Event Point 19

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E VENTOS | CONGRESSOS | FEIR AS | INCENTIVOS | DESTINOS A N O V I | N Ú M E R O 19 | T R I M E S T R A L | J U N H O , J U L H O E A G O S T O D E 2 0 16 | 5 , 0 0 €

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O QUE OS MILLENNIALS PROCURAM NOS EVENTOS? ENTREVISTA: PAULO CAMPOS COSTA, EDP ROCK IN RIO: UM FESTIVAL TAMBÉM DE MARCAS


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FICHA TÉCNICA

EDITORIAL

PROPRIETÁRIO Estação Livre | Comunicação Tel: 223 395 624 info@eventpoint.com.pt www.eventpoint.com.pt

SEDE DA REDACÇÃO Rua da Fábrica Social, s/n 4000‑201 Porto | Portugal

DIRECTOR

Rui Ochôa [rui@eventpoint.com.pt]

EDITORA / DIRECTORA DE INFORMAÇÃO Cláudia Coutinho de Sousa [claudia@eventpoint.com.pt]

REDACÇÃO

Cláudia Coutinho de Sousa Maria João Leite [mj@eventpoint.com.pt] Sara Marques [sara@eventpoint.com.pt] Raquel Madureira

‑ DIRECTOR COMERCIAL Filipe Silva

[filipe@eventpoint.com.pt] ASSISTENTE COMERCIAL Marta Telles

[comercial@eventpoint.com.pt] ASSISTENTE DE DIRECÇÃO Inês Carvalho Rita Costa

TRADUÇÕES

Diana Reis Marques

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COLABORAM NESTA EDIÇÃO Björn Wigforss Casimiro Alves Francisco Serzedello Jorge Ferreira Maria João Diogo

CLÁUDIA COUTINHO DE SOUSA

RUI OCHÔA

O ESTRANHO CASO DOS MILLENNIALS Este título, a piscar claramente o olho aos livros policiais, representa bem o trabalho de pesquisa, de recolha de dados e de informações, e um certo grau de mistério que continua a pairar sobre os efeitos da inevitável chegada dos Millennials, enquanto participantes, ao mundo dos eventos. É mesmo necessário ajustar, adaptar modelos, formatos, comunicação, a esses novos públicos, também baptizados de Geração Y? E continuarão eles a consumir eventos como os conhecemos hoje? Não perca algumas das respostas que coligimos para si. Este é de resto um dos vários temas que abordamos com o nosso grande entrevistado, Paulo Campos Costa, responsável pela Direcção de Coordenação Global de Marca, Marketing e Comunicação da EDP. Num registo bem mais íntimo, pessoal, como é aliás o texto dele, chamamos a sua atenção para o artigo de Francisco Serzedello, sobre um facto incontornável: os gestores de eventos não são super-homens ou super-mulheres. Perante um caso extremo, de doença por exemplo, nada pára, nem mesmo os eventos, e por isso vale a pena reflectir no assunto, relativizar um pouco a urgência, a necessidade de imprimir um ritmo frenético às nossas vidas. Boas leituras, e até Setembro.

‑ DESIGN

Norma Design [geral@normadesign.com]

ÍNDICE

FOTOGRAFIA DA CAPA Michael Theis

FOTOGRAFIA Minifoto

IMPRESSÃO

Norprint ‑ a casa do livro Zona Industrial Alto da Cruz Rua das Artes Gráficas, nº 209 4780‑739 Santo Tirso

‑ Nº REGISTO ERC 126066

DEPÓSITO LEGAL 330066/11

TIRAGEM

3.500 exemplares

PERIODICIDADE Trimestral

‑ É estritamente proibida a reprodução parcial ou integral de textos ou ilustrações da Event Point. As informações contidas nos anúncios são da exclusiva responsabilidade dos anunciantes. Consequentemente, não podemos ser responsabilizados por qualquer informação incorrecta que se possa verificar.

6 5+5 testemunhos nos 5 anos da Event Point 8 Espaço APECATE 10 Empresas: Imppacto 12 Empresas: Food Events Network 13 Ranking ICCA 14 Espaço APOREP 16 ROCK IN RIO: UM FESTIVAL TAMBÉM DE MARCAS 20 EuBea 22 Espaço IPAM

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GRANDE ENTREVISTA: PAULO CAMPOS COSTA, EDP

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O QUE É QUE OS MILLENNIALS PROCURAM NOS EVENTOS?

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Paris constrói o maior centro de congressos da Europa A VIDA DO PROFISSIONAL DE EVENTOS, por Björn Wigforss Encontros da Primavera

44 Vocação para o mar 46 IT&CMA 48 Prolight + Sound 50 Turquia de braços abertos para o sector MICE 52 GESTÃO DE EVENTOS: O OUTRO LADO, por Francisco Serzedello 54 Dubai, cidade dos superlativos 59 Consultório de protocolo 60 Directório

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5+5

5 ANOS EVENT POINT 5 + 5 TESTEMUNHOS Quando comemoramos cinco anos da marca Event Point, decidimos lançar um desafio a 5+5 profissionais ligados ao sector dos eventos. Cinco deles são seniores, e a esses perguntámos o que mudou no sector nestes últimos cinco anos. Os outros cinco são ainda juniores, e deles quisemos saber o que gostariam que mudasse nesta área nos próximos cinco anos. Veja as respostas. ALEXANDRA BALTAZAR Coordenadora do Lisboa Convention Bureau

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“Parabéns Lisboa! Ao nosso capital humano, o recepcionista do hotel, o investidor, o designer, o comerciante, o cozinheiro, o organizador, o fadista, os que vivem cá, os que nos visitam... os que trabalham, os que acreditam. Lisboa cresceu e consolidou-se, lidera o produto turismo de negócios a nível nacional. É fundamental que continuemos o caminho da especialização, da diferenciação de Lisboa relativamente às outras cidades europeias com quem concorremos ao nível dos congressos e incentivos”. ANTÓNIO GOUVEIA SANTOS Director executivo do Centro de Congressos da Alfândega “A diminuição dos orçamentos disponíveis nas empresas, nomeadamente do sector médico e farmacêutico, assim como o encerramento de entidades associadas à organização de eventos são alguns dos aspectos menos positivos a destacar. No entanto, o reforço da promoção no sector, sobretudo através do esforço das entidades nacionais e regionais, a evolução e o investimento nas novas tecnologias, cruciais para o acompanhamento das tendências a nível mundial, e a aproximação significativa dos vários stakeholders do sector são factores que se têm provado essenciais para a evolução da área dos eventos”. JORGE VINHA DA SILVA Managing director do MEO Arena “Os factores que mais realço são o aumento da notoriedade de Portugal enquanto destino e o crescente reconhecimento interno da importância do sector para a economia do País.

Portugal “está na moda”, pela segurança, pela reconhecida hospitalidade do nosso povo ou pelo reconhecido know-how dos nossos profissionais na realização de eventos. Faltam ainda estatísticas consolidadas e tratamento de dados que permitam aferir os aspectos que devem ser melhorados e garantir uma visão mais holística do sector que possibilite a gestão de todas as fases - desde a prospecção à realização dos eventos”. PEDRO MAGALHÃES CEO da Europalco “A crise obrigou a fazer um bocadinho mais por um bocadinho menos, e os clientes colocam pressão nisso mesmo. A evolução da cenografia tornou-a mais digital, com projecções de vídeo de grande formato. E os clientes passaram a valorizar muito mais o factor Uau!, aquele que resulta do impacto quando entramos pela primeira vez no espaço do evento. Elementos que antes não eram muito valorizados, como o mobiliário, ajudam hoje a fazer a diferença. A verdade é que nem sequer havia oferta, mas agora até na mesa do almoço ou do jantar podemos ter projecções vídeo”. PEDRO RODRIGUES Coordenador de eventos na Desafio Global “Talvez a mais importante mudança no sector seja... não ter havido mudanças. Sim, todos sabemos que os orçamentos são cada vez mais limitados, que os prazos de apresentação e implementação de projectos são cada vez mais curtos e que, além de clientes profissionais e leais, surgem esporadicamente fregueses que não tem a mínima noção do que estão a fazer. O mercado sempre foi e será assim. É apenas Portugal no seu melhor. Nunca teremos os orçamentos do Dubai, os prazos dos suecos e a frieza dos alemães. Nunca mesmo”.

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5+5

CATARINA MESSIAS Gestora de eventos na Desafio Global “Deveria haver um maior interesse por parte dos potenciais fornecedores em mostrarem mais o portefólio, no fundo sermos inundados com novos conteúdos, termos mais open days. Gostava que a nossa área fosse mais dignificada e valorizada. A generalidade das pessoas não tem noção do trabalho árduo que envolve fazer a preparação de um evento. Gostava que o objectivo de qualquer fornecedor/ gestor / hospedeira / segurança, enfim qualquer pessoa ligada ao mundo dos eventos, fosse sempre o de superar o bom trabalho anterior. Por fim, aquilo de que sinto mais falta é de espaços novos para eventos”. FRANCISCO LEITE Event manager na LineUp Events Factory “Gostaria que houvesse uma real formação na área, com vertente teórica, mas principalmente prática. Temos pouco mais de cinco instituições de ensino com capacidade para formar "organizadores de eventos" capazes de integrarem uma das principais agências de eventos em Portugal. A realidade actual é que nem todos os apaixonados pela produção de eventos têm possibilidades financeiras para se qualificarem neste mercado - a grande maioria das universidades são privadas. O principal desafio é aumentar a oferta formativa pública, superior e especializada na gestão de eventos”. MAFALDA CORREIA Brand consultant na Mojobrands “Gostaria que no futuro deixássemos entrar mais tecnologias nos eventos. Não se estão a aproveitar todas as potencialidades

dessas tecnologias. E isso aplica-se também às redes sociais, não perdendo de vista algumas mais recentes, como o Snapchat ou o Instagram. Acredito que os eventos devem conseguir estabelecer uma relação mais estreita com as pessoas, e para que isso aconteça nada como proporcionar experiências. Há outras ferramentas a que devemos estar atentos, e às quais devemos recorrer, como o storytelling”. RAFAELA ESTEVES Marketing project manager na Factor Chave 7

“Gostaria que daqui a cinco anos Portugal fosse considerado um dos principais países europeus para a realização de grandes congressos internacionais. Tal poderá ser possível, pela crescente procura, quer turística quer na realização de congressos e eventos, que temos sentido nos últimos anos. Espero que sejam criadas condições de alojamento e centros de congressos capazes de acolher participantes estrangeiros e que as inovações tecnológicas facilitem a dinâmica dos congressos enquanto factor de crescimento qualitativo e de diferenciação”. SOFIA FERREIRA Assistente de produção na Prestígio for Brands “Considero que as empresas realizarão com maior frequência eventos sustentáveis e que os eventos corporativos, culturais e sociais cumprirão um diferente nível de responsabilidade, nomeadamente afectando uma maior consciência à qualidade e quantidade dos recursos consumidos. Acredito igualmente que as marcas estarão cada vez mais no centro, enquanto autoras e produtoras de conteúdo; e ainda que teremos cada vez mais eventos de grande escala, pelo potencial de projecção nacional e internacional, pela facilidade de mediatização e também porque cada vez mais o público adere”.

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ESPAÇO APECATE

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“AINDA O SELO DE QUALIDADE ERA UMA IDEIA E JÁ ACREDITAVA NA IMPORTÂNCIA DE A CONCRETIZARMOS” A Equinócio foi a primeira empresa associada a completar a certificação do Selo de Qualidade da APECATE. Aqui fica o testemunho da responsável da empresa, Cláudia Caetano. Porquê a opção de aderir ao Selo de Qualidade da APECATE? Trata-se de um Selo de Qualidade que certifica as boas práticas nos serviços que prestamos no âmbito da animação turística. É a primeira "certificação" específica para o nosso sector. Claro que a queríamos ter! Ainda o Selo de Qualidade da APECATE era apenas uma ideia e eu já acreditava na importância de a concretizarmos. Estamos a investir na qualidade dos serviços prestados ao longo dos últimos anos, mas muitas vezes o cliente só se apercebe disso no pós-evento. Especialmente para novos clientes e mercados, é uma forma de nos credibilizar e diferenciar face a outras empresas do mercado. Transmite mais

confiança para a empresa que nos está a contratar. Empresas com que já trabalhamos valorizam igualmente este Selo de Qualidade pois internamente já têm algumas exigências no sentido de dar preferência a empresas "certificadas". Que desafios encontraram no processo de certificação? O principal desafio foi identificar que determinados processos exigidos já estavam a ser realizados, embora os pudéssemos catalogar de forma diferente, e passar a denominá-los correctamente.

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De que forma o próprio processo de certificação ajudou a melhorar os processos de trabalho na empresa? Grande parte dos itens exigidos já estavam a ser cumpridos. Eram normas internas da Equinócio e práticas correntes. O que ocorria é que denominávamos determinados processos de outra forma, mas já existiam. Passámos a identificá-los com os nomes correctos e a sentirmo-nos mais confiantes de que o que fazíamos, fazíamos bem. O processo de certificação reforçou, de uma forma pedagógica, a importância/necessidade de estarmos atentos a alguns pontos importantes relacionados com minorias (que surgem sempre nos grandes grupos): restrições alimentares, questões de acessibilidades, entre outros. Não que já não o fizéssemos, mas não de forma tão explícita como passámos agora a fazer. Que mais-valias pode trazer este Selo para a vossa empresa? Por um lado, internamente, termos a certeza de que o que estamos a fazer, fazemos bem. Por outro, não menos pertinente, a percepção de um maior grau de confiança nos serviços que prestamos perante potenciais mercados e clientes. De que forma pode ser um elemento de diferenciação, na vossa área tão competitiva, o facto de serem uma empresa certificada? Qual o impacto que o Selo pode ter para os clientes? Para novos clientes é mais uma forma de nos distinguirmos das demais empresas. Alguns dos nossos clientes habituais, também eles certificados dentro dos seus sectores, valorizam trabalhar com empresas que estejam igualmente “certificadas”. Estivemos presentes na IMEX e usámos o Selo de Qualidade da APECATE como um dos argumentos de venda para nos credibilizarmos junto dos mercados internacionais. Já completaram o processo de certificação. Que balanço fazem até agora? Creio ainda ser cedo para falarmos em resultados. Mas não tenho dúvidas de que o balanço será positivo. Obter este Selo significa que o que fazemos, fazemos bem. E isso só pode ser positivo, certo? Independentemente de resultados, é uma dupla satisfação para a nossa equipa pois podemos afirmar que temos o Selo de Qualidade da APECATE e que fomos a primeira empresa a obtê-lo.

BILHETE DE IDENTIDADE A Equinócio actua na área da animação turística desde 2012. No início, a empresa estava mais direccionada para o mercado infantil e para o mercado particular do desporto aventura. Actualmente está especializada na organização de eventos corporativos (team building, incentivos outdoor, formação experiencial) e outros eventos comemorativos onde se incluem, por exemplo, eventos empresariais familiares ou dedicados aos mais novos. A Equinócio trabalha temáticas como a comunicação, inter-relação do grupo, pensamento estratégico, liderança, trabalho em equipa e desenvolvimento de outras competências comportamentais num contexto formativo diferenciador: “mais do que abordar as temáticas pretendidas, colocamos os participantes a vivenciarem as mesmas”, conta Cláudia Caetano. “Acreditamos que esta é a melhor forma de criar uma aprendizagem efectiva”. Em 2014, a empresa foi nomeada nos Publituris Trade Awards, na categoria de animação turística. Já 2016 fica marcado na história da Equinócio por ter sido a primeira empresa a obter o Selo de Qualidade da APECATE.

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EMPRESAS

EQUIPA DA IMPPACTO COM MARISA GOMES (EM BAIXO, TERCEIRA DA ESQUERDA) E REBECA SERRA (EM BAIXO, SEGUNDA DA DIREITA).

QUE O SABOR NÃO SE PERCA Marisa Gomes, 41 anos, e Rebeca Serra, 40 anos, são as duas chefs responsáveis pelo catering da Imppacto. A propósito das obras que transfiguraram recentemente a cozinha da empresa, estivemos à conversa com ambas. NOVA COZINHA

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Marisa Gomes chegou à Imppacto em 2010, com uma longa experiência em diversos restaurantes, onde trabalhou com outros chefs como Luís Baena e Vítor Sobral. Rebecca Serra, na empresa desde 2011, tem pelo contrário um percurso todo feito no lado do catering, onde começou mesmo antes de terminar o curso de Gestão Hoteleira na Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril. “Em alguns casos perdeu-se o sabor da comida daquelas pessoas mais velhas com quem aprendi muito, da mesma maneira que os nossos sabores de hoje se vão perder nas gerações futuras. Infelizmente, em muitas cozinhas está a perder-se o sabor e a ganhar beleza”, avisa Marisa Gomes. E Rebeca Serra acrescenta, “O que é muito importante é fazer a fusão: não perder as raízes, não perder os sabores que levam as pessoas a pensar que a avó tinha um prato que se assemelhava. Na cozinha da Imppacto, onde se juntam várias gerações, procuramos que o sabor não se perca, e acho que é isso que nos faz diferentes”. Em paralelo, e quando se trabalha para grupos de centenas, milhares de pessoas, muitas delas estrangeiras, a preocupação com uma oferta internacional e a resposta às crescentes restrições alimentares são uma constante. Entre mil pessoas haverá sempre vegetarianos ou alguém intolerante ao glúten ou à lactose. A pensar nestes casos “tentamos sempre recriar os pratos de forma a que a pessoa possa comer e não sinta que perdeu algo”, afirma Rebeca Serra.

No dia em que esta conversa aconteceu havia 200 quilos de vitela para cozinhar. Nas instalações antigas, mais reduzidas, isso levaria um dia e meio, porque eram precisos seis ou oito lumes, e é uma carne que exige quatro ou cinco horas pelo menos a cozinhar. Com as duas máquinas novas, duas marmitas, esses mesmos 200 quilos foram preparados em três horas, carne pronta e suficiente para 800 pessoas. Rebeca Serra dá outro exemplo. “Tivemos um evento para 2.500 pessoas, e precisámos de 627 litros de sopa. Em panelas que no máximo levam 80 litros, seria outro dia e meio de trabalho. Assim, basta uma manhã. Em duas horas e qualquer coisa podemos ter sopa para 1.300 pessoas”. A rapidez de resposta é completamente diferente, reforça Marisa Gomes. “Se nos aparecer um grupo de mil pessoas para daqui a dois dias e os nossos fornecedores tiverem os produtos basta-nos um dia para cozinhar e podemos servir esse grupo”.

