Event Point 22

Page 1

ANO VII NÚMERO 22 TRIMESTRAL JAN, FEV E MAR DE 2017 5,00 €

COOL SPONSORS

EUROPALCO COMEMORA 20 ANOS MERCADO OPTIMISTA PARA 2017 SOFT SKILLS: A IMPORTÂNCIA NOS EVENTOS


2

WWW.EVENTPOINT.PT



4

WWW.EVENTPOINT.PT

Ficha Técnica PROPRIETÁRIO Estação Livre, Comunicação Tel: 223 395 624 | info@eventpointinternational.com www.eventpoint.pt SEDE DA REDACÇÃO Rua da Fábrica Social, s/n 4000‑201 Porto | Portugal DIRECTOR Rui Ochôa [rui@eventpointinternational.com] EDITORA / DIRECTORA DE INFORMAÇÃO Cláudia Coutinho de Sousa [claudia@eventpointinternational.com] REDACÇÃO Maria João Leite [mj@eventpointinternational.com] Sara Marques [info@eventpointinternational.com] Raquel Madureira DIRECTOR COMERCIAL Filipe Silva [filipe@eventpointinternational.com]

Índice 06 Espaço APECATE 08 Espaço IPAM 10 Espaço APOREP 13 Empresas 18 Prémios 22 Darwin E Einstein Foram Os Dois A Um Evento..., por Neno Dutra e Pedro Eusébio 24 Destaque: Fresh Conference 26 O Futuro Continuará Nas Nossas Mãos!, por Filipa Oliveira

ASSISTENTE DE DIRECÇÃO Rita Costa CONSELHO CONSULTIVO Alexandra Torégão, Ana Fernandes, António Gouveia Santos, Isabel Amaral, João Luís Moita, João Paulo Oliveira, Joaquim Pires, Jorge Vinha da Silva, Maria José Alves, Nuno Pinto Magalhães, Paulo Campos Costa, Pedro Magalhães, Pedro Ribeiro, Pedro Rodrigues e Sandra Antunes.

28

Grande Entrevista: Pedro Magalhães

34

Dossiê Temático: Soft Skills

TRADUÇÕES Diana Reis Marques COLABORAM NESTA EDIÇÃO Filipa Oliveira, Maria do Carmo Rosa, Neno Dutra e Pedro Eusébio DESIGN Norma Design [geral@normadesign.com] FOTOGRAFIA DE CAPA Europalco FOTOGRAFIA Minifoto IMPRESSÃO Norprint ‑ a casa do livro Zona Industrial Alto da Cruz Rua das Artes Gráficas, nº 209 4780‑739 Santo Tirso | Portugal Nº REGISTO ERC 126066 DEPÓSITO LEGAL 330066/11 TIRAGEM 3.500 exemplares PERIODICIDADE Trimestral ESTATUTO EDITORIAL www.eventpointinternational.com/pt/content/18‑about‑us É estritamente proibida a reprodução parcial ou integral de textos ou ilustrações da Event Point. As informações contidas nos anúncios são da exclusiva responsabilidade dos anunciantes. Consequentemente, não podemos ser responsabilizados por qualquer informação incorrecta que se possa verificar.

38 Inquérito 44 A Importância dos Eventos para a Marca Lisboa, por Maria do Carmo Rosa 46 Venues 50 Incentivos 54 Food Inspiration 56 Consultório de Protocolo 58 Destino Internacional 62 Directório de empresas e serviços


CLÁUDIA COUTINHO DE SOUSA

RUI OCHÔA

Novo Ano, Novo Design E Formato Quando entramos no sétimo ano de publicação da Event Point, sentimos a necessidade de lhe apresentar a si, leitor, um novo design, mais moderno e arejado. Este novo arranjo gráfico vem acompanhado de um formato diferente, pouco comum entre os media portugueses. Esta nossa escolha prende‑se com uma preocupação que nos acompanha desde o início, oferecer uma publicação de qualidade, não abdicar do suporte papel, mas ao mesmo tempo fazer todos os possíveis por evitar desperdícios, nomeadamente de papel, um recurso precioso. Esperamos que goste destas mudanças, e que continue a acompanhar‑nos, seja aqui, online ou nos eventos a que estamos associados. Um bom exemplo desses eventos é o MEET@MEOARENA. Este ano trazemos a Portugal Kevin Jackson, director criativo e de inovação da agência britânica The Experience is the Marketing, para falar de “10 event trends that will make you succcessful in 2017”, e há muito mais que não vai querer perder. É já no próximo dia 21 de Março e pode comprar o seu bilhete em www.blueticket.pt. Neste número, o nosso grande entrevistado é Pedro Magalhães, a propósito dos 20 anos da Europalco. Trazemos‑lhe um estudo que fizemos a clientes do sector dos eventos sobre como vai ser este ano, na perspectiva deles, e pedimos a agências e fornecedores para comentarem. No dossiê temático exploramos as soft skills que interessam a quem trabalha em eventos. Finalmente, mudamos o nosso directório, incluindo agora apenas empresas destacadas. O objectivo é concentrar em breve todos os contactos que temos do sector numa ferramenta online, a que chamamos Connect.

Boas leituras, e até Junho.


ESPAÇO APECATE 6

WWW.EVENTPOINT.PT

“Contamos com as empresas do sector!”


Best European Destination For Best Event Awards! O Porto Eleito O Melhor Destino Europeu Em 2017! O Porto crescente em atractividade, mas sem nunca perder a sua identidade, e o seu carácter genuíno. Para mim, pessoalmente, um orgulho! Por sentir‑me da Cidade, e por sempre ter acreditado que é aqui que quero viver e trabalhar (mesmo com visitas constantes a Lisboa, onde se mantém a maioria do centro de decisão da nossa área de actividade!). E mais um motivo de orgulho, representar, através da APECATE, a organização dos EuBea nesta Cidade. Os Prémios dos Eventos terão como palco o Porto, entre 15 e 18 de Novembro de 2017. E a organização do evento na cidade em 2018 também está garantida! No 5º Congresso da APECATE, que decorreu no início de Fevereiro em Évora, um dos painéis foi dedicado à “Internacionalização e desenvolvimento de Negócio. Captação de Eventos”, sendo um dos convidados Manuel Macías, responsável do Sevilla Congress and Convention Bureau, que organizou os EuBea em 2014 e 2015. Entre as várias mensagens que deixou, sobre a importância do evento no posicionamento de Sevilha, na rota de projectos internacionais, destaca‑se a necessidade de sensibilizar todos os associados, e potenciais parceiros do evento em Portugal, para que encarem os EuBea como uma montra do destino perante centenas de organizadores de eventos de toda a Europa, incluindo muitos clientes de marcas importantes. E ainda a necessidade de juntar o esforço concertado de largas dezenas de empresas, entre agências, transportes, audiovisuais, catering, animação, etc., de modo a garantir o evento. Um desafio árduo, garantiu Manuel Macías, mas que deu frutos quase de imediato, não só para a cidade, como para os parceiros envolvidos. Neste momento a APECATE desenvolve também um conjunto de contactos, na procura de parceiros, não só que ajudem a financiar o evento, mas que possam ser intervenientes nos vários níveis da organização. Ao apoio financeiro do Turismo de Portugal e do Fundo de Captação de

Eventos, via Associação de Turismo do Porto, juntou‑se em Fevereiro a EDP como Sponsor Platina. Contamos, muito em breve, anunciar os restantes patrocinadores. Temos que garantir que estes prémios traduzem o que de melhor se faz em Portugal na área dos eventos e, para tal, as melhores empresas nacionais deverão estar no palco do projecto. Estamos a iniciar as fases de candidaturas para a produção do evento, a vários níveis, sendo a página da APECATE (www.apecate.pt), o espaço privilegiado para actualização da informação. Mas a concretização plena dos EuBea, para Portugal, também significa que mais empresas e mais eventos portugueses entrarão no concurso e terão oportunidade e capacidade de competir ao nível do que de melhor se faz na Europa e no Mundo (pela primeira vez os EuBea vão abrir as portas a projectos globais, pelo que haverá candidaturas de fora da Europa!) Um grande desafio para a APECATE e para toda a Indústria dos Eventos!

Nós já estamos em contagem decrescente para a organização no Porto dos Prémios Europeus dos Eventos – Os EuBea. Contamos com as empresas do sector! ANA FERNANDES VICE‑PRESIDENTE DA APECATE CEO EVENTORS’LAB


ESPAÇO IPAM 8

WWW.EVENTPOINT.PT

“... os saberes ser e estar fazem toda a diferença...”


O Lado Soft Do Gestor De Marketing Hoje em dia cada vez é mais relevante ter em conta as competências transversais, ou soft skills, para que os profissionais se destaquem no mercado de trabalho. Na realidade, não basta ser detentor de um conjunto de competências técnicas, específicas, referentes a uma actividade ou profissão, pois o mercado de trabalho “pede” e valoriza as outras competências, as soft skills. É certo que os três saberes, teóricos (saber), práticos (saber fazer) e saber ser ou estar, nunca foram tão valorizados e, para comprovar isso, basta analisar as ofertas de emprego, em geral, e na área do marketing em particular. Espírito empreendedor, dinamismo, orientação para o negócio, criatividade, resiliência, carisma, eloquência, boa capacidade de relacionamento interpessoal, polivalência, flexibilidade, capacidade de organização, capacidade de análise, método, rigor, capacidade de trabalho em equipa, capacidade de liderança, capacidade de resolução de problemas, excelente capacidade de comunicação, capacidade de planeamento, assertividade, organização e ritmo de trabalho, são algumas das competências transversais que poderemos encontrar, se analisarmos os perfis das profissões das áreas de Marketing e Comercial. Ora, na verdade estas competências podem e devem ser desenvolvidas, pois serão efectivamente as que marcarão a diferença, no local de trabalho. Foquemo‑nos apenas em duas destas competências, a capacidade de comunicação e a resiliência. No que diz respeito à capacidade de comunicação, partimos da origem da palavra, que deriva do latim “communicāre”, que significa “pôr em comum”, “dividir alguma coisa com alguém”. Na verdade, se não conseguimos transmitir a nossa ideia, dificilmente conseguiremos comunicar eficazmente com o nosso interlocutor e corremos o risco de a mensagem se perder, durante o processo, ou até mesmo ser enviesada. Não falamos apenas no obstáculo que poderá estar relacionado com a língua, mas sim com a proxémica da comunicação, com a forma de falar e de interagir, a parte não‑verbal, a linguagem corporal, que tão genuinamente transmite informação ao nosso interlocutor. Urge portanto estar atento à mensagem, mas também à forma de comunicação da mesma, tendo sempre em mente, o objectivo, o público, o processo e obviamente a mensagem que queremos transmitir. A preparação, o treino e, mais do que isso, o ajustamento da mensagem aos nossos interlocutores, é meio caminho andado para que a transmissão da mensagem seja bem‑sucedida. A outra competência é a resiliência, que pode ser definida como a capacidade de se superar, de recuperar de adversidades.1 Num mundo que se transforma a cada momento, numa profissão como a de gestor de marketing, que sofre diariamente a influência do avanço tecnológico, há que conseguir reagir, não ter medo de falhar, ser proactivo 1. "resiliência", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008 2013, https://www. priberam.pt/dlpo/resili%C3%AAncia [consultado em 22‑02‑2017].

e acima de tudo agir de forma positiva, conseguindo gerir as emoções, desenhar um caminho, uma nova estratégia, uma nova forma de ser ou estar. À resiliência alia‑se a criatividade e a inovação, a necessidade do ser humano de se reinventar, de ver além do óbvio e, para tal, libertar‑se das formas de fazer comuns, habituais. Numa perspectiva de eficácia, não conseguiu, tente de novo, invente‑se, crie e não desista. Preparar os profissionais de marketing, dotando‑os de competências técnicas, tornando‑os especialistas nos saberes da profissão é, sem dúvida, uma das competências dos estabelecimentos de ensino. Contudo, há que ter em mente que os saberes da profissão são abrangentes, são multidisciplinares e, portanto, há que criar condições, criar espaços e palcos de aprendizagem, momentos de experimentação, contactos com a realidade de trabalho, resolução de problemas “reais”, permitindo o desenvolvimento das soft skills, contribuindo activamente para a formação de profissionais mais completos, capazes de se adaptar à realidade empresarial, elevando o nível de qualidade do trabalho desenvolvido. Importa, portanto, reter que “há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já têm a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê‑la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.”2 O saber e o saber fazer são, sem dúvida, cruciais, mas os saberes ser e estar fazem toda a diferença no profissional de marketing e este é o foco que deve ser tido em conta no contexto académico, fazendo a aproximação com a realidade empresarial, antecipando, simulando e experienciando o mercado de trabalho. Compete‑nos a nós contribuir para a formação de profissionais globais, reinventando‑nos e criando novas formas de ser e de agir! 2. Citação de Fernando Teixeira Andrade (s/d), no livro “O medo, o maior gigante da Alma”.

CIDÁLIA NEVES Licenciada em Psicologia Social e do Trabalho, Mestre em Psicologia do Trabalho e Doutorada em Ciências Empresariais. Gestora de recursos humanos, coordenadora pedagógica e docente do IPAM, desde 2005. Tem vindo a desenvolver trabalhos de investigação na área de desenvolvimento de competências, formação e comportamento do consumidor, na área de luxo.


ESPAÇO APOREP 10

WWW.EVENTPOINT.PT

“O protocolo é factor de resolução de problemas e funciona como integrador das pessoas na Igreja.”


Francisco: Um Papa Que Modernizou O Cerimonial Do Vaticano O Papa Francisco virá a Portugal no próximo mês de Maio, mais precisamente a Fátima, como peregrino, para “ver a Senhora”, e não numa Visita de Estado. Isto não é inédito pois o Papa Paulo VI, em 1967, também visitou o Santuário de Fátima sem ser em Visita de Estado. O Cardeal Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente tinha afirmado que “se o Papa não vier a Lisboa, vai Lisboa a Fátima”, pelo que à sua chegada à base aérea de Monte Real, Sua Santidade deverá receber em privado os cumprimentos do Presidente da República e de outras entidades, iniciando de seguida a sua peregrinação. Por que se fala em Visita de Estado (ou não) quando nos referimos ao Sumo Pontífice? Situado no centro de Roma, o Estado da Cidade do Vaticano é um estado de direito internacional. Foi uma longa história a que levou ao reconhecimento, por parte do estado italiano, do território como independente e à configuração que resulta dos Pactos de Latrão, assinados entre a Itália e a Santa Sé no ano de 1929, e que garantem a sua soberania sobre o território. Assim, o Papa, além de ser Bispo de Roma e Sumo Pontífice, é também o Chefe de Estado do Vaticano, detendo os poderes executivo, legislativo e judicial.

