PORTUGAL A CAMINHO DA CONSOLIDAÇÃO NOS EVENTOS EM 2018 GRANDE ENTREVISTA: JOÃO DA SILVA THE PRESIDENTIAL VENCE PRÉMIO BEA WORLD
COOL SPONSORS
ANO VII NÚMERO 25 TRIMESTR AL OUT, NOV E DEZ DE 2017 5,00 €
Ficha Técnica PROPRIETÁRIO Estação Livre, Comunicação Tel: 223 395 624 | info@eventpointinternational.com www.eventpoint.pt
Índice
SEDE DA REDACÇÃO Rua da Fábrica Social, s/n 4000‑201 Porto | Portugal DIRECTOR Rui Ochôa [rui@eventpointinternational.com] EDITORA / DIRECTORA DE INFORMAÇÃO Cláudia Coutinho de Sousa [claudia@eventpointinternational.com] REDACÇÃO Maria João Leite [mj@eventpointinternational.com] Sara Marques [info@eventpointinternational.com] Alexandra Noronha
6
Entrevista: João Da Silva
DIRECTOR COMERCIAL Filipe Silva [filipe@eventpointinternational.com] ASSISTENTE DE DIRECÇÃO Rita Costa CONSELHO CONSULTIVO Alexandra Torégão, Ana Fernandes, António Gouveia Santos, Isabel Amaral, João Luís Moita, João Paulo Oliveira, Joaquim Pires, Jorge Vinha da Silva, Maria José Alves, Nuno Pinto Magalhães, Paulo Campos Costa, Pedro Magalhães, Pedro Ribeiro, Pedro Rodrigues e Sandra Antunes. TRADUÇÕES Diana Reis Marques COLABORAM NESTA EDIÇÃO Hélder Pinto, Joana Arantes da Silva, Jorge Sobrado, Maria Costeira e Pedro Varela
10 Em destaque: Portugal A Caminho Da Consolidação Nos Eventos Em 2018 14 Reportagem: Congresso da APAVT Em Macau 16 Empresas 20 Vai Nascer Em Viseu A Maior Sala De Espectáculos Do Centro De Portugal, por Jorge Sobrado 22 Radar: A Concorrência E As Suas Múltiplas Vertentes 24 Espaço APECATE
DESIGN Norma Design [geral@normadesign.com] FOTOGRAFIA DE CAPA Arlindo Camacho FOTOGRAFIA Minifoto IMPRESSÃO Norprint ‑ a casa do livro Zona Industrial Alto da Cruz Rua das Artes Gráficas, nº 209 4780‑739 Santo Tirso | Portugal Nº REGISTO ERC 126066 DEPÓSITO LEGAL 330066/11 TIRAGEM 3.500 exemplares PERIODICIDADE Trimestral ESTATUTO EDITORIAL www.eventpointinternational.com/pt/content/18‑about‑us É estritamente proibida a reprodução parcial ou integral de textos ou ilustrações da Event Point. As informações contidas nos anúncios são da exclusiva responsabilidade dos anunciantes. Consequentemente, não podemos ser responsabilizados por qualquer informação incorrecta que se possa verificar.
26 30 32 34 36 38 44 46 48 50 52 54 56 60
Em destaque: Bea World Espaço APOREP Sustentabilidade Traduz‑Se Em Eficiência E Reputação, por Joana Arantes da Silva Espaço IPAM Dossiê Temático: Stands Inquérito: Caracterização Do Profissional Gestor De Eventos E De Protocolo As Aplicações Para Eventos Vão Mudar…, por Pedro Varela Eventos: CTM 2017 Como Fazer Uma Landing Page De Sucesso Para O Seu Evento, por Hélder Pinto Em destaque: Macau: Um Congresso Que Junta Ocidente E Oriente Uma Questão Com (Pelo Menos) 900 Anos, por Maria Costeira Hotelaria: Vila Galé Ribeira Destino Internacional: Marraquexe Directório De Empresas E Serviços
CL ÁUDIA COUTINHO DE SOUSA
RUI OCHÔA
Vencedor Talvez Improvável Na primeira edição dos prémios Bea World realizados em Portugal, mais concretamente no Porto, com a organização local a caber à APECATE, houve um evento português que se destacou, vencendo a categoria de melhor evento público. Para alguns poderá ser um improvável vencedor, mas a minúcia posta em cada detalhe, de modo a construir uma experiência extraordinária a bordo de um comboio especial, valeu a The Presidential o reconhecimento deste júri internacional. Mas este não foi o único evento português a participar, nem o único a ser distinguido, como pode ver na nossa reportagem. Recorde‑se que a Event Point é media partner dos Bea World, e nesta edição presidiu ao júri de imprensa. Agora que o mercado de eventos em Portugal parece ter ganho algum ânimo, com os Convention Bureaux a confirmarem um ano positivo e antecipando 2018 em linha com esta boa performance, e depois de anos sucessivos de retracção, decidimos trazer a debate, em mais um dos pequenos‑almoços Event Point, as questões da concorrência: transparência, comissões, orçamentos, crédito. Um debate descontraído e informal, como é já costume, mas cheio de ideias. Será chegado o momento de o sector se auto‑regular? Não perca a grande entrevista, desta vez com João da Silva, da Team Quatro. Um observador atento da nossa realidade, habituado a trabalhar quase exclusivamente com o mercado alemão. E sobretudo alguém que não receia dizer exactamente aquilo que pensa. Finalmente, em termos de destaques, publicamos os resultados de um inquérito conduzido por Cristina Fernandes e Susana de Salazar Casanova que procura caracterizar o perfil do profissional gestor de eventos e de protocolo.
Boas leituras, e até breve!
GRANDE ENTREVISTA 6
WWW.EVENTPOINT.PT
João da Silva
“O Nosso Destino Tem De Valer Por Si” No ano que marca os 25 anos da Team Quatro, estivemos à conversa com João da Silva, sócio‑fundador da empresa. Entre os assuntos em cima da mesa esteve a falta de espaços, a eterna questão do IVA e a evolução dos eventos.
Como nasceu a Team Quatro? Nasce a 23 de Dezembro de 1991, como reacção à saída dos três sócios e de mais uma série de gente de uma empresa que havia na altura, a Catur, e que tinha o monopólio do mercado alemão nos incentivos, na altura não havia eventos. Decidimos fazer uma empresa, uma coisa pequena, com meia dúzia de clientes que conhecíamos. A estratégia foi não ir ter com os clientes a dizer que tínhamos saído, mas deixar as coisas acontecerem. Começámos com uma equipa de seis, e cá estamos, ao fim de 25 anos. Como era o mercado nessa altura? Que experiência é que já tinham quando se lançaram nessa nova empreitada? Bastante. Nós conhecemo‑nos na Catur em 1983, portanto já levávamos nove anos de trabalho juntos. O mercado tinha outro tipo de estrutura, o centro de custos não era uma prioridade, a prioridade era o programa, a qualidade da oferta. Portugal não estava tão cheio de oferta, nem tão cheio de procura, portanto havia mais flexibilidade. Era tudo muito mais fácil, conseguir espaços e outras coisas. Com excesso de procura, às tantas, alguém começa a ter que dizer não. Era outra forma de trabalhar, na altura os incentivos eram planeados a longo prazo. Quando alguém me pedia uma fotografia de um espaço, eu não ia lá com o telemóvel, ia lá com o fotógrafo, a fotografia tinha que ir para o laboratório e depois seguia por correio para o cliente. E isso foi de facto uma aprendizagem porque nos habituou a trabalhar sem instrumentos. Agora no escritório quando falha um computador toda a gente fica parada. Creio que na procura de soluções foi uma altura muito interessante e cliente estava muito mais focado em resultados do que propriamente em custos, que são hoje a vertente principal. Como é que acontece esse foco no mercado alemão? Pode dizer‑se que trabalhamos exclusivamente o mercado alemão. O pouco mercado que vem de Inglaterra é com pessoas alemãs. Todos nós estávamos ligados à Alemanha. O facto de entrarmos na Catur, que na altura trabalhava 99 por cento com o mercado alemão, foi o início e depois foi a continuação natural. Acreditamos que não vale a pena estarmos focados noutros mercados porque a cultura que nós conhecemos é alemã, o idioma que dominamos é o alemão. Todas as pessoas que trabalham na Team Quatro falam alemão, aliás é uma condição sine qua non. E os alemães são melhores clientes do que outros mercados? Era preciso que eu conhecesse os outros mercados... Mas desde que apliquemos os standards alemães a outros mercados funciona sempre muito bem. O rigor, a precisão, a pontualidade, funcionam sempre bem para qualquer mercado, mesmo com aqueles que não são assim. Vêem sempre isso como uma faceta positiva. Não diria que são melhores, são diferentes. Acho que é um bom cliente.
E como é que definiria o tipo de eventos que organizam hoje? Isto agora é engraçado porque o nome deixou de ser eventos. Eventos já toda a gente organiza. Agora são os summits. É a nova palavra na Alemanha para definir eventos: summit. No fundo trata‑se de um encontro de topo. No fundo, no fundo, é tudo um incentivo. Se eu convidar alguém para vir conduzir um carro a Portugal, ou para vir ver um frigorífico, trago‑o em condições favoráveis, para um destino agradável, e nesse aspecto é um incentivo. O evento descolou um bocadinho do incentivo porque tinha uma componente mais técnica, profissional, corporate. O incentivo dava um bocado a ideia de que o pessoal andava a passear. E agora o summit descola porque o evento já está a ficar muito conotado com o lazer. O summit é o superlativo do evento. Isto aqui é que é mesmo a sério, só para trabalhar. Houve mudanças de nome, mas manteve‑se na essência: a viagem e a motivação das pessoas. O que é que mudou nestes anos todos em relação àquilo que os seus clientes lhe pediam na altura e lhe pedem hoje? Estão muito preocupados com o preço… Quando um cliente se decide por Portugal, ou quando nós oferecemos Portugal, mostramos um conjunto de circunstâncias em que procuramos ser distintos de outros destinos. Diria que temos mais consciência de prestação de serviços, somos um povo mais simpático, temos um idioma assim um bocadinho eslavo, mas que não é agressivo como o espanhol, e nem inentendível como o turco, e damos garantias de fiabilidade. Cumprimos com o que nos comprometemos, a qualidade gastronómica é óptima ‑ o peixe para eles é um tema ‑, e hoje em dia não se pode descurar a segurança. O cliente exige a mesma precisão de sempre, as mesmas garantias de sempre, a mesma qualidade de sempre. O nível de oferta também está adaptado aos tempos modernos. Se pensar nos inícios dos anos 90, não havia licenciamento de barcos no Tejo. Tínhamos uma cidade completamente avessa ao rio. Como não havia licenciamento alugávamos cacilheiros e fazíamos festas a bordo. Hoje em dia é excelente a oferta que existe em termos de marítimo‑turística e a mudança de paradigma no rio foi brutal. Os tuk tuk, o tipo de hotelaria, o tipo de gastronomia, tudo isso se foi adaptando ou foi melhorando. Procurando detalhar o perfil dos vossos clientes, em que áreas de negócio estão? São de todas as áreas de negócio, desde seguradoras, banca, IT, ramo automóvel. A Team Quatro hoje tem a imagem quase colada ao ramo automóvel. Os carros vêm pelo facto de termos tido uma primeira apresentação de pneus nos anos 80, e de eu ser um “maluquinho dos automóveis”. Quando os clientes começaram a pedir os primeiros eventos, nós já sabíamos muito bem o que era preciso, estávamos tecnicamente muito aptos a falar com os engenheiros alemães, e sabíamos tudo sobre automóveis. Demorou muitos anos a conseguir colocar Portugal no mapa da indústria automóvel porque tínhamos péssimas estradas. Tínhamos era uma flexibilidade espantosa. Em 86, por exemplo, fechámos a estrada do Guincho de manhã para fazer um teste de pneus camiões. Hoje em dia fechar a estrada do Guincho? Nem me passa
8
WWW.EVENTPOINT.PT
pela cabeça! Havia mais facilidade por um lado, mas era muito mais difícil porque Portugal era conhecido como um país com estradas terríveis e isso foi uma coisa que melhorou substancialmente. Uma boa opção estratégica foi termos mantido sempre o mercado, e termos mantido sempre o mesmo tipo de projecto, não querermos fazer tudo. É crítico da estratégia de captação de congressos internacionais para Portugal, nomeadamente com apoios financeiros. Quer explicar porquê? Sou crítico e toda a gente conhece a minha posição. Sou crítico com tudo o que possa ter que ver com uma coisa que se chama “subsídio”. Tudo o que eu tenha que pagar para trazer, ganhar dinheiro, considero negativo. Penso que o nosso destino tem de valer por si. Se calhar as coisas sempre funcionaram assim porque habituaram as pessoas a isso. Tudo o que seja pagar ao cliente para vir penso que é uma má prática. É quase como fazer descontos. Em Portugal não se faz descontos. Na Alemanha instalou‑se o desconto. Compra‑se um relógio e tem que se ter um desconto. Isso subverte a concorrência. Penso que há determinados investimentos que valem a pena. Podemos aqui discutir quem é que diz que vale a pena, e porque é que diz que vale a pena. O Moto GP é interessante ou não é interessante? Porquê? A Fórmula 1 é interessante ou não? Notoriedade para Portugal com a Volvo Ocean Race? Não vejo! Isto é uma discussão muito técnica. O dinheiro devia ser mais criteriosamente aplicado e não consigo em muitos casos perceber por que sim ou por que não. Eu não me ocupo sequer suficientemente com isso para poder responder porque não é essa a minha tarefa, existem as estruturas, mas acho as fórmulas muito simplistas. Espaços para eventos em Portugal? Faltam? Com que perfil? Faltam nos principais destinos. Nós acompanhamos a oferta de uma forma brutal. Aquilo que nós acusamos: os excessos do airbnb, o excesso dos tuk tuk... eu ainda me lembro dos tempos em que não tínhamos nada. Se não se tivesse facilitado a marítimo turística, se não se tivesse facilitado o airbnb e o alojamento local em geral, os tuk tuks ‑ que hoje são uma praga admita‑se ‑, não havia nada. O mercado depois começa a regular a actividade. Se a oferta se copia, sem nenhum valor adicional, é lógico que satura o mercado, e o pessoal deixa de se interessar. Só o bom alojamento local é que vai ficar, o resto vão ser pardieiros que não interessam. Isto tem permitido uma recuperação arquitectónica, que os clientes reconhecem. Nos espaços há falta de alternativas, é como o aeroporto, não acompanham a velocidade. Nós não temos espaços disponíveis. Porquê? Porque o empresário ou não quer, ou não pode, ou é difícil, ou é caro. Mas eu acho graça a uma coisa: cada espaço que abre fica cheio. Abriu o SUD, o SUD encheu. Nós não temos espaços suficientes para todos os eventos que estão a ser alocados. E isso é definitivamente um problema. Posso ir sempre para uma sala de hotel, mas também não tenho muitos hotéis com boas salas.
Esse investimento em novos espaços devia ser de iniciativa pública? Aqui é que era a favor de parcerias público‑privadas. Mas não aquelas em que o público paga a factura. Eram parcerias público‑privadas em que ambos investiam: os privados geriam, e os públicos auferiam. Sempre com gestão privada para maximizar o potencial do espaço. Não tenho amargos de boca, tanto podia ser um privado, como podia ser misto, como pode ser público, desde que seja um privado a gerir. Uma outra questão que é relevante para a vossa área, é a questão fiscal. Quando falamos por exemplo na questão do IVA e quando se compara a concorrência entre uma empresa portuguesa e outras congéneres europeias, como é que encara essa discrepância em termos fiscais para as empresas de diferentes países? Este é o meu tema preferido desde 1992, um ano depois de abrir, porque foi a primeira vez que uma empresa japonesa me pediu a devolução do IVA, coisa que nunca tinha ouvido falar. E desde aí ocupo‑me com isso. O IVA é um montante acrescido a um diferencial, é um valor acrescentado a um produto. Não é verdade que na Europa toda a gente faça isso. A Áustria também não faz IVA neutro, não faz reverse charge. Mas a mim o que me importa na Europa são os nossos concorrentes directos. O que é que está a fazer Espanha? O que faz Itália? O que faz Portugal? O produto turístico, desde que não tenha a componente de lazer, ou seja no segmento puramente corporate, a taxa de IVA devia ser neutra. Está a ser passada erradamente uma mensagem de que não queremos pagar IVA. É completamente falso isso.O que se pretende aqui é que o IVA seja liquidado no país do cliente. É disso que estamos a falar. Isto acontece com carros, acontece com máquinas, acontece com qualquer produto exportado. Ao liquidarmos o IVA no cliente, temos uma neutralidade fiscal, que significa que aqui só conta o preço da produção. Não há impostos a alterarem ou a subverterem o preço do mercado. Não somos uns grandes reclamadores – o nosso presidente da Confederação tem levantado o problema ‑ mas não há disponibilidade mental por parte da tutela. Fala‑se no assunto e há promessas. Estamos a falar em quatro pontos percentuais em relação aos nossos concorrentes. É muito dinheiro quando é aplicado no topo da pirâmide. É um assunto que tem que continuar a ser falado, mastigado. O presidente da APAVT tem feito um trabalho excelente nesta área. Mas nós não somos escutados. É um tema que ninguém quer ouvir falar. O que passa é: eles não querem pagar IVA. Isso é porque o sector não sabe afirmar a sua importância? Acho que sim. Nós não estamos a saber comunicar isto, sobretudo para a imprensa. A ideia não é não pagar IVA, é usar a mesma atitude que se tem para qualquer produto exportado. Nós devíamos estar a preparmo‑nos para o after boom do turismo. A Grécia continua fechada, apesar de agora estar a levantar a cabeça; o Magreb está todo fechado; assim como o Egipto e a Turquia. Em Espanha e no Sul de França houve problemas. Eu não estou nem pouco mais
ou menos agradado com isto. Mas isto não é um crescimento estrutural. É baseado na desgraça alheia. O crescimento existe estruturalmente, mas não nesta dimensão. Claro que foi muito bom porque permitiu que muita gente que não conhecia Portugal tivesse vindo e tivesse sido uma grata surpresa. Nunca vi tanto francês em Portugal como agora. Os franceses descobriram que Portugal não é o país da porteira, nem do bigode, mas um país já com uma cultura gastronómica muito boa, com um vinho excelente e aderiu ao país. Isso é o estruturado. Agora há aquele turismo que está a vir porque não há outro lado. Eu tenho muito medo disso, porque depois disto passar vamos trabalhar com quem? Temos de aproveitar este momento para projectar os momentos seguintes, mas isso é uma coisa em que nunca fomos bons, senão já tínhamos um aeroporto antes do turismo ter rebentado como rebentou e agora andamos aí a gerir slots. Concorda que este sucesso na área do turismo de lazer cria aqui tensões do lado de quem tem que gerir eventos corporativos, incentivos? Claro que cria, não há mundos ideais. Eu sinto isso na pele, mas não vou agora dizer para tirarem os turistas daqui porque quero albergar os meus grupos. O que eu acho é que nós nunca nos preparamos para um fluxo sobredimensionado de turismo. Determinados projectos demoram muito tempo a criar, por exemplo um hotel. Quando estão cá oito navios no terminal de cruzeiros não é engraçado andar na rua, nem para nós, nem para o corporate, nem para os incentivos. Há problemas que se podiam resolver como é o caso dos autocarros. Claro que eu entendo as populações, mas a culpa da cidade estar entupida não é dos autocarros, é do conjunto. Não houve uma preparação por isso sou crítico do presidente da Cãmara de Lisboa no que diz respeito ao atrofiamento da cidade. Vê outros destinos no país a aparecerem? Com condições para se constituírem como alternativa aos mais habituais? O Porto está na mesma. O Algarve não tem infra‑estrutura e continua a não ter aviação. Está melhor, mas continua a não ter uma aviação sustentada, com voos para corporate. Estou só a falar de corporate e incentivos. E o Algarve não tem locations. Um exemplo: um grupo de 300 pessoas, três noites no Algarve, onde é que vamos jantar com elas? No hotel, no hotel e no hotel. Se estiver bom tempo ainda podemos fazer qualquer coisa cá fora, mas quando há bom tempo não há quartos. O Alentejo, eu estava a depositar grandes esperanças no Alqueva, mas faliram dois projectos, outros não avançaram por causa disso, e faltam hotéis. Não queria um excesso de oferta de hotéis, mas meia dúzia deles a mais ajudavam muito. O Alentejo é uma boa alternativa se tiver mais hotéis. É uma coisa que Espanha tem realmente de vantajoso, se Barcelona está cheio, abre Valência, depois abre Bilbao, depois Salamanca. Cada vez que um destino está a ficar cheio, aparece outro.