IMPPACTO – CATERING E EVENTOS ALMADA | 212 962 365 | 937 200 350 INFO@IMPPACTO.COM | WWW.IMPPACTO.COM

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EMPRESAS

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FOOD EVENTS NETWORK

O PRAZER DA COMIDA QUE NUNCA CANSA A história desta empresa de catering começa num tempo em que o sector em Portugal é extremamente competitivo, em Maio de 2014. E tudo porque duas amigas, que trabalham na área de eventos há mais de 20 anos, se deparavam frequentemente com “alguma dificuldade de resposta, no sentido de o catering juntar qualidade, bom serviço e preço”, explicam Patrícia Magalhães e Patrícia Gama. Com a conjuntura económica experimentada pelo mercado nacional, todas as empresas de todas as áreas tiveram que se adaptar, ajustar à realidade, e nesse contexto surge a Food Events Network, um catering “que dá respostas aos eventos corporate de uma forma simples, mas com todo o requinte e qualidade, tanto na comida como no serviço, com um preço que se ajusta às necessidades do cliente”, garantem as duas Patrícias, e continuam, “Tratamos cada empresa como nossa, transmitindo segurança e confiança, porque cada momento e cada sucesso dos nossos clientes é também um momento nosso e o nosso sucesso”. Acompanhar a permanente evolução da gastronomia, valorizando a apresentação, é uma das apostas da Food Events Network. “Procuramos sempre inovar e implementar novas tendências e conceitos”, afirmam as responsáveis, que gostam de citar o gastrónomo francês Brillat-Savarin,

autor de “A Fisiologia do Gosto”, publicado pela primeira vez em 1825: “O prazer da comida é o único que, desfrutado com moderação, não acaba por cansar”. PARA MAIS INFORMAÇÕES

213 872 439 | 961 122 855 GERAL@FOODEVENTSNETWORK.COM

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RANKING

VÁRIAS SUBIDAS NO RANKING DA ICCA Em termos de países, as notícias são boas. Portugal subiu três posições e ocupa o 12º posto no ranking mundial, encabeçado pelos Estados Unidos, Alemanha e Reino Unido. Portugal recebeu 278 eventos.

OUTROS DESTINOS PORTUGUESES 13

Lisboa regressou ao top 10 das cidades mundiais que acolhem mais eventos homologados pela ICCA (International Congress and Convention Association). A capital portuguesa ocupa assim o 9º lugar, tendo subido três posições. Já o Porto que, ano após ano sobe no ranking, ocupa agora o 42º lugar, um posto acima em relação a 2014. Cascais subiu 59 lugares a nível mundial no ranking da ICCA, ocupando agora o lugar 133 na lista. Em 2014 ocupava a 192ª posição. A região contou com 19 eventos internacionais, que cumpriram os apertados critérios da associação, mais seis do que no ano anterior. Em termos europeus, Cascais ocupa a 75º posição. O ranking das cidades é liderado por Berlim, seguido de Paris e Barcelona.

Mas há vários outros destinos nacionais a figurarem no ranking das cidades da ICCA. Um deles é Aveiro. A cidade contou com sete reuniões internacionais, menos uma do que no ano passado, descendo assim da 266ª posição para a 301ª. Braga, Coimbra, Funchal e Portimão receberam cinco reuniões, enquanto os Açores acolheram quatro, e Faro três. Com duas reuniões aparecem a Costa da Caparica, Guimarães e Ponte de Lima. Com uma reunião, e por isso também a merecerem lugar no ranking, surgem Bragança, Covilhã, Évora, Figueira da Foz, Vila Nova de Gaia, Guarda, Lagos, Monte Gordo, Murtosa, Peniche, Setúbal, Tróia, Vila Nova de Cerveira e Vila Real.

Lembre-se que são incluídos neste ranking os eventos itinerantes, com mais de 50 participantes e que rodam pelos menos entre três países.

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ESPAÇO APOREP | WWW.APOREP.COM

PARA QUE SERVE A ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE ESTUDOS DE PROTOCOLO? Quando em 2005 fundámos a Associação, o nosso objectivo era promover o desenvolvimento, a integração e o competente desempenho dos profissionais que se dedicam à organização de eventos, públicos ou privados, solenes ou informais, empresariais ou estatais, e todos os eventos em que o protocolo está, ou devia estar, presente.

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Para atingir este objetivo, passámos a organizar anualmente umas Jornadas Internacionais de Protocolo, reunindo os profissionais deste sector de actividade. Desde 2005 que conseguimos trazer a Portugal grandes oradores nacionais e estrangeiros, para partilharem as suas experiências e nos ajudarem a reflectir, em conjunto, sobre as questões essenciais do protocolo na organização de eventos, sejam eles de que tipo forem. Hoje acreditamos que a APOREP se transformou numa referência credível para todos os que nos conhecem, representando um sector importante de profissionais do nosso país. A APOREP permite aos seus associados fazer parte de uma rede internacional a que chamamos “o mundo do protocolo”. Nas nossas jornadas promovemos um networking que permite a muita gente que se sentia isolada e a trabalhar “sem rede”, passar a dispor da ajuda de outros profissionais, que enfrentaram as mesmas questões e encontraram soluções que podem ser seguidas por todos. Todos os anos conseguimos encher auditórios com mais de uma centena de pessoas interessadas em assistir às nossas Jornadas Internacionais. Como somos uma associação sem fins lucrativos, são as receitas deste encontro anual que nos permitem continuar a lutar pelo reconhecimento do protocolo como ferramenta da comunicação organizacional. Para nós, a Associação só tem razão de ser enquanto conseguir liderar esta grande comunidade de pessoas

que investigam ou trabalham em todo o país na área do protocolo. A APOREP quer ser a voz colectiva deste sector profissional para que, todos juntos, possamos enfrentar os desafios que os novos tempos colocam. Mas queremos ir mais longe. Pretendemos também mudar mentalidades. Não buscamos protagonismo, mas estamos a lutar para ver reconhecido o papel que os técnicos de protocolo desempenham, desde que se começa a desenhar o evento, até ao momento em que o último convidado deixa a sala, contribuindo para evitar desastres, gerir imprevistos e potenciar a imagem positiva dos organizadores. Para conseguir continuar a estabelecer ligações entre todos os elementos desta vasta comunidade de profissionais, investigadores e estudantes, precisamos do apoio de todos.

Por isso, se quer saber para que serve a APOREP, gostaríamos que consultasse e divulgasse a nossa nova página em www.aporep.com. Por Isabel Amaral, presidente da Associação Portuguesa de Estudos de Protocolo

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FESTIVAIS

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ROCK IN RIO: UM FESTIVAL TAMBÉM DE MARCAS O Rock in Rio é mais do que um festival de música. É também uma oportunidade de os visitantes conhecerem algumas novidades das marcas e instituições associadas ao evento. O desafio destas é superarem-se e atraírem a atenção dos milhares de festivaleiros que por lá passam. WWW.EVENTPOINT.PT


FESTIVAIS

Foi no Rock In Rio que a Samsung apresentou algumas atracções tecnológicas, inseridas na Galaxy Adventure Park. Quem por lá passou pôde praticar “tiro ao telemóvel” com pistola de água, simular um salto de bungee-jumping para uma cratera vulcânica em actividade (através da Gear VR Volcano Bungee), tirar uma fotografia em 360º com fatos de super‑heróis (Gear 360 Sky Diving Dome) ou até dar uma voltinha na montanha russa virtual (Gear VR Roller Coasters). Passeando pelo recinto o corpo já faz algum exercício, mas quem quer saltar “à séria” só precisaria de dar um salto ao stand da Yorn, onde decorriam autênticas aulas de aeróbica. “Bundas of the world unite!”, dizem eles. E como para isto tudo é preciso energia, nada como medi-la no stand da EDP.

MEDIR A ENERGIA DOS FESTIVALEIROS Depois de uma aturada avaliação que demonstraria a existência de espaço para activação da marca no território da música, a EDP foi ocupando um lugar de relevo nos festivais. Este ano a marca volta a fazer o circuito destes eventos. O stand da EDP teve a sua estreia em 2014, e desde então é reutilizado, com elementos sempre inovadores. A “experiência” é a palavra de ordem para a marca e o briefing passado à empresa responsável pela activação, a Desafio Global (DG), tinha como ideia base o “querer estar perto das pessoas”, conta à Event Point Gonçalo Oliveira, team leader da DG. O resultado foi o conceito “Ao ritmo da música” e um stand onde os festivaleiros podiam medir a energia (em beats) que produziam numa pista de dança. Os três participantes que, em cada dia, produzissem mais beats tinham um desconto de 100 euros na factura da EDP no mês seguinte. Mas havia ainda outros motivos de interesse, por exemplo era possível personalizar sacos e capas de telemóvel e, através de uma máquina de vento, os festivaleiros podiam tirar uma fotografia e partilhá-la de imediato nas redes sociais. Além disto, o stand dispunha de uma zona VIP especialmente concorrida. A activação procurou ser transversal ao público que participa nestes eventos. “ Embora montemos uma estrutura típica, que serve para todos os festivais, criamos sempre uma série de activações que são transversais às idades e ao público que se relaciona com eles”, refere Gonçalo Oliveira. “Este ano preparámos uma acção específica para a EDP que é um momento apenas relacional, quase mágico, emotivo e fun, e que são uns balancés interactivos, que transmitem energia. À noite tem um impacto gigante”.

ROCK STREET Quem prefere cantar em vez de dançar podia sempre passar pelo stand do Continente e participar numa “batalha” de Karaoke. Ou então aceitar, logo ao lado, o desafio da Fidelidade Seguros e fazer um percurso de hoverboard. Ainda para os amantes de desportos, mais ou menos radicais, o Rock in Rio disponibilizava um Slide, que passava mesmo junto ao Palco Mundo. Um pouco espalhados por todo o recinto estavam stands de outras marcas e instituições parceiras como o da Santa Casa, o Turismo do Brasil, o Santander Totta, entre outras, sempre com vista para a Roda Gigante. Depois da merecida voltinha nas alturas, é tempo de descer pela EDP Rock Street, uma autêntica zona comercial. Nas casas estão representadas marcas como a Swatch ou a Fnac. E no palco, além da música dedicada ao Brasil, este ano poderia ter assistido, como a Event Point assistiu, a um pedido de casamento. E depois de usufruir de todas as actividades propostas, de ser premiado com brindes, de participar em concursos e de recolher informações institucionais, chega a hora do merecido descanso. Para isso, a Vodafone montou uma “fábrica de sofás” insufláveis, que permitiam que os festivaleiros descansassem confortavelmente enquanto esperavam pelo concerto mais desejado.

Maria João Leite Jorge Ferreira

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© RODRIGO ESPER

ROBERTA MEDINA “AS MARCAS FAZEM PARTE DA BRINCADEIRA E ISSO TAMBÉM É INOVADOR” Ao segundo dia de Rock in Rio Lisboa 2016, que decorreu em Maio no Parque da Bela Vista, a Event Point esteve à conversa com Roberta Medina. A vice-presidente executiva do Rock in Rio (RIR) tinha vários motivos para sorrir: nesta Primavera envergonhada o sol brilhava, o recinto recebeu, segundo a organização, 67 mil pessoas no primeiro dia (74 mil no segundo) e o festival teve um forte impacto nas redes sociais no dia de abertura. Além disso, este marcou o encerramento da comemoração dos 30 anos do RIR, um festival socialmente responsável, com muita música e com marcas que também são sinónimo de entretenimento.

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FESTIVAIS

O que é que distingue o RIR de outros festivais? Acho que são muitas coisas. Acho que não se encontram eventos desta dimensão com o nível de infra-estruturas que temos, com o investimento em iluminação, som e cenografia que é feito, com a qualidade da limpeza e dos serviços prestados aqui dentro. O perfil do line up também não é comum e isso também tem a ver com investimentos. Uma das grandes diferenças também são as marcas, que são entretenimento. As marcas fazem parte da brincadeira e isso também é inovador.

O RIR está a comemorar 30 anos. É uma data especial... No Brasil, existe a ‘carga’ dos 30 anos, porque as pessoas viveram a primeira edição e têm uma memória muito forte. Falar dos 30 anos remete para história e credibilidade. Aqui, onde a marca está construída, a ideia era contar um pouco mais de onde nasce o RIR, que não surgiu num cenário fácil e que surgiu inovando no mundo. Antes não havia eventos organizados a esse nível e o RIR foi um marco para a história do Brasil, na altura muito acentuada pelo momento político e social do país, a sair da ditadura. Então o RIR virou bandeira de uma geração, de liberdade de expressão. A edição de Lisboa faz parte dessa história também. Faz e muito. Porque o RIR volta a existir e cria um modelo permanente. Volta para o Brasil, vai para os Estados Unidos, com mais de metade de uma equipa portuguesa. E consolidámos o modelo aqui. Este é também um festival de marcas? É um festival de marcas para as marcas, porque ele só foi possível há 30 anos com o investimento delas. E hoje ele só consegue ter essa qualidade de infra-estruturas, de cenografia, de iluminação, de som, porque tem marcas investindo ‘pesado’ no evento. A qualidade do serviço e os produtos mais sofisticados vêm por conta das marcas, sem dúvida. E é uma ‘mão dupla’: as marcas entregam um serviço melhor para o consumidor e o público também é alargado porque o evento é melhor. Isso criou uma característica de evento muito única.

Está a decorrer um leilão de guitarras, cuja receita reverte para o projecto Amazónia Live. Este é também um evento solidário e socialmente responsável. Sim. Há 15 anos, voltámos a fazer o RIR com a decisão de que seria usado como plataforma de divulgação de causas maiores. Decidimos investir parte das receitas do evento em causas diversas. E este ano demos um passo maior. O Amazónia Live é um compromisso do RIR em plantar um milhão de árvores e vai ter o seu ponto alto a 27 de Agosto, aquando de um show flutuante no meio da floresta, transmitido para o mundo inteiro. Isto porque estamos a falar de alterações climáticas. Estamos a plantar árvores na Amazónia porque é hoje um dos grandes pólos de conservação da biodiversidade e de concentração de água potável do planeta. Há ali muitas coisas que são essenciais e é preciso um esforço concreto para as preservar. Acima de tudo, a mensagem é que cada um de nós pode e deve mudar o seu comportamento e a sua atitude no dia-a-dia para combater as alterações climáticas. Os eventos sustentáveis são uma tendência cada vez maior no mercado. Graças a Deus! Quando começámos não era assim muito comum. Queríamos usar o RIR como exemplo para provar que fazer o bem vende, que o consumidor reconhece o produto se a marca contribuir para além das suas obrigações. Hoje vemos cada vez mais empresas comprometidas. E nós temos a alegria de ter uma certificação de Sustentabilidade, que é um reconhecimento muito grande.

Maria João Leite Jorge Ferreira

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EVENTOS

ESTÁ ABERTA A COMPETIÇÃO PELOS "ELEFANTES" Este ano, os prémios, englobados num Festival de Live Communication, que contempla por exemplo uma série de sessões formativas e inspiracionais, decorrem em São Petersburgo, depois de duas edições em Sevilha, e de várias temporadas em Milão. A ideia de itinerância é cada vez mais uma certeza para a organização, o Grupo ADC. Quem sabe se um dia o evento não viaja até Portugal? Mas vamos aos prémios. Podem candidatar-se aos EuBea os projectos realizados em qualquer lugar do mundo, entre 1 de Agosto de 2015 e 31 de Julho de 2016. Já as entidades que propõem os eventos, sejam agências, instituições públicas, associações, ou outras organizações, terão de ser europeias. As categorias a concurso podem ser consultadas em: www.eubeafestival.com/categories. Os eventos serão julgados por um painel de jurados, do qual fazem parte algumas das principais marcas internacionais e associações de eventos. Os critérios de avaliação principais são a criatividade, a execução, a eficácia e a estratégia de canal. Há um júri de imprensa, do qual faz parte a Event Point, que vai atribuir um “Elefante” especial.

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As candidaturas deverão ser entregues até 31 de Julho. O formulário pode ser descarregado no site da iniciativa. Os eventos e as agências portuguesas já podem candidatar‑se aos famosos “Elefantes”, o troféu dos European Best Event Awards (EuBea). E é longo e rico o histórico de Portugal nesta competição, coleccionando diversos prémios. Nem é preciso recuar muito. Em 2015, a Desafio Global e a Action 4 arrecadaram um ouro (Convenção da EDP) e uma prata (Vodafone Music Sessions), respectivamente.

Marque na agenda: São Petersburgo, 12 a 15 de Outubro.

