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ELES MANDAM M Técnico que não se enquadra, o elenco derruba
MILAN x INTER A rivalidade que fez de Milão a capital do futebol italiano
EM BUSCA DO Real Madrid aposta alto para ganhar sua 10ª Liga dos Campeões. Quem poderá pará-lo? Rússia: a nova fronteira Entrevistas: Diego e Minelli
nº 43 | set/09 | R$ 8,90
Perfil: Alexandre Kalil 24 horas de Football Manager
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EDITORIAL Deu certo! “Tava conversando com um amigo meu que trabalha na editora que faz umas revistas de time, o que você acha de a gente fazer um Guia da Liga dos Campeões?”. E assim nasceu a revista Trivela. Quem me perguntava era o Carlos Eduardo Freitas, o primeiro trivelista que conheci e responsável por me apresentar aos outros donos do site, no começo de 2005. Em comum tínhamos a paixão pelo Football Manager, jogo que ainda se chamava Championship Manager, e a vontade de fazer um jornalismo de futebol diferente. O que tinha começado como laboratório de texto de alguns estudantes da ECA, se transformava em uma empresa. Desde o primeiro dia, embora a gente fingisse que não, o que todos queríamos era fazer uma revista de futebol. Em setembro de 2005 saiu nossa primeira publicação impressa, o Guia da Liga dos Campeões 2005/06. Com 50% da tiragem vendida e em ano de Copa do Mundo, o caminho estava desenhado, independentemente do racional: a Trivela viraria revista mensal. E assim foi. Em fevereiro de 2006, sob o nome de “Copa’06”, Felipão dizia aos brasileiros: “Vou torcer para o Brasil”. Na primeira Trivela, incorporou-se ao time Paulo Cesar Martin, o Paulão, experiente editor e um dos artífices da falecida “Revista 10”, da editora Conrad. Sem exagero, dá para dizer que quase tudo que a gente fez direito na revista desde o início foi por causa do Paulão. E, claro, do Mauro Cezar, que se incorporou ao time mais tarde, em dezembro de 2006, para fazer companhia ao xará Beting, nosso colunista desde o guia de 2005, mas também para ser nosso “conselheiro editorial”. Ainda como Copa’06, incorporamos o Ubiratan, um cara que sabe tanto de futebol que já foi consultado pelo PVC sobre uma matéria (de Copa União). O Gustavo ficou conosco durante a Copa, e depois voltou no final de 2008. O Espina, em tese parte da equipe da Trivela.com, também esteve lá desde o início – desde o início mesmo: escreveu no guia da LC de 2005, no qual, aliás, foi o único a apostar que o Barcelona seria o campeão do torneio. No primeiro número como Trivela, novo projeto gráfico, feito pelo Luciano, outro que chegou nos primeiros números e foi suficientemente xarope para ficar com a gente até hoje. Na capa, Lula, à época com a popularidade em baixa, abraçado a Ricardo Teixeira. Mais do que atrair o público, a idéia era deixar claro que a Trivela era diferente. Em 2007, enganei o Bertozzi, famoso pelo FutebolEuropeu.com.br, e ele também se juntou ao time. No meio do ano, a Bia chegou para ajudar o Luciano, e a Luciana virou nossa repórter/revisora. Mais três loucos que continuam conosco até hoje. Junto com o Tomaz Alves, fundador da Trivela e o cara que segurou a revista durante a maior parte da sua existência. Esse foi o time que fez a Trivela. Que fez? Pois é, que fez. Porque essa que você tem nas mãos é a última dessa fase, com esse nome. Triste? Um pouco, mas não muito. Porque o projeto tinha alguns objetivos claros, a maior parte deles alcançada. E porque daqui passamos a uma nova fase – não, não vou contar ainda, acompanhem na Trivela. com. Que, diga-se, será parte importante desse futuro, no qual pretendemos colocar mais do nosso tempo na internet, mídia na qual apostamos desde que começamos. “Ah, só vocês”. Bom, em 1998, só nós, ou melhor, eles. Fazemos, portanto, o caminho de volta à casa que conhecemos tão bem, e na qual temos um espaço que é só nosso. Sem, porém, abandonar o mundo da banca (opa, isso é parte do que eu ainda não vou contar). Desde o começo a gente só ouvia uma coisa: “não vai dar certo”. Bom, a gente não ficou rico, mas que deu certo, deu. Obrigado a todos, e até breve, na Trivela.com e nas bancas de todo o Brasil!
Caio Maia
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w w w. t r i v e l a . c o m Editor executivo Caio Maia Editor Ubiratan Leal Reportagem Gustavo Hofman, Leonardo Bertozzi, Felipe dos Santos Souza (trainee) e Mayra Siqueira (trainee) Consultoria editorial Mauro Cezar Pereira Colaboradores Carlos Eduardo Freitas, Dassler Marques, Fabio Fujita, João Tiago Picoli, Luciana Zambuzi, Maurício Noriega, Maurício Vargas, Priscila Bertozzi e Ricardo Espina Revisão Luciana Zambuzi Projeto gráfico / Direção de arte Luciano Arnold Design / Tratamento de imagem Bia Gomes Capa Getty Images/AFP
Central do assinante www.trivela.com/revista (11) 3038-1406 trivela@teletarget.com.br Diretora Comercial Gabriela Beraldo (11) 3171-1146 gabriela@matracanet.com.br Circulação LM&X - (11) 3865-4949 lele@lmx.com.br Atendimento ao jornaleiro LM&X - (11) 3865-4949 atendimento@lmx.com.br Redação (11) 3171-1146 contato@trivela.com é uma publicação mensal da Trivela Comunicações. Todos os artigos assinados são de responsabilidade dos autores, não representando necessariamente a opinião da revista. Todos os direitos reservados. Proibida a cópia ou reprodução (parcial ou integral) das matérias e fotos aqui publicadas Distribuição nacional Fernando Chinaglia Impressão Prol Gráfica e Editora Tiragem 30.000 exemplares
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ÍNDICE 40
CAPA » LIGA DOS CAMPEÕES
O Real Madrid gastou dinheiro suficiente para se colocar como favorito ao título europeu, mas o time espanhol não está sozinho nessa corrida ENTREVISTA » PERFIL
CULTURA
Fabrice Coffrini/AFP
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MARACANAZO
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DIEGO
A vez do Manchester City?
46
Os czares do capitalismo - e do futebol - russo
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CAPITAIS DO FUTEBOL » TORCIDA
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GERAL
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PENEIRA
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EXTRACAMPO
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A VÁRZEA
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eu fiscalizo a
Copa Co pa 2 201 014 01 4
Para alguns, futebol se vê em pé. E ponto final
TRIVELA.COM
Conheça a nova cara do site
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Como jogadores descontentes podem se unir para - consciente ou inconscientemente - forçar a demissão de um técnico indesejado Setembro de 2009
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Cidades sem tradição vão gastar para a Copa, mas não têm planos para o futebol local
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MILÃO
Jorge R. Jorge
JOGO DO MÊS
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Os esquadrões da Cortina de Ferro
COMPORTAMENTO
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Duelo de galáxias: Barcelona e Real Madrid
HISTÓRIA
ENCHENDO O PÉ
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Em um dia, tentamos salvar o Bahia
INGLATERRA
OPINIÃO
30
A nova era dos direitos de transmissão
ENTREVISTA »
TÁTICA
28
Alexandre Kalil canta de Galo em Minas
NEGÓCIOS
RÚSSIA
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RUBENS MINELLI
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por Felipe dos Santos Souza
JOGO DO MÊS
Sob os olhares dos
moais
Mesmo sofrendo goleada em casa, a Ilha de Páscoa estava satisfeita: finalmente, ela entrara no mapa futebolístico mundial
sar o termo “ilhado” para definir a situação geográfica dos habitantes da Ilha de Páscoa é eufemismo. Localizado no meio do Oceano Pacífico, aquele pequeno pedaço de terra vulcânica que pertence ao Chile está a 2.075 km da região povoada mais próxima. Nessas condições, “entrar no mapa” quase deixa de ser uma metáfora. E ser reconhecido por algo além dos moais – estátuas gigantes erguidas pelos nativos antes da colonização – é motivo de festa. Foi o que representou para os pascuenses o encontro da seleção local, batizada de Rapa Nui (nome polinésio da ilha e também de seu povo nativo), com o ColoColo. Não era possível comparar esse jogo com os dois únicos que os ilhéus já haviam disputado, contra o combinado das Ilhas Juan Fernández (vitórias por 5 a 4, em 1996, e 16 a 0, em 2000). Válida pela Copa Chile, a partida contra o Cacique era a primeira oficial da ilha. Como se faz numa situação nobre, a Ilha de Páscoa se aprontou toda para receber bem o visitante. A federação
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chilena ajudou, enviando Miguel Ángel Gamboa, que, como jogador, defendeu o Chile na Copa de 1982, para treinar o Rapa Nui. Um canal de TV transmitiu a partida para todo o país, buscando, claro, um enquadramento que mostrasse um enorme moai atrás das arquibancadas, como se a estátua também assistisse ao jogo. Dentro desse contexto, o que rolasse em campo seria o menos importante. Mas não foi, pois o time pascuense fez um papel digno. Ainda no embalo da haka (dança da guerra dos polinésios, popularizada por times neozelande-
RAPA NUI Calvo (Koro Paté); Tera’i Katán, Javier Pérez, Álvaro Sánchez e Ulloa (Benjamin Tuki); Roberto Peña Tuki, Pastén (Mai Teao) e Cristián Muñoz; Avaca Teao, Manu Haoa e Jovino Tuki Técnico Miguel Ángel Gamboa
ses), os anfitriões chegaram a fazer um gol, com Jovino Tuki. O árbitro Carlos Chandía anulou. Aos poucos, o Colo-Colo se soltou e construiu a vitória por 4 a 0. Uma goleada muito mais discreta do que se esperava, considerando a diferença técnica das equipes. Mesmo para um povo que conseguiu atravessar o Pacífico, povoar uma ilha longínqua e esculpir e erguer grandes estátuas de pedra sem tecnologia avançada, jogar futebol dignamente foi considerada uma façanha. Que ela inspire os pascuenses nas próximas temporadas.
