Event Point 20

Page 1

E VENTOS | CONGRESSOS | FEIR AS | INCENTIVOS | DESTINOS A N O V I | N Ú M E R O 2 0 | T R I M E S T R A L | J U L H O , A G O S T O E S E T E M B R O D E 2 0 16 | 5 , 0 0 €

COOL SPONSORS

OS DESAFIOS DOS DMC ‑ GRANDE ENTREVISTA: ANA BARBOSA ‑ A FOODGENERATION E OS EVENTOS


2

WWW.EVENTPOINT.PT


3

WWW.EVENTPOINT.PT


FICHA TÉCNICA

EDITORIAL

PROPRIETÁRIO Estação Livre | Comunicação Tel: 223 395 624 info@eventpoint.com.pt www.eventpoint.com.pt

SEDE DA REDACÇÃO Rua da Fábrica Social, s/n 4000‑201 Porto | Portugal

DIRECTOR

Rui Ochôa [rui@eventpoint.com.pt]

EDITORA / DIRECTORA DE INFORMAÇÃO Cláudia Coutinho de Sousa [claudia@eventpoint.com.pt]

REDACÇÃO

Maria João Leite [mj@eventpoint.com.pt] Sara Marques [sara@eventpoint.com.pt] Raquel Madureira

‑ DIRECTOR COMERCIAL Filipe Silva

[filipe@eventpoint.com.pt] ASSISTENTE COMERCIAL Marta Telles

[comercial@eventpoint.com.pt] ASSISTENTE DE DIRECÇÃO Inês Carvalho, Rita Costa

CONSELHO CONSULTIVO

4

Alexandra Torégão, Ana Fernandes, António Gouveia Santos, Isabel Amaral, João Luís Moita, João Paulo Oliveira, Joaquim Pires, Jorge Vinha da Silva, Maria José Alves, Nuno Pinto Magalhães, Paulo Campos Costa, Pedro Magalhães, Pedro Ribeiro, Pedro Rodrigues e Sandra Antunes.

TRADUÇÕES

Diana Reis Marques

COLABORAM NESTA EDIÇÃO

CLÁUDIA COUTINHO DE SOUSA

RUI OCHÔA

QUE PAPEL ESTÁ RESERVADO AOS DMCS? Num tempo, este que vivemos, em que a informação existe, está acessível, e é cada vez mais organizada, assistimos ao cortar de intermediações por parte dos clientes, que, ao contrário do que seria habitual há uns anos, preferem escolher e contratar eles próprios determinados serviços: hotéis, transportes, animação, audiovisuais, etc. Neste contexto, onde a proposta de valor tem que ser clara e bem percebida, e perante a concorrência acrescida de agências globais, que papel está reservado aos Destination Management Companies (DMCs) portugueses? Fomos ouvir opiniões individuais e colectivas sobre esta realidade, e perceber de que modo as empresas que actuam nesta área encaram os desafios. Ana Barbosa, autora de artigos e de guias, fundadora de uma empresa de animação turística, ex‑presidente da Associação Portuguesa de Empresas de Congressos, Animação Turística e Eventos (APECATE), é a nossa grande entrevistada. O discurso é iluminante, como seria expectável de uma observadora atenta e de uma profunda conhecedora do sector. Finalmente, a propósito de um encontro europeu de empresas de catering no Porto, falamos‑lhe de uma era que pertence, pelo menos parcialmente, à foodgeneration. Boas leituras, e até Dezembro.

António Horta Salvo, Diogo Assis, James Morgan, Renata Amaral

ÍNDICE

‑ DESIGN

Norma Design [geral@normadesign.com]

FOTOGRAFIA DA CAPA Equipe Integrada

FOTOGRAFIA Minifoto

IMPRESSÃO

Norprint ‑ a casa do livro Zona Industrial Alto da Cruz Rua das Artes Gráficas, nº 209 4780‑739 Santo Tirso

‑ Nº REGISTO ERC 126066

DEPÓSITO LEGAL 330066/11

TIRAGEM

3.500 exemplares

PERIODICIDADE Trimestral

‑ É estritamente proibida a reprodução parcial ou integral de textos ou ilustrações da Event Point. As informações contidas nos anúncios são da exclusiva responsabilidade dos anunciantes. Consequentemente, não podemos ser responsabilizados por qualquer informação incorrecta que se possa verificar.

6 8 10 12 14 15 17 18 19

20

Espaço APECATE Reunião do Conselho Consultivo da Event Point Espaço APOREP Espaço IPAM Criatividade vs Orçamento Empresas: iMotion – Eventos, Marketing e Comunicação Empresas: Inspira Santa Marta Empresas: Anetours European Best Event Awards

PRINCIPAL TENDÊNCIA NO CATERING? RECONECTAR!

24 A Lei de Murphy no Festival “Andanças”, por António Horta Salvo 26 Ibtm arabia 28 ibtm world 29 IMEX America 30 IT&CMA 31 Ace of M.I.C.E.

32

GRANDE ENTREVISTA: ANA BARBOSA

44

DOSSIÊ TEMÁTICO: OS DESAFIOS DOS DMC

40 42

A EDP nas maratonas Turismo e marketing, juntos para sempre, por Diogo Assis

50 Envolver os participantes do evento, por James Morgan 52 Destino internacional: Abu Dhabi 58 Egos e bacalhau com asas, por Renata Amaral 60 Consultório de protocolo 64 Directório

WWW.EVENTPOINT.PT


5

WWW.EVENTPOINT.PT


ESPAÇO APECATE

VAMOS “EVENTAR” O ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO Recorrendo ao velho ditado “Não vale a pena inventar, porque está tudo inventado” atrevo‑me a desafiar‑vos para “eventarmos” o Ordenamento do Território. ENTÃO QUE PROBLEMAS SE LEVANTAM? Não querendo concretizar nenhuma situação, deixo uma pequena listagem de situações que se passaram comigo, com as empresas por onde passei, e com alguns colegas.

6

‑ “Só autorizo se o outro autorizar” – não é raro termos várias entidades a tutelar um mesmo espaço: os municípios nas questões do espaço público, mas também das licenças de ruído e de publicidade, as capitanias, o Ambiente, as áreas protegidas, os portos... A articulação entre todas nem sempre é a mais eficaz. Aliás, na maior parte das situações cabe à empresa obter os pareceres de cada uma destas instituições e ir partilhando com as restantes, sem que exista um procedimento de interligação entre todos, ou um sistema sequencial de autorizações. Há que ir percorrendo as várias entidades e aguardar que nenhuma indefira o pedido.

ANA FERNANDES

E PORQUÊ ESTE DESAFIO? Num país onde os recursos naturais, físicos, e territoriais são o bem mais precioso para a atracção turística, mas também para o desenvolvimento da nossa actividade: eventos, road shows, animação turística, acções no espaço público.... vemos muitas vezes a nossa actividade ser vetada por não se adequar aos parâmetros definidos pelo ordenamento, ou pelos “ordenamentos” do território, definidos para os espaços em questão. Não é raro, por isso, enfrentarmos mais do que um plano de ordenamento, concebido por entidades diferentes, que muitas vezes se contradizem e causam constrangimentos para quem quer organizar actividades.

‑ “Pode enviar, mas digo já que não vai ser autorizado” ‑ esta é a opção mais fácil, e a que dá menos trabalho, basta fazer copy‑paste. Recorrer é sempre possível, mas mais vale avançarmos para a opção b e encontrar um novo espaço. ‑ “Paga primeiro, analiso depois” ‑ há municípios nos quais é necessário pagar para que os projectos sejam analisados, independentemente do desfecho, mas são as regras das taxas e é necessário ter liquidez para avançar rapidamente com o processo (pois como todos sabem, as adjudicações dos eventos são efectuadas muito perto da sua realização, e o

WWW.EVENTPOINT.PT


WWW.APECATE.PT

E COMO SOLUCIONAMOS ESTAS QUESTÕES? respectivo licenciamento tem também o seu tempo para ser obtido; a acção, essa, tem uma data definida e no dia tudo tem de estar pronto e autorizado!).

Esta é sempre a parte difícil de qualquer crítica que se pretende construtiva: apresentar soluções! Mas arrisco lançar algumas ideias que podem dar lugar a uma discussão mais abrangente.

‑ “A concessão é a solução” ‑ quando o espaço público está vedado por qualquer razão, a solução está nas parcerias com os privados que têm espaços comerciais nas proximidades. Assim, em vez de estarmos a trabalhar em prol do espaço público, para além de nos submetermos às suas regras, acrescentamos uma série de outras, introduzidas pela parceria que momentaneamente se torna necessária. Resultado: um custo adicional!

‑ A centralização dos processos de licenciamentos junto das autarquias parece ser a forma mais eficaz de avançar com este processo. Os municípios conhecem o território, lidam de forma directa ou indirecta com as restantes tutelas e são um órgão de proximidade. Para além disso, estão empenhados na promoção da sua área territorial e, como tal, estes eventos, animação ou activações de marca, podem servir o propósito municipal, muitas vezes com défice de animação própria. Corremos, no entanto, um sério risco: se as regras não estiverem claramente definidas, a “politização” do licenciamento poderá ser uma realidade, já que a análise poderá tornar‑se subjectiva, e condicionar um procedimento que se espera claro, célere e transparente.

‑ “A galinha do vizinho é melhor do que a minha” ‑ esta é muito preocupante e apenas ocorre por comparação. No mesmo território vemos acções semelhantes, em que umas são autorizadas, e outras não. Justificação? Acordos pré‑existentes, patrocínio de marca, incorporação da acção nas actividades de animação municipal, mecenato municipal ou a instituições municipais, outras sem explicação! Em territórios limítrofes, nuns locais são autorizados, noutros não. Justificação? Diferentes políticas, diferentes territórios, diferentes análises.... Apenas a acção era igual! ‑ “Quanto custa?” ‑ só sabemos a resposta no final do projecto. As taxas e taxinhas são tão variadas ao longo do nosso país, que cada espaço tem o seu preço, e para uma mesma actividade o processo de licenciamento pode variar de apenas alguns euros, até muitos milhares, num espaço exactamente ao lado. Por mais que indiquem que todos estes valores estão tabelados (e estão) é quase impossível apurar, em fase de orçamento, o exacto valor. ‑ “Factor C” ‑ quando tudo falha, ligamos para todos os contactos numa derradeira tentativa de perceber se alguém conhece alguém que permita desbloquear uma autorização que é mesmo necessária para que o projecto progrida dentro da normalidade. É verdade, nós os produtores de eventos vestimos a camisola dos nossos projectos, e assumimos como nossas todas estas batalhas. Se os vários gabinetes falassem entre si, ajustassem procedimentos, e os encadeassem, evitar‑se‑ia alguma da burocracia instalada, que em nada contribui para o melhoramento dos serviços, da qualificação, e da vivência de um espaço que, afinal, é de todos!

‑ Outra opção, claramente oposta, é a centralização desta questão num processo digital via simplex. Simplificar os processos numa base de dados sem rosto, que torna os procedimentos automatizados, mas descaracteriza o seu fundamento. Dinamizado por quem? Talvez o Turismo de Portugal tivesse, nesta perspectiva, algo de importante a defender. ‑ Uma terceira via é manter a tutela multipartida do território, mas criar regras para os procedimentos. Desta forma poderão criar‑se esquemas de comunicação entre entidades que facilitem a articulação da informação. Porém, antes de mais, é necessária uma clara definição do que se pretende para cada território. Deverão, por isso, ser ouvidos os vários intervenientes: órgãos de soberania, cidadãos, defensores ambientais e de segurança, empresas. E a partir da política que seja definida para cada espaço será claro que investimentos os empresários deverão fazer para dinamização, animação e vivência turística do território. Sabemos que é uma situação difícil e nada consensual, mas está provado que é necessário alterar o paradigma e, para tal, é preciso existir vontade política. A APECATE, enquanto representante das Empresas de Congressos, Animação Turística e Eventos, será uma parceira atenta e interventiva neste processo de mudança que urge ser efectuado! Ana Fernandes

WWW.EVENTPOINT.PT

7


© ANTÓNIO CAMILO CONSELHO CONSULTIVO DA EVENT POINT

8

TRÊS IDEIAS PARA O SECTOR DOS EVENTOS Antes das férias de Verão, como já vem sendo hábito, o Conselho Consultivo da Event Point reuniu‑se no Hotel Dom Pedro Palace, em Lisboa, para um enérgico almoço/debate. Das várias questões suscitadas, destacamos aqui três, começando desde logo pela sugestão de estabelecer um conselho consultivo da meetings industry junto do Turismo de Portugal, de modo a que a comunicação com o sector seja mais ágil e os resultados mais rápidos. Falou‑se também, amplamente, da necessidade de lidar com as questões de ordenamento do território, cuja configuração

actual leva a que, por exemplo, várias entidades tenham jurisdição sobre um mesmo espaço. O que está em causa, entre outros aspectos, é definir uma entidade responsável pelos licenciamentos que depois se articule com as restantes. Finalmente, e para evitar a tentação de olharmos para os problemas de cada um, em particular, avançou‑se no Conselho a ideia de elaborar um caderno de encargos, com um plano estratégico

WWW.EVENTPOINT.PT


REPORTAGEM

© ANTÓNIO CAMILO

9

© ANTÓNIO CAMILO

© ANTÓNIO CAMILO

JOAQUIM PIRES, DO TURISMO DE PORTUGAL, E JOÃO PAULO OLIVEIRA, DA LEADING, À CHEGADA.

PEDRO RODRIGUES, DA DESAFIO GLOBAL, E PEDRO RIBEIRO, DO DOM PEDRO PALACE, EM PRIMEIRO PLANO.

para a meetings industry, em que fossem definidos os objectivos e as prioridades para o sector em Portugal. Um documento com directrizes para o curto, médio e longo prazo, a ser articulado com a Secretaria de Estado do Turismo e com o Turismo de Portugal. Participaram neste encontro Alexandra Torégão (AIP/Centro de Congressos de Lisboa), Ana Fernandes (APECATE), António Gouveia Santos (Centro de Congressos da

Alfândega), Isabel Amaral (Isabel Amaral . Consultoria), Joaquim Pires (Turismo de Portugal), João Paulo Oliveira (Leading), Jorge Vinha da Silva (MEO Arena), Maria Carmo Rosa (Câmara Municipal de Lisboa), Nuno Pinto de Magalhães (Central de Cervejas), Paulo Campos Costa (EDP), Pedro Ribeiro (Hotéis Dom Pedro), Pedro Rodrigues (Desafio Global), Ricardo Vieira (Turismo da Madeira) e Sandra Antunes (Turismo dos Açores).

WWW.EVENTPOINT.PT


ESPAÇO APOREP

AFINAL O QUE É UMA QUEBRA DE PROTOCOLO? Nos últimos tempos temos ouvido falar muito em quebras de protocolo. Aparentemente, os jornalistas portugueses passaram a ser especialistas nesta matéria e não passa uma semana sem que alguém descubra que “o Presidente quebrou o protocolo”. O protocolo estaria feito em pedaços se isto fosse verdade.

10

Tudo começou no dia em que tomou posse o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa. A decisão de fazer o percurso a pé desde a casa onde vivera com os pais até à Assembleia da República foi considerada uma quebra de protocolo proclamada aos quatro ventos. Ora o guião do cerimonial elaborado pela Divisão de protocolo da Assembleia da República para esta cerimónia apenas menciona que “ O Presidente da República eleito chega ao palácio de S. Bento às 9.35.” Em nenhum momento aparece determinado que “sai da viatura na base da escadaria principal “. Como é óbvio o guião foi elaborado com conhecimento de que o presidente eleito chegaria pelo seu próprio pé ao local da recepção solene, mas a comunicação social não foi informada para não estragar o efeito surpresa. Os jornalistas nunca tinham visto um presidente eleito chegar pelo seu pé ao palácio de São Bento e pensaram erradamente que estavam a assistir a uma quebra do protocolo. Mas o guião a que todos os participantes nesta cerimónia solene tiveram acesso foi cumprido escrupulosamente. O actual presidente tem um estilo muito próprio de exercer o seu mandato e, ao abandonar a rigidez e a distância que caracterizaram a actuação do seu antecessor, despertou o interesse da comunicação social por tudo o que possa ser uma alteração do protocolo presidencial. A partir desse dia, muitos foram os títulos sobre situações em que o presidente “quebrara” mais uma vez o protocolo: ora por se ter aproximado dos populares que o aguardavam, saindo do tapete vermelho, ora por ter abraçado as porteiras parisienses que acabara de condecorar, ora ainda por outros milhares de gestos de

espontaneidade da chamada “presidência de afectos”. Em nenhuma destas situações o Presidente quebrou o protocolo, em meu entender, tendo apenas conseguido surpreender os jornalistas com a sua espontaneidade e a proximidade que busca ter com os eleitos. Aliás bastou observar, no próprio dia da tomada de posse, o seu comportamento quando lhe foram prestadas honras militares. Ao passar revista à Guarda de Honra percebia‑se que este presidente cumpre rigorosamente o protocolo. Lembro‑me de ter pensado que era a primeira vez que eu via alguém passar em revista as tropas perfiladas, olhando para cada elemento do batalhão à medida que avançava, como deve ser. E recordei as trapalhadas do presidente Hollande no dia da sua tomada de posse, ou porque ninguém lhe tinha dado indicações sobre o protocolo desse dia ou porque ele decidira ignorá‑las. Mas vamos por partes. Em primeiro lugar, o que é o protocolo? Em segundo lugar: protocolo e cerimonial são uma e a mesma coisa? E, por último, como se quebra o protocolo? O cidadão comum associa o protocolo a situações solenes e um pouco teatrais, em que pessoas com aspecto importante e trajes formais parecem obedecer a uma “marcação” pré‑estabelecida, que evita, quando evita, atropelos, precipitações e choques. Na realidade, a expressão protocolo aplica‑se ao ordenamento e organização dos actos das instituições oficiais, ou seja, do protocolo oficial. Esse protocolo de Estado implica normas, legislação e regras, que só existem no âmbito oficial. Ora essas

WWW.EVENTPOINT.PT


WWW.APOREP.COM

normas, e essa legislação, nunca poderiam ser ignoradas por um presidente que é um jurista de grande renome. O que mudou de facto com esta presidência foi o cerimonial do Estado, que passou a ter menos pompa, e menos circunstância. Em resumo, o protocolo é o conjunto de normas e documentos legais que regem os procedimentos das cerimónias oficiais enquanto o cerimonial é a forma como estas cerimónias são encenadas, variando ao sabor dos tempos e das circunstâncias. Quebra‑se o protocolo quando se contraria o que está legislado. Quando um empresário organiza uma cerimónia de inauguração e não observa a lista de precedências determinada pelo artº 7º da lei nº40/2006, ordenando mal as autoridades presentes está a quebrar o protocolo. Ou quando um governante não trata a bandeira nacional como um símbolo pátrio e a transforma num pano, está a contrariar o que está disposto no decreto‑lei nº150/87, de 30 de Março, e a quebrar o protocolo. Erro que o nosso Presidente nunca comete por ter passado a usar o pavilhão presidencial para descerramento de placas em cerimónias por ele presididas. Aliás a única vez que vi o nosso Chefe de Estado quebrar o protocolo foi quando no dia 10 de Junho de 2016 convidou o Presidente francês a impor insígnias a cidadãos portugueses durante uma cerimónia de investidura em Paris. Ora, segundo o artigo 50º da Lei das Ordens Honorificas Portuguesas “o Presidente da República pode deferir ao Presidente da Assembleia da República ou ao Primeiro‑Ministro a imposição de insígnias”. Pode ainda, “por expressa delegação sua,

encarregar da imposição das insígnias os Chanceleres das respectivas Ordens, os membros do Governo, os representantes da República nas Regiões Autónomas, em actos a realizar nelas, os Chefes de Estado‑Maior ou o Embaixador de Portugal no país onde a cerimónia ocorra”. Mas não pode, ou melhor, não deve, deferir essa imposição de insígnias em mais ninguém para além dos expressamente mencionados naquele diploma. Terá sido um acto de cortesia para agradecer a presença do chefe de Estado francês numa cerimónia presidida pelo Chefe de Estado português. Não teve muita importância, mas houve de facto uma quebra do protocolo. O protocolo não deveria ser quebrado para não contrariar a lei, pondo em causa as instituições e a boa imagem do Estado. Mas o cerimonial pode e deve ser flexível. Temos de aplicar as normas adaptando as regras às circunstâncias e à personalidade das autoridades que vão estar em determinada cerimónia. Há uns anos não havia cerimónia sem uma mesa de presidência, hoje é raro encontrarmos um palco com essa mesa, preferindo as autoridades ficar sentadas ou na primeira fila da plateia ou em cadeirões no palco, assim diminuindo a sensação de distância entre eleitos e eleitores. O protocolo é a norma e o cerimonial é a forma.