E em termos do que é a outra oferta do destino, por exemplo ao nível de fornecedores? Estamos bem fornecidos? Estamos a ficar bem fornecidos. Mas falta muito caminho para percorrer até atingir a excelência. Temos de dizer isto a bem dos empresários, eu só posso fazer um investimento se ele for amortizado ou eu poder ganhar dinheiro com ele. E estou a aqui a falar mais nos alugueres, mobiliário e decoração. Não há clientes suficientes para tornarem os preços atractivos. Os tempos de amortização são demasiado longos, porque há poucos clientes para usar. E isso é uma coisa que nos falta. Estamos no bom caminho, há cada vez mais, mas os clientes continuam a trazer as coisas deles. Nãoo temos ainda aquele brand de excelência que devíamos ter, mas está melhor. Hoje em dia como é que descreveria a imagem que tem o destino Portugal por exemplo num mercado maduro como é o alemão? Muito boa! E curiosamente aquilo que mais ajudou a imagem de Portugal foi a crise, o incumprimento. Hoje vou à Alemanha e as pessoas dizem: vocês estiveram excelente desempenho, não se fala noutra coisa. Temos uma imagem excelente, o país, o destino, as pessoas. Para mim é uma delícia, fico encantado.
Oito perguntas a João da Silva Cidade para viver Lisboa Destino de férias Alentejo Comida preferida Peixe grelhado Rede social que mais usa Uso pouco ou nada Palavra favorita em alemão Flexibilität Tipo de música Jazz Próximo livro que quer ler Tantos… todos o que estão por ler por causa da profissão Foi alguma vez à Websummit Não, estou velho para isso
DESTAQUE 10
WWW.EVENTPOINT.PT
O ano que se avizinha é encarado com bons olhos pelas regiões
Portugal A Caminho Da Consolidação Nos Eventos Em 2018 Os Convention Bureaux estão a colher os frutos de um ano muito bom e contam com um novo ano dentro da mesma linha. A instabilidade das acessibilidades aéreas e a falta de capacidade continuam, no entanto, a preocupar os agentes do sector. 2017 foi um ano “excelente” e em 2018 o crescimento está “assegurado”, apesar de algumas incógnitas. Os Convention Bureaux portugueses acreditam, tendo em conta a evolução deste ano que agora termina, que o sector da Meetings Industry (MI) ainda irá crescer mais nos próximos meses. Em resposta a perguntas enviadas pela Event Point, os responsáveis pelas estruturas de turismo de quatro regiões portuguesas fizeram um balanço de 2017 e olharam para o que será 2018. A capital está em alta e este sector prova disso. Paula Oliveira, directora executiva do Turismo de Lisboa prevê que 2017 feche com “excelentes resultados, pela qualidade e número de eventos realizados para ambos os segmentos: Corporate e Associativo”. Até Agosto deste ano, a região registou um “forte crescimento” nos mercados dos EUA, Brasil e Reino Unido, com o MI a representar cerca de 12% do número de hóspedes de hotelaria no que diz respeito aos participantes em congressos e reuniões, adiantou a mesma responsável. Lisboa deverá ter recebido cerca de 7,6 milhões de turistas neste ano que agora termina. Mais a sul, o Turismo do Algarve acredita que “o balanço será certamente bastante positivo”. Alexandra Ramos, gestora sénior de MI das estruturas de turismo para a região realçou que “o Algarve aumentou a visibilidade” neste segmento. Os hotéis e centros de congressos cresceram em “número de eventos e, de uma forma global, toda a região ganhou com a evolução do segmento. Também é relevante salientar o aumento de DMC e empresas de Animação Turística vocacionadas para este sector” no Algarve, referiu a responsável. No Porto a situação é semelhante. Sandra Lorenz, Directora Interina da Promoção Externa do Porto Convention & Visitors Bureau salientou “a subida de 11 posições do Porto no ranking da ICCA, assim como a atribuição, pela
terceira vez, da distinção "European Best Destination” à cidade. A mesma responsável recordou ainda que a região conta com “cada vez mais venues e espaços de restauração de grande envergadura que permitem responder à procura, como a Exponor, o Europarque ou o Parque de Exposições de Braga e o futuro Pavilhão Rosa Mota, que estará pronto em 2019”. Além disso, Sandra Lorenz realçou “um claro crescimento na área de empresas ligadas às actividades turísticas, transportes e serviços de suporte a eventos”. Paralelamente, novas rotas aéreas, para a China e EUA irão ajudar a aumentar a notoriedade da região, assim como a criação de “sinergias e projectos entre o Porto Convention & Visitors Bureau e as comunidades científicas e associativas locais, no que respeita à captação de grandes congressos internacionais em várias áreas”, adiantou Sandra Lorenz. A região do Alentejo tem trabalhado para aumentar a sua notoriedade no sector de MI. “O ano de 2017 foi particularmente positivo para o sector no Alentejo, sendo de destacar sobretudo os incentivos, eventos corporativos e eventos de outro tipo”, referiu Vítor Fernandez da Silva, presidente da direcção da Agência de Promoção Turística do Alentejo. Na área dos congressos, o Alentejo “acolheu dezenas de reuniões de média dimensão, sobretudo concentrados na região de Évora e Tróia, com forte incidência na ocupação hoteleira”, referiu. Nesta última localização foram realizados cerca de dez congressos com mais de mil participantes, explicou o mesmo responsável. O Alentejo recorreu ao fundo de captação de congressos e outros eventos corporativos “de efeito muito positivo para o destino” salientou Vítor Fernandez da Silva. A região admite, no entanto, algumas dificuldades “no acolhimento de grandes eventos, sobretudo se tiverem mais de mil participantes”.
12
WWW.EVENTPOINT.PT
© Patrick Nouhailler
2018: desafios e consolidação O ano que se avizinha é encarado com bons olhos pelas regiões, ainda que com alguns avisos. Lisboa acredita que irá continuar a sua consolidação “como um dos [destinos] mais apelativos para eventos internacionais, com boa relação qualidade/preço, ao nível dos serviços e equipamentos incluindo hotelaria, acessibilidades, diversidade nas experiências, inigualável saber receber e excelência na organização” referiu Paula Oliveira. No Algarve, e tendo em conta os pedidos que a região já contabiliza, “tudo indica que a tendência de crescimento se manterá. A região contará com a oferta de alguns novos espaços, como o Algarve Congress Centre, o que não só aumentará a capacidade instalada para acolher eventos maiores, como potenciará a atractividade do destino”, referiu Alexandra Ramos. Apesar disso, a responsável de MI do Algarve acredita que é preciso estar “alerta e preparado para a recuperação da Grécia, Turquia e Tunísia”. A região do Algarve, acrescentou, poderia “melhorar a significativamente a atractividade do destino, apenas necessitávamos de mais voos directos de companhias de bandeira”. A questão das acessibilidades aéreas também preocupa o Porto e Norte. Sandra Lorenz apontou o cancelamento e reduções de rotas aéreas como uma preocupação diária e adiantou que 2018 “será, sem dúvida, um ano de
desafios. Desafio em crescer de forma sustentada, em acompanhar a procura e desenvolver o sector, acompanhar tendências, criando mais unidades hoteleiras – sabemos que existirão pelo menos mais 19 nos próximos anos –, e mais empresas que possam responder às exigências actuais”. O Porto e Norte também pretende marcar uma posição neste sector, “participando em mais feiras internacionais” assim como através do aumento do “número de famtrips nos mercados emergentes e apostando no crescimento substancial na área dos incentivos, por consequência do aumento do mercado americano, brasileiro e chinês no destino, do programa stopover, e do aumento de número de noites no destino devido à diversificação de rotas e respectiva oferta turística no destino”, concluiu a responsável. No Alentejo, o ano que se aproxima, com os congressos e eventos já em agenda, será um “ano de crescimento assegurado” no qual a região irá contar novamente com o contributo do fundo de captação, assegurou Vítor Fernandez da Silva. A região deu ainda conta da realização de “eventos de outras tipologias, especialmente a apresentação de novos modelos de automóveis de marcas muito qualificadas, pela sua duração e impacto positivo na hotelaria”, acrescentou o presidente da direcção da Agência de Promoção Turística do Alentejo.
REPORTAGEM 14
WWW.EVENTPOINT.PT
“Faltam Cadeias Internacionais Em Portugal” A vice presidente da Associação Portuguesa de Agências de Viagens e Turismo (APAVT), Eduarda Neves, que falou à Event Point em Macau, durante o congresso da entidade, teme a concorrência de outros destinos e fala em “desigualdade” fiscal para os DMC. Qual o principal desafio para o sector? É a desigualdade de tratamento fiscal, os DMC, no fundo, são exportadores, mas não são tratados como tal e, quando comparamos com destinos concorrentes, a desigualdade é brutal, dentro da Europa. O que é que a APAVT está a fazer para proteger os DMC? A APAVT está há bastante tempo a tentar negociar com as entidades competentes, neste caso com a secretaria de Estado do Turismo e com a Autoridade Tributária, de forma a conseguir chegar à igualdade fiscal dentro do contexto Europa. E que mercados ameaçam mais os DMC portugueses? Todos. A nível da Europa é Espanha, Itália, Alemanha, Inglaterra, etc. Como é que pode resolver alguma tensão entre a área do turismo de lazer e de negócios, nomeadamente no alojamento? Não existe tensão, o que existe é alguma dificuldade em encontrar espaço na hotelaria. Nós temos, na minha opinião e na dos DMC, falta de outro tipo de hotéis mais virados para este segmento, no fundo considerado de luxo, como cadeias internacionais. Era preciso mais cadeias destas em Lisboa, Porto e em todo o lado. Quando um cliente está a escolher um destino para levar um incentivo e começa a olhar para as cadeias hoteleiras que existem e vê Barcelona onde existe tudo quanto há... Nós temos um Ritz Carlton e um Four Seasons, Istambul tem dois Four Seasons, tem Jumeirah, tem tudo e mais alguma coisa. E um dia destes a Turquia vai abrir outra vez e vai desviar grande parte do negócio que temos em Portugal, não só para lá mas também para outros destinos. E o que é que se pode fazer para atrair essas cadeias para Portugal? Eu não sei o que se pode fazer, tenho alguma ideia sobre as razões pelas quais não vêm para Portugal, mas não depende de nós. Há muitas cadeias que têm procurado espaço em Lisboa e não têm encontrado. Se calhar há alguma pressão para que não encontrem.
Acha que instrumentos como o fundo de congressos estão a funcionar ou precisávamos de algo diferente? Acho que precisávamos em certos aspectos de um Simplex. Por cada jantar que tem animação tenho que pedir uma licença de ruído à Câmara. Para pedir essa licença tenho que mandar uma pessoa pessoalmente a um departamento da autarquia com um papel assinado por mim, porque sou eu a única pessoa que autorizo a empresa e pagar o pedido de licença. Depois quando recebe informação de que há resposta tem que ir buscar a licença ou não porque às vezes chega lá e dizem que afinal não precisava. Mas já a pagamos e tivemos que disponibilizar uma pessoa, durante uma série de horas, para lá ir. Têm falado com as autoridades sobre esta questão? Isto tem a ver com o funcionamento da Câmara e aliás neste ponto há outra questão que é grave. A autarquia decidiu que não seria mais possível circular com autocarros de 50 lugares em determinadas zonas de Lisboa, de um dia para o outro. Uma delas é o eixo Cais do Sodré – Largo do Rato, onde estão concentrados uma série de restaurantes que são usados tanto pelo segmento de MI, como de lazer. Há milhares de pessoas a jantar todos os dias naquela zona e o que a Câmara exige é que os autocarros não tenham mais de 10 metros e um de 50 lugares tem 12 metros. Ou seja para levar um grupo de 50 pessoas temos que deixar de ter lá um autocarro de 12 metros e levar dois de 10 metros, ou seja 20 metros. Desde que isso saiu, a APAVT tem estado em conversações com a Câmara e todos percebemos que há grandes dificuldades de trânsito nas zonas históricas de Lisboa, mas não é desta forma que se faz. Temos contratos assinados com anos de distância, acabamos por ter que compensar o cliente e não há alternativa. Não há carrinhas no mercado. Quem está sentado num gabinete decide, mas depois não tem contacto com a vida real. No Porto há também algumas restrições, no entanto houve uma negociação antes de decidirem proibir. Em Lisboa não, foi feita uma apresentação. Agora já há mais abertura, graças aos esforços da APAVT, porque muitos de nós estávamos em risco de fechar a porta. Só o nível de compensações que íamos pagar a clientes iam fazer com que muitas das empresas desaparecessem e isso implica desemprego.
EDUARDA NE VES
Apesar disso Portugal está a acompanhar as exigências do aumento do turismo? É evidente que há problemas, Lisboa é uma cidade pequena, a zona histórica é para onde toda a gente quer ir. Há estatísticas sobre isso, há uma percentagem mínima de turistas que vêm, por exemplo, ao Parque das Nações. Isso provoca uma série de problemas, mas para encontrar soluções temos que falar todos uns com os outros. A SET falou em descentralização também nesta área dos eventos e congressos. Acha que isso faz sentido? Desde que as infra‑estruturas existam, bem como o transporte, que é essencial, tudo é possível. Até há alguns anos a minha empresa fazia mais conferências e congressos no Algarve do que em Lisboa, até porque o Algarve em termos de salas de reuniões tem muito melhor infra‑estrutura do que Lisboa. Hoje em dia é ao contrário. O transporte aéreo mudou do dia para a noite no Algarve, no Porto a mesma coisa. Tudo se faz, mas é preciso que se lá chegue e se nos outros destinos existe transporte aéreo directo como é que queremos ter os cliente fora dos grandes centros se não há transporte directo, ou se é dificultado com um transfer de aeroporto de duas ou três horas? Há clientes que querem, mas não é a maioria. E esta questão de levar eventos para os locais dos incêndios parece‑lhe que faz sentido? Nós estamos bastante envolvidos com o Centro e vamos continuar a dar todo o apoio, mas não tanto ao nível de eventos porque o tipo de infra‑estrutura que existe pede mais um cliente do tipo individual, para uma experiência diferente, que quer estar uns dias fora dos grandes centros. Para o tipo de grupos de incentivos e conferências torna‑se um bocadinho mais complicado. Todos nós estamos envolvidos e queremos dar o nosso contributo para que a região não caia como caiu. Na altura dos primeiros incêndios houve milhares de cancelamentos. Toda a gente perdeu o negócio e isso põe em risco postos de trabalho e empresas.
Congresso em Macau, com Portugal debaixo de olho O congresso da APAVT regressou a Macau, nove anos depois, e levou os congressistas numa viagem pelo Oriente, mas sempre com Portugal em vista. A Secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, deu conta de que o Governo está a trabalhar em incentivos, de ordem financeira, para trazer mais eventos às zonas do interior, afectadas pelos incêndios este ano, nomeadamente da área corporativa. A região mais afectada pela catástrofe, o Centro, foi escolhida como destino em destaque na BTL de 2018. A aplicação do IVA aos eventos e congressos foi um dos temas debatidos no evento, que reúne o sector todos os anos e que em 2017 teve lugar na Torre de Macau, entre 23 e 25 de Novembro. O presidente da Confederação do Turismo Português (CTP), Francisco Calheiros, mostrou‑se preocupado com a questão fiscal na área dos congressos, eventos, incentivos e reuniões. "O IVA do MICE é uma luta que não podemos perder", salientou. Os patrões do turismo, aliás, levaram a questão ao ministro das Finanças. "Ainda na concertação social dissemos a Mário Centeno que era um erro de não haver a dedutibilidade de IVA no MICE e alertámos para a falta de competitividade que isto nos traz", explicou. Dois dias antes, Ana Mendes Godinho, tinha referido que estava a ser analisada a "fórmula de cálculo" deste imposto aplicado aos eventos. A secretária de Estado não concorda que esta questão torne Portugal menos competitivo, "basta ver a dinâmica que se sente em todo o país". A governante esclareceu ainda que esta questão não está relacionada com o valor mas "com a forma como se interpretam as fórmulas de cálculo". A E VENT POINT VIAJOU A CONVITE DA APAV T
EMPRESAS 16
WWW.EVENTPOINT.PT
Silva Carvalho Catering
“Relações De Confiança” Com cerca de 1.000 receitas disponíveis, entre entradas, pratos principais e sobremesas, e uma capacidade instalada que lhe permite confeccionar e servir diariamente mais de 5.000 refeições, o principal desafio de uma empresa como a Silva Carvalho Catering continua a ser o de criar e manter “relações de confiança”, com clientes e parceiros. São mais de duas décadas de experiência nesta área. E todos os dias o ciclo recomeça: o contacto com a equipa comercial, para compreender o contexto, os números e as condições de cada evento; a selecção de propostas; a adjudicação, seguida pela degustação dos menus escolhidos, que serve também para ouvir os clientes, os reparos, as opções ponderadas, até o resultado final estar afinado. Daí em diante desenrola‑se um processo por vezes complexo, sempre atento à segurança alimentar, à reacção a eventuais imprevistos e à logística ‑ incluindo a confecção dos alimentos, o transporte e a regeneração. A criatividade gastronómica da Silva Carvalho Catering, resultado da fusão entre tradições e modernidade, é garantida pela equipa do Chef Fernando Santos. A esta somam‑se o “serviço rigoroso”, o “bom‑gosto da decoração”, a “diversidade dos espaços”, alguns deles exclusivos, e o “acompanhamento permanente” da equipa comercial.
