: 289 401 374 eventos@justperfectevents.com ZEBRA SAFARI Albufeira Tel: 289 583 300 joao.zebrasafari@armail.pt Dist rito de Lisboa ACTING OUT Paço de Arcos Tel: 214 544 355 actingout@actingout.pt CANTO MONIZ Rua da Misericórdia, 12 a 20, 5º, esc. 16 1200‑273 Lisboa Tel: 213 430 240 Fax: 213 430 239 diana.martin@cantomoniz.pt www.cantomoniz.pt Ver página: 93 DESAFIO GLOBAL ATIVISM Rua Diogo de Couto, 1 B 2799‑537 Linda‑a‑Velha Tel: 214 149 550 Fax: 214 149 560 geral@desafio‑global.pt www.desafio‑global.pt GENIUS Y MEIOS Lisboa Tel: 213 239 202 mail@geniusymeios.pt
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