Event Point 24

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ANO VII NÚMERO 24 TRIMESTR AL JUL, AGO E SET DE 2017 5,00 €

“EM BRAGA É FÁCIL” É O LEMA PARA A MEETINGS INDUSTRY TRÊS MIL PESSOAS DERAM ASAS AO RED BULL AIR RACE TAP QUER VOAR MAIS ALTO EM CONGRESSOS E EVENTOS PRESIDENTE DO JÚRI DOS BEA WORLD QUER VER CRIATIVIDADE E INOVAÇÃO

COOL SPONSORS




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Ficha Técnica PROPRIE TÁRIO Estação Livre, Comunicação Tel: 223 395 624 | info@eventpointinternational.com www.eventpoint.pt SEDE DA REDACÇÃO Rua da Fábrica Social, s/n 4000‑201 Porto | Portugal DIRECTOR Rui Ochôa [rui@eventpointinternational.com] EDITOR A / DIRECTOR A DE INFORMAÇÃO Cláudia Coutinho de Sousa [claudia@eventpointinternational.com] REDACÇÃO Maria João Leite [mj@eventpointinternational.com] Sara Marques [info@eventpointinternational.com] Alexandra Noronha DIRECTOR COMERCIAL Filipe Silva [filipe@eventpointinternational.com]

Índice

6 Entrevista: Andrea Faflíková 10 Bea World: Preparações A Grande Ritmo 14 Empresas

ASSISTENTE DE DIRECÇÃO Rita Costa CONSELHO CONSULTIVO Alexandra Torégão, Ana Fernandes, António Gouveia Santos, Isabel Amaral, João Luís Moita, João Paulo Oliveira, Joaquim Pires, Jorge Vinha da Silva, Maria José Alves, Nuno Pinto Magalhães, Paulo Campos Costa, Pedro Magalhães, Pedro Ribeiro, Pedro Rodrigues e Sandra Antunes. TR ADUÇÕES Diana Reis Marques

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“Em Braga é Fácil” É O Lema Para A Meetings Industry Espaço APECATE Espaço IPAM Dossiê Temático: Co-criação São Os Eventos A Identidade De Um Território?, por Bernardo Corrêa de Barros

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Três Mil Pessoas Deram Asas Ao Red Bull Air Race Direito De Resposta, por Jorge Ferreira

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Tap Quer Voar Mais Alto Em Congressos E Eventos Marca: Samsys Gerar Envolvimento Num Evento: Algumas Pistas, por Hélder Pinto Venues: Casa Do Vinho Verde Venues: Viseu Arena Espaço APOREP Sete Tendências A Não Perder Na Meetings Industry Incentivos: Lula 1000 Incentivos: Douro Incentivos: Porto Bridge Climb Destino Internacional: Quioto Directório De Empresas E Serviços

COL ABOR AM NESTA EDIÇÃO Bernardo Corrêa de Barros, Hélder Pinto, Jorge Ferreira DESIGN Norma Design [geral@normadesign.com] FOTOGR AFIA Minifoto IMPRESSÃO Norprint ‑ a casa do livro Zona Industrial Alto da Cruz Rua das Artes Gráficas, nº 209 4780‑739 Santo Tirso | Portugal Nº REGISTO ERC 126066 DEPÓSITO LEGAL 330066/11 TIR AGEM 3.500 exemplares PERIODICIDADE Trimestral ESTATUTO EDITORIAL www.eventpointinternational.com/pt/content/18‑about‑us É estritamente proibida a reprodução parcial ou integral de textos ou ilustrações da Event Point. As informações contidas nos anúncios são da exclusiva responsabilidade dos anunciantes. Consequentemente, não podemos ser responsabilizados por qualquer informação incorrecta que se possa verificar.


CL ÁUDIA COUTINHO DE SOUSA

RUI OCHÔA

Jovens Lobos Há em Portugal destinos que poderíamos chamar “de segunda linha” que procuram afirmar-se na captação de eventos nacionais e internacionais. E que estão a investir para o fazer. Braga e Viseu são apenas dois exemplos, apostando em dotar as respectivas cidades com espaços multiusos, capazes de acolher uma variedade de eventos. Mas o que pode determinar o sucesso ou o insucesso destes investimentos? Para discutir o caso concreto de Braga, organizámos mais um, o quarto, dos pequenos-almoços/debate da Event Point. Leia aqui a reportagem completa. E já agora qual a relação entre os eventos e a identidade de um território? Vale a pena conferir a opinião de Bernardo Corrêa de Barros, vice-presidente da Câmara de Cascais. Conheça melhor, na grande entrevista, a presidente do júri dos Bea World, que este ano se realizam em Portugal, no Porto. Andrea Faflíková tem um trabalho que muitos podem considerar de sonho: não só é responsável pelos eventos e acções de RP da LEGO para a Europa Central e de Leste, Médio Oriente e África como pode experimentar todas as novidades da marca dinamarquesa, bem antes de estas chegarem ao mercado!

Boas leituras, e até Dezembro.


GRANDE ENTREVISTA 6

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“...o nível de envolvimento [nos eventos] é incrivelmente alto em comparação com outros canais de comunicação”


Andrea Faflíková

“Estou Ansiosa Para Ver Novas Ideias, Criatividade E Inovação” A presidente do júri dos Bea World partilha com a Event Point as expectativas para a próxima edição dos prémios, e a experiência de ser responsável de eventos da Lego para a Europa Central e de Leste, Médio Oriente e África.

Quais foram os principais marcos da sua carreira até este momento? Já trabalhei em vários sectores: música, desporto, publicidade e agora no negócio dos brinquedos, mas sobretudo tenho trabalhado na esfera da comunicação corporativa e eventos. Uma vez que trabalho nesta área, ser presidente dos Bea é um reconhecimento e o principal marco da minha carreira. Do ponto de vista dos eventos, quais são os principais desafios de trabalhar numa grande empresa internacional? Pode variar de empresa para empresa e mesmo de pessoa para pessoa. Represento a região CEEMEA – Europa Central e de Leste, Médio Oriente e África, e esta é uma região muito complexa em comparação com outras zonas europeias que têm, por exemplo, só três países sob a sua liderança. Por isso, os meus colegas podem ter experiências de trabalho diferentes da minha. Como a região que eu represento é tão diversa, nós desenhamos estratégias diferentes para os vários ‘clusters’. Na minha perspectiva, a primeira coisa que me vem à cabeça são as leis distintas, as regulações e standards, os cálculos de custos, os câmbios, os métodos de transporte, as alfândegas e as taxas. Identifico três desafios: Complexidade: temos um espectro grande de mercados sob a liderança da nossa equipa, desde os mercados maduros, onde temos escritórios, a outros em desenvolvimento, em que nós não temos uma presença activa e somos representados por distribuidores. Estes mercados são muito polarizados, há diferentes objectivos e necessidades e, na prática, quase todos estes países têm uma língua oficial diferente.

Escala: temos de ter a certeza de que os eventos que desenvolvemos são relevantes nos diferentes locais, de modo que temos de pensar em como produzi-los para ir de encontro às diferentes premissas. Timing: desenvolver conceitos de eventos para vários mercados, que não são necessariamente no mesmo continente, faz com que os tempos de lead sejam desafiantes. Temos de ter a certeza de que estamos em linha com a estratégia de marketing; temos de ter tempo para desenvolver uma grande ideia. No percurso, temos vários stakeholders internos e externos envolvidos, a quem temos de informar sobre os desenvolvimentos e validar as aprovações. E acima de tudo temos de ter em consideração o tempo de produção nos países da União Europeia e, no nosso caso, de países africanos. Qual é a importância dos eventos para a Lego? Sente que a importância desta ferramenta tem aumentado? Os eventos organizados sob a marca Lego ajudam-nos a explicar a experiência do jogo, especialmente em mercados em que não temos uma história tão vincada como a que temos na Europa e nos Estados Unidos. Se colocarmos as peças Lego nas mãos das crianças, não precisamos de dizer mais nada, elas começam a construir, a criar as suas histórias e a divertiremse. Os eventos Lego ajudam a mostrar aos pais o que significa brincar com Lego e quais os benefícios da experiência – uma parte é o divertimento, mas também o desenvolvimento de diferentes habilidades. Devo acrescentar que todos nós sabemos que os eventos, de uma forma geral,


GRANDE ENTREVISTA 8

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são dispendiosos se avaliarmos a média de custo por pessoa, e que eles são de carácter local. Ao mesmo tempo, o nível de envolvimento é incrivelmente alto em comparação com outros canais de comunicação. Com os recentes desenvolvimentos em termos de social media, podemos criar conteúdos a partir dos eventos e partilhá-los nas redes. E além disso há o CGU (Conteúdo Gerado pelo Utilizador) partilhado nessas plataformas. Desta forma, adicionamos alcance ao custo existente e diminuimos o custo por pessoa. Conseguimos ter na mesma leads de boa qualidade, via métricas de envolvimento, e não apenas as visualizações. Graças a este desenvolvimento, vejo um potencial cada vez maior nesta indústria. Mas temos de a alavancar correctamente. Sendo a Lego uma marca que tem como um dos principais públicos-alvo as crianças, que tipo de desafios extra se colocam nos vossos eventos? Não diria que temos desafios extra nos nossos eventos. Naturalmente, temos muitas preocupações para termos a certeza de que, e segundo o mote da empresa: só o melhor é suficiente, todos os activos e cenários tenham a qualidade e cumpram as expectativas de segurança dos nossos consumidores. Produzimos apenas os produtos mais seguros e com a maior qualidade, para que os pais tenham a confiança de que os seus filhos brincam com segurança. E respeitamos esta abordagem quando organizamos os nossos eventos. Contratam agências locais para os vossos eventos? Sim, contratamos agências locais. Temos ainda uma agência interna com que trabalhamos prioritariamente em diferentes áreas, incluindo nos eventos. Há um grande benefício que decorre desta solução: a agência conhece a nossa estratégia, necessidades e requisitos de segurança. Estão também a par das nossas regras internas e guidelines e isso ajuda a perceber rapidamente a tarefa. A agência interna desenvolve grande percentagem do conceito dos eventos Lego, e depois as agências locais implementam os eventos nos mercados, já que têm a vantagem de conhecer a comunidade e audiência. E claro, podemos ajustar os conceitos gerais às necessidades locais. No entanto, isto não significa que as agências locais apenas implementem o que é criado centralmente. Há muito espaço para o desenvolvimento de conceitos e ideias criativas para serem concebidas por estas, incluindo grandes eventos. Como exemplo, gostava de referir o evento Lego Kidsfest, que se realizou em Praga, na República Checa, organizado e desenvolvido pela agência eslovaca E-mmotion, ou mais recentemente o 85º Aniversário do Grupo Lego, organizado pela agência checa Event Arena. O que espera de uma agência quando a escolhe? Que qualidades deve a agência ter? A agência tem de ser capaz de implementar a nossa estratégia de marketing nos conceitos dos eventos que têm a tarefa de desenvolver. Como a nossa equipa opera em vários mercados, a agência deve ter a capacidade de

pensar de forma mais ampla, não só localmente, mas também em termos regionais. Devo dizer que por vezes não é um exercício mental fácil ir além do território de origem. Além disto, gostava de acrescentar alguns critérios: a eficácia – a agência tem de perceber que é crucial ter uma avaliação dos eventos que são organizados ,de forma a aprendermos e a fazermos melhor na iniciativa seguinte. Criatividade, capacidade de executar de forma perfeita e a estratégia de canais são outros critérios que têm de ser cumpridos. Novos formatos, realidade virtual e aumentada... da sua experiência quais são os três “game changers” que vão mudar os eventos? Por vezes tenho a sensação de que os “game changers” mudam todos os meses. Uma série de novos formatos podem levar-nos a incríveis aventuras com a ajuda da realidade virtual, e é possível experimentar coisas completamente novas. Mas o que importa é o que significa para as marcas usar as tecnologias nos seus eventos. Não há muitas empresas capazes de combinar novas tecnologias com a mensagem da marca, de modo relevante. Sem falar nos custos de desenvolvimento, que podem ser muito altos, e o investimento pode não ter o resultado desejado. A Lego foi uma das primeiras marcas a incluir a co-criação no desenvolvimento dos seus produtos. Como vê essa experiência? Temos muito orgulho que os nossos fãs tenham a hipótese de co-criar os produtos na plataforma Lego Ideas. O lançamento desta plataforma, em 2014, fez parte do compromisso do Grupo em co-criar os seus produtos com os utilizadores. Um painel de designers e de profissionais de marketing avaliam todas as ideias que são colocadas no site, ideias que receberam mais de 10 mil votos em apenas um ano. Esse painel avalia cada ideia com base numa série de critérios que incluem: “jogabilidade”, qualidade do modelo e no enquadramento na marca Lego. Quando este painel dá seguimento a um projecto, o próximo passo é decidir o design final, o preço e a data de lançamento, antes de ir para a fábrica e de ser lançado para venda. Pessoalmente, sou uma grande fã desta abordagem da Lego que ajuda a potenciar a criatividade de cada indíviduo O que significa para si ser presidente do júri dos Prémios Bea? É uma grande honra! Não esperava nada esta nomeação. Estou orgulhosa de poder liderar um júri composto por profissionais de todo o mundo. É, sem dúvida, um dos momentos mais altos da minha carreira. O que é que espera dos eventos a concurso? Espero ver grandes estratégias e resultados fantásticos nos eventos em competição e que cumpram os objectivos traçados. Estou ansiosa para ver as novas ideias, a criatividade e a inovação presente nesta indústria por todo o mundo.