Isabel Amaral Presidente da Associação Portuguesa de Estudos de Protocolo

WWW.EVENTPOINT.PT

11


ESPAÇO IPAM

QUANDO AS MARCAS SE ASSOCIAM AOS EVENTOS: COERÊNCIA OU ESPONTANEIDADE? Começo por avisar que tive de interromper 37 conversas no Whatsapp, 17 no Wechat, deixar de acompanhar as férias dos meus amigos através do Facebook e até parar de caçar pokémons para poder escrever estas linhas sobre consumidores, marcas, marcas‑e‑consumidores, consumidores‑e‑as‑marcas, e eventos. 12

Os eventos ocupam um lugar muito importante no marketing dos nossos dias. Podem ser discutidos desde diversos ângulos, mas aqui restrinjo‑me ao seu papel na estratégia de comunicação das marcas. Numa palavra: ligação. As marcas devem escolher participar nos eventos que são coerentes consigo, e estar nesses eventos coerentes com os mesmos. Isto é, antes de escolherem os eventos a que querem estar associadas devem estabelecer uma orientação estratégica para a sua comunicação. É fundamental que consigam apresentar‑se coerentemente com o seu posicionamento, o seu público‑alvo, a sua promessa e a sua estória (storytelling). Porque na comunicação de marketing tudo é permitido, menos a incoerência. O grande desafio para as marcas não é aparecer ou patrocinar os eventos – isso é relativamente fácil dentro do seu budget –, mas sim de conseguir estar neles, marcar a experiência de quem os vive e estabelecer ligações emocionais fortes com os consumidores. Além disso, os mercados são mais competitivos, a concorrência mais sofisticada e os consumidores mais informados e exigentes. As campanhas de publicidade tradicionais já não funcionam de per se, têm que estar enquadradas num mix de meios (omni canal). Aqui as marcas são obrigadas a desenvolver novas estratégias. Mais importante do que comunicar é contar uma boa estória, em

especial quando esta as liga aos seus consumidores, porque as marcas continuam a ter que envolver, surpreender e ligar‑se ao seu público‑alvo. Só que agora os consumidores estão a caçar pokémons, ou a trocar selfies numa qualquer rede social, enquanto vivem as suas experiências. O fenómeno é relativamente novo, mas é já conhecido por todos, e em especial as marcas conhecem‑no bem. Contudo, é muito difícil lidar com ele desde a perspectiva transaccional do marketing (enfoque nas vendas). A atenção dos consumidores não está propriamente à venda (há alguns anos estava, no intervalo das telenovelas, ou do Super Bowl, por exemplo), mas está agora muito dispersa e é muito concorrida. Gradualmente, as marcas reforçam o seu enfoque no consumidor e trabalham a sua relação com este, promovendo esse engagement (ligação). O enfoque no consumidor leva ao enfoque na criação de propostas de valor superiores e não na facturação ou nos lucros (embora estes tendam a surgir depois de forma natural – empresas com relações fortes com os clientes tendem a ser mais lucrativas). Os resultados são, isso mesmo, o resultado. As marcas que patrocinam eventos desportivos sabem bem que isso as liga aos adeptos. A certa altura a Emirates patrocinou em simultâneo o Real Madrid, o Hamburgo, o Milan, o Paris Saint‑Germain e o Olimpiakos, dando também nome ao estádio do Arsenal. Mais do que a ligação aos adeptos desses

WWW.EVENTPOINT.PT


WWW.IPAM.PT

FILIPE SAMPAIO RODRIGUES | PROFESSOR DO IPAM

clubes em particular, a marca procurava aumentar a sua notoriedade espontânea junto de todos aqueles que seguem (globalmente) os eventos desportivos em que esses clubes participam. Ou a Meo, Zon, Super‑Bock, RFM e Sumol (entre outras) que dão nome a eventos de música porque acreditam que isso as liga emocionalmente ao seu público‑alvo. E não haverá no mundo nenhum evento freneticamente energético ao qual a RedBull não esteja associada. Consumidores ligados, por um lado, valorizam mais, compram com mais frequência e estão mais disponíveis para experimentar produtos novos, por outro dão‑se a conhecer, a si, às suas necessidades, aos seus valores e experiências. Ou seja, marcas ligadas aos seus consumidores não precisam de estudos de mercado (aceito acusação de exagerado, e excepções várias), porque todos os dias os consumidores lhes dizem o que pensam, o que sentem, e partilham experiências. Até aqui tudo parece simples, mas não basta que as marcas reconheçam a importância dos consumidores. É preciso ser capaz de captar a sua atenção na hora de lhe tentar passar a mensagem e apresentar a sua proposta de valor. Os eventos devem enquadrar‑se numa estratégia de construção e gestão de ligações com os consumidores. Na hora de agir, as marcas devem ter em conta os seus valores, territórios, promessas e o público‑alvo, e aí procurar os eventos,

e áreas temáticas –desporto, música, entre outras – que melhor as representam. Ter claro que o evento não é o princípio nem o fim, mas é só mais um episódio da sua estória. Eventos servem para activar, mas também proporcionam muito conteúdo para continuar a trabalhar as ligações nos media e nas redes sociais. As redes sociais até permitem elevar as ligações emocionais, as interações e os diálogos. Adicionalmente, os eventos também se estão a desmaterializar: porque não patrocinar também um ginásio de Pokémon GO? O verdadeiro desafio está em saber enquadrar os eventos nas estórias das marcas e aparecer aos consumidores coerente com a sua promessa, e as propostas de valor que apresenta estarem alinhadas com as ligações estabelecidas.

FILIPE SAMPAIO RODRIGUES | PROFESSOR DO IPAM Professor Auxiliar e Coordenador Científico da área de Economia e Gestão no IPAM. Licenciado em 2000 pela Universidade do Porto, Mestre em 2002 e Doutorado desde 2010 pela Universidade Lancaster, no Reino Unido. Ao longo do seu percurso, desempenhou funções como formador e consultor. Além disso, lidera estudos e projectos de investigação aplicada a temas de marketing ao nível internacional, sobre marcas, marketing agro‑alimentar, entre outros.

WWW.EVENTPOINT.PT

13


REPORTAGEM

14

PEQUENO‑ALMOÇO EVENT POINT

CRIATIVIDADE VS. ORÇAMENTO Pela primeira vez, organizamos um pequeno‑almoço/debate da Event Point. Porque às vezes até parece que falamos línguas diferentes, decidimos juntar profissionais da área dos eventos, agências, fornecedores, clientes, escolas, para um debate informal, neste caso sobre a permanente luta Criatividade vs. Orçamento. O tema parte corações, tira horas de sono, ora é motivo de entusiasmo como a seguir de desânimo, e a verdade é que desta tensão resultam muitas vezes eventos fantásticos, na mouche! Para pessoas que organizam eventos para os outros, e raramente têm a oportunidade de trocar impressões umas com as outras, iniciamos este ciclo de pequenos‑almoços/debate, à porta fechada, e absolutamente informais ‑ essa é a regra! Debateram‑se diferentes conceitos de criatividade; a valorização do preço, ou não, por parte dos clientes; a relação entre criatividade e valor da proposta/evento; a criatividade como

forma de distinção face à concorrência; as ferramentas de avaliação do ROI; ou a salvaguarda da propriedade intelectual. O local escolhido para a primeira edição destes pequenos‑almoços, a 2 de Setembro, foi o Vip Lounge do Porto Palácio Congress Hotel & Spa. Nela participaram Ana Fernandes (APECATE), João Cardoso (Sócatering), Dayana Moreira (Neinver . The Style Outlets), Ancy Robertson (Porto Palácio Congress Hotel & Spa), Filipa Oliveira (Restart), Carla Basto (Gooh! . dreamMedia), Ana Torres (World of Discoveries) e Filipe Santos (Centro de Congressos da Alfândega).

WWW.EVENTPOINT.PT


EMPRESAS

CONVENÇÃO BP

LANÇAMENTO DA 5ª GERAÇÃO BIMBY

IMOTION ‑ EVENTOS, MARKETING E COMUNICAÇÃO 10 ANOS E A IMPORTÂNCIA DE SORRIR

No espaço de uma década, a iMotion passou de três pessoas para uma equipa de 12. E este crescimento foi acompanhado de uma “evolução brutal das nossas competências”, explicam Angelina Castel‑Branco, Patrícia Gueifão e Rodrigo Cordeiro, os fundadores. Já todos tinham experiência na área, em outras empresas, “o caminho certo era fazermos as coisas juntos, com mais qualidade, com rigor e ainda mais próximo do cliente”. “O respeito e a confiança” granjeados junto dos clientes, que lhes permitem “realizar e produzir tudo o que criamos e imaginamos, e a parceria constante e crescente” com os fornecedores, “que nos ajudam a criar histórias cada vez mais fantásticas”, são outras duas marcas importantes neste percurso de 10 anos, garantem. Na iMotion os eventos são encarados como “autênticas histórias, e estratégias de marketing muito bem idealizadas”. É isso que os clientes esperam. “Os meios audiovisuais que utilizamos são brutalmente evoluídos, e autênticos mecanismos inspiracionais que fazem o público criar os seus imaginários e viver os eventos de uma forma muito real e também mais emocional. Por outro lado, a exigência dos clientes também é cada vez maior, e desafia‑nos a querer inovar e a surpreendê‑los todos os dias”.

Na próxima década, Angelina, Patrícia e Rodrigo continuam a ver‑se focados nos eventos corporativos, seja para 20 pessoas ou mais de mil. “Sentimo‑nos felizes e orgulhosos do que estamos a ser capazes de construir”. Reuniões internas, lançamentos de produto, fóruns e encontros, congressos, mas também activações, team buildings, produção de stands, para clientes tão diversos como BP, Fnac, Abbott, Bial, Bimby, Bayer, Biogen, Roche, Vodafone, Boehringer Ingelheim, EDP Distribuição, Liberty Seguros, Galp Energia, Delta, Siemens, Rubis... “Gostaríamos de continuar a sorrir todos os dias, a motivar e a fazer sorrir também esta nossa equipa que diariamente trabalha de corpo e alma para aquilo que somos hoje e, acima de tudo, continuar a fazer sentir diferente aos nossos clientes, que confiam em nós e nos desafiam a criar muito mais emoções em Portugal!” PARA MAIS INFORMAÇÕES

IDENTIDADE E FUTURO “Falar de iMotion é falar de rigor, empenho, confiança, inovação, criatividade, qualidade e competência”, dizem os seus responsáveis. “É estar muito, muito próximo do coração. Os eventos são emoções e todos os dias temos que ser muito racionais, mas sobretudo emocionais!”

IMOTION ‑ EVENTOS, MARKETING E COMUNICAÇÃO OEIRAS | 93 281 6646 | 210 122 060 IMOTION@IMOTION.PT | WWW.IMOTION.PT

WWW.EVENTPOINT.PT

15


16

WWW.EVENTPOINT.PT


EMPRESAS

17

REUNIÕES NO INSPIRA SANTA MARTA HOTEL

UMA EXPERIÊNCIA MEMORÁVEL O Inspira Santa Marta é um Hotel que talvez não esperasse encontrar bem no Centro de Lisboa, e apenas 10 minutos do aeroporto. Assumindo‑se como um “refúgio urbano”, adopta uma decoração assente nos princípios fundamentais do Feng Shui e com genuínas preocupações com a sustentabilidade. Está equipado com painéis solares, redutores de caudal de água nas torneiras e chuveiros ‑ o que não retira o prazer de um duche ‑, iluminação LED, sensores de luzes nas áreas e corredores públicos e energia 100% renovável. Na cozinha, sempre que possível, são utilizados alimentos da época, frescos, orgânicos, produzidos localmente ou adquiridos a fornecedores de comércio justo. E nas três salas de reuniões, o detalhe vai ao ponto de usar flipcharts digitais, para evitar o consumo desnecessário de papel. O seu evento pode ainda compensar as emissões de carbono com a deslocação dos participantes até ao Hotel, e no final

recebe um certificado Carbono Zero. Inspira Santa Marta Hotel, 89 quartos e suites, Spa, restaurante, bar e salas de reunião, um oásis de tranquilidade à sua espera. PARA MAIS INFORMAÇÕES

INSPIRA SANTA MARTA HOTEL LISBOA | 210 440 900 EVENTS@INSPIRAHOTELS.COM WWW.INSPIRAHOTELS.COM

WWW.EVENTPOINT.PT


EMPRESAS

ANETOURS ‑ AGÊNCIA DE VIAGENS E TURISMO “DESDE 1995 A OFERECER SERVIÇOS PERSONALIZADOS DE TRANSPORTE” 18

A ANETOURS é uma empresa credenciada em Transportes de Turismo, Transferes e City Tours, com programações próprias, especialista em serviços de transporte personalizados. Dispõe de uma vasta frota de alta gama, orientada para serviços VIP, desde motorista particular no aeroporto até à disponibilidade de vários veículos para eventos especiais, sejam eles de pequena, média ou grande dimensão. “Adaptamo‑nos às necessidades dos nossos clientes, oferecendo uma gestão de tempo o mais produtiva e eficiente possível”, explica a responsável da empresa, Mariana Oliveira. “A constante actualização tecnológica, a monitorização das viaturas em tempo real e o apoio de back office, disponível 24h, são o que nos permite oferecer um melhor serviço”.

SERVIÇOS Transporte para reuniões, pick‑up e drop off no aeroporto, eventos, congressos, individuais. Visitas guiadas, visitas à medida, tours gourmet com foco na gastronomia e nos vinhos. FROTA Limousines Mercedes das classes E e S, Mercedes Sprinter, V e Viano (até 9 lugares), Mini Buses (de 19 e 25 lugares), Buses (de 34 a 55 lugares). PARA MAIS INFORMAÇÕES:

DUAS NOVIDADES Chegaram há pouco tempo à ANETOURS os novos Mercedes Classe E e S Longo, este último com um espaço interior maior, ajustado às preferências dos mercados russo e chinês, e de eventos especiais, envolvendo artistas. A empresa dispõe também de um novo website, completamente remodelado, com novas funcionalidades, como a possibilidade de comprar online as tours disponíveis.

ANETOURS ‑ AGÊNCIA DE VIAGENS E TURISMO MATOSINHOS | 229 942 667 INFO@ANETOURS.PT | WWW.ANETOURS.PT

WWW.EVENTPOINT.PT


EVENTOS

HÁ “ELEFANTES” NA RÚSSIA São Petersburgo recebe de braços abertos, entre 13 e 15 de Outubro, mais uma edição dos European Best Event Awards (EuBEA ). A Desafio Global está na luta pelo prémio de Melhor Incentivo/Teambuilding, com o evento: EDP The Extraordinary Journey. Nesta categoria, a agência portuguesa concorre com dois eventos da Alemanha, um de Espanha, e outro da Eslováquia. Além da entrega dos prémios, do programa consta um conjunto de conferências, desenhadas para inspirar agências, gestores de eventos, representantes das associações, clientes e imprensa, diz a organização dos EuBea 2016 – The International Festival of Events and Live Communication. E para cumprir o objectivo convidou Gil Petersil, da Networking Mastery Coach, Martijn Timmermanns e Tim Corporaal, do Event StoryBoard, Maarten Vanneste, do Meeting Design Institute, John Gerzem, da BAV Consulting e Becki Cross, da Events Northern. Estes oradores terão como objectivo partilhar conhecimento sobre como aumentar a eficácia dos eventos, usando soluções criativas e estratégias para mudar comportamentos. Nesta edição dos EuBea haverá, de resto, a possibilidade de marcar reuniões com os oradores, membros do júri e patrocinadores.

19

O JÚRI Gerd De Bruycker, director de marketing de eventos no norte da Europa da Cisco, será o presidente do júri dos EuBEA. A coadjuvá‑lo estão: Bertrand Biard, presidente da L’événement (Associação das Agências de Eventos e Comunicação Francesas); Paulo Campos Costa, director de Coordenação Global de Marca, Marketing e Comunicação da EDP; Roeslan Danoekoesoemo, responsável de Patrocínios da Heineken International; Alain De Greef, director de Patrocínios e Eventos do BNP Paribas Fortis; Luca Favetta, antigo presidente do júri, especialista em marketing e eventos; Andrea Faflikova, gestora de eventos do Lego Group; Belén Fierro, chefe de Protocolo e Eventos para Espanha da Airbus; Cristiano Fiorio, responsável de Promoção da Marca para a região EMEA da Fiat Chrysler Automobiles; Elling Hamso, fundador e director do Event ROI Institute; Carlo Hermes, antigo presidente do júri, especialista em marketing de eventos; Maayke

Könemann, marketeer no ING Wholesale Banking; Michael Müller, responsável de marketing da Samsung; Alegra O’Hare, directora sénior, Global Brand Communications, da Adidas; Daniele Penna, responsável pelas estratégias de patrocínio da UniCredit; Beate Schlegel, responsável de comunicação de eventos e feiras na Siemens AG; Maarten Schram, fundador e presidente da LiveCom Alliance; Rolf Schumann, responsável de marketing e comunicação da Skoda Auto; Rudolf Sommer, responsável corporate da EnBW and Watt – Sales & Solutions Ltd.; Sven Theobald, responsável de eventos e experiência de marca na Bayer; Alison Williams, responsável de eventos da L’Oréal Professional Products para o Reino Unido e Irlanda; Detlef Wintzen, director da insglück Gesellschaft für Markeninszenierung mbH; Klaus Span, director de desenvolvimento de negócio da IBM Power Systems; e Jenny Ström, responsável de envolvimento de marca do Swedbank.

WWW.EVENTPOINT.PT


REPORTAGEM

CONGRESSO DA EPCAS

PRINCIPAL TENDÊNCIA NO CATERING? RECONECTAR! Não se pode dizer que Frank Lindner, da Food Inspiration, tenha uma vida monótona. Ele é um trendwatcher de comida, e corre o mundo a experimentar novos sabores, restaurantes, e a fazer apresentações sobre aquelas que são as principais tendências e inovações no mundo da gastronomia, restauração e catering. Além disso é um produtor de conteúdos, que podemos acompanhar na revista Food Inspiration. Foi ele o keynote speaker da Assembleia Geral da EPCAS – European Party Caterer Association, um encontro que reuniu no Porto algumas das principais empresas de catering, e onde apresentou a sua pirâmide Foodlov, uma teoria baseada na Pirâmide de Maslow.

Reconectar

Identidade e estilo de vida

20

Origem e ética

Saúde

Energia e segurança alimentar MOMENTO DE CONVÍVIO COM UM PASSEIO NO DOURO

A comida é a nossa fonte de energia diária, o fuel, e isso é a base de tudo, mas logo a seguir surgem as questões relacionadas com a saúde. Hoje em dia, e junto de alargados segmentos da população, são cada vez maiores as preocupações de comer saudável e, face à procura, há um crescendo de alternativas, quer de produtos, quer de restaurantes. No terceiro nível da pirâmide aparecem questões como a origem da comida. Actualmente, existe a consciência de que as escolhas que se fazem têm impacto no aquecimento global, na fome, na obesidade, etc. Só depois a comida surge como marca de identidade e de estilo de vida. Os Millennials (nascidos depois dos anos 80) são, segundo Frank Lindner, a “foodgeneration”, não se importando de estar em filas para provar alguma coisa especial, servida por alguém especial. No topo da pirâmide surge o reconectar, e é nisso que as

empresas devem apostar, avisa o orador. Elementos como criação de empatia, o serviço diferenciado, a explicação daquilo que estamos a comer, a escolha dos ingredientes certos, a oportunidade de comer e cozinhar juntos, servem para reconectar as pessoas através da comida. Há várias outras tendências a ter em conta, no que diz respeito à alimentação e aos ingredientes, e que foram partilhadas por Frank Lindner durante o congresso. Eis algumas: ‑ Comer a todas as horas, em vez das três refeições por dia. Assiste‑se à opção por porções mais pequenas, mas mais regulares, ou seja comer menos, mas mais vezes; ‑ Uso preferencial de produtos locais; ‑ Crescente uso dos ovos na alimentação; ‑ Opção cada vez maior por sopa; ‑ Consumo de cogumelos a aumentar: já que não podemos

WWW.EVENTPOINT.PT


REPORTAGEM

21

© MARK LONGMUIR

comer tanta carne, os cogumelos afiguram‑se como grande fonte de proteína; ‑ Utilização de sementes, uma vez que são pródigas em nutrientes; ‑ Inclusão de insectos na nossa dieta, algo que já acontece na Ásia. No Ocidente, diz Lindner, será preciso mudar o chip, mas mais tarde ou mais cedo terá de acontecer; ‑ Produção de carne em laboratório, algo que já está em experimentação; ‑ Aumento das opções vegan e vegetariana; ‑ Preocupação com o impacto da alimentação na saúde; ‑ Uso em crescendo dos iogurtes, com sabores, inclusivamente salgados; ‑ Opção por bebidas artesanais. Em termos de tendências empresariais, o especialista aponta: ‑ A qualidade é mais importante do que a quantidade;

‑ A existência de restaurantes/bares espectaculares, de alta qualidade e sofisticados, em locais com grande tráfego (estações de comboios, aeroportos, etc.); ‑ O aparecimentos dos “prosumers”, consumidores que se tornam produtores. Cada pessoa pode fazer o seu próprio restaurante; ‑ O reforço da componente tecnológica. Hoje em dia, por exemplo, há vending machines com um link para a ficha médica do consumidor; ou robots de cozinha que tratam de quase tudo; ‑ Turismo gastronómico. A comida é cada vez mais um grande critério para escolher o destino de férias. A finalizar, Lindner, tendo em conta todas estas tendências, apelou à capacidade de diferenciação e inovação deste sector.

WWW.EVENTPOINT.PT


REPORTAGEM

22 © ST JOHN'S INNOVATION CENTRE

A NATA DO CATERING PARA EVENTOS NO PORTO A Assembleia‑Geral da EPCAS – European Party Caterer Association decorreu este ano no Porto, organizada pelo Grupo Ibersol. O programa decorreu no Porto Palácio Congress Hotel & SPA, Caves Ferreira, Super Bock Beer House, Clube Universitário do Porto e Centro de Congressos da Alfândega. “É um gosto receber os membros da associação na nossa casa e poder mostrar o que de melhor temos, a gastronomia, os vinhos, a paisagem”, comentava Artur Junqueira, da Ibersol, à Event Point durante o congresso. O responsável deu conta da exigência que é preparar um evento para quem trabalha na área do catering para eventos, “Quiseram ver as cozinhas, e fizeram imensas perguntas técnicas”, contou Artur Junqueira. O presidente da EPCAS, Ruedi Bachmann, resumiu os objectivos do encontro: “Além de colocar em contacto todos os membros, quisemos dar destaque às novas tendências e tecnologias que emergem no sector, bem como abordar a problemática de como captar e reter os colaboradores mais competentes nas nossas empresas”. Para Bachman os principais problemas das empresas de catering ainda se prendem com a situação económica que se vive na Europa, e por isso mesmo é necessário “que se reinventem, controlando sempre os custos, mas apresentando inovação”.

WWW.EVENTPOINT.PT


23

WWW.EVENTPOINT.PT


24 ANTÓNIO HORTA SALVO | DIRECTOR DA BULL INSURANCE, SA

A LEI DE MURPHY NO FESTIVAL “ANDANÇAS” Como é do conhecimento generalizado, no passado dia 3 de Agosto verificou‑se um acontecimento por muitos considerado improvável na sua forma, e na sua grandiosidade. Esta situação serve apenas para nos avivar a memória das responsabilidades que nos podem ser imputadas enquanto organizadores de eventos. No caso concreto, as averiguações em curso apontam para uma causa provável externa à organização, deixando por isso os danos nas mãos de cada um. Mas será que a organização

não tem responsabilidades e deverá ressarcir todos os prejuízos resultantes deste improvável acontecimento? Vamos por partes: Em Portugal o licenciamento de eventos obriga à subscrição de um seguro de responsabilidade civil e outro de acidentes pessoais.