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ESPAÇO IPAM

O QUE OS JOVENS PROCURAM NOS EVENTOS? A percepção dos benefícios que os jovens procuram num evento implica, à partida, perceber o conceito do evento ao qual nos referimos. Sendo um acontecimento que ocorre num determinado espaço, este pode assumir diversas formas e tipologias (festas, congressos, concertos, conferências, festivais, etc.). Perceber os vectores de valor que este segmento de mercado busca na 22

sua experiência com os diversos eventos em que se envolve, assume-se como uma tarefa complexa, e ao mesmo tempo desafiante, dado que se trata de um segmento com permanentes alterações comportamentais. Geralmente, quando falamos de eventos associamos este conceito à necessidade de um espaço físico de realização. Contudo, se queremos atingir o público jovem, temos de ter em atenção os locais onde estas pessoas se movimentam. Vários estudos tornam evidente a taxa de jovens que vive no âmbito e na esfera do digital. Cada jovem utiliza, em média, mais de um dispositivo com internet, conhece os mais variados “motores de busca” e tem várias contas nas diversas redes sociais. Este indicador deve levar-nos a considerar a necessidade da realização de eventos construídos na esfera do digital e, ao mesmo tempo, indica-nos que estas plataformas são veículos de referência no processo de comunicação dos inúmeros eventos que ocorrem. Associado a esta nova era do digital temos, também, um segmento que é adepto de tecnologia de nova vaga – ou seja, que possa gerar interacção e co-criação. Esta lógica

de pensamento vai muito além da anterior perspectiva da tecnologia apenas como fonte de informação. Considerando o sector dos espetáculos, é curioso verificar que as várias estatísticas disponíveis no nosso país indicam que os concertos rock/pop lideram, em termos do número de espectadores com alguma similaridade, relativamente ao teatro e à música tradicional e popular. No entanto, os concertos apresentam uma esmagadora diferença positiva no que diz respeito às receitas geradas, o que apresenta uma grande relevância tendo em conta que os concertos são frequentados, essencialmente, por um público que se situa numa faixa etária igual ou inferior a 30 anos. Estes dados significam, em forma de extrapolação, que os jovens investem mais em entretenimento, comparativamente a outros segmentos. A área dos eventos apresenta, também, uma tendência transversal às restantes áreas de negócio, relacionada com o

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características emocionais. Esta tendência implica novas abordagens na construção do “produto” global associado aos eventos. Alegria, prazer, conforto e liberdade são alguns dos principais sentimentos associados ao segmento mais jovem. A lógica do marketing colaborativo é uma realidade incontornável. Se, em termos históricos, passamos inicialmente de uma lógica de “transacção de um para muitos” para um conceito de one-to-one, de “transacção de um para um”, hoje em dia é crucial considerar uma tipologia não apenas transacional, mas sim de colaboração de “muitos para muitos”. Este pressuposto implica encarar uma estratégia associada às comunidades e à lógica tribal, resultantes dos valores e do conceito inerente ao evento que se pretende realizar. De acordo com os pressupostos referidos, podemos então indicar algumas tendências importantes a considerar no segmento mais jovem em associação à área dos eventos: são adeptos do digital e de tecnologia de nova vaga, que se movimentam na lógica das comunidades, redes sociais e atitude tribal; gostam de ir a concertos e investem recursos financeiros importantes neste produto específico de entretenimento; associam-se a marcas que contribuem para o conceito de “um mundo melhor” e preocupam-se com o lado espiritual da vida e com os valores; apresentam um grau de ligação forte com as marcas de que gostam verdadeiramente e a métrica mais importante passa a ser o número de fãs e não o número de consumidores. Marketing 3.0. Nesta linha, o consumidor sente-se atraído por conceitos de “produto” que contribuam para que o mundo à sua volta seja melhor a todos os níveis. Este princípio deve levar os organizadores de eventos para uma nova lógica estratégica de colaboração com o meio ambiente circundante, uma vez que ajudar a construir um mundo melhor significa ter mais fãs. Os valores são também um elemento importante a considerar. Se, no passado, era importante ter um bom produto e tópicos de diferenciação, hoje em dia é fundamental estar associado a valores positivos para o espectador. No âmbito dos eventos, segmentar para o público mais jovem implica utilizar critérios relacionados com valor e esta abordagem vai além da simplicidade dos critérios demográficos e psicográficos habitualmente considerados. No âmbito dos valores, estamos a falar de uma nova lógica que abrange a dimensão espiritual dos indivíduos e não apenas o seu lado funcional e as suas

Pedro Mendes Director da Licenciatura em Gestão de Marketing no IPAM - The Marketing School Lisboa e docente do IPAM - The Marketing School. Professor da área de gestão de marketing no ensino superior desde 2001, é licenciado em Gestão de Marketing pelo IPAM e doutorado em Ciências Empresariais com especialização em Marketing pela Universidad Rey Juan Carlos de Madrid.

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PAULO CAMPOS COSTA

“OS EVENTOS TÊM QUE SER DIFERENCIADORES” Foi na nova sede da EDP, na Avenida 24 de Julho, num dia luminoso, que estivemos à conversa com Paulo Campos Costa, director de Coordenação Global de Marca, Marketing e Comunicação. Os eventos da EDP, mas não só, estiveram no centro deste diálogo, em que o responsável aponta caminhos para o sector. Quais foram os momentos mais importantes do seu percurso profissional? Vim do jornalismo. Depois tive o privilégio, durante estes 16 ou 17 anos, de ter passado pelas três maiores empresas que havia em Portugal. Em primeiro lugar a Galp, depois estive na Portugal Telecom e, há dez anos, iniciei mais um desafio aqui na EDP.

Em que área do jornalismo estava especializado? Era jornalista generalista. Comecei na agenda, depois fiz reportagens para os programas da manhã e da tarde, fiz o Jornal da Tarde, o 24 Horas. Quando começaram a haver secções especializadas foi quando me desliguei do jornalismo diário, e passei a coordenar alguns programas de informação na RTP, como o Jornal Jovem, o Planeta Azul. Fiz o Bombordo, um programa que teve uma audiência, um público muito especial. Aí trabalhava com uma equipa fantástica, éramos poucos, mas o resultado era muito bom.

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GRANDE ENTREVISTA

Quais são as principais vantagens e desvantagens de trabalhar numa empresa com a dimensão da EDP? É um desafio. Hoje a EDP é uma empresa global, estamos presentes em 14 países, trabalham aqui mais de 30 nacionalidades, e tudo o que pensamos fazer tem de ser pensado de uma forma transversal, respeitando as culturas das diversas geografias onde estamos, mas ao mesmo tempo criando uma verdadeira cultura empresarial. A desvantagem é que as pessoas muitas vezes em Portugal não se apercebem da verdadeira dimensão que hoje a EDP tem no mundo. Mais de metade dos nossos resultados vêm de fora do país. Nesta década, qual foi o momento mais desafiante? Por exemplo, o concerto no Douro foi um dos momentos altos? Foi! No caso do concerto do Douro, muita gente achou que era demasiado out of the box, mas o facto é que o conseguimos levar a bom porto. Desde a meteorologia – no dia a seguir choveu -, a termos conseguido arranjar o batelão, a pequenos episódios, como o nível da água do Douro, que não estava exactamente como tinha sido calculado, e quando os barcos vão para acostar ao barco flutuante, tivemos que acrescentar de repente uma escada, porque tínhamos 300 convidados a assistir dentro do batelão, tudo isto foi um desafio. O Pedro Rodrigues, da Desafio Global [agência organizadora do evento], desde o primeiro dia disse: isto é uma perfeita loucura, mas vamos fazer. Foi um momento que marcou, também por outra razão especial em termos do branding, e que foi o lançamento da nova imagem da EDP. Houve uma conjugação de factores, portanto. Foi algo que marcou, marcou-me pessoalmente, mas marcou também todas as pessoas que estiveram envolvidas. Ninguém imagina o que esteve por trás, só quem faz eventos. Qual foi a principal mudança quando assumiu a função de Director de Coordenação Global da Marca, Marketing e Comunicação? Foi um pouco uma formalização. Passei a ter uma coordenação, o que se tornou um desafio para mim, porque tento libertar-me das coisas do dia-a-dia, e a proximidade aqui acaba por ser uma desvantagem. As duas direcções que saíram da antiga direcção de marketing e comunicação estão aqui no mesmo piso, o que me obriga a alguma disciplina, para tentar não interferir no trabalho deles. Outro desafio foi o de estar mais tempo presente no Brasil. É uma geografia onde temos clientes finais, e um mercado que está a crescer. Lá, por exemplo, tenho a área da sustentabilidade, a área comercial, e sou vice-presidente do Instituto EDP, que são um conjunto de áreas que aqui não tenho, o que é muito enriquecedor em termos profissionais e crescimento próprio.

Voltando a este percurso de dez anos. Como é a sua relação com António Mexia? É muito fácil trabalhar com uma pessoa como o Dr. Mexia, porque ele dá importância à comunicação e ao marketing, que são as duas áreas onde iniciei funções aqui na EDP, e dá liberdade à equipa para trabalhar. A relação que se criou vai um pouco além da relação profissional, porque há uma relação de confiança. Em termos destas áreas da comunicação e marketing, que relevância dá aos eventos? Muito grande. Acho que é a forma mais próxima de nos relacionarmos hoje com os stakeholders e com os clientes. Há dois anos, quando mudámos o nosso posicionamento, por exemplo em relação aos festivais, criou-se um site próprio onde as pessoas se habilitam a ganhar bilhetes para os festivais. Do ano passado para este, já evoluímos. Há mais clientes que nos visitam diariamente e há um conjunto de pessoas, que trabalham na área comercial, que são chamados moovers, que são voluntários para, nesses dias, acompanharem estes clientes numa visita ao local do festival, e também às activações da EDP. É uma forma de termos um feedback muito mais próximo. Os eventos têm que ser diferenciadores. A nossa forma de estar [nos eventos] tem que mudar sempre, porque senão as pessoas não são surpreendidas. Nós tentamos surpreender as pessoas com as mais pequenas coisas, seja nos eventos externos ou internos. Como é que gere a sua equipa? Como gosta de transmitir essa sua visão das coisas? Com muito boa energia. Acho que é muito importante as pessoas perceberem que eu me sinto motivado, em tudo o que faço. E sinto verdadeiramente; ainda hoje sou muito feliz a fazer as coisas que faço. Levanto-me com vontade de trabalhar, regra geral sou o primeiro a chegar, e o último a sair. Acredita que os eventos são capazes de estar no centro da estratégia de comunicação, originando conteúdos que depois podem ser disseminados? Claro, sem dúvida. Neste momento estamos a definir qual vai ser o layout da imagem e os conteúdos que vamos apresentar nos encontros deste ano, e que depois vão ser extrapolados para as pequenas reuniões, nas diversas geografias e empresas do Grupo. Em termos dos eventos externos é exactamente a mesma coisa. Tenho a convicção de que as empresas têm de continuar a apostar nos eventos. E acima de tudo numa boa activação. Quando as pessoas chegam e ficam de boca aberta, ou começam a tirar fotografias com o telemóvel, penso: está feito! Conseguimos surpreender as pessoas logo à entrada.

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GRANDE ENTREVISTA

E depois é a história que se vai contar, dentro dessa reunião, que tem que ser consistente, para o que temos de comunicar internamente, ou para o que temos de comunicar externamente. Agora o principal elemento aqui é o evento. Este pode fazer com que as pessoas pensem que é fantástico, ou que é igual ao ano passado. E a partir desse momento temos um conjunto de gente muito desmotivada. Fico muito feliz quando vejo que um evento correu bem, e que os nossos convidados, sejam media, sejam outros stakeholders, dizem “parabéns”, “excelente”, “grande ideia”, “isto foi um desafio”, aí percebemos que conseguimos alcançar os objectivos.

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Enquanto patrocinadores, ou nos eventos onde escolhem estar, como é que seleccionam os territórios que vos interessam? Como é que é feito esse alinhamento? Fizemos um trabalho, há cerca de sete anos e, nessa altura, a EDP não estava, por exemplo, na música, nem no surf e na vela, em termos da aprendizagem. Tentamos ver quais eram os territórios onde não havia marcas a mais. Um dos sítios onde é fácil uma marca estar é no futebol, o retorno é garantido, mas o investimento também é completamente diferente do que hoje o nosso orçamento nos permite fazer. E uma empresa com a dimensão da EDP, onde está presente, tem que tentar liderar. É óbvio que temos restrições orçamentais, isso é normal em qualquer empresa, mas são apostas que se fazem. E esse estudo disse-nos, claramente, que devíamos estar nas corridas, nas maratonas, onde já estávamos, e reforçar o investimento, o que fizemos. Havia um território que não estava muito ocupado, que era o da música. Entrámos e andámos ali dois anos um pouco a aprender, mais discretos. E o caso da aprendizagem, nas camadas mais jovens, tanto da vela como do surf. Aí não patrocinamos em dinheiro, mas compramos, por exemplo, velas. E quando decidem participar num evento que critérios estão subjacentes a essa escolha? Sermos parceiros! As partes devem negociar muito bem o contrato, mas a partir do momento em que está fechado, devem sentir-se bem no papel que cada um tem que fazer, de forma a que se consigam bons resultados. Porque têm que ser bons resultados para ambos os lados, seja para o patrocinador, seja para quem recebe o patrocínio. Acho que isso é determinante hoje nas relações que se criam com os mais diversos eventos, existir uma relação de verdade em termos daquilo que é expectável da nossa parte, que é pagar, mas da parte deles, darem condições para activarmos a marca da forma mais conveniente, com as restrições que sempre existem. Sabemos

que nos festivais só podemos entregar um determinado tipo de brindes, e estes são trancados ao início. A organização dos festivais também é muito diferente do que era há oito ou nove anos. As coisas são todas combinadas a priori. Como coordenam os eventos que fazem noutras geografias? Em termos materiais, toda a coordenação é feita aqui pela Direcção de Marca, onde está o marketing e activação de eventos, e depois são feitas as respectivas adaptações.

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“GOSTO DE PASSAR BRIEFINGS EM ABERTO”

Olhando para estes últimos cinco ou 10 anos para os eventos que faziam nessa altura, e os que fazem hoje, qual é a diferença fundamental? A nossa exigência é cada vez maior. Quando começamos a fazer eventos com um determinado tipo de qualidade – e a qualidade é muito grande nos nossos eventos –, as exigências para os nossos parceiros e fornecedores também passam a ser muito maiores. Entramos numa fase em que estamos a pensar na certificação desses nossos parceiros, porque se, em termos de CO2, compensamos a totalidade em todos os nossos eventos, se calhar os nossos parceiros, também têm que, na actividade deles, fazer isso. Vamos tentar ajudar a mudar um pouco a cultura empresarial que existe, junto dos nossos parceiros, porque aí conseguimos chegar de uma forma mais fácil. Agora o nosso grau de exigência e o desafio é cada vez maior, não tenho dúvidas, basta perguntar a qualquer um deles. Como é que olha para este sector dos eventos, para as agências, para os fornecedores? Acho que é uma área que também vai ter de evoluir, por exemplo em relação às novas tecnologias. Têm que começar a pensar, e não só quando lhes é passado um briefing, no que de melhor está para sair em termos de mercado. Tenho aqui gente dentro que está a fazer isso. Gosto que cheguem aqui propostas que surpreendam na própria proposta. E o mercado mudou. Este é um desafio que as empresas em Portugal têm que ter presente e têm, se calhar, de criar alguma área de inovação, que se dedique à pesquisa do que está para sair, de forma a que possam surpreender os clientes. E outra coisa, as pessoas têm de perceber que hoje o mercado é global, quando quero comprar por exemplo uma aplicação, não posso estar dois meses à espera, nem me podem pedir este mundo e o outro, quando basta um simples clique e se faz a compra disso, por dez ou cinco por cento do valor. Têm que se adaptar às tendências que existem em termos do mercado global e é urgente que o façam.

Como é que diria que gosta de gerir essa sua relação com as agências organizadoras de eventos? Prefere passar um briefing fechado ou apresentar uma ideia mais em aberto? Quem me conhece sabe que gosto de passar briefings em aberto, de forma a que possa vir alguma criatividade, alguma surpresa. Se tenho uma ideia já pré-concebida já estou a fechar o briefing em si, e vão apresentar-me aquilo que estou a pedir. Prefiro que me surpreendam. A criatividade tem de ser desafiada. Se os criativos começam a estar acomodados, não vamos ter gente criativa. A criatividade é um factor diferenciador nos eventos. E até que ponto medir o retorno dos eventos é uma preocupação efectiva vossa? Sim, temos um orçamento, e temos de prestar contas em relação às apostas que são feitas. 27

Hoje em dia ouve-se muito falar em questões ligadas à sustentabilidade, em várias perspectivas e em várias áreas, mas no caso concreto dos eventos que organizam isso é de facto algo que está presente, que vos preocupa, ou ainda é uma intenção, distante? Não, não é. E se nos visitar nos festivais percebe isso. Fizemos um acordo este ano com a Sociedade Ponto Verde, em termos da separação do lixo. Em relação, por exemplo, à comida que sobra dos nossos eventos, foi algo que trabalhamos sempre com parceiros, o mais recente a Refood. O nosso stand é o mesmo, vai para o quarto ano de vida. Compensamos o CO2 na totalidade. Nós, efectivamente, praticamos a sustentabilidade, em tudo aquilo que fazemos. Sente que as gerações mais novas exigem de facto eventos organizados de outra forma? Claro! Se não são surpreendidos, vão logo embora. São os mais exigentes. Temos que conseguir inovar naquilo que fazemos, tenho de ir a espectáculos, a exposições, e tenho de estar atento ao que se está a passar. Quando vou a um museu, por exemplo, vou ver a loja, para perceber que tipo de gadgets acabaram de sair. Conseguir recolher esta informação, e depois implementar, de uma forma rápida, que ainda seja

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inovadora para o sítio onde estamos, acho que é hoje um factor determinante. Nos últimos encontros internos da EDP [realizados no MEO Arena] voltámos a assumir um palco de 360º, mas fizemos uma coisa que nunca se tinha feito, e que foi ter realidade aumentada nas apresentações. É óbvio que as pessoas ficaram surpreendidas. O Dr. Mexia falava nas barragens, e aparecia uma barragem ao lado dele, mas só nos ecrãs, porque no palco ele estava sozinho. O factor surpresa é determinante para fixar as pessoas, e as pessoas têm de sentir que fazem parte disso. Se é algo em que as pessoas estão ausentes, elas também facilmente desistem. Na nossa vida profissional o grau de exigência tem que ser maior, seja internamente, seja com os nossos parceiros e fornecedores. Eles têm de estar sempre à altura dos desafios que lhes são lançados. E o desafio é surpreender-nos, essencialmente.

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Este sector dos eventos, de uma forma mais abrangente, como é que o avaliaria face aos outros mercados e aos eventos a que tem a oportunidade de assistir?

DEZ PERGUNTAS RÁPIDAS Jorge Jesus ou Rui Vitória? Sou do Benfica, acima de tudo. Sabe alguma palavra em chinês? Sei! Àomén, que é Macau. Também recebe telefonemas em casa a perguntar se quer mudar para o mercado liberalizado de energia? Não. Isso foi uma das coisas que aqui conseguimos de uma forma mais célere corrigir, porque me aconteceu isso quando estive nas telecomunicações. Prato preferido? São tantos! Talvez uns filetes de peixe galo com açorda. Onde se come melhor, Lisboa ou São Paulo? É diferente. Comida tradicional em Lisboa, comida japonesa em São Paulo.

Estamos na linha da frente, não tenho a mínima dúvida de que em Portugal, mesmo com as dificuldades que o mercado está a atravessar,

Para passar férias, cidade ou praia? Praia! O que é que não pode faltar na mala quando viaja a trabalho? A carteira.

temos dos melhores profissionais. Trabalhamos com várias agências em termos de activação, e eles também adoram ser desafiados.

LinkedIn ou Snapchat? Ambos, mas mais o LinkedIn. Que personalidade histórica gostaria de convidar para jantar? O Marquês de Pombal. Levava-o ao Solar dos Presuntos. A que concerto gostaria de assistir? Aos Coldplay - perdi-os em São Paulo há pouco.

