. A NO I V . NÚME RO 1 0 . T RIME S T R A L . J A NE IRO / F E V E RE IRO / M A RÇ O . 2 0 14 . 5, 00 €
. E VENTOS . CONGRESSOS . FEIRAS . INCENTIVOS . DESTINOS .
COMO AS MARCAS OLHAM OS EVENTOS ENTRE VISTA AO CEO DA VOK DAMS VÊM AÍ OS GOOGLE GL ASS NOVAS AGÊNCIAS NO MERCADO
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FICHA TÉCNICA
EDITORIAL
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PROPRIETÁRIO Estação Livre . Comunicação Tel: 223395624 info@eventpoint.com.pt www.eventpoint.com.pt SEDE DA REDACÇÃO Rua da Fábrica Social, s/n 4000‑01 Porto . Portugal DIRECTOR Rui Ochôa (rui@eventpoint.com.pt) EDITORA / DIRECTORA DE INFORMAÇÃO Cláudia Coutinho de Sousa (claudia@eventpoint.com.pt) REDACÇÃO Cláudia Coutinho de Sousa Maria João Leite (mj@eventpoint.com.pt) Sara Marques (sara@eventpoint.com.pt)
DIRECTOR COMERCIAL Filipe Silva (filipe@eventpoint.com.pt) ASSISTENTE DE DIRECÇÃO Rita Coutinho Costa TRADUÇÕES Diana Reis Marques COLUNISTAS António Horta Salvo Gonçalo Oliveira John Hooker Vasco Ribeiro
DESIGN Norma Design (geral@normadesign.com) FOTOGRAFIA DA CAPA Vok Dams FOTOGRAFIA Minifoto IMPRESSÃO Norprint Zona Industrial Alto da Cruz ‑ Fontiscos Apt.: 172 . 4780‑583 Santo Tirso
Nº REGISTO ERC 126066 DEPÓSITO LEGAL 330066/11 TIRAGEM 3.500 exemplares PERIODICIDADE Trimestral
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CLÁUDIA COUTINHO DE SOUSA
RUI OCHÔA
QUE MUNDO NOVO É ESTE? Diversos testemunhos, que partilhamos consigo neste número, remetem para uma mesma realidade: os eventos estão a mudar, em Portugal como no resto do mundo. É a importância das chamadas live campaigns, em que os eventos estão no centro da comunicação das marcas, geran‑ do conteúdos que depois são apropriados pelos media tradicionais, partilhados nas redes sociais, usados em spots de televi‑ são, etc. São tecnologias como os Google Glass, que conferem ao utilizador graus de conectividade e de interactividade até aqui só imaginados nos filmes de ficção científica. Hospedeiras e congressistas virtuais, stands insufláveis, as soluções, portuguesas e estrangeiras, sucedem-se nas próximas páginas, suscitando curiosi‑ dade, reflexão, e dúvidas. Será que vamos precisar de recuar, e afastar algumas des‑ tas tecnologias dos eventos, para manter o essencial dos encontros frente-a-frente? A nossa grande entrevista é desta vez com o responsável pela Vok Dams, multi-premiada agência alemã de eventos. Colja M. Dams, filho do fundador, explica como actuam num mercado cada vez mais globalizado e multi‑ cultural. Revela que os seus clientes gostam de organizar eventos em Portugal, e não hesita em colocar o dedo na ferida, quando
defende que a probabilidade de um evento falhar aumenta quando o cliente envolve a agência demasiado tarde, sem atender desde logo aos objectivos a que se propõe. Convocámos para esta edição da Event Point um novo espaço, regular, preenchido pela opinião de profissionais ligados ao IPAM – The Marketing School. Os marketeers trazem-nos uma perspectiva interessante, muitas vezes a do cliente, e queremos estar mais atentos a esta realidade. Recuperamos ainda um espaço dedicado à gastronomia, em que convidamos chefs que trabalham em Portugal para que concebam a ementa de um evento que só precisa de existir na imaginação de cada um deles. Desta vez, trazemos-lhe as propostas de Vítor Matos, do Largo do Paço, considerado há pouco o melhor restaurante da Europa! Destaque ainda para a notícia de várias novas agências de eventos que estão a surgir no mercado português. Aqui pode ver os exemplos da The Event, de Pedro Rodrigues, e da The Dreamery, de Ana Bordalo, João Martins e Sophie Carrère. Para fugir a estes meses de chuva, nada melhor do que mudar-se de armas e bagagens para a Riviera Maya, no Destino Internacional.
Boa leitura, e até Junho. Errata: Por lapso, na edição anterior, na secção Portugal, Portugal, no artigo “Um olhar sobre as empresas de animação turística”, o responsável pela empresa Caminhos da História, João Fiandeiro, surge identificado como José Fiandeiro. A todos, e em particular ao visado, as nossas desculpas.
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Espaço APECATE Eventos World Meetings Forum ExpoEventos
MERCADO
Portugal Tourism Challenges À conversa com... António Gouveia Santos Empresas É altura de “virar a mesa”, por John Hooker Espaço IPAM
TECNOLOGIA GRANDE ENTRE VISTA: COL JA M. DAMS
Eventosaurus e a evolução da espécie!, por Gonçalo Oliveira Apontamentos sobre a importância dos eventos na produção noticiosa, por Vasco Ribeiro
DOSSIÊ TEMÁTICO: COMO AS MARCAS OLHAM OS E VENTOS
Nós Queremos! E se o estádio da Luz tivesse vindo abaixo?, por António Horta Salvo Destino internacional: Riviera Maya Formação À mesa com... Vítor Matos Consultório de protocolo Directório
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COLUNISTAS 6
ANTÓNIO HORTA SALVO É formado em Gestão pela Universidade Autónoma de Lisboa. Foi professor no início da carreira, mas desde cedo optou pelo sector dos seguros. Trabalhou na Tranquilidade e na Global Seguros e, em 2007, decide fundar, com três colegas, a sua própria companhia, a Bull Insurance. Actualmente a empresa conta com 18 colaboradores e uma facturação de cinco milhões de euros. É ainda consultor na elaboração de projectos de viabilização económica de empresas
GONÇALO OLIVEIRA Gonçalo Oliveira é Team Leader na Desafio Global Ativism, empresa com a qual tem alcançado importantes prémios para Portugal, no âmbito dos European Best Event Awards.
JOHN HOOKER Um estratega e estudioso de eventos e um dos opinadores mais importantes da meetings industry. Do seu percurso profissional destaca-se o lançamento do Dubai International Convention and Exhibition Centre. Actualmente é di‑ rector da JHCP, uma consultora para a área de eventos, com trabalhos já realizados na Europa, África, Médio-Oriente e América do Sul. É um apaixonado por pessoas e tem um gosto especial por formar novos talentos.
VASCO RIBEIRO Professor e investigador no curso de jornalismo e ciências da comunicação da Faculdade de Letras da Universidade do Porto desde 2001. Coordenou a comunicação da Associação Nacional de Jovens Empresários (1996), Normetro (1998), Câmara Municipal do Porto(1999), Reitoria da Universidade do Porto (2001) e do Grupo Parlamentar do Partido Socialista (2009). Foi consultor de comunicação do Grupo Cerealis, Unicer (Bogani Café), Hospital de S. João, APDL, Rádio Popular, Chocolates Arcádia, Altavisa, entre outros. Autor do livro Fontes Sofisticadas de Informação (2009).
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ESPAÇO APECATE 8
PRÉMIOS APECATE RECONHECER O MÉRITO, DIFERENCIAR NO MERCADO
É com muito gosto que anunciamos na Event Point, nosso media partner, a primeira edição dos Prémios APECATE! Quem tem seguido o trabalho da Associação sabe que se trata de um projecto recente e que não foi de ânimo leve que decidimos realizá-lo. Nem com pressas desnecessárias. O nosso objectivo sempre foi conceber e orga‑ nizar um processo de reconhecimento do mérito empresarial e, neste quadro, optámos por dar prioridade à criação do espaço onde ele deveria integrar-se: a nossa política de qualidade. Iniciámos o processo com a definição das Cartas de Qualidade, documen‑ tos fundamentalmente pedagógicos. Avançámos em seguida para a criação dos Selos de Qualidade, que tiveram o seu primeiro momento público de apre‑ sentação no nosso 2.º Congresso, oca‑ sião também para a divulgação da SGS como empresa certificadora a quem confiámos a tarefa de auditar o referen‑ cial de qualidade definido para os três sectores de actividade representados pela APECATE. E, como correlato desta política, chegou finalmente o momento certo para os nossos Prémios. Embora independentes dos Selos, eles têm objectivos coincidentes: são, tam‑ bém, um estímulo à qualificação da oferta e, por essa via, contribuem para a diferenciação das empresas no mercado. A avaliação das acções candidatas é realizada através de critérios defini‑ dos e ponderados em função do que se considera mais relevante em cada sector de actividade e/ou em cada tipo de projecto, e conjuga dois vecto‑ res fundamentais de análise: o valor intrínseco da acção e a sua validação
externa na perspectiva da satisfação do cliente e do impacto no mercado. É esta dupla perspectiva de avaliação, que envolve quer a empresa candidata, quer os seus clientes, que diferencia este projecto, ambicioso sem dúvida, mas que esperamos levar a bom porto com o apoio e o profissionalismo do nosso Júri.
O JÚRI DOS PRÉMIOS APECATE O júri que escolhemos para a primeira edição dos Prémios APECATE é cons‑ tituído por sete pessoas reconhecidas pela APECATE como idóneas, isentas e conhecedoras das áreas de activida‑ de seleccionadas para esta primeira edição. Ana Mendes Godinho é licenciada em Direito, com pós-graduações em Direito do Trabalho, Legística e Ciência da Legislação. Desempenhou várias funções públicas na área do Turismo, das quais se destaca, en‑ quanto adjunta e Chefe de Gabinete do Secretário de Estado do Turismo do XVII Governo (2005-2009) e vice‑ -Presidente do Turismo de Portugal (2010-2011), o seu envolvimento na alteração dos quadros reguladores de todas as actividades turísticas e na alteração do próprio paradigma da oferta turística, com a valorização de todos os elementos que a constituem. Carlos Costa, Doutorado em Turismo pela University of Surrey, é Professor
Catedrático no Departamento de Economia, Gestão e Engenharia Industrial da Universidade de Aveiro, Coordenador Técnico-Científico da idtour-unique solutions, empresa spin-off da Universidade de Aveiro, e director da Revista de Turismo & Desenvolvimento. É representante desta Universidade em várias organi‑ zações ligadas ao sector do turismo. Eduardo Guedes de Oliveira é licen‑ ciado em Ciências da Comunicação e Cultura, com especialização em Comunicação Organizacional, pela Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, em Lisboa. Possui o Public Relations Certificate, do Sydney Technicall College, na Austrália. Presentemente integra a estrutura da Direcção de Comunicação e Assuntos Institucionais da Galp Energia, onde coordena e dirige a área de Representação Institucional da Empresa. Em representação da Galp Energia, é Presidente da Direcção da Associação Portuguesa de Comunicação de Empresa desde finais de 2012. Helena Weinstein tem um longo e incontornável percurso profissional ligado à organização de congressos, feiras, exposições e eventos especiais. Fundou a Weinstein & Cia, de que foi sócia gerente até 2006 e foi directora, durante 15 anos, da Certame Feiras Exposições e Congressos. Foi fundado‑ ra e Presidente da Direcção da APOPC e vice-Presidente da EFAPCO. Após a constituição da APECATE, foi vice‑ -Presidente da Direcção e Presidente
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CATEGORIAS A CONCURSO da Secção de PCO’s Portugal até 2010. Actualmente é Associada Honorária da APECATE e Presidente da Mesa da Assembleia Geral. Mónica Mendes é mestre em Gestão do Luxo, da Moda e da Arte pela Universidade Sorbonne e licencia‑ da em Comunicação Empresarial pelo ISCEM. Tem vindo a desen‑ volver o percurso profissional nas áreas de marketing e comunicação. Coordena, desde 2011, o Programa Executivo “Marketing de Produtos e Serviços de Luxo”, da Universidade Católica de Lisboa, onde lecciona. É partner da Affluencial – Research & Advisory, que se dedica ao estudo do consumidor afluente e ao design de serviços de excelência. Rui Cardoso, licenciado em Engenharia Electrotécnica, desen‑ volveu toda a vida profissional na área do jornalismo. Dirigiu os guias de viagem publicados pelo Expresso entre 1995 e 1999. É autor e co-autor de diversos livros na área do turis‑ mo e lazer, como “Pelas Linhas da Nostalgia – Passeios a Pé nas Linhas de Caminho de Ferro Abandonadas (Eds Afrontamento, 2008) ou “Atalhos de Portugal” (Bythebook, 2010). É actualmente editor de Internacional do Expresso e editor‑ -executivo do Courrier Internacional. Rui Ochôa, jornalista, é formado em Comunicação Social pela Escola Superior de Jornalismo do Porto e pós‑ -graduado em Comunicação e Gestão Cultural pela Universidade Lusófona. Colaborou com diversos jornais e re‑ vistas, entre eles a Visão e o JL – Jornal de Letras, Artes e Ideias. É actualmen‑ te director da revista Event Point.
O Regulamento, que pode consultar-se no site da APECATE, define quem pode candidatar-se aos Prémios, quais são as acções elegíveis, como se processa a candidatura e a avaliação, quais são os custos e benefícios envolvidos, as cate‑ gorias a concurso e restantes informa‑ ções necessárias à candidatura. Nesta primeira edição, serão aceites candidaturas às seguintes categorias:
MELHOR ACÇÃO CULTURAL
MELHOR CONGRESSO
Categoria aberta a empresas responsá‑ veis pela organização integral de uma acção de lançamento e/ou activação de marca ou produto.
Categoria aberta a empresas sediadas em Portugal, responsáveis pela orga‑ nização integral de congressos realiza‑ dos em território nacional.
MELHOR ACTIVIDADE DE ANIMAÇÃO TURISTICA Categoria aberta aos agentes de Animação Turística responsáveis pela organização integral de actividades de Turismo de Ar Livre / Turismo Cultural realizadas em território nacional.
MELHOR E VENTO CORPORATE Categoria aberta a empresas respon‑ sáveis pela organização integral de eventos dirigidos a grupos de quadros, parceiros ou clientes de uma em‑ presa, sejam conferências, reuniões, seminários, acções de comunicação interna, comemorações, festividades e similares.
MELHOR ACÇÃO DESPORTIVA Categoria aberta a empresas respon‑ sáveis pela organização integral de uma acção desportiva que tenha como objectivo a competição, a prática de desporto, demonstrações, workshops ou espectáculos.
Categoria aberta a empresas responsá‑ veis pela organização integral de uma acção de cariz cultural (música, dança, poesia, artes plásticas, valorização / divulgação do património material ou imaterial como recriações históricas, festivais, feiras temáticas, concursos gastronómicos, etc.)
MELHOR ACÇÃO DE MARKE TING
MELHOR ACÇÃO DE TE AM BUILDING Categoria aberta a empresas respon‑ sáveis pela organização integral de acções de team building para grupos corporate.
MELHOR ACÇÃO DE INCOMING Categoria aberta a empresas respon‑ sáveis pela organização integral de actividades que se traduzam em efec‑ tiva captação de clientes do mercado externo para Portugal Se acredita que vale a pena apostar na qualidade e aceita expor-se a uma avaliação criteriosa, fixe o calendário: as candidaturas abrem no dia 1 de Março e encerram no dia 30 de Abril. A cerimónia da entrega de Prémios está prevista para Junho. Ana Barbosa Presidente da Direcção da APECATE
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E VENTOS 10
2º CONGRESSO APECATE DISCUTE CERTIFICAÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO Mais de 220 pessoas estiveram presentes no 2ª Congresso da APECATE - Associação Portuguesa das Empresas de Congressos, Animação Turística e Eventos. A participação excedeu as expectativas da organização, visivelmente satisfeita no final do encontro. Ana Barbosa, presidente da Associação, realçou a presença de empresários dos três sectores que representam, e em número superior ao esperado. Adolfo Mesquita Nunes, secretário de Estado do Turismo, foi uma das presen‑ ças no evento, onde anunciou aliás uma série de medidas para estes sectores. O governante informou, por exemplo, que o Fundo de Congressos vai ser alargado por mais um ano e estará acessível a congressos com mais de 350 delegados, em vez dos 450 exigidos até agora. O objectivo é responder a necessidades das várias regiões do país. O Fundo tem o valor de um milhão de euros. O governante anunciou ainda a reserva de cinco milhões de euros, da linha de financiamento às empresas de turis‑ mo, para projectos até 300 mil euros das empresas do sector da animação turística, congressos e eventos. O Gabinete de Apoio ao Empresário do Turismo de Portugal (TP) vai ser reorganizado para responder às ne‑ cessidades destas empresas, bem como a actuação das delegações do TP no estrangeiro. O objectivo é apoiar a captação de congressos. Em relação a um novo centro de con‑ gressos para a cidade de Lisboa, o secre‑ tário de Estado reafirmou que depende da iniciativa privada. “Se o negócio é bom, demonstrem-no com números” e só aí o Estado poderá apoiar.
CERTIFICAÇÃO BEM ACOLHIDA Certificação e internacionalização foram os dois temas principais do Congresso, onde foi apresentado o Selo de Qualidade da APECATE para as empresas organi‑ zadoras de Congressos e Eventos e para as empresas de Animação Turística. Os participantes dividiram-se em workshops sectoriais para debater este e outros assuntos. “Foi claro o interesse e apoio dos presentes nestes workshops, o que comprova a importância que, hoje, as empresas atribuem à qualificação e à certi‑ ficação como factores diferenciadores no mercado”, sublinha Ana Barbosa.
APRESENTADOS OS PRÉMIOS APECATE Premiar a qualidade e o mérito são os grandes objectivos dos Prémios APECATE. Há oito categorias a concurso: Melhor Congresso, Acção de Animação Turística, Evento Corporativo, Acção Desporto, Acção Cultural, Acção de Marketing, Acção de Team building e Acção Incoming. O júri é formado por sete personalidades “idóneas, isentas e conhecedoras das áreas a concurso”, afirmou Ana Barbosa.
SPEEDTRADING : MODELO TESTADO NO CONGRESSO Contando com 46 participantes, este modelo de speedtrading foi testado durante o segundo dia. Operadores turísticos convidados, empresas associadas APECATE, patrocinadores do Congresso e os representantes da ABEOC (Associação Brasileira de Empresas de Eventos) e ABETA (Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura) estiveram presentes na sala onde se fize‑ ram reuniões one-to-one. A vontade e a intenção da APECATE, segundo Ana Barbosa, é realizar, daqui para a frente, um congresso anual.
E VENTOS 11
ENEOGE SOMA E SEGUE A 4ª edição do ENEOGE - Encontro Nacional de Estudantes de Organização e Gestão de Eventos provou que este é o principal evento de formação para o segmento estudantil e para aspirantes a gestores de eventos. Já lá vão alguns anos desde a primeira edição do ENEOGE – Encontro Nacional de Estudantes de Organização e Gestão de Eventos, e, provavelmente, nem todos esperariam que este se tornasse o evento formativo por excelência para o público a que se destina. Estava-se em Novembro de 2010. Ao recuar até essa data, Hugo Soares, mentor do projecto, não tem dúvidas de que todo o esforço valeu a pena. “Quando tive a ideia de fazer um evento de formação em eventos, as pessoas diziam que era um risco demasiado alto, e que provavelmente seria um fiasco”, conta à Event Point. De lá para cá, o modelo do ENEOGE foi sendo afinado, e hoje Hugo Soares não tem dúvidas: “Tomei a decisão correcta ao arriscar e acreditar nas minhas convicções”. A base da equipa é a mesma desde a primeira edição, ou seja constituída por alunos e ex-alu‑ nos de organização de eventos, e pelo professor Hugo Soares. “Estamos mais
maduros e conscientes da importân‑ cia que este evento tem no calendário nacional da formação de eventos”, sublinha, e por isso acredita que tem havido melhorias, quer em termos de organização, quer em termos da pro‑ gramação. Fazem tudo por “dedicação à área dos eventos”. “Como professor sei que os alunos, infelizmente, ainda não têm um curso e a formação 100% adequada. Este evento serve também para acrescentar valor à sua forma‑ ção quotidiana”. O ENEOGE não tem objectivos comerciais, realça o res‑ ponsável. “É impossível com os preços praticados pensar nesse prisma. Temos como objectivo proporcionar o máxi‑ mo de benefícios aos nossos partici‑ pantes com o mínimo custo possível”. “O que eu queria mesmo era conseguir fazer entrada livre, mas até hoje não tem sido possível.” Em relação à edição de 2014, o feedback é positivo. “As pessoas têm sido muito simpáticas e penso sinceramente que
terá sido a melhor edição. No entanto, somos exigentes e queremos melhorar alguns aspectos que consideramos que poderão evoluir. O desafio também é esse, melhorar a cada ano pensando sempre no nosso consumidor”, afirma Hugo Soares. O evento decorreu no Centro de Congressos Freeport, a 7 de Fevereiro, contando com a presença de Betão, animador de público; Carlos Coelho, da Ivity; Diogo Assis, da events by tlc; Paulo Magalhães, da PMP; João Tovar, da Restart; Alfredo Vasconcelos, do Boom Festival; Isabel Amaral, da Associação Portuguesa de Estudos de Protocolo; Coronel Pimentel Furtado, especialista em segurança; Joel Vicente, da LineUp; Francisco Serzedello, da Desafio Global ativism e Pedro Caldas, da Vodafone.
O próximo ENEOGE será em Novembro de 2014. W W W . E V E N T P O I N T. C O M . P T
E VENTOS 12
SOB O LEMA DA CRIATIVIDADE Christmasworld, Paperworld e Creativeworld, são as três feiras que todos os anos, em finais de Janeiro, abrem portas em Frankfurt. Nelas é possível encontrar um mundo inteiro - e é mesmo o mundo inteiro! - de ideias, sugestões, tendências, produtos e serviços para festividades, papel e artigos de escritório. Este ano estiveram presentes na Alemanha 19 expositores nacionais, desde a Portucel Soporcel, que em 2013 se tornou no segundo maior exportador português, vendendo pasta e papel para 118 países no valor de 1.215 milhões de euros, até à Viarco, a sempre surpreendente e única fábrica de lápis em Portugal, com produtos tão extravagantes, mas de comunicação eficaz, como o lápis que não escreve.
ALGUNS NÚMEROS: A Messe Frankfurt encerrou 2013 com um novo recorde de vendas, 543 mi‑ lhões de euros, e lucros de 40 milhões, consolidando a posição como um dos maiores organizadores de feiras a nível mundial. Acontecem naquela cidade alemã algumas das mais importantes feiras internacionais em sectores-cha‑ ve para a indústria portuguesa, como o têxtil e os artigos em papel.