Desde que foi eleito Papa, o Sumo Pontífice tem adaptado o pesado protocolo do Vaticano, modificando e inovando cerimoniais e regras, consciente dos seus gestos e simbolismos.

pessoas, criando uma relação de proximidade, em claro contraste com os seus antecessores. Como padre jesuíta, habituado a uma vida frugal e despojada, adaptou os símbolos papais (o anel, os sapatos ou a cadeira papal) a versões mais modestas, modificando a forma como se apresentam, mas não o seu fundamento. Noutras circunstâncias o protocolo foi intencionalmente alterado pelo Papa. O decreto da cerimónia do lava‑pés da Semana Santa, de 1955, indicava que o mesmo deveria ser feito a “doze homens” durante a Missa. Com este Papa, esse lava‑pés passou a ser feito aos “escolhidos entre o povo de Deus”, devendo incluir homens e mulheres representativos do seu povo. Também no que diz respeito aos cônjuges dos chefes de estado e de governo recebidos pelo Papa, e que não se encontram casados num regime reconhecido pela Igreja Católica, o protocolo foi alterado. No regime anterior, os cônjuges deveriam esperar numa outra sala, e só no fim das audiências dos chefes de estado ou de governo com o Papa o podiam cumprimentar. Agora podem estar presentes durante a audiência e aparecer na fotografia oficial. As mudanças do protocolo da Santa Sé vão ao encontro dos objectivos do Papa para a integração nos rituais da Igreja daqueles que se encontravam excluídos pelas mais variadas razões. Aqui, como noutras áreas, o protocolo é factor de resolução de problemas e funciona como integrador das pessoas na Igreja.

Numa entrevista ao El País salienta que “uma Igreja que não está próxima das pessoas não é uma Igreja”. Não muda o protocolo, mas sim o cerimonial para agir segundo o seu modo de ver, tocando, abraçando ou beijando as

DIRECÇÃO DA APOREP – ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE ESTUDOS DE PROTOCOLO

ISABEL NÉVOA TAVARES



EMPRESAS WWW.EVENTPOINT.PT

Fernando Santos “Cozinha simples, directa, que privilegia a qualidade dos produtos” Catering é também sinónimo de trabalho de equipa, e só na cozinha Fernando Santos coordena uma equipa de 30 pessoas, a que se juntam outras 20 ou 30, extra, nos locais onde fazem serviços. Percurso Nacional E Internacional

É assim que Fernando Santos, Chef Executivo da Silva Carvalho Catering, define o tipo de cozinha que gosta de desenvolver para esta marca do Grupo Ibersol. “Dispomos de todos os equipamentos necessários para obter bons resultados, nomeadamente a possibilidade de cozinhar a baixas temperaturas. O resultado é uma cozinha simples, directa, que privilegia a qualidade dos produtos”. Nem sempre é fácil, reconhece Fernando Santos, encontrar bons fornecedores, certificados, mas a opção dele é sempre pelos ingredientes em que Portugal mais se distingue, como o peixe fresco, da melhor qualidade. Bons legumes, bons azeites ajudam depois a compor pratos agradáveis, e consistentes. “Os produtos frescos são comprados no próprio dia ou na véspera, e todo o manuseamento e confecção são feitos de modo a garantir a segurança e higiene alimentar”, explica. O catering, porque pode implicar servir em simultâneo centenas ou milhares de pessoas, “é uma questão de método”, garante Fernando Santos. “De resto, conseguimos servir com a mesma qualidade com que servimos num restaurante”. Mas para que isto seja uma realidade, aliar quantidade e qualidade, o Chef Executivo da Silva Carvalho passa muitas horas numa cozinha‑laboratório, onde ele e três outras pessoas ensaiam, experimentam, testam, provam, até encontrar as melhores receitas.

Natural de Gondomar, Fernando Santos começou cedo a trabalhar no Restaurante e Confeitaria Cunha, um dos percursores do catering na cidade do Porto. Seguiram‑se passagens por diversos restaurante e hotéis, até que em 1994, com 23 anos, ingressa no Ipanema Park, um hotel de cinco estrelas também no Porto onde fica responsável por várias secções da cozinha. Sempre interessado em desenvolver e adquirir novos conhecimentos, faz cursos de formação de Cozinha e Pastelaria na Escola de Hotelaria e Turismo do Porto. Em 1998 assume a liderança das cozinhas do Centro de Congressos do Europarque. Já no Grupo Ibersol, lidera a cozinha do restaurante do Museu de Serralves durante dois anos. Actualmente é Chef Executivo do Grupo Ibersol, sendo responsável pelo desenvolvimento de produto e pela produção de catering. Nesta função tem experimentado correntes gastronómicas e conceitos diversos, destacando‑se a parceria com os irmãos Aberlaitz, no País Basco, proprietários do restaurante Zuberoa (duas estrelas Michelin), com o Grupo Lezama, proprietário de diversos restaurantes de cozinha de autor em Madrid e Málaga, e com os Chefs Michel da Costa e Fausto Airoldi. O resultado é um conceito muito próprio de cozinha, que Fernando Santos baseia nos “sabores tradicionais portugueses”, integrando apontamentos “de modernidade e originalidade”.

Silva Carvalho Catering Lisboa | Porto 707 503 305 comercial@sccatering.pt www.sccatering.pt

13



EMPRESAS WWW.EVENTPOINT.PT

O Recreio Tecnológico Da Spic SPIC são as iniciais de Sonha, Pensa, Imagina e Comunica. Uma empresa criada em 2007 que é hoje especialista em diversas soluções de comunicação digital para activações e experiências de marca, eventos, congressos e exposições. Estas soluções, suportadas por novas tecnologias, incorporam uma forte componente de investigação e desenvolvimento. Incluem, por exemplo, estruturas interactivas em suportes tácteis; projecção de hologramas, que permitem a visualização de conteúdo digital em tamanho real e com a possibilidade de interacção do público; controlo gestual 3D com sensores de profundidade tridimensional (interacção por movimento); visualização de conteúdos digitais 3D sem a utilização de óculos – ecrãs autoestereoscópicos; identificação (RFID / NFC / BLE); robótica; realidade aumentada; realidade virtual; e diversas aplicações para websites, mobile e campanhas de marketing digital para os social media. As soluções da SPIC já cativaram marcas como a Vodafone, Novabase, SIBS/Multibanco, EDP, Entidade Regional de Turismo do Algarve, Volkswagen, RTP, Heineken, Huawei ou Fidelidade. E as qualidades técnica e criativa têm sido reconhecidas nacional e internacionalmente através da atribuição de vários prémios.

Showroom Para poder mostrar todas as tecnologias em que está envolvida, a SPIC tem na sede, em Loulé, um showroom interactivo que combina tecnologia e design numa área singular, simultaneamente promocional e pedagógica. E onde se apresentam as últimas tecnologias em interfaces interactivos, suportes

digitais 3D, tecnologia de reconhecimento e instalações holográficas. Perante uma aposta significativa na investigação, a SPIC celebrou um consórcio de I&DT com a Universidade do Algarve, que complementa conhecimento, experiência, recursos técnicos e humanos. É sob esta parceria que actualmente a SPIC está a trabalhar no desenvolvimento de um sistema de Realidade Aumentada Sensorial, que explore os cinco sentidos humanos (visão, audição, tacto, olfacto e paladar). O acesso à investigação, a existência de uma equipa de desenvolvimento de produtos “altamente qualificada e criativa”, soluções que aliam “qualidade e inovação”, são os argumentos da SPIC para continuar a inovar e abrir novos mercados, também no sector dos eventos – mas não só.

SPIC – Creative Solutions Loulé 289 358 326 info@spic.pt www.spic.pt

15


EMPRESAS 16

WWW.EVENTPOINT.PT

Farol Hotel Eventos Inspiradores Há poucos hotéis em Portugal com uma atmosfera e uma localização tão inspiradoras como o Farol Hotel: literalmente em cima do Atlântico, junto à marina de Cascais. Concebido a partir do restauro e ampliação de uma mansão aristocrática do século XIX, transformou‑se num elegante boutique hotel de cinco estrelas. Situado no meio de um jardim tropical, não faltam a piscina de água salgada, e sempre, a partir de qualquer recanto, uma impressionante vista sobre o Oceano. Esta combinação entre classicismo e design contemporâneo é o cenário privilegiado para reuniões de trabalho, acções de team building, apresentações de eventos ou o lançamento de novos produtos. O ambiente acolhedor e descontraído fazem dele um retiro, um refúgio a apenas 20 minutos de Lisboa, e a poucas horas de distância das principais capitais europeias. O Farol Hotel, que pode ser alugado em exclusivo para um evento, dispõe de salas privadas com capacidade para grupos de 30 a 100 pessoas, wi‑fi e todas as restantes comodidades. No exterior, 400 m 2 de um terraço também ele privado, com vista para o mar, que pode acolher até 300 convidados para um evento temático, por exemplo. Os jardins e o espaço em torno da piscina, por sua vez, constituem o cenário apetecível para uma festa, aproveitando o belíssimo pôr‑do‑sol. O Hotel tem 33 quartos e suites, oito das quais foram decoradas por estilistas

como Ana Salazar, Fátima Lopes Miguel Vieira ou Manuel Alves & Manuel José Gonçalves. A pouca distância, a Penthouse, com ginásio, sala de massagens, estacionamento, mordomo e Chef 24 horas por dia, sete dias por semana, é outra das possibilidades para um evento exclusivo. Virados para o oceano, e totalmente envidraçados, os restaurantes do Farol, dirigidos pelos Chefs Hugo Silva e Nuande Pekel, homenageiam a cozinha mediterrânica, os sabores tradicionais portugueses e a gastronomia japonesa. O Farol Hotel, garantem os seus responsáveis, é isto e muito mais: “um deslumbrante cenário em cima do Atlântico, onde elegância e requinte se unem para criar um ambiente inspirador onde surgem as melhores ideias”.

Farol Hotel Cascais 214 823 490 events@farol.com.pt www.farol.com.pt


EMPRESAS WWW.EVENTPOINT.PT

Europarque Cidade dos Eventos A renovada imagem do Europarque, com a assinatura “Cidade dos Eventos”, corresponde a uma nova etapa na vida deste equipamento com mais de 20 anos de experiência no acolhimento e organização de eventos. Especial destaque merecem os eventos corporativos, para os quais dispõe de características únicas, seja pelas dimensões de palco, pela capacidade das salas ou pela envolvente exterior. Agora sob administração da Feira Viva, em Santa Maria da Feira, onde se situa, o Europarque apresenta‑se como um Centro de Congressos à medida das necessidades de cada cliente e de cada evento, instalado numa área total de mais de 50 hectares. Com uma gestão amplamente premiada na área da produção e organização de eventos, desde 2015 que o foco está no cliente e nos seus eventos, garantindo os melhores padrões de acolhimento. O Europarque beneficia ainda do facto de estar implantado numa área empresarial em crescimento e de clusters industriais relevantes nas áreas da saúde, educação e indústria alimentar. Os clientes do Europarque têm acesso a um conjunto de parcerias estratégicas em áreas como o catering, audiovisuais, logística, stands, transfers, hospedeiras, bilhética, entre muitos outros. Tudo isto está disponível junto a um dos mais importantes eixos viários do país, servido pela A1 e pela A29, e a apenas 20 minutos do Aeroporto Internacional do Porto. Em 2016 passaram por aqui 146260 visitantes, realizaram‑se 207 eventos, o que correspondeu a 346 dias de ocupação. Talvez esteja na altura de vir à Cidade dos Eventos.

Factos & Números Auditório de 1400 lugares | Concha acústica, ciclorama e fosso de orquestra Pavilhão de 7200m2 | Cais de cargas e descargas TIR Heliporto 2000 lugares de estacionamento | 80 lugares de autocarro | 80 lugares VIP Salas de reunião: 36m2 a 1022m2 | Flexíveis e comunicantes 5km de corredores técnicos 25 hectares de jardins 1 lago e 1 rio Wi‑Fi com cobertura total 50 régies e cabines de tradução simultânea | Salas e pavilhões

Europarque 256 370200 info@europarque.pt www.europarque.pt www.facebook.com/Europarque/

17


PRÉMIOS 18

WWW.EVENTPOINT.PT


Eventex Fala Português Dia 24 de Janeiro foi um dia muito especial para o município de Santa Maria da Feira. Em Dublin, a Viagem Medieval a Terra de Santa Maria arrecadava o Prémio Eventex de Melhor Evento Cultural, e o segundo prémio na categoria de Melhor Evento. Vamos conhecer o top 3 dos Prémios Eventex.

Verva Street Racing Quando um evento é realizado todos os anos no mesmo espaço, a necessidade de reinvenção da fórmula acentua‑se. Com isso em mente, os organizadores da Verva Street Racing, que decorre no PGE National Stadium, em Varsóvia, decidiram reformular este festival dedicado aos automóveis, introduzindo novos elementos de animação e entretenimento. O evento tinha dois elementos‑macro: uma zona estática, em que os visitantes podiam estar em contacto com os

mais de 600 veículos presentes, podiam assistir a concertos e aproveitar outras atracções preparadas; e uma zona dinâmica, com uma pista, construída de raiz para o evento, onde os pilotos mostravam as suas proezas ao volante. O maior desafio para a organização foi produzir tudo em dois meses e meio, quando nos anos anteriores tiveram oito meses de preparação. A segurança foi igualmente uma grande preocupação dos organizadores.


20

WWW.EVENTPOINT.PT

Viagem Medieval A Terra De Santa Maria Durante 12 dias, o centro histórico da cidade viaja até à Idade Média e recria alguns dos episódios mais importantes da história de Portugal. Com este evento, a Câmara pretende promover a região como palco de experiências inesquecíveis, desenvolver o comércio, potenciar as qualidades criativas da população nos campos do teatro, música e dança, promover o orgulho na comunidade. Cada edição começa a ser preparada com um ano de antecedência. Nos 33 hectares do Centro Histórico ocupados pelo evento há dezenas de actividades medievais a conferir. Mais de 50 mil visitantes rumam por dia (e são 12 dias) a Santa Maria da Feira, muitos provenientes da vizinha Espanha. O rigor histórico é uma das principais preocupações da organização, sendo a cenografia e as performances adaptadas ao período que está a ser retratado. O envolvimento popular é muito significativo. Este prémio internacional é fruto da estratégia da Câmara Municipal de expandir o âmbito dos eventos que se realizam na cidade, conforme nos contou Gil Ferreira, vereador do município. E é ainda “uma estratégia que coloca a cultura como eixo fundamental de desenvolvimento. É uma estratégia de duas décadas, e que hoje permitiu o posicionamento de Santa Maria da Feira no mundo e trazer mais mundo a Santa Maria da Feira”. O mérito, no entender do vereador, é de todos os feirenses que têm contribuído para a afirmação do cluster de grandes eventos internacionais.

BWT Water Live Para assinalar o 25º aniversário da BWT, a empresa promoveu três dias de evento na Áustria para cerca de 600 parceiros e clientes de 32 países. O mote para as celebrações foi “For you and Planet Blue" e foi a partir daqui desenvolvido o conceito do evento, tendo a água como o elemento mais importante. Foi instalada uma cascata interactiva que deu dinâmica, cor e movimento ao espaço do evento e que deixou os convidados verdadeiramente espantados. Quando estes chegavam ao evento, eram fotografados e os registos foram usados para construir o logo da empresa, para surpresa geral. O espectáculo da gala intitulou‑se “Cirque de l'Eau", um projecto multimédia combinado com uma performance na água.