WWW.EVENTPOINT.PT


OPINIÃO

RESPONSABILIDADE CIVIL É a obrigação de reparar o dano que uma pessoa, ou entidade, causa a outra. Em direito, a teoria da responsabilidade civil procura determinar em que condições uma pessoa, ou entidade, pode ser considerada responsável pelos danos sofridos por outra pessoa, e em que medida está obrigada a repará‑lo. A reparação do dano é feita por meio de uma indemnização, que normalmente é pecuniária. O dano pode ser à integridade física, à honra ou aos bens de cada um. Para que a responsabilidade seja imputável há três situações que têm que se verificar: Tem que existir um DANO, ou seja, em sentido patrimonial o dano corresponde à avaliação concreta dos efeitos da lesão no âmbito do património do lesado, consistindo a indemnização na compensação da diminuição verificada nesse património em virtude da lesão. Tem que existir CULPA, ou seja, tem que haver dolo (intenção), imprudência, negligência ou imperícia. Tem que existir NEXO DE CAUSALIDADE, ou seja, o dano deve decorrer directamente da conduta ilícita, praticada pelo individuo ou entidade, sendo pois consequência única e exclusiva dessa conduta. O nexo causal é elemento necessário para se configurar a responsabilidade. Para melhor compreensão do conceito, tomemos por exemplo um acidente de automóvel entre dois veículos. Ao dar‑se o embate, um dos veículos é projectado contra uma montra que tinha expostas esferas metálicas. Com o embate, a montra parte‑se e as esferas soltam‑se, espalhando‑se pela rua. Um transeunte escorrega numa dessas esferas e parte uma perna. O que fez com que o transeunte partisse a perna não foi o acidente de automóvel, mas sim as esferas espalhadas pela rua. Nexo causal.

civil para uma Seguradora. No entanto, deixo ao critério do leitor a análise e enquadramento deste trágico acontecimento nas garantias da apólice, tendo por base os pressupostos necessários atrás enumerados para que haja responsabilidade. Independentemente de, neste caso, haver ou não responsabilidade da organização, convém referir que a legislação em vigor, que obriga a transferir a responsabilidade civil do organizador para uma Seguradora, não estipula qualquer limite mínimo de capital, o que torna a questão “no parece que tem, mas não tem”. Este acontecimento, que envolveu mais de 400 viaturas, tem um custo estimado superior a 4 000 000 € e, caso a responsabilidade seja imputada a quem quer que seja, os danos terão que ser ressarcidos. A questão que se coloca é se os capitais normalmente subscritos (100, 200, 300 e até 500 mil euros) são suficientes para fazer face a uma situação tão catastrófica como esta. Para isso, torna‑se necessário subscrever capitais elevados, disponíveis no mercado, sobretudo em produtos específicos para garantir a responsabilidade civil do organizador, e que, com subscrição automática, podem ir até 10 milhões de euros. Confirmou‑se o princípio ou Lei de Murphy:

“Se alguma coisa pode dar errado, dará. E mais, dará errado da pior maneira, no pior momento e de modo que cause o maior dano possível”.

ACIDENTES PESSOAIS Garante toda a população do evento, com excepção dos elementos directamente ligados à organização, sendo as coberturas de: ‑ Morte ou invalidez ‑ Despesas de tratamento Estas coberturas funcionam sempre (independentemente da culpa) de acordo com as condições particulares e gerais de cada apólice. No caso concreto do Festival Andanças, e pelo que foi dado a conhecer, existe pelo menos uma apólice de responsabilidade civil, ou seja, a organização transferiu a sua responsabilidade

ANTÓNIO HORTA SALVO | DIRECTOR DA BULL INSURANCE, SA

WWW.EVENTPOINT.PT

25


EVENTOS

26

IBTM ARABIA QUER CONQUISTAR MAIS PORTUGUESES Este ano a ibtm arabia cumpriu o 10º aniversário. A feira, que decorre em Abu Dhabi, contou com participantes de 40 países que, ao todo, estiveram presentes em mais de três mil reuniões, nos eventos sociais e nas iniciativas de formação. Shinu Pillai, director da ibtm arabia explica que, desde que foi adoptado o modelo meeting pod (os expositores têm um espaço standard), o evento reforçou o foco no negócio e no networking. “A beleza deste formato é que ele mais íntimo e exclusivo, as pessoas que estão presentes são escolhidas a dedo. Trata‑se de fazer uma curadoria da experiência. As pessoas não são incomodadas, porque damos aos nossos expositores um certame pré‑construído.” O responsável lembra que os hosted buyers são sempre diferente do ano anterior e o match making é criterioso, e beneficia da envolvência, quer de expositores, quer de compradores. Para os fornecedores e destinos portugueses, Shinu Pillai destaca algumas das vantagens de participarem na ibtm arabia: foco no negócio, networking e qualidade dos participantes. A organização está sempre disponível para discutir os objectivos do expositor e para ajudar ao seu sucesso. E desde que cumpram todos os critérios, a ibtm também está de braços abertos para receber os compradores lusos que se queiram inscrever. Em 2017, haverá novas experiências no destino para todos

quantos participarem na feira. Aliás, Abu Dhabi tem sido “vital no sucesso do evento”, diz o responsável. O Abu Dhabi Convention Bureau “contribui em quase todos os aspectos do evento, desde o itinerário do Discovery Day, até aos eventos paralelos, fazendo questão de assegurar que toda a gente se sente bem‑vinda”. E a hospitalidade árabe é mesmo única, como teve a oportunidade de comprovar a Event Point, na última ibtm arabia. O encontro fica marcado para Fevereiro, de 9 a 11.

WWW.EVENTPOINT.PT


27

WWW.EVENTPOINT.PT


EVENTOS

GRAEME BARNETT | DIRECTOR DA IBTM WORLD

“PORTUGAL É UM PAÍS IMPORTANTE PARA A IBTM WORLD” 28

A poucos meses de mais uma edição da ibtm world, estivemos à conversa com Graeme Barnett, director da feira. O responsável sublinha a importância de Portugal no certame. “Portugal tem sempre um dos maiores stands da feira e é muito popular junto dos hosted buyers e dos visitantes profissionais. Há sempre muita coisa a acontecer no stand e o destino traz sempre um grupo de empresas fortes, que oferecem um amplo conjunto de serviços, desde os hotéis, aos DMC, até aos venues e aos destinos nacionais”, destaca o responsável. Barnett convida todos os potenciais visitantes portugueses a estarem em Dezembro na ibtm world, já que há uma série de novidades que vão querer conferir. E estas novas iniciativas foram o resultado, explica Graeme Barnett, do feedback dos participantes de edições anteriores. O Knowledge Programme deste ano vai realizar‑se no Camp Nou, o estádio do Barcelona. Nessa sessão, e nos vários momentos de formação que vão decorrer durante a feira, os temas mais importantes em cima da mesa prender‑se‑ão com a segurança, inovação e tecnologia, a retenção dos

melhores profissionais, o envolvimento dos clientes. Uma discussão a que não se poderá escapar é a do efeito do Brexit na meetings industry. Para Barnett, o sector tem vivido vários desafios nos últimos anos, “desde crises económicas, a questões de segurança, pelo que é sempre bom ouvir boas notícias, que dão sinais de robustez e de um crescimento saudável por todo o mundo”. Refere‑se o responsável ao American Express Global Meetings Forecast que mostra, pela primeira vez nos últimos cinco anos, um crescimento em todos os indicadores analisados. “Se juntarmos o impacto que a tecnologia tem tido no envolvimento do participante e na medição da eficácia dos eventos, e as previsões dos inquiridos pela American Express, tudo aponta para o estado saudável da nossa indústria neste momento.” Algo para confirmar na próxima edição da ibtm world, de 29 de Novembro a 1 de Dezembro.

WWW.EVENTPOINT.PT


EVENTOS

29

IMEX AMERICA 2016 PROMETE INSPIRAR O SECTOR De 18 a 20 de Outubro, Las Vegas recebe a IMEX America, que este ano volta a contar com expositores portugueses. Até esta altura estão confirmadas as presenças da Abreu DMC, Cititravel Spain & Portugal, Centro de Congressos de Lisboa, Pacific World Spain & Portugal, Portugal Travel Team, Topmic Portugal DMC, TQ Travel Quality, Vega e Vidago Palace. Em termos gerais, a organização da IMEX America faz saber que vai receber novos expositores nesta edição, nomeadamente o Convention Bureau de Albuquerque, Air Partner, Alon Las Vegas, Destination Michigan, EventBank, Hanói, Luxury Brands e Eslovénia. 46 dos expositores habituais decidiram, igualmente, aumentar o espaço em feira. Uma novidade da edição de 2016 é a adopção da aplicação Zenvoy, que vai permitir facilitar o encontro entre buyers com gostos ou interesses semelhantes. O lounge dedicado aos hosted buyers vai ter um espaço de networking, com a facilitação da equipa da IMEX, de modo a que todos se possam conhecer. Em termos do programa educacional, os dois temas em destaque são: a economia da partilha e a ligação entre a vida pessoal e profissional, e como o desenvolvimento pessoal

e o bem‑estar podem beneficiar os dois âmbitos da nossa vida. Este último tema será abordado por Jon Bradshaw, CEO do Grupo Meetology. Outros oradores convidados são: Jay Samit, especialista em inovação, Pablos Holman, futurista, e Tami Evans, que se auto‑intitula de perpétua optimista, e que vai falar sobre comunicação. Também a Event Point estará presente no evento, distribuindo mais uma edição internacional da revista.

WWW.EVENTPOINT.PT


EVENTOS

30

BANGUECOQUE: O DESTINO MICE DO SUDESTE ASIÁTICO A Tailândia é um país a que associamos férias, praias, cultura, tradições, templos, lazer. Mas é muito mais do que isso. O país asiático quer assumir a sua importância no sector da meetings industry, e por isso o Thailand Convention and Exhibition Bureau (TCEB) investe na promoção além‑fronteiras daqueles que são os argumentos‑chave do país nesta indústria. A Tailândia apresenta‑se como um país que não dorme, que oferece soluções para qualquer hora em qualquer dia, com fartos meios de transporte e comunicação, tecnologia de primeira classe, incentivos comerciais, simpatia e profissionalismo dos locais, como um país com diversos locais e atracções para os diferentes eventos. Banguecoque, Pattaya, Chiang Mai e Phuket são os principais destaques da lista de cidades preparadas a receber o sector MI. Além da participação nos mais variados certames internacionais, o TCEB é um dos patrocinadores da Incentive Travel & Conventions, Meetings Asia (IT&CMA) and Corporate Travel World (CTW) Asia‑Pacific, feira organizada pela TTG Events, e que decorre na capital tailandesa. De 27 a 29 de Setembro, Banguecoque reúne países, fornecedores e players da região e um grupo muito alargado de hosted buyers. De resto, o evento decorre no formato

habitual: inclui um espaço de exposição, um sistema de marcação de reuniões entre compradores e expositores, várias sessões de networking, alguns eventos sociais, e oportunidades de formação. A feira assume‑se, desde 2004, altura em que adquiriu este formato, como uma “plataforma sem paralelo na região para fazer negócios, obter conhecimentos e aumentar a rede de contactos”. A Event Point é um dos media partners do evento.

WWW.EVENTPOINT.PT


EVENTOS

ACE OF M.I.C.E. 2017 RECEBE OS PROFISSIONAIS MI Pelo quarto ano, a Turquia acolhe o ACE of M.I.C.E. Exhibition (AME), evento organizado pelo Tourism Media Group, e que se realiza de 22 a 24 de Fevereiro, no Centro de Congressos de Istambul. Serão três dias de intensos contactos de negócio, conferências, actividades sociais e de networking, em que a AME se apresenta como o hub desta indústria, contando para isso com um programa de hosted buyers nacionais e internacionais. Estes vão ter reuniões com os expositores de modo a maximizar o retorno do investimento na feira. INDÚSTRIA IMPORTANTE PARA A TURQUIA AME 2016 EM NÚMEROS A indústria da meetings industry tem crescido na Turquia, sobretudo após meados dos anos 90, do século XX. Assistiu‑se a partir dessa altura a uma série de investimentos no sector, de modo a que o país pudesse receber mais eventos nacionais e internacionais. O sector é aliás encarado como um dos mais importantes do turismo, razão pela qual Istambul está recorrentemente nos rankings internacionais.

6.242 m2 de área de exposição 14.496 visitantes 339 expositores 750 hosted buyers 9.843 reuniões 62 oradores

WWW.EVENTPOINT.PT

31


32 © ANTÓNIO CAMILO ANA BARBOSA

“GUARDO AS MELHORES RECORDAÇÕES DOS MAIS DE 20 ANOS DE ASSOCIATIVISMO” Nasceu no Porto, mas é no Alentejo que se sente em casa, e onde construiu a empresa de animação turística TurAventur. No ano em que saiu da direcção da APECATE (Associação Portuguesa das Empresas de Congressos, Animação Turística e Eventos), quisemos fazer um balanço do percurso profissional e associativo de Ana Barbosa. Uma entrevista extensa, para absorver do princípio ao fim. WWW.EVENTPOINT.PT


GRANDE ENTREVISTA

Como é que, nascendo no Porto, acaba a viver e a trabalhar no Alentejo? As relações entre as pessoas e as paisagens fazem parte dos muitos mistérios desta vida. Que eu saiba, não tenho raízes no Alentejo. Lembro‑me de o atravessar a caminho do Algarve, devia ter aí uns 12 ou 13 anos, e de sentir que um dia havia de viver neste campo imenso numa casa caiada com rodapé azul. O que me puxava e calava tão fundo cá dentro, não sei. Depois, foi um misto de convergências, fruto daquele acaso que, visto em retrospectiva, parece destino marcado: passei quase dois anos em Moçambique, entre Abril de 75 e Janeiro de 77, o que me reavivou o gosto pelo espaço aberto e por uma noção lenta do tempo; e, em 1979, fiz uma descida do Guadiana em canoa, seguida da participação na realização de um filme, de que fiz o texto, sobre o rio que Alqueva iria afundar. Este projecto fez‑me encontrar amigos que já estavam em Évora há uns anos, o que também foi importante. E a decisão final foi simples: tive o grande privilégio de ter um marido com a mesma vontade que eu, duas filhas na idade certa para este tipo de mudança, e de encontrar o sítio certo para morar, cheio de afloramentos graníticos como eu gosto. Vivo e trabalho cá há quase 32 anos e acho que foi a melhor opção das nossas vidas. Qual foi o seu percurso profissional até criar a Turaventur? Passei alguns anos dedicada às causas políticas revolucionárias do antes e pós 25 de Abril e, a partir de 78/79, dediquei‑me ao ensino da Filosofia. Desse tempo, em que me transformei numa pessoa radicalmente independente sob o ponto de vista partidário, o que mais me marcou foi a descoberta do pensamento de Edgar Morin. Organizei, com o apoio do F. Lyon de Castro da Europa‑América, um colóquio entre ele e sete professores universitários portugueses de vários ramos do saber, que foi publicado sob o título “O problema epistemológico da complexidade”. Adorei fazer este trabalho. Quando nos mudámos para o Alentejo, onde também fui professora, vivi uma experiência de jornalismo muito interessante. Com outros amigos da Filosofia e de outras áreas, fundámos um periódico regional independente, de nome O Giraldo. Foi obra e fez escola. Fazia a coordenação redactorial e tinha a meu cargo a página do Poder Local. Foi coisa nunca vista na cidade de Évora: em todas as sessões públicas da Câmara, lá estava eu, como elemento único do público, a tirar notas para dar conta do que por lá se debatia e decidia. O jornalismo era mesmo um bichinho que eu cá tinha. Já tinha feito uns artigos de colaboração para o Expresso no tempo do nosso hoje Presidente Marcelo e, depois de ter vindo para o Alentejo, escrevi também para a Grande Reportagem e para a

Sábado, a convite do Miguel Sousa Tavares. Eram todas peças de jornalismo de reportagem. Aliás, o projecto da Turaventur tem muito a ver com este gosto pela viagem de descoberta e pela escrita, que o meu marido aventureiro, Pedro Villas‑Boas, e a nossa então sócia Leonor Briz, muito contribuíram para me obrigar a aprofundar. Desde a descoberta de Portugal em todo o terreno, actividade pioneira nos anos 80‑90, às expedições ao Sahara, aos passeios a pé e às descidas de rio em canoa, tudo foi sendo pretexto e inspiração para umas prosas que, felizmente, nunca ficaram na gaveta. A Turaventur acaba por nascer como uma síntese disto tudo: do gosto de partilhar informação e conhecimento, de organizar programas para outros descobrirem, de passar a fazer profissionalmente o que antes fazíamos só para nós. Olhando para trás, como vê o trajecto da empresa? Foi um caminho longo, iniciado em Janeiro de 1990. Vivemos momentos difíceis porque, em particular num sector turístico à época muito corporativo, o pioneirismo paga‑se caro. Mas também foi muito compensador. Fomos nós, os empresários dos primeiros anos da década de 90, os obreiros fundamentais desta saga que foi a criação do subsector da Animação Turística. E não foi nada fácil a tarefa, assumida pela PACTA, de conseguir o primeiro diploma que nos reconheceu um estatuto distinto do das agências de viagens e turismo. Não tinha o contéudo que pretendíamos mas foi o começo e o importante nestes processos é obter a primeira vitória. Quanto à Turaventur, e referindo só o essencial, o projecto que desde sempre nos identificou no mercado, mantém‑se hoje como essência da empresa: não temos produto que não combine, no seu melhor, a descoberta activa da paisagem e do património com os bons prazeres do vinho e da gastronomia regional. Mas os produtos acabaram por ter um desenvolvimento que para nós não era previsível no momento da fundação. Começámos com passeios de jipe e pequenas caminhadas, fizemos guias e livros de percursos, abrimos a vertente dos incentivos multiactividades para grupos corporate. Durante muito tempo o nosso mercado foi diminuto. A animação turística ainda não era considerada enquanto tal, o Alentejo não tinha o alojamento turístico que tem hoje, não havia a massa crítica de visitantes e turistas necessária ao desenvolvimento de um projecto empresarial como o nosso, não tínhamos uma agência regional de promoção turística como hoje temos. Acreditávamos que era uma questão de tempo, a dúvida era se conseguíamos ou não aguentar‑nos no balanço da lentidão com

WWW.EVENTPOINT.PT

33


GRANDE ENTREVISTA

que tudo se processava. E conseguimos. Com muita militância minha e da Leonor, diga‑se em abono da verdade, mas também graças a alguma boa facturação que nos vinha dos guias que entidades públicas e privadas nos encomendaram. O grande salto em frente foi dado com a entrada em cena da minha filha Teresa que, depois de ter andado a viajar pelo mundo, optou por viver no Alentejo e veio trabalhar comigo a partir de 2000. Hoje somos as duas únicas sócias da empresa. Além de ela ser uma técnica de actividades de ar livre muito polivalente, há muitos anos que gere todos os nossos produtos e foi com incondicional confiança que lhe entreguei completamente a direcção da empresa. Hoje a TurAventur não é apenas uma empresa de animação turística prestigiada; graças à alteração da legislação das Agências de Viagens e Turismo, é também um operador turístico com um projecto internacionalizado ‑ o cicloturismo, integralmente virado para o mercado externo, transformou‑se no nosso core business ‑ e gere a nossa Casa de Campo, o Monte do Serrado de Baixo.

34

O que lhe dá mais prazer em trabalhar na área da animação turística? Neste momento, só desempenho tarefas de representação (na APECATE, na ARPT e na ERT Alentejo), faço uns trabalhos à peça de vez em quando e apoio pontualmente quando sou precisa. Quando estava plenamente no activo, o que mais gostava de fazer era criar produto: ir para o terreno levantar percursos, descobrir pontos de interesse e, depois, conceber a organização de um programa. A relação com os clientes é o coroamento deste trabalho. A parte da escrita foi, acho eu, o maior contributo que dei à empresa. Fui sempre autora e co‑autora dos guias em que a Turaventur esteve envolvida, entre os quais se contam trabalhos de muito boa memória como os dois volumes da obra “Viagens na minha terra”, editada pelas Selecções do Readers Digest, onde escrevi a quase totalidade dos textos sobre o Alentejo; a brochura “O Melhor do Alentejo”, que continua a ser utilizado na promoção externa; e, mais recentemente, o guia de experiências enogastronómicas no Alentejo e Ribatejo “Da Terra à Mesa”, um e‑book acessível a partir do website www.visitalentejo.pt/pt/daterramesa. Como vê o desenvolvimento deste sector nos últimos anos? Tem sido galopante, com todas as vantagens e inconvenientes dos processos muito rápidos. Mas vejo‑o com bons olhos. O que se passou no alojamento local está também a passar‑se na animação turística, com a diferença de que, no nosso caso, não é preciso outra lei e outro registo. O nosso enquadramento já é suficientemente simplificado e aberto e só pode voltar‑se

contra nós se a fiscalização e a justiça não cumprirem o seu papel. O que, como todos bem sabemos, é um risco real que não deve nunca baixar‑nos os braços: o estado de direito tem que funcionar. A nossa função enquanto empresários é outra e precisamos de todas as energias para a desempenhar bem: temos que aprender a olhar para as novas realidades, resistir a entrar em batalhas corporativas sem sentido, compreender o mercado em termos globais e centrar esforços em reflexões inteligentes e eficazes sobre o que devemos fazer para manter os nossos projectos de boa saúde e entrosados nos desejos das pessoas que nos procuram. Comportamentos reactivos e ressabiados não levam a lado nenhum. Temos também que nos fazer ouvir em tudo o que nos diz respeito. Os produtos de animação turística têm uma relação simbiótica com os territórios em que se desenvolvem e faz parte da sua natureza crescer. Por isso, temos que estar muito atentos à reacção das autoridades ditas competentes na gestão destas matérias porque aí, sim, corremos perigo. Ordenar é sempre definir regras de uso de um território em função de valores e de uma ética clara de compatibilização de interesses. Não é regular a actividade económica. Como empresária, são os entraves que decorrem da acção do Estado que me preocupam: entre outros, a fiscalização mal orientada, quando não inexistente, e as decisões relativas ao ordenamento tomadas sem ouvir as partes interessadas, com base no discricionário “não porque não”, em nome de um qualquer valor mais alto cuja validade não carece de prova, ou no princípio “em caso de dúvida, diz‑se que não”. Olhando retrospectivamente, continua a achar correcta, do ponto de vista estratégico, a fusão da AOPE, da PACTA e da APOPC para dar origem à APECATE? Sem dúvida que sim. Iniciámos um caminho de convergência entre ramos de actividade económica que são distintos, complementares e apresentam, também, amplas franjas onde a identidade é notória. Este caminho não é muito usual em Portugal e houve muita gente que não o entendeu. Para mim, o importante, hoje, é compreender que o sector turístico está em grande mudança e que há compartimentações que deixaram pura e simplesmente de existir. O que não quer dizer que as diferenças se anulem, pelo contrário, a ausência de espartilhos leva precisamente à sua afirmação e de forma muito mais genuína. Posso escolher o que sou, quem sou, o que me define em termos de mercado, acumulando todos os registos e CAEs que me sejam necessários para funcionar dentro da lei. O que acontece entre as empresas de animação turística e as empresas organizadoras de congressos e de eventos, acontece

WWW.EVENTPOINT.PT


35

WWW.EVENTPOINT.PT


GRANDE ENTREVISTA

ANA BARBOSA E A FILHA TERESA DURANTE UM DOS PASSEIOS DA TURAVENTUR

36

também entre todas elas e as agências de viagens e turismo. É tempo de deixarmos de falar em zonas cinzentas entre estes vários tipos de empresas como se fossem um problema. São zonas comuns e significam o futuro. As próprias associações sectoriais não serão seguramente daqui a uns anos o que são hoje, nem, se calhar, o próprio Registo Nacional do Turismo. Mas o importante não é fazer futurologia. É deixar amadurecer as coisas, estar atento aos sinais e agir em conformidade. Teve (e continua a ter, mas noutras funções) um percurso longo na APECATE, como presidente da área de animação turística, e depois como presidente da direcção. Como olha para esse percurso e quais foram os momentos mais marcantes? Acho que disse o essencial sobre esta matéria no artigo que a Event Point publicou há exactamente um ano, “Apecate em tempo de mudança – o estado das coisas”. Reforçaria apenas que guardo destes mais de 20 anos de associativismo, que começaram com o processo de criação da PACTA, a partir de 1994, as melhores recordações que poderia guardar: recebi um apoio incondicional dos meus colegas da animação turística e, depois da constituição da APECATE, dos eventos e dos congressos, para levar a bom termo as nossas batalhas comuns; tive o privilégio de trabalhar em equipa com pessoas fantásticas, do sector público e do sector privado; aprendi muito sobre muitas coisas, pela positiva e pela negativa; e, para além do apoio, recebi também a amizade e o carinho que, nos momentos difíceis, nos fortalecem e nos estimulam a andar para a frente. Não digo nomes de propósito: todas as pessoas a quem estou a referir‑me sabem que é delas que eu estou a falar.