Tudo para que, chegado finalmente o dia do evento, o cliente e todos os participantes possam “usufruir de uma experiência inesquecível”.O evento pode ser desde um coffee‑break a um jantar de gala, mas igualmente um daqueles eventos especiais, sobretudo pela dimensão e visibilidade que conquistam. E aqui a Silva Carvalho Catering já forneceu, por exemplo, o Rock in Rio e o NOS Alive, a NOS Air Race, os apoios lounge e a zona VIP do lançamento de um modelo da Skoda, e mantém a concessão da área VIP do Estádio do Dragão.
Silva Carvalho Catering Porto e Lisboa 707 503 305 comercial@sccatering.pt www.silvacarvalhocatering.com
Prestígio for Brands
#equipadegrandesdesafios 25 anos depois, a Prestígio tem na sua senioridade, no “saber de experiência feito” um grande argumento. Na verdade todo o percurso se fez (e faz) de forma amadurecida e sustentada. Razão pela qual hoje, na agência, os desafios se apresentam a outra escala, considerando aqui os eventos de maior dimensão. Para lhes responder são cruciais as competências de uma equipa que se revela, nas suas complementaridades, plena, ágil e sólida. Além do rigor na entrega, são também cada vez mais os clientes que procuram a Prestígio pela cirurgia das propostas, pela criatividade e pela capacidade de pensar cada problema de raiz. No portfólio encontramos de facto projectos muito diversos: na escala, no posicionamento, no conteúdo activado, no tipo de público envolvido. Pontuam como exemplos recentes dessa diversidade a celebração dos 30 anos da SIVA, um importante player do mercado automóvel: além da tradicional gala para mais de 500 pessoas, o projecto envolveu a concepção de livro e filme que prometem antecipar os próximos 30 anos no mercado da mobilidade, integrando para o efeito testemunhos de especialistas convidados, nacionais e internacionais. Com a BodyShop, a Prestígio desenhou um encontro que cativou jornalistas, bloggers e youtubers no género lifestyle, moda e beleza. Um evento que se apresentou em modo hippie chic, num jardim secreto, combinando diferentes pormenores, idealizados para enquadrar e potenciar selfies e muitos, muitos shares.
Entre o posicionamento institucional da primeira e o millennial cool da segunda activação vai uma grande distância, mas em cada desafio a Prestígio quer fazer a diferença, mergulhando em cada briefing, descodificando cada cliente e os seus objectivos, alimentando‑se de referências que extravasam para os domínios da arte, do design, da intervenção social e do pensamento. Na base, o mesmo entusiasmo de sempre, vivido por uma equipa que sabe que cada evento se traduz num momento irrepetível, que os eventos são comunicação e experiência feitos por pessoas para pessoas.
Prestígio Lisboa 213 839 600 geral@prestigio.pt www.prestigio.pt
18
WWW.EVENTPOINT.PT
Novo PEB
Inauguração Em Abril O Parque de Exposições de Braga (PEB) está a ser alvo de profundas obras de remodelação. O objectivo é dotá‑lo de infra‑estruturas modernas e polivalentes, que permitam acolher eventos de diversas tipologias, feiras, congressos, concertos e exposições, com capacidades entre as 20 e as 20 mil pessoas. A inauguração está prevista para Abril do próximo ano. O primeiro grande evento a realizar‑se neste renovado espaço é a emblemática AGRO – Feira Internacional de Agricultura, Pecuária e Alimentação, mas já há outras iniciativas confirmadas – um reflexo do interesse que o mercado tem manifestado pelo novo PEB. Entre elas, o Congresso da Ordem dos Psicólogos Portugueses e diversas actividades inseridas na programação de Braga ‑ Capital Europeia do Desporto em 2018.
Condições especiais Durante o primeiro ano, a InvestBraga, responsável pelo novo PEB, vai promover uma campanha, com condições especiais, para os clientes e parceiros que escolham aquele espaço para os seus eventos, explica Carlos Oliveira, presidente da instituição. Acrescentando que a estratégia consiste em posicionar este como “o espaço privilegiado no Norte do país para a realização de grandes eventos nacionais e internacionais de negócios e de cultura”, sem esquecer a proximidade à Galiza, “fazendo com que o novo PEB seja olhado como um espaço de eleição, quer pelo público, quer pelos organizadores de eventos e empresas espanholas”.
Espaços e capacidades As principais infraestruturas, e respectivas capacidades do renovado Parque de Exposições de Braga compreendem um pavilhão com 7.800 m², distribuídos por dois pisos; um grande auditório com capacidade para 1.340 pessoas; um pequeno auditório com capacidade para 250 pessoas; uma sala modular com capacidade para 400 lugares em plateia; seis salas de reunião; uma sala de exposição de 360 m²; uma zona exterior com 26.000 m², capacidade para 300 stands e capaz de acolher até 20 mil pessoas em concerto; parque de estacionamento para 600 lugares; restaurante, self‑service, cafetaria, bares e lojas.
InvestBraga Braga 253 208 230 ana.machado@investbraga.com www.investbraga.com/peb/
OPINIÃO 20
WWW.EVENTPOINT.PT
Vai Nascer Em Viseu A Maior Sala De Espectáculos Do Centro De Portugal. Porquê? Para Quê? A criação do VISEU ARENA é muito mais do que – ou não é sequer ‑ um projecto de hardware. A criação em Viseu da maior sala de espectáculos do Centro de Portugal integra‑se numa estratégia. Uma estratégia de desenvolvimento regional ou, por outras palavras, de criação de uma marca cultural e turística de excelência. Neste sentido, estamos mais a falar de software ou brainware.
A infra‑estrutura é aqui uma condição de contexto, um instrumento, não um fim em si mesmo. Tanto mais que neste caso se trata de uma intervenção de requalificação, restyling e upgrade técnico de uma infra‑estrutura pré‑existente: o pavilhão multiusos da cidade, construído em 2003. Este é, todavia, um instrumento tanto mais importante quanto vem preencher uma lacuna do ponto de vista regional: no Centro do país não existe uma grande sala de espectáculo qualificada e licenciada, com uma vocação multiusos, para mais de 1000 pessoas. Por outro lado, Viseu vive hoje um crescimento cultural e uma redescoberta turística que não é compatível com a escassez de equipamentos desta natureza. O projecto não é pois movido pela obsessão do betão. O que move a parceria, constituída pelo Município, a VISEU MARCA (a associação de marketing territorial da cidade) e a sociedade Arena, são objectivos de descentralização cultural do país, a inserção de Viseu no roteiro nacional e ibérico da oferta de espectáculos, o reforço da atractividade turística da cidade‑região e o fomento de indústrias criativas e culturais. O projecto valoriza e tira ainda partido da localização estratégica de Viseu no país e na Península e na sua rede de conectividade, a sua dimensão demográfica relevante, o seu estatuto histórico e patrimonial, mas também o seu ecossistema humano, criativo e artístico. Com efeito, Viseu é hoje uma cidade histórica com 2500 anos, anterior à própria fundação da nacionalidade portuguesa, e o mais importante concelho do país no Interior (ou se quisermos fora do eixo Braga – Setúbal), com 100 mil habitantes. É também uma referência no seu padrão de qualidade de vida, ostentando o selo de “Melhor Cidade para Viver”. Para além disso, conta com um stock de recursos patrimoniais, rurais e naturais extraordinários, e de competências empresariais, criativas e culturais muito promissor. Finalmente, a centralidade geográfica da cidade, a sua proximidade ao Porto e as suas ligações privilegiadas, a menos de uma ou duas horas de distância, de uma constelação de cidades como Aveiro, Guarda, Lamego, Vila Real, Chaves, Coimbra, Leiria, Fátima, mas também Salamanca e Cidade Rodrigo, tornam Viseu um destino com potencial de atracção para uma população alvo muito superior a cinco milhões de habitantes e turistas. É neste contexto de oportunidade – acentuado pela evidente saturação dos grandes destinos turísticos nacionais – que surge o projecto “VISEU ARENA”, idealizado por um autarca da nova geração, Almeida Henriques, o actual presidente da Câmara de Viseu. Com entrada em funcionamento prevista até ao final de 2018, esta será a maior sala de espectáculos e recinto multiusos do Centro de Portugal, com uma capacidade superior a 5500 espectadores e uma arena de 2500 metros quadrados. Face às estimativas iniciais, a capacidade da sala para uma plateia em pé aumenta mais de 1500 lugares. No projecto de reconversão e requalificação assinado pelo arquitecto Moisés Rosa, elemento da equipa da Arena Atlântico, procurou‑se salvaguardar a flexibilidade do equipamento para todas as tipologias e escalas de eventos
– ou seja, uma vocação verdadeiramente multiusos –, assim como uma elevada qualidade nos planos hospitalidade e conforto dos públicos, acústica, estética, funcionalidade e segurança. A sustentabilidade económica do projecto e a qualidade superior do espaço são encaradas condições sine qua non de sucesso. O envolvimento fundamental da Sociedade Arena Atlântico, com um elevado know‑how de gestão e exploração deste tipo de equipamentos, concorre também para esta estratégia de sustentabilidade. A sua participação centra‑se não apenas ao nível do projeto de requalificação do espaço, como também no desenho do modelo de negócio e no apoio à VISEU MARCA (o futuro gestor local) na estratégia de marketing e futura angariação comercial. Algumas das novidades respeitam à incorporação de ecrãs e de uma cortina de luz na fachada do equipamento, para um diálogo com a cidade, à criação de novas zonas de público (uma tribuna suspensa, 14 camarotes e 680 premium seats) e à instalação de 5 bares e de um lounge panorâmico para a cidade com vocação para catering e eventos premium. Pondo de parte uma certa modéstia tipicamente portuguesa, não tenho dúvidas em afirmar que Viseu está hoje a constituir‑se como um caso de estudo muito interessante na óptica de um turismo cultural sustentável e do marketing territorial. Um marketing e um turismo que, voltados para a captação de públicos, visitantes e actividades, elegem como principal factor de diferenciação a própria comunidade e a sua identidade. Nessa estratégia sobressai a combinatória poderosa de atributos, experiências e imaginários da cidade – diversos, mas bem posicionados. Nesse mix estão, simultaneamente, a “cidade de Viriato” e o seu forte charme patrimonial material e imaterial, a “cidade‑jardim” que exprime simultaneamente uma estética e uma ética urbanas, a “cidade vinhateira” do Dão, a secular Feira de São Mateus (que em 2017 consolidou a sua revitalização) e uma agenda quase non stop de oferta cultural diversificada.
O fio que une esta multidimensionalidade é uma promessa real de felicidade. Hoje sabemos que não é preciso ir longe para ter uma experiência inesquecível. JORGE SOBR ADO GESTOR DA VISEU MARCA
RADAR 22
WWW.EVENTPOINT.PT
A Concorrência E As Suas Múltiplas Vertentes O ciclo de Pequenos‑Almoços/Debate Event Point regressou à casa de partida, ao Porto, mais propriamente ao Clube Universitário do Porto, com um assunto na agenda: a concorrência. Qual o equilíbrio entre concorrência e transparência na relação diária entre clientes, agências e fornecedores do sector dos eventos? Deve este mercado ser capaz de se auto‑regular, criando por exemplo manuais de boas‑práticas? E quem deve liderar esse processo? Estas e outras questões estiveram em cima de uma mesa em que se sentaram: Ana Simão, da Expanding Group, Artur Junqueira, da Ibersol, João Morais, da Bridge, Miguel Carneiro, da ShakeIT, Paulo Lopes, da Portugal Green Walks e em representação da APECATE, Pedro Cardoso, da The House of Events, e Sónia Brochado, da Btrust.
Regulação Um assunto complicado e de resposta difícil, uma vez que este sector se constitui por uma multiplicidade de segmentos de negócio. Seja como for, um manual de boas práticas no futuro podia, por exemplo, ser gizado pela APECATE (Associação Portuguesa das Empresas de Congressos, Animação Turística e Eventos). A formação do mercado seria algo que beneficiaria todos.
Uma questão de saber estar?
Espaços com exclusividades
A concorrência saudável é boa para os negócios, ninguém duvida deste facto. Estar nos negócios com ética profissional e pessoal e agir de acordo com as boas práticas facilita as condições para que ele exista. Isso aplica‑se a toda a cadeia de valor. Para os participantes no debate é importante escolher fornecedores e parceiros com o mesmo código de valores. Há mesmo quem tenha deixado cair um negócio por não conseguir estabelecer um relacionamento assente em padrões de ética empresarial e moral. Os relacionamentos assentes em confiança permitem também trabalhar num ambiente mais agradável, com mais produtividade.
Levantou‑se, ainda, a questão de vários espaços para eventos terem exclusividade de fornecedores. As agências torcem o nariz a esta prática que lhes tolhe (a si e aos clientes) a capacidade de escolha. As pool de fornecedores talvez sejam o compromisso que melhor sirva as partes.
Os concursos Uma das questões que mais produziu debate entre os convidados foi a da transparência nos concursos. O que acontece actualmente é que fornecedores entram no mesmo concurso com diferentes agências, e muitas vezes respondem a concursos directamente. Para os nossos convidados a palavra de ordem é mesmo transparência. É importante o contacto entre as partes para todos saberem com que contam. E às vezes mais vale “saltar fora” para criar relações mais fortes com os parceiros. Além disso, o que se assiste muitas vezes é que agências não divulgam o nome do cliente final, e para os fornecedores presentes quanto mais informação melhor, sob pena de o orçamento ser mais alto por falta de contexto. Na mesa levantou‑se ainda a questão do excesso de agências ouvidas nos concursos. E o assunto foi mais longe: não deveriam as propostas ser pagas? Por vezes passam‑se dias e dias a desenvolver conceptualmente um evento, e a pedir cotações para montar um orçamento e isso é uma transferência de conhecimento para o cliente, gratuita no caso de não se ganhar o projecto. “É como ir a um advogado e pagar por um parecer”, comentou‑se.
Comissões Muitas vezes o cliente final tem custos que não sabe de onde vêm e isto tem muito a ver com as comissões. E se estas, numa parte dos casos são legítimas, como as da angariação de negócio, noutros casos não. Há espaços que colocam comissões sobre os serviços que lá são prestados, por exemplo, além do aluguer propriamente dito. No entender da mesa todos os custos devem ser espelhados e o cliente deve saber o que está a pagar. É por isso que o fee de gestão e coordenação do evento deve ser ele mesmo instituído e autonomizado nos orçamentos.
Concessão de crédito É mais um assunto que subverte a concorrência. O sector viveu períodos dramáticos, com pagamentos a mais de 60 dias. Hoje há que ter mais rigor nos recebimentos e ser mais rápido na distribuição pelos fornecedores. Finalmente, os presentes lamentam que neste sector se fale e partilhe tão pouco, algo muito importante para afinar o mercado por exemplo em questões como a concorrência.
ESPAÇO APECATE 24
WWW.EVENTPOINT.PT
Avaliar O Presente E Consolidar O Futuro De acordo com o que é tradicional em fim de ano, está na altura de fazer um balanço dos sectores que constituem a APECATE. Muito foi o trabalho realizado, sendo que alguns projectos conseguiram efectivar‑se, outros estão a decorrer, e outros não conseguiram atingir os seus objectivos.
É manifesto que a situação económica tem vindo a melhorar, com especial incidência na área do turismo e que tem tido boas repercussões no sector. O clima geral é positivo, sem descurar a situação especifica para as empresas que sofreram com os fogos deste Verão o que veio alterar as suas perspectivas de negócio. Das diferentes frentes em que a APECATE, interveio, destacamos as seguintes:
Formação O trabalho que já vem de outros anos, nomeadamente na parceria com o Turismo de Portugal, na implementação do Curso de Técnicos de Turismo de Ar Livre, que segue já num ritmo regular, teve este ano mais um importante reforço com aposta nas parcerias com algumas instituições de ensino superior e a implementação de projectos de formação inseridos no Portugal 2020. Uma das grandes necessidades identificadas pelos nossos associados que trabalham com o produto surf, era a questão do curso de treinadores. A APECATE fechou um protocolo de parceria com a Faculdade de Educação Física e Desporto, da Universidade Lusófona, que permite o acesso com descontos aos cursos promovidos pela Faculdade, nomeadamente o curso de treinadores de surf. Na área da gestão, foi feita uma parceria com a Universidade Europeia, que concede descontos na frequência dos seus cursos, nomeadamente do Master in Strategic Tourism & Hospitality. Com estas duas parcerias, está aberta mais uma via de resposta às necessidades dos empresários. Em paralelo foram desenvolvidos dois importantes programas, um de formação / acção e outro de apoio à implementação do Selo de Qualidade APECATE. Há já sete empresas com o selo de qualidade e esta é uma aposta de futuro.
Mobilidade Nesta área muito trabalho tem sido desenvolvido, com a contributo dos empresários, nomeadamente os que operam com viaturas de animação turística nos grandes centros urbanos. Este trabalho, na área da mobilidade, tem tido especial incidência em Lisboa e Sintra, onde temos apresentado propostas para o sector, apesar da pouca disponibilidade das respectivas autarquias para trabalharem em parceria. De destacar o facto de termos tido a necessidade de instaurar uma providência cautelar em Sintra, da qual aguardamos os resultados. As decisões continuam a ser tomadas sem o trabalho de parceria com as associações do sector, o que inviabiliza qualquer solução construtiva e que responsabilize os operadores como parte da solução.
Marítimo Turística Na área marítima turística, muito trabalho foi realizado, sendo de destacar: o desenvolvimento do projecto em parceria com a Fórum Oceano, para a implementação das Estações Náuticas; a criação da resposta na formação para treinadores de surf; e os contactos com a DGRM, para o reconhecimento de cartas de marinheiro (aqui ainda sem alcançar os resultados que todos desejamos). A questão do ordenamento das nossas praias continua a ser uma das áreas em que nos temos envolvido, mas com pouca reposta por parte das entidades oficiais, estando a desenvolver esforços para criar um grupo de análise, onde a APECATE, tenha assento.