TENDÊNCIAS Além dos negócios, da compra e venda, um dos maiores atractivos de certames como estes – os líderes para os profissio‑ nais destes sectores - é o da antecipação de tendências, de curto e longo prazo, que vão marcar as escolhas dos consu‑ midores. Como já vendo sendo habitual, o gabinete de design alemão bora.herke. palmisano apresentou sessões ao longo dos vários dias das feiras, revelando al‑ gumas dessas tendências. Destaque para o uso de materiais ecológicos, recicláveis, tão portugueses como o papel e a cortiça.
As aplicações são inúmeras, desde mobi‑ liário para lojas e feiras ou construção de stands. Em causa está a qualidade desses materiais, a leveza e versatilidade, mas também uma imagem moderna, próxi‑ ma da natureza, a que muitos públicos são sensíveis, e valorizam.
A próxima edição da Christmasworld abre como sempre no último sábado de Janeiro. Tem por isso data marcada para 30 de Janeiro de 2015. A Paper e a Creative começam ambas um dia mais tarde. Veja mais informações em www.messefrankfurt.pt. Rui Luís Romão, viajou a convite da Representação para Portugal e Cabo Verde da Messe Frankfurt
EM DESTAQUE 13
WORLD MEETINGS FORUM
A segunda edição do World Meetings Forum vai reunir profissionais da meetings industry de todo o mundo, na Riviera Maya, no México, de 6 a 8 de Junho. Para 2014 já estão confirmados os seguintes oradores: Arnaldo Nardone, presidente da ICCA, Martha Sheridan, presidente do Convention Bureau de Providence Warwick, Paul Miller, presidente do SITE e Paul Van Deventer, presidente do MPI. Estivemos à conversa com Rafael Hernandez, mentor do evento. Qual é o conceito do World Meetings Forum (WMF)? O objectivo é juntar os principais líderes mundiais da meetings industry para partilharem informação e ten‑ dências, estabelecerem acordos e par‑ cerias, e descobrirem como podemos trabalhar todos juntos. O modelo é um dia de workshops e dois dias de sessões com convidados. Há ainda espaços de networking, como o Power Lunch ou o Coffee Break Business Lounge®. Este ano há um evento paralelo dentro do programa, pensado para a indústria de feiras, chamado World Trade Show Forum (WTSF). Em relação ao evento do ano passado, que aspectos vão ser melhorados? Queremos ter um bom programa edu‑ cacional e espaços para networking. É o que as pessoas desejam quando assistem a uma conferência. Pelo que, este ano, estamos a preparar um excelente pro‑ grama, contando com grande oradores, quer em sessão, quer em workshops. E estamos a concentrar o nosso foco e energia nos espaços de networking, de modo a que os participantes possam tirar o melhor partido da sua presença no evento, em termos de negócio.
Quais os principais objectivos para esta edição de 2014? Continuar a proporcionar bons con‑ teúdos programáticos, mostrar que esta conferência pode ajudar a anteci‑ par o que vai acontecer nesta indústria e, além disso, promover o negócio. Em termos de participação, quais as expectativas? Estamos a contar com 500 pessoas, mas estamos sobretudo interessados em ter pessoas de qualidade. Vamos receber participantes ansiosos por ouvir as novidades sobre as principais tendências e, ao mesmo tempo, dis‑ postos a fazer negócio. Um dos workshops vai contar com a presença de um orador português, António Brito, da NewEvents. Na sua opinião, o que pode este especialista aportar ao evento? É uma honra termos o António Brito connosco. Ele é um especialista na indústria de feiras e acreditamos que pode ajudar outros profissionais com alguns dos temas principais deste sector. É óptimo ter alguém como ele pois pode até dar-nos uma perspecti‑ va cultural dos programas de Hosted Buyers nas feiras.
Como vê Portugal, enquanto destino para eventos? Acho que Portugal é um excelente destino para reuniões, não só devido às infra-estruturas que possui, mas pelo charme do seu povo e pelo excelente nível de profissionais que lá trabalham.
A Event Point é media partner para Portugal deste evento, onde será distribuída a edição em inglês
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EM AGENDA 14
EXPOEVENTOS CUMPRE 10º ANIVERSÁRIO
E vai comemorá-lo com os olhos postos no futuro. Daí o tema global da edição deste ano ser precisamente “Os Eventos do Futuro”, estando no programa a conferência “Os Eventos do Futuro - Portugal, Eventos 2025”. “Para além de querermos comemorar o passado a pensar o futuro, porque tem sido sempre esse o nosso lema, pensamos que a crise apenas veio tornar mais presente e premente a afirmação de novas tendências. Em 2025, ou algures já “amanhã”, vamos enfrentar novas realidades, novas formas de organização, novos formatos para a ‘criação’, novos serviços e produtos ao alcance de todos”, sublinha António Silva e Sousa, director-geral da ExpoEventos, principal rosto do evento. Para este responsável está na hora de fazer a viragem no sector dos eventos, promovendo a união, depois de anos em que foi “grandemente prejudicado por interesses instalados e pela cor‑ rupção dos ‘anos de oiro’ que muito afectou a sua imagem, o que aliado à crise, provocou anos de quebra e até de recuo no crescimento”. Essa viragem passa pela “dinamização de novos movimentos associativos e da busca de novas soluções que integrem, em lugar de discriminarem”, refere António Silva e Sousa, que realça o aparecimento de várias iniciativas. “Há um crescendo de iniciativas locais, de empreendedorismo e de ‘variedade’ na forma com surgem e se denominam os organizadores de eventos. Jovens ou menos jovens, empresas, autar‑ quias, instituições, grupos de geração espontânea e de ruptura, todos que‑ rem e fazem eventos. O sector tem de
perceber e aceitar isto, porque muitos continuam a pensar-se como elite e a fecharem-se sobre si próprios”.
BALANÇO POSITIVO Pedimos a António Silva e Sousa que fizesse um balanço destes dez anos de ExpoEventos. O responsável não tem dúvidas, é “extremamente positivo”. “Com a colaboração de muitos parcei‑ ros, mudámos tudo, do dia para a noite. Até 2004, não havia ‘sector’ dos eventos em Portugal. Com a ExpoEventos, pas‑ sou a existir uma ‘exposição’ do mesmo, associativismo, formação, debate, uma imprensa especializada, networking e, finalmente, o reconhecimento do mé‑ rito com a entrega dos ‘prémios do sec‑ tor’, a Gala dos Eventos. Promovemos e fizemos crescer muitos operadores e áreas de actividade. Criámos uma rede
de conhecimento, opinion makers, pa‑ lestrantes e o reconhecimento junto de entidades públicas e governamentais”, recorda o director da ExpoEventos. Este lembra ainda que foi o certame que potenciou o uso da expressão “Turismo de Negócios”. “Pouco depois, já não havia político ou representante da área, bem como imprensa, que não falasse de Turismo de Negócios. Isso é apenas um exemplo do fenómeno que foi desde o início o projecto ExpoEventos”. “O ‘Evento dos Eventos’ afirmou-se desde o início como o evento de referên‑ cia em Portugal para a área da meeting industry, estatuto que não mais largou. Impusémos critérios irreversíveis de exigência, qualificação, profissionalis‑ mo e transparência. Impulsionámos e continuamos a impulsionar o movimen‑ to associativo na área dos eventos – sob o impulso da ExpoEventos nasceu a AOPE – Associação dos Organizadores de
EM AGENDA 15
do sector. O responsável salienta ainda a dimensão nacional e internacional do evento. “Somos reconhecidos pelo mercado e pelas Instituições como ‘a referência’ para os sec‑ tores dos eventos e do turismo de negócios, não só a nível nacional como também a nível internacional, onde integramos as principais agendas internacionais para a ‘Meeting Industry’. E tudo isto é levado a cabo, não esquece António Silva e Sousa, “em plena coo‑ peração com as principais instituições e associações relacionadas com o sector, numa ampla rede de parcerias que envolve prestigiados profissionais e empresas de renome”.
O JÚRI DA GALA DOS EVENTOS Já são conhecidos os membros do júri que vai avaliar as candidaturas aos prémios da Gala dos Eventos. São eles: António Gouveia dos Santos, Alfândega do Porto; António Manuel Brito, NewEvents; Carina Monteiro, Publituris; Carlos Coelho, Ivity Brand Corp; Cristina Siza Vieira, Associação da Hotelaria de Portugal; Fátima Madureira, Departamento de Marca e Comunicação da Câmara Municipal de Lisboa; Gonçalo Coelho de Sousa, DoubleTree by Hilton Lisbon - Fontana Park; Henrique Conceição, Sport Lisboa e Benfica; Hugo Soares, Encontro Nacional de Estudantes de Eventos; Isabel Amaral, Associação Portuguesa de Estudos de Protocolo; João Lagos, Lagos Sports; João Sacchetti, consultor de organização e comunicação de eventos; João Santos, Electroaudio; Linda Pereira, CPL Meetings & Events; Manuela Botelho, Associação Portuguesa de Anunciantes; Miguel Neves, MEX Group; Paula Oliveira, Associação de Turismo de Lisboa; Pedro Chenrim, Ambitur; Pedro Dionísio, INDEG/ISCTE; Sérgio Junqueira Arantes, Eventos Expo Editora, Revista e Portal dos Eventos (Brasil); e António Silva e Sousa, ExpoEventos. A N T Ó N I O S I LVA E S O U S A
TRÊS PERGUNTAS A ANTÓNIO SILVA E SOUSA Eventos, a qual se veio a fundir, também sob o mesmo impulso, com a associação das empresas de Animação Turística (PACTA) e com os Organizadores de Congressos (APOPC), originando a APECATE [Associação Portuguesa das Empresas de Congressos, Animação Turística e Eventos]”, destaca António Silva e Sousa. Em termos de formação na área dos eventos, a ExpoEventos tem na progra‑ mação o Ctn - Congresso de Turismo de Negócios e o Gest - Seminários de Gestão de Eventos, Turismo de Negócios e Marketing Desportivo, “duas das mais importantes acções de formação que se realizam entre nós”, sublinha. Nestes dez anos, conforme lembra António Silva e Sousa, o evento promo‑ veu várias iniciativas de sustentabilidade e responsabilidade social, e desde a 4ª edição leva a cabo a Gala dos Eventos, cerimónia onde se atribuem prémios
Quais as principais novidades nesta edição? Além da Conferência e de outras iniciativas que ainda estamos a preparar para assinalar os dez anos da ExpoEventos, vamos lançar um repto aos estudantes de eventos, turismo e comunicação, mas não só, a todos os interessados, para nos enviarem projetos de eventos a realizar em 2025. Os melhores serão seleccio‑ nados para serem apresentados a uma “finalíssima” a ter lugar no decorrer da ExpoEventos e o vencedor ou vencedores terão a oportunidade de se apresentarem durante a cerimónia da Gala dos Eventos. Quais as expectativas da organização para esta edição da Gala dos Eventos? Ainda é cedo para perceber se teremos alguma alteração substancial no número de candidaturas, já que o ano de 2013, período abrangido pelas mesmas, foi ainda um ano de contenção em diversos sub-sectores dos eventos. No entanto, certamente que vamos poder contar com a qualidade média excelente que tem pontuado os eventos, os espaços e as produções a concurso, nas seis edições já realizadas. Quais as principais novidades em relação aos Prémios? Seguem o perfil habitual, com a possibilidade de inscrição por tipologias muito diversas, de forma a abarcar a variedade da procura. O Júri uma vez mais é consti‑ tuído por um grupo de personalidades de referência e reconhecido mérito, repre‑ sentativo das diversas áreas a concurso.
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MERCADO 16
AA.COM INTEGRA A EVENTONETWORK E ADOPTA A MARCA EVENTINLISBON A AA.com passa a integrar a plataforma europeia de eventos Eventonetwork, tendo ficado detentora da marca EventinLisbon. A parceria permite oferecer serviços na capital portuguesa a clientes internacionais, mas também o contrário, uma vez que a rede de par‑ ceiros da plataforma vai permitir levar grupos para outras cidades europeias. O site já está activo e pode ser consultado em www.eventinlisbon.com.
QUATRO PERGUNTAS A ANABELA ALMEIDA, DIRECTORA DA AA.COM Como surgiu esta oportunidade de integrar a plataforma Eventonetwork? Foi um processo exigente? O conhecimento desta plataforma surgiu através de pesquisa na net. Ao procurar even‑ tos em algumas cidades europeias descobrimos o site do Eventonetwork. Percebemos que Portugal não estava representado e entrámos em contacto para saber mais sobre eles. Da parte da plataforma houve interesse na nossa agência e nas suas características. Propuseram-nos a parceria que aceitámos. A EventinLisbon deu os primeiros passos o ano passado tendo já concretizado negócios com grupos internacionais. Quais as vantagens desta parceria? Permite um trabalho em rede e em equipa. Se a EventinBarcelona tem um grupo para trazer para Lisboa, pode contar com o seu parceiro local, a EventinLisbon. É sem dúvida uma mais-valia, pois a equipa que a compõe é conhecedora da cidade e do que melhor ela oferece podendo apresentar em pouco tempo boas soluções ao seu parceiro. Este trabalho em equipa permite oferecer ao cliente final uma boa relação qualidade/custo/prazo. O mesmo se passa se for a EventinLisbon a querer realizar um evento numa cidade europeia onde a plataforma está representada. Como funcionará a AA.com? Continuará a fazer eventos noutros locais do país, mas em Lisboa adopta a marca EventinLisbon? A AA.com continuará a funcionar como até aqui, com os seus clientes nacionais e internacionais de norte a sul do país. A marca EventinLisbon é adoptada apenas para os pedidos que surgem através da plataforma Eventonetwork. Quais os objetivos desta parceria para os próximos anos? Consolidar a parceria, divulgá-la e concretizar muitos e bons negócios!
HOLA ESPAÑA
E VENTS BY TLC ADQUIRE POSIÇÃO MAIORITÁRIA DA OLÉ SPECIAL E VENTS Depois do Brasil, a events by tlc aposta agora em Espanha. A empresa por‑ tuguesa adquiriu posição maioritária na DMC espanhola Olé Special Events que passa a chamar-se events by tlc in Spain. A vontade de entrar no país vizi‑ nho já era antiga, diz-nos Diogo Assis, CEO do grupo. “Há mais de cinco anos que estávamos à procura de entrar em Espanha. A nossa visão é muito clara: ter uma presença alargada na Península Ibérica e na América Latina e, no fundo, usufruir das sinergias naturais entre
estas duas massas geográficas, dividi‑ das pelo Atlântico”. Foram avaliadas várias hipóteses durante os últimos cinco anos, mas o processo de aquisição foi relativamente rápido, cerca de seis meses. “Encontrámos na Olé Special Events aquilo que procurávamos, uma empresa jovem, dinâmica, criativa, com valores, que cresceu nas boas prá‑ ticas e que queria crescer no mercado internacional e que, para isso, preci‑ sava de ganhar uma outra estrutura”, relata o responsável.
A DMC agora adquirida tem 11 anos de experiência no mercado e escritórios em Madrid e Barcelona. A administração fica a cargo de Angeles Moreno (funda‑ dora da Olé Special Events), Diogo Assis e Miguel Assis (events by tlc). Com esta operação, a events by tlc passa a ter escritórios em Portugal, Brasil e Espanha, bem como escritó‑ rios de venda na Alemanha, Benelux, Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e Rússia. O Grupo prevê facturar 17 milhões de euros em 2014.
MERCADO 17
PEDRO RODRIGUES LANÇA A THE EVENT A The Event é uma nova agência de eventos, liderada por Pedro Rodrigues, que, recorde-se, em Dezembro de 2013 saiu da Desafio Global ativism. “Building imagination” é a assinatura desta empresa especializada no desen‑ volvimento de projectos de comunica‑ ção na área dos eventos. A The Event terá como foco de acção, por um lado, as agências de publicidade, branding e comunicação, que no âmbito das estra‑ tégias que oferecem aos seus clientes têm a necessidade de propor eventos e, por outro lado, as marcas e empresas que entendam a realização de eventos como uma estratégia fundamental de comunicação e motivação. O desenvolvimento da marca e da ima‑ gem esteve a cargo da ivity. “ O ‘visual building block system’ da marca re‑ presenta a experiência múltipla de uma equipa que é apaixonada por construir com imaginação e precisão grandes eventos de classe mundial, e que desde os sonhos da infância adora LEGO®”, explica em comunicado a nova empresa.
SEIS PERGUNTAS A PEDRO RODRIGUES “Sermos felizes a fazer aquilo que gostamos de fazer” Qual será a identidade ou o ADN deste novo projecto? O ADN será abraçar cada evento como THE EVENT. Será uma mistura do ADN dos profissionais que cons‑ tituem a equipa. A identidade está espelhada na assinatura “Building Imagination”, e na nossa visão: “Todos partilhamos uma paixão por criar. Por construir com peças e blocos. Por dar largas à imaginação e fazer sempre diferente. Porque quan‑ do é bem feito, é mágico. E é seu!” Que âmbito terá? Concentrar-se-á sobretudo nos eventos corporate ou será mais abrangente? “Apenas” eventos! Actualmente é cada vez mais ténue a fronteira entre tipolo‑ gias de eventos. Antigamente falava-se em activação versus corporativo. Hoje em dia nem o cliente, nem a realidade, traçam essas diferenças.
O que é que a The Event pode trazer de diferente para o mercado português? Tudo! Basta imaginar que pegámos num conjunto de profissionais, al‑ tamente motivados e qualificados, e desenhámos um projecto de raiz, à luz de anos de experiência acumulada e da realidade actual do mercado. Como é constituída a equipa? A equipa, nesta fase, é constituída por sete pessoas, das quais quatro são gestores de eventos experientes. Qual o objectivo para o primeiro ano de vida? Sermos felizes a fazer aquilo que gostamos de fazer. Apesar de ser um negócio, e os objectivos quantitati‑ vos serem importantes, achamos que alcançado o primeiro objectivo o resto vem por inerência. Como avalia o contexto - do mercado, do país -, em que nasce esta nova empresa de eventos? Há anos que vivemos em contextos desafiantes que, provavelmente, se prolongarão por algum tempo. Mas o mercado não pára, evolui. Nascemos assim num momento propício, para alguns “analistas” e, acima de tudo, nascemos com uma clara noção da realidade do mercado actual e das necessidades dos clientes. W W W . E V E N T P O I N T. C O M . P T
MERCADO 18
THE DREAMERY: “IF YOU CAN DREAM IT, YOU CAN DO IT”
O sector dos eventos ganhou um novo player. Chama-se The Dreamery e vai actuar nas áreas da comunicação, eventos e responsabilidade social. “Fazemos Acontecer” é a assinatura escolhida pela nova empresa, liderada por Ana Bordalo, João Martins e Sophie Carrère, profissionais com passagens anteriores pela ADBD Communicare, TouchGroup, F5C, Freeport e Samsung. Estivemos à conversa com eles. O que esteve na base de decisão de iniciarem o projecto The Dreamery e mudarem o vosso percurso profissional? Resulta de uma enorme vontade de fazer acontecer – e daí a nossa assinatura - algo de diferente na área da comuni‑ cação e dos eventos, onde a responsabili‑ dade social ocupasse maior destaque. No fundo não mudámos o nosso percurso profissional, porque este era o caminho óbvio a seguir. Em termos de expe‑ riências profissionais, já nos tínhamos cruzado os três na TouchGroup, mas eu [Ana Bordalo] e a Sophie já antes tínha‑ mos trabalhado em conjunto na ADBD Communicare e no Freeport e sabíamos que haveríamos de fazer algo de dife‑ rente, resultante dos inputs que fomos recebendo ao longo destes anos. Depois o João juntou-se a nós e estava a Dream Team de novo reunida!
Acreditam que esta altura é boa para arrancar com um novo projecto? É sempre boa altura para arrancar com bons projectos! Apesar da crise que se faz sentir no nosso país, acreditamos que há espaço no mercado para novas ideias, novas abordagens, novos projectos. Aliás, a crise social que o país atravessa foi também uma das forças motrizes deste projeto, uma vez que estamos conscientes da importância da respon‑ sabilidade social e do diferencial que pode fazer, sobretudo quando envolve‑ mos empresas e instituições numa base de trabalho win-win. Em chinês a pala‑ vra crise compõe-se de dois caracteres: um representa perigo e o outro repre‑ senta oportunidade. A nossa escolha foi ver o lado positivo e o resultado só podia ser arrancar com a The Dreamery.
Como tem sido a reacção dos clientes? Não podia ser mais positiva. Os clien‑ tes que já trabalharam connosco, noutros contextos profissionais, e que estão familiarizados com o nosso tra‑ balho, quando souberam do nosso pro‑ jeto rapidamente nos deram oportuni‑ dade de voltar a trabalhar com eles. E a melhor prova tem sido o facto de nos voltarem a chamar mais uma e outra vez. Apesar de uma curta existência, na The Dreamery contamos já com diversos projectos para os mesmos clientes, como a Novartis, a Farmoz e o Comité Olímpico de Portugal. Não há melhor prova de confiança no nosso trabalho e nos seus resultados.
MERCADO 19
JOÃO MARTINS, ANA BORDALO, SOPHIE CARRÈRE © ANTÓNIO CAMILO . MINIFOTO
Quais os objectivos para o primeiro ano de vida? Passam sobretudo por apresentarmos o projecto The Dreamery às empre‑ sas e às instituições, mostrando-lhes como podemos ser uma mais-valia, ao mesmo tempo que nos familiarizamos com uma realidade ainda pouco explo‑ rada em Portugal e que passa por dar a conhecer estas instituições, trazen‑ do-as para o mercado. Paralelamente, queremos continuar a alargar a nossa rede de fornecedores e parceiros que, estando alinhados com a nossa forma de trabalhar, querem ser parte desta cadeia de valor. E, claro, trabalhar e continuar a fazer acontecer os sonhos dos nossos e para os nossos clientes. Quais os principais desafios que vão ter que enfrentar? O grande desafio é dar vida à máxi‑ ma de Walt Disney “if you can dream it, you can do it” – pois é com base nesta máxima que na The Dreamery sonhamos, acreditamos e fazemos acontecer. Isto passa por desafiarmos outros a juntarem-se a nós, sejam eles clientes, fornecedores, amigos… Sejam empresas, instituições, particulares… e pôr mãos à obra em projectos que
marquem a diferença, que resultem em mais-valias reais. Os projectos têm chegado até nós num formato habi‑ tual e o nosso desafio é desconstruir e pensar de forma diferente - o que é um verdadeiro desafio uma vez que clien‑ tes e fornecedores estão formatados num determinado sentido e não é fácil fazê-los ver o outro lado das coisas. Se, por um lado, as empresas já conhecem e estão abertas a acções de responsabi‑ lidade social, como team buildings em que os seus colaboradores fazem inter‑ venções de melhoramento em espaços carenciados, há ainda muito trabalho a desenvolver para levar as instituições às empresas. Isto passa, por exemplo, por utilizar os serviços que muitas destas instituições têm, desde o cate‑ ring até à produção gráfica. Não é fácil, mas é possível e é isso que procuramos fazer diariamente. Sabemos também que a questão orça‑ mental é outro dos desafios e por isso temos de estar ao nível das expectati‑ vas dos clientes que esperam soluções criativas, eficazes e on budget, mas este cenário não nos assusta - já nascemos neste contexto e já demos provas de que é possível fazê-lo, mesmo nos projetos que à partida parecem mais críticos.