Oito perguntas a Andrea Faflíková Todos os concorrentes vão ter a hipótese de apresentar os seus eventos aos membros do júri. Que tipo de abordagem é mais eficaz? É importante que a apresentação esteja bem estruturada e ajustada ao tempo disponível. O objectivo deve estar claramente definido, e os resultados obtidos devem reflecti-los. Para mim é muito importante incluir a estratégia de canal, com dados relativos ao envolvimento, e ao número de pessoas atingidas. A criatividade e a inovação são parte fundamental do sucesso de um evento, e todos esses elementos devem ser identificados no vídeo submetido. Já organizou algum evento em Portugal? Como olha para o país enquanto destino para eventos? Nunca organizei, já que trabalho primordialmente com outras regiões. Mas no entanto, estou a par dos eventos Lego realizados em Portugal. Por exemplo, no Porto, há a Lego Fan Factory, um conceito de que pessoalmente gosto muito. É um evento permanente num centro comercial na forma de um espaço de baby-sitting. A Lego proporciona uma experiência de construção e uma série de histórias que as crianças podem recriar e imaginar. O espaço oferece divertimento e desenvolvimento de capacidades. Espero que as pessoas no Porto o conheçam e disfrutem da experiência. Quais são os seus destinos favoritos para um evento? Gosto dos países do Mediterrâneo por causa do clima. Há outras razões, mas a principal é o clima. Na Europa Central e de Leste é muito complicado confiar nas condições climáticas, e por isso se o evento for no exterior, temos de ter duas opções: “seco” e “molhado”. CLÁUDIA COUTINHO DE SOUSA

Cidade para viver? A cidade onde vivo: Praga. Mesmo! Tem uma boa dimensão, muito boa qualidade de vida… só lhe falta o mar. Destinos de férias? Toscânia, Provença e Nova Iorque. Comida preferida? Mezze [uma espécie de tapas típica do leste da Europa e Médio-Oriente]. Livro preferido? My Last Sigh [O Meu Último Suspiro] - Luis Buñuel. Facebook ou Twitter? Instagram. Um guru? Respeito e aprendo com muitas pessoas, mas não descreveria nenhuma delas como guru. Que construção Lego gostava de criar? Gostava de ser capaz de construir como o Sean Kenney, um Profissional Certificado Lego. O meu sonho é construir um jogador de baseball só com peças pretas Lego e exibi-lo como estátua no meu apartamento. É mesmo uma obra de arte. (Sean, se leres isto, posso ter um desconto especial para o comprar?) O que lhe vem à cabeça quando pensa no Porto? As pessoas maravilhosas que conheci e o vinho do Porto.


DESTAQUE 10

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“A cidade ficará na memória daqueles que participam neste festival”


Bea World: Preparações A Grande Ritmo O Porto prepara-se para acolher centenas de organizadores de eventos e marcas. De 15 a 18 de Novembro, a nata dos eventos estará reunida no Porto para o Festival Bea World, cujos prémios este ano são mundiais. A APECATE (Associação Portuguesa das Empresas de Congressos, Animação Turística e Eventos), que ganhou o evento para Portugal, está a trabalhar a grande ritmo na organização. “Os trabalhos estão a correr bem, tem sido um desafio muito gratificante para a APECATE que está a crescer como associação e a mostrar todo o seu potencial”, sublinha Ana Fernandes, vice-presidente da APECATE. Os associados, que têm um desconto de 15% nos passes de delegado e na exposição, têm demonstrado interesse no evento e “têm dado uma ajuda imprescindível”. Sendo a primeira edição em solo português, a pressão sobre a APECATE é grande, mas também a confiança. No fundo estamos a falar de organizar um evento para organizadores de eventos: provavelmente o público menos impressionável de todos. “As expectativas de sucesso são elevadas e os objectivos propostos são muitos, mas nunca teríamos aceite este desafio se pensássemos não estar à altura do mesmo. Assim, encaramos este projecto

com toda a confiança pois está a estimular todas as nossas capacidades mas também as capacidade dos nossos associados”, refere Ana Fernandes. Os desafios têm sido grandes, nomeadamente em termos de angariação de fundos. Neste momento nenhuma área do evento está fechada, pelo que “são muito bem vindas todas as organizações e empresas que queiram criar uma parceria para este que, acreditamos, ser um dos eventos do ano”, refere. No programa, Ana Fernandes destaca o jantar de dia 16 de Novembro que se realizará no Terminal de Cruzeiros, assim como a belíssima Sala do Arquivo, onde acontecerá o almoço de dia 17 de Novembro, e o Teatro Rivoli, local escolhido para todo o Glamour da noite da Gala de Entrega de Prémios. Esta cerimónia ainda está no segredo dos Deuses. Os participantes internacionais vão poder também ficar a conhecer o Porto enquanto destino para eventos e Ana Fernandes não tem dúvidas, “a cidade ficará na memória daqueles que participam neste festival”, e Portugal mostrará, uma vez mais, a sua apetência para receber eventos.


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"Creativity meats business"

Mudanças no sistema de votação

É o claim do Festival Bea World. Networking, conhecimento e negócio são três eixos fundamentais do evento. Ana Fernandes convida toda a indústria nacional a participar, “O Bea World é uma oportunidade única, pois todos os delegados terão a oportunidade de participar nas apresentações ao vivo e aprender pessoalmente com as soluções mais criativas e produtivas, assim como construir relacionamentos com colegas, influenciadores e possíveis clientes, dando-lhes mais oportunidades de negócios e vantagens de carreira”.

Este ano, a grande novidade é o processo de votação, que se tornou mais simples e dinâmico. Assim, para evitar mal entendidos, os Bea World apresentam uma escala de votação, de zero a três, sendo que o ‘zero’ significa que o projecto não merece ser seleccionado, o ‘um’ que o projecto tem características interessantes e que merece ser selecionado, o ‘dois’ que o projecto tem potencial para ganhar um prémio e o ‘três’ que o projeto é brilhante e vai com certeza ganhar um prémio. O mesmo sistema de votação vai ser também usado durante a segunda fase, ao vivo, no frente-a-frente com o júri, na sessão de votação aberta no Porto, a 16 de Novembro, que vai determinar os vencedores nas diferentes categorias, o Grande Prémio e os Prémios Especiais. Todas as candidaturas vão ser avaliadas, mediante os diferentes aspectos do evento relacionados com os seus objectivos: criatividade e inovação, eficácia, execução e estratégia. Além disso, o júri vai seguir um Código de Ética.



EMPRESAS 14

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Nova Identidade Do Grupo Imppacto Para celebrar os 15 anos, o Grupo Imppacto desenvolveu uma nova imagem e identidade gráfica. A marca de catering e eventos optou por uma imagem “simples, moderna e apelativa”. O objectivo, explicam os seus responsáveis, foi renovar a antiga identidade e apresentar-se como “uma marca de prestígio junto dos seus clientes e colaboradores”.

Imppacto na IFTM Top Resa em Paris A Imppacto, já com a nova imagem, marca presença pela primeira vez na IFTM Top Resa 2017, uma feira internacional do sector do turismo realizada em Paris, de 26 a 29 de Setembro. Em parceria com a empresa Sailing Lovers, a Imppacto ocupa um espaço no stand do Turismo de Portugal. Sendo uma feira que há 30 anos reúne profissionais franceses, mas também vindos do mundo inteiro, a Imppacto quer apresentar aqui, ao mercado internacional, “a excelência do nosso catering e reforçar a marca Imppacto como uma referência do catering em Portugal”. “Aliar a excelência do serviço à beleza do nosso país”, demonstrando que “Portugal e a Imppacto são a escolha certa”.

Imppacto – Catering e Eventos Almada 212 962 365 | 937 200 350 info@imppacto.com www.imppacto.com



RADAR 16

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“Em Braga É Fácil” É O Lema Para A Meetings Industry A cidade assume-se cada vez mais como uma das primeiras entre as chamadas “cidades de segunda linha”, com grandes congressos e espaços bem pensados. Braga está cada vez mais na rota da meetings industry (MI) e os players da região, e de todo o país, reconhecem o peso crescente da cidade na atracção de congressos e eventos para o Norte do País. Mas será que está preparada para receber grandes eventos e mesmo trabalhar em articulação com o Porto neste negócio? No Pequeno- Almoço Event Point, que se realizou no Hotel Meliá, em Braga, o debate sobre o papel da cidade dos bispos no segmento foi animado e contou com a presença de José Carlos Coutinho, do Novo PEB (Parque de Exposições de Braga), António Barroso, da autarquia, Sandra Lorenz, da

Associação de Turismo do Porto, Jorge Ferreira, da Best Events, Delfim Filho, dos Hoti Hotéis, João Paulo Oliveira, da Leading, Cristina Padilha, do INL (Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia), Ana Torres, da AM - The Experience Group, Júlia Costa, da Universidade do Minho, e Andreia Almeida, do Meliá Braga. Do lado de quem trabalha para captar negócio, já não existem grandes preconceitos face às chamadas “cidades de segunda linha”. E os grandes eventos que estão a ser realizados no INL, bem como o investimento para relançar o PEB, e o dinamismo da Universidade do Minho (UM) são três das âncoras para que


Os principais argumentos de Braga na luta por negócio de MI passam por ter um aeroporto a 30 minutos (no Porto), pela facilidade com que se resolvem problemas burocráticos e por ser um local ideal como base para visitar a região Norte, aproveitando também o impulso que o Porto está a dar a esta zona de Portugal. Braga se transforme num player importante, com uma influência alargada, que passa pelo Porto e chega mesmo a Santiago de Compostela. Cada vez mais, quem trabalha na MI procura destinos diferentes. E Braga tem todas as condições para dar uma boa resposta a esta necessidade, com a parte cultural, o lado religioso e por estar a dois passos do Gerês, entre outras coisas. Além disso, a cidade, que chegou a ser confundida com Praga em apresentações internacionais, começa a ganhar nome por si e a ter uma oferta hoteleira crescente para acomodar quem viaja em turismo de negócios.

Braga está também a dar cartas nas áreas do conhecimento, com a ajuda da Universidade do Minho e do INL, que tem previstos vários eventos em larga escala até ao final do ano. Já a universidade ocupa os seus espaços com eventos próprios, depois de um grande investimento nestas infra-estruturas, ainda que organizar eventos esteja longe de ser o principal negócio da instituição. No caso da UM, as restrições orçamentais são sempre um “complicador” na altura de realizar um congresso, por exemplo, ainda que a recente alteração de estatutos da entidade, para uma fundação pública,


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“Trabalhar em Braga é fácil”

ajude a ultrapassar alguma burocracia e a trabalhar mais facilmente com quem é especialista nesta matéria. Já o INL aposta sem grandes dúvidas na atracção de eventos interessantes para a instituição e que depois possam ser convertidos em reuniões e acordos. Há quem defenda que a cidade precisa de um Convention Bureau, para articular melhor a oferta e promover especificamente a região. Mas Braga conta neste momento com o apoio das estruturas de turismo do Porto, cidade com a qual cada vez mais trabalha em rede para organizar os eventos que vêm para o Norte, uma estratégia que faz cada vez mais sentido, visto que a cidade Invicta está com um crescimento muito acentuado e nem sempre dá resposta a todas as solicitações. E Braga pode acolher estes eventos e muitos mais, ao mesmo tempo que concorre a projectos em articulação com o Porto. Nessa dimensão a recente adesão à Associação de Turismo do Porto tem todo o sentido.

