E V E N T O S | C O N GR E S S O S | F E IR A S | IN C E N T I V O S | D E S T IN O S A N O V | N Ú M E R O 16 | T R I M E S T R A L | J U L H O , A G O S T O E S E T E M B R O D E 2 0 15 | 5 , 0 0 €
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O QUE MUDOU NOS EVENTOS DE NATAL?
‑ COMO O BIG DATA ESTÁ A MOLDAR O NOSSO FUTURO ‑ CASE‑STUDY: EVENTO DA PARFOIS EM ESPANHA
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FICHA TÉCNICA
EDITORIAL
PROPRIETÁRIO Estação Livre . Comunicação Tel: 223 395 624 info@eventpoint.com.pt www.eventpoint.com.pt
SEDE DA REDACÇÃO Rua da Fábrica Social, s/n 4000‑201 Porto . Portugal
DIRECTOR
Rui Ochôa [rui@eventpoint.com.pt]
EDITORA / DIRECTORA DE INFORMAÇÃO Cláudia Coutinho de Sousa [claudia@eventpoint.com.pt]
REDACÇÃO
Cláudia Coutinho de Sousa Maria João Leite [mj@eventpoint.com.pt] Sara Marques [sara@eventpoint.com.pt] ―
DIRECTOR COMERCIAL Filipe Silva
[filipe@eventpoint.com.pt] ASSISTENTE COMERCIAL Marta Telles
[comercial@eventpoint.com.pt] ASSISTENTE DE DIRECÇÃO Cátia Paiva Rita Costa
TRADUÇÕES
Diana Reis Marques
COLABORAM NESTA EDIÇÃO 4
Ana Torres Pereira António Horta Salvo Camtarina Valença Gonçalves João Martins Vieira Luís Brito Norma Franco ―
DESIGN
Norma Design [geral@normadesign.com]
FOTOGRAFIA DA CAPA Kevin Dooley
FOTOGRAFIA Minifoto
IMPRESSÃO
Norprint ‑ a casa do livro Zona Industrial Alto da Cruz Rua das Artes Gráficas, nº 209 4780‑739 Santo Tirso ―
Nº REGISTO ERC 126066
DEPÓSITO LEGAL 330066/11
TIRAGEM
3.500 exemplares
PERIODICIDADE Trimestral ― É estritamente proibida a reprodução parcial ou integral de textos ou ilustrações da Event Point. As informações contidas nos anúncios são da exclusiva responsabilidade dos anunciantes. Consequentemente, não podemos ser responsabilizados por qualquer informação incorrecta que se possa verificar.
CLÁUDIA COUTINHO DE SOUSA
RUI OCHÔA
RECOMEÇO A necessidade é contínua: recomeçar, repensar, reorganizar, refazer, e seguir em frente. Dentro do que são estes exercícios, e apesar de sabermos o quanto custa pensar em Setembro no Natal, fomos questionar um espaço, um catering e uma empresa de eventos sobre o que mudou nos últimos anos nos eventos de Natal e, mais do que isso, em que é que eles se poderiam tornar. Confira as respostas, e vá pensando nisso. Outro dos temas que merecem destaque neste editorial é o do big data. O que é, para que serve, como se usa? A informação existe, está muita dela disponível, saiba o que fazer com ela para melhorar o seu trabalho, o seu negócio. Veja ainda o apontamento sobre a reunião do Conselho Consultivo da Event Point, que discutiu diversos temas relevantes para o sector à mesa do Il Gattopardo, no Hotel Dom Pedro. E leia a entrevista com Jeff Hurt, consultor da norte‑americana Velvet Chaisaw, lembrando que “Ninguém se inscreve no seu próximo evento porque a sala estava organizada”. Dedicamos esta edição à Haia, que tanta companhia nos fez nas correcções da revista. Obrigada, Haia! Boas leituras, e até Dezembro. 6 Espaço APECATE 8 Reunião do Conselho Consultivo da Event Point 10 Espaço APOREP 12 Espaço IPAM – The Marketing School 13 Mercado 14 Notícias 15 ExpoEventos 16 European Best Event Awards 17 Connections Meetings 18 ACE of M.I.C.E. 20 Património = Incentivos + Eventos + Marcas, por Catarina Valença Gonçalves 22 Empresas 26 Eventos ou turismo de alta densidade: uma opção urgente, por João Martins Vieira 28 Em destaque: EDP aposta no desporto 30 COMO O BIG DATA ESTÁ A MOLDAR O NOSSO FUTURO 32 Como os filmes e as séries influenciam os destinos 36 O sushi veio para ficar, mas convém escolher um bom fornecedor 38 Unforgettable events, por Luís Brito 40 DOSSIÊ TEMÁTICO: NATAL 42 Dossiê marcas 44 Grande entrevista: Jeff Hurt 46 CASE STUDY: EVENTO DA PARFOIS, EM MADRID 48 E o futuro a “todos” pertence…, por Norma Franco 50 Making of de uma expedição 54 Consultório de protocolo 56 Formação: World Academy 58 “Eventos estucha”: afaste‑se deles a sete pés, por Ana Torres Pereira 60 Hotelaria: Double Tree by Hilton Fontana Park Hotel 62 O impacto económico da ausência de seguro, por António Horta Salvo 64 Destino internacional: Grécia 68 Directório
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COLABORADORES
ANA TORRES PEREIRA Após uma fugaz colaboração com uma empresa de publicidade, iniciou a carreira no jornalismo no Jornal de Negócios Online, em 2001, com especialização em tecnologias de informação, turismo e aviação. Ao fim de 13 anos de jornalismo, abraça o desafio da comunicação empresarial, mantendo o contacto com os meios de comunicação social, e assumindo a direcção executiva da M Public Relations, agência de comunicação que pertence ao Grupo JLM&A.
ANTÓNIO HORTA SALVO É formado em Gestão pela Universidade Autónoma de Lisboa. Foi professor no início da carreira, mas desde cedo optou pelo sector dos seguros. Trabalhou na Tranquilidade e na Global Seguros e, em 2007, decide fundar, com três colegas, a sua própria companhia, a Bull Insurance. Actualmente a empresa conta com 18 colaboradores e uma facturação de cinco milhões de euros. É ainda consultor na elaboração de projectos de viabilização económica de empresas.
CATARINA VALENÇA GONÇALVES Doutorada em História da Arte Contemporânea pela Universidade Nova de Lisboa, tem um Diplôme des Hautes Études (3º ciclo) em Turismo pelo Institut de Recherche en Études Supérieures Touristiques da Universidade de Paris 1 – Panthéon Sorbonne. Foi investigadora, deu aulas no ISCTE, integrou o Conselho Consultivo do ICOMOS Portugal, pertenceu à direcção da SEDES e é a responsável pela Spira, empresa especializada na concepção e operacionalização de projectos culturais ancorados em património edificado, entre eles a Feira do Património. 5
JOÃO MARTINS VIEIRA É professor universitário de Planeamento e Organização de Eventos e de Planeamento e Desenvolvimento do Turismo. Foi vereador da Câmara Municipal de Lisboa, com o pelouro da Cultura, deputado à Assembleia Municipal, e assessor do Secretário do Estado de Turismo. É licenciado em Economia pelo Instituto Superior de Economia e Gestão e Mestre em Gestão Estratégica e Desenvolvimento do Turismo, pelo Instituto Superior Técnico.
LUÍS BRITO Na Desafio Global Ativism começou por ser líder de equipa, e depois assumiu as actuais funções de director executivo. Antes passou por diversas tarefas, sempre ligadas ao marketing ou aos eventos corporativos. A sua principal missão é a de conseguir gerar momentos, emoções que por sua vez criem ou fortaleçam a ligação de pessoas a marcas, às equipas em que estão integradas ou às empresas para as quais trabalham.
NORMA FRANCO Mestre em Engenharia do Ambiente pela Universidade Nova de Lisboa, investigadora, faz há vários anos trabalho de consultoria nesta área. Enquanto gestora de produto do selo Carbono Zero®, da E.Value, foi responsável por projectos de sustentabilidade aplicada a eventos, destacando‑se o Rock in Rio, em Portugal, Espanha e Brasil, o Delta Tejo ou a Moda Lisboa, para citar apenas alguns. É oradora habitual em conferências sobre sustentabilidade e eventos. Actualmente vive em Dublin, na Irlanda, mantendo uma regular actividade de consultora
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ESPAÇO APECATE | WWW.APECATE.PT
EVENTOS DE NATAL PARA EMPRESAS Quando se fala em Eventos de Natal promovidos internamente pelas empresas, a primeira imagem que normalmente se associa é o carácter festivo, onde as empresas juntam os seus funcionários num evento em que o conceito é somos uma “família”, vamos celebrar. Estas celebrações ainda passam muito pela refeição em comum (almoço ou jantar), onde podem ou não existir momentos de animação (espectáculo, festa ou outros). Em muitos desses eventos são convidadas as famílias (mulheres, maridos, filhos), dando assim uma noção de família alargada.
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É verdade que ainda existem muitas empresas desde as micro às grandes, que optam por este modelo, com um retorno diminuto em relação ao capital investido. Este tipo de evento, onde não se introduz qualquer evolução ao modelo, passando sempre pelo mesmo formato, a refeição, espectáculo e/ou animação, ao longo do tempo vai perdendo o seu impacto, porque aposta mais na forma do que no conteúdo, onde os participantes constroem um modelo comportamental que repetem cerimoniosamente ano após ano esvaziando o potencial impacto do mesmo. No entanto, esse facto não deve ser dado como inevitável. Cada vez mais existem empresas a abandonar este conceito, evoluindo para eventos mais focados quer na cultura, quer nas necessidades da empresa, conseguindo um maior impacto e consequentemente valoração do evento. Cabe às empresas de eventos e às de animação turística propor outras soluções que defendam o objectivo fundamental, ir mais além da mera forma, apostando em conteúdos fundamentais que se ajustem às necessidades dos clientes, dando mais retorno, nomeadamente com actividades que promovam uma maior interacção entre os participantes, reforçando a cumplicidade, facilitando a comunicação interna, a identificação com os valores e objectivos da empresa. Esta oferta pode passar por várias soluções desde a mais óbvia que é conceber e trazer novas actividades, ou uma outra via que passa por introduzir evoluções ao modelo tradicional, muitas vezes de detalhe e contexto, que podem acrescentar uma mais‑valia. Estes dois caminhos têm, no entanto, alguns argumentos que podem determinar o êxito ou insucesso da proposta. A primeira aposta, de propor algo de diferente e inovador, tem como vantagem a adesão mais fácil, a escolha emocional é mais rápida, o factor novidade vai ter potencialmente um grande impacto. Contudo, esta solução pode ter alguns problemas, e nem sempre é o caminho mais viável, quer porque estas podem ter um custo superior, não se ajustar às condições logísticas dos espaços escolhidos, ou podem ser uma evolução muito grande para o que a empresa fazia anteriormente, criando um impacto desajustado e muitas vezes um sentimento de rejeição. A outra via tem como potencial o criar valor mais consistentemente, onde o cliente já tem referências, favorecendo
uma evolução sustentada, onde se sente mais confortável. No entanto, o problema destas soluções são que têm uma percepção de valor mais reduzida, o impacto não é tão imediato, sendo difícil valorar e demonstrar ao cliente que é uma solução mais ajustada e com maior retorno para a sua realidade e contexto. O que é importante é perceber qual é a que efectivamente traz mais retorno ao cliente, qual é que vai promover mais‑valia efectiva para as condições e objectivos da empresa. Muitas vezes, o que as empresas de eventos e de animação turística sentem, quando estão a propor ao cliente as suas soluções, é a dificuldade em valorar as propostas, fundamentando‑as com os potenciais resultados em termos de ganhos ao nível da comunicação, relações interpessoais, gestão de conflitos e focus no valor das empresas. Esta aposta em dar importância às consequências comportamentais e motivacionais vai combater as soluções standard, mas exige uma maior capacidade de comunicação e valoração dos resultados por parte de quem apresenta as propostas, sendo da sua responsabilidade apostar na sensibilização dos clientes, não caindo no facilitismo de responder de uma forma massiva, sem imaginação e adequação às necessidades reais dos mesmos. A tentação das soluções pré‑formatadas, criando um modelo‑tipo, onde só introduzem pequenos ajustamentos de acordo com o cliente são eficazes no curto prazo, mas vão criar um problema no futuro. Quando não se investe no cliente, apresentando sempre soluções standard, vai ter como consequência diminuir os factores de tomada de decisão, reduzindo‑os às questões de preço, ou outras vantagens materiais, reduzindo a qualidade das propostas, a perda de margem de criatividade e mais‑valias para a empresa de eventos ou de animação turística. É importante apostar num maior investimento em conhecer e saber explicar ao cliente qual é o impacto emocional e comportamental de cada uma das actividades propostas, conseguindo criar uma explicação onde o foco esteja nas pessoas, em quem são e no que sentem, partindo do conceito de que são estas quem verdadeiramente fazem as empresas crescer, desenvolver e viver. António Marques Vidal | Vogal da Direcção da APECATE | Director da MarGens.
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ANTÓNIO GOUVEIA SANTOS, ISABEL AMARAL, PEDRO RIBEIRO, JOAQUIM PIRES, MARIA JOSÉ ALVES, JOÃO LUÍS MOITA, PATRÍCIA FERREIRA, JORGE VINHA DA SILVA, JOÃO PAULO OLIVEIRA, RUI OCHÔA, NUNO PINTO DE MAGALHÃES E ANA SOFIA VINHAS.
“UMA VOZ DO SECTOR” Aproveitando a luz e o calor do Verão, que acompanham bem uma conversa animada, o Conselho Consultivo da Event Point reuniu‑se no restaurante Il Gattopardo, do Hotel Dom Pedro, em Lisboa. Durante o almoço foram sendo discutidos temas considerados relevantes para o sector. Desde logo, e muito marcada pela actualidade [a lei tinha acabado de entrar em vigor], a questão do consumo de álcool por menores de 18 anos, cuja proibição passa a incluir as bebidas fermentadas, a cerveja e o vinho, e não apenas as destiladas, como acontecia já. Perante isto, organizadores de eventos, como aqueles ligados aos festivais de música, tiveram que, de repente, encontrar formas de fazer essa triagem, fosse logo à entrada ou depois nos pontos de venda. Argumentou‑se que o consumo de cerveja tem até diminuído em Portugal nos últimos
anos, e que poderia ser interessante a indústria dos eventos envolver‑se no apoio a estudos científicos. Investigação credível e independente que depois suportasse nova legislação sobre o consumo de álcool, nomeadamente pelos mais jovens, um tema que é sem dúvida relevante e sensível. Os conselheiros foram ainda desafiados, e desafiadores, quanto a outras formas que a Event Point possa acolher, apoiar ou encetar, assumindo‑se decididamente como “uma voz do sector”. Participaram neste encontro Alexandra Torégão (AIP/CCL), Ana Sofia Vinhas (EDP), António Gouveia Santos (Centro de Congressos
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CONSELHO CONSULTIVO EVENT POINT
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da Alfândega), Isabel Amaral (Isabel Amaral . Consultoria), Joaquim Pires (Turismo de Portugal), João Luís Moita (Citur), João Paulo Oliveira (Leading), Jorge Vinha da Silva (MEO Arena), Maria José Alves (Cascais Convention Bureau), Nuno Pinto de Magalhães (Central de Cervejas), Patrícia Ferreira (TAP), Pedro Ribeiro (Hotéis Dom Pedro) e Pedro Rodrigues (Desafio Global).
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X JIP ‑ JORNADAS INTERNACIONAIS DE PROTOCOLO Como vem sendo tradição desde a sua constituição em 2005, a APorEP ‑ Associação Portuguesa de Estudos de Protocolo vai organizar mais uma edição das JIP ‑ Jornadas Internacionais de Protocolo. Dedicadas ao tema "Protocolo: unidade ou diversidade?", as X JIP vão decorrer no Auditório da Reitoria da Universidade Nova de Lisboa, no próximo dia 20 de Novembro. 10
A Conferência Inaugural será proferida por Javier Carnicer, Chefe de Protocolo das Cortes de Aragão, reputado especialista espanhol em Protocolo e Cerimonial de Estado, membro do Conselho Superior de Relações Públicas de Espanha com ampla actividade como docente, tendo sido já orador numa anterior edição das JIP. Haverá um painel dedicado ao Protocolo de Estado que será moderado por Angélica Jorge (APorEP), com a participação de Gilbert Monod de Froidville (antigo Mestre de Cerimónias e Chefe de Protocolo da Casa Real dos Países Baixos, Professor no Institute of Protocol em Haia e na Protocol School of Washington); do Major Bruno Marques (Chefe da Repartição de Relações Públicas e Protocolo da Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR) e de Teresa Byrne (Adjunta na Assessoria para os Assuntos Políticos e responsável pelo Protocolo Interno na Presidência da República Portuguesa). O painel sobre organização de eventos e protocolo não‑oficial será moderado por Isabel Névoa Tavares (APorEP), com a participação de Pedro Rodrigues (Fundador e Coordenador de equipas da Desafio Global Ativism); de Fernanda Antão (Administradora da Universidade Nova de Lisboa) e do Prof. Doutor Fernando Moreira da Silva (Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa). Haverá ainda um painel dedicado ao protocolo social, que será moderado por Cristina Fernandes (APorEP), com a participação de
Maria do Carmo Rosa (Câmara Municipal de Lisboa) e de Juan de Dios Orozco (Director da PROTOCOLLUM, professor do Master de Protocolo, Comunicação e Imagem Corporativa da Universidade de Salamanca e do Curso Superior de Comunicação Empresarial da Câmara de Comércio e Indústria de Madrid). A Conferência de Encerramento, “Evolução do Protocolo em Portugal”, estará a cargo de Isabel Amaral, presidente da APorEP. O público‑alvo destas jornadas são estudantes, investigadores e profissionais de Gabinetes de Comunicação, Imagem e Relações Públicas, de instituições públicas e organizações privadas, bem como profissionais de Organização de Eventos e Protocolo. O objectivo é, desde sempre, a optimização e dinamização da profissão, bem como a constante actualização de conhecimentos e práticas de mercado, para melhor fazer face a um sector em permanente evolução. Venha ouvir oradores de renome internacional e aumentar a sua rede de contactos pessoal e profissional. Esta é uma oportunidade única para reflectir, adquirir e partilhar conhecimentos sobre o tema Protocolo e organização de eventos, com a chancela de qualidade das Jornadas Internacionais de Protocolo da APorEP! Contamos com a sua presença! www.aporep.com
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ESPAÇO IPAM
AS RELAÇÕES PÚBLICAS E AS VENDAS Antecipar, identificar e satisfazer as necessidades e os desejos dos consumidores com vista à obtenção do lucro? Sim, este é um dos focos do marketing. E as relações públicas, na actividade comercial e de marketing, onde se situam?