O que é que vos pode diferenciar das demais agências? Em termos de estrutura, posicionamo‑ -nos numa lógica diferente do habitual. A nossa estrutura fixa é composta pelos três sócios e fundadores – os master dreamers – e, à medida dos projectos que temos em mãos, vamos chamando outros profissionais que trazem as suas competências. Esta forma de trabalhar assenta em dois princípios-base: reduzir ao máximo as despesas fixas da empresa e encontrar os melhores profissionais para cada projeto. E o resultado salta à vista com projetos verdadeiramente tailor-made, atentos ao detalhe, e eco‑ nomicamente mais sustentáveis. Em termos do nosso ADN, diferen‑ cia-nos sobretudo a procura de novos caminhos para a integração da res‑ ponsabilidade social nos projectos que desenvolvemos. Naturalmente que não deixamos de fazer os congressos, os lançamentos de produto, os team buildings, as campanhas de comunica‑ ção e tantos outros projetos nos moldes tradicionais, mas sempre que possível trazemos para a mesa a questão da consciência social, procurando con‑ ciliá-la com os interesses e objectivos do cliente e do projecto em questão. Procurando reforçar esta nossa missão, aderimos ao Protocolo Oeiras Solidária, com o objectivo de, em conjunto com os clientes, contribuirmos no combate aos fenómenos de exclusão social e na promoção do desenvolvimento social. Como vêem o sector dos eventos? Os eventos, independentemente da sua natureza, objectivos e dimensão, têm-se afirmado cada vez mais como uma ferra‑ menta fundamental na comunicação das marcas. A proposta de desenvolver e con‑ cretizar projectos socialmente responsá‑ veis, que acrescentem valor às marcas, é o grande desafio deste sector e é isso que na The Dreamery fazemos acontecer. Cláudia Coutinho de Sousa Nota de redacção: Esta fotografia foi tirada no Taguspark em véspera da inauguração da nova sede do Grupo Novartis, organizada pela The Dreamery.
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EM AGENDA 20
CONFERÊNCIA PORTUGAL TOURISM CHALLENGES DEBATE OS DESAFIOS DO TURISMO Esta é uma conferência que pretende lançar o debate sobre os desafios da indústria do turismo. O primeiro evento será dedicado ao marketing digital. A ideia surgiu pela mão da Marca Turismo e do Fórum Turismo 2.1. “O Portugal Tourism Challenges surge através de algumas conversas que fomos tendo. Muitas das vezes, por força dos projectos nos quais estamos envolvidos, discutimos entre nós quais os desafios que a indústria do turismo enfrenta”, referem Rodolfo Cardoso (Marca Turismo) e César Valente (Fórum Turismo 2.1). O próximo passo passou por envolver profissionais de referência e alargar a discussão. O primeiro tema, o marketing digi‑ tal, surge “como resultado, do nosso ponto de vista, da falta de uma visão estratégica para a comunicação online das marcas desta indústria”, referem os promotores. E acrescentam, “Num momento em que, mais do que nunca, o online tem um peso enorme nas vendas, e em particular na indústria do turismo, vermos que em Portugal esta não é uma realidade levou-nos a pro‑ curar os melhores exemplos, lá fora e cá dentro, de empresas que já encararam este desafio e que mudaram”. Há já vários oradores confirmados.
A saber: Eduardo Perez, fundador de hombrelobo.com e ReThink-video. com; Judy Wang, responsável global pela estratégia de social media da Trivago; Kevin Cavaco, responsável de marketing da Starwood Hotels & Resorts; Oliver Gradwell, da Travel Bloggers Unite, uma comunidade de bloggers da área do turismo; Leire González, responsável de desti‑ nos da TripAdvisor para Espanha e Portugal; Günter Exel, consultor de marketing, web e social media; Tine Thygesen, CEO da empresa de tecnologia mobile para turismo
Everplaces; Heather Leisman; direc‑ tora EMEA da HotelTonight; William Bakker, Chief Strategist & Partner na Think! Social; e Manuel Lima, direc‑ tor da LetsBonus em Portugal. O critério na escolha dos oradores assentou na experiência, feita de projectos concretos, e na diversida‑ de de áreas. “Procurámos que este seja um grupo bastante heterogéneo, possibilitando ter uma visão mais global dos desafios da indústria e de que forma as várias áreas se estão a adaptar aos mesmos”, referem Rodolfo Cardoso e César Valente. O evento pretende chegar aos profis‑ sionais do turismo, mas também à área da comunicação. Em termos de formato, a conferência será dividida em painéis temáticos, seguidos de debate. “Acreditamos que o sucesso deste evento será determinado pela forma como a indústria encarar a necessidade de mudar. É claro que, objectivamente, o sucesso deste evento passará, não só por termos sala cheia, como pelo que possamos aprender com os oradores convida‑ dos. Mais do que pensar no sucesso do evento, pensamos na mudança que procuramos iniciar com este evento”, sublinham os dois entrevistados. E como é que a organização vai usar o marketing digital para promover e alavancar o evento? “Procuramos utilizar as plataformas nas quais o nosso público-alvo se encontra e utiliza diariamente. O Facebook é um dos meios a que iremos dedicar bastante atenção, assim como a nossa newsletter. Temos ainda presença no Linkedin e Twitter. Mas, como não poderia deixar de ser, o nosso site é o ponto de partida para toda a comu‑ nicação digital deste evento”. O site é http://tourismchallenges.pt e o evento decorre a 12 de Abril, na Universidade Nova de Lisboa.
A Event Point é media parner desta conferência.
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À CONVERSA COM 22
António Gouveia Santos
CENTRO DE CONGRESSOS DA ALFÂNDEGA DO PORTO “Queremos que reconheçam a nossa importância” Anualmente, passam pelo Centro de Congressos da Alfândega do Porto cerca de 300 mil congressistas. Estudos recentes não há, “e tanta falta fazem”, assegura o director executi‑ vo daquele venue, António Gouveia Santos. Um, de 2006, indica que cada
congressista gasta em média 400,00 € por dia na cidade, e na região. “Isto bastaria para justificar o reconheci‑ mento da nossa importância, mas ar‑ riscaria dizer que somos mais conheci‑ dos fora do Porto”. Por isso, para 2014, Gouveia Santos gostaria que todos,
Turismo Porto e Norte, Associação de Turismo do Porto, privados, fossem capazes de se mobilizar, e trabalhar em conjunto, “de forma articulada”, na promoção externa do destino. Porque, garante, é daí que pode vir uma par‑ cela importante de negócio para todos
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os que actuam na área da meetings industry. “Pela nossa parte, procura‑ mos estar presentes nos grande fóruns internacionais, feiras, congressos e workshops da ICCA - International Congress and Convention Association e da AIPC - International Association of Convention Centres, entre outros”. 2012 foi um ano complicado, “Não tivemos um único grande evento internacional”, o que constitui um reflexo do mercado. 2013 revelou-se “bem melhor”, e em 2014, “apesar de haver factores que não dependem de nós, queremos pelo menos manter os valores do ano passado, e se possí‑ vel crescer”, afirma Gouveia Santos. “Acreditamos no Porto como destino forte no turismo de lazer, mas também no turismo de negócios. Para que isso aconteça temos que trazer cá buyers internacionais, evidenciando as nos‑ sas capacidades: clima, atendimento, segurança, tradição e modernidade, e assumir todas as marcas fortes da região: o vinho, a universidade, a ho‑ telaria, a história, o futebol, os museus – nós próprios temos aqui um, dedi‑ cado aos transportes, que merece ser visitado”. E para isso estão dispostos “a colaborar com todos os parceiros,”. Quer com isto dizer Gouveia Santos que “o destino é forte, mas falta mais divul‑ gação, dá-lo a conhecer aos mercados europeus, e outros, cativando-os”. Isso implica também a tal “gestão integra‑ da”. “Articular calendários, datas, por exemplo. Para que uma corrida a pé não coincida com um congresso, e impeça o acesso dos congressistas à Alfândega, como já aconteceu”. E era importante, defende o responsável pelo Centro de Congressos, que o Porto pudesse apoiar directamente, com dinheiro, a capta‑ ção de congressos. Seria um reforço ao fundo nacional, já existente, que sofreu algumas mudanças positivas, mas que não é suficiente”.
QUALIDADE, QUALIDADE, QUALIDADE Enquanto empresa com um siste‑ ma de gestão certificado, o Centro de Congressos da Alfândega efectua regularmente inquéritos de satisfação, que indicam valores muito positivos, na ordem dos 95%. “Procuramos man‑ ter os nossos espaços em condições, acima de qualquer reparo, um site renovado periodicamente, com todas as informações que podem ser úteis, comunicamos através de diferentes suportes digitais, e avaliamos a quali‑ dade da prestação dos nossos parcei‑ ros, nomeadamente os da segurança, audiovisuais e catering, de modo a contornar eventuais dificuldades”.
ESPAÇO ÚNICO Costuma dizer que “não são melhores nem piores, apenas diferentes, únicos”. Porque são um edifício histórico - 150 anos que fazem de facto toda a dife‑ rença -, e ainda por cima estão situa‑ dos mesmo ao lado do Douro, destaca Gouveia Santos. “Muitos não saberão, mas todos os dividendos que resultam da nossa actividade são investidos na recuperação do edifício da Alfândega. É isso que permite que ele seja o que é, e não apenas mais uma ruína. Geramos postos de trabalho, alberga‑ mos várias exposições permanentes, sobre comunicação, transportes, etc.”
“PODEMOS AUMENTAR A CAPACIDADE, SEM GRANDE DIFICULDADE” Esta afirmação traduz o que Gouveia Santos defende para aquele espaço. “Bastaria que saíssem daqui os serviços aduaneiros, que cá estão por opção, e não por obri‑ gação, para podermos logo aí aumentar a capacidade do Centro de Congressos, sem necessidade de grandes investimentos”. E acrescenta, “No acordo firmado entre o Governo e a Associação para o Museu dos Transportes e Comunicações [dona do Centro de Congressos], está previsto que todo o edifício fique para a AMTC, mas essa é uma escolha estratégica que não depende de nós”. Frisa que não temem a con‑ corrência, mas acredita que sem grande esforço a Alfândega poderia ser capaz de albergar eventos para cinco ou seis mil pessoas, “o que consideramos ser a capaci‑ dade máxima da cidade, atendendo à oferta de dormidas, por exemplo”.
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EMPRESAS 24
ALTIS GRAND HOTEL 40 ANOS NA HISTÓRIA DE LISBOA
Estão quase concluídas as obras de renovação do agora denominado Altis Grand Hotel, num processo que assinala os 40 anos desta unidade de 5 estrelas. Inaugurado a 17 de Novembro de 1973, na Rua Castilho, o Hotel está intrin‑ secamente ligado à história da capital e do país. Por ali passaram grandes figuras nacionais e internacionais, acolhendo eventos de organizações portuguesas e estrangeiras, grandes empresas, partidos políticos, associa‑ ções, clubes e federações desportivas. Uma história riquíssima que ficará para sempre ligada à de Fernando Martins e de seus filhos, fundadores do Grupo Altis Hotels. Esta série de intervenções, que desde 2011 vem acontecendo no Altis Grand Hotel,
renova e transforma os 300 quartos, in‑ cluindo 12 suites, o Centro de Congressos, com 20 salas de reunião, os três restau‑ rantes e outros tantos bares, o Spa, a pis‑ cina, o Business Centre, a galeria de lojas e as áreas públicas, num investimento su‑ perior a sete milhões de euros. O projecto, entregue às arquitectas Cristina Santos Silva e Ana Meneses Cardoso, recupera e revitaliza a visão, o espírito inovador do arquitecto e designer Daciano da Costa, autor dos interiores originais. O Altis Grand Hotel, que integra a colecção Luxury da Great Hotels of the World, está assim pronto para os
próximos 40 anos de vida. Por ali con‑ tinuará a passar, seguramente, parte da nossa história pessoal e colectiva. Recorde-se que o Grupo Altis Hotels dispõe de seis unidades, todas em Lisboa, prevendo facturar, em 2014, 23 milhões de euros e ter resultados operacionais acima dos seis milhões.
Mais informações: 213 106 000 guestservicealtis@altishotels.com www.altishotels.com
EMPRESAS 25
DOURO MARINA EVENTOS COM CHARME
Imagine os seus convidados atravessarem o Douro de barco, entre o Porto e Vila Nova de Gaia, e terem à espera deles um evento num espaço cheio de charme e carisma. Será, no mínimo, surpreendente. Ou então imagine que, no intervalo do evento, leva os convidados de barco até ao meio do rio, onde lhes oferece um porto de honra, um aperitivo ou um coffee-break. Inesquecível, não? Ou imagine ainda no final do evento poder colocar os participantes numa embar‑ cação e poder mostrar-lhes os recantos das duas cidades que abraçam o Douro. Memorável, sem dúvida! Tudo isto é possível na Douro Marina. Com várias salas disponíveis para eventos – todas com luz natural e vista
para o cais –, o que diferencia este es‑ paço dos restantes é esta aproximação ao rio, aos barcos, à temática náutica. Mas se o que pretende é fazer ali, junto ao Douro, o test drive de um novo modelo de automóvel, nesse caso pode transformar o estacionamento priva‑ tivo, com capacidade para 140 lugares, numa zona de ensaios. A Douro Marina dispõe de três tipos de parcerias. Uma, desde logo, com a Escola de Vela, situada no local, e espe‑ cialmente procurada para actividades
de team building e team bonding. Depois, com as empresas de barcos a motor, com quem pode organizar as referidas viagens ou acções no rio. Finalmente, com os espaços de restau‑ ração vizinhos, que podem ser mobili‑ zados para as mais diversas iniciativas. Venha experimentar. Mais informações em: 220 907 300 . 918 501 474 info@douromarina.com www douromarina.com W W W . E V E N T P O I N T. C O M . P T
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FEMÉDICA
FORMAÇÃO E EMERGÊNCIA MÉDICA Quanto vale a segurança e a vida de uma pessoa? E quando dezenas, centenas, milhares estão reunidas? Pedro Rodrigues, director técnico e um dos responsáveis pela Femédica, gosta de pensar que também eles são impor‑ tantes para os eventos, seja “na presen‑ ça de quaisquer ocorrências, que podem comprometer a forma como tudo estava planeado”, mas também “quando tudo corre bem, e a nossa presença nem é notada”. “Verificamos que, pelo sim‑ ples facto de estarmos presentes, isso tranquiliza os organizadores e os parti‑ cipantes sentem-se mais protegidos”. “É essencial reunir com o organizador e definir o serviço de emergência médica, em função do evento: tipo, local de realiza‑ ção, os intervenientes e os participantes, a duração, e, sempre que possível, elaborar um Plano de Emergência / Evacuação”, explica Pedro Rodrigues. No caso da Femédica, todos os elementos são, no mínimo, Técnicos de Emergência Médica
com três anos de trabalho diário, mas há pessoas com 15 e 20 anos de experiência. “Esta experiência, associada ao elevado nível do equipamento que levamos para cada evento, desde material de desinfec‑ ção até material de Reanimação e DAE – Desfibrilhação Automática Externa, reflecte-se na nossa prestação, quando temos que intervir. Este equipamento permite um acompanhamento de proxi‑ midade, adequado, eficaz e autónomo em cada evento”, garante Pedro Rodrigues.
EVENTO SEGURO ® Ao longo dos 17 anos de existência, a Femédica tem assistido a “um aumen‑ to do interesse nos nossos serviços. Temos hoje organizadores de eventos especialmente sensíveis às questões da
segurança”, explica o responsável da empresa. E por todos esses, a Femédica, em conjunto com os seus parceiros, tem investido na divulgação da marca Evento Seguro®. Este selo distingue cada evento, os promotores e os organi‑ zadores, onde a segurança de todos os participantes foi avaliada, garantindo que no local estão técnicos de emergên‑ cia médica, com equipamentos adequa‑ dos, responsáveis por acompanhar o evento e assegurar uma resposta rápida e eficaz, sempre que for necessário. A Femédica é ainda uma das poucas en‑ tidades reconhecidas e certificadas pelo INEM para ministrar cursos e licencia‑ mento de programas de Desfibrilhação, sendo hoje responsável pelos progra‑ mas de DAE em muitos dos locais onde são realizados eventos em Portugal. Estes aparelhos são o único tratamento eficaz, quando há uma paragem car‑ díaca devida à fibrilhação ventricular, melhorando significativamente a taxa de sobrevivência dos pacientes. Para mais informações: 211 975 723 . 919 704 779 geral@femedica.pt www.femedica.pt W W W . E V E N T P O I N T. C O M . P T
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JOHN HOOKER DIRE C T OR ‑ GE R A L D A JOHN HOOK E R C ON S ULTA NC Y PR A C T IC E
OPINIÃO 29
É ALTURA DE “VIRAR A MESA”* O temido RFI (do original request for information, pedido de informação) como ferramenta para avaliar um fornecedor tem bastante mérito, uma vez que pretende distinguir o bom do mau, o forte do fraco. Foi forçado por um cenário em mudança, desde uma legislação que permite condenar empresas por corporate manslaughter** à gestão do risco, originando a necessidade de processos auditáveis para os profissionais de eventos devidamente qualificados. É um processo trabalhoso e alguns fazem-no bem, mas muitos ou não o fazem ou só dizem que o fazem, emi‑ tindo RFIs apenas para afirmar que estão a fazer alguma coisa. Lembrome de um RFI há vários anos que tinha uma pergunta sobre avaliação de risco, logo seguida de uma sobre ideias para brindes. Preciso dizer mais? Situações como esta fazem-nos, enquanto in‑ dústria, parecer amadores aos olhos de outras profissões. Trata-se normalmente de uma via de sentido único para muitos agentes e empresas. Completar o RFI e assina‑ lar as respostas correctas dá direito a sentar-se à mesa e ser alimentado. Mas quantos fornecedores e agentes avaliam os seus clientes, sejam uma empresa ou um intermediário? Vejo exemplos de pagamentos em falta de clientes, seguidos de pedidos de planos de pagamento em prestações. Sinal de alarme ou jogada inteligente por parte do cliente, sabendo que o fornecedor vai ficar desagradado , mas não vai comprometer o evento, porque eles precisam do pagamento? Poderá argumentar que se trata de um “caso
* Do original em inglês “turn the tables”
isolado”, um descuido, porque é natural querer pensar o melhor de um cliente. Mas investigue um pouco mais fundo e de repente irá encontrar um rasto de “casos isolados”. De seguida, o sinal de alarme será acionado e será confronta‑ do com um dilema, cessar a colaboração e arriscar ser o mau da fita, ou esperar não ser deixado à mesa sem uma miga‑ lha sequer que o conforte. Talvez seja a altura certa para a in‑ dústria apontar e envergonhar os maus pagadores para que todos possamos saber com quem estamos a lidar, quando o tal bendito inquérito chega pela caixa de correio. Talvez seja a hora do cliente final saber que o seu dinheiro e, mais importan‑ te, a reputação, está em risco se os fornecedores puxarem a toalha da mesa e tudo o que está sobre ela. No Brasil, se os fornecedores não são pagos atempadamente, na íntegra e com antecedência, o serviço acor‑ dado não se verifica. Conheço outro exemplo, no qual a DMC (Destination Management Company) teve que aceitar o pagamento em prestações pós-evento, o que foi melhor do que não receber absolutamente nada. Existe, ou existia, um grande grau de confiança na nossa indústria,
confiança essa que está a ser corroída por empresas cujo estado financeiro não tem sido suficientemente ques‑ tionado. Este é o tempo de “virar a mesa” e de se certificar de que ne‑ goceia com condições sólidas, ou seja, um cronograma de pagamento realista, alinhado com as suas neces‑ sidades de fornecedor. Deste modo, terá uma maior segurança caso tenha de recorrer aos tribunais, uma vez que o contrato foi acordado previa‑ mente e será provavelmente o melhor que vai conseguir. No entanto, trata‑ -se de uma grande melhoria relativa‑ mente ao que (não) é praticado hoje, seja porque a documentação é de‑ masiado trabalhosa, ou por receio de perder o cliente por fazer demasiadas perguntas. Os carateres pequenos são aceites noutras indústrias ou na compra de um produto, porque deve‑ rá ser diferente na nossa?
Deixo o meu conselho, é tempo de afinar a gestão de contratos, caso contrário poderá vir a pagar a factura.
** http://www.hse.gov.uk/corpmanslaughter
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ESPAÇO IPAM - THE MARKE TING SCHOOL 30
O ADMIRÁVEL MUNDO NOVO DOS EVENTOS
O social media está a revolucionar a área dos eventos. Os eventos locais - visando atingir um nicho específico de consumidores - vão propagar-se rapidamente e o social media será a ferramenta crucial para aumentar a angariação, a visibilidade e o relacionamento entre a marca e o seu consumidor. Num mundo em que a globalização, o social media, as novas tecnologias e as alterações sócio-culturais ditam as regras da nossa vida, a diferenciação é mais crucial do que nunca. Agora é extremamente importante segmentar correctamente o mercado, escolher milimetricamente o público-alvo e conhecê-lo de forma aprofundada. Esta diferenciação permite obter algo valioso: posicionar correctamente uma marca, produto ou serviço na mente do cliente‑ -alvo, e o marketing é a ferramenta que irá alcançar tão importante objectivo. As marcas têm de conseguir destacar‑ -se da concorrência e o seu cliente-alvo tem de reconhecer os benefícios da sua preferência por determinada marca. Olhando para a nossa sociedade, constatamos que o one-to-one está a ganhar cada vez mais peso, o me‑ -marketing é a personalização na co‑ municação, no contacto e na interacção com o consumidor. Tudo deverá girar em torno do consumidor e das suas preferências e atributos. A grande penetração de smartphones ao nível mundial está a ditar o uso do marketing em tempo real e do sur‑ gimento de muitas acções de marke‑ ting baseadas em geo-localização. A
proliferação de smartphones e tablets faz com que estejemos ligados 24 sobre 24 horas, pelo que o marketing digital tem um papel crítico no sentido de po‑ tenciar vertentes ligadas ao marketing, tal como a comunicação e os eventos. Tal como o conteúdo, as peças audiovi‑ suais de curta duração serão essenciais para despertar a atenção. A forma como a empresa comunica com o seu públi‑ co-alvo através de vídeos que passem de forma eficiente a mensagem da empresa, marca, produto ou serviço é importante. Contudo, a comunicação a este nível terá de ser experiencial e divertida. O contacto com o produto, ou com a oferta, deverá ser potenciado através da criação de experiências interessantes para o seu público-alvo, onde o humor e a provoca‑ ção devem marcar presença. As marcas procurarão, na relação com o seu target, criar situações experienciais marcantes que possam conduzir a laços de afecti‑ vidade e a uma maior memorização da marca ou produto. É o auge do tryver‑ tising, um meio de levar a oferta dispo‑ nibilizada ao potencial cliente de forma experiencial, pois pressupõe um carácter de permissão, promovendo a proximida‑ de à marca através da experimentação. Na esfera do social media, este veio
revolucionar a questão transversal ao marketing e à comunicação: a área dos eventos. Os eventos locais – vi‑ sando atingir um nicho específico de consumidores – vão propagar-se rapidamente, e o social media será a ferramenta para aumentar a angaria‑ ção, a visibilidade e o relacionamento entre a marca e o seu consumidor. O social media deixa de ser um luxo para as marcas e passa a ser uma neces‑ sidade. As marcas têm agora sede de profissionais que usem o marketing digital como uma forma de estender o braço comunicacional e relacional com o seu target.
