ZIDANE: A DESPEDIDA QUASE PERFEITA DO CRAQUE
MALETADAS DA IMPRENSA
www.trivela.com
É DELES! Talento, garra e organização: Itália ganha o tetra
BRASIL
Nº 6 | JUL/06 | R$ 7,90
COPA‘06 Nº 6 JUL/06
OS ERROS DA SELEÇÃO
P O O L
editora
FICHAS COMPLETAS E ANÁLISES SOBRE OS 64 JOGOS DA COPA DO MUNDO capa.indd 1
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ÍNDICE COLUNA
www.trivela.com Editores Caio Maia Carlos Eduardo Freitas Cassiano Ricardo Gobbet Tomaz Rodrigo Alves Reportagem Gustavo Hofman Ricardo Espina Ubiratan Leal Colaboradores Guilherme Jotapê Rodrigues
PÁG. 34 Grupo G
O pragmatismo italiano triunfou
França exorciza fantasmas
TOP 10 TRIVELA PÁG. 8 Nosso ranking
PÁG. 36 Grupo H
As dez maiores patacoadas da Copa
Sob o domínio da Fúria
CURTAS PÁG. 10 Confusões, frases e recordes
PÁG. 38 Oitavas-de-final
Historinhas curiosas do Mundial
A vez dos árbitros
O CAMPEÃO PÁG. 12 Itália chega ao tetra
PÁG. 42 Quartas-de-final
Azzurra teve o que um campeão precisa
Viva a Europa!
O PERSONAGEM PÁG. 16 Zidane diz “adieu”
PÁG. 44 Semifinais
Despedida do craque não seguiu o script
Os anfitriões caem
(www.verborragiagrafica.blogspot.com)
Mauro Beting Foto da capa Dylan Martinez/Reuters
PÁG. 18 Onde o Brasil errou
Projeto gráfico Ds2 Editora Agradecimentos Dimas Maia Diretor comercial Evandro de Lima evandro@trivela.com (11) 4208-8213 Atendimento ao leitor contato@trivela.com (11) 4208-8205 COPA’06 - Trivela é uma publicação mensal especial da Trivela Comunicações. Todos os artigos assinados são de responsabilidade dos autores, não representando necessariamente a opinião da revista. Todos os direitos reservados. Proibida a cópia ou reprodução (parcial ou integral) das matérias e fotos aqui publicadas Atendimento ao jornaleiro e distribuidor Pool Editora pooleditora@lmx.com.br (11) 3865-4949 Circulação LM&X - Alessandra Machado (Lelê) lele@lmx.com.br (11) 3865-4949 Números atrasados www.trivela.com/copa06 contato@trivela.com (11) 4208-8181
Distribuição nacional Dinap Impressão Prol Editora Gráfica Ltda. Publicação mensal (6 edições)
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FICHAS
FICHAS
FICHAS
FICHAS PÁG. 45 Finais
Faltou um “plano B” para Parreira FICHAS
Começo para embalar
Constraste nas decisões CLIMA DE COPA PÁG. 46 A festa do Mundial
Nada se compara a estar numa Copa FICHAS
Diagramação e tratamento de imagem s.t.a.r.t. (start.design@gmail.com)
FICHAS
RAIO X
PÁG. 22 Grupo A Direção de arte Luciano Arnold (looks@uol.com.br)
FICHAS
PÁG. 6 Mauro Beting
PÁG. 24 Grupo B
Só Trinidad se salva
TÁTICA PÁG. 50 Solidez defensiva prevaleceu
Não foram os atacantes que decidiram FICHAS
PÁG. 26 Grupo C
Os grandes se impõem
JOGADORES PÁG. 54 Os 11 melhores da Copa
Trivela escolhe os melhores em campo FICHAS
PÁG. 28 Grupo D
O início da arrancada portuguesa FICHAS PÁG. 30 Grupo E
Incertezas até o final
IMPRENSA MALA PÁG. 60 A cobertura da mídia
Maletadas que cansaram os ouvidos COPA 2010 PÁG. 62 A Copa vai à África
Como os sul-africanos se preparam FICHAS
TABELA
PÁG. 32 Grupo F
PÁG. 66 Alemanha 2006
Brasil nem precisou brilhar
Todos os 64 jogos do Mundial
EDITORIAL O FIM DE UMA ETAPA Há cinco meses, quando chegou às bancas a primeira edição da revista Copa’06, houve quem achasse que seria a primeira e única. Afinal, somos uma editora pequena, sem nenhum grande grupo econômico por trás. Só um grupo de jornalistas que dedicaram boa parte de suas vidas a assistir, comentar e estudar o futebol. E que achavam que faltava alguém fazendo isso nas bancas do Brasil. Chegamos agora ao número 6, a finalização da primeira fase deste grande projeto da Trivela de mudar a maneira como se faz jornalismo de futebol no país. Os frutos desta primeira etapa não são só os seis números da Copa’06. São muito mais amplos e passam até pela forma como alguns veículos começam a mudar o estilo “oba-oba” que sempre caracterizou grande parte da cobertura esportiva brasileira. A Trivela não acertou quem seria o campeão da Copa de 2006, até porque não chutou. Mas acertou nas análises que fez sobre as seleções e sobre o torneio. Quem leu a Copa’06 não assistiu à Copa procurando brasileiros nas outras seleções para ter do que falar. Concluímos o primeiro passo, mas ainda falta muito para estarmos satisfeitos. Fique de olho, porque daqui a pouco estaremos de volta às bancas. A gente garante, você não perde por esperar!
Equipe Trivela
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5 BALANÇO
A COPA DOS
A
VOLANTES
Copa do Mundo de 2006 deixa duas estatísticas marcantes: de um lado, a baixa média de gols, 2,3 por jogo, só maior do que a da Copa de 1990. De outro, 4,8 cartões amarelos por partida. Marcas que deixam a pista de um torneio brigado e defensivo. Exatamente como foi a Copa da Alemanha. O número de cartões é fácil de explicar, não só pela violência, mas pela dura caça aos jogadores que fazem “cera”. No que se refere à média de gols, não vale a pena entrar na discussão sobre se foi uma Copa “feia”, porque isso é extremamente subjetivo. A Copa de 2006 foi, isso sim, defensiva. Com raríssimas exceções, as seleções se mostraram mais preocupadas em não tomar o gols do que em marcá-los. Se 1990 foi a Copa do líbero, esta foi a Copa do volante. Não o volante ignorante, tipo Eduardo Costa ou Marcinho Guerreiro, mas o volante inteligente, como Vieira e Pirlo, que sabe sair jogando além de marcar. Foi a Copa do Mundo do domínio do meio-campo e, nesse sentido, foi uma das mais táticas dos últimos tempos. Ponto para a Alemanha-2006. A apressada mídia brasileira – e também alguns caras que entendem do assunto – não pensou duas vezes antes de decretar: Copa com média de gols baixa é igual a Copa ruim. Nem sempre isso é verdade. O Campeonato Paulista, por exemplo, tem ótima média de gols. Os atacantes são quase todos meia-boca, mas as defesas são ainda piores. Tivemos poucos gols na Copa de 2006 um pouco porque os atacantes apareceram mal, mas muito porque as zagas, além dos zagueiros, estiveram muito bem. Futebol é ataque e defesa. Se prevalece o lado “menos bonito”, não dá para, só por isso, dizer que o torneio foi ruim. Apesar de terem aparecido pouco, os ataques levaram a algumas belas partidas no torneio. Espanha x França foi um jogaço no sentido ofensivo. Assim como Alemanha x Itália, apesar da prorrogação. Ao contrário, por exemplo, da Copa de 1994, que ninguém acha que foi “feia” porque nós ganhamos.
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Brasil Para o Brasil, a Copa da Alemanha foi triste. Cercados de enorme expectativa, chegamos tão longe quanto a Ucrânia, mas o pior é que não perdemos a soberba. O culpado da vez é o técnico. Ninguém ainda parou para pensar no real valor de jogadores como Lúcio, Emerson ou Adriano. Todos bons nomes, claro, mas nenhum deles excepcional. Nosso “time das estrelas”, a rigor, tinha só três supercraques, mas nem eles brilharam. No resto, éramos um time bom, mas nada além. Não só ignoramos esse fato antes da derrota, como continuamos ignorando. O “consolo” do momento é fingir que a zaga, pelo menos, jogou bem. O ataque da Austrália que o diga.
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6
Mauro Beting Daniel Augusto Jr.
COLUNA
JOGA
FEIO 2
A
ntes de Zidane adiar seu “adieu” contra o Brasil (e nos zidanar pela segunda vez em Copas, um recorde absoluto), Parreira disse que o torneio de 2006 era um Mundial do “futebol solidário”. Como o do futebol do discutível tetracampeão: dez marcaram 12 gols pela Itália. Um dos artilheiros foi um zagueiro – não o inexpugnável Cannavaro, mas, sim, o tosco Materazzi. Até as quartas-de-final, nenhum craque havia se sobressaído. A “estrela” da Copa era o conjunto. Não por acaso, o melhor jogador até as oitavas era Maxi Rodríguez, esforçado meio-campista argentino, que estava jogando tudo o que não sabia. Com e sem a bola. Até Zidane flanar em Frankurt. Até o futebol solidário ser driblado pelo craque solitário. Uma Copa que era um prato de fast-food requentado se tornou iguaria de alta cozinha francesa quando a bola chegou aos pés dele. O “acabado” Zidane. O experiente – até demais – Zizou. O “aposentado” que só queria quebrar recordes. Essas são marcas negativas que foram apagadas. Mas que ficarão por muito tempo marcando a ferro e fogo uma geração brasileira que tinha tudo para marcar época. É da vida e do jogo. Mas vá explicar isso a quem só gosta de vitória, não de futebol. ★ Quebramos a cara e a língua. A imprensa de todo o mundo que incensou o Brasil galácti-
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co. A torcida que acreditou como nunca no título, dando à Seleção e a Parreira os melhores índices de confiança e aprovação em todas as pesquisas realizadas. As bolsas de apostas européias que cravaram o Brasil como o maior favorito dos últimos tempos. Os 31 rivais que apostavam na Seleção pentacampeã e afirmavam, com todas as letras e números, que era o time (mais difícil) a ser batido. Enfim, quem sabe de futebol apostava no Brasil. Estavam todos errados? Ou o Brasil que errou demais? O futebol não permite apostas. ★ Copinha chinfrim a que acabou – merecidamente – nos pés azuis. Tinha tudo para não ser o nada que foi. Não por acaso a melhor (pior) imagem que fica é a do Brasil galáctico que foi para o espaço. De virtual campeão a um time virtual. Diferente do robótico e pragmático campeão, que tem suas estrelas e jogou com o coração dos campeões, mas foi apenas o mais eficiente de um Mundial de pouca qualidade e quantidade. E os erros de sempre de apito que ajudaram o campeão. ★ “Quem teria pensado nisso: a Alemanha na final?”. Essa foi a manchete do jornal Frankfurter Allgemeine quando o modesto time de Oliver Kahn chegou à decisão da Copa de 2002 contra o Brasil. Bem comparando, foi quase o sentimento de 90% dos italianos e de 117% dos franceses. Eles não acreditavam que pudessem chegar até Berlim. Não com o futebol que
o Brasil poderia, mas não jogou; não com a Alemanha fazendo as honras da casa; não com a Argentina jogando o que jogou na primeira fase; não com o futebol que o mundo sabe que a Inglaterra pode ter – menos os ingleses. Não. Quase ninguém acreditava na Itália. Quer dizer, nessa Itália de tantos problemas e crises fora de campo. Com Totti baleado, time indefinido, Pirlo em má fase (até os últimos amistosos pré-Copa), Buffon e Cannavaro bem, mas não exuberantes como foram, e com Gattuso gatusando e animando. Não. Só se acreditava na França de 2000 até a estréia contra Senegal, em 2002. O melhor time dos últimos oito anos. Justo o que se deu mal. Era melhor que o campeão de 1998. É melhor que este que foi vice e campeoníssimo de superação. Uma equipe levada por três que aposentaram a aposentadoria (Zidane, Thuram e Makélélé) e por dois que não tinham escrito história em Copas (Vieira e Henry). Uma equipe cheia de crises internas exteriorizadas em discussões de campo e dissensões fora dele. Um time que não dá bola ao treinador. Um grupo de veteranos que manda e desmanda. Mas que mandou bem, despachando o favoritismo espanhol e brasileiro. Pena que Zidane, quando estava se aquecendo para entrar no time dos sonhos, perdeu a cabeça no peito italiano. Pensando mal, foi a imagem final do torneio. O craque se atirando como um touro contra a parede. E o muro levou a melhor.
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Grosso
Materazzi
Perrotta
Totti
Camoranesi
Pirlo
Gattuso
Zambrotta
Cannavaro
Buffon
7
Toni
Micos e reis de Copas
Papel Presente
Roberto Carlos
Ronaldo
Adriano
Kaká
Ronaldinho
Zé Roberto
Gilberto Silva
Cafu
Lúcio
Juan
Dida
4-4-1-1. 4-3-1-2. 4-2-3-1. 4-3-2-1. 4-4-2. 4-2-2-2. 4-3-3. A campeã do mundo usou todos esses esquemas na Copa. Marcelo Lippi jamais repetiu formação e escalação desde que assumiu a Squadra Azzurra, há quase 30 partidas. Era criticado pela ciclotimia. Agora, virou era com o título conquistado da maneira mais italiana possível. Não só o técnico ditou moda: o esquema com apenas um atacante (Toni, na Itália; Henry, na França) decidiu mais um título mundial. Em 2002, o Brasil do solitário Ronaldo foi o vencedor, com os meias-atacantes Ronaldinho Gaúcho e Rivaldo dando suporte. Só que, na Itália, apenas Totti encostava em Toni.
Papelão Parreira usou o 4-3-1-2 esperado desde a estréia apenas na última partida. Em vez do “quadrado mágico” (baseado no 4-2-2-2 preferido pelos brasileiros), tivemos um losango mais equilibrado, porém detonado pelo Zizou. Na prática, na fase inicial, o Brasil jogou no 4-2-4, com um imenso buraco entre o meio-campo e o ataque (ligado apenas pelo esforçado Zé Roberto) e com uma defesa exposta. A zaga – que se saiu melhor que a encomenda – até segurou o tranco. Mas Kaká e Ronaldinho muito abertos (e em evidente débâcle técnica) não criaram e não finalizaram. Um problema muito mais técnico que de técnico e de tática.
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A história se repetiu como tragédia. Pior: farsa. Em 1982, o Brasil perdeu jogando lindo. Em 2006, caiu perdido e feio. Uma semana antes de voltar para casa uma semana antes, Parreira disse que “a história não fala de quem joga bonito. Fala dos campeões”. É? Cite três campeões alemães em 1954... Agora, escale todo o time húngaro... O triste é que não vão falar do jogo bonito nem dos campeões de 2006. Não os que de fato venceram, sem grandes contestações e sem enormes celebrações no paraíso do futebol. Os anais da bola não vão dar o verbete merecido (ou seria desejado?) ao Brasil de 2006. Um que não foi campeão – nem de perto –, um que só jogou bonito em comercial da Nike. Parreira teve razão ao dizer que o Brasil não tinha a obrigação de fazer esse tal do “jogo bonito”. Ninguém tem. Nem o campeão. A nossa melhor definição é dele mesmo, no “Day After”. “Nos cobraram a expectativa, não a realidade”. Fato que foi sonho. Talvez tenhamos extrapolado. Mas, convenhamos, com os talentos reunidos, era para se esperar algo mais. Muito mais do menos visto na Alemanha. Mas é só Parreira o burro expiatório? Ele deu liberdade aos craques. Apostou nos experientes (o que quase sempre deu caldo e samba, como bem fez a França, requisitando 11 dos fracassados em 2002 – incluindo seis dos campeões de 1998). Parreira fez trocas felizes, embora tardias. Deixou Ronaldinho Gaúcho e Kaká livres. Apostou em Ronaldo. Foi bem ao manter Dida, Lúcio, Juan e até o Zé Roberto. Faltaram mais amistosos antes da Copa. Talvez tenha faltado um comando mais firme em algumas discussões internas. Faltou definir – durante o torneio – um time titular. Parreira escalou o Brasil da estréia em outubro de 2005. Mas, contra o Japão, só disse quem jogava três horas antes da partida. Mudou o discurso e a prática durante a competição. Errou sim. Mas não tanto. Só espero que o treinador e os eliminados lembrem do que deixaram de fazer na Alemanha quando falarem alguma coisa da turma de 1982 e 1986, que jogou e perdeu bonito. Para não falar dos tris de 1970.
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8 TOP 10 TRIVELA
10 PATACOADAS DA COPA A Copa não é feita apenas de momentos históricos e gloriosos. Não falta gente fazendo bobagens, cometendo gafes e tomando atitudes que ninguém entende. Trivela relembra as 10 mais “importantes” patacoadas de 2006
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Ajeitada de meia do Roberto Carlos Um clássico. O lateral-esquerdo decidiu arrumar sua meia bem na hora em que Zidane ia cobrar uma falta. Por causa dessa cuidado com sua indumentária, o brasileiro deixou Henry livre na área para fazer o gol da vitória francesa.
Cabeçada de Zidane em Materazzi Zidane era um dos melhores em campo na final e tinha boas chances de ter uma das despedidas mais gloriosas da história. Mas se descontrolou em uma discussão de campo, cabeceou o peito de Materazzi e foi expulso.
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Ronaldo estrear chuteira nova em jogo-treino
A Argentina vencia por 1 a 0 e conseguia controlar a pressão alemã. Porém, o treinador decidiu tirar Riquelme e Crespo, dois de seus jogadores mais perigosos, e colocou Cruz e Cambiasso. Sem força no ataque, os argentinos permitiram que a Alemanha empatasse a partida no final.
Ronaldo já estava “parrudo” e precisando de muito treino. Pois o jogador teve a brilhante idéia de usar chuteiras novas na partida contra a Nova Zelândia, ficou com bolhas no pé, virou motivo de piada e teve de ficar parado dois dias na preparação brasileira.
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Convocação de Dusan Petkovic
Cartões de Graham Poll para Simunic
Quando o atacante Vucinic foi cortado, esperava-se que Ilija Petkovic convocasse outro jogador ofensivo. Porém, o treinador preferiu chamar um zagueiro, seu filho Dusan. Ilija foi acusado de nepotismo, o ambiente na seleção sérvia-montenegrina se deteriorou e Dusan acabou pedindo dispensa.
Os três cartões amarelos que o árbitro inglês deu para Simunic no Croácia x Austrália se transformaram em símbolo de trapalhada de arbitragem. Para manter a dignidade, Poll anunciou sua aposentadoria de jogos internacionais.
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Pênaltis de Dudic em Sérvia e Montenegro x Costa do Marfim O zagueiro sérvio meteu a mão na bola dentro da área duas vezes na mesma partida. E nem se preocupou em fazer isso de maneira discreta. Assim, o árbitro marcou dois pênaltis para os marfinenses, que viraram um jogo que estava em 2 a 0 para o adversário.
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Escalação de Kalac contra a Croácia
Mesmo antes da Copa, o goleiro australiano Kalac contestava sua condição de reserva. Depois de algumas falhas do titular Schwarzer, Guus Hiddink promoveu o jogador do Milan a titular contra a Croácia. Resultado: Kalac engoliu um frangaço, e quase a Austrália foi eliminada.
Não-colocação de Van Nistelrooy em Portugal x Holanda
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Confusão no hino de Togo contra a Coréia do Sul Oleg Popov/Reuters
A Holanda perde por 1 a 0 nas oitavas-de-final e tem um jogador a mais em campo. O técnico Van Basten percebeu que precisava sufocar o adversário. Mas, então, por que manteve no banco o goleador do Manchester United?
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Substituições de José Pekerman contra a Alemanha
Toda Copa tem uma gafe na hora da execução dos hinos. Em 2006, a vítima foi Togo. No jogo contra a Coréia do Sul, os alto-falantes do estádio de Frankfurt tocaram duas vezes o hino do país asiático.
Você acha que faltou alguma bobagem? Escreva para top10@trivela.com
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10 CURTAS
CONFUSÕES, DECLARAÇÕES SAUDITAS DE FORA O prêmio oficial de melhor jogador das partidas da Copa foi patrocinado por uma marca de cerveja. Como o islamismo não permite o consumo de bebidas alcoólicas, os jogadores sauditas não tinham permissão para receber o prêmio. Assim, a Fifa determinou que jogadores do país não concorriam ao prêmio. O mal-entendido foi resolvido só na terceira rodada, quando ficou acertado que os sauditas poderiam ser indicados, mas não participariam da cerimônia de entrega.
DESVENTURAS EM SÉRIE Quando o assunto é confusão, nenhuma equipe superou Togo. Veja uma cronologia resumida de como foi a passagem dos Falcões pela Alemanha: 15/maio 6/junho 8/junho 9/junho 10/junho 12/junho 13/junho 14/junho 15/junho 16/junho 17/junho 18/junho 19/junho 20/junho 23/junho
A delegação de Togo é a primeira a chegar à Alemanha Federação anuncia acerto com jogadores Jogadores desmentem federação e diz que ainda negociam prêmios Técnico Otto Pfister pede demissão. Motivo é a briga pela premiação Kodjovi Mawuena, auxiliar de Pfister, é confirmado como técnico interino Pfister muda de idéia e volta a dirigir o time togolês Togo estréia na Copa com derrota para a Coréia do Sul (2 a 1) Dirigentes falam em mudar de treinador para a partida contra a Suíça Assogbavi Komlam, secretário-executivo da federação togolesa, acusa Pfister de ser alcoólatra Pfister ameaça processar Komlam, mas é mantido como técnico Jogadores de Togo, não vendo saída na negociação, ameaçam entrar em greve Fifa intervém e garante que jogadores receberão prêmios Togo perde para a Suíça por 2 a 0 e é eliminado com uma rodada de antecipação Jogadores togoleses recebem, diretamente da Fifa, os prêmios Togo perde da França por 2 a 0
FRASES Desculpas esfarrapadas, previsões equivocadas e grande desperdício de oportunidades de alguém ficar calado. Não faltaram declarações dignas de menção em uma retrospectiva da Copa “O Cafu tem uma trajetória na Seleção até melhor que a do Pelé” Roberto Carlos
“Temos time para chegar à segunda fase” De Marcos Paquetá, na véspera da derrota por 4 a 0 contra a Ucrânia
“Trata-se de uma final antecipada” Do árbitro uruguaio Jorge Larrionda, a respeito de Portugal x Angola
“Chegamos com excesso de preparação” Foi assim que o técnico norte-americano Bruce Arena explicou o vareio que sua seleção tomou da República Tcheca
“Privamos nossos principais rivais de dois pontos” Raymond Domenech, após o sonolento empate da França com a Suíça
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“Jogador por jogador, estou convencido de que fomos a melhor equipe do torneio”
“A abóbora se transformou em uma carruagem linda e os outros animais se transformaram em cavalos maravilhosos”
Michael Owen mostrando que não tem futuro como analista de futebol
Foi esse o comentário do técnico ucraniano Oleg Blokhin, após a vitória sobre a Arábia Saudita
“Assim como dizem que eu estou gordo, dizem que o presidente bebe muito”
“Apesar de não ganhar, essa Seleção ficou marcada positivamente, como a de 1982”
Resposta de Ronaldo à pergunta de Lula sobre o peso do atacante
Cafu, mostrando estar mais desnorteado do que parecia após a derrota para a França
“‘Brasil e França’ tem 13 letras” “Se perdemos naquela vez, e agora? Agora nós vamos à forra!” “Em 98, era um Zidane em forma contra um Ronaldo com problemas. Agora, será Ronaldo e Zidane em forma. Vamos ver quem é melhor” Provocações furadas de Zagallo antes das quartas-de-final
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DESASTRADAS E RECORDES CARTÕES PARA TODO LADO Antes de cada Copa começar, a Fifa anuncia um pacote de recomendações para os árbitros. E, no final da competição, a impressão quase sempre é que nada foi aplicado. Pois isso não se pode dizer do Mundial da Alemanha. Desta vez, os árbitros estavam efetivamente mais rigorosos, sobretudo com simulações e reclamações. O saldo final foi de 307 cartões amarelos e 28 vermelhos, recordes em Copas.
PEDINDO ÁGUA Para encaixar a tabela da Copa com as necessidades das televisões, várias partidas foram marcadas para as 15:00, no horário europeu. Com o forte calor, muitos jogadores e técnicos reclamaram das condições de jogo. A Inglaterra fez uma reclamação formal à Fifa, pedindo permissão para espalhar garrafas d’água pela lateral do campo, evitando que os jogadores tivessem de atravessar o gramado para buscá-las no banco de reservas. A solicitação foi atendida.
NÚMEROS PARA ALEMÃO VER Com exceção dos cinco primeiros jogos, a Fifa só divulgou números arredondados do público presente nas partidas, como 66.000 para Brasil x Austrália e 45.000 para Suíça x Ucrânia. Os valores eram arredondamentos da capacidade máxima dos estádios, fazendo supor que todos os jogos tiveram 100% de ocupação, quando muitas vezes eram visíveis clarões nas arquibancadas. Devido à falta de precisão e credibilidade dos dados oficias, a Trivela não colocou essas informações na ficha das partidas.
CHIPRE DO NORTE TAMBÉM COMEMORA Aproveitando o embalo da Copa do Mundo, a Fifi (Federação Internacional de Futebol dos Independentes) e o St. Pauli (clube da terceira divisão alemã) resolveram organizar sua versão de Mundial. A entidade reúne nações, povos ou regiões não aceitas pela Fifa. Na primeira edição da Fifi Wild Cup, o campeão foi o Chipre do Norte, região da ilha de maioria turca. Na final, os cipriotas venceram Zanzibar (ilha da Tanzânia) por 4 a 1 nos pênaltis, depois de 0 a 0 no tempo normal. Também participaram Tibete, Gibraltar, Groenlândia e a fictícia “República de St. Pauli” (representando o bairro de Hamburgo onde o clube homônimo tem sede).
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RECORDES E MAIS RECORDES Parte da mitologia de uma Copa do Mundo gira em torno da quebra de recordes. E, claro, a edição de 2006 também teve suas marcas históricas. Veja as principais: Ronaldo chegou a 15 gols em Copas do Mundo, tornando-se o maior goleador da história da competição. O Brasil e Luiz Felipe Scolari alcançaram 11 vitórias consecutivas em Copas, estabelecendo novos recordes para equipe e treinador. Felipão ainda completou 12 jogos seguidos sem derrota, outro recorde entre técnicos. A Suíça foi a primeira seleção a terminar uma Copa sem sofrer um gol sequer. Os suíços também conseguiram a nada positiva façanha de ser a primeira equipe a não marcar nenhum gol em uma disputa de pênaltis. Portugal x Holanda teve 12 cartões amarelos e quatro vermelhos, estabelecendo novo recorde de expulsões e de total de advertências em uma partida de Mundial. Contra a França, Cafu recebeu seu sexto cartão amarelo em Copas, marca nunca alcançada por outro jogador. Contra a Inglaterra, o português Ricardo tornou-se o primeiro goleiro a defender três cobranças em uma disputa de pênaltis em Copas.
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12 O CAMPEÃO
ITÁLIA
SOUBE SER
CAMPEÃ Sorte, organização, talento e equilíbrio. A Itália teve tudo o que um campeão mundial precisa
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Tony Gentile/Reuters
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Fotos Jerry Lampen/Reuters
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N
por Cassiano Ricardo Gobbet
ão que a Itália fosse um time desacreditado, mas certamente não estava entre os favoritíssimos para o torneio. E quem diria – ela chegou lá. Sob uma pressão violentíssima, causada pelo escândalo do torneio doméstico, Marcello Lippi conduziu a Itália a uma vitória brilhante – como qualquer vitória numa Copa é. A Itália não recebeu os elogios de Argentina ou o favoritismo do Brasil? Melhor para ela. A taça agora jaz em Roma por pelo menos quatro anos. Nos últimos 36 anos, a Itália esteve em finais a cada 12. A regularidade mostra que, apesar da fama de retranqueira, muitas vezes injusta, sempre bons jogadores vêm da península. Mais do que isso, a Itália é provavelmente o país que mais sabe organizar seus times, independente de ter ou não os melhores jogadores. Outra fama – a de mestres táticos do jogo – neste caso pode ser considerada justa.
A construção da campeã O técnico Marcello Lippi não teve vida fácil para lapidar o time que chegou à final. O grupo saiu da Itália no meio de um furacão. Já estava claro então que a Juventus – onde jogam os titulares Buffon, Zambrotta e Cannavaro – seria rebaixada, e os destinos de Milan, Lazio e Fiorentina ainda pareciam incertos. Os 13 jogadores em times “rebaixáveis” estavam tensos e coube ao técnico converter essa tensão em estímulo. Não foi só isso: Totti vinha de uma contusão e estava fora de ritmo, jogando mal as primeiras partidas. Gattuso, o coração do time italiano nesta Copa, sofreu uma lesão muscular que por muito pouco não o tirou do Mundial. Quando a equipe entrou em campo pela primeira
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vez, contra Gana, a Itália era um canteiro em obras. Era necessário definir o miolo do meio-campo e a dupla de ataque, que tinha Totti a meio pau e Del Piero disputando vaga ao lado de Gilardino e Toni.