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As relações públicas são uma actividade muito antiga e que tem acompanhado reis, imperadores, políticos e grandes empresários. Em Portugal, aparece durante os anos 50 patrocinada sobretudo por empresas multinacionais. Sempre foi vista como uma variável do marketing que promove o diálogo entre os vários públicos e que visa, através dos vários meios, divulgar a boa imagem de uma organização (produto, serviço ou pessoa). Existem várias definições para relações públicas. No entanto, provavelmente a mais consensual seja a da Associação Internacional de Relações Públicas que a assume como uma “actividade de direcção, de carácter permanente e organizado, através da qual as empresas procuram estabelecer e manter compreensão, simpatia e colaboração dos públicos com quem têm, ou poderão vir a ter, relações.” Também, segundo o “pai” das relações públicas Ivy Lee, as relações públicas são uma técnica de comunicação que visa a criação de um clima favorável de entendimento mútuo entre uma organização e os seus públicos, onde um dos principais focos do seu desempenho passa pela promoção da imagem da instituição junto do seu target (público pretendido). Se o objectivo comum a todas as empresas, sejam elas produtoras de bens ou prestadoras de serviços é, claramente, dar a conhecer o seu trabalho junto do segmento alvo/público consumidor, ter a sua preferência e, obviamente, a maximização do lucro, então estamos diante de uma técnica muito útil para a actividade comercial de qualquer organização, empresa, marca, produto, serviço e pessoa. Como casamos então as relações públicas e as vendas? É aqui que reside o cerne da questão. Hoje “vender” é muito mais do que o dicionário indica, é estabelecer relações, orientação para o mercado e foco no cliente. Sei que o valor acrescentado de qualquer actividade comercial é conquistar e reter clientes e aqui não me refiro apenas a utilizadores (quem usa) e a prescritores (quem compra e/ou recomenda). Refiro‑me aos públicos internos de uma organização (todos aqueles que se encontram dentro do âmbito de uma organização: colaboradores, fornecedores, distribuidores, parceiros, etc.) e aos públicos externos (órgãos de comunicação social, consumidores, utentes, líderes de opinião, comunidade em geral). Então, se partirmos deste pressuposto, através de acções de relações públicas e nomeadamente dos eventos,
é possível estabelecer relações profícuas com os públicos internos e externos, transmitindo conteúdos de cariz comercial e de comunicação, gerando experiências positivas entre todos os envolvidos. Vendendo! Garanto que para os participantes/ convidados destes eventos significa uma experiência profissional, social, cultural e de lazer, muito para além de uma apresentação comercial, onde o resultado deverá acrescentar melhor reputação à empresa e por consequência, às respectivas vendas. Um evento, bem planeado, que ocorra num dado tempo e lugar (pertinente para a actividade comercial da empresa), transmite valores e atributos intangíveis, como a imagem da marca, a cultura empresarial e o posicionamento da organização. Desempenha, assim, um papel fundamental na prossecução dos objectivos comerciais da empresa e envolvendo todos os participantes/ convidados na prossecução desses mesmos objectivos. Para reforçar este “casamento modelo”, as relações públicas e os eventos integrados no mix da comunicação de marketing são uma potente ferramenta ao nível das vendas, porque: √ Criam e aumentam a notoriedade do produto; √ Explicam as características do produto aos públicos interno e externo; √ Estimulam a apetência para a compra; √ Veiculam e consolidam um capital de confiança junto dos públicos; √ Informam e motivam os colaboradores para as vendas; √ Constroem imagem e geram goodwill; √ Divulgam a marca. O “modelo” torna‑se complexo, mas mais directo, personalizado e eficaz e, por consequência, rentável para a organização. Estes eventos de relações públicas procuram e devem ter uma abordagem junto dos colaboradores/públicos internos, como se os próprios fossem clientes da empresa! Todos (público interno) compreenderão melhor a política de marketing da empresa e sentir‑se‑ão mais motivados a defender e a vender a (sua) marca. Esta postura empresarial implica, então, envolver e formar o público interno para que os objectivos comerciais da empresa sejam atingidos. Uma boa comunicação interna contribuirá com certeza para o bom desempenho da empresa. E, sim, as relações públicas existem e situam‑se na actividade comercial… Carla Viana | Docente do IPAM
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MERCADO
PORTUGAL UNITED: DEZ MIL PESSOAS DEPOIS A ideia surgiu há quase 10 anos da necessidade de reforçar as acções de promoção externa do produto Meetings Industry (MI) português. Os fundadores desta plataforma, Citur (DMC), Vip Hotels e Dom Pedro Hotels, começaram então a partilhar o esforço de apresentações conjuntas, sobretudo em mercados onde entidades como o Turismo de Portugal ou os convention bureaux nacionais não estão tão presentes. De resto, a Portugal United nunca quis concorrer com estas acções, antes complementá‑las. Assim, todos os anos o grupo de empresas, que foi crescendo até às actuais 12, discute e aprova um plano de quatro apresentações, em mercados como o Brasil, Rússia, Reino Unido, França, Suíça, Espanha, Colômbia, Polónia ou República Checa. As quatro a cinco empresas que em média participam em cada uma destas acções apresentam‑se com uma imagem comum, sob o chapéu Portugal United, e desenvolvem sessões de networking, cocktails, apresentações individuais e do destino, roadshows, também em função das características do mercado e do país em questão. Estas apresentações têm uma audiência anual de cerca de mil pessoas.
Esta plataforma informal foi a resposta encontrada por algumas empresas portuguesas perante a necessidade de aumentar a promoção no segmento MI e mostrar o país como um todo, um país que apesar das diferenças tem uma oferta que se complementa. A Portugal United é também um caso de coopetition (cooperação + competição), prova de que a união pode fazer a força.
Além dos hoteleiros, foram aderindo
positivo, garantem. Tanto assim
à Portugal United outras empresas,
que tencionam aumentar o número
nomeadamente de animação turística.
de eventos que organizam, e está
Contam ainda com a parceria
já prometida para Novembro uma
estratégica da TAP, que se encarrega
novidade: o jantar Portugal United
das passagens aéreas.
durante a IBTM World, em Barcelona.
O orçamento anual ronda os cem mil euros, e o retorno tem sido amplamente
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NOTÍCIAS
IMEX 2016 ANTECIPADA Anote na agenda, em 2016 a IMEX Frankfurt vai decorrer em Abril, e não em Maio, como habitualmente. Assim, todos os caminhos vão dar àquela cidade alemã de 19 a 21 de Abril. A organização do certame já avisou que as datas de 2016 são uma excepção, pelo que os eventos futuros voltarão a ser no mês de Maio.
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Recorde‑se que a edição de 2015 contou com uma forte presença nacional, com 42 empresas de cinco regiões, só no stand do Turismo de Portugal. Antes do encontro na Alemanha, ainda este ano, realiza‑se a IMEX America em Las Vegas, de 13 a 15 de Outubro.
IT&CMA REÚNE O SECTOR DA ÁSIA‑PACÍFICO EM BANGUECOQUE Fundada em 1993, a IT&CMA é uma das mais importantes feiras na região Ásia‑Pacífico. Todos os anos o evento serve de plataforma de negócios do sector MI daquela geografia, mas não só, já que a ele acorrem organizadores e clientes de todo o mundo. A forma de funcionamento desta feira é em tudo semelhante às outras grandes feiras do sector. Há um programa de clientes convidados, um sistema de pré‑agendamento de reuniões, e uma série de eventos paralelos que contribuem para o enriquecimento do conteúdo. O certame, organizado pela TTG Events, que por sua vez faz parte da TTG MICE, revista parceira da Event Point na International Meetings Review, incorpora desde 2012 o sector do luxo. Nomes como Resorts World Sentosa Singapore, Universal Studios e S.E.A Aquarium (um dos maiores aquários do mundo), entre muitos outros, já confirmaram a presença no evento deste ano, que se realiza em Banguecoque. Mas nem só de negócios se faz uma feira. Em termos das sessões educativas, destaque para o painel que vai reunir representantes de convention bureaux (Genebra, Seul e Tailândia) para discutirem o outlook da indústria. A conversa vai ser moderada por Gary Grimmer, CEO do GainingEdge. E há mais. Estão a ser preparadas sessões (campfires) com temas relevantes para a indústria. A saber: “vender em feiras”, “como sobreviver fisicamente às feiras” ou “apps para eventos”.
Pela primeira vez vai decorrer o ASEAN MICE Forum @ IT&CMA. O evento reune os dez membros da AEC (ASEAN Economic Community), Brunei Darussalam, Cambodja, Indonésia, Laos, Malásia, Myanmar, Filipinas, Singapura, Tailândia e Vietname, para juntos reflectirem nas estratégias para potenciar o negócio dos eventos na região.
A IT & CMA realiza‑se de 29 Setembro a 1 Outubro de 2015, em Banguecoque. Mais informações em www.itcma.com.
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EM DESTAQUE
© FABRICE ZIEGLER
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A NOVA LINGUAGEM DOS EVENTOS EM DEBATE NA EXPOEVENTOS A 11ª edição da ExpoEventos e a 8ª edição da Gala dos Eventos terão este ano como cenário o Altis Grand Hotel. E uma nova data: 2 e 3 de Novembro. Os principais oradores são repetentes, Linda Pereira e Zezo Carvalho. A líder da CPL Events e o responsável da Trendz foram os mais aplaudidos o ano passado e por isso vão voltar a conduzir os trabalhos do Gest – Seminário de Organização e Gestão de Eventos. No primeiro dia, Linda Pereira vai debruçar‑se sobre a “metamorfose do organizador de eventos”, e no segundo é a vez de Zezo Carvalho falar sobre o tema “criatividade e inovação em eventos corporativos”. O programa foi elaborado pela Comissão Científica da ExpoEventos de que fazem parte Linda Pereira, Mafalda Patuleia, directora do Departamento de Turismo da Universidade Lusófona, Miguel Neves, da IMEX, e António Silva
e Sousa, director da ExpoEventos. A anteceder um dos momentos altos do programa, a 8ª edição da Gala dos Eventos, tem lugar a conferência “A Nova Linguagem dos Eventos”. A grande novidade da Gala dos Eventos é o prémio Melhor Evento Internacional, de modo a reconhecer as iniciativas de cariz internacional. Além dos prémios habituais, a eventos e fornecedores, serão atribuídos também prémios especiais como o Grande Prémio da Gala dos Eventos, o Prémio Personalidade dos Eventos e ainda o Prémio Revelação. O júri será composto por personalidades ligadas ao sector. Mais informações em www.expoeventos.org.
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FOCO
SEVILHA VOLTA A RECEBER A NATA DOS EVENTOS Já lá vão dez anos desde a primeira edição dos European Best Event Awards (EuBea). E a organização pretende celebrar o feito procurando oferecer o melhor evento de sempre. O encontro está marcado para 5, 6 e 7 de Novembro.
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Comecemos então pelas novidades. Para comemorar os dez anos, a organização decidiu convidar para o painel de jurados todos os ex‑presidentes do júri, bem como clientes corporativos que representam os principais segmentos de mercado: automóveis, bancos, serviços, telecomunicações, alimentos, etc. “Apresentamos também a nova categoria dedicada aos eventos privados e tornamos oficial a instituição do Prémio Iconic, dado aos eventos com luz e valor próprios, não comparáveis a outros, tais como celebrações Olímpicas, campeonatos mundiais ou cimeiras mundiais”, explica Salvatore Sagone, do ADC Group, empresa organizadora. Para elaborar o melhor programa possível, a organização reuniu, em Palermo, um Conselho Consultivo que contou com a presença do presidente do júri, Luca Favetta, representantes de empresas, agências e associações, e os media partners (incluindo a Event Point). O debate acabou por se centrar nos critérios de decisão dos prémios. “Chegámos à decisão de dar um peso diferente à criatividade (40%), execução (20%), estratégia de canais (10%) e eficácia (30%). Além disso, discutimos sobre o conteúdo que vamos oferecer aos delegados no segundo dia do festival", explica Sagone. Em relação ao conteúdo, este foi dividido em três partes: inspiração, visão e ferramentas. O programa pode ser consultado em: www.eubeafestival.com/programme‑2015. A expectativa de Salvatore Sagone para a edição deste ano é que, “finalmente, seja criado um lugar, melhor ainda uma plataforma, onde as associações locais podem trocar conhecimentos e opiniões a fim de criar uma frente comum para enfrentar os problemas que muitas vezes são os mesmos em toda a Europa, como a remuneração, propostas, o relacionamento correcto com os clientes, a protecção da criatividade e ideias, etc. O ADC Group irá fornecer o local e os contactos, agora cabe às associações provar a verdadeira vontade de escrever uma nova página na história do associativismo”.
QUATRO PERGUNTAS A SALVATORE SAGONE Um dos momentos mais interessantes introduzidos no ano passado foi o das apresentações por agências concorrentes face a um júri do universo corporativo. Vão manter este modelo? Sim, definitivamente. Foi a mais importante inovação nos prémios. Esta "fórmula" original torna o prémio mais transparente, e permite que as agências concorrentes vejam quem são os seus colegas e como eles se apresentam. Porquê manter o festival em Sevilha? Sevilha provou ser um local perfeito para o festival, o clima agradável, a beleza da localização do Hotel Barcelò e as instalações, e o grande trabalho realizado pelo Sevilla Convention Bureau convenceu‑nos a ficar mais um ano. Há novidades sobre a localização das edições futuras? De um modo geral, acho que o Festival deverá ser itinerante na Europa, a fim de permitir que cada país o conheça melhor. Para o próximo ano estamos a considerar a nomeação de três cidades. Estamos em pleno processo de avaliação e, por esta razão, não posso dizer quais escolhemos. Gostaria de o anunciar em Sevilha. Como avalia o panorama europeu dos eventos, tendo em conta os prémios como indicador do sector? Acho que há uma importante mudança no cenário. A palavra "evento" vai morrer a favor da expressão 'live communication' (comunicação ao vivo). Isto é o que está a acontecer. O evento é um meio de comunicação cuja peculiaridade é produzir em tempo real, ao vivo. Mas, ao mesmo tempo, tem que seguir as regras dos outros meios de comunicação, tem de entreter, de envolver, para alcançar resultados e ser coerente com a estratégia de comunicação mais ampla. Os eventos já não são soluções meramente tácticas, são cada vez mais estratégicas para o lançamento de um novo produto ou na criação de uma experiência de marca muito eficaz.
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FOCO
CONNECTIONS MEETINGS A NOVA GERAÇÃO DE REUNIÕES
Deixou um emprego estável de 15 anos na Reed Exhibitions, onde era directora de comunicação, para abraçar um projecto em que acredita piamente, o Connections. Micaela Giacobbe quer ajudar a mudar a indústria e a forma como se conduzem as reuniões face‑to‑face. Um dos próximos testes a esta nova visão será em Portugal. De 9 a 12 de Dezembro, Lisboa e Algarve vão receber a Connections Meetings, um evento global e exclusivo (por convite apenas) que reúne cerca de 30 a 40 compradores MICE de topo, com o mesmo número de fornecedores, num programa customizado e com uma forte componente experiencial. A iniciativa responde “a um défice de eventos para estes profissionais de topo, que fosse all‑inclusive, internacional e por convite”. O formato foge do speed‑dating, “onde as pessoas se conhecem, falam alguns minutos, e depois ninguém se lembra”, e assenta na facilitação da relação entre todos os participantes. “Se dermos tempo de qualidade, as pessoas não se vão esquecer e vão criar laços de confiança, logo pode ser bom para os negócios”, explica Micaela. A nota é pois colocada na relação humana. “Se queremos criar confiança, temos de ser nós próprios. Não há nada de mal nisso, em mostrar emoções. As decisões baseiam‑se também em emoções”.
Mike van der Vijver, um dos autores do livro “Into the Heart of Meetings”, é uma das presenças asseguradas e vai explicar, mostrando através de gamification, como se podem desenhar melhores reuniões. “Os participantes conhecem‑se, experimentam o destino e aprendem fazendo”, resume a responsável. Micaela Giacobbe acredita que esta é a próxima geração dos eventos. “Sinto isso até aos ossos! Este é o caminho”. E porquê Portugal? A componente humana desempenhou um papel preponderante na escolha. “Em Março fizemos no Conrad Algarve um evento dedicado ao sector do luxo, e correu muito bem”, conta Giacobbe, realçando a qualidade dos fornecedores locais (com quem aliás vão voltar a trabalhar na organização do evento de Dezembro). O destino é, no entender da responsável, decisivo para o sucesso de um evento. “Se o destino for proactivo, a experiência vai ser memorável e autêntica”. “Vamos voltar, e isso acho que resume tudo”.
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FOCO
PORTUGAL É UM MERCADO ATRAENTE PARA A TURQUIA TRÊS PERGUNTAS A VOLKAN ATAMAN O que podemos esperar da próxima edição do evento? A exposição ACE of M.I.C.E. é o ponto de encontro dos decisores de nível superior da indústria de reuniões e eventos na Turquia e no mundo. Oferecemos uma excelente experiência aos participantes, com o programa de hosted buyers, reuniões B2B, actividades em rede, seminários, painéis de discussão e cerimónia de prémios.
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A Turquia é um destino concorrente de Portugal. Mas Volkan Ataman, director geral da feira ACE of M.I.C.E. (AME), acredita que Portugal é também “um mercado muito atraente para a Turquia”. “Além da semelhança cultural entre os dois países, existem voos directos entre Turquia e Portugal, tornando o vosso país um mercado interessante para a indústria MICE”, refere à Event Point, que pela primeira vez é media partner do evento. Este ano estiveram vários participantes portugueses na feira, quer como hosted buyers, quer como visitantes. Para 2016, a organização ainda está a trabalhar o destino. “Estamos em contacto com convention bureaux e empresas MICE de Portugal para a AME 2016. DMCs e hotéis, especialmente no Porto e em Lisboa, mostraram interesse na exposição. O nosso objectivo é atingir o número máximo de expositores, hosted buyers e visitantes de Portugal”, aponta Volkan Ataman. Em 2016, o evento vai procurar abordar alguns dos tópicos que mais interessam ao sector. Os principais são: “As mulheres na indústria MICE”, “O futuro das feiras”, “Segurança de eventos internacionais”, “Tendências no design de eventos”, “Reuniões pharma”, e “Os estudantes Universitários e a indústria MICE”. Em termos da exposição propriamente dita, o objectivo é ambicioso. “A nossa exposição, que teve apenas quatro expositores na sua primeira edição, chegou aos 71 expositores em 2015. Esperamos que o número aumente para cerca de 120 na AME de 2016”. O evento realiza‑se em Istambul, de 16 a 18 de Março.
Como vê a indústria por estes dias? Sente‑se optimista? A indústria turca tem vindo a crescer muito de dia para dia. O número de congressos internacionais organizados tem vindo a aumentar pelo crescimento da Turquia como novo destino nos últimos anos. Acredito que esse número será muito mais alto nos próximos anos. Pode descrever‑nos a oferta MICE na Turquia? Neste momento há 1.300 hotéis com instalações para reuniões e espaços para eventos, 1.130 agências de eventos, 1.890 prestadores de serviços. De acordo com a Sondagem da Indústria MICE turca, que foi lançada na AME 2015, em Fevereiro, pelo Turism Media Group, 29,3% dos participantes de agências de eventos e reuniões disseram que a perspectiva anual de negócio MICE é de um a cinco milhões de euros, e 20% apontaram os cinco milhões com objectivo. Apenas 3,8% das empresas têm expectativas de facturação inferior a 50.000 euros. Por outro lado, 22% dos hotéis e venues prevê uma facturação MICE de 100 a 500 mil euros e 21% de um a três milhões de euros. Já 7,2% destes inquiridos aponta como meta facturar 10 milhões de euros. Todos estes números mostram o potencial de crescimento da indústria MICE na Turquia.
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EMPRESAS
“GASTRONOMIA ALIADA À DECORAÇÃO FAZEM A DIFERENÇA” A tendência é identificada por Paulo Gomes Pinto, responsável da Imppacto – Catering e Eventos. Uma realidade bastante acentuada em Lisboa, onde os espaços disponíveis são escassos, e se corre o risco de banalização. A forma de inovar surge assim “pela aliança entre comida de qualidade e decorações mais modernas, por vezes arrojadas, respeitando a identidade de cada empresa, e indo ao encontro de uma crescente procura por parte de clientes estrangeiros”. A Imppacto continua deste modo um “ambicioso plano de renovação”, encetado em 2014, e que inclui uma equipa alargada, novas soluções de decoração, e em breve uma nova cozinha. Em paralelo, tem feito a formação e qualificação dos colaboradores, por entender que são eles quem em última instância “garantem uma resposta aos clientes mais rápida e adequada aos interesses de cada um”, explica Paulo Gomes Pinto. Este esforço tem sido possível graças a uma gestão “rigorosa dos activos e recursos da empresa” o que, garante o responsável da Imppacto, lhes permite uma “flexibilidade acrescida nas propostas que podemos apresentar, face à concorrência”.
ESPAÇO PREMIUM Uma das recentes novidades da Imppacto é o exclusivo do Palácio do Correio Mor, em Loures. Um espaço premium que permite conjugar os amplos jardins (para um team building, por exemplo), onde pode ser instalada uma tenda com capacidade até mil pessoas, e variadas salas (cada uma com capacidade máxima a rondar as 100 pessoas). “Aqui nunca faremos muitos eventos, nunca mais do que um ou dois por semana, e apenas aqueles verdadeiramente especiais”, garante Paulo Gomes Pinto.