Os players do sector que trabalham na cidade, quer sejam locais quer sejam nacionais, querem passar a mensagem de que a máquina burocrática montada em Braga ajuda bastante na hora de ultrapassar obstáculos na realização de qualquer evento, sob o lema “Trabalhar em Braga é fácil”. Uma prova disto é a inauguração, em breve, do novo PEB, um projecto que foi amadurecendo ao longo dos anos e que por isso está pensado para que vá de encontro às necessidades do sector. O espaço pretende afirmar-se pela polivalência, flexibilidade e gestão e levar para o mercado toda a força dos restantes parceiros da cidade, quer seja a autarquia, hotéis, empresas e organismos de ensino e conhecimento. O reconstruído PEB tem como ambição apagar a má imagem do pavilhão anterior, que tinha falta de condições para receber até os eventos mais pequenos. E cada vez mais se nota que os agentes se sentam à mesa, planeiam e trabalham em conjunto, mesmo no que diz respeito à oferta hoteleira que é por vezes complicada de assegurar rapidamente para um elevado número de pessoas. No entanto, ainda é preciso dar tempo ao tempo e, sobretudo, colocar Braga numa boa posição em termos de preços, com o equilíbrio certo entre a competitividade e qualidade. A aposta no MI será também uma forma de combater a sazonalidade, com a cidade a ser conhecida sobretudo pela vertente religiosa, que tem o seu expoente máximo na Semana Santa. Braga está também atenta aos efeitos que o turismo em massa está a ter em cidades como Lisboa e Porto. A cidade quer evitar a especulação imobiliária e tomar conta de quem por lá vive, para que colha os benefícios deste negócio e não sofra com os aspectos negativos. Por outro lado, nem sempre as pessoas conhecem o que há para oferecer na cidade e Braga convida os curiosos a entrar na Sé ou a visitar um arquivo que contém um documento assinado por D. Afonso Henriques. Sem grandes anúncios, a cidade vai recebendo eventos e congressos e está agora apostada em recuperar e gerir a Pousada da Juventude, com o objectivo de captar mais dormidas, para quem queira visitar toda a região Norte. E com uma atenção especial para as famílias, que contam com uma oferta indicada às suas necessidades.

ALEXANDR A NORONHA



ESPAÇO APECATE 20

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O Desenvolvimento Do Turismo: É Urgente Continuar A Mudança A APECATE, desde há muito anos, vem lutando nas mais diversas frentes para conseguir simplificar a vida dos empresários, sem perder como referência a sustentabilidade e o respeito pelas mais elementares regras de conduta económica e social. No entanto, em muitas situações, essa parece não ser a linha de orientação das entidades públicas que deveriam trabalhar para servir os portugueses (entre eles os nossos empresários). Todos os dias nos deparamos com comportamentos e atitudes de entidades ou pessoas que as representam, que não contribuem para este projecto de

melhorar Portugal e o turismo em particular. O desenvolvimento da sociedade em geral, e especificamente a área do turismo, tem sido realizado a um ritmo elevado e o Estado, com as suas múltiplas entidades, não consegue acompanhar. A velha cultura do Estado que é superior aos cidadãos, não sendo transparente nas suas decisões, que


Abuso de Poder procura impor em vez de negociar e esclarecer os cidadãos e os empresários, ainda continua a ser muito frequente, sendo um elemento de grande constrangimento para o desenvolvimento de Portugal. Não se pode pensar a reorganização do ordenamento sem envolver os cidadãos e empresas que vão ser os grandes utilizadores e promotores desse mesmo ordenamento. A falta de cultura democrática das instituições e organismos que nos governam é uma característica que tem de ser melhorada. Por muito bons que sejam os técnicos, estes não conseguem ter uma visão global, e antecipar todas as consequências na vida empresarial, prejudicando, demasiadas vezes, sem qualquer justificação plausível, a vida das empresas e dos cidadãos. Nestes últimos anos temos vindo a lutar com as dificuldades ao nível do Ordenamento. Não há planos consistentes que considerem a necessidade dos operadores, nomeadamente nas áreas marítimas, parques e reservas e nos planos municipais em geral. As entidades continuam a criar planos sem consultar as associações do sector, criando muito entraves e problemas ao trabalho dos operadores. Não se podem criar regras sem consultar os destinatários. Continuam a fazer-se leis, planos de ordenamento, programas formação, sem consultar os operadores. A excessiva burocracia, apoiada numa estrutura obsoleta, em que existem vários organismos com tutela sobre a mesma coisa e que não comunicam entre si, obrigando os operadores a um vai e vem de pedidos, recursos, etc., quando essa função é da responsabilidade do Estado. São os organismos que têm que se entender em primeiro lugar. Como base de iniciação desta mudança urgente refiro alguns exemplos, mais ligados às questões marítimas, que exemplificam como andamos desajustados, sendo urgente que as entidades se entendam e comecem a ter uma actividade mais estruturada, facilitando o modelo de trabalho a todos os operadores, conseguindo o desenvolvimento, sem quebrar as regras fundamentais.

Algumas Capitanias exigem que as empresas de animação turística se inscrevam na Federação Portuguesa de Surf, sendo esta exigência abusiva e lesiva para as empresas. Se é adequado e exigível que os técnicos a operar tenham qualificações devidamente comprovadas (certificado de treinador ou similar), o que faz sentido para garantir que o técnico é uma pessoa habilitada para o exercício da actividade, é um claro abuso e mistura de competências e, na nossa opinião, ilegal, exigir que uma empresa se tenha de associar a uma Federação Desportiva, que não tem o mínimo de autoridade sobre a actividade de animação turística. Esta exigência é ilegal e mistura competências, sendo exigível unicamente que as empresas tenham técnicos devidamente habilitados para trabalhar.

Letargia e falta de empenho O problema do reconhecimento das cartas de navegador de recreio de países de fora da União Europeia. Os Operadores Marítimo Turísticos têm de recusar alugueres de embarcação/charters a turistas que têm carta de navegador de recreio de países fora da UE, porque a DGRM (Direcção Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos ) não cria uma tabela de reconhecimento de cartas, à semelhança do que já acontece por exemplo na Croácia. Este é um trabalho que já foi solicitado há mais de quatro anos e não existe ainda qualquer resposta eficaz. Muitos outros exemplos poderemos apresentar, mas o importante é que os empresários saibam que têm de se unir para mudar mentalidades e exercer o seu direito de cidadania.

Burocracia Praia de Carcavelos: a Câmara Municipal de Cascais é responsável pela ocupação de vários espaços dedicados à actividade física e desporto (campos de voleibol e futebol de praia). Os operadores têm de pedir autorização à CM Cascais. Após esta autorizar, têm de pedir nova autorização à Capitania de Cascais, a entidade responsável pela gestão das praias. Só neste processo o empresário perde mais de uma a duas semanas. A solução passaria pelas entidades comunicarem entre si e ser uma única a liderar todo o processo e passar a necessária autorização.

ANTÓNIO MARQUES VIDAL PRESIDENTE DA DIRECÇÃO DA APECATE


ESPAÇO IPAM 22

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Co-criação Como Elemento Essencial Do Negócio Relaxe. Tire uns momentos para reflectir no seu negócio. Nessa reflexão, irá descobrir que a co‑criação poderá tornar-se numa vantagem estratégica para a sua empresa.


Em primeiro lugar, a co-criação é uma designação incompleta, é necessário acrescentar-lhe o termo valor. Em termos práticos, uma empresa participa num processo de criação de valor com um cliente e converte o valor gerado em dinheiro através do preço; assumindo que quanto maior for o valor gerado, maior poderá ser o preço praticado. Logo, o valor e a sua tradução em dinheiro, são, ou deveriam ser, o foco central de qualquer organização. Antigamente, o valor era avaliado/gerado principalmente através dos bens ou serviços que um cliente adquiria; hoje valor significa utilidade, ou seja, o que ganha o cliente com o que uma empresa vende. Qual é o valor de uma Bimby? Zero se não for utilizada. Qual é o valor de uma hora de consultoria financeira? Zero, se não se converter em ganhos efectivos numa organização e por aí afora. Então porque é que a co-criação de valor deve ser desenvolvida? Também é muito simples. O aumento da oferta, em quase todos os sectores de actividade, tem vindo a determinar uma menor diferenciação das marcas, uma diminuição das margens, menos clientes por empresa, entre outros. Com maior escolha, mais acesso a informação e mais acesso a outros compradores (em B2C e B2B), os clientes têm hoje uma liberdade de escolha e de intervenção nunca antes vistos, o que altera, e muito, a relação de forças entre a oferta e a procura. Desta situação emerge um conceito fundamental no negócio hoje, que é a interacção, aliás um conceito central na Organização 4.0. Desta interacção nasce a co-criação, que é um processo contínuo entre o cliente e a empresa (poderá e deverá incluir outros stakeholders, mas para já simplificamos) que procura a geração do maior valor possível na experiência que o cliente tem com a empresa, englobando o processo de concepção, desenvolvimento, implementação e avaliação dos bens, acções e processos que conduzem à produção de valor. Logo a co-criação implica uma lógica relacional, que tem como vantagem uma melhor detecção de oportunidades de negócio, um aprofundamento da relação com o cliente, uma melhor diferenciação (um produto ou um serviço é facilmente copiável, uma relação não), um maior potencial de criação de valor e da rentabilidade dos clientes. Em termos práticos, um cliente tem o que se designa por job-to-be-done (JTBD), e a nossa empresa, enquanto fornecedora, deve perguntar “Como posso ajudar o cliente a concretizar o JTBD da melhor forma possível?” Isto é a essência do negócio; não vendemos produtos ou serviços, ajudamos o cliente a produzir utilidade.

Essa utilidade, hoje, é potenciada através da co-criação, com maior ou menor profundidade em todos os sectores de actividade, quer sejam B2B quer sejam B2C. Poderá ser implementada através dos seguintes passos: 1 – Definir os objectivos (drivers) do fornecedor e do comprador, 2 – Alinhar os objectivos e as expectativas de ambos os actores, 3 – Desenvolver um plano de acção, 4 – Desenvolver os produtos e serviços a implementar, 5 – Avaliar o valor criado e os demais resultados obtidos, 6 - Periodicamente, rever os drivers do processo. Importa também destacar que a co-criação, sendo um processo contínuo, pode ser particularmente pertinente quando existirem oportunidades geradas por: 1 – inovações tecnológicas; 2 – alterações da supply chain, 3 – alterações nas preferências e necessidades dos clientes (trends). Esta nova forma de trabalhar com o cliente cria desafios à organização e ao papel das pessoas onde a flexibilidade, capacidade de acompanhamento de clientes, capacidade de identificação de oportunidades de negócio nos clientes passam a ser competências centrais. Co-criação não significa que o cliente comande a oferta, significa sim que ele intervém e participa, pois muitas vezes o cliente não tem o conhecimento necessário para a solução que procura; este é o papel do fornecedor. Imagine agora no sector em que está, MICE, os seus diferentes clientes. Que JTBD pretendem e como a sua empresa pode alargar o valor criado? Querem divulgar um produto? Alargar redes de clientes? Promover uma criação de uma comunidade? Enfim, independentemente do JTBD existe um potencial de criação de valor a partir dos eventos que organiza. Isto é o seu negócio. Co-crie com o cliente e veja o impacto que terá no seu futuro. Vender a mesma coisa igual para todos, na maioria dos sectores, acabou. O foco no cliente é isso mesmo: devemos desenhar, implementar e avaliar a oferta caso‑a‑caso, com o cliente. Este é o caminho. A diferença é que antes produziamos bens e serviços para o cliente; hoje produzimos potencial de criação de valor com o cliente. Quem entender isso, avança e cria relações duradouras e aumenta a probabilidade de negócio; os outros continuam a reclamar que o mercado continua a piorar e a ser mais difícil a cada dia. A escolha parece fácil.

LUÍS SCHWAB PHD IN MANAGEMENT | PROFESSOR DO IPAM


DOSSIÊ TEMÁTICO 24

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Se o consumidor está satisfeito rapidamente se torna um “evangelista” da marca.


Co-criação E Os Eventos Em 2008, a Lego decidiu criar o site Lego Ideias com o objectivo de dar a oportunidade aos fãs de poderem contribuir com sugestões de novos produtos. Uma das propostas foi a criação no universo Lego das figuras de A Teoria do Big Bang. Vantagens desta experiência? O surgimento de novas ideias, a redução do risco na introdução ao mercado, e o envolvimento dos fãs mesmo antes do produto ser lançado. Em Agosto de 2017, a Marketeer dava conta do desafio da EDP aos jovens criativos de ajudarem a pensar num novo festival de música. Estes são dois exemplos óbvios da co-criação.

O termo começou a ser usado em 2004, no seguimento do best-seller “O futuro da Competição", de C.K. Prahalad e Venkat Ramaswamy. Segundo a Wikipédia, ela própria um exemplo de co-criação, esta acontece quando as pessoas de fora da empresa como fornecedores, colaboradores e clientes se envolvem no negócio ou produto, agregando valor e recebendo em troca os benefícios de sua contribuição. Segundo o site Vision Critical, a colaboração beneficia os negócios da seguinte forma: 1. aumenta a capacidade de inovação sem ter que constituir uma equipa para a criar; 2. aumenta o ritmo da inovação, uma vez que os clientes já estão a par dos produtos; 3. aumenta o fluxo de ideias, tornando-o consistente e permitindo que essas mesmas ideias entrem de imediato em pipeline; 4. melhora a capacidade de promover o produto, já que o processo só permite que as melhores ideias passem à fase final.