Gil Ferreira Distinguido Na Gala Dos Eventos Em Lisboa, no mesmo dia dos Prémios Eventex, o Imaginarius – Festival Internacional de Teatro de Rua, vencia, na Gala dos Eventos, a categoria de Melhor Evento Cultural e Artístico. Na mesma cerimónia, Gil Ferreira, vereador da cultura do município era reconhecido como personalidade do ano. O autarca não escondeu a surpresa pelo prémio. “É um acréscimo de responsabilidade no desempenho das minhas funções, que encaro como uma missão. Sou o rosto que recebe o prémio, mas o mérito é de uma grande equipa”.


EMPRESAS WWW.EVENTPOINT.PT

Planeie, Organize E Execute O Seu Evento Passo 1: Planear. O site do evento, os tipos de inscrição, sessões e programa, formulário personalizado, bilhetes, serviços e actividades e, finalmente, os pagamentos. Passo 2: Gerir. Abstracts, listagens personalizadas, inscrições/ lotes, newsletter e SMS, ocupações e alojamento. Passo 3: Valorizar. Localização, suporte, controlo de acessos, segurança, sondagens e certificados. Passo 4: Seguir. Crachás, secretariado, estatísticas e gráficos, suporte a equipas, balanço e auditoria. Estes quatro passos são fundamentais para o sucesso do seu evento, e em todos eles tem a companhia da Eventservices, uma empresa prestadora de serviços de suporte, com vários anos de experiência, focada em plataformas de gestão online, soluções tecnológicas e aluguer de material. Entre as tecnologias disponíveis estão, por exemplo, a produção de crachás, o software de secretariado, o controlo de acessos, os kiosks interactivos para, entre outras coisas, imprimir certificados de presença, a contagem de

pessoas, a contagem de tempo, a impressão de programas e as apps. Apesar de manter uma oferta tradicional, com técnicos seus que se deslocam para dar apoio, a Eventservices tem desenvolvido continuamente soluções bem mais flexíveis, chave‑na‑mão, que conferem ao cliente total autonomia. Basta escolher as soluções de que precisa em cada evento, e, esteja em que ponto do país estiver, vai receber o kit completo, pronto a instalar, devidamente preparado pela Eventservices. A decisão é sua.

Eventservices Vila Nova de Gaia 919 328 195 info@eventservices.pt www.eventservices.pt

21


OPINIÃO 22

WWW.EVENTPOINT.PT

“A verdade é que desafiamos deficientemente o status quo do tempo que nos governa.”


Darwin E Einstein Foram Os Dois A Um Evento... A habilidade de fabricar ferramentas, de usar o fogo, de produzir roupas ou abrigos foram alguns dos ponto‑chave da nossa ascendência como espécie, mas terá sido o papel da comunicação verbal que permitiu o desenvolvimento exponencial destas e de outras capacidades. O aperfeiçoamento de muitas operações que nos fizeram atravessar as “Idades” só foi possível através desse “superpoder” chamado palavra. A passagem de conhecimento, a sua discussão e desenvolvimento, tornou‑nos seres superiores ao tempo da nossa evolução natural. Deixámos de depender de mutações e criámos a nossa própria selecção, criando o nosso próprio tempo. Hoje, a complexidade do que somos e fazemos acelera drasticamente e a comunicação mantém‑se no centro, sendo que os “eventos”, como espaços de comunicação, evoluem tal qual todas as outras centenas de suportes ou protocolos verbais com que interagimos. Desde o briefing até à materialização, desde a criatividade ao ROI, um evento é um veículo de ideias, mensagens e coordenação de objectivos. Ganhou densidade, tornando‑se cada vez mais multidisciplinar, multiplataforma, agregador de suportes, ponto de partida e de chegada de várias aspirações. Estes fluxos de necessidades comunicacionais têm a particularidade de confluir num momento preciso e, embora mais efémeros do ponto de vista formal, requerem uma sincronização invulgar de emoções e logística, o que nem sempre é fácil de antecipar a partir de cronogramas e guiões, que tentam acima de tudo ajustar os recursos à maquiavélica arte de gerir expectativas. O “tempo” dos eventos é cada vez mais um mapa de várias partituras, vários instrumentos, que num cenário ideal funcionará como uma orquestra, de múltiplas “comunicações” que operam “no seu tempo” e obedecendo a uma coordenação completamente transversal. Paradoxalmente, a nossa aptidão de acelerar o tempo faz com que o tenhamos cada vez menos como aliado e retiramos continuamente importância a espaços fundamentais para dialogar, reflectir, experimentar e inovar. Este apetite devorador pelo imediato encaixa milimetricamente no modelo pré‑preparado do império do know‑how, em flash‑thinking. Existe, de facto, uma assunção pré‑concebida de que determinada pessoa ou empresa reúne, à partida e de forma hiperconsciente, tudo o que precisa para que em poucas horas consiga construir um projecto que cumpre fielmente na resposta a necessidades cada vez menos diagnosticadas ou menos imersas em verdadeiras culturas de identidade. A formatação, o modelo, o “preparado” é uma forma de responder a prazos mais exigentes, mas também

é a solução menos criativa e menos eficaz. Dificilmente um cliente idealizará esta opção, dificilmente muitos dos timings disponíveis permitirão qualquer outra. Ganha‑se tempo? Sim. Mas de que serviu a "poupança"? Parece contraproducente (e é), mas queremos comunicar cada vez mais e melhor, encontrando cada vez menos espaço para arquitectar ou planear esse acréscimo. A verdade é que desafiamos deficientemente o status quo do tempo que nos governa. Assinalamos o problema. Registamos a falha. Constatamos o resultado. E arquivamos.

“Se não há solução, não há problema” é o chavão do pós‑pós‑pós‑modernismo. Mas enquanto revisitamos a nossa própria versão colectiva de Chaplin a apertar porcas e parafusos, escapa‑nos enquanto espécie, que se temos engenho para acelerar, haverá certamente por aí escondida, num recanto qualquer da nossa espectacular inventividade, um botão que desacelere o nosso amigo Chronos, quiçá até de forma “inteligente”, mais eficiente, mais rentável, para que ganhemos o nosso tempo. O tempo necessário para que consigamos partilhar de forma mais organizada o imenso talento que temos em criar algo que nos marque, que nos estimule, motive e faça sentir vivos.

NENO DUTRA E PEDRO EUSÉBIO São dois "evolucionistas" a realizar funções de Direcção Criativa na empresa Desafio Global.


DESTAQUE 24

WWW.EVENTPOINT.PT


Fresh: Cinco Cidades Em Simultâneo A conferência FRESH, organizada anualmente pelo Meeting Design Institute, dirigido por Maarten Vanneste, adoptou este ano um modelo híbrido, acontecendo em cinco cidades europeias em simultâneo, incluindo Lisboa. De 16 a 17 de Janeiro, e além da capital portuguesa, estiveram conectadas outras quatro cidades, Londres (Inglaterra), Bruxelas (Bélgica), Haia (Holanda) e Torun (Polónia). Em cada uma delas um grupo de participantes, e entre todas elas um sortido de equipamentos, essencialmente audiovisuais, que, juntamente com um bom sinal de wi‑fi, tornaram possível, e interessante, este modelo de reunião. No hub principal estava um moderador, e em cada um dos outros hubs um facilitador, incluindo a portuguesa Linda Pereira, em Lisboa. Aliás, estas duas figuras, de moderador e facilitador, parecem ainda mais importantes num evento organizado desta forma, para garantir que não se perde o foco nem o ritmo. O programa era comum, excepto naqueles momentos em que, organizados por grupos, os participantes discutiam determinados temas para depois partilhar ideias, sugestões, com todos os outros. Isto significa que o networking está muito limitado ao grupo presente em cada hub, mas aí, porque o número de pessoas é inferior, ele pode ser mais eficaz. Houve também quem optasse por viajar até um dos outros hubs para conhecer pessoas diferentes, algo que se traduz, por exemplo, nas treze nacionalidades presentes nas cinco cidades ligadas pela FRESH. Em termos de espaços, é certo que cinco venues representam custos acrescidos. Mas nem sempre. O caso de Torun é paradigmático, porque foi apoiado pelo município, e recebeu ampla cobertura mediática, com a imprensa local, incluindo duas televisões, a acompanhar o evento. Desse ponto de vista, a FRESH colocou literalmente Torun no mapa.

Quanto a audiovisuais, cada hub precisa no mínimo de um técnico e o equipamento cabe numa única mala de viagem. Deveras impressionante, mas é mesmo assim. Depois, importa garantir um bom wi‑fi, com largura de banda suficiente. Caso contrário a experiência pode tornar‑se facilmente numa frustração. No caso da FRESH tudo decorreu sem sobressaltos, tirando coisas menores como alguém esquecer‑se de ligar o microfone.

Veredicto Este formato não será para todos os eventos, e tem algumas limitações. Se os hubs estiverem separados por vários fusos horários, pode revelar‑se impossível harmonizar um programa comum. Por outro lado, se não precisar de deslocar pessoas do mundo inteiro para um único ponto, os ganhos podem ser significativos. A FRESH demonstrou que é possível criar, desta forma, envolvimento e uma experiência positiva. O mais importante continua a ser o que é válido para eventos num único espaço: conteúdos relevantes, disponibilizados por bons oradores. A FRESH, por sua vez, cumpriu o objectivo para que foi criada: dar a oportunidade aos organizadores de eventos de testarem novos formatos e ferramentas que possam aplicar depois nos eventos dos seus clientes.


OPINIÃO 26

WWW.EVENTPOINT.PT

O Futuro Continuará Nas Nossas Mãos!


Passada a edição da CES de 2017, é tempo de respirar fundo e abraçar as novidades. Entre computadores e smartphones, câmaras, os já conhecidos drones, até aos robots – a ideia de um mundo definido sob o olhar atento da tecnologia já esteve mais longe. Aliás, hoje em dia, a percepção é exactamente essa, e imaginar a vida sem a presença da tecnologia torna‑se cada vez mais impossível. Na área dos eventos, em particular, ainda não foram desenvolvidas tecnologias que permitam dispensar o cérebro humano, em prol de um sistema de inteligência artificial. Isto porque o universo dos eventos é muitas vezes imprevisível e exige uma capacidade de reacção imediata; além disso, a experiência que pode até ser simulada através de um histórico não assegura um resultado rápido e eficaz, quando comparada à resiliência humana em situações de maior pressão e exigência. Esta ideia pode mudar nos próximos tempos, com o rápido e profundo avanço da tecnologia. Devemos temer e querer atrasar esse dia? Creio que não. Unicamente por acreditar que todo o ser humano se deve servir das inovações tecnológicas como plataformas e aplicações, por forma a optimizar a execução de algumas tarefas. No entanto, na prática, o Homem dificilmente será substituído em funções mais complexas. A criatividade humana, o julgamento subjectivo, a ginástica mental, o plano B, C e D em carteira, a capacidade para activar as decisões e correcções do alinhamento à milésima de segundo, de um espectáculo live onde a luz, o som, a projecção, a imersão e a interacção não podem falhar. Neste campo, não há máquina suficientemente desenvolvida com capacidade de julgamento e análise. A gamificação, os hologramas e a realidade imersiva fazem já parte do novo paradigma dos eventos, mas hoje torna‑se fundamental procurar, além do virtual, a experiência do real, de forma cada vez mais autêntica e personalizada. Num tempo em que as distracções são tantas, o desafio é esse mesmo: estimular a vontade em cada um de ser continuamente desafiado pela percepção sensorial, de tudo o que nos rodeia. E em rigor da verdade, essa necessidade tem vindo a aumentar, com a proximidade dos padrões tecnológicos – o desejo de viver de uma forma natural e a valorização de uma vida real, despida de artifícios e maquiagem. O "raro, o real e o visceral" serão valores privilegiados, e aqueles que podem fornecer experiências autênticas permanecerão estimados por outros seres humanos. Se a missão dos eventos consiste muitas vezes em aproximar as marcas dos seus públicos, em eventos de massas e de grande escala, hoje a missão é mais ambiciosa ‑ passa por humanizar cada vez mais as marcas, mostrá‑las tangíveis e promovê‑las de uma forma mais próxima e simultaneamente única. Em eventos, a tendência é a de criar experiências imersivas que apelam aos desejos dos participantes. A mensagem passa por todo o evento,

touch‑see‑taste&feel e o melhor resultado é exactamente deixar a percepção de que a marca é capaz de se conectar com cada um de uma forma muito pessoal, reconhecendo os seus desejos e ambições. Pequenos eventos de nichos e subgrupos começarão a ganhar mais ímpeto, já que oferecem a quem participa o conforto e uma proximidade maior com o grupo, o que torna as actividades mais autênticas e pessoais. O desafio de libertar os convidados durante o evento dos seus smartphones é também algo a valorizar, já que sabemos que passam muito do seu tempo concentrados nos smartphones, tablets, PCs... As tecnologias heads up cumprem esta função! Há que pensar e desenhar soluções e aplicações que os façam erguer as cabeças dos seus telefones, largando as redes sociais para participar num jogo interactivo com os restantes presentes na sala, usar o seu telefone como o controlador da dinâmica ou até no microfone do evento... Activações diferentes com os interfaces que hoje ninguém larga impõem‑se, uma tendência que devemos perseguir. O sucesso dos eventos depende não só da imaginação, da audácia, da proposta de novas combinações mas também do domínio dos procedimentos, das ferramentas e técnicas aos dispor, que nos libertam energia para novas construções, reconstruções e transformação da nossa realidade. A criatividade sim, é crucial. Na relação de pessoas com pessoas. Na experiência das pessoas com as marcas. Por isso, sejam audazes! Dominem e mostrem saber quem é o cliente do vosso cliente. Onde está, de que gosta, o que procura, o que segue, o que comenta, onde se envolve... Desafiem as marcas. Desafiem o cliente. Insistam na resposta, no feedback, na justificação. Mostrem caminhos distantes do normal e do mais comum. Juntem risco à equação! Procuram‑se espíritos indisciplinados que tornem o desafio constante e a exigência maior. E, dessa forma, o futuro dos eventos continua nas nossas mãos!

FILIPA OLIVEIRA DIRECTORA DA RESTART PORTO Licenciada em Psicologia Organizacional pela Universidade Lusíada e doutoranda em Organizações pela Universidade de Cádiz. Tem um percurso de vários anos nas áreas de marketing, comunicação, eventos e criatividade. Passou por importantes agências como a Realizar, onde geriu vários projectos e organizou diversos eventos nacionais e internacionais. Antes de assumir a direcção da Restart trabalhou ainda na Sonae.


GRANDE ENTREVISTA 28

WWW.EVENTPOINT.PT

“Quebramos regras.”


Não Há Impossíveis Para A Europalco No ano que marca os 20 anos da Europalco, estivemos à conversa com Pedro Magalhães, no Intercontinental do Estoril. Na agenda, repassamos o percurso desta empresa, olhamos para o mercado e para o futuro do sector. A Europalco cumpre 20 anos. Como nasceu este projecto? Nasce de uma brincadeira, que de ano para ano se tornou mais séria. Já trabalho nesta área desde os 16 anos, e por isso já são 30 anos de profissão. Não sei fazer mais nada, apenas isto. (Risos).

Cresceram em 2016, como vê agora o sector? A grande preocupação, ano após ano, é fazer igual, ou melhor. A Europalco tem crescido todos os anos. O ano em que tinha crescido mais foi 2011. Este [2016] bateu os recordes todos: crescemos 48%.