O técnico Marcello Lippi foi certamente um dos artífices da vitória italiana na Copa do Mundo. Lippi estava sob intensa pressão porque tudo apontava para o fato de que ele conhecia o funcionamento do “esquema Moggi”, até mesmo cedendo às pressões do diretor da Juventus para convocar ou desconvocar atletas para a seleção. O filho de Lippi trabalhava na GEA, empresa de agenciamento que era o cerne do esquema. Sua cabeça era pedida pela maior parte da população. O treinador soube segurar os próprios nervos e assegurar que seus atletas não sofressem mais do que podiam. Fora isso, Lippi mudou seu time, que jogava com Camoranesi de ala e dois atacantes na frente de Totti, passando a atuar com um atacante enfiado e Totti livre. Sim, a Itália também teve dois na frente, mas foi a sensibilidade de Lippi que deixou o time com somente um avante quando isso era necessário.
O caminho até a taça A estréia italiana na Copa, contra Gana, não foi ruim. O jogo foi morno, mas a Azzurra mostrou que tinha potencial. Os Estados Unidos é que quase enterraram as ambições italianas. Em seu pior jogo no Mundial, a Itália esteve lenta, sem idéias e principalmente sem pernas. O time não andava e deu graças a Deus de ter saído com um empate. Depois daquele jogo, Marcello Lippi deu uma bronca épica no grupo e se deu conta de que Totti precisava atuar mais
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avançado. A mudança veio com a República Tcheca e pela primeira vez a seleção italiana acreditou realmente em sua capacidade. Nas oitavas-de-final, a Austrália foi desprezada como um adversário simples e quase arrancou a Itália da Copa. Num jogo em que atuaram melhor, os australianos saíram do Mundial porque não tiveram o que todo campeão do mundo precisa: sorte e uma decisão favorável da arbitragem. Itália segue adiante com gol de pênalti aos 49 minutos do segundo tempo. A Ucrânia foi a partida mais fácil da Itália na Copa, embora tenha dado um calor no início do segundo tempo. Graças à maior experiência de seus jogadores, Lippi pôde matar o jogo com o segundo gol pouco depois de um ataque ucraniano perigosíssimo. Na semifinal, uma das partidas mais dramáticas do Mundial, quando a Itália foi sempre melhor e se valeu do cansaço alemão, que já tinha enfrentado uma prorrogação contra a Argentina. Na final, uma partida equilibrada, em que a França esteve melhor em muitos momentos, mas, no final, prevaleceu a organização e o maior equilíbrio emocional da Azzurra.
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lambanças, o capitão italiano garantiu uma retaguarda sólida e que tinha uma coisa que nenhuma outra seleção possuía: dois laterais (Grosso e Zambrotta) que apoiavam o tempo todo. Não coincidentemente, os dois definiram os jogos contra Ucrânia e Alemanha. Esta Copa fica marcada pela garra de Gattuso. O volante milanista não tem a classe de Vieira, mas é o melhor recuperador de bolas do mundo. Além disso, Gattuso compensa as limitações técnicas com uma noção de posicionamento espetacular. Seu movimento pendular fechava os buracos deixados pelos avanços de meias e foi vital para o título italiano. O Brasil poderia aprender, vendo o italiano jogar, que há muitas maneiras de ser um grande jogador de futebol. O repertório ofensivo de Lippi era ótimo – um dos melhores do Mundial. Além disso, era bem completo. Tinha um centroavante forte para jogar na área (Toni), jogadores hábeis e inteligentes para encostar no meio-campo (Totti e Del Piero), um velocista para romper linhas de impedimento (Inzaghi) e dois atacantes versáteis (Gilardino e Iaquinta).
Perspectivas A tática A Copa de 2006 fez a máxima da retaguarda valer mais uma vez: quem quer ser campeão deve ter uma ótima defesa. Com um setor sensacional, a Itália conseguiu chegar à final sem que nenhum adversário marcasse um gol (o único sofrido antes da decisão foi de Zaccardo, contra). A espinha dorsal da seleção era composta por Buffon, Cannavaro, Zambrotta, Gattuso e Toni. A receita da defesa: primeiro, o melhor goleiro do mundo, atrás de um gigante Cannavaro. Mesmo com Materazzi, especialista em
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Mesmo antes do título, já apareciam políticos sugerindo uma “pizza” na punição dos envolvidos no escândalo do futebol italiano. Isso mancharia um Mundial brilhante, que teve todos os elementos necessários numa conquista: talento, aplicação, sorte e experiência. A seleção que venceu a Copa ainda tem mais uma virtude: a maioria de seus atletas ainda tem mais alguns anos de Azzurra. A Itália tem a base para bons próximos quatro anos. E certamente merece parabéns. Complimenti, Italia!
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16 O PERSONAGEM
A INCRÍVEL
DESPEDIDA DE ZIDANE
Fim da carreira do meia francês seguiu um script diferente do esperado
A
por Ricardo Espina
França terminou a Copa em segundo lugar e deve muito desse desempenho a Zinedine Zidane. Em sua despedida do futebol, o torneio era a última chance de provar seu valor. O roteiro para sua saída estava perfeito: salvou os franceses nas eliminatórias e ajudou o time a se classificar para a Copa, teve uma primeira fase discreta, jogou muito contra Espanha e Brasil e se destacou no triunfo sobre Portugal. Faltava só a decisão contra a Itália. E foi nesse ponto que o script seguiu um caminho completamente diferente do esperado. O início de Zidane no Mundial foi muito semelhante ao de 1998. Há oito anos, Zizou foi expulso logo no segundo jogo, contra a Arábia Saudita, ao agredir um adversário. Em 2006, com um desempenho discreto do meia, que levou um cartão amarelo, a França ficou no 0 a 0 contra a Suíça na estréia. Para piorar, Zidane recebeu outro amarelo no 1 a 1 com a Coréia do Sul, e esteve suspenso no decisivo jogo contra Togo. Houve o temor de que o jogo contra os Gaviões fosse o último dos Bleus na competição, mas a vitória por 2 a 0 manteve a equipe viva. A primeira fase serviu para apagar os fantasmas que ainda rondavam o ambiente da equipe por conta do vexame
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em 2002. Ficou a lição de que as guerras de vaidades contribuíram para o fracasso do grupo, e Zidane levou isso em consideração em 2006. O craque e Domenech nunca foram grandes amigos. Boa parte do elenco também estava descontente com o treinador, mas relevou essa relação conflituosa em nome do bem comum. Na fase final, Zidane calou em campo quem ainda duvidava de sua genialidade. Contra a Espanha, o último gol dos Bleus foi uma prova de seus atributos. Com muita tranqüilidade, limpou Puyol e ficou livre na cara de Casillas. Bastou um elegante toque para deslocar o goleiro. O auge veio contra o Brasil. Na melhor apresentação individual desta Copa, Zizou comandou o meio-campo francês. Ele cadenciou o ritmo da equipe com inteligência. Protegeu-se muito bem do combate feito pelos marcadores brasileiros. Aliou categoria e objetividade na hora de driblar – Ronaldo que o diga, depois de levar um chapéu do companheiro de Real Madrid. Para fechar, deu um presente para Henry no lance do gol. Por conta da exibição contra o Brasil, Portugal fez uma marcação mais cerrada em cima do francês. Embora não encontrasse a mesma facilidade, Zidane liderou a equipe e determinou o comportamento dela durante o jogo.
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Passado mais um obstáculo, faltava só o “grand finale”. No último episódio, Zidane dava a impressão de que terminaria sua Copa da maneira como desejou. Logo no início, colocou a França à frente no placar. Seria a consagração perfeita para o capitão erguer o troféu, em um desfecho apoteótico do maior craque da última geração. Só que os planos de Zizou aos poucos desmoronaram. A Itália empatou e levou o jogo para a prorrogação. Embora jogasse bem, o meia foi o responsável por seu próprio anticlímax. A dez minutos do fim, a cabeçada em Materazzi e a expulsão de campo mancharam sua odisséia. Não foi o final feliz desejado para Zidane, mas ele esteve longe de ser o vilão. Just Fontaine e Michel Platini entraram para a história do futebol francês sem nunca disputar uma final de Copa do Mundo. Zidane, ao conduzir a França a duas decisões, foi além. Provou não ser apenas o maior jogador da história do país, como também inscreveu de forma definitiva seu nome na galeria dos gênios do esporte, independentemente de seu erro contra os italianos.
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RAIO X
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C PLANO FALTOU O
por Ubiratan Leal e Caio Maia
arlos Alberto Parreira entra na sala de imprensa para a entrevista coletiva. Minutos antes, o Brasil perdera da França por 1 a 0, deixando a Copa do Mundo de maneira decepcionante, sem nunca mostrar um futebol convincente. Com semblante abatido, o técnico inicia seu depoimento reconhecendo que não sabia como lidar com a situação: “Devo admitir que não estava preparado para este momento”. Mais do que retratar o que passava na cabeça do técnico no momento da entrevista, a frase resume boa parte do processo que levou a Seleção de favorita ao título mundial à queda já nas quartas-de-final. Por empáfia, falta de comando e acomodação, a equipe não estava preparada para um revés. Tanto que insistiu em diversos erros durante toda a Copa, ignorando os sinais que eram dados a cada dia. O abismo entre o que se esperava e o que se viu em campo foi tão gritante que não se pode reduzir as explicações pela derrota a frases simplistas como “faltou amor à camisa” e “os jogadores são só produto de marketing”. Houve, isso sim, uma cadeia de acontecimentos que se entrelaçaram e ajudaram a destruir uma equipe que, antes do torneio, já pensava em entrar na lista de maiores de todos os tempos.
Um time sem padrão tático
Por problemas táticos, técnicos e de ambiente, o Brasil teve uma trajetória mais complicada do que esperava. O problema é que não estava preparado para isso
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Em campo, os primeiros sintomas desse processo apareceram na estréia, contra a Croácia. O decantado “quadrado mágico” foi facilmente anulado pela defesa croata, que se aproveitou da falta de mobilidade de Adriano, das condições físicas de Ronaldo e da dificuldade de Ronaldinho em encontrar seu espaço para tornar o poderoso ataque brasileiro em algo inofensivo. A vitória só veio por meio de uma jogada individual de Kaká. Mesmo assim, na segunda partida, contra a Austrália, o Brasil entrou em campo com a mesma formação. Ronaldo se movimentou mais e armou a jogada para o primeiro gol, de Adriano. Ainda assim, a Austrália também foi eficiente na marcação e, durante a maior parte da partida, esteve muito mais perto de empatar do que de levar o segundo – o que só aconteceu quando tinha oito jogadores atacando o Brasil. Apesar das vitórias pouco convincentes, o time recebia pressão não por um futebol mais eficiente e articulado, mas sim para jogar bonito. A tendência ganhou força depois que Argentina e Alemanha começaram a mostrar um futebol ofensivo e insinuante, ainda na primeira fase. Um dos problemas do sistema tático do Brasil é que seu principal partidário, o técnico da Seleção, nunca chegou a acreditar nele com a convicção necessária. Historicamente, Parreira sempre quis que suas equipes marcassem forte no meio-campo, tocassem a bola pacientemente e tivessem grande capacidade de se recompor quando a posse de bola trocasse de lado. No entanto, o esquema de jogo que o treinador propunha para o
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TODOS OS CAMINHOS LEVAM A RONALDO Antes da Copa, poucos atentaram para o tema. Com Ronaldinho e Kaká no time, Ronaldo viraria um coadjuvante? Até que ponto ele levaria numa boa o fato de sair dos holofotes? A resposta foi: Ronaldo não sairia dos holofotes. Por bem ou por mal, em 2006 ficou patente a capacidade do “Fenômeno” de atrair todos os olhares. Tudo começou na apresentação dos jogadores em Weggis. Ronaldo estava claramente fora de forma, mas a comissão técnica se negou a divulgar o peso do atleta – criando uma celeuma só encerrada semanas depois. Ainda na fase de preparação, o jogador mais uma vez foi alvo de manchetes ao revelar que foi substituído no intervalo do amistoso contra a Nova Zelândia porque tinha bolhas nos pés, causadas pelas novas chuteiras. O fato criou um desconforto com seu patrocinador pessoal – que é o mesmo da Seleção – e gerou uma série de piadas. A situação de Ronaldo se tornou ainda mais crítica após a estréia na Copa. Contra a Croácia, a falta de movimentação do atacante foi assustadora. No dia seguinte, a comissão técnica informou que o jogador sentiu tontura e foi examinado em um centro médico em Königstein. Mais uma vez, a maior discussão na imprensa era se Ronaldo deveria ou não ser mantido como titular. Parreira insistiu no atacante e, de certa forma, acertou. Ronaldo fez três gols e, de novo, conseguiu se tornar um “símbolo de superação”. Só que, apesar de entrar para a história como o maior artilheiro dos Mundiais, esteve longe de ser decisivo. Ainda assim, o “Fenômeno” garantiu a atenção de que precisava. Ronaldinho foi uma figura apática, Kaká não repetiu as boas atuações das primeiras rodadas e Adriano virou reserva. Assim, o grande personagem do Brasil na Copa foi, mais uma vez, Ronaldo.
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Brasil ia contra isso. Em teoria, Kaká e Ronaldinho formam um setor de criação com velocidade e que se sente mais confortável se conduzir a bola. Uma dupla de ataque com Adriano e Ronaldo também é mais favorável a arrancadas do que a trocas de passes. Na prática, no entanto, não foi assim que funcionou. Talvez pela própria falta de confiança do treinador no esquema, os meias habilidosos jogaram muito recuados. Com isso, tinham que conduzir a bola pelo campo todo antes de se aproximar do gol. Para completar, quando um jogador tinha a bola, dificilmente outro se aproximava para receber o passe. O esquema tático acabou sobrepujando as características naturais dos jogadores e o time que, teoricamente, seria ofensivo viveu situações inusitadas, como ter Ronaldinho atrás da linha de meio de campo para dar combate. Além de não funcionar bem, o esquema de jogo do Brasil ficou marcado. E Parreira não havia previsto a necessidade de um “plano B”.
“Adversário é que tem que mudar” “O Brasil não tem de mudar por causa do adversário. O adversário é que tem de mudar quando for enfrentar o Brasil”. Essa declaração foi repetida tantas vezes pelo técnico durante a preparação brasileira para a Copa que se tornou quase um lema da Seleção. E, da mesma forma que foi dita para passar confiança para jogadores, imprensa e torcedores, também serve para explicar parte dos motivos do fracasso brasileiro. Parreira – como boa parte da imprensa, a bem da verdade – estava tão convencido da superioridade brasileira que considerou inútil se precaver para momentos de dificuldade. A equipe não tinha uma opção tática caso as circunstâncias do jogo exigissem mudanças. No máximo, o técnico podia trocar Adriano por Robinho para ter mais velocidade na frente. E essa alteração só seria feita durante a partida, nunca na escalação inicial. A maior evidência da falta de um “plano B” é a maneira como o técnico tentou mudar o esquema para o jogo contra a França. Parreira colocou Juninho Pernambucano sem treinar as adaptações necessárias no time para que o novo esquema funcionasse. O meia do Lyon ficou perdido em campo, até porque, embora tenha mudado duas peças, o esquema de jogo continuava o mesmo. A diferença é que, dessa vez, do outro lado havia um adversário de qualidade. Quando o placar da partida já estava 1 a 0, o treinador resolveu “mudar” recolocando Adriano, voltando ao sistema original que não vinha funcionando. Parecia que Parreira queria provar a todos que estava certo desde o início e que, ao voltar à formação da estréia, o Brasil se recuperaria na partida. O resultado disso, já sabemos.
A perda de comando A falta de preparo tático não passou despercebida pelos jogadores. Aí começou o desgaste interno na Seleção. Parte do elenco, sobretudo os mais jovens, começou a defender mudanças mais profundas no time, como a entrada de Robinho desde o começo dos jogos e até a saída de veteranos que não tinham bom rendimento, notadamente Ronaldo, Cafu e Roberto Carlos.
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Parreira não soube mudar o time quando precisou
Isso ficou claro em conversas de jogadores com seus assessores e, algumas vezes, com os próprios jornalistas. Também ficou claro quando Kaká disse à imprensa que o ataque se movimentava pouco. Porém, Parreira se mantinha intransigente e bancou a permanência de todos os veteranos, achando que, no momento decisivo, eles melhorariam. A aposta do treinador em Ronaldo não foi errada, já que o atacante se tornou o artilheiro do Brasil na Copa. Mas o mesmo não se pode dizer de Cafu e Roberto Carlos. O treinador apostou muito também em uma suposta “liderança” dos veteranos, principalmente Cafu, que teria influência suficiente sobre o grupo para não só manter a posição de titular, como também evitar que os mais jovens se “rebelassem” e buscassem espaço na equipe. Só que, além de não ter influência sobre os outros jogadores, Cafu, assim como Roberto Carlos, começou – e terminou – a Copa muito mal. Com isso, o técnico perdeu força diante do grupo. Para atender a pedidos de mudanças, escalou meio time reserva contra o Japão. O Brasil jogou bem e goleou, mas a fraqueza do adversário tornou a situação pior. Os jogadores que tiveram oportunidade contra os japoneses – Cicinho, Gilberto, Gilberto Silva, Juninho Pernambucano e Robinho – foram bem e ganharam moral, mas, mesmo assim, voltaram ao banco contra Gana. A situação era especialmente complicada porque não havia no grupo um líder que compensasse a apatia do treinador. Cafu, supostamente a voz de comando, já estava enfraquecido diante do resto do elenco e ainda piorou tudo ao se apegar mais à superação de recordes individuais do que ao bem coletivo da equipe. Além disso, não havia alguém que, em bom português, “colocasse a casa em ordem” ou então inspirasse mais dedicação, mais entrega.
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Terceiro time A essa altura, o foco da discussão já não era exclusivamente o que ocorria em campo. Parte da imprensa continuava alimentando o clima de euforia e criava um recorde novo a ser batido por dia, encobrindo em parte os problemas para valorizar façanhas de valor duvidoso. Esse era o mesmo setor da imprensa que, antes da Copa, dizia que “o terceiro time do Brasil disputaria o título”, esquecendo-se que, no time titular, já havia jogadores muito distantes dos melhores do mundo em suas posições, como claramente era o caso da zaga como um todo. E que, já no segundo time, teríamos dificuldades para armar até mesmo um ataque tão bom quanto o de outros favoritos. Soma-se a isso a transformação dos treinos da Seleção em eventos pop, marcados mais pelo marketing e descontração do que pelo aprimoramento técnico-tático da equipe, um problema que vinha desde o início da preparação, ainda em Weggis. Tudo isso faz parte de um “pacote” de equívocos decorrentes da soberba brasileira. Jogadores, comissão técnica e imprensa não achavam que um grupo de tanto talento precisaria se esforçar muito para conquistar a Copa. Também por isso, Parreira não considerou necessário treinar um segundo esquema tático, e muitos jogadores não se dedicavam com total afinco aos treinos. Sempre havia um ar de que “na hora da decisão tudo dará certo”. Pois não deu. O time se achou acima de qualquer obstáculo e agiu como se fosse uma ilha, esquecendo-se que a Copa teria outras equipes pensando no título. Por uma soma de fatores, o Brasil se erodiu durante a competição à espera de um adversário um pouco acima da média para eliminá-lo. Encontrou seu destino na França de Zinedine Zidane.
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22 FICHAS - GRUPO A
Klose marcou quatro gols na primeira fase
COMEÇO PARA
EMBALAR
ALEMANHA 4x2 COSTA RICA
POLÔNIA 0x2 EQUADOR
Data: 9/junho Estádio: Allianz Arena (Munique) Árbitro: Horacio Elizondo (Argentina) Gols: Lahm (6min), Wanchope (12min e 73min), Klose (17min e 61min) e Frings (87min) Cartão amarelo: Fonseca (Costa Rica)
Data: 9/junho Estádio: Veltins Arena (Gelsenkirchen) Árbitro: Toru Kamikawa (Japão) Gols: Carlos Tenorio (24min) e Delgado (81min) Cartões amarelos: Smolarek (Polônia), Ivan Hurtado e Mendez (Equador)
ALEMANHA Lehmann; Friedrich, Mertesacker, Metzelder e Lahm; Schneider (Odonkor, 90min), Frings, Schweinsteiger e Borowski (Kehl, 72min); Podolski e Klose (Neuville, 79min). Técnico: Jürgen Klinsmann. COSTA RICA Porras; Marín, Umana, Martínez (Drummond, 67min) e González; Fonseca, Solís (Bolaños, 78min), Centeno e Sequeira; Gómez (Azofeifa, 90 min) e Wanchope. Técnico: Alexandre Guimarães.
O NÚMERO DO JOGO: 18x1 A Alemanha cruzou 18 bolas na área, contra apenas uma da Costa Rica. Além de refletir uma opção dos anfitriões pelo jogo aéreo, o número reflete a dominância alemã no ataque.
FOI BEM: Lahm Teve uma estréia excelente, surpreendendo os narradores e comentaristas brasileiros. Subiu bem ao ataque, sem deixar a zaga desprotegida. FOI MAL: Friedrich Foi o caminho para o ataque da Costa Rica. Todas as jogadas dos centro-americanos aconteceram pela lateraldireita, e o jogador ainda deu condição a Wanchope em um dos gols.
MOMENTO-CHAVE: O terceiro gol alemão Marcado por Klose aos 16 do segundo tempo, ampliou a vantagem alemã, o que permitiu à equipe manter a calma quando sofreu o segundo gol.
A mídia cansou seus ouvidos ao dizer que... “É o primeiro...” qualquer coisa da Copa
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Michael Hanschke/EFE
De um lado, os donos da casa. Do outro, três equipes medianas com a intenção de brigar pela vice-liderança. No grupo A, a Alemanha teve vida fácil. Ganhou suas três partidas, jogou bem e conseguiu atrair o apoio do público para as etapas finais da Copa. Sem dúvida, o Nationalelf aproveitou de forma excelente este período para se acertar com calma. A classificação do Equador em segundo lugar de certa forma surpreendeu. Com destaque para as atuações de Valencia, Carlos Tenorio e Agustín Delgado, a seleção passou de forma merecida para as oitavas. Já os poloneses se despediram do torneio da mesma forma como em 2002. Chegaram com pose de candidatos à vaga, mas tiveram um desempenho fraco. A Costa Rica, que na estréia contra a Alemanha mostrou algumas qualidades ofensivas, sucumbiu por sua fragilidade defensiva. À frente apenas de Sérvia e Montenegro, os Ticos tiveram a segunda defesa mais vazada da competição: levaram nove gols em três jogos.
FOI BEM: Carlos Tenorio Marcou um dos gols da partida e esteve presente em quase todas as jogadas as jogadas de ataque do Equador.
POLÔNIA Boruc; Jop, Baszczynski, Bak e Zewlakow; Sobolewski (Jelen, 67min), Krzynowek (Kosowski, 70min), Szynkowiak e Radomski; Zurawski (Brozek, 83min) e Smolarek. Técnico: Pawel Janas. EQUADOR Mora; De la Cruz, Hurtado (Guagua, 69min), Espinoza e Reasco; Méndez, Castillo, Edwin Tenorio e Valencia; Carlos Tenorio (Kaviedes, 65min) e Delgado (Urrutia, 83min). Técnico: Luís Fernando Suárez.
O NÚMERO DO JOGO: 24x10 Foi o número de desarmes efetuados pelos equatorianos e pelos poloneses. A capacidade de tirar a bola do adversário foi uma das chaves para a vitória do Equador.
FOI MAL: Smolarek O “destaque” polonês ficou devendo. Passou pela partida sem deixar qualquer marca – o único chute que deu foi longe do gol.
MOMENTO-CHAVE: O primeiro gol do Equador Aos 24 minutos, os sulamericanos aproveitaram uma bobeada da zaga e deixaram claro que não tinham ido à Alemanha para fazer turismo.
A mídia cansou seus ouvidos ao dizer que... o Equador mostrou que não joga bem só na altitude
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23 ALEMANHA 1x0 POLÔNIA Data: 14/junho Estádio: Signal-Iduna Park (Dortmund) Árbitro: Luis Medina Cantalejo (Espanha) Gol: Neuville (91min) Cartões amarelos: Ballack, Odonkor, Metzelder (Alemanha), Sobolewski, Krzynowek e Boruc (Polônia) Cartão vermelho: Sobolewski (Polônia) ALEMANHA Lehmann; Friedrich (Odonkor, 64min), Mertesacker, Metzelder e Lahm; Frings, Ballack, Schneider e Schweinsteiger (Borowski, 73min); Klose e Podolski (Neuville, 71min). Técnico: Jürgen Klinsmann. POLÔNIA Boruc; Bosacki, Baszczynski, Bak e Zewlakow (Dudka, 83min); Sobolewski, Krzynowek (Lewandowski, 77min), Smolarek e Radomski; Zurawski e Jelen (Brozek, 91min). Técnico: Pawel Janas.
O NÚMERO DO JOGO: 17x3 A Alemanha fez só um gol, mas arrematou 17 vezes em direção à meta. Já a Polônia tentou superar Lehmann só três vezes, o que mostra como entrou em campo só para se defender.
EQUADOR 3x0 COSTA RICA FOI BEM: Neuville Entrou aos 26 minutos do segundo tempo no lugar do ineficaz Podolski e, já nos acréscimos, marcou o gol que deu a classificação e a confiança que estava faltando a seu time. FOI MAL: Sobolewski O volante polonês deu pancada o jogo inteiro, e ficou “no lucro” de ser expulso só no meio do segundo tempo. Após sua saída, a Polônia acabou sucumbindo à pressão alemã.
MOMENTO-CHAVE: A entrada em campo de Odonkor Ao colocar o meia no lugar de Friedrich, Klinsmann mandou a equipe ao ataque. Pouco antes do final a partida Neuville, outro reserva, fez o gol da vitória.
EQUADOR Mora; De la Cruz, Hurtado, Espinoza (Guagua, 69min) e Reasco; Méndez, Edwin Tenorio, Castillo e Valencia (Urrutia, 73min); Delgado e Carlos Tenorio (Kaviedes, 46min). Técnico: Luis Fernando Suárez. COSTA RICA Porras; Marín, Umana, Wallace e González (Hernández, 56min); Solís, Centeno (Bernard, 84min), Sequeira e Fonseca (Saborío, 29min); Gómez e Wanchope. Técnico: Alexandre Guimarães.
O NÚMERO DO JOGO: 1 Somente um chute da Costa Rica, dos três arriscados, acertou o gol de Mora. Isso mostra como os costarriquenhos foram totalmente dominados pelos equatorianos.
FOI BEM: Equador Fez uma ótima partida e mostrou que a vitória sobre a Polônia esteve longe de ser um golpe de sorte. De quebra, garantiu a classificação para as oitavas-de-final. FOI MAL: Coffi Codjia Não foi tão mal, mas deixou de dar cartão numa entrada criminosa do meia Centeno, da Costa Rica, em Valencia.
MOMENTO-CHAVE: O erro de Wanchope Nos primeiros minutos, o Equador não saiu da defesa. Mas o atacante atrapalhou uma jogada que poderia ter resultado no primeiro gol. Depois, só deu Equador.
A mídia cansou seus ouvidos ao dizer que... a Polônia nunca ganhou da Alemanha
A mídia cansou seus ouvidos ao dizer que... pela primeira vez na história, o Equador se classificou para as oitavas
ALEMANHA 3x0 EQUADOR
COSTA RICA 1x2 POLÔNIA
Data: 20/junho Estádio: Olympiastadion (Berlim) Árbitro: Valentin Ivanov (Rússia) Gols: Klose (4min e 44min) e Podolski (57min) Cartões amarelos: Valencia (Equador) e Borowski (Alemanha)
FOI BEM: Klose Além dos dois gols que o fizeram assumir a artilharia da competição, mostrou futebol inteligente, rápido e solidário.
ALEMANHA Lehmann; Friedrich, Mertesacker, Huth e Lahm; Frings (Borowski, 66min), Schweinsteiger, Schneider (Asamoah, 72min) e Ballack; Klose (Neuville, 66min) e Podolski. Técnico: Jürgen Klinsmann. EQUADOR Mora; De la Cruz, Espinoza, Guagua e Ambrosi; Edwin Tenorio, Ayoví (Urrutia, 68min), Valencia (Lara, 63min) e Méndez; Borja (Benítez, 45min) e Kaviedes. Técnico: Luís Fernando Suárez.
O NÚMERO DO JOGO: 8x2 A quantidade de chutes em direção ao gol de Alemanha e Equador mostra como os equatorianos não tiveram sinais de reação, mesmo saindo atrás no placar.
FOI MAL: Emoção Para quem estava na expectativa de ver o Equador segurar os anfitriões e lutar pela primeira posição do grupo, foi decepcionante ver o time jogar com cinco reservas.
MOMENTO-CHAVE: Primeiro gol de Klose Marcado aos 4 minutos, acabou com as chances equatorianas de tentar arrastar o jogo para um empate que colocaria os alemães na segunda posição.