IMPPACTO – CATERING E EVENTOS ALMADA | 212 962 365 | 937 200 350 INFO@IMPPACTO.COM | WWW.IMPPACTO.COM
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CATARINA VALENÇA GONÇALVES | DIRECTORA DA SPIRA
PATRIMÓNIO = INCENTIVOS + EVENTOS + MARCAS O património cultural, em Portugal, continua a estar enclausurado em várias redomas de abordagens possíveis, alguns acreditando que, sem elas, as igrejas, os castelos e os diferentes tipos de monumentos desvanecem‑se, diluem‑se, perdem a sua áura. Ora é muitíssimo discutível não somente que os conceitos de exclusividade, elitismo, intelectualidade que têm marcado a abordagem tradicional ao património cultural sejam os únicos a fazerem sentido; como também é muitíssimo questionável que o património em si mesmo tenha essa fundamentação apenas ou sobretudo intelectual. De facto, quase todos os monumentos carregam diferentes dimensões dentro de si: dimensões artísticas, de significado profundo, por vezes mesmo de carácter
religioso mas, também, roupagens de festividade, celebração, enaltecimento, propaganda, demonstrações de poder, de amor e de paixão. Isto é, os monumentos guardam dentro de si uma ampla palete daquilo que caracteriza a existência humana (é por esta razão, aliás, que pessoas tão diversas se revêem nestes amontados de pedra, por todo o planeta…) Julgamos assim um desperdício considerar que as referidas redomas preconceituosas são fundamentais à apreciação, à
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OPINIÃO
experimentação, à interiorização do significado do património cultural: “diferentes abordagens para diferentes públicos” deveria ser antes o critério, naturalmente limitado pelo respeito pela integridade física, artística e simbólica do monumento. De facto, como sempre, é o meio termo que é difícil de atingir, sendo as soluções extremadas sempre muito mais fáceis de defender e implementar. Nesta medida, programas de incentivo, assim como qualquer dinâmica que aproxime o cidadão / consumidor / cliente do significado do património cultural devem ser estimulados: percebemos muito melhor como se construiu um castelo se levarmos a cabo uma acção de consolidação de uma parede de alvenaria (como se constrói, de que material é feita, donde provém a pedra, como se coloca uma sobre a outra, quanto tempo leva o processo, etc…). E se esta acção ocorrer numa dinâmica de competição saudável entre equipas de uma empresa estaremos a desrespeitar o monumento? Este exemplo é extensível a um conjunto significativo de edificações e são muitas as acções que podem ser empreendidas, de forma mais ou menos continuada: a transmissão de conhecimentos que ocorre neste tipo de iniciativas não é despicienda, gerando‑se uma verdadeira relação entre o utilizador e aquele amontoado de pedras que, subitamente, apenas pela mecânica, ganha finalmente sentido. Atendendo a que quase nada se faz neste campo em Portugal, acreditamos que a dimensão de incentivo em património cultural tem um largo caminho para percorrer no nosso país e revela‑se uma excelente oportunidade quer para empresas de animação turística, quer para os colaboradores das grandes organizações de natureza privada ou pública. Devemos ainda levar este raciocínio para a dimensão dos eventos. Sendo menos evidente como se consegue “transmitir conhecimento” por esta via ‑ comparando com o exemplo precedente dos incentivos ‑, será sempre possível passar informação relevante que permita ao utilizador do espaço verdadeiramente ver (e não somente olhar) o monumento no qual se encontra. O património não pode jamais ser um cenário, destituído de significado ou de existência per si e esse é o limite a ter em conta pelo promotor de acções. As dinâmicas de consumo deste recurso em particular devem ter sempre presente que, ao contrário da utilização de um qualquer espaço sem significado, o uso do património para
incentivos ou eventos obriga a atender àquilo que se dá em troca ao património em si mesmo ‑ um bem que é afinal de todos: não descurando o retorno financeiro que contribui para a preservação do edificado, torna‑se obrigatório um retorno de natureza civilizacional materializado na partilha do conhecimento, na partilha do valor do património por aqueles que, desafortunadamente, não o tem por evidente ainda. Naturalmente que a prossecução deste raciocínio leva‑nos ao conflito de identidades em formato comunicacional das próprias empresas ou instituições que levam a cabo acções no património. Devemos considerar que o património também tem uma marca: um mosteiro, um castelo ou uma igreja também tem uma identidade própria, totalmente definida pela sua circunstância histórica mesmo que não no formato de logotipo e normas comunicacionais. A compatibilidade entre as duas marcas pré‑existentes deve assim obedecer ao bom senso, ao respeito, ao equilíbrio de valores, pesos, espaços para que ambas possam articular‑se, mas respirando autonomamente. Qualquer visão simplista (ou extremista) não conduzirá a qualquer ganho: nem o património será mais conhecido, nem melhor preservado caso se elimine a possibilidade das marcas se associarem ao património. Pelo contrário, as marcas são um importante veículo para chegar a essa massa imensa de cidadãos que, especialmente no caso português, não tem qualquer relação com a sua herança patrimonial ‑ um meio para atingir um fim, é certo mas que, novamente, gerido com bem senso, pode trazer efectivos benefícios para o património. Já do lado das marcas, acreditamos, como referimos anteriormente em relação à oportunidade de crescimento dos incentivos, que existe igualmente um vazio, neste momento, no mercado nacional: as marcas procuram âncoras, veículos de comunicação, e o património ‑ pelo facto de ser de todos, pela sua distribuição ao longo do país, pela sua diferenciação tipológica, pela sua carga simbólica ‑ traduz‑se num manancial de possibilidades comunicacionais muito significativo. Diríamos assim que há um casamento por fazer entre empresas e património, entre marcas e património. Como agente empresarial na área da Cultura, temos bem noção do “verdadeiro horror” que esta convicção causa a uma larga fatia dos agentes públicos do sector. Mas não há nada como ir a jogo para tirar teimas.
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EMPRESAS
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MY STORY HOTELS NO CORAÇÃO DE LISBOA
Se viaja até Lisboa por razões profissionais, mesmo que num pequeno grupo, e ainda assim quer ter uma experiência de alojamento bem no Centro da cidade, a escolha podem ser os My Story Hotels, localizados no Rossio e na Rua do Ouro. Resultam ambos da recuperação de edifícios antigos, do século XVIII, onde o espaço não abunda, é verdade, mas onde imperam a decoração despretensiosa, quartos totalmente insonorizados, camas e colchões da melhor qualidade, um duche com boa pressão, cosméticos da Rituals, e um agradável pequeno‑almoço, com pastelaria e padaria de qualidade, e o requinte da fruta bem fresca preparada momentos antes. A simpatia de uma equipa de pessoas disponíveis para todas as perguntas, dúvidas ou pedidos que possa ter fazem o resto.
PARA MAIS INFORMAÇÕES E RESERVAS:
213 400 340/349 (RUA DO OURO) 213 400 380/389 (ROSSIO) GUESTSERVICE@MYSTORYHOTELS.COM WWW.MYSTORYHOTELS.COM
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EMOÇÕES EM ALTA ROTAÇÃO Este é o lugar que em Portugal mais vezes acolhe grandes marcas como Bentley, McLaren, Ferrari, Porsche, Audi, Mercedes, BMW ou Ducati. Se a combinação que pretende para o seu evento é velocidade, destreza e adrenalina, vários traçados, modernas instalações de apoio, salas com capacidade até 800 pessoas, terraços exteriores e bancadas privadas, restaurantes e bares, tudo isto numa região de clima ameno, provavelmente será um dos próximos clientes do Autódromo Internacional do Algarve (AIA). Quantos de nós não imaginaram já como é conduzir um super‑desportivo ou um todo‑o‑terreno? A Racing School do AIA permite‑lhe fazê‑lo, e partilhar a experiência com clientes, fornecedores ou colaboradores, criando relações
mais fortes e aumentando o espírito de equipa. Além do traçado principal, considerado “um dos melhores do mundo”, pode escolher ainda o circuito de karting ou o percurso off‑road, e diferentes carros para experimentar.
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SETE MESES DE PREGO A FUNDO Entre os diversos testes de equipas, provas nacionais e internacionais e várias apresentações mundiais o AIA teve uma ocupação superior a 90% durante os primeiros sete meses deste ano. Um conjunto de eventos, incluindo oito grandes com participantes do mundo inteiro, trouxeram ao circuito, e ao Algarve, cerca de 100 mil pessoas, entre equipas, técnicos e clientes, convidados, fotógrafos e jornalistas, com um impacto directo na região de vários milhões de euros. Reflexo da aposta que o Autódromo Internacional do Algarve continua a fazer “numa oferta integrada e de qualidade”, vai ser inaugurado em Outubro um Hotel de 5*, o Pestana Algarve Race Hotel & Resort Portugal, que reforça a oferta dos apartamentos
de 4* do Vista do Falcão Residences. Pronto para fazer um test‑drive ao AIA? Estes são os contactos: AUTÓDROMO INTERNACIONAL DO ALGARVE
282 405 600 INFO@AUTODROMODOALGARVE.COM WWW.AUTODROMODOALGARVE.COM
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JOÃO MARTINS VIEIRA | PROFESSOR DE PLANEAMENTO DE TURISMO E DE EVENTOS
EVENTOS OU TURISMO DE ALTA DENSIDADE: UMA OPÇÃO URGENTE Há tipos de turismo para todos os gostos: de cidade, de campo, de praia, cultural, desportivo, religioso, de congressos associativos, de convenções empresariais, etc. Como se sabe, a cada tipo de turismo correspondem recursos ou eventos com características próprias e um tipo de turista com expectativas, personalidade e comportamento também próprios. É esta enorme variedade que faz do turismo um fenómeno social tão rico sob o ponto de vista humano e no qual não há lugar para a monotonia. De facto, a sua dinâmica é tão acelerada que os tipos de turismo que hoje estão na moda poderão amanhã ser substituídos por outros muito diferentes ou então ser explorados até à exaustão. Foi isto que aconteceu com alguns destinos turísticos onde tudo se apreciava com comodidade, tranquilidade e segurança e que passaram a ter uma alta densidade de visitantes (atendendo à área, à população, à natureza dos recursos, etc.) e uma animação tão intensa que é considerada excessiva, sobretudo por alguns
residentes. Destes, uns entendem que os turistas – nacionais e estrangeiros – devem ser cada vez mais, apesar do incómodo provocado pelo barulho que fazem, pelo lixo que deixam e pela ocupação quase exclusiva do espaço público; outros prefeririam que fossem menos. Numa visão economicista do turismo, uns
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OPINIÃO
dizem: venham muitos e tragam algum dinheiro e outros: venham poucos e deixem muito dinheiro. São duas visões extremadas e redutoras do fenómeno turístico que podem conduzir a um conflito sério e que é necessário evitar procurando alcançar, com uma adequada política de turismo, o equilíbrio entre impactos negativos e positivos económicos, sociais, culturais e ambientais, ou melhor, o difícil equilíbrio entre os objectivos dos três pilares da sustentabilidade. Em certas zonas de Cascais, Sintra, Lisboa e Porto e no centro de algumas cidades algarvias, são evidentes os efeitos negativos provocados pelo turismo de alta densidade que podem ainda ser agravados em situações pontuais como a visita de um navio de cruzeiros com milhares de cruzeiristas e tripulantes ou a realização de uma grande convenção associativa. É pois legítimo que se pergunte: será desejável o turismo de alta densidade? Até que ponto estamos dispostos a suportar os seus inconvenientes? INCONVENIENTES E VANTAGENS DO TURISMO DE ALTA DENSIDADE Os efeitos das novas políticas de abertura do transporte aéreo a empresas de baixo custo e de liberalização da ocupação de imóveis com alojamento igualmente de baixo custo e não classificado (acabar com a classificação das unidades hoteleiras, uma ferramenta fundamental para a informação e defesa do cliente, é um erro estratégico com graves impactos no turismo criando o caos e a exploração desenfreada) traduziram‑se no aumento da procura desses serviços de transporte e de todos os serviços turísticos para níveis que podemos designar como característicos do turismo de alta densidade mas com evidente baixa de qualidade. O aumento do número de turistas, de dormidas e de receitas, mas à custa da qualidade, não pode ser considerado um efeito positivo da política que defende o turismo de alta densidade. De facto, uma análise empírica dos seus impactos permite afirmar: a um grande número de turistas low‑cost característicos do turismo de alta densidade corresponde sempre um turismo low‑value. O turismo de alta densidade ainda não demonstrou ser
capaz de contribuir para a melhoria da qualidade de vida da comunidade residente gerando valor. Encher aviões, hotéis e hostels a qualquer preço como acontece nos serviços low‑cost, nunca foi, só por si, um objectivo estratégico de destinos turísticos bem planeados. Também a recuperação urbana para instalar estas unidades hoteleiras não é um objectivo da política de turismo, mas sim da política de ordenamento urbano e da especulação imobiliária.
Sendo o espaço público um bem comum, não é aceitável a sua ocupação excessiva com esplanadas e quiosques ao serviço quase exclusivo do turismo de alta densidade. Por outro lado, não podemos esquecer que só a oferta de serviços turísticos com qualidade, qualquer que seja a sua classificação, é garantia da sobrevivência de um destino turístico. 27
CONCLUINDO… A questão que se põe agora é sabermos se a dimensão e natureza do saldo dos impactos positivos e negativos resultantes do turismo de alta densidade são desejáveis pela comunidade de acolhimento dos fluxos turísticos e até pelos próprios turistas. Apesar de algumas tentativas para a definição de um número mágico que indique a capacidade de um destino ou de um recurso turístico, o certo é que esse limite deve ser definido pelo número de turistas presentes quando eles já se começam a sentir incomodados uns com os outros ou a comunidade de acolhimento não está disposta a receber mais turistas. É o que já começa a acontecer no centro de Lisboa onde a população local já pouco vai e onde os próprios turistas se acotovelam incomodados nas lojas, nos cafés e no espaço público. Tudo leva pois a crer que já se atingiu o limite da capacidade de acolhimento de turistas em Lisboa. O que pode levar alguns organizadores de eventos a considerar esta cidade como um destino esgotado e de baixa qualidade. O que seria trágico para a events industry nacional e para a cidade.
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EDP: UMA ENERGIA POSITIVA NO DESPORTO Qual a ligação às modalidades, como os valores da marca se articulam com os da maratona, da vela ou do surf, as activações, uma panorâmica traçada por Paulo Campos Costa, responsável pela Direcção de Marca e Comunicação da EDP. O patrocínio de provas de atletismo, e entre elas as maratonas, remonta a 1996, um investimento pioneiro que permitiu “dar um forte impulso à modalidade ao longo dos últimos anos”, lembra Paulo Campos Costa. “A partilha de hábitos saudáveis e de momentos de bem‑estar e descontracção são os pilares da nossa comunicação nesta área, e é através de acções divertidas, mas simultaneamente conscientes, que nos ligamos à população e transmitimos um conjunto de mensagens‑chave de grande importância no dia‑a‑dia de todos os portugueses”. Assim, a forma de estar da EDP e o modo como se relaciona com os seus clientes transparece nestes momentos, aliando “momentos saudáveis” a um “espírito de festa”. “É ainda importante realçar a aposta na vertente da responsabilidade social, um plano de actuação fundamental para a empresa. Por exemplo, associada à nossa participação na Volta a Portugal
em Bicicleta, a EDP volta este ano a entregar milhares de kits escolares” em vários estabelecimentos de norte a sul do país, explica Paulo Campos Costa. OUTRAS MODALIDADES Além do atletismo, a EDP tem estendido o apoio a outras modalidades como a vela e o surf. A vela encaixa nos valores que servem de base à estratégia da eléctrica: actividades ao ar livre, em contacto com a natureza, que “aliás é também o motor do nosso negócio visto que 70% da energia que produzimos é gerada pelo vento e água. Acresce, que a vela é um desporto muito internacionalizado, quase sem fronteiras, e onde os velejadores nacionais têm conseguido posições de destaque”. Entretanto, foram desafiados pela Federação Portuguesa de Vela para trabalhar na base da pirâmide, ou seja, na formação de jovens
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EM DESTAQUE
DUAS PERGUNTAS A PAULO CAMPOS COSTA
velejadores. Uma proposta que aceitaram “com grande entusiasmo, renovando a cada ano que passa. Já lá vão quatro”. No surf, o envolvimento tem vindo a crescer. Nos passados meses de Julho e Agosto a empresa voltou a apostar em mais uma edição do EDP Surf Spot, convidando jovens e menos jovens a experimentar a modalidade. Foram no total mais de mil aulas gratuitas, disponíveis em várias praias ao longo da costa portuguesa. Paralelamente, a EDP patrocina a realização de campeonatos de dimensão internacional como o Cascais Women’s Pro, o Cascais Billabong Pro, e Moche e Rip Curl Pro Portugal. Patrocina ainda o EDP Mar Sem Fim, um projecto pioneiro de descoberta de ondas grandes, desconhecidas e inexploradas em Portugal. “A iniciativa identifica locais com potencial para grandes ondas, promovendo a divulgação dos mesmos como um destino turístico de excelência para o surf”, conclui Paulo Campos Costa.
Podem dar exemplos de activações, no contexto deste apoio a modalidades desportivas? A forte adesão às provas de maratona em todo o país levou a uma acção inédita da EDP Comercial que, este ano, ofereceu aos seus clientes mais de 1.300 dorsais para as diferentes provas que a empresa patrocina em Portugal, mas também no nosso país vizinho. Para a EDP, a oferta de dorsais aos clientes é o reforçar da aposta no desporto, como forma de incentivar estilos de vida mais saudáveis e sustentáveis. Também no início do nosso apoio à vela oferecemos 400 velas que a Federação Portuguesa de Vela distribuiu por dezenas de escolas no país, estando a assegurar a sua substituição sempre que necessário. Por que é que as activações são importantes na vossa estratégia de comunicação? São a forma mais imediata de a empresa se relacionar com os seus clientes. Estamos atentos às tendências e preferências do nosso público e respondemos com grande entusiasmo aos diversos feedbacks que vamos recebendo. Temos orgulho em poder proporcionar momentos de diversão e bem‑estar com os quais a empresa se identifica, mas também em partilhar mensagens relevantes para a sociedade civil, tais como a sensibilização ambiental, a protecção dos oceanos e a cultura e educação.
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REPORTAGEM
LUÍS BETTENCOURT MONIZ | SAS PORTUGAL
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COMO O BIG DATA ESTÁ A MOLDAR O NOSSO FUTURO Não é fácil encontrar uma conferência ou seminário, seja de que área for, onde não haja pelo menos um capítulo dedicado ao big data. Fomos conversar com Luís Bettencourt Moniz, responsável de marketing do SAS Portugal, e perceber melhor o que é o big data, como se pode tirar partido de toda a informação que está acessível a qualquer um de nós, e quais os efeitos que isso tem já nas nossas vidas – e, igualmente importante, nos nossos negócios. Em cada dois anos, nós humanos “duplicamos a informação que geramos”, ou seja, há uma quantidade enorme de informações que estão a ser produzidas em diferentes formatos e suportes. A grande questão é como vamos retirar algum significado de toda essa informação. E por que é que
isso é importante? Porque se conseguirmos “analisar essas informações elas vão ajudar‑nos a tomar decisões”, explica Luís Bettencourt Moniz: onde vamos realizar o nosso próximo evento, quem vamos convidar, onde estão os nossos potenciais patrocinadores, que temas vamos discutir, e por aí fora…
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REPORTAGEM
OS QUATRO VÊS Para compreendermos melhor o conceito do de big data podemos socorrer‑nos dos quatro Vês. Velocidade, essencial na análise de toda a informação disponível; Variedade, uma vez que as informações vêm até nós em diferentes tipos, estruturada e não estruturada, originada de livros, blogues, vídeos, posts, etc.; Volume, que para o bem e para o mal continua a crescer exponencialmente; e finalmente a Veracidade, ou, se quisermos, a qualidade dos dados, uma vez que nem todas as fontes são fidedignas. DESAFIOS MACRO E MICRO “Há dois desafios, o primeiro a um nível macro, ao nível da estratégia”, explica Luís Bettencourt Moniz. Trata‑se de perceber em determinadas áreas quais são “aquelas que têm maior probabilidade de minimizar qualquer risco” e aumentar o índice de atractividade. Podemos por exemplo analisar a evolução do número de participantes em congressos, cruzar isso com os locais em que cada um deles se realizou, e perceber as tendências; quais são as áreas de conhecimento que despertam mais atenção, em que países ou cidades há um número maior de participantes? “Isso permite‑nos até construir modelos para antecipar cenários futuros”. Outra vertente, mais micro, tem que ver com cada congresso, e com os participantes. Quem são, de onde vêm, qual a probabilidade de voltarem, a que sessões assistiram, quem ouviram? Os conteúdos que estou a disponibilizar estão adequados à minha audiência? Do que é que o meu público‑alvo está a falar neste momento nas redes sociais? “E isso é algo que podemos integrar no próprio evento. Em última instância, poderíamos ter uma agenda individualizada. Se tiver uma oferta variada posso corresponder a diferentes interesses e necessidades”, afiança o responsável do SAS.
abertura de espírito, questionar, colocar hipóteses e validá‑las”. Fazer uma audição das redes sociais, seguir meia dúzia de hashtags, de temas, de palavras‑chave… só isso já é um primeiro passo fundamental. “Se depois disso precisarmos de construir modelos, as coisas tornam‑se mais complexas”, e aí já é necessário encontrar alguém mais qualificado. DECIDIR MELHOR Luís Bettencourt Moniz defende que cada vez mais as decisões devem ser baseadas em factos e não apenas em emoções. “Não devemos ser máquinas”, mas se os factos nos mostrarem um retrato fiel da realidade “podemos decidir melhor”. O responsável do SAS recorda, a propósito, uma experiência relativamente recente, quando participou no Portugal Tourism Challenges, organizado pelo Fórum Turismo 2.1. “Todos os intervenientes, todos os actores estão sensíveis para estas questões. Basta pensarmos numa rede hoteleira. Se não souber o que pensam os seus clientes ‑ incluindo os potenciais ‑, se não os ouvir, se não souber o que estão a dizer sobre eles nas redes sociais, não estão a fazer o seu trabalho”. Assim, o primeiro passo é questionar as coisas, perceber o que está a acontecer, e porquê. Olhar para o mercado, ver, observar, “isso é ter uma atitude analítica”. E, claro, distinguir o que é relevante para as nossas tomadas de decisão. Em jeito de remate, Luís Bettencourt Moniz deixa duas ideias‑chave. Por um lado, esta de que praticamente toda a informação de que precisa, fora da sua organização, é pública, está disponível. Por outro, lembre‑se de que a informação é justamente aquilo que lhe permite, face ao mercado, ser diferenciador.