Qual foi a melhor decisão que tomou nestes 20 anos? A Europalco começou como uma empresa de estrada, que dava o apoio técnico às bandas. A melhor decisão que tomamos foi quando reconhecemos que tínhamos que evoluir e dar uma oferta completa ao cliente. Quando houve esta percepção, a capacidade de torná‑la real foi a chave para o sucesso. O país é muito pequeno, não é como o mercado estrangeiro, onde as empresas se especializam numa área. Em Portugal temos que ter uma oferta muito global. Provavelmente, essa terá sido a melhor decisão no negócio.

Como se explica crescer em 2011, em plena crise? Mantiveram os investimentos? Acho que temos tido alguma sorte, temos investido nas coisas certas. Não têm havido flops e isso também ajuda muito. Em 2010 e 2011 estávamos no pico da crise e nunca houve uma preocupação interna de desinvestimento. Mantivemo‑nos sempre com a mesma postura, procurando manter o nível de serviço. Damos muita atenção ao serviço e é a esse nível que temos de nos distinguir. Toda a gente tem acesso aos equipamentos e por isso fazemos um grande investimento na formação das pessoas. E damos grande atenção à forma como as pessoas são remuneradas. A Europalco distribui, todos os anos, 10% dos seus resultados pelos colaboradores.

Neste percurso, quais foram os desafios mais importantes da vida da Europalco? Passamos por um período de muito agitação na tecnologia e a Europalco soube sempre acompanhar muito bem essas evoluções. Este é um negócio difícil, a evolução é constante e nós, ou temos capacidade de acompanhar essa velocidade, ou temos a capacidade de fazer diferente. Acho que a Europalco teve a felicidade de conseguir ambas as coisas. Por outro lado, as pessoas dentro da organização estão também preparadas e sensibilizadas para o facto de estarmos numa actividade que todos os dias muda.

Como é que encara este crescimento de 2016? É assustador. Mas a preocupação é sempre o próximo ano. Nessa perspectiva avançaram o processo de internacionalização... Começou antes. Este é o terceiro ano em que estamos com este projecto. Claro que alguns resultados estão já à vista. O mercado internacional, não sendo a maior fatia, representa já uma percentagem assinalável, uma sétima parte da facturação.


30

WWW.EVENTPOINT.PT

Que tipo de pessoas quer a trabalhar consigo? Que tipo de competências são fundamentais? Até aqui, nunca houve uma procura por pessoas com aptidões específicas. Dávamos, e continuamos a dar, muito valor à atitude. E formávamos as pessoas internamente. Neste momento, há uma necessidade de profissionalizar a empresa. Neste momento, a Europalco vai à procura de profissionais muito relacionados com gestão. E é fácil ir buscá‑los ao mercado? Temos uma empresa de recrutamento de que nos ajuda a encontrá‑las. Mas em relação à parte técnica, por exemplo, a formação que existe em Portugal responde às vossas necessidades? Não... Isso também tem um custo muito elevado para nós, mas vamos continuar a apostar em formação. O ano passado, provavelmente, foi o ano em que demos mais formação. Acredito também que são formas de motivar as pessoas dentro da nossa organização. Têm que ir ao estrangeiro fazer essa formação? Sim. Referiu que trabalha desde os 16 anos nesta área. Como é que isso aconteceu? Eu queria ser maquinista. Fui fazer formação para me tornar maquinista, e ao mesmo tempo estudava. A determinada altura começam as festas da escola, e aqueles eventos começaram a mexer comigo. Comecei a fazer brincadeiras em casa. Descobri a minha paixão, o que queria fazer da minha vida, e deixei tudo para trás. Aos 18 anos fiz a minha primeira operação de leasing. Cada escudo ganho com as festas, cada escudo aplicado. Neste percurso todo, há alguma coisa que se arrependa de ter feito, ou de não ter feito? Com o que sei hoje, fazia tudo diferente. Apesar do êxito que tiveram? Há tanta coisa que fazia diferente, mas não olho para trás dessa forma. Se cheguei onde cheguei, é porque de certeza fiz sempre o melhor. Tenho tido a felicidade de ter pessoas ao meu lado que me têm ajudado, pessoas amigas, família. Isso também é super importante, porque para se estar nesta actividade toda a família tem que estar muito bem alinhada.

Como é que o Pedro se mantém actualizado, com todo o stress do trabalho e com tantas coisas a fazer? Tem sido difícil nestes últimos tempos. Antigamente não havia um único equipamento na Europalco em que não soubesse mexer. Hoje isso já não é verdade, há coisas que me escapam. A preocupação passou a ser outra. Tento estar presente em algumas feiras, mas essencialmente preocupo‑me muito mais com as áreas paralelas que possam trazer oportunidades para o nosso negócio e ajudar a fazer a diferença. Como é que vê agora, nesta altura, o mercado dos eventos? Há muitos desafios aliciantes? Há alguma coisa que seja impossível para a Europalco? Não. Nada é impossível. É verdade.


Ao Pedro dá‑lhe igualmente prazer fazer um evento pequeno? Sim, desde que seja bem feito e nos dê alguma liberdade. Não gosto de briefings fechados. Gosto muito de criar, de estar junto com o cliente, de participar desde o início na criação do projecto. Não gosto de ser apenas um fornecedor. Dou muito valor a isto. E dou muito valor à fidelidade das pessoas. Antes diziam que a Europalco é o Pedro, mas não é. A Europalco tem pessoas muito boas, com um conhecimento global do negócio. Mas existe uma cultura Europalco? Existe, tenho a certeza de que sim. Muito ligada à sua personalidade? Ligada aos meus valores, princípios e objectivos. Não acredito na transformação das pessoas. Isso não fazia sentido sequer, acho que cada um tem que ser como é. Agora, em determinados contextos as pessoas sabem que têm que ter aquela forma de estar. E acho que temos conseguido. Temos, como é óbvio, problemas ‑ como todos os outros. Gerir pessoas é complicado. Como é que vê a qualidade das agências de eventos nacionais? Acho que estamos outra vez numa fase de muita estabilização. Já vi o mercado muito atribulado, com as pessoas a mudarem muito de empresa. Acho que isto terminou, as pessoas estão mais dedicadas ao posto em que estão, preocupadas em adquirir mais conhecimento, enriquecer o sítio onde trabalham. Estão a entrar várias pessoas novas também. Muitas agências com que nós trabalhamos reforçaram‑se. É muito bom sinal ver isto.

Como é que encaram esses desafios? Esta área é de facto esgotante. Consome‑nos, mas quando acabamos um evento queremos fazer mais. No dia em que isto deixar de se passar desta forma, tornamo‑nos vulgares, deixamos de inovar, de fazer diferente. O objectivo é surpreender sempre, fazer sempre melhor, só que as coisas hoje em dia são todas quase produzidas para aquele determinado evento. Então, tudo o que estamos a fazer, por vezes, é a primeira vez que é feito, ou se já foi feito, não temos a informação para ver como é que foi feito. São assim a maioria dos eventos nos quais tenho responsabilidade. Isto é um risco tremendo. O desgaste é terrível, os contratempos são imensos, mas tenho a noção de que é de facto isso que faz a grande diferença. A Europalco não criou uma imagem assente em marketing, a Europalco criou uma imagem assente no trabalho que presta, naquilo que desenvolve.

E têm qualidade as nossas agências? O Pedro também trabalha com as agências estrangeiras, consegue estabelecer uma comparação? Existem empresas estrangeiras muito boas na preparação. Têm mais experiência do que nós na forma como preparam um evento. Lá fora foram obrigados a criar essas valências por uma questão simples, porque existe a empresa do som, a empresa da luz, a empresa de vídeo, a empresa dos palcos, a empresa do cenário, a empresa do catering. São obrigados a criar o know‑how para conseguirem agregar todas estas empresas e, na altura de as contratar, têm a necessidade de saber o que estão a escolher. Em Portugal não é assim. Pelo menos o som, a luz e o vídeo andam em conjunto, e são tratados por uma única empresa. Portanto, menos um problema para as agências. As agências deixam de ter um nível de exigência tão elevado na fase de pré‑preparação do evento. Nós recebemos alguns briefings do mercado internacional, de agências internacionais, e aquilo vem totalmente detalhado. Aqui não há necessidade de o fazer, porque não há necessidade de o cliente ter que gerir quatro ou cinco empresas, que têm que estar no terreno todas muito bem coordenadas.


32

WWW.EVENTPOINT.PT

Como é que vê, por exemplo, a questão dos conteúdos? Há empresas capazes de produzir conteúdos à velocidade a que a vossa tecnologia evolui? Há uma janela de oportunidade gigante no que diz respeito aos conteúdos. Nos conteúdos, a criatividade é essencial. Mas depois há outras respostas a dar. Por exemplo, em relação aos tempos de montagem. Há eventos em que temos de montar de um dia para o outro, e os clientes estão sistematicamente a querer mudanças. Trabalhamos com empresas que gerem esta rapidez melhor, e outras pior. Quem trabalha os conteúdos tem que investir também, em termos técnicos e em recursos, e tem que encontrar novas formas de trabalhar. A velocidade também se reflecte nos prazos de antecedência dos eventos. Que tipo de problemas é que vos causa pensar num evento que vai acontecer já daqui a 15 dias? O problema nem está tanto em pensar, mas em executar. Como os prazos são cada vez mais apertados, vamos recuperar ideias de algumas das coisas que já utilizamos, transformando‑as. Desta forma estamos seguros e não arriscamos tanto. Este é um grande desafio e estamo‑nos a preparar de alguma forma para isso. Há cerca de cinco anos que andamos a trabalhar numa solução que já queríamos ter apresentado ao mercado e que é ter uma oferta de projectos implementados, todos diferentes. Em relação aos eventos, daquilo que vê no estrangeiro e os eventos que decorrem cá, acha que estamos atrás, à frente, ao mesmo nível? Todos os anos vou a alguns meetings dentro da área e mostro os nossos eventos. Aquilo que me é sempre dito: não, isto não é em Portugal! Estamos muito à frente, honestamente. Arriscamos muito mais. Estes eventos lá fora demoram meses a preparar, não são feitos nas nossas condições. São feitos com budgets muito maiores do que os nossos, e por isso é que surpreendemos. Fazem‑se coisas megalómanas lá fora, mas também não é aí que nos estamos a posicionar. Acho que nós na Europalco quebramos regras. Vou dar um exemplo: o vídeo não podia ser projectado a não ser numa tela. Nós não sabemos o que é uma tela há anos. Não projectamos em telas, projectamos noutras superfícies como a licra. Tivemos coragem e arriscamos. Qual foi o evento mais marcante que fez? Há um de que eu gosto muito. Não foi o mais espectacular, mas tem um gosto muito especial: a Convenção dos Rotários. Começámos a trabalhar um ano antes, e tivemos a possibilidade de fazer um projecto com pés e cabeça. Um projecto estrutural, que passava por todas as especialidades. Formou‑se uma equipa de trabalho durante um período largo, e tivemos tempo para fazer coisas que não fazemos no dia‑a‑dia. Chegamos ao evento com uma grande paz.

CLÁUDIA COUTINHO DE SOUSA

Dez Perguntas A Pedro Magalhães Cidade para viver? Lisboa. Destino de férias? Gostava de algum dia ter tempo para fazer uma loucura, ausentar‑me durante um período e percorrer os destinos que me desse na cabeça. Clube? Gosto do Benfica, mas não sofro com o futebol. Prato favorito? Um bom bife com batatas fritas. Melhor concerto? U2 no Estádio de Alvalade (PopMart 2nd Leg) E por razões tecnológicas o primeiro concerto em Portugal de Marylin Manson. Um restaurante de que goste particularmente? Gosto de comer em casa. Tem algum ídolo? Não será bem um ídolo, mas uma referência: Steve Jobs, pela capacidade visionária. Média de horas de sono por dia? Num dia normal, cinco horas. Que político convidaria para almoçar? Convidaria todos aqueles que estão neste momento no governo, porque são quem toma decisões actualmente. Gostava de os sensibilizar para os problemas que nós, empresários, temos. Que figura da história é que gostaria de ter conhecido? Era interessante conhecer o Hitler, não no bom sentido, para perceber o que o moveu a fazer o que fez. Faz‑me muita confusão.



DOSSIÊ TEMÁTICO 34

WWW.EVENTPOINT.PT

Soft Skills: A Sua Importância Nos Eventos Comecemos pela definição com a ajuda da especialista Rita Oliveira Pelica, Co‑organizadora do Curso Soft Skills & Marketing Pessoal – ISEG e Business Unit Manager EGOR Outsourcing. “Soft skills são as competências pessoais e sociais (inter‑pessoais) que permitem ao indivíduo a ‘facilitação’ das suas interacções com outras pessoas. É uma forma de capacitação pessoal com um forte impacto no relacionamento com terceiros, quer seja num contexto de trabalho ou a um nível mais pessoal. Ou seja, estas competências reflectem‑se nas atitudes e comportamentos que temos diariamente e que nos identificam, nos podem diferenciar e que acabam por fazer parte da nossa imagem de marca”. Um exemplo de soft skill pode ser a capacidade de comunicação, de liderança, de trabalhar em grupo. Todas estas, aliás, fundamentais para quem quer trabalhar em eventos, uma actividade de intensa pressão. No universo empresarial, nas organizações de uma maneira geral, estas competências são cada vez mais importantes. “O próprio termo acaba por estar na moda e ser já uma buzzword na área dos recursos humanos. Por oposição, as hard skills ‑ técnicas ‑ são um ponto de partida que já não é tão diferenciador!”, refere Rita Oliveira Pelica. Será manifestamente insuficiente, hoje em dia, apresentar uma licenciatura ou um mestrado, sem exibir algo mais. “O que se torna cada vez mais distintivo e procurado pelas empresas é a capacidade das pessoas em ‘acrescentar valor’ à organização, mas pela via do seu pensamento crítico, da capacidade de resolução de problemas, da criatividade e da inteligência emocional”, sublinha a especialista. Os profissionais devem, acrescenta, “num processo de auto‑conhecimento, em modo work in progress, de melhoria contínua, reforçar e aprimorar as skills onde já têm algum ‘à vontade’ e devem enfatizar a sua aposta no desenvolvimento das skills onde apresentam uma maior fragilidade”. E Rita Oliveira Pelica dá uma boa notícia: as soft skills treinam‑se. “Pessoalmente, gosto de as chamar de neuro skills, no sentido em que o nosso cérebro (sendo neuroplástico) tem a capacidade de continuamente aprender.” Para isso, a especialista avisa, “é uma questão de foco e de definição de prioridades ‑ tem de ser uma aposta dos profissionais que entram no mercado de trabalho e daqueles que pretendem evoluir na sua carreira profissional. Há que ser smart e não apenas soft!” Enquanto observadora, desafiámos Rita Oliveira Pelica a olhar para o sector dos eventos, área em que os portugueses são normalmente vistos como altamente capazes. “Temos a capacidade de organização com visão, ou seja, fazendo a ligação com a parte estratégica e conceptual (pensamento crítico, gestão e inovação) e depois na sua operacionalização

(comunicação e promoção). No pré, durante e pós evento!” A especialista realça a profissionalização existente neste sector, que se consubstancia na sofisticação dos eventos realizados e no impacto que têm.