A mídia cansou seus ouvidos ao dizer que... com a vitória, a Alemanha evitou enfrentar a Inglaterra nas oitavas
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Data: 15/junho Estádio: AOL-Arena (Hamburgo) Árbitro: Coffi Codjia (Benin) Gols: Carlos Tenorio (8min), Delgado (54min) e Kaviedes (90+3min) Cartões amarelos: Castillo, De la Cruz, Mora (Equador), Luís Marín e Solís (Costa Rica)
Data: 20/junho Estádio: AWD Arena (Hannover) Árbitro: Shamsul Maidin (Cingapura) Gols: Gómez (24min) e Bosacki (33min e 64min) Cartões amarelos: Gómez, Umana, Badilla, González, Marín (Costa Rica), Baszczynski, Boruc, Radomski, Bak e Zewlakow (Polônia) COSTA RICA Porras; Marín, Drummond (Wallace, 70min), Umana e González; Bolaños (Saborío, 78min), Solís, Centeno e Badilla; Wanchope e Gómez (Hernández, 82min). Técnico: Alexandre Guimarães. POLÔNIA Boruc; Baszczynski, Bak, Bosacki e Zewlakow; Krzynowek, Szymkowiak, Smolarek (Rasiak, 85min) e Radomski (Lewandowski, 64min); Jelen e Zurawski (Brozek, 45min). Técnico: Pawel Janas.
O NÚMERO DO JOGO: 20 Foi o total de faltas cometidas pelo time polonês, que abusou desse recurso para ganhar dos costarriquenhos, principalmente nos primeiros minutos do jogo.
FOI BEM: Bosacki Foi preciso um zagueiro para marcar os dois únicos gols da Polônia na Copa. E olha que antes de começar o Mundial falavam que um dos pontos fortes do time era o ataque. FOI MAL: Zurawski O atacante chegou à Copa do Mundo como o maior destaque do time. Em três jogos, não marcou nenhum gol e foi substituído no intervalo da última partida.
MOMENTO-CHAVE: O gol de empate da Polônia A péssima saída de gol do goleiro Porras facilitou a vida de Bosacki, que marcou. Até o momento, a Costa Rica era melhor e dominava a Polônia.
A mídia cansou seus ouvidos ao dizer que... as duas seleções jogavam só para não ficar com a lanterna do grupo
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24 FICHAS - GRUPO B
Num grupo fraco, Trinidad e Tobago foi o único time que chamou a atenção
SÓ TRINIDAD
SE SALVA
INGLATERRA 1x0 PARAGUAI
TRINIDAD E TOBAGO 0x0 SUÉCIA
Data: 10/junho Estádio: CommerzBank Arena (Frankfurt) Árbitro: Marco Rodríguez (México) Gol: Gamarra (contra, 3min) Cartões amarelos: Gerrard, Crouch (Inglaterra) e Valdez (Paraguai)
Data: 10/junho Estádio: Signal-Iduna Park (Dortmund) Árbitro: Shamsul Maidin (Cingapura) Cartões amarelos: Yorke (Trinidad e Tobago) e Larsson (Suécia) Cartão vermelho: Avery John (Trinidad e Tobago)
INGLATERRA Robinson; Neville, Ferdinand, Terry e Ashley Cole; Beckham, Lampard, Gerrard e Joe Cole (Hargreaves, 82min); Owen (Downing, 56min) e Crouch. Técnico: Sven-Goran Eriksson. PARAGUAI Villar (Bobadilla, 8min); Caniza, Gamarra, Cáceres e Toledo (Núñez, 82min); Bonet (Cuevas, 68min), Acuña, Paredes e Riveros; Valdez e Santa Cruz. Técnico: Aníbal Ruiz.
O NÚMERO DO JOGO: 1 Esse foi o número total de chutes a gol da dupla de ataque da Inglaterra (Owen e Crouch), indicando a falta de efetividade ofensiva da equipe de Sven-Goran Eriksson.
FOI BEM: Crouch Se mexeu bastante, mostrou vontade e incomodou a defesa paraguaia. Não é muito, mas foi o suficiente para fazer dele o melhor de uma partida fraca. FOI MAL: Villar Em apenas oito minutos, o goleiro sofreu um gol que era defensável e se contundiu num lance bobo, encerrando sua participação na Copa do Mundo.
MOMENTO-CHAVE: O gol inglês Esse gol, marcado aos 3 minutos, determinou o desenrolar do resto da partida. Com a liderança, a Inglaterra cadenciou mais o jogo e se limitou a administrar o resultado.
A mídia cansou seus ouvidos ao dizer que... Gamarra provou que é um ex-jogador em atividade
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Achim Scheidemann/EFE
Média de gols baixa não necessariamente significa nível técnico baixo. Mas neste grupo B significou. Quase todas as partidas da chave foram sonolentas, com muitos erros e poucas emoções. O maior destaque acabou sendo o time de Trinidad e Tobago – e olha que os caribenhos acabaram na lanterna do grupo. O time de Leo Beenhakker surpreendeu não por jogar um grande futebol, mas sim por dar muito trabalho aos favoritos do grupo. Trinidad e Tobago jogou com garra e tinha um bom esquema tático, mas conseguiu seus dignos resultados graças também ao mau futebol apresentado pelos três outros componentes do grupo. A Inglaterra jogou muito mal, mas pelo menos se classificou com facilidade. Paraguai e Suécia foram as maiores decepções. O duelo decisivo entre as duas equipes, na segunda rodada, foi uma das partidas mais fracas desta Copa, não só pela falta de emoções, mas também pelo baixo nível técnico apresentado.
FOI BEM: Hislop Era para ser reserva, mas entrou muito bem e salvou os Soca Warriors com boas defesas, com uma das melhores atuações de um goleiro nesta Copa.
TRINIDAD E TOBAGO Hislop; Lawrence, Avery John, Sancho e Gray; Birchall, Theobald (Whitley, 66min), Edwards e Samuel (Glen, 52min); Yorke e Stern John. Técnico: Leo Beenhakker. SUÉCIA Shaaban; Mellberg, Lucic, Edman e Alexandersson; Wilhelmsson (Kallstrom, 78min), Linderoth (Jonson, 78min), Svensson (Allback, 62min) e Ljungberg; Larsson e Ibrahimovic. Técnico: Lars Lagerback.
O NÚMERO DO JOGO: 18 A Suécia chutou bastante ao gol de Trinidad e Tobago, mas provou estar com a pontaria descalibrada. Larsson e Ibrahimovic tiveram seis chances cada, mas todas foram perdidas.
FOI MAL: Ataque sueco Chegou à Copa credenciado por 20 dos 30 gols marcados pelo time nas eliminatórias. Porém, Ljungberg, Larsson e Ibrahimovic foram muito burocráticos e não conseguiram furar a defesa trinitária.
MOMENTO-CHAVE: Contusão de Kelvin Jack O goleiro titular de Trinidad e Tobago se machucou enquanto fazia o aquecimento. Acabou cedendo o lugar para o reserva Hislop, que foi o nome do jogo.
A mídia cansou seus ouvidos ao dizer que... esta foi a primeira zebra da Copa 2006
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25 INGLATERRA 2x0 TRINIDAD E TOBAGO
SUÉCIA 1x0 PARAGUAI
Data: 15/junho Estádio: Frankenstadion (Nuremberg) Árbitro: Toru Kamikawa (Japão) Gols: Crouch (82min) e Gerrard (90+1min) Cartões amarelos: Lampard (Inglaterra), Hislop, Gray, Whitley, Jones e Theobald (Trinidad e Tobago)
Data: 15/junho Estádio: Olympiastadion (Berlim) Árbitro: Lubos Michel (Eslováquia) Gol: Ljungberg (88min) Cartões amarelos: Linderoth, Lucic, Allback (Suécia), Caniza, Acuña, Paredes e Barreto (Paraguai)
INGLATERRA Robinson; Carragher (Lennon, 57min), Ferdinand, Terry e Ashley Cole; Beckham, Gerrard, Lampard e Joe Cole (Downing, 74min); Crouch e Owen (Rooney, 57min). Técnico: Sven-Goran Eriksson. TRINIDAD E TOBAGO Hislop; Gray, Sancho, Lawrence e Edwards; Whitley, Jones (Glen, 69min), Yorke, Theobald (Wise, 84min) e Birchall; Stern John. Técnico: Leo Beenhakker.
O NÚMERO DO JOGO: 56 Essa foi a quantidade de lançamentos (ou chutões) da Inglaterra durante o jogo. A insistência nesse tipo de jogada acabou facilitando a marcação de Trinidad e Tobago.
FOI BEM: Leo Beenhakker Organizou a zaga e ainda soube motivar seus jogadores a fazer uma partida inteira só pensando em evitar o gol adversário. FOI MAL: Lampard A ineficiência do ataque inglês se deu em grande parte pela falta de criatividade do meio-campo. O caso de Lampard é pior porque o jogador se arriscou no ataque e perdeu várias oportunidades claras.
MOMENTO-CHAVE: A bola salva em cima da linha por Terry Até o primeiro gol, essa chance de Trinidad e Tobago foi a melhor do jogo. Se os caribenhos abrissem o placar, a história da partida teria sido bem diferente.
PARAGUAI Bobadilla; Caniza, Gamarra, Cáceres e Núñez; Bonet (Barreto, 80min), Riveros (Dos Santos, 61min), Paredes e Acuña; Santa Cruz (López, 63min) e Valdez. Técnico: Aníbal Ruiz.
O NÚMERO DO JOGO: 6 A “estelar” dupla de ataque titular da Suécia, formada por Henrik Larsson e Zlatan Ibrahimovic, chutou apenas seis vezes ao gol, três delas fora do alvo.
FOI MAL: Ibrahimovic Para quem estava cotado para ser o melhor da Copa, ser substituído no intervalo está muito abaixo do nível mínimo esperado.
MOMENTO-CHAVE: O gol sueco Marcado a dois minutos do final, não só foi o momentochave do jogo como o único lance digno de nota. Esse foi o gol que decidiu o segundo lugar do grupo.
A mídia cansou seus ouvidos ao dizer que... a Inglaterra apelou para cruzamentos para o grandalhão Crouch
A mídia cansou seus ouvidos ao dizer que... é uma pena ver Gamarra encerrar assim sua carreira
SUÉCIA 2x2 INGLATERRA
PARAGUAI 2x0 TRINIDAD E TOBAGO
Data: 20/junho Estádio: RheinEnergieStadion (Colônia) Árbitro: Massimo Busacca (Suíça) Gols: Joe Cole (34min), Allback (51min), Gerrard (85min) e Larsson (90min) Cartões amarelos: Alexandersson, Ljungberg (Suécia) e Hargreaves (Inglaterra) SUÉCIA Isaksson; Lucic, Mellberg, Edman e Alexandersson; Linderoth (Andersson, 90min), Kallstrom, Ljungberg e Jonson (Wilhelmsson, 54min); Larsson e Allback (Elmander, 74min). Técnico: Lars Lagerback. INGLATERRA Robinson; Carragher, Ferdinand (Campbell, 56min), Terry e Ashley Cole; Beckham, Lampard, Hargreaves e Joe Cole; Rooney (Gerrard, 69min) e Owen (Crouch, 4min). Técnico: Sven-Goran Eriksson.
O NÚMERO DO JOGO: 18 A Inglaterra dominava quando a Suécia empatou em uma bola alçada na área. Depois disso, os suecos usaram e abusaram desse lance, sempre causando problemas à defesa inglesa.
FOI BEM: Joe Cole Marcou um golaço e fez o cruzamento para o segundo gol inglês. FOI MAL: Owen Com apenas três minutos de jogo, sofreu uma contusão que o deixará de fora dos gramados até o fim de 2006. Com isso, disse adeus a uma Copa em que teve participação discretíssima.
MOMENTO-CHAVE: A grande defesa de Robinson O goleiro salvou a Inglaterra, ao parar uma cabeçada de Larsson. Se marcasse, a Suécia poderia ter vencido, mandando os ingleses para o segundo lugar.
A mídia cansou seus ouvidos ao dizer que... Marcus Allback marcou o gol de número 2 mil na história das Copas
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SUÉCIA Isaksson; Alexandersson, Lucic, Mellberg e Edman; Kallstrom (Elmander, 85min), Wilhelmsson (Jonson, 68min), Linderoth e Ljungberg; Ibrahimovic (Allback, 45min) e Larsson. Técnico: Lars Lagerback.
FOI BEM: Ljungberg Único dos “grandes nomes” suecos a não decepcionar, Ljungberg teve boa movimentação e poderia ter marcado antes se tivesse mais ajuda dos companheiros.
Data: 20/junho/2006 Estádio: Fritz-Walter (Kaiserslautern) Árbitro: Roberto Rosetti (Itália) Gols: Sancho (contra, 25min) e Cuevas (85min) Cartões amarelos: Paredes e Dos Santos (Paraguai) e Sancho e Whitley (T. Tobago) PARAGUAI Bobadilla; Caniza (Da Silva, 88min), Cáceres (Manzur, 76min), Gamarra e Núñez; Barreto, Acuña, Paredes e Dos Santos; Santa Cruz e Valdez (Cuevas, 65min). Técnico: Aníbal Ruiz. TRINIDAD E TOBAGO Jack; Edwards, Sancho, Avery John (Jones, 30min) e Lawrence; Birschall, Yorke, Whitley (Latapy, 66min) e Theobald; Glen (Wise, 40min) e Stern John. Técnico: Leo Beenhakker.
O NÚMERO DO JOGO: 2 A quantidade de finalizações em direção ao gol de Trinidad e Tobago mostra como o ataque era inofensivo, mesmo em uma partida em que o time precisava de uma goleada.
FOI BEM: Julio dos Santos O meia paraguaio foi o melhor em campo e mostrou que, se Aníbal Ruiz tivesse sido mais ousado e lançado o jovem do Bayern de Munique, o Paraguai poderia ter feito uma campanha melhor. FOI MAL: Sancho Não conseguiu conter os atacantes adversários, marcou um gol contra e ainda perdeu a cabeça ao dar uma cotovelada em Gamarra.
MOMENTO-CHAVE: defesa de Bobadilla em cabeçada de Glen Trinidad e Tobago ensaiou uma pressão nos primeiros minutos, mas essa boa oportunidade despertou o Paraguai, que passou a se concentrar mais.
A mídia cansou seus ouvidos ao dizer que... Trinidad e Tobago terminou a Copa sem marcar gols
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Leo La Valle/EFE
26 FICHAS - GRUPO C
OS
GRANDES SE IMPÕEM Uma equipe com dois títulos mundiais, uma seleção que muitos achavam que deveria ser cabeça-de-chave, a melhor defesa das eliminatórias européias e o mais promissor representante da África. O modo como ficou configurado o grupo C criou uma grande expectativa. Porém, os dois países mais tradicionais se impuseram e a chave foi pobre em emoções. Logo na primeira rodada, Argentina e Holanda fizeram apenas o suficiente para sair com três pontos, deixando evidente quais eram as reais potências do grupo. Apesar da eliminação precoce, a Costa do Marfim terminou o torneio com saldo positivo. O time mostrou bons valores e maturidade. Por outro lado, a Sérvia e Montenegro teve problemas internos, foi apática em todo o Mundial e ainda sofreu a maior derrota da competição.
ARGENTINA 2x1 COSTA DO MARFIM
SÉRVIA E MONTENEGRO 0x1 HOLANDA
Data: 10/junho Estádio: AOL Arena (Hamburgo) Árbitro: Frank de Bleeckere (Bélgica) Gols: Crespo (23min), Saviola (36min) e Drogba (81min) Cartões amarelos: Saviola, Heinze, Lucho González (Argentina), Eboué e Drogba (Costa do Marfim)
Data: 11/junho Estádio: Zentralstadion (Leipzig) Árbitro: Markus Merk (Alemanha) Gol: Robben (18min) Cartões amarelos: Dragutinovic, Gavrancic, Koroman, Stankovic (Sérvia e Montenegro) e Heitinga (Holanda)
FOI BEM: Saviola O “Coelho” fez grande partida, marcando a saída de bola marfinense, fazendo a ligação entre o meio-campo e o ataque e abrindo espaços na defesa adversária.
ARGENTINA Abbondanzieri; Burdisso, Ayala, Heinze e Sorín; Cambiasso, Mascherano, Maxi Rodríguez e Riquelme (Aimar, 90min); Crespo (Palacio, 63min) e Saviola (Lucho González, 76min). Técnico: José Pekerman. COSTA DO MARFIM Tizié; Eboué, Kolo Touré, Boka e Meité; Zokora, Yaya Touré, Keita (Arouna Koné, 77min) e Akalé (Bakary Koné, 61 min); Kalou (Dindane, 55min) e Drogba. Técnico: Henri Michel.
O NÚMERO DO JOGO: 20,5% Do tempo total em que esteve com a posse de bola, em apenas um quinto a Argentina estava no ataque. Isso mostra como o time foi objetivo ofensivamente.
FOI MAL: Henri Michel O técnico não conseguiu motivar seus jogadores a pressionar pelo empate desde o início do segundo tempo. A Costa do Marfim só ousou nos últimos minutos.
MOMENTO-CHAVE: Gol de Saviola O segundo gol argentino comprovou o sucesso da estratégia de esperar o adversário para contra-atacar, o que fez os marfinenses diminuírem a pressão.
A mídia cansou seus ouvidos ao dizer que... a Argentina conquistou uma importante vitória no grupo da morte
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A Argentina encantou na goleada sobre a Sérvia e Montenegro
SÉRVIA E MONTENEGRO Jevric; Dragunitnovic, Krstajic, Gavrancic e Nenad Djordjevic (Koroman, 42min); Duljaj, Nadj, Pedrag Djordjevic e Stankovic; Kezman (Ljuboja, 67min) e Milosevic (Zigic, 46min). Técnico: Ilija Petkovic. HOLANDA Van der Sar; Ooijer, Mathijsen (Boulahrouz, 86min), Heitinga e Van Bronckhorst; Van Bommel, Cocu e Sneijder; Van Persie, Robben e Van Nistelrooy (Kuyt, 69min). Técnico: Marco van Basten.
O NÚMERO DO JOGO: 61% A Holanda teve 61% de posse de bola, o que reflete sua superioridade técnica em campo. Apesar do placar apertado, os holandeses foram melhores durante todo o jogo.
FOI BEM: Robben O atacante holandês infernizou a vida dos defensores sérvios. Robben cansou de driblar os adversários e ainda marcou o gol que deu a vitória à Holanda. FOI MAL: Ataque da Sérvia e Montenegro Kezman e Milosevic não fizeram nada na partida. Para piorar, ainda perderam gols e prejudicaram a equipe, que quase nunca conseguia chegar com perigo.
MOMENTO-CHAVE: O gol Numa partida sem muitas emoções, o gol de Arjen Robben sacramentou o resultado e deixou os holandeses em posição confortável contra uma Sérvia sem criatividade.
A mídia cansou seus ouvidos ao dizer que... Sérvia e Montenegro agora são dois países independentes
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27 ARGENTINA 6x0 SÉRVIA E MONT.
HOLANDA 2x1 C. MARFIM
Data: 16/junho Estádio: Veltins Arena (Gelsenkirchen) Árbitro: Roberto Rosetti (Itália) Gols: Maxi Rodríguez (6 e 41min), Cambiasso (31min), Crespo (78min), Tevez (84min) e Messi (88min) Cartões amarelos: Koroman, Nadj, Krstajic (Sérvia e Montenegro) e Crespo (Argentina) Cartão vermelho: Kezman (Sérvia e Mont.)
Data: 16/junho Estádio: Gottlieb-Daimler-Stadion (Stuttgart) Árbitro: Oscar Ruiz (México) Gols: Van Persie (22min), Van Nistelrooy (27min) e Bakary Koné (37min) Cartões amarelos: Robben, Mathijsen, Van Bommel, Landzaat (Holanda), Zokora, Drogba e Boka (Costa do Marfim)
ARGENTINA Abbondanzieri; Burdisso, Ayala, Heinze e Sorín; Mascherano, Maxi Rodríguez (Messi, 59min), Lucho González (Cambiasso, 17min) e Riquelme; Saviola (Tevez, 75min) e Crespo. Técnico: José Pekerman. SÉRVIA E MONTENEGRO Jevric; Duljaj, Gavrancic, Krstajic e Dudic; Nadj (Ergic, 45min), Koroman (Ljuboja, 70min), Stankovic e Pedrag Djordjevic; Kezman e Milosevic (Vukic, 70min). Técnico: Ilija Petkovic.
O NÚMERO DO JOGO: 11 No primeiro gol da Argentina, os jogadores trocaram 11 passes sem perder a bola, até a finalização de Maxi Rodríguez. Foi a abertura da goleada.
FOI BEM: Messi O jovem argentino jogou pouco mais de 30 minutos, mas foi o suficiente para marcar um gol, participar de outro e ainda fazer algumas boas tabelas no ataque. FOI MAL: Kezman Atuação horrível do atacante do Atlético de Madrid. Além de não conseguir criar nenhuma chance de gol, ainda foi expulso no segundo tempo, o que contribuiu para a goleada.
MOMENTO-CHAVE: O terceiro gol argentino A Argentina já estava com 2 a 0 no placar, quando marcou num erro do zagueiro Krstaijc, matando qualquer chance de reação sérvia, antes do intervalo.
COSTA DO MARFIM Tizié; Eboué, Kolo Touré, Meité e Boka; Bakary Koné (Dindane, 62min), Zokora, Yaya Touré e Romaric (Yapi Yapo, 62min); Drogba e Arouna Koné (Akalé, 73min). Técnico: Henri Michel.
O NÚMERO DO JOGO: 2 Esse é o número de chutes a gol que a Holanda deu nos primeiros 30 minutos de jogo – exatamente o período em que o time marcou seus dois gols.
FOI MAL: Tizié O goleiro marfinense fez uma partida fraca, falhando em um dos gols e mostrando-se inseguro em todos os lances.
MOMENTO-CHAVE: Gol de Koné Depois que o marfinense acertou um belo chute de fora da área, a equipe africana começou a pressionar a Holanda. Mas o gol de empate acabou não saindo.
A mídia cansou seus ouvidos ao dizer que... esta foi a maior goleada da Copa do Mundo
A mídia cansou seus ouvidos ao dizer que... a Costa do Marfim mostrou um bom futebol, apesar da eliminação
HOLANDA 0x0 ARGENTINA
C. MARFIM 3x2 SÉRVIA E MONT.
Data: 21/junho Estádio: CommerzBank Arena (Frankfurt) Árbitro: Luís Medina Cantalejo (Espanha) Cartões amarelos: Kuyt, Ooijer, De Cler (Holanda), Mascherano e Cambiasso (Argentina)
Data: 21/junho Estádio: Allianz Arena (Munique) Árbitro: Marco Rodríguez (México) Gols: Zigic (11min), Ilic (21min), Dindane (pênalti, 38min, e 67min) e Kalou (pênalti, 86min) Cartões amarelos: Nadj, Dudic, Duljaj, Gavrancic (Sérvia e Montenegro), Keita, Domoraud e Dindane (Costa do Marfim) Cartões vermelhos: Nadj (Sérvia e Montenegro) e Domoraud (Costa do Marfim)
HOLANDA Van der Sar; Boulahrouz, Ooijer, Jaliens e De Cler; Sneijder (Maduro, 86min), Cocu, Van der Vaart e Van Persie (Landzaat, 67min); Van Nistelrooy (Babel, 56min) e Kuyt. Técnico: Marco van Basten.
FOI BEM: Tevez Numa partida fraca, o argentino foi quem mais se movimentou e chegou até a acertar uma bola na trave. FOI MAL: Entrosamento Com dois times cheios de reservas, as equipes não mostraram seu habitual jogo fluido.
ARGENTINA Abbondanzieri; Burdisso (Coloccini, 24min), Ayala, Milito e Cufré; Mascherano, Maxi Rodríguez, Cambiasso e Riquelme (Aimar, 80min); Messi (Julio Cruz, 70min) e Tevez. Técnico: José Pekerman.
O NÚMERO DO JOGO: 6 de 20 A partida teve um número razoável de chutes (20), mas a maioria levou pouco perigo ao gol adversário – tanto que só seis deles não foram para fora.
COSTA DO MARFIM Copa; Eboué, Kouassi, Domouraud e Boka; Keita (Kalou, 72min), Zokora, Yaya Touré e Akalé (Bakary Koné, 59min); Arouna Koné e Dindane. Técnico: Henri Michel. SÉRVIA E MONTENEGRO Jevric; Nenad Djordjevic, Gavrancic, Krstajic (Nadj, 15min) e Dudic; Ergic, Duljaj, Stankovic e Pedrag Djordjevic; Zigic (Milosevic, 66min) e Ilic. Técnico: Ilija Petkovic.
MOMENTO-CHAVE: Escalação dos times Quando divulgaram as escalações, sem vários titulares, os treinadores definiram a tônica da partida: um jogo morno, sem grandes emoções.
A mídia cansou seus ouvidos ao dizer que... essa partida foi um “amistoso de luxo”
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HOLANDA Van der Sar; Heitinga (Boulahrouz, 46min), Ooijer, Mathijsen e Van Bronckhorst; Van Bommel, Sneijder (Van der Vaart, 50min) e Cocu; Van Persie, Van Nistelrooy (Landzaat, 73min) e Robben. Técnico: Marco van Basten.
FOI BEM: Van Persie Depois do primeiro jogo, ele reclamou do excesso de individualismo de seu companheiro Robben. Nesta partida, justificou as reclamações e foi o melhor em campo.
O NÚMERO DO JOGO: 68% Essa foi a posse de bola da Costa do Marfim até os 30 minutos do primeiro tempo. Apesar do domínio, os africanos levaram dois gols nesse período.
FOI BEM: Dindane Fez dois gols e comandou as ações ofensivas da Costa do Marfim mesmo com a ausência do suspenso Drogba. FOI MAL: Dudic Meteu duas vezes a mão na bola, cometendo dois pênaltis. Em uma, parecia dar um toco de basquete. Na outra, uma manchete de vôlei.
MOMENTO-CHAVE: Expulsão de Nadj Ele havia entrado no lugar de Krstajic, que fraturou o antebraço, e foi expulso ainda no primeiro tempo. Com um a menos, os sérvios levaram a virada.
A mídia cansou seus ouvidos ao dizer que... foi a última partida do que restou da antiga Iugoslávia
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Felix Heyder/EFE
28 FICHAS - GRUPO D
O INÍCIO DA ARRANCADA
PORTUGUESA Num grupo que deveria ser tranqüilo para os favoritos, a situação quase se complicou para o cabeça-de-chave. Cotado como candidato a surpresa da Copa, o México começou a decepcionar logo na primeira fase Por outro lado, Portugal comprovou que deveria ser levado a sério. Os mexicanos, após dois meses de preparação, não conseguiram fazer grandes jogos, tiveram um empate decepcionante com Angola e foram presa fácil para o time reserva de Portugal. Já os portugueses, depois de um início que chegou a despertar dúvidas, fizeram dois bons jogos e evoluíram ao longo da primeira fase. O Irã, apesar de ter alguns bons jogadores, decepcionou. O que foi exatamente o contrário feito pela estreante seleção angolana. Ninguém acreditava que os africanos poderiam fazer algo na Copa, mas endureceram o jogo com Portugal e empataram com o México.
MÉXICO 3x1 IRÃ
ANGOLA 0x1 PORTUGAL
Data: 11/junho Estádio: Frankenstadion (Nuremberg) Árbitro: Roberto Rosetti (Itália) Gols: Omar Bravo (28min e 76min), Golmohammadi (36min) e Zinha (79min) Cartões amarelos: Torrado, Salcido (México) e Nekounam (Irã) MÉXICO Oswaldo Sánchez; Rafa Márquez, Osorio, Méndez e Salcido; Pineda, Pardo, Torrado (Pérez, 46min) e Omar Bravo; Guille Franco (Zinha, 46min) e Borgetti (Fonseca, 52min). Técnico: Ricardo La Volpe. IRÃ Mirzapour; Golmohammadi, Rezaei, Nosrati (Borhani, 81min) e Kaabi; Mahdavikia, Nekounam, Teymourian e Karimi (Madanchi, 62min); Daei e Hashemian. Técnico: Branko Ivankovic.
O NÚMERO DO JOGO: 8 Das 28 vezes em que teve a bola nos pés, Ali Karimi a perdeu em 8 oportunidades. Com seu principal meia em jornada infeliz, o Irã tinha dificuldades para criar boas oportunidades.
FOI BEM: Omar Bravo Em um ataque com os “estrangeiros” Borgetti (do Bolton) e Franco (Villarreal), quem apareceu no momento de decisão foi o atacante das Chivas, com dois gols. FOI MAL: Defesa iraniana O jogo estava sob controle quando a defesa do Irã resolveu aprontar. Mizrapour e Rezaei erraram feio e deram de presente o segundo gol do México.
MOMENTO-CHAVE: A entrada de Zinha O meia deu nova vida ao setor de armação do México, que passou a pressionar a defesa iraniana até conseguir os gols da vitória.