Como co-criar? O report Tendências em Eventos e Reuniões 2017 da Creative Group aponta a co-criação como uma das principais tendências para este ano. E o Event Manager Blog, sempre atento ao mercado, apresenta os seis passos para co-criar em eventos:

1. Iniciar Defina o propósito e o objectivo do evento e dê as coordenadas de participação, solicitando inputs dos participantes. Pode fazê-lo com facilidade por exemplo criando um site, e enviando um email para a base de dados a convidar à participação. 2. Inspire os participantes A regra principal é tornar o processo simples, ninguém vai participar se tiver de preencher dezenas de campos. Nas redes sociais pode ir colocando conteúdos que de alguma forma ajudem a incentivar os potenciais participantes, mostrando-lhes os benefícios da co-criação. E pode sempre pensar numa forma de premiar a participação. 3. Reunir as ideias Crie por exemplo um evento no facebook e utilize a plataforma para reunir as ideias e os dados que for coligindo. 4. Identifique quais são as melhores ideias Para isso conte também com os contributos da audiência. As ideias com mais “gostos” e “partilhas” devem merecer desde logo a sua atenção. 5. Seleccione as melhores Com o input da audiência no seu bolso, perca tempo a analisar as ideias. Se for o caso contacte o autor e perceba melhor o alcance da sugestão. Depois de fazer uma selecção pode voltar a pedir a opinião, ou pode organizar uma votação. Os prémios são sempre um bom incentivo à participação. 6. Crie o conteúdo final Ao organizar o evento já tem conteúdo revelante para os seus participantes e estes vão ser os seus principais influenciadores e promotores do evento. Reconheceu a importância do público, o público vai certamente devolver a confiança.


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Os eventos como fonte de conteúdo colaborativo Já são vários os eventos realizados com o firme propósito de co-criar. Muitos deles estão ligados às startups e ao universo das tecnologias. Mas esse propósito nos eventos pode ser bastante mais democratizado. Por exemplo, experimente desenhar activações de marca que permitam aos consumidores dar feedback e contributos concretos sobre o produto ou serviço. Esta circunstância permite criar um efeito de bola de neve que beneficia marca, porque dá soluções mais próximas do que o consumidor quer, e consumidor, porque sente que a marca confia nele. E se o consumidor está satisfeito rapidamente se torna um “evangelista” da marca. A VisionCritical dá dois exemplos de como a exploração da co-criação através dos eventos é eficaz para as marcas. O primeiro é da DHL. Esta empresa de transporte e logística, uma das maiores do mundo, decidiu organizar, na Alemanha e em Singapura, workshops com alguns dos clientes mais leais, com o objectivo de co-criar soluções que melhorassem a experiência do cliente e o serviço. E foram várias as “invenções” que surgiram a partir desses eventos, encabeçadas pelo Parcelcopter, um serviço de entrega através de drone. Os próprios participantes dos workshops testaram este potencial serviço. Segundo a Forbes os esforços de co-criação da DHL melhoraram em 80% os índices de satisfação dos clientes. Outro exemplo é o do Manchester City. O clube inglês decidiu fazer algumas alterações no aspecto do site e na experiência em mobile e para isso decidiu lançar focus groups, inquéritos, testes de utilização e novos protótipos. Juntamente com os adeptos, o clube co-criou uma experiência mobile, rica em vídeo e outros conteúdos e com um design moderno.

Estas são apenas algumas dicas. E para não deixarmos isto nas palavras, convidamos o leitor a co-criar connosco a próxima edição da Event Point sugerindo temas e entrevistados. Envie‑nos uma mensagem no Facebook ou deixe-nos o seu input em info@eventpointinternational. com. Há assinaturas anuais disponíveis para todos quantos colaborarem!



OPINIÃO 28

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“Em Cascais a aposta em eventos é clara”


São Os Eventos A Identidade De Um Território? A identidade de um território é algo pouco falado em Portugal, na realidade, são poucos os territórios que sabem o seu desígnio, para onde vão e onde querem chegar… Para se entender a identidade de um território é necessário muito estudo, muita reflexão e uma estratégia a longo prazo, estratégia esta que tem de ser entendida por todos, desde os governantes a toda a estrutura governativa, bem como população. O caso de Cascais é dado como exemplo a nível nacional e internacional, sabemos e respeitamos a nossa história, uma história pautada por bem receber e por todos acolher, mas não podemos viver agarrados à história. Necessitamos, essencialmente, de saber para onde ir… conhecemos o nosso desígnio e sabemos a nossa estratégia, e esta é entendida e sabida por todos e temos orgulho nisso! O nosso desígnio é criar o “melhor sítio para viver um dia, uma semana ou a vida inteira”. A estratégia implementada é sentida na estrutura da Câmara e do Turismo, é sentida nas ruas, nas obras, na comunicação, na promoção e claro está, nos eventos. Mas são os eventos que fazem a identidade do território, ou é a identidade do território que capta os eventos? Na realidade é uma mescla dos dois… Em Cascais a aposta em eventos é clara e totalmente alinhada com a nossa estratégia, não são por acaso os eventos internacionais de Surf, Ténis, Cavalos, Vela, Golf, Cultura ou Conhecimento, em Cascais existe, efectivamente, um portefólio de eventos. Sei que a expressão “portefólio de eventos” é um conceito pouco ouvido em Portugal, mas este, pensado e planeado ao pormenor, reflecte no seu conjunto a nossa estratégia, reflecte no seu conjunto o nosso desígnio, reflecte no seu conjunto também a nossa identidade. Seria injusto pensar que os eventos internacionais são captados só porque sim, ou só porque temos a capacidade financeira para dar resposta às exigências destas organizações, ou porque simplesmente calhou… Não, a realidade é que a identidade do território é fundamental na captação destes eventos conhecidos por todos, naturalmente também as infraestruturas criadas no passado, na origem da construção da identidade, são alavanca fundamental na captação destes grandes eventos. Seria impensável para a America`s Cup vir para Cascais caso não existisse uma Marina e um Clube Naval com as condições para receber tal evento. Seria

impensável para a America`s Cup vir para Cascais caso não existissem hotéis de 4 e 5 estrelas em quantidade para receber as maiores individualidades do Mundo e hotéis de qualidade para que as grandes marcas pudessem activar os seus produtos e também alojar os seus clientes. Seria também impensável para o Longines Global Champions Tour, a maior prova mundial de Hipismo, que reúne nos seus cavaleiros e nos proprietários das equipas as maiores fortunas do Mundo, vir para Cascais caso não existisse a referida hotelaria de excelência, mas também um hipódromo de referência mundial, construído a pensar na estratégia, construído a pensar no desígnio do território. Seria expectável que uma grande marca decidisse criar e investir num Festival Internacional de Cultura, numa qualquer cidade sem museus e equipamentos culturais de referência? A resposta é simples… não! Não seria expectável, nem aconteceria. O Festival Internacional de Cultura existe em Cascais porque existe um Bairro dos Museus e este tem 19 equipamentos culturais no seu perímetro. Faria sentido a um Município criar e investir nas Conferências do Estoril, a maior e mais internacional conferência realizada em Portugal, trazendo ao nosso país conhecimento de topo mundial, com os maiores pensadores, académicos e políticos do Mundo, se não tivesse também uma estratégia de criação de conhecimento e de captação de centros de saber como a Universidade Nova de Lisboa? Não faria qualquer sentido… porque é sabido que as “cidades que mais crescem são as que conseguem captar, fixar e desenvolver talento”. Os eventos completam a identidade, os eventos ajudam na construção da identidade, os eventos fazem parte da identidade, mas os eventos por si só não são a identidade de um território.

BERNARDO CORRÊA DE BARROS VICE - PRESIDENTE DO TURISMO DE CASCAIS


REPORTAGEM 30

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É possível que a corrida volte a Portugal


3.000 Pessoas Deram Asas Ao Red Bull Air Race O Red Bull Air Race pôs os portugueses a olhar para o ar durante dois dias, sobretudo os 850 mil que encheram as duas margens do Douro, entre o Porto e Vila Nova de Gaia. Oito anos depois da última vez, e com várias mudanças na prova, que chegou a estar interrompida durante algum tempo, a competição trouxe de volta os “artistas” dos aviões, que sobrevoaram o rio, entre piruetas e muito fumo. Foi da Alfândega do Porto que centenas de convidados assistiram ao espectáculo, com um percurso entre as pontes da Arrábida e D. Luís. Gonçalo Bettencourt, da agência de comunicação Free Lance, está envolvido na prova desde 2005 e conhece bem os cantos à casa. Em declarações à Event Point, o porta-voz da corrida referiu que foram cerca de três mil as pessoas que trabalharam no evento, que decorreu no fim-de-semana de 2 e 3 de Setembro, entre pessoal da organização, protecção civil e outras autoridades, e fornecedores locais e estrangeiros. Foram servidas 10 mil refeições durante o evento, contou Bettencourt. O regresso da prova ao Porto esteve relacionado com “a conjugação de várias vontades. A Red Bull sempre considerou esta etapa emblemática e as entidades nacionais, o Turismo de Portugal, Turismo do Porto e Norte e as cidades do Porto e Gaia trabalharam para que fosse possível concretizar este regresso”, referiu o mesmo responsável. Logo no sábado, a prova já contava com 250 mil espectadores e os 850 mil totais foram um recorde em toda a época. “Para alguns pilotos é um regresso, mas para a maioria o Porto é uma nova experiência. Uma grande parte dos pilotos que competiram aqui nos anos 2007 a 2009 já se retirou e há uma renovação bastante assinalável, são cada vez mais novos, o mais velho será mesmo o Kirby Chambliss, norte-americano, que tem 57 anos”, adiantou o porta-voz da corrida. A prova representou um investimento, à imagem das outras etapas, de 14 milhões de euros no total, dos quais três milhões foram assegurados por entidades públicas portuguesas. O impacto do Red Bull Air Race na região será este ano alvo de um estudo, para tentar contabilizar os benefícios da prova na economia local e nacional. Gonçalo Bettencourt explicou que um trabalho deste género foi realizado para uma cidade do Canadá que acolheu uma prova, tendo concluído que o impacto chegou aos 100 milhões de euros.

Golpe publicitário O Red Bull Air Race é uma boa forma de levar o Porto e Portugal ao resto do mundo. Gonçalo Bettencourt adiantou que são cerca de “160 as televisões do mundo inteiro a transmitir [o evento]. Isto permite-nos chegar a milhões e milhões de consumidores e espectadores apenas através da TV. E temos uma grande cobertura dos meios, estão acreditados cerca de 330, 65 internacionais, de todo o mundo”, referiu o responsável. Além disso, há uma forte aposta “num esforço comunicacional através das plataformas em que disponibilizamos vídeos, fotografias e conteúdos para todo o mundo. Para o destino Porto é uma aposta ganha”, explicou. Quanto ao futuro, Bettencourt não quer fazer previsões, até porque o calendário para 2018 ainda não foi fechado. Mas é possível que a corrida volte a Portugal. O grande vencedor da competição no Porto foi Martin Sonka.

Fuji promove Instax Mini 9 personalizada A Fujifilm também esteve no Red Bull Air Race, onde organizou um concurso de fotografia entre os jornalistas presentes no evento, através da máquina Instax Mini 9, um modelo instantâneo analógico que imprime imediatamente as fotos. “A Instax quer estar mais próxima do público e dos fãs. A marca está presente nos seus diversos territórios de influência e afinidade, como o desporto, a música, a moda e a cultura”, salientou à Event Point Isabel Pereira, da comunicação da marca. Além do Red Bull Air Race, a Fujifilm conta com “um plano anual de activação e comunicação integrada preparado para várias épocas temáticas/festivas, eventos e acções de promoção especificas”, referiu a mesma responsável. Este plano é “alargado, presente em todas as áreas de influência do nosso público-alvo. Acções de activação em eventos, campanhas de comunicação transversais, acções de comunicação digitais em redes sociais” entre outras, fazem parte da estratégia, salientou.