Qualquer observador externo dirá que, mantendo a APECATE três pilares, eventos, congressos e animação turística, sempre foi este último o que apresentou melhores resultados, e também maior adesão por parte das empresas. A que se deve essa diferença de performance? A performance sectorial da APECATE, mais do que questões internas, reflecte as realidades destes sectores. O acidental pode sempre explicar‑se por esta ou aquela circunstância casual. Mas o que importa compreender e perspectivar não é o acidental, é o essencial. E o essencial, a meu ver, é que estes sectores têm histórias e dinâmicas que não são comparáveis. Como atrás referi, os empresários da animação turística tiveram que conquistar o seu espaço dentro de um sector turístico espartilhado e corporativo. Foram questões de sobrevivência que estiveram na base do seu projecto associativo e, porque têm ainda muitos problemas por resolver que não passam pela tutela do turismo, têm sido quase forçados a ter a consciência de que estas dificuldades, cuja solução é vital para o seu crescimento, não podem ser resolvidas de forma individual e, muito menos, individualista. Por isso, têm entre si, naturalmente, um espírito de corpo que facilita o trabalho associativo, mesmo junto dos empresários não associados que, apesar da boa performance da APECATE que refere, são imensos. O que se passa com as empresas da área dos eventos e congressos transporta‑nos para outra história que não tem nada a ver com esta. Nasceram e cresceram de outra forma. Associaram‑se inicialmente por outras razões e têm dinâmicas diferentes, quer no tipo de relações que os empresários desenvolveram entre si, quer na forma como elas se reflectem num projecto associativo. Os seus caminhos não devem ser comparados, mesmo quando parecem idênticos. Veja‑se a questão da proposta que está em cima da mesa da criação do Registo Nacional para as empresas de eventos e congressos, assente num enquadramento jurídico mínimo. É um processo similar ao da animação turística? Aparentemente sim, mas a verdade é que não tem nada a ver. As empresas de eventos e congressos não precisam de criar um espaço que já têm. Não está em causa a sua sobrevivência. Para quê então o Registo? Porque o desenvolvimento do próprio sector o exige. Torna‑se cada vez mais necessário um instrumento que lhes permita a clara identificação dos players no mercado e que lhes dê a garantia do cumprimento de regras mínimas de funcionamento assumidas por todos. Este Registo, que vai permitir que o sector tome uma consciência de si próprio muito mais completa e profunda do que hoje tem, vai gerar uma dinâmica sectorial e associativa muito significativa. Mas é agora que a

WWW.EVENTPOINT.PT


GRANDE ENTREVISTA

situação é sentida como importante. Respondo, pois, à sua pergunta com um princípio que sempre defendi: os passos que damos na APECATE têm que ser bem alicerçados nos anseios dos sectores que representamos e não podemos perder a perspectiva do tempo de maturação que algumas acções exigem. Estamos a crescer devagar? Não há problema. O importante é que somos reconhecidos pelo trabalho que temos realizado e, em particular na área dos eventos, estão no prelo projectos bem interessantes. Mas desses não vou falar porque se devem, fundamentalmente, ao trabalho dos meus colegas que assumiram a nova direcção, em particular o António Marques Vidal e a Ana Fernandes, e será a eles que lhes caberá dar essas boas novas em primeira mão. Lidou, enquanto presidente da Associação, com diversos dirigentes políticos, nomeadamente secretários de Estado. Quais a impressionaram mais, e porquê? Vou citar três pessoas que me impressionaram em fases diferentes deste meu percurso associativo: Rui Valente, Ana Mendes Godinho e Adolfo Mesquita Nunes. Rui Valente foi director‑geral do Turismo entre 2002 e 2004 e foi a primeira pessoa que encontrei num cargo desta natureza que, num momento em que o subsector da Animação Turística já tinha sido criado e eram claros os problemas essenciais que nos afectavam, me pareceu disposto a pensar de uma forma totalmente livre e descomprometida, preconizando soluções inovadoras com uma grande abertura de espírito. Se não as implementou foi mesmo porque não pôde e lamentei muito, na altura, que o seu mandato tivesse sido tão curto. Ana Mendes Godinho, não na qualidade de actual Secretária de Estado do Turismo, mas há muito mais tempo, quando chefiou o gabinete de Bernardo Trindade. É à Ana que se deve o primeiro diploma adequado à animação turística – o famoso 108/2009 ‑ e o grande impulso que este decreto‑lei deu ao sector. Se, num momento em que ainda éramos olhados como uma espécie de parentes pobres do Turismo, não fosse a sua visão, a sua compreensão da importância da animação turística e do merecimento dos seus empresários, duvido que tivesse sido o nosso sector a servir de cobaia para a aplicação da directiva europeia para os serviços. E foi a partir desta aplicação que se deu o grande salto. Partilhámos uma experiência de trabalho inesquecível e a Ana convenceu‑me muito como pessoa, com a sua forma de ser genuinamente democrática, trabalhadora incansável, rigorosa, firme nas suas convicções e, como hoje já toda a gente percebeu, fazendo e dizendo as coisas mais sérias e importantes com aquela postura sempre simples, alegre e descontraída que a caracteriza.

Adolfo Mesquita Nunes foi e é um caso extremamente interessante e promissor. Enquanto Secretário de Estado do Turismo, continuou o trabalho dos seus antecessores em vez de se entreter a desfazer o que de bom tinham feito, desenvolveu‑o afirmando a sua visão do Turismo de uma forma totalmente transparente e assumiu as questões da animação turística com grande perseverança, como ficou bem à vista durante o processo de criação do novo regulamento das embarcações afectas à actividade marítimo‑turística. Esteve presente de modo muito pessoal na relação que mantivemos com o seu gabinete e pude apreciar o seu modo desassombrado de ser, de estar, de exprimir os seus pontos de vista, de questionar ideias feitas, de ler os sinais dos tempos.

Impressionou‑me a sua inteligência das situações, a sua inesgotável capacidade de se perguntar, em relação a tudo, “ e se fosse antes de outra maneira?”. Acho que a sua aversão visceral à regulação passou enquanto mensagem de aviso à navegação num sector onde tem havido excessiva regulação e isso foi muito bom porque o discurso dos interesses instalados prejudica objectivamente o desenvolvimento e fecha as cabeças à inovação. Gostei do desafio reflexivo que ele significou para mim. Entregou a pasta a António Marques Vidal. Como olha para estes meses da nova direcção? Com muito agrado. Sem desprimor para ninguém, considero que o António é o melhor presidente que a APECATE poderia ter nesta fase. É uma pessoa muito bem formada, com grande experiência associativa e uma concepção de liderança muito inclusiva. É ponderado, sabe muito bem definir metas e objectivos, focar‑se no que, de facto, é importante para o desenvolvimento da associação. Balanços ainda são prematuros. Não é de um dia para o outro que se põe uma equipa directiva nova a funcionar em pleno. Se quiser fazer‑me esta pergunta daqui a um ano, terei com certeza muito gosto em responder, como associada e como Presidente da Mesa da Assembleia Geral...

WWW.EVENTPOINT.PT

37


GRANDE ENTREVISTA

Quais os principais desafios que se colocam à APECATE, nos próximos cinco anos, e aos sectores que ela representa? De um modo geral, os nossos sectores têm os mesmo objectivos que todos os outros que são parte integrante ou conexa do sector turístico: continuar a dar o precioso contributo que têm dado à economia nacional. Para isso precisam de um Estado de direito a funcionar em pleno, liberdade de acção para o desenvolvimento dos seus projectos, uma administração

pública que não os faça gastar energias a bater em paredes de ineficiência, apoios com processos simplificados e pagamentos a tempo e horas, uma carga fiscal dimensionada com mais justiça, etc. Na minha opinião, o grande desafio da APECATE é saber ser, em cada momento, um instrumento sectorial, participado e proactivo, de apoio a este desígnio nacional.

OITO PERGUNTAS A ANA BARBOSA Cidade para viver? Nenhuma. É mesmo no campo que gosto de viver. Comida favorita? Era capaz de me alimentar a presunto de Barrancos. Felizmente para a saúde, também adoro um bom peixe das nossas águas frias, desde que grelhado por quem sabe, e o tomate coração de boi da minha horta, temperado só com azeite e sal.

38

Destino de férias preferido? Não tenho. Gosto de passear em Portugal e de viajar para longe à descoberta de outras paisagens. Tenho uma pena imensa de não poder repetir, nos tempos que correm, as travessias do Sahara argelino que fiz no século passado, em particular do Grande Erg Oriental. Se pudesse jantar com uma qualquer personalidade histórica, quem escolheria? Giordano Bruno. Tenho uma profunda admiração por pessoas que nos ensinaram, com sacrifício da própria vida, que a arrogância e a ignorância são duas faces da mesma moeda e que é uma ingenuidade pedir a quem tem o poder que o mude. O evento mais marcante a que assistiu? Passando em branco os pessoais – o nascimento das duas filhas e dos cinco netos –, e a evidência do 25 de Abril como data da Liberdade, acho que o evento mais marcante a que assisti foi mesmo a proclamação da independência de Moçambique no estádio da Machava, no dia 25 de Junho de 1975. Éramos quase os únicos brancos que lá estávamos e, facto inesquecível que me provocou algumas tremuras, Samora Machel chegou 45 minutos atrasado! Pressa para quê se tinham esperado tantos anos e a causa estava ganha? O tempo não é mesmo uma categoria objectiva. Lema de vida? Se não estiver à vista é porque não estou a cumprir. O que é ser "uma mulher do Norte"? Com todo o respeito, para mim é um estereótipo que não quer dizer rigorosamente nada. Leituras que anda a fazer? Fora as diárias e semanais obrigatórias, estou, finalmente, a retomar a leitura de um grande romance com uma história espantosa, que merece ser conhecida: Shantaram, de Gregory Davis Roberts. A prateleira dos livros à espera de leitura é imensa.

WWW.EVENTPOINT.PT


39

WWW.EVENTPOINT.PT


EDP 40

“HEART BEATS – AO RITMO DE...” Este é o novo conceito de comunicação da EDP para os territórios da música e do desporto, ilustrado pelos batimentos do coração, e respeitando o ritmo de cada um. Desta forma, a marca quer reforçar a proximidade junto do público e dos clientes, que procuram momentos de bem‑estar e de emoção para enfrentar o stress do dia‑a‑dia. No caso concreto do desporto, há mais de 20 anos que a eléctrica apoia provas nacionais e, mais recentemente, internacionais. São valores da marca que saem reforçados com a interacção lúdica que se consegue com o público nestes momentos, mais propícios à emoção, à entreajuda, ao convívio, à adopção de estilos de vida mais saudáveis. Mas há outros

objectivos mais específicos. Inovar e ultrapassar limites: pela primeira vez, e numa parceria inédita, a EDP apoiou os dois atletas portugueses que participaram na Antartic Ice Marathon 2015. João Bandeira e Miguel Raposo foram os primeiros portugueses a correrem nesta desafiante prova no Antártico. A EDP esteve com eles

WWW.EVENTPOINT.PT


DESTAQUE

STUDIO EDP Este é o stand da marca, sempre presente no local das corridas, com brindes disponíveis para todos os que queiram levar uma recordação da presença em cada prova. A novidade é estar equipado com painéis solares e uma mini‑eólica, produzindo parte ou toda a energia que consome. Funciona assim como um espaço de demonstração de formas de produção de energia renováveis, distribuídas sobretudo para auto‑consumo. Um modelo que terá cada vez mais importância na forma como se vai produzir e consumir energia no futuro.

OFERTA DE DORSAIS desde a preparação até ao momento final, com os dois atletas a conquistarem boas posições: 4º e 12º lugares. Ser solidário: em Dezembro de 2015 a EDP fez um considerável investimento no Grande Prémio de Natal, uma corrida antiga pelas cidades de Lisboa que nesse ano teve uma for te componente solidária. Por cada inscrição na corrida, a EDP e o Maratona Clube ofereceram 1€ à Re food – projeto que contribui para travar o desperdício alimentar e distribuir comida às pessoas economicamente mais vulneráveis. Cerca de duas dezenas de colaboradores da EDP confecionaram 500 refeições para serem distribuídas às famílias apoiadas pela Re food. Os voluntários ajudaram ainda no embalamento, distribuição e transporte da comida. No capítulo Ser solidário destaque ainda para a Corrida da Mulher, uma prova centrada na prevenção e combate ao cancro da mama. Desenvolvimento regional: a EDP patrocina as corridas Running Wonders (Douro Vinhateiro, Guimarães, Viseu, Coimbra e Évora), o que responde ao desafio de levar a festa desportiva a outras regiões do país, proporcionando acesso ao desporto a mais alguns milhares de portugueses. Este circuito de meias maratonas, realizadas em cidades de grande interesse cultural e paisagístico, Património da Humanidade pela Unesco, funcionam igualmente como factores de promoção do território e do respectivo desenvolvimento económico. Resumindo, são estas e outras iniciativas que permitem à EDP defender o título de “Energia Oficial do Desporto”.

“Adira à EDP no mercado livre e ganhe dorsais para as melhores maratonas ibéricas”. No ar durante duas semanas, no final de Agosto, esta campanha foi divulgada na imprensa e em meios digitais. Para ganhar os 1.300 dorsais disponíveis, os amantes da modalidade tiveram que participar num passatempo, aceder ao site energia.edp.pt e fazer o upload de uma foto que mostrasse o seu ritmo. As fotos mais votadas pelo público venceram. Os premiados ganharam dorsais para: EDP Meia Maratona do Dão (25 de Setembro), Rock n’ Roll Maratona Lisboa EDP (2 Outubro), EDP Meia Maratona de Coimbra (9 de Outubro), EDP Bilbao Night Marathon (22 de Outubro), EDP Meio Maratón de la Mujer Madrid (23 de Outubro), Maratón de Valencia Trinidad Alfonso EDP (20 de Novembro), Maraton de San Sebastian (27 de Novembro) e EDP Maratón Málaga (4 de Dezembro).

APP D.FY A pensar nos corredores, a EDP desenvolveu ainda uma aplicação, a App D.fy. Esta nova aplicação disponibiliza uma série de funcionalidades para facilitar e rentabilizar a corrida.

ALGUNS NÚMEROS +140.000 atletas inscritos nas maratonas/corridas +300.000 brindes distribuídos pelo país inteiro 9.000 total de dorsais oferecidos

WWW.EVENTPOINT.PT

41


42

DIOGO ASSIS | CEO DA EVENTS BY TLC E DA CASE IMAGINE

TURISMO E MARKETING JUNTOS PARA SEMPRE! QUANDO HÁ UM EVENTO, HÁ UM OBJECTIVO DE COMUNICAÇÃO. Um evento é apenas uma etapa de todo um processo de comunicação complexo e não um acto isolado. Ora vejamos, um incentivo é o culminar de uma campanha interna para impulsionar resultados que no final premeia os melhores, que servem de exemplo para os restantes, e marcam o calendário do ano seguinte. WWW.EVENTPOINT.PT


OPINIÃO

Uma kick‑off meeting é um evento que tem como objectivo a comunicação efectiva e o alinhamento dos colaboradores com as metas para um determinado período. Uma feira serve de plataforma para fornecedores de uma determinada indústria darem a conhecer os seus produtos e serviços a potenciais clientes. E por aí fora. Ou seja, há sempre um objectivo de comunicação bem presente. Analisadas assim as coisas, vejo hoje um DMC como uma empresa de serviços na área da comunicação, em que o conhecimento do destino e dos produtos turísticos é importante, e com certeza uma vantagem competitiva, mas não suficiente. A tradicional fonte de contactos locais tem vindo a ser substituída pela procura online, completada pelos “Tripadvisors” desta vida e retirando lugar ao modelo tradicional. Um DMC, na sua essência, é um spin off da tradicional agência de viagens para a operação de grupos, actuando na reservas de autocarros, guias, hotéis, venues, tours e afins. Esta logística continua a ser uma competência importante de um DMC, mas seguramente menos relevante do que no passado. Hoje é preciso ter competências mais alargadas de criatividade, design, conteúdo, tecnologia, ou seja, ter competências globais e actuar localmente. É preciso pensar na experiência e não somente na logística. Estaremos nós perante uma nova categoria, que engloba competências de Comunicação e de Turismo? Aliando um profundo entendimento sobre o cliente, motivações e objectivos do evento, elementos e estratégia de comunicação ao conhecimento do destino gerando soluções adequadas que se reflictam na geração de retorno positivo para a organização? “O que funcionava antigamente não funciona necessariamente hoje”, e este comentário leva‑nos às bases, aos estudos e à formação. Usando a palavra japonesa “Kaizen”, que significa melhoria constante, precisamos de repensar o modelo educativo adequado à transformação digital necessária nas organizações, mas também nos indivíduos e, acima de tudo, incutir o espírito da formação constante. “Fiz a Universidade há 15 anos, já estudei, estou preparado!", não resulta mais. A adaptação constante é um bem necessário, e como Darwin nos ensinou: só os que se conseguirem adaptar sobreviverão. Há uma crescente substituição do homem pela máquina, e numa época em que se estima que 40 a 50% dos trabalhos vão desaparecer nos próximos 15 anos, é preciso transformar as organizações, para não se tornarem obsoletas. Há competências mais difíceis de substituir por máquinas, e certamente as relações interpessoais e a criatividade são duas delas. Há que as usar a nosso favor, assumindo a transformação da indústria e desprendendo‑nos do “antigamente é que era”. A própria evolução do modelo transaccional remete‑nos para

profissões de consultoria em que o brainware é a fonte de rendimento. Soa‑nos familiar, certo? Se funcionava antigamente o modelo de mark‑up, em que a DMC, além de comissões, acrescentava uma margem a todos os serviços contratados, hoje, este modelo começa a não ser aceite. A transparência é exigida numa indústria que se prevê cada vez mais ávida na demonstração do verdadeiro valor da intermediação, e consequente retorno para o contratante. As organizações buscam novas tendências de se relacionar e comunicar com os seus públicos, quer com equipas internas, quer com os seus clientes/consumidores. Procuram soluções que relacionem emocionalmente esses públicos com a marca/produto, e aparece aqui cada vez mais o desporto (como plataforma de relacionamento geradora de boas oportunidades de interacção e visibilidade), surgem os vídeos virais, surgem as plataformas online, surgem activações em espaços públicos, entre outras. Um DMC, actualmente, tem que entender estas tendências e apresentar soluções adequadas, tendo em consideração a visão 360º do objectivo de comunicação do cliente. Caso não o faça, estará em risco de perder o seu lugar na liderança e de perder valor acrescentado na indústria. É com esta perspectiva que acredito que cada vez mais o Turismo andará de mãos dadas com o Marketing, num casamento que se espera duradouro (para não dizer eterno).

Entender as reais necessidades e motivações do cliente quando se desloca a Portugal, ou outro destino, é crucial para explorarmos todo o máximo potencial do negócio, satisfazê‑lo com mais profundidade e fidelizá‑lo aos nossos serviços. DIOGO ASSIS | DIRECTOR DA EVENTS BY TLC E DA CASE IMAGINE Formado em Gestão Hoteleira e Turismo, trabalhou no departamento comercial e de marketing de algumas principais cadeias hoteleiras do país, assim como no International Hyde Park em Londres. Em Novembro de 2002, decidiu lançar‑se numa nova experiência e fundar a events by tlc com o objectivo de a tornar DMC líder em Portugal. Em 2016 a events by tlc funde‑se com a Case Imagine, líder em live marketing e activação de marca e melhor agência para trabalhar no Brasil. Vencedor do prémio Amadeus Brighter Award em 2013, recentemente retomou os estudos na Harvard Business School no programa Owner/ President Management (OPM).

WWW.EVENTPOINT.PT

43


44

OS DESAFIOS DOS DMC NUM SECTOR EM CONSTANTE EVOLUÇÃO São um dos players mais importantes do sector da meetings industry (MI), sendo determinantes no sucesso de um evento. Mas quais são os grandes desafios destas empresas num mundo em constante mudança? Falamos com Rui Calapez, da Buzz Portugal, João Luís Moita, da Citur, Marjolaine Diogo da Silva, da Fórum d’Ideias PCO&DMC, e ouvimos a APAVT. WWW.EVENTPOINT.PT


DOSSIÊ TEMÁTICO

Recrutamento! Recrutamento! Entre os desafios, imediatos ou de longo prazo, Rui Calapez, da Buzz Portugal, aponta o recrutamento como fundamental. “O crescimento ‑ e ainda bem que assim foi ‑ do mercado tem exposto que a formação e o aumento de staff habilitado não é hoje o suficiente para o que necessitamos”, refere. O responsável diz mesmo que recrutar, hoje em dia, é como procurar “agulhas no palheiro”. Esta opinião é largamente partilhada por João Luís Moita, da Citur, “o nosso maior desafio é o de segurar, e continuar a formar profissionais de excelência, que necessitam de actualizações e formação constante, para lidar com a nova oferta que vai surgindo, bem como com as enormes possibilidades que o nosso destino oferece”. Rui Calapez lembra ainda outros desafios, nomeadamente “a falta de disponibilidade, sobretudo em Lisboa, bem como o aumento do preço do alojamento, e a perda de competitividade para outras capitais europeias”. Já Marjolaine Diogo da Silva, da Fórum d’Ideias – PCO & DMC, aponta mais alguns: “redesenhar o nosso valor, promover as nossas forças, tais como o facto de sermos especialistas no destino. Um outro desafio grande prende‑se com os motores de busca”. Ou seja, os clientes podem encontrar facilmente, e por eles próprios, alguns dos serviços que os DMC prestam.