0X4 Data 5/agosto/2009 Local Estádio Municipal (Hanga Roa) Árbitro Carlos Chandía Gols Javier Pérez (contra, 30min), Bogado (32 e 59min) e Araos (68min)
COLO-COLO Olivares; Magalhães, Olate, Toro e Salcedo (Penroz); Pinares, Mena, Rafael Caroca e Cortés; Miralles (Araos) e Bogado (Pinto) Técnico Hugo Tocalli
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Lugar de bicicleta é onde? A nova edição de Sustenta! levanta a discussão da bicicleta como meio de transporte e ensina, ainda, a transformar orgânicos em adubo e a construir uma ecocasa. Não perca!
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Santa Cruz ti tinha o projeto de usar 2009 para iniciar sua recuperação no cenáio nacional. O club rio clube pernambucano promoveu éi d õ para seu torcedor, recebeu uma série de ações um jogo da Seleção no estádio do Arruda e pretendia sair da Série D do Campeonato Brasileiro. Só faltaram os resultados em campo. A equipe precisava derrotar o CSA em casa para avançar para a segunda fase da quarta divisão, mas ficou no 2 a 2 e viu seu sonho acabar, para desespero dos cerca de 30 mil torcedores que foram ao estádio acompanhar a partida. O resultado foi mais amargo porque, para se classificar, o Santa dependia também de um triunfo do Central sobre o Sergipe, o que ocorreu. Ou seja, só faltou ao Tricolor ele próprio fazer sua parte. O clube já reduziu o elenco e a diretoria também deve conversar com os patrocinadores para rever seus contratos. “Um dos cenários possíveis é fazermos uma excursão internacional no fim deste ano. Também podemos disputar a Copa Pernambuco, jogos amistosos ou uma série de alternativas. Precisamos ver o que é mais adequado”, afirmou Roberto Rodrigues de Arraes, presidente do conselho deliberativo. Para 2010, a participação do Santa Cruz na Série D precisa ser confirmada dentro de campo, pois a vaga no torneio depende do desempenho da equipe no campeonato estadual.
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Pizza fumegante O escândalo de manipulação de resultados no futebol brasileiro em 2005 entrou para a vasta galeria de crimes impunes do País. O caso da “Máfia do Apito” foi arquivado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. Fernando Miranda e Francisco Menin, desembargadores que trabalharam no caso, votaram a favor do arquivamento, alegando não haver uma legislação específica para punir a adulteração de resultados esportivos no Brasil. Já Christiano Kuntz optou pela retirada do processo da pauta de julgamentos por período indeterminado. A única chance de ainda haver uma punição está na eventualidade de o Ministério Público recorrer. O caso rendeu apenas uma punição esportiva: os árbitros Edílson Pereira de Carvalho e Paulo José Danelon, envolvidos no esquema de fraudes de resultados em jogos das Séries A e B daquele ano, foram afastados do quadro da CBF.
ARENAS DISSECADAS A CBF lançou o Cadastro Nacional de Estádios de Futebol (Cnef), no qual faz uma análise das mais de 600 praças esportivas que receberam jogos profissionais nos últimos cinco anos. Após receber dados sobre locais não registrados ou atualização de informações já mencionadas, o Cnef será atualizado anualmente, sempre em agosto.
O que descobriu o Cnef
70% dos estádios estão na região Sul ou Sudeste;
33% não têm iluminação para jogos noturnos; Há
200 estádios particulares;
135 estádios já receberam a Copa do Brasil; Em 56 estádios já foram realizados jogos pela Série A;
52% os estádios com capacidade abaixo de 5 mil lugares; 30 estádios têm capacidade para mais de 30 mil espectadores
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Valterci Santos/Gazeta do Povo/Futura Press
Ricardo Fernandes/D.A.Press/Futura Press
Vexame
GERAL » BRASIL
R$ 4.320 Preço pago pelo Coritiba para distribuir máscaras aos torcedores que acompanharam a partida da equipe contra o Santos, em Cascavel. A medida foi tomada como forma de prevenir a transmissão da gripe suína
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RAPIDINHAS
Jefferson Martins/Futura Press
por Ricardo Espina
O COELHÃO VOLTOU
Com a vitória por 3 a 1 sobre o Brasil de Pelotas, o América-MG encerrou um calvário de cinco anos. A classificação do Coelho para as semifinais da Série C do Campeonato Brasileiro significou o acesso da equipe à segunda divisão em 2010. A promoção marca a ressurreição da equipe, que amargou em seus piores anos uma passagem pela segunda divisão mineira em 2008. Conhecido formador de talentos, o América apostou em “pratas da casa”, misturados com jogadores bastante experientes, como Wellington Paulo (36 anos), Evanílson e Irênio (ambos com 34) e Euller (38). Mesmo sem a garantia de ocupar uma vaga de titular na equipe, os quatro foram fundamentais para o sucesso do Coelho, servindo como espécie de “auxiliares” do treinador Givanildo de Oliveira. Aos poucos, o América trabalha para reencon-
trar seu equilíbrio financeiro. Para isto, conta com o apoio de seu centro de formação, que lucra mesmo sem fazer negociações diretas. O caso mais recente se refere a Wagner. O meio-campista trocou o Cruzeiro pelo Lokomotiv Moscou e rendeu R$ 500 mil ao Coelho, clube que o revelou.
Série B te dá asas Outro time que já faz as contas depois de garantir um lugar na Série B de 2010 é o ASA. O governo de Alagoas já anunciou que ajudará o clube de Arapiraca na Segundona do próximo ano. As autoridades locais colocaram o estádio Rei Pelé, em Maceió, à disposição do clube e anunciaram que a arena passará por reformas. Além disso, o governo sugeriu a formação de um convênio entre prefeituras da região para melhorar as condições do estádio Coaracy da Mata Fonseca, em Arapiraca.
Absolvido Bobô, ex-jogador e atual diretorgeral da Superintendência dos Desportos da Bahia, foi inocentado das acusações de descaso pela tragédia ocorrida no estádio da Fonte Nova. Em 2007, sete pessoas morreram quando parte da arquibancada no anel superior desabou. De acordo com a sentença, Bobô não teve como tirar uma conclusão dos problemas no local. “Na condição de um homem médio, as condições aparentes na Fonte Nova não apontavam para um colapso ou um desabamento de sua estrutura”, informa a nota. O exjogador continuará seu trabalho na Secretaria de Esportes do Estado.
“Se os jogadores da Estônia agarrarem suas mulheres como agarram os adversários, elas são muito felizes” Dunga, sobre a violência dos estonianos no amistoso contra o Brasil
“O Muricy é um bom técnico, mas não é um especialista em pensamentos” Juvenal Juvêncio, presidente do São Paulo, sobre o ex-treinador da equipe, agora no Palmeiras
COMPANHEIRO Andrés Sanchez, presidente do Corinthians, filiou-se ao PT. Dilma Rousseff, ministra-chefe da Casa Civil e provável candidata do partido à presidência do País, foi convidada a abonar a ficha do dirigente. “O Lula jamais vai me perdoar, porque ele gostaria de estar aqui”, afirmou a ministra. MEN AT WORK Obras de modernização para receber a Copa de 2014 deixarão o Mineirão fechado em 2010. Só que os clubes de Belo Horizonte ainda não sabem onde vão jogar nesse período. O governo estadual tentará apressar as obras do Independência, mas, enquanto a reforma não sai, as partidas pelo estadual serão disputadas em Sete Lagoas, a 70 km da capital. VERDE EM PROL DO VERDE Na partida contra o Palmeiras, no Couto Pereira, o Coritiba se esforçou para neutralizar o carbono gerado pelo confronto. “O jogo deve gerar cerca de 30 t de carbono. Para neutralizar isso, é necessário o plantio e a manutenção por oito anos de cerca de 150 árvores”, afirmou Roberto da Silva Júnior, gestor de marketing do Coxa. O clube contratou uma empresa para medir a emissão de carbono em troca de espaços publicitários em partidas e eventos do Coritiba. FASE DE CRESCIMENTO Os times que não passaram da primeira fase da Série C disputaram apenas oito jogos e amargam a inatividade até janeiro. Por isso, a CBF admite fazer ajustes no torneio. “A Série C pode ser ‘esticada’ sim. É questão de ajustar as datas sem perder a regionalização”, disse José Dias, responsável pelas tabelas dos campeonatos nacionais. MUSEU DO REI O BNDES financiará a criação de um museu sobre Pelé. A instituição fechou acordo com a Ama Brasil, entidade responsável pela iniciativa. Não foram divulgados valores do contrato. O projeto tem orçamento estimado em R$ 20 milhões e será erguido em um casarão no centro histórico de Santos.