FALTA CAPACIDADE ANALÍTICA
SOBRE O SAS
“A maior lacuna está nas pessoas”, garante Luís Bettencourt Moniz. “Faltam‑nos pessoas com capacidades analíticas. E os alunos que saem das universidades preparados para o fazer são escassos. É por isso que uma das profissões com maior procura, num futuro próximo, são os data scientists, ou analistas de dados”. Assim, no entender deste especialista, o mais importante para uma organização é dispor de alguém que tenha curiosidade pelas informações, e que seja capaz de questionar: ter mente aberta e perguntar por que é que isto está a acontecer. “Vamos sempre descobrir coisas novas, mas para isso temos que manter a
Essencialmente, esta empresa de origem norte‑americana extrai informação de grandes volumes de dados. Transforma depois essa informação em conhecimento, de modo a apoiar a decisão de gestores, isto em áreas que vão do marketing à gestão do risco e à fraude. O SAS nasceu em 1976 na Universidade da Carolina do Norte, como um projecto para analisar os dados recolhidos na investigação agrícola. Actualmente emprega mais de 13.000 pessoas em todo o mundo e tem clientes espalhados por 140 países.
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© SEVERIN SADJINA UM DOS CENÁRIOS DE O SENHOR DOS ANÉIS
“‑ I HEAR THIS IS YOUR FIRST VISIT TO PARIS. ‑ NOT IF YOU INCLUDE MOVIES.”* * In 6ª temporada do Sexo e a Cidade
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O Duone Castle fica situado a oeste de Stirling, no centro da Escócia, mas é hoje provavelmente mais conhecido por Winterfell, o castelo da Casa Stark, na Guerra dos Tronos. Mas não só. Este castelo do século XIII já figurou no mítico Monty Python and The Holy Grail ou no filme Ivanhoe com a musa Elizabeth Taylor. Voltemos à Guerra dos Tronos. A produção escolheu Sevilha para representar o reino de Dorne durante as gravações da quinta temporada e o TripAdvisor examinou o número de visitas feitas por internautas de todo o mundo que pesquisaram alojamento junto dos locais das filmagens da série. Este “destination placement” traduz‑se em números, “Comparando os dados de Maio de 2013 e Maio de 2015, em seis localidades viu‑se um grande crescimento de interesse por parte dos viajantes”, afirma Blanca Zayas, porta‑voz do TripAdvisor e acrescenta que “este tipo de estudos demonstra a rapidez com que as séries podem causar impacto no turismo em destinos concretos. Osuna (província de Sevilha) é o exemplo mais recente que tem beneficiado da gravação da famosa série. Detectar tendências como esta pode ser vantajoso para os proprietários de hostels e hotéis”. A Guerra dos Tronos fez disparar o interesse pela capital da Andaluzia. As pesquisas cresceram 107%, segundo o Skyscanner, desde a estreia da quinta temporada da série, e o número de visitantes que passaram por Osuna cresceu 15% em Agosto e 30% em Setembro, em comparação com os mesmos meses do ano anterior. Andro Vlahusic, presidente da Câmara da cidade de Dubrovnik (Croácia), que também recebeu a Guerra dos Tronos, afirmou que “o turismo na cidade cresceu cerca de 15%, desde o início das filmagens, e espero que a série faça por Dubrovnik o que o filme Lord of the Rings fez pela Nova Zelândia”, lê‑se na Bloomberg. E que dizer, de facto, da Nova Zelândia? Tem sido fonte de inspiração para muitos realizadores com as suas paisagens de cortar a respiração. E com mais propriedade para Peter Jackson, realizador das trilogias Senhor dos Anéis e Hobbit, já que é um dos filhos mais queridos daquele país. Há empresas de turismo neozelandesas que planeiam roteiros inspirados no filme Hobbit. Estes roteiros podem ser longos, já que os locais usados para as filmagens foram mais de uma centena e, por vezes, muito distantes uns dos outros. Alguns destes roteiros
podem ser vistos em: www.hobbitontours.com. Outra das maiores sagas de sucesso da história do cinema é sem dúvida A Guerra das Estrelas. O primeiro filme foi gravado em 1977 e o último (sétimo) tem a aguardada estreia marcada para 18 de Dezembro deste ano. Em Tatooine, na Tunísia, é possível ver alguns dos cenários que foram montados há quase 40 anos para o filme. A saga onde aparece Darth Vader, Luke Skywalker,
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Segundo uma notícia do Daily Telegraph, um em cada dez turistas visitam a Grã‑Bretanha porque se apaixonaram por um local contemplado num filme. Os filmes de Harry Potter atraem, por exemplo, muitos turistas muggles (pessoas não feiticeiras) ao país. Basta fazer uma pequena pesquisa na Internet e encontramos tours, dicas, informação para viver Londres pela varinha do simpático feiticeiro. Orgulho e Preconceito usou o Netherfield Park para algumas cenas. Resultado: o local viu o número de turistas aumentar 76%, segundo informação do Visit Britain. Entre os casos mais famosos incluem‑se também o filme Música no Coração que continua a levar milhares ao Tirol. E há mesmo quem faça roteiros de Paris ou Roma seguindo as pistas de O Código Da Vinci e Anjos e Demónios.
© VÉRONIQUE DEBORD‑LAZARO A GUERRA DAS ESTRELAS
Chewbacca, e o mítico Yoda será sempre conhecida não só pelos efeitos especiais, robôs, ou pelo som inconfundível dos sabres de luz, mas também pelos cenários “de outros planetas” que vão para sempre povoar o nosso imaginário. Um imaginário onde cabe o castelo de Highclere, ou melhor, Downton Abbey. O espaço, ocupado na ficção pela família de Lord Grantham, pode ser alugado para eventos corporativos, casamentos e outras festas.
MEIO MILHÃO DE EUROS ANUAIS PARA CONSERVAR PATRIMÓNIO Na cidade onde foi gravado o filme O Grande Hotel Budapeste, em Görlitz, na Alemanha, segundo a Euronews, a câmara local recebe todos os anos meio milhão de euros de um doador anónimo que deposita a quantia na conta bancária do município. A pessoa
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CENA DE A GUERRA DAS ESTRELAS
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© ANTONY ***
© DAVE APPLEBY
CASTELO DE HIGHCLERE
CASTELO DE DUONE
é desconhecida, mas a intenção é bem explícita, “conservar e restaurar o património histórico do centro da cidade, para prazer dos habitantes, turistas e realizadores como Wes Anderson”. E EM PORTUGAL? O Estoril está intimamente ligado à figura de James Bond. A personagem terá sido criada por Ian Fleming quando estava hospedado no hotel Palácio Estoril, em plena II Guerra Mundial. E por isso não espanta que um filme do mais famoso espião do cinema tenha sido rodado em Portugal. Trata‑se de 007 – Ao Serviço de Sua Majestade. Além do Estoril, também o Ribatejo e a Serra da Arrábida são cenários do filme de 1969. Filme que não
contou com o eterno Bond, Sean Connery, que esteve em Portugal mas para filmar A Casa da Rússia. Desta vez foi Lisboa a paisagem escolhida para a adaptação do livro de John Le Carré. Mais a sul, Sintra foi o cenário do filme A Nona Porta, de Roman Polanski, que trouxe até ao nosso país um dos melhores actores da actualidade, Johnny Depp. As filmagens decorreram no centro de Sintra, na Estrada da Pena, e no Chalet Biester. Algumas das mais brilhantes estrelas do cinema estiveram em Portugal para as gravações de A Casa dos Espíritos. Falamos de Meryl Streep, Jeremy Irons, Glenn Close, Antonio Banderas ou Vanessa Redgrave. As filmagens tiveram lugar no Alentejo. Simão Sá, com Cláudia Coutinho de Sousa
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© RAGING WIRE
O SUSHI VEIO PARA FICAR MAS CONVÉM ESCOLHER UM BOM FORNECEDOR É cada vez mais comum nos eventos a opção pelo sushi. O número de fãs da cozinha japonesa aumenta de dia para dia e os eventos procuram responder a essa tendência. Mas, como em todo o tipo de comida, há riscos, e com o sushi em particular o melhor mesmo é escolher um bom fornecedor. Saiba porquê. O consumo do sushi democratizou‑se e entrou definitivamente na dieta de muitos portugueses. Hoje é também uma opção a ter em conta num evento. Embora não possa ser servido a toda a gente, é um complemento em termos de catering cada vez mais
apreciado. A Everything About Sushi tem a vertente de catering para eventos que funciona de duas formas distintas, por um lado o live cooking, com a presença no evento dos sushimen, e por outro um serviço de entrega com empratamento, fazendo o sushi parte
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da mesa de buffet inicial. “Privilegiamos sempre a primeira opção pois o sushi deve ser consumido logo após a confecção”, explica à Event Point Gonçalo Fonseca, CEO desta empresa criada em 2012. A procura por parte do sector dos eventos é cada vez maior. Isso explica‑se não só pelo cada vez maior interesse por essa comida, e pelo aumento do consumo, mas também pelo facto “de ser uma cozinha pouco exigente do ponto de vista logístico, o que facilita a adaptação a vários tipos de local e formatos de eventos”, conta Gonçalo Fonseca. No caso da Everything About Sushi é crescente a participação em eventos corporate, mas em termos de percentagem o catering apenas representa 8% da facturação total, dizem os números de 2014. As outras áreas de negócio da empresa são a formação e os restaurantes. A liderança técnica está ao cuidado do reconhecido chef Paulo Morais, que conta com mais de 20 anos de experiência na cozinha asiática. No entanto a empresa quer investir mais nesta área. “Até há algum tempo a dificuldade que tínhamos colocava‑se ao nível da disponibilidade de recursos humanos especializados. O crescimento da estrutura, no Porto e em Lisboa, permite‑nos hoje ter uma capacidade de resposta maior. Sentimos que a experiência acumulada e o grau de satisfação que os clientes nos transmitem são factores fundamentais para que assumamos um investimento maior na promoção desta nossa área de negócio”, sublinha o responsável. Gonçalo Fonseca acredita que o sushi veio para ficar. “O sushi surgiu para um nicho, virou moda e agora democratizou‑se e consolidou‑se. Ainda assim, continua a existir uma fatia considerável da população que ainda não aderiu ou sequer provou. E este é um dado óptimo pois assegura o potencial de crescimento do sector”, refere. E acrescenta, “Vale a pena dizer que, mesmo existindo (porque existe) muita oferta de má qualidade, baseada no preço baixo e necessariamente pouca qualidade, Portugal é dos países europeus onde o sushi é mais bem tratado, até porque tem um dos seus principais ingredientes com excelente qualidade e diversidade – o peixe”.
VANTAGENS E RISCOS DO SUSHI Quem consome sushi beneficia naturalmente de alimentos como o salmão e o atum, ricos em ómega 3, o tal que nos ajuda por exemplo a controlar o colesterol “mau”. As algas são outro dos ingredientes associados a uma “alimentação saudável”. Mas quisemos ir além desta percepção, e fomos escutar Paula Teixeira, investigadora do Centro de Biotecnologia e Química Fina (CBQF),
um laboratório criado pela Escola Superior de Biotecnologia, que por sua vez integra o núcleo do Porto da Universidade Católica. “Quando estamos a lidar com peixe cru, a primeira preocupação é com os parasitas, que só a congelação pode matar – daí ser importante que se faça. A excepção são as bactérias, porque essas são resistentes à congelação”. Um outro aspecto relevante, quando se fala de peixes – seja para sushi ou não –, é a possibilidade de estarem contaminados por metais pesados, como o mercúrio, sendo por isso importante controlar a origem desse peixe, “saber em que águas foi pescado”, explica Paula Teixeira. No caso de o sushi ser servido por um catering, o desafio maior, e dos mais complexos, é o controlo absoluto da cadeia de frio, no armazenamento, no transporte, na preparação, e até no momento em que os alimentos são expostos, antes de serem consumidos – se aquele sushi já está ali há bastante tempo, talvez seja melhor passar... No caso dos caterings existe um risco acrescido que é o das contaminações cruzadas, quando o ambiente pode contaminar os alimentos, e vice‑versa. Sem querer ser alarmista, Paula Teixeira aconselha a escolha rigorosa dos fornecedores como um factor de diminuição dos riscos – sem esquecer nunca a manutenção da cadeia de frio, claro. A investigadora do CBQF suscita ainda outras questões. Por um lado, o de haver grupos de risco, no que ao sushi diz respeito, entre eles as grávidas e as crianças, que deveriam abster‑se por completo de o ingerir, apenas porque as consequências, em ambos os casos, podem ser bem mais sérias do que para qualquer outra pessoa. Depois, e pensando na colagem do sushi ao rótulo de “alimentação saudável”, Paula Teixeira lembra que nem sempre o que encontramos é o produto original, idêntico ao ditado pelo cânone japonês, de onde o sushi é oriundo ‑ e onde se concentram uma série de conhecimentos empíricos que ajudam a controlar determinados riscos inerentes à preparação de sushi, “Os nossos antepassados também sabiam que não podiam matar o porco, preparar os enchidos, numa altura de muito calor...”. Seguindo um outro rumo de pensamento, a investigadora lembra‑se de “ter encontrado em Portugal sushi com vários elementos fritos e com molhos, que não serão assim tão saudáveis. O mesmo se aplica ao wasabi [tempero habitualmente servido com o sushi, feito a partir de raiz‑forte] que, por ser caro e de difícil conservação, é muitas vezes substituído por uma pasta de wasabi” onde entram a variante europeia da raiz‑forte, mostarda, corantes e aditivos para a aproximar do sabor original. Para os apreciadores, o sushi continuará com certeza a proporcionar excelentes refeições. Mas, como vimos, impõe‑se um esclarecimento quanto aos riscos que lhe estão associados, para que esteja mais bem informado ao tomar decisões, e não veja colado ao seu evento o rótulo, “Estragado!”.
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LUÍS BRITO | DIRECTOR EXECUTIVO DA DESAFIO GLOBAL ATIVISM
UNFORGETTABLE EVENTS Hoje um evento corporativo é uma oportunidade única que uma empresa tem para estar com os seus colaboradores / parceiros / clientes. Seja porque os colaboradores estão diariamente focados no seu trabalho ou porque cada vez mais empresas têm colaboradores em regime de teletrabalho, a verdade é que o evento é cada vez mais um momento precioso de partilha de valores, de objectivos, de missão. Vivemos numa era em que todos estamos controlados numa zona
de conforto. Quando tiramos uma pessoa da sua zona de conforto, esta vai ficar mais alerta, o que nos permite fazer uma gestão de expectativas, uma vez que estão mais disponíveis e abertas para receber e reter mensagens. Um evento é uma oportunidade de tirar as pessoas da sua zona de conforto. Este momento tem que e deve ser visto como um investimento
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e não como um custo, podendo ser capitalizado por vários meses (mesmo que o evento seja só de um dia). Para isso, tudo deve ser dimensionado ao milésimo de segundo! Não deve ser visto como uma simples gestão de logística que se torna numa ferramenta, mas sim num conjunto de momentos. E para que isso aconteça a empresa deverá avaliar os seguintes itens:
1- Definir qual a mensagem, qual o objectivo 2- Definir a data 3- Definir quantas pessoas 4- Definir o target ( departamento(s) / idades / género / casais ou singles / classe social) 5- Definir o budget 6- Definir a zona 7- Definir agenda / estrutura 8- Outros (particularidades) Depois destes itens definidos, a agência terá condições para avançar com uma proposta. Sendo a primeira fase a definição de um conceito e key visual que representa o evento em questão. É este princípio a base de tudo. A escolha do local e da agenda são o esqueleto que representam a segunda fase. Numa terceira fase a gestão dos momentos (flow) é fundamental, e cada slot de tempo importante para veicular a mensagem. (Pré-Evento) com teasers que alimentam a expectativa e criam buzz e interacção entre os participantes. As ferramentas são infinitas! E-mails, convites físicos, activações nas instalações, dinâmicas que desencadeiam interacção entre os convidados, social media, animações, personalização de mensagens, ofertas, brindes, concursos, surpresas, etc. Todas estas ferramentas deverão estar relacionadas com a mensagem do evento e ter um link com o evento. Deverão ser efectuadas estruturadamente numa sequência lógica. Tudo está interligado com se de um puzzle se tratasse. (Evento) é o momento em que tudo “acontece”! Todos os timings são importantes. A recepção, os quartos, as refeições (se o bife tem um molho azul), um colaborador falso, uma surpresa no quarto, a música, os horários (ex: uma música às 20h00 tem um efeito emocional que não terá às 20h05), as luzes, a imagem, a decoração, a animação, as cores. Toda a coordenação destes elementos deverá ser dimensionada com
lógica e num crescendo. A gestão de toda a informação deve ser doseada e não revelada inicialmente! O staff representa o elemento equilibrador de um evento. São eles que vão gerir as emoções, as expectativas, os momentos, as angústias, os medos. Tudo é um conjunto de várias peças que deve funcionar harmoniosamente e milimetricamente para que resultem no momento certo e passem a mensagem certa. (Pós Evento) nesta fase rentabilizamos tudo o que aconteceu. E relembramos. Porque “recordar é viver”. Tudo pode ser razão para capitalizar. E-mails, fotos, vídeos, activações nos escritórios, comunicações, social media, fotos de grupo, materiais construídos pelo grupo, decoração dos escritórios, etc. Um evento não é nem mais nem menos do que um “filme”, através de um argumento em que os convidados serão os protagonistas. Todo este processo resulta de uma simbiose “perfeita” entre cliente/marca e agência. O cliente deverá entrar no processo de partilha de informação com a agência e vice-versa. O processo deve ser empático e emotivo entre ambas as partes.
Não devemos fazer eventos, mas sim gestão de momentos para gerar emoções!
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DOSSIÊ TEMÁTICO
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O QUE MUDOU NOS EVENTOS DE NATAL? O sol ainda brilha, os dias continuam compridos, e já estamos a falar do Natal. A verdade é que os eventos de Natal são uma espécie de barómetro para o nosso sector. A crise actual forçou muitas empresas a cortar o investimento neste evento tradicional, mas a situação já terá sido ultrapassada? Fomos tentar perceber o que aconteceu nos últimos anos aos eventos de Natal, e nada melhor do que ouvir três fornecedores: um catering, um espaço e um organizador. WWW.EVENTPOINT.COM.PT
DOSSIÊ TEMÁTICO
REFORÇAR O ESPÍRITO DE GRUPO No pico da crise as empresas de uma maneira geral cortaram nos eventos de Natal. “Puseram um travão a fundo, reduziram quase a zero”, diz Artur Junqueira, director da Ibersol. Numa altura de despedimentos, reestruturações, as festas, e sobretudo as extravagâncias não caíam bem. “Mesmo as [empresas] que tinham dinheiro sentiam‑se mal em gastar”, revela. Jorge Vinha da Silva também relata um desinvestimento por parte das marcas nestes eventos, mas partilha aquela que foi a estratégia do Meo Arena para fazer face à situação. “Por exemplo, nos espaços mais pequenos desenvolvemos produtos standard que se podem replicar para quem tem menos capacidade de investir”. Face às circunstâncias o Meo Arena procura preparar a época de Natal com muita antecedência. “A estratégia comercial passa por manter os clientes que já fizeram eventos no passado e tentar encontrar novos conceitos, novas ideias que tragam novos clientes”, explica o director. Paulo Magalhães, da PMP Eventos, admite que houve cortes de orçamento, e na dimensão dos eventos, mas que não houve desinvestimento na emoção. “A festa de Natal é mais emocional do que técnica, é uma altura de reunir a família da empresa e de abrir portas à própria família dos colaboradores”, explica o responsável. Paulo Magalhães acredita que as empresas continuam a colocar muita energia neste evento. “Não há dinheiro para contratar este artista, contrata‑se outro, ou cantam os próprios colaboradores”, remata Magalhães. Nada será como dantes. Passado o pico da crise, as iniciativas acontecem, mas não com a mesma dimensão. “As empresas são mais espartanas no evento de Natal”, refere Artur Junqueira, da Ibersol, que dá ainda conta de que, para o Natal deste ano, já têm alguns eventos confirmados. “Ainda é cedo no entanto. Os pedidos aparecem mais em cima da hora”, diz. Também a taxa de ocupação do Meo Arena está já “interessante” para a altura do Natal. “Dezembro está praticamente cheio, já não temos fins‑de‑semana disponíveis”, avisa Jorge Vinha da Silva. No Pavilhão de Portugal, como são espaços mais pequenos, as reservas acontecem mais perto da data. O director da PMP Eventos diz mesmo que não são só os eventos de Natal que se decidem em cima da hora, são todos os eventos de forma geral. Para este ano, a empresa criou um espectáculo de Natal, com Vanda Stuart, que vai estar em breve numa sala lisboeta e que pode ser replicado em eventos. Além disso, responde a vários pedidos do norte a sul do país.