PROMOÇÃO DO DESTINO Sendo os DMCs especialistas no destino, para estas empresas é fundamental que este seja bem promovido. A directora da Fórum d’Ideias acredita que a promoção de Portugal enquanto destino MI está a melhorar, “mas vai levar o seu tempo”. “Para os profissionais do sector, a promoção institucional, nunca é considerada suficiente...”, refere João Luís Moita, no entanto o responsável da Citur releva como tem sido eficaz a aposta no marketing institucional. “Ao contrário das tradicionais campanhas offline, mostramos hoje em dia um destino mais dinâmico e versátil, atingindo uma faixa bastante mais alargada de potenciais clientes”. No entanto para o sector MI isso tem de ser complementado por acções específicas, direccionadas ao segmento. “Claro que a notoriedade do pais é muito importante para a decisão favorável de um qualquer ‘meeting ou event planner’, mas aqui têm que ser criadas linhas de apoio realmente efectivas, e analisados os grandes eventos internacionais, que apenas se realizarão em Portugal, não somente pela via da promoção, mas também pela influência política e pela nossa capacidade de conseguirmos fazer lobby nos grandes centros internacionais de decisão”, alerta. Neste

contexto, João Luís Moita acolheu com satisfação a criação da equipa de Captação de Congressos Internacionais e de Eventos Corporativos, liderada por Joaquim Pires, do Turismo de Portugal. “Não sendo tudo... é no mínimo o reconhecer de uma necessidade por parte das autoridades competentes e espero que esta equipa disponha de meios para conseguir os seus objectivos”, refere. O director da Citur gostava ainda de ver as Delegações Externas do Turismo de Portugal a funcionarem em pleno, e com recursos humanos e financeiros à altura de poderem ajudar, ainda mais, na captação de negócio. Não acreditando no modelo dos roadshows ou das viagens patrocinadas a jornalistas, que considera “velho”, Rui Calapez sugere que em relação às feiras internacionais tem que haver um esforço de chamar mais a atenção, “seja pelo patrocínio de momentos de networking, ou algo criativo durante a feira que retenha a atenção”. Captar eventos-chave, visíveis internacionalmente, como a final da Champions, o Rock in Rio, ou outros, pode ser uma estratégia determinante, refere o responsável da Buzz, porque “nos colocam no mapa e nos tornam ‘apetecíveis’... Um país onde haja sempre algo a acontecer torna‑se um destino permanentemente renovado e atingindo vários segmentos”. E por isso apela, “devia haver uma política concertada entre as várias regiões (para que investimento não se faça só numa, sob pena de a ‘cansar’) de angariação destes eventos, baseada no potencial ROI directo e na sazonalidade dos ditos eventos versus capacidade de cada região”.

VANTAGENS COMPETITIVAS DE PORTUGAL Num mercado verdadeiramente global, com centenas de destinos a competir uns com os outros, quisemos saber quais as vantagens competitivas de Portugal. O que nos destaca dos demais? A segurança é desde logo uma característica salientada pelos três entrevistados, sob mais do que um prisma: a segurança do país e a segurança de aqui se encontrarem facilmente bons profissionais. “Um evento em Portugal é, regra geral, sinónimo de sucesso o que, naturalmente, gera níveis elevados de confiança no destino”, refere Rui Calapez. João Luís Moita aponta também outros atributos: clima, a gastronomia, a beleza natural, a história, a capacidade de receber; e Marjolaine Diogo da Silva enumera o fácil acesso, a capacidade de receber eventos de várias dimensões, o value for money e a diversidade entre as várias regiões que compõem o destino.

WWW.EVENTPOINT.PT

45


DOSSIÊ TEMÁTICO

JOÃO LUÍS MOITA | CITUR

OS VENUES E O ALOJAMENTO 46

A questão dos espaço para eventos, ou da falta deles, tem estado em cima da mesa há vários anos. Se Lisboa já está bem equipada, considera Rui Calapez, da Buzz Portugal, outras regiões como Porto e Algarve “precisam urgentemente de um investimento forte neste sector”, afirma. Marjolaine Diogo da Silva nota um aumento em termos de venues em Lisboa, “o que nos permite apresentar uma maior variedade de espaços”, mas por exemplo o Algarve tem falta de venues. João Luís Moita é peremptório: “ Lisboa, sendo a capital do país, já merecia um Centro de Congressos digno desse nome”. Quanto às restantes regiões, o líder da Citur acredita já existirem muitos espaços que “servem perfeitamente para os eventos de média dimensão, que são de facto o nosso core". O país tem assistido a um crescimento assinalável no número de turistas. Quer o turismo de lazer, quer o de negócios, têm pelo menos algo em comum: o alojamento. Essa partilha e gestão nem sempre é fácil, mas segundo a directora da Fórum d’Ideias ainda não se pode falar de um estrangulamento em nenhum dos destinos nacionais. Mas, para Rui Calapez, a capital está mesmo a “ficar estrangulada”, e isso deve‑se “não à ocupação mas ao que a ocupação faz à cidade: aumento de preço e risco de perda de competitividade”. O responsável acredita, no entanto, que há espaço para todos, mas teme que “os preços possam estar a fazer‑nos perder competitividade face a outras cidades e que, no dia em que precisarmos de voltar ao mercado para atrair eventos, possamos ter sido ultrapassados e termos uma ‘travessia de deserto’ mais longa que a normal e desejável”.

João Luís Moita refere que, no segmento de negócios, os hotéis “são efectivamente poucos, obrigando‑nos a utilizar vários para a realização de eventos internacionais com 300 ou mais participantes, o que leva a custos de logística acrescidos e também à perda de alguma competitividade, pois não são raras as vezes em que os clientes pretendem oferecer a todos os participantes o mesmo tipo de programa afim de não haver privilégios e/ou quaisquer distinções entre os mesmos”.

CONCORRÊNCIA DESLEAL? Também tem sido amplamente discutida a questão do IVA, já que há alguns países onde os clientes não pagam, ou é devolvido, este imposto na contratação de serviços de DMC. “Tem sido um problema muito grave e que afecta directamente a nossa competitividade, nomeadamente a dos DMC, que são na sua grande maioria enquadrados jurídica e fiscalmente como ‘Agências de Viagens’, liquidando o IVA sobre a margem”, refere João Luís Moita, sublinhando também a falta de protecção às empresas nacionais, “uma vez que um operador/DMC espanhol, por exemplo, a vender/operar um evento em Portugal para um cliente alemão se torna mais competitivo do que nós próprios, somente pela via da devolução do IVA”. O responsável da Citur diz que o governo

WWW.EVENTPOINT.PT


DOSSIÊ TEMÁTICO

MARJOLAINE DIOGO DA SILVA | FÓRUM D'IDEIAS PCO&DMC

está a par da situação e apela a que “se arranje solução para este problema, que nos afecta há demasiados anos”. Já Rui Calapez acha que a questão do IVA “é uma falsa questão. É a mesma regra em toda a UE”. Para se captarem mais eventos o fundamental, no entender de Calapez, é “o apoio”. “Quanto maior capacidade tenhamos de patrocinar a vinda de um evento, maior a probabilidade de ele vir. O patrocínio associado à disponibilidade/qualidade hoteleira e a oferta variada de venues tem, geralmente, sucesso na atribuição dos eventos”. Marjolaine Diogo da Silva acredita que se supera essa questão do IVA salientando os valores de Portugal. “Apesar da recuperação do IVA ser importante, não é essa a única razão pela qual um país é escolhido”.

mesma nota. “Tendo em mente as nossas duas grandes áreas: a operacional e a comercial, apenas posso admitir alguma vantagem na área comercial, pois sem dúvida que se pudermos competir oferecendo múltiplos destinos, mais hipóteses teremos de materializar negócio, uma vez que muitos dos eventos que já realizámos vão rodando por inúmeros países”, refere. Mas o caso muda de figura em termos operacionais, já que um “DMC local é sempre bastante mais eficaz e competitivo do que um global”. Fazer parte de associações internacionais de DMCs e parcerias pode ser uma boa resposta, sublinha. A directora da Fórum d’Ideias acredita que fazer parte de uma rede traz vantagens, mas que existem muitas formas de os DMCs independentes se promoverem.

DMCS GLOBAIS?

O QUE MUDAVAM?

Com o aparecimento de cada vez mais DMCs globais, que actuam nos mais diversos países, incluindo em Portugal, de que forma as empresas portuguesas se podem tornar mais competitivas? “Das duas uma, ou se junta em parcerias internacionais, ou se torna tão, mas tão boa, que a marca internacional perde para ela”, diz Rui Calapez, registando que uma DMC global pode ter mais oportunidades de negócio, fruto da presença internacional em vários destinos, mas isso não significa que conquista o negócio. “Não me parece uma fatalidade para ser sincero”. João Luís Moita afina pela

Se pudesse alterar alguma coisa no contexto do trabalho dos DMC, Rui Calapez mudaria o enquadramento legal da actividade. “Não somos uma agência de viagens que organiza viagens... organizamos e gerimos serviços no destino. Passados todos estes anos, os DMCs continuam com balizas (e obrigações) legais desadequadas ao nosso trabalho”, refere. Já Marjolaine Diogo da Silva pede “estabilidade”, com relação, para apenas enumerar alguns aspectos, às finanças, aos reports, ao IVA. João Luís Moita “simplificava toda a parte financeira e de contabilidade, que no meu entender é a nossa

WWW.EVENTPOINT.PT

47


DOSSIÊ TEMÁTICO

RUI CALAPEZ | BUZZ PORTUGAL

48

área mais exigente e complicada”. E se os Convention Bureaux assumissem funções de DMC? Lá fora, nomeadamente nos Estados Unidos, assistem‑se a algumas situações de Convention Bureaux que actuam quase como DMCs. Uma realidade diferente, claro. Isso não acontece no nosso país, os Convention Bureaux são entidades público‑privadas com a missão, grosso modo, de promover, informar, apoiar e gerar leads para os associados. Quisemos saber, de qualquer forma, se concordariam com uma situação em que o papel de um e outro se sobrepusesse. “Acho completamente errado que um Convention Bureau se assuma como uma DMC”, responde João Luís Moita, da Citur, referindo que “o Convention Bureau não deve nunca efectuar vendas, pois não é esse o seu propósito. Quem efectua as vendas são os seus membros, esses sim, são os ‘service providers’”. Marjolaine Diogo da Silva pergunta então qual seria o interesse de ser membro de um convention bureaux?

TECNOLOGIAS MUDARAM O SECTOR

Marjolaine Diogo da Silva. Tudo pode ser encontrado nos motores de busca. Mas é precisamente através das redes sociais e das plataformas online que promove a sua Fórum d’Ideias. João Luís Moita regista que a tecnologia veio transformar o trabalho de um DMC. “Hoje devido ao software desenvolvido e que temos disponível, tornou‑se muito mais fácil a elaboração das nossas "runing orders", de orçamentos, horários, transportes, controle de todas as reservas, o registo dos participantes, controle de presenças, horários, tornou‑se muito mais simples o complexo processo de facturação, bem como através de simples APPs é possível comunicar e transmitir mensagens a todos os participantes, eventuais alterações de programa, lembretes ou mensagens pré‑definidas (teasers por exemplo)”. Além disso, o responsável da Citur diz que as tecnologias encurtaram distâncias e criaram uma proximidade maior com o cliente, uma vez que a comunicação é mais fácil e instantânea. Mas lembra, este novo paradigma exige novas e complexas competências. Voltamos então ao início deste texto: a necessidade de recrutar profissionais e de actualizar os que já trabalham no sector. Um grande desafio, claramente.

Há duas faces da mesma moeda, a tecnologia facilita o trabalho, mas traz desafios em termos de promoção. Com a Internet e as redes sociais, e o seu alcance, a venda dos serviços do DMC torna‑se mais complicada, refere o director da Buzz. Isso foi uma grande alteração de paradigma já que abriu a possibilidade a que todos os intervenientes se promovam directamente junto do consumidor, “obrigando a que na cadeia de serviço se acrescente real valor, mais do que a simples ‘coordenação’ do evento. Opinião partilhada por

WWW.EVENTPOINT.PT


DOSSIÊ TEMÁTICO

O PONTO DE VISTA DO CAPÍTULO DE DMCS DA APAVT Eduarda Neves, vice-presidente da APAVT (Associação Portuguesa das Agências de Viagem e Turismo), e responsável pelo Capítulo de DMCs, partilhou a visão da associação sobre os desafios destas empresas. Quais são os desafios actuais dos DMC neste sector MI? O maior desafio é a falta de competitividade fiscal perante destinos concorrentes na Europa, sobretudo Espanha com um ambiente fiscal altamente favorável ao segmento MICE, seguido pela Itália que está a por em prática um sistema semelhante ao espanhol. Neste aspecto o desafio é tanto dos DMCs como do próprio destino Portugal. Consideramos ainda que a evolução diferenciadora do produto não acompanha as exigências do sector, tanto na restauração como nas experiências a oferecer, comparativamente com outros destinos concorrentes. Por outro lado há uma subida drástica nos preços de alojamento e, ao contrário do esperado, os preços na restauração não baixaram.

E em relação ao alojamento? Consideram suficiente para receber os turistas de lazer e negócios? Há algum destino nacional que considerem mais estrangulado deste ponto de vista? São realidades diferentes; o alojamento para Turismo de Negócios é insuficiente em quantidade e qualidade em todos os principais destinos em Portugal, quando comparado com os destinos concorrentes.

De que forma as novas tecnologias vieram alterar a forma como trabalham, como se promovem e promovem o destino? As novas tecnologias não são novas para os DMCs, fazem parte do nosso dia‑a‑dia há muitos e longos anos.

Assistimos nos últimos anos ao crescimento de certas DMC que se tornaram globais, por estarem presentes em diversas latitudes e nos principais mercados. Como é que uma DMC portuguesa se pode tornar competitiva neste contexto? DMC quer dizer um profundo conhecimento do destino. Seja global ou não, qualquer dessas empresas será um DMC local, com um know‑how profundo do destino onde opera. O desafio será um 'cross selling' mais vantajoso, que cada DMC ultrapassa com a sua estratégia comercial.

Num mercado verdadeiramente global, em que estão sempre a aparecer novos destinos, quais são as vantagens competitivas de Portugal? Deixamos de ser o 'segredo mais bem guardado'.

Se pudesse alterar algo no contexto em que o vosso trabalho se realiza (legislação, burocracia, etc.), o que escolheria como mais importante? A burocracia!

Quando procuram captar reuniões e incentivos, como superam a concorrência de alguns países onde não se paga o IVA ou este é devolvido? Não superamos, perdemos todos os dias negócios para destinos concorrentes, com fiscalidade competitiva.

Como encara o papel de certos Convention Bureaux (lá fora, por enquanto) que se assumem muitas vezes como verdadeiros DMC? O entendimento do Capitulo de DMCs é de que os CVBs devem ser promotores e impulsionadores dos respectivos destinos e não concorrentes com as empresas, que são suas co-financiadoras.

Como olham para a oferta de espaços para eventos no país? É insuficiente em número, capacidade e diferenciação qualitativa.

Cláudia Coutinho de Sousa

WWW.EVENTPOINT.PT

49


JAMES MORGAN | FUNDADOR DO EVENT TECH LAB

ENVOLVER OS PARTICIPANTES DOS EVENTOS 50

Os organizadores de eventos e conferências estão sempre a tentar melhorar as estratégias de envolvimento dos participantes, e por duas razões em particular. Primeiro, para o organizador obter o melhor retorno do investimento no evento. Em segundo, para que as mensagens que incorporam no conteúdo do evento eduquem e criem a mudança de comportamento, através de memórias positivas da experiência do evento. Mas como pode a tecnologia ajudar nestes processos? É claro que os organizadores precisam de ter um plano pré, durante e pós‑evento para melhorar a experiência do participante, e a tecnologia é fundamental no design dos processos. PLANEAR O ENVOLVIMENTO PRÉ‑EVENTO Levar os participantes a inscrever‑se e a comprar bilhetes para um evento é crucial para o seu sucesso. O envolvimento pré‑evento é realmente sobre a comercialização do evento ou conferência, certificando‑se de que o número de participantes previsto realmente participa. Assim, como pode a tecnologia ajudar neste processo? As plataformas para promoção de eventos podem ser muito simples e eficazes de usar. Por exemplo, Feathr é uma plataforma de marketing que permite que um organizador crie campanhas de marketing para eventos. As redes sociais são também uma ferramenta que pode ser usada para envolver os potenciais participantes. As páginas de eventos de Facebook, Twitter, Instagram e outros canais de redes sociais podem ser usados para permitir que potenciais participantes conheçam o programa, os oradores e outros conteúdos do evento que tenha planeado. As redes sociais também podem ser usadas para informar o organizador sobre que tipo de evento os

participantes procuram. Co‑criar conteúdo ao envolver os potenciais participantes no planeamento do evento é uma óptima maneira de iniciar conversas, bem como de promover networking influente. Ideias simples, como colocar uma sondagem no Facebook sobre que tipo de refeição as pessoas querem para o almoço, são um aspecto da co‑criação que deixam os potenciais participantes interessados no seu evento. No entanto, os organizadores devem investir num bom conteúdo digital que atraia a atenção dos participantes poéticos. Portanto, um plano de marketing de conteúdo precisa de fazer parte do plano de envolvimento pré‑evento e deve incluir um site do evento dedicado, ou página da web no seu website. O marketing pré‑evento também pode incluir a concepção e construção de uma aplicação do evento com todos os detalhes para download. As aplicações de eventos, tais como Crowd Compass, Guidebook ou Pickevent, podem ser usadas antes do evento para dar informações específicas sobre

WWW.EVENTPOINT.PT


OPINIÃO

ENVOLVIMENTO PÓS‑EVENTO datas, locais, horários e também durante o dia do evento. Há também ferramentas simples de usar. Um exemplo de conteúdo digital envolvente pode ser criar pequenos arquivos de imagem dos oradores de uma conferência ‑ que incluam uma imagem do rosto, a profissão, cargo e detalhes da empresa, o tema e a hora da apresentação ‑ que podem ser usados tanto pelo organizador como pelo orador nas redes sociais para se envolver com potenciais participantes. ENVOLVIMENTO DURANTE O EVENTO O planeamento também é necessário na forma de envolver os participantes mais profundamente num evento. Interacções face‑to‑face são uma forte plataforma para os participantes observarem, aprenderem e criarem memórias positivas. No entanto, o envolvimento pode ser passivo ou activo. Por exemplo, o envolvimento passivo será ouvir um orador principal. Envolvimento activo ocorre quando um participante faz uma pergunta ao orador e se segue uma conversa. Os organizadores querem uma mistura de experiências passivas e activas num evento. Existem várias ferramentas disponíveis para variar o envolvimento. O activo permitirá um maior retorno sobre o investimento ao organizador. Promover envolvimento activo, aprendizagem mais profunda e valorização das mensagens ou narrativas centrais de um evento leva a melhores experiências pelos participantes. As ferramentas de envolvimento podem ser divididas em três áreas distintas: – Tecnologia de hardware interactivo, como por exemplo Giant iTab, Sublime dome, Twitter walls, Catch Box, Buzzmaster, MyMic, Photobooths. – Aplicações de eventos com ferramentas de envolvimento incorporadas como caças ao tesouro, quizzes/questionários, e às vezes tecnologia de partilha de slides. – Tecnologias de partilha de slides e de votação, como Glisser ou Slido e Play2Lead, permitem uma maior participação no conteúdo através do uso de quizzes e sondagens e partilha de apresentações. É importante que a tecnologia seja usada para melhorar a experiência, e os organizadores precisam de se certificar de que não a estão a usar de uma forma que distraia os participantes da experiência física de olhar, ouvir, sentir, cheirar e provar os vários elementos dentro da concepção face‑to‑face do evento. A tecnologia só deve ser utilizada para amplificar esses atributos físicos e não para os substituir. Obter um equilíbrio entre o uso da tecnologia e os elementos ao vivo vai depender de quão bem se conhece o segmento participante.

Quando todos tiverem ido para casa, é importante continuar as conversas em torno do evento e do seu conteúdo para se certificar de que o retorno sobre o investimento é garantido e que as memórias positivas dos participantes são reforçadas. Muitos organizadores utilizam inquéritos pós‑evento, mas as taxas de resposta podem ser baixas. Há outras ferramentas disponíveis. As redes sociais são a principal ferramenta através da qual o conteúdo pode ser enviado aos participantes e àqueles que não puderam comparecer. Usando links para aplicações como a Glisser, em que as apresentações são colocadas no servidor, vai permitir que os participantes descarreguem conteúdo após o evento, mesmo que não tenham estado lá. Imagens criam sempre memórias positivas de um evento e distribuir imagens de Photobooths, de fotógrafos e criar um vídeo do evento são todas boas maneiras de continuar o envolvimento com os participantes. A estratégia de conteúdo pós‑evento pode durar tanto quanto quiser. Pode até voltar ao envolvimento pré‑evento para um evento semelhante no ano seguinte. Para concluir, é importante ter um plano de envolvimento abrangente para o seu evento. Deve incluir um plano para criar o conteúdo de marketing para a fase pré‑evento, bem como o conteúdo digital para complementar o conteúdo ao vivo no próprio evento. Os organizadores também precisam de uma estratégia pós‑envolvimento para sublinhar os planos pré e durante o evento, para que os participantes registem uma imagem positiva nas suas mentes, reforçando assim um bom retorno do investimento dos organizadores. Usar a tecnologia para melhorar estes processos vai criar tanto um legado digital para o evento, como reforçar as memórias positivas criadas.

JAMES MORGAN | FUNDADOR DO EVENT TECH LAB Produz e promove eventos desde 1989. É professor universitário de Turismo e Eventos da Universidade de Westminster, Londres, e fundador do Event Tech Lab, uma comunidade de parceria para tecnologia de eventos, com start‑ups, equipa de desenvolvimento, profissionais de eventos e investidores. Também tem assento no Conselho de Educação da International Live Events Association. Como respeitado orador, escritor e comentador da indústria, James tem sido jurado em prémios internacionais da indústria e é apaixonado por educar os profissionais de eventos do futuro. Tem um ávido interesse em promover padrões de qualidade e profissionalismo na indústria de eventos.

WWW.EVENTPOINT.PT

51


52

CAPITAL MUTANTE Imagine uma cidade moderna em permanente e profunda mudança, como se alguém com muito poder e dinheiro ‑ vamos admitir que é um sheikh ‑, a tivesse transformado no cenário de um concurso internacional de arquitectura a céu aberto. Uma terra onde cada nova construção, cada novo edifício supera o anterior, em termos de altura, dimensão, beleza ou arrojo.

