E VENTOS | CONGRESSOS | FEIR AS | INCENTIVOS | DESTINOS A N O I V | N Ú M E R O 12 | T R I M E S T R A L | J U L H O , A G O S T O E S E T E M B R O D E 2 0 14 | 5 , 0 0 €
RESTRIÇÕES ALIMENTARES AUMENTAM NOS EVENTOS AS VANTAGENS DE ALUGAR
SEM CRIATIVIDADE ONDE FICA A DIFERENCIAÇÃO?
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FICHA TÉCNICA
EDITORIAL
PROPRIETÁRIO Estação Livre . Comunicação Tel: 223395624 info@eventpoint.com.pt www.eventpoint.com.pt
SEDE DA REDACÇÃO Rua da Fábrica Social, s/n 4000‑201 Porto . Portugal
DIRECTOR
Rui Ochôa [rui@eventpoint.com.pt]
EDITORA / DIRECTORA DE INFORMAÇÃO Cláudia Coutinho de Sousa [claudia@eventpoint.com.pt]
REDACÇÃO
Cláudia Coutinho de Sousa Maria João Leite [mj@eventpoint.com.pt] Sara Marques [sara@eventpoint.com.pt] ―
DIRECTOR COMERCIAL Filipe Silva
[filipe@eventpoint.com.pt] ASSISTENTE COMERCIAL Marta Telles
[comercial@eventpoint.com.pt] ASSISTENTE DE DIRECÇÃO Rita Coutinho Costa
TRADUÇÕES
Diana Reis Marques
COLUNISTAS
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António Horta Salvo Miguel Salema Garção Nuno Silveira Pedro Caldas Uriel Oliveira Zezo Carvalho ―
DESIGN
Norma Design [geral@normadesign.com]
FOTOGRAFIA DA CAPA Jack Morton Worldwide
FOTOGRAFIA Minifoto
IMPRESSÃO
Norprint Zona Industrial Alto da Cruz ‑ Fontiscos Apt.: 172 . 4780‑583 Santo Tirso ―
Nº REGISTO ERC 126066
DEPÓSITO LEGAL 330066/11
TIRAGEM
3.500 exemplares
PERIODICIDADE Trimestral ― É estritamente proibida a reprodução parcial ou integral de textos ou ilustrações da Event Point. As informações contidas nos anúncios são da exclusiva responsabilidade dos anunciantes. Consequentemente, não podemos ser responsabilizados por qualquer informação incorrecta que se possa verificar.
CLÁUDIA COUTINHO DE SOUSA
RUI OCHÔA
RESTA‑NOS COMPETIR PELO PREÇO? Onde está a diferenciação, nos eventos que somos capazes de organizar? A pergunta é respondida por Julian Pullan, o líder da Jack Morton Worldwide para a Europa, África e Médio Oriente, em entrevista à Event Point. A propósito desta pergunta surge a reflexão sobre o modo como em Portugal o sector está tão pulverizado. Virtualmente toda a gente pode e organiza eventos corporativos e associativos. O que significa que a concorrência é grande, os preços tendem a baixar, e com eles as margens do negócio. A partir de certo nível, o serviço, a qualidade dos eventos tem que começar a ressentir‑se ‑ é inevitável. Por outro lado, se houvesse no mercado empresas de outra dimensão, com capacidade para actuar cá dentro, e também no estrangeiro, não teríamos um sector mais forte e saudável? Para que isso fosse possível teria que haver projectos que se juntassem, e assim crescessem. Mas é isto possível? Deveria ser... Envie‑nos a sua opinião para info@eventpoint.com.pt. Ouvimos algumas das marcas presentes no Nos Alive, não só por causa da mudança de naming sponsor do festival organizado pela Everything Is New de Álvaro Covões, mas porque quisemos saber as razões para estarem presentes, de que modo prepararam as activações, e como medem o retorno do investimento, que é sempre considerável. Destacamos um extenso estudo encomendado pela Alfândega do Porto, sobre o impacto económico do Centro de Congressos para a cidade, a região e o país. Um documento que saudamos, e que nos leva a lamentar que não haja muitos outros. Isso seria importante para a afirmação e o reconhecimento de uma indústria que vale muito mais do que por vezes se supõe ‑ mas lá está, sem dados é difícil, se não impossível, demonstrá‑lo. A APCER está a promover uma nova certificação em Portugal que acredita empresas quanto à capacidade de organizarem eventos sustentáveis. Para conhecer melhor num reportagem que inclui o testemunho das duas únicas entidades que no país ostentam já o selo da ISO 20121. Não perca ainda um artigo sobre restrições alimentares, onde se fala de alergias, de convicções religiosas e de simples opções de gosto. O assunto é sério, e exige cada vez mais atenção por parte dos organizadores, mas perante alguns dos exemplos é impossível conter um sorriso. No capítulo das tecnologias, pedimos a ajuda de Virgínia Coutinho, uma especialista na gestão de redes sociais, para perceber como lidar com o Facebook, no contexto dos eventos. Há bem mais para ler nesta Event Point de Setembro, altura que representa para muitos o regresso ao trabalho. Artigos de opinião e os espaços habituais, preenchidos pela APECATE, pela APOREP, pela APCE e pelo IPAM ‑ The Marketing School.
Boa leitura, e até Dezembro.
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ÍNDICE
8 Espaço APECATE 10 Nos Alive marca 14 Brands & Bands, por Pedro Caldas 16 Espaço IPAM 18 Servilha marca nova fase dos European Best Event Awards 20 Mercado 22 Eventos 24 Movimento Montepio Runner 26 Espaço ApoREP 28 Mais... por menos, por Nuno Silveira
30 GRANDE ENTREVISTA: JULIAN PULLAN, DA JACK MORTON WORLDWIDE 35 Estudo sobre o impacto económico do Centro de Congressos da Alfândega 38 Corporate event: do momento ao movimento, por Zezo Carvalho 5
40 DOSSIÊ TEMÁTICO: AS VANTAGENS DE ALUGAR 44 “Todos somos um”, por Miguel Salema Garção 46 O super-comunicador, por Uriel Oliveira 48 RESTRIÇÕES ALIMENTARES AUMENTAM NOS EVENTOS 51 APCER certifica empresas de eventos 54 Dolce CampoReal aposta no MI 56 Into the heart of meetings 58 Tecnologia 62 Antes, durante e depois..., por António Horta Salvo 64 Destino internacional: Sydney 68 Consultório de protocolo 69 Directório
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COLUNISTAS
ANTÓNIO HORTA SALVO É formado em Gestão pela Universidade Autónoma de Lisboa. Foi professor no início da carreira, mas desde cedo optou pelo sector dos seguros. Trabalhou na Tranquilidade e na Global Seguros e, em 2007, decide fundar, com três colegas, a sua própria companhia, a Bull Insurance. Actualmente a empresa conta com 18 colaboradores e uma facturação de cinco milhões de euros. É ainda consultor na elaboração de projectos de viabilização económica de empresas.
MIGUEL SALEMA GARÇÃO É director de comunicação dos CTT desde 2010. Licenciado em Comunicação Empresarial pelo ISCEM e pós‑graduado em Gestão e Administração de Empresas Desportivas na UNI/Escuela Johan Cruyff, tem ainda no currículo o Programa 6
de Direcção de Empresas da AESE/IESE e o Managing For Shareholder Value da INSEAD. O percurso profissional começou na A Social Companhia Portuguesa de Seguros. Mais tarde assumiu cargos nas AON Gil Y Carvajal, e no Sporting, onde foi Director de Comunicação, Relações Públicas e Eventos.
NUNO SILVEIRA Na Desafio Global Ativism desde 2004, Nuno Silveira é Director Executivo, sendo um dos responsáveis pela concepção e produção de eventos em vários sectores de actividade.
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COLUNISTAS
PEDRO CALDAS
Marketer, consultor, mentor de startups, orador em palestras destinadas a profissionais e estudantes e membro do Conselho Estratégico da APPM ‑ Associação Portuguesa dos Profissionais de Marketing. Ao longo do seu percurso profissional foi responsável pela definição, coordenação e implementação de vários projectos de comunicação e activação de marca na área da música.
URIEL OLIVEIRA Uriel Oliveira é vice presidente da Cision Portugal, coordena as unidades operacionais da organização e é responsável pelo desenvolvimento do negócio, inovação, marketing e plano global de comunicação. É licenciado em comunicação empresarial e trabalha em media intelligence há mais de 24 anos. É responsável pela gestão de contas de grandes clientes empresariais, instituições governamentais, particularmente na negociação, desenvolvimento de projetos e relacionamento institucional.
ZEZO CARVALHO Bacharel em Comunicação pela UFMA, no Brasil. Executive Coach pela Escuela Europea de Coaching (Madrid) e pelo Integrated Coaching Institute (ICI). Criativo e estratega na McCann, HPP, Edson/FCB, 141/Bates Portugal, Young&Rubicam e Brandia Network. Director Criativo da Desafio Global/Ativism. Fundador e Energizing Director do Umanism/Ativism. Consultor, criativo e keynote speaker, realizando think‑tanks de comunicação interna, workshops de cultura corporativa, dinamização de equipas de alto rendimento e suporte a Pool de Liderança. É Chief Energizing Officer e fundador da trendz®.
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ESPAÇO APECATE
REFLEXÕES SOBRE O ASSOCIATIVISMO 1. Há sempre momentos na vida das pessoas e das instituições em que surgem interrogações essenciais sobre o 8
sentido e a valia intrínseca de um rumo, um esforço, um trabalho. No que me diz respeito, tenho vivido vários desde o primeiro dia em que decidi empenhar‑me no trabalho associativo, já lá vão quase 20 anos. Hoje, o que me motiva esta reflexão é um conjunto de opiniões que me têm chegado sobre alegadas novas funções das associações empresariais. Há, pelos vistos, quem defenda que as associações sectoriais deveriam estar mais ligadas à angariação de negócio para os seus associados e que é isso que os empresários querem. Porquê? Porque só lhes interessa e só estão dispostos a contribuir para o que lhes traz vantagens imediatas no mercado e efectivo retorno financeiro.
Postas assim as coisas, os empresários parecem ser uns seres limitados, apenas com uma visão de curto prazo. Parecem gente de vistas curtas. Não é essa a opinião que tenho dos empresários dos sectores de actividade que a APECATE representa. Não tenho qualquer dúvida de que os empresários esperam que a sua associação os apoie na sua vida empresarial, o que, em última análise, significa contribuir para o sucesso dos seus negócios. Mas de que forma o deve fazer? Entrando no próprio negócio? Mediando? Penso que não. As funções fundamentais de uma associação sectorial, que não é uma ERT nem uma ARPT nem um DMC, continuam a ser: representar e dar voz ao sector perante a administração, contribuir para a sua estruturação, propor ou melhorar legislação, lutar por melhores condições para o exercício da actividade empresarial, resolver problemas, estabelecer parcerias úteis, conseguir vantagens, comunicar informação privilegiada, apoiar a participação em estruturas e programas promocionais e, sobretudo, apoiar a qualificação que conduz à diferenciação no mercado. Numa palavra, as funções de uma associação sectorial situam‑se a montante da operação comercial. Esta convicção é discutível, como tudo. Não me parece que os empresários se questionem sobre as funções que devem desempenhar as suas associações, nem que o deficit da sua participação, que é inegável, decorra do facto de considerarem que uma associação que não lhes angarie negócio não lhes serve. Mas seria interessante discutir este tema sem preconceitos. Eventualmente, neste espaço de encontro que é a Event Point.
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ANA BARBOSA | PRESIDENTE DA DIRECÇÃO DA APECATE
2. A APECATE decidiu suspender os seus Prémios até considerar que estão criadas as condições para os relançar. Propusemo‑nos a um objectivo ambicioso: realizar esta iniciativa contando exclusivamente com as empresas de eventos, congressos e animação turística.
Não tivemos o número de candidaturas que teríamos com um universo mais alargado, mas é este o nosso projecto e entendemos dever assumir o cancelamento desta edição. E, obviamente, reflectir sobre o seu significado. Uma primeira sondagem interna fez‑nos percepcionar que o Selo de Qualidade APECATE é considerado muito mais importante do que os Prémios. O panorama nacional de certames deste tipo não contraria esta opinião de desvalorização dos prémios. Todos os organizadores sabem o esforço que têm de investir para que as empresas tomem a iniciativa de preparar e apresentar as suas candidaturas. Só os prémios atribuídos por nomeações são simples. Porquê? Porque os empresários consideram que o valor que o mercado atribui a este tipo de distinções não justifica o investimento? É apenas a visibilidade internacional que os motiva? Aqui fica outro tema de reflexão. Ana Barbosa | Presidente da direcção da APECATE
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NOS ALIVE MARCA Passado o Verão, ou uma amostra dele, eis que olhamos para o modo como as marcas estiveram presentes no rebaptizado Nos Alive, organizado pela Everything Is New. Nas conversas, registadas nos dias do evento, em Julho, com os responsáveis de Nos, EDP, Heineken, CGD, G‑Star e Volkwagen era frequente ouvir falar ainda do Optimus Alive, mas a mudança de naming sponsor parece ser, para os outros patrocinadores do festival, um assunto aceite e bem resolvido. Nas próximas quatro páginas fala‑se de territórios, de emoções, de valores, de coerência e de relevância. Das marcas, bem entendido. Foi um grande desafio, reconhece Leonor Dias, da direcção de marca e comunicação da Nos. Afinal, tanto Optimus como Optimus Alive eram “duas marcas fortes”. Ainda assim a transição revelou‑se “tranquila mas segura”. Sobretudo “não fazia sentido não mudar o nome do festival”, garante. A mudança começou com uma campanha multi‑meios, mupis, imprensa, televisão, rádio, e materializou‑se no pórtico de acesso ao Alive. Aí podia ler‑se “Optimus Alive é agora NOS Alive”, ou “Optimus Alive is now...”. Sim, porque o Alive tem um considerável e fiel público estrangeiro, e para esses o primeiro contacto com a nova marca foi mesmo ali, no pórtico. Uma estrutura onde se criou um símbolo tridimensional, com as sete cores que compõem o logótipo da Nos. Um espaço onde as pessoas eram desafiadas a tirar a inevitável selfie. Uma das mudanças mais evidentes em todo o recinto foi a
mudança de cor, do laranja Optimus para o branco NOS. Só no palco principal foram usados 450 metros de licra branca. A estrutura VIP, aumentada, também assumiu o branco como cor dominante, por dentro e por fora, para onde quer que se olhasse. A fusão entre duas marcas “com a força da Optimus e da Zon”, assegura Leonor Dias, foi “interessante”. O mais importante é que o ADN do Alive parece manter‑se, “jovem, moderno, inovador e irreverente”. “E queremos que a Nos absorva estes valores associados ao festival”. O TAL CANAL Constitui a grande novidade deste ano do Alive. Pela primeira vez, um canal exclusivo de um festival, e logo acessível a cinco milhões
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de portugueses graças à rede da Nos. Um canal com conteúdos próprios, notícias, entrevistas e reportagens, e não apenas com a transmissão de concertos. No recinto, a Nos concebeu uma forma de projectar sms e Instagrams, uma competição para VIP e convidados ‑ quem atingisse o maior número de pulsações, depois de dançar a mesma música, ganhava prémios (a medição era feita directamente num telemóvel, claro) ‑, painéis onde os festivaleiros se podiam fazer fotografar ao lado da imagem de Rui Unas, uma das caras da WTF ‑ outra marca herdada da Optimus ‑, e deu ainda a possibilidade a alguns eleitos de chegar ao Alive de barco, evitando os incómodos do trânsito terrestre ‑ um verdadeiro luxo. No Facebook, o milhão de fãs da marca podia ganhar bilhetes. A promoção era semelhante à que existe para os cinemas, dois pelo preço de um. Escusado dizer que a procura foi tão grande que a campanha durou apenas três dias. Um outro concurso convocou as bandas que quisessem tocar no Alive. As finalistas tiveram direito a um live act no palco instalado no pórtico e os mais votados actuaram no palco Clubbing. MEDIR, MEDIR SEMPRE Activações em territórios “são sempre difíceis de medir”, explica Leonor Dias. Ainda assim, “medimos os atributos e a associação da marca aos valores que nos interessam, por inquéritos regulares. Perguntamos também às pessoas o que gostariam de mudar no festival”. Como aconteceu com todos os outros responsáveis de marcas que ouvimos no Alive, Leonor Dias não quis falar de valores de investimento. Disse apenas que é “um montante relevante, que faz ainda mais sentido com uma marca nova. Queremos tornar a marca relevante junto das pessoas”. De outros números, sim, falou. Das “cinco mil pessoas a trabalhar ali, todos os dias, ou das 45 nacionalidades, entre os visitantes estrangeiros. Dessas 15 mil pessoas, uma esmagadora maioria assistiu aos três dias de concertos, e 65% delas ficou pelo menos três dias no hotel, ou seja, fazemos mexer a economia nacional e local”.
Paulo Campos Costa, director de comunicação e marca da eléctrica nacional, representa o anfitrião perfeito. Sempre atento, disponível, interessado, guia‑nos pelo espaço da EDP no Alive. “É o quarto ano que estamos aqui, sempre a crescer. Estamos a usar
uma estrutura muito leve, semelhante às usadas na Fórmula 1, que conseguimos montar em 24 horas e reutilizar para os diversos festivais em que estamos presentes”, explica. Para poderem estar neste território da música, “tivemos que aprender. E estamos nestas acções para continuar”. Preocupam‑se com a oferta de brindes sustentáveis, com passar mensagens sobre a sustentabilidade do planeta, ao mesmo tempo que as pessoas se divertem.”Apesar das dificuldades, das restrições, os festivais estão cheios. As pessoas precisam de se divertir”. “A nossa presença nos festivais é transversal. Nos três pisos há activações diferentes para públicos diferentes...” Temos que interromper por instantes a conversa, a cantora Mariza acaba de chegar para fazer uma tatuagem ‑ o tatuador de serviço não tem mãos a medir! ENERGIA VERDE Todo o recinto do Alive, com excepção do palco principal, esteve ligado à rede pública de energia ‑ e a EDP fez a compensação das emissões de carbono daí resultantes. “É a primeira vez que isso é possível aqui em Lisboa”, orgulha‑se Paulo Campos Costa, “resultado dos investimentos que fazemos todos os anos na qualidade da rede”. As métricas acabam por ser muito semelhantes para todos os que patrocinam eventos. “Se falamos em retorno mediático, ele facilmente chega aos milhões. A good will e a proximidade são o mais importante para nós. O crédito que conquistamos junto do público, dos clientes”, garante Paulo Campos Costa. E elogia o facto de ter uma equipa “com muita energia, que nos permite manter as nossas presenças nos festivais, apesar dos cortes que tivemos no orçamento disponível para esta área ‑ cerca de 10% menos face ao ano anterior”.
Foram duas, as principais activações da marca de cerveja. Um stage bar, para o qual foram convidados alguns consumidores, numa acção lançada antes do festival, e um sistema de troca de pontos por brindes, a todos aqueles que devolvessem os copos de plástico usados, resume Mafalda Pescaria, responsável da Heineken em Portugal. Havia dois pontos de recolha, um na zona VIP, onde dois copos equivaliam a dez pontos, carregados numa pulseira RFID, e outro no palco Heineken,
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onde equipas móveis faziam a recolha. Aí, dois copos valiam cinco pontos. No final do dia os pontos podiam ser trocados por uma fita de pescoço com um abre‑cápsulas ou por uma t‑shirt exclusiva. “É a forma de agradecer às pessoas por não sujarem tanto o recinto do festival”. A relação da Heineken com a música é óbvia e antiga, pela presença na noite, nos bares e discotecas. “Em 2012 decidimos que podíamos dar o salto para os festivais. Escolhemos o Rock in Rio, um evento premium de grande impacto, e o Alive, mais próximo da faixa 18‑34 anos que é muito o nosso público”. Os resultados têm sido bons. “Somos a terceira marca de cerveja mais associada à música, o que é notável. Sobretudo os consumidores acham que faz sentido estarmos presentes nestes festivais”, diz Mafalda Pescaria. Às redes sociais é impossível fugir‑lhes, mas os consumidores não querem ser bombardeados com coisas das marcas. “Por isso, pedimos ao [músico] Joaquim Albergaria que nos ajudasse a comunicar sobre o que se ia passando no palco Heineken, com pequenos vídeos, cenas do backstage, ou seja, amplificar o que estava a acontecer através das redes sociais”. Tratando‑se de uma marca de cerveja com álcool, a Heineken preocupa‑se ainda com a comunicação do consumo responsável. “Os copos de refrigerante não são copos de cerveja, e neles colocamos a inscrição de que a música não tem idade, o consumo de álcool tem. Passamos ainda um spot cujo foco está no consumo responsável, com o lema 'Dance more, drink slow'”.