“Destacaria a capacidade de gestão do evento em toda a customer journey. Uma preocupação constante, atenta mas flexível, sempre com o foco na experiência que se está a proporcionar. Arrisco‑me a chamar‑lhe a inteligência emocional portuguesa! A maior soft skill do nosso povo, nestes tempos modernos.”


Três Perguntas A Rita Oliveira Pelica Diria que os Millennials (nascidos depois de 1980) estão, à partida, mais ou menos preparados desse ponto de vista das soft skills? Eu não colocaria o pendor a nível geracional. Este tema tem de ser tratado do ponto de vista pessoal, do indivíduo. Há baby boomers [nascidos entre 1946 e 1964] que precisam muito de trabalhar as suas soft skills como também há pessoas das gerações X [nascidos em meados dos anos 60 e 1980] e Y [mesmo que Millennials] que têm essa necessidade. As organizações enfrentam, hoje em dia, o grande desafio de serem cross generations, por isso têm é de assegurar que há um alinhamento entre cultura organizacional e o desenvolvimento dos seus colaboradores (o também já conhecido employee engagement). Acima de tudo, diria que o processo de capacitação em soft skills tem de ser feito por cada profissional, seguindo a lógica do lifelong learning. Nenhum profissional se pode demitir dessa responsabilidade! Acredita que o ensino em Portugal potencia o desenvolvimento dessas competências? Começam a ser dados passos significativos nestas matérias. Mas ainda é muito limitada a oferta formativa. O melhor exemplo que conheço, nesta área, é o curso executivo do ISEG (Instituto Superior de Economia e Gestão), em formato intensivo, dedicado às Soft Skills e Marketing Pessoal. Tenho o privilégio de estar a organizar este curso ‑ que vai já para a sua 2ª Edição, em Março ‑ e a julgar pelo feedback extremamente positivo dos alunos, podemos notar a "oportunidade" que é dotar estes profissionais destas competências, começando pela criação de self awareness (com os módulos de inteligência emocional e points of you [metodologia]), colocando‑os à frente de uma câmara (no módulo de comunicação e de storytelling fotográfico) e terminando com a prática de networking! Há soft skills que se podem relacionar com o facto de sermos portugueses? Esta é uma excelente questão. Intuitivamente, diria que sim. Temos a capacidade de ser problem solvers ou "desenrascados" e de sermos criativos. Realço também a nossa capacidade de comunicação e de socialização, a julgar pelos bons resultados que obtemos em critérios de hospitalidade e de acolhimento atribuídos por pessoas de outras nacionalidades.


36

WWW.EVENTPOINT.PT

Soft Skills Associadas Aos Eventos Fomos procurar informação publicada sobre o assunto e enumeramos algumas das soft skills em que vale a pena investir se trabalhar em eventos.

Ser positivo

Numa actividade que pode ter vários contratempos, manter‑se positivo pode assegurar boa energia, motivação e confiança na equipa.

Capacidade de comunicação Nos eventos lida‑se com pessoas, clientes, participantes, fornecedores. A capacidade de comunicar com eles e de estabelecer pontes é essencial.

Capacidade de trabalhar com eficácia, sob pressão

Numa área em que manifestamente a pressão é grande, os eventos acontecem naquele dia, àquela hora, e nada pode correr mal, a capacidade de adaptação ao inesperado e de resolução de problemas é muito importante. Claro que muitos dos contratempos podem ser evitados com planeamento, mas ainda assim ninguém está livre de um.

Ser um bom ouvinte

Escutar com atenção todas as pistas dadas pelo cliente é fundamental para que o evento saia como ele o imaginou, ou ainda melhor.

Trabalhar bem em equipa É uma competência muito importante em eventos. Um gestor de eventos gere pessoas e é vital saber trabalhar com os outros, para o bem comum.

Ser organizado

O sucesso de um evento depende muito da organização, da disciplina, e de ter tudo planeado ao detalhe.

Boa gestão do tempo

Numa altura em que os eventos são planeados com menor antecedência, a capacidade de gerir bem o tempo para que tudo esteja preparado na hora certa é muito relevante.

Flexibilidade

Até à última, provavelmente, o seu cliente vai querer mexer no evento. A capacidade de ser flexível e de se ajustar certamente o ajudará a lidar com estas questões.

Multitasking

A capacidade de efectuar várias tarefas ao mesmo tempo é uma vantagem para quem quer trabalhar em eventos.

Criatividade

Esta é uma actividade que exige pensar fora da caixa, incluindo na resolução de problemas.

Liderança

Um gestor de eventos tem que ter a capacidade de liderar equipas, de articular fornecedores, de dar a cara e resolver todo o tipo de situações com que é confrontado.

Fontes: www.blog.benchmarque.co, www.eventplanning.com, www.bizbash.com, www.eventmanagerblog.com, www.guidebook.com e www.blog.evvnt.com



INQUÉRITO 38

WWW.EVENTPOINT.PT

2017: Optimismo, Optimismo Para sentir a temperatura do mercado em 2017, decidimos realizar um inquérito aos clientes dos eventos. Os dados são muito interessantes e foram um ponto de partida para o debate. Para comentar alguns deles, convidamos para um pequeno‑almoço, no Intercontinental do Estoril, dez actores do mercado dos eventos, entre fornecedores, agências, espaços e instituições. A sensação geral é a de que 2017 vai ser um ano com muito trabalho. O inquérito completo será publicado no site da Event Point.

O Painel Convidado Estiveram connosco a 21 de Fevereiro os seguintes profissionais: Angelina Castel‑Branco (iMotion ), Bárbara Sobral (KriaEventos), Francisco Serzedello (Desafio Global), Jorge Vinha da Silva (MEO Arena), Leocádia Silva ( FX Road Lights), Márcia Ferreira (Mainvision), Maria José Alves (Visit Cascais), Pedro Magalhães (Europalco), Renata Amaral (Prestígio) e Ricardo Gomes (InterContinental).


Eventos Ao Rubro Em 2017 Comparativamente ao ano anterior, como se vai comportar o vosso orçamento para eventos?

Que tipo de eventos vão fazer em 2017? Reuniões

57

Vai aumentar

Acções de teambuilding

Vai diminuir

12,9 12,2

Convenções 20

Vai manter‑se o mesmo

20

Apresentações à comunicação social

3

Não responde

9,4

Eventos de formação

8,6

Lançamento de produto

Quase 57% dos inquiridos afirma que o orçamento vai manter‑se. Na opinião do nosso painel, o final de 2016 e o início deste ano foi de intenso trabalho e de muitos eventos e a expectativa é, pelo contrário, que esse investimento até suba. Exemplo disto foram as festas de Natal, um item de que, no período da crise, algumas empresas abdicaram, e que em 2016 recuperou os níveis pré‑crise. Algumas das agências de eventos presentes reconhecem mesmo que as estruturas que hoje as compõem já não estão a ser capazes de dar resposta a todas as solicitações. Isto porque o mercado local/nacional cresceu muito.

7,9

Feiras

7,2 7,2 6,5

Activação em eventos de terceiros

5,8

Congressos

5

Roadshows

4,3 4,3

4,3 3,6

Activações em ponto de venda Incentivos Acções de rua Eventos para clientes

0,7

Outros

Em caso de diminuição, em que itens pensam cortar, negociar ou adoptar medidas restritivas? 24,4

Menos eventos

22,2

Destinos mais baratos

22,2

O que pretende melhorar, em termos de eventos, em 2017? Aumentar a sua eficácia Implementar novos formatos

Espaços mais em conta

Usar mais tecnologia

Hotéis

Criatividade

Catering

Racionar os custos

11,1 8,9

Produzir eventos sem contratar agência, fazendo tudo in‑house Menos convidados

4,4

14,5

11,8

11,8 10,9

10,9 10

9,1

Aumentar o retorno do investimento Organizar mais eventos internamente

4,4 2,2

Produção mais simples

Recorrer mais a agências de eventos

6,4

Fazer melhor integração com redes sociais

A procura pelo esmagamento de preços é uma atitude que decorrerá da crise em que vivíamos. E ainda se mantém por parte dos clientes, parece concordar o nosso painel. Mas a resposta mais relevante a esta pergunta é mesmo a opção por produzir eventos sem contratar as agências. Há clientes que procuram directamente os fornecedores e isso exige reflexão por parte do mercado. A transparência e clareza na relação entre todos é fundamental.

8,2

Fazer mais eventos híbridos Experiência do participante Outros

2,7

2,7

0,9


40

WWW.EVENTPOINT.PT

Algumas tendências Qual é a importância dos eventos na vossa estratégia de marketing? 50

Imprescindíveis

audiência. E quando falamos dos audiovisuais, exalta‑se a importância de ter bons conteúdos. As empresas querem comunicar inovação e os audiovisuais são uma boa ferramenta para o alcançar. As empresas de audiovisuais também têm tido um papel fundamental porque têm sido capazes de apresentar soluções interessantes.

50

Impor tantes, mas dependentes do orçamento

Essa importância tem‑se alterado?

Qual é a estratégia que adoptam em relação aos briefings? 70

Os eventos são cada vez mais

50

Abrimos ao mercado

importantes

Convidamos

Os eventos são cada vez menos

consoante o tipo de evento 27

importantes Mantém‑se inalterada

algumas

Trabalhamos

agências,

sempre

30 20

com

a

mesma agência

3

Mais uma questão a merecer comentário. Os nossos convidados acreditam que a realidade é mesmo esta. Há, claro, vários clientes fidelizados, mas estes até acarretam uma superior necessidade de reinvenção contínua.

A vossa organização tem uma equipa só dedicada a eventos? 65

Sim

35

Que tipo de briefings preferem passar?

Não

Quais destes elementos são importantes nos vossos eventos?

65

Aberto

35

Fechado Audiovisuais impactantes Boa comida Ligação com redes sociais Decoração Tecnologia Elemento de surpresa

13,6

11,4 10,6 9,8 9,1

9,8 9,1 8,3 7,6 6,1

Sustentabilidade Medir o retorno

Hoje em dia, para as agências convidadas neste pequeno‑almoço, os clientes não investem nos briefings. O cliente muitas vezes não sabe o que quer e é muito complicado entrar na cabeça deles, sobretudo se houver pouco conhecimento mútuo. É mais fácil entrar num briefing aberto se se conhecer bem o cliente, souber as suas expectativas ou existir um histórico.

4,5

Networking

Qual a preferência da vossa organização?

Recolha de dados sobre participantes Criação de conteúdos para outras

Entregar o evento chave‑na‑mão a

plataformas

uma agência de eventos

53

Entregar partes do evento a várias

Quisemos saber a opinião do nosso painel quanto a esta questão em particular. O medir o retorno foi a resposta mais surpreendente para todos, e os nossos convidados sublinham que não têm tido esse feedback por parte dos clientes. Referiu‑se mesmo que este é quase um desejo aspiracional, que não acontece na prática. Medição de satisfação e do cumprimento de objectivos é algo que é feito normalmente. Os audiovisuais são cada vez mais importantes na projecção de um evento e no modo como ele impacta a

26

agências

21

Entregar uma parte do evento a uma

agência,

internamente

mas

coordená‑lo


Em termos da antecedência com que começam a pensar nos eventos, que afirmação escolheriam? 60

Pensamos cada vez mais em cima da hora

40

Nos seus eventos, de uma forma geral, quais os itens que representam os maiores custos? Espaço Catering

Começamos a planear com muita

Audiovisuais

antecedência, como sempre fizemos

Marketing

25 22,7 20,5

13,6

Staff

Mais eventos decididos à última hora, sobretudo os de âmbito nacional, o que complica, por exemplo, a reserva dos espaços, muitas vezes já ocupados. O que os espaços podem fazer é reunir as condições para diminuir tempos de montagens, mas muito mais não podem fazer. Este “em cima da hora” faz com que as empresas de eventos (agências e fornecedores) tenham de correr mais riscos.

PUBLICIDADE

Oradores Design Transportes

4,5 2,3

4,5

4,5 2,3

Outros

Os espaços são, hoje em dia, assunto de preocupação. O painel identifica a falta de infra‑estruturas como um dos problemas para este ano. A dúvida persiste se o país vai conseguir responder a toda a procura existente, entre eventos nacionais e internacionais.


42

WWW.EVENTPOINT.PT

Como define o sucesso do seu evento? Satisfação dos par ticipantes

42,9

Retorno financeiro 20

Cober tura mediática

14,3

17,1

Recolha de dados impor tantes

5,7

Reforço do espírito de equipa

A prova de que os eventos são importantes e acrescentam valor está na necessidade, por parte das organizações, em fazê‑los. O painel acredita nisso mesmo, no valor dos eventos e na sua importância no alcance dos objectivos estabelecidos. O que lhe consome mais tempo e dá maiores preocupações? Conseguir patrocinadores/parceiros Gerir conteúdos e fazer o programa Promover o evento e ter suficientes participantes Medir o ROI (Return on Investment) Logística

22,6

22,6 19,9 16,1

19,9

Ficha Técnica O inquérito foi enviado a um conjunto alargado de clientes nos meses de Novembro e Dezembro de 2016 e Janeiro de 2017. Para chegarmos a clientes relevantes no mercado nacional, e termos assim uma amostra representativa, contamos com o importante apoio da Associação Portuguesa de Comunicação de Empresa e da Associação Portuguesa dos Profissionais de Marketing. No final, considerámos 35 respostas válidas. O apoio técnico a este trabalho foi da Asserbiz.



OPINIÃO 44

WWW.EVENTPOINT.PT

“Os eventos são o combustível e a chama da marca Lisboa.”