Cláudia Coutinho de Sousa com Rui Ochôa, António Camilo (fotos) e Casimiro Alves (vídeo)

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PARIS CONSTRÓI O MAIOR CENTRO DE CONGRESSOS DA EUROPA Os números são impressionantes: 72 mil metros quadrados de estrutura; uma sala de conferência com capacidade para 5.200 pessoas; 44 mil metros quadrados de espaço de exposição. Uma lotação máxima mista (conferências e exposições simultâneas) de 30 mil pessoas. Com inauguração prevista para Setembro de 2017, o Paris Convention Centre será, além do maior espaço de congressos da Europa, o motor de um novo conceito de evento na cidade que tem sido, nos últimos três anos, líder no sector de congressos. Integrada no projecto de modernização do centro de exposições Porte de Versailles, a reconversão do Paris Convention Centre tem como objectivos manter Paris no topo dos destinos dos visitantes profissionais e dotar a cidade de um espaço que possa acomodar conferências de grandes dimensões, com destaque para as maiores convenções médicas. Também conhecido por Pavilhão 7, o renovado Paris Convention Centre terá uma estrutura modular, que permitirá ajustar os espaços de conferência e exposição às necessidades de cada cliente e, em consequência, manter a taxa de ocupação elevada durante todo o ano. Com três níveis de espaços para eventos, o Centro não descurou o aspecto estético: a fachada espelhada e o foyer panorâmico de três andares asseguram o

impacto inicial. A sala de plenário será das poucas na Europa a não ter colunas no interior e aposta na diferença com um tecto totalmente panorâmico, onde painéis automatizados irão controlar a quantidade e a direcção da luz solar que entra no espaço, permitindo iluminar ou escurecer completamente o espaço em 30 segundos. Nas palavras de Jean-Yves Durance, presidente do conselho executivo da Viparis, “a capacidade de providenciar soluções personalizáveis a cada projecto e a sua arquitectura notável farão do Paris Convention Centre o mais espectacular cenário para conferências da Europa.” Nada foi deixado ao acaso. A Event Point teve a oportunidade de visitar o estaleiro do futuro Paris Convention Centre, onde já

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VENUES

é reconhecível a sala plenária ampla e com luz directa, onde já estão a ser testados os módulos separadores que constituirão as paredes das futuras e adaptáveis salas de congresso e exposição e onde até o chão a ser aplicado se encontra em fase de testes. Do quarto nível (terraço) deste Pavilhão 7 – onde serão instalados um jardim aberto ao público e uma sala de eventos –, a vista sobre a cidade de Paris é quase imbatível. Embora a abertura ao público esteja agendada para o final de 2017, o Paris Convention Centre já pode ser visitado através do uso de ferramentas de realidade aumentada. A Event Point percorreu os quatro andares deste novo espaço usando óculos de realidade virtual, que permitem ao utilizador deslocar-se pelo Pavilhão 7 tal como se este já estivesse finalizado. Esta visita virtual está também acessível através da aplicação Paris Congress, disponível na App Store e no Google Play. A metamorfose do centro de exposições Porte de Versailles, que actualmente engloba o Paris Convention Centre e sete outros edifícios, é um projeto arrojado, liderado pela Viparis sob concessão da cidade de Paris, e tem como objectivo criar uma Exposição Universal Permanente no limite da cidade, que integre os seus habitantes e simultaneamente devolva o espaço à cidade. O Porte de Versailles já é o quarto espaço mais visitado da cidade de Paris (depois da Catedral de Notre Dame, do Sacré Coeur e do Louvre, e à frente da Torre Eiffel) e a requalificação pretende aprofundar ainda mais esta integração com a capital francesa. Com 70 mil metros quadrados de espaços verdes (52 mil dos quais serão terraços arborizados), campos de desporto abertos ao público e um novo restaurante do reputado chef Guy Martin, o centro de exposições pretende derrubar as barreiras e inserir-se no tecido social parisiense como uma alternativa de lazer. No final do projecto de requalificação, previsto para 2024 (teve início em Maio de 2015), o centro de exposições Porte de Versailles vai abarcar 35 hectares, vai dispor de dois hotéis, organizará 200 eventos por ano para um total de sete milhões e meio de visitantes e terá representado um investimento privado de 500 milhões de euros. Cinco arquitectos conceituados foram convidados para reconverter 61% das infraestruturas actuais: Christian de Portzamparc, Dominique Perrault, Jean-Michel Wilmotte, Jean Nouvel e Valode & Pistre. O projecto assume ainda uma vertente de sustentabilidade ecológica, apostando na eficiência energética através da utilização de energia fotovoltaica, e estabelece uma completa redefinição dos fluxos de trânsito, isolando as áreas logísticas e privadas das áreas pedestres e públicas. Maria João Diogo*

GRAND PARIS EXPRESS Paris desenvolve neste momento um novo projecto de redes de transportes, composto por quatro novas linhas de metro ao redor de Paris e pela extensão de duas das linhas já existentes. Com uma extensão total de 200 quilómetros, o Grand Paris Express insere-se num plano mais amplo de desenvolvimento económico e social da região de Paris, com vista à criação da “Grande Paris”, uma área urbana que ultrapasse os actuais limites da Île-de-France. Com entrada em funcionamento prevista entre os anos de 2020 e de 2030, o Grand Paris Express será uma infra-estrutura adicional importante para o desenvolvimento do sector de negócios da cidade – relembrando que o final do projecto de requalificação do centro de exposições Porte de Versailles está previsto para 2024.

FOIRE DE PARIS A história do Paris Convention Centre está estreitamente ligada à da Foire de Paris. Em 1924, com apenas 20 anos de existência, a feira muda-se para o centro de convenções e é lá que cresce e se afirma como o evento comercial popular que ainda é. Casa e lar; artes e culturas do mundo; beleza, moda e bem-estar; recreação e vida prática; e vinho e gastronomia são as secções ao dispor dos milhares de visitantes que, 112 anos depois, continuam a afluir com entusiasmo a este ícone parisiense.

*A Event Point visitou o complexo Porte de Versailles a convite da Viparis

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BJÖRN WIGFORSS | MARCOM DIRECTOR NA MICROSOFT | PRESIDENTE DA UNICEO PARA AS REGIÕES NÓRDICA E BÁLTICA

A VIDA DO PROFISSIONAL DE EVENTOS: SOB PRESSÃO PARA ULTRAPASSAR AS EXPECTATIVAS Acabou de organizar um evento e as pessoas dizem-lhe que foi incrível. Ao mesmo tempo, já está a preparar o próximo. Está constantemente à procura de maneiras de melhorar e sente que ninguém se vai lembrar de quão espectacular o último foi, se o próximo não for bem sucedido. Soa-lhe familiar? Aposto que isso é igualmente verdade, quer trabalhe do lado da agência ou do cliente. É essa noção abrangente de constante necessidade de melhorar que faz com que a nossa pressão arterial aumente. Então, como gerimos o stress? Bem, a resposta não é fácil, mas neste artigo vou destacar alguns aspectos que podem ajudar. 32

A CHAVE PARA ALIVIAR O STRESS É A ABORDAGEM E A MENTALIDADE Lancei-me nos últimos projectos de eventos, introduzindo um modelo que coloca o participante no centro da execução. É baseado na hierarquia de necessidades de Maslow, mas adaptei-o aos eventos. Tem este aspecto: Inspiro-me para me ultrapassar

Sou um participante valorizado e respeitado

Construo relações com as pessoas certas

Estou informado sobre o evento Estão a cuidar das minhas necessidades

Tenho um quarto de hotel e comida Tenho acesso a casas de banho Tenho acesso gratuito e funcional a wi-fi

Isto significa que este gráfico nos força a filtrar tudo o que fazemos através do modelo e ajuda-nos a ver como podemos atender, e superar as necessidades dos participantes. Também nos ajuda a identificar as coisas que realmente importam - os níveis 3 a 5 da pirâmide. Como exemplo do nível um: se falhar em qualquer um desses tópicos vai saber-se, e ninguém irá novamente ao seu evento, por isso precisam de ser bem executados. A beleza deste modelo, no entanto, é que ele o força a pensar sobre o que pode fazer para agregar valor às experiências dos participantes. Que tal uma pequena surpresa no quarto de hotel quando as pessoas chegam? Talvez uma mensagem no espelho do WC (que seja contextual para o tema do seu evento), que faça com que as pessoas sorriam. São as coisas simples que fazem as pessoas sentirem-se mais apreciadas. Claro que existem toneladas de outros exemplos sobre como usar a ferramenta. Todos nós sabemos o valor do networking - é um dos principais motores para as pessoas participarem em eventos presenciais, mas muitas vezes é esquecido aquando do planeamento do programa. O formato da sessão:

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OPINIÃO

como podemos estimular o diálogo e a troca de ideias? Enchemos os dias do evento com sessões desde manhã até à noite? Planeie o networking! Pode agora perguntar como esta ferramenta lhe alivia o stress. Ao hiper-focar-se nas necessidades dos participantes, e ao planear o seu evento com elas em mente, saberá que será mais bem sucedido e que a experiência será relevante para os seus participantes! Defina os objectivos do seu evento com os participantes em mente. Muitas vezes é útil fazer um questionário pré-evento, ou entrevistas qualitativas com potenciais participantes, para descobrir o que eles procuram. É uma óptima ferramenta também quando se trata das sempre importantes medições de eficácia do evento. Quando se fazem questionários pré e pós-evento com as perguntas certas, somos capazes de medir o impacto do evento. Quanto é que as pessoas aprenderam? Será que encaram a nossa marca/ empresa de forma mais positiva, depois de terem participado? Será que elas aprofundaram o seu relacionamento connosco? Estão mais propensas a aumentar os seus negócios?

principal com bastante antecedência. Desta forma, irá colmatar eventuais lacunas e será mais fácil identificar o que poderia correr mal - e fazer algo quanto a isso antes que aconteça. TECNOLOGIAS RELEVANTES Um dos maiores impulsos para a eficácia do evento, hoje em dia, vem através da revolução digital e das novas formas de comunicação. As inovações tecnológicas também podem ser de grande valor. É extremamente importante planear as experiências digitais, tal como o planeamento da execução no local, e ambos devem estar alinhados em termos de conteúdo, aparência e experiência. Uma das situações mais stressantes para profissionais de eventos é a sensação de não entender muito bem como aproveitar o evento nas redes sociais. Outra é a adopção de novas tecnologias. Para o primeiro, a sua empresa provavelmente dispõe de especialistas digitais. Envolva-os, torne-os parte da equipa principal e organize as actividades de comunicação em conjunto. Para o uso de novas tecnologias: o teste é tudo. Primeiro avalie se a nova tecnologia acrescenta valor (use a pirâmide como filtro). Depois avalie se irá funcionar bem com um crash test (teste de utilização). De seguida, ensaie.

PROCESSO E PLANEAMENTO CO-CRIAR – UMA EQUIPA, UMA MISSÃO Ser sistemático é tudo, mas os seus procedimentos devem ser definidos para que saiba o que precisa de ser feito, e quando fazê-lo. Isto vai poupar tempo e, portanto, reduzir o stress. Muito frequentemente o documento dos procedimentos torna‑se um fardo, pelo que convém mantê-lo o mais leve possível, mas também objectivo. Certifique-se de que tem uma agenda de trabalho clara, com notificações. Os profissionais das agências são frequentemente muito bons nisso: se trabalha na perspectiva do cliente, vale a pena adoptar o cronograma da sua agência, e complementá-lo com as suas metas internas. Se for muito detalhado para suas necessidades, então faça um mais resumido que possa ser comunicado a todos os interessados.

Referi-me a lado da agência e ao do cliente. No entanto, quando se trata de um projecto de evento, todos trabalhamos para a mesma equipa, partilhamos os mesmos objectivos e estamos igualmente dedicados a ser bem sucedidos. Em última análise, a liderança é a responsável pelo evento. Para fazer com que as pessoas trabalhem para o projecto, é muito importante tratar todos os membros - internos e externos - da mesma forma. Isto torna todo o trabalho mais divertido. Como sabemos, apreciar o que fazemos é a melhor arma contra o stress negativo.

Divirta-se a organizar o seu próximo evento!

ANTECIPAR FALHAS E se algo correr mal? Pode fazer um bom planeamento, mas é tão frequente sentir stress pela incerteza de que algo pode não funcionar. Qual é a solução? Primeiro de tudo, fazer sempre o máximo que puder antes do tempo para resolver os problemas que ocorrem. Em segundo lugar, ensaiar. Não me refiro apenas aos ensaios de palco. Trata-se também de percorrer todo o evento com a equipa

BJÖRN WIGFORSS Björn Wigforss tem mais de 20 anos de experiência na indústria de formação, consultoria e eventos. Organizou eventos de alto impacto, tanto como Global Events Director da Nokia e como Marcom Director Events na Microsoft. É membro do Conselho Consultivo dos EuBea , preside ao júri finlandês dos prémios Evento e é presidente da UNICEO para a região nórdica e báltica. É também membro do Conselho Consultivo dos eventos Arctic Startup.

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ENCONTROS DA PRIMAVERA 34

HÁ MAIS DE UMA DÉCADA A INOVAR É um dos congressos médicos mais importantes do país, e alcançou, em 2016, o nível máximo de acreditação.

O COMEÇO DE TUDO Não se pode começar a falar nos Encontros da Primavera sem falar no Dr. António Fráguas. Enquanto director de serviço da unidade de doenças oncológicas de Évora, desafia a Factor Chave a organizar uma reunião científica, naquela cidade do Alentejo, para comemorar os 20 anos do serviço. Na altura, tratava-se apenas da segunda reunião deste PCO, confidencia‑nos Vasco Noronha, director da Factor Chave. Em 2002 realizam-se então as jornadas oncológicas. O evento teve tanto impacto na comunidade oncológica, que foi decidido criar uma reunião nacional. Nasciam então os Encontros da Primavera, que hoje são uma marca registada da Factor Chave.

SALTO QUALITATIVO E QUANTITATIVO A segunda figura indissociável do evento é o Dr. Sérgio Barroso. Em 2007 é convidado para dirigir o serviço de oncologia de Évora e, um ano mais tarde, presidia pela primeira vez aos Encontros da Primavera. A sua contribuição para este evento seria assinalável, conferindo-lhe o estatuto que hoje detém de congresso de referência da oncologia em Portugal, contando com a participação de inúmeros delegados internacionais, e das principais empresas farmacêuticas. Em 2014, o congresso alcançaria o marco dos 1000 participantes.

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CASE‑STUDY

APOSTA NA TECNOLOGIA Nesse mesmo ano é criada, pela Factor Chave, a DNA Prime, que passa a assumir o papel de entidade científica, ficando a primeira como PCO do congresso. Um terceiro momento marcante no historial dos Encontros decorreu este ano, já que o congresso passou a contar com um Steering Committee, composto por vários profissionais. O desafio foi grande, relata Paula Ferreira de Almeida, da Factor Chave, dado o ecletismo da comissão e das agendas preenchidas de todos. Mas o resultado não podia ser melhor. E a cereja no topo do bolo foi mesmo a certificação internacional, tendo sido atribuídos 18 créditos CME, a maior pontuação possível de atribuir a um congresso. Para a directora comercial da Factor Chave tratou-se de “uma grande vitória”. “Foi um processo muito duro, uma corrida de fundo”, explica. Exige, em outros aspectos, que o congresso esteja pronto com seis meses de antecedência, com programa submetido e temas aprovados, com envios de curricula e de declarações de idoneidade. Mas, conforme lembra Paula Ferreira de Almeida, esta certificação tem um grande impacto para os médicos, sobretudo aqueles que têm, ou aspiram, a carreiras no estrangeiro. “É importante que tenham aqui o mesmo nível de créditos dos congressos internacionais a que assistem”, sublinha.

Neste congresso, que começa a ser preparado com um ano de antecedência, a tecnologia é uma presença fundamental, que tem evoluído. “Há quatro anos fizemos um upgrade tecnológico de todo o congresso”, conta a directora comercial da Factor Chave. A empresa tem uma aplicação própria, com georeferenciação, ligação às redes sociais, permitindo criar uma comunidade de delegados ao congresso. O congressista, munido da aplicação, pode, por exemplo, identificar outros delegados, enviar-lhes emails, telefonar. Em termos científicos, a aplicação permite criar uma agenda, com notificações, televoto, classificação de oradores, avaliações, etc. No final das comunicações, elas ficam disponíveis, tal como todos os trabalhos científicos, para download, na app. Nos últimos anos os posters já são electrónicos, e quase todo o congresso é feito em ambiente online. Paula Ferreira de Almeida avança que o próximo desafio é a transmissão do congresso via web, de modo a ter mais assistência internacional. A própria sala é pensada ao detalhe e um sistema de RFID permite estar em constante comunicação com o delegado.

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CASE‑STUDY

O DESTINO 36

Os organizadores dos Encontros da Primavera encontram vantagens e desvantagens em realizar este evento em Évora. Mais vantagens, conclui-se. Vasco Noronha aponta algumas: “os delegados vão efectivamente ao congresso, e ficam no congresso. Não saem para ir aos consultórios ou para jantar com a família, como aconteceria em Lisboa e no Porto. Portanto, estão em permanente convívio social e científico”. Aliás, e depois de inquérito feito pela organização, uns impressionantes 82% dos delegados diz que quer que o congresso continue naquela cidade alentejana. Além da gastronomia e beleza do destino, Paula Ferreira de Almeida destaca o hotel do congresso, o Évora Hotel. “A atitude deste hotel é muito boa”, refere, evidenciando a disponibilidade do director, Miguel Melo Breyner. “É um director que no diz: tudo é possível, esta é a vossa casa” e para se ter uma ideia do quanto “a casa” fica desarrumada, basta dizer que a Loja de Vinhos do hotel é transformada em secretariado. A directora comercial da Factor Chave não deixa de alargar o elogio a toda a equipa do Évora Hotel, que é “muito boa”. “Por exemplo têm a capacidade de servir 800 refeições, quando o restaurante tem a capacidade para 400 pessoas. E a qualidade da comida é mantida”. Mas nem tudo são rosas, um congresso desta dimensão implica alojar muitas pessoas e isso é um desafio. Primeiro porque alguns hotéis já têm quartos alocados a outras iniciativas ou a grupos e, por outro lado, os preços costumam subir na altura do evento. Outro problema prende-se com o local onde realizar o

Jantar do congresso. “Nos últimos três anos temos feito numa quinta, numa tenda com capacidade até 1000 pessoas”, conta Vasco Noronha, que reclama por um maior envolvimento das entidades locais e de turismo. “Se as entidades se envolvessem talvez fosse possível encontrar um espaço”. “Um dos eixos de comunicação é levar o congresso à população e temos imensa dificuldade com as autorizações, por exemplo para distribuir informação clínica”, explica Paula Ferreira de Almeida.