A mídia cansou seus ouvidos ao dizer que... o Irã perdeu porque ainda é muito ingênuo
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Portugal começou devagar, mas embalou ao longo da primeira fase
Data: 11/junho Estádio: RheinEnergieStadion (Colônia) Árbitro: Jorge Larrionda (Uruguai) Gol: Pauleta (3min) Cartões amarelos: Jamba, Locó, André (Angola), Cristiano Ronaldo e Nuno Valente (Portugal)
FOI BEM: Figo Esteve no centro de todas as jogadas de perigo portuguesas e deu o passe para o gol.
ANGOLA João Ricardo; Locó, Jamba, Kali e Delgado; Figueiredo (Miloy, 79min), André, Zé Kalanga (Edson, 70min) e Mateus; Akwá (Mantorras, 59min) e Mendonça. Técnico: Oliveira Gonçalves.
FOI MAL: Ataque angolano Quando o time precisou, os atacantes sumiram. Angola criaou poucas chances e raramente ameaçou Ricardo.
PORTUGAL Ricardo; Miguel, Fernando Meira, Ricardo Carvalho e Nuno Valente; Petit (Maniche, 72min), Tiago (Hugo Viana, 82min), Simão e Figo; Pauleta e Cristiano Ronaldo (Costinha, 59min). Técnico: Luiz Felipe Scolari.
O NÚMERO DO JOGO: 3 Apesar de passar a partida inteira atrás no placar, Angola não conseguiu dar mais que três chutes ao gol português.
MOMENTO-CHAVE: O gol de Portugal Os Tugas tiveram um início arrasador, com uma grande chance e um gol marcado em 3 minutos. Com a vantagem, Portugal se acomodou.
A mídia cansou seus ouvidos ao dizer que... Angola x Portugal foi um confronto entre colônia e metrópole
7/9/06 6:05:07 PM
29 PORTUGAL 2x0 IRÃ
MÉXICO 0x0 ANGOLA
Data: 17/junho Estádio: CommerzBank Arena (Frankfurt) Árbitro: Eric Poulat (França) Gols: Deco (62min) e Cristiano Ronaldo (80min) Cartões amarelos: Pauleta, Deco, Costinha (Portugal), Nekounam, Madanchi, Kaabi e Golmohammadi (Irã) PORTUGAL Ricardo; Miguel, Fernando Meira, Ricardo Carvalho e Nuno Valente; Costinha, Maniche (Petit, 67min), Deco (Tiago, 80min) e Figo (Simão Sabrosa, 88min); Cristiano Ronaldo e Pauleta. Técnico: Luiz Felipe Scolari. IRÃ Mirzapour; Kaabi, Golmohammadi (Bakhtiarizadeh, 88min), Rezaei e Nosrati; Nekounam, Mahdavikia, Karimi (Zandi, 64min) e Teymourian; Madanchi (Khatibi, 66min) e Hashemian. Técnico: Branko Ivankovic.
O NÚMERO DO JOGO: 22 Essa foi a quantidade de dribles feitos pelos jogadores de Portugal (a maior parte por Cristiano Ronaldo) durante a partida, contra somente quatro dos iranianos.
FOI BEM: Figo Mais uma vez, ele foi o melhor jogador do time e ponto de equilíbrio do meio-campo. A maioria das jogadas passou por seus pés e ele foi fundamental na armação do jogo. FOI MAL: Pauleta Depois de uma boa estréia, Pauleta voltou a ser o mesmo atacante de sempre, ineficaz e desperdiçando muitas oportunidades.
MOMENTO-CHAVE: O gol de Deco Portugal estava melhor, mas o Irã ameaçava em contra-ataques. Depois que Deco abriu o placar, os Tugas se tranqüilizaram e controlaram o jogo.
MÉXICO Oswaldo Sánchez; Salcido, Rafa Márquez, Osorio e Pineda (Morales, 78min); Torrado, Zinha (Arellano, 52min), Pardo e Méndez; Guille Franco (Fonseca, 73min) e Omar Bravo. Técnico: Ricardo La Volpe. ANGOLA Hislop; Gray, João Ricardo; Jamba, Kali, Delgado e Locó; Figueiredo (Rui Marques, 72min), André, Mateus (Mantorras, 67min), Mendonça e Zé Kalanga (Miloy, 83min); Akwá. Técnico: Oliveira Gonçalves.
O NÚMERO DO JOGO: 8 Embora Angola tenha passado a maior parte do tempo no campo de defesa, o ataque dos Palancas Negras conseguiu ficar em impedimento oito vezes.
FOI BEM: João Ricardo O goleiro angolano foi decisivo para a manutenção do empate sem gols. FOI MAL: Ataque mexicano Embora tenha dominado o jogo, o México criou pouquíssimas oportunidades de vazar a defesa angolana, que mereceu o empate.
MOMENTO-CHAVE: Desvio de Omar Bravo na trave Nos últimos cinco minutos de jogo, o México pressionou. Essa oportunidade, aos 43 minutos do segundo tempo, foi a melhor que o time teve.
A mídia cansou seus ouvidos ao dizer que... Cristiano Ronaldo dribla muito, mas sem qualquer objetividade
A mídia cansou seus ouvidos ao dizer que... Angola conquistou seu primeiro ponto em Copas do Mundo
PORTUGAL 2x1 MÉXICO
IRÃ 1x1 ANGOLA
Data: 21/junho Estádio: Veltins Arena (Gelsenkirchen) Árbitro: Lubos Michel (Eslováquia) Gols: Maniche (6min), Simão (pênalti, 24min) e Fonseca (29min) Cartões amarelos: Miguel, Maniche, Boa Morte, Nuno Gomes (Portugal), Rodríguez, Rafa Márquez e Zinha (México) Cartão vermelho: Pérez (México) PORTUGAL Ricardo; Miguel (Paulo Ferreira, 61min), Fernando Meira, Ricardo Carvalho e Caneira; Maniche, Petit e Tiago; Simão, Postiga (Nuno Gomes, 69min) e Figo (Boa Morte, 80min). Técnico: Luiz Felipe Scolari. MÉXICO Oswaldo Sánchez; Rodríguez (Zinha, 45min), Osorio e Salcido; Méndez (Guille Franco, 80min), Pérez, Rafa Márquez, Pardo e Pineda (Castro, 69min); Fonseca e Omar Bravo. Técnico: Ricardo La Volpe.
O NÚMERO DO JOGO: 50%x50% A bola esteve com os dois times por igual quantidade de tempo. A diferença é que Portugal soube melhor o que fazer com ela.
FOI BEM: Simão O ex-jogador do Barcelona não deixou a torcida sentir falta do titular Cristiano Ronaldo. Fez grande jogada no primeiro gol e converteu o pênalti do segundo. FOI MAL: Rafa Márquez O atual jogador do Barcelona cometeu um pênalti bobo, colocando a mão na bola dentro da área. Além disso, foi estabanado e cometeu diversos erros.
MOMENTO-CHAVE: O pênalti perdido por Bravo Aos 12 do segundo tempo, havia tempo para o México chegar à vitória. O chute para fora ajudou a desestruturar a equipe.
A mídia cansou seus ouvidos ao dizer que... o México foi a seleção que mais se preparou para a Copa
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Data: 16/junho Estádio: AWD Arena (Hannover) Árbitro: Shamsul Maidin (Cingapura) Cartões amarelos: Pineda (México), Delgado, Zé Kalanga e João Ricardo (Angola) Cartão vermelho: André Macanga (Angola)
Data: 21/junho Estádio: Zentralstadion (Leipzig) Árbitro: Mark Shield (Austrália) Gols: Flávio (60min) e Bakhtiarizadeh (75min) Cartões amarelos: Madanchi, Zandi, Teymourian (Irã), Locó, Zé Kalanga e Mendonça (Angola) IRÃ Mirzapour; Bakhtiarizadeh, Rezaei, Kaabi (Borhani, 67min) e Nosrati (Shojaei, 13min); Mahdavikia, Zandi, Teymourian e Madanchi; Hashemian (Khatibi, 39min) e Daei. Técnico: Branko Ivankovic. ANGOLA João Ricardo; Jamba, Kali, Locó e Delgado; Miloy, Figueiredo (Rui Marques, 73min), Mateus (Love, 23min), Mendonça e Zé Kalanga; Akwá (Flávio, 51min). Técnico: Oliveira Gonçalves.
O NÚMERO DO JOGO: 3 Foi o total de substituições no primeiro tempo, um fato raro. Duas alterações foram por contusão, uma de cada lado, e outra por decisão técnica de Ivankovic.
FOI BEM: Zé Kalanga Fez um bom jogo e foi o principal nome da partida, principalmente nos cruzamentos da direita. Em um deles, saiu o gol. FOI MAL: Oliveira Gonçalves Mesmo com o time precisando da vitória com uma boa margem de gols, o técnico angolano não mudou o esquema tático e jogou com um atacante isolado na frente.
MOMENTO-CHAVE: Defesa de Mirzapour em cabeçada de Love Dez minutos depois de abrir o placar, Angola quase ampliou. Se a bola entrasse, faltaria apenas mais um gol para o time se classificar.
A mídia cansou seus ouvidos ao dizer que... Irã e Angola se despediram da Copa de forma honrosa
7/9/06 6:05:17 PM
Maurizio Gambarini/EFE
30 FICHAS - GRUPO E
INCERTEZAS ATÉ O FINAL
Após as convincentes vitórias de República Tcheca e Itália na primeira rodada, havia a sensação que as duas equipes resolveriam o grupo E prematuramente. Porém, Gana surpreendeu os tchecos na segunda rodada, aproveitando os desfalques da equipe de Karel Brückner no ataque. Além disso, os Estados Unidos quase venceram a Itália, em uma partida muito violenta. Ficou evidente que a chave era mais equilibrada do que se pensava. Com isso, todas as equipes chegaram à última rodada com chances de classificação, e uma eliminação italiana era uma possibilidade real. No final, a República Tcheca mostrou que, apesar de ter uma boa equipe, sentiu a ausência de um atacante de referência e foi derrotada pela Itália. Com isso, a segunda vaga ficou com Gana, que, com muita velocidade e marcação na saída de bola do adversário, venceu uma seleção norte-americana que decepcionou pelo baixo nível técnico.
ITÁLIA 2x0 GANA
ESTADOS UNIDOS 0x3 REP. TCHECA
Data: 12/junho Estádio: AWD Arena (Hannover) Árbitro: Carlos Eugenio Simon (Brasil) Gols: Pirlo (40min) e Iaquinta (83min) Cartões amarelos: De Rossi, Iaquinta, Camoranesi (Itália), Gyan e Muntari (Gana) ITÁLIA Buffon; Zaccardo, Nesta, Cannavaro e Grosso; Pirlo, De Rossi, Perrotta e Totti (Camoranesi, 56min); Toni (Del Piero, 82min) e Gilardino (Iaquinta, 64min). Técnico: Marcello Lippi. GANA Kingson; Mensah, Kuffour, Pappoe (Shilla, 46min) e Pantsil; Appiah, Eric Addo, Muntari, Essien e Gyan (Tachie-Mensah, 89min); Amoah (Pimpong, 68min). Técnico: Ratomir Dujkovic.
O NÚMERO DO JOGO: 12 Gana deu uma dúzia de chutes em direção ao gol e teve o mesmo número de escanteios. Mostra que o time atacou bastante, mas não obrigou Buffon a nenhuma defesa importante.
FOI BEM: Pirlo Teve uma grande atuação, comandando o meio-campo italiano nas ações ofensivas e defensivas e marcando o gol que iniciou a vitória da Azzurra. FOI MAL: Carlos Eugenio Simon O árbitro brasileiro não deu um pênalti claro sobre Gyan quando a Itália vencia por 1 a 0. Depois, não expulsou Kuffour em uma entrada violentíssima sobre Iaquinta.
MOMENTO-CHAVE: A entrada de Iaquinta Descansado, o jogador entrou para puxar os contra-ataques italianos. Fez um gol no final e criou sérias dificuldades para a defesa ganense.
A mídia cansou seus ouvidos ao dizer que... a Itália sempre sofre para vencer equipes mais fracas
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O gol de Materazzi colocou a Itália em vantagem contra a República Tcheca
Data: 12/junho Estádio: Veltins Arena (Gelsenkirchen) Árbitro: Carlos Amarilla (Paraguai) Gols: Koller (5min) e Rosicky (35min e 75min) Cartões amarelos: Onyewu, Reyna (Estados Unidos), Grygera, Rozehnal, Rosicky e Lokvenc (República Tcheca) ESTADOS UNIDOS Keller; Lewis, Onyewu, Pope e Cherundolo (Johnson, 45min); Convey, Reyna, Mastroeni (O’Brien, 45min) e Beasley; Donovan e McBride (Wolff, 77min). Técnico: Bruce Arena. REPÚBLICA TCHECA Cech; Grygera, Jankulovski, Rozehnal e Ujfalusi; Galasek, Nedved, Poborsky (Polak, 82min), Rosicky (Stajner, 86min) e Plasil; Koller (Lokvenc, 45min). Técnico: Karel Brückner.
O NÚMERO DO JOGO: 9 Total de vezes que a República Tcheca entrou em impedimento. Isso mostra como a equipe dominou o jogo, mas também se posicionou mal.
FOI BEM: Rosicky Melhor jogador da partida e autor de dois gols. Mandou no meio-campo tcheco e por seus pés passaram as principais jogadas do time. FOI MAL: Defesa norte-americana Ficou perdida em campo e foi facilmente dominada pelo ataque tcheco, que poderia ter marcado mais do que três gols.
MOMENTO-CHAVE: O gol de Koller O primeiro gol da República Tcheca saiu logo aos 5 minutos e desmontou todo o sistema defensivo norte-americano.
A mídia cansou seus ouvidos ao dizer que... os tchecos mostraram que têm capacidade de fazer um bom Mundial
7/9/06 6:05:33 PM
31 ITÁLIA 1x1 ESTADOS UNIDOS
REP. TCHECA 0x2 GANA
Data: 16/junho Estádio: Fritz Walter Stadion (Kaiserslautern) Árbitro: Jorge Larrionda (Uruguai) Gols: Gilardino (22min) e Zaccardo (contra, 27min) Cartões amarelos: Totti, Zambrotta (Itália) e Pope (Estados Unidos) Cartões vermelhos: De Rossi (Itália), Mastroeni e Pope (Estados Unidos)
Data: 17/junho Estádio: RheinEnergieStadion (Colônia) Árbitro: Horacio Elisondo (Argentina) Gols: Gyan (2min) e Muntari (82min) Cartões amarelos: Lokvenc (Rep. Tcheca), Gyan, Boateng, Muntari, Mohamed, Otto Addo e Essien (Gana) Cartões vermelhos: Ujfalusi (Rep. Tcheca)
ITÁLIA Buffon; Zaccardo (Del Piero, 54min), Nesta, Cannavaro e Zambrotta; Perrotta, Pirlo, De Rossi e Totti (Gattuso, 35min); Toni (Iaquinta, 61min) e Gilardino. Técnico: Marcello Lippi.
FOI BEM: Keller Fez algumas boas defesas e foi importante para os Estados Unidos segurarem o empate. FOI MAL: De Rossi Deu uma cotovelada criminosa em McBride, foi expulso e ficou de fora do resto da Copa do Mundo.
ESTADOS UNIDOS Keller; Cherundolo, Onyewu, Pope e Bocanegra; Dempsey (Beasley, 62min), Mastroeni, Reyna e Convey (Conrad, 52min); McBride e Donovan. Técnico: Bruce Arena.
GANA Kinsgson; Pantsil, Mensah, Shilla e Mohammed; Otto Addo (Boateng, 46min), Essien, Appiah e Muntari; Gyan (Pimpong, 85min) e Amoah (Eric Addo, 80min). Técnico: Ratomir Dujkovic.
O NÚMERO DO JOGO: 0 Foi o número de chutes no gol da Itália dados pelos EUA. E o mais curioso é que, mesmo assim, a equipe conseguiu marcar um gol (num lance de Zaccardo, contra).
O NÚMERO DO JOGO: 28x13 A diferença no número de desarmes, a favor de Gana, mostra como os africanos dominaram o meio-campo, que foi um dos segredos para a vitória da equipe.
MOMENTO-CHAVE: A expulsão de De Rossi Quando os EUA empataram, a sensação era de que a Itália só teria mais trabalho. A expulsão, no entanto, tornou a equipe mais defensiva.
FOI MAL: Ujfalusi Mesmo antes de ser expulso, Ujfalusi já vinha jogando mal e não conseguia segurar o ataque de Gana.
MOMENTO-CHAVE: A expulsão de Ujfalusi Gana assumiu a liderança logo no começo, mas os tchecos mantinham o jogo equilibrado – isso até ficarem com um homem a menos.
A mídia cansou seus ouvidos ao dizer que... este jogo igualou o recorde de expulsões em uma partida de Copa
A mídia cansou seus ouvidos ao dizer que... finalmente uma seleção africana conseguiu vencer um jogo nesta Copa
REP. TCHECA 0x2 ITÁLIA
GANA 2x1 ESTADOS UNIDOS
Data: 22/junho Estádio: AOL Arena (Hamburgo) Árbitro: Benito Archundia (México) Gols: Materazzi (26min) e Inzaghi (87min) Cartões amarelos: Polak (República Tcheca) e Gattuso (Itália) Cartão vermelho: Polak (República Tcheca) REPÚBLICA TCHECA Cech; Grygera, Kovac (Heinz, 77min), Rozehnal e Jankulovski; Poborsky (Stajner, 46min), Rosicky, Polak, Nedved e Plasil; Baros (Jarolim, 64min). Técnico: Karel Brückner. ITÁLIA Buffon; Zambrotta, Cannavaro, Nesta (Materazzi, 17min) e Grosso; Gattuso, Pirlo, Perrotta e Camoranesi (Barone, 71min); Gilardino (Inzaghi, 60min) e Totti. Técnico: Marcello Lippi.
O NÚMERO DO JOGO: 96 Número de bolas que passaram pelos pés de Pirlo, que, mais uma vez, foi um dos homens-chave da Itália.
FOI BEM: Materazzi Entrou numa situação difícil, substituindo Nesta num jogo decisivo, mas se saiu bem na marcação e ainda marcou o primeiro gol italiano. FOI MAL: Seleção tcheca Com exceção de Cech e Nedved, foram apáticos na hora da decisão e acabaram com o ingrato título de melhor equipe a ser eliminada na primeira fase.
MOMENTO-CHAVE: A expulsão de Polak Assim como na partida contra Gana, a expulsão de um jogador acabou com as chances de reação da República Tcheca.
A mídia cansou seus ouvidos ao dizer que... Lippi acertou nas substituições
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REPÚBLICA TCHECA Cech; Grygera, Ujfalusi, Rozehnal e Jankulowski; Poborsky (Stajner, 56min), Galasek (Polak, 46min), Plasil (Sionko, 68min) e Nedved; Rosicky e Lokvenc. Técnico: Karel Brückner.
FOI BEM: Appiah Exelente nos desarmes, o ganense também teve ótima participação ofensiva.
Data: 22/junho Estádio: Frankenstadion (Nuremberg) Árbitro: Markus Merk (Alemanha) Gols: Draman (22min), Dempsey (43min) e Appiah (45min) Cartões amarelos: Appiah, Essien, Mensah, Shilla (Gana) e Lewis (Estados Unidos) GANA Kingson; Mensah, Pantsil, Shilla e Mohamed; Appiah, Essien, Draman (Tachie-Mensah, 80min) e Boateng (Otto Addo, 46min); Amoah (Eric Addo, 59min) e Pimpong. Técnico: Ratomir Dujkovic. ESTADOS UNIDOS Keller; Onyewu, Conrad, Cherundolo (Johnson, 61min) e Bocanegra; Dempsey, Reyna (Olsen, 40min), Lewis (Convey, 74min) e Beasley; Donovan e McBride. Técnico: Bruce Arena.
O NÚMERO DO JOGO: 32 Gana cometeu 32 faltas, exatamente o dobro do que fez os Estados Unidos. No segundo tempo, os ganenses abusaram desse recurso para parar o ataque norte-americano.
FOI BEM: Appiah Lutou muito, do começo ao fim. Mostrou disposição na marcação e ainda apoiou muito bem o ataque. Foi um líder em campo. FOI MAL: Markus Merk Não cometeu muitos erros, mas falhou num lance capital, que definiu o placar. Viu um pênalti inexistente de Onyewu em Pimpong, que Appiah converteu para recolocar Gana na frente.
MOMENTO-CHAVE: Cabeçada de McBride na trave Se tivesse entrado, essa bola, na metade do segundo tempo, daria o empate aos norteamericanos e mudaria o cenário de classificação.
A mídia cansou seus ouvidos ao dizer que... Gana pratica um futebol de força, por isso comete muitas faltas
7/9/06 6:05:42 PM
FICHAS - GRUPO F
Wolfgang Kumm/EFE
32 Kaká foi o único destaque do Brasil na vitória sobre a Croácia
NEM PRECISOU
BRILHAR Não era difícil saber quem seria o primeiro colocado do grupo F. De um lado, estava um dos principais candidatos ao título, o Brasil. Do outro, a chave não tinha nenhuma seleção cotada para, ao menos, atrapalhar o favorito. O que se viu foram duas seleções parecidas, Croácia e Austrália, com jogadores fortes e foco principal na marcação, e um Japão que não conseguiu definir direito como pretendia chegar a seu objetivo. Nenhum dos três mostrou um futebol que chegasse a empolgar. O Brasil passou fácil, embora sua superioridade só tenha ficado claríssima no último jogo, contra os japoneses. E a segunda vaga foi definida no primeiro jogo, em que o Japão vencia até os 39 do segundo tempo, mas acabou derrotado por 3 a 1. A Austrália chegou lá, e a Croácia decepcionou: em três jogos, não conseguiu nenhuma vitória, passando exageradamente longe da terceira colocação que conquistou em 1998.
AUSTRÁLIA 3x1 JAPÃO Data: 12/junho Estádio: Fritz Walter Stadion (Kaiserslautern) Árbitro: Essam Abdel Fatah (Egito) Gols: Nakamura (25min), Cahill (84min e 88min) e Aloisi (91min) Cartões amarelos: Grella, Moore, Cahill, Aloisi (Austrália), Takahara, Miyamoto e Moniwa (Japão) AUSTRÁLIA Schwarzer; Emerton, Moore (Kennedy, 60min), Neill e Chipperfield; Grella, Culina, Wilkshire (Aloisi, 74min) e Bresciano (Cahill, 52min); Kewell e Viduka. Técnico: Guus Hiddink. JAPÃO Kawaguchi; Komano, Tsuboi (Moniwa, 55min (Oguro, 90min), Fukunishi e Santos; Nakazawa, Miyamoto, Nakamura e Hidetoshi Nakata; Takahara e Yanagisawa (Ono, 78min). Técnico: Zico.
O NÚMERO DO JOGO: 2 Nos 38 minutos em que esteve em campo, Cahill deu só dois chutes em direção à meta de Kawaguchi. Foi o que bastou para ele marcar os dois gols da virada dos Socceroos.
BRASIL 1x0 CROÁCIA FOI BEM: Cahill Ficou no banco por não ter condições físicas de atuar durante 90 minutos. Entrou no segundo tempo, ajudou a equipe a pressionar os japoneses e marcou dois gols. FOI MAL: Defesa do Japão O time vencia por 1 a 0 até os 39 minutos do segundo tempo. Bastou sofrer um gol para o setor defensivo entrar em parafuso. Resultado: levou mais dois gols.
MOMENTO-CHAVE: Substituições de Hiddink A Austrália perdia por 1 a 0, e o treinador resolveu colocar o time no ataque. Arriscou com Kennedy, Cahill e Aloisi, e foi recompensado com uma virada.
A mídia cansou seus ouvidos ao dizer que... foi a primeira vitória da Austrália na história das Copas
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Data: 13/junho Estádio: Olympiastadion (Berlim) Árbitro: Benito Archundia (México) Gol: Kaká (44min) Cartões amarelos: Emerson (Brasil), Niko Kovac, Robert Kovac e Tudor (Croácia) BRASIL Dida; Cafu, Lúcio, Juan e Roberto Carlos; Emerson, Zé Roberto, Kaká e Ronaldinho; Ronaldo (Robinho, 70min) e Adriano. Técnico: Carlos Alberto Parreira. CROÁCIA Pletikosa; Simic, Robert Kovac, Simunic e Babic; Srna, Tudor, Niko Kovac (Leko, 41min) e Kranjcar; Prso e Klasnic (Olic, 57min). Técnico: Zlatko Kranjcar.
O NÚMERO DO JOGO: 14 É o número de vezes em que Ronaldo pegou na bola durante a partida – foi desarmado em quatro desses lances. Kaká também sofreu quatro desarmes, mas pegou na bola 68 vezes.
FOI BEM: Kaká Não foi uma partida maravilhosa do meia do Milan. No cômputo geral, no entanto, sua atuação foi decisiva para que o Brasil saísse de campo com a vitória. FOI MAL: Parreira Demorou para tirar Ronaldo de campo, o que poderia ter causado problemas maiores à Seleção. E errou no substituto: quis agradar a torcida e pôs Robinho, deixando Juninho no banco.
MOMENTO-CHAVE: A saída de Niko Kovac O meia “grudou” em Kaká na maior parte do primeiro tempo. Apenas três minutos depois que se lesionou, o brasileiro apareceu livre para marcar.
A mídia cansou seus ouvidos ao dizer que... o Brasil superou o recorde de vitórias consecutivas em Mundiais
7/9/06 6:05:56 PM
33 BRASIL 2x0 AUSTRÁLIA Data: 18/junho Estádio: Allianz Arena (Munique) Árbitro: Markus Merk (Alemanha) Gols: Adriano (49min) e Fred (90min) Cartões amarelos: Cafu, Ronaldo, Robinho (Brasil), Emerton e Culina (Austrália) BRASIL Dida; Cafu, Lúcio, Juan e Roberto Carlos; Emerson (Gilberto Silva, 72min), Zé Roberto, Kaká e Ronaldinho; Adriano (Fred, 87min) e Ronaldo (Robinho, 72min). Técnico: Carlos Alberto Parreira. AUSTRÁLIA Schwarzer; Popovic (Bresciano, 41min), Neill, Moore (Aloisi, 69min) e Chipperfield; Emerton, Sterjovski, Grella e Cahill (Kewell, 56min); Culina e Viduka. Técnico: Guus Hiddink.
O NÚMERO DO JOGO: 25x9 Poucas partidas na Copa tiveram uma diferença tão grande na quantidade de faltas cometidas pelas duas equipes, com a Austrália fazendo quase o triplo que o Brasil.
CROÁCIA 0x0 JAPÃO FOI BEM: Zé Roberto Além de se destacar na defesa, mostrou-se como a melhor alternativa de conduzir a bola da defesa ao ataque – tanto que fez com que a torcida parasse de pedir sua saída do time. FOI MAL: Lúcio O zagueiro do Brasil conseguiu ser driblado por todo mundo no time da Austrália. Além disso, subiu ao ataque diversas vezes, sem produzir resultado algum.
MOMENTO-CHAVE: O segundo gol do Brasil Só aí, no último minuto, é que se definiu a partida. Até então, a Austrália esteve mais perto de empatar do que o Brasil de ampliar.
CROÁCIA Pletikosa; Simic, Robert Kovac, Tudor (Olic, 69min) e Simunic; Srna (Bosnjak, 86min), Babic, Niko Kovac e Kranjcar (Modric, 77min); Prso e Klasnic. Técnico: Zlatko Kranjcar.
FOI BEM: Kawaguchi Fez alguma defesas difíceis, incluindo a cobrança de pênalti. Isso sem falar que foi protagonista da cena mais bizarra da partida, ao “furar” num recuo e deixar a bola passar.
JAPÃO Kawaguchi; Kaji, Miyamoto, Nakazawa e Santos; Ogasawara, Fukunishi (Inamoto, 45min), Hidetoshi Nakata e Nakamura; Takahara (Oguro, 84min) e Yanagisawa (Tamada, 60min). Técnico: Zico.
FOI MAL: Ataque japonês Takahara e Yanagisawa cansaram de perder gols. Tamada e Oguro entraram depois e também não fizeram nada.
O NÚMERO DO JOGO: 28 Foram 12 chutes japoneses ao gol e 16 croatas. Ou seja, os dois times tentaram bastante o ataque, mas a ineficiência de seus avantes fez com que o placar não saísse do zero.
MOMENTO-CHAVE: O pênalti perdido por Srna Foi a grande chance de a Croácia abrir o placar. Se convertido, o pênalti teria mudado não só o destino do jogo como também a disputa pela classificação.
A mídia cansou seus ouvidos ao dizer que... Robinho entrou e mudou o time
A mídia cansou seus ouvidos ao dizer que... Kawaguchi salvou o Japão da eliminação precoce
BRASIL 4x1 JAPÃO
CROÁCIA 2x2 AUSTRÁLIA
Data: 22/junho Estádio: Signal-Iduna Park (Dortmund) Árbitro: Eric Poulat (França) Gols: Tamada (34min), Ronaldo (45min e 81min), Juninho Pernambucano (53min) e Gilberto (59min) Cartões amarelos: Gilberto (Brasil) e Kaji (Japão) BRASIL Dida (Rogério Ceni, 82min); Cicinho, Lúcio, Juan e Gilberto; Gilberto Silva, Juninho, Kaká (Zé Roberto, 71min) e Ronaldinho (Ricardinho, 71min); Ronaldo e Robinho. Técnico: Carlos Alberto Parreira. JAPÃO Kawaguchi; Kaji, Tsuboi, Nakazawa e Santos; Inamoto, Ogasawara (Koji Nakata, 56min), Nakamura e Hidetoshi Nakata; Maki (Takahara, 60min (Oguro, 66min) e Tamada. Técnico: Zico.