WWW.EVENTPOINT.PT


DESTINO INTERNACIONAL

53

Pensou no Dubai? Está quase lá, mas ainda tem que percorrer 160 quilómetros para sudoeste, até Abu Dhabi, a capital dos Emirados Árabes Unidos (EAU). As primeiras impressões de um viajante que se aproxima de Abu Dhabi são as de uma cidade “a estrear”, construída em cima do deserto e plantada com vista para o Golfo Pérsico. Estradas e avenidas amplas, e um trânsito, ainda que congestionado a certas horas, nunca caótico. De resto, a urbanidade e a segurança são um dos argumentos para atrair visitantes, numa cidade onde, por contraste, a presença policial é discreta. Se tem problemas com vertigens, planeie bem a viagem, porque muitos dos novos edifícios atingem alturas elevadas, com belas perspectivas e panorâmicas sobre a cidade, é certo, mas essa condicionante de ter que subir ao 60º andar para dormir, ou de ter uma reunião de trabalho a 300 metros do solo! Neste frenesim de construção, operado por centenas, milhares de trabalhadores envergando fatos‑macacos de cores diferentes, nascem obras espantosas, como o Louvre Abu Dhabi

(abertura prevista para 2017), um museu na ilha Saadiyat que resulta do acordo entre os governos dos dois países, e onde ficarão expostos manuscritos, peças de arte, objectos de valor histórico, cultural e sociológico, abarcando um período de milhares de anos e o mundo inteiro. Impressionado? E se lhe dissermos que a seguir será inaugurado um outro colosso dos museus, o Guggenheim Abu Dhabi, projectado pelo famosíssimo arquitecto Frank Gehry? Vão ser 450.000 metros quadrados, também na ilha Saadiyat, para albergar uma colecção própria de arte moderna e contemporânea, assim como exposições temporárias oriundas do vasto espólio da Fundação Guggenheim. E para que não haja dúvidas, vai mesmo tratar‑se do maior Guggenheim no mundo! Ainda no distrito cultural de Saadiyat ficará o Museu Nacional Zayed, que contará a história do falecido presidente Sheikh Zayed bin Sultan Al Nahyan, a unificação que promoveu dos EAU, a história da região e as ligações culturais com o resto do planeta.

WWW.EVENTPOINT.PT


DESTINO INTERNACIONAL

54

BRAÇO AÉREO

A NÃO PERDER

Não podemos esquecer, claro, o Aeroporto Internacional de Abu Dhabi (AUH) no meio de um projecto de renovação e de ampliação multi‑bilionário. Em 2015 o emirado teve um número recorde de visitantes, 4,1 milhões, o que corresponde a um crescimento de 18% face a 2014, mas pelo aeroporto passaram, o ano passado, 23 milhões de passageiros, o que explica bem a importância que Abu Dhabi assume enquanto hub entre o ocidente e o oriente. Só a companhia aérea nacional, Etihad, que tem aqui a base, transportou 17,4 milhões de passageiros em 2015, quase mais 20% do que em 2014, assegurando ligações para 116 destinos, sejam eles de passageiros e/ou de carga. A expectativa, dizem os responsáveis políticos do emirado, continua a ser de crescimento, e a dois dígitos. Só assim se compreende o novo terminal que está a ser construído no AUH: capacidade inicial para 30 milhões de passageiros por ano, ou 8.300 em cada hora, design arrojado, 65 portas para os aviões, oito lounges, 156 balcões de check‑in e uma área construída de 700.000 metros quadrados, fazendo esta estrutura perfeitamente visível a 1,5 quilómetros de distância. Enquanto principal porta de entrada em Abu Dhabi, o novo terminal vai desempenhar um importante papel na promoção do emirado como um hub de nível mundial, o que é mais relevante ainda quando sabemos que as ligações aéreas são um elemento decisivo na altura de escolher um destino para um evento internacional, seja ele corporativo ou associativo. Assim, Abu Dhabi ambiciona ser bem mais do que apenas um ponto de passagem de viajantes em trânsito para outros lugares.

O Circuito Yas Marina é o palco das provas de Fórmula 1 em Abu Dhabi, mas é muito mais do que isso. Dispõe de diversas soluções, com espaços indoor e outdoor que pode alugar para os seus eventos. E a isto juntam‑se ainda uma série de experiências que pode tornar realidade, várias delas a ter lugar na mesma pista onde competem Lewis Hamilton, Sebastian Vettel, Nico Rosberg ou Fernando Alonso. Mantendo‑nos ainda pela temática automóvel, uma outra opção é o Ferrari World, um parque temático cheio de experiências e exposições que pode fazer ou visitar, sempre em torno da histórica marca italiana do Cavallino Rampante. E se é adepto de montanhas‑russas, experimente a célebre Formula Rossa, onde vai ter a perfeita sensação de como um Fórmula 1 acelera, indo dos 0 aos 240 Km/h em apenas cinco segundos! Num outro registo, vale a pena dedicar algum tempo para visitar a Grande Mesquita do Sheikh Zayed. É o maior e mais importante lugar de culto do emirado, e está mesmo ao lado do túmulo do falecido presidente, que de resto foi quem mandou construir e pagou a Grande Mesquita, oferecendo‑a ao povo que governou entre 1966 e 2004. O lugar impressiona pela dimensão, pela beleza e pela qualidade dos materiais usados, ouro e pedras preciosas, mármores e cristais, madeiras exóticas e requintadas tapeçarias, nada parece faltar. Quando questionados sobre o preço da Grande Mesquita, os guias contornam a pergunta com as regras locais de boa educação: nunca se pergunta a alguém quanto pagou por uma prenda, e afinal esta foi uma oferta do Sheikh Zayed...

WWW.EVENTPOINT.PT


DESTINO INTERNACIONAL

APOSTA ESTRATÉGICA Em entrevista em Fevereiro deste ano à Event Point, por ocasião da ibtm arabia, o director do Convention Bureau de Abu Dhabi, Mubarak H. Al Shamisi, descreveu a criação de uma unidade de business events que junta os sectores público e privado para discutirem regularmente o sector e encontrar formas de captar mais negócio. Um novo website foi lançado, reunindo a oferta de venues, DMC, PCO. Existe um comité governamental que identificou 12 sectores estratégicos, nomeadamente o petroquímico e

o farmacêutico, e tem como missão apresentar ideias que atraiam para a região empresas e iniciativas dessas áreas. Está em curso também um novo programa de embaixadores, académicos e outros, mais uma vez com a intenção de captar eventos para Abu Dhabi. “Reconhecemos o impacto estratégico, e não apenas económico, dos eventos. Procuramos por isso criar boas facilidades para o segmento MICE, mas sobretudo apostamos numa relação muito pessoal, individual, com cada cliente”, concluiu Al Shamisi.

PUBLICIDADE

55

WWW.EVENTPOINT.PT


DESTINO INTERNACIONAL

56

OS RANKINGS DA ICCA QUESTÕES PRÁTICAS Para se ter noção do modo como Abu Dhabi tem vindo a evoluir, olhamos aqui para 2014 e 2015 nos rankings da ICCA ‑ International Congress and Convention Association, e comparamos os dados com os do famoso vizinho Dubai:

2014

2015

DUBAI 56 eventos 44º no mundo 12º na região*

DUBAI 56 eventos 46º no mundo 10º na região*

ABU DHABI 22 eventos 108º no mundo 23º na região*

ABU DHABI 35 eventos 73º no mundo 17º na região*

O clima de Abu Dhabi é sub‑tropical, árido, com muito pouca chuva. No Verão as temperaturas podem facilmente atingir os 50ºC. Os meses mais suaves são assim de Novembro a Março. Nesta altura do ano, Setembro, o emirado está três horas adiantado em relação a Portugal. A moeda local é o Dirham, que vale cerca de um quarto do Euro, ou seja, 1 EUR = 4 AED. Os dias de descanso são habitualmente a sexta e o sábado, sendo que na maioria das empresas e instituições o primeiro dia de trabalho na semana é o domingo. A língua oficial é o Árabe, mas o Inglês é falado com frequência pelos habitantes, parte deles expatriados. A religião oficial é o Islão, amplamente seguida, embora o emirado defenda a liberdade e tolerância religiosa.

Rui Ochôa*

* Ásia, Pacífico e Médio Oriente

*Viajou a convite da ibtm arabia

WWW.EVENTPOINT.PT


57

WWW.EVENTPOINT.PT


58

RENATA AMARAL | DIRECTORA CRIATIVA DA PRESTÍGIO FOR BRANDS

EGOS E BACALHAU COM ASAS Ele há autoria sem ego e confiança? Os eventos lato sensu têm autoria criativa? Devem ter? O que se perde e o que se transforme na ausência desta autoria? Os conceitos servem realmente para alguma coisa? No “território do agradar a todos” que compromissos se fazem? E o que é um “bacalhau com asas”? (E os eventos são assim tão importantes?)

Este é um ensaio que começa assim, com perguntas, prometendo navegação à vista e considerandos porventura confusos. Sem ambições nem ego (será?), mas com a confiança a que estas linhas obrigam, encontrarei (a ver) porto de abrigo ou tão somente uma marina solarenga para aportar. O ego e a gestão que cada um faz do seu, e dos que o rodeiam, desempenham o seu papel, condicionando as relações e os resultados das equipas. O tema é tratado, entre outros, por Jim Collins no seu “De Bom a Excelente” que nos escreve a respeito de liderança e de líderes. Segundo o autor, líderes capazes de conduzir empresas a performances de excelência, objectivadas em resultados materiais extraordinários, são poucos e realmente diferentes. A destrinça encontra‑se grosso modo na definição do que entendem ser a sua missão, no ego domesticado, na confiança e valorização do outro e das equipas, até num certo tipo

WWW.EVENTPOINT.PT


OPINIÃO

de desapego e humildade, no íntimo‑verdadeiro‑profundo propósito de cada timoneiro. Collins, na sua avaliação, destaca também os Bons líderes responsáveis por obter bons, não excelentes, resultados, mas é expressivo no argumento do que os separa: o ego. Dir‑se‑á que a excelência é liderada por não protagonistas. Serve este ponto para focar o busílis: o da confiança que se exige ao criativo que, do ponto de partida de um briefing, elabora uma visão, declinada conceito, do que entende servir à Marca e aos que a gerem. Ora, dependendo do enunciado, o exercício poderá estar mais ou menos orientado por um conjunto de intenções. Em todo o caso, pôr o conceito no papel, e desenhá‑lo com embrulho de storytelling, exige confiança. Auto‑confiança. Ego? E mais ainda no acto de o apresentar e defender, desde logo internamente. Há sempre caminhos, mais do que um, muitas ideias e opiniões que remetem para compromissos e outras tantas achegas. Na multitude de inputs coexistem legitimidade, pertinência, contributos que acrescentam ou interrogam e diversos inconsequentes que baralham sem dar. O leme pertence ao ego ou à confiança? Uma visão clara, musculada e não egocêntrica pode salvar um conceito? A verdade é que, não raro, entre projecto‑conceito proposto e “vendido” e a sua implementação vai uma larga distância. Outras vezes o produto final apresenta‑se como “bacalhau com asas”. A expressão paga direitos e ouvi‑a de um cliente com quilómetros de eventos e derivados. Um sábio.

galeria dos feitos, sem fazer história. Proporciona cansaços tranquilos e poupa o coração do risco de arrebatamento. Não me habita hoje qualquer pudor face ao híbrido referido: encontra‑se disponível e revela procura consistente. Este ser alado agrega e acopla, ao mesmo tempo que condescende no conceito e na sua leitura. Serão os conceitos importantes? Ou apenas pontos de partida e não de chegada? No final do dia, o desapego da autoria e da crença no conceito (e mais ainda do ego) amplia o portefólio de respostas possíveis. Deslocada a ambição, é a auto‑confiança que persevera e suporta a dinâmica de desenvolver e reformular ideias em contínuo, mantendo o debate da sua consistência e nitidez. A maturidade ao que parece dá‑nos asas, e conhecer o que separa ego de confiança também. Afinal, embora cada evento se apresente qual “fim do mundo; parece que nada mais importa; temos que conseguir”, a verdade é que ao próximo se sucederá o seguinte, e assim sucessivamente, garantindo prolíferas oportunidades de experimentação e aprendizagem.

“BACALHAU COM ASAS”, HÍBRIDO MARINHO ALADO CRIADO NO ATLÂNTICO; PODE SER CONFUNDIDO COM FORMAS MITOLÓGICAS DA ORDEM DO FANTÁSTICO, SENDO NA VERDADE UMA FORMA COMUM DE ENXERTO FREQUENTEMENTE OBSERVADA. ou

RENATA AMARAL | DIRECTORA CRIATIVA DA PRESTÍGIO FOR BRANDS Estudou arquitectura (FAL), comunicação organizacional (ESCS) e gestão (ISG).

“Bacalhau com asas”.

O “tempo longo” da arquitectura fez com que procurasse diferentes caminhos profissionais, ainda que tenha desempenhado funções de redactora e editora da revista Arqa – Arquitectura

Panaceia. Equilíbrio consensual morno. Bom para alguns, insuficiente para muito poucos, nunca excelente. Tem a virtude de incluir contributos distintos, nem sempre conciliáveis. Alinha com as várias expectativas e desejos, adquirindo características diferentes dependendo do ângulo e do olhar. Dá conforto e não deixa ninguém ficar mal. Garante presença na

e Arte. Mas foi na área da formação que se encontrou, e durante 11 anos assumiu diferentes papéis naquela que é uma das mais relevantes escolas nacionais nas áreas do cinema e televisão, fotografia, design e new media, som e música, a ETIC. Findo esse ciclo, as agências – POP Communication Group e PRESTÍGIO for Brands – tomaram lugar. No presente, concilia a direcção criativa da PRESTÍGIO com a consultoria de negócios, estabelecendo pontes entre know‑how português e o governo nigeriano.

WWW.EVENTPOINT.PT

59


CONSULTÓRIO DE PROTOCOLO

60

© NAMAKI

TAILÂNDIA E RÚSSIA: DO'S AND DON'TS Dois dos próximos grandes eventos internacionais na área MI realizam‑se em Banguecoque (IT&CMA, ainda em Setembro), e em São Petersburgo (European Best Event Awards, em Outubro). Desafiámos as nossas especialistas em protocolo residentes, Susana Casanova e Cristina Fernandes, a elaborarem um guia de protocolo empresarial dos dois destinos.

WWW.EVENTPOINT.PT


CONSULTÓRIO DE PROTOCOLO

BANGUECOQUE TAILÂNDIA

. Banguecoque, capital, centro financeiro e comercial da Tailândia, é uma das cidades mais populosas da Ásia. . É uma monarquia constitucional, o rei e a família real continuam a ser idolatrados e nenhum comentário deve ser feito acerca da liderança do monarca ou do regime. Aliás, o rei, conhecido como Rama IX, é na actualidade o mais antigo monarca e chefe de Estado em exercício. . Característica distintiva dos tailandeses face aos vizinhos asiáticos é o seu sentido de independência e individualismo, pelo que um estrangeiro não os deve, nunca, considerar como “mais uma” cultura do sudoeste asiático. . Cerca de 90% é budista, mas a cultura e modo de vida regista influências do Confucionismo e do Islamismo. . A hierarquia e o estatuto são factores determinantes na sociedade e, portanto, devem ser respeitados. Verifica‑se uma genuína reverência face ao poder, aos mais velhos, e às crianças. . A pontualidade deve ser cumprida, já que traduz o respeito pelo interlocutor, apesar dos horários poderem ser flexíveis. A cultura tailandesa está profundamente focada no presente, no aqui e agora, e isso é igualmente um aspecto diferenciador face a outras culturas asiáticas, ainda muito voltadas para o passado. Contudo, verifica‑se o maior apreço face à história, às tradições e aos valores ancestrais. . Em processos de negociação, poderão parecer indirectos, evasivos e pouco assertivos, evitam o confronto e tentam manter a harmonia a todo o custo. A comunicação deve ser subtil, evitando‑se perguntas directas que obriguem a respostas negativas, por exemplo. Apesar da maioria dos tailandeses falar inglês, em situações de negociação complexa poderá ser útil recorrer a intérpretes. . Deve falar‑se baixo e devagar. Toda a comunicação não‑verbal deve ser discreta e o contacto visual indirecto.

. Os tailandeses devem ser tratados pelo nome próprio, mesmo que precedido de título, pois é considerado mais relevante do que o nome de família. “Khun” é a expressão equivalente a senhor/senhora. Não se deve fazer uma auto‑apresentação, cabendo ao líder do grupo essa responsabilidade. Em encontros, os estrangeiros devem aguardar que lhes indiquem o lugar onde se devem sentar. Os seniores e os mais velhos têm sempre precedência. A troca de cartões‑de‑visita é importante e os cartões devem ser tratados com todo o respeito. . Em contexto profissional, o vestuário deve obedecer a critérios de formalidade e classicismo, sendo que a correcta imagem é importante. . O “Wai” é a forma de cumprimento, mas em contexto profissional internacional o aperto de mão é praticado.

SÃO PETERSBURGO RÚSSIA

. A Federação Russa é uma república federal semi‑presidencialista, cuja capital é Moscovo. Situa‑se no norte da Eurásia, tendo fronteira com diversos países europeus e asiáticos. Tem onze fusos horários diferentes. Os símbolos nacionais são a bandeira, o brasão e o hino nacional. . São Petersburgo, que foi a capital do Império Russo, é uma das maiores cidades russas, considerada a mais ocidentalizada e possuidora de uma grande vida cultural. O centro histórico é Património Mundial pela UNESCO. É ainda um importante porto marítimo no Báltico. . O poder político é considerado pelos estrangeiros como autocrata, não sendo as estruturas partidárias geralmente bem conhecidas. Há duas percepções marcantes: crença de que o poder público não facilita a instalação de empresas estrangeiras e a de que subsiste uma certa influência do antigo regime soviético. São colectivistas e na família está a célula fundamental. . O crescimento da nação é percepcionado como essencial, mas devendo acontecer em consonância com valores do passado. O potencial tecnológico do país é enorme, como consequência de décadas de elevados padrões de educação na área das ciências. . Ao nível empresarial, a autocracia também está patente no modelo dominante de liderança, não sendo prática comum a delegação de poderes. A tomada de decisão é centralizada, o que dificulta e alonga a negociação à distância.

WWW.EVENTPOINT.PT

61


CONSULTÓRIO DE PROTOCOLO

© MILD DELIRIUM

62

. As reuniões tendem a ser uma perda de tempo, uma vez que não são um espaço de análise, debate ou partilha de informação – estas actividades dão‑se frente‑a‑frente entre os líderes de topo e resultam frequentemente de relacionamentos pessoais. . O cumprimento usado nos negócios é o aperto de mão, mas entre amigos trocam beijos no rosto, mantendo contacto visual e pouca distância física. Um pormenor que deve ser respeitado: não cumprimentar entre portas porque representa má sorte. . Espera‑se que os visitantes compareçam à hora acordada, mas isso não significa que não se tenha de esperar. São pacientes, mais do que pontuais. A falta de pontualidade é geralmente interpretada como uma manifestação de poder. . Valorizam o uso de títulos académicos e profissionais e é frequente que, mesmo com pessoas com que se relacionam no quotidiano, se tratem pelo apelido e não pelo nome próprio. . Embora possam dominar o inglês, é recomendável recorrer a um tradutor e, se possível, aprender algumas palavras básicas em russo. No início do diálogo (e não só) bons icebreakers são temas sobre história, cultura, arte, literatura, música ou desporto. A linguagem verbal predomina e é um indicador de que o relacionamento presencial se sobrepõe à comunicação à distância. Atente‑se ao facto de um contrato escrito ser “só” uma clarificação e um documento de trabalho, fruto do estabelecimento de uma relação de confiança pessoal.

. O sentido de humor é famoso mesmo em reuniões de trabalho. Por outro lado, são bons ouvintes mas desconfiados: sussurrar, sorrir muito ou falar alto não são bem aceites, nomeadamente sorrir muito que é tido como tolice. Assobiar é uma falta de educação. Ao nível de gestos, o “polegar virado para cima” é usado para transmitir aprovação, já circular de mãos nos bolsos é uma postura a evitar e a posição de dedos ocidental para representar “OK” está relacionada com vulgaridade. Os russos são muito supersticiosos sendo comum, antes de saírem de casa, ficarem um minuto em silêncio ou para afastarem a má sorte baterem três vezes na madeira. . A fronteira entre a vida pessoal e a profissional é ténue, por exemplo a sauna é um local de encontro onde discutem negócios e selam acordos. As refeições são, também, momentos de convívio relevantes onde não faltam bebidas alcoólicas, em particular a vodka, cuja ingestão para quem não está habituado pode acarretar dificuldades. . Em visitas de carácter profissional opte‑se por um estilo conservador, uma vez que vestuário descontraído não é bem interpretado. A imagem é importante num homem de negócios; gostam de roupas de marca, acessórios caros, carros luxuosos... pelo que terão dificuldade em aceitar negociar com quem se apresente de forma excessivamente modesta. Susana Casanova e Cristina Fernandes

WWW.EVENTPOINT.PT


63

WWW.EVENTPOINT.PT


DIRECTÓRIO | DESTAQUES

ANIMAÇÃO

MAINVISION ‑ SOLUÇÕES AUDIOVISUAIS PARA EVENTOS ARTIST KEY ‑ TALENT IGNITION FOR YOUR EVENT!

LISBOA | 218 288 946 | 935 162 618 | CC@ARTIST‑KEY.COM | WWW.ARTIST‑KEY.COM "EMPRESA IBÉRICA DE DESTINATION ENTERTAINMENT PARA EVENTOS CORPORATE E PRIVADOS. “DISPOMOS DE CERCA DE 1.500 ARTISTAS ENTRE ESPANHA E PORTUGAL, COM OS QUAIS TEMOS CONTRATADOS MODELOS DE AGENCIAMENTO QUE NOS PERMITEM OFERECER VALORES ÚNICOS NO MERCADO”. OS PERFIS DOS AGENCIADOS NAS MAIS DIVERSAS ÁREAS PODEM SER CONSULTADOS EM WWW.ARTIST‑KEY.COM."

LISBOA | 211 583 053 | 939 117 564 | INFO@MAINVISION.PT | WWW.MAINVISION.PT "EMPRESA DE PRODUÇÃO TÉCNICA DE EVENTOS, ESPECIALIZADA NO ALUGUER DE SOLUÇÕES AUDIOVISUAIS PARA EVENTOS CORPORATIVOS."

PIXEL LIGHT BY THE MUSIC PRODUÇÕES

PAREDE | 214 574 466 | 968 772 735 | PRODUCAO@BYTHEMUSIC.PT | WWW.BYTHEMUSIC.PT "UMA PRODUTORA QUE CONTA COM 15 ANOS DE EXPERIÊNCIA EM CRIAÇÃO E PRODUÇÃO DE NOVOS CONCEITOS PARA ESPECTÁCULOS E EVENTOS, REPRESENTANDO IGUALMENTE ARTISTAS NACIONAIS E INTERNACIONAIS. SOMOS UMA EQUIPA CONSTITUÍDA POR CRIADORES, ARTISTAS E GESTORES DE PRIMEIRA. IDEALIZAMOS E REALIZAMOS CONCEITOS DIFERENTES, INOVADORES E ÚNICOS. SOMOS ESPECIALIZADOS NA ÁREA MUSICAL E ARTÍSTICA NO SEU TODO. ELABORAMOS GRANDES E PEQUENOS EVENTOS. DESDE FESTIVAIS E CONCERTOS A ANIMAÇÕES PARA EVENTOS DE TODA A ESPÉCIE. REPRESENTAMOS O QUE DE MELHOR EXISTE NO MERCADO."