Para quem tem 138 anos, é importante mostrar‑se como um banco jovem e inovador. Quem o diz é Francisco Viana, responsável de comunicação e marca da Caixa Geral de Depósitos, o banco do Estado. Talvez por isso abraçaram com entusiasmo uma acção inovadora, patrocinando um novo palco no Alive dedicado exclusivamente ao humor. “'Dar a volta' não é só superar a crise, é estar com a família, assistir a um concerto” ‑ neste caso rir com o palco comédia. E sendo a Caixa uma marca portuguesa, por ali passaram apenas artistas portugueses. Uma das “associações positivas de emoções” de que fala Francisco Viana. Reclamando ser uma marca “sólida, transparente, de elevada responsabilidade social, a nossa obrigação é manter estes valores, mas temos que saber onde estão os jovens”, seja nas redes sociais ou nos eventos que frequentam. “Estamos onde estão os portugueses.
As pessoas têm demonstrado que apreciam este festival, e isso permite‑nos fazer aqui várias acções de RP”, frisa o responsável da CGD. E chama a atenção para o facto de os materiais daquele espaço já terem sido usados noutros eventos. “A nossa política de sustentabilidade é para ser, não apenas para parecer”, garante. Questionado sobre o modo como avaliam o retorno de um patrocínio destes, Francisco Viana começa por recordar que há valores intangíveis, “difíceis de medir”. Ainda assim, “certificamo‑nos de que recorremos às melhores métricas usadas internacionalmente”. No final o resultado que interessa é apenas um: novos clientes e mais negócios com os antigos. “A procura dos nossos produtos tem crescido, e isso indica que estamos no bom caminho”.
É a marca menos experiente neste capítulo, de todas as que ouvimos no Alive. Este é apenas o segundo ano e se em 2013 optaram por uma presença mais comercial, desta vez a aposta foi em chamar a atenção dos consumidores para a marca de roupa premium nascida na Holanda. Teresa Soares, country manager para Portugal explica que o stand está intimamente ligado ao coreto, um outro espaço no recinto “vestido” pela G‑Star, em resposta a um desafio da Everything Is New. “Para o nosso espaço, junto ao palco principal, convidámos bloggers e agências para virem fazer um brinde connosco”. Chegar aos consumidores com 18 a 40 anos é o objectivo, e esta é a primeira vez que a marca global apoia uma presença deste género num festival de música. “Se ficarem satisfeitos, o modelo pode crescer para outros eventos na Europa. Em Portugal, queremos ser falados em blogues e em editoriais, queremos que as pessoas vejam e reconheçam a G‑Star”, remata Teresa Soares.
No início era uma tenda com 5x5m, recorda Pedro Santos Costa, da Prestígio, a agência que se encarrega de agilizar a presença desta marca de automóveis alemã no Alive. Ao longo de oito anos, sem interrupção, a presença da Volkswagen
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foi crescendo, “muito voltada para os convidados”. A inovação deste ano foi uma área reservada a clientes onde se podiam comer os gelados da Santini ou beber uma das criações do Gin Club ‑ ok, não continuamos a lista para não ficarmos todos cheios de inveja. Só no primeiro dia passaram por ali 850 pessoas, em vez das 600 expectáveis. Consequência, os stocks tiveram que ser reforçados. TENTAÇÕES À PARTE A Volkswagen, como outras marcas automóveis, “não está na primeira escolha do segmento de consumidores dos 18 aos 25 anos. Não há nada melhor do que a música para reforçar a relação emocional, e a proximidade com a marca. É isso que nos faz estar aqui, e voltar”, conta Ricardo Tomaz, director de comunicação do Grupo Siva. Este ano optaram por uma abordagem um pouco diferente, com a sub‑marca Think Blue, que representa a gama de automóveis eléctricos. “O primeiro Golf eléctrico a chegar a Portugal anda aí no recinto, a transportar pessoas de um lado para o outro”. “No nosso espaço decoramos tudo num tom de azul próprio, preparámos pequenas activações, como a personalização de t‑shirts, pequenas
coisas que quisemos fazer para demonstrar que a Volkswagen tem preocupações de sustentabilidade, que podemos pensar diferente e proteger o planeta. Não há presença de produto porque não é isso que as pessoas querem, vir para aqui ver carros. Elas vêm para ouvir música”. Ricardo Tomaz fala ainda de consumidores, estes jovens, que “têm uma enorme infidelidade às marcas, o que é mau para quem tem que as gerir. Temos por isso que ser legítimos, ou as pessoas rejeitam‑nos. Vale a pena vir para aqui com verdade”, afiança. “Mudar a nossa imagem demora muito tempo, e por isso estamos aqui há oito anos. Para nós este é o maior investimento anual, de longe”. A Volkswagen “é a marca automóvel mais associada à música em Portugal, o que é notável, porque só estamos aqui, em mais nenhum festival. E estamos aqui porque achamos que há uma enorme afinidade entre nós e o Alive. Para Ricardo Tomaz, “os resultados são bons, e a Volkswagen pretende continuar enquanto o festival mantiver este posicionamento. E tenho a certeza de que o Álvaro Covões [responsável da Everything Is New] vai querer manter esse posicionamento, porque tem uma visão muito bem estruturada sobre o assunto”. Sara Marques
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PEDRO CALDAS | MARKETEER E CONSULTOR DE MARCAS
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BRANDS & BANDS As marcas são parte integrante do nosso dia‑a‑dia, não as podemos afastar das nossas vidas e a interacção é constante e inevitável. A percepção que temos de uma marca é composta pelos estímulos que resultam da sua interacção connosco. Se as marcas conseguirem, nesta interacção, criar estímulos positivos que nos levem a considerá‑las úteis e relevantes, ficam mais perto de criar e manter uma relação emocional. E a marca que estabelecer a melhor relação emocional terá preferência no momento da compra. É precisamente na criação e manutenção de uma relação emocional com o consumidor que a activação de marca tem um papel muito importante, sendo mais eficaz do que qualquer outra disciplina da comunicação. E como quanto maior for a ligação emocional a uma marca, maior a probabilidade de a consumirmos mais vezes, é aconselhável que as marcas incluam estratégias de activação nos seus planos de marketing. Várias marcas em Portugal têm políticas de activação e muitas
escolheram a área da música para desenvolver as suas iniciativas de comunicação. Procuram visibilidade, notoriedade e exposição, por um lado, e argumentos para desenvolver e implementar momentos de forte ligação às pessoas, por outro. Momentos de interacção que representem estímulos positivos. A música tem esse potencial. Ocupa um espaço emocional muito importante na vida das pessoas, representa um conjunto de valores que muitas marcas precisam para transmitir a sua personalidade, não tem anticorpos, permite entrar em contacto directo com o público‑alvo num ambiente descontraído e mais permeável ao envolvimento com as marcas e tem, também, elevada exposição mediática. Mas todas estas marcas concorrem diariamente por um lugar de destaque no coração das pessoas e o grande desafio é a manutenção da relevância nas suas vidas.
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OPINIÃO
O sucesso das estratégias de activação de marca nos eventos de música vai sempre depender daquele que for o comportamento do público‑alvo naquele momento e das suas necessidades, existentes ou induzidas (pelas marcas). Tenderão a ganhar um espaço maior aquelas marcas que acompanharem as tendências de perto (e que souberem antecipá‑las) e que mais rapidamente se adaptarem. Para além do essencial que as marcas têm que observar sempre ‑ que passa por estarem atentas ao comportamento do mercado, permanecerem actuais, relevantes, inovadoras e com apetência pelo risco inerente ao desenvolvimento de iniciativas novas, frescas e disruptivas ‑ parece‑me existir, pelo menos, um aspecto adicional a merecer a atenção das marcas no futuro (próximo): a utilização de tecnologia nas iniciativas de activação de marca. As iniciativas de activação de cariz tecnológico vão predominar, quer a marca decida actuar no mundo online, offline ou em ambos.
O público‑alvo dos principais eventos de música que têm lugar em Portugal é essencialmente jovem, nasceu com
A diferenciação irá ocorrer por esta via. A marca que melhor souber activar através da tecnologia e que conseguir uma presença multiplataforma, conquistará mais espaço. A presença física das marcas nos eventos de música continuará a ser muito importante. Deve ser cuidada, actual, esteticamente irrepreensível e perfeitamente enquadrada no espírito e valores de cada evento. Mas as interacções com as pessoas, as ideias que visam criar estímulos positivos, deverão passar pela utilização de mais tecnologia. Há ainda muito potencial por explorar. Na integração dos smartphones nas iniciativas de activação (para além das apps), por exemplo, ou na utilização de redes de wi‑fi grátis dedicadas que resolvem uma necessidade e, simultaneamente, fornecem às marcas um conjunto de informação muito relevante para uma interacção pertinente e que acrescenta valor. São apenas exemplos. Há inúmeras iniciativas que se podem implementar em torno da tecnologia e, sobretudo, dos smartphones.
Existirão sempre várias abordagens e possibilidades mas, muito provavelmente, o futuro da activação de marca nos eventos de música passará menos pelos stands e pelos brindes e mais pela tecnologia e pelo que conseguimos fazer com ela para ligar positivamente todas as plataformas, pessoas e marcas.
a tecnologia (sobretudo móvel) e utiliza vários devices no seu dia‑a‑dia (computador, tablet, smartphone). Para as marcas continuarem a manter a relevância junto deste target, terão que conseguir ter presença nos seus devices e de uma forma que respeite os seus códigos específicos.
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ESPAÇO IPAM
ESTÁ ABERTA A ÉPOCA DOS FESTIVAIS... SUSTENTÁVEIS! 16
Se há uns anos, as opções de festivais de Verão em Portugal eram limitadas, hoje em dia assistimos a uma oferta variadíssima de eventos desta natureza, em termos de géneros musicais, localizações geográficas, cenários paisagísticos, conceitos, actividades lúdicas, organizadores, promotores, patrocinadores e afins, atraindo públicos igualmente diversos e cada vez mais exigentes. Só em 2014, Portugal recebe mais de 100 festivais, tornando‑se um destino cada vez mais procurado por turistas festivaleiros de vários pontos do Mundo.
Mas nem só de música vivem os festivais! Se olharmos mais atentamente para os objectivos destes eventos, constatamos que as organizações promotoras têm vindo a assumir uma preocupação crescente pelos impactos ambientais e sociais dos festivais pelos quais são responsáveis. Pela dimensão que assumem, pelo volume de negócios que envolvem, pela quantidade (e diversidade!) de públicos que atraem, estes eventos são actualmente poderosos veículos de comunicação, capazes de transformar comportamentos e padrões de consumo. O seu papel não é apenas o de apresentar exibições musicais, mas o de implementar e disseminar práticas sustentáveis. Neste sentido, a comunicação associada a questões de sustentabilidade já não passa despercebida e é inequívoca a tendência para posicionar os festivais como eventos “verdes” ou “sustentáveis”. Vejam‑se, por exemplo, as mensagens lançadas por alguns dos mais mediáticos festivais portugueses. Na vigésima edição, o Super Bock Super Rock, realizado no Meco, assume‑se na página institucional como “um festival verde”, comunicando o compromisso com a sustentabilidade através da obtenção de duas certificações ambientais: a Certificação 3R6 e a certificação
Evento Carbono Zero. Por seu turno, o Rock in Rio, realizado em Lisboa, tem vindo a desenvolver desde 2001 o projecto “Por um mundo melhor”, extrapolando o compromisso de sustentabilidade para além da vertente ambiental, e apoiando os mais variados projectos sociais em Portugal e no Brasil. O Boom Festival, que acontece em Idanha‑a‑Nova, é já um evento com uma projecção mundial invejável, tendo recebido festivaleiros de 152 países na edição de 2014. Este é um festival claramente “verde”, cuja actuação se centra na utilização de materiais ambientalmente responsáveis (nomeadamente, na reutilização de materiais de edições anteriores ou até cedidos por outros festivais), práticas para tratamento das águas sem químicos, utilização de energia solar e eólica, promoção de uma filosofia “zero waste” assente na reciclagem e compostagem, regeneração de habitats e ecossistemas, entre outros. O trabalho desenvolvido ao longo dos últimos anos tem vindo a ser sucessivamente reconhecido com vários prémios, tais como o Outstanding Greener Festival Award 2008, 2010 e 2012, o European Festival Award 2010 ‑ Green'n'Clean Festival of the Year e o Green Inspiration Award
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2012. O Andanças ‑ Festival Internacional de Danças Populares, realizado em Castelo de Vide, é talvez o evento que mais se destaca através do posicionamento sustentável. As boas práticas deste festival em matéria de respeito pelas questões ambientais (e sociais) foram citadas como exemplos a seguir no “Guia para Eventos Sustentáveis”, realizado pelo BCSD Portugal (Business Council for Sustainable Development). A Pédexumbo, entidade organizadora do Andanças, desenvolve continuamente um processo de reflexão sobre os objectivos, valores e princípios deste festival, e considera que a Dança/ Música, Comunidade, Voluntariado e Sustentabilidade são os pilares‑chave que regem a sua actuação. Na edição de 2014, promoveu um encontro‑tertúlia para discutir o tema da sustentabilidade em festivais e, como parte do programa de festas, convidou festivaleiros, parceiros, voluntários e fornecedores a participar em conversas focadas unicamente na questão da sustentabilidade do Andanças, questionando‑se, e questionando‑nos, como podem melhorar a sua actuação nessa matéria. O que todos estes eventos têm em comum, além da óbvia
paixão pela música, é o compromisso claro com o respeito. Respeito pelas localidades onde se realizam, respeito pelas povoações cujas vidas são ‘invadidas’ durante os festivais, respeito pelos espaços físicos que inevitavelmente sofrem transformações. Constatamos que (já) não se trata apenas de minimizar os impactos negativos da passagem dos festivais pelos ambientes em que realizam, mas de maximizar as ramificações positivas que daí possam surgir. A educação para a consciência ambiental, a promoção do sentimento de respeito pelo próximo, a preferência dada a fornecedores locais, a utilização de receitas para apoiar projectos sociais, as parcerias (e sinergias!) que se formam entre entidades locais, organizações não governamentais (ONG), empresas, a comunicação em massa de objectivos, princípios e valores associados à sustentabilidade são exemplos de que nem só de música vivem os festivais! Os objectivos, os conteúdos das mensagens e, principalmente, os efeitos ultrapassam largamente a esfera musical. Mafalda Nogueira | Docente do IPAM ‑ The Marketing School
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LANÇAMENTO
SEVILHA MARCA NOVA FASE DOS EUROPEAN BEST EVENT AWARDS Não foram as temperaturas mais amenas de Sevilha em Outubro que convenceram a organização dos European Best Event Awards (EuBEA) a viajar este ano até à capital da Andaluzia. Foi a insistência do Convention Bureau de Sevilha e a proposta apresentada, considerada “interessante”, segundo Salvatore Sagone, rosto dos prémios. A proposta abria as portas dos melhores espaços da cidade e incluía um programa de lazer e networking à medida. O desafio foi aceite, o que significa que a 23 e 24 de Outubro, a cidade que servirá de cenário a Dorne, da série televisiva Game of Thrones, vai acolher os melhores profissionais de eventos da Europa e aqueles que decidem onde estes se realizam.
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A estratégia de itinerância do evento vai manter‑se, o que significa que existe uma oportunidade para as cidades portuguesas se candidatarem ao evento. “O nosso objectivo é que o Festival EuBEA viaje pelas mais importantes cidades da Europa. O que pedimos são os melhores venues e as ferramentas para produzir dois dias de Festival. Estamos abertos a candidaturas, incluindo de Portugal”, diz Sagone. À atenção dos Convention Bureaux nacionais!
FORMATO FESTIVAL Não bastava mudar de cidade, os EuBEA vão mudar de formato. “Até ao ano passado, reunimos o júri no início de Outubro e organizámos a cerimónia em Novembro. Este ano, colocámos a questão: porque não organizar a reunião do júri e a cerimónia no mesmo espaço, e ao mesmo tempo, e adicionar outras mais‑valias? Decidimos lançar então o Festival EuBEA e tornar a reunião de júri num espectáculo, uma espécie de “Factor X” dos eventos, em que as agências podem apresentar os seus eventos”, explica o responsável. Estas apresentações estão abertas a todos os delegados, que podem votar nos eventos preferidos. Há, pela parte da organização, a intenção de proporcionar conteúdos interessantes e oportunidades de networking a quem se deslocar a Sevilha para o Festival.
KLAUS SPAN LIDERA JÚRI Klaus Span, profissional da IBM, vai ser o presidente do júri dos EuBEA. Span trabalha desde 1990 nesta empresa e actualmente é responsável e especialista da área dos eventos e marketing. Vai liderar um grupo de jurados provenientes de 15 países e representantes dos sectores corporate, associativo e imprensa. Em causa estão 25 prémios: 20 por categoria de evento, quatro por excelência técnica e um European Best Event Award. Haverá ainda outros nove prémios especiais, incluindo o prémio Delegado e Imprensa.
Nos seis anos de existência dos European Best Event Awards, Portugal já recebeu dezenas de prémios. A saber: 15 primeiros prémios; 10 segundos prémios e quatro terceiros prémios. O evento decorre a 23 e 24 de Outubro, em diversos espaços de Sevilha. A Event Point integra o júri e é media partner dos EuBEA.
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MERCADO
WATERX CATAMARAN: NOVO VENUE NA CAPITAL É um projecto 100% português, concebido para ser um espaço diferenciado para eventos na cidade de Lisboa. Este iate, operado pela WaterX, foi criado pelo designer Tomás Costa Lima e construído nos Estaleiros de Vila Real de Santo António (Nautiber). Segundo João Meunier de Mendonça, director geral do Grupo WaterX, especializado em eventos náuticos, “há muito que a cidade de Lisboa merecia um iate de luxo que oferecesse a
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DUARTE MOREIRA REFORÇA A EVENTS BY TLC Duarte Moreira é o novo Head of Automotive Events da events by tlc. Com mais de 15 anos de experiência ligada à produção de eventos, Duarte Moreira passou pelo AutoSport, CRM Motorsport e Grupo Brandia (actual Brandia Central). A experiência internacional, entre 2007 e 2013, inclui a gestão e produção de eventos na Colômbia, França e Espanha.
possibilidade de conhecer esta fantástica capital através de uma nova perspectiva. O WaterX Catamaran é um produto dirigido à exportação turística, desenhado para ser um venue de excelência, onde acontecem eventos empresariais, reuniões, lançamentos de produto, almoços de negócios, cocktails, festas, incentivos e eventos particulares, como despedidas de solteiro, casamentos ou festas de aniversário. Pode ser utilizado durante todo o ano, independentemente das condições meteorológicas, e os clientes podem optar entre um programa pré‑definido ou um percurso personalizado.” Com um investimento superior a 720 mil euros, o projeto WaterX Catamaran foi co‑financiado pelo QREN, no âmbito do Programa Operacional Factores de Competitividade, em cerca de 468 mil euros.
"Integrar a events by tlc é um desafio e acredito que a minha experiência vai contribuir para o crescimento do grupo, nomeadamente na área dos eventos automóveis em Portugal, Espanha, Brasil e outros destinos." Para Duarte Moreira, o arranque na events by tlc tem sido muito positivo. "Acabámos de lançar, em conjunto com a Porsche GT3 Cup Challenge no Brasil, uma experiência para entusiastas de automobilismo, num dos mais emblemáticos circuitos a nível mundial ‑ o Autódromo de Interlagos, em São Paulo. É um orgulho poder fazer parte de uma equipa que cria eventos corporativos e associativos de referência", acrescenta.