O NÚMERO DO JOGO: 15x3 Foi essa a diferença entre o número de dribles certos do Brasil e do Japão. Isso mostra o maior empenho ofensivo brasileiro, bem como a fragilidade japonesa.
FOI BEM: Ronaldo No dia seguinte à divulgação na imprensa de seu peso, o atacante “desencantou” e igualou o recorde de gols em Copas do Mundo, que superaria no jogo seguinte. FOI MAL: Takahara Entrou para tentar mudar alguma coisa no jogo, mas se contundiu depois de apenas cinco minutos.
MOMENTO-CHAVE: O gol de Juninho Pernambucano O meia do Lyon fez um golaço, chutando de fora da área. Além de ter sido o gol da virada, foi importante porque mostrou à equipe que seria fácil se impor.
A mídia cansou seus ouvidos ao dizer que... Zico perdeu a chance de repetir Otto Glória e vencer seu país-natal
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Data: 18/junho Estádio: Frankenstadion (Nuremberg) Árbitro: Frank de Bleeckere (Bélgica) Cartões amarelos: Miyamoto, Kawaguchi, Santos (Japão), Srna e Robert Kovac (Croácia)
Data: 22/junho Estádio: Gottlieb-Daimler-Stadion (Stuttgart) Árbitro: Graham Poll (Inglaterra) Gols: Srna (2min), Moore (38min), Niko Kovac (56min) e Kewell (79min) Cartões amarelos: Simic, Tudor, Simunic, Pletikosa (Croácia) e Emerton (Austrália) Cartões vermelhos: Simic, Simunic (Croácia) e Emerton (Austrália) CROÁCIA Pletikosa; Simic, Tudor, Tomas (Klasnic, 83min) e Simunic; Srna, Niko Kovac, Babic e Kranjcar (Leko, 65min); Prso e Olic (Modric, 74min). Técnico: Zlatko Kranjcar.
FOI BEM: Kewell Marcou o gol de empate na parte final do jogo e garantiu a classificação dos Socceroos. FOI MAL: Graham Poll O juiz cometeu diversas falhas, mas a pior foi dar três cartões amarelos para Simunic antes de expulsar o croata.
AUSTRÁLIA Kalac; Neill, Moore, Chipperfield (Kennedy, 75min) e Emerton; Grella (Aloisi, 63min), Culina, Cahill e Sterjovski (Bresciano, 71min); Kewell e Viduka. Técnico: Guus Hiddink.
O NÚMERO DO JOGO: 0 Olic, Klasnic e Prso passaram o jogo sem acertar um único chute no gol de Kalac. Com esse aproveitamento do ataque, sobrou para o meio-campo a tarefa de criar as chances de gol croatas.
MOMENTO-CHAVE: Mudanças feitas por Hiddink Como no jogo contra o Japão, o treinador mexeu bem na equipe. Ele arriscou ao tirar dois jogadores defensivos e colocar dois atacantes, e a tática deu certo.
A mídia cansou seus ouvidos ao dizer que... o frango de Kalac quase custou a classificação à Austrália
7/9/06 6:06:06 PM
Youri Kochetkov/EFE
34 FICHAS - GRUPO G
FRANÇA EXORCIZA
FANTASMAS Em teoria, Suíça, Coréia do Sul e Togo não colocariam em risco a classificação dos Bleus para a segunda fase. Porém, a França quase se complicou mesmo assim. As críticas vieram, por conta da lembrança viva da campanha no último Mundial, mas a seleção aproveitou a fase de grupos justamente para se livrar dos fantasmas. A Suíça foi a surpresa da chave, ao terminar em primeiro lugar sem sofrer gols. A Coréia do Sul começou bem e derrotou Togo de virada na estréia. Em seguida, empatou com a França e ficou perto da vaga para as oitavas. Porém, a derrota para os suíços mandou o time de volta para casa. Togo merece um capítulo à parte. Os Gaviões entram para a história das Copas por conta da desorganização. O grande motivo da bagunça foi o pagamento de prêmios. Houve de tudo: o técnico Otto Pfister se demitiu e voltou atrás, o elenco ameaçou fazer greve... Dentro de campo, os togoleses fizeram pouco. Perderam suas três partidas e marcaram apenas um gol.
FRANÇA 0x0 SUÍÇA
CORÉIA DO SUL 2x1 TOGO
Data: 13/junho Estádio: Gottlieb-Daimler-Stadion (Stuttgart) Árbitro: Valentin Ivanov (Rússia) Cartões amarelos: Abidal, Zidane, Sagnol (França), Magnin, Streller, Degen, Cabanas e Frei (Suíça) FRANÇA Barthez; Sagnol, Thuram, Gallas e Abidal; Makélélé, Vieira, Ribéry (Saha, 69min) e Zidane; Wiltord (Dhorasoo, 83min) e Henry. Técnico: Raymond Domenech. SUÍÇA Zuberbühler; Magnin, Senderos, Müller (Djourou, 74min) e Degen; Cabanas, Vogel, Wicky (Margairaz, 81min) e Barnetta; Frei e Streller (Gygax, 55min). Técnico: Jakob Kuhn.
O NÚMERO DO JOGO: 7 Foi o número total de chutes a gol das duas equipes, somadas, durante a partida. Isso indica como o jogo foi fraco, com poucas oportunidades.
FOI BEM: Defesa suíça Anulou o ataque francês, já indicando que dificilmente seria vazada nesta Copa. FOI MAL: Domenech O treinador francês mudou o esquema tático da equipe, com Henry isolado no ataque, e deixou Trezeguet no banco.
MOMENTO-CHAVE: Pênalti de Müller não marcado pelo juiz Valentin Ivanov não viu o desvio de mão do zagueiro súíço em um chute de Henry. Numa partida de poucas chances, esse pênalti teria sido decisivo.
A mídia cansou seus ouvidos ao dizer que... a França chegou ao seu quarto jogo seguido sem marcar em Mundiais
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A França sofreu, mas superou o trauma de 2002
Data: 13/junho Estádio: CommerzBank Arena (Frankfurt) Árbitro: Graham Poll (Inglaterra) Gols: Kader (31min), Chun-Soo Lee (54min) e Jung-Hwan Ahn (72min) Cartões amarelos: Abalo, Romao, Tchangai (Togo), Chun-Soo Lee e Young-Chul Kim (Coréia) Cartão vermelho: Abalo (Togo) CORÉIA DO SUL Woon-Jae Lee; Young-Chul Kim, Jin-Cheul Choi, Jin-Kyu Kim (Jung-Hwan Ahn, 46min) e Young-Pyo Lee; Chong-Gug Song, Ji-Sung Park, Eul-Yong Lee (Nam-Il Kim, 68min) e Ho Lee; Chun-Soo Lee e Jae-Jin Cho (Sang-Sik Kim, 83min). Técnico: Dick Advocaat.
FOI BEM: Jung-Hwan Ahn Depois que o atacante entrou, o ataque da Coréia do Sul se tornou mais insinuante e incisivo. FOI MAL: Agassa O goleiro togolês até fez boas defesas, mas mostrou sinais de desconcentração nos lances dos dois gols sul-coreanos.
TOGO Agassa; Nibombe, Tchangai, Assemoassa (Forson, 62) e Abalo; Salifou (Aziawonou, 86min), Cherif-Touré, Romao e Senaya (Touré, 56min); Kader e Adebayor. Técnico: Otto Pfister.
O NÚMERO DO JOGO: 41 Justificando o estereótipo de jogar na correria, a Coréia do Sul abusou dos lançamentos em profundidade, tentando ganhar dos togoleses na velocidade.
MOMENTO-CHAVE: Falta de Abalo em Ji-Sung Park O lance destruiu Togo, pois o time vencia por 1 a 0 e, em um minuto, teve seu capitão expulso e sofreu o gol de empate.
A mídia cansou seus ouvidos ao dizer que... a Coréia do Sul sofreu para vencer o problemático time do Togo
7/9/06 6:06:24 PM
35 FRANÇA 1x1 CORÉIA DO SUL
TOGO 0x2 SUÍÇA
Data: 18/junho Estádio: Zentralstadion (Leipzig) Árbitro: Benito Archundia (México) Gols: Henry (9min) e Ji-Sung Park (81min) Cartões amarelos: Abidal, Zidane (França), Ho Lee e Dong-Jin Kim (Coréia do Sul)
Data: 19/junho Estádio: Signal-Iduna Park (Dortmund) Árbitro: Carlos Amarilla (Paraguai) Gols: Frei (16min) e Barnetta (88min) Cartões amarelos: Adebayor, Romao, Salifou (Togo) e Vogel (Suíça)
FRANÇA Barthez; Sagnol, Thuram, Gallas e Abidal; Vieira, Makélélé, Malouda (Dhorasoo, 87min), Zidane (Trezeguet, 90min) e Wiltord (Ribéry, 59min); Henry. Técnico: Raymond Domenech. CORÉIA DO SUL Woon-Jae Lee; Young-Chul Kim, Dong-Jin Kim, Jin-Cheul Choi e YoungPyo Lee; Nam-Il Kim, Eul-Yong Lee (Ki-Hyeon Seol, 45min), Ho Lee (Sang-Sik Kim, 68min) e Ji-Sung Park; Chun-Soo Lee (Jung-Hwan Ahn, 71min) e Jae-Jin Cho. Técnico: Dick Advocaat.
O NÚMERO DO JOGO: 13x5 A quantidade de chutes reflete o domínio que a França teve no jogo. Os Bleus só não saíram com a vitória porque não conseguiram “matar” a partida quando lideravam.
FOI BEM: Makélélé O volante dos Bleus teve uma boa atuação ao anular o meio-campo da Coréia do Sul, que praticamente não teve espaços para criar jogadas ofensivas. FOI MAL: Defesa francesa A Coréia do Sul praticamente não ameaçou o gol francês. Na única chance que teve, conseguiu o empate. Tudo graças a um apagão coletivo da defesa.
MOMENTO-CHAVE: Gol não validado para a França Em cabeçada de Vieira, o goleiro sul-coreano pegou a bola dentro do gol, mas o árbitro não deu o gol para os franceses, o que teria decidido a partida.
FOI BEM: Barnetta O meia foi o principal jogador em campo. Ele articulou as jogadas da Suíça, levou perigo em alguns chutes e deixou sua marca nas redes.
TOGO Agassa; Touré, Tchangai, Nibombe e Forson; Dossevi (Senaya, 69min), Romao, Agboh (Salifou, 25min) e Cherif-Touré (Malm, 87min); Adebayor e Kader. Técnico: Otto Pfister.
FOI MAL: Ataque togolês Adebayor e Kader tiveram várias oportunidades para marcar. Porém, por excesso de preciosismo, desperdiçaram as melhores chances dos Gaviões no jogo.
SUÍÇA Zuberbühler; Degen, Müller, Senderos e Magnin; Barnetta, Vogel, Cabanas (Streller, 77min) e Wicky; Frei (Lustrinelli, 87min) e Gygax (Hakan Yakin, 45min). Técnico: Jakob Kuhn.
O NÚMERO DO JOGO: 24 Tchangai e Nibombe fizeram um ótimo trabalho na defesa. Os zagueiros roubaram nada menos que 24 bolas e dificultaram o trabalho do ataque suíço.
MOMENTO-CHAVE: Pênaltis não marcados para o Togo Adebayor foi derrubado duas vezes dentro da área quando o jogo ainda estava 1 a 0 para os suíços. O árbitro Carlos Amarilla fez vista grossa e nada marcou.
A mídia cansou seus ouvidos ao dizer que... finalmente a França acabou com seu jejum de gols em Copas
A mídia cansou seus ouvidos ao dizer que... os jogadores togoleses ameaçaram entrar em greve antes da partida
FRANÇA 2x0 TOGO
SUÍÇA 2x0 CORÉIA DO SUL
Data: 23/junho Estádio: RheinEnergieStadion (Colônia) Árbitro: Jorge Larrionda (Uruguai) Gols: Vieira (55min) e Henry (61min) Cartões amarelos: Makélélé (França), Aziawonou, Cherif-Touré e Salifou (Togo) FRANÇA Barthez; Sagnol, Thuram, Gallas e Silvestre; Makélélé, Vieira (Diarra, 81min), Ribéry (Govou, 77min) e Malouda (Wiltord, 74min); Henry e Trezeguet. Técnico: Raymond Domenech. TOGO Agassa; Tchangai, Nibombe, Abalo e Forson; Aziawonou, Senaya, Salifou e Cherif-Touré (Olufade, 59min); Adebayor (Dossèvi, 75min) e Kader. Técnico: Otto Pfister.
O NÚMERO DO JOGO: 58% A França demonstrou nervosismo até fazer seus gols. Depois, passou a trocar passes para fazer o tempo passar, o que elevou o tempo em que os Bleus tiveram a posse de bola.
FOI BEM: Vieira Quando o nervosismo tomava conta dos franceses, o volante assumiu a responsabilidade. Marcou o primeiro gol e tocou de cabeça para Henry fazer o segundo, sendo fundamental para a vitória. FOI MAL: Adebayor O jogo contra os Bleus traduziu seu desempenho na Copa: estava mais preocupado em fazer firulas do que propriamente jogar bola.
MOMENTO-CHAVE: Escalação de Trezeguet Com a suspensão de Zidane e a necessidade da vitória, Domenech mandou o time para a frente com a entrada do atacante da Juventus – e a França venceu.
A mídia cansou seus ouvidos ao dizer que... com a classificação, os franceses adiaram a aposentadoria de Zidane
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Data: 23/junho Estádio: AWD Arena (Hannover) Árbitro: Horacio Elizondo (Argentina) Gols: Senderos (23min) e Frei (77min) Cartões amarelos: Senderos, Hakan Yakin, Wicky, Spycher, Djourou (Suíça), Chu-Young Park, Jin-Kyu Kim, Jin-Cheul Choi e Chun-Soo Lee (Coréia do Sul) SUÍÇA Zuberbühler; Spycher, Senderos (Djourou, 53min), Degen e Muller; Wicky (Behrami, 88min), Vogel, Hakan Yakin (Margairaz, 70min), Cabanas e Barnetta; Frei. Técnico: Jakob Kuhn. CORÉIA DO SUL Woon-Jae Lee; Young-Pyo Lee (Jung-Hwan Ahn, 62min), Jin-Cheul Choi, Jin-Kyu Kim e Dong-Jin Kim; Ho Lee, Nam-Il Kim, Ji-Sung Park e Chu-Young Park (Ki-Hyeon Seol, 65min); Chun-Soo Lee e Jae-Jin Cho. Técnico: Dick Advocaat.
O NÚMERO DO JOGO: 10 Não se pode dizer que os jogadores de ataque coreanos não são esforçados, mas as 10 faltas que fizeram nos defensores suíços mostram que, se sobrou disposição, faltou categoria.
FOI BEM: Meias suíços Barnetta e Yakin infernizaram a zaga coreana. Com um pouco mais de pontaria do ataque, a Suíça poderia ter goleado. FOI MAL: Ji-Sung Park O único coreano a jogar em uma equipe de ponta do mundo – o Manchester United –, Park não apareceu para jogar. A equipe sentiu sua falta.
MOMENTO-CHAVE: O gol perdido por Chu-Young Park A Suíça dominou totalmente a primeira etapa, mas a partida poderia ter outro destino se Chu-Young Park não perdesse um gol incrível aos 45 minutos.
A mídia cansou seus ouvidos ao dizer que... sem a ajuda do juiz, a Coréia caiu fora desta Copa
7/9/06 6:06:29 PM
Oliver Weiken/EFE
36 FICHAS - GRUPO H
DOMÍNIO DA
FÚRIA
Nenhum grupo foi tão fácil como o H. Do começo ao fim, a Espanha se impôs de maneira contundente e, com um futebol vistoso, obteve a classificação. Os espanhóis não deram chances para a zebra e ainda aplicaram uma goleada na estréia sobre a Ucrânia. Tunísia e Arábia Saudita estavam lá apenas como figurantes. Na única chance das equipes conquistarem um ponto, saiu um empate que, apesar dos quatro gols marcados, foi chato e monótono. À Ucrânia restava consolidar a boa campanha das eliminatórias e conseguir uma das vagas para as oitavas-de-final, o que ela fez sem muita dificuldade, apesar da goleada que sofreu na estréia. No final das contas, o óbvio aconteceu. A Espanha confirmou todo seu favoritismo e a expectativa existente sobre o time. Já a Tunísia, com um futebol fraco e carente de talentos, se mostrou uma enorme decepção. Dos sauditas, não se esperava muita coisa mesmo, a não ser um time limitado tecnicamente.
ESPANHA 4x0 UCRÂNIA Data: 14/junho Estádio: Zentralstadion (Leipzig) Árbitro: Massimo Busacca (Suíça) Gols: Xabi Alonso (13min), Villa (17min e pênalti, 48min) e Fernando Torres (81min) Cartões amarelos: Rusol e Yezerskyi (Ucrânia) Cartão vermelho: Vashchuk (Ucrânia) ESPANHA Casillas; Sergio Ramos, Puyol, Pablo e Pernía; Marcos Senna, Xabi Alonso (Albelda, 55min), Xavi e Luís García (Fábregas, 77min); Villa (Raúl, 55min) e Fernando Torres. Técnico: Luis Aragonés. UCRÂNIA Shovkovskyi; Yezerskyi, Rusol, Vashchuk e Nesmachnyi; Tymoschuk, Gusev (Shelayev, 46min), Gusin (Vorobey, 46min) e Rotan (Rebrov, 64min); Shevchenko e Voronin. Técnico: Oleg Blokhin.
O NÚMERO DO JOGO: 17x5 A superioridade espanhola fica evidente no número de chutes das duas equipes. Com um meiocampo bem marcado, a Ucrânia deixou Shevchenko e Voronin isolados e sem poder de ação.
TUNÍSIA 2x2 ARÁBIA SAUDITA FOI BEM: Meio-campo espanhol Xabi Alonso, Xavi, Marcos Senna e Luís García tiveram grande atuação, anulando o meio-campo adversário na marcação e ajudando a criar oportunidades de gol. FOI MAL: Gusin, Rotan, Shevchenko e Voronin O quarteto responsável pelos ataques da Ucrânia esteve ausente em toda a partida, sem ameaçar o domínio espanhol.
MOMENTO-CHAVE: Pênalti em Fernando Torres A Ucrânia já perdia por 2 a 0, mas ter um zagueiro expulso e sofrer o terceiro gol no começo do segundo tempo acabou com as possibilidades ucranianas.
A mídia cansou seus ouvidos ao dizer que... a Ucrânia não é nada sem Shevchenko (que voltava de contusão)
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A Espanha teve a melhor campanha da primeira fase
Data: 14/junho Estádio: Allianz Arena (Munique) Árbitro: Mark Shield (Austrália) Gols: Jaziri (22min), Al Kahtani (56min), Al Jaber (84min) e Jaidi (90min) Cartões amarelos: Haggui, Bouazizi, Chedli e Chikhaoui (Tunísia) TUNÍSIA Boumnijel; Haggui, Trabelsi, Jaidi e Jemmali; Mnari, Bouazizi (Nafti, 54min), Chedli (Ghodbane, 68min) e Namouchi; Jaziri e Chikhaoui (Essediri, 81min). Técnico: Roger Lemerre. ARÁBIA SAUDITA Zaid; Dokhi, Tukar, Al Montashari e Sulimani; Al Ghamdi, Noor (Ameen, 74min), Khariri e Aziz; Al Temyat (Al Hawsawi, 66min) e Al Kahtani (Al Jaber, 81min). Técnico: Marcos Paquetá.
O NÚMERO DO JOGO: 2 Esse foi o número total de chutes a gol que a Arábia Saudita deu durante toda a partida. Mas bastou isso para balançar a rede tunisiana duas vezes.
FOI BEM: Al Jaber Menos de 3 minutos depois de entrar em campo, marcou um gol, tornando-se apenas o sexto jogador na história a fazer gols em Copas com 12 anos de diferença (1994 e 2006). FOI MAL: Os dois times Apesar dos quatro gols, a partida foi muito chata, com um nível técnico baixíssimo e poucos momentos de emoção.
MOMENTO-CHAVE: O gol de Al Kahtani Até marcar seu primeiro gol, a Arábia não tinha feito nada em campo. Depois dele, o time passou a dominar o jogo e chegou até a liderar o placar.
A mídia cansou seus ouvidos ao dizer que... Marcos Paquetá mostrou estrela ao colocar Al Jaber em campo
7/9/06 6:06:47 PM
37 ARÁBIA SAUDITA 0x4 UCRÂNIA
ESPANHA 3x1 TUNÍSIA
Data: 19/junho Estádio: AOL Arena (Hamburgo) Árbitro: Graham Poll (Inglaterra) Gols: Rusol (4min), Rebrov (36min), Shevchenko (46min) e Kalinichenko (84min) Cartões amarelos: Nesmachnyi, Kalinichenko, Sviderskyi (Ucrânia), Dokhi, Al Ghamdi e Kariri (Arábia Saudita)
Data: 19/junho Estádio: Gottlieb-Daimler-Stadion (Stuttgart) Árbitro: Carlos Eugenio Simon (Brasil) Gols: Mnari (8min), Raúl (71min) e Fernando Torres (77min e pênalti, 91min) Cartões amarelos: Puyol, Fábregas (Espanha), Trabelsi, Jaidi, Ayari, Mnari, Guemamdia e Jaziri (Tunísia)
ARÁBIA SAUDITA Zaid; Dokhi (Khathran, 55min), Tukar, Al Montashari e Sulimani; Al Ghamdi, Ameen (Al Hawsawi, 55min), Noor (Al Jaber, 77min) e Khariri; Aziz e Al Kahtani. Técnico: Marcos Paquetá. UCRÂNIA Shovkovskyi; Nesmachnyi, Rusol, Sviderskyi e Tymoschuk; Shelayev, Gusev e Kalinichenko; Voronin (Gusin, 79min), Rebrov (Rotan, 71min) e Shevchenko (Milevskyi, 86min). Técnico: Oleg Blokhin.
O NÚMERO DO JOGO: 17x5 Não foi só uma questão de pontaria. Os asiáticos chutaram só cinco vezes a gol, contra 17 dos europeus. Com essa discrepância, o placar não poderia ser muito diferente.
FOI BEM: Kalinichenko O meia do Spartak deu duas assistências e marcou um gol. Além disso, acertou sete dos oito lançamentos que tentou durante o jogo. FOI MAL: Zaid Levou quatro gols, dos quais dois eram defensáveis. Não que o resto do time tenha ido muito melhor, mas a má atuação do goleiro saudita ajudou o placar a ser elástico.
MOMENTO-CHAVE: O primeiro gol Se a Arábia pensava em dificultar a vida da Ucrânia, essa expectativa ruiu logo aos 2 minutos de jogo, quando Rusol desviou de joelho uma cobrança de escanteio e abriu o placar.
TUNÍSIA Boumnijel; Trabelsi, Jaidi, Haggui e Ayari (Yahia, 57min); Bouazizi (Ghodbane, 57min), Nafti, Mnari e Chedli (Guemamdia, 78min); Namouchi e Jaziri. Técnico: Roger Lemerre.
O NÚMERO DO JOGO: 20 A quantidade de escanteios conseguidos pela Fúria deixa bem claro a intensidade da pressão espanhola até conseguir a virada sobre a Tunísia.
FOI MAL: Timidez tunisiana No primeiro tempo, a Tunísia soube se defender e até ameaçou ampliar sua vantagem em contra-ataques. Porém, depois recuou demais.
MOMENTO-CHAVE: Entrada de Fábregas O volante entrou no lugar de Marcos Senna e, mais técnico e ofensivo, deu inteligência ao meio-campo e participou dos dois primeiros gols.
A mídia cansou seus ouvidos ao dizer que... a Ucrânia devolveu o 4 a 0 da estréia
A mídia cansou seus ouvidos ao dizer que... a Espanha foi um dos poucos times a mostrar um futebol convincente
ARÁBIA SAUDITA 0x1 ESPANHA
UCRÂNIA 1x0 TUNÍSIA
Data: 23/junho Estádio: Fritz Walter Stadion (Kaiserslautern) Árbitro: Coffi Codjia (Benin) Gol: Juanito (36min) Cartões amarelos: Al Jaber, Al Temyat (Arábia Saudita), Albelda, Reyes e Marchena (Espanha)
Data: 23/junho Estádio: Olympiastadion (Berlim) Árbitro: Carlos Amarilla (Paraguai) Gols: Schevchenko (pênalti, 70min) Cartões amarelos: Sviderskyi, Tymoschuk, Rusol, Shelayev (Ucrânia), Jaziri, Jaidi e Bouazizi (Tunísia) Cartão vermelho: Jaziri (Tunísia)
ARÁBIA SAUDITA Zaid; Dokhi, Tukar, Al Montashari e Al Khathran; Sulimani (Massad, 81min), Noor, Khariri e Aziz (Al Temyat, 13min); Al Jaber (Al Hawsawi, 68min) e Al Harthi. Técnico: Marcos Paquetá. ESPANHA Cañizares; Salgado, Marchena, Juanito e Antonio López; Albelda, Reyes (Torres, 70min) e Iniesta; Joaquín, Fábregas (Xavi, 66min) e Raúl (Villa, 46min). Técnico: Luís Aragonés.
O NÚMERO DO JOGO: 12 Apesar da falta de interesse, a Fúria chutou muito a gol e poderia ter goleado a Arábia Saudita se não fossem as defesas do goleiro Zaid.
FOI BEM: Joaquín Foi o único atacante espanhol a tentar criar jogadas em todos os momentos do jogo. FOI MAL: Atitude da Arábia Saudita As possibilidades de classificação eram pequenas, mas existiam. Mas, diante do time reserva da Espanha, os sauditas se limitaram a tentar evitar uma goleada.
MOMENTO-CHAVE: O gol de Juanito A Espanha pressionava a Arábia Saudita e, depois do gol, se acomodou e fez o resto da partida se tornar uma longa procissão rumo ao apito final.
A mídia cansou seus ouvidos ao dizer que... a Arábia Saudita é tão ruim que perdeu até do time reserva da Espanha
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ESPANHA Casillas; Sergio Ramos, Pablo, Puyol e Pernía; Marcos Senna (Fábregas, 46min), Xabi Alonso, Xavi e Luís García (Raúl, 46min); Fernando Torres e Villa (Joaquín, 56min). Técnico: Luis Aragonés.
FOI BEM: Fernando Torres Foi oportunista e ganhou força como grande líder da Espanha na próxima década, além de assumir provisoriamente a artilharia da Copa.
UCRÂNIA Shovkovskyi; Gusev, Rusol, Sviderskyi e Nesmachnyi; Tymoschuk, Shelayev, Kalinichenko (Gusin, 74min) e Rebrov (Vorobey, 54min); Shevchenko (Milevskyi, 88min) e Voronin. Técnico: Oleg Blokhin. TUNÍSIA Boumnijel; Trabelsi, Jaidi, Haggui e Ayari; Namouchi, Mnari, Chedli (Francileudo, 78min) e Nafti (Ghodbane, 90min); Bouazizi (Ben Saada, 78min) e Jaziri. Técnico: Roger Lemerre.
O NÚMERO DO JOGO: 5x1 Durante a partida, cada time deu seis chutes. A diferença é que a Ucrânia acertou cinco deles na direção do gol, e a Tunísia acertou apenas um.
FOI BEM: Tymoschuk O volante foi o melhor jogador da Ucrânia, principalmente no desarme, num dia de atuação apagada e discreta da maioria dos jogadores. FOI MAL: Dupla de zaga ucraniana Rusol e Sviderskyi levaram o segundo cartão amarelo na competição e desfalcaram a Ucrânia na partida contra a Suíça pelas oitavas-de-final.
MOMENTO-CHAVE: Expulsão de Jaziri O segundo cartão amarelo do atacante praticamente acabou com as chances de vitória da Tunísia. Com um a mais, a Ucrânia quase não foi ameaçada.
A mídia cansou seus ouvidos ao dizer que... a Ucrânia passou para as oitavas-de-final logo em sua primeira Copa
7/9/06 6:07:01 PM
Kim Ludbrook/EFE
38 FICHAS - OITAVAS-DE-FINAL
ALEMANHA 2x0 SUÉCIA Data: 24/junho Estádio: Allianz Arena (Munique) Árbitro: Carlos Eugenio Simon (Brasil) Gols: Podolski (4min e 11min) Cartões amarelos: Frings (Alemanha), Lucic, Jonson e Allback (Suécia) Cartão vermelho: Lucic (Suécia)
FOI BEM: Klose As jogadas dos dois gols mostraram que, além de oportunista, o centroavante alemão é habilidoso e inteligente.