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Na área dos eventos estará presente desde o check-in até ao pós-evento. As formas de interacção com o público‑ -alvo a este nível levam a que as marcas reinventem o modo de se relacionarem, tornando, por exemplo, o check-in au‑ tomático, eliminando as filas de espera, disponibilizando os slides do evento em tempo real para quem estiver a assistir, e recolhendo o feedback do evento após o seu términus.
Ainda na área dos eventos verificamos que o seating está a tornar-se uma experiência social. Aqui uma série de novas apps tornam o seating numa experiência revolucionária, em que networking não é deixado ao acaso. Outra arma potente para as marcas estabelecerem laços e notoriedade com o seu público-alvo é o conteúdo visual. As imagens e os vídeos aparecem agora como um pólo de atracção através de conteúdo provocante que pretende gerar leads e captar a atenção de quem vê.
A utilização de recursos utilizados em jogos - como a interactividade, a estratégia e os desafios -, no ambien‑ te de eventos corporativos, começa a emergir. Chegou o gamification: um modo de transformar os eventos em experiências únicas e memoráveis, onde o envolvimento com a marca é extremamente forte e marcante. Devido à crescente importância que as marcas dão à opinião e perfil do seu target, a co-criação, seja em termos de marketing, comunicação ou na criação de eventos, ganha terreno no sentido de direccionar a marca às necessidades do cliente. A co-criação permite ouvir aten‑ tamente a opinião do nosso público-alvo em relação a um determinado tema, em que a marca não impõe, mas cria em conjunto com o seu target algo que vá ao encontro das suas necessidades e, acima de tudo, das suas expectativas. O digital tem, como já referi, revolucio‑ nado o modo como as empresas inte‑ ragem com os seus consumidores. O marketing viral, o storytelling, o mobile marketing, o marketing de guerrilha, são todos eles instrumentos que podem e devem ser usados pelas marcas como forma de se relacionarem com o seu target. A tecnologia está a ditar regras.
Estamos perante uma nova realidade. Um admirável mundo novo! José Machado Director do IPAM - Marketing School de Aveiro
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OS GOOGLE GLASS VÃO TER IMPACTO NA MEETINGS INDUSTRY?
Espera-se que em 2014 os Google Glass cheguem aos consumidores finais. De que forma este novo gadget pode impactar a meetings industry? Fomos tentar saber. Ainda não estão no mercado, mas já toda a gente fala deles. O que são, afinal, os Google Glass? Parecem uns óculos normalíssimos - e são usados como se disso se tratassem, - a grande diferença é que têm uma câmara, liga‑ ção à Internet, e uma pequena tela onde é visualizada a informação. É possível
tirar fotos, gravar vídeos, fazer video‑ chamadas, obter direcções, mandar e receber mensagens, pesquisar no Google e traduzir textos. A marca prevê que em 2014 o produto chegue ao mer‑ cado – para já está em fase de testes. Luís Rasquilha dedica-se na Ayr Consulting à observação e antecipação
de tendências de mercado. Acredita que os Google Glass vão mudar o sector dos eventos e dos congressos. “A transfor‑ mação tecnológica e de conectividade que vivemos está orientada para que novos gadgets e novas funcionalida‑ des mudem modelos de actuacão. Os Google Glass representam isso - uma
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mudança comportamental assente nesta transformação ou aumento ex‑ ponencial da conectividade”, explica à Event Point. E de que forma? O especia‑ lista responde: “No acesso e partilha de informação, na adição de experiências e conteúdos prévios e posteriores ao evento, e na forma de alargar o âmbito do evento, que ultrapassa as fronteiras físicas. Desde utilizar oradores que estão fisicamente noutro lugar, a mo‑ mentos que podem ser transmitidos, partilhados, ou acompanhados em tempo real, assistiremos a um conjunto de novas utilizações”. Utilizações essas que vão nascer na sequência da disse‑ minação da ferramenta. Luís Rasquilha vê vários aspectos positi‑ vos no uso dos Google Glass em eventos. Desde logo o aumento exponencial da partilha e interacção. “A lógica é a de acelerar o processo de conectar pessoas”. Seguramente, Luís Rasquilha vai ser um utilizador dos Glass, incluindo-os na sua actividade enquanto orador. “Já fizemos um primeiro teste projectando a imagem da audiência vista do palco num ecrã lateral ao da projecção. Pelo menos é uma experiência divertida. Mas procuraremos optimizar essa utilização à medida que formos evoluindo no conhecimento do gadget e das suas potencialidades”, afirma. Ernie Smith, jornalista do Associations Now, escreve quais as principais poten‑ cialidades do equipamento, depois de o ter testado num evento nos Estados Unidos. Uma delas é a possibilidade de tirar fotografias às pessoas que vamos conhecendo nos eventos ou nas confe‑ rências e adicionar notas a cada uma. Especialmente útil para quem tem difi‑ culdade em lembrar-se de rostos. Ernie Smith não sabe se isto é o futuro, mas dá o benefício da dúvida. Se os Google Glass forem bem sucedidos em algum sector, diz ele, será mesmo no dos even‑ tos. Traci Browne, da Event Tech Brief, realça as potencialidades dos Glass nas feiras, na demonstração de produtos e serviços e na partilha com outras pes‑ soas, por exemplo através de Hangout. Isto significa que mais pessoas têm acesso à informação.
A TER EM CONTA Dede Mulligan, da Smart Source, avisa no blogue da empresa que, se os Google Glass se tornarem populares, há que ter atenção à largura de banda nos espaços para eventos. É que além dos delegados levarem portáteis, smartphones, tablets, vão passar a levar este novo gadget e é mais uma ferramenta a exigir Internet. Esta responsável lembra ainda questões de privacidade que necessitam ser acaute‑ ladas. Os participantes têm, por exem‑ plo, de saber que podem ser filmados “de frente, de trás, dos lados durante as conferências. Se isso já acontece com os smartphones ou iPads, a dife‑ rença é que as pessoas vêem o aparelho e sabem que estão a ser filmadas”. Com os Glass podem estar a ser filmadas sem se aperceberem. No entender de Luís Rasquilha, esta é “uma falsa questão”. “É a mesma [questão] que hoje qualquer smartphone tem, muda apenas o device. Hoje posso fotografar e filmar com um smartphone e colocar online em qualquer rede. Os Google Glass só aceleram esse processo”. Outra questão que se levanta é a de perceber se o uso do aparelho pode prejudicar as relações interpessoais nos eventos. A empresa americana Attendify, que trabalha no sector das aplicações móveis para eventos, reflec‑ tiu sobre este assunto. “Ao concentrar‑ -se nos Glass, a atenção do utilizador muda de uma forma muito notória, causando disrupção nas conversas e, no contexto dos eventos, criando uma interacção muito estranha com alguém que se calhar acabou de conhecer”, es‑ creve a empresa no blogue. No fundo, em vez de aproximar, o aparelho pode afastar as pessoas. E a ideia de fazer eventos é exactamente a contrária. Terão que aparecer uma espécie de Glass-Free Zones para fomentar o networking em eventos?
APLICAÇÃO PARA MODERADORES APRESENTADA NA FRESH 2014 A sli.do lançou na mais recente edição da Fresh Conference a primeira apli‑ cação Google Glass para moderadores de eventos. A aplicação permite aos moderadores estar a par das principais questões colocadas pelo público. A solução foi experimentada durante a conferência e vai estar disponível para clientes seleccionados da sli.do antes de estar acessível ao restante público.
VAI À WTM? QUER EXPERIMENTAR OS GLASS? A Mooveteam, empresa espanhola no sector das tecnologias para eventos, so‑ bretudo ao nível dos jogos, integrou os Google Glass na sua última participação na EIBTM e pretende voltar a fazê-lo na WTM América Latina. Os visitantes da feira vão poder experimentar os Google Glass na Innovation Zone Play Area. Além disso, a empresa vai dar algumas formações de 20 minutos sobre a fer‑ ramenta. A feira, de que a Event Point é media partner, realiza-se de 23 a 25 de Abril, em São Paulo.
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HOSPEDEIRA VIRTUAL Imagine um congresso de veterinária onde cães e gatos virtuais ladram, miam ou falam. Ou uma feira de produtos alimentares, em que cenouras holográficas gigantes explicam os benefícios da agricultura biológica. São apenas dois exemplos das potencialidades da solução de projecção holográfica da Outmind. Outras aplicações variam consoante a imaginação do promotor. Quisemos saber mais sobre hospe‑ deiras virtuais e por isso estivemos à conversa com Nuno Fradique Vieira. Afinal o que é uma hospedeira vir‑ tual? “De forma resumida, consiste numa figura humana, em tamanho real, projectada num painel trans‑ lúcido, semelhante a um holograma, com um efeito de surpresa e chamada de atenção muito forte”, explica. “A imagem é criada por um projector e animada por um computador, po‑ dendo consistir num filme publici‑ tário pré-gravado (nos casos mais simples) ou numa espécie de “avatar” capaz de interagir dinamicamente
com o público, reagindo à presença e ao número de pessoas nas proxi‑ midades, respondendo a perguntas simples (através de um sistema de inteligência artificial) e proporcio‑ nando aos visitantes uma experiên‑ cia inesquecível”. A capacidade de interacção com o público é uma das grandes mais-valias. “Ao contrário das soluções mais simples, que se limitam a reproduzir ciclicamente um vídeo sempre igual, uma so‑ lução sofisticada dispõe de vários sensores ligados a um computa‑ dor, o que permite à “hospedeira” aperceber-se da aproximação de
visitantes, chamá-los, oferecer-lhes ajuda, recomendar-lhes produtos... e modificar as suas acções de acordo com o comportamento do público”. Segundo o especilista da Outmind, é esta utilização da interactividade que diferencia as soluções “medianas” das “espectaculares”. Como figura humana, ou sob qualquer outra forma, esta tecnologia tem mais impacto em locais com grande circu‑ lação de público, e por isso nos eventos, “porque esta solução incentiva a aglome‑ ração de pessoas através do efeito ‘bola de neve’ – perante um grupo reunido em torno de algo, cada vez mais visitantes se
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TOOIZY: É MESMO FÁCIL
aproximam movidos pela curiosidade”, sublinha Nuno Fradique Vieira. Para os organizadores há benefícios em apresentar uma solução inovadora como esta, nomeadamente na capta‑ ção da atenção e no efeito surpresa. “Num evento organizado por uma só marca, o que se pretende é torná-lo memorável – proporcionar aos par‑ ticipantes uma experiência positiva, fazer com que se recordem dele du‑ rante muito tempo e falem dele a ou‑ tros. Já num evento do tipo feira, onde vários stands e marcas competem pela atenção do público, o objectivo é fazer com que uma determinada marca se destaque das demais”. A hospedeira virtual pode ser instalada no exterior, mas o efeito não tem tanto impacto. “A luminosidade exterior chega a ser 100 vezes mais intensa do que a interior e a visibilidade da imagem sofre bastante com isso. Os melhores resul‑ tados são, de facto, obtidos em recintos fechados, tais como lojas, shoppings, pavilhões, edifícios, feiras e congressos”. O feedback dos clientes tem sido muito positivo. “Eu diria que tem sido uma reacção engraçada: quando lhes des‑ crevemos inicialmente a solução, sem
a mostrarmos, a resposta é geralmente desinteressada, do tipo “Ah, isso não é novo, já vi na internet”. Mas, quando lhes mostramos o sistema a funcio‑ nar, a reacção é sempre a mesma: “Espectacular! Também quero ter!”, diz Nuno Fradique Vieira.
PASSEAR POR LISBOA COM O RALF Conheçam o Ralf – Ring a Local Fried. Este é um serviço que pretende acres‑ centar uma boa dose de diferenciação à componente turística da organização de um evento. A ideia na base do serviço é a experiência de visitar a cidade com o apoio de um amigo local, que fale a lín‑ gua do visitante. O Ralf identificou ci‑ dadãos estrangeiros, a viver em Lisboa, para serem esse “amigo”, sempre dis‑ ponível no telemóvel para qualquer es‑ clarecimento. Cada participante recebe um kit, com um telemóvel e instruções, e com o serviço activo durante o período do evento. Neste momento o Ralf existe em Lisboa. Pergunte-lhe mais detalhes: www.askralf.net.
A pensar nas empresas que comunicam em feiras e eventos, a Tooizy lançou os stands insufláveis. Esta solução nas‑ ceu como resposta a uma necessidade de redução de custos e optimização de recursos e logística nas acções de comunicação de muitas PMEs, sobre‑ tudo nos dias que correm em que têm de participar em diversos eventos. “A possibilidade de se poder ter um stand ou expositor económico, de rápida montagem e desmontagem, capaz de ser transportado no interior de uma mochila, muda radicalmente o para‑ digma da comunicação em eventos”, afirma Frederico Ferreira, da Tooizy. O acolhimento tem sido “excelente”, não passando despercebido. “Temos sido muito solicitados para realizarmos demonstrações dos produtos Tooizy um pouco por todo o país, tendo vindo a resultar numa receptividade excelente”, conta à Event Point o responsável. Neste momento a marca dispõe de duas opções de produto, o Hexa e o Custom. Os modelos Hexa são modulares, dimi‑ nuindo ou crescendo conforme o espaço. Construídos em tela de Nylon de 190 g/ m2 são de fácil limpeza e têm grande lon‑ gevidade. “O Tooizy é um conceito de “Air Design” o que implica a construção dos nossos produtos em materiais insufláveis estanques. Para já são sempre construídos a partir de perfil tubular insuflável o que lhes confere um aspeto único. São produ‑ tos muito resistentes, sem manutenção e de elevada flexibilidade”. Estão disponí‑ veis em várias cores ou com imagens ou padrões escolhidos pelo cliente. E quanto custam? “Numa configuração de série, a solução mais económica ronda os 1800€ e a mais dispendiosa os 8000€. Todavia temos à disposição dos nossos clientes a possibilidade de conceber, desenhar e construir de raiz um stand totalmente personalizado. Neste cenário os valores poderão ser um pouco mais elevados”, esclarece Frederico Ferreira. Os stands estão a ser comercializados através do site www.tooizy.pt. W W W . E V E N T P O I N T. C O M . P T
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ROBOT NA FRESH CONFERENCE A Fresh Conference contou este ano com um convidado muito especial, um robot, desenvolvido pela Abbit Meetings Support. O robot permitiu a uma par‑ ticipante, humana, assistir a sessões, acompanhar apresentações, percorrer as salas, visitar os stands, entrar em discussões, tudo de forma remota, con‑ trolada através de um iPad, enquanto estava em casa a cuidar do filho. A belga Eveline Aernaudts foi assim a primeira participante cyborg de um evento. Claro que não pôde provar o catering, apertar a mão a ninguém ou tocar em nada, mas ainda assim conseguiu assistir aos conteúdos. Pensando globalmente, estas soluções podem tomar o lugar do delegado, mas também do orador.
Será que em breve vamos ver muitos destes robots em congressos?
O FIM DAS COMUNICAÇÕES ABORRECIDAS? É o sonho de todos nós que vamos a dezenas de conferências, que haja menos comunicações aborrecidas e mais inte‑ ractividade. Há uma série de empresas ligadas à tecnologia que têm produtos para melhorar as apresentações, os slides, e outras que apostam no envolvi‑ mento da audiência. Damos o exemplo de duas muito recentes. A Sopreso, cuja plataforma ainda está na versão beta, permite que os delegados acompanhem as apresentações via smartphones ou tablets. Não é necessário registo ou download, apenas um browser normal. É possível enviar perguntas, deixar comentários, dar um feedback enquanto o orador fala. São criadas micro-co‑ munidades interactivas entre o orador e os participantes. O produto pode ser testado em www.sopreso.com. O Slideklowd tem um conceito seme‑ lhante, mas o primeiro passo é fazer o upload da apresentação. Depois esta é distribuída (via push) pela audiência com telefones, tablets e portáteis, através da cloud. Os participantes podem interagir, respondendo a inquéritos, por exemplo
incorporados num slide, submetendo questões ou comentários. Em tempo real, o Slideklowd reporta os níveis de envolvi‑ mento da audiência durante a apresenta‑ ção. Tudo em http://slideklowd.com.
ANÚNCIOS NUM ABRIR E FECHAR DE OLHOS O projecto Event Commercials, reco‑ nhecendo que há eventos com menores orçamentos, propõe-se ajudar na pro‑ dução de vídeos. Grosso modo o Event Commercials faz o vídeo promocional do evento de uma forma muito fácil. Basta introduzir o endereço do seu site e a pla‑ taforma utiliza a informação aí existen‑ te: objectivos, oradores, data, local, entre outros, para criar um anúncio profis‑ sional, que depois pode ser usado nas campanhas de marketing e comunicação online. Ficou curioso? Mais informação em www.eventcommercials.com
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COLJA M. DAMS C E O . V OK D A M S A GE NC Y F OR E V E N T S & L I V E- M A RK E T ING
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“ S Ó C ON T R ATA MO S O S MEL HORE S“
É, desde 1998, o CEO de uma das maiores e mais respeitadas agências de eventos do mundo, a Vok Dams, fundada duas décadas antes pelo pai. Colja M. Dams formou-se em economia e desde muito cedo seguiu as pisadas da família. Nesta entrevista à Event Point, o responsável reflecte sobre diferentes perspectivas da indústria dos eventos. Pode partilhar com os nossos leitores um pouco daquele que foi o percurso da Vok Dams até este momento? Fomos fundados em 1975 e, de lá para cá, temos tido um desenvolvimento entusiasmante. Hoje, a Vok Dams, se‑ deada em Wuppertal, na Alemanha, é uma das agências de eventos e live marketing líderes a nível internacio‑ nal. Temos escritórios em Munique, Hamburgo, Estugarda e Berlim, assim como filiais nos Estados Unidos, França, China (Pequim e Xangai), República Checa, Brasil e Dubai. O foco do nosso serviço é a comunicação e o marketing, orientados para a ex‑ periência, através de eventos e media. Desenhamos, planeamos e imple‑ mentamos programas para informa‑ ção, qualificação e motivação, road‑ shows, eventos corporate, públicos e feiras, assim como eventos híbridos e Live Campaigns.
São reconhecidos como uma das melhores agências do mundo. Qual é o segredo para este sucesso? O segredo reside na competência dos nossos colaboradores. Só contratamos os melhores. E todos eles vivem a nossa filosofia: criar melhores resultados. Que tipo de pessoas procuram quando contratam? O que é que espera de um gestor de eventos? Em resumo, quatro competências, que se aplicam a todos os colaboradores. Competências sociais são um pré-re‑ quisito, seguidas das competências profissionais. Os nossos colegas têm de conhecer diferentes países, falar pelo menos uma língua estrangeira e serem capazes de ajuizar habilmente a qualidade dos diferentes ofícios de um evento. Têm, ainda, de ser metódicos: os nossos colegas têm de ter desenvolvi‑ do técnicas de trabalho que lhes permi‑ tam enfrentar tarefas e resolvê-las de forma eficiente. Mas a mais importante competência para a nossa indústria é a emocional. Têm de ser capazes de criar empatia, de se colocarem na posição do outro, de se mostrarem e serem percep‑ cionados como amigáveis.
Qual foi a importância de sair das fronteiras da Alemanha e abrir filiais noutros países? Foi um passo muito importante para nós. Os nossos clientes operam por todo o mundo e procuram uma agência no estrangeiro em que possam confiar. Que trabalhe de acordo com os mais elevados padrões de qualidade, mas que também se saiba mexer localmente e tenha aptidão intercultural.
“COM PORTUGAL OS NOSSOS CLIENTES FICAM SEMPRE MUITO CONTENTES” Já organizaram alguns eventos em Portugal. Qual é a sua opinião da oferta local? É fácil organizar eventos aqui? É sempre agradável organizar eventos em Portugal. Os DMC têm uma atitude orientada para o serviço. E clientes como a Porsche exigem muito dos des‑ tinos. Com Portugal os nossos clientes ficam sempre muito contentes. W W W . E V E N T P O I N T. C O M . P T
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Olhando para trás, como descreveria as mudanças no sector dos eventos nas últimas décadas? Os eventos têm tido uma importância crescente no marketing-mix. De facto, os eventos são os canais de comuni‑ cação com o mais alto grau e intensi‑ dade de contactos. O que mudou, no entanto, é a forma como nos dirigimos à audiência. Os requisitos pessoais dos participantes estão a tornar-se mais importantes. No passado, uma empresa falava sobre si e sobre os seus produtos. Hoje procura o diálogo. Podemos até dizer que os eventos são cada vez mais gerados pelo utilizador.
Quais as principais tendências em eventos hoje em dia? A mais inovadora abordagem de marketing aos eventos chama-se Live Campaigns. Trata-se de colocar os eventos no centro da estratégia de marketing-mix. Quando olharmos para as campanhas, os eventos não serão apenas um dos canais de comu‑ nicação, entre vários outros. Ao cor‑ responder às exigências dos diferentes públicos-alvo, os eventos passam a gerar conteúdos para toda a campa‑ nha, tornando-se o seu epicentro. As campanhas simples tornam-se agora Live Campaigns. Os consumidores querem estar mais envolvidos com a decisão e o desenvolvimento de um evento. Quais os aspectos positivos e negativos que daqui decorrem? Acreditamos que não há aspectos nega‑ tivos. Pelo contrário, um evento só tem sucesso se conseguir envolver os parti‑ cipantes. A comunicação moderna per‑ mite um maior envolvimento, mesmo de uma audiência muito alargada.