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Alejandro Pagni/AFP
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“Até me alegro que Eto’o tenha ido para a Inter, porque para mim era um pesadelo. Desejo a ele o melhor na Itália” Iker Casillas, goleiro do Real Madrid, “agradece” pela saída do atacante camaronês do Barcelona
MONEY
RAPIDINHAS
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GEORGIA ON MY MIND A inscrição do Spartak Tskhinvali na Segundona russa causou alvoroço. O clube tem sede na Ossétia do Sul, região da Geórgia reconhecida como independente pela Rússia. Os georgianos não aceitaram a “mudança” e pediram punição à federação russa.
ESCÂNDALO Nicolás Uclés, presidente da federação almeriense, foi detido por posse de pornografia infantil. A denúncia partiu da federação andaluza, que detectou “um tráfego anormal” em um computador da sede de Almeria. Uclés, 58 anos, alega ter baixado “um arquivo estranho” sem querer.
Veja os cinco primeiros:
1. Robinho (trocou o Real Madrid pelo Manchester City)
2. David Beckham (trocou o Real Madrid pelo Los Angeles Galaxy)
3. Djibril Cissé (trocou o Sunderland pelo Panathinaikos) o Bordeaux pelo West Ham)
5. Pascal Feindouno (assumiu que iria para o Al Sadd,
FP
4. Julien Faubert (trocou iot /A
720 milhões de pesos (US$ 187 milhões). Os empresários não aceitaram o pedido e o início da temporada na Argentina foi adiado em uma semana. Enquanto isso, as equipes quebravam a cabeça para encontrar a forma de pagar suas dívidas, tanto com atletas como com o Fisco e a AFA. O fim do impasse só foi garantido quando a federação aprovou um acordo com o governo argentino. O plano permitiu a transmissão do Clausura no canal público da TV argentina. Chegou-se a falar em um aporte de 600 milhões de pesos (US$ 130 milhões), mas as autoridades desmentiram esta informação. A medida – que foi chamada de “estatização do futebol argentino” pelos críticos – trouxe grande retorno político ao governo de Cristina Kirchner. Até porque os clubes mais endividados eram os grandes: o Boca Juniors tem uma dívida de 109 milhões de pesos e o River Plate, 106 milhões.
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or conta de dívidas que chegam a 700 milhões de pesos (cerca de US$ 181,7 milhões), os clubes argentinos provocaram o adiamento do Apertura 2009. Sem ter como pagar salários atrasados, as equipes tentaram em vão conseguir um adiantamento das cotas dos direitos de transmissão dos jogos do torneio. Era só o início da confusão. O sindicato dos jogadores cobra um débito de US$ 10,5 milhões. A empresa Televisión Satelital Codificada (TSC) ofereceu antecipar 40 milhões de pesos (exatamente a quantia requerida para pagar a dívida), mas Julio Grondona, presidente da federação argentina (AFA), entrou em ação. O dirigente não só recusou a oferta, como também exigiu a revisão do contrato com a televisão e um aumento das quantias aos clubes. Os times argentinos recebiam 268 milhões de pesos anuais da TV (cerca de US$ 70 milhões), mas o dirigente queria
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No llores por mi, Argentina
Robinho aparece no topo de uma lista nada honrosa. O atacante foi considerado pelo diário francês L’Équipe como “o maior mercenário do futebol”. A menção se refere à polêmica saída do brasileiro do Real Madrid. O jogador manifestou seu desejo de trocar a equipe espanhola pelo Chelsea e tentou forçar a transferência. Robinho foi para a Inglaterra, mas teve que se contentar em jogar pelo Manchester City.
do Qatar, por dinheiro)
CAPISCI? Piero Grasso, juiz antimáfia da Itália, alertou para o risco de infiltração do crime organizado no futebol do país. A medida seria uma forma encontrada pelos mafiosos em transações irregulares. Grasso manifestou sua preocupação com as categorias de base, que seriam uma fonte para lavagem de dinheiro.
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por Ricardo Espina
Josep Lago/AFP
TRAGÉDIA A morte de Daniel Jarque, vítima de um ataque cardíaco em seu quarto no hotel italiano onde o Espanyol estava concentrado durante a pré-temporada, causou comoção na torcida “perica”. Logo após a morte do jogador, centenas de torcedores foram à loja oficial do time catalão para comprar a camisa 21, a usada por Jarque. Com o volume de compras, os vendedores decidiram não cobrar a taxa para estampar número e nome na parte das costas, o que normalmente sairia por € 13. No Cornellá-El Prat, novo estádio do Espanyol, os seguidores da equipe deixaram velas, fotos e pôsters do capitão da equipe em frente ao portão 21. Alguns seguidores do time pedem para que o número seja aposentado; outros, para que a nova arena seja batizada com o nome do ídolo, de 26 anos.
Fã de carteirinha De acordo com levantamento reisso, o clube argentino lançou uma alizado pelo site Futebol Finance, o campanha para chegar a um milhão Internacional ocupa o sexto lugar do de sócios. Para isso, os Millonarios conmundo em número de tam com a ajuda da Confira os clubes de sócios. O clube gaúcho internet – foi criada a mais sócios do mundo atingiu a marca de 100 modalidade de “sócio Clube Sócios mil associados e tamvirtual”, exatamente bém lidera o ranking para facilitar o cresci171 mil 1 sul-americano. A limento. Para se cadasderança mundial pertrar, o interessado deve 163 mil 2 tence ao Benfica, com enviar, no mínimo, oito 151 mil 3 171 mil. Curiosamente, mensagens via celular os outros dois maioe gastar cerca de R$ 4. 146 mil 4 res clubes portugueQuem participar da ses (Porto e Sporting) campanha concorrerá 115 mil 5 aparecem entre os dez a ingressos, camisetas 100 mil 6 primeiros. e outros brindes do No entanto, há quem clube, além de uma via96 mil 7 tenha planos de mudar gem para duas pessoas o cenário radicalmenpara a Copa do Mundo 92 mil 8 te. O River Plate, nono de 2010. O River Plate 82 mil 9 colocado do mundo, tem até 11 de junho de deseja entrar para o 2010 para homologar o 72 mil 10 Guinness Book. Para recorde, caso consiga.
ALERTA AZUL David Taylor, secretário-geral da Uefa, aconselhou os clubes a não repetir o “exemplo” do Manchester City, que não economizou em reforços para a temporada 2009/10. O dirigente alertou que quem tentar competir com Citizens ou Real Madrid pode se arruinar.
US$ 250 mil Gasto do Toronto FC para colocar grama natural no estádio BMO Field para o amistoso contra o Real Madrid. O gramado, cuja instalação exigiu 18 funcionários, durou apenas dez dias
SEM DESCULPAS A Conmebol se cansou de ver a Copa Sul-Americana ser tratada com desdém, principalmente pelos clubes brasileiros. A entidade ameaça tomar uma atitude para punir os clubes que preferem escalar seus reservas para os jogos do torneio. “A declaração dos treinadores dizendo que escalariam vários reservas é lamentável. É uma competição internacional e a Conmebol paga US$ 100 mil para os clubes nesta primeira fase. E paga isso para entrar em campo a equipe principal, não os reservas”, disse Hildo Nejar, diretor da comissão técnica da confederação. O dirigente se referiu a Flamengo e Fluminense, que anunciaram antes do clássico que poupariam titulares no confronto pela primeira fase do torneio.
VISITA DISCRETA Na Colômbia, os torcedores encontram restrições maiores para acompanhar seus times fora de casa. Eles foram proibidos de usar qualquer item que faça referência ao seu clube. A Dimayor, liga responsável pelos times no país, adotou a medida para diminuir os casos de violência.
SEM JOGOS O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Londres (Locog) rejeitou a proposta de o torneio de futebol olímpico ter alguns de seus jogos disputados no Villa Park, do Aston Villa, por descumprimento de algumas exigências. Coventry, Birmingham, Derby, Leicester e Nottingham lutam para que suas arenas sediem jogos da competição.
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Edmundo e Romário
Foi só Romário voltar ao Vasco e ganhar a braçadeira de capitão que tudo azedou. O Baixinho resumiu na frase “agora todos estão felizes: o rei (Eurico Miranda), o príncipe (ele) e o bobo da corte (Edmundo)”
DUPLAS EXPLOSIVAS DENTRO DO MESMO TIME
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Marcelinho e Luxemburgo
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Maradona e Passarella
Uma longa história de atritos, que teve vários episódios (inclusive ao vivo na TV). As brigas começaram em 1998, houve momento de paz, mas voltou em 2001. respingou até em Ricardinho, acusado de ser “leva-e-traz” do treinador
por Felipe dos Santos Souza
O capitão da vitória argentina na Copa de 1978 virou um reserva na Copa de 1986. Tudo porque o capitão Maradona o boicotava
O ÁS MASCARADO berlândia e Araguaia se enfrentavam pela Série D do Campeonato Brasileiro no estádio Parque do Sabiá. O jogo foi disputado com portões fechados, devido ao temor da prefeitura de Uberlândia com o surto da gripe suína. O medo também havia se espalhado na delegação do Araguaia, que chegou à cidade usando máscaras. Os membros da equipe médica dos visitantes foram além e colocaram até luvas. Aos 42 minutos do segundo tempo, o duelo estava empatado por 2 a 2, quando Reginaldo, de pênalti, deu a vitória ao time mineiro. Na comemoração, o zagueiro tirou uma máscara e a colocou no rosto. “Tinha de comemorar daquela maneira. Foi uma homenagem ao torcedor que não pôde nos apoiar. E uma crítica aos rivais do Araguaia”, disse. O gesto custou caro ao zagueiro: o juiz o expulsou.