ALEMANHA Lehmann; Friedrich, Metzelder, Mertesacker e Lahm; Schneider, Frings (Kehl, 85min), Schweinsteiger (Borowski, 72min) e Ballack; Podolski (Neuville, 74min) e Klose. Técnico: Jürgen Klinsmann. SUÉCIA Isaksson; Alexandersson, Mellberg, Lucic e Edman; Linderoth, Kallstrom (Hansson, 39min), Jonson (Wilhelmsson, 52min) e Ljungberg; Ibrahimovic (Allback, 72min) e Larsson. Técnico: Lars Lagerback.
O NÚMERO DO JOGO: 26x5 A comparação da quantidade de finalizações das duas seleções mostra como a Alemanha atacou o jogo inteiro e dominou completamente a Suécia.
ARGENTINA 2x1 MÉXICO
FOI MAL: Ibrahimovic Considerado um dos maiores atacantes do mundo, o sueco fez uma péssima Copa, coroando isso com uma atuação apagadíssima em um jogo que deveria ser o líder de sua equipe.
MOMENTO-CHAVE: Pênalti desperdiçado por Larsson A Suécia parecia morta em campo até ter um pênalti a seu favor. Mas o chute foi muito alto e acabou com a ilusão dos torcedores suecos.
A mídia cansou seus ouvidos ao dizer que... a Alemanha empolgou a torcida, e vai ser difícil alguém ganhar dela
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Data: 24/junho Estádio: Zentralstadion (Leipzig) Árbitro: Massimo Busacca (Suíça) Gols: Rafa Márquez (5min), Crespo (9min) e Maxi Rodríguez (97min) Cartões amarelos: Heinze, Sorín (Argentina), Torrado e Rafa Márquez (México) ARGENTINA Abbondanzieri; Scaloni, Ayala, Heinze e Sorín; Mascherano, Cambiasso (Aimar, 70min), Maxi Rodríguez e Riquelme, Saviola (Messi, 84min) e Crespo (Tevez, 70min). Técnico: José Pekerman MÉXICO Oswaldo Sánchez; Castro, Rafa Márquez, Osorio e Salcido; Méndez, Pardo (Torrado, 37min), Guardado (Pineda, 65min) e Morales (Zinha, 73min); Fonseca e Borgetti. Técnico: Ricardo La Volpe
O NÚMERO DO JOGO: 23 O México marcou um gol graças a um cruzamento na área. Depois, abusou das bolas levantadas na área – a maioria facilmente afastada pela zaga argentina.
FOI BEM: Maxi Rodríguez Todos vão lembrar do belo gol marcado na prorrogação. Mas o volante teve um bom desempenho na partida inteira, ao combater com eficiência no meio e levar perigo no ataque. FOI MAL: Scaloni Com a contusão de Burdisso, Pekerman colocou-o na lateraldireita. Mas Scaloni jogou mal, e as principais jogadas mexicanas saíram pelo setor.
MOMENTO-CHAVE: Saída de Cambiasso Pekerman deixou a equipe mais ofensiva com a entrada de Aimar. A Argentina passou a pressionar, e o México praticamente não atacou mais.
A mídia cansou seus ouvidos ao dizer que... a Argentina ganhou graças a um golaço de Maxi Rodríguez
7/9/06 6:07:16 PM
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A VEZ DOS ÁRBITROS Oitavas-de-final da Copa ficaram marcadas por problemas com a arbitragem Com quase todas as seleções confirmando o favoritismo na primeira fase, as oitavas-de-final da Copa 2006 só não foram mais previsíveis porque a França ficou em segundo lugar em seu grupo. Com isso, só três entre os oito jogos saíram da fórmula de “fracos x fortes”, justamente França x Espanha e Ucrânia x Suíça, além do já previsto Portugal x Holanda. Pode-se dizer, também, que Gana surpreendeu ao eliminar a República Tcheca, o que não deixa de ser verdade, mesmo se considerarmos que a equipe africana sempre foi considerada forte, por causa dos bons jogadores que possui, e que o time de Nedved e Koller pouco justificou, durante a Copa, a fama de provável surpresa. A entrada no “mata-mata” levou a uma mudança de atitude das equipes, para uma postura mais cautelosa, o que levou à média de 1,87 gol por jogo nesta etapa. Por outro lado, a França,
INGLATERRA 1x0 EQUADOR
PORTUGAL 1x0 HOLANDA
Data: 25/junho Estádio: Gottlieb-Daimler Stadion (Stuttgart) Árbitro: Frank de Bleeckere (Bélgica) Gol: Beckham (60min) Cartões amarelos: Terry, Robinson, Carragher (Inglaterra), Carlos Tenorio, De la Cruz e Valencia (Equador)
FOI BEM: Beckham O capitão inglês mostrou fibra, ao jogar mesmo com um problema estomacal (chegou a vomitar em campo) e ainda marcar de falta o gol da vitória.
Data: 25/junho Estádio: Frankenstadion (Nuremberg) Árbitro: Valentin Ivanov (Rússia) Gol: Maniche (22min) Cartões amarelos: Maniche, Petit, Figo, Deco, Ricardo, Nuno Valente, Costinha (Portugal), Van Bommel, Van Bronckhorst, Sneijder, Van der Vaart e Boulahrouz (Holanda) Cartões vermelhos: Costinha, Deco (Portugal), Boulahrouz e Van Bronckhorst (Holanda)
FOI BEM: Maniche No meio da confusão, ele se destacou. Marcou o gol da vitória e deu outros bons chutes de longa distância, que levaram perigo ao gol de Van der Sar.
FOI MAL: Emoção De um lado, um Equador limitado; do outro, uma Inglaterra sem inspiração nem vontade. Resultado: uma partida fraca, como, aliás, foram quase todas as dos ingleses neste Mundial.
PORTUGAL Ricardo; Miguel, Ricardo Carvalho, Fernando Meira e Nuno Valente; Costinha, Maniche, Deco e Figo (Tiago, 83min); Cristiano Ronaldo (Simão Sabrosa, 33min) e Pauleta (Petit, 45min). Técnico: Luiz Felipe Scolari.
FOI MAL: Valentin Ivanov O juiz deixou o jogo rolar solto depois da falta violenta de Boulahrouz em Cristiano Ronaldo. Quando ele percebeu, já havia perdido o controle da partida, que descambou para a violência.
INGLATERRA Robinson; Hargreaves, Ferdinand, Terry e Ashley Cole; Carrick, Beckham (Lennon, 86min), Gerrard (Downing, 89min), Lampard e Joe Cole (Carragher, 76min); Rooney. Técnico: Sven-Goran Eriksson. EQUADOR Mora; De la Cruz, Hurtado, Espinoza e Reasco; Castillo, Edwin Tenorio (Lara, 68min), Méndez e Valencia; Delgado e Carlos Tenorio (Kaviedes, 71min). Técnico: Luís Fernando Suárez.
O NÚMERO DO JOGO: 15 Essa foi a quantidade de bolas que foram direto do goleiro Robinson para o atacante Rooney, mostrando a falta de atuação do meio-campo inglês – setor que deveria ser o ponto forte do time.
MOMENTO-CHAVE: Bola de Carlos Tenorio no travessão A vitória inglesa sobre o Equador foi tranqüila. Mas poderia não ter sido. Aos 10 minutos, Terry falhou feio e Tenorio por pouco não marcou.
A mídia cansou seus ouvidos ao dizer que... a Inglaterra precisou de um lance de bola parada para vencer o Equador
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que saiu da primeira fase com a imagem “arranhada”, finalmente deslanchou e fez três gols contra um adversário que pode ser considerado difícil. Outro ponto negativo das oitavas foi a arbitragem, que até então vinha sofrendo poucas contestações. O pior jogo foi a violentíssima partida entre Holanda e Portugal, uma pancadaria inacreditável que acabou com o recorde de expulsões – quatro – em Copas do Mundo. Outro jogo violento foi Ucrânia x Suíça, paradoxalmente um dos que teve menos cartões no torneio. O erro de arbitragem mais significativo, é claro, foi o que eliminou a Austrália no último minuto de jogo: um pênalti que não existiu, embora, à primeira vista, parecesse mesmo que Neill derrubou Grosso – o que, junto ao fato de que o juiz havia expulsado um italiano no começo do segundo tempo, torna absurdas as teorias conspiratórias sobre o tema.
HOLANDA Van der Sar; Boulahrouz, Mathijsen (Van der Vaart, 56min), Ooijer e Van Bronckhorst; Cocu (Vennegoor of Hesselink, 83min), Van Bommel (Heitinga, 66min) e Sneijder; Robben, Van Persie e Kuyt. Técnico: Marco van Basten.
O NÚMERO DO JOGO: 25 Em uma partida com 16 cartões (12 amarelos e quatro vermelhos), o número de faltas foi relativamente baixo. Ou seja: quase todas as faltas foram violentas, dignas de cartão.
MOMENTO-CHAVE: Entrada de Boulahrouz em Ronaldo O holandês acertou a coxa do adversário, que teve que deixar o campo. A contusão mexeu com os brios portugueses e desencadeou a violência em campo.
A mídia cansou seus ouvidos ao dizer que... este foi o jogo mais violento da história das Copas do Mundo
7/9/06 6:07:23 PM
Oleg Popov/EFE
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O pênalti inexistente marcado no último minuto classificou a Itália
ITÁLIA 1x0 AUSTRÁLIA Data: 26/junho Estádio: Fritz Walter Stadion (Kaiserslautern) Árbitro: Luís Medina Cantalejo (Espanha) Gol: Totti (pênalti, 90+4min) Cartões amarelos: Grosso, Gattuso, Zambrotta (Itália), Cahill, Grella e Wilkshire (Austrália) Cartão vermelho: Materazzi (Itália) ITÁLIA Buffon; Grosso, Materazzi, Cannavaro e Zambrotta; Perrotta, Gattuso, Pirlo e Del Piero (Totti, 75min); Toni (Barzagli, 56min) e Gilardino (Iaquinta, 46min). Técnico: Marcello Lippi. AUSTRÁLIA Schwarzer; Bresciano, Neill, Moore e Chipperfield; Grella, Culina, Wilkshire, Cahill e Sterjovski (Aloisi, 81min); Viduka. Técnico: Guus Hiddink.
O NÚMERO DO JOGO: 329 Foi o número total de passes que o time da Austrália fez. Isso mostra a falta de objetividade da equipe, que pouco ameaçou a Itália – que fez “somente” 189 passes.
SUÍÇA (0)0x0(3) UCRÂNIA FOI BEM: Totti Começou o jogo no banco, com Del Piero entre os titulares. Entrou aos 30 minutos do segundo tempo, criou algumas jogadas e fez o gol de pênalti, calando os críticos. FOI MAL: Materazzi Quase complicou a Itália, ao ser expulso no começo do segundo tempo. A Austrália, com um a mais, pressionou os italianos, que foram salvos por Buffon.
MOMENTO CHAVE: Pênalti em Grosso O lateral cavou um pênalti, aos 47 minutos do segundo tempo, que decidiu o resultado da partida – lembrando que a Itália estava com um jogador a menos.
A mídia cansou seus ouvidos ao dizer que... o juiz “roubou” a Austrália, ao marcar um pênalti inexistente
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Data: 26/junho Estádio: RheinEnergieStadion (Colônia) Árbitro: Benito Archundia (México) Cartão amarelo: Barnetta (Suíça) Pênaltis: Suíça – Streller (defendido), Barnetta (travessão), Cabanas (defendido); Ucrânia – Shevchenko (defendido), Milevskyi (gol), Rebrov (gol), Gusev (gol) SUÍÇA Zuberbühler; Degen, Djourou (Grichting, 34min), Müller e Magnin; Vogel, Cabanas, Wicky e Barnetta; Yakin (Streller, 64min) e Frei (Lustrinelli, 117min). Técnico: Jakob Kuhn. UCRÂNIA Shovkovskyi; Gusev, Vashchuk, Tymoschuk e Nesmachnyi; Shelayev, Gusin e Kalinichenko (Rotan, 75min); Voronin (Milevskyi, 110min), Vorobey (Rebrov, 93min) e Shevchenko. Técnico: Oleg Blokhin.
O NÚMERO DO JOGO: 39 A quantidade de faltas mostra como esse foi um dos jogos mais violentos da Copa e, apesar disso, o árbitro Benito Archundia deu apenas um cartão amarelo.
FOI BEM: Shovkovskyi Fez três boas defesas durante a partida e ainda pegou dois pênaltis cobrados pelos suíços. FOI MAL: Djourou O zagueiro de 19 anos teve de jogar no lugar do titular (e contundido) Senderos na marcação de Shevchenko. Não deu conta da responsabilidade e foi substituído ainda no primeiro tempo.
MOMENTO-CHAVE: A cabeçada de Voronin perto do gol suíço O lance fez os ucranianos perceberem a fragilidade suíça nas bolas aéreas, mudando o rumo da partida que, até então, era dominada pelos helvéticos.
A mídia cansou seus ouvidos ao dizer que... a Suíça é a primeira seleção a ser eliminada sem sofrer nenhum gol
7/9/06 6:07:28 PM
Marcelo Sayao/EFE
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O Brasil usou três contra-ataques para vencer Gana
BRASIL 3x0 GANA
ESPANHA 1x3 FRANÇA
Data: 27/junho Estádio: Signal-Iduna Park (Dortmund) Árbitro: Lubos Michel (Eslováquia) Gols: Ronaldo (5min), Adriano (45min) e Zé Roberto (84min) Cartões amarelos: Adriano e Juan (Brasil); Appiah, Muntari, Pantsil, Eric Addo e Gyan (Gana) Cartões vermelhos: Gyan (Gana) BRASIL Dida; Cafu, Lucio, Juan e Roberto Carlos; Emerson (Gilberto Silva, 46min), Zé Roberto, Kaká (Ricardinho, 83min) e Ronaldinho; Adriano (Juninho Pernambucano, 61min) e Ronaldo. Técnico: Carlos Alberto Parreira. GANA Kingson; Pantsil, Shilla, Mensah e Pappoe; Draman, Eric Addo (Boateng, 60min), Appiah e Muntari; Amoah (Tachie-Mensah, 70min) e Gyan. Técnico: Ratomir Dujkovic.
O NÚMERO DO JOGO: 19 Gana arrematou 19 vezes em direção ao gol do Brasil, e Dida precisou fazer só seis defesas. A falta de pontaria dos ganenses foi determinante para o resultado da partida.
FOI BEM: Ricardinho O meia corintiano entrou a poucos minutos do final, mas deu três passes que deixaram companheiros na cara do gol – um dos quais acabou sendo convertido por Zé Roberto. FOI MAL: Ronaldinho Essa foi a partida em que ficou claro que o melhor do mundo estava jogando fora de posição.
MOMENTO-CHAVE: O primeiro gol do Brasil A defesa de Dida com o pé na cabeçada de Mensah também foi importante, mas o gol de Ronaldo determinou o andamento do resto da partida.
A mídia cansou seus ouvidos ao dizer que... Lúcio superou o “recorde” de Gamarra de tempo sem fazer faltas
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Data: 27/junho Estádio: AWD Arena (Hannover) Árbitro: Roberto Rosetti (Itália) Gols: Villa (pênalti, 28min), Ribéry (41min), Vieira (83min) e Zidane (90+2min) Cartões amarelos: Puyol (Espanha), Vieira, Ribéry e Zidane (França) ESPANHA Casillas; Sergio Ramos, Puyol, Pablo e Pernía; Xabi Alonso, Xavi (Marcos Senna, 72min), Fábregas e Raúl (Luís García, 54min); Villa (Joaquín, 54min) e Fernando Torres. Técnico: Luís Aragonés. FRANÇA Barthez; Sagnol, Thuram, Gallas e Abidal; Makélélé, Vieira, Zidane e Malouda (Govou, 74min); Ribéry e Henry (Wiltord, 88min). Técnico: Raymond Domenech.
O NÚMERO DO JOGO: 6 A linha de impedimento da Espanha funcionou para parar Thierry Henry. O atacante dos Bleus ficou seis vezes em posição irregular – e no gol de Ribéry ele também estava adiantado.
FOI BEM: Vieira O meia teve atuação destacada. Além de ser incansável na marcação, deu uma assistência para Ribéry e marcou o gol da virada dos franceses. FOI MAL: Raúl O atacante havia reclamado por ser reserva. Quando finalmente ganhou a chance de ser titular em um jogo importante, sumiu em campo.
MOMENTO-CHAVE: O gol de empate da França Até aquele momento, a Espanha anulava o meio-campo francês com uma forte marcação. Mas o gol de Ribéry revelou aos Bleus como furar o bloqueio da Fúria.
A mídia cansou seus ouvidos ao dizer que... a Fúria de novo amarelou na hora decisiva em uma Copa do Mundo
7/9/06 6:07:48 PM
42 FICHAS - QUARTAS-DE-FINAL
VIVA A EUROPA! As equipes do Velho Continente venceram todas as partidas das quartas-de-final Nas quartas, acabou o sonho de uma final sul-americana na Copa do Mundo e materializou-se a decisão européia. Nessa etapa, foram eliminadas as últimas duas equipes de fora do Velho Continente que restavam, Brasil e Argentina. A campanha brasileira parou na maestria de “Zizou” e viu um time repleto de veteranos derrotar um amontoado de brasileiros. Foi o fim melancólico de uma participação sem brilho da Seleção. Já os argentinos chegaram ao Mundial calados, como quem não quer nada. Foram ganhando, goleando, mas pararam na famosa eficiência alemã. Até mereceram um resultado melhor no tempo normal, mas os anfitriões, com o apoio da torcida, foram adiante, nos pênaltis. Festa de Klinsmann e dos jogadores - fora o empurra-empurra no final do jogo.
ALEMANHA (4)1x1(2) ARGENTINA
ITÁLIA 3x0 UCRÂNIA
Data: 30/junho Estádio: Olympiastadion (Berlim) Árbitro: Lubos Michel (Eslováquia) Gols: Ayala (49min) e Klose (80min) Cartões amarelos: Podolski, Odonkor, Friedrich (Alemanha), Sorín, Mascherano, Maxi Rodríguez e Julio Cruz (Argentina) Pênaltis: Alemanha - Neuville (gol), Ballack (gol), Podolski (gol) e Borowski (gol); Argentina - Julio Cruz (gol), Ayala (defendido), Maxi Rodríguez (gol) e Cambiasso (defendido)
Data: 30/junho Estádio: AOL Arena (Hamburgo) Árbitro: Frank de Bleeckere (Bélgica) Gols: Zambrotta (6min) e Toni (59 min e 69min) Cartões amarelos: Sviderskyi, Kalinichenko e Milevskyi (Ucrânia)
ALEMANHA Lehmann; Friedrich, Mertesacker, Metzelder e Lahm; Frings, Ballack, Schneider (Odonkor, 62min) e Schweinsteiger (Borowski, 74min); Klose (Neuville, 86min) e Podolski. Técnico: Jürgen Klinsmann. ARGENTINA Abbondanzieri (Franco, 71min); Coloccini, Ayala, Heinze e Sorín; Mascherano, Maxi Rodríguez, Lucho González e Riquelme (Cambiasso, 72min); Crespo (Julio Cruz, 79min) e Tevez. Técnico: José Pekerman.
O NÚMERO DO JOGO: 53x56 A quantidade de bolas perdidas pelas duas equipes (53 da Alemanha e 56 da Argentina) mostra como a partida foi equilibrada, com muita marcação dos dois lados.
FOI BEM: Frings Foi o melhor jogador da Alemanha. Firme na marcação, não deu espaço aos argentinos e teve boa atuação no meio-campo, assim como Mascherano pelo lado argentino. FOI MAL: Defesa alemã Nesse jogo, a zaga alemã mostrou porque é muito criticada. Foi enorme a quantidade de erros cometida pelos zagueiros e laterais alemães.
MOMENTO-CHAVE: Saída de Riquelme Depois de ter aberto o placar, o técnico José Pekerman resolveu fechar o time. A partir daí, passou a tomar pressão da Alemanha, até que sofreu o gol de empate.
A mídia cansou seus ouvidos ao dizer que... a Alemanha nunca perdeu uma disputa de pênaltis numa Copa
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As quartas-de-final tiveram também a garra e superação dos comandados de Luiz Felipe Scolari, que mais uma vez derrotaram a Inglaterra de Sven-Goran Eriksson. O feito fez surgir um novo nacionalismo em Portugal e deu à imprensa brasileira assunto para encher os noticiários dos dias seguintes a nossa eliminação, permitindonos, durante mais alguns dias, torcer por um brasileiro na Copa. Os italianos não poderiam deixar de fazer um jogo a sua maneira. Foi uma vitória convincente, mas é impossível assistir ao VT de Itália x Ucrânia e não comentar: “que sorte têm esses italianos”. Afinal, não faltaram oportunidades desperdiçadas pelos ucranianos quando a partida ainda estava parelha. De qualquer modo, foi despedida digna para Shevchenko, Tymoschuk e companhia, na estréia em Copas da Ucrânia.
ITÁLIA Buffon; Zambrotta, Cannavaro, Barzagli e Grosso; Perrotta, Pirlo (Oddo, 68min), Gattuso (Zaccardo, 77min), Camoranesi (Baroni, 68min) e Totti; Toni. Técnico: Marcello Lippi. UCRÂNIA Shovkovskyi, Nesmachnyi, Sviderskyi (Vorobey, 20min), Rusol (Vashchuk, 47min) e Tymoschuk; Shelayev, Gusev, Gusin e Kalinichenko; Milevskyi (Belik, 72min) e Shevchenko. Técnico: Oleg Blokhin.
O NÚMERO DO JOGO: 59% A Ucrânia teve a bola por mais tempo em seus pés, mas não soube se aproveitar disso. A Itália foi mais eficiente e matou o jogo com contra-ataques rápidos.
FOI BEM: Zambrotta O lateral foi o grande destaque do jogo. Fez um gol, deu o passe para Toni marcar e ainda salvou a Azzurra ao impedir que a bola entrasse em um chute de Kalinichenko. FOI MAL: Oleg Blokhin O treinador mandou a campo uma formação defensiva, mas o time deu muitos espaços aos italianos no meio-campo.
MOMENTO-CHAVE: Defesas de Buffon no segundo tempo A Itália vencia por 1 a 0, e a Ucrânia este muito perto de empatar. Porém, Buffon fez duas ótimas defesas nas finalizações de Gusin e Gusev.
A mídia cansou seus ouvidos ao dizer que... a Itália provou mais uma vez que tem a melhor defesa da Copa
7/9/06 6:08:13 PM
Kai Pfaffenbach/EFE
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Ricardo foi o herói português, ao defender as cobranças de Lampard, Gerrard e Carragher
INGLATERRA (1)0x0(3) PORTUGAL
BRASIL 0x1 FRANÇA
Data: 1°/julho Estádio: Veltins Arena (Gelsenkirchen) Árbitro: Horacio Elizondo (Argentina) Cartões amarelos: Terry, Hargreaves (Inglaterra) e Ricardo Carvalho (Portugal) Cartão vermelho: Rooney (Inglaterra) Pênaltis: Portugal – Simão (gol), Hugo Viana (defendido), Petit (fora), Hélder Postiga (gol) e Cristiano Ronaldo (gol); Inglaterra – Lampard (defendido), Hargreaves (gol), Gerrard (defendido) e Carragher (defendido)
Data: 1º/julho Estádio: CommerzBank Arena (Frankfurt) Árbitro: Luís Medina Cantalejo (Espanha) Gol: Henry (56min) Cartões amarelos: Cafu, Juan, Lúcio, Ronaldo (Brasil), Sagnol, Thuram e Saha (França)
INGLATERRA Robinson; Neville, Ferdinand, Terry e Ashley Cole; Hargreaves; Beckham (Lennon, 51min (Carragher, 118min), Gerrard, Lampard e Joe Cole (Crouch, 65min); Rooney. Técnico: Sven-Goran Eriksson. PORTUGAL Ricardo; Miguel, Fernando Meira, Ricardo Carvalho e Nuno Valente; Petit, Tiago (Hugo Viana, 74min), Maniche e Figo (Hélder Postiga, 85min); Pauleta (Simão Sabrosa, 63min) e Cristiano Ronaldo. Técnico: Luiz Felipe Scolari.
O NÚMERO DO JOGO: 5 Dos nove pênaltis cobrados, cinco foram desperdiçados. Foi a segunda vez neste Mundial que as equipes erraram mais que acertaram cobranças na disputa de pênaltis.
FOI BEM: Ricardo Mostrou-se seguro sempre que foi exigido e, na disputa de pênaltis, defendeu três cobranças, um feito inédito em Copas do Mundo. FOI MAL: Carragher Entrou em campo no último minuto da prorrogação, só para bater um pênalti. E errou.
MOMENTO-CHAVE: Expulsão de Rooney No início do segundo tempo, a Inglaterra estava em seu melhor momento, pressionando Portugal. Mas aí o time ficou com um a menos e perdeu a força ofensiva.
A mídia cansou seus ouvidos ao dizer que... mais uma vez, brilhou a estrela de Felipão
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BRASIL Dida; Cafu (Cicinho, 75min), Lúcio, Juan e Roberto Carlos; Gilberto Silva, Zé Roberto, Juninho Pernambucano (Adriano, 62min), Kaká (Robinho, 78min) e Ronaldinho; Ronaldo. Técnico: Carlos Alberto Parreira. FRANÇA Barthez; Sagnol, Thuram, Gallas e Abidal; Makélélé, Vieira, Ribéry (Govou, 76min), Zidane e Malouda (Wiltord, 80min); Henry (Saha, 85min). Técnico: Raymond Domenech.
O NÚMERO DO JOGO: 80 Esse é o número de minutos que se passaram até o Brasil conseguir chutar pela primeira vez a gol – uma prova de como a França soube anular as jogadas dos brasileiros.
FOI BEM: Zidane Deu a assistência para o gol de Henry, ditou o ritmo do meio-campo e deu dribles à vontade, com direito a um chapéu em Ronaldo. Precisa dizer mais? FOI MAL: Roberto Carlos Nem apoiou, nem defendeu. Para piorar, estava distraído ajeitando as meias enquanto Henry entrava livre na área para marcar o gol da vitória dos Bleus.
MOMENTO-CHAVE: Recuo da marcação do Brasil Nos primeiros 15 minutos, a Seleção pressionou a saída de bola e dominou. Mas, depois, passou a marcar mais atrás e permitiu aos Bleus tomarem conta do jogo.
A mídia cansou seus ouvidos ao dizer que... o Brasil virou freguês da França
7/9/06 6:08:24 PM
Kai Pfaffenbach/Reuters
44 FICHAS - SEMIFINAIS
OS ANFITRIÕES
CAEM
Os alemães tinham o apoio da torcida, apresentavam um futebol convincente e haviam acabado de passar pela Argentina. Com Brasil e Inglaterra fora, muitos já viam a seleção da casa como favorita ao título. No entanto, a Itália mostrou um futebol consistente e ousado e não deixou os alemães sequer chegarem à decisão em Berlim. Na outra semifinal, a França controlou as ações no meio-campo e fez o suficiente para ganhar por 1 a 0. Portugal não foi competente na tentativa de pressionar nos minutos finais e ainda saiu da Copa reclamando da arbitragem.
ALEMANHA 0x2 ITÁLIA Data: 4/julho Estádio: Signal-Iduna Park (Dortmund) Árbitro: Benito Archundia (México) Gols: Grosso (119min) e Del Piero (120+1min) Cartões amarelos: Borowski, Metzelder (Alemanha) e Camoranesi (Itália) ALEMANHA Lehmann; Friedrich, Mertesacker, Metzelder e Lahm; Kehl, Borowski (Schweinsteiger, 72min), Schneider (Odonkor, 83min) e Ballack; Klose (Neuville, 111min) e Podolski. Técnico: Jürgen Klinsmann. ITÁLIA Buffon; Zambrotta, Materazzi, Cannavaro e Grosso; Perrotta (Del Piero, 104min), Pirlo, Gattuso, Camoranesi (Iaquinta, 91min) e Totti; Toni (Gilardino, 74min). Técnico: Marcello Lippi.
O NÚMERO DO JOGO: 2 No total, a Alemanha chutou 13 vezes. Mas apenas dois foram em direção ao gol. Isso mostra como o time da casa tinha dificuldade em entrar na defesa italiana e se precipitava na hora de finalizar.
FRANÇA 1x0 PORTUGAL FOI BEM: Grosso Teve uma grande atuação ao criar jogadas pela esquerda e decidir a partida em um bonito gol nos minutos finais da prorrogação. FOI MAL: Inexperiência da Alemanha Os alemães mostraram nervosismo ao ter de jogar uma partida decisiva contra uma seleção experiente. Isso já ficara evidente contra a Argentina, mas foi mais forte contra a Itália.
MOMENTO-CHAVE: A entrada da Gilardino A Itália ganhou mobilidade e levou mais perigo à Alemanha. Essa tendência ficou ainda mais forte na prorrogação, até que os gols saíssem no final.