INOVAR, INOVAR, INOVAR Os Encontros da Primavera exigem uma grande equipa que, durante o evento, pode chegar às 100 pessoas. Em termos de fornecedores, a Factor Chave convoca apenas fornecedores nacionais, privilegiando os que trabalham habitualmente com a empresa. Para a equipa deste PCO, a palavra de ordem neste evento é inovar. “O congresso é o mesmo, o tema é o mesmo, o local e as pessoas são as mesmas. E não há tantos avanços científicos assim. E portanto, todos os anos, temos o desafio de fazer melhor e diferente”, refere Paula Ferreira de Almeida. É algo que as pessoas já esperam e isso acaba por ser “um motivo de grande orgulho”. Cláudia Coutinho de Sousa

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O QUE É QUE OS MILLENNIALS PROCURAM NOS EVENTOS? Em 2015, nos Estados Unidos, o número de Millennials ultrapassava, no mercado de trabalho, os Baby Boomers. Muito se fala de que os Millennials preferem o online aos eventos presenciais, de que preferem enviar uma sms do que falar com alguém, mas será mesmo assim? Que desafios se colocam aos organizadores de conferências e eventos? Foi um estudo do Pew Research Center e da Goldman Sachs Macroeconomic Insights que demonstrou que, no ano passado, no mercado de trabalho norte-americano, os Millennials ultrapassavam já os Baby Boomers. Clarifiquemos primeiro estes conceitos. Os Millennials, ou Geração Y, são os indivíduos nascidos depois de 1980, muito embora haja quem considere que quem nasceu no final dos anos 70 também faz parte

deste grupo. Os Baby Boomers são um “produto” da II Guerra Mundial, contemplando as pessoas que nasceram depois de 1946, e até 1964. No meio, está a Geração X, que incorpora quem veio ao mundo entre meados da década de 60 e final da de 70. Cada uma destas gerações exibe traços comuns, que permitem alguma generalização. Por exemplo os Baby Boomers caracterizam-se por, entre outros aspectos, valorizarem os

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DOSSIÊ TEMÁTICO

empregos fixos e a estabilidade financeira. A Geração X, embora tenha convivido já com tecnologia, tem comportamentos de grande resistência à mudança. Mas concentremo-nos nos Millennials. Esta geração conviveu e convive com os avanços da tecnologia, adoptando-os. Tem um desejo grande por novas experiências, pelo movimento e, em termos de trabalho, aprecia a ascensão rápida, e a mudança de emprego. E em termos de eventos?

A conclusão de um relatório da

Também em 2015, o American Program Bureau Speaker Association publicou um estudo “How Millennials See Meetings Differently.” Dan Schawbel, um orador e autor, diz “os Millennials encontram muito valor nas conferências e reuniões porque procuram oportunidades de networking e na carreira. Eles procuram empregos com reconhecimento, pelo que olham para as conferências como uma forma de se conectarem com as grandes organizações.

A ECONOMIA DA EXPERIÊNCIA

Meetings Mean Business e da Skift é clara: os Millennials valorizam

A EventBrite quis saber de que forma os Millennials gastam o dinheiro e descobriu que não só valorizam as experiências, como estão dispostos a aumentar os gastos com elas.

tanto os eventos presenciais quanto as gerações anteriores. Porque os eventos permitem o desenvolvimento pessoal e profissional, criar relações

Para esta geração a felicidade não reside na posse de coisas, em ter bens, é ir a concertos, assistir

profissionais, potenciar negócios. Um estudo da Cornerstone OnDemand junto de mil jovens americanos com mais de 18 anos mostra que 72% dos inquiridos preferem reuniões presenciais, em detrimento da comunicação virtual. E, em Fevereiro de 2015, a PCMA (Professional Convention Management Association), a IAEE (International Association of Exhibitions & Events) e o The Experience Institute publicaram a primeira fase de um estudo chamado “Decisão de Participar”, centrado sobre os factores de motivação que levam as pessoas a um evento. O estudo reuniu entrevistas a 7.171 pessoas. Os factores mais apontados para participar em convenções e congressos tinham a ver com o destino, com as pessoas, com o conteúdo, e com a experiência do evento. O estudo mostra, de facto, que os Millennials desejam participar em live events, até mais do que as gerações anteriores. Cerca de 65% dos inquiridos respondeu que gostava de participar em mais eventos. Desdobrando em gerações, o resultado foi: Geração Y/ Millennials 79%, Geração X 71%, Baby Boomers 63% e Pré‑Boomers (1930 a 1945) 46%. O estudo mostra ainda uma vontade desta geração de explorar mais o destino e ter uma verdadeira experiência do mesmo.

a acontecimentos desportivos, participar em eventos sociais e ter experiências culturais... em suma querem ter uma vida épica! Sendo uma fatia muitíssimo significativa da população, isto significa que a economia da experiência está em amplo crescimento. Oito em dez Millennials diz que algumas das suas memórias favoritas foram produzidas num evento em que participaram. E num mundo dominado pelas redes sociais, o “medo” de perder uma experiência faz com que esta geração opte por aparecer, partilhar e envolver-se, conclui a EventBrite. Em consequência, a vertente de experiência nos eventos, sejam de marcas ou públicos, aumenta cada vez mais, de forma a

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DOSSIÊ TEMÁTICO

chegar a estes públicos ou a “conquistar-lhes o coração”, como tão bem colocam os autores do estudo. Mas os Millennials não são os únicos a desejar experiências, nesta altura esse objectivo é transversal às várias gerações.

NETWORKING E então de que forma se podem aproximar os eventos desta geração? Rosa Garriga, especialista em meeting design, citada no estudo da Skift, diz que o que estes participantes querem é fazer networking para aumentar a rede de contactos, mas ao mesmo tempo muitos não têm grande jeito para o fazer. Para a especialista, os workshops ou painéis interactivos entre a audiência e os oradores trazem mais retorno e são mais eficazes do que qualquer outro tipo de sessão educacional.

“Acho que para os organizadores de eventos terem sucesso [junto deste público] têm de tornar fácil a 40

possibilidade de pessoas encontrarem outras pessoas com interesses semelhantes”. “Vou a muitos eventos em que isto não acontece. Conheço

DESCONTOS

pessoas por acaso”. Uma forma de melhorar este aspecto é emparelhar estes participantes com mentores já com uma rede estabelecida. Michael Dominguez, do MGM Resorts International, diz “Temos de parar de atirar as pessoas para uma sala e dizer:-lhes 'agora façam networking'. Algumas organizações estão a usar um buddy program”. Ou seja, quando alguém vai pela primeira vez a um evento faz equipa com alguém mais experimentado. Esta é apenas uma ideia, e é necessário pensar e desenhar melhores soluções para a questão do networking nos eventos.

Segundo um estudo da TodayTix, lembrado pela Forbes, os Millennials vão gastar milhões de euros em eventos, mas estão muito interessados em descontos. Mais do que na fidelidade às marcas. A minimização de custos é uma preocupação para eles. Um aspecto para prestar muita atenção, e que pode ser atacado com descontos, concursos, bolsas de estudo.

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DOSSIÊ TEMÁTICO

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© GABRIEL CRISTÓVER PÉREZ KNIGHT CENTER

TECNOLOGIA Os Millennials esperam tecnologia nos eventos, incluindo wi-fi rápido, conteúdo híbrido, interacção nas redes sociais, plataformas de participação e de votação, apps, e personalização da experiência. Os eventos devem procurar conhecer os gostos dos participantes e, com a ajuda da tecnologia, recomendar esta ou aquela sessão, orador, pessoas que estão próximas e que são importantes para a rede de contactos, etc. O Event Marketing Institute e a Cvent apontam para que, em 2016, 88% dos organizadores esperam que os delegados considerem as apps dos eventos críticas na sua experiência do evento. E um estudo da Oracle Software suporta esta ideia.

“O mobile é uma forma de vida para os Millennials. As organizações que querem criar envolvimento com esta geração precisam de ter o mobile como uma parte importante do negócio e o primeiro canal para chegar aos clientes.” Criar um evento mobile-friendly é fundamental.

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DOSSIÊ TEMÁTICO

GAMIFICAÇÃO

DESTINO

É uma forma de envolver os Millennials, competitivos por natureza. Actividades de grupo, concursos, jogos, quebra-gelos e mesmo o exercício físico ajudam a torná-los mais engajados com os eventos.

A importância do destino do evento é assinalável para os Millennials. Eles adoram viajar e preferem fazê-lo poupando recursos na viagem e alojamento, para aproveitar mais desafogadamente o destino. A Meetings Imagined lembra que esta geração prefere destinos excitantes, com bons transportes públicos e muitas actividades para fazer. No fundo, juntar o trabalho ao divertimento.

SNAPCHAT A promoção da partilha nas redes sociais em todas as fases do evento, o uso de hashtags, é já uma prática relativamente disseminada e valorizada por este grupo. A rede social do momento para esta geração é o Snapchat, e revela-se importante incorporá-la nos eventos de forma estratégica. Segundo a PCMA (Professional Conventi‑on Management Association), se queremos jovens nos eventos temos de prestar atenção ao Snapchat. O que ainda não acontece.

Um estudo da Bizzabo diz que só três 42

por cento das organizações usam a rede para promover eventos. Porquê? Interroga-se a PCMA. Porque o conteúdo desaparece após algum tempo? Por só estar em ambiente mobile? Porque não é pesquisável? Evan Spiegel, CEO do Snapchat, numa entrevista à Disrupt SF diz que a premissa fundamental é que é melhor e mais divertido apagar tudo, excepto aquilo que é realmente importante ser guardado. Opinião partilhada, certamente, pelos 100 milhões de utilizadores (70% tem menos de 35 anos). Isto constitui-se como um grande desafio para os marketeers e para os eventos, de uma forma geral. Recentemente, o Snapchat lançou uma ferramenta potencialmente útil para os organizadores, o On-Demand Geofilters. Com ela, é possível criar um filtro para a reunião ou evento, que pode incluir desenhos divertidos ou texto; criar o espaço de tempo em que pode ser usado e georeferenciá-lo.

GO GREEN AND GIVE BACK Matérias de sustentabilidade, de responsabilidade social, são extremamente valorizadas pela Geração Y. Eles querem fazer parte de alguma coisa que ajude a mudar o mundo. Aproximar os eventos destes pressupostos é muito importante, como lembra o Event Manager Blog. “Estas qualidades tornarão os eventos mais atraentes para os participantes jovens”, lê-se. E pode-se sempre começar por tornar o evento paper-free.

CONTRATE UM MILLENNIAL Mais uma sugestão do Event Manager Blog. Incluir na equipa do evento um representante da geração abre novas perspectivas. Cláudia Coutinho de Sousa

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VOCAÇÃO PARA O MAR Em Julho, Portugal vai voltar a receber a The Tall Ships Races, uma competição realizada pela primeira vez em 1956, unindo Torbay, no Reino Unido, e a capital portuguesa, com o intuito de manter bem vivas as tradições ligadas aos grandes navios de vela. Seis décadas depois, Lisboa vai acolher de 22 a 25 de Julho, no novo terminal de cruzeiros, entre Santa Apolónia e a Praça do Comércio, 50 grandes veleiros, 3.500 tripulantes de variadíssimos países, e cerca de um milhão de visitantes. A APORVELA – Associação Portuguesa de Treino de Vela, que tem como objectivo, entre outros, promover a ligação dos portugueses com o mar, é a entidade organizadora deste

evento, em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa, a Administração do Porto de Lisboa e o Lisbon Cruise Terminals. Já em 2012 o evento tinha ocorrido na capital, sendo que nessa altura, segundo João Lúcio, presidente da APORVELA, “as expectativas foram largamente superadas e, portanto, estamos a trabalhar para que o evento, em Julho, seja novamente um verdadeiro sucesso para todos os intervenientes”. Há quatro

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FOCO

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anos, na The Tall Ships Races estiveram em Lisboa quase cinco mil espectadores estrangeiros, num evento que gerou 9,1 milhões de euros de retorno económico directo. “Números que esperamos superar em 2016”, diz João Lúcio. Além da promoção da vela – todos os anos há centenas de jovens que integram as tripulações dos diferentes navios -, do intercâmbio cultural, da animação, com visitas a bordo, concertos, cada etapa da The Tall Ships Races é uma oportunidade para as marcas contactarem com os seus públicos. Na village, que vai ser criada, o objectivo da organização é “oferecer aos visitantes uma experiência completa e envolvente ao nível dos cinco sentidos”, mostrando a ligação do país ao mar. “Ao longo do rio e das embarcações, estender-se-á o Passeio dos 7 Mares dividido por zonas que terão várias actividades culturais e recreativas durante os quatro dias do evento, desde concertos, workshops, exposições, etc.”, conta João Lúcio. O espaço é também uma oportunidade para os patrocinadores,

por um lado terem notoriedade, porque o evento é mediático, por outro comunicarem com os públicos. “Aquando da sua paragem em Lisboa, os Grandes Veleiros disponibilizam o convés para corporate entertainment, recepções, buffets, almoços e jantares, acções de team building, sampling, sponsoring, PR, festas, reuniões empresariais, lançamentos de produtos, activações de marca e muito mais, estão à disposição das empresas e dos seus clientes”, sublinha o presidente da APORVELA. João Lúcio lembra que as empresas têm a oportunidade de se associar a uma “mensagem de motivação, audácia e coragem”. Esta edição, a 60ª, ajuda, no entender da APORVELA a “afirmar Lisboa como a Capital Atlântica da Europa, reforçando, pela sua identidade e origens, o compromisso histórico da cidade com o mar. É intenção da APORVELA e restantes parceiros co‑organizadores contribuir para colocar a cidade e o país na rota da economia do mar, do crescimento azul e do desenvolvimento inteligente, sustentado e inclusivo”.

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EVENTOS

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IT&CMA O DESTINO DE PRAIA DO SUDESTE ASIÁTICO É TAMBÉM A CAPITAL DO MICE A Tailândia, país geralmente associado a praias paradisíacas, torna-se, em Setembro, a capital do turismo de negócios do sudeste asiático. Isto porque os países, fornecedores e players da região acorrem à Incentive Travel & Conventions, Meetings Asia (IT&CMA) and Corporate Travel World (CTW) Asia-Pacific. O evento decorre neste formato desde 2004, mas a estreia data já de 1993, assumindo-se como uma “plataforma sem paralelo na região para fazer negócios, obter conhecimentos e aumentar a rede de contactos”. A organização está ao cuidado da TTG

Events, um departamento do Grupo TTG Asia Media, e tem a Event Point como um dos media partners. O programa, à semelhança de várias feiras do sector, inclui um espaço de exposição, um sistema de marcação de reuniões entre hosted buyers e expositores, várias sessões de networking e oportunidades de formação. Aponte então na agenda: 27 a 29 de Setembro. O encontro decorre na capital da Tailândia, Banguecoque.

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PROLIGHT + SOUND 2016 PONTO OBRIGATÓRIO PARA O SECTOR

Não é raro ouvir falar português na Prolight + Sound. Além dos expositores portugueses presentes (ver caixa) foram vários os visitantes nacionais que se deslocaram a Frankfurt, de 5 a 8 de Abril, para mais uma edição da feira. Um deles foi Marco Monteiro, CEO da WEE – World Entertainment Events, que viajou até à Alemanha para recolher informação. “Temos de estar sempre a par do que está no mercado. Procuramos novidades na área das estruturas e luz para os nossos eventos”. Neste sector, em constante desenvolvimento e inovação, estar actualizado é fundamental. “Temos de apresentar sempre aos nossos clientes o melhor do que se faz nesta área, por isso, é conveniente estarmos sempre actualizados”, referiu o responsável. “Os pavilhões dedicados à luz foram aqueles de que mais gostei. E, para mim, dos mais importantes. A iluminação é, hoje em dia, um elemento fundamental na decoração dos espaços” Além de expositores e de visitantes, encontramos também Rui Lopes a actuar como ilusionista em vários stands na feira, entre os quais o da empresa portuguesa Next. “Já não é primeira vez que cá venho actuar. Já são meus clientes. Aproveito e visito

também a feira. Este ano estava especialmente interessado em ecrãs. As marcas chinesas apresentam produtos impressionantes, com uma qualidade de resolução tremenda.” É preciso estar fisicamente em forma para não perder nada da Prolight + Sound, uma das maiores feiras internacionais na área dos espectáculos e eventos. Este ano o espaço apresentou um novo conceito e visual. Destaque para a reorganização do espaço. Ao todo foram seis halls, o FestHalle e novos espaços exteriores para exposição de produtos e demonstrações ao vivo que fazem da Prolight+Sound um ponto de encontro obrigatório para o sector. A feira cresceu e ocupou mais pavilhões. Este aumento deveu-se ao facto deos expositores solicitarem mais área expositiva e, simultaneamente, uma diminuição de expositores na MusikMesse. Entre as novidades esteve o programa de seminários. Foi alargado, e contou com mais de 70 palestras de especialistas do sector. A programação foi dividida

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REPORTAGEM

OS PORTUGUESES EM FRANKFURT

em Prolight+Sound Conference, para profissionais, e Eventplaza para organizadores de eventos e congressos. Entre as muitas novidades, destacamos a crescente integração dos smartphones e tablets nos diferentes tipos de aparelhos. Hoje, de uma forma simples, é possível configurar, modelar e controlar uma mesa de mistura através destas novas tecnologias. E tudo indica que o futuro, em termos de desenvolvimento tecnológico, passa por esta integração. Apesar de a China não ter, este ano, um pavilhão exclusivo, continua com uma presença bastante forte. Os ecrãs de leds continuam a evoluir a uma velocidade estonteante. A resolução é cada vez melhor e a luz do exterior interfere bastante menos na visualização. Este ano a Prolight+Sound e a Musikmesse aumentaram o número de visitantes para 110 mil, oriundos de 130 países. No total, as duas feiras atingiram o número de 2043 expositores de 60 países. Números sempre impressionantes. Para Detlef Braun, membro da administração da Messe Frankfurt, “estas feiras não deixam dúvidas de que é em Frankfurt que a música acontece”. Jorge Ferreira*

Quatro empresas portuguesas marcaram presença na edição de 2016 da Prolight + Sound, na Messe de Frankfurt, que se realizou de 5 a 8 de Abril. A Moose, a Nan, a Next e a Norton [esta última, a única com quem não conseguimos falar] procuram aumentar e expandir o seu mercado a nível internacional e escolheram a Prolight + Sound para apresentar os novos produtos. “A Next está presente nesta feira há 15 anos. Pretendemos reforçar a nossa presença internacional, onde já estamos em mais de 28 mercados, pretendemos dar assistência aos clientes que já existem e receber novos clientes.”, refere António Correia, responsável da Next. Por outro lado, Jorge Santos da Nan pretende dar a conhecer a marca ZS Sound à Europa. “É uma marca chinesa de grande qualidade que está connosco há dois anos. O nosso desafio actualmente é distribui‑la pela Europa, já que em Portugal temos a marca implantada”, afirma Jorge Santos. A Moose ainda é recente. Só existe há três anos no mercado. José Aguiar, responsável da marca, aponta dois objectivos fundamentais para a presença da empresa na Prolight + Sound: “em primeiro lugar potenciar a marca, por outro lado, fazer uma prospecção de forma a angariar novos clientes. Este ano já é a terceira feira em que participamos e já temos um espaço reservado na Prolight + Sound na China. As expectativas para esta feira são boas. Acreditamos no produto que temos e os nossos preços são competitivos”, referiu o responsável da Moose.