MIGUEL CYMBRON ASSUME CARGO NO GRUPO VIP HOTELS Miguel Cymbron é, a partir do mês de Setembro, o novo director de vendas e marketing do Grupo Vip Hotels, escreve a Publituris. Antes, Cymbron ocupou as funções de director comercial e de promoção da Newtour, tendo já passado pela direcção regional do turismo dos Açores. Este é um regresso ao sector hoteleiro, onde acumulou grande experiência no Grupo Bensaude e no Porto Palácio Congress Hotel & SPA.
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EVENTOS
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NEGÓCIOS E NETWORKING NA EIBTM É uma das principais feiras do sector e 2014 promete muitas novidades. Graeme Barnett, director da EIBTM, certame do portefólio da Reed Travel Exhibitions, em conversa com a Event Point dá algumas pistas sobre o que vai acontecer no mês de Novembro, em Barcelona. Uma das novidades é que os compradores espanhóis foram incluídos no programa de hosted buyers da feira. “Esta iniciativa vai dar um grande impulso no sector espanhol da EIBTM e mais liberdade para os hosted buyers deste país fazerem negócio com fornecedores regionais e internacionais. A equipa do serviço ao cliente vai estar disponível durante todo o certame a ajudar os expositores a maximizarem a sua presença na EIBTM. O serviço inclui apoio de marketing, relações públicas, logística e assistência com viagens e alojamento. Ao nível do sistema de marcação de reuniões, a EIBTM permite agora aos hosted buyers adicionar um pequeno perfil e detalhes sobre o negócio, de modo a ajudar os expositores a marcarem as reuniões mais relevantes. Segundo Graeme Barnett são esperados mais de 15 mil
profissionais, mais de três mil expositores de 150 países, representando destinos, hotéis, venues, tecnologia e outros serviços para eventos. A expectativa da organização é acolher mais de quatro mil compradores. Em termos do programa educacional, um dos grandes destaques é a apresentação do Relatório Anual da Indústria, elaborado pelo especialista Rob Davidson. A organização da EIBTM está a preparar, ainda, uma série de momentos sociais e de networking para tornar a experiência ainda mais enriquecedora. O Turismo de Portugal estará presente no certame, contando com diversas empresas e entidades. O evento decorre de 18 a 20 de Novembro, na Barcelona.
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EVENTOS
IMEX AMÉRICA EM VELOCIDADE CRUZEIRO Mais uma vez as empresas portuguesas, ou que operam em Portugal, dizem “presente” na IMEX América. São várias as que já se inscreveram neste certame que cresce todos os anos. São elas: a Abreu; Altis Hotels; Be Incentive; Belmond Reid's Palace; Citi Travel Spain & Portugal; Corinthia Hotel Lisbon; CS Hotels, Golf & Resorts; Dolce Hotels & Resorts; Dom Pedro Hotels; Eventivos DMC, Events by tlc; Four Seasons Hotel Ritz Lisbon; Grande Real Villa Itália; Hilton Worldwide Regional Sales ‑ Spain & Portugal; Hotel Cascais Miragem Health & Spa; InterContinental Porto Palácio das Cardosas; Lapa Palace & Olissippo Hotels; Lisboa Convention Bureau; Lisbon Marriott Hotels; Turismo da Madeira; Palacio Estoril Hotel Golf & SPA; Penha Longa, A Ritz Carlton Hotel; Pestana Hotelaria Portugal ; Porto Convention Bureau; Portugal Travel Team ‑ EUROMIC Portugal; Starwood Hotels; TA DMC Portugal; Tivoli Hotels & Resorts; Topmic DMC Portugal; Turismo de Portugal; Vega DMC; e WaterX. A Event Point também vai estar presente, distribuíndo a edição nº4 da revista internacional. A feira tem também despertado grande interesse por parte de expositores norte‑americanos, incluindo destinos menos óbvios. Pela primeira vez no certame vão estar representações do Alasca, Fort Lauderdale, Pittsburgh, Sacramento ou Savannah, entre outros. A IMEX América nasceu em 2011 e desde então o crescimento tem sido consistente. No primeiro ano a feira movimentou 2,1 mil
milhões de euros, crescendo para 2,5 mil milhões no segundo ano. Em 2013 o certame teve mais expositores (2694), mais área de feira e mais reuniões agendadas.
A acção, na “fabulosa” Las Vegas, começa a 14 de Outubro.
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MOVIMENTO MONTEPIO RUNNER O running é um fenómeno que contagiou muitos portugueses. Na rua, na praia, em parques, nos trilhos, a qualquer hora do dia, esta modalidade é praticada por um número crescente de homens e mulheres. Sem exigir grandes custos, a corrida é absolutamente transversal na sociedade portuguesa.
Atento a esta realidade, o Montepio construiu um projecto nesta área, o Montepio Runner. Pensado para quem corre ou pratica caminhada, o Montepio Runner concretiza‑se num movimento pautado pelo ritmo do desporto e da corrida e resulta da agregação de um elevado número de benefícios nas áreas do desporto e saúde, disponibilizados por parceiros do Montepio, entre os quais os ginásios Solinca, e de produtos e serviços, financeiros e não financeiros, com condições mais vantajosas. WWW.EVENTPOINT.COM.PT
EVENTOS
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EVENTO ALIA DESPORTO À SOLIDARIEDADE Desporto ao ar livre e a solidariedade voltam a ser os ingredientes de mais uma “Corrida Montepio ‑ Corremos uns pelos outros”, iniciativa agendada para 26 de Outubro, na Praça do Rossio, em Lisboa, e destinada a apoiar a Cáritas Portuguesa. A primeira edição nasceu com o intuito de concretizar uma acção solidária e de reunir 5000 participantes. O objectivo foi ultrapassado por larga margem, tendo a iniciativa fechado inscrições com 7200 registos, o que fez dela, segundo os organizadores, uma das provas mais participadas de 2013. Este ano o objectivo é ainda mais ambicioso: juntar 10 mil adeptos do desporto ao ar livre. A 2ª Corrida Montepio é promovida com a colaboração da HMS e além da prova propriamente dita haverá uma série de animações paralelas, pensadas para todas as idades. O montante angariado a partir das inscrições será transformado em donativo e entregue à Cáritas Portuguesa. A organização espera que ultrapasse o valor do ano passado de modo a poder responder,
em especial, às necessidades do projecto “Prioridade às Crianças”, destinado a apoiar famílias em áreas tão variadas como a alimentação, as questões financeiras, o desenvolvimento de competências pessoais e sociais, a integração escolar e/ou profissional, a saúde ou outras que se revelem necessárias e adequadas. O objectivo passa ainda por promover o desporto, um estilo de vida saudável e a cidadania activa. A instituição pretende convidar associados, não associados, desportistas experientes e iniciados e todos quantos desejem participar, a passar com o Montepio um dia de festa vivido em família, dedicado à saúde, ao desporto e à solidariedade.
Para a sua concretização o Montepio apresenta uma prova de 10 km dedicada a quem corre, 5 km para quem caminha e um desafio para as crianças, garantindo, deste modo, a participação de toda a família.
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ESPAÇO APOREP
AS IX JIP GERAM GRANDE EXPECTATIVA As IX Jornadas Internacionais de Protocolo da APorEP realizar‑se‑ão no próximo dia 18 de Novembro, no Auditório da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, subordinadas ao tema "Nos 200 anos do Congresso de Viena, do Cerimonial Diplomático ao Protocolo Contemporâneo".
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Tal como vem sendo prática desde a constituição da Associação, a realização destas Jornadas tem como público‑alvo estudantes, investigadores e profissionais de Gabinetes de Comunicação, Imagem e Relações Públicas de instituições públicas e organizações privadas, bem como profissionais de Organização de Eventos e de Protocolo, tendo em vista não só a optimização e desenvolvimento da profissão de Técnico de Protocolo e Organização de Eventos em Portugal, como também a permanente actualização de conhecimentos, para melhor fazer face à conjuntura actual. As IX JIP reunirão diversos oradores do meio académico e profissional. Este ano, a APorEP congratula‑se por reunir professores universitários vindos do Brasil (Mestre Maria Lúcia Bettega, da Universidade de Caxias do Sul, Rio Grande do Sul) e de Espanha (Prof. Doutora Dolores del Mar Sanchez, UNED, Madrid), bem como da Universidade de Lisboa (Prof. Doutora Ana Leal de Faria, Faculdade de Letras, e Prof. Doutora Luísa Leal de Faria, da Universidade Católica Portuguesa) e da Universidade do Porto (Prof. Doutor Armando Luís Carvalho Homem), entre outros. Haverá, igualmente, e em prol da diversidade, apresentações a cargo de oradores provenientes da administração pública (embaixadas, autarquias e ministérios), bem como de empresas privadas. A conferência de encerramento está a cargo da Professora Doutora Luísa Leal de Faria e as conclusões estarão a cargo do Embaixador Manuel Côrte‑Real e do Prof. Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, que foi o “pai” destas jornadas ao sugerir que a Associação deveria aproximar‑se mais do meio académico para fomentar a investigação científica nos domínios do protocolo e do cerimonial como disciplina das ciências sociais. Nesse sentido, será assinado um acordo de cooperação entre o Centro de História da Faculdade de Letras de Lisboa e a APorEP‑Associação Portuguesa de Estudos de Protocolo, no final das Jornadas. Esta edição das JIP conta com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa, prova incontornável do prestígio e credibilidade que este evento vem adquirindo no universo do Protocolo. A Event Point será, como sempre, o media partner das Jornadas. A Direcção da APorEP espera a habitual participação activa e empenhada de todos os Associados nesta nona edição das
JIP, que está, desde já, a gerar enormes expectativas quanto à qualidade das intervenções. Ao longo dos próximos meses, será divulgada informação mais detalhada acerca do programa e dos oradores. Entretanto, reserve a data na sua agenda!
ENCONTRO COM O PROTOCOLO Realizou‑se no dia 24 de Junho passado, ao final da tarde, na Livraria Férin, em Lisboa, um Encontro sobre Protocolo, promovido pela APorREP ‑ Associação Portuguesa de Estudos de Protocolo, durante o qual foram feitas três apresentações sobre a etimologia da palavra protocolo, sobre o cerimonial de Estado e sobre o protocolo universitário. O Senhor Embaixador Manuel Côrte‑Real explicou, de forma brilhante, questões de Protocolo e Cerimonial a ter em conta em visitas ao Vaticano, partindo dos exemplos das visitas do General Ramalho Eanes (enquanto Presidente da República Portuguesa), do Presidente Obama e da Rainha Isabel II, estas duas últimas ocorridas recentemente. A Drª Isabel Névoa apresentou aspectos relevantes do Protocolo Universitário português e a Dr.ª Cristina Fernandes expôs um aprofundado estudo etimológico realizado sobre os termos Protocolo, Cerimonial e Etiqueta. A plateia assistiu atentamente, tendo colocado diversas questões, gerando‑se um animado debate no final. O evento foi presidido pela Presidente da APorREP, Dr.ª Isabel Amaral. Esta é uma iniciativa que a Associação pretende repetir com alguma regularidade, sempre com o objectivo de congregar todos os que actuam ou simplesmente se interessam por estes temas e, simultaneamente, proporcionar a partilha de conhecimentos e discussão sobre estas matérias.
O espaço APorEP é da responsabilidade da direcção da Associação
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NUNO SILVEIRA | DIRECTOR EXECUTIVO DA DESAFIO GLOBAL ATIVISM
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MAIS... POR MENOS Creio não estar longe da verdade se afirmar que esta foi uma das frases mais ouvidas pelas agências e gestores de eventos nos últimos tempos. Confesso que, algumas vezes, durante reuniões de briefing, eu próprio me antecipei ou acompanhei “em tom de brincadeira” a tão previsível expressão. Mas porque será que decidi abordar o tema neste artigo? Porque, na gestão do mesmo, fui confrontado com situações que me fizeram olhar para esta questão sob diferentes perspectivas e com a seriedade que, em meu entender, deve existir. Muito já se escreveu sobre a actual conjuntura, os problemas e constrangimentos com ela directa ou indirectamente relacionados, como os constantes cortes nas verbas alocadas à realização de diversas acções ou a redução de efectivos para a sua concretização. Esta situação é transversal, acabando por atingir todos os envolvidos nesta área ‑ clientes, agências e fornecedores. O que também é igualmente transversal é o desejo de todos, na sua esfera de responsabilidade, de prestar o melhor serviço com os recursos disponíveis. Até aqui tudo bem. A questão coloca‑se na seriedade/legitimidade da frase “Mais… por menos”, quando falamos na elaboração de projectos aos quais são alocados budgets na ordem de um terço
do valor alocado em anos anteriores e, “exigindo‑se” o mesmo ou, em alguns casos, um maior grau de expectativa. Perante esta situação, e consciente de que os clientes esperam de um organizador de eventos profissionalismo e confiança, consubstanciados na apresentação de soluções para um evento eficiente e que cumpra os seus objectivos, temos por vezes que ter frontalidade no saber dizer “não”. Não porque ”não acreditamos no projecto”, não porque “pensamos que provavelmente o resultado final vai ser prejudicial a ambas as instituições”, não porque “temos igualmente uma imagem a defender”. Assim sendo, devemos ser suficientemente profissionais para, ainda que acusados de arrogância, não vacilarmos e procurarmos argumentos que levem o interlocutor a entender a razão da nossa atitude. Creio que muitas situações de insucesso teriam sido evitadas se, em vez de tomar a atitude “mercenária” de avançar com
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OPINIÃO
promessas alegadamente impossíveis de cumprir, alguns organizadores de eventos tivessem tido a humildade de dizer “não”. O mesmo raciocínio se aplica na relação entre agências e parceiros ou fornecedores. A frase “Mais… por menos” fora de um contexto sério, “forçando” um fornecedor a reduzir o seu orçamento, vai por certo obrigá‑lo a práticas que rapidamente podem comprometer todo o êxito de um evento. A escolha correcta de um fornecedor face às exigências de um evento é, sem dúvida, um ponto fulcral para o sucesso do mesmo, e daí a relação entre estes dois agentes ter que assentar em critérios de confiança e de respeito mútuo.
Ao chamar a atenção para a utilização “por vezes abusiva” da frase “Mais… por menos”, não pretendo fazer juízos de valor mas apenas, em meu entender, salientar que a satisfação da mesma, neste contexto, poderá levar à procura de soluções por alguns organizadores de eventos que, como já referi, deverão ser evitáveis. Porém, como optimista que sou, existe outra perspectiva da frase “Mais… por menos” que obviamente não poderia deixar de realçar e, essa sim, devemos “acarinhar”. Olhando novamente para a conjuntura actual e para os constrangimentos daí decorrentes, facilmente entendemos que, se acreditamos em nós e merecemos melhor, não podemos acomodar‑nos nem resguardar‑nos na tão desgastada expressão… “é a crise”, mas que temos de nos reinventar.
A realidade obrigou muitas empresas a reverem as estratégias de longo prazo para terem capacidade de se adaptar ao curto prazo. Esta forma de estar implica que nos adaptemos aos desafios e adquiramos capacidade de resposta perante as novas solicitações das organizações. Cada vez mais, as empresas estão a gerir os orçamentos de forma muito criteriosa. A tendência que identificámos no mercado é o redireccionamento de alguns investimentos, que anteriormente eram feitos noutros canais de comunicação, para a área dos eventos. Estes têm assumido uma importância crescente, sendo o canal de comunicação com maior grau de intensidade de contacto, estando cada vez mais focados não nas organizações mas nos participantes, e desempenhando o papel de catalisadores de comunicação e motivação de uma forma célere e eficiente. Se a estas premissas associarmos as ferramentas que, ano após ano, as novas tecnologias na área da comunicação colocam ao nosso serviço, aliadas ao surgimento de tendências inovadoras, creio sinceramente que podemos falar de “Mais… por menos”. A questão é até que ponto, e face ao momento que se vive de constantes cortes orçamentais, estamos todos (clientes, organizadores de eventos e fornecedores) dispostos a reinventar conceitos, diria mesmo, a nos reinventarmos na busca de novas e atraentes soluções para fazer face aos condicionalismos que agora se nos apresentam.
Se não nos dermos por vencidos, se tivermos a capacidade de criar e fazer os outros sonhar, estou convicto de que iremos fazer “Mais… por menos”.
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JULIAN PULLAN:
SEM CRIATIVIDADE NÃO HÁ DIFERENCIAÇÃO PARA ALÉM DO PREÇO O homem forte da Jack Morton Worldwide na Europa, África e Médio Oriente acredita que a capacidade de pensar criativamente é essencial para o organizador de eventos num mercado tão competitivo como o actual. Julian Pullan esteve à conversa com a Event Point partilhando a sua visão sobre a indústria e sobre Portugal, onde passa, de resto, bastante tempo. Pode partilhar um pouco da história da agência? Quando nasceu e quais os principais marcos? Orgulho‑me de dizer que este ano é o nosso 75 º aniversário. Jack Morton fundou a nossa empresa em 1939, com uma visão clara de que as comunicações de negócios deviam tornar‑se mais divertidas e próximas do público para obterem maior impacto. Esta percepção esteve na nossa base e hoje evoluimos para uma agência de marca global, com mais de
700 funcionários, em 17 escritórios nos cinco continentes. O nosso portefólio premiado (com 74 prémios apenas em 2013) estende‑se pelo marketing de eventos, marketing de patrocínio, promoção e activação, estratégia de experiência, envolvimento dos colaboradores, digital, social e móvel.
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CELEBRAÇÕES DE ANO NOVO EM LONDRES 2011/2012
São considerados uma das melhores agências do mundo, organizando vários eventos para as marcas mais importantes. O que vos move hoje em dia?
Pensa que as marcas estão agora mais conscientes da importância dos eventos, libertando‑lhes maior orçamento? Será que os consideram estratégicos?
Isso é muito lisonjeiro, mas nunca seremos complacentes. Estamos muito conscientes de que existe excelente concorrência lá fora, e isso é o que nos mantém exigentes connosco. O que nos move é o desejo de usar ideias criativas para transformar o negócio, ajudando as marcas a fazerem a verdadeira diferença na vida das pessoas. E, enquanto agência criativa, aquilo que realmente nos emociona é a capacidade de usar a nossa criatividade em todo o seu potencial ‑ isso muitas vezes significa ter um cliente corajoso ao ponto de estar disposto a assumir riscos, a fim de colher as maiores recompensas do negócio.
As marcas estão cada vez mais conscientes da importância dos eventos. Reconhecem a necessidade, num ambiente em que as pessoas estão cada vez mais afastadas da publicidade, de estabelecer uma relação emocional e os eventos podem ser uma óptima maneira de o conseguir. Uma consequência disso é o aumento do número de agências dos diversos sectores de marketing que estão a acrescentar eventos ao vivo aos seus serviços. No entanto, mais consideração e alocação de eventos não se traduz necessariamente num aumento dos orçamentos. Acredita que os clientes envolvem as agências tarde demais quando decidem sobre um evento? Ou isso tem vindo a mudar?
Que qualidades deve ter um organizador de eventos dos dias de hoje? Deixou de ser suficiente ter excelente capacidade de organização e de negociação. A indústria e, de facto, o mundo mudaram e aqueles que trabalham nessa função precisam de ter um conjunto de capacidades muito mais amplo e flexível. Tal como acontece com todos na nossa agência, a capacidade de pensar criativamente é uma qualidade fundamental.
Muitas vezes sim, mas temos também observado alguns progressos nesta área, com marcas esclarecidas a considerar a experiência ao vivo em fases iniciais do seu planeamento de campanha e que envolvem as agências em conformidade. Vemos também mais campanhas a serem conduzidas pela experiência da marca. Mas gostaríamos de ver mais projectos que permitissem uma resposta orientada pelas ideias, em vez de exigir uma solução táctica ao evento.
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ERICSSON NO MOBILE WORLD CONGRESS 2014
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Hoje o orçamento ainda é o desafio?
Qual a importância da criatividade neste contexto?
O orçamento é sempre um desafio, mas o maior está a revelar‑se provar o valor tangível da indústria. Já não se trata de não termos as ferramentas para o fazer. A barreira agora é que KPIs [Key Performance Indicator ] transparentes são muitas vezes inexistentes. É preciso um cliente corajoso e altamente organizado para arriscar e insistir em que sejam realizadas medidas eficazes, mas esta é a única maneira de garantir uma análise robusta e de tornar as campanhas mais eficazes.