A mídia cansou seus ouvidos ao dizer que... mesmo após a derrota, a torcida alemã aplaudiu seus jogadores
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A Itália pressionou na prorrogação e mereceu a vitória
Data: 5/julho Estádio: Allianz Arena (Munique) Árbitro: Jorge Larrionda (Uruguai) Gol: Zidane (pênalti, 33min) Cartões amarelos: Saha (França) e Ricardo Carvalho (Portugal) FRANÇA Barthez; Sagnol, Thuram, Gallas e Abidal; Vieira, Makélélé, Ribéry (Govou, 72min), Zidane e Malouda (Wiltord, 69min); Henry (Saha, 85min). Técnico: Raymond Domenech. PORTUGAL Ricardo; Miguel (Paulo Ferreira, 62min), Ricardo Carvalho, Fernando Meira e Nuno Valente; Costinha (Hélder Postiga, 75min), Maniche, Deco, Figo e Cristiano Ronaldo; Pauleta (Simão Sabrosa, 68min). Técnico: Luiz Felipe Scolari.
O NÚMERO DO JOGO: 3 A França finalizou muito pouco, apenas três vezes, mas mostrou ser eficiente. Portugal deu 11 chutes a gol durante o jogo e não conseguiu passar por Barthez.
FOI BEM: Ribéry Incomodou muito a defesa portuguesa, firmando seu lugar entre os melhores jogadores desta Copa do Mundo. FOI MAL: Felipão Depois do jogo, o técnico mostrou ser mau perdedor ao esbravejar contra a arbitragem e reclamar muito de Jorge Larrionda, insinuando que havia sido roubado.
MOMENTO-CHAVE: Gol perdido por Figo na falha de Barthez Os Tugas desperdiçaram sua melhor chance de empatar aos 32 minutos do segundo tempo. Depois disso, partiram para o “abafa”, mas pouco assustaram.
A mídia cansou seus ouvidos ao dizer que... mais uma vez, a França acabou com a alegria do Brasil nesta Copa
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45 FICHAS - FINAIS
O
CONTRASTE FINAL A Itália acabou com o trauma nas disputas de pênaltis
Shaun Best/Reuters
Os dois jogos finais da Copa apresentaram lados bem distintos. A Alemanha acabou em terceiro lugar ao derrotar Portugal por 3 a 1 em uma partida de poucos atrativos. Desmotivadas, as duas equipes entraram em campo com muitos reservas. O desinteresse natural se agravou com o nível técnico do jogo, bastante morno. A decisão, mais agitada, foi um bom resumo do Mundial. Itália e França, donas de fortes sistemas defensivos, fizeram uma partida equilibrada, com bons momentos, mas não espetacular. No final, a festa coube aos italianos, que derrotaram os Bleus na decisão por pênaltis.
ALEMANHA 3x1 PORTUGAL
ITÁLIA (5)1x1(3) FRANÇA
Data: 8/julho Estádio: Gottlieb-Daimler-Stadion (Stuttgart) Árbitro: Toru Kamikawa (Japão) Gols: Schweinsteiger (56min e 78min), Petit (contra, 60min) e Nuno Gomes (88min) Cartões amarelos: Frings, Schweinsteiger (Alemanha), Ricardo Costa, Costinha e Paulo Ferreira (Portugal)
Data: 9/julho Local: Olympiastadion (Berlim) Árbitro: Horacio Elizondo (Argentina) Gols: Zidane (pênalti, 7min) e Materazzi (19min) Cartões amarelos: Zambrotta (Itália), Diarra, Makélélé, Sagnol e Malouda (França) Cartão vermelho: Zidane (França) Pênaltis: Itália - Pirlo (gol), Materazzi (gol), De Rossi (gol), Del Piero (gol) e Grosso (gol); França - Wiltord (gol), Trezeguet (trave), Abidal (gol) e Sagnol (gol)
ALEMANHA Kahn; Lahm, Huth, Metzelder e Jansen; Frings, Schneider, Kehl e Schweinsteiger (Hitzlsperger, 78min); Klose (Neuville, 64min) e Podolski (Hanke, 70min). Técnico: Jürgen Klinsmann. PORTUGAL Ricardo; Paulo Ferreira, Ricardo Costa, Fernando Meira e Nuno Valente (Nuno Gomes, 68min); Costinha (Petit, 45min), Maniche, Deco e Simão Sabrosa; Cristiano Ronaldo e Pauleta (Figo, 76min). Técnico: Luiz Felipe Scolari.
O NÚMERO DO JOGO: 57% A Alemanha teve 43% da posse de bola, contra 57% de Portugal. Só que, enquanto os portugueses não sabiam o que fazer com a bola, os alemães foram bem mais objetivos.
FOI BEM: Schweinsteiger O meia, que havia perdido a posição de titular, marcou dois gols e chutou a bola no lance do gol contra de Petit. FOI MAL: Pauleta Mais uma vez, o centroavante português não fez absolutamente nada em campo. Para piorar, Nuno Gomes entrou em seu lugar e marcou o gol de honra da equipe.
MOMENTO-CHAVE: O gol contra de Petit O segundo gol da Alemanha, apenas quatro minutos depois do primeiro, matou as chances de reação dos portugueses.
A mídia cansou seus ouvidos ao dizer que... a disputa do terceiro lugar nas Copas sempre tem muitos gols
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ITÁLIA Buffon; Zambrotta, Cannavaro, Materazzi e Grosso; Gattuso, Camoranesi (Del Piero, 85min), Pirlo, Perrotta (Iaquinta, 60min) e Totti (De Rossi, 60min); Toni. Técnico: Marcello Lippi. FRANÇA Barthez; Sagnol, Thuram, Gallas e Abidal; Makélélé, Vieira (Diarra, 55min), Malouda, Ribéry (Trezeguet, 99min) e Zidane; Henry (Wiltord, 106min). Técnico: Raymond Domenech.
O NÚMERO DO JOGO: 17 Fabio Cannavaro provou por que foi o melhor zagueiro da Copa. Ele roubou 17 bolas e levou a melhor no confronto com os atacantes franceses.
FOI BEM: Materazzi Esteve presente em todos os lances capitais do jogo. Fez o pênalti em cima de Malouda, marcou o gol de empate, levou a cabeçada que provocou a expulsão de Zidane e converteu sua cobrança na decisão por pênaltis. FOI MAL: Henry Até fez alguns lances interessantes, mas pipocou na hora H.
MOMENTO-CHAVE: defesa do Buffon na prorrogação Aos 13 minutos do tempo extra, Zidane acertou uma bela cabeçada. Mas o goleiro italiano fez uma defesa difícil que segurou o empate.
A mídia cansou seus ouvidos ao dizer que... Zidane encerrou a carreira com uma expulsão
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CLIMA DE COPA
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1. Torcedores brasileiros animam o trajeto para o estádio 2. As cores da Alemanha estiveram presentes em todos os jogos 3. A “irmã” que o australiano oferece em troca de um ingresso, na verdade, era um canguru inflável 4. Brasil e Croácia se encontram em frente ao Portão de Brandemburgo 5. Os alemães “adotaram” algumas das seleções visitantes 6. Festa no estádio antes do início de França x Togo
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A MAIOR
FESTA DO PLANETA Carnaval no Rio? Oktoberfest? Show dos Rolling Stones em Copacabana? Esqueça. Nada se compara a estar numa Copa do Mundo
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texto e fotos por Carlos Eduardo Freitas
uita gente discute se o melhor lugar para se ver futebol é no estádio ou no aconchego do sofá de casa, a poucos metros da geladeira, longe das filas e do risco de agressões de torcedores organizados. Na Copa do Mundo, não tem discussão: tem de ser visto no país-sede. Não importa se você tem ou não ingresso. O clima de festa durante o torneio compensa cada centavo investido. Muitos jornalistas e torcedores que estiveram nas últimas Copas comentaram que a de 2006 foi incomparável em termos de atmosfera e clima entre os torcedores. Tudo isso, dizem, graças à receptividade dos alemães. Antes do início do Mundial havia muitas dúvidas a esse respeito. Perguntava-se se o “frio” povo alemão seria hospitaleiro ou então temia-se o risco de manifestações neonazistas. Os anfitriões, porém, provaram infundados esses temores e seguiram fielmente o slogan oficial da Copa, “Die Welt zu Gast bei Freunden” (“O mundo como convidados entre amigos”), e promoveram uma festa sem igual dentro e fora dos estádios. Além de pintar o país de preto, vermelho e amarelo – algo que era um certo tabu na Alemanha pelo risco que sentimentos nacionalistas poderiam significar –, os alemães também vestiram a camisa dos outros 31 participantes da Copa. Quer dizer, de quase todos... Alguns até cometeram a “heresia” de pintar-se com as cores de Inglaterra e Holanda, mas em menor proporção. No clima de Copa, até a torcedores da França alguns alemães se juntaram. Vestidos com as camisas azuis, alguns cantavam até o “Allez, les Bleus!” antes de França x Togo. Em Gelsenkirchen, um garotinho alemão de no máximo 4 anos provocou risos ao gritar “Argentina! Argentina!” numa banca de jornal, poucas horas antes da goleada dos argentinos sobre a seleção da Sérvia e Montenegro. Nos estádios, a maioria do público era quase sempre de alemães. E os locais se misturavam aos torcedores dos países que estavam em campo, cantavam músicas típicas dos clubes alemães, en-
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grossavam o coro, geralmente apoiavam os mais fracos, puxavam a ola e vaiavam quando o público ficava apático e sem reação. Em alguns jogos, os minutos que antecediam o apito final viravam carnaval. Tudo em nome da festa.
“Fan Fests” Toda essa festa não se resumia apenas aos que estavam nos estádios. Comitê organizador e diversas cidades colaboraram para que a Alemanha fosse um destino interessante mesmo para aqueles que não foram agraciados pela loteria dos ingressos e àqueles muitos que se arriscaram de qualquer jeito a comprar ingressos das mãos de cambistas – como o australiano da foto ao lado, que, bem-humorado, oferecia até a irmã por uma entrada. Nas 12 cidades em que foram realizadas partidas do Mundial, havia as “Fan Fests”, grandes espaços abertos em que os jogos eram exibidos em telões. A entrada era gratuita, com lotação máxima em todos os 64 jogos do Mundial. Em Berlim, alguns jogos chegaram a levar mais de 1 milhão de pessoas para a “Fan Mile”, que começava no portão de Brandemburgo e seguia por uma milha até a Torre da Vitória. A idéia foi um sucesso tão grande que a Fifa já estuda sugerir que todos os comitês organizadores façam coisas similares em Copas futuras. Além dessas festas oficiais, as prefeituras de praticamente todas as cidades alemãs colocaram telões nas principais praças, o que fez com que todo o país se juntasse nas ruas para assistir às partidas. Todo o país e todos os estrangeiros que estavam no país. É essa a grande diferença entre assistir à Copa no Brasil e no país-sede.
“All Together Now” Enquanto no Brasil a torcida se pinta de verde e amarelo, na única vez em quatro anos em que o povo se une em torno de um mesmo ideal, o grande barato de ver a Copa no país-sede é o contato com os representantes das outras 31 seleções e até mesmo de países que nem estão na competição. No Brasil, para encontrar espanhóis, alemães ou italianos que não estejam torcendo pela Seleção Brasileira,
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DECEPÇÃO BRASILEIRA TAMBÉM NAS ARQUIBANCADAS Se os torcedores brasileiros ficaram frustrados com o desempenho da Seleção, muita gente na Alemanha ficou surpresa, negativamente, com o comportamento da torcida brasileira nas arquibancadas. Ao contrário de alemães, franceses, espanhóis, portugueses, argentinos e de todas as outras seleções, nossa torcida raramente se fez presente – nem mesmo quando era maioria no estádio. Enquanto os europeus e os argentinos gritam durante os 90 minutos (prorrogação e pênaltis, se necessário), os brasileiros ficam calados e manifestam-se de forma
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completamente desorganizada. Em vez de apoiar o time, a torcida passa a maior parte do tempo xingando jogadores e pedindo a entrada de um ou outro reserva – fato que, mesmo quando justificável, costuma desestabilizar o time. Esse comportamento, em parte, pode ser explicado pelo fato de que a maioria dos brasileiros que estavam na Alemanha não costuma ver jogos em estádios aqui no Brasil. Mas, mesmo assim, não dá para negar que, mesmo com cinco estrelas no peito, ainda temos muito a aprender com os torcedores estrangeiros.
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11 7. Torcedores adversários conviveram lado a lado de maneira pacífica 8. A camisa da Croácia se parece com... 9. Fantasias e bom humor estiveram presentes nas torcidas de todos os países 10. As lojas oficiais tiveram grande fluxo de torcedores 11. Também fora dos estádios, rivais torciam lado a lado 12. A polícia contribuiu para o clima amistoso 13. Torcedor holandês sofre com a derrota, mas sem violência
só indo em algum clube da comunidade de cada um desses países. Na Alemanha, não: o contato com o torcedor adversário é diário. Aí é que está a graça: você assiste a um jogo entre Espanha e Tunísia, por exemplo, em uma praça repleta de espanhóis e tunisianos – e, claro, gente de muitos outros países. Quem ganha geralmente tira um sarro do perdedor. Geralmente, tudo na paz, como canta o grupo The Farm, em seu hit “All Together Now”, uma das músicas-tema dos estádios antes e depois dos jogos. Com tanta gente junta ao mesmo tempo, é de se esperar que alguns poucos se exaltem depois da derrota de seu time e de tomar algumas cervejas a mais. Num país com cerca de 80 milhões de habitantes, que recebeu 5 milhões de visitantes em um mês, é irrisório o número de presos em badernas, que ficou abaixo de mil. Para a surpresa dos estrangeiros, as centenas de policiais destacados para fazer a segurança da torcida, geralmente sem muito trabalho dado o clima amistoso, também participaram da festa. Muitos reagiam com sorrisos a brincadeiras dos torcedores e, em Dortmund, a
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polícia tinha um posto em que os soldados colavam adesivos com as cores da bandeira da Alemanha em torcedores de todos os países. Em geral, até mesmo os perdedores faziam festa. Foi o caso dos australianos, que, após a derrota para o Brasil, ainda lotavam as ruas do centro de Munique, cantando e bebendo, como se tivessem acabado de conquistar um título. “Pergunte ao povo em Kaiserslautern o que costumamos fazer quando ganhamos”, disse um australiano, em uma lanchonete que virou a concentração dos torcedores dos Socceroos, já confiantes na vaga nas oitavas-de-final. Se, a alguns dias do início da Copa, a Alemanha nem parecia que estava prestes a receber um Mundial, os 30 dias que a competição durou acabaram com a imagem de “frios” dos alemães. Muitos nativos se surpreenderam com a receptividade e solicitude de muitos de seus compatriotas e torcem para que o clima continue o mesmo depois de 9 de julho. O certo é que o país nunca mais será o mesmo. E a torcida é para que, em 2010, a Copa do Mundo repita na África do Sul o sucesso de público que foi a da Alemanha.
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TÁTICA
A COPA
SEM ATACANTES No Mundial, se destacaram os times organizados, com boas defesas e marcação forte, não o brilho individual dos homens de frente
E
por Cassiano Ricardo Gobbet
o melhor atacante do mundo é... Miroslav Klose! Bom, não dá para negar que o alemão tem um faro apurado para o gol e atravessa ótima fase técnica. Mas também é inegável que dizer que ele é o melhor atacante do mundo é uma certa forçada de barra, mesmo com o mau desempenho de Adrianos e Shevchenkos nesta Copa. Centroavantes não foram o ponto alto de um torneio com baixa média de gols. Quase todos – exceção feita ao alemão – frustraram as expectativas de máquinas de gols. Shevchenko (Ucrânia), Van Nistelrooy (Holanda), Toni (Itália), Rooney (Inglaterra) e os Ronaldos brasileiros tiveram alguns bons momentos, mas nenhum reinou durante o Mundial. Uma conseqüência direta disso foi o grande número de gols feitos por meio-campistas que chegavam para o arremate. É fácil lembrar de gols importantes marcados por meias, como o de Kaká, contra a Croácia, o de Maniche (Portugal), contra a Holanda, ou o de Zambrotta (Itália), contra a Ucrânia. Os defensores preocupados com os atacantes acabaram abrindo brechas para os chutes de longe. E por que razão os atacantes não marcaram gols a cântaros? Não há um motivo isolado, mas uma combinação de fatores. A forma física da maioria deles é uma razão, mas outra é a boa atuação
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dos zagueiros no torneio. Nomes como o italiano Cannavaro, o marfinense Zokora, o ganês Mensah e o mexicano Márquez estiveram entre os melhores do Mundial.
Um na frente e quatro atrás Também a exemplo dos últimos Mundiais, a tática dos times foi amplamente influenciada pelo “bagaço” em que os jogadores chegaram à competição. A Inglaterra, por exemplo, se prepara há anos no 4-4-2, mas, com as contusões de Rooney e Owen, pouco atuou nesse esquema. Outros times, como a Holanda de Van Basten ou a França de Zidane, também preferiram atuar com apenas um centroavante e incursões dos meio-campistas para chegar ao gol, fazendo com que as jogadas pudessem sair de diferentes áreas. A França atuava só com Henry na frente, mas Ribéry, Malouda e o genial Zidane encostavam na área com freqüência. A segurança para isso estava numa dupla muito sólida – Makélélé e Vieira. Esse desenho era parecido com o de vários dos grandes selecionados. A Holanda atuava com três na frente, mas Robben e Van Persie recuavam para o meio sempre que não tinham a bola. Quem não atuava assim? Adivinha? O Brasil. Na Seleção, Parreira preferiu usar dois atacantes de área, e todo mundo tentava se en-
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ganar dizendo que Zé Roberto também era volante. Por mais esforçado que o meia do Bayern de Munique tenha sido, ele nunca deixou de ser um armador – assim como Juninho Pernambucano. Em vez da liberdade para atacar, meias ofensivos como Kaká e Ronaldinho Gaúcho ainda precisavam cumprir funções de marcação. Também a Itália jogou eventualmente com dois atacantes, mas seu melhor futebol apareceu quando Marcello Lippi adiantou Totti para atuar atrás de Luca Toni, uma vez que nem Del Piero nem Gilardino aumentaram o poderio ofensivo do time.
Vários dos grupos que estiveram na Alemanha têm potencial aparente para melhorar em 2010, além de Brasil e Argentina – que se beneficiam do êxodo de atletas para o exterior vendo as suas divisões de base florescerem. A Holanda de Van Basten fez um último jogo horrível em termos de violência, mas tem alicerces para crescer, assim como Costa do Marfim e México. Este último, aliás, deixou claro como treinamento faz diferença, tendo perdido um jogo parelho para a Argentina graças ao golaço de Maxi Rodríguez. A geração alemã também é promissora. Por outro lado, França e República Tcheca estão entre os grupos de peso que terão de reabrir as entranhas para se renovar. Sem Zidane e Nedved, não há sinais de que Maloudas e Jiraneks possam fazer esses países brilharem.
Kieran Doherty/Reuters
Quais vão evoluir?
Os meio-campistas marcaram belos gols, como o de Maniche contra a Holanda
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Peter Kneffel/EFE
Klose foi o melhor atacante da Copa, mas certamente não é o melhor atacante do mundo
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E agora? Com a Copa terminada, uma pergunta pode ser feita: “E o que acontece agora?” Sem ter de fazer incursões à futurologia, dá para afirmar uma coisa: a seleção que venceu dita as regras pelos próximos quatro anos. De uma maneira geral, ao menos, essa é a regra que tem valido nas últimas competições. Os vencedores passam a ser considerados – não injustamente – como a epítome do sucesso, a fórmula vencedora. Técnicos como Carlos Alberto Parreira e Sven-Goran Eriksson acham que os esquemas do futuro tendem ao 4-5-1 ou até ao 4-6-0. Como bem observou Tostão em seu livro, jogar sem nenhum atacante é problemático, porque você abre mão do contra-ataque. Contudo, o aumento da necessidade de incursões de meio-campistas ao ataque é uma marca que deve ficar. Mesmo volantes que jogam na cabeça da área, como Gattuso e Essien, estão cada vez mais fadados a pressionar os adversários no campo rival, dificultando a saída de bola. Preparo físico e sincronia defensiva (que não quer dizer defensivismo) saem da Copa como condições básicas para o sucesso – mais do que já eram antes. Jogadores que atuam diante da área para ditar o ritmo de jogo talvez não saibam equilibrar bolas no nariz nem jogar com a tão falada “alegria”, mas quem sabe haja coisas mais importantes a se fazer em campo. Times que não correm ou que não sabem se colocar podem ganhar jogos, mas não torneios. É claro que, além disso, é preciso capacidade de improvisação. Jogadores como Robinho, Messi e Van Persie têm o mundo aos seus pés se colocarem seu talento a serviço do time, e não o contrário.
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54 JOGADORES
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OS
MELHORES
A Copa do Mundo é uma disputa para descobrir qual é o melhor time do mundo. Mas isso não impede que apontemos destaques individuais na competição. Assim, a Trivela escolheu, e apresenta nas próximas páginas, uma “Seleção da Copa”, com aqueles que mais se destacaram em casa posição. Para escolher os melhores, não levamos em conta apenas a média das notas de cada jogador dadas pelo site Trivela.com. Consideramos também a atuação de cada um nos momentos decisivos, além da importância para que sua equipe atingisse seus objetivos. Assim, jogadores que pouco se destacaram na primeira fase, mas foram bem no mata-mata, foram incluídos na lista. Com relação ao esquema tático, o 4-5-1 escolhido reflete não só a opção da maioria das seleções, que jogaram com esse esquema, como também a presença maior de meias do que de atacantes entre os melhores jogadores do Mundial.
BUFFON Esta não foi uma Copa de grandes goleiros. Cech teve grande desempenho, mas não evitou a eliminação da República Tcheca. Lehmann foi seguro, mas pouco exigido. Ricardo se destacou contra Holanda e Inglaterra, mas foi inseguro em outras partidas. Esse cenário poderia até tirar o mérito de Buffon, mas não foi esse o caso, tanto que seu desempenho foi comparado ao de Kahn em 2002. O goleiro italiano mostrou grande agilidade, frieza e bom posicionamento diante dos atacantes adversários. Tanto que, antes da final, sofrera apenas um gol. Buffon também ganhou destaque pelas atuações em momentos delicados da trajetória italiana, como os jogos contra Estados Unidos, República Tcheca, Austrália e Ucrânia. Na final, fez uma grande defesa em cabeçada de Zidane. O reconhecimento como melhor goleiro da Copa coroa uma carreira até agora brilhante, que inclui a maior transferência da história para um goleiro (€ 48,5 milhões, quando foi do Parma para a Juve) e cinco anos brilhantes na Juventus. Buffon ainda tem 28 anos, ou seja, tem 0muito para oferecer no futebol.
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GIANLUIGI BUFFON Nascimento: 28/1/1978 Clube: Juventus (ITA) Partidas: 7 Minutos em campo: 690 Gols sofridos: 2 Defesas: 27
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MIGUEL O lateral-direito de Portugal, Miguel, não é um daqueles jogadores falastrões como Roberto Carlos, nem atrai os holofotes da mídia internacional como Cafu. Discreto e eficiente, Miguel foi um dos destaques da seleção portuguesa nesta Copa do Mundo. Antes de o Mundial começar, ganhou a disputa da posição com Paulo Ferreira, do Chelsea. Contratado há alguns meses pelo Valencia, suas atuações pela equipe espanhola garantiram a titularidade no time de Felipão. Na Copa, o lateral foi eficiente na marcação, sem cometer erros graves e garantindo uma boa cobertura dos zagueiros. Sem subir tanto ao ataque, Miguel também foi consistente na frente, chegando com eficiência na linha de fundo e fazendo boas tabelas, principalmente, com Figo e Cristiano Ronaldo. Seu estilo impede que ganhe mais destaque, já que não é um jogador habilidoso. Mas foi exatamente por isso que Miguel foi o melhor lateral-direito do Mundial. Jogou sempre para vencer, sem fazer firulas ou tentar dribles desnecessários.
LUÍS MIGUEL B. G. MONTEIRO Nascimento: 4/1/1980 Clube: Valencia (ESP) Partidas: 6 Minutos em campo: 513 Gols: 0 Chutes: 2 Dribles: 6 Roubadas de bola: 24
CANNAVARO
FABIO CANNAVARO Nascimento: 13/9/1973 Clube: Juventus (ITA) Partidas: 7 Minutos em campo: 690 Gols: 0 Chutes: 4 Dribles: 0 Roubadas de bola: 70
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Uma rocha na defesa italiana. O zagueiro da Juventus passou segurança para seu setor, compensando a ausência do contundido Nesta no mata-mata, e foi o grande líder da campanha italiana na Alemanha. Com estatura relativamente baixa para a posição (1,75 m), Cannavaro deu aula de como se posicionar na área e dar o combate no momento certo, evitando sustos na torcida ou faltas desnecessárias. Sua principal virtude no Mundial foi a regularidade. Não foi o principal jogador da Itália em nenhuma partida, mas teve boa atuação em todas, passando bastante confiança a um time que sofreu com diversas mudanças no setor devido a contusões (Nesta) e suspensão (Materazzi). O capitnao italiano foi particularmente importante na semifinal contra a Alemanha, ao bloquear o ataque adversário e ainda iniciar o contra-ataque que resultou no segundo gol italiano. Por lances como esse, alguns o consideraram o melhor jogador do Mundial.
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LAHM
PHILIPP LAHM Nascimento: 11/11/1983 Clube: Bayern de Munique (ALE) Partidas: 7 Minutos em campo: 690 Gols: 1 Chutes: 4 Dribles: 8 Roubadas de bola: 51
A Copa do Mundo havia começado há apenas seis minutos quando o lateral-esquerdo da Alemanha avançou, fechou pelo meio e, de perna direita, mandou a bola no ângulo do goleiro costarriquenho Porras. Foi o primeiro gol do Mundial e o início de uma grande Copa de Lahm. O jovem jogador do Bayern de Munique, apesar de ser destro, mostrou muita desenvoltura pela esquerda, com jogadas insinuantes e velozes pela ponta. O lateral tornou-se peça fundamental na estratégia ofensiva de Jürgen Klinsmann, abrindo o jogo para dar mais espaço para os atacantes e eventualmente puxando contra-ataques. Suas atuações contra Costa Rica, Equador e Suécia foram tão boas que nem o desempenho discreto nos jogos contra Argentina e Itália foi suficiente para tirar sua condição de principal lateral-esquerdo do Mundial.
AYALA Roberto Ayala foi um dos destaques da Argentina na Copa. Aos 33 anos, o jogador disputou seu terceiro Mundial, o melhor da carreira. Seguro como sempre, o jogador do Valencia teve uma atuação destacada nos cinco jogos que disputou. Experiente e valorizado no mercado internacional, o zagueiro foi um dos líderes da Argentina na Copa. Em campo, transmitiu segurança e errou pouco. Ayala foi favorecido pela dupla de volantes que atuava a sua frente e pelo esquema de José Pekerman, que fortalecia o setor defensivo. Independentemente disso, o zagueiro, sempre que exigido, foi bem e não usou da violência - tanto que não levou nenhum cartão amarelo na competição. Nas quartas-de-final, na eliminação para a Alemanha, o zagueiro foi um dos melhores em campo e ainda marcou o gol de seu time. Foi uma grande injustiça o fato de, na disputa de pênaltis, Ayala ter sido um dos dois argentinos que desperdiçaram a cobrança.
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ROBERTO FABIÁN AYALA Nascimento: 12/4/1973 Clube: Valencia (ESP) Partidas: 5 Minutos em campo: 510 Gols: 1 Chutes: 2 Dribles: 0 Roubadas de bola: 29
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VIEIRA
PATRICK VIEIRA Nascimento: 23/6/1976 Clube: Juventus (ITA) Partidas: 7 Minutos em campo: 586 Gols: 2 Chutes: 8 Dribles: 1 Roubadas de bola: 37
Com discrição, Patrick Vieira sintetizou a eficiência do meio-campo francês. Quando não ajudava a defesa com seus desarmes, aparecia no ataque. Símbolo de como deve atuar um volante moderno, ele aliou força, precisão e sangue frio. Contra Togo, na última partida da primeira fase, foi Vieira que abriu o caminho para a vitória. Nas oitavas, foi dele o toque para Ribéry surgir livre no meio da defesa espanhola. O empate nasceu de seus pés. Se o Brasil não viu a cor da bola nas quartas-de-final, muito se deve ao excelente trabalho de Vieira e seu parceiro Makélélé. Os dois deram conta de anular Kaká, Ronaldinho e Juninho Pernambucano. O jogador da Juventus apenas provou como um bom posicionamento foi capaz de quebrar o encanto em torno da Seleção. Na final, sua importância ficou comprovada quando saiu machucado, aos 10 minutos do segundo tempo, e a França caiu de produção.
FRINGS Na Copa, a Alemanha de Klinsmann mostrou um jogo bastante ofensivo e rápido, inclusive com avanço dos laterais. Para essa estratégia ter consistência e não deixar a equipe muito vulnerável, o time precisava de peças que garantissem a segurança e evitassem que o adversário dominasse o setor. Frings deu conta do serviço. O volante do Werder Bremen foi uma barreira para os oponentes, com boa noção de ocupação de espaço, muita solidez na marcação e número reduzido de faltas desnecessárias. Quando possível, ele ainda ajudava no ataque, caso do gol que marcou contra a Costa Rica, um dos mais bonitos do Mundial. Por tudo isso, sua ausência na semifinal contra a Itália – foi suspenso pela Fifa por agredir Julio Cruz na confusão após o término de Alemanha x Argentina – foi tão lamentada pela torcida alemã. Não por coincidência, a Azzurra dominou o meio-campo e encurralou a Alemanha em seu campo defensivo.