BEA World Este foi, sem dúvida, o grande evento de 2017. A APECATE conseguiu ganhar para Portugal, para os anos de 2017 e 2018, a organização deste grande evento, que este ano passou a ter uma dimensão mundial. Contou com a participação de mais de 750 pessoas, oriundas de 27 países, e constituiu‑se como um grande evento de promoção de Portugal e das empresas portuguesas. Para 2018, esperamos ainda mais participantes e maior envolvimento das empresas de congressos e eventos portuguesas.
Apoio ao desenvolvimento após a catástrofe Por último, não podemos deixar de referir os trágicos acontecimentos deste Verão e o que estamos a desenvolver para voltar a dar perspectivas de futuro para todas as empresas que operam nesta zona. A APECATE, em colaboração com os associados da zona, as entidades regionais e o Turismo de Portugal está a desenvolver algumas iniciativas que passam por repensar novos programas e formas de promoção que levem ao aumento da procura na zona centro. Muitas mais ações foram realizadas, mas não caberiam dentro deste espaço reservado à APECATE. 2018 está aí. Muitos mais projectos irão aparecer. Aguardamos os contributos dos associados. A aposta no movimento associativo como motor de desenvolvimento é essencial para criar as bases de um sector. Bons negócios! ANTÓNIO MARQUES VIDAL PRESIDENTE DA DIRECÇÃO DA APECATE
DESTAQUE 26
WWW.EVENTPOINT.PT
Bea World: Um Ano De Recordes Com O Porto Como Cenário A primeira edição em solo português viu o projecto “The Presidential” conquistar o primeiro lugar do pódio na categoria de “Melhor Evento Público”.
© Arlindo Camacho
Foi um ano de recordes para os Bea World, na primeira edição em que o evento se tornou global, com a participação de 296 projectos, de 27 países. Portugal concorreu com 14 projectos, de seis agências. Chegaram à final cinco eventos, “Nestlé+Juntos”, da UP Partner Events, “EDP Powered by Imagination”, da Desafio Global – Eventos e Ativação, “Imaginarius”, da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, “The Presidential”, da T&M, e “Fidelidade Pensar Maior”, da Bold Agency. Na cerimónia de entrega dos famosos “elefantes”, que decorreu no Teatro do Rivoli, o projecto “Nestlé+Juntos” ficou em terceiro lugar na categoria de Team Building e o “The Presidential” ganhou o primeiro prémio na categoria de “Evento Público”. A Filmmaster Events foi considerada a melhor agência e a iniciativa que marcou o visitante 10 milhões do Rijksmuseum arrebatou o prémio de evento do ano. Como nos anos anteriores, todos os eventos finalistas tiveram a oportunidade de apresentar os projectos ao vivo para o júri, liderado por Andrea Faflíkova, do Grupo Lego, e de responder a questões dos especialistas, mas também do público. No segundo dia de evento tiveram lugar as conferências. 400 profissionais de eventos estiveram no Porto de 15 a 18 de Novembro. “Para Portugal, esta edição do Festival Bea World foi, sem dúvida, um grande êxito devido ao seu alcance a nível mundial, que permitiu uma campanha global tendo como referência Portugal, e o Porto em particular”, sublinha Ana Fernandes, vice‑presidente da direcção da APECATE e General Producer do Festival Bea World. “Os resultados já estão à vista, e o feedback dos participantes do festival tem sido muito positivo”, refere a responsável. Lembre‑se que a APECATE ganhou este evento para Portugal durante dois anos e, nesta edição em particular, contou com o apoio do Turismo de Portugal, Associação de Turismo do Porto e Norte, Câmara Municipal do Porto, e com o patrocínio da EDP.
© Arlindo Camacho
The Presidential Train: Viver o Douro ao sabor de um comboio único e agora premiado Percorrer a linha do Douro é algo de que dificilmente alguém se esquece. São quilómetros e quilómetros de uma beleza natural absolutamente ímpar. Imagine agora fazer a viagem a bordo de um comboio de década de 1870, destinado originalmente a reis e presidentes, ao mesmo tempo que prova alguns dos melhores vinhos da região e iguarias preparadas por Chefs de classe mundial. Foi esta a visão de Gonçalo Castel‑Branco, curador e mentor da experiência. Tudo começou numa visita ao Museu Nacional Ferroviário e na instantânea admiração pelo comboio presidencial. “Na altura comentei com a directora do museu ‘é pena este não andar’ e ela respondeu ‘mas ele anda, tecnicamente’. Pedi‑lhe 48h para ter uma ideia digna daquela peça magnífica”, conta Castel‑Branco à Event Point. “Nessa noite ao jantar, enquanto descrevia o comboio e a minha vontade de fazer algo com ele, a minha filha de 10 anos disse ‘porque não fazemos um restaurante’”. E assim teve início o projecto, que resumindo é “uma carta de amor a Portugal ‑ junta um comboio lindo com uma história incrível aos melhores produtos do país num dos locais mais bonitos do mundo”. Os desafios foram grandes, desde logo porque o comboio é uma peça histórica, com muito valor. Depois foi necessário ter a anuência de cinco empresas públicas, e tratar de todas as autorizações. O facto de o comboio não ter electricidade foi outro grande desafio, bem como a preparação de toda logística de cozinha e serviço num veículo em andamento. E finalmente houve o desafio das vendas, “Portugal tem um mercado de turismo de luxo
28
WWW.EVENTPOINT.PT
© Tiago Pais
Um team building que deu recorde do Guiness e um terceiro lugar nos Bea World extremamente limitado, e um mercado de turismo ferroviários inexistente”. Perante tudo isto, Gonçalo Castel‑Branco não hesita: “Foi dos projectos mais complexos e interessantes que fiz na vida”. Não foi difícil encontrar parceiros e fornecedores, revela o curador, “quando se trabalha com o coração é sempre fácil motivar outros, e além disso a possibilidade de entrar numa viagem a bordo de um comboio de 1890 é um desafio difícil de não abraçar”. Na perspectiva de que tudo teria de ser premium, até o cheiro e o som ambiente foi pensado ao detalhe. O cheiro foi criado pela Castelbel, e o som foi da responsabilidade da Casa da Música. Ao todo, para o projecto arrancar foram necessários quatro meses de desenvolvimento e preparação, assim como 30 pessoas na produção. Na noite da vitória, Gonçalo Castel‑Branco não podia estar mais satisfeito e orgulhoso, agradecendo à equipa que com ele tornaram o projecto possível e aos parceiros, em particular ao Museu Nacional Ferroviário. “Estava na altura de haver um projecto de comboios em Portugal e ainda bem que a comunidade internacional escolheu reconhecê‑lo”, disse no final à Event Point.
Para assinalar a decisão estratégica de juntar várias marcas numa só, a Nescafé Emena, a Nestlé decidiu organizar uma convenção para 300 colaboradores, que ao mesmo tempo pretendia ser uma oportunidade para promover o espírito de equipa entre vários profissionais. Muitos deles nunca tinham trabalhado em conjunto. A UP Partner foi a agência escolhida para tratar do evento. “Foi‑nos passado um briefing muito aberto”, explica Rui Batista, responsável da UP Partner, que tinha como desafio “ligar o grupo ligado e colocá‑lo a agir como um todo”. A partir daí, a agência teve como inspiração as pessoas, não perdendo de vista a importância da mensagem de integração. A Nescafé Emena Portugal passou a congregar as marcas: Nescafé, Nescafé Dolce Gusto, Ricoré, Buondi, Sical, Tofa, Christina, Mokambo e Tofina. Assim, a UP Partner pensou num local, o Tróia Resort, e gizou um “verdadeiro team building, daqueles em que a pessoa se sente envolvida e em que aumentam os níveis de adrenalina, que faz sentir que vale a pena lutar diariamente e trabalhar naquela empresa com aquela equipa,
todos tínhamos em mente que se tratava de um recorde a “bater”, e assim foi: com os 21.000 cafés que servidos em menos de uma hora!”, salienta com satisfação o responsável da UP Partner. O apoio da marca foi imprescindível, bem como o dos parceiros. “A Cimbali trouxe 50 máquinas novas em folha de Itália expressamente para o evento, pois uma das premissas do recorde exigia que todas as máquinas e moinhos de café teriam de ser idênticos em todos os aspectos”, conta Rui Batista. A vertente social não foi esquecida. O café extraído foi entregue à Comunidade Vida e Paz e as borras utilizadas para adubar os jardins do venue. A Nestlé doou ainda ao Banco Alimentar Contra a Fome a mesma quantidade de café utilizada para quebrar o recorde.
O visitante dez milhões do Rijksmuseum, by Xsaga com aqueles colegas”, sublinha Rui Batista. E para atingir este fim, a ideia foi servir mais de 12.003 cafés em menos de uma hora, número que ultrapassado constituiria um novo recorde do Guiness. Para isso, os 300 colaboradores tinham de trabalhar como uma equipa coesa e focada. No primeiro dia do evento realizou‑se a reunião de quadros em auditório e no dia seguinte, e para surpresa geral, decorreu a acção de team building. “Os desafios foram imensos, desde não poder haver qualquer desperdício de café, ligações eléctricas e corrente para alimentar 50 máquinas de café e 100 moinhos de café. Utilizámos aproximadamente quatro quilómetros de cabos e usamos dois geradores fabris para gerar a corrente necessária ao evento”, conta o responsável. Entre a proposta e o evento decorreu um mês e meio. “Foi uma maratona intensa, mas muito satisfatória do ponto de vista dos resultados, por exemplo, o impacto do valor‑notícia gerado foi uma mais‑valia que penso que ninguém esperava obter”. Mais de 150 pessoas trabalharam na logística. “Foi um esforço enorme, mas penso que
Foi uma forma original e divertida de assinalar as 10 milhões de visitas ao Rijksmuseum, em Amesterdão, desde a sua reabertura, em 2013. Imagina o que é chegar ao museu, ser recebido com aplausos e com a oportunidade de passar lá a noite, dormindo mesmo em frente ao quadro “The Night Watch”, de Rembrandt? Pois, Stefan Kasper também não imaginava. Mas aconteceu. E isso valeu o Grande Prémio do BEA World Festival e ainda outros três galardões, Low Budget, Melhor Eficácia, e Prémio do júri de Imprensa. O mais importante é que a surpresa tinha de ser real. Só assim fazia justiça à imagem que o museu holandês pretende passar: “um lugar surpreendente para se estar”. E o visitante – candidato “ideal”, por amar as artes e por ser um grande admirador do pintor – foi completamente apanhado de surpresa. A entrada do visitante e a noite foi documentada em vídeo e em fotografia. “Estamos muito satisfeitos que um elevado número de pessoas tenha visitado o Rijksmuseum ao longo dos últimos quatro anos. E estamos ansiosos por dar as boas‑vindas aos visitantes que cá venham nos próximos anos. Há sempre algo novo para ver e experimentar”, referiu Taco Dibbits, director geral do Rijksmuseum, citado no site do museu.
ESPAÇO APOREP 30
WWW.EVENTPOINT.PT
© Duarte Bragança
Como Sentar Entidades Na Mesa De Presidência 1. O que é de facto a presidência? Segundo o dicionário, presidência é o acto de presidir que, por sua vez, é ocupar o primeiro lugar ou o lugar de honra à mesa. Mas presidir é também dirigir, superintender e regular a ordem de trabalhos de uma conferência, por exemplo. Regra geral, quem preside a um evento é quem o promove, ou seja o anfitrião ou o «dono da casa». Ele ocupa o lugar central. E é a partir desse lugar central que se ordenam as outras pessoas. Esse ordenamento tem de obedecer a critérios protocolares que sejam compreensíveis e possam ser aceites por todos os intervenientes.
Uma dúvida que pode surgir ao organizar um evento empresarial é saber quando é que o Presidente da Empresa deve ceder o seu lugar de anfitrião. Há aspectos da legislação oficial, cuja filosofia se pode adaptar ao caso das entidades privadas. Por exemplo, deve ficar assente que quem preside é quem organiza a cerimónia. Ou seja o lugar central deve ser ocupado pelo representante máximo da empresa ou instituição, colocando‑se o convidado mais importante à sua direita. Se o evento organizado pela empresa contar com a presença de altas entidades, estas deverão ocupar lugar de relevo, seja a presidir, seja ao lado
de quem preside, seja nas primeiras cadeiras dos convidados. Se coincidirem várias altas entidades deve respeitar‑se a lista de precedências estabelecidas no artº7º da Lei nº40/2006, de 25 de Agosto. 2. Em sessões solenes só se ocupa um lado da mesa de presidência, para que todos os que a compõem fiquem virados de frente para o público que assiste ao evento. Logo que se defina quem terá lugar na mesa de honra, tem de se arranjar uma mesa comprida onde caibam um mínimo de três e um máximo de 7 personalidades. Tanto a mesa como as cadeiras (a condizer) devem ser colocadas sobre um estrado que pode ser decorado (sem excesso) com arranjos de flores ou plantas ornamentais. A mesa deve estar devidamente tapada, pelo menos a parte da frente. 3. Os lugares são atribuídos de acordo com a importância ou a hierarquia das pessoas que nela tomam lugar. Regra geral, a presidência da mesa (o seu centro) cabe ao anfitrião, que coloca à sua direita e à sua esquerda, alternadamente, os restantes membros da mesa, por ordem decrescente de importância. A mesa de honra deve ter lugares em número ímpar para que não haja dúvidas sobre quem preside. Assim, neste exemplo, sendo A o anfitrião, dá a direita o convidado mais importante (1) e a esquerda ao seguinte (2). O menos importante é evidentemente o nº 4:
3
1
A
2
3
2
1
A
4
4
5
3
A
1
2
4
6
Finalmente, existem ocasiões em que convém «diluir» a presidência, sentando um número par de pessoas na mesa de honra. Neste caso, a pessoa que preside, aquela que tem a primeira precedência (1), é a que estiver à direita de uma linha imaginária que divide a mesa ao meio e o anfitrião dá‑lhe a direita. Para o público em geral ficará a ideia de uma dupla presidência ou de uma presidência par (tilhada).
Pode porém acontecer que, a convite do anfitrião, esteja na mesa uma entidade que ele queira distinguir especialmente ou a quem por lei deva ceder a presidência:
5
Esta é a disposição correcta da mesa sempre que esteja presente o Chefe de Estado ou o Presidente da Assembleia da República ou o Primeiro‑ministro, que segundo a lei 40/2006 devem presidir a qualquer evento “oficial ou não oficial” em que participem ocupando assim o lugar 1. O anfitrião pode optar por se sentar à esquerda do Presidente da República, dando a outro convidado que queira distinguir o lugar à direita do Presidente (2), sendo obrigado a fazê‑lo se também estiver presente o Primeiro‑ministro. Existe ainda a possibilidade de o anfitrião ceder a presidência ao convidado de honra, mas, por entender que na mesa não tomará assento mais ninguém que queira particularmente distinguir, o anfitrião ficará sentado à direita do convidado a quem cedeu a presidência, transformando‑se por assim dizer no “primeiro convidado”:
4
2
(1)
(A)
3
5
6 ISABEL AMAR AL PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE ESTUDOS DE PROTOCOLO
OPINIÃO 32
WWW.EVENTPOINT.PT
“Organizar um evento mais sustentável é um processo interactivo”
Sustentabilidade Traduz‑Se Em Eficiência E Reputação Os eventos mais sustentáveis são os mais eficientes e os que geram maior reputação, estimulando mentalidades mais focadas nas necessidades das gerações futuras. A sustentabilidade é uma tendência actual e está no topo das prioridades das organizações mais atentas. Organizar um evento sustentável não é apenas mais uma moda, pois está comprovado que a adopção de medidas mais sustentáveis não só reduz o impacte ambiental, mas também potencia a satisfação, segurança e bem‑estar de todos os intervenientes. Além disso, a sustentabilidade é um facilitador para a identificação de oportunidades de melhoria. Reduzindo o desperdício de recursos naturais, de materiais utilizados e fomentando a fidelização de participantes e espectadores e aumentando consequentemente a sua reputação, possibilita a atracção de maiores investimentos e patrocínios. Enumeram‑se quatro razões para tornar os eventos mais sustentáveis: Benefícios sociais: Se planeado e implementado cuidadosamente, um evento providenciará benefícios para a região, criando postos de trabalho, encorajando o investimento local, envolvendo as pequenas e médias empresas (PMEs) e poderá promover melhor condições de trabalho e inclusão social. Um evento poderá também actuar como catalisador de encorajamento de aplicação de práticas sustentáveis para a região. Reputação positiva: o facto de promover um evento social e ambientalmente responsável irá incrementar a imagem positiva da marca do evento. Irá atrair público cada vez mais consciente da importância da sustentabilidade, para que gerações futuras possam atender às suas próprias necessidades. O facto de atrair mais público/ participantes para o seu evento, poderá estar implícita a atracção de novos parceiros e novos patrocínios. Potencialmente irá atrair e captar a maior atenção dos media, sendo um veículo rápido e eficaz de promoção do evento e de medidas mais sustentáveis. Sensibilização e impulsionador da mudança: Os eventos são excelentes veículos de comunicação e são uma excelente oportunidade de consciencialização para a adopção de medidas mais sustentáveis. Tendo ainda a vantagem de que as pessoas envolvidas no evento se encontrarem
num estado de espírito favorável à assimilação da mensagem. A prática sustentável irá servir de inspiração para o emprego de acções mais responsáveis induzindo assim à percepção do seu impacto relativamente aos aspectos ambientais e sociais no seu dia a dia. Para além disso, o facto de optar por medidas mais sustentáveis irá promover o desenvolvimento de tecnologias e técnicas inovadoras orientando para um uso mais eficiente de recursos e amelhoria da experiência das partes interessadas. Vantagens financeiras: monitorizar e reduzir o consumo de recursos hídricos e energéticos, reduzir a produção de desperdício, optar por produtos e serviços locais e gestão do risco são algumas das medidas que poderão contribuir para redução de custos. Um olhar mais atento permitirá identificar e avaliar situações de risco, possibilitando a mitigação dos mesmos e traduzindo‑se em vantagens financeiras. O investimento de recursos (financeiros ou humanos) em novos serviços ou em novos equipamentos, aplicando os princípios de sustentabilidade, irá certamente percecionar poupanças imediatas. Organizar um evento mais sustentável é um processo interactivo e constante em todo o ciclo de vida do evento, desde a conceptualização, ao planeamento, captação, implementação, monitorização e até ao seu fecho. Se decidir integrar a sustentabilidade no seu evento, então garanta que o faz com antecedência face à data prevista para a realização do evento. Desenvolva uma estratégia consolidada e ambiciosa, no entanto sempre com consciência dos limites de recursos humanos, financeiros e temporais. Se não for possível implementar uma ou outra medida nesta edição, não se preocupe, na próxima terá oportunidade.