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GERAL » INSÓLITO
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ERRAMOS No perfil de Javier Pastore, na seção “Peneira” da edição 42 (ago/08, pág. 16), está escrito que o argentino tem 19 anos. Ele já havia completado 20.
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Diversão limitada Clive Palmer, presidente do Gold Coast United, da Austrália, encontrou uma forma polêmica para não perder dinheiro. O dirigente, homem mais rico do estado de Queensland, quer restringir a 5 mil pessoas o público do time no Campeonato Australiano. Palmer teria se enfurecido com o prejuízo de cerca de US$ 60 mil registrado na partida contra o North Queensland Fury, na estreia na A-League. O confronto foi assistido por 7.526 pessoas. A limitação a 5 mil espectadores garantiria ao clube o não-pagamento de uma taxa de US$ 3,15 por ingresso ao governo, para a cobertura de gastos com transporte. Para atingir seu objetivo, o clube liberaria apenas um setor de arquibancadas.
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Edílson e Petkovic
Ambos mal se olhavam. Mas, dentro de campo, fizeram uma dupla habilidosa a ponto de comandar o Flamengo no título carioca de 2001
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“Tino” também pagou pela língua em um grande torneio de seleções. Ao criticar o técnico da Colômbia, foi mandado para casa durante a Copa de 98
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Davids e Guus Hiddink
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Edílson e Rincón
Um Paulista, dois Brasileiros, o Mundial de Clubes de 2000... e essa foi a única briga “declarada” naquele Corinthians. Imagine se fossem todos amigos
Casagrande e Telê Santana Sentindo-se prejudicado pelo esquema da Seleção Brasileira, na Copa de 1986, o atacante reclamava para quem quisesse ouvir. Principalmente se fosse a imprensa
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Simbolizaram o racha entre brancos e negros, na Holanda que jogou a Eurocopa de 1996. O volante ofendeu o técnico no rádio, ao vivo, e foi prontamente cortado
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Asprilla e Hernán Darío Gomez
10 Beckham e Donovan Beckham fez tanta força para prolongar seu empréstimo com o Milan que os colegas de LA Galaxy se sentiram desdenhados quando o inglês retornou à MLS
Edmundo e Batistuta
“Sobre Edmundo, penso tanta coisa... mas não tenho vontade de falar nada”. Assim reagia o argentino, que viveu às turras com o Animal na Fiorentina
por Ricardo Espina
Lie to me
Cuidado: demonstrar sua paixão pelo futebol pode causar consequências desastrosas em seu futuro profissional. A agência de emprego The Ladders chegou a esta conclusão após fazer uma pesquisa com 900 gerentes de empresas. O resultado deixa os amantes do futebol preocupados: mais de cinco minutos de conversa sobre a rodada do fim de semana, “aquele” lance polêmico ou provocações podem “levar seus superiores a pensar que você não é sério no trabalho”. “Mesmo se o chefe torcer pelo mesmo time, não tem problema ter um pouquinho de discussão. Mas é bom tomar cuidado e não levar isso ao extremo. Muitas conversas sobre futebol podem causar distrações e reduzir a produtividade”, disse Derek Pilcher, gerente da agência de emprego.
O Siena encontrou uma forma discutível para reforçar seu programa antidoping. O clube adquiriu um detector de mentiras, desenvolvido pelo professor Giuseppe Sartori, da Universidade de Pádua, para analisar jogadores que possivelmente sejam contratados. Os atletas são submetidos a um teste de 15 minutos, no qual precisam responder 70 questões. O polígrafo mede a atividade cerebral no momento em que as respostas são dadas e determina o teor de verdade contido nelas, com base nos padrões apresentados. “Se um jogador é banido por uso de drogas, o clube sofre prejuízo econômico decorrente da perda de um investimento e prejuízo esportivo, porque a impossibilidade de substituí-lo pode afetar os resultados”, disse Umberto Zerbini, psicólogo do Siena.
Ueslei Marcelino/AGIF
JUSTA CAUSA?
Estrela Solitária
Túlio não consegue mesmo ficar muito tempo fora dos gramados. O folclórico atacante definiu sua transferência para o Botafogo – não o do Rio de Janeiro, pelo qual fez fama, mas sim o do Distrito Federal, filial do clube carioca. Aos 40 anos, ele acertou um contrato por dez partidas na segunda divisão local. “Quero fazer o gol de número 900 pelo Botafogo de Brasília e o milésimo pelo do Rio”, anunciou Túlio.
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Mike Hutchings/Reuters
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ATENÇÃO, NEBLINA O que é um ponto verde no meio de uma nuvem? É o canteiro de obras do estádio Green Point, que receberá jogos da Copa 2010, quando a névoa baixa na Cidade do Cabo
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PENEIRA
por Mayra Siqueira
WILSHERE: Gunner desde pequeno o Nome John Andrew Wilshere Nascimento 1/janeiro/1992, em Stevenage (Inglaterra) Altura 1,70 m Peso 65 kg Carreira Arsenal (desde 2001) es /AFP
tudo pela desenvoltura e maturidade. “Ele joga sem medo, com confiança. Não é normal ser tão jovem e tão bom”. O elogio veio de Fabio Capello, treinador da Inglaterra, que já deu sinais de que o garoto pode se preparar para jogar com o English Team (com possibilidade até de já aparecer na Copa de 2010). Se isso se concretizar, Wilshere poderia atuar ao lado de Rooney, com quem é comparado.
Gett y Imag
ualquer torcedor que gosta de acompanhar jovens jogadores já está ansioso pelo que pode fazer Jack Wilshere. Pequeno e veloz, o meia está nas categorias de base dos Gunners desde 2001. Nesses oito anos, desenvolveu rapidamente sua técnica. Na temporada passada, o meia se tornou o jogador mais jovem a defender o Arsenal na Premier League (tinha 16 anos quando entrou em campo contra o Blackburn) e integrou a seleção inglesa sub-17. Na atual, já começou com grandes atuações, sobretudo em amistoso contra o Rangers, quando marcou dois gols nos 3 a 0 dos londrinos. Logo o jogador se tornou um dos novos queridinhos dos ingleses, sobre-
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TINGA: potencial em desenvolvimento Luiz Otávio Santos de Araújo Nascimento 12/outubro/1990, Bom Jardim-RJ Altura 1.73 m Peso 65 kg Carreira Ponte Preta
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(desde 2005)
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Tinga se caracteriza por unir a rapidez na marcação com articulação de jogadas e distribuição da bola em campo (por isso a comparação com o ex-meia do Internacional, de onde saiu seu apelido). Até consegue chegar bem no ataque, mas ainda peca na finalização. Também lhe falta força física para alguns embates corpo a corpo. A experiência no Mundial pode ajudar seu desenvolvimento. Ficaria só faltando um pouco mais de tempo atuando em primeiro nível no Brasil.
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Ponte Preta sempre foi forte quando pôde contar com suas categorias de base. Por isso, as convocações do meia Tinga para a Seleção Brasileira sub-21 serviram não apenas como reconhecimento à boa fase do jovem de 18 anos, mas também como sinal de que o futuro do clube pode melhorar. Lançado na Copa São Paulo de 2009, o volante mostrou maturidade a ponto de ganhar uma vaga entre os titulares pontepretanos no Campeonato Paulista e na Copa do Brasil deste ano. O clube campineiro se antecipou e prolongou seu contrato até 2011 – o que o impediu de ser levado ao Santos pelo então técnico Vagner Mancini.
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ENCHENDO O PÉ
por Ubiratan Leal
Elenco, para que te quero? AO FINAL DO PRIMEIRO TURNO do Campeonato Brasileiro, o Flamengo tinha média de público de 29.077 pagantes. A segunda maior do torneio, atrás apenas do Atlético Mineiro. Mesmo assim, apenas 10.539 torcedores pagaram ingresso para ir ao Maracanã e ver um Fla-Flu decisivo pela Copa Sul-Americana. Sinal de desinteresse do público pela competição, claro. Mas sinal também de como os clubes brasileiros esvaziam as competições que disputam por não saberem o que significa usar um elenco.