A impressão é de que, hoje em dia, os eventos de Natal não são apenas uma celebração da data. São também oportunidades para reforçar o espírito de grupo e alinhar estratégias. “As empresas aproveitam para fazer algum team‑building, uma reunião anual”, conta Artur Junqueira, garantindo que estes eventos não são muito complexos, do ponto de vista de uma empresa de catering, A decoração é ligada ao Natal, bem como a comida, e muitas vezes é pedido um “bar aberto”. Jorge Vinha da Silva diz que os conceitos tradicionais de festa têm vindo a mudar e que estes eventos são hoje mais uma oportunidade “para ter um momento empresarial, para recolher opiniões, medir o pulso, aliado, claro, à celebração”. E são cada vez mais inovadores, apesar das dificuldades. Para inovar é necessário o envolvimento de todos os stakeholders do evento, incluindo o espaço. “Podemos reformatar o espaço, dar‑lhe um novo uso, para que ano após ano, os eventos sejam algo de novo e diferenciador”. Paulo Magalhães é de opinião de que o evento também é uma oportunidade para as empresas falarem de si, mas sobretudo um momento de confraternização entre líderes, chefias, equipas e famílias. “Temos que mexer com as emoções das pessoas”, alerta, e isso passa por tentar inovar nestes eventos. “Não podemos ser repetitivos e temos de perceber bem o ADN da empresa que nos passa o briefing”, refere. A tecnologia pode ser uma ferramenta interessante para alcançar esta inovação. “A tecnologia traz tantas coisas diferentes, os audiovisuais são cada vez mais impactantes. Não podemos apenas colocar umas mães natais a dar uns presentes no evento”. Desafiámos Paulo Magalhães a dizer‑nos qual a sua inspiração para este Natal e a resposta foi: “solidariedade”, confidenciando que muitos dos briefings que têm recebido este ano tocam no tema. “O desafio é criar conteúdos interessantes, mas sem serem lamechas”.
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RUI BORGES | CEO DA GRANDVISION PORTUGAL
MULTIOPTICAS: O INVESTIMENTO EM EVENTOS AUMENTA ANO APÓS ANO Não se pode falar do sector da óptica em Portugal sem se falar da MultiOpticas. A marca está há 27 anos no país e goza de grande notoriedade junto do público. Os eventos fazem parte da estratégia de comunicação e marketing da marca. Rui Borges, CEO da GrandVision Portugal, grupo que detém a MultiOpticas, destaca alguns dos eventos mais marcantes na história da marca: “A realização em Cascais e Sintra do Management Event em Setembro de 2011, com a participação pela primeira vez de todas as unidades de negócio presentes em todo o mundo; a festa do nosso 25º aniversário da presença da nossa marca 'flagship' – a MultiOpticas – em Portugal, em Maio de 2013, realizada em Lisboa; as nossas Feiras Internacionais de Produtos Exclusivos de 2015 em Lisboa (Março e Setembro), com presença de centenas de representantes de todas as nossas unidades de negócio (43 países
em que o grupo opera)”. A marca está presente ainda em eventos do sector em que se insere e do mundo académico. Além dos eventos próprios e internos, a marca participa em iniciativas dirigidas ao público em geral. “Apostamos fortemente na interacção directa com os consumidores, marcando presença activa em festivais de verão como o Rock in Rio e o Nos Alive, em todas as edições”, explica Rui Borges. O responsável destaca ainda a participação em eventos mais regionais. “A filosofia e cultura da MultiOpticas também é baseada na máxima ‘think global act local’: realizar acções de carácter local de forma a fortalecer a notoriedade da nossa marca e estabelecer uma
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DOSSIÊ MARCAS
TRÊS PERGUNTAS A RUI BORGES
ligação à nossa rede de 182 lojas que temos por todo o país (continente e ilhas)”. São exemplos destas acções a Fatacil, em Lagoa, a Semana do Bebé, em Olhão ou o Stock Fashion & Market em Cascais. Destaque ainda para as iniciativas de responsabilidade corporativa social. “Mantemos protocolos com diversas instituições, como a Helpo e a Cáritas Portuguesa, através das quais temos a oportunidade de criar acções junto destas famílias, proporcionando uma melhoria de qualidade de vida e, ao mesmo tempo, ajudar a missão diária destas organizações”, explica Rui Borges. Os eventos têm um peso “significativo” na política de comunicação e marketing da MultiOpticas, e tem vindo “a aumentar tendencialmente”. “O investimento e recursos dedicados à participação activa na área de eventos são bastante expressivos”, partilha o CEO. A área de eventos é da responsabilidade do departamento de Marketing da empresa, que assume igualmente a comunicação institucional e de marca. O departamento de Recursos Humanos e o Comercial têm também um papel importante. “Faz sentido pautar o nosso alinhamento desta forma, uma vez que um dos factores mais importantes e que causam mais impacto nos eventos que proporcionamos aos nossos consumidores é a experimentação e o lançamento de novos produtos, uma ferramenta essencial para o departamento de Marketing, que não só se torna mais próximo do cliente, como exponencia a capacidade de adequação da oferta”. Quando decide organizar um evento a MultiOpticas procura parceiros e fornecedores que agreguem valor à marca. “A selecção do fornecedor é feita com base em duas componentes: a criativa e a financeira. Aspiramos conseguir atingir os nossos objectivos sempre dentro dos orçamentos previstos e valorizando propostas inovadoras e criativas que surpreendam os consumidores e o público em geral”.
Que valores da marca procuram comunicar com os vossos eventos? A MultiOpticas é marca líder de mercado e tem um elevado nível de reconhecimento e notoriedade. Foi nomeada pelo terceiro ano consecutivo como ‘Marca de Confiança’ e ‘Escolha de Consumidor’. Procuramos sempre transmitir os valores: confiança, saúde, profissionalismo e ética. Quando se trata de eventos lúdicos, naturalmente que é o lado fun, cool e trendy da MultiOpticas que está em maior destaque, como por exemplo a Tour PRG com os Manos Guedes ou a Tour com Diana Chaves. E como estamos sempre atentos às ultimas tendências de moda, lifestyle e em particular em eyewear, temos vindo a marcar presença nos últimos três anos no Vogue Fashion Night Out de Lisboa. Os eventos são, para vocês, uma ferramenta interessante de comunicação porque....? Porque nos ajuda a criar uma relação próxima e experiencial com os nossos clientes. Queremos ouvi‑los, estar atentos às suas expectativas e antecipar sempre a melhor oferta de produtos ópticos, sobretudo na relação qualidade/preço/serviço. Por outro lado, pretendemos proporcionar momentos de diversão, oferecendo experiências memoráveis aliadas aos objectivos da marca. Os eventos trazem‑nos a capacidade de interagir com os consumidores tanto de forma directa como indirecta e, assim, aumentar o engagement com a marca. Como é que a marca vê o sector dos eventos em Portugal, no que diz respeito à qualidade e alternativa de fornecedores? A produção de eventos em Portugal tem vindo a aumentar, quer em termos de número, como em diversidade e qualidade. É um sector que demonstra uma evolução bastante positiva e que deixa um desafio para o futuro: fazer mais e melhor! Essa prerrogativa já é uma preocupação das marcas, que já perceberam a importância de estarem presentes em eventos que, de alguma forma, estão em sintonia com os valores da marca e o target pretendido para determinado produto ou serviço e que gerem envolvimento e experiências positivas.
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JEFF HURT:
“NINGUÉM SE INSCREVE NO SEU PRÓXIMO EVENTO PORQUE A SALA ESTAVA ORGANIZADA” Jeff Hurt integra a consultora americana Velvet Chainsaw. É um dos oradores mais solicitados da indústria e tirou uns minutos da agenda ocupada para partilhar com a Event Point as suas visões sobre o sector da meetings industry. Falou‑se de inovação em eventos, dos novos formatos, do papel dos oradores, de tecnologia. 44
Que tipo de qualidades e competências sociais deve ter um organizador de eventos? Para trazer valor acrescentado aos clientes e empregadores, os profissionais de eventos precisam de ter pensamento estratégico e inteligência emocional. Tratam‑se de competências muitas vezes rotuladas de “soft skills” e são realmente difíceis. A única maneira de um profissional de eventos avançar é estar focado na estratégia, fazendo algo diferente dos seus concorrentes e não a mesma coisa que os seus concorrentes fazem melhor. Quais são, na sua opinião, os principais desafios na organização de uma conferência ou de um evento? Provavelmente o maior desafio é dar um passo atrás e compreender verdadeiramente a missão da organização e o propósito do evento. O grande desafio seguinte é identificar, compreender e orientar o público correcto para o evento. Demasiados profissionais de eventos querem ser tudo para todas as pessoas. Acha que os organizadores se preocupam demasiado com a logística? E menos com os conteúdos? Acho que os profissionais de eventos encontram segurança e conforto na logística, porque isso é o que sabemos fazer bem.
Mas ninguém se inscreve no seu próximo evento porque o registo correu de modo suave ou porque a sala estava organizada. Voltarão a um evento seu por causa da experiência criada. Os profissionais de eventos precisam de se entender como artistas, sendo a conferência a sua tela em branco. Depois pensar sobre a narrativa que pretendem criar naquele evento e projectá‑la em conformidade. O conteúdo vem a seguir e deve atender às necessidades do mercado‑alvo. Um grande desafio é garantir oradores que entendam que o público precisa de descobrir o que aquele conteúdo significa para ele e de se concentrar em aprender. O foco não deve estar na entrega de informação, mas no que é pedido. É aí que os resultados reais de negócio residem. A indústria fala muito sobre a necessidade de novos formatos de eventos. Mas estará a fazer o suficiente para mudar as conferências tradicionais? Na verdade, não. Muitos na indústria não estão dispostos a sair da sua zona de conforto e desenhar diferentes formatos que se concentrem em experiências transformadoras. Voltamo‑nos para o que sempre fizemos. Achamos que mudar a disposição da sala cria um formato diferente e isso não é assim.
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GRANDE ENTREVISTA
Sobre os oradores... É mais importante o que se diz ou a forma como se diz? Ambas as coisas. O mais importante é que o evento deve ser focado no participante que paga e nas suas necessidades. Precisamos de nos afastar do modelo centrado no orador e centrarmo‑nos mais no público e no aprendiz. Usar o humor, sim ou não? Sem dúvida, usar o humor. Mas usar o humor autêntico, não piadas enlatadas. É uma óptima maneira de derrubar obstáculos e construir confiança. Como acabar com o silêncio ensurdecedor da audiência quando instada a fazer perguntas? Em primeiro lugar, o silêncio é amigo do orador. Quanto mais ele esperar em silêncio, mais desconfortável para o público se torna e, eventualmente, alguém levanta a mão e diz: "Ok, eu vou falar." Outra coisa é que não se pretende impor interacção forçada ao público. Pretende‑se, isso sim, facilitar‑lhes o processo desde o início da apresentação. Eu uso um acordo apresentador‑audiência que dá aos participantes a possibilidade de se desligarem, de usar um livre‑passe e não participar se estiverem desconfortáveis ou não o quiserem fazer. Um simples polegar para cima ou para baixo para obter feedback. Então, mudo para outra actividade segura, e assim por diante, para que o público comece a confiar em mim e a partilhar os seus pensamentos, ideias e questões. Outro tema importante numa conferência é o networking. Como podem os organizadores facilitá‑lo e potenciá‑lo? Pode dar‑nos alguma dica? Nós confundimos o termo networking com “speed dating” ou distribuir cartões de visita. Isso não é networking. Precisamos de criar uma atmosfera de hospitalidade radical à qual os participantes acedam para fazer amizade com experiências, encontrar a sua tribo, partilhar ideias, em vez de um cumprimento de mão. Dar dicas aos organizadores de eventos sem que eles compreendam verdadeiramente o que é o networking derrota a finalidade. Acho que os profissionais de eventos precisam realmente de entender o que é a connexity [comunidade e conexões] e como criar experiências que a fomentem. Como vê os eventos híbridos? Planear e executar eventos híbridos exige um novo conjunto de competências. Muitos organizadores de eventos pensam que basta contratar uma equipa de filmagem, ter uma empresa de eventos virtual online e depois transmitir o evento. Isso é como
ver tinta a secar. É algo que exige pensar sobre o planeamento de duas experiências diferentes – uma para o frente‑a‑frente e outra para o público remoto. Façamo‑lo bem ou não o façamos de todo. Como entende o uso de tecnologia numa conferência? Será que ajuda a comunicação e o envolvimento ou é um obstáculo? Muitas vezes vemos a tecnologia como uma panaceia para criar envolvimento numa conferência. Não se trata da solução para tudo. É apenas uma ferramenta. Se a ferramenta não é amiga do utilizador e fácil de usar na conferência, esqueça. Recorra à escola tradicional. Não fique obcecado pelo brilho tecnológico. Cláudia Coutinho de Sousa
SETE PERGUNTAS A JEFF HURT Cidade favorita para viver? Austin, Texas. Destino favorito para um evento? Seattle ou Las Vegas. 45
Que orador o cola ao seu lugar? Já contratei e assegurei vários oradores. Seis que me vêm ao pensamento são Mike Robbins, Amanda Gore, Sarah Michel, Kelly McDonald, Alison Levine e Jim Jacobus. Todos têm na interacção com o público um recurso essencial. Qual é a primeira palavra que lhe ocorre quando pensa em Portugal? Exótico e convidativo. Se pudesse conhecer qualquer personalidade, quem gostaria de conhecer? Madelyn Albright ou Oprah. Facebook ou Twitter? Ambos. Que conselho daria a oradores principiantes? Sinta‑se confortável na sua própria pele. Seja autêntico. Não se preocupe em cobrir todo o conteúdo. Em vez disso, foque‑se em ajudar o seu público a descobrir os três grandes pontos que pretende que eles se lembrem, o que significam para eles e como os podem aplicar.
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THE BOHO JOURNEY A Parfois, marca de acessórios multinacional de origem portuguesa, com presença em 50 países através de mais de 500 lojas, queria fazer o lançamento da nova colecção Primavera‑Verão 2015 em Espanha, um mercado tradicionalmente forte. Este teria que ser mais um momento de activação da marca, quer nas redes sociais, quer junto da imprensa e das bloggers de moda. A Mojobrands foi a agência escolhida para desenvolver o conceito de um evento que respondesse a estes vários desafios. SOLUÇÃO O primeiro passo consistiu em estudar o estilo Boho, que não é mais do que a fusão de várias influências boémias e hippies, que a Parfois escolheu para esta colecção. E daqui nasceram os eixos para o evento: teria que oferecer uma experiência interessante e reportar‑se à ideia de viagem, de jornada. Apesar de colocar os produtos no centro das atenções, era importante que tivesse uma narrativa que conquistasse a audiência. Daí que a Mojobrands tenha criado primeiro um ambiente e só depois uma mecânica para acolher os convidados. A começar pelo venue utilizado, pouco convencional, bem no coração da capital espanhola, a casa de um arquitecto que
habitualmente a aluga apenas para sessões fotográficas ou filmagens, e não para eventos. O espaço foi decorado de maneira a criar um contraste entre as paredes em tijolo, os tectos altos e o chão coberto de relva, com diversos elementos inspirados em Marrocos e na Índia. A partir daqui o mais importante era entreter e mimar os participantes, fazendo uma apresentação exclusiva dos novos produtos da Parfois. Cada detalhe era de inspiração Boho, desde o modo como as hospedeiras e os motoristas estavam vestidos, as carrinhas pão‑de‑forma da Volkswagen, o restaurante usado para o almoço e até o hotel onde os convidados ficaram alojados.
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CASE‑STUDY
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IMPLEMENTAÇÃO
RESULTADOS
Os jornalistas e bloggers foram recebidos a 4 de Fevereiro [ainda em pleno Inverno, portanto] num ambiente desconstruído, remetendo para uma tenda Berbere, com um lounge exterior e uma sala de estar interior onde os cocktails foram servidos. Os participantes podiam também optar por uma sessão privada com uma cigana que lhes lia a palma da mão. Depois das apresentações de produtos e de tendências as bloggers escolheram os seus acessórios e maquilharam‑se para uma sessão profissional de fotografias com eles. Uma banda folk animou todo este período e o jantar foi servido numa comprida mesa rústica. A seguir, um DJ aqueceu o resto da noite.
O evento teve um impacto considerável nas redes sociais, nomeadamente no Instagram. Nos dias seguintes foram colocados 139 posts, com 133.393 likes, perto de 2.000 comentários seguindo a hashtag #parfoisbohojourney, e mais de 20.000 visualizações no Vimeo. Houve ainda 52.569 likes e 544 comentários em posts partilhados pelas bloggers sobre os cenários, as roupas e os acessórios, mas sem incluir a hashtag do evento. A Parfois reuniu assim num curto espaço de tempo diversos conteúdos que, ao longo do tempo, continuaram a alimentar os vários suportes onde a marca comunica, nomeadamente no Facebook e no Twitter.
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NORMA FRANCO | CONSULTORA EM SUSTENTABILIDADE
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E O FUTURO A “TODOS” PERTENCE… E ESTÁ NAS SUAS, NOSSAS MÃOS! Mas atenção que, deixar “Deus” cair por terra, não é em vão! Os eventos proliferam, e é indiscutível o seu papel no mundo actual. E mesmo na era em que tudo é passível de se executar num mundo virtual1, os eventos não abdicaram do espaço físico. Porque é premente a necessidade de estabelecer o “cara‑a‑cara” num espaço físico, num espaço onde os cinco sentidos se
agucem, despertem. Num espaço onde há espaço para ver, ouvir, sentir, interagir, criar, aprender… E são eventos como estes que, num contexto de comunidade, nos conduzem de imediato ao pensamento partilhado pelo Dr. Ernst‑Ulrich von Weizsäcker “…the future belongs to those companies that contribute to
1. Actualmente as novas tecnologias oferecem inúmeras soluções que permitem interagir e contactar com o outro lado do mundo, sem necessidade de sair de casa ou do escritório.
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OPINIÃO
… E TALVEZ SEJA TÃO SIMPLES COMO MUDAR O FOCO! global sustainable development by recognising their social and environmental responsibilities in an economically intelligent manner” fazem tanto sentido, que apetece dizer: (A)MEN [you can do it! Easy peasy lemon squeezy]. Substitua‑se o termo “companies” por “events”, a pertinência do tema não lhe parece permanecer inalterável? Se sim, continue a ler; se não, também! Invariavelmente, um evento gera impactes na comunidade envolvente. Os positivos e os negativos. Inegáveis são também os ganhos ao nível da economia local, de extrema relevância e bem‑vindos para uma comunidade. No entanto, a afluência de pessoas decorrente de um evento para uma determinada localidade, pode numa perspectiva ambiental originar um passivo. Passivo este que nem sempre é percepcionado pelos nossos cinco sentidos, comprometendo a sustentabilidade do nosso planeta e concomitantemente as futuras gerações. O QUE OS OLHOS NÃO VÊEM, O CORAÇÃO NÃO SENTE Sustentabilidade não é um tema fácil em nenhum mercado, e o sector dos eventos não é excepção! O desafio está na forma como os vários players do sector o encaram, e o que para uns é sinónimo de pressão (obrigação!), outros há em que a oportunidade e criação de valor são palavras de ordem. E, portanto, urge a necessidade de eliminar algum do obscurantismo sobre o tema… [Antes de avançar, gostava de o desafiar a pensar e reflectir sobre o tema. Acabou de receber uma solicitação de um cliente para criar um evento sustentável. Pretende‑se que considere os standards de referência para o tema, o budget não é generoso, e tem de fazer da sua criatividade a arma infalível. Papel e caneta na mão? O que significa “sustentabilidade” para si? Consegue descrever o que é para si um evento sustentável? O que diferencia um evento sustentável de outros? No que assentam essas diferenças? Qual o feedback que tem do mercado quanto ao tema? Como o interpreta? O que é que significa sustentabilidade nos eventos criados por si? Consegue dar exemplos de como colocar em prática o tema? Não é fácil mergulhar por águas nunca antes “navegadas”, e cujas correntes desconhecemos. E os profissionais que trabalham em sustentabilidade sabem‑no. Procure‑os caso não encontre as respostas de que necessita e as soluções mais adequadas.]