JOANA AR ANTES DA SILVA COORDENADOR A DE PRODUTO NA SGS PORTUGAL
ESPAÇO IPAM 34
WWW.EVENTPOINT.PT
Quais Os Benefícios Dos Stands Interactivos? Começo por falar no “Paradoxo da Escolha”, conceito a ter em atenção pelas empresas e marcas. Hoje a oferta é tanta e tão similar, que quando se escolhe não se sabe se estamos a fazer a escolha acertada. A evolução a que assistimos das tecnologias e de tudo o que gravita à sua volta, faz com que os clientes e potenciais clientes das empresas e marcas sejam pessoas bem informadas. Quando vão comprar um produto ou serviço já têm um conjunto de informações que os vai ajudar muitas vezes a decidir o que escolher.
Perante este cenário, um desafio que se coloca às empresas é como podem chamar ou atrair a atenção de novos clientes/consumidores, tendo em conta as inúmeras formas de chegar até eles. No Marketing, uma das ferramentas que podemos utilizar são as feiras ou eventos, e estes por sua vez têm como meio de comunicação os Stands. A primeira imagem é a que fica registada e vai de certa forma definir se o interesse na empresa, marca, vai ser mantido. Na participação em feiras e eventos o stand é o primeiro elemento que vai ser analisado e avaliado pelo visitante. Desta forma é importante garantir o sucesso do espaço e a forma como este é apresentado. Actualmente podemos encontrar empresas ou marcas com stands tradicionais ou com stands interactivos. Sem dúvida que se pretender ser o centro das atenções numa feira ou evento, os stands interactivos são das melhores opções, pois apresentam um potencial de atracção muito maior, em comparação com os formatos tradicionais e criam uma experiência de participação / partilha com o consumidor. Com este artigo, vamos perceber quais os benefícios de optarmos pelos chamados stands interactivos, e assim aumentarmos a possibilidade de que potenciais clientes/consumidores criem uma relação com a empresa ou marca, ultrapassando assim a dificuldade de a nossa marca ser a escolhida pelo consumidor. A diferenciação do stand é um aspecto a ter em atenção, e ao optar por um stand interactivo estamos a criar diferenciação e temos maior probabilidade de os clientes quererem saber mais sobre os produtos ou serviços oferecidos. Isto irá levar a um aumento da visibilidade da marca. Se a empresa/marca aposta numa divulgação inovadora, os visitantes podem assim identificar o conhecimento que esta tem sobre as novas formas de envolver o cliente o que transmite credibilidade e confiança. O relacionamento é um aspecto que se trabalha quando a empresa está presente em feiras ou eventos. A distribuição de brindes é uma das formas tradicionais, que pode permitir que o visitante se lembre da marca ou empresa quando precisar. Quando conseguimos a atenção dos potenciais clientes, temos então de investir no relacionamento com este. O stand interactivo leva o visitante a uma experiência sensorial, que vai para lá do tradicional brinde. Aqui o visitante pode experienciar o produto ou serviço e ter oportunidade de obter mais informações sobre a empresa. Para trabalhar a proximidade com o visitante, podem utilizar‑se jogos, écrãs de touchscreen, espelhos interactivos, entre outros. Devemos sempre escolher os que melhor se adaptam à nossa marca, produto ou serviço. De uma forma generalizada os stands interactivos contribuem para um ambiente mais agradável. Normalmente são locais descontraídos, com boas vibrações, o que ajuda no fecho do negócio. Óbvio que quando participamos em feiras e eventos devemos diferenciar‑nos
dos nossos concorrentes, e como tal devemos criar estratégias atrativas. A comunicação torna‑se mais eficiente, suscita interesse, o que pode levar a um maior “engagement” da marca com os visitantes. Sem dúvida alguma, esta tipologia de Stands promove o contacto directo com os visitantes, ficamos a conhecer os gostos, estilos de vida, e as preferências que têm pela marca. A empresa fica com um registo e conhecimento bem definido dos seus visitantes. Criam‑se boas memórias, que ficam registadas, e que são mais facilmente relembradas. Se o visitante experienciar o produto ou serviço, o “mouth to mouth” vai funcionar, porque ele vai falar com os amigos, familiares, transformando a marca ou empresa em motivo de partilha pelas suas redes sociais. A empresa, marca, deve criar hashtags, deve criar um mural de comentários e fotos. A interactividade com o público, tem um retorno bastante positivo em termos de “engagement”. Ao apostarmos num stand interactivo, não devemos esquecer que o nosso relacionamento com os visitantes não termina com o fim do evento. O pós‑evento é importante e para isso devemos realizar pesquisas para percebermos o que mais gostaram, e o que é necessário melhorar no futuro. É importante que a empresa/marca, mostre que está atenta às opiniões do público.
Sem dúvida que a experiência no momento de conhecer a empresa, marca, produto ou serviço, melhora com a interacção com o cliente, e os stands interactivos deixam de ser um local meramente transaccional para passarem a ser um local experiencial. SÍLVIA BANDEIR A DOCENTE DO IPAM E DIRECTOR A DO E‑LE ARNING NO IPAM PORTO
DOSSIÊ TEMÁTICO 36
WWW.EVENTPOINT.PT
O que interessa é atrair a atenção e começar uma conversa
O Stand Já Não É O Que Era Inovação, diferenciação, resultados. Estas são as três palavras‑chave dos stands do futuro que querem estar nas feiras para ser notados e rentabilizar ao máximo o investimento. O tradicional stand é uma das visões mais comuns em qualquer evento ou congresso. E esse é precisamente o problema, muitas vezes passam despercebidos às centenas ou milhares de pessoas que visitam um certame. E se há alguns anos esta questão era algo esquecida pelas empresas, que se apresentavam com estruturas pouco criativas e antiquadas, actualmente tem uma importância significativa. As organizações controlam cada vez mais os custos: se é para investir, esse investimento tem que apresentar uma rentabilidade comprovada. Está assim aberto o caminho para a digitalização e inovação que façam parar quem vai a uma feira e só tem um tempo limitado para ver o que se passa. A revista “Exhibitor” traçou este ano um guia com as maiores tendências de stands para futuro. 1. Visual mais industrial. Os stands actuais são menos geométricos e viraram‑se para uma estética de cores e texturas industriais, com madeiras e metais, para uma maior aproximação da marca e dos seus produtos a potenciais clientes. 2. Realidade virtual. Está por todo o lado e nem os stands lhe escapam, com as potencialidades que tem de atracção de visitantes distraídos em feiras. Com cada vez mais produtos disponíveis, incluindo o Google Cardboard e o Samsung Gear VR e a preços razoáveis, o uso desta tecnologia ajuda a levar potenciais clientes aos produtos da empresa. Além disso, a ferramenta, Facebook 360º permite recolher imagens a 360 graus e depois vê‑las em realidade virtual. Os millennials, em particular, são atraídos por este tipo de apresentações.
3. Inteligência artificial. Personalidades do mundo dos negócios, como Elon Musk, o todo‑poderoso líder da Tesla, têm alertado para os para os perigos do desenvolvimento desta tecnologia, num tom quase apocalíptico, mas para já as marcas estão a aproveitar para as potencialidades da inteligência artificial para recolher, analisar dados e tirar conclusões que podem ser apresentadas imediatamente, durante a feira. Os clientes mais interessantes também podem ser identificados rapidamente, com recurso à sua pegada digital. 4. Envolvimento dos visitantes. Já não é uma novidade mas tem provas dadas ao longo do ano. Jogos e concursos são um dos maiores pontos de atracção de um stand, cada vez mais apoiados por tecnologias inovadoras, que permitem aos visitantes uma experiência mais memorável, ao mesmo tempo que deixa os seus dados à empresa dona do stand, que depois pode aproveitá‑los no futuro. E mesmo concursos mais tradicionais, como tômbolas ou mesmo mini‑golfe acabam por atrair mais pessoas. 5. Prolongamento da estratégia de marketing. Com estratégias de design cada vez mais avançadas, as empresas estão cada vez mais a levar os seus esforços de marketing para as feiras, com estruturas que reflectem os seus produtos e campanhas. Este tipo de esforço faz sentido para dar a conhecer aos visitantes as campanhas que a empresa está a levar a cabo, para uma maior identificação da estratégia que quer dar a conhecer produtos e aumentar as vendas. O que interessa é atrair a atenção e começar uma conversa.
INQUÉRITO 38
WWW.EVENTPOINT.PT
CRISTINA FERNANDES E SUSANA DE SAL A Z AR CASANOVA
Caracterização Do Profissional Gestor De Eventos E De Protocolo Entre Outubro e Novembro de 2017 esteve disponível nas plataformas da Event Point um inquérito de caracterização do profissional gestor de eventos e protocolo, aberto a quem exerce profissões associadas aos eventos e ao protocolo As respostas foram tratadas de forma anónima, sendo utilizadas para o estudo em questão, não obstante poderem vir a ser usadas para outros fins académicos ou profissionais. A participação dos respondentes, a quem muito agradecemos, foi basilar para que este trabalho pudesse ser desenvolvido. Fundamentalmente, o objectivo visou a obtenção de dados que permitissem conhecer as especificidades do trabalho destes profissionais. Pretendeu‑se conhecer que tipo de competências são requeridas, que formação académica ou que experiência profissional detêm. Além disso conhecer em maior detalhe o sector, obtendo dados que permitam analisar, compreender e dar a conhecer quais são tanto as suas forças como as principais fraquezas.
Amostra O questionário foi estruturado com 18 questões, tendo sido integralmente respondido via web, através da plataforma Google Forms. Das respostas obtidas ao inquérito consideraram‑se válidas 63. A população respondente é maioritariamente
feminina (77,8% vs. 22,2% masculina). As idades dos participantes situam‑se entre os 21 e os 60 anos. A nacionalidade é maioritariamente portuguesa tendo havido 1 resposta estrangeira de um interveniente brasileiro. A caracterização dos participantes indica que 87,3% se encontra, em termos de empregabilidade, no activo; que 9,5% está em situação de desemprego; que 1,6% está reformado e que 1,6% está ainda a estudar. No que respeita à formação académica através das respostas é possível aferir que: 7,9% tem estudos secundários, 38,1% tem uma licenciatura, 52,4% tem estudos pós‑graduados (pós‑graduação ou mestrado) e, por fim, 1,6% tem doutoramento. A profissão dos respondentes é bastante diversificada apesar de maioritariamente serem profissionais do sector dos eventos. A área de actividade dos inquiridos é, igualmente, variada e vai desde a Agência de publicidade à Animação Turística, passando pela comunicação e marketing, até aos DMC e instituições públicas. Em termos de experiência profissional os dados são bastante diversificados: 50,8% dos inquiridos tem mais de 15 anos, 25,4% entre 5 e 10 anos, 23,8% menos de 5 anos.
Profissional gestor de eventos e de protocolo
Principais dificuldades da profissão
A primeira questão tinha como objectivo aferir se a Gestão de Eventos é uma actividade que os participantes realizam fruto de escolha deliberada ou se surgiu como uma consequência de outras vivências profissionais. Dos resultados obtidos, os inquiridos indicam que para 41,3% é fruto de “ambas as situações”; 38,1% responde que é “fruto de escolha deliberada” e, por fim, responderam 20,6% que surgiu “como consequência de outras actividades”. Quando questionados se a par da organização e da gestão de eventos realizam tarefas de natureza comercial (por exemplo, angariação de clientes, elaboração de propostas, etc.), as respostas são muito evidentes: 73% dos respondentes indicam nas suas respostas que “sim”, que executam estas tarefas. No que respeita à questão número três, pretendia‑se recolher dados sobre a especificidade das funções, nomeadamente, se estes profissionais acumulam a actividade de organização e gestão de eventos com outras responsabilidades profissionais (por exemplo, no âmbito da comunicação, do marketing ou da assessoria). Assim, obtiveram‑se respostas em número suficiente evidenciando claramente (“sim”) que 79,4% têm outras responsabilidades profissionais e que, por outro lado, 20,6% indicou “não”, podendo concluir‑se que não acumulam a gestão de eventos com outras tarefas. As respostas à quarta questão permitem conhecer especificamente o tipo de formação académica detida no âmbito da gestão de eventos pelos profissionais do sector. Os dados revelam que 41,3% dos participantes responde que tem formação e “sim, no ensino superior” face a 39,7% que não tem este tipo de formação académica; por outro lado, 19% responde positivamente indicando que além da formação académica também alargou as suas competências “sim, no ensino superior e profissional”. Ao questionar‑se sobre a duração da experiência profissional neste sector de actividade, 38,1% dos participantes respondeu que está há “mais de 10 anos”, 31,7% que detém experiência “de 5 a 10 anos” e 30,2% respondeu estar na área “até 5 anos”. Seguidamente procurava‑se obter dados que visem conhecer qual o tipo de relação contratual que os respondentes têm, ou seja se actuam na área como freelancer ou, se actuam colaborando através de uma organização. As respostas apresentadas permitem perceber que neste ponto 66,7% dos respondentes está na área “como colaborador de uma organização”, que 19% está a trabalhar no sector “em ambas as situações” e que 14,3% o faz “como freelancer”. Ao questionar‑se os inquiridos sobre se consideram que a remuneração que auferem é justa face às tarefas que desenvolvem, as repostas dadas revelam que 66,7% respondeu que “não” e 33,3% indicou que “sim”, ou seja, estes últimos concordam que recebem uma retribuição justa.
Quis‑se saber, também, qual a maior dificuldade que encontram no exercício desta função. As respostas que foram obtidas são muito diversificadas e abrangentes. A questão 8 teve 62 respostas consideradas válidas das quais se selecionaram 27 respostas e que são apresentadas seguidamente: “Lidar com imprevistos que possam afectar a realização do evento”.
“Muitas vezes sequência hierárquica de acordo com a Lei”.
“Rápidas respostas de fornecedores”.
“Confirmações de presença que na hora não se encontram”.
“Remuneração baixa”. “A capacidade de inovar com propostas criativas num mercado muito estereotipado e fechado sobre si mesmo”. “Apresentar propostas diferenciadoras e inovadoras com reduzidos budgets e com timings curtos”. “Gestão de públicos”. “A coordenação, uma vez que cada evento depende de uma série de pessoas/entidades”. “Carga horária excessiva”. “A extrema polivalência que temos que ter”. “Fazer ver aos superiores o que é "protocolo" e que tem "regras"”. “Gestão de Stress”. “Gestão de tempo. Há muitas tarefas distintas que devem ser atendidas em simultâneo. Manter o plano e assumir que as interrupções são constantes, mas necessárias, não é tarefa fácil na gestão do nosso tempo”. “Arranjar trabalho”. “A falta de profissionalismo de terceiros”.
“Restrições orçamentais e falta de sensibilidade do cliente para com as questões do protocolo”. “A complexidade de cada evento nem sempre é reconhecida por todos, que muitas vezes desvalorizam esta actividade”. “O envio de muitas propostas que não são adjudicadas e servem para retirar ideias”. “Indefinição do cliente”. “Conseguir o budget do cliente”. “Fidelização dos clientes, e principalmente competir com o mercado existente”. “Gestão dos recursos humanos”. “Conseguir cumprir um cronograma e prazos dos fornecedores ou de prestadores dos serviços”. “Angariação de Patrocínios”. “Os timings impostos pelos clientes e, também, a gestão da relação com o cliente”. “Atingir o target”.
40
WWW.EVENTPOINT.PT
A pergunta que se seguia questionava os inquiridos sobre quais são as três maiores dificuldades com que se deparam no decurso de um evento, através das cinco opções de resposta apresentadas. Estes indicaram nas suas respostas considerarem como a principal dificuldade, a definição de “objectivos e visão do cliente versus orçamentos”; segue‑se a segunda principal dificuldade que se relaciona com “falhas de fornecedores”; e, por fim, a terceira maior dificuldade está ligada a questões de “logística e tecnologia.” A décima questão do inquérito tinha a função de recolher informação sobre a necessidade de obtenção de conhecimentos protocolares, isto é, se os inquiridos têm falta ou não de deter este tipo de conhecimento nos eventos que organizam. As respostas apresentadas indicam maioritariamente um resultado de 66,7% que optou por indicar que “depende da tipologia do evento e do tipo de convidados”, 17,5% respondeu que “não” necessita destes conhecimentos; por outro lado, 15,9% dos respondentes indicou que “sim”, que sentia necessidade de ter conhecimentos protocolares para os eventos que levam a cabo.