OS CLIENTES ENVOLVEM AS AGÊNCIAS DEMASIADO TARDE Quais os principais problemas em lidar com clientes? O principal desafio ainda é o orçamento. Muitas vezes, quando há um bid, ele é levado a cabo pelo procurement, em vez do departamento mais especializado. Sobretudo a ideia criativa, que está na base do evento, não pode ser comparada só através de números. É importante falar com o cliente e isso, normalmente, per‑ mite encontrar uma solução em conjunto. Quais os principais erros cometidos pelos clientes em relação aos eventos? Envolver a agência demasiado tarde. Especialmente na fase de concepção, os serviços de consultoria e a experiên‑ cia da agência são críticos. Mas o maior erro, no entanto, é definir os objectivos que querem atingir com o evento, sem envolver de todo a agência.
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Acredita que as marcas estão mais atentas à importância dos eventos e a dedicar-lhes maiores fatias dos orçamentos? Já consideram os eventos estratégicos? Claramente! Não é coincidência que as campanhas com mais sucesso, segundo um ranking na Alemanha, foram aque‑ las que colocaram os eventos no centro. Como avalia a importância, para si e para os seus clientes, de medir o retorno do investimento e dos objectivos? É sempre uma tarefa difícil. Muitas vezes a avaliação é pedida pelas mesmas pes‑ soas que são responsáveis pelo evento. É muito difícil quantificar as emoções dos participantes. O decisivo é concordar e definir objectivos desde o início que possam ser verificáveis mais tarde. Como vê o futuro da indústria dos eventos? A necessidade de contacto pessoal entre as empresas e os seus clientes e colaboradores vai sempre existir. Por isso estou convencido de que o futuro da indústria está assegurado.
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Consegue escolher qual foi o seu evento preferido até hoje? Para nós os eventos são igualmente importantes. Claro que os grandes eventos são muitas vezes os mais espectaculares. Se tiver que dar al‑ guns exemplos diria a Porsche Boxster Dealer Conference, no Algarve, e o evento para colaboradores da Bayer, que contou com 30 mil participantes, ou ainda a feira da Volkswagen, em Xangai e Frankfurt. Ainda consegue envolver-se no processo criativo e na execução dos eventos? Claro! Todos os eventos passam por um ensaio conceptual interno. Normalmente estou presente quando o conceito é apresentado ao cliente e no evento propriamente dito.
Pode partilhar connosco alguma história interessante e curiosa que tenha acontecido num dos vossos eventos? Muito recentemente lançamos o novo pneu de Inverno da Michelin, em Fuschl am See, na Áustria. Infelizmente, e pela primeira vez em 26 anos, não houve neve. E estávamos a lançar um pneu de neve, pelo que, obviamente, a experiência seria conduzir na neve. Conseguimos isso transportando os restos de neve das montanhas nas redondezas para a nossa pista de testes. Felizmente contamos com a ajuda dos agricultores locais. Cerca de 30 deles ajudaram-nos a levar a neve do topo para a pista, assegurando que o pneu fosse testado nas condições adequadas.
Temos de improvisar e esperar o inesperado. Acho que devemos sempre encarar um evento com a maior flexibilidade possível, para depois estarmos prontos quando somos confrontados com uma situação imprevista. E manter o bom humor também ajuda. Cláudia Coutinho de Sousa
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DEZ PERGUNTAS A COL JA M. DAMS Destino preferido para férias? Todo o sul da Europa – Adoro!
Hobbies? Mergulhar e conduzir (carros rápidos)
Cidade favorita? Lisboa – a mais fascinante capital europeia
Ronaldo ou Messi? Messi
Destino para organizar um evento? Xangai – a tradição e a modernidade em harmonia
Facebook ou Twitter? Ambos! Mas talvez mais o Facebook
Filme da sua vida? Os Intocáveis – grande história, actores perfeitos
Peixe ou carne? Em Portugal, peixe. Na Alemanha, carne
Banda preferida? Depeche Mode – lembram-me a minha juventude
Vinho ou cerveja? Sempre a especialidade do destino
P UB
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GONÇALO OLIVEIRA TEAM LEADER N A DE S A F IO GL OB A L AT I V IS M
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EVENTOSAURUS E A EVOLUÇÃO DA ESPÉCIE! Eventosaurus foi a espécie que originou os eventos. Tudo era perfeito para esta raça. Multiplicava-se sem complexos e em qualquer lugar, trabalhava para as marcas sem ter que dar satisfações, não precisava de ter uma estratégia, muitas vezes nem tão pouco uma ideia. Uma espécie amigável que tentava criar momentos para as marcas, praticava o ka-ching (cashing) para relaxar, crescia rapidamente e alimentava-se de briefings que pareciam não ter fim. Até que caiu um meteorito chamado c.r.i.s.e:rx58 que abriu uma cratera gigante e dizimou os campos férteis de briefings provocando a extinção de algumas espécies mais frágeis. Outras tiveram que se reinventar para conse‑ guirem esse alimento.
ESTÁ EM CURSO A EVOLUÇÃO DA ESPÉCIE! O Eventosaurus está em extinção! Uma nova espécie está a surgir, que garante ser parceira das marcas, que troca os eventos por “experiências”, construin‑ do relações entre as marcas e as pes‑ soas, conectando-as, captando a sua atenção, dando-lhes a informação que precisam e inspirando-as.
Jeff Bezos da Amazon afirmou: Your brand is formed primarily, not by what the company says about itself, but by what the company does.” As marcas são feitas de experiências. A espécie está a evoluir para novos conceitos como “Brand Experience” ou “Live Marketing”, que conferem às marcas um instrumento único e eficaz de comunicação. Multiplicam-se acções, quer a nível corporativo, quer ao nível do grande público, que se transformaram em case-studies, virais ou mesmo em campanhas de TV. As empresas estão cada vez mais cientes de que a experiencia é crítica para o seu negócio. Alguns estudos indicam que nove em cada dez consu‑ midores vão tomar a sua decisão com base na sua experiência global com a marca; seis em dez dizem que vão pagar mais por uma marca que ofere‑ ça uma experiência única. Não é de admirar que se fale já num novo cargo nas empresas o CXO – Chief Experience Officer, cuja função é liderar e gerir as experiências entre a marca e os consumidores. Enquanto o Eventosaurus tinha um datashow, um Power Point ou mesmo
um Excel, esta nova espécie é dotada de grande tecnologia, que nas mãos certas pode causar progressos inimagináveis. No entanto a tecnologia, por si só, pode não acrescentar valor. Esta nova espécie tem que olhar para o futuro e não ficar à espera que o futuro chegue até si. E o futuro parece brilhante no que toca às experiencias. Aplicações que analisam a movimen‑ tação dos convidados, que nos ensinam como as pessoas se movem, quanto tempo demoram a fazer networking, impressoras 3D onde podemos impri‑ mir os pratos ou mesmo o catering, conteúdos multimédia 5D onde se exploram as sensações, os Google Glass que nos levarão a informação e interacção em tempo real, espaços para eventos virtuais, etc. Armas caras, é verdade, mas se me‑ dirmos o seu retorno, podem ficar a “custo zero”. A espécie para evoluir saudavelmente precisa também de uma alimentação cuidada. Os briefings objectivos, votos de confiança e audácia são essenciais para o crescimento eficaz e blindado.
Se virem por ai um Eventosaurus … tirem uma selfie com ele! Ainda vai valer dinheiro. W W W . E V E N T P O I N T. C O M . P T
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VASCO RIBEIRO PROF E S S OR A S S IS T E N T E N A UNI V E R S ID A DE DO P OR T O
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APONTAMENTOS SOBRE A IMPORTÂNCIA DOS EVENTOS NA PRODUÇÃO NOTICIOSA
Podemos imaginar o vasto mundo da comunicação institucional como uma boneca matrioska, em que as diferentes técnicas ou ferramentas vão encaixando umas nas outras. Esta imagem é importante para perceber que dentro do corpo bojudo das relações públicas, assim descritas pela sua dimensão abrangente, está a silhueta um pouco mais esguia da assessoria de imprensa, que, para além de embrionária (que tem origens ancestrais), tem uma natureza mais operacional e pragmática. Esta natureza operacional está, em boa medida, consubstanciada no trabalho que é desenvolvido junto dos jornalis‑ tas, com quem importa ter um rela‑ cionamento profícuo. A capacidade de induzir a cobertura noticiosa de de‑ terminado evento, designadamente a partir de textos previamente redigidos e difundidos para os media (os press releases, sobretudo), afigura-se como o cerne da assessoria de imprensa. Facto que aproxima esta actividade da propaganda, da persuasão e, parado‑ xalmente, do próprio jornalismo. Isto leva-nos aos conceitos de
“informação subsidiada” e de “pseu‑ do-eventos”, que são fundamentais para entender a assessoria de impren‑ sa. A “informação subsidiada”, con‑ ceito introduzido por Oscar Gandy em Beyond Agenda Setting (1982), é aque‑ la que é trabalhada para se tornar ape‑ tecível para o jornalista, em função das regras deontológicas da profissão, das rotinas das redacções e do interesse do público num determinado contex‑ to histórico. Já os “pseudo-eventos”, um termo criado por Daniel Boorstin, numa emblemática obra que devia ser lida por todos aqueles que trabalham
em eventos – The Image: A Guide to pseudo-events in America (1961), são acontecimentos artificialmente criados apenas para serem notícia, tal como revela o seguinte texto: Os profissionais de relações públicas não sabem só onde está o valor-notí‑ cia; estão também em posição de criar acções que fazem com que a notícia aconteça. Uma intrigante característi‑ ca da vida moderna, que surge preci‑ samente do facto dos novos fazedores de acontecimentos não serem Deus. Mesmo parecendo pouco real, as notícias acontecem logo que eles (os W W W . E V E N T P O I N T. C O M . P T
OPINIÃO . A P ON TA ME N T O S S OB RE A IMP OR TÂ NC I A D O S E V E N T O S D A P ROD U Ç Ã O NO T IC IO S A , P OR VA S C O RIB E IRO 48
relações públicas) criam os aconteci‑ mentos (Ibid.: 11) Trata-se, portanto, da capacidade de realizarem “profecias autorrealizá‑ veis” (Ibid.) . As notícias não resultam, então, primeiramente da realidade nem são o seu espelho fiel. Resultam, isso sim, da natureza e do tipo de relações sócio-culturais que se esta‑ belecem entre fontes e jornalistas. Há, portanto, uma construção da realidade que emerge dessa dinâmica. E muitas vezes, como constatou Daniel Boorstin, os acontecimentos divulgados pelas fontes são previa‑ mente preparados com o intuito de encaixarem nos critérios de noti‑ ciabilidade. Para Daniel Boorstin, o pseudo-evento não é espontâneo: produz-se porque foi previsto, susci‑ tado ou provocado. É essencialmente provocado – mas não exclusivamente – com o objetivo de ser contado ou gravado. As circunstâncias são, por‑ tanto, organizadas em função do meio de informação a que se destina. A difusão é a medida do seu sucesso. O factor tempo é fictício ou artificial; o seu relato é redigido de antemão “para difusão ulterior”, como se o aconteci‑ mento já se tivesse produzido. Neste quadro, os pseudo-eventos podem ser motivados não só pelas fontes, mas igualmente pelos jorna‑ listas, quando estes, com o intuito de fomentarem ou criarem histórias, solicitam, por exemplo, comentá‑ rios sobre assuntos já encerrados ou de escassa importância, ou quando baseiam as suas notícias nos boatos que lhes convêm.
Já o investigador português Adriano Duarte Rodrigues, em O Acontecimento (1993), teorizou o con‑ ceito de “meta-acontecimento”. Para este investigador português, existe uma “espécie de acontecimentos (...) provocados pela própria existência do discurso jornalístico”. Com efeito: ...o que torna o discurso jornalístico fonte de acontecimentos notáveis é o facto de ele próprio ser dispositivo de notabilidade, verdadeiro deus ex machina, mundo da experiência au‑ tónomo das restantes experiências do mundo (Ibid.: 29).
públicas e assessoria de imprensa estão repletos de capítulos sobre como criar eventos que captem a atenção e inte‑ resse dos media. As conferências de imprensa são o expoente máximo des‑ tas mesmas técnicas e durante décadas provocavam a produção de grande parte do volume noticioso da imprensa escri‑ ta e das rádios. Salvaguarda-se, porém, que esta técnica é hoje inadequada ao meio empresarial.
Para provar a validade dos seus preceitos, Adriano Duarte Rodrigues argumenta: ...o desvio do avião ou a revolta que se produz em frente às câmaras de televisão ou perante os repórteres, a explosão de raiva ou de dor captada em directo pelas objectivas das máquinas mediáticas são exemplos de irrupções de meta-acontecimentos que têm nos próprios dispositivos da informação a fonte e a urgência (Ibid.: 29).
O que parece inequívoco é que tanto assessores como jornalistas, por inerência das suas funções, sabem bem o que são os valores-notícia - ou seja, conhecem as características que um facto ou evento devem ter para serem noticiáveis. Há, pois, um quadro mental ou uma lógica de raciocínio comuns às duas profissões, não sendo por isso de estranhar que, ao longo das suas carreiras, assessores e jornalistas troquem de funções entre si com frequência.
Por isso, a assessoria recorre à constru‑ ção destes pseudo-eventos ou meta-a‑ contecimentos para induzir assuntos e temas do interesse dos seus assesso‑ rados. E é também pela importância do acontecimento no jornalismo que grande parte dos manuais de relações
Tal não significa, no entanto, que haja sempre um relacionamento cordial ou tão-só respeitoso entre as duas partes. A tensão existe na relação assessores versus jornalistas e, muitas vezes, só é mitigada pelos laços de dependência que se criam. Na verdade, assessores e jor‑ nalistas precisam uns dos outros, sendo lícito afirmar que um relacionamento pró-activo convém aos dois lados.
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DOSSIÊ TEMÁTICO 50
COMO AS MARCAS OLHAM OS EVENTOS
Os eventos são cada vez mais importantes para as marcas e disso ninguém parece duvidar. Estivemos à conversa com Pedro Caldas, especialista em gestão de marcas e com os responsáveis de algumas das marcas mais interventivas na área dos eventos. Parece-lhe que o peso dos eventos tem vindo a aumentar dentro das estratégias de marketing das marcas? As marcas estão progressivamente a substituir as estratégias de comunica‑ ção, tipicamente centradas em campa‑ nhas de publicidade tradicionais, por outras abordagens que procuram ser mais eficazes na disputa pela atenção do consumidor. Cada vez vemos mais marcas associadas a grandes eventos que já existem ou a criar novos for‑ matos de eventos de que são proprie‑ tárias, como forma de conseguir um contacto mais relevante com os seus públicos-alvos. Isto porque conse‑ guem tirar argumento de comunica‑ ção dos eventos. Porque é possível, a partir de um acontecimento ao qual a marca se liga, acrescentar ideias e criar conteúdos para comunicar de forma mais eficaz. A área dos eventos de música em Portugal, é um bom exemplo desta realidade. Assim, os eventos têm hoje mais peso nas estratégias de comunicação das marcas do que alguma vez tiveram. Não apenas pela associação aos eventos através da figura do patrocínio, por exemplo, mas também pela preocupa‑ ção em criar pequenos acontecimentos (eventos) que possam representar bom conteúdo para entregar ao consumidor.
A experiência é tudo e as marcas devem proporcionar boas experiências às pessoas, como forma de se ligarem a elas emocionalmente. E os eventos têm a capacidade de proporcionar expe‑ riências marcantes. E as marcas olham os eventos como ferramentas para procurar aumentar a quota de mercado? Aumentar quota de mercado através dos eventos não é fácil, pode não ser ime‑ diato e não é aplicável a todos os negó‑ cios. Os eventos são, sobretudo, ferra‑ mentas de comunicação para as marcas. Servem para associá-las a um conjunto de valores e experiências que são trans‑ mitidos às pessoas pelos eventos, e não tanto como uma ferramenta comercial para conquistar mais clientes. Alguns eventos trazem determinadas contrapartidas às marcas que estas podem canalizar para os consumi‑ dores como vantagens e que podem atrair novos clientes. Contudo, os eventos devem ser considerados como um instrumento de cons‑ trução de marca, que tem um forte contributo para a brand equity. São manifestações das marcas, traduzem o comportamento e atitude. Servem para mostrar onde se posiciona, como fala e como se comporta e,
entendendo a atitude e o carácter da marca e identificando-se com ela, o grau de atracção e/ou de fidelização do consumidor será maior. Mas as estratégias comerciais andam de mãos dadas com as do marketing? Na grande maioria dos casos, penso que sim. As estratégias comerciais e de marketing têm que estar ligadas, por‑ que ambas têm informação muito rele‑ vante sobre o mercado e o consumidor e só trabalhando em conjunto é possível obter o melhor resultado. Esta relação parece-me que é demasiado evidente para as organizações não terem a preo‑ cupação de garantir que existe coopera‑ ção entre estas duas estratégias. Concorda que a tendência de hoje em dia é a de os eventos estarem no centro das campanhas de marketing, passando a gerar conteúdos para toda a campanha? Não diria que a tendência é essa, pois dependerá sempre dos objectivos que se pretendem alcançar em cada mo‑ mento. Os eventos, pelo seu conteúdo, são muito importantes para a comu‑ nicação das marcas e o que podemos dizer é que as marcas que incorporam o patrocínio a eventos, ou a organi‑ zação de eventos, nas suas estratégias de comunicação, têm acesso a muito
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PEDRO CALDAS
conteúdo que podem tornar relevante e usar no diálogo com o consumidor. Adicionalmente, têm ainda um es‑ tímulo para criar novas iniciativas e multiplicar as formas de relaciona‑ mento com o consumidor. Acha que as marcas avaliam o retorno do investimento em eventos? Que métricas usam? As marcas devem avaliar sempre o re‑ torno dos seus investimentos (quanti‑ tativa e qualitativamente), para confir‑ mar ou corrigir o rumo das estratégias de comunicação. Uma das métricas mais usadas é a medição do retorno de media, que nos permite calcular o valor equivalente em media da exposição que a marca teve, em resultado da associa‑ ção a um determinado evento. Mas há outros dados que devem ser tidos em conta, como o número de participan‑ tes no evento, o custo por contacto, o número de notícias favoráveis produ‑ zidas com referência à marca (press, tv e online), o sucesso comercial (nos casos em que o evento também é usado para captação de novos clientes) ou a performance em social media (número de partilhas, likes, pessoas que falam sobre o conteúdo que a marca produz a partir do evento, etc.).
E em termos qualitativos? Do ponto de vista qualitativo, é im‑ portante apurar também alguns resultados, que podem servir para aferir o impacto das iniciativas de brand engagement realizadas pelas marcas e para aferir a qualidade global do próprio evento (dados que podem servir para corrigir aspectos de pro‑ dução ou, no caso de um patrocínio, orientar o parceiro para a correcção de aspectos que podem estar a prejudicar a performance da marca). Aqui já será necessária a implementação de estudos de mercado dedicados, caracterizados por entrevistas durante o período de comunicação da marca, em associa‑ ção a determinado evento, e durante a realização do próprio evento. Estes estudos devem medir, por exemplo, o grau de associação da marca ao evento e, caso aplicável, em comparação com outras marcas patrocinadoras. Devem medir se as pessoas consideram que o evento se identifica com a marca, o nível de agrado em relação ao even‑ to em si e em relação à actividade da marca no mesmo, o que os entrevista‑ dos gostaram mais e menos, como to‑ maram conhecimento do evento, como se deslocaram, com quem assistiram ao evento, se consideram voltar na próxima edição, etc. Outro dado muito importante que os estudos qualitativos permitem medir é a caracterização do público que participa no evento (idade, sexo, profissão, local de resi‑ dência, etc.), o que é fundamental para a marca conferir que está a impactar o target que lhe interessa. Que critérios devem ter as marcas na decisão de patrocinar eventos? Devem, em primeiro lugar, verificar se o evento está alinhado com a estraté‑ gia de patrocínios que definiram. Esta estratégia deve ter em conta os valores da marca, o público-alvo que pretende atingir e as áreas de actuação que me‑ lhor representam o carácter da marca (moda, arte, design, música ou futebol, atletismo, ténis, etc.). Se o evento está alinhado com a
estratégia, então é preciso partir para a análise de outros critérios. Alguns exemplos: a) o interesse que o evento tem para o target de comunicação da marca; b) o alcance que prevemos que o evento tenha. Alcance em termos de público (se vai ser muito ou pouco participado) e de media (se vai atrair um conjunto alargado de órgãos de comunicação social); c) se tem potencial para gerar conteúdo relevante para a marca influenciar o diálogo com o seu target; d) que outras marcas patrocinam o evento; e) com quantas marcas dividiremos o protagonismo; f) se existe a possibilidade da marca ser naming sponsor, o que confere maior propriedade à marca e aumenta a possibilidade de ser referida de forma espontânea pela media; g) timeline (para coordenação e pla‑ neamento com outras iniciativas que a marca já tenha em curso); h) e o valor que a marca tem que inves‑ tir (no direito de entrada, activação e media) e o seu cabimento orçamental no budget previsto para aquele ano. Acredita que hoje em dia mais do que as marcas falarem de si para os consumidores, estabelecem diálogos? Os principais consumidores de hoje nasceram com a Internet, são gran‑ des utilizadores de smartphones, são muito participativos nas redes sociais e estão sempre ligados. As formas tradi‑ cionais de comunicar perderam eficá‑ cia e as marcas têm que, cada vez mais, diversificar a forma como procuram chegar ao consumidor. Actualmente o consumidor valoriza as marcas que fazem coisas por ele, com quem é fácil falar, marcas abertas, que ouvem e que respondem de forma transparente, simples e rápida. Neste sentido, face ao que é a tendência do comportamento do consumidor, é cada vez mais im‑ portante que as marcas se preocupem em estabelecer diálogos e influenciar esses diálogos. W W W . E V E N T P O I N T. C O M . P T
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Concorda que os consumidores querem estar mais envolvidos com a decisão e o desenvolvimento de um evento. Quais os aspectos positivos e negativos que daqui decorrem? O papel das marcas continua a ser surpreender, criar tendências, desper‑ tar novos interesses, inovar, propor‑ cionar experiências de que as pessoas não estão à espera e, neste sentido, as marcas devem continuar a determinar o caminho. Devemos, contudo, ter em atenção que se o evento for dedicado a um público jovem, este vai valori‑ zar ser mais envolvido. Nestes casos, as marcas devem procurar criar um diálogo transparente, honesto, sim‑ ples e frequente e incorporar as suas ideias e sugestões. Uma abordagem centrada na interactividade tem a vantagem de estabelecer uma ligação mais profunda com o consumidor, fazendo com que se identifique mais com determinado evento, lhe seja fiel e o recomende. Desde que a interactivi‑ dade tenha regras e seja implementada de forma a não defraudar as expec‑ tativas das pessoas, não tem grandes contra-indicações.