No início de cada temporada, técnicos e dirigentes falam que “para aguentar a maratona, é preciso ter elenco”. Ou, pior, “não temos 11 titulares, mas 15 ou 16”. Será mesmo? Quando um clube define que um torneio é mais importante, ele procura usar os mesmos 11 na formação inicial. Os outros quatro ou cinco “titulares” são, no final das contas, reservas que jogam bastante porque sempre há alguém suspenso ou contundido. Aí fica evidente a falta de coerência. Os clubes têm todo o direito de usar jogadores reservas se considerarem que isso lhes é benéfico em longo prazo. Na maioria das vezes, porém, é prejudicial. Como foi ao Flamengo usar reservas duas vezes contra o Fluminense na Copa Sul-Americana, amargando uma eliminação para o rival e correndo sério risco de ficar até o fim do ano sem possibilidade de título. E como foi a quem perdeu muitos pontos no início do Brasileirão por priorizar Copa do Brasil ou Libertadores. A questão fundamental é que “poupar jogadores” e “usar o time B” são duas coisas bastante diferentes. Até porque usar apenas suplentes é um convite ao fracasso. Os reservas raramente treinam como uma equipe. Eles apenas se reúnem para dar apoio aos titulares, mas os técnicos não planejam sistemas táticos ou trabalham o entrosamento para que aquele grupo entre junto em uma competição. Em uma temporada planejada em longo prazo, é possível resguardar os atletas sem abrir mão de algumas partidas. Basta programar o descanso de cada um. Por exemplo, em uma partida não-prioritária, o técnico pode deixar de lado alguma figura que seja importante para a partida seguinte e os jogadores que vierem de sequências de jogos mais longas, ou que apresentaram sinais de cansaço nos dias anteriores. No entanto, não há motivos para poupar quem está “inteiro”. Fazendo uma espécie de rodízio entre titulares, sempre tendo em vista que, em compromissos-chave, entram em campo os melhores à disposição, é possível poupar o elenco e ainda permitir que reservas tenham oportunidade de ganhar ritmo. Claro, haveria um trabalho forte para convencer os jogadores e, principalmente, a imprensa que a folga é calculada, e não significa que ele está perdendo a posição. Mas é melhor do que descobrir no fim do ano que a grande oportunidade de ter algum sucesso na temporada passou sem que ninguém percebesse. Setembro de 2009
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Luis Fernando/Agência RBS
ENTREVISTA » RUBENS MINELLI
“Eu inventei o
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Primeiro técnico tricampeão brasileiro, Minelli fala sobre suas experiências táticas, a relação treinador-jogador e a decepção de não “ter tido o direito de fracassar” na Seleção
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por Maurício Noriega
az mais de dez anos que Rubens Francisco Minelli está longe do dia-a-dia do futebol brasileiro. Mas do alto de seus 80 anos de vida – que não aparenta –, o treinador que marcou época nos anos 70 e 80 e conquistou pela primeira vez três títulos consecutivos no Campeonato Brasileiro ainda contempla com rara perspicácia o jogo de bola. Atualmente, Minelli só deixa a família de lado para ver jogos de futebol, confortavelmente instalado em um amplo apartamento na Zona Sul de São Paulo. “Assisto a tudo, mas gosto mesmo é dos grandes jogos. Quando vejo um estádio cheio, as torcidas gritando, dá vontade de me jogar dentro da televisão”, contou Minelli, durante um bate-papo com a Trivela. Ele mata a saudade dos amigos de futebol em encontros frequentes, sempre às quintas-feiras, para longos almoços temperados com lembranças ao lado de gente como Dino Sani, Mário Travaglini, Turcão (ex-zagueiro de Palmeiras e São Paulo) e Bellini, capitão da Seleção Brasileira de 1958. A memória e a lucidez com que Minelli observa o futebol moderno impressionam. Era meiaesquerda, mas acabou jogando como ponta em clubes como Nacional, Ypiranga e São Paulo. Uma fratura de tíbia e perônio na perna esquerda fez que deixasse o futebol em segundo plano para concluir o curso de economia na Universidade de São Paulo. Foi treinando o time da faculdade que ele se descobriu treinador, dando início a uma carreira que acumulou, entre outros, quatro títulos nacionais. Pouco mais de 30 anos após a façanha, Minelli reviveu sua carreira e fez revelações surpreendentes e polêmicas sobre, por exemplo, o fato de jamais ter dirigido a Seleção Brasileira, embora seu nome fosse unanimidade mais de uma vez.
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Como o futebol entrou em sua vida? O primeiro presente que meu pai me deu foi uma bola de capotão, quando eu prometi que deixaria operarem minhas amídalas [risos]. Ele tinha uma fábrica de meias e cuidava do time de futebol. Eu passei a jogar pela equipe da fábrica. Depois ele foi cuidar do futebol de base do Ypiranga e eu fui jogar lá. Passei por Nacional, São Paulo, Palmeiras e São Bento de Sorocaba. Era meia. Jogava bem, mas me enfiaram de ponta-esquerda e eu gostava de fechar pelo meio, o que para um ponta naquela época, significava sair do time. E a carreira de treinador? Eu virei técnico por acidente. Quebrei a perna jogando no São Bento e parei. Fui convidado para tomar conta do time da Faculdade de Economia da USP e ganhamos o campeonato universitário. O time tinha bons jogadores, como o Canhotinho e o Richard, que jogavam no Palmeiras. Um dia, o Canhotinho falou que queria me levar para o Palmeiras. Eu tinha dois empregos, trabalhava nos Correios e tinha um escritório de
importação e exportação. Comecei a trabalhar nas divisões de base do Palmeiras, isso por volta de 1959. O Oswaldo Brandão era o técnico, eu e o Canhotinho cuidávamos da base. Quando sentiu que ia dar certo como técnico? Eu comecei a me identificar com a profissão. Sempre tive uma maneira de pensar e agir. Eu procurava ver os jogos dos adversários, era detalhista e planificava o meu trabalho, o que quase ninguém fazia naquela época, nos anos 50, 60. E tem uma coisa que eu posso afirmar: quem inventou o cabeça de área fui eu. Naquele tempo, o futebol era resolvido fora de campo. Tinha juiz que chegava na cidade, descia do trem e já perguntava: quem é que vai acertar comigo? Eu precisava fazer algo diferente para escapar disso. Sempre se jogava com um beque na sobra. Mas eu precisava, para ter esse beque na sobra, trazer um jogador de meio-campo mais para trás. E os jogadores de meio não voltavam. Então o que eu fiz: prendi um jogador na frente da linha de defesa e outro atrás. Meu time no América de Rio Preto saía com
a bola e sempre tinha mais gente atrás, era mais compacto. E quem foi o primeiro cabeça de área? Era o Mota, um lateral-esquerdo com um pulmão enorme, corria muito. Eu falei para ele: você fica na frente da zaga e ataca o cara que vem com a bola dominada. Depois, eu passei a utilizar isso frequentemente. Para marcar o Pelé, por exemplo, eu usava um em cima dele e outro na sobra. Mas sem dar pontapé, porque quanto mais apanhava mais ele jogava [risos]. O futebol é um esporte que tem espaços grandes para serem preenchidos. Meus times sempre jogaram compactos. Eu estava procurando alguma coisa que me permitisse chegar na frente dos outros. Os treinadores daquele tempo diziam que ninguém inventaria nada no futebol, que tudo já tinha sido inventado. Nunca pensei assim. Veja o Usain Bolt, no atletismo. Quem imaginaria que ele fizesse o que está fazendo? Como surgiu aquele time do Inter dos anos 70? O futebol gaúcho, por cultura, sempre foi mais preocupado primeiro em não tomar gol para depois fazer. Eu senti a oportunidade para mudar isso no Internacional. Peguei um time pentacampeão gaúcho, mas alguns jogadores não teriam condição de fazer o que eu queria. E tive a felicidade de encontrar um clube com potencial econômico para me reforços jogadores que eram titulares em outros times. Como o Manga (goleiro) e o Lula (ponta-esquerda). Vieram jogadores experientes para as posições que precisávamos. Aquele time só precisava aprimorar o comportamento sem a bola. Eu até cheguei a falar para eles: “quando nós estivermos com a bola, vocês façam o que vocês quiserem, mas quando estivermos sem a bola nós vamos defender como eu queSetembro de 2009
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ro”. Até fizemos um treinamento específico para isso. Utilizávamos meio campo, com cinco ou seis jogadores em cada time, um zagueiro, um jogador de meio-campo e três atacantes. Eram 25 jogadores, então tínhamos cinco times, e fazíamos um torneio entre eles. Não tinha falta e quando a bola saía pela lateral o jogo recomeçava invertendo as posições. Com isso o time treinava a recomposição. O Inter foi seu grande trabalho? Foi. Aquele time eu achava, quando cheguei, que só faltava aplicação tática. Colocávamos 96 slides por jogo, projetando na parede da cozinha do Beira-Rio. Eu mostrava os lances e ia corrigindo, mostrando pra eles o posicionamento dos escanteios etc. Com treino em período integral, tivemos tempo para treinar jogadas ensaiadas. Mas o pulo do gato foi uma função que eu fiz com o Falcão. Praticamente todos os times jogavam no 4-2-4. O Internacional jogava num 1-3-1-2-3. Um beque de espera, três marcando, com os laterais que saíam, um na frente da zaga, dois meias e três atacantes. Todos os times jogavam com um volante só. E eu tinha dois meias que eram marcados por um volante só. Nosso time tinha Caçapava, depois o Batista, o Carpegiani e o Falcão. Formavam um triângulo. Quando atacava, a base do triângulo ficava para o gol adversário. Quando defendia, o Carpegiani pegava o volante, e o Falcão ficava como o segundo homem, com isso os dois meias adversários estavam marcados. O triângulo funcionava, e o do adversário, não. Por quê? Quando o Inter atacava, tinha um atacante a mais, e quando defendia, tinha um defensor a mais. Foi aí que começou a ganhar de todo mundo. No São Paulo, mesmo sendo campeão em 77, não consegui fazer o que fiz no Internacional. O senhor era uma unanimidade no final dos anos 70 e, em outras ocasiões, já nos anos 80, para assumir a Seleção. Por que acha que nunca foi chamado?