O dia‑a‑dia do gestor de eventos A pergunta seguinte tinha como propósito conhecer em particular quais são as actividades, a partir das 10 apresentadas como opção (pedia‑se a selecção de apenas três), que mais se aproximam do dia a dia do gestor de eventos. As respostas dadas pelos respondentes indicam que as tarefas estão associadas em primeiro lugar a “desenvolver, produzir e entregar projetos desde a fase da proposta até à realização do evento”, seguindo‑se a “comunicar, manter e desenvolver relacionamentos com clientes” e, por fim, a “entregar eventos a tempo, cumprir o orçamento, cumprir/exceder as expetativas”. A questão que se seguia, solicitava aos inquiridos que escolhessem igualmente apenas três respostas, das 10 propostas, como sendo aquelas que mais ilustram as competências que consideram serem úteis para um gestor de eventos e protocolo. A informação recolhida através das respostas obtidas indica que a maioria dos participantes escolheu ter “carisma, serenidade e segurança” como a principal competência, seguindo‑se a “capacidade para liderar e motivar uma equipa” e a terceira resposta mais seleccionada considera que é ser “confiável/cumpridor de prazos e horários”. Em resposta à pergunta efectuada sobre a dificuldade de contratação de fornecedores, os inquiridos escolheram também três respostas das 10 que foram disponibilizadas. De acordo com os dados obtidos, é possível compreender que os fornecedores mais complexos de contratar são principalmente aqueles que prestam serviços de “catering”, seguindo‑se os da área do “entretenimento/música/espectáculo” e, por fim, em terceiro lugar,
os que prestam serviços no âmbito dos meios “audiovisuais e multimédia”. No que respeita à questão sobre qual é o tipo de eventos em que mais gostam de colaborar, pedia‑se que escolhessem das sete opções sugeridas, três. As respostas dadas demonstram que os respondentes gostam fundamentalmente de colaborar em “eventos corporativos, comerciais e profissionais.”, seguindo‑se os “eventos de entretenimento” e, como terceira opção, selecionaram os “eventos privados / sociais”. Solicitou‑se aos inquiridos que partilhassem um desafio ou uma dificuldade que tivessem vivido num evento e que descrevessem brevemente a forma como este teria sido solucionado. Das respostas obtidas (60), consideraram‑se apenas 51 válidas para a discussão em questão. Destas selecionaram‑se 28 respostas, pela diversidade de situações que retratam e que são apresentadas seguidamente: “Em pleno festival de música, um stand de 11m de altura, era preciso mexer do lugar por uma questão técnica. Apenas com o conhecimento de todas as equipas no terreno é que foi possível encontrar uma rápida solução”. “Um visitante não querer aceitar as regras, de neste caso, o funcionamento do parque temático. Como o visitante não queria "obedecer" aos colaboradores, saindo da zona reservada a trabalhadores, foi necessário chamar a segurança do evento para o retirar de lá. No final ficou tudo resolvido”. “Não ter chegado o material que devíamos entregar aos participantes no início do evento, termos de fazer uma viagem de vários km para o ir buscar, mas regressámos a tempo e entregámos o material já dentro das salas”. “Perceber que o espaço alugado sofria de diversas falhas que não foram comunicadas atempadamente, ter de mudar de sala na véspera do evento, depois de todas as burocracias já tratadas, e conseguir encontrar uma solução melhor a tempo”. “Após os diversos contactos por email com a entidade, e tudo organizado, e com o evento já anunciado, foi‑me comunicado que teríamos que pagar uma licença de ruído, para a qual não tinha sido avisada, mas também não se enquadrava naquele evento. Falei com diversas pessoas, visto que o evento
se realizaria dali a 24 horas, e disse que não me tinha sido comunicado nos diversos contactos escritos, apresentei a prova, e até disse que iria cancelar o evento, apesar do mesmo já estar anunciado nas mais diversas formas. Consegui fazer prova de que para o nosso tipo de evento não era necessário a licença, e mesmo que fosse, nunca foi mencionada, e portanto, o evento decorreu no dia que estava previsto”. “Ter uma sala de hotel com 260 pessoas e começar a chover na sala durante o coffee break. Toda a equipa do hotel teve que pegar em baldes para amparar a água que caía do tecto e quando abrandou a chuva limpar cadeiras com toalhas. Caos total mas foi possível prosseguir”. “Um pedido de orçamento e disponibilidade de um cliente para um evento de animação turística enviado com meio ano de antecedência e do qual nunca mais se soube de nada. No suposto dia do evento de manhã recebemos uma chamada do cliente a perguntar onde estavam as nossas viaturas estacionadas. O evento ia acontecer e não sabíamos de nada. Evento esse com várias actividades envolvidas. Valeu‑nos a ajuda do nosso cliente e dos nossos colaboradores. Conseguimos operacionalizar o mesmo somente com uma hora de atraso. Faltou a peça de teatro que ia fazer a animação final. Estava tudo em frente ao palco à espera... rir é o melhor remédio. Sorte foi chamar à última um amigo de teatro revista que encarnou a personagem
anunciada em cartaz. Tinha assinado um contrato de que se algo falhasse, pagava 20% de todo o evento ao cliente. Tremi!”. “Troca de Restaurante numa passagem de ano. Disponibilidade de transporte para as pessoas se deslocarem de imediato para o local correcto e oferta de um champanhe”. “Falha da empresa responsável pelo audiovisual. Recorremos a um freelancer cujo contacto nos foi dado por um elemento da equipa da organização. Resultado: atraso de 15 minutos no arranque do evento”. “Gala ao ar livre e, no dia de manhã, chove. Toda a logística teve que ser alterada. de referir que foi um sucesso mas foi terrível o stress. (não estava previsto chover em pleno verão e não dava chuva para esse dia nos sites de meteorologia)”. “Aumento em 500 pessoas no número esperado, dois dias antes do evento. Foi possível reagir positivamente e de forma rápida devido à equipa, fornecedores e parceiros que estavam envolvidos. Sem um verdadeiro trabalho de equipa e flexibilidade de todas as partes não teria sido fácil”. “Seating cheio e convidados que não confirmaram a chegar na hora do início. Com pessoas conhecidas já sentadas, delicadamente pedir para mudar de lugar”. “Num evento oficial, um convidado recusou sentar‑se no lugar que lhe foi indicado, por ficar ao lado de uma pessoa com quem não tem bom relacionamento (a organização não tinha conhecimento desta situação). Por sorte, isto ocorreu quando ainda muito poucos convidados tinham chegado e foi possível alterar ligeiramente o seating, senão, sinceramente, não sei como teria resolvido a situação”. “Falha total de luz, ir procurar velas para iluminação”.
“Falta de profissionalismo numa empresa de animação/team building. Falei com o meu cliente sobre a má prestação dessa empresa e desistimos da actividade. Não paguei a actividade à empresa e o
cliente, como é óbvio também não pagou”. “Dar o nome do país errado a um Embaixador de um país nórdico vizinho. Culpei‑me e desculpei‑me com a troca na geografia”. “Num jantar oficial alta figura da justiça estrangeira senta‑se no lugar que não pertencia e pedir para levantar, de forma célere porque o lugar pertencia à Procuradora‑geral da República de Portugal”. “É complicado fazer a gestão dos transportes de um grande grupo, neste caso de autocarro, e num evento que realizámos deparamo‑nos com os condutores não saberem os caminhos. Tentámos passar às pessoas que acompanhavam o grupo que era importante terem GPS para garantir que todos chegavam ao destino a tempo e horas”. “Faltou um aplicador que se devia ter apresentado em França e tive de ser eu a aprender em meia hora como se aplicava papel de parede”.
“Falhas técnicas no momento principal ‑ comunicação com manutenção permanente”.
“Na organização de um casamento, os noivos não estarem no país, e ter que tratar de tudo com a mãe do noivo cujas opiniões eram divergentes muitas das vezes dasa do noivo, mas sendo a própria da mãe responsável pelo orçamento. A forma que arranjei foi fazer um grupo no WhatsApp, em que os envolvidos e interessados podiam trocar ideias comigo de uma forma muito descontraída e prática”. “Evento nos Açores. Faltar o Chef que iria fazer a palestra e o showcooking (e descobrir a 1h30 de começar), e acabar
a fazer uma ligação via Skype com o Chef, e recrutar um Chef do hotel para estar em palco a fazer o showcooking”. “Orador faltar em cima da hora. Arranjei alternativa pois já tinha preparado 2 opções que estavam de prevenção”. “Pagamento da última parcela do evento, solucionei fazendo ver que o acordado foi já uma exceção e logo não iria ceder”. “Fotógrafos que não correspondiam ao cronograma e constantemente tinha que estar a relembrar o que ficou contratado”. “Falta do Ministro da tutela no arranque de uma sessão solene de Doutoramento Honoris Causa, na universidade. O cortejo académico foi iniciado e efetuou um percurso mais demorado até à integração do Ministro já no palco da sessão”. “A convidada de honra desapareceu durante 1h30 e isso fez com que o jantar tivesse início mais tarde do que o previsto. Optou‑se por prolongar o cocktail e depois por sentar todos os demais convidados”. “Atraso muito significativo de avião que levou ao adiamento de evento”.
Questionou‑se ainda sobre as redes sociais e a sua presença nos eventos. Pretendia‑se conhecer quais são os desafios que a massificação das redes sociais trouxe para os gestores de eventos e protocolo. Solicitou‑se aos respondentes que escolhessem das 7 respostas apresentadas, as 3 que melhor ilustrassem este desafio actual. Assim, os dados indicam como principal desafio que estes profissionais encontram ser “criar/gerir conteúdos nas diferentes plataformas (exemplo site e/ou App do próprio, Facebook, Instagram, Youtube…), seguindo‑se a necessidade de “administrar as expectativas e a atenção do público” e, por fim, como terceira principal dificuldade o “controlar a informação gerada em torno do evento e a interação entre o público online”. A penúltima questão do inquérito está relacionada com a experiência detida na organização e gestão de eventos e pretende conhecer se esta é exclusiva ao mercado nacional ou se é, também, internacional. Através dos dados colhidos nas respostas dadas, 68,3% dos inquiridos respondeu que a sua experiência é apenas nacional, ou seja, em “Portugal” face a 31,7% dos participantes que respondeu que a sua experiência é “Portugal e estrangeiro”. Ainda nesta questão, pedia‑se que indicassem, no caso de deterem experiência internacional, em que países tinham organizado eventos. As
42
Conclusões
WWW.EVENTPOINT.PT
respostas apresentadas permitem indicar que a principal experiência é em países comunitários, nomeadamente Espanha, e extracomunitários. A última questão do inquérito pretendia aferir juntos dos inquiridos que evento ainda não organizaram, e que gostariam de levar a cabo. Obtiveram‑se 61 respostas das quais se consideram válidas apenas 55. Destas seleccionaram‑se 34 respostas, pelo desafio que a organização desse evento possibilitaria e que são apresentadas no quadro seguinte: “Evento protocolar de Estado.”
“Visita de Estado”.
“Óscares – EUA”.
“Muitos, eventos religiosos, desportivos, culturais, ...”.
“Um certame do sector primário – agricultura, pesca, e actividade lúdica na cidade”. “Ainda sou uma iniciante nesta área, mas sem dúvida que me daria um enorme gosto colaborar com a organização do Festival Eurovisão da Canção. “Rock in Rio”. “Feira de ciência / festival de ciência”. “Festivais de música”. “Um evento internacional de grandes dimensões em Portugal, por exemplo Web Summit, Festival da Eurovisão ou mesmo uma final da Champions League. Também gostava de organizar um festival de verão, tipo Nos Alive ou SBSR”. “Um evento musical.” “O maior festival infantil”. “Um congresso internacional”. “Visita Papal”. “Jogos Olímpicos”. “Uma reunião do tipo congresso da L'Oréal”. “Feira, congresso...” “Um casamento”. “Muitos, um de cariz internacional”.
“Uma feira do futuro”. “Eventos privados/sociais”. “Inauguração‑ internacional ‑ campo de refugiados”. “Eventos Oficiais”. “Web Summit”. “Volunturismo ‑ Turismo voluntário em prol dos menos favorecidos”. “Um mega evento de entretenimento”. “Red Bull Air Race”. “Fórmula 1”. “Todos os que faltam fazer! Não há Eventos Mais especiais! Há sempre um novo evento a superar as melhores expectativas”.
Os resultados deste inquérito demonstram que a maioria dos respondentes são do género feminino (77,8%), se encontram profissionalmente activos (87,3%) e com uma formação académica ao nível de estudos pós‑graduados, exercendo, contudo, cargos muito diversificados mesmo que todos no âmbito da gestão de eventos e protocolo e funções conexas. Entende‑se como igualmente relevante o facto de que uma percentagem muito elevada dos respondentes (73%) acumular a actividade de organização e gestão de eventos com uma vertente comercial ou com outras tarefas (79,4%). Cruzando este indicador com o facto de 66,7% dos respondentes desenvolverem a sua actividade profissional em organizações, conclui‑se que na maioria das situações a organização de eventos não preenche, por si só, o quotidiano destes profissionais. Significativo, também, é o facto de ser considerado como principal dificuldade no âmbito destas tarefas a dificuldade em harmonizar objectivos dos clientes com orçamentos, aspecto ao qual imediatamente se seguem as falhas de fornecedores. Sobre a necessidade de obtenção de conhecimentos protocolares, 66,7% dos respondentes indicam que depende da tipologia do evento e do tipo de convidados. É relevante que os respondentes considerem que as competências mais importantes para estes profissionais se enquadrem no âmbito das designadas "soft skills": carisma, serenidade, segurança, capacidade de liderança e motivação da equipa, confiabilidade, cumprimento de prazos e horários. Quanto aos fornecedores, os respondentes indicam que os mais difíceis de contratar são os de catering, seguidos pelos de entretenimento. Os eventos corporativos, comerciais e profissionais são os preferidos dos respondentes em termos de organização. As partilhas de desafios e dificuldades apresentadas enriquecem o inquérito bem como a questão sobre que tipo de evento os inquiridos gostariam de organizar. Por fim, mas não menos importante, 31,7% dos inquiridos revelam ter experiência de organização de eventos no mercado internacional.
“Oficiais com protocolo do mais exigente possível. Um desafio”. “Reveillon em Lisboa”. “Concerto no Altice Arena ou Festival de Verão”. “Um evento gastronómico”. “Exposições interactivas na área cultural”.
CRISTINA FERNANDES E SUSANA DE SALAZAR CASANOVA
OPINIÃO 44
WWW.EVENTPOINT.PT
As Aplicações Para Eventos Vão Mudar... Há uma alteração em curso quando falamos de tecnologia para eventos que pode transformar a forma como lidamos com este processo. Comecemos por explicar os dois conceitos que existem actualmente no mercado das aplicações para eventos: a aplicação de marca branca (white label app) e a aplicação universal. As aplicações de marca branca são aquelas em que, para cada evento, há uma
aplicação com um nome, ícone e imagem própria. Isto é replicado pelo número de clientes, que por sua vez redundam em eventos. Tipicamente, este tem sido o modelo mais seguido pelos clientes. Sempre que há um evento, que até se pode repetir todos os anos, há uma aplicação específica para esse evento.
A aplicação universal, por oposição ao modelo em cima descrito, é aquela em que todos os eventos estão dentro da mesma aplicação, sendo que cada cliente preserva os seus dados e a privacidade é completamente respeitada. No entanto, a aplicação é única, com o mesmo nome e ícone que a identifica. O efeito de customização acontece a partir dessa fase, ou seja, no momento em que o convidado de um evento introduz as credenciais para aceder ao seu conteúdo. Uma forma simples de perceber, e logo com dados sensíveis, é a aplicação de e‑mail da Google: o Gmail. A aplicação é igual para todos os clientes (empresariais ou pessoais) e depois cada um tem a sua parametrização. Quem diz o Gmail pode referir o Slack, TeamBook, Trello e tantas outras aplicações que há muito seguem este modelo de negócio. Porque é de modelos de negócio que estamos a falar e da sua influência no modo como a tecnologia está presente nos eventos. Actualmente, o modelo de negócio mais seguido tem sido o das aplicações de marca branca, que, historicamente, segue o modelo tradicional do universo empresarial. Uma abordagem clássica que já acontecia com as marcas quando começaram a implementar aplicações móveis. Uma marca, um conceito, uma aplicação. No entanto, com a dita “nova economia”, com a importância das aplicações na “nuvem” e a escala que isso permite, a tendência é para convergir num modelo já utilizado em tantos outros casos, em que a aplicação é um repositório (“container”) de todos os eventos. Em Junho deste ano, Lawrence Coburn, CEO da DoubleDutch, já tinha levantado a ponta do véu num texto que publicou no seu LinkedIn após uma reunião com a Apple. Porquê a Apple? Não é muito complicado responder a esta questão, dada a importância deste parceiro no universo das aplicações. Ainda em Junho, a Apple teve a conferência anual para programadores, a WWDC, onde habitualmente são feitos importantes anúncios. E este ano não fugiu à regra. É a partir daí, e da reunião que Coburn teve no gigante americano, que se percebe que a Apple se prepara para alterar as regras de distribuição das aplicações na sua loja digital, no caso específico dos eventos, e é bem clara: o caminho é a app universal e distanciar cada vez mais os fornecedores de desenvolverem aplicações de marca branca, ou seja, uma aplicação específica para cada cliente. Se tivermos em conta que a Apple pode determinar o caminho a seguir, não seria a primeira vez que traçava o rumo num determinado negócio. Como principal player no mundo das aplicações e gigante das tecnologias de
informação, com toda a capacidade de lobby que tem, está mais do que visto que aquilo que hoje é uma possibilidade, em breve, vai tornar‑se obrigatório. Por esta altura, perguntará quem está a ler este texto, e tem responsabilidades na área dos eventos, este é o melhor caminho? Só o tempo o dirá certamente mas, se olharmos à nossa volta, para as aplicações empresariais que são usadas por clientes em todo o mundo, a verdade é que as apps de eventos estão a seguir um caminho paralelo, que traz problemas acrescidos a quem distribui e desenvolve as aplicações. Quem distribuiu, por exemplo a Apple e a Google, deixa de ter vários processos de aprovação em curso. A app universal está aprovada, só sofrerá alterações quando é modificado o produto em si, e o que altera é o conteúdo para cada evento. Neste caso a responsabilidade é de quem desenvolve ou gere conteúdos. Para os fornecedores, e até para o cliente final, o que organiza o evento, há vantagens claras no processo de aprovação. Será mais simples, por exemplo, gerir o registo de participantes ou produzir as credenciais de cada convidado. Voltámos assim ao início do texto e ao caso concreto do produto pelo qual sou responsável. O Embly, um produto que está no mercado desde 2015, foi testado por dezenas de clientes em mais de uma centena de eventos, e está preparado para esta alteração crucial, que pode acontecer já em 2018.
Estamos a preparar uma aplicação universal Embly que poderá receber os eventos customizados de cada cliente, garantindo a privacidade dos dados e elevando os eventos a outro nível de interactividade. PEDRO VARELA BUSINESS MANAGER DA EMBLY
EVENTOS 46
WWW.EVENTPOINT.PT
CTM 2017: O Cambodja Para Além Dos Templos Dar a descobrir o Sudeste Asiático, promover os produtos e serviços que a região tem para oferecer e mostrar que o Cambodja pode ser muito mais do que a sua “joia da coroa”, os templos de Angkor, património da Humanidade. Foram estas as metas do Cambodia Travel Mart (CTM) 2017, cuja primeira edição decorreu de 17 a 19 de Novembro, no Sokha Siem Reap Resort & Convention Center, em Siem Reap.
Visitar Angkor Wat é deixar‑se levar pelo tempo e passear pela história. É de uma beleza arrebatadora o complexo composto por templos, distintos nas formas mas semelhantes no encanto. Angkor Wat, Bayon, Ta Prom, Preach Khan, Elephant Terrace são as grandes atracções e é impossível viajar para o país sem pensar em deixar‑se conquistar por estas maravilhas. “Os templos são mundialmente reconhecidos, mas há muitas actividades a fazer”, lembra o Ministério do Turismo, que com a SlickBooth Events & Public Relation e a TTG Events organizou o CTM, juntando mais de 200 expositores e mais de duas centenas de buyers. O país tem trabalhado para melhorar as infra‑estruturas e a oferta dos produtos e serviços, para que o sector das viagens – lazer e negócios – continue a aumentar de ano para ano. Na cidade de Siem Reap existem outros templos para visitar, tal como os mercados com pechinchas para os turistas, as diferentes pontes que ligam as margens e o quotidiano dos locais, ou a Pub Street que tantas almas anima. A capital Phnom Penh com os seus templos e jardins, museus e palácios, complementa a oferta do destino mais a Sul, enquanto a Este, os parques nacionais convidam a visitas. E na costa, o paraíso aguarda os curiosos viajantes que procuram águas quentes e paisagens encantadoras. Diversificar é, assim, palavra de ordem. Existe oferta a todos os níveis. O Cambodia tem melhorado as infra‑estruturas, a gastronomia é uma delícia e a oferta hoteleira proporciona uma boa relação qualidade‑preço. Aliás, o Ministério do Turismo refere ser possível “ficar com estilo”, já que é permitido ficar num bom hotel a preços acessíveis. Além disso, há muitos acessos ao Cambodja, que conta com três aeroportos internacionais [Phnom Penh, Siem Reap e Sihanouk], especialmente a partir da Ásia.