*Viajou a convite da Messe Frankfurt

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REPORTAGEM

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TURQUIA DE BRAÇOS ABERTOS PARA O SECTOR MICE Três dias de exibição, reuniões, contactos, seminários, partilha de informação e conhecimento. Foram estes os componentes da ACE of M.I.C.E. Exhibition 2016, que chamou à cidade turca de Istambul, entre os dias 16 e 18 de Março, 750 hosted buyers, 318 empresas de 24 países e milhares de visitantes. Organizado pelo Tourism Media Group, com coordenação geral da Tatu Events, serviu este evento para mostrar que a Turquia está de braços e de alma e coração abertos para o sector MICE. São tempos complicados os que se vivem na Turquia. Mas nem o atentado terrorista na capital Ancara dias antes do evento impediu que nessa semana milhares de pessoas se deslocassem à ACE of M.I.C.E. Exhibition em Istambul - alvo de um outro atentado no dia seguinte ao encerramento da iniciativa. Porque é preciso vencer o medo e apostar no sector. “O terror que retira a liberdade de viajar não é só contra a Turquia, é contra a humanidade. Precisamos de moralizar como sector. Quando as reservas dos hotéis estão completas as salas de congressos não devem estar vazias”, afirmou Başaran Ulusoy, presidente da Türsab, a associação turca das agências de viagem, na cerimónia de abertura.

A Turquia mostra estar a reagir ao abrandamento do sector, registando um crescimento da indústria nos últimos anos. “Este é um dos maiores encontros da indústria MICE global e este ano ganhou força. Temos 318 empresas presentes, o que representa 18% de crescimento em relação aos anos anteriores, e 750 hosted buyers a criar uma colaboração empresarial intensa com reuniões B2B”, referiu Volkan Ataman, director geral do Tourism Media Group, lembrando a presença de 62 oradores que assim contribuem “para o desenvolvimento educacional do sector”. “O nosso evento continua o seu caminho para se tornar o evento líder mundial da indústria MICE”, acrescentou.

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REPORTAGEM

EXPOSIÇÃO E CONFERÊNCIAS O Centro de Congressos de Istambul acolheu associações de turismo, agências de viagens, companhias aéreas, empresas de organização de eventos, agências criativas, entre outros que marcaram território, com stands mais ou menos criativos, para atrair os milhares de visitantes que por lá passaram. Marketing e comunicação, as mulheres no sector MICE, as histórias de sucesso de marcas em eventos, as tendências das viagens de incentivos, os eventos sustentáveis e a tecnologia ao serviço do sector foram alguns dos temas abordados nas conferências e painéis. Oradores nacionais e internacionais tiveram oportunidade de partilhar conhecimento, ideias e dicas para melhorar a performance profissional e pessoal. Maarten Vannest, presidente do Meeting Design Institute, reforçou que é prático e eficaz colocar a tecnologia ao serviço dos eventos. Existem programas que tornam possível, por exemplo, realizar reuniões com 60 pessoas em cidades diferentes, com participantes e apresentações Powerpoint a aparecerem em simultâneo no grande ecrã, sem delays. “Há muitas soluções para permitir discussões, troca de texto, uma votação, etc. Se as pessoas não tiverem de viajar há mais participantes. É uma boa opção e é mais barato.” Hugo Slimbrouck, director de parcerias estratégicas da Ovation Global DMC, explicou as tendências das viagens de incentivos (que passam por exemplo por ir ao encontro das necessidades

dos participantes), e os 3 M´s que as acompanham: Meaningful, Motivational e Memorable. Com Gebert Janssen, CEO da Party & Eventarchitect, foi possível conhecer alguns truques para treinar a criatividade e assim aumentar os níveis de confiança, enquanto David Chalmers, director de Marketing da Cvent, deu a conhecer a ferramenta online da sua empresa, uma espécie de Google do sector MICE, que agrega informação e soluções para quem, por exemplo, procura espaços para eventos.

“AND THE WINNER IS... ” O Zorlu Performing Arts Center foi palco para a entrega dos ACE of M.I.C.E. Awards, na noite de 17 de Março. Uma noite especial, abrilhantada por passadeira vermelha e “paparazzi”, como se de uma cerimónia de Hollywood se tratasse. O júri atribuiu 31 galardões, divididos por quatro áreas (Events; Meeting Support Companies and Project Applications; Meeting Hotels and Event Venues; e Meeting Management Companies), premiando os melhores do sector. Maria João Leite* * Viajou a convite da organização

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GESTÃO DE EVENTOS: O OUTRO LADO Para mim ser gestor de eventos é tudo. Adoro o que faço e sou extremamente grato por ter descoberto a minha vocação, o meu ikigai (a razão de viver, ou traduzido mais à letra a razão que te faz levantar todos os dias). Estou ainda mais agradecido por poder fazer o que gosto todos os dias. E todos os dias me lembro disso (quase todos).

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OPINIÃO

Mas não é disso que vos quero falar hoje. Vou utilizar estas linhas para vos falar do lado escuro da vida de um gestor de eventos. Pois é, apesar de todas as coisas boas que os eventos nos dão existe um lado menos brilhante. Sempre o abracei como uma contrapartida que de bom grado assumi. Eu e todos aqueles que escolheram esta vida, ou outras com contornos semelhantes. Mas de que falo eu? Falo da responsabilidade, do dever e do profissionalismo numa actividade que tem dias e horas certos? De uma obra que tem hora marcada para abrir mas em que não foram os empreiteiros que definiram o tempo de construção, nem os arquitectos? De uma actividade em que são os clientes que decidem onde e quando tudo irá acontecer? Do facto de tudo ter de ser pensado, negociado, planeado e executado nos timings disponíveis? Não. Do que falo é dos custos que são implícitos a todas estas verdades. Os custos a nível pessoal. Falo dos sacrifícios que todos temos de fazer para que as coisas aconteçam. Das noites sem dormir para afinar projectores ou preparar conteúdos para uma reunião que começa poucas horas depois. Falo dos atrasos que exigem um esforço desmesurado a gestores de evento e fornecedores para que tudo fique pronto a tempo. Mesmo que o cliente muitas vezes nem sequer tenha a noção desse esforço, não se aperceba e não valorize. Falo das incontáveis vezes que todos dissemos a amigos e família que não podemos ir ao jantar, ao almoço, ao baptizado, ao casamento, ou até mesmo a um velório. Mesmo quando nos comprometemos e depois por motivos não planeados, e alheios à nossa vontade, temos de falhar. Falo da incapacidade para marcar férias sem medo de ter de as desmarcar. Falo dos sacrifícios físicos de quem deixa tudo para segundo plano, até mesmo a saúde. Não me interpretem mal, os gestores de eventos não são mais do que os outros, mas estão naquele grupo de profissões em que a responsabilidade tem de falar mais alto, o gosto de fazer bem, de fazer bem feito, têm de falar mais alto. Aquele grupo que sabe que tem de acontecer naquele dia, àquela hora, doa a quem doer (e nós sabemos bem a quem doí). Escolhi este tema porque infelizmente num daqueles momentos em que eu sabia que não podia ficar doente, que a agenda está cheia e as equipas completamente tapadas com tudo o que tinham, a lei de Murphy entrou em acção. Pois é, contrariamente à minha força de vontade, ao meu sentido de dever e ao meu sentido de profissionalismo, uma pleurite tirou‑me a capacidade de falar, de mover e encostou-me às boxes.

25 dias de angústia, mas não pelas dores que estava a sentir, antes por sentir que estava a falhar para com os meus clientes, os meus colegas, a minha equipa. A pensar o que seria, como é que tudo ia acontecer. A pensar em todos os compromissos que tinha assumido, reuniões, eventos. Posso partilhar convosco que naqueles dias em que falar era um problema e falar ao telefone seria impensável várias vezes recusei chamadas de amigos e família, mas atendi as de quatro clientes. Não escrevo este texto mais pessoal por achar que sou melhor do que os outros. Não, tenho a certeza de que todo e qualquer dos meus colegas faria e sentiria o mesmo. Exponho-me aqui pela primeira vez de uma forma mais pessoal para nos fazer pensar um pouco. A verdade é que os eventos aconteceram, as reuniões aconteceram, os clientes continuam satisfeitos e continuamos a ganhar projectos importantes. Eu bem sei que tenho a sorte de ter ao meu lado as pessoas que mais adoro e admiro a nível profissional, de quem muito me orgulho e a quem agradeço MUITO, mas a verdade é que o barco continuou a navegar. Foi duro? Foi, para todos. Muitos sacrifícios foram feitos, mas conseguimos manter o sucesso em que somos viciados.

No fundo o que queria partilhar convosco é que os SUPER-HOMENS também ficam DOENTES, e que o mundo não pára por isso. P.S. Estou pronto para outra.

FRANCISCO SERZEDELLO

Ligado aos eventos desde 1996, quando descobriu que era isso que gostava de fazer. Viciado no sucesso, passou pelo motorsport e pelos eventos sociais, mas há muito que se dedica aos eventos corporativos e de marca. Depois de trabalhar em várias empresas, aceita em 2007 o convite para ingressar na Desafio Global (DG). Aqui, tem estado ligado a alguns dos maiores eventos organizados em Portugal, e não só, o que valeu a toda a equipa a conquista de vários prémios, incluindo o de Melhor Agência de Eventos nos European Best Event Awards, em 2012. Actualmente é director executivo na DG e docente na área de organização de eventos empresariais.

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DUBAI, CIDADE DOS SUPERLATIVOS Tudo é possível nesta cidade à beira-mar literalmente plantada. Tudo é maior, mais alto, mais longo; é uma cidade de superlativos, onde os sonhos podem ser transformados em realidade, e de forma rápida e suave. Assim é o Dubai, a segunda cidade dos Emirados Árabes Unidos, onde negócios e lazer facilmente se misturam. WWW.EVENTPOINT.PT


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MUITO PARA VER, FAZER E CONHECER É natural que muitos pensem no Dubai apenas como cidade para escala de uma longa viagem (graças à vasta rede de ligações aéreas com o mundo inteiro) ou como o local ideal para compras. Mas o Dubai é muito mais do que uma selva de arranha-céus ou a cidade com o maior centro comercial do mundo. É também praia, deserto, Cultura e diferentes culturas (estão lá representadas mais de 200 nacionalidades), é cidade pensada para eventos, proporcionando aos seus visitantes experiências únicas. Aliás, este é o grande objectivo do Dubai Business Events (DBE), o Convention Bureau oficial: afirmar o Dubai como destino líder dos eventos de negócios, ajudando os organizadores do sector MICE a planear e a gerir os seus eventos. Neste contexto, a instituição organizou a Discover Dubai Study Mission 2016, que contou com a presença de um grupo alargado de buyers e de media especializados. A aposta no crescimento e desenvolvimento deste domínio é grande. A estratégia passa por desenvolver o mercado MICE existente e atrair visitantes internacionais para eventos que têm lugar no Dubai, ou para novos eventos que só acontecem naquela cidade. E são vários os grandes eventos já marcados para os próximos anos, do qual é exemplo a Expo 2020, sob o tema “Connecting Minds, Creating The Future”, que prevê levar ao emirado 25 milhões de visitantes. Não é por isso à toa que do sétimo lugar no Top Global Destinations Cities, ocupado em 2013, o Dubai tenha conseguido alcançar o quinto lugar em 2014 e a quarta posição no ano passado. Os fáceis acessos, as modernas infra-estruturas, os hotéis para todos os orçamentos, a segurança, as oportunidades de negócio, uma companhia aérea de referência (Emirates), as aventuras e experiências que podem ser lá realizadas, os restaurantes e a gastronomia local e internacional, a ambição de ser um hub de conhecimento são algumas das mais-valias que contribuem para este crescimento incrível. E é preciso lembrar que há pouco mais de 40 anos o Dubai não passava de uma pequena cidade, embora estrategicamente bem localizada e importante como centro de comércio, referência no Golfo Pérsico. O sucesso está na visão de futuro, de um futuro arrebatador. Por isso é caso para perguntar: algum dia esta cidade vai parar de crescer?

Como sabe bem chegar ao Dubai e arrumar o casaco na mala... Se há terra abençoada com bom tempo o ano inteiro é esta. O que é bom para quem chega de um país chuvoso no Inverno. Mas atenção às temperaturas demasiado elevadas na época de Verão. E um mergulho no mar – aquele de um azul cristalino – pode ser a solução para quase todos os nossos problemas. Mas há mais para aproveitar o dia! Uma visita ao Burj Khalifa, o edifício mais alto do mundo, com 828 metros de altura, é a garantia de tempo bem passado. Basta subir ao 148º andar para admirar a cidade e o deserto que se lhe segue. E para quem quiser usufruir do deserto pode fazê-lo com safaris, proporcionados por diversas agências, ao Dubai Desert Conservation Reserve, que não só apresenta diversão num vasto território de areia, como protege a vida animal lá existente. Passeios de jipe ou de camelo, jantares em tendas árabes e espetáculos de danças tradicionais são alguns dos momentos que prometem tornar a experiência inesquecível. Outras sugestões passam por fazer compras no Dubai Mall, o maior centro comercial do mundo, aproveitando para visitar o Aquário lá localizado, onde vivem milhares de espécies, ou por ver os espectáculos nocturnos na Water Fountain. Para quem prefere algo mais tradicional, a proposta é visitar o Gold Souk, o Spice Souk ou ainda o Old Souk, na zona mais antiga da cidade. É lá que se situa também o Museu do Dubai e Bastakiya, a zona histórica, onde se encontra o Sheikh Mohammed Center of Cultural Understanding, o local onde é possível conhecer um pouco melhor a cultura árabe. “Open Doors. Open Minds” é o lema da instituição. Em curso estão novos investimentos: o Museu do Futuro (a ser inaugurado em 2018), o Union Museum (que vai contar a história dos Emirados Árabes Unidos), o Dubai Eye (que já está em construção; tem 210 metros e é “obviamente” mais alto que o de Londres) e o Dubai Parks & Resorts (que vai abrir já em Outubro deste ano), entre outros. Este último empreendimento vai apresentar áreas temáticas dedicadas ao Cinema e ao Entretenimento: o Motiongate (inspirado em Hollywood), o Bollywood Park (o primeiro do género, tendo como tema o cinema indiano), uma Legoland e um Legoland Water Park (palavras para quê?!), uma Riverland (espaço de entretenimento junto ao rio) e o Lapita – Autograph Collection Hotels (um hotel inspirado na Polinésia). Espaços de puro

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CINCO PERGUNTAS A MIGUEL AMARAL Miguel Amaral, Sales Manager da agência portuguesa Cosmos, foi um dos agentes participantes na Discover Dubai Study Mission 2016.

Que balanço faz desta viagem? Penso que não podia ter corrido melhor. Muito bem organizada, com um programa bem delineado e cumprido. Já tinha estado no Dubai algumas vezes e mesmo assim consegui ser surpreendido. Actividades exclusivas durante o dia e com jantares fantásticos em venues altamente diferenciados. Penso que, a quem nunca tinha estado no Dubai, conseguiram transmitir todo o potencial daquele Emirado e deixar os convidados com vontade de voltar e de organizar aí alguns dos seus eventos. 56

Que actividades despertaram maior interesse? No meu ponto de vista, e por ser a primeira vez que experimentei, o Seaplane, passeio de hidroavião com possibilidade de ver o Dubai duma forma única, e o Camel Polo no Real Clube de Polo, onde tivemos a oportunidade de participar num jogo de polo em camelos. Tenho de referir que os locais escolhidos para os jantares foram de um bom gosto extraordinário, quer a nível de localização, quer a nível de animação e serviço. Qual a importância deste destino para a Cosmos? O Dubai vem sendo, desde há muito tempo, um destino de eleição para os clientes da Cosmos. É um destino com garantia de muita qualidade e com uma oferta bastante vasta de actividades exclusivas. Temos organizado muitas viagens de incentivo de empresas para este destino, quer com estadia exclusivas no Dubai, quer com programas combinados do Dubai com outros países. Consegue ter uma relação qualidade/preço quase imbatível em relação a outros destinos. O Dubai é mais procurado como destino de lazer ou de negócios? No caso da Cosmos, a maior procura é como destino de lazer, tanto para individuais como para grupos de incentivo, mas temos também procura por parte de algumas empresas nossas clientes na vertente de viagens de negócios. Considera que o mercado português é importante nos Emirados Árabes Unidos? Claro que sim. A Emirates Airlines acaba de colocar um segundo voo diário para Lisboa e isso por si só reflecte a importância do fluxo de portugueses para aquele país. Há grandes empresas portuguesas consolidadas no mercado dos Emirados e com tendência a crescer nos próximos anos. Há também cada vez mais procura do Dubai como destino de férias. Os Emirados Árabes Unidos acabam de convidar um grupo de agentes de viagens portugueses para uma viagem de promoção de um novo Emirado como destino turístico, Fujeirah. Isso mostra como Portugal é importante para o turismo dos Emirados Árabes Unidos.