64

PRIOR VELHO | 211 975 373 | INFO@PIXELLIGHT.PT | WWW.PIXELLIGHT.PT S OMOS UM A EMPRES A QUE TEM COMO MIS S ÃO E OB JE TIVO A P OIA R OS TÉCNICOS E CRIATIVOS DA Á RE A DO AUDIOVISUA L E PRODUÇÃO DE TODO O TIP O DE E V ENTOS TAIS COMO PROGR A M AS DE TELE VIS ÃO, CONGRES S OS, E XP OSIÇÕES, REUNIÕES, GA L AS, CONCERTOS, E TC. TEMOS COMO PRINCIPA L ESTR ATÉGIA DE CRESCIMENTO A AQUISIÇÃO DOS EQUIPA MENTOS M AIS CRIATIVOS E DE REFERÊNCIA , QUE EM CONJUNTO COM OS NOS S OS MEIOS HUM A NOS, FE Z DA PIXEL LIGHT UM E XEMPLO NO PA NOR A M A N ACION A L . TODOS OS CLIENTES E PA RCEIROS QUE NOS CONTACTA M TÊM SEMPRE O MELHOR ACONSELH A MENTO, DE FORM A A QUE P OS S A M USUFRUIR DA M AIS AVA NÇA DA TECNOLOGIA E CRIATIVIDA DE PA R A O SUCES S O DE TODOS.

TOPEVENTOS | SOUND LIGHTS AND MUCH MORE RITUAIS

CORROIOS | 211 361 213 | 919 412 954 | INFO@RITUAIS.PT | WWW.RITUAIS.PT "SE DESEJA EVENTOS MEMORÁVEIS. SE DESEJA CONTAR COM A CONFIANÇA DE UMA EQUIPA DEDICADA DE PROFISSIONAIS COM MUITA EXPERIÊNCIA. SE DESEJA UMA GAMA DE OFERTA DE ANIMAÇÃO, SOM, LUZ E PERFORMANCES. SE DESEJA A GARANTIA DE QUE O FOCO ESTÁ NOS RESULTADOS DA ACÇÃO E NA CONQUISTA DA SATISFAÇÃO DO SEU PÚBLICO, ENTÃO O SEU EVENTO É COM A RITUAIS."

PAREDE | 214 574 466 | 968 772 735 | GERAL@TOPEVENTOS.PT | WWW.TOPEVENTOS.PT " UM A EMPRES A DE EQUIPA MENTOS TÉCNICOS ( S OM , ILUMIN AÇÃO E OU TROS A P ONTA MENTOS TÉCNICOS ), ORGA NIZ AÇÃO E PRODUÇÃO DE E V ENTOS, COM UM A EQUIPA ORGA NIZ A DA , ESTÁV EL , CONFIA NTE E MUITO EFICA Z."

CATERING

AUDIOVISUAIS

IMPPACTO ‑ CATERING E EVENTOS

ALMADA | 212 962 365 | 937 200 350 | INFO@IMPPACTO.COM | WWW.IMPPACTO.COM "SOLUÇÕES GASTRONÓMICAS E DECORATIVAS CONTEMPORÂNEAS."

AUDIORENT SOLUÇÕES AUDIOVISUAIS

MAIA | 229 740 099 | 917 594 968 | GERAL@AUDIORENT.PT | WWW.AUDIORENT.PT “A AUDIORENT É UMA EMPRESA DE ÂMBITO NACIONAL, COM MARCA REGISTADA, ESPECIALIZADA NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS E NO ALUGUER DE MEIOS AUDIOVISUAIS PARA EVENTOS – CONGRESSOS, CONFERÊNCIAS, REUNIÕES, EXPOSIÇÕES, FEIRAS, ESPETÁCULOS, CONCERTOS... PROVIDENCIAMOS OS RECURSOS TÉCNICOS E HUMANOS EXIGIDOS, SENDO QUE, PARA AJUDARMOS A CONSTRUIR E A CRIAR VALOR A UM EVENTO, ANALISAMOS O PROJECTO COMO UM TODO, APRESENTAMOS SOLUÇÕES, EXECUTAMOS O SOLICITADO, E POR FIM, AVALIAMOS O RESULTADO”.

DESTINATION MANAGEMENT COMPANIES

XPTO EVENTS AND DMC

LOULÉ | 289 417 092 | 961 701 280 | ANABELA@XPTOEVENTS.COM | WWW.XPTOEVENTS.COM "DESENVOLVEMOS SOLUÇÕES INOVADORAS, CRIATIVAS E DINÂMICAS COM O OBJETIVO DE EXCEDER EXPECTATIVAS."

FX ROADLIGHTS

LOURES | 214 780 843 | GERAL@FX‑RL.COM.PT | WWW.FX‑RL.COM.PT "A LUZ DOS SEUS EVENTOS"

WWW.EVENTPOINT.PT


DIRECTÓRIO | DESTAQUES

ESPAÇOS MULTIUSOS

HOTÉIS

MEO ARENA

LISBOA | 218 918 409 | INFO@MEOARENA.PT | WWW.MEOARENA.PT "UM BENCHMARK NACIONAL EM ARENAS MULTIUSOS E ESPAÇOS PARA GRANDES EVENTOS, ESTE VENUE RECEBE UMA MÉDIA DE 80 EVENTOS POR ANO, DE DIFERENTES TIPOS, E PARA MAIS DE 400 MIL PESSOAS. DESDE CONCERTOS, ESPECTÁCULOS DE FAMÍLIA E EVENTOS DESPORTIVOS, ATÉ LANÇAMENTO DE PRODUTOS, REUNIÕES DE EMPRESAS NACIONAIS E INTERNACIONAIS, GRANDES CONVENÇÕES, FEIRAS E GALAS."

DOM PEDRO PALACE

LISBOA | 213 896 636 | COMERCIAL@DOMPEDRO.COM | WWW.DOMPEDRO.COM “RECONHECIDO PELA VASTA OFERTA DE SERVIÇOS PARA REUNIÕES DE NEGÓCIOS, ALIADO À EXCELENTE LOCALIZAÇÃO, O DOM PEDRO PALACE É UM LOCAL DE ELEIÇÃO PARA CONGRESSOS E EVENTOS”.

INSPIRA SANTA MARTA HOTEL

LISBOA | 210 440 900 | EVENTS@INSPIRAHOTELS.COM | WWW.INSPIRAHOTELS.COM “TODA A TRANQUILIDADE E CONFORTO DE QUE NECESSITA PARA OS SEUS MOMENTOS DE LAZER OU NEGÓCIOS”.

CENTRO DE CONGRESSOS E EXPOSIÇÕES DA ALFÂNDEGA PORTO | 223 403 000 | GERAL@CCALFANDEGAPORTO.COM | WWW.CCALFANDEGAPORTO.COM “MELHOR CENTRO DE CONGRESSOS DA EUROPA”.

ESTRUTURAS E ALUGUER DE MATERIAL

INTERCONTINENTAL LISBON

LISBOA | 213 818 728/700 | LISHA.SALES@IHG.COM | WWW.IHG.COM “ERGUENDO-SE NO CORAÇÃO DE LISBOA, O HOTEL OFERECE UMA EXCELENTE PANORÂMICA SOBRE O PARQUE EDUARDO VII E O RIO. ESTÃO DISPONÍVEIS 17 SALAS DE REUNIÃO MODULARES, CAPAZES DE ACOLHER EFICIENTEMENTE EVENTOS PARA ATÉ 450 PESSOAS”.

ALUGOCLIMA (AR‑CONDICIONADO)

ALDEIA DE PAIO PIRES | 212 549 550 | INFO@ALUGOCLIMA.COM | WWW.ALUGOCLIMA.COM "A TEMPERATURA CERTA PARA O SEU EVENTO."

PORTO PALÁCIO CONGRESS HOTEL & SPA MULTIARCO (AR‑CONDICIONADO)

LISBOA | 218 483 740 | INFO@MULTIARCO.PT | WWW.MULTIARCO.PT "ENQUANTO LÍDER NO MERCADO DE ALUGUER DE EQUIPAMENTOS DE AR CONDICIONADO E DE SOLUÇÕES PARA AQUECIMENTO, CRIÁMOS ESPECIFICAMENTE O SERVIÇO DE ALUGUER DE EQUIPAMENTOS, PARA RESPONDER ÀS NECESSIDADES DE CLIMATIZAÇÃO TEMPORÁRIAS, RESULTANTES DA ORGANIZAÇÃO DE FESTAS, ESPECTÁCULOS, CONGRESSOS, EVENTOS DESPORTIVOS, EXPOSIÇÕES, ENTRE OUTRAS. SEJA UMA TENDA, UM EDIFÍCIO HISTÓRICO, UM ARMAZÉM, UM CONTENTOR MONOBLOCO OU OUTRO ESPAÇO SEM CLIMATIZAÇÃO."

FOTOGRAFIA E VÍDEO

MINIFOTO

LISBOA | 217 567 330 | MINIFOTO@NETCABO.PT | WWW.MINIFOTO‑ESTUDIO.COM "REGISTAMOS O SEU SUCESSO!"

PORTO | 226 086 600 | SALES@PORTOPALACIOHOTEL.PT | WWW.HOTELPORTOPALACIO.COM “LOCALIZADO EM PLENA AVENIDA DA BOAVISTA, UMA DAS MAIS MOVIMENTADAS DA CIDADE, O PORTO PALÁCIO CONGRESS HOTEL & SPA OFERECE, ALÉM DOS MAIS REQUINTADOS SERVIÇOS DE ALOJAMENTO E BEM-ESTAR, UM CENTRO DE CONGRESSOS QUE É, SÓ POR SI, GARANTIA DE EVENTOS DE SUCESSO. COM UM ESPAÇO MULTIFUNCIONAL, EQUIPADO COM AS MAIS RECENTES TECNOLOGIAS E INSERIDO NUM AMBIENTADO PLENO DE CONFORTO E ADAPTABILIDADE, O CENTRO DE CONGRESSOS DO PORTO PALÁCIO DISPONIBILIZA 10 SALAS COM CAPACIDADE ATÉ 300 PESSOAS E A SALA PORTO, COM 600 LUGARES, SENDO O ESPAÇO IDEAL PARA REUNIÕES E EVENTOS QUE IRÃO FICAR NA MEMÓRIA DOS CLIENTES”.

ORGANIZADORES PROFISSIONAIS DE CONGRESSOS

FACTOR CHAVE

ALGÉS | 214 307 740 | CONGRESSOS@FACTORCHAVE.PT | WWW.FACTORCHAVE.COM "TRABALHAMOS EXCLUSIVAMENTE NO CAMPO DOS EVENTOS LIGADOS À SAÚDE. TRAZEMOS UMA EXPERIÊNCIA DE MAIS DE 14 ANOS NO PLANEAMENTO DE EVENTOS DE DIFERENTES TIPOLOGIAS E DIMENSÕES, COM ASSOCIAÇÕES MÉDICAS, GRUPOS DE INVESTIGAÇÃO, EMPRESAS FARMACÊUTICAS E DE EQUIPAMENTOS. O MARKETING É O ELEMENTO CENTRAL DO NOSSO TRABALHO, QUE REFLECTE SEMPRE PAIXÃO, ESTRATÉGIA, KNOW‑HOW, COMPETÊNCIA, IDEIAS ORIGINAIS E TALENTO."

WWW.EVENTPOINT.PT

65


DIRECTÓRIO | DESTAQUES

ORGANIZADORES DE EVENTOS

TECNOLOGIAS PARA EVENTOS

KIWISCREEN

ANIMAGEST

ALMADA | 212 549 880 | 932 549 880 | ANIMAGEST@ANIMAGEST.COM.PT | WWW.ANIMAGEST.COM.PT "A ANIMAGEST É UMA EMPRESA DE CONSULTORIA E GESTÃO DE ANIMAÇÃO COM 23 ANOS DE EXPERIÊNCIA COM UM SERVIÇO QUE TEM COMO OBJECTIVO PRINCIPAL SATISFAZER AS NECESSIDADES DOS SEUS CLIENTES, ATRAVÉS DA IMPLEMENTAÇÃO DE ESTRATÉGIAS, CONCRETIZADAS COM PRODUTOS ORIGINAIS, CRIATIVOS, DE QUALIDADE E EFICAZES, QUE POSSAM PROMOVER A AFETIVIDADE, A VISIBILIDADE E A NOTORIEDADE DESEJADAS."

DESAFIO GLOBAL

LINDA‑A‑VELHA | 214 149 550 | PEDRO.RODRIGUES@DESAFIOGLOBAL.PT | WWW.DESAFIOGLOBAL.PT "A DESAFIO GLOBAL GANHOU MAIS DE 100 PRÉMIOS NACIONAIS E ESTRANGEIROS, COM DESTAQUE PARA O DE MELHOR EMPRESA EUROPEIA DE EVENTOS NOS EUROPEAN BEST EVENT AWARDS. COM UMA ESTRUTURA QUALIFICADA DE COLABORADORES, COMBINA CRIATIVIDADE, COMUNICAÇÃO E LOGÍSTICA PARA A REALIZAÇÃO DE EVENTOS DE SUCESSO."

66

IMOTION - EVENTOS, MARKETING E COMUNICAÇÃO

OEIRAS | 932 816 646 | 210 122 060 | IMOTION@IMOTION.PT | WWW.IMOTION.PT “EVENTOS, MARKETING E COMUNICAÇÃO, TUDO INTEGRADO PARA REALIZAR TODO O TIPO DE EVENTOS, COM UMA EQUIPA DE PROFISSIONAIS ESPECIALIZADOS EM ENCONTRAR AS MELHORES SOLUÇÕES, AS MELHORES HISTÓRIAS, AS TENDÊNCIAS MAIS ACTUAIS. TRABALHAMOS COM RIGOR, EMPENHO, CONFIANÇA E QUALIDADE E TÃO PRÓXIMO DO CORAÇÃO... A NOSSA MISSÃO É GERAR VALOR E GARANTIR A EXCELÊNCIA DOS EVENTOS DOS NOSSOS CLIENTES, COM UMA EQUIPA MOTIVADA E ORGULHOSA DO QUE FAZ. SOMOS IMOTION. SOMOS SENTIR DIFERENTE!”

PORTO | 968 678 751 | INFO@KIWISCREEN.COM | WWW.KIWISCREEN.COM "É UMA PLATAFORMA TECNOLÓGICA QUE PERMITE TORNAR UM EVENTO NUM MOMENTO ÚNICO. JUNTANDO UMA SOLUÇÃO INOVADORA COM REDES SOCIAIS, PERMITE AOS PARTICIPANTES DO EVENTO INTERAGIR COM O MESMO DE UMA FORMA COMPLETAMENTE DIFERENTE."

TRANSPORTES

ANETOURS - AGÊNCIA DE VIAGENS E TURISMO MATOSINHOS | 229 942 667 | INFO@ANETOURS.PT | WWW.ANETOURS.PT “DESDE 1995 A OFERECER SERVIÇOS PERSONALIZADOS DE TRANSPORTE”.

OUTROS SERVIÇOS

TAPADA CREW

CARNAXIDE | 917 296 014 | TAPADA_CREW@YAHOO.COM | WWW.TAPADACREW.COM "UMA EMPRESA DE RECURSOS HUMANOS QUE OPERA NO MERCADO DESDE 1986 E QUE TEM COMO PRINCIPAL ACTIVIDADE A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS NA ÁREA DE MONTAGEM E ASSISTÊNCIA DE TODO O TIPO DE ESPECTÁCULOS, DESDE O MAIS PEQUENO AO MAIOR EVENTO."

OUTROS CONTACTOS ANIMAÇÃO ANIMAGEST

ALMADA | 212 549 880 | ANIMAGEST@ANIMAGEST.COM.PT | WWW.ANIMAGEST.COM.PT

CONCEPT 4 TALENTS

LISBOA | 213 940 242 | GERAL@CONCEPT4TALENTS.COM | WWW.CONCEPT4TALENTS.COM

N‑IMAGENS EVENTOS

LISBOA | 217 156 495 | N‑IMAGENS@N‑IMAGENS.PT | WWW.N‑IMAGENS.PT “TEMOS UMA IMAGEM A DEFENDER: A DA SUA EMPRESA!”

DJ SOFIA GIÃO

LISBOA | 912 272 926 | SOFIAGIAOSG@GMAIL.COM | WWW.DJSOFIAGIAO.COM

GRUPO SPIRIT

V.N. FAMALICÃO | 252 938 554 | INFO@GRUPO‑SPIRIT.COM | WWW.GRUPO‑SPIRIT.COM

MOVE IT

COVA DA PIEDADE | 212 581 980 | INFO@MOVEIT.PT | WWW.MOVEIT.PT

XPTO EVENTS AND DMC

LOULÉ | 289 417 092 | 961 701 280 | ANABELA@XPTOEVENTS.COM | WWW.XPTOEVENTS.COM "DESENVOLVEMOS SOLUÇÕES INOVADORAS, CRIATIVAS E DINÂMICAS COM O OBJETIVO DE EXCEDER EXPECTATIVAS."