Uma região sempre com muito para dar A aposta na promoção e no marketing é visível. Embora o número de turistas tenha vindo a aumentar de ano para ano, não só no Cambodja como em todo o Sudeste Asiático, há metas para os anos que se avizinham. E a do Cambodja é chegar aos sete milhões de visitantes em 2020. E não só de lazer – tem‑se registado também, graças ao investimento na melhoria das infra‑estruturas, à segurança e à paz no país, um aumento significativo nos visitantes de negócios, segundo informa o ministério.
E se um país ganha, toda a região ganha. Aliás, o Sudeste Asiático é um dos destinos mais procurados no mundo e há sempre mais para dar, para promover, para oferecer a quem o visita. Todos os países que compõem a região têm procurado formas de se reinventarem e de atraírem os visitantes, seja com novos destinos dentro de portas, seja através da oferta hoteleira, gastronómica ou até mesmo tecnológica – para atrair as gerações mais novas. Tailândia, Vietname, Indonésia, Malásia, Filipinas, Singapura, Myanmar, Laos e Brunei – países que com o Cambodja compõem a ASEAN [em português, Associação de Nações do Sudeste Asiático] – também estiveram representados na feira em Siem Reap, apresentando os seus produtos e serviços, nos segmentos de lazer e de negócios. A CTM está de volta de 11 a 13 de Outubro de 2018, em Phnom Penh.
MARIA JOÃO LEITE* *VIAJOU A CONVITE DA CTM 2017
Tapete Voador
A agência portuguesa voou até ao Cambodja João Tavares Gonçalves, CEO da agência Tapete Voador, foi o único representante português na lista de buyers presentes no Cambodia Travel Mart 2017. Para o responsável, é importante conhecer o destino que se vende e, embora actualmente a agência venda o Cambodja como uma extensão de outra viagem, está nos planos que o país passe a destino principal. “Vendo o Cambodja como uma extensão da Tailândia ou do Vietname, como uma combinação de países aqui na região”, começou por explicar à Event Point João Tavares Gonçalves, lembrando a importância de se conhecer com quem se trabalha, já que afinal “é o nome da agência que está em risco”. Especialmente numa altura em que a empresa pretende começar a vender também o Cambodja como um destino principal. “É um destino muito rico”, sublinha. Os dois produtos principais vão ser Siem Reap, e os seus templos, e a costa do país, a praia e as ilhas. Neste último produto, com a vantagem de ser semelhante à oferta da vizinhança, mas de ter menos gente. Os portugueses cada vez viajam mais e vão gerindo os seus destinos à medida das suas carteiras. E isso aplica‑se nos segmentos de lazer e de negócios, com que a Tapete Voador empresa trabalha em igual medida. Levar incentivos de Portugal para o Cambodja não é tão fácil como fazê‑lo para a Tailândia ou o Vietname, mas João Tavares Gonçalves acredita que o destino tem “imenso potencial para uma viagem de incentivo, seja como destino principal ou seja como uma extensão”.
OPINIÃO 48
WWW.EVENTPOINT.PT
Como Fazer Uma Landing Page De Sucesso Para O Seu Evento O sucesso de um evento depende de vários factores, mas não há dúvida que parte dessa fórmula passa por convencer e persuadir os convidados a marcar presença.
Para que tal aconteça é importante comunicar de forma clara, por que não devem perder essa oportunidade. Um dos canais mais trabalhados pelos profissionais de Marketing são as Landing Pages, que como o nome sugere correspondem à página de destino onde o seu visitante vai “aterrar” depois de dada acção, seja ela um clique num anúncio, numa campanha de email marketing ou outra. Existem alguns aspectos que diferenciam uma Landing Page de um Website. Uma Landing Page é uma página web construída para alcançar uma conversão... uma inscrição num evento, um download de um e‑book, um contacto de vendas entre outros. Ao contrário de um website, não tem menus o que implica uma navegabilidade vertical, usando o scroll do seu rato até encontrar um forte CTA – Call to Action, impelindo o visitante a realizar uma acção específica, como o preenchimento de um formulário. Desta forma, não existem distracções que possam levar o seu potencial cliente a abandonar esta página sem atingir o objectivo desejado. Poderá ainda integrar este formulário com uma ferramenta de email marketing para enviar um email automático de agradecimento ou iniciar um processo de automação. A Landing Page existe independentemente do website, podendo estar alojada num sub‑domínio, ou no domínio disponibilizado pelas plataformas pelas plataformas dedicadas, como o Instapage ou LeadPages. Significa, portanto, que não terá que alterar o seu website para fazer uma Landing Page.
5 Factores de Sucesso numa Landing Page
2) DECL ARAÇÃO DE BENEFÍCIOS Porque é que o seu convidado deve marcar presença no seu evento? O que ganha com isso? Ex: ” Esta conferência será uma oportunidade única para conhecer a opinião dos maiores especialistas mundiais em empreendedorismo e apostar em estratégias de sucesso comprovadas para 2018”. 3) CTA – CALL TO ACTION A chamada para acção consiste num apelo forte, que conduz o visitante a realizar a acção de conversão. Ex: ”Inscreva‑se já e garanta a sua presença com 25% desconto até 20 de Dezembro de 2017” Deve usar gatilhos mentais como o sentido de urgência, ou percepção de poupança para convencer o seu convidado a garantir a sua vaga. 4) FOTOS CONTEXTUAIS | HERO SHOT As fotos contextuais ou Hero Shot, permitem ter rapidamente uma visão do evento. Colocar uma fotografia de capa do evento do ano anterior, mostrando um orador a palestrar para um auditório esgotado é um exemplo que poderá considerar. 5) PROVAS SOCIAIS Uma das provas sociais mais usadas são testemunhos. Este conteúdo confere autenticidade dando a conhecer de forma isenta a opinião de outras pessoas, que à semelhança dos seus convidados, participaram no evento. Se tiver oportunidade, opte for produzir testemunhos em vídeo de curta duração, visto serem mais impactantes. A colocação de estatísticas do evento ou prémios recebidos, são também indicadores que permitem reduzir o risco de decisão e maximizar as conversões desejadas.
Para produzir uma Landing Page de sucesso, deve ter em consideração alguns elementos. 1) CABEÇALHO FORTE Ter um cabeçalho forte no inicio da sua Landing Page é essencial para conseguir reter a atenção do seu visitante e evitar que o mesmo abandone esta página sem converter. Ex:” Participe já na maior Conferência de Empreendedorismo Nacional com os melhores Especialistas Mundiais como oradores”
HÉLDER PINTO RESPONSÁVEL DE MARKE TING DIGITAL DA DIGITAL SAPIENZ
DESTAQUE 50
WWW.EVENTPOINT.PT
© 5oulscape
Macau: Um Congresso Que Junta Ocidente E Oriente O território está a apostar na Meetings Industry em força e apresenta uma cultura única, que mistura Portugal e China, como argumento forte face à concorrência. Grandes casinos e resorts complementam a oferta.
No Delta do rio das Pérolas, às portas da China, há uma pequena ilha onde se encontraram, há centenas de anos, dois mundos separados por milhares de quilómetros. No coração da Ásia, milhares de turistas por dia visitam praças e igrejas portuguesas, comem pastéis de nata e tiram fotos nas escadas das ruínas de São Paulo. Pelo meio, é obrigatória uma passagem pelos casinos, que dão fama mundial ao território. Estamos em Macau, uma região que já está a avançar a passos largos no sector da Meetings Industry (MI), ainda que tenha pela frente os “pesos pesados” da vizinhança, como Singapura, Taiwan e a própria China. “Macau atrai mais de 30 milhões de visitantes por ano. É um ponto de encontro para trocas comerciais e culturais entre o Ocidente e o Oriente, com a cidade a funcionar como uma plataforma há vários séculos”, adiantou à Event Point fonte do Instituto para a Promoção do Investimento e Comércio de Macau (IPIM). O território conta com 25 locais classificados pela UNESCO, que contrastam com as cores vibrantes dos casinos, construídos para homenagear Paris, Veneza e outras maravilhas mundiais. Os 16 restaurantes com estrelas Michelin são outro foco de atracção, numa cidade que concentra muitos pontos de interesse mundiais, em apenas 30 quilómetros quadrados onde vivem e 640 mil pessoas. Os “resorts integrados” que existem um pouco por todo o lado permitem a quem viaja para Macau assistir a “espectáculos, concertos, actividades temáticas e gastronomia, bem como ter acesso a designers e comprar os seus produtos”, segundo o IPIM. O Instituto salientou ainda que a marca distintiva da região é uma “mistura única das culturas chinesa e portuguesa, que se reflecte na comida, festivais, arquitectura e estilo de vida”.
Venues de classe mundial Com estas características, Macau está bem equipado para fazer face aos desafios da atracção de congressos, eventos, reuniões e incentivos. Aliás, a MI é uma das prioridades do território. “O governo e o sector privado continuam a investir para criar uma economia mais sustentável a longo prazo. Macau está equipado com alguns dos maiores e mais recentes venues da Ásia, cobrindo mais de 190 mil metros quadros de espaço para feiras e reuniões e mais de 37 mil quartos de hotel na cidade”, referiu o IPIM. E não vai ficar por aqui. “A expectativa é que o número de quartos suba para 50 mil nos próximos anos, o que irá aumentar substancialmente a capacidade de Macau para o turismo de negócios”, ressalvou o IPIM. Com estes investimentos, os accionistas e operadores do segmento estão à procura de diversificar o seu negócio e por isso estão de olho no mercado de MI. Esta estratégia é notória na integração, que os empreendimentos recentes têm levado a cabo, de espaço para reuniões e eventos de todos os tamanhos. O território espera ainda colher frutos das novas acessibilidades, que incluem
a ponte Zuhai, uma ligação por terra à vizinha Hong Kong, que será um impulso importante para atrair cada vez mais eventos. Segundo o IPIM, neste momento, 79,% dos grupos que viajam em MI são provenientes da região Ásia‑Pacífico, 9,1% da Europa e um valor igual dos EUA. Mais recentemente, Macau tem recebidos manifestações de interesse por parte do mercado africano. Mas o principal foco está nos vizinhos asiáticos, como se viu pela forte presença do território na IT&CMA de 2017, que se realizou em Setembro em Banguecoque. O stand era um dos maiores e foi construído num local de grande visibilidade. Mesmo com este foco na Ásia, Macau não irá deixar de prestar atenção ao resto do mundo, nomeadamente no que diz respeito às reuniões internacionais de associações, das quais 60% estão sedeadas na Europa. No entanto, há ainda alguns obstáculos a enfrentar. “Não há muitas associações em Macau activamente envolvidas com os seus congéneres internacionais. Isso reduz as oportunidades de concorrer a congressos internacionais”, explicou o IPIM. O Instituto está, por isso, a apoiar candidaturas e a co‑financiar as quotas para que as associações locais se filiem nas sua congéneres mundiais. Em implementação está também um “programa de embaixadores para identificar e apoiar potenciais anfitriões locais e para desenvolver apoio regional” na zona do rio das Pérolas, segundo a organização. As condições climatéricas extremas que se verificaram no território recentemente, com o tufão Hato, e que podem voltar a acontecer levaram o IPIM a abrir uma linha de emergência para quem for afectado por estes fenómenos, bem como procedimentos de segurança, que minimizam os riscos. A organização não acredita que estas questão seja um impedimento ao crescimento do sector de MI.
Macau não esquece a sua ligação a Portugal e aos países de expressão portuguesa, com a promoção de plataformas de cooperação nas áreas do turismo e comércio, envolvendo a China, e com especial atenção para o segmento de MI, segundo o IPIM.
OPINIÃO 52
WWW.EVENTPOINT.PT
“Continuamos a encontrar percursos na natureza sem a necessária informação”
Uma Questão Com (Pelo Menos) 900 Anos Faz este ano 900 anos desde que Portugal foi referido pela primeira vez como um Reino. Não deixa de ser interessante que o documento que fez essa menção – a Carta de Couto de Osseloa (1117) – tenha servido para instituir uma albergaria, com o objectivo de servir de abrigo e segurança a pessoas que, em grupo ou individualmente, eram assaltados e alguns até mortos quando passavam por essa zona do país (actual concelho de Albergaria‑a‑Velha). De facto, a segurança dos viandantes é tida como fundamental desde os tempos mais remotos da nossa existência enquanto entidade política autónoma. E este foi um problema que persistiu durante muito tempo: ainda no século XIX, uma viagem ao Minho era “feita ainda segundo pelos velhos processos, com malas, coldres e pistolas, botas de montar.” (in Júlio Dinis, A Morgadinha dos Canaviais). Felizmente, hoje eu não preciso de pistola no coldre quando vou de Coimbra ao INL ou à Startup Braga. No entanto, não é menos verdade que as viagens a pé ou de bicicleta por zonas de baixa densidade continuam a ter os seus riscos: vemos grupos ou indivíduos a perder‑se e a precisar de socorros; continuamos também a encontrar percursos na natureza sem a necessária informação, sinalética, zonas de apoio/descanso. Por isso, estivemos presentes na Conferência Internacional EUROPARC 2017 a debater estes assuntos com decisores ao mais alto nível associados ao turismo sustentável, parques naturais e turismo em zonas de baixas intensidades. Deixámos claro como é anacrónico que, em pleno século XXI, com todos os sistemas de geolocalização e comunicação à distância haver grupos desaparecidos ou indivíduos acidentados em locais não identificados. E concluímos que há muito ainda a fazer neste domínio em Portugal, mas também na Europa. É nesse sentido que nós (e um grande conjunto de instituições e empresas em Portugal!) estamos neste momento a fazer um levantamento de necessidades e a preparar um catálogo de serviços multidisciplinares muito distintos, que incluem soluções tecnológicas de segurança/geofencing para grupos e indivíduos; criação de trilhos e a sua homologação, criação
e instalação de sinalética, mobiliário e estruturas de segurança; adaptação de percursos e disponibilização de equipamentos desportivos e de lazer para pessoas com mobilidade reduzida; criação de audioguias com audiodescrição; entre outros. Estou absolutamente convicta de que este tipo de soluções contribuirá para colmatar a esmagadora maioria dos problemas que hoje existem para atividades ao ar livre em cenários de natureza. De facto, todo o tipo de produtos e serviços que contribuam para melhorar a segurança e o conforto de quem se desloca em trilhos ou em zonas inóspitas estão, no fundo, a responder a uma questão com (pelo menos) 900 anos: a da “boa hospitalidade”!
MARIA COSTEIR A MANAGING PARTNER DA JIT T.TR AVEL
HOTELARIA 54
WWW.EVENTPOINT.PT
Unidade citadina com um novo conceito
Vila Galé Minimalista Abre No Porto De Olho No Mercado Corporate A nova unidade do grupo, no Cais das Pedras, não tem restaurante tradicional e aposta num turismo mais individualista e interessado em conhecer a cidade. O Cais das Pedras é um oásis na zona ribeirinha do Porto, com uma vista privilegiada para quem por lá resolve passear e, ao mesmo tempo, acesso rápido aos vários pontos de interesse na Baixa da cidade. O pequeno viaduto iluminado que passa em cima do rio afasta o trânsito do Cais e deixa espaço para viver a cidade de uma forma mais calma. Foi neste local que o grupo Vila Galé juntou quatro edifícios e, em poucos meses, os transformou na sua nova unidade portuense, o Vila Galé Porto Ribeira, depois de um investimento de cinco milhões de euros. A directora da unidade, Natália Oliveira, explicou à Event Point que este hotel é diferente do tradicional Vila Galé, tanto em termos de tamanho como de serviços. “Não existe um restaurante propriamente dito, há sim um ponto de encontro, para uma refeição mais ligeira, e para aproveitar a vista fantástica da esplanada exterior. Tem 67 quartos, mas não lhe quisemos chamar “boutique”, não é essa a visão do grupo para o hotel. Queremos que seja mais visto como uma unidade citadina com um novo conceito”, referiu a responsável. Natália Oliveira ressalvou que “habitualmente existem dois restaurantes nas nossas unidades, um com buffet e outro com serviço à carta e aqui o que nós achamos é que o turista procura conhecer a cidade. Não deixamos de ter uma possibilidade de refeição, mas mais aligeirada, moderna e prática”, explicou. Os quartos são standard ou com vista para o rio e, no contexto do conceito escolhido pelo grupo, são simples, mas confortáveis, contando com clientes mais interessados no Porto do que em ficar no hotel por períodos alargados. A estadia média, neste período inicial, não chegou aos dois dias. A cinco minutos da Alfândega do Porto, o novo Vila Galé está de olho nos mercados corporate e individual, de várias nacionalidades. A unidade já
está em contacto com o Centro de Congressos para atrair mais visitantes a negócios, mas a linha a seguir ainda está a desenhar‑se, tendo em conta que o hotel abriu portas no passado dia 1 de Outubro de 2017. “A dinâmica do cliente é que vai criar a estratégia. Vamos tentar seguir este projecto que é o mercado individual e coporate e ver qual é a reacção”, salientou Natália Oliveira. Com uma taxa de ocupação no primeiro mês que ronda os 35%, a directora da unidade referiu que o grupo optou por um processo de abertura mais suave e que nos próximos meses irão intensificar‑se as acções de promoção do hotel, tendo em vista já a época alta que se inicia em Março. Entre as características diferenciadoras da unidade conta‑se a aposta no tema da pintura, que está por todo o lado no edifício, desde os corredores até aos quartos, com homenagens a vários pintores, que começam logo no lounge de entrada. Além disso,o Vila Galé Porto Ribeira é uma unidade “paper free” desde a recepção, onde se assina num tablet, até às televisões dos quartos, nas quais se podem consultar as informações que normalmente estão espalhadas por vários folhetos e papéis. Os preços de abertura eram de 150 euros para um quarto standard e 180 para um standard vista rio, mas neste momento, com a época baixa, estão entre os 100 e 120 euros. Natália Oliveira acredita que ainda há mercado para todos na cidade, mas receia os efeitos da falta de estruturas no turismo. “A minha preocupação é a estrutura de apoio, parques de estacionamento, etc. Se os turistas tiverem que esperar uma hora para estacionar ou entrar na livraria Lello pode tornar‑se complicado”, concluiu a directora do novo Vila Galé.