A criatividade é tudo ‑ sem ela não temos nenhum ponto de diferenciação para além do preço e da execução e, se pretendemos sobreviver e crescer num mercado extremamente competitivo, isso não é, de todo, suficiente.
Qual o impacto da crise no sector dos eventos? A crise financeira mundial teve um claro impacto na nossa indústria. Todos vivemos alguns anos muito duros e em muitos mercados essa realidade ainda continua. Estou feliz por poder dizer que na Jack Morton EMEA [Acrónimo de Europe, Middle East and Africa] temos assegurado um crescimento consistentemente forte ao longo da recessão. Na verdade, crescemos 30% apenas nos últimos três anos. Estamos a projectar e a colocar como objectivo um ainda maior crescimento. E este é o nosso desafio, continuar a aumentar a nossa quota num mercado muito competitivo. Fazemo‑lo através do foco em sermos orientados pelas ideias e em assegurar os melhores talentos criativos, mas é claro que, à medida que crescemos, se torna um desafio maior a cada ano.
E a tecnologia? A tecnologia pode aumentar fantasticamente e tornar possível uma campanha, mas isso é o que ela deve ser, um elemento facilitador de uma campanha criativa, e não a campanha em si. Há tecnologia incrível disponível, mas devemos resistir à tentação de a usar só porque existe. Como é que as redes sociais afectaram os eventos? As redes sociais são um parceiro natural para experiências ao vivo, com a capacidade tanto de gerar visibilidade com antecedência, como de ampliar o alcance e a duração da experiência pós‑evento. No entanto, tal como a tecnologia, as redes sociais devem ser usadas quando agreguem valor para os consumidores e os clientes.
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LANÇAMENTO PARA A IMPRENSA DA NESPRESSO CUBANIA
Nesta altura, quais são as principais tendências nos eventos?
Já organizou algum evento em Portugal? Qual a sua opinião sobre a oferta local? É fácil organizar eventos aqui?
A “big data” está em perigo de se tornar uma expressão vazia, mas começamos a ver alguns trabalhos que a usam de modo atraente e de grande impacto, como a campanha “Sound of Honda”. Mas também tem potencial para melhorar a experiência ao vivo de pequenas formas. Uma vez despoletada a tecnologia “wearable”, a “big data” terá, de facto, o poder de personalizar experiências de formas nunca antes alcançadas. A um nível mais elevado, penso que estamos a regressar ao uso de experiências ao vivo como um meio de contar histórias. Este é o mais antigo de todos os nossos comportamentos humanos e é, naturalmente, uma forma essencial de nos envolvermos e estabelecermos um vínculo com outras pessoas. Pode parecer óbvio, mas serão essas experiências ao vivo, com a capacidade de levar as pessoas numa viagem emocional,, que terão o maior sucesso.
Sim, tenho trabalhado muitas vezes em Portugal. Criámos o lançamento de uma marca de carros de luxo há alguns anos e trabalhamos com muitos e excelentes parceiros locais, bem como espaços. Portugal é um local muito popular para marcas de automóveis, uma vez que usufruem de um óptimo clima, paisagens e hotéis maravilhosos e algumas estradas desafiadoras. O que procura num destino? Como em todos os outros aspectos da experiência ao vivo, os destinos devem agregar valor para aqueles que experimentam. Tem tudo a ver com a natureza da campanha, a marca e as pessoas com quem a marca se pretende envolver. É muito diferente organizar eventos nos EUA ou na Europa? Claro, cada país em que trabalhamos é muito diferente, mas nós abraçamos essas diferenças ‑ é um dos prazeres da nossa indústria. O maior desafio nos EUA são as leis sindicais.
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GRANDE ENTREVISTA
PERFIL Cidade perfeita para viver? Perfeita, Boston. Melhor, Londres. Viagem de sonho? Ilhas Galápagos Destino preferido para organizar um evento? Cidade do Cabo
CAMPANHA NIVEA DARE TO DIP
Pode partilhar connosco a história mais extraordinária que aconteceu num dos seus eventos?
Melhor evento a que assistiu? Ceremónia de Abertura dos Jogos Olímpicos de Atenas
Provavelmente, a mais engraçada foi
Que evento gostaria de organizar no futuro? O lançamento da cura para o cancro.
num evento que criámos para um 34
cliente dos EUA em Copenhaga. Um dos expositores tinha uma webcam no stand e tinha enviado um link para a sua equipa em São Francisco (SF), para que pudessem ver o stand. Devido ao fuso horário, no momento em que um gerente sénior de SF se conectou, estávamos a meio da noite em Copenhaga, e o que ele
O que gosta de fazer nos tempos livres? Pescar salmão e beber vinho do Porto! Melhor refeição de sempre? No Nobu Equipa de futebol? Reading FC Artista/Banda favorita? Led Zeppelin Primeira palavra que lhe vem à cabeça quando pensa em Portugal? Vinho (tenho familiares que vivem no Porto e se dedicam à área dos vinhos, por isso passamos bastante tempo em Portugal).
viu na webcam foram dois seguranças “em flagrante” no stand! Ouso dizer que nenhum dos dois manteve a profissão.
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EM DESTAQUE
ALFÂNDEGA COM IMPACTO DE 20,9 MILHÕES DE EUROS NO PIB E COM MARGEM PARA CRESCER Muito se tem ouvido falar este ano do Centro de Congressos da Alfândega do Porto. Primeiro, porque foi distinguido como o Melhor Centro de Congressos da Europa, pela revista britânica Business Destinations, editada em associação com a American Express. E mais recentemente por ter tomado a decisão de avaliar o impacto da sua actividade na economia nacional e de ter chegado a números importantes. O estudo do Impacto Económico e Perspectivas de Desenvolvimento do Centro de Congressos da Alfândega foi elaborado pela Porto Business School e mostra que o Centro de Congressos da Alfândega do Porto teve um impacto de 20,9 milhões de euros no Produto Interno Bruto (PIB). De 2007 a 2013, contribuiu com 124,34 milhões de euros. No mesmo período, o equipamento criou 4806 postos de trabalho directos e indirectos e em receitas fiscais contribuiu com 29,5 milhões de euros. Carlos Brito, presidente do Conselho de Administração da Associação para o Museu dos Transportes e Comunicações, entidade que gere o Centro de Congressos, pede “que nos deixem trabalhar”, numa alusão à necessidade de ocuparem todo o edifício da Alfândega do Porto, uma vez que 1650 m2 são ocupados pela Autoridade Tributária e Aduaneira. 35
CRISE JÁ PASSOU? A utilização destes 1650 m2 podia permitir ao venue “responder a mais eventos em simultâneo”, sublinha Gouveia Santos, director do Centro de Congressos da Alfândega. “E acima de tudo é uma questão de compatibilidade”, refere o responsável, que adianta que já tiveram que recusar alguns eventos porque o cliente queria um espaço sem nenhum tipo de restrição e com segurança absoluta. No estudo, lê‑se que a deslocalização dos serviços aduaneiros ia permitir criar condições para dispor de uma sala capaz de receber duas mil pessoas. “Trata‑se aqui de ajustamentos que, não envolvendo investimentos significativos, têm uma relevância considerável na obtenção de vantagens competitivas adicionais, susceptíveis de influenciar o alargamento do volume de negócios no mercado internacional de congressos, com impactos relevantes para a economia do país e da região Norte”, lê‑se.
No período entre 2007 a 2013, o pior ano para o Centro de Congressos foi 2012, auge da crise económica no nosso país. Em 2013, assiste‑se a uma franca recuperação em termos de resultados operacionais. QUADRO: Ano 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
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Resultados operacionais do Centro de Congressos 847 156 € 833 456 € 711 278 € 723 779 € 389 253 € 255 890 € 622 706 €
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Em relação ao número de eventos, de referir que 2013 marca o recorde do venue, com 147 eventos. E no que diz respeito à tipologia, assiste‑se a um aumento do segmento dos espectáculos e entretenimento. Em 2007, a Alfândega recebeu seis espectáculos e em 2013 o número ascendeu aos 26. QUADRO: Tipo de evento Congresso Seminário/Palestra Espectáculo/Entretenimento Exposição Feira Almoço/jantar/cocktail Outro Total
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2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
14 16 15 20 12 13 12 64 55 64 46 44 45 53 6 11 16 13 17 23 26 4 4 2 4 1 2 6 14 14 14 14 13 14 14 30 22 27 22 17 17 27 4 14 8 7 6 7 9 136 136 146 126 110 121 147
O estudo sugere que haja uma adaptação da oferta ao segmento espectáculo/entretenimento. “Tendo tido este segmento uma procura crescente nos últimos quatro anos, que está em permanente crescimento nas tendências culturais da cidade, e que normalmente se realiza em períodos horários que não colidem com a realização de outros eventos, é tambem justificado pela ausência na cidade de um espaço intermédio para espectáculos, ou seja, entre a dimensão do Coliseu do Porto (3000 lugares) e a Sala Suggia da Casa da Música (1200 lugares)”.
POTENCIALIDADES O Centro de Congressos pode produzir efeitos mais amplos se todas as potencialidades forem aproveitadas. O estudo sugere algumas potencialidades a explorar, nomeadamente a criação de um Centro Internacional de Negócios (para além dos espaços de eventos, poderia ser previsto o aluguer de escritórios, por exemplo); implementação de um espaço em co‑working, de modo a atrair novas ideias, talentos e sinergias; reforço da oferta de espectáculo e entretenimento e implantação de uma oferta de visitas guiadas por espaços normalmente fechados ao público.
NOVO CENTRO DE CONGRESSOS DO PORTO: É NECESSÁRIO? Carlos Brito, presidente do Conselho de Administração da Associação para o Museu dos Transportes e Comunicações, entidade da qual faz parte o Centro de Congressos, afirma que desconhece a existência de um estudo que mostre a necessidade de um grande centro de congressos. Lembra que um centro de congressos tem que ser ajustado à dimensão da cidade, no que toca à oferta hoteleira, aeroporto e transportes. “Aproveitar a Alfândega é, no mínimo, inteligente”, sublinhou na sessão de apresentação do estudo. Nuno Sousa Pereira, director da Porto Business School, lembrou a este propósito que as tendências no mercado dos eventos apontam para o crescimento de eventos de média dimensão. O responsável realça que o Centro de Congressos da Alfândega ainda tem potencial a maximizar.
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TRÊS PERGUNTAS A GOUVEIA SANTOS, DIRECTOR DO CENTRO DE CONGRESSOS DA ALFÂNDEGA
DUAS PERGUNTAS A PEDRO QUELHAS BRITO, DA PORTO BUSINESS SCHOOL Fazer estudos neste sector dos eventos e congressos é normalmente uma dificuldade. Quais foram os principais desafios na realização deste estudo?
Qual a importância deste estudo para a vossa estratégia? É importante porque, de facto, evidencia as capacidades que temos e o nosso contributo para a economia nacional. É importante ainda em termos de gestão interna, do equilíbrio que é necessário ter em relação à dimensão da parte museológica e à parte do centro de congressos. Isto é muito revelante para nos orientarmos. Ficou reforçada a nossa posição, a nossa imagem. Ficou de alguma forma surpreendido com as conclusões deste estudo? Foi uma surpresa também para mim, que tinha a percepção de que realmente havia um grande impacto económico e social resultante do centro de congressos. A nossa experiência vai‑nos dando nota dessa realidade, mas agora a estatística, os cálculos, as fórmulas utilizadas dão‑nos a certeza. Foi surpreendente pela positiva, embora provavelmente os resultados estejam um pouco aquém daquilo que poderiam ser, nomeadamente se tivessem em consideração a importância da marca e a valorização que ela sofreu. Feito o estudo, a partir de agora a que fóruns o vão levar?
O facto de ser um estudo público só por si já evidenciará que as entidades responsáveis possam ter necessidade
Tivemos que recolher muitos dados que estavam não explorados. Os resultados seriam superiores se tivessemos mais dados, ou seja, o impacto é um valor por defeito, inferior àquele que nós achamos que poderia ser, mas como somos obcecados pelo rigor, preferimos indicar valores e montantes monetários mais conservadores do que aqueles que potencialmente podiam ser. Está subavaliado e em parte pelo facto de ser uma equipa muito pequena [a do Centro de Congressos] e de estarem mais preocupados em prestar serviço e menos em recolher, em tratar, em fazer reporting. Mas eles agora já viram que vale a pena (risos). Que conclusões retira do estudo? 37
Uma coisa que me surpreendeu é que, confrontando com Serralves ‑ estudo que também fizemos ‑, considerando os proveitos, o poder multiplicador da Alfândega foi de 11 vezes, enquanto que o de Serralves foi cinco vezes. Aqui, com muito menos proveitos, gerou‑se muito mais impacto . Aqui há muitas mais actividades e mais diversidade envolvida. É o mundo maravilhoso dos eventos e do turismo de negócios. É um mundo extremamente competitivo e as cidades investem fortemente porque sabem que os turistas gastam mais dinheiro, ficam mais tempo, têm mais poder de compra.
Cláudia Coutinho de Sousa
de ponderar da pertinência da permanência, ou não, dos serviços aduaneiros aqui no edifício.
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ZEZO CARVALHO | FUNDADOR DA TRENDZ®
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CORPORATE EVENT: DO MOMENTO AO MOVIMENTO Numa reunião de fim de tarde, um administrador pediu‑me ajuda para encontrar um conceito e formato para um grande evento interno. Segundo ele, algo capaz de motivar os seus colaboradores e (cito) “alterar alguns comportamentos negativos e melhorar a relação entre as unidades de negócio”. O novo ciclo da empresa assim o exigia e a ansiedade interna parecia enorme. A minha colher movia‑se na chávena, armadilhando a pergunta: “Como líder, o que queres que aconteça a seguir?”. Ele encostou‑se na cadeira e devolveu‑me com um tom preocupado: “O que queres dizer com isso, Zezo?”. Foi exactamente desta forma que um briefing para um evento táctico de 1 dia passou a um contexto estratégico sobre o qual poucos líderes costumam ponderar. O café ainda não tinha chegado ao fim e ficou claro para ele que um momento de calendário não seria suficiente para a dinâmica de evolução necessária para aquela Cultura (o Movimento, como costumo dizer). Não no Ciclo de Liderança deste líder. O evento corporativo interno surge normalmente associado à partilha profissional de dados, conhecimento e desenvolvimento de competências, ou aquilo a que chamamos de capacitação dinâmica ou adaptativa. No meio disto, espera‑se o natural convívio & boa onda, em ambientes que vão de um simples Kick‑Off comercial a um dia de formação regular, uma happy‑hour ou uma flash‑talk, uma tarde de actividade outdoor ou, no topo, as célebres Festas de Natal e o Company Day. Realizados de forma isolada, independente da alta qualidade e criatividade da execução,
estes momentos são puras “aspirinas corporativas”. Por outro lado, através de eventos internos organizados numa plataforma integrada, com uma frequência programada e bem comunicada (online e offline), os colaboradores certamente irão perceber aquilo a que chamamos alinhamento ou “a unidade”, onde cada evento alimenta uma série de etapas, todas elas focadas numa meta clara, justa e mensurável. Como começar bem um movimento interno é uma das questões‑chave deste processo. Resposta: pelo exemplo. Parece
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OPINIÃO
pacífico que a motivação pode ser promovida à volta da Visão, Missão e Valores da instituição, seja ela uma Empresa, um Grupo ou uma Marca, mas a verdade é que uma Cultura corporativa encontra‑se sob um ciclo específico, histórico e irrepetível da sua liderança. Seja por seis meses, três anos ou uma década, a Liderança marca um padrão organizacional visível, estabelecendo as regras desta mesma Cultura. E é certo como o ego que a Liderança vigente (boa ou má, independente do seu estilo) precisa de canais para comunicar os seus actos, celebrar os seus feitos, partilhar as suas ambições. E isto não é algo que se faça de vez em quando ou no dia em que der mais jeito.
É claro que há casos de empresas de boa performance, mas cuja Pool de Liderança está longe de ser popular, relacional, comunicante. É uma pena, mas acontece. Por outro lado, nestes mesmos anos tenho observado e trabalhado com empresas fantásticas que apostaram e continuam a investir em programas integrados de dinamização interna, num contexto de reward by execution. Uma prova clara de que a alta performance do team (os seus resultados extraordinários) gera a motivação necessária para continuarem a avançar com criatividade e inovação, “viciando” toda uma Cultura no ciclo de evolução que é visível. Aqui sim, o evento, a reunião de trabalho ou a conversa de café são parte de um movimento, sendo cada acção uma oportunidade de lembrar que “a meta é logo ali”.
Esta fantástica dinâmica corporativa está repleta de possibilidades. Penso que os profissionais dos eventos devem definir o seu propósito, escolhendo com
Nestes últimos quatro anos, o reduzido
quem e de que forma desejam marcar
impacto dos eventos internos nos
a sua relevância. Poderão continuar a
resultados para o negócio poderão
realizar um momento de calendário ou
ser um dos factores de redução do
participar num movimento cuja dinâmica
investimento por parte das empresas.
é capaz de marcar um Ciclo que valeu a
Não penso que tenha sido apenas
pena, para si e para os seus Clientes.
uma questão de “frugalidade” face ao contexto económico. É óbvio que cortamos onde não há impacto comprovado e, do meu ponto de vista, não deve haver festa para quem não faz por isso ou se contenta com pouco. WWW.EVENTPOINT.COM.PT
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INSTALAÇÕES DA EUROPALCO
AS VANTAGENS DE ALUGAR São poucos os eventos que não exigem o aluguer de material e equipamento. Sejam audiovisuais, palcos, mesas e cadeiras, plantas, louças, computadores ou tendas, a panóplia de necessidades é grande e por isso as empresas de aluguer desempenham um papel fundamental no sector. Fomos falar com duas delas, a Alug'Aqui ‑ Aluguer de Equipamento Hoteleiro e a Europalco, especializada em diversas soluções para eventos e espectáculos, desde estruturas a audiovisuais.
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DOSSIÊ TEMÁTICO
Por vezes, comprar material pode ser uma opção mais barata, sobretudo se o material servir para vários eventos. Mas avaliar somente o preço de compra pode ser escasso. Há várias vantagens em alugar. Pedro Magalhães, da Europalco, lembra desde logo três: “sem custos de manutenção, sem custos de armazenagem, sem empate de capital”. Sílvia Duarte, da Alug'Aqui, lembra a possibilidade de cada evento se tornar “único e personalizado, como 'um fato à medida', em que cada cliente pode moldar [o evento] à sua criatividade e ao seu orçamento, em vez de ter que trabalhar sempre com o mesmo material”. Sílvia Duarte lembra ainda alguns serviços que ajudam a libertar trabalho do cliente. “São bastante apreciados os nossos serviços de limpeza e controlo de falhas e quebras. Tarefas árduas das quais aliviamos o cliente, que depois de todo o trabalho que teve durante o evento, quer descontrair”. O apoio que estas empresas prestam ao organizador de eventos pode ser então uma mais‑valia quando se pensa em alugar. A Europalco apoia o cliente desde a criação do evento (projecto técnico e 3D) à execução. “Disponibilizamos também aos nossos clientes algumas ferramentas online para os ajudar a conceber os seus projectos, nomeadamente o Spaceplanner, o Eventcalc e O meu Evento”, refere Pedro Magalhães. O responsável explica em que consistem. “Com o Spaceplanner, os nossos clientes podem criar os seus projectos 2 D passíveis de serem convertidos em 3D; o Eventcalc é uma ferramenta de cálculos eléctricos, cálculos de capacidade de salas em plateia, mesas, etc., e também alguns cálculos técnicos, como medidas de ecrã em função do número de assistentes e a potência necessária de projectores; O Meu Evento é uma ferramenta que verifica a disponibilidade dos nossos artigos e informa o cliente dos valores a pagar”. E se algum material se estraga? “Como sabemos que pode acontecer algum acidente ou perda de material, facilitamos todo o processo com a nossa 'factura de inconformidades'”, explica a responsável da Alug'Aqui. O material danificado é assim debitado ao cliente sob a forma dessa factura. “Um processo fácil, acordado no momento da assinatura do contrato, que tem resolvido facilmente as situações em que algum material seja danificado pelo cliente”, sublinha. Na Europalco, o processo é o seguinte: avaliam‑se os danos e, se houver possibilidade de reparação, ela é debitada ao cliente; se não for possível reparar, a empresa cobra o valor de compra do material e entrega o danificado ao cliente. A grande oferta de material de ambas as empresas permite alinhar o equipamento com a temática do evento. Pedro Magalhães explica que 90% das soluções da Europalco são personalizáveis. “Temos
produção própria, costura, impressão em vinil e têxtil, máquina de corte de têxtil, carpintaria, serralharia, estufa de pintura e corte de esferovite e espuma.” Além disso, a Europalco apresenta mensalmente novos produtos. Na Alug'Aqui é também a diversidade de artigos que permite responder com as soluções que se adaptem aos objectivos do organizador. “A unidade mínima de aluguer de qualquer artigo é de uma embalagem e, a partir daí, sempre com a nossa ajuda, seja um jantar para duas pessoas ou uma festa com 5000 convidados, adaptamos de acordo com o gosto e a necessidade de cada cliente”, refere Sílvia Duarte, sublinhando que a empresa está em constante actualização. “Efectuamos uma revisão semestral do nosso portfólio e, graças à forte parceria com a firma Schmidt‑Stosberg, conseguimos ser bastante rápidos e flexíveis”. A capacidade de resposta vai de eventos para duas pessoas, até 20 mil, como já aconteceu, de resto.