OPINIÃO 32

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“Time is money”


Direito De Resposta Os organizadores de eventos sofrem imensas vezes com a falta de feedback por parte dos seus clientes ou potenciais clientes. É angustiante não ter uma resposta a uma proposta apresentada. Independentemente de seguir todas o manual das boas práticas de vendas e de relacionamento com o interlocutor a resposta continua sem aparecer. Então qual será o problema? Porque é que as empresas não respondem? Poderíamos divagar e procurar uma série de explicações desde ordem cultural, de falta de formação, etc. Todas elas são politicamente correctas. Mas só me passam pela cabeça duas: falta de educação e falta de respeito pelo trabalho dos outros. A maior parte das empresas são simultaneamente fornecedores / clientes. Pedimos e enviamos propostas. Aquilo que procuramos num fornecedor deve ser exactamente o que damos a um cliente e vice-versa. Por isso, quando existe um contacto a montante ou jusante mandam as regras da boa educação que exista uma resposta, positiva ou negativa. Qualquer uma delas é importante para empresa, mesmo a negativa. Às vezes passam semanas sem o cliente responder e nós sem saber porquê. Não consigo entender, como ainda a maior parte das empresas a operar no mercado ainda praticam o jogo do empata, desde não atender o telefone, adiar a resposta constantemente ou tipica resposta politicamente correcta: "estamos a analisar se se enquadra na nossa estratégia de marketing". Este é um jogo que não interessa a ninguém. Se não está interessado, basta dizer NÃO. Só traz vantagens. A empresa que contacta arquiva um assunto e não perde mais tempo, nem dinheiro, e a empresa visada deixa de ser massacrada por um comercial muitas vezes inoportuno. E, no final, todos ficam satisfeitos.

A área comercial é vital para qualquer empresa. É dispendiosa. E o mínimo que se exige é profissionalismo e respeito pelo trabalho alheio. A velha máxima "time is money" é válida nos dois sentidos.

JORGE FERREIR A CEO DA BEST E VENTS


REPORTAGEM 34

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A TAP está concentrada na “melhoria da sua experiência”


Tap Quer Voar Mais Alto Em Congressos E Eventos A companhia aérea tem produtos específicos para a área de MI que tem divulgado aos clientes. A empresa garante ter uma “excelente relação” com os players do sector.

PAULO HENRIQUE CUNHA

A TAP está a apostar cada vez mais no segmento da meetings industry (MI), sobretudo em congressos e incentivos. Em declarações à Event Point, Paulo Henrique Cunha, responsável da área de vendas da companhia aérea de bandeira, explica que neste segmento se intensificou “fortemente a procura em paralelo com a projecção actual de Portugal lá fora. Apostamos na constante melhoria da relação e do suporte ao cliente”. A empresa “dispõe de vários produtos para o sector MI de acordo com as necessidades especificas das entidades ou empresas nas suas viagens”, revela Paulo Henrique Cunha, salientando que são efectuados “anualmente acordos de colaboração com as empresas, tendo em conta a sua dimensão, para as viagens de negócios dos seus colaboradores”. No que diz respeito aos incentivos, a TAP garante oferecer “condições preferenciais e flexíveis aplicadas às deslocações de grupos”. Para congressos, o produto que a companhia aérea está a vender passa por oferecer “descontos específicos” e reservas online. O evento também pode receber a atenção do site e da revista de bordo da companhia aérea. Paulo Henrique Cunha realça que é complicado contabilizar exactamente

quantos passageiros foram transportados pela TAP no sector de MI, mas estima que 35% do total usaram a companhia aérea para se deslocarem em negócios, sendo que este tipo de cliente cresceu 5% entre 2015 e o ano passado. Para 2017, o aumento deve ser semelhante, diz o mesmo responsável No final de 2016, a empresa registou um total de 11,7 milhões de passageiros. A TAP está concentrada na “melhoria da sua experiência”, uma estratégia transversal a todos os segmentos, refere Paulo Henrique Cunha. “Desde a modernização, para garantir a competitividade e rentabilidade, através da aquisição de novos aviões, à renovação da frota actual, ao investimento num maior conhecimento do cliente”, a companhia aérea aposta “na segmentação e inovação do produto, na digitalização e na diversificação dos mercados, assente numa estratégia de crescimento, sobretudo na América do Norte”, adianta a mesma fonte. Para o futuro, a TAP conta com um crescimento nesta área “ essencialmente nos mercados emergentes”, incluindo, no tráfego de incentivos, a Madeira e Açores, Europa, EUA, Nordeste do Brasil, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe. Paulo Henrique Cunha salienta que a TAP tem uma “excelente relação” com os players do sector de MI, quer sejam “agentes de viagens, entidades ou empresas”. Para o responsável “há uma constante partilha de experiências e informações sobre negócios futuros para que, sempre que seja possível, a TAP possa oferecer produtos e serviços cada vez mais adequados às necessidades específicas deste segmento”, salienta. A TAP está a aplicar um plano de negócios com fortes investimentos, desde que foi parcialmente privatizada. A companhia aérea criou a TAP Express, renovou a frota regional, lançou a ponte aérea entre Lisboa e o Porto e começou uma expansão no mercado norte-americano, com a abertura das rotas de Boston e Nova Iorque (Aeroporto JFK), aumentando também as frequências semanais para Newark e Miami. Assim, mais do que duplicou a operação semanal da companhia aérea portuguesa nos Estados Unidos da América. No ano passado, a companhia aérea regressou aos lucros, com resultados positivos de 34 milhões de euros, apesar de uma quebra nas receitas, que totalizaram 2.242 milhões de euros, menos 156 milhões do que em 2015. Esta performance foi possível graças à redução de custos operacionais.


MARCAS 36

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Samsys: 80% Do Orçamento De Marketing É Destinado Aos Eventos A Samsys é um exemplo de como os eventos têm permitido valorizar e dar notoriedade à marca, chegar a diferentes públicos-alvo, e beneficiar parceiros e clientes. Fundada em 1997, a Samsys actua na área das tecnologias de informação, prestando serviços de consultoria informática. Ruben Soares, um dos fundadores, e director executivo, explica que o evento mais emblemático é o Dia do Cliente (DDC). Este ano, na 6ª edição, o DDC contou com 1200 pessoas,

que encheram o Pavilhão Multiusos de Gondomar. O Dia do Cliente foi criado para “motivar os empresários nacionais, incentivando-os à acção, a procurar novos mercados, a inovar os seus produtos e serviços e a fazer networking, que é o primeiro passo para se gerar negócio”, conta o responsável. “Actualmente


trata-se do evento com maior projecção e impacto que organizamos. O feedback que recebemos é que as pessoas reconhecem o crescimento da marca, não só tendo em consideração a dimensão da audiência, mas pela qualidade do próprio evento, desde os oradores, passando pelas animações, pelo espaço, pelo tamanho da área em que damos visibilidade às marcas que nos apoiam neste dia, pela nossa preocupação até com as soluções de almoço no recinto”. Segundo Ruben Soares este é o maior evento anual de desenvolvimento pessoal e profissional gratuito em Portugal. A Academia Samsys organiza ainda outras iniciativas. Por exemplo, a Formação de Alto Desempenho Comercial, que esgotou a sala de formações, com cerca de 60 pessoas, ou as Tertúlias, que juntam cerca de 100 pessoas. “Cada vez que batemos mais um recorde surge uma vontade arrebatadora de fazer cada vez mais, unindo esforços para que, não deixando nunca de inovar e surpreender, sejam apresentados eventos bem organizados, por pessoas motivadas e que gostam do que fazem. Isso tem-se refletido nos resultados”. Ruben Soares admite que o peso dos eventos na empresa “é muito grande”. “Actualmente, a Samsys despende mais de 80% dos seus fundos de marketing anuais, que têm vindo a aumentar de ano para ano, na realização de dezenas de eventos, promovidos pela sua Academia, que tem o mesmo nome, com objectivos bem definidos”. Todos os meses a empresa procura apresentar um novo evento, versando várias temáticas, que podem ir desde segurança digital, redes sociais profissionais (como o LinkedIn), obrigatoriedades de alterações na legislação e como essas afectam as empresas, técnicas comerciais, entre outras. Além disso a Academia tem um outro objectivo e que passa por se “dedicar a outra vertente na área de eventos: o apoio a eventos que se enquadrem na visão que definimos, sejam eles conferências, formações ou outros eventos de grande valor formativo. Assim, estamos atentos a eventos de desenvolvimento pessoal e profissional no país e, ao estabelecer parcerias com a entidade organizadora conseguimos que os nossos clientes e amigos consigam marcar presença por um preço especial, com descontos significativos entre 30% e 60%”. O Click Summit é um bom exemplo desse apoio dado a eventos de terceiros. É o departamento de comunicação da Samsys, constituído por cinco elementos, que operacionaliza tudo o que tem a ver com os eventos. Estes têm necessariamente de reflectir os valores da marca. “Todos os eventos organizados pela Academia Samsys reflectem preocupação com a responsabilidade social, pelo que está bem latente a necessidade de levar à sociedade a oportunidade de desenvolverem competências, pessoais ou profissionais, úteis e realmente direccionadas para o crescimento. Esta visão vai ao encontro da missão da marca, que é ajudar os seus parceiros a crescer”. O acrónimo C.O.R.A.G.E.M. (Competentes, Objectivos, Responsáveis, Ajudadores, Genuínos, Empenhados e Motivadores) está presente em tudo quanto fazem.

Duas perguntas a Ruben Soares Como fazem a vossa escolha de fornecedores? Evento a evento? Por concurso? Têm fornecedores preferenciais? Alguns dos nossos fornecedores são nossos clientes há muitos anos e fazemos questão de dar primazia a essas mesmas empresas. Faz parte da política da empresa, pois é uma forma de demonstrarmos lealdade e fortalecermos relações. Ainda assim, gostamos de estar atentos ao mercado, temos mente aberta e investimos tempo na procura das melhores soluções. Esta é, inevitavelmente, uma forma de garantir a sustentabilidade da empresa. Às vezes somos surpreendidos de forma positiva quando nos apresentam valores inferiores ao habitual e quando as empresas fornecedoras fazem questão de ter visibilidade enquanto patrocinadores, como aconteceu no DDC com o fornecedor de merchandising ou até quando somos surpreendidos pelo profissionalismo e palavra de fornecedores que trabalham em feriados e fins-de-semana para aceder aos pedidos de produção que fazemos. E cumprem-nos, como aconteceu com um novo fornecedor que produziu as letras luminosas que estavam em palco no DDC, produzidas em menos de uma semana. Como é que a marca vê o sector dos eventos em Portugal, no que diz respeito à qualidade e alternativa de fornecedores? Portugal tem largas centenas de pessoas verdadeiramente inspiradoras, com lições de vida capazes de nos pôr a questionar a forma como agimos, como lidamos com os desafios. A coragem que as próprias têm tido no sentido de partilhar essas mesmas histórias tem sido notória e todos ficamos a ganhar com isso. Assim surgem eventos com grande qualidade, que contam com personalidades portuguesas e também referências internacionais, como no caso do Web Summit, que já é a maior conferência tecnológica do mundo, o que naturalmente nos enche de orgulho enquanto portugueses, já que é no nosso país que temos a maior conferência do nosso setor de atividade.


OPINIÃO 38

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Gerar Envolvimento Num Evento: Algumas Pistas Para que o seu evento seja um sucesso é imprescindível gerar elevados níveis de envolvimento com os seus convidados, antes, durante e após o mesmo.

Para comunicar de forma assertiva e eficiente, hoje mais do que nunca, tem ao seu dispor um conjunto significativo de ferramentas que poderá usar para dinamizar o seu evento. Neste artigo, vamos explorar cinco soluções que pode adoptar para maximizar o seu evento.

1) SOCIAL MEDIA Como o próprio nome indica, as redes sociais não são mais do que espaços virtuais de socialização, partilha de conteúdos e experiências. De tal modo, que se considera “terreno fértil” em matéria de eventos.


4) APLICAÇÃO MÓVEL Opte, no máximo, por três redes sociais a utilizar durante o evento. A escolha das redes dependerá de empresa para empresa, mas diria que o Facebook, Twitter e o Instagram serão os canais que mais podem gerar um retorno imediato para a maioria dos casos. Partilhe imagens, clips de vídeo, citações, ou até pequenas sondagens (utilize as várias formas de reacção para obter respostas fechadas) e sobretudo convide a sua comunidade a participar. Envolva também os palestrantes e outros influenciadores digitais do seu mercado, para que partilhem vários momentos do evento com os seus seguidores. Esta é uma forma simples de amplificar o alcance do seu evento utilizando as redes sociais. 2) HASHTAG As hashtags, em contexto de Social Media, são na sua essência etiquetas usadas para identificar posts relacionados por determinados assuntos. Originalmente introduzidas pelo Twitter, são hoje, um denominador comum em quase todas as redes sociais.