DESTINO INTERNACIONAL 56
WWW.EVENTPOINT.PT
O Turismo de Marrocos garante que o país é seguro
Negócios No Coração Do Deserto Em Marrocos, oásis de cidades vibrantes convivem com o Saara, e o Reino está a tirar dividendos da sua aura misteriosa no turismo de negócios. No coração de Marraquexe, há um praça mágica, com encantadores de cobras, vendedores de tudo e mais alguma coisa, sumo de laranja fresco e restaurantes improvisados. Quando chega a hora de chamar para a oração as mesquitas que rodeiam a Jemaa el‑Fna “cantam” em uníssono, num espectáculo que atrai todos os dias tanto crentes como milhares de curiosos. A partir deste oásis requintado, uma viagem mais ou menos atribulada leva os viajantes ao deserto que começa inesperadamente junto a uma estrada. De camelo, carro ou mesmo a pé, são várias a empresas que levam os turistas ao Saara para passar uma noite debaixo das estrelas e comer tajines tradicionais. Mas este país de cidades azuis e tradições que são o resultado de séculos
de intercâmbio (por vezes pouco pacífico) entre a Europa, África e Médio Oriente é também surpreendentemente moderno e a aposta no sector da "Meetings Industry" é prova disso. Fonte oficial do Turismo de Marrocos revelou à Event Point que entre os principais pontos fortes deste segmento no país conta‑se precisamente a ligação a estas diferentes culturas, mas também uma aposta crescente na área dos transportes, nomeadamente aéreos e ferroviários. Esta estratégia incluiu o reforço de ligações aéreas nos principais mercados alvo, a possibilidade de fretar um voo especial, se for preciso, e o investimento na rede rodoviária, com destaque para o comboio de Alta Velocidade que irá circular no Reino.
58
WWW.EVENTPOINT.PT
No que diz respeito a alojamento e infra‑estruturas, a mesma fonte garante que estão "adaptadas para seminários, reuniões, congressos e com muitos hotéis de 4 estrelas e 5 estrelas orientados para o turismo de negócios". Em Marrocos, os organizadores de congressos podem ainda optar pelos tradicionais Riads ou Bivouacs para alojar congressistas e participantes em reuniões. Além disso, o Reino conta com as principais cadeias hoteleiras internacionais o que faz com que some uma boa capacidade em termos de camas disponíveis, num total de mais de 231 mil no final de 2016. O Turismo de Marrocos garante ainda que o país é seguro e tem qualidade no que diz respeito à oferta das agências de viagens especializadas e dos vários serviços. E no fim do evento, quem se desloque ao país no âmbito do sector de MI tem muita escolha de tours para conhecer o Reino um pouco mais a fundo. O país conta ainda com um "Office National Marocain du Tourisme” (ONMT) que desenvolve ferramentas para o sector de MI, incluindo vídeos de promoção do destino e Famtrips. O país já recebeu vários eventos, nomeadamente culturais e desportivos, e é candidato ao Campeonato do Mundo de 2026. O Reino de Marrocos conta com um total de 631 equipamentos para o
sector de MI em todo o país e que "compreendem 287 salas de reuniões em hotéis, 239 salas de conferências, 54 anfiteatros, 25 complexos culturais, 12 salas de reuniões independentes, 4 centros de congressos e 5 outros tipos de equipamentos, dos quais três centros de congresso em Marraquexe, mais precisamente, o palácio dos congressos Mansour Eddahbi que oferece 1.145 lugares, o centro de conferências do grupo Palmeraie (2.000 lugares) e o palácio dos congressos do grupo Mogador (1.800 lugares)", salientou o Turismo de Marrocos. O país está ainda a desenvolver mais projectos em várias cidades. Tal como em outros locais do mundo, o turismo de negócios traz mais receitas às cidades marroquinas. Cada um destes viajantes "gasta em média 1.400 DH (Dirham, a moeda local) por noite, contra unicamente 950 DH para os Turistas estrangeiros" segundo a mesma fonte. Este segmento "contribui fortemente para a taxa de ocupação dos hotéis durante a semana (enquanto o turismo de lazer se foca no período entre quinta‑feira e sábado)", adiantou a fonte. "Ajuda igualmente a contrariar os constrangimentos da sazonalidade em cidades como Marraquexe", referiu o Turismo de Marrocos.
DIRECTÓRIO 60
WWW.EVENTPOINT.PT
ANIMAÇÃO
MAINVISION ‑ SOLUÇÕES AUDIOVISUAIS PARA EVENTOS ARTIST KEY ‑ TALENT IGNITION FOR YOUR EVENT! LISBOA | 218 288 946 | 935 162 618 | CC@ARTIST‑KE Y.COM | W W W.ARTIST‑KE Y.COM "EMPRESA IBÉRICA DE DESTINATION ENTERTAINMENT PAR A E VENTOS CORPOR ATE E PRIVADOS. “DISPOMOS DE CERCA DE 1.500 ARTISTAS ENTRE ESPANHA E PORTUGAL, COM OS QUAIS TEMOS CONTR ATADOS MODELOS DE AGENCIAMENTO QUE NOS PERMITEM OFERECER VALORES ÚNICOS NO MERCADO”. OS PERFIS DOS AGENCIADOS NAS MAIS DIVERSAS ÁRE AS PODEM SER CONSULTADOS EM W W W.ARTIST‑KE Y.COM."
LISBOA | 211 583 053 | 939 117 564 | INFO@MAINVISION.PT | W W W.MAINVISION.PT "EMPRESA DE PRODUÇÃO TÉCNICA DE E VENTOS, ESPECIALIZ ADA NO ALUGUER DE SOLUÇÕES AUDIOVISUAIS PAR A E VENTOS CORPOR ATIVOS."
CATERING
IMPPACTO ‑ CATERING E EVENTOS RITUAIS
ALMADA | 212 962 365 | 937 200 350 | INFO@IMPPACTO.COM | W W W.IMPPACTO.COM "SOLUÇÕES GASTRONÓMICAS E DECOR ATIVAS CONTEMPOR ÂNE AS."
CORROIOS | 211 361 213 | 919 412 954 | INFO@RITUAIS.PT | W W W.RITUAIS.PT "SE DESEJA E VENTOS MEMOR ÁVEIS. SE DESEJA CONTAR COM A CONFIANÇA DE UMA EQUIPA DEDICADA DE PROFISSIONAIS COM MUITA EXPERIÊNCIA. SE DESEJA UMA GAMA DE OFERTA DE ANIMAÇÃO, SOM, LUZ E PERFORMANCES. SE DESEJA A GAR ANTIA DE QUE O FOCO ESTÁ NOS RESULTADOS DA ACÇÃO E NA CONQUISTA DA SATISFAÇÃO DO SEU PÚBLICO, ENTÃO O SEU E VENTO É COM A RITUAIS."
AUDIOVISUAIS
SILVA CARVALHO CATERING LISBOA | PORTO | 707 503 305 | COMERCIAL@SCCATERING.PT | W W W.SCCATERING.PT “OS NOS SOS CLIENTES TÊM ALGO EM COMUM: A NOÇÃO DE E XCELÊNCIA. QUER SE TR ATE DE ORGANIZ AR UM SIMPLES COFFEE BRE AK OU UM JANTAR DE GAL A, E XIGEM UM E VENTO PERFEITO”.
DESTINATION MANAGEMENT COMPANIES AUDIORENT SOLUÇÕES AUDIOVISUAIS MAIA | 229 740 099 | 917 594 968 | GER AL@AUDIORENT.PT | W W W.AUDIORENT.PT “A AUDIORENT É UMA EMPRESA DE ÂMBITO NACIONAL, COM MARCA REGISTADA, ESPECIALIZ ADA NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS E NO ALUGUER DE MEIOS AUDIOVISUAIS PAR A E VENTOS – CONGRESSOS, CONFERÊNCIAS, REUNIÕES, EXPOSIÇÕES, FEIR AS, ESPETÁCULOS, CONCERTOS... PROVIDENCIAMOS OS RECURSOS TÉCNICOS E HUMANOS EXIGIDOS, SENDO QUE, PAR A AJUDARMOS A CONSTRUIR E A CRIAR VALOR A UM E VENTO, ANALISAMOS O PROJECTO COMO UM TODO, APRESENTAMOS SOLUÇÕES, EXECUTAMOS O SOLICITADO, E POR FIM, AVALIAMOS O RESULTADO”.
XPTO EVENTS AND DMC LOULÉ | 289 417 092 | 961 701 280 | ANABELA@XPTOEVENTS.COM | WWW.XPTOEVENTS.COM "DESENVOLVEMOS SOLUÇÕES INOVADOR AS, CRIATIVAS E DINÂMICAS COM O OBJECTIVO DE EXCEDER EXPECTATIVAS."
ESPAÇOS MULTIUSOS
FOTOGRAFIA E VÍDEO
ALTICE ARENA
MINIFOTO
LISBOA | 218 918 409 | COMERCIAL@AARENA.PT | WWW.ALTICEARENA.PT "UM BENCHMARK NACIONAL EM ARENAS MULTIUSOS E ESPAÇOS PAR A GR ANDES E VENTOS, ESTE VENUE RECEBE UMA MÉDIA DE 80 E VENTOS POR ANO, DE DIFERENTES TIPOS, E PAR A MAIS DE 400 MIL PESSOAS. DESDE CONCERTOS, ESPECTÁCULOS DE FAMÍLIA E E VENTOS DESPORTIVOS, ATÉ L ANÇAMENTO DE PRODUTOS, REUNIÕES DE EMPRESAS NACIONAIS E INTERNACIONAIS, GR ANDES CONVENÇÕES, FEIR AS E GAL AS."
LISBOA | 217 567 330 | MINIFOTO@NETCABO.PT | W W W.MINIFOTO‑ESTUDIO.COM "REGISTAMOS O SEU SUCESSO!"
HOSPEDEIRAS | STAFF
BTRUST CENTRO DE CONGRESSOS E EXPOSIÇÕES DA ALFÂNDEGA PORTO | 223 403 000 | GERAL@CCALFANDEGAPORTO.COM | WWW.CCALFANDEGAPORTO.COM “MELHOR CENTRO DE CONGRESSOS DA EUROPA”.
PORTO E LISBOA | 220 108 033 | 212 471 687 | VIP@BTRUST.PT | W W W.BTRUST.PT "A BTRUST É UMA AGÊNCIA ESPECIALIZADA NA IMPLEMENTAÇÃO DE EVENTOS CORPOR ATE, COM STAFF EM MAIS DE 30 PAÍSES. CRIA, DE FORMA CONSISTENTE, SERVIÇOS ÚNICOS, SOLUÇÕES INOVADOR AS, IMPRIMINDO CRIATIVIDADE E QUALIDADE ÍMPARES."
ORGANIZADORES PROFISSIONAIS DE CONGRESSOS
PARQUE DE EXPOSIÇÕES DE BRAGA BRAGA | 253 208 230 | ANA.MACHADO@INVESTBRAGA.COM | WWW.INVESTBRAGA.COM/PEB/ “O NOVO PARQUE DE EXPOSIÇÕES DE BR AGA CHEGA EM 2018!”
ESTRUTURAS E ALUGUER DE MATERIAL
FACTOR CHAVE ALGÉS | 214 307 740 | CONGRESSOS@FACTORCHAVE.PT | W W W.FACTORCHAVE.COM "TR ABALHAMOS EXCLUSIVAMENTE NO CAMPO DOS E VENTOS LIGADOS À SAÚDE. TR A ZEMOS UMA EXPERIÊNCIA DE MAIS DE 14 ANOS NO PL ANE AMENTO DE E VENTOS DE DIFERENTES TIPOLOGIAS E DIMENSÕES, COM ASSOCIAÇÕES MÉDICAS, GRUPOS DE INVESTIGAÇÃO, EMPRESAS FARMACÊUTICAS E DE EQUIPAMENTOS. O MARKETING É O ELEMENTO CENTR AL DO NOSSO TR ABALHO, QUE REFLECTE SEMPRE PAIX ÃO, ESTR ATÉGIA, KNOW HOW, COMPETÊNCIA, IDEIAS ORIGINAIS E TALENTO."
MULTIARCO (AR‑CONDICIONADO) LISBOA | 218 483 740 | INFO@MULTIARCO.PT | W W W.MULTIARCO.PT "ENQUANTO LÍDER NO MERCADO DE ALUGUER DE EQUIPAMENTOS DE AR CONDICIONADO E DE SOLUÇÕES PAR A AQUECIMENTO, CRIÁMOS ESPECIFICAMENTE O SERVIÇO DE ALUGUER DE EQUIPAMENTOS, PAR A RESPONDER ÀS NECESSIDADES DE CLIMATIZ AÇÃO TEMPOR ÁRIAS, RESULTANTES DA ORGANIZ AÇÃO DE FESTAS, ESPECTÁCULOS, CONGRESSOS, E VENTOS DESPORTIVOS, EXPOSIÇÕES, ENTRE OUTR AS. SEJA UMA TENDA, UM EDIFÍCIO HISTÓRICO, UM ARMA ZÉM, UM CONTENTOR MONOBLOCO OU OUTRO ESPAÇO SEM CLIMATIZ AÇÃO."
LEADING LINDA‑A‑VELHA | 916 611 119 | LE ADING@LE ADING.PT | W W W.LE ADING.PT "SOMOS UMA EMPRESA PORTUGUESA DE ASSUMIDA VOCAÇÃO INTERNACIONAL. TEMOS UM FASCÍNIO PELO MUNDO, PEL A COMUNICAÇÃO E PARTILHA DE CONHECIMENTO, PEL A REL AÇÃO ENTRE AS PESSOAS. POR ISSO ORGANIZ AR CONGRESSOS, CONFERÊNCIAS OU OUTROS E VENTOS É A NOSSA PAIX ÃO."
62
WWW.EVENTPOINT.PT
THE HOUSE OF EVENTS
PRESTÍGIO
PORTO | 228 348 940 | INFO@THE.PT | W W W.THE.PT "A EQUIPA DA THE HOUSE OF E VENTS DESTACA‑SE PEL A SUA AL ARGADA CAPACIDADE DE COMUNICAÇÃO E PEL A FACILIDADE EM ENCONTR AR SOLUÇÕES INOVADOR AS PAR A CONGRESSOS E E VENTOS."
LISBOA | 213 839 600 | GERAL@PRESTIGIO.PT | WWW.PRESTIGIO.PT "OS CLIENTES PRESTÍGIO SÃO MARCAS AMBICIOSAS, QUE APOSTAM NO NOVO CONSUMIDOR E RECONHECEM AS SUAS NOVAS EXIGÊNCIAS."
ORGANIZADORES DE EVENTOS
XPTO EVENTS AND DMC ANIMAGEST ALMADA | 212 549 880 | 932 549 880 | ANIMAGEST@ANIMAGEST.COM.PT | WWW.ANIMAGEST.COM.PT "25 ANOS DE EXPERIÊNCIA, TENDO COMO CLIENTES ALGUMAS DAS MAIORES EMPRESAS NACIONAIS E ORGANISMOS PÚBLICOS, ONDE REALIZAMOS INÚMEROS EVENTOS, TÃO DIVERSIFICADOS DESDE ACTIVAÇÃO DE MARCA, A CORPORATE EVENT, DECORAÇÃO OU MODA, PERMITE‑NOS REFORÇAR OS VALORES E OBJECTIVOS SEMPRE PRESENTES: PARCERIA, TEAM WORK, PROFISSIONALISMO, RIGOR, CONFIANÇA, INOVAÇÃO, QUALIDADE, PRAZER E A CRIAÇÃO DE MOMENTOS ÚNICOS E MEMORÁVEIS COMO OS QUE QUEREMOS REALIZAR PARA SI!"
LOULÉ | 289 417 092 | 961 701 280 | ANABELA@XPTOEVENTS.COM | WWW.XPTOEVENTS.COM "DESENVOLVEMOS SOLUÇÕES INOVADOR AS, CRIATIVAS E DINÂMICAS COM O OBJECTIVO DE EXCEDER EXPECTATIVAS."
TECNOLOGIA PARA EVENTOS
EVENTKEY
BRIDGE PORTO | 223 245 493 | MAIL@BRIDGE2EMOTIONS.COM | W W W.BRIDGE2EMOTIONS.COM "A BRIDGE TEM NO SEU ADN UMA IDEIA DE E VENTOS ONDE O ENTRETENIMENTO E A INOVAÇÃO SÃO OS FIOS CONDUTORES QUE LIGAM E REFORÇAM OS L AÇOS AFETIVOS QUE UNEM CLIENTES (MARCAS E INSTITUIÇÕES) E PÚBLICOS (AS SUAS AUDIÊNCIAS), ATR AVÉS DO IMPACTO DAS EMOÇÕES QUE PROVOCAM E DAS EXPERIÊNCIAS QUE ENTREGAM. DESTE ADN FA Z PARTE UMA EQUIPA MULTIDISCIPLINAR COM UMA VASTA EXPERIÊNCIA EM PRODUÇÕES DE ELE VADA QUALIDADE, QUE TR A Z CONSIGO UM CURRICULUM CONSTRUÍDO EM CONJUNTO E UMA MESMA PAIX ÃO PEL A CRIATIVIDADE."
PORTO | 913 647 504 | 912 000 952 | GER AL@E VENTKE Y.PT | W W W.E VENTKE Y.PT “FA ZEMOS SOF T WARE DE GESTÃO PAR A PEQUENOS E GR ANDES E VENTOS. ACREDITAMOS QUE A MELHOR FORMA DE TODOS OS INTERVENIENTES DE UM E VENTO COL ABOR AREM, É ATR AVÉS DE UMA PL ATAFORMA COMUM, ONDE TODOS CONTRIBUAM ONDE QUER QUE ESTE JAM”.
SPIC – CREATIVE SOLUTIONS LOULÉ | 289 358 326 | INFO@SPIC.PT | W W W.SPIC.PT "A SPIC APRESENTA AO MERCADO UMA VASTA OFERTA DE PRODUTOS E SERVIÇOS CRIATIVOS, ALIADOS ÀS NOVAS TENDÊNCIAS E TECNOLOGIAS. DESTACAM‑SE OS PROJECTOS NAS ÁRE AS DE DESIGN E NE W MEDIA, NAS DIVERSAS LINGUAGENS DE PROGR AMAÇÃO E TECNOLOGIA, COM ESPECIAL DESTAQUE PAR A AS APLICAÇÕES DIGITAIS DE INTER AÇÃO HUMANA."
DESAFIO GLOBAL LINDA A VELHA | 214 149 550 | PEDRO.RODRIGUES@DESAFIOGLOBAL.PT | WWW.DESAFIOGLOBAL.PT "A DESAFIO GLOBAL GANHOU MAIS DE 100 PRÉMIOS NACIONAIS E ESTRANGEIROS, COM DESTAQUE PARA O DE MELHOR EMPRESA EUROPEIA DE EVENTOS NOS EUROPEAN BEST EVENT AWARDS. COM UMA ESTRUTURA QUALIFICADA DE COLABORADORES, COMBINA CRIATIVIDADE, COMUNICAÇÃO E LOGÍSTICA PARA A REALIZAÇÃO DE EVENTOS DE SUCESSO."