FICHA TÉCNICA A Europalco é uma empresa com soluções "chave‑na‑mão" de audiovisuais, cenários, mobiliário, estruturas, tendas, automatismos, barreiras, pistas de dança, tensionáveis, entre outros. Oferece os serviços de transporte, montagem e assistência durante o evento e desmontagem. A empresa trabalha não só em Portugal, mas em toda a Europa. “Este ano, apostamos muito na nossa internacionalização com a presença em todas as feiras europeias de eventos e turismo”, conta Pedro Magalhães. Em média, a Europalco fornece 1500 eventos por ano. A Alug'Aqui é uma empresa de aluguer de equipamentos para eventos. Faz o transporte do material e a recolha do mesmo dentro de horários especificados pelo cliente e em qualquer lugar no país. Brevemente, a empresa crescerá nas áreas da montagem e da colocação de pessoal de apoio nos eventos. Actualmente já trabalha no país todo, a partir das bases de Lisboa, Porto, Évora, Vilamoura e Funchal. “Estas cinco bases locais permitem‑nos dar a cobertura nacional sem perder o tão vital enfoque local”, adianta Sílvia Duarte. O número de eventos em que a Alug'Aqui colabora varia muito, conforme a altura do ano. Para se ter uma ideia, há fins‑de‑semana em que fornecem mais de 50 eventos em simultâneo. Até ao final do ano, esperam poder dar resposta a 100 ao mesmo tempo.
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DOSSIÊ TEMÁTICO
ANTES DE ALUGAR, PERGUNTE: QUE OUTROS CUSTOS EXISTEM PARA ALÉM DO PREÇO DE CADA ARTIGO? Procure saber tudo o que está incluído no preço ou se há custos adicionais (por exemplo, de transporte fora de horas) QUAL A POLÍTICA QUANDO O MATERIAL FICA DANIFICADO? É uma questão muito importante e que pode fazer a diferença. Procure perceber o que significa “danificado” para a empresa de aluguer de material. QUE AJUDA PRESTAM EM TERMOS DE DESIGN OU PLANEAMENTO? A EMPRESA FORNECE MODELOS 2D OU 3D? É uma mais‑valia que pode ser muito útil até para ajudar a identificar necessidades. 42
QUE ASSISTÊNCIA PODE PRESTAR A EMPRESA DURANTE O EVENTO? Podem existir necessidades de última hora que têm de ser respondidas pela empresa de aluguer. Uma sugestão é que inclua o seu fornecedor de aluguer de material nas reuniões da equipa de produção antes e durante o evento. O QUE É QUE PODE SER CUSTOMIZADO? Pode ser colocado um logótipo no material? Pode ser pintado com as cores da marca? (Não se esqueça de pedir para ver um exemplo.) ENTREGA O MATERIAL EM QUALQUER ZONA DO PAÍS? Se tem uma série de eventos pelo país, convém saber, de antemão, se o fornecedor entrega o material nesses locais, por uma questão de uniformização do evento. QUAL O ESTILO E A ESTÉTICA? Pergunte qual é o estilo e a estética do seu fornecedor. Se estiver à procura de uma determinada estética ou design para o evento, aquele pode não ser o fornecedor certo.
PEDRO MAGALHÃES | EUROPALCO
ALUGA‑SE DE TUDO PRECISA DE UMA GOPRO PARA O SEU EVENTO? Há algumas empresas a prestarem este serviço de aluguer de GoPros. Uma forma fácil de alugar esta máquina, que tem feito as delícias de desportistas e aventureiros, é através do site http:// alugarumagopro.pt/. Os preços vão de 20 a 35 euros por dia. Alugueres por períodos superiores têm descontos significativos. A pensar no sector dos eventos, o site disponibiliza ainda o serviço de edição de vídeo. E DE SIMULADORES? A GT Competizione (www.gtcompetizione.com) pode resolver‑lhe a questão. A empresa aluga simuladores já com equipamento (volante, pedais, PC, ecrã) ou só o cockpit, destinados aos mais diversos eventos, desde festas privadas a iniciativas corporate. A empresa monta todo o sistema. PÃO DE FORMA Na Bus Events (www.busevents.pt) pode alugar os míticos pão de forma e autocarros descapotáveis para o seu evento ou para uma acção de marketing e promocionais. A frota desta empresa apresenta ainda outros veículos, nomeadamente carros híbridos e segways.
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DOSSIÊ TEMÁTICO
DROMEDÁRIOS Já imaginou ter um dromedário no seu evento ou festa temática? A Salamaleques (www.salamaleques.pt) aluga‑lhe um. É verdade! Esta empresa de Sesimbra dispõe de três exóticos dromedários dispostos a serem as estrelas do seu evento. Pode ainda alugá‑los para produções televisivas, fotográficas ou de publicidade. BANCADAS DE COZINHA Para uma formação de cozinha ou show‑cooking, a AS Cook&Events (www.ascookevents.pt) aluga balcões de cozinha, com sistema de água incluído e de fácil montagem e desmontagem, bem como outros materiais de suporte. BRINQUEDOS Se o evento é com crianças, talvez não seja mal pensado alugar alguns brinquedos. O Club do Brinquedo (www.clubdobrinquedo. pt), em Paço de Arcos, disponibiliza uma série de itens para animar a festa ou o evento. SÍLVIA DUARTE | ALUG'AQUI PUBLICIDADE
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MIGUEL SALEMA GARÇÃO | DIRECTOR DE COMUNICAÇÃO DOS CTT
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OS EVENTOS INTERNOS NOS CTT
“TODOS SOMOS UM” Nos CTT, os eventos internos revestem‑se de uma importância decisiva na estratégia e sucesso da empresa. Sendo o universo CTT composto por mais de 12.000 colaboradores, estes eventos são momentos cruciais em termos de comunicação interna, motivação e partilha dos objectivos da empresa. São oportunidades de alinhamento estratégico e de encontro da missão e visão da empresa e reforço dos valores da cultura CTT. A presença em todo o país, através das redes de lojas, transportes e distribuição, implica uma contínua partilha do conhecimento e reforço do trabalho em equipa. No plano anual de comunicação é imperativa a realização de múltiplos encontros das redes comerciais, convenção dos quadros directivos, reuniões das equipas de operações, acções formativas e também as prévias apresentações de projectos a lançar externamente, entre outros. Esta questão ganhou ainda mais destaque em 2013, quando os CTT se preparavam para atravessar um processo de privatização. Foi crucial definir e implementar um plano de comunicação institucional que contemplasse os principais stakeholders, com grande relevância para o público interno. Havia que criar uma
cultura pró‑mudança, melhorando a atitude e a motivação dos gestores e colaboradores face ao processo de privatização. Por isso, esta era a altura ideal para unir todos os colaboradores em torno de um conceito motivador e suficientemente forte para mostrar a coesão dos CTT. Para isso, e com a dimensão de programa de comunicação interna, criámos o “Todos Somos Um”, um statement motivador e inspirador, que reflecte uma cultura de unidade em torno de um objectivo comum. Trata‑se de um apelo à união. Um apelo baseado numa mensagem de cunho universal: “a união faz a força”. Um apelo que lembra que somos sempre mais
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OPINIÃO
fortes quando fazemos força juntos. A mensagem era clara: a força dos CTT está na união de todos os seus colaboradores. Por outro lado, este conceito/programa permitiu dar consistência e ganhar sinergias a nível dos eventos internos, dando base a uma estratégia comum com ligação entre os vários eventos, realizados na empresa a vários níveis e em diversos momentos, e com uma gestão eficiente de recursos. Em termos de evolução da gestão das relações públicas, e nomeadamente dos eventos internos, a crise e as necessidades de contenção orçamental exigiram uma gestão ainda mais rigorosa dos recursos. No entanto, a profissionalização desta área e a importância destes momentos não permitem que isso afecte a qualidade dos eventos. Foi assim necessário capitalizar os recursos internos, aliando‑os às capacidades especialistas dos fornecedores nesta área, de modo a obter um resultado eficiente. Isto só é possível com um alto esforço no planeamento e na articulação entre os vários intervenientes. Uma das soluções encontradas para uma gestão mais eficiente e eficaz dos meios existentes foi o recurso às parcerias no âmbito da organização dos eventos. Um exemplo desta prática foi utilizado num evento do projecto de comunicação interna Portugal Connosco ‑ Receitas ao Balcão, em que os atendedores CTT foram desafiados a criar receitas culinárias para um concurso que resultou na edição de um livro vendido nas Lojas CTT. O catering do evento foi resultado de uma mostra de produtos de parceiros que aproveitaram a oportunidade para divulgar as suas marcas, dando corpo ao conceito de abrangência regional do país e da Rede CTT. Outra prática de uma gestão eficiente dos recursos tem sido a crescente utilização dos edifícios CTT para os eventos, potenciando os espaços existentes e adaptando‑os às diversas necessidades de relações públicas. Ainda em termos de evolução ao nível dos eventos, a preocupação com a sustentabilidade nos seus pilares económico, social e ambiental tem vindo a marcar esta realidade. Neste contexto, podemos destacar algumas práticas, como a preferência por espaços e alojamentos que permitam uma adequada mobilidade para os participantes, o donativo de alimentos não consumidos durante o evento a instituições de solidariedade, os suportes de comunicação com materiais mais sustentáveis e a reutilização de materiais.
Hoje, os CTT são uma empresa privada onde os desafios são maiores e, sobretudo, novos. Exigem mais da empresa e, por inerência, exigem mais de cada colaborador. O papel de cada um é fundamental nestes novos desafios, para que a empresa funcione como una e coesa. Costumamos dizer que nos CTT existem mais de 12.000 embaixadores da marca, isto é, todos os colaboradores que no seu desempenho diário representam os CTT e os seus valores. Em conjunto, constroem a imagem que os stakeholders formam da marca/empresa. Neste sentido, os eventos internos afirmam‑se como momentos cruciais e estratégicos para o sucesso na gestão da empresa e na consonância da voz CTT.
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URIEL OLIVEIRA | VICE‑PRESIDENTE DA CISION
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O SUPER COMUNICADOR GERIR COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL NA CONVERGÊNCIA DOS MEDIA A fusão dos media tradicionais de massa (imprensa, televisão, rádio e internet) com as plataformas digitais, portáteis e interactivas, como o Facebook, o Wordpress ou o Twitter, veio revolucionar a forma de planear, activar e gerir a comunicação empresarial. A convergência entre os media permite que os profissionais da comunicação contem as suas histórias, partilhem informação ou activem os seus eventos em multiplataformas, conciliando estratégias de comunicação de massa com estratégias de diálogo com o consumidor final.
Os media tradicionais enquadram as histórias de acordo com a sua agenda; os consumidores estabelecem o nível de interactividade, definem, seleccionam e pré‑configuram quais os conteúdos que pretendem receber; o gestor de comunicação tem que conciliar o conhecimento minucioso das oportunidades de agenda, dos
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OPINIÃO
interesses específicos de cada órgão de comunicação, de cada jornalista, influenciador digital, fã ou consumidor, com uma gestão de relacionamentos dinâmica, interactiva e adaptável a qualquer indivíduo, seja ele líder de opinião ou um simples consumidor final. A cisão entre os departamentos de comunicação, relações públicas, eventos ou marketing, habitual em várias empresas de grande dimensão, não faz hoje qualquer sentido, na medida em que todo o processo é totalmente interdependente e está inevitavelmente interligado.
comunicação empresarial, alterando
ferramentas de massificação do conteúdo e de dashboards de avaliação dos resultados. Assim, o novo profissional da comunicação integrada é um super polivalente, que tem que conjugar os conhecimentos que estão na base da comunicação empresarial, marketing, gestão empresarial e escrita criativa, com conhecimentos técnicos sobre HTML 5, Javascript, SEO, bases de dados e grande domínio das ferramentas Google Ad Sense, Google Analytics e muitas outras tecnologias, bases de dados, plataformas e utilitários, que proliferam e que permitem activar e avaliar a comunicação digital. Não tem todas estas competências? É normal. São raros os profissionais da comunicação que conseguem, hoje, reunir um pouco de conhecimento de cada uma destas áreas e, por agora, a solução vai passando por envolver equipas multidisciplinares. Mas, se quer ter o seu futuro na mão e ser um super gestor de comunicação integrada, comece já a aprender o mais possível. Isto não quer dizer que tenha que dominar todas estas ciências, saber programar ou conhecer profundamente o código informático, mas significa que tem que entender como funcionam, como se operacionalizam, quais os factores que as condicionam e quais as oportunidades que proporcionam.
as organizações, as competências, a
A boa notícia é que estas
cadeia de valor, o budget e sobretudo
competências podem ser adquiridas
o posicionamento das estruturas de
online, no escritório ou no sofá,
comunicação face ao consumidor.
utilizando o laptop ou o smartphone,
A comunicação integrada surge na junção do POE, o modelo tradicional da comunicação que segmenta os media em Paid, Owned e Earned, e antecipa a revolução na
A disputa pelo maior budget e pela maior proximidade à gestão entre as relações públicas e o marketing acabou. Não existe um departamento de relações públicas separado de um departamento de marketing. Hoje, a reputação, a confiança, a transparência, a relação com stakeholders, clientes, consumidores e as vendas interligam‑se numa estrutura integrada que articula as tácticas de persuasão com a arte de contar uma história, de criar valor, de interagir e de envolver a comunidade. A comunicação integrada concilia diferentes suportes. O conteúdo adapta‑se e circula entre os meios físicos e online. Contudo, é no espaço digital que está a sua essência. O espaço da comunicação digital integrada é um espaço em que a história é o epicentro e que para além da oportunidade, da relevância ou da proximidade do seu conteúdo ao target, esta depende ainda de uma grande capacidade de manobrar todas as
acedendo a recursos gratuitos ou pagos, através de plataformas de e‑learning, microlearning, certificação digital, webconferences, webinars, whitepapers, case studies ou outras.
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REPORTAGEM
RESTRIÇÕES ALIMENTARES AUMENTAM NOS EVENTOS Cada vez mais a questão das restrições alimentares faz parte do dia‑a‑dia dos organizadores de eventos e dos fornecedores de catering. Sejam alergias, motivos religiosos, opções de vida, há uma série de restrições que têm de ser acauteladas. Fomos falar com algumas empresas e especialistas de catering, de modo a perceber qual é a realidade actual.
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As alergias alimentares, como a intolerância à lactose e a outras substâncias, ou as opções pessoais, como não comer carne, são realidades com as quais os profissionais de catering têm de lidar quando preparam um evento. José Pedro Santiago, responsável pelo aprovisionamento e controlo da qualidade alimentar do Grupo Imppacto, estima que elas existem em mais de 50% dos eventos. “Por exemplo, no passado mês de Agosto, realizámos um congresso internacional científico, no qual servimos indivíduos de 49 nacionalidades, tendo conseguido oferecer iguarias familiares a todos eles, bem como assistir a todos os pedidos de restrições existentes, a nível de intolerâncias ou opções religiosas”, conta José Pedro Santiago. E se estas situações sempre aconteceram nos eventos, o responsável do Grupo Imppacto admite que houve um “ligeiro aumento” no que diz respeito às restrições ligadas às opções de vida. Nuno Januário, Culinary Services Manager da APTECE (Associação Portuguesa de Turismo de Culinária e Economia), acredita mesmo este é um dos maiores desafios do catering moderno. “Já não se trata de ter opções para quem tem as restrições, mas equacionar os menus para tentar responder de imediato a esta necessidade. Não estamos apenas a falar dos casos em que estas restrições se devem a questões de saúde, mas sobretudo por questões de estilo de vida saudável. Os sumos são disso um exemplo. Há cada vez uma maior tendência para abandonar os refrigerantes industriais e servir sumos naturais diversos”. Os casos têm aumentado em número e na especificidade. “Portugal está cada vez mais na rota dos principais eventos internacionais e por estamos envolvidos em grande parte deles sentimos cada vez mais isto”, refere. A mesma opinião é partilhada pelo Chef António Bóia, da Bholding Catering,“O crescimento destas solicitações deve‑se a vários factores. Em alguns casos é porque cada vez há mais pessoas com alergias e doenças, outras pela religião, outros casos por opção de vida, mas também alguns pedidos para ser diferente e porque está na moda”. Também na Três Séculos a situação é semelhante. “Recebemos eventos internacionais com cada vez mais convidados oriundos de todos os pontos do mundo, fruto do aumento exponencial
do numero de voos e da evolução do turismo, o que se reflecte numa enorme variedade de culturas e religiões presentes, com estes factores a influenciar na gastronomia a apresentar em cada evento. Mas não só a nível internacional verificamos esta tendência, a nível nacional também recebemos um numero de pessoas cada vez mais considerável com hábitos alimentares diversos, nas quais as opções vegetariana e a intolerância à lactose são as que se destacam”, explica Miguel Cunha, gestor de eventos da Três Séculos. Artur Junqueira, do Grupo Ibersol, confirma o cada vez maior número de solicitações quanto a restrições alimentares, indicando que as mais frequentes são as vegetarianas. “De seguida aparecem as alergias e intolerâncias a determinados produtos, com grande preponderância da lactose e do glúten. Por último aparecem também as restrições motivadas por razões religiosas. As mais frequentes são de inibição de carnes de porco e de vaca e Kosher. Recentemente têm aparecido pedidos de refeições Halal”. Outras restrições menos frequentes são a intolerância aos crustáceos (marisco) e derivados, aos frutos de casca rija (nozes, amêndoas, avelãs, entre outros). Responder a estas necessidades não é fácil. “Por um lado exige o conhecimento das características e restrições alimentares de cada tipo de alimentação, por outro lado, entre o pedido do cliente e a cozinha existem vários intermediários que podem levar a deturpações das informações fornecidas pelo cliente, quer por falta de clareza deste, quer por inexperiência e insuficiente conhecimento do agente organizador em conseguir explorar os tipos de alergia e restrições alimentares”, explica o Chef António Bóia. A boa comunicação é assim fundamental para gerir todos os detalhes. Artur Junqueira, da Ibersol, explica‑nos o sistema da empresa. “Solicitamos sempre informação sobre restrições alimentares, com a devida antecedência. No dia contactamos o responsável pelo evento para saber como vão identificar os convidados que têm restrições alimentares. Ao nível da produção conseguimos assegurar todo o tipo de dieta especial, excepto os Kosher e Halal, que temos que contratar a fornecedores”. A Três
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REPORTAGEM
Séculos adopta um processo semelhante. “Antes de cada evento solicitamos ao cliente ou ao organizador, no caso dos congressos, reuniões e incentivos, que nos forneça uma série de dados por forma a fazermos um planeamento interno e prepararmos toda a estrutura e equipa. A informação relativamente às restrições alimentares é um dos dados que tentamos apurar e caso seja fornecida temos tudo previsto garantindo um maior nível de qualidade de serviço”, refere Miguel Cunha.