Num primeiro momento, poderá pensar que produzir uma aplicação móvel para um evento com duração de dois ou três dias pode ser algo excessivo, devido à complexidade do processo... Uma realidade, caso pondere construir algo de raiz, ultrapersonalizado ou com integração com outros sistemas. Felizmente, existem várias plataformas nas quais poderá construir a sua app utilizando modelos já pré-formatados e sem precisar de conhecimentos de programação. Esta solução está literalmente ao alcance de qualquer pessoa. Procure explorar as funcionalidades de cada plataforma, de modo a selecionar a que melhor serve os seus propósitos. Nesta sua jornada, recomendo que visite os websites da GoodBarber, AppMachine e BuildFire, onde os preços começam nos 28 € mensais. Esta opção poderá ser uma alternativa aos SMS profissionais, uma vez que permite enviar notificações aos utilizadores que instalaram a aplicação, sem custos acrescidos. Contudo, a percentagem de adesão de participantes à instalação da aplicação do evento pode vir a ser reduzida, facto este que deve considerar antes de tomar uma decisão. 5) VÍDEO

COMO TIRAR PROVEITO DESTA TECNOLOGIA PARA SEU EVENTO? Em primeiro lugar crie uma hashtag única para o seu evento, por exemplo #MktConference2017. No início de cada palavra coloque a primeira letra em maiúsculas para que a hashtag seja mais perceptível. Utilize ferramentas como o www.tagboard.com, onde poderá monitorizar os posts que estão a ser publicados com esta hashtag, just in time. Colocar um LCD num ponto estratégico do evento com o tagboard, fará com que os participantes possam visualizar os posts que estão a ser partilhados sobre o evento, em tempo real e nas várias redes. 3) EMAIL MARKETING O email marketing continua a ser um dos canais do Marketing Digital com maior taxa de conversão. Através de plataformas como o Mailchimp, E-Goi ou Active Campaign, programe o envio de campanhas, informando os participantes sobre momentos-chave do evento, minutos antes do seu inicio. Esta pequena operação pode ter um impacto muito significativo, especialmente se tiver vários micro eventos a decorrer em simultâneo, funcionando quase como um lembrete. Além de aumentar a notoriedade do seu evento, vai ajudar a conseguir reunir um maior número de participantes.

O vídeo tem assumido protagonismo nas estratégias de comunicação actuais. Empresas como a Google ou Facebook, privilegiam cada vez este tipo de conteúdo. Estima-se que, até ao final de 2017, cerca de 74% de todo o tráfego de Internet será usado para consumir conteúdos em vídeo em todo o mundo. Uma das soluções que mais me entusiasma é a transmissão em directo, conhecido também como livestreaming. As redes sociais vieram democratizar o livestreaming, algo que num passado muito recente seria completamente inacessível à maioria das PME’s em Portugal, considerando os custos associados. Hoje, através do Facebook ou Instagram, poderá realizar vários lives para fazer a cobertura dos bastidores, preparação do evento ou sessões de perguntas e respostas. Retomando o exemplo de uma conferência, agende um live no qual o entrevistador aborda o orador e em que este faz resumo da sua apresentação e em paralelo, convide a audiência que o segue a colocar perguntas ou questões que gostassem de ver esclarecidas. Nas redes sociais, as lives são cada vez mais importantes e determinantes. Potenciam o seu alcance orgânico, o que significa que vai chegar a mais pessoas sem ter que pagar para que tal aconteça.

HÉLDER PINTO RESPONSÁVEL DE MARKE TING DIGITAL DA DIGITAL SAPIENZ


VENUES 40

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“Acolhemos eventos, quer sejam de famílias, quer sejam de empresas”


Esta Casa Não É Só De Vinho Verde O palacete Silva Monteiro, na Rua da Restauração, no Porto, oferece um “oásis de tranquilidade” para eventos, dentro de uma cidade cada vez mais agitada.

O palacete onde funciona a Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV) é um bom refúgio da agitação que cada vez mais é a marca do Porto. A Casa data de meados do século XIX, altura em que foi considerada a mais luxuosa da cidade, quando o conde Silva Monteiro a mandou construir e é uma porta para um passado não muito distante, em que a Invicta enriqueceu com o dinheiro do Brasil. Manuel Pinheiro, presidente da Comissão Executiva da CVRVV contou à Event Point que a Casa do Vinho Verde começou a ter as actuais funções nos anos 40, quando passou a ser uma “zona de trabalho”. À medida que os anos foram passando, o pessoal foi sendo transferido para um edifício ao lado, o que libertou a Casa para outras funções, aproveitando a localização, os espaços e a ligação ao jardim, com uma vista privilegiada sobre o rio

Douro. “Mais recentemente, com uma equipa mais profissional, acolhemos eventos, quer sejam de famílias, quer sejam de empresas. E sobretudo nos últimos dois anos temos avançado [com a estratégia]. É uma experiência boa que se integra naquilo que tem sido o desenvolvimento do Porto”, referiu Manuel Pinheiro. Para o futuro, o objectivo é continuar a apostar neste sector, sobretudo depois de ser levada a cabo a reabilitação de algumas áreas da Casa, na qual o passar do tempo já deixou a sua marca. Manuel Pinheiro realçou que um dos argumentos que atraem grupos para o espaço é “o facto de a casa conseguir estar dentro do Porto, mas num sitio sereno, e ter estacionamento”. O palacete tem seis espaços disponíveis, incluindo a biblioteca e um salão nobre. “Podemos fazer reuniões, na sala de assembleia-geral, colocámos plateias e mesas de reuniões e depois temos o equipamento normal. Isso ajuda a dar flexibilidade aos espaços e conseguimos ter a casa a funcionar com convidados cá”, referiu o presidente da CVRVV. O negócio ainda pesa pouco para a entidade, apesar de a Casa contar com uma ocupação de 70%. A comissão tem como principal actividade a certificação de Vinho Verde, com uma facturação anual da ordem dos seis milhões de euros. A aposta nos eventos é sobretudo uma questão de imagem. “Ter um congresso de 50 ou 70 pessoas, que se lembram que aqui estiveram, faz com que tenhamos embaixadores em todo o mundo”, garantiu Manuel Pinheiro. A promoção tem assentado no “boca-a-boca” e o presidente da CVRVV acredita que, neste momento, isso é suficiente.

Espaços: Biblioteca: capacidade 8 pessoas Sala Vermelha: capacidade 20 pessoas Salão Nobre: capacidade 80 a 90 pessoas Sala Dourada: capacidade 8 pessoas Sala Árabe: capacidade 4 pessoas Salão de Baile: capacidade 80 pessoas


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Cidade De Viseu Vai Estar Mais Bem Preparada Para Receber Eventos O novo pavilhão multiusos terá o concurso lançado no quarto trimestre de 2017, para uma sala com capacidade superior a 5.500 espectadores. Vai ser mais fácil “vender” Viseu para congressos e eventos. A Câmara de Viseu, a Arena Atlântico, sociedade gestora da MEO Arena e a Viseu Marca, uma associação local ligada à autarquia, apresentaram um projecto para reconversão do pavilhão multiusos da cidade, num investimento estimado entre 2,5 milhões e três milhões de euros. Segundo um comunicado, “prevê-se que o concurso público para execução das obras seja lançado no quarto trimestre de 2017”, sendo que o programa funcional, o projecto de “upgrade” e a reformulação do espaço já estão concluídos. Depois de finalizado, o pavilhão, chamado Viseu Arena, terá uma capacidade superior a 5.500 espectadores e uma arena de 2.500 metros quadrados, além

de ecrãs, uma cortina de luz na fachada do equipamento, novas zonas do público, cinco bares e um lounge panorâmico para a cidade, que pode acolher eventos premium e catering. No mesmo comunicado, Moisés Rosa, o arquitecto responsável pela Arena referiu que “será um espaço atractivo e adaptado a todo o tipo de eventos com a incorporação de novas arquitecturas interiores e de novos serviços que incrementam a sustentabilidade e valorizam o campo da Feira de São Mateus”. O recinto quer receber congressos, competições desportivas e eventos corporate, entre outros, e tem o mercado ibérico no topo das prioridades para a sua futura operação.



ESPAÇO APOREP 44

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A Importância Do Associativismo A formação do conceito está associada às organizações nas quais grupos de cidadãos têm a possibilidade de lutar e afirmar a sua identidade, constituindo um pilar decisivo na construção da solidariedade e contribuindo para o exercício da democracia e da cidadania. A emergência do associativismo está relacionada com as condições sociais decorrentes da sociedade industrial, tornando-se ao longo dos tempos elemento dinamizador das comunidades e um importante factor de transformação e inovação social. Em Portugal, o associativismo foi dinamizado durante o Estado Novo. Participar era uma forma de resistir à ditadura, de partilha de ideias e de dinamização de acções cívicas, mas foi sobretudo após o 25 de Abril que houve um grande crescimento das associações. Além deste crescimento, há que registar que as associações chamadas “ clássicas” se organizaram de modo mais diversificado ao nível das suas actividades e houve a criação de novos tipos de associações. Em Portugal existem cerca de 65.490 registos relativos a associações, segundo um levantamento de dados realizado pela Secretaria Geral da Administração Interna, em 2011, tendo como fonte a documentação existente sobre esta matéria nos Governos Civis (período temporal 1835‑2011), entidades que detinham um papel regulador, no âmbito da aprovação dos estatutos e regulamentos das associações e que abrangiam diversas tipologias – instrução, saúde, recreio, beneficência, irmandades, confrarias, trabalhadores, religiosas, etc. Assim, podemos afirmar que em Portugal existem muitas associações, mas somos o país que detém o mais baixo índice de participação por habitante. Apesar deste cenário, segundo Melo de Carvalho, em 2002, na obra “ Associativismo, inovação social e desenvolvimento”, há um balanço positivo entre as que são criadas e as que desaparecem. Se as associações traduzem ao longo dos tempos uma força social tão expressiva e valiosa, tanto a nível económico, como social, porquê a falta


de visibilidade numa sociedade cada vez mais mediatizada? Sendo as associações resultado do contributo de todos, por que razão estas não conseguem ser recompensadas com o apoio adequado por parte de quem regula estas matérias? Refiro-me em concreto ao facto de terem a sua subsistência económica através das quotizações e do financiamento do poder local, central ou político, sendo a intervenção estatal muito reduzida, uma vez que abrange um número muito limitado de associações. Em relação aos trabalhos desenvolvidos nas associações, estes assentam no contributo dos colaboradores, que na sua grande maioria intervêm de forma gratuita, dando o seu tempo e conhecimento. Este contributo dos associados evidencia e representa valor económico e social, mas tem implicações a nível individual, pois acarreta disponibilidade do ponto de vista pessoal. Considero o associativismo um fenómeno a ser estudado com maior detalhe e rigor. Há estudos que se debruçaram sobre a falta de adesão de novos associados, e outros sobre as dificuldades das associações em conseguir reter ou captar novos membros, mas ainda assim é preciso investigar muito mais. Por exemplo, quais os motivos que levam à desmotivação, ao interesse momentâneo que rapidamente se transforma em desinteresse, à forma de participação pouco activa, que quase se pode chamar de “passiva”? Segundo o livro branco do Kenes Group ( 2015) sobre os desafios das associações para captar ou reter novos membros, estes devem- se em grande parte à crise económica, à demografia e à tecnologia. Sugiro uma leitura atenta deste documento pois o mesmo apresenta algumas conclusões muito interessantes sobre este assunto, e indica alguns comportamentos que podem ser adoptados pelas associações. A APorEP – Associação Portuguesa de Estudos de Protocolo, não recebe subsídios e depende exclusivamente das quotizações dos sócios e das receitas arrecadadas com a organização de encontros como as Jornadas Internacionais de Protocolo. Graças ao empenho e esforço de uma equipa de associados, desde 2015 que conseguimos reunir todos os anos os profissionais desta área para refletir e debater temas que interessam a todos. As XII Jornadas Internacionais de Protocolo serão no próximo dia 16 de Novembro de 2017, no Auditório da Reitoria da Universidade Nova de Lisboa. Como membro da Direção da APorEP gostaria de expressar que - não obstante concordar que a crise económica é hoje um factor determinante para o muito que se deixa de fazer, mesmo tendo vontade -, no que concerne à participação activa no associativismo, a falta de reconhecimento é o elemento mais penalizador, mais do que, por exemplo, a ausência de remuneração. A maioria dos associados portugueses são voluntários mas não se sentem recompensados porque consideram ser quase nula a visibilidade da sua intervenção e contribuição individual para o colectivo.

Acredito que através das associações poderemos intervir e ajudar a transformar o país, estabelecendo relações de parceria e de cooperação entre os diferentes poderes, sejam políticos, económicos ou da comunicação social. Acredito que podemos partilhar e manter os princípios de autonomia e independência. E, em forma de conclusão, partilho uma frase de um autor desconhecido: “O associativismo é um dos pilares da sociedade”. As associações precisam do conhecimento, do entusiasmo e das novas ideias de TODOS!