Falar de sustentabilidade num evento é, entre outras coisas, falar de pegada carbónica. E pegada carbónica de um evento não é apenas referente ao evento propriamente dito, considera também todas as actividades que decorrem pré e pós‑evento. Quantificar emissões de carbono num evento é fazer um somatório de todas as fontes de emissão de carbono (directas e indirectas) existentes e que impactam o clima. Talvez resíduos seja a primeira palavra que associe, é imediato, é algo que vemos. Energia, outra das fontes de carbono consideradas para efeitos de cálculo, e com a qual a maioria está familiarizada. Mas agora questiono: E as deslocações das pessoas presentes num evento, contribuem? E o transporte do material necessário ao evento? Serão estas rubricas consideradas e contempladas na pegada carbónica de um evento? A resposta é SIM, obviamente! E sim, apesar de num evento não haver noção das deslocações (de e para o espaço do evento), e portanto passarem (por vezes!) despercebidas à dinâmica do evento propriamente dito, elas existem, e consistem2 na rubrica que mais peso tem nas emissões totais de um evento. Em alguns eventos pode mesmo representar 80% das emissões totais do evento. O facto de não as ver, não quer dizer que não existam. É fundamental identificar as fontes que mais contribuem para as emissões de carbono globais de um evento, para que possa definir um plano de acção com medidas de mitigação desenvolvidas em conformidade com a realidade do evento. Ter uma “fotografia” realista do perfil de mobilidade de um evento implica um trabalho técnico de fundo que passa na maioria das vezes por inquéritos aos participantes in loco.
E, por último, atenção quanto à coerência da acção e da comunicação em matéria de sustentabilidade, imprescindível para uma boa reputação. Não se esqueça do que Martin Luther King dizia, “Todos nós podemos ter vindo de navios diferentes. Mas estamos todos no mesmo barco agora”. 2. Salvo raras excepções, dependendo do contexto e tipologia do evento.
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ACONCÁGUA, ANDES
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ALPINE CLIMBERS NOS BASTIDORES DE UMA EXPEDIÇÃO São necessárias muitas horas de trabalho para levar em frente uma expedição em montanha. Assim é quando a ideia é subir a uma montanha mais conhecida, mas mais ainda quando se fala em explorar o que ainda é pouco percorrido. A Alpine Climbers tem diversos programas de montanhismo, alpinismo e outras actividades de montanha em vários pontos do globo, para todos os gostos e vários graus de dificuldade, proporcionando experiências inesquecíveis. E a Event Point foi explorar os bastidores das expedições. “Uma expedição prepara‑se com muitas horas de trabalho, muitas horas de pesquisa de informação na internet. Algumas expedições são mais trabalhosas do que outras, dependendo do local para onde queremos ir, da época do ano e do objectivo traçado. Há montanhas já bastante exploradas, com os caminhos praticamente definidos e estruturas montadas, como os casos de Elbrus, na Rússia, Kasbek, na Geórgia, Toubkal, em Marrocos, ou Gorra Blanca, na Patagónia. E essas não requerem uma preparação tão grande a nível de itinerário, mas apenas no que toca à logística. Mas há outras! E as expedições no Nepal são as mais fascinantes de todas. Requerem um trabalho muito grande a todos os níveis: na pesquisa de informação, no contacto com alpinistas que já tenham estado
no local, nos procedimentos legais, na logística de alimentação e de material, na estratégia de aclimatação, na preparação da equipa para estas actividades… E todo esse trabalho é feito cá”, explicou Pedro Guedes, director da Alpine Climbers. Como guia de montanha da empresa, Pedro Guedes realiza este tipo de expedição no Nepal há cerca de cinco anos. E é lá que surge sempre a vontade de explorar zonas menos visitadas por outros alpinistas; explorar umas, repetir outras. E embora os caminhos até ao campo‑base possam eventualmente ser os mesmos, os cumes que se querem alcançar são feitos por percursos diferentes. A montanha, por si só, também vai mudando os trajectos no gelo. Há vários riscos associados e por isso é necessário um trabalho de preparação maior.
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MAKING OF
FUTI HIMAL, NEPAL
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A aclimatação é um dos passos mais importantes para o sucesso da expedição. Os elementos da equipa até podem estar muito bem preparados fisicamente, mas se não se conseguirem adaptar bem à altitude podem não conseguir subir. Por isso, a estratégia é bem pensada e tem de ser progressiva. “Vamos subindo progressivamente para os 3100 metros, 3200 metros, depois vamos aos quatro mil aclimatar e baixamos. E por aí fora. Por isso, é importante fazer o trekking inicial, que ajuda a aclimatar, passar em pontos altos, fazer com que as pessoas estejam confortáveis, com que se conheçam umas às outros e entrando no espírito”, contou o responsável. No processo de preparação são realizadas várias reuniões, onde se vão percebendo as dificuldades dos elementos da equipa, dificuldades que se vão trabalhando. Uma das vantagens é que uma boa parte dos membros que participam especificamente nesta expedição, fizeram o Curso de Alpinismo na empresa, evoluíram com eles, o que permite a Pedro Guedes conhecer bem os pontos fracos e as mais‑valias. Mas mesmo quando não há esse conhecimento prévio, o mesmo é feito no trabalho de preparação. E se os clientes não tiverem muita experiência em altitude, existem planos de formação para se conseguir alcançar os resultados. A nível físico, é
disponibilizado um plano de treinos, pelo treinador Paulo Pires, para ser efectuado dois a três meses antes da partida. Para a montanha segue habitualmente uma equipa pequena e poucas são as vezes em que partam mais de seis pessoas, sem contar com os carregadores que apenas seguem até ao campo‑base. “Queremos trabalhar sempre com grupos pequenos. Em alta montanha convém andarmos com segurança e gente a mais pode complicar e aumentar o risco.” Para não falar do impacto ambiental causado por grupos maiores, que se nota nos caminhos ou no som. De referir que a componente de Educação Ambiental está incluída nas formações da empresa. OS IMPREVISTOS E O SISMO NO NEPAL Contratempos acontecem no dia‑a‑dia, mas embora não estejam previstos o melhor é contar de antemão que estes possam acontecer a dada altura. No Nepal, Pedro Guedes contou ser bastante provável existirem imprevistos. Mas tudo isso “faz parte da experiência”. Pelo que é importante prevenir certas situações. “O Nepal é sempre um local de contratempos; há sempre alguma
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coisa que tem de ser resolvida à última hora. Muitas vezes são os sacos de expedição que não chegam na mesma altura que a equipa, por exemplo.” Nos voos internos, os aviões são muito pequenos e a bagagem vai à parte. É por isso, sempre necessário combinar lá com os carregadores uma forma de fazer chegar o material ao local onde a equipa se encontra, mesmo que seja alguns dias depois e através dos mais variados meios de transporte. Há então forma de ir contornando os obstáculos e essa prevenção pode ser feita ainda em Portugal. Pedro Guedes aconselha os elementos da equipa a levarem consigo numa mochila pequena os equipamentos mais pessoais. “É difícil arranjar botas no Nepal e se elas não chegarem é complicado, até porque também não estão adaptadas aos nossos pés. Por isso, podemos levar as botas connosco, tal como as luvas mais quentes e os casacos de plumas. A carga maior, que é o equipamento mais técnico, como os piolés, os arneses, as cordas, etc., vai no saco de expedição”, referiu, frisando: “Felizmente nunca aconteceu ficarmos mesmo sem as coisas.” Os contratempos vão sendo geridos à medida que acontecem e a equipa já vai preparada para o improviso. “Temos de entender que, por muito que tenhamos tudo controlado, isto é uma expedição. É montanha e ela por si só também muda constantemente.” Pode haver mudanças repentinas do tempo ou quedas de pedras que obriguem à mudança do itinerário. Ainda assim, as expedições têm decorrido da melhor forma, a equipa tem conseguido ‘fazer cumes’, chegar ao topo, mas no final de contas o importante é usufruir do caminho, desfrutar da experiência e chegar em segurança. “Afinal, estamos a falar de chegar aos 6.500 metros de altitude.” E é preciso não esquecer o espírito de equipa. Se o grande objectivo da empresa é proporcionar experiências diferentes e inesquecíveis, um dos maiores contributos é a integração dos elementos da equipa. “É importante que as pessoas sintam que fazem parte de todo o processo, a todos os níveis.” Todos são integrados e o espírito de colaboração está presente em todos os momentos, até nas pequenas tarefas. A natureza pode então causar várias surpresas. Não só para um pequeno grupo de alpinistas, mas para milhões de pessoas. No decorrer da expedição deste ano, em Abril, um sismo de magnitude de 7,8 na escala de Richter atingiu o Nepal, deixando um rasto de destruição em vários locais e milhares de mortos. A equipa da Alpine Climbers estava lá, já há 17 dias em expedição, e encontrava‑se nos 4.400 metros de altitude, a descer do campo‑base para Naar. Estavam numa zona remota, mas com o sismo ocorreram alguns deslizamentos de terra, o que exigiu mais atenção na descida. “A grande preocupação era que todos estivessem em segurança. Mantivemos o programa de descida, até porque não tínhamos outra opção. Ficámos também preocupados com as famílias dos nossos carregadores, mas
felizmente estavam todas bem”, contou Pedro Guedes. Na chegada a Katmandu, pouco tempo depois, é que a equipa viu os destroços da realidade. Mas viu também um povo em reconstrução. “Vimos imensos acampamentos de desalojados e aí tivemos noção do impacto que o sismo teve na vida daquelas pessoas. O que mais nos pediram foi para voltarmos lá. É importante para eles que as pessoas continuem a visitar o Nepal, porque eles precisam do turismo.” PROGRAMAS PARA TODOS OS GOSTOS A empresa, situada no Porto, já existe há sete anos, com monitores que “trabalham” a montanha há mais de duas décadas. A oferta passa pela formação e acompanhamento de estágios – Curso de Iniciação ao Montanhismo e ao Alpinismo, Escalada Desportiva ou estágios para o desenvolvimento das práticas –, e pela realização de expedições em média e alta montanha (www.alpineclimbers.pt). Mas os programas não são inflexíveis. Para empresas que queiram trabalhar o espírito de equipa ou de liderança, a Alpine Climbers faz programas “à medida”. “Temos programas muito personalizados. Estamos sempre abertos e disponíveis para ‘desenhar’ um programa que vá ao encontro do conceito de determinada empresa. Se uma empresa quiser aliar os seus objectivos e conceitos aos nossos, aliar o team building à conquista de um cume, ao ultrapassar de desafios em montanha, estamos disponíveis para isso.” Do trekking ao alpinismo, muitas são as práticas que podem satisfazer esses desejos das empresas. “A componente psicológica destas modalidades é uma das mais interessantes e estimulantes para as empresas, porque está presente em todo o processo: no planeamento e preparação, na actividade em si, no ultrapassar de possíveis obstáculos e atingir o sucesso, que passa não só por ‘fazer cume’, mas também por regressar em segurança. É isto que qualquer empresa pretende também para si.” Pretendem as empresas e qualquer pessoa: sentir‑se capaz de desafiar o mundo. E estas modalidades em montanha ajudam também na libertação dos problemas do dia‑a‑dia. Aos momentos instrospectivos e de auto‑avaliação que muitas vezes a montanha proporciona aliam‑se o esforço e a adrenalina de vencer os desafios. Como se não bastassem as suas paisagens arrebatadoras, a montanha é por tudo isso também apaixonante. “O que nos move é a paixão pela montanha. É bom conseguirmos fazer com que as outras pessoas cheguem aos cumes e concretizem as suas metas e objectivos”, concluiu Pedro Guedes.
Maria João Leite
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CONSULTÓRIO DE PROTOCOLO
CONSULTÓRIO DE PROTOCOLO É uma rubrica que acompanha a Event Point desde sempre. Os leitores perguntam e as nossas especialistas, Cristina Fernandes e Susana de Salazar Casanova, respondem com o habitual profissionalismo e sensatez. As questões desta edição, que o convidamos desde já a ler, são muito práticas. Há algum tipo de formalidade ou regra que se tem que decidir quando se convidam oradores, por carta, para um congresso? SPS, Vila Nova de Famalicão
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A utilização da carta como instrumento de comunicação para convidar é, por si, um indicador de certa formalidade, devendo respeitar‑se a NP5. No caso de o destinatário ser uma alta entidade, é necessário utilizarem‑se as formas de tratamento definidas. No corpo do texto deve dar‑se informação sobre o congresso, seus objetivos, quem integra os respetivos comités, bem como para o que se está a convidar. Por exemplo, caso se pretenda que um ministro intervenha na abertura ou no encerramento essa indicação deve ser dada; no caso de se destinar a um Keynote Speaker, pode ainda salientar‑se a importância da sua presença para a comunidade científica.
SUSANA DE SALAZAR CASANOVA E CRISTINA FERNANDES
Num jantar qual é o momento certo para um discurso? Antes, a meio, no fim? AN, Porto
Organizo várias conferências académicas e gostaria de saber a vossa opinião sobre servir vinho ao almoço. MM, Alenquer
Pode ocorrer no início, antes de se iniciar a refeição, ou no fim, antes de ser servido o café. Um discurso abrange três passos: saudação, referência ao motivo da confraternização e votos de prosperidade (a personalizar em função do tipo de acontecimento).
Servir ou não um vinho numa conferência depende, em grande parte, do orçamento existente, uma vez que este aumentará o valor global da refeição. O local onde o evento decorre, o perfil e o número de convidados, bem como o tipo de refeição seleccionada também concorrem para a sua inclusão ou exclusão. No âmbito académico há universidades em Portugal que servem vinho à refeição, outras não o fazem disponibilizando apenas água, sumos ou refrigerantes.
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WORLD ACADEMY
NOVA ESCOLA PROFISSIONAL ATENTA AO SECTOR DOS EVENTOS A World Academy surge pela mão de João Tovar, antigo director da Restart. O projecto vem responder ao que este considera ser a debilidade na área da formação profissional. A nova escola vai procurar valorizar a componente prática dos formandos, orientada pelos melhores profissionais. E, claro, o curso de eventos não poderia ficar de fora. Estivemos à conversa com João Tovar.
Havia um défice deste tipo de projectos em Portugal? O que há, primeiro do que tudo, é um défice de formação profissional em Portugal. Que seja virada para o mercado e alimente a vocação e vontade de saber e fazer mais de cada um de nós. O objectivo, mais do que concorrer com outras escolas, é atrair para a área da criatividade, comunicação e conteúdos, mais jovens e profissionais activos, fazendo ao mesmo tempo aquilo que gostamos e é nossa vocação.
De que oferta formativa dispõem que contribua, directa ou indirectamente, para o sector dos eventos? Nos cursos anuais para formação de profissionais temos Produção de Eventos e Espectáculos, Técnico de Espectáculos, Técnico de Audiovisuais, Som, Cenografia e ainda outros cursos que se podem relacionar como Dança, Interpretação, Apresentador, Fotografia, etc. Os workshops e outras formações mais curtas surgirão a partir de Setembro e serão aquelas que o mercado e as pessoas precisarem, seja em competências tecnológicas, criativas ou de gestão e comunicação para eventos.
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FORMAÇÃO
JOÃO TOVAR | WORLD ACADEMY
De que forma é importante a componente prática no vosso curriculum? Conceitos teóricos base são sempre fundamentais, mas a prática ocupa mais de 70% das horas de formação. Aprender a fazer fazendo. Em termos de espaço físico, quais as mais‑valias das instalações e de que forma estão equipadas? Como estamos dentro da World Channels temos acesso a condições únicas para uma escola, tais como carro tv de exteriores, régie de continuidade e emissão, sistema de cenários virtuais, etc. Mas os espaços deste projecto são quase 100% desenhados e criados de raíz ao lado da World Channels e os equipamentos totalmente actualizados. Por exemplo todos os sistemas e equipamentos de vídeo são HD ou superior, 16:9 e tapeless. As próprias instalações podem ser utilizadas para eventos? Teremos regularmente eventos como concertos, debates, ciclos de filmes, exposições e demonstrações de tecnologia em que os alunos participam activamente, e em vários casos, em contexto de formação. Vamos também acolher eventos de parceiros, mas o objectivo da World Academy não é fazer concorrência ao próprio mercado que acolhe os nossos alunos finalistas.
O que vai distinguir a World Academy de outras soluções de formação? Ser a primeira escola de formação profissional de grande dimensão, e nesta área, a nascer já dentro da indústria, na World Channels e ao lado de um canal de TV totalmente operacional, a Sporting TV. Ser também a primeira das escolas maiores nesta área a ter estágios curriculares integrados no curso e com avaliação. Isso faz uma grande diferença para quem investe em formação para ser profissional. Ter os preços mais competitivos do mercado nesta área, e sobretudo preços mais ajustados às possibilidades da maior parte dos portugueses. Ter equipamentos na grande maioria novos e ajustados ao mercado actual. Estar mais perto de vários concelhos dinâmicos da grande Lisboa: Oeiras, Cascais, Amadora e Sintra, além de ter Lisboa mesmo à porta. Ter uma equipa interna, de formadores, de parceiros e de alunos que já se inscreveram com muita vontade de criar e desenvolver a melhor escola de sempre. Em relação a si, em concreto, como encara este novo desafio? Ciclicamente na minha vida profissional aparecem ou eu provoco‑me a novos desafios. E este é mais um grande desafio para os próximos anos, feito com muita energia e alegria, mas só possível porque há muitas pessoas competentes a acreditar e a colaborar. A começar pelos muitos formadores e alunos com quem não paro de construir relações de amizade e respeito. Afinal uma escola é sempre, e primeiro que tudo, um aluno e um professor.
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ANA TORRES PEREIRA | DIRECTORA EXECUTIVA DA M PUBLIC‑RELATIONS
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“EVENTOS ESTUCHA”: AFASTE‑SE DELES A SETE PÉS O que é que nos capta a atenção? O que é que nos faz levantar da cadeira? O que é que nos prende por mais de uma hora, sem que tenhamos o impulso de pegar no smartphone ou no tablet de cinco em cinco minutos para fazer “coisas”? A resposta até pode parecer fácil, mas se pensarmos bem, esta pode torna‑se complexa, cheia de pausas e hesitações. Os impulsos e solicitações que recebemos todos os dias tornam as escolhas cada vez mais difíceis e mesmo quando decidimos, pensamos várias vezes: “que perda de tempo, não vim cá fazer nada, para a próxima não venho”. O que nos leva a aceitar participar num evento, numa conferência, num seminário? O tema? Raramente… Quase sempre é pelas pessoas e pela influência que estas podem ter no nosso trabalho que nos leva a aceitar o convite, a inscrevermo‑nos na palestra, a aceitar estar horas sentados com atenção ao que está a ser dito. E claro, pelo networking durante os coffee breaks que nos permite mostrar que estamos interessados naquele tema, encontrar pessoas, trocar cartões‑de‑visita e semear
relacionamentos com a expectativa de fazer negócio. Pode estar a ler este artigo e a pensar que discorda completamente e que é sem dúvida o tema o verdadeiro motivo que o leva a aceitar ir a um evento. Então façamos um exercício… Tema: Investir no Turismo. Bom, o tema parece interessante, um sector que continua a crescer e a ajudar a economia, e a palavra investimento despertará com certeza o interesse de muitos.
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OPINIÃO
ORADORES: Opção A, presidente da maior cadeia hoteleira nacional, representante de um fundo de capital de risco com ambições em investir, presidente do Turismo de Portugal, encerra o evento o secretário de Estado do Turismo. Bom, este evento parece estar destinado ao sucesso.
O seu interesse manteve‑se o mesmo nas duas opções? Acha que a audiência deste evento será igual nas duas opções? Ou se recebesse este convite na sua caixa de email pensaria mais num caso do que noutro antes de aceitar?
Quando se pensa na cobertura mediática temos que ir além da expectativa da notícia de primeira página. Em muitos dos casos é possível contar uma história, pôr o jornalista a falar com um dos oradores sobre um tema que interesse àquele órgão de comunicação social específico. Mas para isso é fundamental olhar para o evento de forma crítica e pensar que não é possível dar tudo a todos da mesma forma. Se não é um evento para ter um impacto nacional, pense nos meios de nicho, dos jornais aos sites. Pense na especialização e para isso é fundamental que conheça os meios de comunicação social relevantes para o seu negócio. Nem todos os eventos podem contar com figuras incontornáveis para a comunicação social, mas é possível encontrar histórias nicho que interessem a determinados meios, também eles de nicho.
Organizar um evento sem pensar no
Com a análise certa é possível atingir de
verdadeiro impacto e interesse que
forma eficaz os diferentes stakeholders,
este vai ter na sua audiência não traz
desde parceiros, à concorrência até à
retorno e só prejudica a imagem. Ser
comunicação social. Mas, com todas
responsável por um “Evento Estucha”
estas exigências, é fundamental definir
pode ter repercussões no futuro.
muito bem quais os objectivos, para que
Opção B, consultor especializado em turismo, director de uma unidade hoteleira de relevo, professor de uma universidade que estudou o tema e encerra o presidente da Confederação do Turismo Português.