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Eu tinha uma certa independência, porque, mesmo trabalhando como técnico, não havia pedido exoneração dos Correios. Eu tirava licenças-prêmio. Então, se parasse com o futebol, não ia morrer de fome. A maioria dos técnicos tinha medo de perder o emprego e eu, não. Não tinha papas na língua, e se precisava enfrentar os dirigentes, eu enfrentava. Acho que isso me derrubou, porque os dirigentes falam essas coisas entre eles, dizem que fulano é casca grossa etc. Mas o senhor chegou a ser convidado ou sondado? Em 86, às seis da tarde era eu, e à noite chamaram o Telê [Santana]. Eu estava no Corinthians, e o Oswaldo Brandão era meu supervisor. Sempre direto, sem nenhuma sutileza, ele interrompeu uma palestra minha antes de um jogo em Santos e disse: “Você é o treinador da Seleção, vê lá o que vai fazer. Recebi um telefonema agora, o seu nome está sendo referendado na CBF”. Aí os boleiros começaram a gritar “eu quero ir”, essas coisas. O Brandão era muito bem informado e ligaram para ele da Federação Paulista avisando que tinha acontecido uma reunião e decidiram apresentar meu nome para o Otávio Pinto Guimarães, presidente da CBF. Mas me derrubaram no Rio de Janeiro. Por quê? Estava trabalhando na Arábia e, na volta ao Brasil, passei uns dias de férias na Europa. Fui revelar algumas fotos em Florença, e o cara da loja se chamava Minelli, como eu. Papo vai, papo vem, ele começou a falar do desempenho do Sócrates na Fiorentina, que não estava bem. Eu já conhecia o Sócrates, tinha informações do que ele vinha fazendo na Fiorentina. Ele era diferenciado, mas estava mal. Vieram me entrevistar sobre o Zico, que estava machucado, e o Sócrates, se eu os chamaria se fosse técnico da Seleção. Eu disse que se o Zico se recuperasse eu o levaria, mas o Sócrates estaria fora. Muita gente, incluindo a Viação Cometa,
Rubens Fran ncisco Minelli Nascim Nasc im men ntto o 119/ 9 deeze 9/ zemb mbro mb ro/1 /119228, 8 e São em ão Pau aulo Carr Ca r ei rr e ra ccom om mo tr treina eina ei nado ddoor Amér Am éric icca--SPP (1 (196 9633 a 19 96 1965 6 e 65 19666 19 66 ) , Sp 66) S or ort (1 (196 9 6)) , Gu Guar araan ani (1196 969) , Paalm 969) mei eira ras (1196 9 9 a 19971 7 ), P rt Po rtug uggue uesa esa (1 ( 971) , Ri Rio Prret eo ( 97 (1 972 e 19973 972 73)) , Frran nca cana na-S -SP SP ( 97 (1 973) 3 , In 3) nte t rn nac acio acio iona nall (197 (197 (1 94 a 19977 77) 7) , Sã Sãoo Pa Paul ulo (1 ulo (197 9777 a 1979 19 7 ) , Al Hililal 79 a -SSAAU U (1 (197 (197 9799 e 1980 19 80) 80 0 ) , Ar Ará ráb ábia Sau ábia audi dita ta (1 (198 980) 98 0)) , Palm Pa lmei eira rass (1 (198 9822 e 19 98 1983 983 83)) , At Atlé llééti ticoo tico Mine Mi neir iroo (1 ( 98 9 4) 4) , Gr Grêm êmioo (11985 9885) 5) , Cori Co rint nthiian anss (1 (19986) , Pa Palm lm mei eiraas (198 987 8 e 199888) , Grêm êmioo (1 (1998 988) , 988) S nt Sa ntos os (1 (199 992) 99 2)) , P Paara raná ná C Clu lube lu ube be (1199 9933 e 19 1 9944 a 1199 997) 99 7) , Feerr rrov o iá iári ria ( 99 (1 994) 4) e Cor orit itib it iba (199 ib (1199 997) 97)) T tu Tí ulo os coomo tre rein inad in addor Caampeo Camp mpeo mp eona naato Bra rasi s le si leir eir iroo (1197 9 5, 5, 19776 e 19 1977 977 77)) , R Roobe bert rtão rt ã ão ((11196 969) 969) 96 9) , Caamp mpeo e na eo nato too Sau uddiitaa (197 (1 979) 97 9 , Co 9) Copa pa ddoo G pa Goollffo ((1198 980) 80)) , Camp Ca mpeo mpeo mp eona n ttoo Gaú na aúch cchho (197 (1197 974, 4 4, 1975 19 7 , 19 75 1976 76 e 1198 9885)) e Cam ampe peeon peon onat atoo at Parana Pa raana naen enssee (1 (19993, 3, 1199 9 4 e 19 99 1 97 9 )
empresa que era do Havelange, tinha feito um investimento grande para colocá-lo no Flamengo. Eram 12 votos na reunião. O Telê tinha dois e o Zagallo tinha um, que era o do Otávio Pinto Guimarães. Eu fiquei com seis votos. Alguém falou para o Otávio Pinto Guimarães que eu não convocaria o Sócrates e todos os outros votaram diferente. Quem me contou isso foi o Rubens Hoffmeister, ex-presidente da Federação Gaúcha. Guarda alguma mágoa por não ter dirigido a Seleção? O Brasil foi campeão em 70 e depois em 94. Nos 24 anos sem ganhar a Copa, muito técnico foi considerado fracassado. Não me deram a oportunidade de fracassar. Acho até que ia me machucar se
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em quase celebridades, em pessoas difíceis de tratar. Muitas vezes os comentários são feitos em cima de alguns lances e não do que foi o jogo, isso influencia muito a opinião da torcida e dos dirigentes. Lidar com jogador de futebol nunca é fácil. Se fosse dado ao torcedor o direito de saber o que acontece no dia-a-dia de um time de futebol, ele não iria ao campo. Algum jogador chama sua atenção atualmente? Dois. A boa fase do Diego Souza, no Palmeiras. Ele voltou a jogar como fazia no Grêmio. E o lateral-direito do Goiás, o Vítor, ele é uma sumidade. O resto está oscilando, joga bem, joga mal.
Agência RBS
E os treinadores? Não tenho visto muita coisa que seja diferente. Mas eu gostei muito do Dorival Júnior quando ele montou o time do Coritiba, com o Keirrison, o Carlinhos Paraíba, o Guaru. Acho que o Dorival também fez um time do São Caetano muito bem montado.
Não me deram a oportunidade de fracassar. Acho até que ia me machucar se fosse pra Seleção, pelo meu temperamento. Não engoliria muita coisa fosse pra Seleção, pelo meu temperamento. Não engoliria muita coisa. Se eu sou treinador na Copa de 2006, arrumaria um escândalo. Pô, jogador com sete quilos acima do peso não dá. Tem saudades do futebol? Já senti mais. Quando tem jogo bom, sinto saudade. Campo cheio, aquele barulho, dá vontade de mergulhar na televisão. Eu não guardo faixas, fotografias, nada disso. Sempre dava as faixas de campeão para os roupeiros, massa-
gistas. Eles sofriam para caramba e ninguém lembrava deles. O futebol de hoje está bom? Não. Está muito difícil. Os jogadores estão ganhando muito dinheiro e os clubes estão cada vez mais endividados. Tem algumas coisas que eu não consegui entender: como pode clubes deverem milhões para alguns jogadores? Treinador de futebol com patrimônio de milhões, no Brasil? Essa estabilidade financeira de jogadores e treinadores em padrão alto transformou-os
Quem foram suas referências? Minha convivência maior foi com treinadores brasileiros. Dos que eu trabalhei como jogador, o que mais sabia e, posso dizer que aprendi muito com ele, foi o Caetano de Domenico (treinador italiano que trabalhou no Palestra Itália e no Ypiranga, tendo sido campeão paulista em 1940. Faleceu em 1995). Ele posicionava os jogadores de três maneiras diferentes nos treinamentos. Para cada posicionamento, ele dava um número. Começava o jogo, ele gritava: número 2! Mudava tudo em campo e saía o gol. Ele usava um esquema com beque de espera e um beque de avanço, para não marcar o ataque adversário em linha. Tinha um sistema de defesa chamado Cerradinha, que era uma maneira de fechar a defesa muito eficiente. Quando era jogador, cito o Armando Renganeschi e o Geninho Bahiense (ídolo do Botafogo como jogador e técnico do Palmeiras nos anos 60). Setembro de 2009
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por Gustavo Hofman
Jorge R. Jorge
COMPORTAMENTO
TAPETES VOADORES Ninguém fala abertamente, mas elencos se unem para derrubar técnicos indesejados mais do que se imagina
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inguém mais estava satisfeito com Cuca. A maioria dos jogadores já não fazia tanta questão de mantê-lo no comando do Flamengo. Seus métodos suas constantes reclamações incomodavam os líderes do grupo. Poucas semanas antes de sua demissão, Íbson já se revoltara contra ele e atirara o colete ao chão durante um treino. Mas o meia não foi o único. Contestar a liderança do treinador se tornou uma constante na Gávea. Esse cenário não é incomum. Vários clubes enfrentam levantes de jogadores contra seus supostamente comandantes. Até na Europa houve um caso bastan-
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te falado no Brasil. Luiz Felipe Scolari, no Chelsea, também sofreu com os egos de algumas das estrelas do elenco e foi vítima da sua própria teoria de construir uma “família” no time. Muitas vezes, esse tipo de relação inamistosa entre atletas e comissão técnica não passa de atrito. Em outras, a hierarquia é quebrada e o elenco se junta para demitir o treinador. Falar em “puxada de tapete” é um tabu nos clubes, mas elas existem. Por isso, jogadores aceitaram falar com a Trivela sobre o assunto, desde que mantendo o anonimato. “Derrubar treinador” não é uma atitude que os jogadores assumem abertamente. Muitas represálias surgiriam e eles, obviamente, fechariam seu mercado. Porém, isso é algo comum no futebol.