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entretenimento, mas com possibilidades de acolher eventos do sector MICE em cada um dos parques. São esperados no primeiro ano de operações 5,5 milhões de visitantes. Ficar no Dubai tem-se tornado cada vez mais simples e engana-se quem pensa que o alojamento é só para quem tem a carteira recheada. Embora existam 91 hotéis cinco estrelas, está a ser feito um investimento em segmentos mais económicos. No ano passado estavam disponíveis 98 mil quartos, em todas as categorias. No entanto, é fácil ficar encantado com diversos hotéis de topo, símbolo de glamour e de bom gosto. Entre eles encontram-se o Fairmont Dubai, o Taj Dubai, o The Palace Downtown Dubai, o St. Regis Hotel

e o Madinat Jumeirah. Além de serem alguns dos melhores hotéis da cidade, cada um com as suas características e particularidades, são também opções para quem pretende organizar eventos. Há ainda The Palm, a famosa ilha artificial em forma de palmeira, que se tornou num dos “postais” mais famosos do Dubai. Os 30 hotéis que compõem o complexo vão estar totalmente prontos e a funcionar em 2020.

É preciso enumerar mais motivos para uma visita ao Dubai?

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DUAS PERGUNTAS A STEEN JAKOBSEN, DIRECTOR DO DUBAI BUSINESS EVENTS O nosso anfitrião no Dubai deu conta à Event Point da estratégia do Convention Bureau com a organização periódica de missões de descoberta do destino.

NÚMEROS 20 MILHÕES DE VISITANTES SÃO ESPERADOS EM 2020 (NEGÓCIOS E LAZER) 58

91 HOTÉIS CINCO ESTRELAS 98 MIL QUARTOS (EM TODAS AS CATEGORIAS) DISPONÍVEIS EM 2015

5,5 MILHÕES DE VISITANTES SÃO

ESPERADOS NO PRIMEIRO ANO DE ABERTURA DO DUBAI PARKS & RESORTS

60 MILHÕES DE “LEGO BRICKS” ESTÃO A

SER UTILIZADOS NA CONSTRUÇÃO DA LEGOLAND

150 COMPANHIAS AÉREAS VOAM PARA 280

DESTINOS A PARTIR DO AEROPORTO DO DUBAI (A EMIRATES VOA PARA MAIS DE 145)

51,3 MILHÕES DE PASSAGEIROS FORAM TRANSPORTADOS PELA EMIRATES EM 2015

9 MIL ESTUDANTES NA UNIVERSIDADE DE ZAYED Maria João Leite* Viajou a convite do Dubai Business Events

Que balanço faz da Discover Dubai Study Mission 2016 e que importância tem este projecto na vossa estratégia de comunicação? Esta foi uma das várias viagens de familiarização que o DBE está a organizar em 2016, com o objectivo de acolher 800 buyers e media, de modo a experimentarem a cidade. O sucesso da missão pode ser creditado ao itinerário tailor-made, que contemplou a melhor oferta de lazer e negócios. Incluiu as atracções principais, exercícios de team building, mesas-redondas com oradores de alguns dos parceiros chave do DBE: Emirates, Dubai Airports, Dubai Parks and Resorts, e a Zayed University. Estas viagens são um elemento fundamental na nossa estratégia de colocar o Dubai como um destino de topo de negócios e turismo, bem como de mostrar de que forma os investimentos nos vários sectores ajudam a solidificar a posição da cidade como hub de conhecimento. O que destacaria no Dubai enquanto destino para eventos? A comunidade da meetings industry conhece as nossas principais mais-valias: conectividade global, hospitalidade de topo, infra-estruturas de classe mundial. Representando uma ponte entre o oriente e o ocidente, o Dubai beneficia de uma localização estratégica, com um terço da população mundial a menos de horas de voo, e dois terços a oito horas de avião. A nossa visão é também estabelecer a cidade como hub de conhecimento, e esse é um factor importante para atrair mais eventos. O Dubai tem já importantes clusters ligados à saúde, telecomunicações, comércio e finança, e também universidades e institutos de referência. Isto, aliado às infra-estruturas para eventos, faz-nos concentrar os maiores esforços em atrai-los.

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CONSULTÓRIO DE PROTOCOLO

CONSULTÓRIO DE PROTOCOLO Susana de Salazar Casanova e Cristina Fernandes são as especialistas de serviço nesta secção e respondem aos leitores que nos fazem chegar perguntas via info@eventpoint.com.pt. Os temas de hoje configuram algumas das preocupações essenciais de um gestor de eventos.

Que estratégias costumam usar para garantir que os convidados sejam pontuais num evento? AM, Aveiro Não existem estratégias que possam colmatar a falta de pontualidade de um convidado para um evento que tenha hora marcada. Quanto muito, em cerimónias oficiais ou de maior formalidade, poderá referir-se no convite “Agradece‑se comparência até às ...”. De qualquer modo, sugere-se sensatez na gestão dos horários, na medida em que não se pode prejudicar os convidados presentes – e pontuais! – em benefício dos ausentes e atrasados.

SUSANA DE SALAZAR CASANOVA E CRISTINA FERNANDES

Como podemos certificar-nos de que o nosso convite para um evento não é delegado numa outra pessoa? GB, Oeiras A única forma (e, mesmo assim, não absolutamente garantida...) de evitar delegações e representações é indicar expressamente no convite “Convite pessoal e intransmissível”, ou seja, não existe outro modo que não seja expressar ao convidado, de um modo mais ou menos directo, essa intenção do anfitrião.

Qual é o critério para receber convidados à porta? LG, Vilamoura Teoricamente, todos os convidados de um evento deveriam ser recebidos pelo anfitrião ou por alguém da entidade anfitriã com estatuto para tal. Quando esta prática não é viável (por exemplo, num evento de grande dimensão), então considere‑se, pelo menos, o recebimento/acolhimento dos convidados de maior estatuto e importância naquele evento. Esta prática é também incontornável quando se trata de receber altas individualidades ou convidados VIP. Refira-se que ao anfitrião cabe o dever de receber os seus convidados, acompanhá-los procedendo a eventuais apresentações e, no final, despedir-se dos mesmos no local onde os acolheu.

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DIRECTÓRIO

ANIMAÇÃO

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DIRECTÓRIO

CONTEÚDOS

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FOTOGRAFIA E VÍDEO

ESPAÇOS MULTIUSOS

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ESTRUTURAS E ALUGUER DE MATERIAL

ORGANIZADORES DE EVENTOS

ALUGOCLIMA (AR‑CONDICIONADO)

ANIMAGEST

CENTRO DE CONGRESSOS E EXPOSIÇÕES DA ALFÂNDEGA

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DIRECTÓRIO

OUTROS SERVIÇOS

DESAFIO GLOBAL

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OUTROS CONTACTOS ANIMAÇÃO ADEREÇO PRODUÇÕES

PORTO | 225 322 720 | GERAL@ADERECO.COM | WWW.ADERECO.COM

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ANIMAGEST

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CONCEPT 4 TALENTS

LISBOA | 213 940 242 | GERAL@CONCEPT4TALENTS.COM | WWW.CONCEPT4TALENTS.COM

DJ SOFIA GIÃO

LISBOA | 912 272 926 | SOFIAGIAOSG@GMAIL.COM | WWW.DJSOFIAGIAO.COM

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TECNOLOGIAS PARA EVENTOS

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RITMOS URBANOS

LISBOA | 210 168 452 | GERAL@RITMOSURBANOS.COM | WWW.RITMOSURBANOS.COM

WEE ‑ WORLD ENTERTAINMENT EVENTS

FAMALICÃO | 252 107 905 | HI@WEE‑EVENTS.COM | WWW.WEE‑EVENTS.COM

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ÓBIDOS | 262 968 870 | GERAL@CAMPOAVENTURA.PT | WWW.CAMPOAVENTURA.PT

KIWISCREEN

EQUINÓCIO

PORTO | 968 678 751 | INFO@KIWISCREEN.COM | WWW.KIWISCREEN.COM "É UMA PLATAFORMA TECNOLÓGICA QUE PERMITE TORNAR UM EVENTO NUM MOMENTO ÚNICO. JUNTANDO UMA SOLUÇÃO INOVADORA COM REDES SOCIAIS, PERMITE AOS PARTICIPANTES DO EVENTO INTERAGIR COM O MESMO DE UMA FORMA COMPLETAMENTE DIFERENTE."

LISBOA | 210 155 139 | INFO@EQUINOCIO.COM | WWW.EQUINOCIO.COM

MARGENS

BARROSINHAS | 234 648 571 | MARGENS@MARGENS.PT | WWW.MARGENS.PT

PORTUGAL GREEN WALKS

BRAGA | 936 077 462 | INFO@PORTUGALGREENWALKS.COM | WWW.PORTUGALGREENWALKS.COM

ROTA DO FRESCO

VILA NOVA DA BARONIA | 284 475 413 | INFO@ROTADOFRESCO.COM | WWW.ROTADOFRESCO.COM

RUSTITUR

ÉVORA | 266 978 043 | INFO@RTINGROUP.COM | WWW.RUSTITUR.COM

SAL

SETÚBAL | 265 227 685 | SAL@SAL.PT | WWW.SAL.PT

WWW.EVENTPOINT.PT


DIRECTÓRIO

TOBOGÃ

PALACE CATERING

TURAVENTUR

TRÊS SÉCULOS

VERTENTE NATURAL

CONTEÚDOS

VALONGO | 915 707 938 | INFO@TOBOGA.PT | WWW.TOBOGA.PT

PORTO | 707 502 220 | COMERCIAL@PALACECATERING.PT | WWW.PALACECATERING.PT

ÉVORA | 266 743 134 | TURAVENTUR@TURAVENTUR.COM | WWW.TURAVENTUR.COM

VILA NOVA DE GAIA | 223 742 800 | GENERAL.OFFICE@TRESSECULOS.PT | WWW.TRESSECULOS.PT

SESIMBRA | 210 848 919 | INFO@VERTENTENATURAL.COM | WWW.VERTENTENATURAL.COM

OCUBO

ARTISTAS E ESPECTÁCULOS

LISBOA | 219 250 818 | INFO@OCUBO.COM | WWW.OCUBO.COM

BY THE MUSIC PRODUÇÕES

DESTINATION MANAGEMENT COMPANIES

PAREDE | 214 574 466 | 968 772 735 | PRODUCAO@BYTHEMUSIC.PT | WWW.BYTHEMUSIC.PT

ABREU

EVERYTHING IS NEW

LINDA‑A‑VELHA | 214 156 115 | DMCPORTUGAL.LISBON@ABREU.PT | WWW.DMCPORTUGAL.ABREU.PT

LISBOA | 213 933 770 | GERAL@EVERYTHINGISNEW.PT | WWW.EVERYTHINGISNEW.PT

AIM GROUP INTERNATIONAL PORTUGAL

MÚSICA NO CORAÇÃO

LISBOA | 210 105 700 | MUSICANOCORACAO@MUSICANOCORACAO.PT | WWW.MUSICANOCORACAO.PT

LISBOA | 213 245 041 | LISBON@AIMGROUP.EU | WWW.AIMGROUPINTERNATIONAL.COM

CITUR TRAVEL

PIC‑NIC PRODUÇÕES

LINDA‑A‑VELHA | 217 712 610 | LISBON@CITUR.PT | WWW.CITUR.PT

PORTO | 222 082 624 | INFO@PICNICPRODUCOES.COM | WWW.PICNICPRODUCOES.COM

EVENTS BY TLC

RITMOS

LISBOA | 213 213 060 | EVENTS@TLC.PT | WWW.EVENTSBYTLC.COM

PAREDES DE COURA | 939 658 830 | RITMOS@RITMOS.BIZ | WWW.RITMOS.BIZ

FORUM D’IDEIAS ‑ PCO & DMC

RITMOS & BLUES

VILA NOGUEIRA DE AZEITÃO | 212 189 393 | INFO@FORUMDIDEIAS.COM | WWW.FORUMDIDEIAS.COM

PAÇO D’ARCOS | 214 694 050 | INFO@RITMOSEBLUES.PT | WWW.RITMOSEBLUES.PT

IMAGINE MORE

UAU

LISBOA | 213 628 393 | ANA.TELO@IMAGINEMORE.PT | WWW.IMAGINEMORE.PT

LISBOA | 213 303 500 | UAU@UAU.PT | WWW.UAU.PT

ROSATOURS

AUDIOVISUAIS

FARO | 289 824 017| ROSATOURS@MAIL.TELEPAC.PT | WWW.ROSATOURS‑ONLINE.COM

AUDINOVA

THE HOUSE OF EVENTS

AUDIOMEIOS

TOP ATLÂNTICO DMC

AVK

TURANGRA

LEÇA DA PALMEIRA | 229 961 930 | GERAL@AUDINOVA.PT | WWW.AUDINOVA.PT

PORTO | 228 348 940 | INFO@THE.PT | WWW.THE.PT

VENDA DO PINHEIRO | 219 663 843 | GERAL@AUDIOMEIOS.PT | WWW.AUDIOMEIOS.PT

LISBOA | 218 925 800 | TOPATLANTICO@TOPATLANTICO.COM | WWW.TOPATLANTICO.PT

LISBOA | 219 413 530 | COMERCIAL@AVK.PT | WWW.AVK.PT

ANGRA DO HEROÍSMO | 295 401 515 | ANGRA@TURANGRA.COM | WWW.TURANGRA.COM

ELECTROAUDIO

VEGA

S.DOMINGOS DE RANA | 214 531 223 | INFO@ELECTROAUDIO.NET | WWW.ELECTROAUDIO.NET

LISBOA | 213 976 053 | VEGA@VEGA.PT | WWW.VEGA.PT

EUROLOGISTIX

VILAMOURA | 289 419 199 | COMERCIAL@EUROLOGISTIX.PT | WWW.EUROLOGISTIX.PT

ESPAÇOS MULTIUSOS

FLYMEDIA

AVEIRO

MATOSINHOS | 229 545 689 | FLYMEDIA@MAIL.TELEPAC.PT | WWW.FLYMEDIA.PT

EUROPARQUE

RXF

SANTA MARIA DA FEIRA | 256 370 200 | INFO@EUROPARQUE.PT | WWW.EUROPARQUE.PT

SINTRA | 210 189 366 | GERAL@RXF.PT | WWW.RXF.PT

BRAGA

SERVICE PACK

LEÇA DA PALMEIRA | 229 942 944 | GERAL@SERVICEPACK.PT | WWW.SERVICEPACK.PT

MULTIUSOS DE GUIMARÃES

GUIMARÃES | 253 520 300 | MULTIUSOS@TEMPOLIVRE.PT | WWW.TEMPOLIVRE.PT

SMART CHOICE

LISBOA | 218 681 035 | GERAL@SMARTCHOICE.PT | WWW.SMARTCHOICE.PT

PARQUE DE EXPOSIÇÕES DE BRAGA

BRAGA | 253 208 230 | GERAL@INVESTBRAGA.COM | WWW.PEB.PT

CATERING

COIMBRA

B HOLDING

ABÓBODA | 214 658 420 | GERAL@BHOLDING.COM.PT | WWW.BHOLDING.COM.PT

CENTRO DE ARTES E ESPECTÁCULOS DA FIGUEIRA DA FOZ FIGUEIRA DA FOZ | 233 407 200 | GERAL@FIGUEIRATURISMO.COM | WWW.CAE.PT

CASA DO MARQUÊS

LISBOA | 217 512 393 | CASADOMARQUES@CASADOMARQUES.PT | WWW.CASADOMARQUES.PT

MOJITO BAR CATERING

MOSTEIRO DE SANTA CLARA COIMBRA | 239 801 160 | SCVELHA@DRCC.PT

PAÇO DE ARCOS | 919 186 029 | INFO@MOJITOBARCATERING.COM | WWW.MOJITOBARCATERING.COM

WWW.EVENTPOINT.PT

63


DIRECTÓRIO

WORLD OF DISCOVERIES

FARO

PORTO | 220 439 770 | COMERCIAL@WORLDOFDISCOVERIES.COM | WWW.WORLDOFDISCOVERIES.COM

AUTÓDROMO INTERNACIONAL DO ALGARVE

PORTIMÃO | 282 405 600 | INFO@AUTODROMODOALGARVE.COM | WWW.AUTODROMODOALGARVE.COM

SANTARÉM

CENTRO DE CONGRESSOS DO ARADE

CNEMA

PORTIMÃO ARENA

AÇORES

PORTIMÃO | 282 498 577 | INFO@CENTROCONGRESSOSARADE.COM | WWW.CENTROCONGRESSOSARADE.COM

PORTIMÃO | 282 410 440 | PORTIMAO.ARENA@CM-PORTIMAO.PT | WWW.CM-PORTIMAO.PT

AÇOR ARENA

LEIRIA

VILA FRANCA DO CAMPO | 296 539 390 | ACORARENA@GMAIL.COM | ACORARENA2.WIX.COM/ACORARENA

CENTRO CULTURAL E CONGRESSOS DAS CALDAS DAS RAINHA CALDAS DA RAINHA | 262 889 650 | COORDENACAO@CCC.COM.PT | WWW.CCC.COM.PT

MADEIRA CENTRO DE CONGRESSOS DA MADEIRA

EXPOSALÃO BATALHA

FUNCHAL | 291 140 424 | CASINO.MADEIRA@PESTANA.COM | WWW.CASINODAMADEIRA.COM

BATALHA | 244 769 480 | INFO@EXPOSALAO.PT | WWW.EXPOSALAO.PT

ESTRUTURAS E ALUGUER DE MATERIAL

LISBOA

ALL2RENT

CAMPO PEQUENO

LEÇA DA PALMEIRA | 229 958 058 | GERAL@ALL2RENT.PT | WWW. ALL2RENT.PT

LISBOA | 217 998 450 | GERAL@CAMPOPEQUENO.COM | WWW.CAMPOPEQUENO.COM

ALUG’AQUI (LOUÇAS E TALHERES)

CASINO ESTORIL

SINTRA | 219 108 003 | 219 241 860 | 961 327 951 | INFO@AAQUI.COM | WWW.AAQUI.COM

ESTORIL | 214 667 700 | INFO.CESTORIL@ESTORIL.SOL.COM | WWW.CASINO‑ESTORIL.PT

ANIMAGEST (ESTRUTURAS, MOBILIÁRIO E DECORAÇÃO)

CENTRO CULTURAL DE BELÉM

ALMADA | 212 549 880 | 932 549 880 | ANIMAGEST@ANIMAGEST.COM.PT | WWW.ANIMAGEST.COM.PT

LISBOA | 213 612 697 | EVENTOS@CCB.PT | WWW.CCB.PT

CBS (STANDS)