Nuno Januário, da APTECE, lembra que se tudo estiver bem planeado, a normalidade é a nota dominante. “Enquanto os menus vegetarianos já estão mais trabalhados, os menus de cariz religioso já requerem mais trabalho, mas nem esses são hoje muito complicados, basta ver a quantidade de produtos portugueses com certificação Kosher e Halal que já encontramos, caso seja necessário menus específicos para a comunidade judaica ou mulçumana”, explica o responsável.
REPERCUSSÃO NOS CUSTOS? Na maioria dos casos, o impacto destas restrições em termos de custos não é relevante. “A nível de custo de operação, a única oscilação que existe deve‑se ao custo das matérias‑primas, que não sendo consumidas com a frequência das vulgarmente utilizadas, têm um custo superior”, explica José Pedro Santiago, do Grupo Imppacto. “Em termos de custo os impactos são mínimos, já em termos de eficiência por vezes torna‑se mais complicado
sobretudo se for num serviço de catering”, diz o Chef António Bóia. Nos eventos, a equipa que dirige está preparada para tentar resolver todas as situações da melhor forma possível. O gestor de eventos da Três Séculos explica que sempre que possível tentam não ultrapassar o estipulado. “Caso seja possível tentamos sempre providenciar, aos convidados com restrições, o mesmo tipo de menu dos restantes convidados podendo incrementar os custos devido à utilização de produtos raros e mais dispendiosos, mas este cuidado e tratamento de pormenor gera habitualmente um sentimento positivo das pessoas, reflectindo‑se no grau de satisfação do organizador do evento relativamente ao nosso serviço, tornando um custo num investimento. Também Artur Junqueira avisa que se o volume de convidados com restrição alimentar for muito elevado, essa circunstância pode provocar algumas perturbações na realização do evento. E por isso “o importante é a informação chegar com a necessária antecedência, o que por vezes não acontece”. Isto levanta a questão de perceber se os gestores de eventos são sensíveis a este assunto e se antecipam todas as necessidade. Ou será que é tudo resolvido em cima da hora? O Chef António Bóia acredita que são sensíveis, no entanto têm poucos conhecimentos sobre o tema. “Quando colocamos questões ao organizador de forma a melhor identificar qual a alergia ou opção alimentar do cliente, com o objetivo de melhor o satisfazer, o organizador, por falta de conhecimento, acha que estamos a complicar e a colocar perguntas difíceis e que não facilitamos nada”, lamenta o Executive Chef da Bholding. Artur Junqueira acha que a sensibilidade nem sempre é a necessária. “Por vezes os operadores esquecem‑se de colocar os pedidos com antecedência, sendo necessário no dia do evento ajustar, sempre que possível”. Também José Pedro Santiago admite que por vezes existem pedidos em cima da hora, mas quando acontecem são comunicados aos diferentes sectores para que nada falte. Nuno Januário enaltece o profissionalismo que existe já nos briefings. “Se qualquer modo, cabe a quem está no terreno ter a devida formação e experiência para poder contornar um ou outro problema que possa surgir”. O mesmo profissionalismo é também realçado por Miguel Cunha, da Três Séculos, que sublinha que as empresas de eventos e DMC com que trabalham estão alerta para este tema e fornecem toda a informação antecipadamente. “No entanto acontecem quase sempre situações de imprevisto às quais temos de dar resposta, mas geralmente acontecem porque os participantes não alertam para as suas restrições ou porque quando verificam o menu proposto solicitam uma alternativa ao momento. A equipa da Três Séculos está sempre preparada para estas situações que resolvemos de forma eficaz”.
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REPORTAGEM
HISTÓRIAS CURIOSAS Desafiámos os nossos entrevistados a partilharem algumas das histórias curiosas e pedidos estranhos ao longo do trajecto profissional.
CHEF ANTÓNIO BÓIA “Em termos alimentares foi pedirem uma refeição onde, em cada prato, estivesse um insecto comestível. Já tivemos pedidos de clientes que não comem porco e depois comem tâmaras com bacon; pedidos muito complicados de Kosher e afinal comem tudo; e pedidos de menus sem lactose e, no final, o cliente pedir um gelado de baunilha, em que a base é lactose, ‑ quando informado, o cliente disse que no gelado podia comer.”
ARTUR JUNQUEIRA “Tivemos um caso mais grave em que o convidado tinha alergia a peixe. Estávamos a servir Raviolis de robalo, e a guia esqueceu‑se de indicar onde estava o cliente com esta restrição alimentar. Como o recheio de robalo é branco, e portanto da cor do queijo ricotta, o cliente comeu e teve quase de imediato uma reacção alergica. Tivemos que chamar o INEM. No final o cliente estava muito bem disposto e disse que, pelo menos, o Raviolli estava óptimo”.
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JOSÉ PEDRO SANTIAGO “Apesar de tudo ser aceite com ligeireza e respeitando todas as opções dos clientes, temos alguns casos que podem ser considerados menos vulgares, tal como um pedido feito num casamento, no qual não podíamos sequer circular com canela nas instalações tal era o grau de alergia de um indivíduo presente no evento”.
MIGUEL CUNHA “Já tivemos vários pedidos ou requisições diversificadas quanto a esta matérias, no entanto sem especificar nenhum caso em particular, destacaria a dificuldade em providenciar opções para os convidados com alimentação Kosher devido ao manuseamento cuidado que este tipo de alimentação exige. Neste ponto surpreendemos ao termos produção de vinho do Porto com esta especificidade, o Cordovero Fine Ruby, deixando os nossos convidados agradavelmente surpreendidos”.
NUNO JANUÁRIO “Servimos uma personalidade americana já na casa dos 90 anos e fomos informados de que ele teria dieta rigorosa durante os dois dias em que prestámos o serviço. A surpresa foi quando, após alguns pedidos, fomos informados do teor da dieta: um prato de fruta a todas as refeições... acompanhado de vodka puro”.
Cláudia Coutinho de Sousa
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SUSTENTABILIDADE
APCER CERTIFICA EMPRESAS DE EVENTOS “O PÚBLICO DOS EVENTOS VALORIZA AS MENSAGENS DE SUSTENTABILIDADE” O Rock in Rio e a empresa GTI ‑ Gestão, Tecnologia e Inovação foram pioneiros na certificação de acordo com a norma ISO 20121, promovida em Portugal pela APCER. Esta norma foi desenvolvida com o objectivo de apoiar os organizadores de eventos na integração de princípios de sustentabilidade nos eventos que organizam. Foi inicialmente testada nos Jogos Olímpicos de Londres, com sucesso, mas pode ser aplicada aos mais variados tipos de eventos. Estivemos à conversa com o CEO da APCER, José Leitão, para conhecer melhor esta norma. Que mais valias pode ter uma empresa de eventos com a certificação ISO 20121?
A maioria das empresas neste sector são micro ou pequenas empresas. Esta certificação foi especialmente dirigida para elas?
O conceito de sustentabilidade assenta em três pilares: ambiental, social e económico. Em termos ambientais, o evento deve ser equilibrado e os impactos de alguma forma compensados. Do ponto de vista social, quando se organiza um evento, sobretudo um de grande dimensão, este deve repercutir‑se positivamente no meio onde é realizado. Pode ser através de patrocínio e mecenato ou do envolvimento das várias comunidades onde o evento é feito. Por último, o conceito de sustentabilidade implica que todas as actividades sejam viáveis, isto é, que o organizador de eventos efectivamente ganhe dinheiro com o evento, que gere valor para todos os subcontratados e envolvidos. A preocupação desta norma é com a sustentabilidade. Isso pode aplicar‑se a grandes ou a pequenos eventos porque o que interessa é a forma de trabalhar das organizações.
Inicialmente, foi pensada para grandes realizações, com impactos brutais em termos de sustentabilidade. Depois, foi feito um processo de desenvolvimento de uma norma pela ISO, suficientemente abstracta para se poder aplicar a qualquer entidade que organize eventos, independentemente dessa ser ou não a sua actividade principal. Imagine um banco, ou uma grande companhia, que tem um departamento de organização de eventos ou que organiza alguns eventos. Pode também certificar essa estrutura operacional. O que certificamos são as empresas.
No mercado actual parece‑lhe que pode constituir uma vantagem competitiva? Considero que sim. Cada vez mais o público dos eventos, sobretudo nos musicais, que é onde estamos mais focados, é um público que valoriza as mensagens de sustentabilidade.
Vivemos um período complicado de crise. Acha que as empresas portuguesas estão sensíveis e abertas a certificarem‑se segundo esta norma? De uma forma geral, a economia portuguesa teve um processo de redução do volume de actividade, que se repercute também nas empresas de uma forma geral, mas estas mantiveram claramente o compromisso com a certificação. Faz parte das necessidades quase de primeiro nível que as empresas têm. Houve alguns dados que provam que a resiliência das empresas em situações de crise é muito superior naquelas que estão certificadas. Isso claramente
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SUSTENTABILIDADE
verifica‑se na certificação da qualidade. Porquê? Porque têm métodos de planeamento e da verificação de cumprimento de objectivos muito sistemáticos, e têm um foco. A certificação de qualidade tem o foco na satisfação do cliente, como esta dos eventos também: a satisfação do cliente final que tem expectativas em relação ao evento onde está. E quando lá está vai verificar coisas concretas, nomeadamente as questões da limpeza, a organização, a circulação, a segurança. A relação com os fornecedores é o aspecto mais difícil para as empresas de eventos? É. Mas não é só nas de eventos. Qualquer certificação pressupõe o controlo da cadeia de fornecimento. Quando falamos de uma certificação da qualidade, o fundamental é repercutir o controlo sobre a sua cadeia de fornecimento. Tenho que garantir que tenho controlo dos meus fornecedores. Isso é auditado. Sendo esta uma área nova de certificação, relativamente às pessoas que vão avaliar os procedimentos, elas próprias são sujeitas a algum tipo de formação? Onde é que as vão buscar? Que formação têm? 52
Acabam por ser equipas de pessoas com formações distintas. Temos necessariamente pessoas da área dos sistemas de gestão, outras mais vocacionadas para as questões de segurança, mas também fazem parte destas equipas, sobretudo em auditorias mais complexas, pessoas das áreas sociais. Neste caso, procuramos ter na equipa alguém que tenha experiência de eventos para nos ajudar especificamente. Em relação a este tipo de temas, encontramos muitas vezes a reacção, ou preconceito, de que ou é extraordinariamente complexo o processo, ou que é extremamente oneroso. Como rebate estes dois argumentos? Acho que não é nem oneroso, nem extraordinariamente complexo, mas é trabalhoso. Em alguns casos, e nós temos essa percepção, um número significativo de organizadores de eventos já têm estas preocupações. Elas não estão é devidamente organizadas e justificadas como é necessário numa certificação. Oneroso não é, porque o único custo que tem além do trabalho interno são as auditorias que são feitas periodicamente. É um valor absolutamente residual no custo de organização de um evento. Não estamos a falar em nada mais do que isso.
ROCK IN RIO E GTI NA LINHA DA FRENTE DA ISO 20121 A decisão de optar pela certificação ISO 20121 surgiu em 2013 com a preparação da edição do Rio de Janeiro, conta Dora Palma, Coordenadora de Sustentabilidade do Rock in Rio. No fundo, tratou‑se de uma decisão formal, uma vez que “a organização do Rock in Rio já implementava no dia‑a‑dia muitas boas práticas de sustentabilidade”. Também a GTI ‑ Gestão, Tecnologia e Inovação começou a pensar na certificação em 2013. Com um plano anual de mais de uma centena de eventos, a empresa “sentiu necessidade de uniformizar e sistematizar as práticas de Gestão de Eventos Sustentáveis”, explica Sónia Matos, Gestora de Eventos. O processo foi “relativamente simples”, uma vez que a GTI já tinha experiência na implementação de referenciais normativos (já tinha certificação ISO 9001, pela APCER, desde 2000). A falta de informação no mercado tornou, no entanto, o processo de implementação mais demorado. Já no caso do Rock in Rio, o principal desafio foi o processo de documentar aquilo que já era feito dia‑a‑dia no evento. A certificação, nos dois casos, ajudou a melhorar a organização. “Com o processo de certificação, foi assumido um compromisso e esse compromisso é passado para todos os que constroem o Rock in Rio, em qualquer edição e país onde ocorra”, sublinha Dora Palma, que destaca ainda a maior facilidade em envolver as partes interessadas. “Por outro lado, através deste processo foi também possível organizarmo‑nos, quer a nível estrutural, com a definição das várias áreas, quer documental, através de procedimentos e metodologias internas e externas”, refere, apontando como benefício, para além do melhor conhecimento interno e a monitorização de objectivos, o reconhecimento externo. No caso da GTI, permitiu “uma melhor coordenação de todas as actividades associadas à organização e gestão de eventos, conduzindo a uma melhoria significativa nos eventos promovidos, bem como num reconhecimento pelas partes interessadas”, refere Sónia Matos. A responsável salienta ainda como aspecto importante a melhor definição de responsabilidades, “Cada elemento da equipa sabe o que tem de fazer e qual a importância em toda a cadeia de gestão”. Além disso, com a melhoria em termos de planeamento, os custos com a gestão do evento também diminuiram. Com a implementação da ISO 20121, a GTI passou a apresentar novos serviços relacionados com a organização de eventos. “Adicionalmente, foi concebido (para comercialização)
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SUSTENTABILIDADE
JOSÉ LEITÃO | CEO DA APCER
um Software para Gestão de Eventos Sustentáveis, que cumpre os requisitos deste referencial normativo, integrado, como APP, no CRM Microsoft Dynamics”, explica Sónia Matos. E os clientes valorizam a certificação? “Pensamos que as vantagens da normalização poderão ser reconhecidas pelos nossos parceiros e clientes, pois ao longo dos 14 anos em que implementamos um Sistema de Gestão baseado em referenciais normativos reconhecidos, temos verificado que este nos tem permitido atrair, manter, estabelecer e desenvolver parcerias sólidas com os mesmos”, refere Sónia Matos. O facto de o Rock in Rio ser certificado “trouxe a confirmação de que fazíamos bem, tornando‑nos um exemplo de boas práticas na área de organização de eventos”, adianta Dora Palma. O apoio da APCER foi “extraordinário”, diz Dora Palma. “Esta é uma norma muito recente e como tal foi necessária uma avaliação muito meticulosa por parte da nossa equipa, sempre com o apoio da APCER na compreensão, entendimento e implementação da mesma.” Também a GTI ressalta a disponibilidade e competência da APCER.
“A relação da GTI com a APCER dura desde a primeira certificação em 2000, permitindo‑nos caminhar juntos na monitorização consistente do desempenho da nossa organização, tendo já certificado sete referenciais normativos para além deste. Nestes 14 anos de trabalho conjunto, a APCER sempre realizou auditorias de valor acrescentado e a equipa da APCER, nomeadamente os gestores de cliente, sempre demonstraram disponibilidade e competência, prestando todos os esclarecimentos necessários”, reforça Sónia Matos.
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DOLCE CAMPOREAL APOSTA NO MI No final de 2013, a Dolce Hotels and Resorts assumiu a gestão do hotel CampoReal, em Torres Vedras. O hotel reabriu no início deste ano, depois de um período de encerramento. E abriu com os olhos postos no sector da meetings industry. O primeiro reflexo da aposta foi o prémio na categoria de Melhor Hotel para Eventos e Congressos 2013, na Gala dos Eventos, organizada pela ExpoEventos. O que diferencia este hotel de outros é, no entender do director Miguel de Andrade, “a envolvência exterior e a localização perto do centro urbano mas longe do stress, a 30 minutos de Lisboa e do aeroporto". O resort dispõe de 151 quartos e suites, um campo de golfe com 18 buracos, um SPA, centro de fitness, centro equestre, restaurantes, e ainda diversas salas de conferência destinadas ao acolhimento de eventos. “Ao nível de infra‑estruturas especializadas, dispomos de 2150 m2 de área disponível para a realização de eventos e capacidade para acolher até 500 pessoas, num total de 23 salas de reuniões. Todos os nossos espaços estão equipados com mobiliário ergonómico da conhecida marca internacional Steel Case, uma aposta única no mercado, que pretende maximizar o conforto dos nossos espaços para reuniões”. No que diz respeito ao
serviço, o hotel oferece uma equipa especializada neste segmento. “Temos uma equipa especializada em soluções tailor made, com standards elevados e softwares de topo que facilitam a vida dos meeting organizers. Um deles, o Pass Key, que em Portugal só o Dolce CampoReal tem, permite gerir todo o evento através de uma plataforma online”, explica Miguel de Andrade. O catering e os audiovisuais a usar pelos organizadores de eventos são os do hotel. “A nossa filosofia é centralizar todas as soluções necessárias a qualquer evento e assim facilitar o trabalho dos organizadores”, refere o responsável. “Ao nível dos equipamentos, todos os nossos espaços estão equipados com tecnologia audiovisual e multimédia de última geração e internet de alta velocidade. No F&B trabalhamos sempre em conjunto com o cliente para elaborar
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HOTELARIA
QUATRO PERGUNTAS A MIGUEL ANDRADE Que balanço fazem da actividade do hotel desde que foi entregue à Dolce? O balanço desde primeiro ano é bastante positivo. Por um lado, consolidamos o nosso serviço com a aplicação dos standards da cadeia. Por outro, através da Dolce Hotels & Resorts, temos acesso a contas europeias e já acolhemos inúmeros grupos internacionais. De que forma a experiência internacional da Dolce no sector MI já se reflecte na abordagem do hotel a este segmento?
propostas adaptadas às necessidades de cada grupo”. O hotel tem apostado num programa especial chamado Dolce Break Lounge, que se trata de um espaço de coffee break permanente, incluído no contrato de aluguer das salas. Outra prova da aposta no segmento dos eventos foi a recente adesão à International Association of Conference Centres (IACC). “O Dolce CampoReal Lisboa é o primeiro e único hotel em Portugal a ser reconhecido pelo IACC, uma entidade internacional que se rege por 34 standards de serviço e de produto bastante rigorosos. Estar entre os 300 hotéis da IACC traz‑nos reconhecimento internacional, uma vez que nos coloca entre os melhores da indústria a nível mundial e a garantia de satisfação junto dos principais team players da indústria”.
A Dolce Hotels & Resorts tem uma vasta experiência neste segmento, principalmente no mercado internacional. Por isso mesmo rege‑se por standards de serviço e produto bastante rígidos, que foram aplicados no Dolce CampoReal Lisboa de forma imediata, permitindo consolidar o nosso reconhecimento enquanto propriedade e atingir 94% de taxa de satisfação dos meeting organizers. 55
Quais são os objectivos a curto e médio prazo para este segmento? Qual é a vossa visão? O nosso objectivo principal é afirmarmo‑nos como um parceiro relevante para os top meeting organizers, apostando num posicionamento diferenciado, num serviço de excelência, tecnologia de topo e localização privilegiada a 30 minutos de Lisboa e do aeroporto. Desta forma esperamos aumentar a nossa penetração no mercado internacional e consolidar o mercado nacional. Qual é o peso dos clientes internacionais deste segmento?
No sentido de promover a oferta MI, a unidade tem convidado alguns organizadores e DMC a visitarem o hotel.
Ao longo do nosso primeiro ano de operação, acolhemos vários grupos internacionais. O mercado britânico continua a ser o mais relevante. No entanto, temos assistido ao crescimento dos mercados francês e alemão.
Tem apostado ainda em feiras nacionais e internacionais deste sector e em acções porta a porta. WWW.EVENTPOINT.COM.PT
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INTO THE HEART OF MEETINGS Estará a tirar o máximo partido das suas reuniões? Será que os formatos coincidem com os objectivos dos clientes e o desenvolvimento de conteúdos desejado? Fala‑se cada vez mais em meeting design, atendendo a que a meetings industry visa a rentabilidade e o ROI. Como pode um meeting designer contribuir para o sucesso das reuniões? Falamos com o holandês Mike van der Vijver, meeting designer e co‑autor do livro Into the Heart of Meetings, o primeiro sobre meeting design. Intitula‑se de meeting designer. Qual o significado da expressão? Um meeting designer trabalha sobre o que acontece "dentro" da sala de reuniões. As reuniões podem ser uma forma de comunicação poderosa entre os humanos. No entanto, o sucesso delas depende de como os participantes se comportam e como interagem. A questão é que podemos influenciar essas interacções, orientá‑las. Como meeting designer, dou forma ao programa com o objectivo de torná‑lo tão eficaz quanto possível e isso significa facilitar a interacção humana e certificar‑me de que os objectivos do cliente são alcançados. Consequentemente, o papel do meeting designer é altamente
complementar ao de figuras bem conhecidas, como o organizador ou o PCO. Os organizadores internos às vezes trabalham no conteúdo com o cliente, mas a maior parte das vezes isso acontece de forma limitada; os PCO quase nunca o fazem. E isso é uma pena, porque o cliente conhece a sua área de actividade, mas não sabe como as reuniões funcionam enquanto forma de comunicação. Os meeting professionals, por outro lado, devem saber como as reuniões funcionam enquanto formas de comunicação e devem ser capazes de ajudar os clientes a optimizar os resultados da reunião.