“Quando o grupo já não quer o treinador, começam a aparecer lesões estranhas. Jogador que dorme bem e acorda machucado”, conta um treinador de ponta do futebol brasileiro. Os atletas confirmam. A realização de reuniões internas é um indício de que um levante pode estar em andamento. “Quando chegou o novo técnico, ele disse que não me conhecia e que, por isso, eu não ia jogar. Ele não quis nem me dar uma chance. Como eu era uma contratação da diretoria, ele não ia me colocar. Claro que eu queria a saída dele”, afirmou um ex-jogador de um time da Série B, negociado com o futebol internacional recentemente. Há vários modos de esses movimentos organizados no elenco atuarem. Há casos em que um
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Cuca desejou sorte ao Flamengo quando saiu, mas muita gente não fez questão de mantê-lo na Gávea
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Jorge R. Jorge
Vágner Mancini não resistiu ao calor do vestiário da Vila Belmiro
grupo de jogadores pede a cabeça do técnico ao presidente do clube. Outro caminho é fazer que os resultados em campo forcem os dirigentes a trocarem o comando da equipe. Aí, nem sempre o time “entrega” o jogo. A simples falta de confiança e comprometimento com o treinador pode fragilizar a equipe a ponto de ter início uma má fase.
Lideranças contestadas Cuca, no Flamengo, sofreu com diversos problemas que ele não soube resolver. As principais lideranças do time não aguentavam mais algumas atitudes do treinador, como elogiar um atleta para a imprensa e, internamente, fazer o contrário. A isso se soma o “espírito depressivo” Aos poucos, perdeu a confiança do elenco. Inicialmente, a diretoria flamenguista pretendia manter o técnico no cargo por pelo menos mais uma semana e ver se o time reagiria no Campeonato Brasileiro. Enfrentou obstruções no elenco, que queriam a saída de Cuca. Isso tudo em um time que, algumas semanas antes,
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perdera seu maior líder: o zagueiro Fábio Luciano, que se aposentou. O ex-capítão rubro-negro confirma que era o principal interlocutor do elenco nas reuniões com a diretoria, para tratar dos mais variados assuntos. E adiantou que acharia difícil alguém assumir essa liderança de imediato, já que não via alguém com tal postura no elenco. “Eu vi o Cuca falando que isso seria espalhado pelo grupo, e acho que vai ser mais ou menos assim. Tem jogadores que poderiam exercer essa liderança, mas sempre há um ponto positivo ou negativo”, disse Fábio Luciano na edição 41 da Trivela. Mesmo assim, Cuca não conseguiu permanecer. E até foi diplomático em sua saída. “Eu dou um até breve para todos, desejo sorte a quem chegar e tenho certeza que o Flamengo vai reagir, pois o grupo é maravilhoso e o time é muito bom”, afirmou o ex-comandante rubro-negro à época da sua demissão, em julho. No mesmo período, Vágner Mancini foi demitido do Santos. Além dos resultados ruins em campo, o
técnico criou problemas com alguns jogadores, como o zagueiro Fabiano Eller, que ele afastou do grupo. Aos poucos, foi sendo cozinhado no clube, até perder o comando do elenco nos vestiários. E na Vila Belmiro, os vestiários têm um dono: Fábio Costa. O experiente goleiro tem o apoio irrestrito do presidente santista, Marcelo Teixeira. Suas atitudes, muitas vezes, causam problemas internos, como a tentativa de agressão a Paulo Henrique Ganso após uma partida. Mesmo assim, sua liderança entre os jogadores é respeitada. Sabendo de quão delicado é o ambiente no clube, Teixeira optou por trazer Vanderlei Luxemburgo, técnico conhecido pela mão firme com os atletas e por manter um bom ambiente nos vestiários. Experiente em detectar problemas, o atual treinador santista não tem pudor em afastar jogadores se achar necessário. Com a confiança do presidente, reúne mais condições de equilibrar a relação de forças na Vila Belmiro. O Santos já havia passado por
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um caso de incompatibilidade entre comissão técnica e elenco. Há quatro anos, os jogadores não aceitaram bem a troca de Gallo por Nelsinho Baptista. O Peixe, que lutava pelo título brasileiro, entrou em uma série de resultados ruins, culminada com uma goleada sofrida contra o Corinthians: 7 a 1, a maior no clássico de alvinegros paulistas desde 1941. O meia Giovanni, ídolo santista, era um dos jogadores do time de 2005. Perguntado sobre o assunto, limitou-se a responder: “Estávamos bem com o Gallo. Derrubaram ele e veio outro técnico. Aí, desandou”. Em entrevista à Trivela em abril, Nelsinho se negou a falar no assunto. Na época, foi uma disputa sem vencedores. Quatro meses depois, técnico e todos os jogadores que participaram da derrota para o Corinthians (com exceção do lateral-esquerdo Kleber) já haviam sido dispensados ou negociados.
Lidar com estrelas No Brasil, a regra é que esses atritos entre atletas e treinadores sejam tratados como “coisas normais de ambiente de trabalho”. Mas houve um caso em que a falta de sintonia foi falada um pouco mais abertamente, até pela repercussão dos envolvidos. Foi o que ocorreu com Luis Felipe Scolari no Chelsea. Mesmo com a experiência de décadas em clubes, além de oito anos entre as seleções de Brasil e Portugal, Felipão teve problemas para lidar com os vários egos do elenco dos Blues. Acabou saindo após meia temporada, período em que houve várias indiretas do técnico e de alguns de seus comandados a respeito de problemas em Stamford Bridge. “Agradeço a oportunidade de ter trabalhado no Chelsea e no futebol Inglês. Foi uma experiência muito valiosa. Lamento que a convivência com todos não tenha sido duradoura. Desejo sorte para o Chelsea nas três competições que está disputando”. Essas foram as primeiras palavras de Luis Felipe Scolari após ser demi-
MOTIVOS PARA DERRUBAR UM TREINADOR (no ponto de vista do jogador)
Mudanças táticas constantes e invenções Atitudes como mudar demais o esquema tático, treinar um time e colocar em campo outro ou escalar jogadores em posições diferentes do convencional fazem o elenco perder o respeito pelo conhecimento do técnico
Treinos puxados depois de jogos Jogador não gosta de treino físico, salvo exceções. No dia seguinte às partidas, é comum fazer apenas um trabalho de relaxamento. Quando esse treinamento fica mais puxado que o normal é mau sinal
Críticas de alguns jogadores a companheiros O técnico conversa com um atleta e ouve algumas críticas a companheiros. Em seguida, não hesita em repassar ao criticado o que foi dito. Jogador não aceita esse “leva-e-traz”
Entrevistas criticando os atletas Quando o técnico aparece na imprensa fazendo duras críticas a algum setor específico do time, como a defesa, ou coloca a culpa do resultado na falha do goleiro, é porque o clima está ficando pesado
Pedidos públicos de reforços Você é o goleiro do time e lê no jornal uma afirmação do treinador de que seu time precisa contratar um goleiro, um lateral-direito e um atacante. Sua moral, naturalmente, desaba, assim como o apoio ao técnico
Aumento do período de concentração A concentração é uma das maiores inimigas dos jogadores de futebol. Eles não gostam de ficar confinados em hotéis, à espera das partidas. Até dois dias de reclusão são aceitos sem problemas. Mais que isso...
Afastamento dos principais jogadores O time é bom, mas não consegue se recuperar de uma sequência de resultados desastrosa. Qual a solução? Tirar os principais jogadores do time para “mexer nos ânimos”. Além de não mexer nos ânimos, cria desavenças com o elenco
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EVIDÊNCIAS DE IMINENTE QUEDA DE TÉCNICO Torcida invadindo treino O apoio da torcida nos estádios é fundamental, mas quando ela passa a comparecer aos treinos apenas para protestar, é porque a situação já está bem complicada
“Ô, ô, ô, queremos treinadô” Muitas vezes, as torcidas organizadas têm ligações com dirigentes ou jogadores que querem a saída do técnico. Nem sempre uma vaia sistemática é apenas a “opinião das arquibancadas”
Muitas lesões de jogadores Contusões fazem parte do mundo esportivo, é algo inerente à atividade. No entanto, quando o número de atletas no departamento médico, em um momento difícil do time, aumenta muito, pode não ser apenas coincidência...