A Importância dos Eventos para a Marca Lisboa Promover Lisboa como uma cidade viva, vibrante e progressiva, nacional e internacionalmente, constitui um dos objectivos da Câmara Municipal, na comunicação e na gestão dos eventos que organiza e a que se associa. A marca Lisboa é hoje, reconhecidamente, uma das mais fortes a nível nacional – talvez a que tem maior impacto entre as marcas públicas –, logrando alcançar grande notoriedade internacional. À marca associa‑se o carácter identitário da cidade: segura, genuína, aberta, tolerante, acolhedora, cosmopolita, diversa, charmosa, intimista, vibrante, histórica e inovadora, vanguardista, surpreendente, única, simpática, luminosa, apetecível... Todos estes adjetivos estão a jusante de opções estratégicas municipais pensadas e amadurecidas, de muito trabalho determinado e, sobretudo, do apoio dos lisboetas que se revêm neste espelho identitário. Para dentro e para fora de portas, a marca Lisboa surge justaposta ao que mexe: a inquietude criativa da juventude, a audácia inovadora nas artes e no empreendedorismo, a animação no espaço público requalificado, a qualidade de vida urbana, a convivialidade amiga e, naturalmente, a realização de eventos que “seduzem” turistas nacionais e estrangeiros num amor à primeira vista. Os eventos são, simultaneamente, o combustível e a chama da marca Lisboa. São eles que alimentam a atractividade da cidade e é esta que lhes dá visibilidade. Abarcando praticamente todas as áreas do interesse dos cidadãos, a autarquia promove, por iniciativa própria ou em parceria, largas dezenas de eventos anuais de grande impacto. No âmbito social, científico, académico, empresarial, tecnológico, desportivo, cultural, artístico, recreativo ou turístico, os eventos com a marca Lisboa são sinónimo de sucesso, pela qualidade e pela adesão do público. Muitos destes eventos resultam da capacidade competitiva da marca Lisboa, captando‑os nos circuitos nacional e internacional e adicionando‑os à sua imagem. É o caso, por exemplo, do Rock in Rio Lisboa, desde 2004 no Parque da Belavista, do regressado Super Bock Super Rock, da Volta a Portugal em Bicicleta, das Maratonas, da Volvo Ocean Race ou, mais recentemente, da Web Summit, com evidentes valias em termos de retorno financeiro imediato e de promoção turística a médio e longo prazo. Outros, organizados pela Câmara Municipal, pela empresa municipal EGEAC ou outros ainda organizados em parceria com outras entidades, ganharam um cunho eminentemente lisboeta: a Animação de Natal e a Festa de Fim de Ano,

os Casamentos de Santo António, as Festas com os arraiais e as Marchas Populares, a Moda Lisboa, o Festival Caixa Alfama (a maior iniciativa de Fado do país), as Noites de S. Bento, o Picnicão, o MexeFest que dinamiza as salas de espectáculo na época baixa, o Lisboa na Rua ou o Out Jazz quando a brisa de verão convida a sair, e muitos outros, oferecendo uma programação eclética e inesperada. Cidade de partidas e chegadas, a Lisboa plural e acolhedora é também uma referência na promoção de eventos (na maioria de forma gratuita e acessível) que valorizam o diálogo intercultural e a diversidade ‑ etária, de origem étnica ou social, de género, de orientação sexual, de opção religiosa, de capacidade físico‑motora ou financeira, etc. O Festival TODOS, as celebrações do Ano Novo Chinês, o desfile Ratha Yatra, entre outros, são exemplos de momentos inequívocos de reafirmação de uma cidade aberta, tolerante e multicultural.

Em Lisboa, a animação não pode parar; e a marca da cidade proclama que aqui todos são bem‑vindos. MARIA DO CARMO ROSA DIRECTORA DO DEPARTAMENTO DE MARCA E COMUNICAÇÃO DA CML Licenciada em Relações Públicas e Publicidade e Pós‑graduada em Assessoria de Comunicação. Até 1997, entre outras actividades, desempenhou funções no Banco Comercial Português e numa Agência de Publicidade, na área de Compra e Planeamento de Meios. Faz parte dos quadros da Câmara Municipal de Lisboa desde 1997, onde tem desenvolvido diversas actividades, nomeadamente a coordenação dos Casamentos de Santo António.


VENUES 46

WWW.EVENTPOINT.PT


Pavilhão Carlos Lopes: “Novo” Venue Em Lisboa Depois de um período de reabilitação, o Pavilhão Carlos Lopes reabriu no mês de Fevereiro e afirma‑se como mais uma opção para o acolhimento de eventos na cidade de Lisboa. A antiga sala de eventos do Pavilhão foi reconvertida numa sala multiusos com cerca de 2.000m2. Esta sala de eventos é insonorizada e ventilada, respeita normas de segurança e de acessibilidade a pessoas com mobilidade reduzida, e tem a flexibilidade de poder ser utilizada com várias configurações. Localização de palco, uso de cadeiras em plateia, utilização de mesas são situações acomodáveis neste novo espaço com capacidade para duas mil pessoas. Existem ainda vários espaços autónomos, como um átrio central de 180m2 revestido a azulejos, dois foyers com 280m2 e um Salão Nobre de 180m2. O Pavilhão Carlos Lopes está ainda dotado de salas de apoio e uma copa com 113m2, que servem de suporte a eventos que necessitem recorrer a serviços de catering. A reabilitação exterior permitiu manter as características originais do edifício. Todas as fachadas, áreas e elementos de interesse patrimonial foram restaurados, nomeadamente os azulejos, elementos decorativos, torreões e Salão Nobre. Na envolvente foram plantadas novas árvores, eliminado o estacionamento à superfície junto do Pavilhão e melhorados os acessos. A entrada principal conservou os painéis de azulejos, em azul e branco, que representam momentos marcantes da História de Portugal com temas dedicados a Sagres, à Batalha de Ourique, à Ala dos Namorados na Batalha

de Aljubarrota e ao Cruzeiro do Sul, produzidos pela Fábrica de Sacavém em 1922. Foram também preservadas as esculturas “Arte” e “Ciência”, de autoria e execução do escultor Raúl Xavier.

Um Espaço Com História É preciso recuar até 1921 para descobrir as origens deste espaço. Começou por ser o Pavilhão de Portugal na Exposição Internacional do Rio de Janeiro, tendo sido construído em Lisboa, desmontado e transportado de barco para a cidade brasileira. Nos anos 30 foi reconstruído no local onde presentemente se encontra, precedendo a construção do Parque Eduardo VII. A inauguração decorreu em 1932 para a Exposição Industrial Portuguesa. Nos anos 80 mudou de nome para o que hoje ostenta, numa homenagem ao maratonista, campeão olímpico, Carlos Lopes. Em 2003 o edifício entra em profunda degradação. Reabre em 2017, totalmente reabilitado, num investimento de cerca de oito milhões de euros, da responsabilidade da Associação de Turismo de Lisboa.


48

WWW.EVENTPOINT.PT

“... a minha Quinta com porta para o Chiado...”


Grémio Literário: Eventos Com Charme Foi D. Maria II que, a 18 de Abril de 1846, criou por carta régia o Grémio Literário. Entre os fundadores encontram‑se figuras como Alexandre Herculano (sócio nº1), Almeida Garrett, Fontes Pereira de Melo e Anselmo Braancamp. Em 1875, o Grémio instalou‑se no palacete do visconde de Loures, na zona do Chiado, e aí permanece até aos dias de hoje, procurando manter a intensa actividade intelectual que o caracterizou ao longo da sua existência.

Algumas Das Salas Os assuntos mais mundanos também passaram por este espaço, não fosse ele um ponto de encontro da sociedade lisboeta a partir do século XIX. Sabia, por exemplo, que Eça de Queiroz localizou várias cenas de Os Maias neste espaço? E que no prédio ao lado viveria Maria Eduarda, a personagem feminina da obra? Neste espaço, provavelmente único na cidade, decorrem vários eventos, praticamente o ano inteiro, organizados pelo Grémio e pelos seus sócios, desde jantares, reuniões, apresentações de livros, conferências, exposições, entre outros. Não recebe, no entanto, eventos de índole política ou religiosa, a não ser que sejam assuntos tratados do ponto de vista literário ou científico. Todos os eventos têm, no entanto e sem excepção, de ser intermediados, avalizados, pelos sócios (cerca de mil, individuais e colectivos). Há um secretariado, muito experiente, que presta apoio aos eventos, para que tudo corra na perfeição.

A Sala Luís XV é uma das mais interessantes do edifício. Em estilo Neobarroco, é sobretudo utilizada para reuniões sociais e banquetes. A Varanda é outro dos ex‑libris do Grémio Literário, já que alberga o restaurante. Debruçada sobre o jardim, dispõe de uma panorâmica sobre o Tejo. A decoração é em estilo Arte Nova. Na Biblioteca estão reunidos mais de 13 mil livros. Era aqui que Eça de Queiroz costumava consultar os jornais e revistas franceses. Aqui decorrem várias conferências e apresentações de livros. O Jardim do Grémio Literário era considerado por Eça de Queiroz “a minha Quinta com porta para o Chiado”. A versão actual desta zona é da autoria de Gonçalo Ribeiro Telles, sócio do Grémio. CLÁUDIA COUTINHO DE SOUSA


INCENTIVOS 50

WWW.EVENTPOINT.PT

“Foi algo que me tocou muito fundo”


Um Dia No Caminho De Santiago A Portugal Green Walks dá a oportunidade de experimentar um dia no mítico Caminho de Santiago. Uma ideia para programas paralelos de congressos ou eventos que se realizem no Norte de Portugal.

O Caminho Há centenas de anos que os peregrinos percorrem os diversos caminhos que levam a Santiago de Compostela “seguindo” as pisadas do apóstolo Santiago Maior, cujo sepulcro se encontra na Catedral da cidade galega. A peregrinação foi uma das mais concorridas na Idade Média, caiu depois no esquecimento, e desde os anos 80 do século XX ganhou redobrada popularidade. Em 2016, a Oficina dos Peregrinos recebeu 278.224 peregrinos, 55% com idades compreendidas entre os 30 e os 60 anos, sendo que 91% fizeram o Caminho a pé. Os restantes fizeram‑no ou de bicicleta, a cavalo ou e em cadeira de rodas. Pela experiência de Paulo Lopes, director da Portugal Green Walks, as motivações para fazer o Caminho são as mais variadas e essa é justamente “a sua riqueza”. “Enquanto que para Fátima há uma motivação religiosa

bastante vincada, quem faz o Caminho para Santiago vai com um espírito mais universalista”, refere o responsável. Há quem faça a jornada numa perspectiva turística e cultural, mas também quem o faça “por uma questão pessoal, introspectiva, alguém que quer mudar de vida, mudar de emprego, e o Caminho pode ser um ponto de paragem e reflexão”. Há quem encare tudo isto como um desafio de superação e, claro, há as motivações religiosas, presentes muito nos peregrinos da América Latina e dos Estados Unidos. “Há outros que não entram tanto no nosso segmento, mas são aqueles que querem ter a experiência do verdadeiro peregrino: levar a mochila às costas, ficar nos albergues, e sentir todo aquele ambiente. O nosso cliente quer um pouco mais de conforto”, explica Paulo Lopes.


52

WWW.EVENTPOINT.PT

O Produto Da Portugal Green Walks O produto Caminho de Santiago na Portugal Green Walks é sobretudo procurado por estrangeiros, o cliente português é praticamente residual. O mercado americano é extremamente forte, enquanto que na Europa, sobressaem os mercados alemão, holandês e belga. Maioritariamente, tratam‑se de reformados, ou na casa dos 50, pessoas que gostam de andar. Esta é uma actividade que tem picos. “É sazonal por causa do clima. Por exemplo, a partir de Novembro os dias são muito pequenos, começa a ficar frio e chove. E na altura do inverno, se começa a chover os percursos podem ficar alagados. Entre Novembro e Março são poucos os que se aventuram nisto”. O pico é mesmo durante os meses de Maio, Junho, Setembro e Outubro. A Portugal Green Walks, além de todo o apoio logístico, fornece um roadbook, com um conjunto de informações prévias, que podem ser muito úteis ao peregrino: o que levar, tipo de calçado, preparação física, etc. “Os clientes estrangeiros preparam isto com vários meses de antecedência”, sublinha Paulo Lopes. O responsável não esconde, “este é um produto complexo, uma vez que exige conhecer muito bem o território. Não se trata apenas de vender o percurso, temos de estar sempre disponíveis para dar assistência ao peregrino”. A logística também é pesada e não pode ter qualquer falha. © Joana Barbosa

Uma História Incrível De Superação Das muitas histórias especiais que Paulo Lopes viveu desde que começou com os programas no Caminho de Santiago, uma salta‑lhe logo à mente. Aconteceu no ano passado. A empresa foi contactada por uma americana, em cadeira de rodas, e num processo degenerativo acentuado. O sonho dessa senhora era fazer o Caminho antes de morrer. “Dissemos que sim”, conta Paulo Lopes. Depois seguiu‑se um intenso trabalho de inspecção de todos os hotéis, que tinham de estar adaptados à cliente de cadeira de rodas. “Tivemos que arranjar duas pessoas para a acompanhar em permanência, muitas vezes para a empurrar”. A americana demorou um mês a fazer o Caminho. “Foi algo que me tocou muito fundo”.

Um Dia De Vivência No Caminho A Portugal Green Walks dispõe de um programa em que se pode vivenciar um dia num trecho do Caminho de Santiago. Esse trecho é um dos mais interessantes, segundo Paulo Lopes. “É aquele que vai de Ponte de Lima a Rubiães, porque tem uma série de simbologias, trata‑se de uma zona rural, com a rota a passar pelo meio de vinhas, das aldeias”. Mas não se pense que por ser só um dia, não é exigente. “É necessária alguma preparação física porque tem a Serra da Labruja pelo meio, que é só a parte mais complicada de todo o Caminho entre o Porto e Santiago”. Mas o programa é flexível. “Quando entendemos que o grupo não consegue fazer esse, fazemos um pedaço mais curto, ou ficamos no sopé e não se sobe a serra. Ou então começamos em Vitorino Piães e fazemos até Ponte de Lima”, esclarece o líder da Portugal Green Walks.


Trabalhar Grupos

A Empresa

“Parece‑me que há aqui espaço para trabalhar grupos no Caminho”, refere Paulo Lopes, detalhando, “Há um tempo ideal para absorver a mensagem, reflectir e partilhar. Este caminhar durante vários dias, esta mistura do esforço físico com o desprendimento mental, faz com que as pessoas estejam mais receptivas”. Neste caso, a Portugal Green Walks pode fornecer toda a logística, “mas a dinamização do grupo terá que ficar a cargo de um especialista”.

Começou por se chamar Oficina da Natureza e nasceu em 2005, com a liderança de Paulo Lopes. O projecto inicial era dirigido ao mercado português e resumia‑se a programas de fim‑de‑semana e experiências. A partir de 2008, com a crise, Paulo Lopes decide fazer uma inversão na estratégia e começar a olhar para o mercado internacional. A empresa muda então de nome para Portugal Green Walks. Paralelamente, houve uma mudança nos regimes de animação turística, e as empresas do sector puderam requerer o estatuto de agências de viagem. “Devo ter sido o segundo a requerer esse estatuto”. A especialização no Caminho de Santiago surgiu naturalmente. Paulo Lopes já tinha feito o Caminho uns anos antes, e juntamente com um amigo que fazia a rota com grupos, decidiu elaborar um programa. Hoje, além do Caminho Central, a Portugal Green Walks dispõe de programas com o Caminho da Costa, sendo uma referência a nível nacional.


FOOD INSPIRATION 54

WWW.EVENTPOINT.PT

Alimentos Na Última Fronteira A exploração espacial tem sido, desde o início, sinónimo da mais alta tecnologia. Não há nenhum ambiente mais hostil à vida do que o vácuo no espaço, e contudo nós vamos até lá. E, quando ali permanecemos, precisamos de comer. Curiosamente, os avanços tecnológicos necessários para os alimentos funcionarem no espaço podem ter benefícios excepcionais para a nossa alimentação aqui na Terra.

Bioquímica Nutricional O departamento de bioquímica nutricional da NASA está encarregado de garantir que os astronautas satisfazem as exigências nutricionais da vida no espaço. Nas suas próprias palavras, eles desenvolvem "contramedidas" para neutralizar os efeitos negativos do vôo espacial sobre o corpo humano. Escusado será dizer que há um monte deles, e a equipa de bioquímica nutricional precisa por isso de resolver um grande número de problemas com recursos limitados. Fornecer os nutrientes adequados da forma mais eficiente possível leva a soluções criativas e inovadoras que têm implicações terrestres para coisas como o tratamento da doença óssea ou a distrofia muscular, bem como usos significativamente mais mundanos, como uma aplicação que rastreia com precisão a ingestão de nutrientes.