ANGÉLICA JORGE ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE ESTUDOS DE PROTOCOLO


TENDÊNCIAS 46

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Sete Tendências A Não Perder Na Meetings Industry São cada vez mais as formas de organizar uma reunião. Conheça as tendências indicadas pela Meetingselect e publicadas no International Meetings Review. Existem cada vez mais formas diferentes de organizar uma pequena reunião. E convém estar atento às novidades do mercado. O International Meetings Review publicou sete tendências que os profissionais da meetings industry podem acompanhar, indicadas pela Meetingselect, empresa de gestão de reuniões.

1. O loft.

2. O exterior.

Não se surpreenda se encontrar o gestor de marketing a apresentar os seus cálculos completamente relaxado num pufe enquanto toma um smoothie. Hotéis e locais de encontro desempenham um papel importante na criação de salas de reuniões mais agradáveis, com foco no Feng Shui e outras filosofias do Extremo Oriente. A mesa longa e a luz artificial são substituídas por mobiliário natural, com mesas de madeira altas, assentos acolhedores, áreas de estar suavemente iluminadas e negócios fechados em torno da lareira. Tal como aconteceria num loft moderno e elegante.

Quem disse que as reuniões, por definição, deveriam ter lugar no interior? Qualquer local actualizado com a crescente demanda por instalações ecológicas e sustentáveis oferece aos seus clientes reuniões, ou pelo menos pausas, ao ar livre. E porque não? Uma brisa fresca, vitamina D, um almoço biológico no jardim: a garantia de aprimorar os sentidos dos seus participantes instantaneamente. O céu é literalmente o limite. E por que não levar os seus convidados para uma cabana montanhosa nos Alpes? Em Singapura, organize uma sessão matinal no terraço do telhado, ao lado da piscina, claro. Certifique‑se de ter seus Mifi (routers Wifi portáteis que permitem ligar-se à internet, criando assim um ponto de acesso pessoal em qualquer lugar).


3. 'Bleisure'.

6. Partilhar é importar-se.

Hotéis de topo e gestores de turismo em todo o mundo sabem há bastante tempo que os seus hóspedes de negócios nem sempre serão apenas hóspedes de negócios. A maioria tem um parceiro, uma família, amigos. Então, por que fazer a distinção estrita entre empresários e visitantes que querem passar umas férias relaxantes? Se mostrar o tipo de opções de lazer que tem para oferecer durante uma conferência, no próximo verão eles podem voltar com toda a família. Organizadores de reuniões sabem que não se trata apenas de uma reunião ou conferência organizada de forma eficiente, trata-se da diversão e experiências que um local ou destino tem para oferecer depois – ou mesmo durante o horário de trabalho. Ofereça sessões de ioga antes do pequeno-almoço, organize uma caminhada na cidade ou uma sessão de degustação de vinhos no bar. Misturar negócios com prazer, ou ‘bleisure’, é uma tendência a não perder, porque a linha entre trabalho e prazer está cada vez mais esbatida. É uma situação duplamente vantajosa.

Centenas de livros foram escritos sobre a meetings industry, numerosas palestras dadas. Mas, no final, as melhores práticas da sua rede ‘peer‑to‑peer’ provaram ser igualmente educacionais. Os profissionais no terreno geralmente experimentam os mesmos desafios ou têm dicas brilhantes sobre aquele venue ou destino únicos. Por que não partilhar esse conhecimento? Estabeleça contactos! Isso pode ser feito de várias maneiras: através do Linkedin, durante um evento de networking, através de blogs, vlogs, aplicações e boletins informativos. Vai poupar-lhe muito tempo e dinheiro, e a energia que experimenta aprendendo com os outros não tem preço. A pessoa sentada ao seu lado numa conferência pode ser tão inspiradora quanto a que está no palco.

4. Desligue e fique atento. Não há nada mais irritante do que entrar num brainstorming ou numa reunião enquanto a sua mente está stressada com os e-mails que ainda precisa de responder e relatórios que deve entregar no dia seguinte. Estar on-line o tempo todo diminui a eficiência, porque perde o foco e a sua criatividade e energia simplesmente não fluem como deveriam. É por isso que cada vez mais empresas adoptaram o conceito de ‘mindfulness’ na sala de reuniões. A atenção sobre o “agora”, o momento presente. O foco e a atenção são factores‑chave e isso ajuda os participantes a ver as coisas com mais clareza e a tomar melhores decisões. Desligue-se! Amanhã é outro dia, o presente é agora.

7. Tecnologia como necessidade básica. Por muito que tenhamos necessidade de uma desintoxicação digital de vez em quando, um local com instalações técnicas precárias não será reservado uma segunda vez. No top 5 das maiores irritações durante uma reunião ou conferência é uma ligação lenta à internet, ter que pagar pelo Wifi e equipamentos técnicos que não cumprem o prometido. Assim, um venue terá mais valor quanto mais cuidadoso for em termos de dispositivos técnicos, placas inteligentes, redes sociais, transmissões ao vivo, sistemas sensíveis ao público e capacidade de apresentação em 3D.

5. Gaste! Como sabemos, o sector MICE sofreu um verdadeiro golpe durante a crise: os custos foram reduzidos drasticamente, os orçamentos limitados. Agora, quase dez anos depois, uma certa forma de luxo está de volta. Talvez não seja um luxo decadente e exagerado como antes da crise, mas as empresas estão novamente dispostas a pagar por qualidade e conteúdo. Cabe ao sector das reuniões facilitar isso com equipamentos de ponta, orientação profissional, experiências divertidas e hospitalidade excepcional.

INTERNATIONAL MEETINGS REVIEW


INCENTIVOS 48

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A exclusividade paga-se


Viagem Aos Mares Profundos Dos Açores O que lhe propomos a seguir é uma experiência verdadeiramente rara e exclusiva: mergulhar nas profundezas do mar dos Açores, até aos mil metros de profundidade. E visitar por exemplo a cratera de um vulcão adormecido ou os destroços do submarino alemão U-581, afundado durante a II Guerra Mundial. Isto é possível porque o único submersível tripulado de investigação científica a operar em Portugal está baseado nos Açores, na ilha do Faial. O LULA1000, assim se chama este submersível, pertence à Fundação Rebikoff, e foi lançado em 2013 para apoiar diferentes projectos de investigação científica através da recolha de imagens e de dados. É um de apenas dez que no mundo inteiro têm capacidade para descer até aos mil metros de profundidade ou mais. Quando não está envolvido em missões científicas, o LULA1000 pode ser alugado para levar um ou dois passageiros a estas profundezas no meio do Atlântico. No programa pode estar a visita ao vulcão adormecido de Mont’Ana, quatro milhas ao largo da Horta. São frequentes os encontros com congros, lulas, destroços, tamboris, tubarões-albafar e outras espécies. Parte deste vulcão está coberto por um recife de corais amarelos, de águas frias, descoberto em 2013 pela equipa do LULA1000. Um outro programa inclui uma descida aos mil metros, junto às ilhas do Pico ou de São Jorge. O mergulho começa na encosta de uma das ilhas onde, devido ao relevo, se pode observar uma grande concentração de vida subaquática, tais como espécies pelágicas profundas, lulas, dragões de luz vermelha, peixes víbora entre outros peixes de mar profundo, ctenophoras, alforrecas e outros invertebrados. Muitas vezes, podem ver-se tubarões nas encostas colonizadas por corais de águas profundas e campos de esponjas (poríferos). Finalmente, aquele que é provavelmente o mais fascinante dos três programas, em especial se se interessa por este pedaço da História: mergulhar 870 metros até aos destroços do submarino alemão U-581, afundado durante a II Guerra Mundial, a 2 de Fevereiro de 1942, ao largo da ilha do Pico. Os destroços foram localizados pela tripulação do Lula1000 em Setembro de 2016. Hoje, o submarino U-581 é um verdadeiro recife de água fria artificial, colonizado por várias espécies de corais de águas profundas, esponjas e inúmeros outros peixes e crustáceos. Encontra-se em bom estado de conservação, e pode perfeitamente distinguir-se o casco, a torre de comando, o eixo da hélice e as deformações causadas pela detonação das cargas de

profundidade que o fizeram afundar. A subida é feita ao longo da encosta da ilha do Pico, que é coberta por um jardim de corais de água fria. Qualquer uma destas aventuras só está disponível para uma ou duas pessoas em cada viagem. Além disso, a exclusividade paga-se: de 3.000 a 7.000 euros, consoante o programa e o número de passageiros. Ainda assim, esta é uma oportunidade de ver de perto uma das áreas menos exploradas do planeta, o oceano profundo. LULA1000 Este submersível foi construído pela Fundação Rebikoff- Niggeler (FRN) para ser usado em filmagens subaquáticas de alta qualidade. O LULA1000 é essencialmente uma câmara de mergulho profundo com propulsão, transportando o operador de câmara e o piloto sentados dentro da lente grande angular. A grande vigia de observação, feita de acrílico de 140 mm de espessura, torna-o numa excelente ferramenta de observação e documentação. Uma série de holofotes, estrategicamente colocados, iluminam a área em frente da vigia de observação. O LULA1000 e a sua equipa já participaram em inúmeras missões nos mares dos Açores, incluindo filmagens para documentários como "Mountains of the Deep", da série "Atlantic" da BBC (2016), e "Ocean - Blue Planet", também da BBC. Dois pioneiros A Fundação Rebikoff-Niggeler foi criada em 1994 e é uma organização sem fins lucrativos. Actua na área da produção de filmes sobre a fauna e habitats do mar profundo, e da investigação (biologia, geologia, oceanografia, arqueologia, etc.). Inspira-se e homenageia a vida e obra de duas figuras, Ada e Dimitri Rebikoff-Niggeler, um casal franco-suíço que, entre 1948 e 1991, se dedicou à invenção e ao desenvolvimento de tecnológica e equipamentos de investigação do mundo subaquático.


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Muitas das rotas sĂŁo feitas independentemente pelos turistas


O Douro Também É De Terra Batida A bracarense Portugal Green Walks leva os turistas em caminhadas que sabem a vinho do Porto e retratam a história das quintas produtoras. Do miradouro de Casal de Loivos ao Pinhão são mais ou menos seis quilómetros, por caminhos de terra, entre as quintas de vinho do Porto que povoam a zona do Pinhão, no Douro. Paulo Lopes percorre o percurso com a certeza de quem já o fez inúmeras vezes. Não há rota da Portugal Green Walks que o fundador e CEO não tenha percorrido pessoalmente, para perceber quais os melhores percursos e como poderão ser integrados no negócio que quer por os turistas a percorrer o norte do País. No Douro, o negócio vai de vento em popa, apenas limitado pela dificuldade em encontrar alojamento na região património da humanidade, que está cada vez mais cara e exclusiva. Mas isso não desmotiva Paulo Lopes, que só no Caminho de Santiago, uma das especialidades da empresa, contou já este ano com 800 pessoas, quase todos estrangeiros. Vinhas abaixo, a primeira quinta que aparece aos caminhantes é a do Jalloto, produtora de vinhos, azeite e mel que vai conquistando quem passa com um miradouro de vistas desafogadas sobre o vale do Douro, com o Pinhão ao fundo. E começa logo ali a prova de vinhos, que atrai tantos turistas à região. Um pouco mais abaixo, a quinta da Roêda tem uma janela privilegiada para a paisagem, com uma pequena mesa em que se pode sentar por quem lá passa. Sem se esquecer, claro, de provar o Croft que por lá se mostra, num salão que é também usado para eventos. A caminhada de Paulo Lopes, que faz parte do pacote que vende para turistas na região, termina na Quinta do Bomfim, da Symington, à hora de almoço, com um piquenique, sob os olhares invejosos das dezenas de estrangeiros que lá estão com copos de vinho na mão. Já de volta ao Pinhão, é hora de regressar, mas não sem antes passar num dos parceiros privilegiados da empresa de Braga. A Portugal Green Walks trabalha frequentemente com a Quinta do Seixo, do universo Sandeman, onde é possível fazer um piquenique nas vinhas, num socalco que é uma verdadeira varanda para o Douro.