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LIVROS
No seu livro refere‑se frequentemente às reuniões como um "palco". Pode explicar porquê? Estou convencido de que o "centro de gravidade" de qualquer reunião é num outro lugar, e não na própria reunião. Suponha que organiza uma conferência sobre melhorias no sistema de saúde. Estas melhorias não vão acontecer na sala de reuniões, mas sim em algum lugar do mundo exterior. Na verdade, a reunião coloca‑nos temporariamente numa realidade diferente. Isso abre um leque de oportunidades para recriar e reapresentar o mundo 'real' da forma que achar mais útil na realidade temporária da sala de reuniões. Lá, pode contar ou realizar qualquer história! Ela permite‑nos, por exemplo, discutir assuntos que são tabu no mundo exterior. Muitas coisas que caracterizam as reuniões confirmam esta ideia: há pessoas num palco, os participantes estão sentados a assistir, há a iluminação, o som, etc. No final, porém, é vital restabelecer a ligação entre o mundo da reunião e o mundo exterior. Se isso não for feito correctamente, os resultados serão decepcionantes. MIKE VAN DER VIJVER
"Into the Heart of Meetings" é o primeiro
O que está errado com o formato clássico das reuniões? Na maioria das reuniões, o poder da interacção humana é em grande parte subvalorizada, levando a que os participantes as achem lineares e desinteressantes. Dificilmente são desafiados ou entendidos como co‑criadores inteligentes de conteúdo e são empurrados para um papel de consumidor passivo. A reunião clássica não consegue libertar o poder das interacções humanas. A minha experiência, como participante e meeting designer, mostra que, por vezes, até mesmo pequenas mudanças no formato, como os assentos, por exemplo, a forma como o conteúdo é partilhado ou as tarefas atribuídas aos participantes, podem ter um enorme impacto sobre o processo e resultado da reunião. Isso inclui decisões sobre a melhor configuração física.
livro sobre meeting design, escrito por Mike van der Vijver e pelo colega Eric de Groot. Congrega mais de 15 anos de experiência na agência de ambos, a MindMeeting, e pode ser adquirido em www.mindmeeting.org, na Amazon e na i‑Store.
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TECNOLOGIA
O FACEBOOK E OS EVENTOS A IMPORTÂNCIA DO CONTEÚDO
Social media strategist, Virgínia Coutinho publicou muito recentemente o livro The Social Book: Tudo o que precisa de saber sobre o Facebook. Estivemos à conversa com a especialista para procurar desvendar algumas das melhores práticas no uso desta rede no sector dos eventos. De que modo olha para a forma como os eventos (de música, desporto, culturais, etc.) são comunicados no Facebook? Falar de eventos de uma forma geral é muito vago. Diria que se passa exactamente o mesmo que nas empresas/marcas, os de menor dimensão, com menos recursos (tanto humanos qualificados como financeiros) terão sempre maior dificuldade em fazer uma melhor gestão da sua presença no Facebook, isto é, uma gestão que lhes garanta um maior retorno. Os de maior projecção e dimensão estarão a fazê‑lo de forma mais profissional e com melhor qualidade. Por exemplo, a maioria dos grandes festivais de Verão está a trabalhar com conhecidas agências e a qualidade da gestão da página, quer seja no pré, durante ou pós‑evento é notória. 58
Há eventos que não faz sentido estarem no Facebook? Congressos, conferências? Há uma certa desconfiança em relação a esta rede... Qual é a sua opinião? Há marcas que não faz sentido apostarem no Facebook. Por exemplo, se o público‑alvo não usar esta rede social ou se se tratar de marcas que tenham a perder com a exposição (por exemplo, quando o produto ou serviço estão com falhas ou são realmente maus). Em relação aos eventos, não diria que existe um tipo de eventos que não deva apostar no Facebook... A premissa é a mesma, se o público‑alvo usa o Facebook e não têm nada a temer, em princípio fará todo o sentido apostar nesta rede social.
do Facebook. Podemos inclusive saber quantos espanhóis viram a informação no Facebook e compraram o ingresso para a conferência. Neste último caso, tanto podemos associar um pixel de conversão aos anúncios, como criar a monitorização no Google Analytics (ferramenta de análise de websites). Para além disso, uma forma mais rudimentar, mas igualmente eficaz, seria perguntar directamente aos participantes como tiveram conhecimento do evento. Quase tudo consegue ser quantificável e medido, temos apenas de encontrar as formas mais correctas para fazer essa medição. Qual o valor dos conteúdos? O conteúdo é a parte mais importante de uma página de Facebook. Será o conteúdo da página que fará com que alguém se torne ou não seguidor, que levará a que os seguidores interajam ou não com a página e, em última instância, a que comprem ou não determinado produto ou serviço ‑ e até repitam a compra. Assim, é importante que o tipo de conteúdo faça sentido e que tenha por base uma boa estratégia, alinhada com os objectivos definidos para a página. Todo o conteúdo partilhado deverá ser relevante e estar de alguma forma associado à marca. É igualmente importante analisar e testar regularmente vários tipos de conteúdos, no sentido de perceber qual o que promove maior interacção e partilha. Que características deve ter?
É possível estabelecer objectivos quantificáveis? Claro que sim! Imagine que organiza um congresso de marketing e que um dos objectivos é aumentar em 30% o número de participantes vindos de Espanha. Estabeleceu um objectivo quantificável e existem várias formas de medir se o Facebook está a contribuir para o cumprimento desse objectivo: pode constatar se a notoriedade do evento está a aumentar, através do aumento do número de seguidores daquele país, ou se o interesse dos seguidores desse país está a aumentar, analisando a informação de visitas ao website de espanhóis vindos através
Infelizmente não existe uma fórmula... se na grande maioria das páginas os conteúdos mais curtos resultam melhor, noutras os conteúdos mais longos proporcionam uma maior interacção. Se na grande maioria das páginas as imagens cuidadas e de qualidade levam a uma maior interacção, noutras os vídeos têm mais impacto. Devemos, por isso, testar diferentes tipos de conteúdos, com diferentes características, sobre diferentes temas, e publicar conteúdo de qualidade (boas imagens, com Português cuidado), relevante (que interesse aos seguidores ou potenciais seguidores) e alinhado com o tom e estratégia da empresa.
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TECNOLOGIA
Qual a importância da interacção? Há marcas que quase têm medo disso, por causa das críticas. Todas as marcas que apostam no Facebook devem almejar ter uma grande interacção (positiva) com as suas publicações, sejam cliques nos link, gostos, comentários ou partilhas. O Facebook tem o chamado “Algoritmo do Feed de Notícias” que filtra a informação que os utilizadores vêem. Assim, o conteúdo da sua página estará a chegar apenas a menos de 10% dos seus seguidores (em 2012 o Facebook anunciou que a média era de 16%, mas hoje é certamente inferior a 10%). Em 10 000 seguidores terá menos de 1 000 pessoas a receber o seu conteúdo. Uma das formas de garantir que um número significativo de pessoas recebe o seu conteúdo e que as suas publicações têm um alcance interessante é garantir que o mesmo tem muita interacção. Para além disso, é evidente que a interacção é relevante pela informação qualitativa que nos proporciona. Por exemplo, irá ajudar a marca a aferir o tipo de informações/ produtos/ oradores/ bandas/ espectáculos que reúnem as preferências dos seguidores.
VIRGÍNIA COUTINHO | SOCIAL MEDIA STRATEGIST
Qual deve ser a periodicidade de inserção de conteúdos? Esta é uma questão que me colocam frequentemente e inevitavelmente a resposta será “depende”. Por exemplo, se estou a seguir um site noticioso, facilmente aceito que coloquem 15 publicações por dia, mas talvez não o tolerasse se quem o fizesse fosse uma marca de produtos de beleza, por exemplo. Assim, apenas testando e analisando métricas como a interacção com as publicações, o alcance das mesmas, o feedback negativo, é que saberemos o número máximo de publicações que devemos fazer por dia. Quanto ao número mínimo, diria que as marcas devem colocar cerca de quatro publicações por semana, mas procurando sempre perceber, através de testes na sua página, se será vantajoso colocar mais ou menos publicações.
Qual a importância da monitorização?
Há alguma altura do dia em que seja melhor partilhar conteúdos?
Em relação aos anúncios no Facebook, qual a sua visão sobre este assunto?
Essa questão está directamente relacionada com quem são os nossos seguidores. Se estiver a gerir a página de um festival para estudantes do ensino secundário terá seguidores com um perfil totalmente distinto do de um evento de marketing para CEO de empresas. Embora o Facebook tenha anunciado que existem mais portugueses a usar a rede social em horário pós‑laboral, não nos podemos esquecer de que pessoas com diferentes perfis, em diferentes países, usarão o Facebook em diferentes alturas do dia. Para além disso, os comportamentos de utilização das redes sociais é diferente nas diversas estações do ano. Nada melhor do que verificar nas estatísticas do Facebook a que horas os seguidores da página estão online e testar, colocando conteúdos a diversas horas e em diferentes dias. Não nos podemos esquecer de colocar em horário pós‑laboral e ao fim‑de‑semana.
Hoje são praticamente inevitáveis... Como tenho vindo a dizer, o uso da plataforma Facebook é na verdade gratuito, mas uma boa aposta nesta rede social está longe de o ser. Assim, apostar em anúncios tem vindo a ser praticamente incontornável, quer seja para angariarmos seguidores (associado a objectivos como aumentar a notoriedade) ou para fazer com que esses seguidores vejam o nosso conteúdo (por causa do “Algoritmo do Feed de Notícias”, explicado anteriormente).
Imagine que consegue encontrar, através da monitorização, pessoas que falam sobre tópicos relacionados com o seu evento. Consegue abordá‑las e possivelmente dar‑lhes mais informações. Imagine que no dia do evento está a ter feedback dos participantes sobre a qualidade do coffee break, das bandas que estão a actuar ou do tempo de espera para o check‑in. Consegue perceber, sem perguntar directamente às pessoas, que pontos tem de melhorar numa próxima edição. De novo, a monitorização fará mais sentido para uns eventos do que para outros. Eventos de nicho, organizados para 50 ou 100 pessoas, dificilmente terão muitas ocorrências/ resultados.
Dê‑nos acesso à sua bola de cristal e diga‑nos: o que vem aí no Facebook? Quais vão ser as tendências? É insensato tentar adivinhar o “futuro do Facebook”... Por exemplo, durante muito tempo achei que haveria uma grande aposta no F‑commerce e a plataforma tem‑se mexido pouco nesse sentido. Resta‑nos esperar para ver.
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TECNOLOGIA
KIWISCREEN CRIA ENVOLVIMENTO SOCIAL NOS EVENTOS O Kiwiscreen é uma plataforma tecnológica pensada para criar envolvimento e interacção social nos eventos. Os participantes podem enviar mensagens ou fotos para as redes sociais e o Kiwiscreen procura automaticamente os conteúdos, apresentando‑os em live stream num ecrã ou projector, com efeitos visuais e aspecto personalizado ao evento ou à marca. São os próprios participantes que geram buzz e criam momentos divertidos e diferentes no espaço do evento. A organização pode escolher quais as fontes do conteúdo (Twitter, Facebook, Instagram, Flickr, etc.), a hashtag, a geolocalização e pode ainda moderar o que vai aparecendo no ecrã. O serviço é entregue sob a forma de um URL pronto a projectar. Pode ser aplicado em jogos ou em votações. Tudo altamente customizável. Os preços para aquisição deste serviço são variáveis e de acordo com as necessidades do evento. O serviço Bronze é gratuito e o mais completo custa 139 euros por dia. T R ÊS PERGU N TAS A TIAGO FER NA N DES, CEO DO KIW ISCR EEN De que forma a vossa solução pode ser aplicada em jogos? 60
Vamos supor que se pretende fazer um jogo no Kiwiscreen nos ecrãs de um estádio durante uma partida FC Porto x Benfica, em que temos uma bola no centro do ecrã, uma baliza azul e outra vermelha. Se as pessoas no estádio enviarem mais mensagens com a hashtag #slb para o Facebook, Instagram, Twitter, etc., o Benfica marca golo no Kiwiscreen. Se, pelo contrário, houver mais mensagens com a hashtag #fcp, o Porto marca. As possibilidades são infinitas, mas podem incluir desde corridas até puzzles. No fundo, a nossa tecnologia permite contar as mensagens com determinadas hashtags num certo intervalo de tempo e apresentar no ecrã um gráfico ou uma representação similar dessa contagem. É ainda possível fazer tipos de jogos diferentes, onde as pessoas votam, por exemplo, na foto favorita, ou até experiências como: "A mensagem número 500 com a hashtag #eventpoint ganha uma viagem". E no caso das votações? Define‑se um intervalo de tempo em que uma votação deverá estar aberta e as pessoas votam colocando mensagens com hashtags definidas pelo organizador nas redes sociais. Por exemplo, se imaginarmos uma pergunta durante um fórum/conferência de media, onde perguntam aos participantes qual é o canal de
televisão favorito, as pessoas poderiam votar enviando mensagens com #rtp, #rtp2, #sic, #tvi, etc. Esses dados seriam obtidos automaticamente pelo Kiwiscreen que geraria um gráfico (ou outra representação visual) para apresentar durante a conferência. É possível controlar a informação veiculada? Quem faz a moderação? Sim, existe um painel de moderação com três opções. A primeira é estar completamente desligado e tudo o que o Kiwiscreen obtiver será apresentado sem controlo. A segunda é o que chamamos de modo "restritivo", onde os conteúdos só aparecem no Kiwiscreen depois de alguém ter aceitado esse conteúdo (literalmente carregar num botão "accept" no painel de moderação). O terceiro modo é o que habitualmente designamos "modo soft". Neste caso, os conteúdos entram no Kiwiscreen e serão apresentados até alguém dizer que uma mensagem/ imagem deve ser rejeitada no painel de moderação. Ou seja, no pior dos casos, esse conteúdo aparece uma vez no ecrã até alguém reparar e rejeitar, mas faz com que não tenha que estar alguém constantemente a vigiar o painel de moderação. De facto, a moderação já foi útil nos eventos mais institucionais/formais onde o Kiwiscreen foi utilizado. Podemos ainda acrescentar uma funcionalidade de filtragem automática que procura eliminar palavrões e expressões que são tipicamente ofensivas.
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ANTÓNIO HORTA SALVO | DIRECTOR DA BULL INSURANCE
ANTES, DURANTE E DEPOIS... Será que o caro leitor consegue responder com precisão a esta questão: "Tenho a certeza de que o evento que vou realizar vai correr sem qualquer incidente ou acidente?". Tenho a certeza de que a resposta é: não!
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OPINIÃO
Portugal está na "moda" no que respeita Por isso, os profissionais que actuam com eventos têm a obrigação de se precaver contra os riscos que são inerentes aos espaços, à aglomeração de pessoas, às intempéries, e outros. É imprescindível cumprir todas as exigências que permitam evitar e minimizar os riscos de acidentes. EM TERMOS DE SEGURANÇA, TEMOS DUAS QUESTÕES ESSENCIAIS: I) PESSOAS E II) BENS
é bom para o sector que ingressou definitivamente na era do profissionalismo. Mas, se por um lado traz grandes oportunidades de negócio, por outro também traz responsabilidades acrescidas.
i) Pessoas São decorrentes de acções intencionais e não intencionais, directas ou indirectas, acções que podem acontecer não só durante o evento, mas, em alguns casos, antes ou depois dele. São exemplos: FURTO OU ROUBO VANDALISMO SABOTAGEM AMEAÇA DE BOMBA DOENÇA SÚBITA MANIFESTAÇÕES POLÍTICAS FENÓMENOS DA NATUREZA DESLIZAMENTO DE TERRAS RAIOS ABALROAMENTO ii) Bens Além de todos os riscos descritos anteriormente, que são comuns quer a pessoas quer a bens, convém ter ainda em consideração: PALCOS SALAS DE REUNIÃO RECEPÇÕES INSTALAÇÕES SANITÁRIAS EQUIPAMENTOS DE SOM E IMAGEM INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS
à organização de eventos. O momento
Ao estarmos na linha da frente entre os maiores organizadores de eventos, é obrigatório seguir rigorosos padrões de qualidade e responder a um público cada vez mais exigente. A qualidade da segurança é factor crítico para o sucesso de um evento. Não se exige que um profissional de eventos saiba fazer a sua segurança. Exige‑se sim que saiba avaliar correctamente os planos de segurança destinados a proteger a vida das pessoas e os bens. Um plano de segurança eficaz não funciona sem uma correcta transferência de riscos para uma Seguradora. Antes do evento, durante o evento e depois do evento são períodos que têm que merecer a maior atenção na procura de soluções de seguro integradas, que possam garantir à realização do evento uma vasta cobertura, que permita em caso de sinistro uma resposta financeira que não ponha em risco futuras organizações e corresponda às expectativas dos clientes mais exigentes.
Existem no mercado português produtos específicos para eventos que permitem ao organizador transferir para a Seguradora essas responsabilidades financeiras, deixando a organização focada naquilo que melhor sabe fazer e dando ao cliente uma total garantia de resposta adequada, se alguma coisa correr menos bem.
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SYDNEY TORNA POSSÍVEL O IMPOSSÍVEL Habituada a grandes eventos, Sydney é a maior cidade da Austrália e a capital cultural e financeira. Estivemos à conversa com Lyn Lewis‑Smith, CEO da Business Events Sydney (BESydney) que nos desvenda alguns segredos para o sucesso da cidade neste segmento. Os primeiros ocupantes da área hoje conhecida por Sydney foram os aborígenes australianos, que por lá se mantiveram sem companhia até ao final do século XVIII. Em 1770, um tenente inglês de nome James Cook, ao leme do HMS Endeavour, tornou‑se o primeiro europeu a navegar a costa leste da Austrália. No final de Abril desse mesmo ano, a sua tripulação pisava o solo de uma baía (sul de Sydney) que ficou conhecida como Botany Bay. Cook tomou posse da costa em nome do Rei Jorge III. A bandeira britânica, que estabelecia uma nova colónia em New South Wales, foi içada em 1788 (26 de Janeiro). Os primeiros anos foram marcados pela fome e doenças que dizimaram grande parte da população autóctone. Entre 1810 e 1821, Sydney sofreu um grande desenvolvimento, potenciado mais tarde, já a meio do século XIX, pela descoberta de ouro relativamente perto da cidade. A população cresceu de 39 mil para 200 mil pessoas em vinte anos. O aumento demográfico obrigou ao desenvolvimento da cidade a vários níveis. No início do
século XX, a população já ultrapassava um milhão de pessoas. Em 1901, foi constituída a Commonwealth da Austrália. Em 1938, Sydney recebia um grande evento, os Jogos do Império Britânico (actualmente Jogos da Commonwealth), que decorreram de 5 a 12 de Fevereiro, os últimos antes de um longo período de interregno, consequência do conflito mundial que opunha as forças do Eixo e os Aliados. A Austrália entrou na Segunda Guerra Mundial ao lado dos Aliados, tendo Sydney sido atacada pelo império japonês, mas sem grande sucesso. Depois da guerra, a cidade continuou a cimentar a posição de capital da educação e cultura da Austrália. 1973 marca a inauguração de um dos edifícios icónicos e símbolo da cidade e da nação, a Sydney Opera House (património da Humanidade). Uma imagem muito partilhada em 2000, ano em que Sydney recebeu, com sucesso, os Jogos Olímpicos. Depois deste, seguiram‑se vários grandes acontecimentos que ajudaram a forjar a imagem de destino talhado para acolher eventos.