PAT R I C I A F E R N A N D E S
MICROSOFT: OS EVENTOS SÃO UMA TÁCTICA-CHAVE DA MARCA “Os eventos presenciais (e estou a considerar desde 1:1 a 1:pou‑ cos ou 1:muitos) são uma táctica chave da execução de marketing da Microsoft”, diz Patrícia Fernandes, Head of Public Relations, Central Marketing & Communication da Microsoft. Comunicar através dos eventos é uma necessidade da marca, “exactamente porque o tipo de pro‑ dutos e serviços que comercializamos não são de fácil apreensão e consu‑ mo, comunicar presencialmente é uma necessidade constante, sendo maior à medida que aumenta a sofis‑ ticação da oferta ou do cliente-alvo”, explica a responsável. Os eventos, no
entender de Patrícia Fernandes, são “excelentes” para gerar contactos e leads. “Têm um peso altamente re‑ levante na nossa progressão de quota de mercado”, admite a responsável. Os patrocínios também são impor‑ tantes, embora “com menos peso na geração de leads em concreto, mas com o objectivo claro de awareness e posicionamento em áreas específicas onde nos interessa cruzar ou tocar outras audiências”, explica Patrícia Fernandes. A marca não patrocina eventos simplesmente por um crité‑ rio de visibilidade. “Tem de fazer um “fit” perfeito com as nossas marcas, a nossa oferta e tem de apresentar
resposta a um objectivo claro. Tem de nos garantir um retorno à partida”. Esse retorno é avaliado com base em alguns pressupostos. “Pelas leads concretas geradas, com intenção de compra expressa, pelo número de novos contactos adicionados à nossa base de dados, nos perfis que nos interessam, e pelo retorno comercial concreto em acções complementares ao evento, se os tivermos: engagement em social media; campanha com call-to-action preciso, etc.”. A escolha está “totalmente dependente” dos objectivos comerciais da marca. E é possível quantificar, em ter‑ mos de percentagem, que parte do
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MIGUEL GUERRA
MEO: MÚSICA, DESPORTO E CRIANÇAS orçamento de marketing e comuni‑ cação cabe aos eventos? A respon‑ sável responde: “Varia consoante o segmento de mercado: no mercado empresarial ronda os 95% e à medida que caminhamos para os produtos de grande consumo é menor. Neste espaço usamos sobretudo tácticas de marketing experiencial”. O peso dos eventos não tem aumentado, mas mantém-se “muito elevado”. Na organização dos eventos, a marca recorre “quase sempre” a agências de eventos. “Vemos claras mais-valias em contratar projectos chave-na-mão, com total concentração de recursos”, sublinha Patrícia Fernandes.
Para a MEO os eventos são muito importantes. “Pela dimensão da em‑ presa, e do mercado em que estamos inseridos, que é muito competitivo, tem um grande peso a percepção que as pessoas têm da marca, de como ela funciona e nós temos uma con‑ corrência muito aguerrida”, explica Miguel Guerra, director de eventos e patrocínios. A marca está presente, por razões comerciais e de notorieda‑ de, sobretudo em eventos de música, grandes eventos desportivos e eventos para os miúdos. Em termos de pa‑ trocínios, a MEO está muito ligado ao futebol, mas também ao rugby, e a vertente comercial é relevante. “Estamos presentes no rugby e o nosso modelo de patrocínio tem uma
componente comercial, ou seja, quan‑ do patrocinamos clubes como o CDUL e Agronomia, também estabelecemos uma parceria com eles em que damos condições especiais de adesão aos nossos clientes”, refere o responsável. Os eventos têm vindo a adaptar-se à realidade do país, diz Miguel Guerra, e hoje, dentro da estrutura das mar‑ cas, consegue-se fazer melhor com menos. Mais do que relevância no or‑ çamento, os eventos ganharam peso, enquanto ferramenta. Para que a MEO patrocine determina‑ dos eventos, estes têm de se inserir nas áreas-chave em que a marca quer estar. “Temos três, que estabelecemos desde 2012 para a marca MEO, e que temos mantido até ao momento. São a música, W W W . E V E N T P O I N T. C O M . P T
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o desporto e as crianças. Os critérios para a escolha [do evento a patrocinar] são a relevância, de acordo com a es‑ tratégia, com o orçamento, a relevância comercial e a notoriedade para a marca. E não tem que ser necessariamente nesta ordem”, afirma o director da MEO para os eventos e patrocínios. Na participação nos eventos que pa‑ trocina, a atitude da MEO é a de ter um impacto positivo na vida das pessoas, melhorar a sua vida através da tecno‑ logia. “Dou o exemplo do Sudoeste. Foi um risco que nós corremos, acho que foi um risco ganho, quando no ano passado, no meio da Zambujeira, que não é propriamente uma área com in‑ fra-estruturas desenvolvidas, decidi‑ mos colocar o wi-fi disponível em todo o recinto. Fizemo-lo com a convicção de que iríamos melhorar a vida daquele conjunto de pessoas que estavam no MEO Sudoeste”, refere o responsável.
Quando chega a altura de medir o retorno daquilo que investem em even‑ tos, a MEO apoia-se na Cision e em es‑ tudos de percepção do acontecimento. “Temos em atenção o online mas, é a tal questão, ninguém sabe quanto vale um fã no facebook, um like, um share. Fazemos também quantificação dessa componente do online. No Sudoeste monitorizamos no wi-fi quantas pes‑ soas estavam ligadas ao mesmo tempo, que sistema operativo era usado, que tipo de utilização era feita, se páginas de web, chats, aplicação”, enumera Miguel Guerra. “Tudo aquilo que for possível quantificar, extrair um núme‑ ro, um valor monetário, conta para a avaliação de retorno”, resume. Em determinados casos a MEO recorre a agências para a implementação dos eventos. Noutros, é a própria equipa que coloca “as mãos na massa” e põe em marcha o evento.
SOCIEDADE CENTRAL DE CERVEJAS: PATROCÍNIOS SÃO PILARES DA ESTRATÉGIA “Os patrocínios são um dos pilares da estratégia das nossas marcas para ganhar quota de mercado. O seu peso não é directamente men‑ surável, mas permitem-nos estar presentes nos melhores momentos do consumidor, quer esteja a assistir a um jogo de futebol, num festival de música ou numa festa popular”. Quem o diz é Felipe Gomes, respon‑ sável de patrocínios da Sociedade Central de Cervejas (SCC). E o peso dos eventos tem vindo a aumentar
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O SECTOR DOS E VENTOS EM PORTUGAL NUMA PAL AVRA? dentro da estratégia da marca? “Temos investido na medida em que nos permite ser das marcas mais reconhecidas nos diversos eventos onde estamos presentes, através de activações diferenciadoras e visibi‑ lidade, que é uma mais-valia para os eventos. Como exemplo, no futebol a cerveja Sagres é a mais reconhecida pelos adeptos e na música a marca Heineken tem estado presente nos principais festivais, como o Rock in Rio e Optimus Alive”, diz Felipe Gomes. Os principais critérios para a marca apoiar eventos são a afinidade com o consumidor e o alinhamento com a estratégia da marca. Da participação nos eventos, a marca espera ter resultados co‑ merciais. Se os patrocínios vão além do retorno do investimento, a marca não deixa no entanto de avaliar cada um deles. “A nossa avaliação é feita
tendo em conta o plano de comuni‑ cação, volumes efectuados, conquis‑ ta e fidelização de consumidores, assim como os Kpi [indicador chave de desempenho] de notoriedade e associação alcançados, resultantes da visibilidade e activação das mar‑ cas”, explica o responsável. A empresa recorre ao merca‑ do para esta valência de eventos. “Colaboramos com agências escolhi‑ das via pitch para trabalhar as mar‑ cas de forma integrada e que tenham a visão total da estratégia da marca, na qual se inclui o plano de activação em eventos”. 2014 será um ano em cheio para a SCC, e para a Heineken em particular. “Estará presente no Rock In Rio, Optimus Alive, Final da Champions League, Moda Lisboa e nas festas Heineken Convida, ao longo do ano, nos principais clientes da marca”, termina Felipe Gomes.
SAUDÁVEL
Pedro Caldas, especialista em gestão de marcas
DINAMISMO Patrícia Fernandes, Microsoft
ADAPTAÇÃO Miguel Guerra, MEO
SATURADO
Felipe Gomes, Sociedade Central de Cervejas
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EM DESTAQUE 56
NÓS QUEREMOS! (PODEMOS E MANDAMOS)
Nós Queremos! é uma plataforma de crowdfunding [financiamento colectivo] para concertos e eventos. O objectivo passa por concretizar os desejos musicais de artistas, produtores e fãs, sejam concertos ou qualquer outro evento, ou a edição de discos. O projecto surge pela mão de Joana Pinho e Mafalda Pedroso. A primeira é professora, a segunda trabalha num hostel. Ambas são apaixonadas por música e pelos eventos. O projecto nasce de um trabalho desenvolvido para a disciplina de Análise e Viabilidade Financeira do Mestrado de Gestão Estratégica de Eventos, da Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril, que
as duas frequentaram. Ambas des‑ tacam a importância do professor da cadeira, Vítor Afonso. “Foi uma peça-chave neste processo, incenti‑ vando-nos à sua operacionalização, e motivando-nos a concorrer ao
PoliEmpreende [concurso de ideias e de planos de negócios que tem como objectivo avaliar e premiar projectos desenvolvidos e apresentados por estudantes do ensino politécnico], e com muito agrado nosso vencemos
EM DESTAQUE . NÓ S Q UE RE MO S ! (P ODE MO S E M A ND A MO S) 57
TRÊS PERGUNTAS A JOANA PINHO E MAFALDA PEDROSO a edição regional”. A participação serviu para trabalhar e melhorar o conceito. Conceito que nasce da per‑ cepção de que o mercado dos eventos musicais “estava muito concentrado nas grandes empresas que produzem eventos, e que estas também não pro‑ movem, tanto quanto nós achamos que deveriam, as centenas de novos projectos que surgem no mercado, cheios de qualidade e vontade de tra‑ balhar”, sublinham as responsáveis. Além disso, continuam, “sentimos que o crowdfunding está pouco di‑ vulgado em Portugal, o que acaba por dificultar a percepção sobre o que o Nós Queremos! se propõe realizar”. Para já o projecto está essencialmen‑ te ligado à música, mas o objectivo de Joana Pinho e Mafalda Pedroso é alargá-lo a outras áreas: teatro, dança. A plataforma pode ser consultada em http://nosqueremos.pt.
Como tem sido a aceitação do projecto? Espectacular, com imensas pessoas a registarem-se no site e na página do Facebook, fazendo-nos chegar os seus projectos e ideias. O Nós Queremos! assen‑ ta na filosofia da co-criação, e nesse sentido, tem sido espetacular percebermos que há muito talento para divulgar. De que forma o Nós Queremos pode mexer com o sector dos eventos? O Nós Queremos! surge como a primeira plataforma de crowdfunding dedica‑ da exclusivamente ao mercado dos eventos, e pretende dar a possibilidade aos artistas e aos produtores de testarem à priori a adesão junto do público. Através da plataforma, qualquer artista poderá produzir o próprio evento e financiar-se inteiramente junto do público, libertando-o do monopólio das grandes produto‑ ras. Para os produtores, que cada vez mais têm o acesso ao crédito dificultado, o crowdfunding surge como uma oportunidade, não só de viabilizarem o investi‑ mento necessário para a realização do evento, mas também de testarem o sucesso e a adesão que este terá junto do público. Para os fãs, é a oportunidade de se faze‑ rem ouvir e de mostrarem o apoio aos artistas que tanto apreciam. Que balanço fazem e o que esperam vir a alcançar em 2014? O projecto surgiu de um trabalho académico, que foi crescendo nos últimos meses, tornando-se um “negócio real” no final do 4º trimestre de 2013. É um bebé que nasceu no dia 25 de Novembro, com a apresentação oficial da plataforma, e comunicação junto do grande público. Em menos de um mês, contamos com mais de 1000 registos o que nos dá um feedback muito positivo do trabalho que temos vindo a desenvolver. Este ano de 2014 será decisivo e os nossos objectivos passam pelo aumento da notoriedade do conceito e da marca, e pela realização dos pri‑ meiros eventos com a assinatura Nós Queremos!.
Cláudia Coutinho de Sousa
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ANTÓNIO HORTA SALVO DIRE C T OR D A T HE B UL L IN S UR A NC E
OPINIÃO 59
E SE O ESTÁDIO DA LUZ TIVESSE VINDO ABAIXO?
Todos nós vivemos com mais ou menos intensidade o que aconteceu no Estádio da Luz, em Fevereiro deste ano, por ocasião do jogo Benfica-Sporting. Estávamos na presença de um evento de grandiosidade superior que poderia ter acabado numa tragédia também de nível elevado. Todos ficámos contentes com o desfecho dos acontecimentos, pois não passaram de um pequeno incidente. Não é necessário criar grandes cená‑ rios de desgraça para nos podermos focar na responsabilidade civil do organizador. Se todas aquelas pes‑ soas, acometidas de uma situação de pânico, quisessem deixar desordena‑ damente os seus lugares, garantida‑ mente que a organização iria ter que responder por danos, pois eles segu‑ ramente iriam existir. Diz o artº 483 do Código Civil que “Aquele que, com dolo ou mera culpa, violar ilicitamente o direito de outrem ou qualquer disposição legal destina‑ da a proteger interesses alheios fica obrigado a indemnizar o lesado pelos danos resultantes da violação”.
Sobre esta matéria não existe qualquer dúvida. Neste caso concreto, os lesados teriam o direito a ser indemnizados. Mas estamos na presença de um acontecimento que poderia ter consequencias gigantescas em termos indemnizatórios. Será que o capital normalmente subscrito em apólices de Responsabilidade Civil do Organizador é adequado à dimensão dos eventos? Penso que não. Numa perspectiva de “Prudent Insurance Standard”, entendendo-se como tal um programa de seguros que um operador razoável e prudente subscreveria e man‑ teria, os capitais garantidos pela apólice de Responsabilidade Civil devem ter uma dimensão que, em caso de sinistro, não ponha em causa os direitos dos lesados nem o património do Organizador. É frequente as apólices de Responsabilidade Civil subscritas pelos Operadores de Eventos terem capitais médios na ordem dos 250 000 €, o que é manifestamente insuficiente. Convém saber que o aumento destes capitais não funciona na propor‑ cionalidade, como noutro tipo de seguros, ou seja, se aumentarmos o capital 10, 20 ou 40 vezes (o que seria já um capital adequado) o prémio não sobe nessa grandeza. Uma prestação de serviços de qualidade na óptica do comprador muitas vezes incide sobre pormenores que são menos cuidados, por serem considerados custos. Quem compra um serviço valoriza a segurança e as Pessoas estão em primeiro lugar. É preciso saber transformar custos em proveitos. Sobre esta matéria o Gestor da Conta de Seguros poderá sempre ajudar, apresentando propostas que vão ao encontro das necessidades de cada Operador, tendo em conta a especificidade dos Eventos e ajustando os capitais à natureza dos riscos. W W W . E V E N T P O I N T. C O M . P T
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RIVIERA MAYA: MAIS DO QUE SOL E MAR
Juntamente com Cancún, a Riviera Maya é o destino turístico mais importante do México e um dos mais conhecidos do mundo. É cenário de lua-de-mel para muitos portugueses, mas este é um destino que vai além do sol e mar. Playa del Carmen é a principal cidade da Riviera Maya. Com bons hotéis e restaurantes, zonas comerciais, bares, e com o mar das Caraíbas a emoldurar a paisagem, não é de espantar que a cidade fervilhe com o turismo. A oferta é diver‑ sificada, a pensar nos diferentes tipos
de visitantes, e esta ideia aplica-se ao alojamento e às actividades disponíveis. A poucos quilómetros de Playa, existe um parque eco-arqueológico, Xcaret, local onde se pode conhecer a cultura do país, a fauna e flora. É possível fazer mergulho ou nadar com golfinhos e é
por isso um dos mais concorridos spots desta região. A herança maia nesta zona tem o expoente máximo em Tulum, uma antiga cidade muralhada, praticamente em cima do mar, o que faz deste um sítio arqueológico único no mundo e o tercei‑ ro mais visitado do México.
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Esta oferta diversificada é muito apete‑ cível, por exemplo, para grupos e incen‑ tivos, para programas sociais e de acom‑ panhantes. Para eventos e congressos, os hotéis são os principais venues.
“Temos hotéis para todos os segmentos”, sublinha Dario Flota, director da Riviera Maya Meetings, entidade que promove este sector na região. Resorts de cinco estrelas, opções all-inclusive , hotéis mais económicos fazem parte do cardápio.
O acesso à Riviera Maya é feito através do Aeroporto Internacional de Cancun, o segundo mais importante do país, com conexões nacionais e internacio‑ nais. Há voos para França, Reino Unido, Espanha, Brasil, Alemanha e outros destinos, mas também para a maioria das grandes cidades americanas: Nova Iorque, Atlanta, Houston, Los Angeles, Chicago, entre outras. Em termos de empresas e fornecedores de eventos, Dario Flota é peremptório: “Diga o que precisa, e nós temos de certeza”. A hospitalidade mexicana é apontada como outra das mais-valias para realizar um evento na Riviera Maya, assim como a política de sustentabilidade do destino.
Os mercados mais importante para a região são os Estados Unidos e o nacional. Em relação à Europa a procura passa mais por incentivos. Para promover este segmento, a Riviera Maya Meetings organiza fam trips , que contam com um grande envolvimento dos players locais, participa em feiras do sector, IMEX, Frankfurt e Las Vegas, e AIBTM, e está presente nas revistas do país dedicadas à meetings industry. W W W . E V E N T P O I N T. C O M . P T
DESTINO INTERNACIONAL . RI V IE R A M AYA 62
QUATRO PERGUNTAS A DARIO FLOTA, DIRECTOR DO RIVEIRA MAYA MEETINGS Qual é a importância da meetings industry na economia local? Definitivamente é um dos segmentos mais importantes para a Riviera Maya. Temos cerca de 50 hotéis com salas para even‑ tos, o que representa 26 mil quartos disponíveis (dos 40.800 de todo o destino) e mais de 600 mil metros quadrados de espa‑ ço para reuniões. Tudo isto beneficia os DMC locais, as companhias de audiovisuais, os restaurantes, os parques, os campos de golfe, os locais arqueológicos como Tulum e Coba, importantes cidades da cultura maia. O facto de a Riviera Maya ser um conhecido destino de lazer é uma vantagem ou desvantagem quando procuram vender o destino para eventos? É uma vantagem. Os participantes nos eventos que decorrem na Riviera Maya podem beneficiar da oportunidade de ficar mais algum tempo após a convenção, congresso, feira, juntamente com as famílias, ou mesmo planear as suas férias num futuro próximo, já que temos 380 hotéis ao longo de um costa de 120 quilómetros, com alojamento para todos os bolsos. Em termos de venues e hotéis, considera que a oferta é suficiente? Diria que sim, uma vez que temos mais de 40 mil quartos, mas, definitivamente, precisamos de um Centro de Congressos maior , já que não há nenhum na cidade, são todos dentro de hotéis. Estamos a perder alguns eventos maiores, tais como congressos de associações médicas, ou grandes feiras. Hoje em dia podemos receber eventos até três mil pessoas, em escola, no novo Hard Rock Riveira Maya. Por que é que a experiência de realizar um congresso na Riviera Maya é diferente da das regiões vizinhas? A diversidade de hotéis, as inúmeras possibilidades em termos de aventura, de desportos aquáticos, os locais arqueológicos, a acessibilidade aérea, os sete campos de golfe, as festividades locais durante todo o ano, como o Festival de Jazz da Riviera Maya, considerado um dos dez principais eventos de jazz do mundo. Além disso, o comprometimento das empresas locais, e das pessoas que vivem na Playa del Carmen, e noutras cidades da Riveira Maya, o ambiente e a sustentabilidade, fazem com que este destino seja perfeito para eventos verdes, actividades de responsabilidade social corporativa, etc.
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W W W . E V E N T P O I N T. C O M . P T
FORMAÇÃO 64
“MUITOS DOS OPERADORES FORAM APOSTANDO NA SUA FORMAÇÃO”
A matéria da formação constitui a terceira e última parte de um dossiê inteiramente dedicado à Animação Turística. Falamos com António Marques Vidal, director da Margens, profissional que tem acompanhado mais de perto, no seio da APECATE (Associação Portuguesa das Empresas de Congressos, Animação Turística e Eventos), a questão da formação neste sector. ALGUNS DADOS Um estudo elaborado pelo Turismo de Portugal sobre o sector, datado de 2012, entre outros aspectos, procura traçar o cenário da formação dos pro‑ fissionais da área. Do total de colabo‑ radores que estiveram ao serviço nas empresas de animação turística em 2012, 29,9% detinham formação su‑ perior, dos quais 8,7% com formação superior especifica em turismo. 22,7%
dos profissionais tinham formação técnico-profissional, sendo que 6,2% com formação em turismo. Em termos agregados, cerca de 52% dos colabora‑ dores destas empresas têm formação superior ou de nível técnico-profissio‑ nal, sendo que 15% têm formação es‑ pecífica na área do turismo. O Alentejo lidera, em termos regionais, a percen‑ tagem de colaboradores com formação
em turismo (10% com formação supe‑ rior em turismo e 24,9% com formação técnico-profissional nesta área). A formação não está no topo das preo‑ cupações das empresas de animação turística segundo um estudo da ONAT – Observatório Nacional de Animação Turística, de 2013. Os inquiridos con‑ sideram importante o assunto, mas há outros temas ainda mais relevantes.