CENTRO DE CONGRESSOS DE LISBOA

LOUSADA | 255 810 230 | GERAL@CBS.PT | WWW.CBS.PT

LISBOA | 213 601 400 | LISBOACC@AIP.PT | WWW.LISBOACC.PT

64

SANTARÉM | 243 300 300 | CENTRODECONGRESSOS@CNEMA.PT | WWW.CNEMA.PT

FUTURDATA

CENTRO DE CONGRESSOS DO ESTORIL

PORTO E LISBOA | 229 427 715 | 210 920 645 | FUTURDATA@FUTURDATA.PT | WWW.FUTURDATA.PT

ESTORIL | 214 647 571 | INFO@ESTORILCC.COM | WWW.ESTORILCC.COM

EVIDÊNCIA DISPLAY (STANDS)

COLISEU DE LISBOA

LISBOA | 214 603 620 | GERAL@EVIDENCIADISPLAY.COM | WWW.EVIDENCIADISPLAY.COM

LISBOA | 213 240 580 | MJOAO@COLISEULISBOA.COM | WWW.COLISEULISBOA.COM

MODELSTAND (STANDS)

CONVENTO DO BEATO

BRAGA | 253 300 320 | GERAL@MODELSTAND.PT | WWW.MODELSTAND.PT

LISBOA | 210 109 923 | CONVENTODOBEATO@CEREALIS.PT | WWW.CONVENTODOBEATO.COM

MULTILEM ‑ BRAND NEW SPACES

ESTÁDIO DA LUZ ‑ BENFICA EVENTOS

AZAMBUJA | 263 400 010 | INFO@MULTILEM,PT | WWW.MULTILEM.PT

LISBOA | 217 219 500 | BENFICAEVENTOS@SLBENFICA.PT | WWW.SLBENFICA.PT

OPÇÃO GLOBAL (STANDS E OUTRAS ESTRUTURAS)

FIL ‑ FEIRA INTERNACIONAL DE LISBOA

AMADORA | 215 832 947 | INFO@OPCAOGLOBAL.PT | WWW.OPCAOGLOBAL.PT

LISBOA | 218 921 500 | FIL@AIP.PT | WWW.FIL.PT

PEBÊ BRAND ENERGIZE (STANDS)

PÁTIO DA GALÉ

TERRUGEM | 219 188 720 | PEBE@PEBE.PT | WWW.PEBE.PT

LISBOA | ATL@VISITLISBOA.COM

PUBLIACÇÃO (ROAD‑SHOW)

PORTO

ALMARGEM DO BISPO | 210 106 295 | GERAL@PUBLIACCAO.COM | WWW.PUBLIACCAO.COM

CAVES CALÉM ‑ SOGEVINUS FINE WINES

SIRAM (PALCOS E OUTRAS ESTRUTURAS)

DOURO MARINA

SPORMEX (STANDS)

ESTÁDIO DO DRAGÃO

FORMAÇÃO

V. N. DE GAIA | 223 746 660 | TURISMO@SOGEVINUS.COM | WWW.CALEM.PT

FUNCHAL | 291 281 185 | SIRAM@SIRAM.PT | WWW.SIRAM.COM

VILA NOVA DE GAIA | 220 907 300 | 918 501 474 | INFO@DOUROMARINA.COM | WWW DOUROMARINA.COM

PORTO | 225 083 000 | PORTOESTADIO@FCPORTO.PT | WWW.FCPORTO.PT

EXPONOR

MATOSINHOS | 229 981 400 | INFO@EXPONOR.PT | WWW.EXPONOR.PT

FUNDAÇÃO DE SERRALVES CONGRESS CENTER PORTO | 226 156 500 | SERRALVES@SERRALVES.PT | WWW.SERRALVES.COM

MOSTEIRO DE SÃO BENTO DA VITÓRIA PORTO | 223 401 900 | LARCHER@TNSJ.PT | WWW.TNSJ.PT

BRAGA | 253 673 689 | GERAL@SPORMEX.PT | WWW.SPORMEX.PT

ESCOLA SUPERIOR DE HOTELARIA E TURISMO DO ESTORIL ESTORIL | 210 040 700 | ISABEL.SOUSA@ESHTE.PT | WWW.ESHTE.PT

ESCOLA SUPERIOR DE TURISMO E TECNOLOGIA DO MAR PENICHE | 262 783 607 | ESTM@IPLEIRIA.PT | WWW.ESTM.IPLEIRIA.PT

RESTART

LISBOA | 213 609 450 | INFO@RESTART.PT | WWW.RESTART.PT

WWW.EVENTPOINT.PT


DIRECTÓRIO

EPIC SANA LISBOA HOTEL

FOTOGRAFIA E VÍDEO

LISBOA | 211 597 300 | INFO.LISBOA@EPIC.SANAHOTELS.COM | WWW.LISBOA.EPIC.SANAHOTELS.COM

DUBVIDEO

HOTEL CASCAIS MIRAGEM

LISBOA | 213 426 049 | INFO@DUBVIDEO.NET | WWW.DUBVIDEO.NET

CASCAIS | 210 060 600 | RESERVATIONS@CASCAISMIRAGE.COM | WWW.CASCAISMIRAGE.COM

FAVO STUDIO

HOTEL REAL VILLA ITÁLIA

PORTO | 225 024 082 | GERAL@FAVOSTUDIO.COM | WWW.FAVOSTUDIO.COM

CASCAIS | 210 966 000 | REALVILLAITALIA@HOTEISREAL.COM | WWW.GRANDEREALVILLAITALIA.REALHOTELSGROUP.COM

HELLO MOVEMENT

INTERCONTINENTAL LISBOA

LISBOA | 969 978 984 | HELLOMOVEMENT@GMAIL.COM

LISBOA | 213 818 700 | LISHA.RESERVATIONS@IHG.COM | WWW.IHG.COM

HOTÉIS

MYRIAD BY SANA HOTELS

LISBOA | 211 107 600 | INFO@MYRIAD.PT | WWW.MYRIAD.PT

AVEIRO

OLISSIPPO ORIENTE

PALACE HOTEL BUSSACO

LISBOA | 213 182 791 | SONIA.ABREU@OLISSIPPOHOTELS.COM | WWW.OLISSIPPOHOTELS.COM

LUSO | 231 937 970 | BUSSACOPALACE@THEMAHOTELS.PT | WWW.ALMEIDAHOTELS.COM

PALÁCIO ESTORIL

BRAGA

ESTORIL | 214 648 000 | INFO@HOTELESTORILPALACIO.PT | WWW.PALACIOESTORILHOTEL.COM

MELIÃ BRAGA

PESTANA PALACE

COIMBRA

PORTO BAY LIBERDADE

BRAGA | 253 144 000 | MELIA.BRAGA@MELIAPORTUGAL.COM | WWW.MELIABRAGA.COM

LISBOA | 21 361 56 00 | GUEST@PESTANA.COM | WWW.PESTANA.COM

LISBOA | 210 015 700 | PORTOBAYLIBERDADE@PORTOBAY.PT | WWW.PORTOBAY.COM

HOTEL QUINTA DAS LÁGRIMAS

RITZ FOUR SEASONS HOTEL LISBOA

COIMBRA | 239 802 380 | RESERVAS@QUINTADASLAGRIMAS.PT | WWW.QUINTADASLAGRIMAS.PT

LISBOA | 213 811 400 | FSH.LISBON@FOURSEASONS.COM | WWW.FOURSEASONS.COM/LISBON

HOTEL VILA GALÉ COIMBRA

TRYP LISBOA AEROPORTO

COIMBRA | 239 240 000 | COIMBRA@VILAGALE.PT | WWW.VILAGALE.PT

LISBOA | 218 425 000 | TRYP.LISBOA.AEROPORTO@MELIAPORTUGAL.COM | WWW.TRYPLISBOAAEROPORTO.COM

ÉVORA

VIP EXECUTIVE ART’S

LISBOA | 210 020 400 | HOTELARTS@VIPHOTELS.COM | WWW.VIPHOTELS.COM

VILA GALÉ ÉVORA

ÉVORA | 266 758 100 | EVORA@VILAGALE.COM | WWW.VILAGALE.COM

PORTO

FARO

CROWNE PLAZA PORTO

PORTO | 226 072 500 | OPOCP.INFO@IHG.COM | WWW.IHG.COM

CROWNE PLAZA HOTEL

VILAMOURA | 289 381 600 | GERAL@CPVILAMOURA.COM | WWW.CROWNEPLAZAVILAMOURA.COM

INTERCONTINENTAL PALÁCIO DAS CARDOSAS PORTO | 220 035 600 | ICPORTO.INFO@IHG.COM | WWW.IHG.COM

EPIC SANA ALGARVE HOTEL

ALBUFEIRA | 289 104 300 | INFO.ALGARVE@EPIC.SANAHOTELS.COM | WWW.ALGARVE.EPIC.SANAHOTELS.COM

ALBUFEIRA | 289 598 000 | INFO.GRSE@GRANDEREAL.COM | WWW.REALHOTELSGROUP.COM

PORTO PALÁCIO CONGRESS HOTEL & SPA

PORTO | 226 086 600 | GERAL@PORTOPALACIOHOTEL.PT | WWW.HOTELPORTOPALACIO.COM

SALGADOS PALACE

ALBUFEIRA | 289 244 200 | BOOKINGS@NAUHOTELS.COM | WWW.NAUHOTELS.COM

POUSADA DO FREIXO

PORTO | 225 311 000 | GUEST@POUSADAS.PT | WWW.POUSADAS.PT

SHERATON ALGARVE HOTEL & RESORT

ALBUFEIRA | 289 500 100 | PINECLIFFS.RESERVATIONS@LUXURYCOLLECTION.COM | WWW.SHERATONALGARVE.COM

TIVOLI MARINA DE VILAMOURA

MARRIOT PRAIA D’EL REY & BEACH RESORT

ÓBIDOS | 262 905 100 | INFO.PDR@MARRIOTT‑PDR.COM.PT | WWW.PRAIA‑DEL‑REY.COM

LISBOA ALTIS GRAND HOTEL

SHERATON PORTO HOTEL & SPA

PORTO | 220 404 000 | SHERATON.PORTO@SHERATONPORTO.COM | WWW.SHERATONPORTO.COM

VILAMOURA | 289 303 303 | HTMARINAVILAMOURA@TIVOLIHOTELS.COM | WWW.TIVOLIHOTELS.COM

LEIRIA

NH COLLECTION PORTO BATALHA

PORTO | 227 660 600 | NHCOLLECTIONPORTOBATALHA@NH‑HOTELS.COM | WWW.NH‑HOTELES.PT

GRANDE REAL SANTA EULÁLIA

THE YEATMAN

VILA NOVA DE GAIA | 220 133 100 | RESERVATIONS@THEYEATMAN.COM | WWW.THEYEATMAN.COM

VIANA DO CASTELO AXIS VIANA ‑ BUSINESS & SPA HOTEL

VIANA DO CASTELO | 258 802 000 | RESERVAS@AXISVIANA.COM | WWW.AXISHOTEIS.COM

VILA REAL

LISBOA | 213 106 000 | GUESTSERVICEALTIS@ALTISHOTELS.COM | WWW.ALTISHOTELS.COM

CORINTHIA LISBOA HOTEL

LISBOA | 217 236 363 | LISBON@CORINTHIA.COM | WWW.CORINTHIA.COM

HOTEL CASINO CHAVES

CHAVES | 276 309 600 | HOTELCASINOCHAVES@SOLVERDE.PT | WWW.HOTELCASINOCHAVES.SOLVERDE.PT

WWW.EVENTPOINT.PT

65


DIRECTÓRIO

THE VINTAGE HOUSE DOURO

KRIAEVENTOS

VIDAGO PALACE HOTEL

LINEUP

VISEU

PMP PRODUÇÕES

PINHÃO | 254 730 230 | RESERVATIONS@VINTAGEHOUSEHOTEL.COM | WWW.VINTAGEHOUSEHOTEL.COM

VIDAGO | 276 990 900 | RESERVATIONS@VIDAGOPALACE.COM | WWW.VIDAGOPALACEHOTEL.COM

LISBOA | 211 583 021 | 937 442 524 | INFO@LINEUP.PT | WWW.LINEUP.PT

LISBOA | 218 619 375 | GERAL@PMPEVENTOS.COM | WWW.PMPEVENTOS.COM

MONTEBELO VISEU HOTEL & SPA

PRESTÍGIO

VISEU | 232 420 000 | MONTEBELOVISEU@MONTEBELOHOTELS.COM | WWW.MONTEBELOVISEU.PT

LISBOA | 213 839 600 | GERAL@PRESTIGIO.PT | WWW.PRESTIGIO.PT

SIX SENSES DOURO VALLEY

SFORI

LAMEGO | 254 660 600 | RESERVATIONS‑DOUROVALLEY@SIXSENSES.COM | WWW.SIXSENSES.COM

LISBOA | 211 212 167 | GERAL@SFORI.COM | WWW.SFORI.COM

AÇORES

THE DREAMERY

LISBOA | INFO@THEDREAMERY.PT | WWW.THEDREAMERY.PT

HOTEL MARINA ATLÂNTICO

PONTA DELGADA | 296 307 900 | HOTELMARINAATLANTICO@BENSAUDE.PT | WWW.BENSAUDE.PT

TOPEVENTOS | SOUND LIGHTS AND MUCH MORE

PAREDE | 214 574 466 | 968 772 735 | GERAL@TOPEVENTOS.PT | WWW.TOPEVENTOS.PT

TERCEIRA MAR HOTEL

TERCEIRA | 295 402 280 | TERCEIRAMARHOTEL@BENSAUDE.PT WWW.BENSAUDE.PT

UPPARTNER ‑COMUNICAÇÃO DE MARKETING

LISBOA | 210 410 100 | HELIO.SOARES@UPPARTNER.PT | WWW.UPPARTNER.PT

MADEIRA

SAÚDE

BELMOND REID'S PALACE

FUNCHAL | 291 71 71 71 | RESERVATIONS.RDS@BELMOND.COM | WWW.BELMOND.COM

CRUZ VERMELHA PORTUGUESA

LISBOA | 213 913 900 | SEDE@CRUZVERMELHA.ORG.PT | WWW.CRUZVERMELHA.PT

THE CLIFF BAY

FUNCHAL | 291 707 700 | CLIFFBAY@PORTOBAY.PT | WWW.PORTOBAY.COM

FEMÉDICA

BELAS | 211 975 723 | 912 190 431 | GERAL@FEMEDICA.PT | WWW.FEMEDICA.PT

THE VINE HOTEL

FUNCHAL | 291 009 000 | RESERVATIONS@HOTELTHEVINE.COM | WWW.HOTELTHEVINE.COM

66

LISBOA | 217 955 424 | KE@KRIAEVENTOS.PT | WWW.KRIAEVENTOS.PT

SEGURANÇA

ORGANIZADORES PROFISSIONAIS DE CONGRESSOS

2045

MALVEIRA | 219 663 070 | GERAL@2045SA.PT | WWW.2045.PT

FORUM D’IDEIAS ‑ PCO & DMC

PROSEGUR

VILA NOGUEIRA DE AZEITÃO | 212 189 393 | INFO@FORUMDIDEIAS.COM | WWW.FORUMDIDEIAS.COM

LISBOA | 218 362 200 | GERAL@PROSEGUR.COM | WWW.PROSEGUR.PT

LEADING ‑ CONGRESS & ASSOCIATION MANAGEMENT

TECNOLOGIAS PARA EVENTOS

LINDA‑A‑VELHA | 217 712 634 | LEADING@LEADING.PT | WWW.LEADING.PT

MUNDICONVENIUS

EVENT SERVICES

LISBOA | 213 155 135 | INFO@MUNDICONVENIUS.PT | WWW.MUNDICONVENIUS.PT

VILA NOVA DE GAIA | 220 932 947 | INFO@EVENTSERVICES.PT | WWW.EVENTSERVICES.PT

SKYROS

FUTURDATA

PORTO | 226 165 450 | SKYROS@SKYROS‑CONGRESSOS.COM | WWW.SKYROS‑CONGRESSOS.COM

VILA DO CONDE | 229 427 715 | FUTURDATA@FUTURDATA.PT | WWW.FUTURDATA.PT

THE HOUSE OF EVENTS

MOBILITYNOW

PORTO | 228 348 940 | INFO@THE.PT | WWW.THE.PT

LISBOA | 210 199 900 | INFO@MOBILITY.PT | WWW.MOBILITY.PT

ORGANIZADORES DE EVENTOS

TRANSPORTES

AA.COM

DOURO AZUL

LISBOA | 211 929 707 | GERAL@AA‑COM.PT | WWW.AA‑COM.PT

PORTO | 223 402 500 | RESERVAS@DOUROAZUL.COM | WWW.DOUROAZUL.PT

ACTING OUT

GRUPO BARRAQUEIRO

LISBOA | 214 698 918 | GERAL@ACTINGOUT.IMPRESA.PT | WWW.ACTINGOUT.PT

LISBOA | 217 511 900 | BARRAQUEIRO@BARRAQUEIRO.COM | WWW.BARRAQUEIRO.COM

BEST EVENTS

VIPDRIVE

BRAGA | 253 113 870 | INFO@BESTEVENTS.PT | WWW.BESTEVENTS.PT

LISBOA | 214 054 100 | 965 644 055 | INFO@VIPDRIVE.PT | WWW.VIPDRIVE.PT

BRIDGE – EVENTS AND ENTERTAINMENT

PORTO | 226 167 050 | MAIL@BRIDGE2EMOTIONS.COM | WWW.BRIDGE2EMOTIONS.COM

OUTROS SERVIÇOS

FADUS - SPECIAL EVENTS

ASSER.BIZ GESTÃO DE INFORMAÇÃO

JOGO DE SOMBRAS

BULL INSURANCE

CASCAIS | 963 065 525 | 214 863 035 | JOAO.PESTANA@FADUS.PT | WWW.FADUSPECIALEVENTS.COM

AVEIRO | 256 817 009 | GERAL@JOGODESOMBRAS.COM | WWW.JOGODESOMBRAS.COM

MATOSINHOS | 938 297 575 | CONHECER@@ASSERBIZ.COM | WWW.ASSERBIZ.COM

LISBOA | 218 522 183 | ASALVO@BULL‑INSURANCE.COM | WWW.BULL‑INSURANCE.COM

WWW.EVENTPOINT.PT


67

WWW.EVENTPOINT.PT


68

WWW.EVENTPOINT.PT


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