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DESTINO INTERNACIONAL
OFERTA PARA CONGRESSOS E INCENTIVOS O Sydney Olympic Park foi o legado mais palpável dos Jogos Olímpicos e hoje faz parte da vasta oferta da cidade para eventos, sejam conferências ou acontecimentos desportivos, culturais e educacionais. Depois, desde edifícios históricos até centros de congressos tradicionais, a lista de alternativas em termos de venues é ampla e pode responder a eventos para dez ou dez mil participantes. No que diz respeito a incentivos, a oferta é igualmente promissora. Praias, florestas tropicais, montanhas, regiões vinícolas e zonas rurais são cenários em ou próximo de Sydney que podem inspirar os mais variados programas de incentivo. “Sabemos que não há dois incentivos iguais. Trabalhamos com os nossos clientes no sentido de oferecer pacotes personalizados que preencham os objectivos do cliente, gerem resultados tangíveis e verdadeiramente premeiem e motivem as pessoas. Quer se trate de proporcionar experiências únicas, quebrar recordes mundiais, promover iniciativas de responsabilidade social ou de envolvimento genuíno com a cidade e o seu povo, Sydney tem um registo orgulhoso de tornar possível o impossível”, refere Lyn Lewis‑Smith, CEO da BESydney.
NA LINHA DA FRENTE DA MEETINGS INDUSTRY No top 20 do ranking da ICCA (International Congress and Convention Association), o impacto do sector dos eventos em Sydney é assinalável, conforme nos explica a CEO. “Em média, os eventos assegurados pela Business Events Sydney provocam um impacto económico de cerca de 200 milhões de dólares australianos (cerca de 140 milhões de euros) em New South Wales (NSW) a cada ano”. Nos últimos dez anos, os eventos da BESydney renderam aproximadamente ao Estado 1,1 mil milhões de euros. Há ainda outros impactos a ter em conta quando se recebem eventos. “Os eventos empresariais e o seu legado ajudam a promover o crescimento e a especialização de NSW, através da colaboração em áreas de pesquisa e de melhores práticas, que são simplesmente mais eficazes com o encontro de mentes numa
cidade”, sublinha Lewis‑Smith. O governo é sensível à importância estratégica do segmento, conforme nos explica a responsável, e a prova disso é o investimento num novo espaço para convenções, em Darling Harbour, que será inaugurado no final de 2016. A oferta para este sector é “dinâmica e em constante evolução”. “Sydney é de fácil acesso, com mais de 600 chegadas de voos internacionais por semana. As principais companhias aéreas internacionais oferecem serviços directos ou one‑stop de cidades‑chave, incluindo Abu Dhabi, Bangcoque, Dubai, Hong Kong, Londres, Los Angeles, Joanesburgo, Santiago e Singapura, e estamos a cerca de 11 horas de metade da população do mundo”. O aeroporto de Sydney é, de resto, o mais movimentado e a principal porta de entrada do país. As infra‑estruturas são articuladas com um “know‑how internacional, um histórico comprovado de resultados de sucesso”. Mas o que torna a experiência de organizar um congresso em Sydney diferente da de cidades ou países vizinhos? “Quando as pessoas pensam na Austrália, pensam em Sydney. É uma cidade que lidera a lista de destinos de sonho da maioria das pessoas. É a cidade mais reconhecível da Austrália e a capital criativa, comercial e cosmopolita do país”, refere a CEO. Quem escolhe Sydney, pode contar com a ajuda da BESydney. “Trabalhamos de perto com os nossos clientes para entender os principais objectivos e ajudá‑los a alcançar resultados que tenham um genuíno impacto. Isto é verdade para os nossos clientes corporativos, de associações e de incentivos, já que todos relatam retornos mensuráveis da sua visita a Sydney”. A responsável dá alguns exemplos. “No ano passado, a Perfect China disse que, depois de anunciar aos seus distribuidores que Sydney seria o destino do seminário de liderança de 2013, registou um aumento de 20 por cento nas vendas e um aumento semelhante em candidaturas ao incentivo. Da mesma forma, a 105ª Convenção Internacional do Rotary, realizada em Junho, superou todas as expectativas depois de atrair mais de 2000 participantes acima do previsto e de levar a cabo a mais bem sucedida campanha de sensibilização para a causa End Polio Now”.
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TRÊS PERGUNTAS A LYN LEWIS‑SMITH DEZ RAZÕES PARA PREFERIR SYDNEY PARA RECEBER UM EVENTO, SEGUNDO A BUSINESS EVENTS SYDNEY 66
1. Poder fornecer uma experiência inesquecível aos delegados, clientes e media; 2. Aproveitar os venues de classe mundial que existem; 3. Tirar vantagens da robusta economia e de mercados internacionais sedeados em Sydney; 4. Impressionar os delegados com o cenário espectacular da Baía de Sydney; 5. Trabalhar num país com um ambiente político seguro e com um sistema legal transparente; 6. Provar a gastronomia das centenas de bons restaurantes da cidade; 7. Beneficiar da experiência de Sydney em acolher grandes eventos internacionais; 8. Dormir confortavelmente num dos múltiplos hotéis que oferecem serviços premium e diferentes pacotes; 9. Atrair novo negócio, beneficiando dos espaços para exposição de primeira categoria e da mais recente tecnologia; 10. Fazer compras, desporto e aproveitar a oferta cultural nos tempos livres.
Quais são os vossos principais mercados? E em quais vão investir no futuro? Historicamente, os eventos de associações da Europa e da América do Norte têm constituído o core business da BESydney. No entanto, estamos agora a obter resultados do nosso investimento de uma década na Ásia e, nos últimos anos, tem havido um crescimento constante dos negócios na região. Pela primeira vez, durante o exercício de 2012/13, as reuniões e eventos da Ásia foram responsáveis por mais de 50 por cento do impacto económico que a BESydney garantiu em NSW. A Ásia tem um grande potencial para crescer ainda mais nos próximos anos e queremos ter a certeza de que continuamos a estar na melhor posição para maximizar essas oportunidades para Sydney. Sabemos que a Ásia é um mercado orientado para o relacionamento, e é por isso que temos agora um elemento em cada equipa, fluente em Mandarim, ao longo do ciclo do evento ‑ desde o desenvolvimento do negócio até à realização do evento ‑ e fomos a primeira agência australiana a estabelecer uma presença no mercado da região. Dito isto, há uma crescente evidência de que a Europa e a América do Norte estão a mostrar sinais de recuperação económica. A nossa representação nesses mercados ‑ Londres e Vancouver ‑ continua a ser uma parte importante do nosso foco de negócios, agora e no futuro.
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Quais são os vossos objectivos em termos de rankings da ICCA? Decerto que os nossos rankings contribuíram positivamente para a nossa reputação global como um dos principais destinos de eventos de negócios e ficamos verdadeiramente agradados por garantir um lugar entre os 20 lugares favoritos do mundo para reunir, de acordo com os últimos resultados. No entanto, a classificação da ICCA não é a única medida das nossas conquistas. Para nós, o sucesso significa uma série de coisas. É sobre sermos estratégicos nos eventos que escolhemos. Trabalhamos arduamente para alinhar os eventos que garantimos com os sectores da indústria em que temos uma vantagem competitiva ‑ sectores que vão beneficiar quer do acesso aos talentos mais importantes do mundo, onde podemos ajudar a encontrar soluções, quer de descobertas que fazem deste mundo um lugar melhor para todos. Os rankings da ICCA também não levam em conta os incentivos que trazemos para a cidade e que já respondem por mais da metade dos negócios que asseguramos todos os anos. Um dos nossos próximos projectos é um estudo detalhado sobre as despesas deste negócio corporativo, para dotar a nossa visão de uma compreensão mais profunda e mais precisa do sector. Como promovem a cidade nestes segmentos? Feiras? Famtrips? Press trips? Publicidade? A Business Events Sydney embarcou recentemente num rebranding da promoção global da oferta de eventos de negócios de Sydney. Esta nova marca foi lançada na IMEX Frankfurt, em Maio. Para nos destacarmos da concorrência, sabíamos que precisávamos de pensar mais criativamente sobre como posicionarmos a cidade e que linguagem usarmos. 'Sydney Shines' (Sydney Brilha) permite‑nos destacar as muitas
dimensões da cidade global da Austrália para mostrar a profundidade e textura das pessoas da cidade e dos lugares, o espírito de descoberta e de pensamento livre. Um grupo coeso de especialistas de branding, proveniente de diferentes áreas, reúne‑se para partilhar a sua perspectiva única sobre a inovação que decorre da cidade e do estado que nós amamos. Era importante que a BESydney permitisse aos líderes da indústria contar as suas histórias e o porquê de acreditarem que Sydney brilha. Também continuamos a comercializar a cidade através das vias tradicionais e de eventos do sector. A BESydney conseguiu uma impressionante presença na AIME deste ano, em Melbourne, na Austrália; na IMEX Frankfurt, na Alemanha; na CIBTM em Pequim, China; e estamos em fase de planeamento para expor na IMEX America, em Las Vegas, EUA, e na EIBTM em Barcelona, Espanha. A nossa equipa também participa em várias reuniões de alto nível do sector ao longo do ano, como o Congresso AIPC e eventos da ICCA Destination Marketing. Isto atesta a importância que damos à aprendizagem mútua sobre melhores práticas, essencial para a indústria crescer e amadurecer. Também executamos uma série de programas de familiarização de sucesso para os decisores nos principais mercados e sectores‑alvo, que querem experimentar tudo o que Sydney tem para oferecer. É importante que possamos demonstrar que Sydney é capaz de realizar um evento de negócios excepcional com um retorno real sobre o investimento. Certificamo‑nos de que os nossos clientes testemunham isso em primeira mão.
Cláudia Coutinho de Sousa
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CONSULTÓRIO DE PROTOCOLO
CONSULTÓRIO DE PROTOCOLO NESTA RUBRICA HABITUAL DA EVENT POINT, PUBLICAMOS AS RESPOSTAS ÀS PERGUNTAS DOS LEITORES ENVIADAS PARA SUSANA DE SALAZAR CASANOVA E CRISTINA FERNANDES, ESPECIALISTAS EM PROTOCOLO. Há alguma “regra” (implícita) para não ter uma mesa com 13 pessoas? Como lidar com essas superstições?
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Efectivamente, nunca se organizam mesas de treze pessoas, sob pena de alguns dos convidados se sentirem constrangidos ou, até, eventualmente, se recusarem a tomar parte nessa mesa. Assim, a tradição e a superstição determinam que se coloque um 14º lugar se não se conseguir evitar o número de 13 convidados, dado que o número 13, à mesa, está associado não só a azar como também a traição. Outra hipótese é, naturalmente, dividir o número de comensais por duas mesas diferentes. A forma de lidar com qualquer tipo de crenças é respeitando‑as, e, sempre que possível, tudo fazer para evitar situações de desconforto. Consideram necessário contar com especialistas de protocolo, mesmo quando não existem convidados oficiais no evento? Mesmo não especificando a que tipo de evento se refere, a resposta é naturalmente afirmativa. O profissional de protocolo vai encarregar‑se da organização das pessoas (existem, igualmente, precedências entre convidados não oficiais), da organização de símbolos (por exemplo, bandeiras e elementos cénicos), dos tempos (designadamente da ordem sequencial pela qual o evento se desenrola) e dos espaços (ocupados pelo anfitrião, pelo convidado de honra, pelos demais convidados). Além destas questões que, por si, já são determinantes no desenrolar de um evento, existe mais do que nunca na actualidade, com a globalização dos mercados, a questão das especificidades culturais que devem ser tidas em consideração. Que conselhos dão para a gestão de mensagens de parabéns e boas festas em contexto profissional? Ambas são importantes para a manutenção das relações entre profissionais. Relativamente às primeiras, estas podem ocorrer aquando do dia de aniversário e o mais acertado é
SUSANA DE SALAZAR CASANOVA E CRISTINA FERNANDES
ajustar a mensagem tendo em linha de conta o tipo de relação que se tem com essa pessoa. O que se deve fazer é felicitar a pessoa e desejar‑lhe um dia agradável/feliz. O contacto pode ser estabelecido por telefone ou por email ou através das redes sociais, por exemplo via LinkedIn ou, em certos casos, do Facebook. Quando a mensagem a enviar for relativa a uma promoção, uma mudança de empresa ou uma nomeação para um cargo público, pode igualmente escrever‑se um pequeno texto através do LinkedIn ou enviar‑se um email. A carta, apesar de menos usada na actualidade, é também uma opção. Em qualquer dos casos, o que é relevante é lembrar‑se da pessoa e enviar‑lhe uma mensagem positiva. No que respeita às mensagens de boas festas, tenha‑se em conta cinco passos: 1. devem enviar‑se, em cartão próprio ou via email, entre o dia 8 e o dia 24 de Dezembro. Depois do Natal, apenas se agradece e deseja Feliz Ano Novo; 2. é acertado escrever‑se uma frase pessoal em aditamento à já existente, com vista a personalizar os votos; 3. vive‑se num mundo globalizado, por isso, a menos que tenha certeza das convicções religiosas do destinatário, opte‑se por desejar apenas Festas Felizes; 4. cada cartão/email recebido deve ser agradecido ou retribuído dentro do período de festas, que finaliza a 6 de Janeiro, Dia de Reis. 5. para agradecer, pode usar‑se até ao dia 6 de Janeiro um cartão de boas festas e, depois desse período, opte‑se por usar um cartão de visita onde se escreve uma breve mensagem para o efeito.
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CONTEÚDOS
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LISBOA | 213 628 393 | ANA.TELO@IMAGINEMORE.PT | WWW.IMAGINEMORE.PT
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THE HOUSE OF EVENTS
PORTO | 228 348 940 | INFO@THE.PT | WWW.THE.PT
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LISBOA | 218 925 800 | TOPATLANTICO@TOPATLANTICO.COM | WWW.TOPATLANTICO.PT
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XPTO MARKETING
LOULÉ | 289 417 092 | 961 701 280 | ANABELA@XPTOMARKETING.PT | WWW.XPTOMARKETING.PT
CONVENTION BUREAUX/TURISMOS
ESPAÇOS MULTIUSOS
ALGARVE CONVENTION BUREAU
AVEIRO
FARO | 289 800 403 | WWW.ALGARVECONVENTION.COM
ESTORIL & SINTRA CONVENTION BUREAUX
ESTORIL | 214 668 167 | GERAL@ESTORILMEETINGS.COM | WWW.ESTORILMEETINGS.COM
PORTO CONVENTION BUREAU
PORTO | 223 326 751 | PORTOCVB@PORTOCVB.COM | WWW.PORTOCVB.COM
TURISMO DA MADEIRA
MADEIRA | 291 211 900 | INFO@MADEIRATOURISM.COM | WWW.MADEIRAISLANDS.TRAVEL
TURISMO DE LISBOA VISITORS & CONVENTION BUREAU LISBOA | 210 312 700 | ATL@VISITLISBOA.COM | WWW.VISITLISBOA.COM
TURISMO DO ALENTEJO
GRÂNDOLA | 269 498 680 | GERAL@TURISMODOALENTEJO.PT | WWW.VISITALENTEJO.PT
TURISMO DO CENTRO DE PORTUGAL
AVEIRO | 234 420 760 | GERAL@TURISMODOCENTRO.PT | WWW.TURISMODOCENTRO.PT
EUROPARQUE
SANTA MARIA DA FEIRA | 256 370 200 | EVENTOS@EUROPARQUE.PT | WWW.EUROPARQUE.PT
BRAGA MULTIUSOS DE GUIMARÃES
GUIMARÃES | 253 520 300 | GERAL@TEMPOLIVRE.PT | WWW.TEMPOLIVRE.PT
PARQUE DE EXPOSIÇÕES DE BRAGA BRAGA | 253 208 230 | PEB@PEB.PT | WWW.PEB.PT
COIMBRA CENTRO DE ARTES E ESPECTÁCULOS DA FIGUEIRA DA FOZ FIGUEIRA DA FOZ | 233 407 200 | GERAL@FIGUEIRATURISMO.COM | WWW.CAE.PT
FARO CENTRO DE CONGRESSOS DO ARADE
PORTIMÃO | 282 410 440 | GERAL@EXPOARADE.PT | WWW.EXPOARADE.PT
WWW.EVENTPOINT.COM.PT
DIRECTÓRIO
PORTIMÃO ARENA
PORTIMÃO | 282 410 440 | GERAL@PORTIMAOTURIS.PT | WWW.PORTIMAOARENA.COM
LEIRIA CENTRO CULTURAL E CONGRESSOS DAS CALDAS DAS RAINHA CALDAS DA RAINHA | 262 889 650 | SECRETARIADO@CCC.EU.COM | WWW.CCC.EU.COM
EXPOSALÃO BATALHA
ESTÁDIO DO DRAGÃO
BATALHA | 244 769 480 | INFO@EXPOSALAO.PT | WWW.EXPOSALAO.PT
PORTO | 225 083 027 | PORTOESTADIO@FCPORTO.PT | WWW.FCPORTO.PT ONDE A MAGIA ACONTECE.
LISBOA
CAVES CALÉM ‑ SOGEVINUS FINE WINES
VILA NOVA DE GAIA | 223 746 660 | TURISMO@SOGEVINUS.COM | HTTP://WWW.CALEM.PT
ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE LISBOA LISBOA | 213 224 050 | SM@ACL.ORG.PT | WWW.ACL.ORG.PT
EXPONOR
MATOSINHOS | 229 981 400 | INFO@EXPONOR.PT | WWW.EXPONOR.PT
CAMPO PEQUENO
LISBOA | 217 998 450 | VASCOCORNELIO@CAMPOPEQUENO.COM | WWW.CAMPOPEQUENO.COM
FUNDAÇÃO DE SERRALVES CONGRESS CENTER PORTO | 226 156 500 | SERRALVES@SERRALVES.PT | WWW.SERRALVES.COM
CASINO ESTORIL
ESTORIL | 214 667 700 | INFO.CESTORIL@ESTORIL.SOL.COM | WWW.CASINO‑ESTORIL.PT
MOSTEIRO DE SÃO BENTO DA VITÓRIA PORTO | 223 401 900 | LARCHER@TNSJ.PT | WWW.TNSJ.PT
CENTRO CULTURAL DE BELÉM
LISBOA | 213 612 697 | EVENTOS@CCB.PT | WWW.CCB.PT
SANTARÉM
CENTRO DE CONGRESSOS DE LISBOA
CNEMA
LISBOA | 213 601 400 | LISBOACC@AIP.PT | WWW.LISBOACC.PT
SANTARÉM | 243 300 300 | CENTRODECONGRESSOS@CNEMA.PT | WWW.CNEMA.PT
CENTRO DE CONGRESSOS DO ESTORIL
ESTORIL | 214 647 575 | INFO@ESTORILCONGRESSCENTER.COM | WWW.ESTORILCONGRESSCENTER.COM
AÇORES
COLISEU DE LISBOA
AÇOR ARENA
CONVENTO DO BEATO
CENTRO CULTURAL E DE CONGRESSOS DE ANGRA DO HEROÍSMO
ESTÁDIO DA LUZ ‑ BENFICA EVENTOS
MADEIRA
LISBOA | 213 240 580 | MJOAO@COLISEULISBOA.COM | WWW.COLISEULISBOA.COM
VILA FRANCA DO CAMPO | 296 539 390 | ACORARENA@ACORARENA.PT
LISBOA | 210 109 923 | CONVENTODOBEATO@CEREALIS.PT | WWW.CONVENTODOBEATO.COM
ANGRA DO HEROÍSMO | 295 206 120 | CULTURANGRA@CULTURANGRA.PT
LISBOA | 217 219 565 | BSA@SLBENFICA.PT | WWW.SLBENFICA.PT
CENTRO CULTURAL E DE CONGRESSOS DE PORTO SANTO
FIL ‑ FEIRA INTERNACIONAL DE LISBOA
PORTO SANTO | 291 980 600
LISBOA | 218 921 500 | FIL@AIP.PT | WWW.FIL.PT
MADEIRA TECNOPOLO
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PORTO
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DIRECTÓRIO
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