Sistemas De Alimentação Espacial Uma vez que a equipa de bioquímica nutricional descubra o 'quê', a de sistemas de alimentos espaciais começa a lidar com o 'como'. Dado que a estação espacial não tem acesso à refrigeração de alimentos, é necessário que eles estejam 'estáveis em prateleira', ou seja, devem ser mantidos à temperatura ambiente por um longo período de tempo. Os alimentos, aliás, dividem‑se em quatro categorias com base no método de preparação e embalagem.


Irradiados É um nome assustador, mas o efeito é essencialmente idêntico ao anterior. Os produtos de carne são às vezes irradiados em vez de aquecidos para matar microrganismos e enzimas prejudiciais. São também mantidos em embalagens flexíveis.

PREPARAÇÃO: • Pré‑aqueça o forno de convecção a 160° C. O forno convencional deve ser aquecido a 180° C. • Barre com manteiga uma assadeira de 33x23 cm. • Descasque as cebolas e reduza‑as a puré num processador de alimentos. Coloque num recipiente e reserve. • Pique o aipo de forma fina no processador. Adicione ao puré de cebola. Reserve. • Aqueça uma frigideira em fogo médio. Derreta a manteiga e salteie a mistura de cebola e aipo até amolecer (cerca de 5 minutos). • Adicione ao miolo de pão de milho previamente preparado. Misture bem. Num recipiente à parte misture o sal, o tempero de aves, a pimenta preta, a salsa e a salva. • Junte à mistura salteada. • Adicione o caldo de galinha. Misture bem. Disponha o preparado com uma colher na assadeira preparada. • Leve ao forno durante aproximadamente 35 minutos a 160° C ou 180° C, dependendo do forno.

Naturais Frutos secos, barras de granola, biscoitos e alimentos similares estão prontos para comer, e os astronautas só têm de cortar a embalagem de plástico transparente com as suas tesouras especiais.

PREPARAÇÃO EM VÔO ESPACIAL: O molho saído do forno é transferido para uma bandeja de metal e liofilizado. Uma porção de molho de milho deve pesar aproximadamente 145 g antes da liofilização e 50 g após a liofilização.

Cozinhar Na Eei

Comer No Espaço

Reidratáveis De macarrão com queijo aos cereais, só precisamos de adicionar água. Os alimentos reidratáveis são embalados num material flexível com velcro na parte inferior para ajudar a segurá‑lo ao tabuleiro de refeição e uma tampa no topo para a água. Uma vez preparados, são cortados com uma tesoura especial. Termoestáveis A maioria das frutas e peixes, bem como alguns tipos de carne, são tratados termicamente para matar as bactérias. Os alimentos termoestáveis só requerem que os astronautas os aqueçam antes do consumo. A embalagem é hermeticamente selada e requer tesoura para abrir.

(Estação Espacial Internacional) www.youtube.com/watch?v=4exaXdPKS3Y Receita de molho de pão de milho Os astronautas na EEI comemoraram o Dia de Acção de Graças ao estilo espacial, com uma receita de molho de pão de milho directamente da cozinha da NASA. INGREDIENTES: 12 chávenas de miolo pão de milho 3 3/4 chávenas de caldo de galinha 2 1/2 chávenas de cebola picada 1 1/2 chávenas de aipo picado 1/4 chávena de manteiga sem sal 3/4 colher de chá de sal 1 1/4 colher de chá de tempero de aves 1/2 colher de chá de pimenta preta 2 colheres de chá de salsa desidratada 1 colher de chá de salva

A microgravidade na Estação Espacial Internacional traz um conjunto próprio de desafios quando se trata de preparar e comer refeições. Além de ter que confiar unicamente na tensão superficial para manter os alimentos a flutuar, os astronautas também têm de lidar com as diferenças fisiológicas. Coisas como o deslocamento de fluidos nos corpos podem afectar o olfacto e o paladar. Além disso, os aromas usuais que acompanham os alimentos são menos pronunciados no espaço, pois o ar quente não sobe imediatamente, levando os aromas às narinas, e também porque eles são forçados a comer de pequenas embalagens que confinam ainda mais qualquer cheiro. Combinar diferentes alimentos também é quase impossível, porque geralmente não há lugar para misturar nada, e é preciso um esforço concertado para manter vários pacotes abertos seguros e acessíveis. Alimentos a voar poderiam rapidamente resultar em desastre num ambiente como o da EEI, com tantas máquinas delicadas expostas. Uma migalha perdida poderia rapidamente pôr em causa os trabalhos ou perturbar a instrumentação sensível. E aí teríamos o caldo entornado. Texto original (adaptado): Jelle Steenbergen | Fotos: ESA/NASA

A rubrica Food Inspiration é uma parceria entre a revista Food Inspiration e a Event Point. Pode consultá‑la online em: www.international.foodinspiration.com


CONSULTÓRIO DE PROTOCOLO 56

WWW.EVENTPOINT.PT

Protocolo Multicultural: Cultura Chinesa A República Popular da China, uma das mais antigas civilizações do mundo, é o maior país da Ásia Oriental e o terceiro maior a nível mundial, além de ser o mais populoso. É uma República socialista, governada pelo Partido Comunista, formada por 26 províncias, cinco regiões autónomas, quatro municipalidades e duas regiões administrativas especiais (Hong Kong e Macau). Coexistem uma multiplicidade de línguas e dialectos, com destaque para o Putonghua, o Mandarim, o Cantonês. Há mais de cinco mil apelidos. A ordem do nome é contrária à Ocidental: primeiro aparece o nome de família e, depois, o nome próprio.


Ao longo dos séculos, três grandes correntes religiosas emergiram e desenvolveram‑se, contribuindo para moldar o carácter da Cultura Chinesa: o Taoísmo, o Budismo e o Confucionismo. Têm uma particularidade em comum: são baseadas no Confucionismo. O Confucionismo é um complexo sistema político, ético e filosófico, baseado nos ensinamentos de Confúcio que, até à actualidade, mantém uma profunda influência na sociedade Chinesa. É, acima de tudo, um guia moral e um código de boas práticas. Os aspectos sobre os quais o Confucionismo continua a exercer as suas influências na sociedade Chinesa são os seguintes: • Uma abordagem hierárquica a todas as organizações. • Um acentuado ênfase na educação/escolaridade. • O foco na família como célula fundamental da sociedade. • Importância da ordem e harmonia. A influência destes princípios é fundamental para a compreensão da cultura e do modo de negociar. Por exemplo, daqui advém a considerável reverência que os Chineses prestam a quem representa o poder. Assim se compreende que frequentemente actuem da forma como é suposto actuarem e não necessariamente de acordo com aquilo que sentem, o que dificulta claramente o entendimento e o relacionamento com os Ocidentais. Tendencialmente os Chineses são muito supersticiosos, daí acreditarem profundamente nas técnicas de feng shui. O número 4 é considerado um número de azar. No que diz respeito à comunicação e interacção, considerem os seguintes aspectos: • O cumprimento adequado é o aperto de mão, que é menos firme do que o Ocidental. • Os cartões de visita devem ser entregues com ambas as mãos e cuidadosamente recebidos. • Gritar, falar alto, gesticular em demasia são comportamentos considerados rudes. • Não é bem visto que em ambiente profissional se trate alguém pelo primeiro nome ou sem um título de "Mr., Mrs., Doctor, President, Diretor", por exemplo. • Mesmo em situação de conversas empolgantes, não é bem aceite o toque corporal ou a invasão do espaço pessoal. • Não deve assumir que a língua Inglesa é entendida. Em processos negociais complexos contratar um intérprete pode ser a solução mais sensata. • Reclamações e queixas são consideradas uma grosseria, pelo que não se deve reclamar publicamente. • Um presente deve ser entregue com as duas mãos e deve esperar que o destinatário o recuse três vezes; insista, caso contrário será interpretado como falta de sinceridade na oferta, que deve ser sempre retribuída. O

mesmo se aplica à mesa de refeição, quando se oferece comida ou bebida. • Ao receber um cumprimento ou uma lisonja, negue a veracidade do mesmo, o que é entendido como um gesto de humildade; agradecer, neste caso, é considerado como a aceitação desse cumprimento e, portanto, uma atitude de vaidade. • Nunca encha o próprio copo, espere que seja o anfitrião a fazê‑lo; numa situação em que tenha mesmo que o fazer, certifique‑se que isso ocorre após os brindes. • Ao terminar uma refeição, deixe sempre um pouco de comida no prato, caso contrário o anfitrião assumirá que pretende repetir e voltará a servir. • Assoar‑se em público é um acto mal recebido. • Expressar afeição publicamente não é bem encarado. Um princípio fundamental da cultura chinesa é o de “mianzi”, o conceito de vergonha: os Chineses têm a preocupação de se comportarem adequadamente para evitarem perder a face. Fazer alguém perder a face é imperdoável e ganhar‑se‑á um inimigo para a vida. Os Ocidentais consideram este comportamento obsessivo e não lhe prestam a devida atenção, o que é um erro. Por exemplo, a falta de pontualidade, interromper quem fala, não demonstrar deferência, declinar um convite para uma refeição, criticar, desmascarar uma mentira, enfurecer‑se, ser incapaz de cumprir uma tarefa, são comportamentos que causarão perda de face.

A palavra “sim” é sempre a primeira, mas raramente a última e significa o início de um longo processo de negociações. A expressão “não” não é utilizada. As negociações são demoradas, exigem paciência, persistência, portanto investimento. CRISTINA FERNANDES E SUSANA DE SALAZAR CASANOVA


DESTINO INTERNACIONAL 58

WWW.EVENTPOINT.PT

24h/24h © Nicolas de Camaret


© jACK TWO

São Paulo: Uma Cidade Para Todos Basta fazer o percurso de Guarulhos, um dos três aeroportos que servem São Paulo, para o centro da cidade, prestando atenção ao movimento de carros, camiões, helicópteros, para se perceber que ali está o centro nevrálgico do Brasil, um país que, convém não esquecer, é do tamanho de um continente.

24h/24h A cidade, numa primeira visita, pode parecer desconcertante, não cumprindo os cânones de outras metrópoles com centros eminentemente turísticos, facilmente identificáveis. Mas essa é apenas uma ilusão, porque São Paulo, que abriga mais de 12 milhões de habitantes, é afinal uma cidade para todos. Moldada por inúmeras nacionalidades, culturas, crenças e ideais, esta mega‑cidade é simultaneamente italiana, alemã, judaica, portuguesa, japonesa, chinesa, francesa, africana, árabe, espanhola, latina e brasileira. O reflexo desta fusão está presente na arquitectura, nas ruas, na gastronomia, nos trajes e nos hábitos de cada paulistano.

É outra das marcas que só as metrópoles desta dimensão apresentam: nunca parar, 24 horas por dia, sete dias por semana, 365 dias por ano. Abrandar talvez, um pouco, mas parar nunca. São Paulo dispõe do maior complexo hoteleiro da América Latina, o mais completo centro hospitalar do país, e concentra o maior pólo cultural brasileiro. É ainda uma das capitais internacionais da gastronomia, destino regular de grandes eventos, feiras e exposições mundialmente reconhecidas, sede de centros académicos e de pesquisa conceituados. A capital paulista é um daqueles lugares capazes de mesclar modernidade


60

WWW.EVENTPOINT.PT

© Tommaso Mascioli

e história. Já foi palco de revoluções políticas, culturais e protestos em favor da democracia. Abriga centenas de cinemas, museus, teatros, áreas de um rico património histórico e cultural, parques, casas de espectáculos, parques temáticos, restaurantes, bares, hotéis, espaços para eventos, feiras, shopping centers, ruas dedicadas ao comércio... Por ano, cerca de 15 milhões de visitantes demandam São Paulo, quer seja para tratar de negócios, estreitar contactos profissionais, fazer compras ou usufruir de um calendário cultural sintonizado com as vanguardas do mundo inteiro. Capital de um Estado do tamanho do Reino Unido, com uma população próxima da de Espanha e que gera quase metade da riqueza brasileira, São Paulo tornou‑se também o primeiro destino do Brasil. Para os amantes da gastronomia, São Paulo oferece 15.000 restaurantes com mais de 40 tipos diferentes de cozinha, onde pontuam nomes como Helena Rizzo, eleita em 2014 a melhor chef mulher no mundo, e Alex Atala, chef do D.O.M., restaurante que surge sistematicamente no topo dos rankings mundiais. Para os intelectuais, mais de 90 bibliotecas e uma feira do livro que, de dois em dois anos, tem uma média de 750.000 visitantes. Para a comunidade LGBT, a maior parada gay do mundo, com mais de quatro

milhões de participantes, igrejas, bares, restaurantes e discotecas. Para os empresários e profissionais de inúmeras áreas, a terceira maior bolsa de valores do mundo, a Bovespa, o maior pólo empresarial do Mercosul, com mais de 90.000 eventos de negócios por ano, e a sede de 63% de todas as empresas multinacionais instaladas no Brasil. Para os viciados em compras, mais de 50 shopping centers, pequenas lojas e feiras de rua, onde se fazem 10 compras com cartão de crédito a cada segundo que passa. Para mulheres, e acreditando neste estereótipo, 8.000 salões de beleza e mais de 10.000 clínicas estéticas. Para homens, e mais uma vez acreditando no estereótipo, 10 estádios de futebol, um grande prémio de Fórmula 1, com 120.000 espectadores, e seis milhões de mulheres brasileiras... Para os que são religiosos, locais de culto católicos, ortodoxos, judeus, muçulmanos, budistas, hare krishnas, mórmons, protestantes, etc. Para as crianças, o maior jardim zoológico da América Latina, a Kidzania, onde os mais pequenos podem experimentar as tarefas de várias profissões, 90 parques urbanos e parques temáticos. E se nada disto lhe agradou, tem sempre formas de sair daqui, tão facilmente


© Vishpool

como entrou: três aeroportos com mais de 700 ligações internacionais, 42 companhias aéreas que operam voos internacionais directos para São Paulo, três terminais rodoviários, 33.000 táxis e 15.000 autocarros.

Para Todos Os Eventos A oferta de São Paulo inclui as principais cadeias hoteleiras internacionais, a que se associam venues para eventos clássicos, como o Parque do Anhembi; para eventos elegantes, como a Sala São Paulo ou o Teatro Municipal; para eventos gastronómicos, como o Terraço Itália, o Mercado Municipal ou Figueira Rubayat; para eventos ao ar livre, como o Parque do Ibirapuera ou Guarapiranga; para eventos cool, como a Cinemateca ou o MAM – Museu de Arte Moderna; para eventos de arte, como o Pavilhão da Bienal, SESC Pompéia ou o MuBe; para eventos surpreendentes, como a Ponte Estaiada e o Auditório Ibirapuera; e para eventos desportivos, como os estádios de futebol, o autódromo de Interlagos ou o Museu do Futebol.

© Edward Stojakovic

Finalmente, e se ainda necessita de mais informações sobre este destino, pode sempre consultar o primeiro Convention Bureau da América Latina, justamente o de São Paulo, em www.visitesaopaulo.com.


DIRECTÓRIO 62

WWW.EVENTPOINT.PT

ANIMAÇÃO

ARTIST KEY ‑ TALENT IGNITION FOR YOUR EVENT!