E este raciocínio aplica‑se da mesma forma à capacidade de captar o interesse dos jornalistas. As redacções estão cada vez mais pequenas e a selecção para escolher a agenda dos jornalistas é cada vez mais criteriosa. Já não se vai a tudo, ou melhor dizendo, já quase não se vai a nada. Infelizmente, o “jornalismo sentado” é cada vez mais uma realidade, ou seja, já são muito poucos os eventos que justificam a presença de um jornalista, tirando‑o de outros trabalhos relevantes para a sua publicação, muitos dos quais sem precisar de sair da redacção. São cada vez menos os eventos, conferências, seminários que captam a atenção de jornais, revistas, televisões, rádios, ou sites. O primeiro pensamento: Quem vai lá estar? Vão conseguir ter notícia? É possível obter algo exclusivo que os outros não têm? Pensar que basta organizar um evento e que este terá cobertura mediática é uma ilusão frequente. Se não houver interesse noticioso muito dificilmente conseguirá captar o interesse dos jornalistas.
seja claro quem é o público‑alvo. Para fazer a escolha certa, não centre a discussão sobre a matéria entre quatro paredes, alargue o debate, para ter a certeza de que o evento vai ter o impacto que deseja e que não vai organizar um “Evento Estucha”… desses fuja a sete pés, só fazem com que gaste tempo e dinheiro.
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HOTELARIA
GONÇALO COELHO DE SOUSA | DOUBLE TREE BY HILTON FONTANA PARK
FONTANA PARK: BALANÇO DE DOIS ANOS DOUBLETREE BY HILTON 60
Há dois anos que o hotel integra a marca Hilton, uma cadeia com 95 anos de experiência no mercado e mais de 4350 hotéis em todo o mundo. É o pretexto para uma conversa com o director, Gonçalo Coelho de Sousa. “Foram dois anos de crescimento, tanto para a unidade como para toda a equipa, e o balanço não pode ser mais positivo” começa por dizer Gonçalo Coelho de Sousa, lembrando que pertencer a uma marca como a Hilton trouxe ao hotel “um novo mundo de oportunidades, uma vez que permitiu a sua entrada no circuito internacional passando a constar do leque das escolhas dos turistas que viajam para Lisboa, tanto em trabalho como em lazer”. Os desafios de pertencer a um grupo tão grande foram grandes. “Naturalmente que houve um processo de transição e adaptação quer ao nível dos recursos humanos, uma vez que toda a equipa teve que passar por um processo de formação para melhor conhecer a marca Hilton, quer ao nível dos sistemas de informação como, por exemplo, o sistema de reservas”. Além do perfil de cliente que já recebiam, e que se manteve, há também um novo tipo de cliente, que vem dos Estados Unidos, é fiel à marca Hilton, e espera um determinado padrão de serviço. “São hóspedes que, independentemente do destino para o qual viajam, sabem que vão sempre encontrar um serviço personalizado que tem como objectivo a antecipação de todas as necessidades que poderão vir a sentir”. O serviço é, aliás, uma das apostas da marca. “A DoubleTree by Hilton é reconhecida pela sua cultura de serviço CARE ‑ Creating
A Rewarding Experience. O CARE constrói‑se em torno da criação de uma experiência gratificante para os nossos hóspedes, colaboradores e comunidade local. Acreditamos que este é um dos motivos que fazem com que os clientes queiram sempre regressar ao nosso hotel”, sublinha Gonçalo Coelho de Sousa. O segmento dos eventos tem um “peso significativo” para a unidade. A localização estratégica do hotel, no centro de negócios da cidade de Lisboa, faz com que seja bastante procurado, e não só pelo mercado nacional. “Temos de facto bastante procura pelo mercado local, mas, ainda assim, o mercado internacional é superior quer em termos de utilização dos espaços destinados ao segmento de meetings, quer na receita gerada”, refere o director, que está desde 2011 ao leme do hotel. “Este tem sido um projecto extremamente desafiante no sentido em que nenhum dia é igual ao anterior. Uma unidade hoteleira, independentemente do país onde está localizada, tem que ser capaz de surpreender os seus hóspedes, dia após dia. Este facto obriga‑nos a uma inovação permanente, temos que estar atentos às expectativas e necessidades de quem nos visita. Esta era uma realidade enquanto Fontana Park Hotel e continua a ser agora, enquanto DoubleTree by Hilton Lisbon – Fontana Park”.
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LIVROS
JOÃO MARTINS VIEIRA
EVENTOS E TURISMO PLANEAMENTO E ORGANIZAÇÃO
“Todos os dias se realiza, no mundo inteiro, um grande número de eventos que congregam milhões de participantes, boa parte deles turistas nacionais e internacionais que utilizam o transporte aéreo, ferroviário e rodoviário, a hotelaria, a restauração e outros serviços turísticos contribuindo, assim, para a criação de emprego, para o desenvolvimento da economia em geral e, especialmente, para o desenvolvimento da economia do turismo e da economia dos eventos”. Se esta contribuição não merece ser tratada num livro, não sabemos o que merecerá. Há poucos livros sobre eventos, pelo que a publicação de um é, desde logo, motivo de regozijo. Mas vamos a ele. O tema central é a relação entre o turismo e os eventos, cada vez mais evidente e importante no desenvolvimento dos destinos. E para se perceber esta relevância o autor empenha‑se em demonstrar quais os factores críticos de sucesso, externos e internos, da indústria dos eventos, bem como as tendências do negócio. Mas para que os efeitos dos eventos no turismo sejam maximizados, João Martins Vieira acredita que é necessário “turistificar” os eventos. Ou seja transformá‑los em ícones catalisadores de fluxos turísticos futuros. E depois há que medir o impacto dessas iniciativas na economia e no emprego. Este livro conta ainda com uma componente muito prática sobre gestão de eventos, sobretudo a pensar nos leitores que pretendem estudar na área.
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O AUTOR João Martins Vieira é professor universitário de Planeamento e Organização de Eventos e de Planeamento e Desenvolvimento do Turismo. Foi vereador da Câmara Municipal de Lisboa, com o pelouro da Cultura, deputado à Assembleia Municipal, e assessor do Secretário do Estado de Turismo, para citar apenas algumas das funções que constam no extenso curriculum. É licenciado em Economia pelo Instituto Superior de Economia
e Gestão e Mestre em Gestão Estratégica e Desenvolvimento do Turismo, pelo Instituto Superior Técnico. Publicou dezenas de artigos em revistas nacionais, incluindo na Event Point, e estrangeiras, e participou em congressos e conferências um pouco por todo o mundo. Além disso já publicou livros como “Economia do Turismo em Portugal” e “Planeamento e Ordenamento Territorial do Turismo”. PUBLICIDADE
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OPINIÃO
ANTÓNIO HORTA SALVO | DIRECTOR DA BULL INSURANCE
O IMPACTO ECONÓMICO DA AUSÊNCIA DE SEGURO 62
UM CUSTO OU UM PROVEITO? "Mas que necessidade tenho eu de fazer um seguro? Nunca me aconteceu nada e ando nisto há tantos anos que não é agora que vai acontecer..." Este é o pensamento generalizado da maioria dos empresários quando se trata de seguros facultativos. Quer queiramos quer não, o prémio pago vai ser contabilizado na rubrica dos custos e não dos proveitos. Na minha opinião trata‑se de uma visão completamente distorcida. Isto porque os seguros fazem parte integrante da vida moderna. Sem seguros grande parte dos sectores da economia não funcionariam. É através das seguradoras que se transferem os riscos económicos, políticos, tecnológicos, demográficos e climatéricos, permitindo às pessoas e às empresas enfrentar o seu dia‑a‑dia sem sobressaltos, focando‑se na inovação e no desenvolvimento. Através do seguro as pessoas e empresas transformam riscos maiores em riscos menores, ou seja, por um prémio reduzido, comparativamente com o valor em risco, conseguem garantir o seu património e o de terceiros. Sem seguro, as pessoas e as empresas estariam menos dispostas a criar o seu negócio, pois em caso de acidente seriam inteiramente responsáveis pelas perdas que daí resultassem.
Imaginemos um incêndio que destrói as instalações, ou um veículo da empresa que provoca um sinistro de elevadas proporções. Como fazer face as estes custos financeiros elevados e imprevistos? A ausência de seguro pode fazer a diferença entre continuar a laboração sem dificuldades ou a total inviabilização do negócio. No entanto, o funcionamento e os benefícios dos seguros nem sempre são bem compreendidos. Quando se faz um seguro estamos a transferir o risco e a limitar as nossas perdas financeiras, ou seja, a limitar as incertezas. Estamos a afastar a possibilidade de um prejuízo maior. A produção de um evento de qualquer natureza é impensável sem o mesmo estar garantido por uma apólice. Quem "compra" o evento fica mais tranquilo sabendo que se algo correr mal a garantia de eventuais reembolsos vai mesmo acontecer, pois o risco foi transferido para uma seguradora. Por tudo isto, fica a questão:
O prémio de seguro é um custo ou um proveito?
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UM AZUL CHAMADO GRÉCIA 5h30 da manhã. Metro de Atenas. Para grande espanto nosso é quase hora de ponta. As carruagens circulam repletas de gregos ensonados e de cara fechada. Não é para menos. Ultimamente a Grécia aparece em todas as notícias pelos piores 64
motivos. A crise, sempre a crise. Já ninguém a suporta, mas esta assola o país há vários anos e parece não ter um fim à vista.
Mas se a vida é difícil para os gregos é muito fácil para os turistas na Grécia. Fácil e relaxada. Problema? Sem stress. Resolve‑se. E há algo de muito reconfortante nisso. Mesmo os atrasos dos transportes públicos, ou o excesso de ocupação dos mesmos, algo que punha os cabelos (loiros) de alguns em pé, é muito facilmente desculpável. É mesmo assim! E não vem nenhum mal ao mundo por isso. Mesmo numa situação de controlo de capitais, como a vivida na altura desta viagem, tudo decorreu de forma muito suave. Muito eficiente é o serviço, por exemplo, dos restaurantes. O cliente senta‑se à mesa e um minuto depois tem um copo de água com gelo à sua frente. E a comida não demora mais de cinco a ser servida. Os empregados falam inglês, a simpatia abunda, há wireless para partilhar as fotos mais recentes, mas sobretudo há no menu uma diversidade de pratos absolutamente deliciosos. A comida é de resto um dos motivos para uma viagem à Grécia. Outro é a beleza natural, quer na Grécia continental, quer nas dezenas de ilhas com que o país foi abençoado. E é a história e a cultura, não fosse a Grécia o berço da civilização ocidental.
ACRÓPOLE Os 12 euros que se pagam para entrar na Acrópole, e que dão acesso a mais uns quantos monumentos (Templo de Zeus Olimpo, Antiga Ágora, etc.), são um valor muito baixo pela possibilidade de aceder ao mais importante monumento da antiguidade no ocidente. A Acrópole como hoje se conhece está ligada à figura de Péricles, que a reconstruiu depois de a Batalha de Salamina (480 a.C.) a ter reduzido a nada. Péricles transformou a Acrópole numa cidade de templos. O mais importante, o Parténon, não é o templo grego mais bem conservado até aos nossos dias, contrariamente ao que se possa pensar. Essa distinção cabe ao Templo de Hefestos, a uma curta caminhada. Mas o Parténon, dedicado à deusa Atena tem uma aura mítica e simboliza a glória da Grécia antiga. No topo de uma colina, o Parténon vigia a cidade de Atenas e é impossível, de dia ou de noite, que os nossos olhos não o procurem. O Teatro de Dionísios, o Oden de Herodes, a Antiga Ágora, a Ágora romana, a Torre dos Ventos, o cemitério de Keramikos, a Biblioteca de
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Adriano ou o Templo de Zeus Olimpo são outros ex‑libris acessíveis com o bilhete da Acrópole. A não perder ainda o espectacular e premiado Museu da Acrópole, bem como um passeio pelas agradáveis zonas de Plaka, Monastiraki e Thisio. A uma curta caminhada do Templo de Zeus fica o Estádio Panatenaico, onde decorreram os primeiros jogos olímpicos da era moderna (1896). Foi construído no século IV a.C. como venue para os Jogos Panatenaicos. Hoje tem uma dimensão simbólica. Quando atletas ou equipas helénicas vencem alguma competição internacional são recebidos em apoteose neste estádio. Foi o que aconteceu quando a Grécia venceu o Euro 2004 (para grande desgosto nosso). Mas as grandes exaltações colectivas dos atenienses acontecem na Praça Syntagma. É lá que está o Parlamento Grego (onde a cada hora se pode assistir ao render da guarda) e alguns dos mais luxuosos hotéis da cidade, muitos deles vocacionados para reuniões e eventos, como o Grande Bretagne. Este é um hotel ícone da capital, que recebe os Chefes de Estado e de governo em visita à Grécia. E também está muito ligado à história do país. Por aqui circularam espiões, diplomatas, políticos e jornalistas, monarcas e estrelas de cinema. Quando a Alemanha Nazi ocupou Atenas o Grande Bretagne foi quartel‑general dos opressores, tendo pernoitado neste edifício Adolf Hitler e seus acólitos.
METEORA E O INCRÍVEL ENGENHO DO HOMEM Quando se chega de comboio a Kalambaka (a cinco horas de Atenas), a primeira sensação é de grande desconfiança. Mas depois de caminhar 10 minutos rapidamente se percebe que estamos num sítio especial. A cidade, muito simpática, tem como pintura de fundo uma formação rochosa verdadeiramente impressionante. A encimar algumas rochas estão os especulares Mosteiros de Meteora (do grego: suspenso no ar). Os complexos, verdadeiramente embutidos nas rochas, datam do século XIV e foram construídos para segurança e recolhimento dos monges. Estes, para acederem ao mosteiro faziam‑no através de escadas presas a cordas, que eram colocadas ou removidas conforme a necessidade. Há seis mosteiros, dos quais três são mais visitados: Moni Megalou Meteorou, Moni Varlaam e Moni Agias Varvaras Rousanou. Um destes mosteiros foi inspiração para o Eyrie, o reduto da Casa Arrym, Senhores do Vale e Guardiões do Leste, na série Guerra dos Tronos.
O QUE DIZ O ORÁCULO? Oráculo de Delfos, o centro do mundo para os antigos Gregos. A lenda diz que Zeus soltou duas águias, uma no ocidente, outra no oriente, e que as duas se encontraram em Delfos. Grandes decisões, que mudaram o curso da história, foram tomadas neste local, no sopé do Monte Parnassos, depois de consultadas as profecias do oráculo. Foram iniciadas guerras, escolhidos reis e decididas políticas no Templo de Apolo. O deus comunicava através da Pythia, normalmente uma mulher mais velha. Quando interpelada, entrava numa espécie de transe (hoje pensa‑se que provocado por gases que vinham do subsolo) e proferia a resposta que depois era interpretada pelos sacerdotes. As profecias eram consideradas verdades absolutas. A lenda conta que quando Alexandre Magno consultou o oráculo, não tendo gostado da profecia, destratou a Pythia até ela lhe dar a resposta pretendida. A visita a Delfos é um must‑see na Grécia. Mas vá preparado, é fisicamente desafiante. Sobretudo se for mesmo até ao topo, onde está o bem conservado estádio onde se realizavam os Jogos Píticos. Há outras viagens de um dia que se podem fazer a partir de Atenas. Uma é indiscutivelmente ao Cape Sounion, para ver o Templo de Poseidon. Outra é a Maratona, a 42 Km da capital grega. A lenda diz que Pheidippides correu estes quilómetros até Atenas para anunciar a vitória grega face aos persas. Depois de gritar “Enikesame” colapsou e morreu.
O PÔR‑DO‑SOL DE SANTORINI Rumo a Piréus, o maior porto do Mediterrâneo, para apanhar um ferry para as ilhas. O island hoping é um clássico grego que não desmerecemos. Porque são muitas ilhas, há que escolher bem o circuito. Decidimo‑nos pelas Cíclades. Primeira paragem: Santorini. É uma das ilhas mais turísticas, mas entre as centenas de pessoas é possível encontrar momentos só para nós, de silêncio e contemplação. Beber um cocktail, uma taça de champanhe ou uma cerveja num café suspenso nas escarpas de Santorini, a olhar para o Egeu, foi sem dúvida um highlight do meu historial de viagens. A memória, que comprei por 12 euros, há‑de ficar sempre comigo, por muitas viagens que faça, por muitos anos que viva. Santorini é um local mágico, que vai de encontro a tudo o que tinha imaginado. O azul é único e por isso devia haver
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um tipo de azul chamado Grécia. Segunda paragem: Paros. Óptimas praias, boa comida, nenhum stress. É muito uma ilha para backpackers, tem boa onda, muito charme. As melhores praias estão a norte, na região de Naoussa. E não é de colocar de lado uma ida até Antiparos, a ilha em frente. A terceira, e última paragem, foi na maior ilha das Cíclades, onde Zeus passou a infância, Naxos. É um paraíso para praticantes de desportos náuticos e para quem gosta simplesmente de praia e de mar.
EVENTOS NA GRÉCIA Apesar de a Grécia e Atenas (em 2013 surgia atrás do Porto, em 47º lugar) não figurarem nas posições cimeiras do ranking da ICCA (International Congress and Convention Association) há boas razões para levar um evento para o país. Há alguns problemas também, uma situação política periclitante, e uma económica ainda pior. Mas isto até pode ser uma razão para ir. Por outro lado, a contribuição da Grécia para a cultura, arte e ciência é por si só um argumento para a realização de eventos no país.
TRÊS MITOS DESFEITOS Mito nº1: Os gregos são antipáticos. Fiquei com a impressão oposta, de que são simpáticos e extremamente prestáveis. São joviais, gostam de conviver, de conversar, de passar tempo no café a beber um expresso freddo (uma descoberta que não tem preço) ou uma Mythos (cerveja local). Mito nº2: Atenas não tem mais nada para ver além da Acrópole. Tem muito que ver!!! E só a Acrópole e todos os complexos onde se pode entrar com o mesmo bilhete exigem um dia inteiro. Passear em Plaka e Monastiraki, experimentar as sensações dos atletas que competiram nos primeiros Jogos Olímpicos da Era Moderna, ou simplesmente relaxar num café a testemunhar a vida da cidade. Mito nº3: O nível de vida é baixo. Talvez seja para um alemão ou um holandês, mas para o bolso dos portugueses não. Isso é particularmente sentido nas ilhas, já que tudo tem que vir de barco.
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Outro é a posição interessante do ponto de vista geográfico, no coração de uma área que une o Mediterrâneo ao Médio Oriente e aos antigos países da esfera jugoslava e soviética. A juntar a isto, as infra‑estruturas – Atenas desenvolveu‑se muito por ocasião dos Jogos Olímpicos e está agora completamente apetrechada ‑ , o aeroporto internacional, as hipóteses de tours e de actividades culturais, os cenários únicos para um evento (imagine uma cerimónia no estádio Panatenaico, ou um jantar no Odeon de Herodes‑ e, porque não, as ilhas ali tão perto são pretexto para eventos relacionados com a água, os oceanos! Sem esquecer a segunda cidade do país, Salónica, que dispõe de uma feira internacional com prestígio no mercado, uma Universidade dinâmica, além de toda a componente histórica e turística. O país onde nasceram tantos eventos, sendo os Jogos Olímpicos o mais emblemático, que deu tanto ao mundo, pode ser a inspiração ideal para que surjam novas ideias que o podem mudar e melhorar. Cláudia Coutinho de Sousa
O turismo continua em grande na Grécia, apesar de toda a turbulência. Os DMCs gregos confirmam ao MeetPie (parceiro da Event Point na International Meetings Review) que as reservas continuam a acontecer e que o número de chegadas de turistas ao aeroporto de Atenas se mantém estável, pelo menos no que diz respeito ao mercado do Reino Unido. O monitor de turismo da GFK mostra que, durante as negociações com o Eurogrupo, as reservas do Reino Unidos aumentaram 3%. O mesmo aumento teve o mês de Junho, quando comparado com o período homólogo de 2014. Nem o aumento do IVA, consequência das negociações, que já fez subir o preço dos hotéis e restaurantes, afasta os turistas da Grécia. A associação helénica de PCO e os convention bureaux de Atenas e Salónica, dão nota deste business as usual: “A meetings industry nacional não prevê nenhuma mudança nos eventos já confirmados”. No press release, as associações asseguram o comprometimento do sector com a manutenção dos mais altos padrões de serviço. No entanto, e segundo a GBTA (Global Business Travel Association), e desde 2007, o sector contraiu 25%, em linha de resto com a contracção da economia grega.
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CENTRO DE CONGRESSOS E EXPOSIÇÕES DA ALFÂNDEGA PORTO | 223 403 000 | GERAL@CCALFANDEGAPORTO.COM | WWW.CCALFANDEGAPORTO.COM “MELHOR CENTRO DE CONGRESSOS DA EUROPA”.
MULTILEM ‑ BRAND NEW SPACES DOURO MARINA
VILA NOVA DE GAIA | 220 907 300 | 918 501 474 | INFO@DOUROMARINA.COM | WWW DOUROMARINA.COM "EVENTOS COM CHARME."