FORMAÇÃO . “ M UI T O S D O S OP E R A D ORE S F OR A M A P O S TA ND O N A S U A F ORM A Ç Ã O ” 65
QUATRO PERGUNTAS A ANTÓNIO MARQUES VIDAL Como avalia o grau de formação dos profissionais do sector de animação turística? Segundo um estudo do Turismo de Portugal cerca de 30% tem formação superior e só 8.7% na área do turismo. Como olha para estes números? A questão deve ser analisada sob várias perspectivas. Em primeiro lugar estes dados são condizentes com o facto de sermos um sector muito recente, com cerca de três décadas de existência. Em segundo lugar, é um sector que aparece pela iniciativa privada e que teve de fazer o seu percurso: criar um enquadramento legislativo, um mercado e uma oferta estruturada, sendo natural que a preocupação com a formação apareça mais diluída. Este facto, associado à particularidade da área da Animação Turística (AT) ser muito transversal, trabalhando com muitos factores, desde o lazer, recreação, actividade física, ambiente e cultura entre outros, leva a que as áreas de formação-base sejam as mais diversas, sendo natural a diversidade e o facto de poucos terem a licenciatura especifica em turismo (onde a oferta especifica para a área das AT’s ainda é muito peque‑ na). Apesar dos números poderem ser lidos como algo comprometedor, a realidade é menos preocupante, já que muitos dos operadores foram apostando na sua formação através de pequenos cursos, a reflexão sobre a acção e partilha de experiências, sendo o nível de formação, na generalidade, bem aceitável. Que necessidades existem? A principal necessidade está colocada a dois níveis: o primeiro é conseguir o reconhecimento de competências para os traba‑ lhadores no activo. Possibilitar o RVCC [Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências] é um marco determinante para a consolidação do sector. Após a realização deste passo, teríamos efectivamente dados mais precisos e específicos sobre o nível de formação dos profissionais do sector, permitindo uma leitura mais cuidada e real. A segunda é aumentar o nível de oferta de formação certificada e válida, que possibilite a capacitação de mais profissionais, garantindo a manutenção da quali‑ dade para o futuro. Quais as preocupações da APECATE nesta matéria? O que tem sido feito? O que falta fazer? Nesta fase, o que consideramos prioritário é o reconhecimento da formação dos activos através do RVCC (nível 5). A APECATE tem lutado para que esta questão se resolva, intervindo aos mais diversos níveis. Quanto à formação inicial, criá‑ mos um CET de Técnicos de Turismo de Ar Livre, que estamos a aplicar no terreno, num projecto em parceria com as Escolas do Turismo de Portugal. Na área da investigação, estabelecemos várias parcerias com Universidades para continuar a de‑ senvolver estudos que permitam trazer mais conhecimento sobre esta área. Ao nível internacional, continuamos a partici‑ par nos grupos de trabalho com os nossos parceiros europeus, onde já construímos vários documentos orientadores para o sector nomeadamente nos projectos realizados dentro da European Confederation of Outdoor Employers (EC-OE): EQFOA“European Qualification Framework for Outdoor Animators” (2006 – 2008); CLO2 “Professionalising training and mobility for outdoor animators in Europe, bridging the gap between sector competences and learning outcomes” (2008 – 2010); e ELESA “European Learning Syllabus for outdoor Animator” (2012 -), em fase de construção. O mercado, os profissionais, estão preocupados com esta questão da formação? No actual contexto económico e social, os operadores ainda estão muito preocupados com as questões da concorrência des‑ leal e com alguns pormenores do enquadramento legislativo, nomeadamente com todo o quadro legislativo conexo à activi‑ dade das AT’s (que obrigam a muitas regras burocráticas, complexas e muitas vezes desadequadas). A APECATE tem traba‑ lhado muito nesta área, quer na sensibilização e denúncia de muitos casos de concorrência ilegal, quer intervindo nos vários grupos legislativos (sempre que temos essa oportunidade), promovendo a simplificação do trabalho das AT’s. Devido ao facto de a grande maioria das empresas do sector serem micro-empresas com um ou dois trabalhadores que já têm formação, esta questão não é tão pertinente, mas sabemos que quando apostarem em crescer, e em contratar mais profis‑ sionais, a formação vai ser uma das grandes prioridades. Achamos que não se pode ter uma visão imediatista e que a aposta numa melhor formação e qualificação é benéfica para o sector, garantindo no futuro as bases necessárias para um desenvol‑ vimento sustentado do sector.
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GASTRONOMIA 66
À MESA COM…
Recuperamos na Event Point um espaço dedicado à gastronomia, e à inventiva do chefs que trabalham em Portugal. A cada um deles lançamos o desafio para que conceba a ementa de um determinado evento, que existe apenas na sua imaginação - na deles, claro. Desta vez, o convidado é o responsável, desde 2010, pela cozinha do Largo do Paço, restaurante da amarantina Casa da Calçada, que já nos habitou à distinção com a estrela Michelin. Vítor Matos começou por estudar na Suíça, onde teve como professor Francis Grandjean. Estreia-se como chef de cozinha em 1998, uma carreira que em 2012 fica marcada pelo Prix Chefs de l’Avenir, da Académie International de Gastronomie, Paris.
EMENTA Pão d´Alho, Presunto, Tomate e Tomilho Corneto com Recheio de Sapateira e camarão Chupa-chupa de Requeijão com Abóbora e Pinhões Tostados Sardinha Fumada no Carvão e Suas Ovas, Sucos de Pimentos Assados Trufa de foie gras Selecção de pães da Calçada e azeite Noval ~Murganheira Vintage
Parfait de Foie gras de landes em duas texturas ~Niepoort V V
“Inspirado no Polvo à Galega”… Pimentos Assados e Sementes de Quiabos ~Vinho Branco Oboé vinhas velhas
Carabineiro com Sabor a Mar, Tangerina, Algas, Caviar e Barriga de Atum Marinado ~Vinho Branco Foz do Torto Reserva
Vieiras Coradas com Aipo, Presunto Bísaro e Jus de Trufa ~Vinho Branco Poeira
Bacalhau de meia cura “Homenagem ao Mestre João Ribeiro” ~Vinho Branco Coche
Salmonete da Costa com Ouriço-do-mar e Canelonne de Carabineiro ~Vinho Branco Guru
Borrego com Molho de Ervas Aromáticas, Topinambur
CONVIDADO: Vítor Matos
ACONTECIMENTO: Jantar de celebração da
TEMA: Ensaios Sensoriais
escolha do Porto como melhor destino da Europa
SINOPSE: É uma cozinha de inspiração
CONVIDADOS: As 20 mais ilustres
Rabo de Novilho com Molho de Trufa e Escalope de Foie
moderna onde a tradição e as novas tendências gastronómicas fazem desta cozinha como que um despertador para os sentidos como base de orientação, na sua criação, a cultura do gosto onde “fazer comida” se substitui no todo pelo “fazer cozinha” e trabalhar no sentido de promover os valores de uma cozinha cultural, natural, evolutiva, social e artística.
personalidades da Cidade
Gras, Segurelha
LOCAL : Ponte D. Maria Pia, a 60 m de altura sobre o rio Douro
e Salsifis Couve-de-bruxelas, Chanterelles e Cebolinhas ~Barca Velha
Risotto de Cevadinha com Repolgas e Queijo da Ilha
DATA: Em plena noite de São João
~Quinta do Crasto Maria Teresa
Elementos de decoração: Toda a paisa‑ gem é o grande elemento de harmoni‑ zação e de decoração do jantar
Queijo Terrincho e Serra, Maça, Noz e Doce de Chili e
MÚSICA: De fundo, a do Arraial de São João
Chocolate São Tomé 72% em diversas texturas com frutos
Lima, Geleia de Citrinos
do bosque e violetas silvestres
ILUMINAÇÃO: Lanternas antigas da CP, a
~Quinta do Noval Nacional Vintage
culminarem com o fogo-de-artifício do São João
Pequenas Delicias da Pasteleira ~Café Nespresso
GASTRONOMIA . À ME S A C OM … V Í T OR M AT O S 67
SALMONETE DA COSTA COM OURIÇO-DO-MAR E CANELONNE DE CARABINEIRO RECEITA PARA 4 PESSOAS Salmonete no sauté 4 filetes de salmonetes ¼ azeite extra-virgem q.b flor de sal de Tavira q.b pimenta moinho Temperar os salmonetes com sal e pimenta. Corar os salmonetes num sauté bem quente, com azeite, e acabar a cozedura na salamandra.
Molho de ouriço-do-mar 200 gr caldo de crustáceos 20 gr échalote picada ¼ dl azeite extra-virgem 80 gr caviar ouriço-do-mar ½ dl nata Fígados dos dois salmonetes 1/4 dl brandy Puxar a échalote em azeite, juntar os fígados, flamejar com brandy. Juntar o caldo de crustáceos e deixar reduzir a metade. Juntar o caviar e nata e emul‑ sionar. Passar pelo passador de rede e rectificar o tempero.
Cannelonis de carabineiro 2 uni cannelonis 80 gr miolo de carabineiro ½ dl da nata ½ uni clara 5 gr cebolinho picado Cozer os cannelonis e reservar. Triturar o miolo com nata e clara. Temperar e juntar o cebolinho. Rechear os cannelo‑ nis e cozer a vapor durante 2 minutos. Finalização Espuma do mar Percebes Mistura de algas Azeite de carabineiro W W W . E V E N T P O I N T. C O M . P T
LEITOR 68
CONSULTÓRIO DE PROTOCOLO
Em vez das habituais perguntas dos leitores, desta vez propusemos às nossas especialistas em protocolo, Susana de Salazar Casanova e Cristina Fernandes, que respondessem ao desafio de um possível evento. Este terá lugar num país do médio oriente, organizado por uma entidade portuguesa, na sequência de um convite desse país. Trata-se de um workshop, seguido de jantar de negócios entre empresas portuguesas e locais. O evento decorrerá na residência do embaixador de Portugal. No dia seguinte haverá ainda uma feira de negócios. Quais as precedências nos discursos (quem abre, quem fecha), e à mesa, sendo que participa um Secretário de Estado (português), o Embaixador de Portugal e um Ministro do país que acolhe o evento? Relativamente aos discursos, a ordem na abertura, é: Embaixador de Portugal, seguido do Secretário de Estado. No encerramento discursa o Senhor Ministro local. Depois do Senhor Ministro discursar, o workshop encerra. No momento da refeição, se este decorrer na Embaixada de Portugal, o Senhor Embaixador, como anfitrião, co-preside com o Senhor Ministro (ficando este à sua frente). À direita do Senhor Embaixador ficará o Senhor Secretário de Estado.
Na feira do dia seguinte, organizado por um Ministério local, quem tem precedência, o Secretário de Estado ou o Embaixador ? De acordo com a Lei n.º 40/2006, de 25 de Agosto, Lei das precedências do Protocolo do Estado Português:”(…) 7-Nas sedes das representações di‑ plomáticas no estrangeiro, o respec‑ tivo titular preside sempre, excepto estando presente o Presidente da República, o Presidente da Assembleia da República, o Primeiro-Ministro ou o Ministro dos Negócios Estrangeiros. 8-Nas visitas de delegações portugue‑ sas chefiadas por entidades com esta‑ tuto protocolar de ministros caberá a estas a precedência em todos os actos externos do respectivo programa.” (Artigo 36º). De acordo com os dados disponibilizados desta particular cir‑ cunstância, o Embaixador de Portugal precede o Secretário de Estado.
S U S A N A D E S A L A Z A R C A S A N O VA E C R I S T I N A F E R N A N D E S
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DIRECTÓRIO 70
DIRECTÓRIO AMBIENTE E )MISSION
L I S B O A | 2 1 0 1 5 7 1 6 1 | S E R G I O @ E‑ M I S S I O N N E U T R A L . C O M | W W W. E‑ M I S S I O N N E U T R A L . C O M / P T
SMART WAT T
P O R T O | 2 2 0 1 1 4 3 6 6 | I N F O @S M A R T WAT T. P T | W W W. S M A R T WAT T. P T
ANIMAÇÃO 2 THE LOVE PRO JEC T
L I S B O A | 9 6 2 3 4 1 9 5 5 | 2 T H E L O V E P R O JE C T@ G M A IL . C O M
ADEREÇO PRODUÇÕES
P O R T O | 2 2 5 3 2 2 7 2 0 | G E R A L@A D E R E C O . C O M | W W W. A D E R E C O . C O M
ASES NA MANG A
B R A G A | 2 5 3 2 8 3 4 8 3 | A S E S@A S E S N A M A N G A . C O M | W W W. A S E S N A M A N G A . C O M
CONCEP T 4 TALENT S
L I S B O A | 2 1 3 9 4 0 2 4 2 | G E R A L@ C O N C E P T4 TA L E N T S . C O M | W W W. C O N C E P T4 TA L E N T S . C O M
FADUS
E S T O R I L | 2 1 4 6 6 2 5 5 0 | G E R A L@ FA D U S P E C I A L E V E N T S . C O M | W W W. FA D U S P E C I A L E V E N T S . C O M
TOBOG Ã
VA L O N G O | 9 1 5 7 0 7 9 3 8 | IN F O @T O B O G A . P T | W W W.T O B O G A . P T
T UR AVENT UR
É V O R A | 2 6 6 74 3 1 3 4 | T U R AV E N T U R @T U R AV E N T U R . C O M | W W W.T U R AV E N T U R . C O M
VERTENTE NAT UR AL
S E S IM B R A | 2 1 0 8 4 8 9 1 9 | IN F O @V E R T E N T E N AT U R A L . C O M | W W W.V E R T E N T E N AT U R A L . C O M
ARTISTAS E ESPECTÁCULOS E VERY THING IS NE W
L I S B O A | 2 1 3 9 3 3 7 7 0 | G E R A L@ E V E R Y T H IN G I S N E W. P T | W W W. E V E R Y T H IN G I S N E W. P T
MÚSICA NO COR AÇ ÃO
L I S B O A | 2 1 0 1 0 5 7 0 0 | M U S I C A N O C O R A C A O @ M U S I C A N O C O R A C A O . P T | W W W. M U S I C A N O C O R A C A O . P T
RITMOS & BLUES
PA Ç O D ’A R C O S | 2 1 4 6 9 4 0 5 0 | IN F O @ R I T M O S E B L U E S . P T | W W W. R I T M O S E B L U E S . P T
UAU
L I S B O A | 2 1 3 3 0 3 5 0 0 | U A U @ U A U . P T | W W W. U A U . P T
AUDIOVISUAIS
MOVE IT
C O VA D A P I E D A D E | 2 1 2 5 8 1 9 8 0 | I N F O @ M O V E I T. P T | W W W. M O V E I T. P T
RITMOS URBANOS
L I S B O A | 2 1 0 1 6 8 4 5 2 | G E R A L@ R I T M O S U R B A N O S . C O M | W W W. R I T M O S U R B A N O S . C O M
WINE SOLU TIONS
S I N T R A | 9 6 4 3 7 0 6 3 3 | IN F O @ W IN E S O L U T I O N S . C O M | W W W.W IN E S O L U T I O N S . C O M
ANIMAÇÃO TURÍSTICA
F LYMEDIA
M AT O S IN H O S | 2 2 9 5 4 5 6 8 9 | F LY M E D I A@ M A IL .T E L E PA C . P T | W W W. F LY M E D I A . P T
BIG TIME
FÁT I M A | 2 4 9 5 3 3 7 7 0 | J U L I O . S A N T O S@ B I G T IM E . P T | W W W. B I G T IM E . P T
CAMINHOS DA HISTÓRIA
T O M A R | 2 4 9 3 0 2 2 4 5 | G E R A L@ C A M IN H O S D A H I S T O R I A . C O M
CAMPO AVENT UR A
Ó B ID O S | 2 6 2 9 6 8 8 7 0 | G E R A L@ C A M P O AV E N T U R A . P T | W W W. C A M P O AV E N T U R A . P T
EQUINÓCIO
MAINVISION MEDIA SOLU TIONS
L I S B O A | 2 1 1 5 8 3 0 5 3 | I N F O @ M A I N V I S I O N . P T | W W W. M A I N V I S I O N . P T
L I S B O A | 2 1 0 1 5 5 1 3 9 | IN F O @ E Q U IN O C I O . C O M | W W W. E Q U IN O C I O . C O M
MARGENS
B A R R O S IN H A S | 2 3 4 6 4 8 5 7 1 | M A R G E N S@ M A R G E N S . P T | W W W. M A R G E N S . P T
PORT UG AL GREEN WALKS
B R A G A | 2 5 3 0 4 9 4 5 0 | IN F O @ C A M IN H O P O R T O S A N T I A G O . C O M | W W W. C A M IN H O P O R T O S A N T I A G O . C O M
ROTA DO F RESCO
X VENA ‑ E VENTOS E AUDIOVISUAIS
RUSTIT UR
ADLC AUDIOVISUAIS
SAL
AUDINOVA
V IL A N O VA D A B A R O N I A | 2 8 4 4 7 5 4 1 3 | I N F O @ R O TA D O F R E S C O . C O M | W W W. R O TA D O F R E S C O . C O M
É V O R A | 2 6 6 9 7 8 0 4 3 | I N F O @ R U S T I T U R . C O M | W W W. R U S T I T U R . C O M
S E T Ú B A L | 2 6 5 2 2 7 6 8 5 | S A L@S A L . P T | W W W. S A L . P T
L I S B O A | 9 1 8 3 9 4 4 3 4 | G E R A L@X V E N A . P T | W W W. X V E N A . P T
C A R N A X ID E | 2 1 8 6 2 1 4 4 0 | C O M E R C I A L@A D L C ‑ AV. C O M | W W W. A D L C ‑ AV. C O M
L E Ç A D A PA L M E IR A | 2 2 9 9 6 1 9 3 0 | G E R A L@A U D IN O VA . P T | W W W. A U D IN O VA . P T
DIRECTÓRIO 71
AUDIOMEIOS
T URISMO DE LISBOA VISITORS & CONVENTION BURE AU
AVK
T URISMO DO ALENTE JO
BACKLIGHT
T URISMO DO CENTRO DE PORT UG AL
DIGITAL F R AME
DESTINATION MANAGEMENT COMPANIES
V E N D A D O P I N H E I R O | 2 1 9 6 6 3 8 4 3 | G E R A L@A U D I O M E I O S . P T | W W W. A U D I O M E I O S . P T
L I S B O A | 2 1 9 4 1 3 5 3 0 | C O M E R C I A L@AV K . P T | W W W. AV K . P T
S E T Ú B A L | 2 1 2 3 4 9 74 0 | B A C K L I G H T@V E R Y L I G H T. P T
V I L A N O VA D E G A I A | 2 2 7 8 7 0 17 5 | IN F O @ D I G I TA L F R A M E . P T | W W W. D I G I TA L F R A M E . P T
ELEC TROAUDIO
S . D O M I N G O S D E R A N A | 2 1 4 5 3 1 2 2 3 | I N F O @ E L E C T R O A U D I O . N E T | W W W. E L E C T R O A U D I O . N E T
EUROLOGISTIX
V IL A M O U R A | 2 8 9 4 1 9 1 9 9 | G E R A L@ E U R O L O G I S T I X . P T | W W W. E U R O L O G I S T I X . P T
SERVICE PACK
L E Ç A D A PA L M E I R A | 2 2 9 9 4 2 9 4 4 | G E R A L@S E R V I C E PA C K . P T | W W W. S E R V I C E PA C K . P T
SMART CHOICE
L I S B O A | 2 1 8 6 8 1 0 3 5 | G E R A L@S M A R T C H O I C E . P T | W W W. S M A R T C H O I C E . P T
CATERING
L I S B O A | 2 1 0 3 1 2 7 0 0 | AT L@V I S I T L I S B O A . C O M | W W W.V I S I T L I S B O A . C O M
G R Â N D O L A | 2 6 9 4 9 8 6 8 0 | G E R A L@T U R I S M O D O A L E N T E J O . P T | W W W.V I S I TA L E N T E J O . P T
AV E I R O | 2 3 4 4 2 0 7 6 0 | G E R A L@T U R I S M O D O C E N T R O . P T | W W W.T U R I S M O D O C E N T R O . P T