LISBOA | 218 288 946 | 935 162 618 | CC@ARTIST‑KEY.COM | WWW.ARTIST‑KEY.COM "EMPRESA IBÉRICA DE DESTINATION ENTERTAINMENT PARA EVENTOS CORPORATE E PRIVADOS. “DISPOMOS DE CERCA DE 1.500 ARTISTAS ENTRE ESPANHA E PORTUGAL, COM OS QUAIS TEMOS CONTRATADOS MODELOS DE AGENCIAMENTO QUE NOS PERMITEM OFERECER VALORES ÚNICOS NO MERCADO”. OS PERFIS DOS AGENCIADOS NAS MAIS DIVERSAS ÁREAS PODEM SER CONSULTADOS EM WWW.ARTIST‑KEY.COM."

RITUAIS

CORROIOS | 211 361 213 | 919 412 954 | INFO@RITUAIS.PT | WWW.RITUAIS.PT "SE DESEJA EVENTOS MEMORÁVEIS. SE DESEJA CONTAR COM A CONFIANÇA DE UMA EQUIPA DEDICADA DE PROFISSIONAIS COM MUITA EXPERIÊNCIA. SE DESEJA UMA GAMA DE OFERTA DE ANIMAÇÃO, SOM, LUZ E PERFORMANCES. SE DESEJA A GARANTIA DE QUE O FOCO ESTÁ NOS RESULTADOS DA ACÇÃO E NA CONQUISTA DA SATISFAÇÃO DO SEU PÚBLICO, ENTÃO O SEU EVENTO É COM A RITUAIS."

MAINVISION ‑ SOLUÇÕES AUDIOVISUAIS PARA EVENTOS

LISBOA | 211 583 053 | 939 117 564 | INFO@MAINVISION.PT | WWW.MAINVISION.PT "EMPRESA DE PRODUÇÃO TÉCNICA DE EVENTOS, ESPECIALIZADA NO ALUGUER DE SOLUÇÕES AUDIOVISUAIS PARA EVENTOS CORPORATIVOS."

CATERING

IMPPACTO ‑ CATERING E EVENTOS

ALMADA | 212 962 365 | 937 200 350 | INFO@IMPPACTO.COM | WWW.IMPPACTO.COM "SOLUÇÕES GASTRONÓMICAS E DECORATIVAS CONTEMPORÂNEAS."

AUDIOVISUAIS

SILVA CARVALHO CATERING

LISBOA | PORTO | 707 503 305 | COMERCIAL@SCCATERING.PT | WWW.SCCATERING.PT “OS NOSSOS CLIENTES TÊM ALGO EM COMUM: A NOÇÃO DE EXCELÊNCIA. QUER SE TRATE DE ORGANIZAR UM SIMPLES COFFEE BREAK OU UM JANTAR DE GALA, EXIGEM UM EVENTO PERFEITO”.

DESTINATION MANAGEMENT COMPANIES AUDIORENT SOLUÇÕES AUDIOVISUAIS

MAIA | 229 740 099 | 917 594 968 | GERAL@AUDIORENT.PT | WWW.AUDIORENT.PT “A AUDIORENT É UMA EMPRESA DE ÂMBITO NACIONAL, COM MARCA REGISTADA, ESPECIALIZADA NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS E NO ALUGUER DE MEIOS AUDIOVISUAIS PARA EVENTOS – CONGRESSOS, CONFERÊNCIAS, REUNIÕES, EXPOSIÇÕES, FEIRAS, ESPETÁCULOS, CONCERTOS... PROVIDENCIAMOS OS RECURSOS TÉCNICOS E HUMANOS EXIGIDOS, SENDO QUE, PARA AJUDARMOS A CONSTRUIR E A CRIAR VALOR A UM EVENTO, ANALISAMOS O PROJECTO COMO UM TODO, APRESENTAMOS SOLUÇÕES, EXECUTAMOS O SOLICITADO, E POR FIM, AVALIAMOS O RESULTADO”.

XPTO EVENTS AND DMC

LOULÉ | 289 417 092 | 961 701 280 | ANABELA@XPTOEVENTS.COM | WWW.XPTOEVENTS.COM "DESENVOLVEMOS SOLUÇÕES INOVADORAS, CRIATIVAS E DINÂMICAS COM O OBJECTIVO DE EXCEDER EXPECTATIVAS."


ESPAÇOS MULTIUSOS

CENTRO DE CONGRESSOS E EXPOSIÇÕES DA ALFÂNDEGA

PORTO | 223 403 000 | GERAL@CCALFANDEGAPORTO.COM | WWW.CCALFANDEGAPORTO.COM “MELHOR CENTRO DE CONGRESSOS DA EUROPA”.

PORTO PALÁCIO CONGRESS HOTEL & SPA

PORTO | 226 086 600 | SALES@PORTOPALACIOHOTEL.PT | WWW.HOTELPORTOPALACIO.COM “LOCALIZADO EM PLENA AVENIDA DA BOAVISTA, UMA DAS MAIS MOVIMENTADAS DA CIDADE, O PORTO PALÁCIO CONGRESS HOTEL & SPA OFERECE, ALÉM DOS MAIS REQUINTADOS SERVIÇOS DE ALOJAMENTO E BEM ESTAR, UM CENTRO DE CONGRESSOS QUE É, SÓ POR SI, GARANTIA DE EVENTOS DE SUCESSO. COM UM ESPAÇO MULTIFUNCIONAL, EQUIPADO COM AS MAIS RECENTES TECNOLOGIAS E INSERIDO NUM AMBIENTADO PLENO DE CONFORTO E ADAPTABILIDADE, O CENTRO DE CONGRESSOS DO PORTO PALÁCIO DISPONIBILIZA 10 SALAS COM CAPACIDADE ATÉ 300 PESSOAS E A SALA PORTO, COM 600 LUGARES, SENDO O ESPAÇO IDEAL PARA REUNIÕES E EVENTOS QUE IRÃO FICAR NA MEMÓRIA DOS CLIENTES”.

ESTRUTURAS E ALUGUER DE MATERIAL EUROPARQUE

SANTA MARIA DA FEIRA | 256 370200 | INFO@EUROPARQUE.PT | WWW.EUROPARQUE.PT “A CIDADE DOS EVENTOS”

ALUGOCLIMA (AR‑CONDICIONADO)

ALDEIA DE PAIO PIRES | 212 549 550 | INFO@ALUGOCLIMA.COM | WWW.ALUGOCLIMA.COM "A TEMPERATURA CERTA PARA O SEU EVENTO."

MEO ARENA

LISBOA | 218 918 409 | INFO@MEOARENA.PT | WWW.MEOARENA.PT "UM BENCHMARK NACIONAL EM ARENAS MULTIUSOS E ESPAÇOS PARA GRANDES EVENTOS, ESTE VENUE RECEBE UMA MÉDIA DE 80 EVENTOS POR ANO, DE DIFERENTES TIPOS, E PARA MAIS DE 400 MIL PESSOAS. DESDE CONCERTOS, ESPECTÁCULOS DE FAMÍLIA E EVENTOS DESPORTIVOS, ATÉ LANÇAMENTO DE PRODUTOS, REUNIÕES DE EMPRESAS NACIONAIS E INTERNACIONAIS, GRANDES CONVENÇÕES, FEIRAS E GALAS."

MULTIARCO (AR‑CONDICIONADO)

LISBOA | 218 483 740 | INFO@MULTIARCO.PT | WWW.MULTIARCO.PT "ENQUANTO LÍDER NO MERCADO DE ALUGUER DE EQUIPAMENTOS DE AR CONDICIONADO E DE SOLUÇÕES PARA AQUECIMENTO, CRIÁMOS ESPECIFICAMENTE O SERVIÇO DE ALUGUER DE EQUIPAMENTOS, PARA RESPONDER ÀS NECESSIDADES DE CLIMATIZAÇÃO TEMPORÁRIAS, RESULTANTES DA ORGANIZAÇÃO DE FESTAS, ESPECTÁCULOS, CONGRESSOS, EVENTOS DESPORTIVOS, EXPOSIÇÕES, ENTRE OUTRAS. SEJA UMA TENDA, UM EDIFÍCIO HISTÓRICO, UM ARMAZÉM, UM CONTENTOR MONOBLOCO OU OUTRO ESPAÇO SEM CLIMATIZAÇÃO."


64

WWW.EVENTPOINT.PT

FOTOGRAFIA E VÍDEO

ORGANIZADORES PROFISSIONAIS DE CONGRESSOS

MINIFOTO

LISBOA | 217 567 330 | MINIFOTO@NETCABO.PT | WWW.MINIFOTO‑ESTUDIO.COM "REGISTAMOS O SEU SUCESSO!"

HOTÉIS

FACTOR CHAVE

ALGÉS | 214 307 740 | CONGRESSOS@FACTORCHAVE.PT | WWW.FACTORCHAVE.COM "TRABALHAMOS EXCLUSIVAMENTE NO CAMPO DOS EVENTOS LIGADOS À SAÚDE. TRAZEMOS UMA EXPERIÊNCIA DE MAIS DE 14 ANOS NO PLANEAMENTO DE EVENTOS DE DIFERENTES TIPOLOGIAS E DIMENSÕES, COM ASSOCIAÇÕES MÉDICAS, GRUPOS DE INVESTIGAÇÃO, EMPRESAS FARMACÊUTICAS E DE EQUIPAMENTOS. O MARKETING É O ELEMENTO CENTRAL DO NOSSO TRABALHO, QUE REFLECTE SEMPRE PAIXÃO, ESTRATÉGIA, KNOW HOW, COMPETÊNCIA, IDEIAS ORIGINAIS E TALENTO."

ORGANIZADORES DE EVENTOS

FAROL HOTEL

CASCAIS | 214 823 490 | EVENTS@FAROL.COM.PT | WWW.FAROL.COM.PT “UM DESLUMBRANTE CENÁRIO EM CIMA DO ATLÂNTICO, ONDE ELEGÂNCIA E REQUINTE SE UNEM PARA CRIAR UM AMBIENTE INSPIRADOR.”

ANIMAGEST

ALMADA | 212 549 880 | 932 549 880 | ANIMAGEST@ANIMAGEST.COM.PT | WWW.ANIMAGEST.COM.PT "25 ANOS DE EXPERIÊNCIA, TENDO COMO CLIENTES ALGUMAS DAS MAIORES EMPRESAS NACIONAIS E ORGANISMOS PÚBLICOS, ONDE REALIZAMOS INÚMEROS EVENTOS, TÃO DIVERSIFICADOS DESDE ACTIVAÇÃO DE MARCA, A CORPORATE EVENT, DECORAÇÃO OU MODA, PERMITE-NOS REFORÇAR OS VALORES E OBJECTIVOS SEMPRE PRESENTES: PARCERIA, TEAM WORK, PROFISSIONALISMO, RIGOR, CONFIANÇA, INOVAÇÃO, QUALIDADE, PRAZER E A CRIAÇÃO DE MOMENTOS ÚNICOS E MEMORÁVEIS COMO OS QUE QUEREMOS REALIZAR PARA SI!"

INTERCONTINENTAL LISBON | ESTORIL

LISBOA | ESTORIL | 213 818 700 | 218 291 100 | WWW.IHG.COM “WORK OR LEISURE THIS SPRING? STAY WITH US AND GIVE YOUR EVENT A FULL SWING.”

DESAFIO GLOBAL

LINDA A VELHA | 214 149 550 | PEDRO.RODRIGUES@DESAFIOGLOBAL.PT | WWW.DESAFIOGLOBAL.PT "A DESAFIO GLOBAL GANHOU MAIS DE 100 PRÉMIOS NACIONAIS E ESTRANGEIROS, COM DESTAQUE PARA O DE MELHOR EMPRESA EUROPEIA DE EVENTOS NOS EUROPEAN BEST EVENT AWARDS. COM UMA ESTRUTURA QUALIFICADA DE COLABORADORES, COMBINA CRIATIVIDADE, COMUNICAÇÃO E LOGÍSTICA PARA A REALIZAÇÃO DE EVENTOS DE SUCESSO."



66

WWW.EVENTPOINT.PT

XPTO EVENTS AND DMC

LOULÉ | 289 417 092 | 961 701 280 | ANABELA@XPTOEVENTS.COM | WWW.XPTOEVENTS.COM "DESENVOLVEMOS SOLUÇÕES INOVADORAS, CRIATIVAS E DINÂMICAS COM O OBJECTIVO DE EXCEDER EXPECTATIVAS."

TECNOLOGIA PARA EVENTOS

EVENTSERVICES

VILA NOVA DE GAIA | 919 328 195 | INFO@EVENTSERVICES.PT | WWW.EVENTSERVICES.PT “A EVENTSERVICES É UMA EMPRESA PRESTADORA DE SERVIÇOS DE SUPORTE A EVENTOS, FOCANDO A SUA ACTIVIDADE EM PLATAFORMAS DE GESTÃO ONLINE, SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS E ALUGUER DE MATERIAL.”

SPIC – CREATIVE SOLUTIONS

LOULÉ | 289 358 326 | INFO@SPIC.PT | WWW.SPIC.PT “ESPECIALISTA EM DIVERSAS SOLUÇÕES DE COMUNICAÇÃO DIGITAL PARA ACTIVAÇÕES E EXPERIÊNCIAS DE MARCA, EVENTOS, CONGRESSOS E EXPOSIÇÕES.”

OUTROS SERVIÇOS

GROUPE GM

PORTO | 225 574 387 | A62@A62.EU | WWW.GROUPEGM.PT “LÍDER MUNDIAL NO FORNECIMENTO DE COSMÉTICA DE MARCA AO MERCADO HOTELEIRO.”

TAPADA CREW

EVENTKEY

PORTO | 913 647 504 | 912 000 952 | GERAL@EVENTKEY.PT | WWW.EVENTKEY.PT “FAZEMOS SOFTWARE DE GESTÃO PARA PEQUENOS E GRANDES EVENTOS. ACREDITAMOS QUE A MELHOR FORMA DE TODOS OS INTERVENIENTES DE UM EVENTO COLABORAREM, É ATRAVÉS DE UMA PLATAFORMA COMUM, ONDE TODOS CONTRIBUAM ONDE QUER QUE ESTEJAM”.

KIWISCREEN

PORTO | 968 678 751 | INFO@KIWISCREEN.COM | WWW.KIWISCREEN.COM "É UMA PLATAFORMA TECNOLÓGICA QUE PERMITE TORNAR UM EVENTO NUM MOMENTO ÚNICO. JUNTANDO UMA SOLUÇÃO INOVADORA COM REDES SOCIAIS, PERMITE AOS PARTICIPANTES DO EVENTO INTERAGIR COM O MESMO DE UMA FORMA COMPLETAMENTE DIFERENTE."

CARNAXIDE | 917 296 014 | TAPADA_CREW@YAHOO.COM | WWW.TAPADACREW.COM "UMA EMPRESA DE RECURSOS HUMANOS QUE OPERA NO MERCADO DESDE 1986 E QUE TEM COMO PRINCIPAL ACTIVIDADE A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS NA ÁREA DE MONTAGEM E ASSISTÊNCIA DE TODO O TIPO DE ESPECTÁCULOS, DESDE O MAIS PEQUENO AO MAIOR EVENTO."




Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.