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ELES TAMBÉM SE DESTACARAM Outros jogadores que merecem menção honrosa por seu desempenho na Copa do Mundo GOLEIROS Cech (Rep. Tcheca) Lehmann (Alemanha) Ricardo (Portugal) LATERAIS Grosso (Itália) Sagnol (França) Sergio Ramos (Espanha) Sorín (Argentina) Zambrotta (Itália) ZAGUEIROS Ferdinand (Inglaterra) Gallas (França) Müller (Suíça) Ricardo Carvalho (Portugal) Thuram (França) VOLANTES Gattuso (Itália) Makélélé (França) Mascherano (Argentina) Pirlo (Itália) Zé Roberto (Brasil)
TORSTEN FRINGS Nascimento: 22/11/1976 Clube: Werder Bremen (ITA) Partidas: 6 Minutos em campo: 541 Gols: 1 Chutes: 6 Dribles: 2 Roubadas de bola: 32
MEIAS Ballack (Alemanha) Kalinichenko (Ucrânia) Maxi Rodríguez (Argentina) Robben (Holanda) Van Persie (Holanda) ATACANTES Carlos Tenorio (Equador) Cristiano Ronaldo (Portugal) Fernando Torres (Espanha) Henry (França) Podolski (Alemanha)
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DECEPÇÕES DA COPA Schwarzer (AUS); Cafu (BRA), Ujfalusi (TCH), Kuffour (GAN) e Roberto Carlos (BRA); De Rossi (ITA), Lampard (ING), Karimi (IRA) e Ronaldinho Gaúcho (BRA); Kezman (SER) e Ibrahimovic (SUE).
FIGO LUÍS FELIPE MADEIRA C. FIGO Nascimento: 4/11/1972 Clube: Internazionale (ITA) Partidas: 7 Minutos em campo: 529 Gols: 0 Chutes: 8 Dribles: 11 Roubadas de bola: 11
SELEÇÃO JOVEM Cech (TCH); Zé Kalanga (ANG), Sergio Ramos (ESP), Mertesacker (ALE) e Lahm (ALE); Mascherano (ARG), Van Persie (HOL), Robben (HOL) e Ribéry (FRA); Fernando Torres (ESP) e Cristiano Ronaldo (POR).
PIORES JOGADORES Kalac (AUS); Cafu (BRA), Dudic (SER), Umaña (CRC), Marín (CRC); Bouazizi (TUN), Duljaj (SER), Nadj (SER) e Mastroeni (EUA); Vorobey (UCR) e Al Temyat (ARS).
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Luís Figo fez uma belíssima Copa do Mundo. Aos 33 anos, apagou de vez o mau desempenho do Mundial de 2002, quando Portugal foi eliminado na primeira fase, e comandou a seleção lusitana em campo na excelente campanha do time. Desde o primeiro jogo, Figo mostrou que estava com disposição extra. Mesmo longe do auge de sua forma física, sempre correu muito e foi o principal jogador do meio-campo português. Além de ser fundamental na armação das jogadas, Figo também combateu no meio, ajudando o setor defensivo e se enquadrando no esquema tático de Luiz Felipe Scolari. Pelas pontas, o meia fez lembrar de seus melhores momentos, infernizando a vida dos zagueiros adversários e criando muitas oportunidades de gol. Se Portugal tivesse um centroavante matador, Figo teria feito desse jogador o artilheiro da Copa.
RIBÉRY Meio sem querer, Franck Ribéry tornou-se um dos destaques da França nesta Copa. O meia do Olympique de Marselha, com boas passagens pelas seleções de base, ganhou a confiança da opinião pública graças às boas atuações em seu clube. Tanto a torcida como a imprensa pressionaram Raymond Domenech para que o levasse para a Alemanha, apesar de nunca ter sido convocado para a seleção principal. Na seleção, ele atuou mais aberto pela ponta e, com velocidade e habilidade, levou perigo pelo lado esquerdo dos Bleus. Com seu bom desempenho, mostrou porque é considerado como uma das maiores revelações do futebol francês dos últimos anos. Nervoso em seus primeiros jogos, aos poucos Ribéry se soltou. Foi importante no triunfo em cima da Espanha, ao marcar o gol de empate. Contra o Brasil, ele deu um drible desconcertante em Lúcio e não teve problemas para passar por Cafu. Na final, Ribéry teve um pouco mais de dificuldade para se livrar da marcação da Itália, mas mesmo assim foi uma boa opção para abrir o jogo.
FRANK RIBÉRY Nascimento: 7/4/1983 Clube: Olympique de Marselha (FRA) Partidas: 7 Minutos em campo: 514 Gols: 1 Chutes: 10 Dribles: 11 Roubadas de bola: 12
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ZIDANE
ZINEDINE ZIDANE Nascimento: 23/6/1972 Clube: Real Madrid (ESP) Partidas: 6 Minutos em campo: 559 Gols: 3 Chutes: 8 Dribles: 10 Roubadas de bola: 15
Nesta Copa, Zidane não economizou classe e mostrou-se decisivo. Se a França mostrou força na Alemanha, muito se deve à entrega do maior jogador de sua história. Durante a primeira fase, Zidane não brilhou. Levou dois cartões amarelos contra Suíça e Coréia do Sul e ficou de fora da partida contra o Togo. Mas, depois, ficou claro que o craque estava apenas se poupando. Nas oitavas-de-final, Zizou cansou de deixar seus companheiros em boas condições para marcar. O terceiro gol dos Bleus contra a Espanha resume bem o seu estilo: bastou um movimento sutil para passar por Puyol e, com um toque elegante, deslocar Casillas. Nas quartas, Zidane fez a melhor apresentação individual do torneio. Foi dele a assistência para o gol de Henry, mas o que mais encantou foram os diversos dribles e jogadas de efeito ao longo do jogo. Zidane chegou à Alemanha desacreditado por conta das dúvidas sobre suas condições físicas. Porém, expôs seu talento quando realmente era necessário e conduziu seu time até a final da Copa. Nem a expulsão na decisão apagou seu brilho, tanto que foi eleito o melhor jogador do Mundial.
KLOSE Klose começou a Copa com o rótulo de centroavante que só é bom de cabeça, estereótipo criado pelo fato de todos seus cinco gols no Mundial 2002 terem sido em jogadas aéreas. Em 2006, ele provou a quem não acompanha a Bundesliga que também sabe jogar com a bola no chão. Driblou, abriu espaços, criou tabelas e serviu os colegas. Por exemplo, contra a Suécia, o atacante do Werder Bremen foi considerado o melhor em campo, mesmo com seu companheiro de ataque Podolski marcando os dois gols da partida. Mas, claro, Klose não deixou de lado a capacidade de fazer gols. Contra a Costa Rica, fez dois. Depois mostrou habilidade ao marcar contra o Equador, após driblar o goleiro. E, para mostrar que era capaz de fazer gols em jogos decisivos, concluiu de cabeça jogada de Borowski e empatou, a dez minutos do final, o jogo contra a Argentina pelas quartas-de-final. Com cinco gols, foi o artilheiro da Copa.
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MIROSLAV KLOSE Nascimento: 9/6/1978 Clube: Werder Bremen (ALE) Partidas: 7 Minutos em campo: 586 Gols: 5 Chutes: 22 Dribles: 10 Roubadas de bola: 15
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60 IMPRENSA MALA
A COPA DA
IMPRENSA
E
m 1998, Ronaldo passou mal na manhã da final da Copa. Sem que ninguém percebesse, deixou o hotel da Seleção, fez exames em um hospital e, mesmo assim, nem a Globo, que tem “passe livre” da CBF, soube dizer por que, antes do jogo, era Edmundo que estava na escalação oficial. Não há nenhum dado sobre o número de jornalistas presentes em Paris naquele dia, mas é certo que, enquanto todos estavam preocupados com o cardápio do almoço ou com as façanhas das namoradas dos jogadores, ninguém viu a única coisa que tinha que ser vista. Em 2006, também não há um número oficial, mas estima-se que cerca de 600 jornalistas brasileiros tenham estado na Alemanha. O jornalista inglês Alex Bellos faz uma comparação interessante: enquanto o The Guardian, um dos maiores jornais do mundo, enviou sete profissionais para a partida entre Inglaterra e Trinidad e Tobago, o jornal O Globo tinha 16 pessoas no jogo entre Brasil e Austrália. A pergunta é: era preciso mandar tantos profissionais para a Alemanha? Se os treinos eram transmitidos ao vivo pela televisão e os jogadores só falavam em entrevistas coletivas, para que havia tantos repórteres? E o pior é que estavam quase todos cobrindo a Seleção Brasileira. As informações sobre as outras equipes foram escassas, em sua maioria baseadas em dados de agências de notícias ou de análises que poderiam ter sido feitas daqui. Já faz tempo que o pouco interesse do brasileiro por questões mais profundas começou a levar os veículos, principalmente os “de massa”, a concentrar a cobertura no fútil, no entretenimento. Com isso, a quantidade prevaleceu sobre a qualidade. Nesta Copa, chegamos ao ápice desse processo. O simples fato de que, mesmo vendo o que acontecia em campo, ninguém chegou a pôr em dúvida a “vingança” que teríamos contra a França, mostra o quanto a análise crítica foi deixada de lado. Como tudo na história tende a ser cíclico, é provável que a maneira como a Seleção foi eliminada possa levar o público a questionar o papel que a mídia vem exercendo. Não tenha dúvida de que os “animadores de torcida” vão continuar a ser maioria. É provável, no entanto, que surja espaço para uma imprensa mais atenta, preocupada com a notícia e com o futebol. Seria uma excelente conseqüência de tão dolorida derrota.
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BOBAGENS EM GERAL Erros de informação, comentários desencontrados e atentados ao português não faltaram nesta Copa “As arquibancadas do estádio de Munique têm a inclinação máxima que a arquitetura e a engenharia conhecem: 34 graus” Essa foi de Cristiane Pelajo, em narração de matéria do SporTV. Quer dizer que não existe nenhuma rampa com 35 graus ou mais de inclinação? Esses engenheiros estão precisando freqüentar umas aulas de desenho geométrico...
FUTEBOL FORA DO BRASIL? ISSO EXISTE? A parte ruim de uma Copa é ter que agüentar comentários vagos e simplificações grosseiras de quem não costuma acompanhar futebol internacional e opina com base só em um ou dois jogos “Só a Copa do Mundo para nos trazer uma cena dessas. Um povo altamente civilizado como o suíço, junto com um povo não tão civilizado como o de Togo” Nesta Copa, Sérgio Noronha foi amplamente reconhecido como o pior comentarista da televisão. O preconceito da frase acima deixa bem claro por que ele ganhou esse “título”.
“Lampard teria dificuldades para ser titular nas principais equipes do Brasil” No SporTV, Telmo Zanini mostra o que acontece se você não assiste futebol europeu e decide avaliar jogadores com base em uma partida. Ou será que ele realmente acha o Lampard pior que o Rodrigo Tabata e o Francismar?
“Amanhã tem Itália x Austrália e Suíça x Ucrânia... Acho que eu vou tirar o dia para não ver os jogos, acompanhar mais a Seleção” É sacrificada a vida de comentarista esportivo. A única coisa mais horrível que passar um mês num fim de mundo como a Alemanha é ter que assistir a 59 partidas que não são do Brasil! Por isso que Fernando Calazans avisou, no Linha de Passe, da ESPN Brasil, que ia tirar uma merecida folguinha. O que não o impediu de falar depois sobre esses jogos, claro.
“A Espanha chega sempre com um time muito bom e muito conceituado, mas nunca consegue chegar às quartas-de-final” Durante a transmissão de Espanha x França, no SporTV, João Carlos Assumpção esqueceu das cinco vezes que os espanhóis ficaram entre os oito melhores de um Mundial. Mas não é culpa dele. Afinal, um narrador não tem obrigação de lembrar os resultados de Copas longínquas, como a de 2002.
“Ajuste final” Essa foi a manchete do Lance!, em São Paulo, no dia da final da Copa. Ela falava, claro, dos últimos jogos-treino antes da volta do Brasileiro. Afinal, não havia nada mais importante naquele dia...
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A IMPRENSA MALA “O árbitro italiano naturalizado suíço Massimo Busacca”
“Portugal elimina a Holanda, numa partida em que o fair play foi literalmente para o brejo”
A Trivela torce para que Jota Junior, do SporTV, não tenha deduzido essa informação, que ele repetiu várias vezes durante Argentina x México, só com base no sobrenome do juiz. Afinal de contas, segundo o site da Fifa, o árbitro nasceu em Bellinzona, na Suíça.
Em sua mini-coluna no jornal Lance!, Armando Nogueira mostra por que é conhecido como “O Mestre”. Já dá até para imaginar o fair play nadando junto com os sapos...
“Toni Luca marca para a Itália!” Durante a transmissão de Itália x Ucrânia, na Bandsports, Luciano do Valle não conseguia acreditar que o sobrenome do atacante italiano pudesse ser “Toni”. Por isso, o narrador passou o jogo inteirinho falando o nome do jogador ao contrário!
CONSPIRATÓRIAS Aconteceu alguma zebra? As suas previsões foram para o brejo? Só pode ser armação! “Sabia! Está na cara que ele entregou o jogo!” Flavio Gomes, da ESPN Brasil, coloca em dúvida a honestidade do goleiro Jevric só porque ele é montenegrino, e não sérvio. Isso porque, no jogo em questão (Sérvia e Montenegro 2x3 Costa do Marfim), o goleiro não teve culpa em nenhum dos três gols e ainda foi o melhor em campo da sua seleção.
“Eu até coloco em dúvida a honestidade de algumas arbitragens, como por exemplo no jogo Itália x Austrália” Se o comentário de Flavio Gomes foi feito meio de brincadeira, este, de Paulo Soares, durante a narração de Ucrânia x Suíça, foi sério. na partida da Azzurra, o árbitro cometeu apenas um erro e ainda expulsou um jogador italiano. Mas, se errou na marcação de um pênalti, só pode ser porque estava comprado, não é?
“O favoritismo pode até atrapalhar, mas o que pode atrapalhar mesmo são as manipulações, como em 1998” De onde veio a arrogância que derrubou a Seleção? Como mostra a declaração de Ignacio de Loyola Brandão, na Rádio BandNews, não eram só os jogadores que achavam que só “forças ocultas” poderiam tirar o título do Brasil. Aliás, de que manipulação em 1998 ele está falando?
Desde o surgimento da Trivela, como website, tanto nossos jornalistas quanto os leitores exercem um papel de “media watch”, por meio da seção Imprensa Mala. Nela, publicamos as “maletadas” da imprensa esportiva brasileira. Uma “maletada” não é um simples erro de digitação – é um erro de informação, principalmente aquele tipo que denota o total desconhecimento do jornalista sobre o assunto do qual está falando. O olhar crítico tem como objetivo buscar os problemas recorrentes, até como uma maneira de ajudar o jornalismo esportivo brasileiro a evoluir. Além de nos permitir dar um pouco de risada de nós mesmos – inclusive da própria Trivela, que, vez por outra, aparece na seção.
MANDARAM BEM Na cobertura da Copa, também houve pontos positivos que vale a pena destacar Análises táticas da SporTV
Aplausos a Zidane
Blog da Redação do UOL
Paulo Vinícius Coelho
Relatos de jogos da Folha
Interessante a maneira como o canal analisou tomadas de câmera para revelar detalhes importantes de jogadas-chave.
Desta vez, em vez de imaginar conspirações mirabolantes, a imprensa brasileira admitiu que o adversário jogou melhor.
Um dos poucos nesta Copa que fugiu do formato “Minhas Férias na Alemanha”. De maneira bem humorada, não se preocupou em fazer média com ninguém.
Fala do que vê em campo, não do que gostaria de estar vendo, e sempre apoiado em fatos e números que significam alguma coisa.
Em vez de se limitarem a descrever os lances das partidas, tentaram um enfoque mais abrangente, com informações de vestiários e de contexto.
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Tostão Mas ponderado do que a maioria, mostrou ser um dos poucos a entender como funciona – ou deixa de funcionar – um esquema tático na prática.
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62 COPA 2010
Maquete eletrônica do King Senzangakhona Stadium, que será construído em Durban
ENTUSIASMO PARA VENCER O
Divulgação
PRECONCEITO copa2010.indd 2
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63
S
por Cassiano Ricardo Gobbet
e alguém desse uma olhada no relatório da Fifa analisando as candidaturas dos cinco países africanos que queriam receber a Copa de 2010, já perceberia que só o Egito estava no páreo com a África do Sul. A entidade classificava os sul-africanos como “altamente entusiasmados” e o governo do país como “totalmente comprometido com a proposta da Fifa”. A idéia de ter a primeira Copa do Mundo num continente que ama futebol é excitante. Com a realização da competição em solo africano, finalmente os times da África devem competir pela primeira vez com real chance de vencer o Mundial, enterrando clichês mofados, como “futebol irresponsável”. A África também enfrentará o desafio de provar – especialmente para os europeus – que tem capacidade de organizar um evento do porte da Copa sem maiores problemas. Problemas que até agora ainda não deram as caras. Mas também não garantiram que não vão dar. A organização do evento assegura que está tudo em cima. O chefe do comitê organizador declarou no final de junho que todos os cronogramas estavam sendo cumpridos e que os dez estádios sugeridos pelo comitê local como sedes tinham sido aceitos pela Fifa.
Transporte: a unha encravada
África do Sul tem uma grande responsabilidade: mostrar ao mundo que uma Copa na África será tão bem organizada quanto em qualquer outro lugar
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O orçamento total para a competição, aprovado pela Fifa, é de US$ 3,1 bilhões, pouco menos do que o empregado na Alemanha. Quase metade do dinheiro vai para melhorar condições de transporte, unha encravada na organização de todos os megaeventos em países em desenvolvimento. A comparação com o sofisticado sistema de trens de alta velocidade da Alemanha é negativa para a África do Sul. O país precisa de grandes melhorias para erradicar freqüentes greves, quebras e alta criminalidade, principalmente no sistema ferroviário. O Gautrain, um trem de alta velocidade ligando Pretória e Johannesburgo ao aeroporto internacional, num trajeto de 80 km, dimensiona o tipo de obras que estão sendo feitas. A linha terá capacidade de transportar 300 mil pessoas por dia. Ao contrário do acontecido na Alemanha, a organização deve fazer com que os torcedores precisem viajar menos entre as cidades para ver os jogos, diminuindo a sobrecarga do sistema. A África do Sul precisa ardentemente do salto de qualidade em infra-estrutura que a Copa pode providenciar. O potencial turístico inexplorado do país é imenso. Os números do setor praticamente dobraram em dez anos, mas o crescimento é ameaçado pelos problemas de transporte (embora a estrutura de hotelaria seja considerada “excelente” pela última inspeção da Fifa). Cerca de 150 mil empregos devem ser criados no país, gerando um total de US$ 3 bilhões para a economia e um mais terço disso em impostos para o governo.
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Imagens Divulgaテァテ」o
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1
Polokwane
2
Rustenburg
3
Pretテウria
4
Nelspruit
Peter Mokaba Stadium
Royal Bafokeng Stadium
Loftus Versfeld Stadium
Mbombela Stadium
Capacidade: 40.000
Capacidade: 40.000
Capacidade: 52.000
Capacidade: 45.000 A construir
7
Durban
King Senzangakhona Stadium Capacidade: 80.000 A construir 8
Cidade do Cabo
African Renaissance Stadium Capacidade: 68.000 A construir
1 2
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テ:RICA DO SUL
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copa2010.indd 4
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5
Johannesburgo
Soccer City Capacidade: 94.700
5
Johannesburgo
Bloemfontein
9
Port Elizabeth
Ellis Park Stadium
Free State Stadium
Nelson Mandela Bay Stadium
Capacidade: 70.000
Capacidade: 40.000
Capacidade: 50.000 A construir
Estádios: quatro serão novos No orçamento do governo sul-africano – que é quem banca a empreitada –, cerca de US$ 850 milhões estão destinados para preparar os estádios, com quatro deles sendo levantados e seis submetidos a “renovações de grande porte”. Justiça seja feita, a Alemanha iniciou seus trabalhos depois do final da Copa de 2002 – mas tinha menos trabalho a fazer. Os sul-africanos estudam a possibilidade de usar pré-moldados de concreto para construir os estádios, fazendo com que o material possa ser reaproveitado ao final da Copa em outras obras públicas, além de evitar que “elefantes brancos” permaneçam espalhados pelo país. A sugestão, de uma empresa holandesa (que trabalha com o produto, claro), ainda não foi adotada. A África do Sul leva vantagem numa comparação com o Brasil, por exemplo. Os estádios que já existem e passarão por uma “recauchutagem” para 2010 têm reputação de ser mais modernos e mais confortáveis do que a média dos estádios brasileiros. Campos como o Vodacom Park ou o Newlands Stadium estão quilômetros à frente em relação a tradicionais nomes brasileiros como o Maracanã ou o Mineirão, embora suas capacidades sejam menores. Outro investimento pesado será feito em telecomunicação e tecnologia da informação. A estatal Sentech anunciou que já em setembro estará apta a transmitir na África do Sul com sinal de alta definição, quatro anos antes do início da Copa. Semanas atrás, a empresa foi criticada quando levantou a possibilidade de atrasos no
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projeto de implantação do sistema, que é uma exigência da Fifa. A entidade, no entanto, não esconde que tem receio de que o país não consiga modernizar seu sistema de transmissão de dados em banda larga, já que a participação da Internet na mídia da Copa de 2010 deve crescer exponencialmente.
Todos juntos, vamos... Um fator que não deixa de ser preocupante é um certo ufanismo que parece dar o tom quando o assunto é a organização da Copa. Uma declaração do governo no final de junho falava em “organizar a melhor Copa de todos os tempos em nome de todo o continente africano”. Contudo, os críticos lembram dos crescentes índices de criminalidade e pobreza, embora estes não sejam muito diferentes de quando a África do Sul, nos últimos dez anos, recebeu mundiais de críquete ou rúgbi e a Copa Africana de Nações, em 1996. Esportivamente, há um misto de esperança e apreensão em relação ao que os sul-africanos poderão conseguir. Modesta tecnicamente, a seleção do país certamente ganhará força, graças à torcida, a exemplo do que sempre acontece com os anfitriões em Copas. As dúvidas pairam sobre as outras potências do continente, como Nigéria e Camarões, que não se classificaram para a competição em 2006. Por outro lado, países como Costa do Marfim e Gana provaram na Alemanha que têm potencial para manter bons times até 2010.
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TABELA PRIMEIRA FASE
GRUPO A
PG
SG
EQUADOR POLÔNIA COSTA RICA 9/junho - 13h - Munique
4 Polônia 0 Alemanha 1 Equador 3 Costa Rica 1 Equador 0 Alemanha
X
2 2 0 0 2 3
Costa Rica Equador Polônia Costa Rica
TRINIDAD E TOBAGO
Polônia
1 T. Tobago 0 Inglaterra 2 Suécia 1 Paraguai 2 Suécia 2 Inglaterra
GRUPO E
PG
SG
REPÚBLICA TCHECA ESTADOS UNIDOS
0 Itália 2 R. Tcheca 0 Itália 1 Gana 2 R. Tcheca 0
X
3 0 2 1 1 2
3 Brasil 1 Japão 0 Brasil 2 Croácia 2 Japão 1
R. Tcheca
Austrália
X
X
Paraguai
1 0 0 0 2 4
Gana
X
T. Tobago
X
Inglaterra
X
9 +6 4 0 2 –1 1 –5
X
X
3 Angola 0 México 0 Portugal 2 Irã 1 Portugal 2 México
X
X
X
X
2 França 0 França 1 Togo 0 Suíça 2 Togo 0 Coréia
Sérvia e M.
1 0 1 2 0 2
Argentina SG
X
X
X
X
X
X
Angola
X
México PG
SG
9 +7 6 +1 1 –3 1 –5
TUNÍSIA ARÁBIA SAUDITA X
0 2 4 1 0 1
Ucrânia
14/junho - 13h - Munique
Suíça
X
A. Saudita
19/junho - 13h - Hamburgo
Coréia
X
Ucrânia
19/junho - 16h - Stuttgart
Suíça
X
Tunísia
23/junho - 11h - Berlim
Coréia
23/junho - 16h - Colônia
Brasil
Irã
UCRÂNIA
Espanha
23/junho - 16h - Hannover
Austrália
X
ESPANHA
4 Tunísia 2 A. Saudita 0 Espanha 3 Ucrânia 1 A. Saudita 0
Togo
19/junho - 10h - Dortmund
Austrália
Angola
14/junho - 10h - Leipzig
18/junho - 16h - Leipzig
Croácia
X
GRUPO H
7 +4 5 +2 4 –1 0 –5
13/junho - 13h - Stuttgart
Croácia
Portugal
21/junho - 11h - Gelsenkirchen
PG
X
X
21/junho - 11h - Leipzig
13/junho - 10h - Frankfurt
Japão
Irã
17/junho - 10h - Frankfurt
C. Marfim
TOGO
1 1 0 0 1 1
16/junho - 16h - Hannover
Sérvia e M.
CORÉIA DO SUL
X
11/junho - 16h - Colônia
Holanda
FRANÇA
22/junho - 16h - Dortmund
Itália
X
SUÍÇA
22/junho - 16h - Stuttgart
EUA
IRÃ
C. Marfim
GRUPO G
SG
18/junho - 13h - Munique
EUA
1 1 0 1 2 0
SG
11/junho - 13h - Nuremberg
21/junho - 16h - Frankfurt
18/junho - 10h - Nuremberg
Gana
ANGOLA
21/junho - 16h - Munique
PG
X
MÉXICO
16/junho - 13h - Stuttgart
13/junho - 16h - Berlim
22/junho - 11h - Hamburgo X
X
X
PG
9 +4 4 +1 2 –1 1 –4
PORTUGAL
16/junho - 10h - Gelsenkirchen
T. Tobago
JAPÃO
22/junho - 11h - Nuremberg X
X
GRUPO D
11/junho - 10h - Leipzig
12/junho - 10h - Kaiserslautern
17/junho - 16h - Kaiserslautern X
Argentina
Suécia
CROÁCIA
17/junho - 13h - Colônia X
X
AUSTRÁLIA
12/junho - 16h - Hannover X
2 Sérvia e M. 0 Argentina 6 Holanda 2 C. Marfim 3 Holanda 0
Paraguai
BRASIL
12/junho - 13h - Gelsenkirchen
EUA
0 0 0 0 0 2
GRUPO F
7 +4 6 +1 3 –1 1 –4
GANA
X
SG
10/junho - 16h - Hamburgo
20/junho - 16h - Colônia
Alemanha
ITÁLIA
COSTA DO MARFIM SÉRVIA E MONTENEGRO
20/junho - 16h - Kaiserslautern
20/junho - 11h - Berlim X
PARAGUAI
HOLANDA
15/junho - 16h - Berlim
20/junho - 11h - Hannover X
SUÉCIA
PG
7 +7 7 +2 3 –1 0 –8
ARGENTINA
15/junho - 13h - Nuremberg
15/junho - 10h - Hamburgo X
GRUPO C
SG
10/junho - 13h - Dortmund
14/junho - 16h - Dortmund X
PG
7 +3 5 +1 3 0 1 –4
INGLATERRA
10/junho - 10h - Frankfurt
9/junho - 16h - Gelsenkirchen X
GRUPO B
9 +6 6 +2 3 –2 0 –6
ALEMANHA
X
Tunísia
23/junho - 11h - Kaiserslautern
França
X
Espanha
PG: pontos ganhos / SG: saldo de gols
FASE FINAL OITAVAS
FINAL
24/junho - 12h - Munique
9/julho - 15h - Berlim
1º A 2º B
Alemanha 2 Suécia 0
24/junho - 16h - Leipzig 1º C 2º D
Argentina 2 México 1
2º F
Itália 1 Austrália 0
26/junho - 16h - Colônia 1º G 2º H
Suíça 0 (0) Ucrânia 0 (3)
25/junho - 12h - Stuttgart
Itália 1 (5) X 1 (3) França
QUARTAS
Alemanha 1 (4) Argentina 1 (2) 30/junho - 12h Berlim
SEMI
SEMI
4/julho - 16h Dortmund
30/junho - 16h Hamburgo
QUARTAS
0 (1) Inglaterra 0 (3) Portugal 1º/julho - 12h Gelsenkirchen
5/julho - 16h Munique
Alemanha 0 Itália 2
26/junho - 12h - Kaiserslautern 1º E
OITAVAS
0 Portugal 1 França 8/julho - 16h - Stuttgart
Alemanha 3
X
1 Portugal
1º B 2º A
25/junho - 16h - Nuremberg
1 Portugal 0 Holanda
1º D 2º C
27/junho - 12h - Dortmund 1º/julho - 16h Frankfurt
3º LUGAR
Itália 3 Ucrânia 0
1 Inglaterra 0 Equador
0 Brasil 1 França
3 Brasil 0 Gana
1º F 2º E
27/junho - 16h - Hannover
1 Espanha 3 França
1º H 2º G
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