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GPS para caminhantes Muitas das rotas são feitas independentemente pelos turistas, a quem é disponibilizado um GPS que não precisa de Internet e um “roadbook”que ajuda a encontrar o caminho certo e a visitar tudo o que vale a pena. Os percursos, que chegam a durar uma semana, podem ser personalizados, segundo os gostos de quem faz a caminhada. Com mais ou menos quilómetros por dia, o objectivo é dar a conhecer as paisagens do Douro aos turistas que vêm de todo o lado. Pelo meio ficam em hotéis da zona ou em alojamentos rurais e vão conhecendo o que de melhor existe na região. A Portugal Green Walks trata de toda a logística para que as pessoas estejam onde têm que estar na hora certa. Paulo Lopes explicou que os melhores meses para a empresa são Maio e Setembro, quando há temperaturas amenas, que permitem caminhadas sem grandes problemas. Entre os principais interessados neste produto estão os alemães, belgas e turistas de países nórdicos, mas Paulo Lopes já recebeu gente de todo o mundo. Portugueses e espanhóis é que nem por isso. A Portugal Green Walks já está também a fazer incentivos, de um, dois e três dias, por exemplo, e recebe grupos de empresas para acções de team building ou bonding. Paulo Lopes acha que ainda há muito a fazer em Portugal para estimular este segmento das caminhadas e das bicicletas, em que a empresa também está a actuar. Muitas vezes as regiões estão demasiado inexploradas e não há infra-estruturas de apoio para as empresas e para os turistas. O fundador da Portugal Green Walks quer agora apostar na zona do Douro Internacional e em Montesinho. O sócio da empresa bracarense começou a delinear este projecto em 2009, depois de abandonar um cargo no departamento de informática da Sonae. A empresa começou por apostar em grupos para fazer o Caminho de Santiago, mas acabou por perceber que não era a melhor hipótese e lançou-se num produto mais personalizado, em que hoje se destaca. Paulo Lopes explica que com o crescimento da Portugal Green Walks o maior desafio é manter este nível de atendimento individualizado. No entanto, a flexibilidade irá manter-se como imagem de marca da organização, garantiu o empresário.

ALEXANDR A NORONHA



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A Ponte da Arrábida é a única no hemisfério norte que pode ser visitada.


Vista Mais Original Do Porto? A Do Topo Da Ponte Da Arrábida Há mais um local a fazer parte do top das melhores vistas da cidade do Porto. E para a alcançar, há um desafio pelo meio: subir ao topo da Ponte da Arrábida. A Event Point foi experimentar. Quando em 1963 a Ponte da Arrábida foi concluída estávamos perante a ponte com o maior arco em betão armado do mundo. O projecto e a circunstância criaram grande curiosidade de jornalistas de todo o mundo e os portuenses assistiram à construção desta obra emblemática como se fosse um filme. Hoje a curiosidade é outra. A Ponte de Arrábida é a única no hemisfério norte que pode ser visitada. E a ideia foi da Porto Bridge Climb. O projecto começou a ganhar forma em 2014, conforme nos conta Pedro Pardinhas, embora que, inicialmente, com outros contornos. “Uma das ideias era reactivar os elevadores que existiam nestes pilares da Ponte da Arrábida. Foi esse o ponto de partida. Contactamos as Infra-Estruturas de Portugal para saber se era possível, tivemos uma reunião, avaliamos os custos, e depressa percebemos que custava muito dinheiro.” Com as visitas técnicas à ponte, surgiu a ideia de aproveitar a escadaria e proporcionar visitas ao topo deste edifício histórico. O boom do turismo deu confiança à empresa para prosseguir com o projecto. Em 2015 existiram várias conversas com as Infra-Estruturas de Portugal e em Abril de 2016 foi assinado o contrato de concessão. Em Junho do mesmo ano arrancavam as visitas à ponte. Curiosamente têm sido os portugueses os que mais procuram esta experiência. “Começou com um impacto muito grande, tivemos muito interesse dos media. Logo nas primeiras semanas tivemos enchentes”. Hoje já chegam ao turista estrangeiro. “Estamos à venda no posto de turismo, temos boas classificações no tripadvisor, somos a 11ª atracção no Porto, a primeira a pagar, e isto dá bastante visibilidade”, refere Pedro Pardinhas. No entanto, em 2017, ainda contam com mais portugueses do que estrangeiros. Agora a vontade é de chegar aos grupos, empresas e eventos. E as opções são vastas, basta ter alguma imaginação. “É possível as empresas juntarem-se e

fazerem aqui um team building ou incentivo. Estamos activamente a contactar empresas para que possam fazer aqui eventos”. O limite de 13 pessoas que podem subir ao mesmo tempo pode parecer um grande obstáculo, mas Pedro Pardinhas explica que se podem repartir os grupos e os que ficam “em terra” podem usufruir do espaço em baixo, também agradável para um convívio. E sabia que há visitas ao amanhecer e em noites de lua cheia?

Segurança acima de tudo A sensação de segurança é evidente quer na subida, quer na descida dos 262 degraus da ponte, testemunhou a Event Point. A segurança foi aliás uma grande preocupação. “criámos condições para que as pessoas não pudessem deslizar, rebolar ou cair”. Os cabos de aço funcionam como um corrimão, uma barreira física que limita o trajecto onde as pessoas podem andar, limitando a liberdade da circulação. “Pontualmente há pessoas que têm pena, mas isto é para um público transversal, temos de restringir. Temos de lhe tirar um bocado a adrenalina para assegurar que toda a gente chega aqui viva”, salienta o responsável. Ao chegar ao topo, para além de uma vista única e a oportunidade de fruição de um edifício histórico, a Porto Bridge Climb tem uma surpresa para o visitante. Não vamos revelar, por isso experimente!

CLÁUDIA COUTINHO DE SOUSA


DESTINO INTERNACIONAL 56

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Gueixas e templos


Dois Mil Templos Rezam A História De Quioto A antiga capital do Japão está polvilhada de história, tendo sobrevivido quase incólume à Segunda Guerra Mundial. E é nos frutos dessa história que eventos de todo o mundo querem deixar a sua marca. Em Quioto há uma montanha mágica que se sobe atravessando milhares de pórticos vermelhos, o cenário ideal de milhares de oportunidades fotográficas. A escala e grandiosidade deste local, o templo de Fushimi Inari, é um bom indicador do lugar de relevo da cidade na história do Japão, do qual foi a capital durante cerca de mil anos, até ser substituída por Tóquio no século XIX. Nos dias de hoje é a sétima maior cidade do país do sol nascente. Mas esta “despromoção” não diminuiu o apelo de Quioto. Há mais de dois mil templos para visitar, um castelo medieval bem conservado, restaurantes para todos os gostos, jardins zen, avenidas largas e bairros antigos, com casas de madeira, de dois ou três andares. Num destes bairros, Gion, a partir das 18 horas, viaja-se no tempo, quando as gueixas saem à rua e entram nas casas de chá onde têm compromissos marcados, para animar jantares, festas e eventos. Em passo apressado, tentam evitar os curiosos que as perseguem pelas ruas. A cidade transformou-se na mais importante do Japão no século VIII e passou por vários períodos históricos, com lutas de poder e incêndios devastadores, mas também por alturas de construção monumental que ainda hoje estão

em evidência na cidade, com templos e santuários budistas e xintoístas incontáveis. A fama de Quioto é tal que foi poupada pelos bombardeamentos aliados da Segunda Guerra Mundial, o que faz com que mantenha muitas estruturas e ruas com história. Situada na região de Kansai, no centro do Japão, Quioto é um “must see” em qualquer viagem ao país e é uma boa razão para experimentar o “shinkansen”, o comboio-bala futurista que circula por todo o território e que traz os visitantes à moderna arquitectura da “Kyoto Station”, que o Lonely Planet elegeu com uma das atracções a não perder. A cidade é servida pelo aeroporto de Osaka, a uma hora de autocarro. E é uma boa base para visitar vários locais famosos no país do sol nascente: o imponente castelo de Himeji, a cidade de Nara, a primeira capital do Japão com os seus veados à solta pelas ruas e monumentos imponentes, ou mesmo o Monte Koya, um local habitado por monges budistas, com um cemitério que é uma curiosidade mundial, o Okunoin, local do mausoléu de Kobo Daishi, fundador do budismo Shingon, naquele mesmo monte.


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Ambiente e boa comida

Um jantar no castelo Edo

Além das gueixas e dos templos, Quioto tem o seu nome associado para sempre à protecção do meio ambiente. Foi na cidade, em 1997, que se assinou o famoso protocolo para a redução do efeito estufa no planeta Terra e que continua a ser aplicado. Um evento de grande escala que mostra bem o que região tem para oferecer. Com 17 locais classificados como Património da Humanidade, Quioto é um sítio inesquecível para realizar um evento ou congresso. A cidade está bem equipada, tem muitos alojamentos modernos e tradicionais, como os famosos ryokan, as pousadas, onde toda a estadia é sujeita a um ritual tipicamente japonês. Quioto tem mais de 18 mil quartos de hotel e ultrapassa os 14 mil nestes ryokan. Em qualquer lugar do Japão, a gastronomia é uma experiência que não se pode deixar passar. A cidade tem restaurantes para todos os bolsos, desde os mais requintados, com preços astronómicos, aos baratos “sushi trains”, em que algumas peças desta comida típica custam pouco mais de 100 ienes (menos de um euro) cada uma. E, para quem gosta de ramen, não há falta de estabelecimentos para provar esta iguaria asiática. Um passeio pela zona de Pontocho, uma rua estreita que faz parte do distrito das gueixas, mostra bem a diversidade e qualidade dos restaurantes japoneses. Afinal, o país tem vários restaurantes com três estrelas Michelin, incluindo em Quioto.

O período Edo foi um dos mais grandiosos na história do Japão. Foram cerca de 300 anos de domínio de um governo feudal, que pacificou o país, mas também aumentou o isolacionismo. Foi com a ajuda de uma expedição americana no século XIX que o país dos samurais se voltou a abrir ao mundo, mas isso marcou também o fim dos senhores xogums e abriu o caminho ao fortalecimento do poder do Imperador. Uma das relíquias mais valiosas desse período é o bem preservado castelo de Nijo em Quioto, com os seus jardins zen e salas pintadas com imagens de felinos selvagens. No século XXI, o castelo, agora património mundial da UNESCO, ganhou uma nova vida. Com capacidade para receber 400 pessoas em eventos interiores e exteriores, o espaço é um local inesquecível para qualquer reunião. No total, Quioto tem 29 venues em locais históricos ou inscritos como património mundial. Outro sítio inesperado que quem quer realizar um evento em Quioto não pode deixar de analisar é o templo de Daigoji, uma das imagens emblemáticas da cidade e cujos jardins mudam de cor conforme a época do ano. Os templos, locais históricos e outros venues disponíveis para eventos em Quioto que podem ser consultados no site https://meetkyoto.jp/en/ .


Centro de congressos ajardinado O Kyoto International Conference Center tem 50 anos de história e é uma escolha óbvia para congressos de maior dimensão, até 7000 participantes. Entre as atracções deste espaço estão as recepções no jardim, à boa maneira japonesa. A Myakomesse pode receber feiras de grande escala, perto do centro da cidade e de Gion. E o Kyoto Trade Fair Center (Kyoto Pulse Plaza) está habituado a acolher todo o tipo de convenções e reuniões. A cidade conta ainda com hotéis de grande escala, habituados a receber eventos, museus, parques e outras infra-estruturas. Para quem organiza um evento em Quioto, a cultura japonesa é um pólo de atracção que não deixa ninguém indiferente. Teatro, dança, música estão entre as artes que se praticam na cidade com requinte e elegância. O kabuki, por exemplo, é um espectáculo dramático em que apenas actores masculinos participam e que ainda é representado em palcos do séculos XVII. Mas para os mais ricos, a experiência que pode definir uma viagem a Quioto é uma visita a uma casa de chá, para um jantar ou espectáculo com gueixas. Um jantar para dois com uma destas profissionais (ou uma Maiko, aprendiz de

gueixa) pode custar mais de 50 mil ienes (quase 400 euros) e isto sem contar com os custos do jantar propriamente dito, num qualquer local exclusivo da cidade. Ter dinheiro para gastar não é sequer uma garantia de acesso a estes espectáculos, em que as gueixas mostram um pouco da tradição do Japão, ao servir chá, tocar música, dançar e outras artes performativas. É sempre preciso um convite de alguém que já frequente a casa de chá onde trabalha a gueixa. Durante o ano, no entanto, é possível vê-las, a preços mais acessíveis, em vários eventos e festivais que têm lugar em Quioto. No mês de Abril, as gueixas são as estrelas do festival de dança Myiako Odori. Em Maio, actuam no festival de Kamogawa Odori e em Gion há um centro cultural em que Maiko dançam Kyomai, um tipo de dança tradicional. Em qualquer dos casos, nenhuma visita a Quioto está concluída sem um vislumbre de uma gueixa, mais provável ao final do dia. Estas japonesas, treinadas desde jovens num regime quase militar, têm outros desafios pela frente no século XXI: hordas de turistas que as perseguem pelas ruas para tirar uma foto. Ainda que o interesse seja compreensível, aconselha-se algum respeito e distância.

ALEXANDR A NORONHA


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