RITMOS URBANOS

LISBOA | 210 168 452 | GERAL@RITMOSURBANOS.COM | WWW.RITMOSURBANOS.COM

WEE ‑ WORLD ENTERTAINMENT EVENTS

FAMALICÃO | 252 107 905 | HI@WEE‑EVENTS.COM | WWW.WEE‑EVENTS.COM

ANIMAÇÃO TURÍSTICA BIG TIME

FÁTIMA | 249 533 770 | JULIO.SANTOS@BIGTIME.PT | WWW.BIGTIME.PT

WWW.EVENTPOINT.PT


DIRECTÓRIO

RXF

CAMINHOS DA HISTÓRIA

SINTRA | 210 189 366 | GERAL@RXF.PT | WWW.RXF.PT

TOMAR | 916 298 183 | GERAL@CAMINHOSDAHISTORIA.COM | WWW.CAMINHOSDAHISTORIA.COM

SERVICE PACK

CAMPO AVENTURA

LEÇA DA PALMEIRA | 229 942 944 | GERAL@SERVICEPACK.PT | WWW.SERVICEPACK.PT

ÓBIDOS | 262 968 870 | GERAL@CAMPOAVENTURA.PT | WWW.CAMPOAVENTURA.PT

SMART CHOICE

EQUINÓCIO

LISBOA | 218 681 035 | GERAL@SMARTCHOICE.PT | WWW.SMARTCHOICE.PT

LISBOA | 210 155 139 | INFO@EQUINOCIO.COM | WWW.EQUINOCIO.COM

CATERING

MARGENS

BARROSINHAS | 234 648 571 | MARGENS@MARGENS.PT | WWW.MARGENS.PT

B HOLDING

ABÓBODA | 214 658 420 | GERAL@BHOLDING.COM.PT | WWW.BHOLDING.COM.PT

PORTUGAL GREEN WALKS

BRAGA | 936 077 462 | INFO@PORTUGALGREENWALKS.COM | WWW.PORTUGALGREENWALKS.COM

CASA DO MARQUÊS

LISBOA | 217 512 393 | CASADOMARQUES@CASADOMARQUES.PT | WWW.CASADOMARQUES.PT

ROTA DO FRESCO

VILA NOVA DA BARONIA | 284 475 413 | INFO@ROTADOFRESCO.COM | WWW.ROTADOFRESCO.COM

FOOD EVENTS NETWORK

LISBOA | 213 872 439 | 961 122 855 | GERAL@FOODEVENTSNETWORK.COM

RUSTITUR

ÉVORA | 266 978 043 | INFO@RTINGROUP.COM | WWW.RUSTITUR.COM

MOJITO BAR CATERING

PAÇO DE ARCOS | 919 186 029 | INFO@MOJITOBARCATERING.COM | WWW.MOJITOBARCATERING.COM

SAL

SETÚBAL | 265 227 685 | SAL@SAL.PT | WWW.SAL.PT

PALACE CATERING

PORTO | 707 502 220 | COMERCIAL@PALACECATERING.PT | WWW.PALACECATERING.PT

TOBOGÃ

VALONGO | 915 707 938 | INFO@TOBOGA.PT | WWW.TOBOGA.PT

TRÊS SÉCULOS

VILA NOVA DE GAIA | 223 742 800 | GENERAL.OFFICE@TRESSECULOS.PT | WWW.TRESSECULOS.PT

TURAVENTUR

ÉVORA | 266 743 134 | TURAVENTUR@TURAVENTUR.COM | WWW.TURAVENTUR.COM

CONTEÚDOS

VERTENTE NATURAL

OCUBO

SESIMBRA | 210 848 919 | INFO@VERTENTENATURAL.COM | WWW.VERTENTENATURAL.COM

LISBOA | 219 250 818 | INFO@OCUBO.COM | WWW.OCUBO.COM

ARTISTAS E ESPECTÁCULOS

WE ARE INTERACTIVE

LISBOA | 211 930 317 | INFO@WEARE.PT | WWW.WEARE.PT

EVERYTHING IS NEW

LISBOA | 213 933 770 | GERAL@EVERYTHINGISNEW.PT | WWW.EVERYTHINGISNEW.PT

MÚSICA NO CORAÇÃO

DESTINATION MANAGEMENT COMPANIES

LISBOA | 210 105 700 | MUSICANOCORACAO@MUSICANOCORACAO.PT | WWW.MUSICANOCORACAO.PT

PIC‑NIC PRODUÇÕES

PORTO | 222 082 624 | INFO@PICNICPRODUCOES.COM | WWW.PICNICPRODUCOES.COM

RITMOS

PAREDES DE COURA | 939 658 830 | RITMOS@RITMOS.BIZ | WWW.RITMOS.BIZ

RITMOS & BLUES

PAÇO D’ARCOS | 214 694 050 | INFO@RITMOSEBLUES.PT | WWW.RITMOSEBLUES.PT

UAU

LISBOA | 213 303 500 | UAU@UAU.PT | WWW.UAU.PT

AUDIOVISUAIS AUDINOVA

LEÇA DA PALMEIRA | 229 961 930 | GERAL@AUDINOVA.PT | WWW.AUDINOVA.PT

AUDIOMEIOS

VENDA DO PINHEIRO | 219 663 843 | GERAL@AUDIOMEIOS.PT | WWW.AUDIOMEIOS.PT

AVK

LISBOA | 219 413 530 | COMERCIAL@AVK.PT | WWW.AVK.PT

ELECTROAUDIO

S.DOMINGOS DE RANA | 214 531 223 | INFO@ELECTROAUDIO.NET | WWW.ELECTROAUDIO.NET

EUROLOGISTIX

VILAMOURA | 289 419 199 | COMERCIAL@EUROLOGISTIX.PT | WWW.EUROLOGISTIX.PT

FLYMEDIA

ABREU

LINDA‑A‑VELHA | 214 156 115 | DMCPORTUGAL.LISBON@ABREU.PT | WWW.DMCPORTUGAL.ABREU.PT

AIM GROUP INTERNATIONAL PORTUGAL

LISBOA | 213 245 041 | LISBON@AIMGROUP.EU | WWW.AIMGROUPINTERNATIONAL.COM

CITUR TRAVEL

LINDA‑A‑VELHA | 217 712 610 | LISBON@CITUR.PT | WWW.CITUR.PT

EVENTS BY TLC

LISBOA | 213 213 060 | EVENTS@TLC.PT | WWW.EVENTSBYTLC.COM

FORUM D’IDEIAS ‑ PCO & DMC

VILA NOGUEIRA DE AZEITÃO | 212 189 393 | INFO@FORUMDIDEIAS.COM | WWW.FORUMDIDEIAS.COM

IMAGINE MORE

LISBOA | 213 628 393 | ANA.TELO@IMAGINEMORE.PT | WWW.IMAGINEMORE.PT

ROSATOURS

FARO | 289 824 017| ROSATOURS@MAIL.TELEPAC.PT | WWW.ROSATOURS‑ONLINE.COM

THE HOUSE OF EVENTS

PORTO | 228 348 940 | INFO@THE.PT | WWW.THE.PT

TOP ATLÂNTICO DMC

LISBOA | 218 925 800 | TOPATLANTICO@TOPATLANTICO.COM | WWW.TOPATLANTICO.PT

TURANGRA

ANGRA DO HEROÍSMO | 295 401 515 | ANGRA@TURANGRA.COM | WWW.TURANGRA.COM

VEGA

LISBOA | 213 976 053 | VEGA@VEGA.PT | WWW.VEGA.PT

MATOSINHOS | 229 545 689 | FLYMEDIA@MAIL.TELEPAC.PT | WWW.FLYMEDIA.PT WWW.EVENTPOINT.PT

67


DIRECTÓRIO

ESPAÇOS MULTIUSOS

PORTO

AVEIRO

CAVES CALÉM ‑ SOGEVINUS FINE WINES

V. N. DE GAIA | 223 746 660 | TURISMO@SOGEVINUS.COM | WWW.CALEM.PT

EUROPARQUE

DOURO MARINA

SANTA MARIA DA FEIRA | 256 370 200 | INFO@EUROPARQUE.PT | WWW.EUROPARQUE.PT

VILA NOVA DE GAIA | 220 907 300 | 918 501 474 | INFO@DOUROMARINA.COM | WWW DOUROMARINA.COM

BRAGA

ESTÁDIO DO DRAGÃO

PORTO | 225 083 000 | PORTOESTADIO@FCPORTO.PT | WWW.FCPORTO.PT

MULTIUSOS DE GUIMARÃES

GUIMARÃES | 253 520 300 | MULTIUSOS@TEMPOLIVRE.PT | WWW.TEMPOLIVRE.PT

EXPONOR

MATOSINHOS | 229 981 400 | INFO@EXPONOR.PT | WWW.EXPONOR.PT

PARQUE DE EXPOSIÇÕES DE BRAGA

BRAGA | 253 208 230 | GERAL@INVESTBRAGA.COM | WWW.PEB.PT

FUNDAÇÃO DE SERRALVES CONGRESS CENTER PORTO | 226 156 500 | SERRALVES@SERRALVES.PT | WWW.SERRALVES.COM

COIMBRA

MOSTEIRO DE SÃO BENTO DA VITÓRIA

MOSTEIRO DE SANTA CLARA

PORTO | 223 401 900 | LARCHER@TNSJ.PT | WWW.TNSJ.PT

COIMBRA | 239 801 160 | SCVELHA@DRCC.PT

WORLD OF DISCOVERIES

FARO

PORTO | 220 439 770 | COMERCIAL@WORLDOFDISCOVERIES.COM | WWW.WORLDOFDISCOVERIES.COM

AUTÓDROMO INTERNACIONAL DO ALGARVE

PORTIMÃO | 282 405 600 | INFO@AUTODROMODOALGARVE.COM | WWW.AUTODROMODOALGARVE.COM

CENTRO DE CONGRESSOS DO ARADE

CNEMA

PORTIMÃO | 282 498 577 | INFO@CENTROCONGRESSOSARADE.COM | WWW.CENTROCONGRESSOSARADE.COM

PORTIMÃO ARENA

PORTIMÃO | 282 410 440 | PORTIMAO.ARENA@CM‑PORTIMAO.PT | WWW.CM‑PORTIMAO.PT

LEIRIA 68

EXPOSALÃO BATALHA

BATALHA | 244 769 480 | INFO@EXPOSALAO.PT | WWW.EXPOSALAO.PT

LISBOA CAMPO PEQUENO

LISBOA | 217 998 450 | GERAL@CAMPOPEQUENO.COM | WWW.CAMPOPEQUENO.COM

CASINO ESTORIL

ESTORIL | 214 667 700 | INFO.CESTORIL@ESTORIL.SOL.COM | WWW.CASINO‑ESTORIL.PT

CENTRO CULTURAL DE BELÉM

LISBOA | 213 612 697 | EVENTOS@CCB.PT | WWW.CCB.PT

CENTRO DE CONGRESSOS DE LISBOA LISBOA | 213 601 400 | LISBOACC@AIP.PT | WWW.LISBOACC.PT

CENTRO DE CONGRESSOS DO ESTORIL

ESTORIL | 214 647 571 | INFO@ESTORILCC.COM | WWW.ESTORILCC.COM

COLISEU DE LISBOA

LISBOA | 213 240 580 | MJOAO@COLISEULISBOA.COM | WWW.COLISEULISBOA.COM

CONVENTO DO BEATO

LISBOA | 210 109 923 | CONVENTODOBEATO@CEREALIS.PT | WWW.CONVENTODOBEATO.COM

ESTÁDIO DA LUZ ‑ BENFICA EVENTOS

LISBOA | 217 219 500 | BENFICAEVENTOS@SLBENFICA.PT | WWW.SLBENFICA.PT

FIL ‑ FEIRA INTERNACIONAL DE LISBOA LISBOA | 218 921 500 | FIL@AIP.PT | WWW.FIL.PT

PÁTIO DA GALÉ

LISBOA | ATL@VISITLISBOA.COM

SANTARÉM SANTARÉM | 243 300 300 | CENTRODECONGRESSOS@CNEMA.PT | WWW.CNEMA.PT

AÇORES AÇOR ARENA

VILA FRANCA DO CAMPO | 296 539 390 | ACORARENA@GMAIL.COM | ACORARENA2.WIX.COM/ACORARENA

MADEIRA CENTRO DE CONGRESSOS DA MADEIRA

FUNCHAL | 291 140 424 | CASINO.MADEIRA@PESTANA.COM | WWW.CASINODAMADEIRA.COM

ESTRUTURAS E ALUGUER DE MATERIAL ALL2RENT

LEÇA DA PALMEIRA | 229 958 058 | GERAL@ALL2RENT.PT | WWW. ALL2RENT.PT

ALUG’AQUI (LOUÇAS E TALHERES)

SINTRA | 219 108 003 | 219 241 860 | 961 327 951 | INFO@AAQUI.COM | WWW.AAQUI.COM

ANIMAGEST (ESTRUTURAS, MOBILIÁRIO E DECORAÇÃO)

ALMADA | 212 549 880 | 932 549 880 | ANIMAGEST@ANIMAGEST.COM.PT | WWW.ANIMAGEST.COM.PT

CBS (STANDS)

LOUSADA | 255 810 230 | GERAL@CBS.PT | WWW.CBS.PT

EUROPALCO (PALCOS E OUTRAS ESTRUTURAS) SINTRA | 219 605 520 | GERAL@EUROPALCO.PT | WWW.EUROPALCO.PT

EVIDÊNCIA DISPLAY (STANDS)

LISBOA | 214 603 620 | GERAL@EVIDENCIADISPLAY.COM | WWW.EVIDENCIADISPLAY.COM

FUTURDATA

PORTO E LISBOA | 229 427 715 | 210 920 645 | FUTURDATA@FUTURDATA.PT | WWW.FUTURDATA.PT

MODELSTAND (STANDS)

BRAGA | 253 300 320 | GERAL@MODELSTAND.PT | WWW.MODELSTAND.PT

MULTILEM ‑ BRAND NEW SPACES

AZAMBUJA | 263 400 010 | INFO@MULTILEM,PT | WWW.MULTILEM.PT

OPÇÃO GLOBAL (STANDS E OUTRAS ESTRUTURAS) AMADORA | 215 832 947 | INFO@OPCAOGLOBAL.PT | WWW.OPCAOGLOBAL.PT

WWW.EVENTPOINT.PT


DIRECTÓRIO

PEBÊ BRAND ENERGIZE (STANDS)

SALGADOS PALACE

PUBLIACÇÃO (ROAD‑SHOW)

SHERATON ALGARVE HOTEL & RESORT

SIRAM (PALCOS E OUTRAS ESTRUTURAS)

TIVOLI MARINA DE VILAMOURA

SPORMEX (STANDS)

LEIRIA

TERRUGEM | 219 188 720 | PEBE@PEBE.PT | WWW.PEBE.PT

ALBUFEIRA | 289 244 200 | BOOKINGS@NAUHOTELS.COM | WWW.NAUHOTELS.COM

ALMARGEM DO BISPO | 210 106 295 | GERAL@PUBLIACCAO.COM | WWW.PUBLIACCAO.COM

ALBUFEIRA | 289 500 100 | PINECLIFFS.RESERVATIONS@LUXURYCOLLECTION.COM | WWW.SHERATONALGARVE.COM

FUNCHAL | 291 281 185 | SIRAM@SIRAM.PT | WWW.SIRAM.COM

VILAMOURA | 289 303 303 | HTMARINAVILAMOURA@TIVOLIHOTELS.COM | WWW.TIVOLIHOTELS.COM

BRAGA | 253 673 689 | GERAL@SPORMEX.PT | WWW.SPORMEX.PT

MARRIOT PRAIA D’EL REY & BEACH RESORT

FORMAÇÃO

ÓBIDOS | 262 905 100 | INFO.PDR@MARRIOTT‑PDR.COM.PT | WWW.PRAIA‑DEL‑REY.COM

ESCOLA SUPERIOR DE HOTELARIA E TURISMO DO ESTORIL ESTORIL | 210 040 700 | ISABEL.SOUSA@ESHTE.PT | WWW.ESHTE.PT

LISBOA ALTIS GRAND HOTEL

ESCOLA SUPERIOR DE TURISMO E TECNOLOGIA DO MAR

LISBOA | 213 106 000 | GUESTSERVICEALTIS@ALTISHOTELS.COM | WWW.ALTISHOTELS.COM

PENICHE | 262 783 607 | ESTM@IPLEIRIA.PT | WWW.ESTM.IPLEIRIA.PT

CORINTHIA LISBOA HOTEL

RESTART

LISBOA | 217 236 363 | LISBON@CORINTHIA.COM | WWW.CORINTHIA.COM

LISBOA | 213 609 450 | INFO@RESTART.PT | WWW.RESTART.PT

EPIC SANA LISBOA HOTEL

FOTOGRAFIA E VÍDEO

LISBOA | 211 597 300 | INFO.LISBOA@EPIC.SANAHOTELS.COM | WWW.LISBOA.EPIC.SANAHOTELS.COM

DUBVIDEO

HOTEL CASCAIS MIRAGEM

FAVO STUDIO

HOTEL REAL VILLA ITÁLIA

HELLO MOVEMENT

MYRIAD BY SANA HOTELS

HOTÉIS

OLISSIPPO ORIENTE

LISBOA | 213 426 049 | INFO@DUBVIDEO.NET | WWW.DUBVIDEO.NET

CASCAIS | 210 060 600 | RESERVATIONS@CASCAISMIRAGE.COM | WWW.CASCAISMIRAGE.COM

PORTO | 225 024 082 | GERAL@FAVOSTUDIO.COM | WWW.FAVOSTUDIO.COM

CASCAIS | 210 966 000 | REALVILLAITALIA@HOTEISREAL.COM | WWW.GRANDEREALVILLAITALIA.REALHOTELSGROUP.COM

LISBOA | 969 978 984 | HELLOMOVEMENT@GMAIL.COM

LISBOA | 211 107 600 | INFO@MYRIAD.PT | WWW.MYRIAD.PT

LISBOA | 213 182 791 | SONIA.ABREU@OLISSIPPOHOTELS.COM | WWW.OLISSIPPOHOTELS.COM

AVEIRO

PALÁCIO ESTORIL

ESTORIL | 214 648 000 | INFO@HOTELESTORILPALACIO.PT | WWW.PALACIOESTORILHOTEL.COM

PALACE HOTEL BUSSACO

LUSO | 231 937 970 | BUSSACOPALACE@THEMAHOTELS.PT | WWW.ALMEIDAHOTELS.COM

PESTANA PALACE

LISBOA | 21 361 56 00 | GUEST@PESTANA.COM | WWW.PESTANA.COM

BRAGA

PORTO BAY LIBERDADE

MELIÃ BRAGA

LISBOA | 210 015 700 | PORTOBAYLIBERDADE@PORTOBAY.PT | WWW.PORTOBAY.COM

BRAGA | 253 144 000 | MELIA.BRAGA@MELIAPORTUGAL.COM | WWW.MELIABRAGA.COM

RITZ FOUR SEASONS HOTEL LISBOA

COIMBRA

LISBOA | 213 811 400 | FSH.LISBON@FOURSEASONS.COM | WWW.FOURSEASONS.COM/LISBON

HOTEL QUINTA DAS LÁGRIMAS

TRYP LISBOA AEROPORTO

HOTEL VILA GALÉ COIMBRA

VIP EXECUTIVE ART’S

ÉVORA

PORTO

VILA GALÉ ÉVORA

CROWNE PLAZA PORTO

FARO

INTERCONTINENTAL PALÁCIO DAS CARDOSAS

COIMBRA | 239 802 380 | RESERVAS@QUINTADASLAGRIMAS.PT | WWW.QUINTADASLAGRIMAS.PT

LISBOA | 218 425 000 | TRYP.LISBOA.AEROPORTO@MELIAPORTUGAL.COM | WWW.TRYPLISBOAAEROPORTO.COM

COIMBRA | 239 240 000 | COIMBRA@VILAGALE.PT | WWW.VILAGALE.PT

LISBOA | 210 020 400 | HOTELARTS@VIPHOTELS.COM | WWW.VIPHOTELS.COM

ÉVORA | 266 758 100 | EVORA@VILAGALE.COM | WWW.VILAGALE.COM

PORTO | 226 072 500 | OPOCP.INFO@IHG.COM | WWW.IHG.COM

PORTO | 220 035 600 | ICPORTO.INFO@IHG.COM | WWW.IHG.COM

CROWNE PLAZA HOTEL

NH COLLECTION PORTO BATALHA

VILAMOURA | 289 381 600 | GERAL@CPVILAMOURA.COM | WWW.CROWNEPLAZAVILAMOURA.COM

EPIC SANA ALGARVE HOTEL

PORTO | 227 660 600 | NHCOLLECTIONPORTOBATALHA@NH‑HOTELS.COM | WWW.NH‑HOTELES.PT

ALBUFEIRA | 289 104 300 | INFO.ALGARVE@EPIC.SANAHOTELS.COM | WWW.ALGARVE.EPIC.SANAHOTELS.COM

GRANDE REAL SANTA EULÁLIA

ALBUFEIRA | 289 598 000 | INFO.GRSE@GRANDEREAL.COM | WWW.REALHOTELSGROUP.COM

POUSADA DO FREIXO

PORTO | 225 311 000 | GUEST@POUSADAS.PT | WWW.POUSADAS.PT

SHERATON PORTO HOTEL & SPA

PORTO | 220 404 000 | SHERATON.PORTO@SHERATONPORTO.COM | WWW.SHERATONPORTO.COM

WWW.EVENTPOINT.PT

69


DIRECTÓRIO

THE YEATMAN

BEST EVENTS

VIANA DO CASTELO

BRIDGE – EVENTS AND ENTERTAINMENT

VILA NOVA DE GAIA | 220 133 100 | RESERVATIONS@THEYEATMAN.COM | WWW.THEYEATMAN.COM

BRAGA | 253 113 870 | INFO@BESTEVENTS.PT | WWW.BESTEVENTS.PT

PORTO | 226 167 050 | MAIL@BRIDGE2EMOTIONS.COM | WWW.BRIDGE2EMOTIONS.COM

AXIS VIANA ‑ BUSINESS & SPA HOTEL

FADUS ‑ SPECIAL EVENTS

VIANA DO CASTELO | 258 802 000 | RESERVAS@AXISVIANA.COM | WWW.AXISHOTEIS.COM

CASCAIS | 963 065 525 | 214 863 035 | JOAO.PESTANA@FADUS.PT | WWW.FADUSPECIALEVENTS.COM

VILA REAL

KRIAEVENTOS

LISBOA | 217 955 424 | KE@KRIAEVENTOS.PT | WWW.KRIAEVENTOS.PT

HOTEL CASINO CHAVES

CHAVES | 276 309 600 | HOTELCASINOCHAVES@SOLVERDE.PT | WWW.HOTELCASINOCHAVES.SOLVERDE.PT

THE VINTAGE HOUSE DOURO

PINHÃO | 254 730 230 | RESERVATIONS@VINTAGEHOUSEHOTEL.COM | WWW.VINTAGEHOUSEHOTEL.COM

VIDAGO PALACE HOTEL

LISBOA | 211 212 167 | GERAL@SFORI.COM | WWW.SFORI.COM

VISEU | 232 420 000 | MONTEBELOVISEU@MONTEBELOHOTELS.COM | WWW.MONTEBELOVISEU.PT

THE DREAMERY

LISBOA | INFO@THEDREAMERY.PT | WWW.THEDREAMERY.PT

SIX SENSES DOURO VALLEY

LAMEGO | 254 660 600 | RESERVATIONS‑DOUROVALLEY@SIXSENSES.COM | WWW.SIXSENSES.COM

UPPARTNER ‑COMUNICAÇÃO DE MARKETING

LISBOA | 210 410 100 | HELIO.SOARES@UPPARTNER.PT | WWW.UPPARTNER.PT

AÇORES

SAÚDE

HOTEL MARINA ATLÂNTICO

PONTA DELGADA | 296 307 900 | HOTELMARINAATLANTICO@BENSAUDE.PT | WWW.BENSAUDE.PT

CRUZ VERMELHA PORTUGUESA

LISBOA | 213 913 900 | SEDE@CRUZVERMELHA.ORG.PT | WWW.CRUZVERMELHA.PT

TERCEIRA MAR HOTEL

TERCEIRA | 295 402 280 | TERCEIRAMARHOTEL@BENSAUDE.PT WWW.BENSAUDE.PT

FEMÉDICA

BELAS | 211 975 723 | 912 190 431 | GERAL@FEMEDICA.PT | WWW.FEMEDICA.PT

MADEIRA

SEGURANÇA

BELMOND REID'S PALACE

FUNCHAL | 291 71 71 71 | RESERVATIONS.RDS@BELMOND.COM | WWW.BELMOND.COM

2045

MALVEIRA | 219 663 070 | GERAL@2045SA.PT | WWW.2045.PT

THE VINE HOTEL

FUNCHAL | 291 009 000 | RESERVATIONS@HOTELTHEVINE.COM | WWW.HOTELTHEVINE.COM

PROSEGUR

ORGANIZADORES PROFISSIONAIS DE CONGRESSOS

LEADING ‑ CONGRESS & ASSOCIATION MANAGEMENT LINDA‑A‑VELHA | 217 712 634 | LEADING@LEADING.PT | WWW.LEADING.PT

MUNDICONVENIUS

LISBOA | 213 155 135 | INFO@MUNDICONVENIUS.PT | WWW.MUNDICONVENIUS.PT

SKYROS

PORTO | 226 165 450 | SKYROS@SKYROS‑CONGRESSOS.COM | WWW.SKYROS‑CONGRESSOS.COM

THE HOUSE OF EVENTS

PORTO | 228 348 940 | INFO@THE.PT | WWW.THE.PT

ORGANIZADORES DE EVENTOS AA.COM

LISBOA | 211 929 707 | GERAL@AA‑COM.PT | WWW.AA‑COM.PT

ACTING OUT

LISBOA | 214 698 918 | GERAL@ACTINGOUT.IMPRESA.PT | WWW.ACTINGOUT.PT

LISBOA | 218 619 375 | GERAL@PMPEVENTOS.COM | WWW.PMPEVENTOS.COM

SFORI

MONTEBELO VISEU HOTEL & SPA

VILA NOGUEIRA DE AZEITÃO | 212 189 393 | INFO@FORUMDIDEIAS.COM | WWW.FORUMDIDEIAS.COM

PMP PRODUÇÕES

LISBOA | 213 839 600 | GERAL@PRESTIGIO.PT | WWW.PRESTIGIO.PT

VISEU

FORUM D’IDEIAS ‑ PCO & DMC

LISBOA | 211 583 021 | 937 442 524 | INFO@LINEUP.PT | WWW.LINEUP.PT

PRESTÍGIO

VIDAGO | 276 990 900 | RESERVATIONS@VIDAGOPALACE.COM | WWW.VIDAGOPALACEHOTEL.COM

70

LINEUP

LISBOA | 218 362 200 | GERAL@PROSEGUR.COM | WWW.PROSEGUR.PT

TECNOLOGIAS PARA EVENTOS EVENT SERVICES

VILA NOVA DE GAIA | 220 932 947 | INFO@EVENTSERVICES.PT | WWW.EVENTSERVICES.PT

FUTURDATA

VILA DO CONDE | 229 427 715 | FUTURDATA@FUTURDATA.PT | WWW.FUTURDATA.PT

MOBILITYNOW

LISBOA | 210 199 900 | INFO@MOBILITY.PT | WWW.MOBILITY.PT

TRANSPORTES DOURO AZUL

PORTO | 223 402 500 | RESERVAS@DOUROAZUL.COM | WWW.DOUROAZUL.PT

GRUPO BARRAQUEIRO

LISBOA | 217 511 900 | BARRAQUEIRO@BARRAQUEIRO.COM | WWW.BARRAQUEIRO.COM

OUTROS SERVIÇOS ASSER.BIZ GESTÃO DE INFORMAÇÃO

MATOSINHOS | 938 297 575 | CONHECER@@ASSERBIZ.COM | WWW.ASSERBIZ.COM

BULL INSURANCE

LISBOA | 218 522 183 | ASALVO@BULL‑INSURANCE.COM | WWW.BULL‑INSURANCE.COM WWW.EVENTPOINT.PT


71

WWW.EVENTPOINT.PT


72

WWW.EVENTPOINT.PT


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.