ABREU
L I N D A ‑ A ‑V E L H A | 2 1 4 1 5 6 1 1 5 | D M C P O R T U G A L . L I S B O N @A B R E U . P T | W W W. D M C P O R T U G A L . A B R E U . P T
AIMS
L I S B O A | 2 1 3 2 4 5 0 4 0 | L I S B O N @A IM S ‑ IN T E R N AT I O N A L . C O M | W W W. A IM S . P T
CIT UR TR AVEL
L IN D A ‑ A ‑V E L H A | 2 17 7 1 2 6 1 0 | L I S B O N @ C I T U R . P T | W W W. C I T U R . P T
DOC DMC SERVICES
L I S B O A | 2 1 3 2 4 2 0 0 0 | E V E N T S@ D O C ‑ D M C . C O M | W W W. D O C ‑ D M C . C O M
E VENT S BY TLC
L I S B O A | 2 1 3 2 1 3 0 6 0 | E V E N T S@T L C . P T | W W W. E V E N T S B Y T L C . C O M
B HOLDING
F ORUM D’IDEIAS ‑ PCO & DMC
CASA DO MARQUÊS
IMAGINE MORE
CATERI
THE HOUSE OF E VENT S
COOKING L AB
TOP ATL ÂNTICO DMC
COZINHA DIVINA
T UR ANGR A
ENCONTRUS
XP TO MARKE TING
MO JITO BAR CATERING
ESPAÇOS MULTIUSOS
A B Ó B O D A | 2 1 4 6 5 8 4 2 0 | G E R A L@ B H O L D IN G . C O M . P T | W W W. B H O L D IN G . C O M . P T
L I S B O A | 2 1 4 1 1 8 1 5 2 | C A S A D O M A R Q U E S@ C A S A D O M A R Q U E S . P T | W W W. C A S A D O M A R Q U E S . P T
A L C A B I D E C H E | 2 1 4 6 0 8 8 3 0 | G E R A L@ C AT E R I . P T | W W W. C AT E R I . P T
L I S B O A | 9 1 1 5 5 9 6 6 6 | I N F O @ C O O K I N G L A B . N E T | W W W. C O O K I N G L A B . N E T
L O U R IN H Ã | 9 17 8 9 8 5 5 5 | C O N TA C T O @ C O Z IN H A D I V IN A . C O M | W W W. C O Z IN H A D I V IN A . C O M
C A R R E G A L D O S A L | 2 3 2 9 6 0 2 0 0 | M A IL@ E N C O N T R U S . C O M | W W W. E N C O N T R U S . C O M
PA Ç O D E A R C O S | 9 1 9 1 8 6 0 2 9 | I N F O @ M O J I T O B A R C AT E R IN G . C O M | W W W. M O J I T O B A R C AT E R IN G . C O M
PAL ACE CATERING
P O R T O | 7 0 7 5 0 2 2 2 0 | C O M E R C I A L@ PA L A C E C AT E R IN G . P T | W W W. PA L A C E C AT E R IN G . P T
SILVA CARVALHO CATERING
S IN T R A | 2 1 9 2 5 5 5 1 0 | C O M E R C I A L@S C C AT E R IN G . P T | W W W. S ILVA C A R VA L H O C AT E R I N G . C O M
TRÊS SÉCULOS
V I L A N O VA D E G A I A | 2 2 3 74 2 8 0 0 | G E N E R A L . O F F I C E@T R E S S E C U L O S . P T | W W W.T R E S S E C U L O S . P T
TROPICAL CATERING
F U N C H A L | 2 9 1 7 0 0 8 4 0 | R E S TA U R A N T E .T R O P I C A L@ C L I X . P T | W W W.T R O P I C A L C AT E R IN G . PA ‑ N E T. P T
V IL A N O G U E IR A D E A Z E I TÃ O | 2 1 2 1 8 9 3 9 3 | IN F O @ F O R U M D ID E I A S . C O M | W W W. F O R U M D ID E I A S . C O M
L I S B O A | 2 1 3 6 2 8 3 9 3 | A N A .T E L O @ IM A G IN E M O R E . P T | W W W. IM A G IN E M O R E . P T
P O R T O | 2 2 8 3 4 8 9 4 0 | IN F O @T H E . P T | W W W.T H E . P T
L I S B O A | 2 1 8 9 2 5 8 0 0 | T O PAT L A N T I C O @T O PAT L A N T I C O . C O M | W W W.T O PAT L A N T I C O . P T
A N G R A D O H E R O Í S M O | 2 9 5 4 0 1 5 1 5 | A N G R A@T U R A N G R A . C O M | W W W.T U R A N G R A . C O M
L O U L É | 2 8 9 4 17 0 9 2 . 9 6 1 7 0 1 2 8 0 | A N A B E L A@X P T O M A R K E T IN G . P T | W W W. X P T O M A R K E T IN G . P T
AVEIRO EUROPARQUE
S A N TA M A R I A D A F E IR A | 2 5 6 3 7 0 2 0 0 | E V E N T O S@ E U R O PA R Q U E . P T | W W W. E U R O PA R Q U E . P T
BR AG A MULTIUSOS DE GUIMAR ÃES
G U IM A R Ã E S | 2 5 3 5 2 0 3 0 0 | G E R A L@T E M P O L I V R E . P T | W W W.T E M P O L I V R E . P T
PARQUE DE E XPOSIÇÕES DE BR AG A
B R A G A | 2 5 3 2 0 8 2 3 0 | P E B @ P E B . P T | W W W. P E B . P T
CONVENTION BURE AUX / TURISMOS
COIMBR A
ALG ARVE CONVENTION BURE AU
CENTRO DE ARTES E ESPEC TÁCULOS DA F IGUEIR A DA F OZ
FA R O | 2 8 9 8 0 0 4 0 3 | W W W. A L G A R V E C O N V E N T I O N . C O M
F I G U E IR A D A F O Z | 2 3 3 4 0 7 2 0 0 | G E R A L@ F I G U E IR AT U R I S M O . C O M | W W W. C A E . P T
ESTORIL & SINTR A CONVENTION BURE AUX
FARO
PORTO CONVENTION BURE AU
CENTRO DE CONGRESSOS DO AR ADE
T URISMO DA MADEIR A
PORTIMÃO ARENA
E S T O R IL | 2 1 4 6 6 8 1 6 7 | G E R A L@ E S T O R IL M E E T IN G S . C O M | W W W. E S T O R IL M E E T IN G S . C O M
P O R T O | 2 2 3 3 2 6 7 5 1 | P O R T O C V B @ P O R T O C V B . C O M | W W W. P O R T O C V B . C O M
M A D E IR A | 2 9 1 2 1 1 9 0 0 | IN F O @ M A D E IR AT O U R I S M . C O M | W W W. M A D E IR A I S L A N D S .T R AV E L
P O R T IM Ã O | 2 8 2 4 1 0 4 4 0 | G E R A L@ E X P O A R A D E . P T | W W W. E X P O A R A D E . P T
P O R T IM Ã O | 2 8 2 4 1 0 4 4 0 | G E R A L@ P O R T IM A O T U R I S . P T | W W W. P O R T IM A O A R E N A . C O M
W W W . E V E N T P O I N T. C O M . P T
DIRECTÓRIO 72
LEIRIA CENTRO CULT UR AL E CONGRESSOS DAS CALDAS DAS R AINHA C A L D A S D A R A IN H A | 2 6 2 8 8 9 6 5 0 | S E C R E TA R I A D O @ C C C . E U . C O M | W W W. C C C . E U . C O M
E XPOSAL ÃO BATALHA
B ATA L H A | 2 4 4 7 6 9 4 8 0 | I N F O @ E X P O S A L A O . P T | W W W. E X P O S A L A O . P T
LISBOA
DOURO MARINA
V IL A N O VA D E G A I A | 2 2 0 9 0 7 3 0 0 . 9 1 8 5 0 1 4 74 | IN F O @ D O U R O M A R IN A . C O M | W W W D O U R O M A R I N A . C O M
MEO ARENA
L I S B O A | 2 1 8 9 1 8 4 0 9 | I N F O @ M E O A R E N A . P T | W W W. M E O A R E N A . P T
AUDITÓRIO DA FACULDADE DE MEDICINA DENTÁRIA L I S B O A | 2 17 9 2 2 6 2 5 | A U D I T O R I O @ F M D . U L . P T | W W W. F M D . U L . P T
ASSOCIAÇ ÃO COMERCIAL DE LISBOA
L I S B O A | 2 1 3 2 2 4 0 5 0 | S M @A C L . O R G . P T | W W W. A C L . O R G . P T
CAMPO PEQUENO
L I S B O A | 2 17 9 9 8 4 5 0 | VA S C O C O R N E L I O @ C A M P O P E Q U E N O . C O M | W W W. C A M P O P E Q U E N O . C O M
CASINO ESTORIL
E S T O R IL | 2 1 4 6 6 7 7 0 0 | I N F O . C E S T O R I L@ E S T O R I L . S O L . C O M | W W W. C A S I N O ‑ E S T O R I L . P T
CENTRO CULT UR AL DE BELÉM
L I S B O A | 2 1 3 6 1 2 6 9 7 | D A C@ C C B . P T | W W W. C C B . P T
CENTRO DE CONGRESSOS DE LISBOA
ESTÁDIO DO DR AG ÃO
P O R T O | 2 2 5 0 8 3 0 2 7 | P O R T O E S TA D I O @ F C P O R T O . P T | W W W. F C P O R T O . P T
CAVES CALÉM ‑ SOGE VINUS F INE WINES
V IL A N O VA D E G A I A | 2 2 3 74 6 6 6 0 | T U R I S M O @S O G E V IN U S . C O M | H T T P : // W W W. C A L E M . P T
COLISEU DO PORTO
P O R T O | 2 2 3 3 9 4 9 4 0 | C O L I S E U @ C O L I S E U D O P O R T O . P T | W W W. C O L I S E U D O P O R T O . P T
E XPONOR
M AT O S IN H O S | 2 2 9 9 8 1 4 0 0 | IN F O @ E X P O N O R . P T | W W W. E X P O N O R . P T
F UNDAÇ ÃO DE SERR ALVES CONGRESS CENTER
P O R T O | 2 2 6 1 5 6 5 0 0 | S E R R A LV E S@S E R R A LV E S . P T | W W W. S E R R A LV E S . C O M
MOSTEIRO DE SÃO BENTO DA VITÓRIA
P O R T O | 2 2 3 4 0 1 9 0 0 | L A R C H E R @T N S J . P T | W W W.T N S J . P T
L I S B O A | 2 1 3 6 0 1 4 0 0 | L I S B O A C C@A IP. P T | W W W. L I S B O A C C . P T
SANTARÉM
CENTRO DE CONGRESSOS DO ESTORIL
CNEMA
E S T O R I L | 2 1 4 6 4 7 5 7 5 | IN F O @ E S T O R IL C O N G R E S S C E N T E R . C O M | W W W. E S T O R IL C O N G R E S S C E N T E R . C O M
COLISEU DE LISBOA
L I S B O A | 2 1 3 2 4 0 5 8 0 | M J O A O @ C O L I S E U L I S B O A . C O M | W W W. C O L I S E U L I S B O A . C O M
CONVENTO DO BE ATO
L I S B O A | 2 1 0 1 0 9 9 2 3 | C O N V E N T O D O B E AT O @ C E R E A L I S . P T | W W W. C O N V E N T O D O B E AT O . C O M
ESTÁDIO ALVAL ADE X XI
L I S B O A | 2 17 5 1 6 5 2 2 | E V E N T O S . C O R P O R AT E@S C P. P T | W W W. S P O R T IN G . P T
ESTÁDIO DA LUZ ‑ BENF ICA E VENTOS
L I S B O A | 2 17 2 1 9 5 6 5 | B S A@S L B E N F I C A . P T | W W W. S L B E N F I C A . P T
F IL ‑ F EIR A INTERNACIONAL DE LISBOA L I S B O A | 2 1 8 9 2 1 5 0 0 | F I L@A I P. P T | W W W. F I L . P T
PORTO
S A N TA R É M | 2 4 3 3 0 0 3 0 0 | C E N T R O D E C O N G R E S S O S@ C N E M A . P T | W W W. C N E M A . P T
VISEU E XPOVIS
V I S E U | 2 3 2 4 2 2 0 1 8 | G E R A L@ E X P O V I S . P T | W W W. E X P O V I S . P T
AÇORES AÇOR ARENA
V IL A F R A N C A D O C A M P O | 2 9 6 5 3 9 3 9 0 | A C O R A R E N A@A C O R A R E N A . P T
CENTRO CULT UR AL E DE CONGRESSOS DE ANGR A DO HEROÍSMO A N G R A D O H E R O Í S M O | 2 9 5 2 0 6 1 2 0 | C U LT U R A N G R A@ C U LT U R A N G R A . P T
MADEIR A CENTRO CULT UR AL E DE CONGRESSOS DE PORTO SANTO P O R T O S A N T O | 2 9 1 9 8 0 6 0 0
MADEIR A TECNOPOLO
F U N C H A L | 2 9 1 7 2 0 0 0 0 | A D M IN @ M A D E IR AT E C N O P O L O . P T | W W W. M A D E IR AT E C N O P O L O . P T
CENTRO DE CONGRESSOS E E XPOSIÇÕES DA ALFÂNDEG A P O R T O | 2 2 3 4 0 3 0 2 4 | C C E@A M T C . P T | W W W. A M T C . P T
73
W W W . E V E N T P O I N T. C O M . P T
DIRECTÓRIO 74
ESTRUTURAS E ALUGUER DE MATERIAL
ESCOL A SUPERIOR DE T URISMO E TECNOLOGIA DO MAR P E N I C H E | 2 6 2 7 8 3 6 0 7 | E S T M @ I P L E I R I A . P T | W W W. E S T M . I P L E I R I A . P T
E TIC
L I S B O A | 2 1 3 9 4 2 5 5 0 | IN F O @ E T I C . P T | W W W. E T I C . P T
ISL A
L I S B O A | 8 0 8 2 0 3 5 4 4 | E L P M E@ L X . I S L A . P T | W W W. I S L A . P T
ALUGOCLIMA ( AR‑CONDICIONADO)
A L D E I A D E PA I O P IR E S | 2 1 2 5 4 9 5 5 0 | IN F O @A L U G O C L IM A . C O M | W W W. A L U G O C L IM A . C O M
RESTART
L I S B O A | 2 1 3 6 0 9 4 5 0 | IN F O @ R E S TA R T. P T | W W W. R E S TA R T. P T
FOTOGRAFIA E VÍDEO
CBS
L O U S A D A | 2 5 5 8 1 0 2 3 0 | G E R A L@ C B S . P T | W W W. C B S . P T
MINIF OTO
L I S B O A | 2 17 5 6 7 3 3 0 | M IN IF O T O @ N E T C A B O . P T | W W W. M IN IF O T O ‑ E S T U D I O . C O M
FABRICE ZIEGLER
L I S B O A | 2 1 8 8 7 7 7 1 9 | FA B R I C E Z I E G L E R @ N E T C A B O . P T | W W W. FA B R I C E Z I E G L E R . C O M
NV ST UDIO MULTILEM
A Z A M B U J A | 2 6 3 4 0 0 0 1 0 | I N F O @ M U LT I L E M , P T | W W W. M U LT IL E M . P T
ALUGU’AQUI (MOBILIÁRIO, LOUÇ A )
P O R T O | 2 2 6 1 8 0 74 1 | N V S T U D I O @ N V S T U D I O . P T | W W W. N V S T U D I O . P T
HOTÉIS
S IN T R A | 2 1 9 1 0 8 0 0 3 | I N F O @A A Q U I . C O M | W W W. A A Q U I . C O M
AVEIRO
EUROPALCO (PALCOS E OU TR AS ESTRU T UR AS)
PAL ACE HOTEL BUSSACO
E VENTPACK (ESTRU T UR AS, MOBILIÁRIO, DECOR AÇ ÃO)
BE JA
M E M M A R T IN S | 2 1 9 6 0 5 5 2 0 | VA N E S S A . F O N S E C A@ E U R O PA L C O . P T | W W W. E U R O PA L C O . C O M
B R A G A | 2 5 3 2 8 3 4 8 3 | P E D R O @ E V E N T PA C K . N E T | W W W. E V E N T PA C K . N E T
E VIDÊNCIA DISPL AY (STANDS)
L U S O | 2 3 1 9 3 7 9 7 0 | B U S S A C O @A L M E ID A H O T E L S . C O M | W W W. A L M E ID A H O T E L S . C O M
BE JA PARQUE HOTEL
B E J A | 2 8 4 3 1 0 5 0 0 | R E S E R VA S@ B E J A PA R Q U E H O T E L . C O M | W W W. B E J A PA R Q U E H O T E L . C O M
L I S B O A | 2 1 4 6 0 3 6 2 0 | G E R A L@ E V ID E N C I A D I S P L AY. C O M | W W W. E V ID E N C I A D I S P L AY. C O M
GL E VENT S (MOBILIÁRIO)
A L C O C H E T E | 2 1 2 3 17 4 3 0 | IN F O @ G L E V E N T S ‑ P O R T U G A L . C O M | W W W. G L E V E N T S ‑ P O R T U G A L . C O M
MODEL STAND (STANDS)
B R A G A | 2 5 3 3 0 0 3 2 0 | C O M E R C I A L@ M O D E L S TA N D . P T | W W W. M O D E L S TA N D . P T
MULTIARCO ( AR‑CONDICIONADO)
L I S B O A | 2 1 8 4 8 3 74 0 | I N F O @ M U LT I A R C O . P T | W W W. M U LT I A R C O . P T
BR AG A MELIÃ BR AG A
B R A G A | 2 5 3 1 4 4 0 0 0 | M E L I A . B R A G A@ M E L I A P O R T U G A L . C O M | W W W. M E L I A B R A G A . C O M
BR AG ANÇ A HOTEL SÃO L Á Z ARO
B R A G A N Ç A | 2 7 3 3 0 2 7 0 0 | C O M E R C I A L . H S L@ H O T E I S ‑ A R C O . C O M | W W W. H O T E I S ‑ A R C O . C O M
PEBÊ DESIGN (STANDS)
COIMBR A
PUBLIACÇ ÃO (ROAD‑ SHOW )
HOTEL QUINTA DAS L ÁGRIMAS
SIR AM (PALCOS E OU TR AS ESTRU T UR AS)
HOTEL VIL A G ALÉ COIMBR A
SPORME X (STANDS)
É VOR A
T E R R U G E M | 2 1 9 1 8 8 7 2 0 | G E R A L@ P E B E . P T | W W W. P E B E . P T
A L M A R G E M D O B I S P O | 2 1 0 1 0 6 2 9 5 | G E R A L@ P U B L I A C C A O . C O M | W W W. P U B L I A C C A O . C O M
F U N C H A L | 2 9 1 2 3 0 3 5 0 | S IR A M @S IR A M . P T | W W W. S IR A M . C O M
B R A G A | 2 5 3 6 7 3 6 8 9 | G E R A L@S P O R M E X . P T | W W W. S P O R M E X . P T
FORMAÇÃO ESCOL A DE GESTÃO E NEGÓCIOS
L I S B O A | 2 1 3 17 7 6 0 7 | E G N E G O C I O S@ U N I V E R S ID A D E‑ A U T O N O M A . P T | W W W. E G N E G O C I O S . U A L . P T
ESCOL A SUPERIOR DE HOTEL ARIA E T URISMO DO ESTORIL E S T O R IL | 2 1 0 0 4 0 7 0 0 | I S A B E L . S O U S A@ E S H T E . P T | W W W. E S H T E . P T
C O IM B R A | 2 3 9 8 0 2 3 8 0 | C O M E R C I A L@ Q U IN TA D A S L A G R IM A S . P T | W W W. Q U IN TA D A S L A G R IM A S . P T
C O IM B R A | 2 3 9 2 4 0 0 0 0 | C O IM B R A@V IL A G A L E . P T | W W W.V IL A G A L E . P T
HOTEL MAR DE AR
É V O R A | 2 6 6 74 0 7 0 0 | G E R A L@ M A R D E A R H O T E L S . C O M | W W W. M A R D E A R H O T E L S . C O M
FARO CROWNE PL A Z A HOTEL
V IL A M O U R A | 2 8 9 3 8 1 6 0 0 | G E R A L@ C P V IL A M O U R A . C O M | W W W. C R O W N E P L A Z AV IL A M O U R A . C O M
C S SALG ADOS GR ANDE HOTEL
A L B U F E IR A | 2 8 9 5 9 8 3 3 1 | G R O U P S . A L G A R V E@ C S H O T E L S A N D R E S O R T S . C O M | W W W. C S H O T E L S A N D R E S O R T S . C O M
DIRECTÓRIO 75
W W W . E V E N T P O I N T. C O M . P T
DIRECTÓRIO 76
LE MERIDIEN PENINA GOLF E RESORT
P O R T I M Ã O | 2 8 2 4 2 0 2 0 0 | R E S E R VAT I O N S . P E N IN A@ L E M E R ID I E N . C O M | W W W. L E M E R I D I E N P E N IN A . C O M
SHER ATON ALG ARVE HOTEL & RESORT
ALBUF EIR A | 289 500 100 | PINECLIF F S.RE SERVATIONS@LU X URYCOLLEC TION.C OM | W W W.SHER AT ONALG ARVE .C OM
TIVOLI MARINA DE VIL AMOUR A
V I L A M O U R A | 2 8 9 3 0 3 3 0 3 | H T M A R IN AV IL A M O U R A@T I V O L IH O T E L S . C O M | W W W.T I V O L IH O T E L S . C O M
LEIRIA MARRIOT PR AIA D’EL RE Y & BE ACH RESORT
Ó B I D O S | 2 6 2 9 0 5 1 0 0 | IN F O . P D R @ M A R R I O T T‑ P D R . C O M . P T | W W W. P R A I A ‑ D E L‑ R E Y. C O M
LISBOA
VIANA DO C ASTELO F LÔR DE SAL
V I A N A D O C A S T E L O | 2 5 8 8 0 0 1 0 0 | R E S E R VA S@ H O T E L F L O R D E S A L . C O M | W W W. H O T E L F L O R D E S A L . C O M
V I L A R E AL VIDAGO PAL ACE HOTEL
V ID A G O | 2 7 6 9 9 0 9 0 0 | V ID A G O PA L A C E@ U N I C E R . P T | W W W.V ID A G O PA L A C E H O T E L . C O M
VISEU HOTEL MONTEBELO
V I S E U | 2 3 2 4 2 0 0 0 0 | M O N T E B E L O V I S E U @V I S A B E IR AT U R I S M O . C O M | W W W. M O N T E B E L O V I S E U . P T
AÇORES HOTEL AÇORES ATL ÂNTICO
P O N TA D E L G A D A | 2 9 6 3 0 2 2 0 0 | AT L A N T I C O @ B E N S A U D E . P T | W W W. B E N S A U D E . P T
MADEIR A ALTIS GR AND HOTEL
L I S B O A | 2 1 3 1 0 6 0 0 0 | G U E S T S E R V I C E A LT I S@A LT I S H O T E L S . C O M | W W W. A LT I S H O T E L S . C O M
CORINTHIA LISBOA HOTEL
L I S B O A | 2 17 2 3 6 3 6 3 | L I S B O A@ C O R IN T H I A . P T | W W W. C O R IN T H I A H O T E L S . C O M
DOUBLE TREE BY HILTON LISBON ‑ F ONTANA PARK
HOTEL SAVOY
F U N C H A L | 2 9 1 2 1 3 0 0 0 | R E S E R VAT I O N S@S AV O Y R E S O R T. C O M | W W W. S AV O Y R E S O R T. C O M
THE VINE HOTEL
F U N C H A L | 2 9 1 0 0 9 0 0 0 | R E S E R VAT I O N S@ H O T E LT H E V IN E . C O M | W W W. H O T E LT H E V IN E . C O M
ORGANIZADORES PROFISSIONAIS DE CONGRESSOS
L I S B O A | 2 1 0 4 1 0 6 0 0 | L I S B O N F O N TA N A PA R K . IN F O @ H ILT O N . C O M | W W W. D O U B L E T R E E . C O M
HOTEL CASCAIS MIR AGEM
C A S C A I S | 2 1 0 0 6 0 6 0 0 | R E S E R VAT I O N S@ C A S C A I S M I R A G E . C O M | W W W. C A S C A I S M IR A G E . C O M
HOTEL RE AL VILL A ITÁLIA
C A S C A I S | 2 1 0 9 6 6 0 0 0 | R E A LV IL L A I TA L I A@ H O T E I S R E A L . C O M | W W W. R E A L H O T E L S G R O U P. C O M
LISBON MARRIOT T HOTEL
FAC TOR CHAVE
L I S B O A | 2 17 2 3 5 4 0 0 | C L A U D I A .V E N T U R A@ M A R R I O T T H O T E L S . C O M | W W W. M A R R I O T T. C O M
A L G É S | 2 1 4 3 0 7 74 0 | C O N G R E S S O S@ FA C T O R C H AV E . P T | W W W. FA C T O R C H AV E . C O M
PAL ÁCIO ESTORIL
ACRÓPOLE
E S T O R I L | 2 1 4 6 4 8 0 0 0 | F R O N T‑ D E S K@ PA L A C I O E S T O R IL H O T E L . C O M | W W W. PA L A C I O E S T O R IL H O T E L . C O M
P O R T O | 2 2 6 1 9 9 6 8 0 | G E R A L@A C R O P O L E‑ S E R V I C O S . P T | W W W. A C R O P O L E‑ S E R V I C O S . P T
PESTANA PAL ACE
CI ‑ CONGRESSOS E INCENTIVOS
L I S B O A | 2 1 3 6 1 5 6 0 0 | S A L E S . P O R T U G A L@ P E S TA N A . C O M | W W W. P E S TA N A . C O M
S IN T R A | 2 1 9 2 4 6 3 4 2 | C I C O N G R E S S O S@S A P O . P T | W W W. C I ‑ C O N G R E S S O S . C O M
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