AZAMBUJA | 263 400 010 | INFO@MULTILEM,PT | WWW.MULTILEM.PT "SOMOS UMA EMPRESA PORTUGUESA, PRESENTE NO MERCADO DESDE 1986. HOJE ESTAMOS NÃO SÓ EM PORTUGAL MAS TAMBÉM EM ANGOLA, NO MÉDIO ORIENTE E NAS AMÉRICAS E JÁ FIZEMOS PROJECTOS EM MAIS DE 50 PAÍSES. TRABALHAMOS EM TRÊS ÁREAS DE NEGÓCIOS, CONCEPÇÃO, DESIGN E MONTAGEM DE STANDS, EVENTOS E REMODELAÇÃOS DE INTERIORES E TEMOS A CAPACIDADE E A VONTADE PARA CHEGAR PERTO DE SI, ESTEJA ONDE ESTIVER. PARA NÓS, CRESCER É AJUDAR OS CLIENTES A CRESCER."
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MULTIARCO (AR‑CONDICIONADO)
PORTO | 225 083 027 | PORTOESTADIO@FCPORTO.PT | WWW.FCPORTO.PT ONDE A MAGIA ACONTECE.
V. N. DE GAIA | 223 746 660 | TURISMO@SOGEVINUS.COM | WWW.CALEM.PT
LISBOA | 218 483 740 | INFO@MULTIARCO.PT | WWW.MULTIARCO.PT "ENQUANTO LÍDER NO MERCADO DE ALUGUER DE EQUIPAMENTOS DE AR CONDICIONADO E DE SOLUÇÕES PARA AQUECIMENTO, CRIÁMOS ESPECIFICAMENTE O SERVIÇO DE ALUGUER DE EQUIPAMENTOS, PARA RESPONDER ÀS NECESSIDADES DE CLIMATIZAÇÃO TEMPORÁRIAS, RESULTANTES DA ORGANIZAÇÃO DE FESTAS, ESPECTÁCULOS, CONGRESSOS, EVENTOS DESPORTIVOS, EXPOSIÇÕES, ENTRE OUTRAS. SEJA UMA TENDA, UM EDIFÍCIO HISTÓRICO, UM ARMAZÉM, UM CONTENTOR MONOBLOCO OU OUTRO ESPAÇO SEM CLIMATIZAÇÃO."
EXPONOR
ALL2RENT
FUNDAÇÃO DE SERRALVES CONGRESS CENTER
ALUG’AQUI (LOUÇAS E TALHERES)
MOSTEIRO DE SÃO BENTO DA VITÓRIA
ANIMAGEST (ESTRUTURAS, MOBILIÁRIO E DECORAÇÃO)
SANTARÉM
CBS (STANDS)
CAVES CALÉM ‑ SOGEVINUS FINE WINES
MATOSINHOS | 229 981 400 | INFO@EXPONOR.PT | WWW.EXPONOR.PT
LEÇA DA PALMEIRA | 229 958 058 | GERAL@ALL2RENT.PT | WWW. ALL2RENT.PT
PORTO | 226 156 500 | SERRALVES@SERRALVES.PT | WWW.SERRALVES.COM
SINTRA | 219 108 003 | 219 241 860 | 961 327 951 | INFO@AAQUI.COM | WWW.AAQUI.COM
PORTO | 223 401 900 | LARCHER@TNSJ.PT | WWW.TNSJ.PT
ALMADA | 212 549 880 | 932 549 880 | ANIMAGEST@ANIMAGEST.COM.PT | WWW.ANIMAGEST.COM.PT
LOUSADA | 255 810 230 | GERAL@CBS.PT | WWW.CBS.PT
CNEMA
FUTURDATA
SANTARÉM | 243 300 300 | CENTRODECONGRESSOS@CNEMA.PT | WWW.CNEMA.PT
PORTO E LISBOA | 229 427 715 | 210 415 965 | FUTURDATA@FUTURDATA.PT | WWW.FUTURDATA.PT
AÇORES AÇOR ARENA
EUROPALCO (PALCOS E OUTRAS ESTRUTURAS) MEM MARTINS | 219 605 520 | GERAL@EUROPALCO.PT | WWW.EUROPALCO.COM
VILA FRANCA DO CAMPO | 296 539 390 | ACORARENA@GMAIL.COM | ACORARENA2.WIX.COM/ACORARENA
MADEIRA CENTRO DE CONGRESSOS DA MADEIRA
FUNCHAL | 291 209 180 | CASINO.MADEIRA@PESTANA.COM | WWW.PESTANA.COM
CENTRO CULTURAL E DE CONGRESSOS DE PORTO SANTO PORTO SANTO | 291 980 600 | SDPS@NETMADEIRA.COM
EVIDÊNCIA DISPLAY (STANDS)
LISBOA | 214 603 620 | GERAL@EVIDENCIADISPLAY.COM | WWW.EVIDENCIADISPLAY.COM
MODELSTAND (STANDS)
BRAGA | 253 300 320 | COMERCIAL@MODELSTAND.PT | WWW.MODELSTAND.PT
OPÇÃO GLOBAL (STANDS E OUTRAS ESTRUTURAS) AMADORA | 917 165 155 | INFO@OPCAOGLOBAL.PT | WWW.OPCAOGLOBAL.PT
PEBÊ BRAND ENERGIZE (STANDS)
TERRUGEM | 219 188 720 | GERAL@PEBE.PT | WWW.PEBE.PT
PUBLIACÇÃO (ROAD‑SHOW)
ALMARGEM DO BISPO | 210 106 295 | GERAL@PUBLIACCAO.COM | WWW.PUBLIACCAO.COM
WWW.EVENTPOINT.COM.PT
71
DIRECTÓRIO
SIRAM (PALCOS E OUTRAS ESTRUTURAS)
EPIC SANA ALGARVE HOTEL
SPORMEX (STANDS)
GRANDE REAL SANTA EULÁLIA
FORMAÇÃO
SALGADOS PALACE
FUNCHAL | 291 230 350 | SIRAM@SIRAM.PT | WWW.SIRAM.COM
BRAGA | 253 673 689 | GERAL@SPORMEX.PT | WWW.SPORMEX.PT
ESCOLA SUPERIOR DE HOTELARIA E TURISMO DO ESTORIL ESTORIL | 210 040 700 | ISABEL.SOUSA@ESHTE.PT | WWW.ESHTE.PT
ESCOLA SUPERIOR DE TURISMO E TECNOLOGIA DO MAR PENICHE | 262 783 607 | ESTM@IPLEIRIA.PT | WWW.ESTM.IPLEIRIA.PT
RESTART
ALBUFEIRA | 289 104 300 | INFO.ALGARVE@EPIC.SANAHOTELS.COM | WWW.ALGARVE.EPIC.SANAHOTELS.COM
ALBUFEIRA | 289 598 000 | INFO.GRSE@GRANDEREAL.COM | WWW.REALHOTELSGROUP.COM
ALBUFEIRA | 289 244 200 | BOOKINGS@NAUHOTELS.COM | WWW.NAUHOTELS.COM
SHERATON ALGARVE HOTEL & RESORT
ALBUFEIRA | 289 500 100 | PINECLIFFS.RESERVATIONS@LUXURYCOLLECTION.COM | WWW.SHERATONALGARVE.COM
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VILAMOURA | 289 303 303 | HTMARINAVILAMOURA@TIVOLIHOTELS.COM | WWW.TIVOLIHOTELS.COM
LISBOA | 213 609 450 | INFO@RESTART.PT | WWW.RESTART.PT
LEIRIA
FOTOGRAFIA E VÍDEO
MARRIOT PRAIA D’EL REY & BEACH RESORT
ÓBIDOS | 262 905 100 | INFO.PDR@MARRIOTT‑PDR.COM.PT | WWW.PRAIA‑DEL‑REY.COM
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LISBOA | 213 106 000 | GUESTSERVICEALTIS@ALTISHOTELS.COM | WWW.ALTISHOTELS.COM
MINIFOTO
LISBOA | 217 567 330 | MINIFOTO@NETCABO.PT | WWW.MINIFOTO‑ESTUDIO.COM "REGISTAMOS O SEU SUCESSO!"
DUBVIDEO
LISBOA | 213 426 049 | INFO@DUBVIDEO.NET | WWW.DUBVIDEO.NET
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PORTO | 222 080 675 | GERAL@FAVOSTUDIO.COM | WWW.FAVOSTUDIO.COM
HELLO MOVEMENT
LISBOA | 969 978 984 | HELLOMOVEMENT@GMAIL.COM
SHORTFUSE
OEIRAS | 219 283 614 | GERAL@SHORTFUSE.PT | WWW.SHORTFUSE.PT
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CORINTHIA LISBOA HOTEL
LISBOA | 217 236 363 | LISBOA@CORINTHIA.PT | WWW.CORINTHIAHOTELS.COM
EPIC SANA LISBOA HOTEL
LISBOA | 211 597 300 | INFO.LISBOA@EPIC.SANAHOTELS.COM | WWW.LISBOA.EPIC.SANAHOTELS.COM
HOTEL CASCAIS MIRAGEM
CASCAIS | 210 060 600 | RESERVATIONS@CASCAISMIRAGE.COM | WWW.CASCAISMIRAGE.COM
HOTEL REAL VILLA ITÁLIA
CASCAIS | 210 966 000 | REALVILLAITALIA@HOTEISREAL.COM | WWW.REALHOTELSGROUP.COM
INTERCONTINENTAL LISBOA
LISBOA | 213 818 700 | LISHA.RESERVATIONS@IHG.COM | WWW.IHG.COM
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LISBOA | 211 107 600 | INFO@MYRIAD.PT | WWW.MYRIAD.PT
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LISBOA | 218 929 100 | AUDITOR.OO@OLISSIPPOHOTELS.COM | WWW.OLISSIPPOHOTELS.COM
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PALÁCIO ESTORIL
BRAGA
PESTANA PALACE
LUSO | 231 937 970 | BUSSACO@ALMEIDAHOTELS.COM | WWW.ALMEIDAHOTELS.COM
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BRAGA | 253 144 000 | MELIA.BRAGA@MELIAPORTUGAL.COM | WWW.MELIABRAGA.COM
COIMBRA HOTEL QUINTA DAS LÁGRIMAS
COIMBRA | 239 802 380 | COMERCIAL@QUINTADASLAGRIMAS.PT | WWW.QUINTADASLAGRIMAS.PT
HOTEL VILA GALÉ COIMBRA
COIMBRA | 239 240 000 | COIMBRA@VILAGALE.PT | WWW.VILAGALE.PT
ÉVORA VILA GALÉ ÉVORA
ÉVORA | 266 758 100 | EVORA@VILAGALE.COM | WWW.VILAGALE.COM
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VILAMOURA | 289 381 600 | GERAL@CPVILAMOURA.COM | WWW.CROWNEPLAZAVILAMOURA.COM
ESTORIL | 214 648 000 | FRONT‑DESK@PALACIOESTORILHOTEL.COM | WWW.PALACIOESTORILHOTEL.COM
LISBOA | 21 361 56 00 | SALES.PORTUGAL@PESTANA.COM | WWW.PESTANA.COM
PORTO BAY LIBERDADE
LISBOA | 210 015 700 | PORTOBAYLIBERDADE@PORTOBAY.PT | WWW.PORTOBAY.COM
RITZ FOUR SEASONS HOTEL LISBOA
LISBOA | 213 811 400 | FSH.LISBON@FOURSEASONS.COM | WWW.FOURSEASONS.COM/LISBON
TRYP LISBOA AEROPORTO
LISBOA | 218 425 000 | TRYP.LISBOA.AEROPORTO@MELIAPORTUGAL.COM | WWW.TRYPLISBOAAEROPORTO.COM
VIP EXECUTIVE ART’S
LISBOA | 210 020 400 | HOTELARTS@VIPHOTELS.COM | WWW.VIPHOTELS.COM
PORTO CROWNE PLAZA PORTO
PORTO | 226 072 500 | OPOCP.INFO@IHG.COM | WWW.IHG.COM
INTERCONTINENTAL PALÁCIO DAS CARDOSAS PORTO | 220 035 600 | ICPORTO.INFO@IHG.COM | WWW.IHG.COM
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DIRECTÓRIO
NH COLLECTION PORTO BATALHA
ORGANIZADORES PROFISSIONAIS DE CONGRESSOS
PORTO | 227 660 600 | NHCOLLECTIONPORTOBATALHA@NH‑HOTELS.COM | WWW.NH‑HOTELES.PT
PORTO PALÁCIO CONGRESS HOTEL & SPA
PORTO | 226 086 600 | GERAL@PORTOPALACIOHOTEL.PT | WWW.PORTOPALACIOHOTEL.PT
POUSADA DO FREIXO
PORTO | 225 311 000 | GUEST@POUSADAS.PT | WWW.POUSADAS.PT
SHERATON PORTO HOTEL & SPA
FACTOR CHAVE
PORTO | 220 404 000 | SALES.PORTO@SHERATONPORTO.COM | WWW.SHERATONPORTO.COM
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VILA NOVA DE GAIA | 220 133 100 | RESERVATIONS@THEYEATMAN.COM | WWW.THEYEATMAN.COM
VIANA DO CASTELO
FORUM D’IDEIAS ‑ PCO & DMC
VILA NOGUEIRA DE AZEITÃO | 212 189 393 | INFO@FORUMDIDEIAS.COM | WWW.FORUMDIDEIAS.COM
AXIS VIANA ‑ BUSINESS & SPA HOTEL
VIANA DO CASTELO | 258 802 000 | RESERVAS@AXISVIANA.COM | WWW.AXISHOTEIS.COM
LEADING ‑ CONGRESS & ASSOCIATION MANAGEMENT LINDA‑A‑VELHA | 217 712 634 | LEADING@LEADING.PT | WWW.LEADING.PT
FLÔR DE SAL
VIANA DO CASTELO | 258 800 100 | RESERVAS@HOTELFLORDESAL.COM | WWW.HOTELFLORDESAL.COM
MUNDICONVENIUS
LISBOA | 213 155 135 | INFO@MUNDICONVENIUS.PT | WWW.MUNDICONVENIUS.PT
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SKYROS HOTEL CASINO CHAVES
PORTO | 226 165 450 | SKYROS@SKYROS‑CONGRESSOS.COM | WWW.SKYROS‑CONGRESSOS.COM
CHAVES | 276 309 600 | HOTELCASINOCHAVES@SOLVERDE.PT | WWW.HOTELCASINOCHAVES.SOLVERDE.PT
THE VINTAGE HOUSE DOURO
PINHÃO | 254 730 230 | VINTAGEDOURO@NAUHOTELS.COM | WWW.NAUHOTELS.COM
THE HOUSE OF EVENTS
PORTO | 228 348 940 | INFO@THE.PT | WWW.THE.PT
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VIDAGO PALACE HOTEL
VIDAGO | 276 990 900 | VIDAGOPALACE@UNICER.PT | WWW.VIDAGOPALACEHOTEL.COM
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VISEU MONTEBELO VISEU HOTEL & SPA
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LAMEGO | 254 660 600 | RESERVATIONS‑DOUROVALLEY@SIXSENSES.COM | WWW.SIXSENSES.COM
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PONTA DELGADA | 296 307 900 | HOTELMARINAATLANTICO@BENSAUDE.PT | WWW.BENSAUDE.PT
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TERCEIRA | 295 402 280 | TERCEIRAMARHOTEL@BENSAUDE.PT WWW.BENSAUDE.PT
MADEIRA BELMOND REID'S PALACE
FUNCHAL | 291 71 71 71 | RESERVATIONS.RDS@BELMOND.COM | WWW.BELMOND.COM
THE CLIFF BAY
FUNCHAL | 291 707 700 | CLIFFBAY@PORTOBAY.PT | WWW.PORTOBAY.COM
DESAFIO GLOBAL ATIVISM
LINDA‑A‑VELHA | 214 149 550 | GERAL@DESAFIOGLOBAL.ATIVISM.PT | WWW.DESAFIOGLOBAL.ATIVISM.PT "A DESAFIO GLOBAL É A EMPRESA DE EVENTOS CORPORATIVOS DO UNIVERSO ATIVISM, NASCIDA EM 2001. AO LONGO DOS ÚLTIMOS ANOS GANHOU MAIS DE 80 PRÉMIOS NACIONAIS E ESTRANGEIROS, COM DESTAQUE PARA O DE MELHOR EMPRESA EUROPEIA DE EVENTOS NOS EUROPEAN BEST EVENT AWARDS. COM UMA ESTRUTURA QUALIFICADA DE 30 COLABORADORES, COMBINA CRIATIVIDADE, COMUNICAÇÃO E LOGÍSTICA PARA A REALIZAÇÃO DE EVENTOS DE SUCESSO."
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FUNCHAL | 291 009 000 | RESERVATIONS@HOTELTHEVINE.COM | WWW.HOTELTHEVINE.COM
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AVEIRO | 234 424 519 | GERAL@JOGODESOMBRAS.COM | WWW.JOGODESOMBRAS.COM "A JOGO DE SOMBRAS É ESPECIALIZADA NA ORGANIZAÇÃO DE EVENTOS CORPORATIVOS E ACTIVAÇÃO DE MARCAS. PROCURA EXCEDER EXPECTATIVAS EM TODOS OS DETALHES, TORNANDO CADA EVENTO ÚNICO. PRESTA SERVIÇOS EM TODO O PAÍS."
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LISBOA | 211 583 021 | 937 442 524 | INFO@LINEUP.PT | WWW.LINEUP.PT "EVENTOS QUE MARCAM..."
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PORTO | 968 678 751 | INFO@KIWISCREEN.COM | WWW.KIWISCREEN.COM "É UMA PLATAFORMA TECNOLÓGICA QUE PERMITE TORNAR UM EVENTO NUM MOMENTO ÚNICO. JUNTANDO UMA SOLUÇÃO INOVADORA COM REDES SOCIAIS, PERMITE AOS PARTICIPANTES DO EVENTO INTERAGIR COM O MESMO DE UMA FORMA COMPLETAMENTE DIFERENTE."
EVENT SERVICES
VILA NOVA DE GAIA | 220 932 947 | INFO@EVENTSERVICES.PT | WWW.EVENTSERVICES.PT
XPTO MARKETING, EVENTS SPECIALISTS AND DMC
FUTURDATA
LOULÉ | 289 417 092 | 961 701 280 | ANABELA@XPTOMARKETING.PT | WWW.XPTOMARKETING.PT "DESENVOLVEMOS SOLUÇÕES INOVADORAS, CRIATIVAS E DINÂMICAS COM O OBJETIVO DE EXCEDER EXPECTATIVAS."
AA.COM
LISBOA | 211 929 707 | GERAL@AA‑COM.PT | WWW.AA‑COM.PT
VILA DO CONDE | 229 427 715 | FUTURDATA@FUTURDATA.PT | WWW.FUTURDATA.PT
MOBILITYNOW
LISBOA | 210 199 900 | INFO@MOBILITY.PT | WWW.MOBILITY.PT
TRANSPORTES
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LISBOA | 214 544 355 | ACTINGOUT@ACTINGOUT.PT | WWW.ACTINGOUT.PT
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BRAGA | 253 204 053 | INFO@BESTEVENTS.PT | WWW.BESTEVENTS.PT
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PORTO | 226 167 050 | MAIL@BRIDGE2EMOTIONS.COM | WWW.BRIDGE2EMOTIONS.COM
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LISBOA | 217 955 424 | KE@KRIAEVENTOS.PT | WWW.KRIAEVENTOS.PT
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LISBOA | 218 619 375 | GERAL@PMPEVENTOS.COM | WWW.PMPEVENTOS.COM
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LISBOA | 213 839 600 | GERAL@PRESTIGIO.PT | WWW.PRESTIGIO.PT
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LISBOA | 214 054 100 | 965 644 055 | INFO@VIPDRIVE.PT | WWW.VIPDRIVE.PT "A VIPDRIVE É LICENCIADA PELO TURISMO DE PORTUGAL COM O ALVARÁ‑RNVAT N.º 3853. SERVIÇO PERSONALIZADO DE TRANSPORTE PARA QUALQUER QUE SEJA A CIRCUNSTÂNCIA, DESDE EVENTOS A ACOMPANHAMENTO DE GRUPOS. DEFINE‑SE COMO SENDO UM PARCEIRO PROFISSIONAL E DE CONFIANÇA, PARA QUEM PLANEIA DESLOCAR‑SE PARA QUALQUER LOCAL EM VIAGENS DE NEGÓCIOS OU DE SIMPLES LAZER."
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LISBOA | 217 511 900 | BARRAQUEIRO@BARRAQUEIRO.COM | WWW.BARRAQUEIRO.COM
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LISBOA | 217 604 839 | GERAL@SFORI.COM | WWW.SFORI.COM
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LISBOA | INFO@THEDREAMERY.PT | WWW.THEDREAMERY.PT
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LISBOA | 218 522 183 | ASALVO@BULL‑INSURANCE.COM | WWW.BULL‑INSURANCE.COM "UMA NOVA GERAÇÃO DE SEGUROS, PARA NOVAS OPORTUNIDADES."
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