Derrotas para times na zona do rebaixamento O time já não está bem, tem sofrido derrotas duras, mas contra adversários na zona do rebaixamento é obrigação vencer. Quando não encontra forças nem para isso, é porque o desânimo e a falta de comando já está em níveis preocupantes
Dirigente dizendo que o treinador está “prestigiado” Dirigentes e jogadores muitas vezes estão afinados. Quando o diretor diz que “não há risco de demissão, nosso técnico está prestigiado” sem que ninguém pergunte, é porque o técnico tem um ou dois jogos para mostrar resultado
Imprensa questionando a permanência A coletiva de imprensa começa e a primeira pergunta é se o treinador vai continuar no cargo após mais uma derrota. Um nervosismo na resposta é outro bom indicativo da saída
Notas à imprensa confirmando sua permanência Quando a assessoria de imprensa do técnico divulga nota oficial ratificando a permanência do cliente no time, é porque o próprio treinador percebeu que sua situação já está mais que delicada
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tido pelo Chelsea em fevereiro. Pouco antes disso, Felipão deu uma entrevista à France Football já expondo o desgaste com os atletas. “Há egos no vestiário, mas isso é normal, não é? Mas minhas relações com os jogadores são boas dentro de campo. É verdade que não são iguais às que eu tinha com meus jogadores em Portugal, mas eu passei cinco anos por lá. No Brasil também era mais fácil. Eu sabia tudo sobre os jogadores. Aqui eu não tenho uma relação familiar com os jogadores. É tudo no campo. Fora, não há nada”, afirmou o brasileiro. As críticas veladas a alguns atletas seguiram. “Eu não entendo por que não estamos jogando bem. Às vezes é um problema de posicionamento dos jogadores no campo. Às vezes nós perdemos a bola com muita frequência. Há também falhas individuais. As contusões também fazem as coisas difíceis. Quando você coloca todas essas coisas juntas, a situação é muito complicada”. De acordo com as informações de pessoas envolvidas com o treinador ou que acompanhavam o dia-a-dia do Chelsea, os principais problemas de relacionamento seriam com o goleiro Cech, o meia Ballack e o atacante Drogba. Eles não estariam satisfeitos com os métodos de treinamento de Felipão. Os dois últimos tinham um argumento a mais: não eram titulares. O atacante marfinense, inclusive, era um dos mais insatisfeitos, já que vinha de uma temporada excelente e, apesar da contusão, não concordava com a suplência para Anelka. Um dos jogadores que apoiava Felipão seria o capitão John Terry. “Fiquei chocado com o que aconteceu. Ele tinha meu total apoio, certamente, e tenho certeza de que dois ou três outros jogadores diriam o mesmo”, disse o zagueiro inglês nos dias seguintes à queda de Scolari. Seu apoio, porém, não foi suficiente. No lugar do brasileiro, o clube londrino contratou Guus Hiddink. O holandês deu nova chance a Ballack, colocou Drogba ao lado
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Reprodução
de Anelka no ataque, os ânimos acalmaram e os Blues entraram em uma série de bons resultados. Mesmo assim, não foram além das semifinais na Liga dos Campeões e do vice-campeonato inglês.
“Então não vou jogar nunca” Em algumas oportunidades, o técnico pode até não cair diretamente por uma ação dos jogadores, mas a insatisfação do grupo reflete na nos resultados em campo. A Seleção Brasileira da Copa de 1990 é um exemplo disso. Sebastião Lazaroni em momento algum teve o apoio dos jogadores. E muitos foram os motivos que os levaram a não dar suporte ao trabalho do técnico. O principal deles foi a questão do patrocinador e a divisão do dinheiro. O treinador achava que também deveria fazer parte do montante, mas a opinião não era compartilhada pelos jogadores. A confusão estava começando. Quase duas décadas depois, até os jogadores admitem que havia falta de comando pela quantidade de pessoas palpitando sobre o destino da Seleção. “O Lazaroni deu uma abertura para os jogadores opinarem sobre o esquema de
jogo, mas cada um forçou por mudanças que lhes conviessem e acabaram desfigurando a equipe, até contestando o comando do técnico”, disse Mozer em entrevista à Trivela em 2006. “Vendo no que resultou, era melhor ele não ter aberto espaço para debate”. Um exemplo de como o Brasil parecia a Torre de Babel, com cada um falando uma língua, é dado por Bebeto. O ex-atacante conta que Lazaroni falou diante de todo o grupo que ele só faria dupla com o Romário, que voltava de grave contusão sofrida pelo PSV. Se o centroavante fosse Careca, o segundo atacante seria Müller. Bebeto, então, interrompeu o técnico e disse: “Então você não vai me escalar nunca”. Romário não via sua própria situação desse modo. Durante a concentração, disse que Lazaroni não havia esperado tanto tempo por sua recuperação para deixá-lo no banco. O técnico respondeu a tantas pressões colocando o time reserva para um jogo-treino antes da partida contra a Escócia. Apesar da ameaça de colocar um time B em campo contra os britânicos, o Brasil entrou com a base titular. Apenas uma exceção:
Romário entrou, mesmo sem condições físicas ideais. Bebeto ficou de fora porque havia se lesionado em um treino dias antes. Assim, sua participação no torneio se limitou aos 6 minutos finais do jogo contra a Costa Rica. Nesse ambiente, não foi surpreendente a Seleção ser eliminada nas oitavas de final, pior campanha em uma Copa desde 1966. Lazaroni caiu em seguida, deixando a imagem de um trabalho sem liderança e com grupo desunido. Ainda que não tenha sido algo orquestrado, foi a falta de diálogo entre jogadores e comissão técnica que levaram o Brasil ao fracasso no Mundial da Itália – e, por consequência, à queda do treinador. Se nem a equipe nacional, no torneio mais importante do futebol internacional, está livre desse tipo de problema, imagine como a situação fica potencialmente mais delicada em clubes que vivem com pressões de conselheiros, interesses por transferências, ameaças de rebaixamento e atrasos de salários. Jogadores e técnicos podem relutar em falar, mas sabem que, muitas vezes, a decisão de trocar de comando parte de baixo para cima na hierarquia de um clube.
Grupo entrosado: jogadores se unem para esconder a marca do patrocinador em foto oficial para a Copa de 1990
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PERFIL
Presidente Alexandre Kalil reinventa o conceito de cartola-torcedor, trabalhando na recuperação da marca do primeiro campeão brasileiro
Bruno Figueiredo/O Tempo/Futura Press
por Fábio Fujita
O Dom Sebastião
m 1977, o Atlético Mineiro fazia campanha irrepreensível no Brasileirão. A vitória na primeira partida das semifinais contra o Londrina, por 4 a 2 no Mineirão, só confirmou a toada invicta do Galo. Vivendo aquela fase de forjar a herança atleticana familiar pelas próprias pernas, o jovem Alexandre Kalil, de 17 anos, pediu de aniversário ao pai um presente inusitado: que pudesse viajar sozinho a Londrina, para assistir ao segundo jogo. Se tudo desse certo, seria a confirmação da volta do Atlético a uma decisão de Brasileirão, seis anos após ter conquistado a edição inicial.
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Elias Kalil, o pai, fez cara de pai e hesitou por um minuto. Depois, ele próprio saiu em busca das passagens e escondeu um “extra” no bolso da calça do rebento. Que o filho pródigo fosse pé-quente. A verdade é que Alexandre voltou para casa com o pé gelado. “Desabou uma chuva terrível, não tínhamos roupa e enfrentamos um frio danado”, recorda Alexandre. Mas, do ponto de vista esportivo, deu mesmo tudo certo: o empate por 2 a 2 garantia o Galo na finalíssima contra o São Paulo. Mais de 30 anos depois, Kalil-filho voltou a recolocar o time do coração entre as principais forças do
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futebol brasileiro, agora na condição de presidente. O time liderou boa parte do primeiro turno do Brasileirão com um futebol competitivo e, muitas vezes, empolgante. Não é pouca coisa. No começo do ano, especular que o Galo fosse brigar na parte de cima da tabela faria engasgar o mais otimista dos atleticanos. O time ainda recolhia os cacos de 2008 que, de “ano do centenário”, configurou-se na temporada a ser limada dos registros. Sem o planejamento devi devido, o time investiu em ídolos decadentes como Marques M e Petkovic, foi esmagado pelo Cruzeiro na fi final do Mineiro e viu sua diretoria ser investigada pelo Ministério Público (quanto à idoneidade d das parcerias firmadas com clubes do interior). O eentão presidente, Ziza Valadares, renunciou. Tudo isso pouco depois de o Atlético ter manchado sua s história com o rebaixamento à Série B, em 2005. Assim, um clamor sebastianista próAlex Alexandre Kalil tomou conta de Belo Horizonte. Era ele o nome de consenso a resgatar a abalada dignidade atleticana. Ka já acumulava experiência de sete anos coKalil mo p presidente do Conselho Deliberativo do time, na trans transição dos anos 90 para 2000. Mas o bom início ccomo “cartola”, marcado pelo vice-campeonato brasi brasileiro de 1999, acabaria não tendo longevidade por ccertos valores que, segundo ele, feriram sua ética es esportiva. Em 2001, já na reta final do Brasileirão, alguns mem membros do Clube dos 13 ameaçaram uma “virada de mesa”, m para que os eventuais rebaixados daquele ano disputassem a Série A no ano seguinte. Houve diver divergência sobre a questão entre Kalil e o então presiden sidente, Ricardo Guimarães. “Estávamos tocando o Atlét Atlético num compromisso de quatro mãos, e ele tomou uma decisão dentro da CBF sem me comunicar. Ache Achei que não ficou bem”, justifica Kalil, sobre o que o levou lev a se desligar do time na ocasião, embora tenha mantido bom relacionamento com Guimarães. Co Como aprendizado, tão importante quanto seu desemp sempenho no Conselho Deliberativo atleticano foi o fato de seu pai, Elias, ter ocupado a presidência entre 1980 e 1985. Kalil-pai deixou marcas profundas no Atlét Atlético. Quando a infra-estrutura do time era ridicu-
larizada pelos cruzeirenses, Elias comprou o terreno inóspito que viria a ser a moderna Cidade do Galo – que hospedou a seleção brasileira em 2008, no jogo contra a Argentina, pelas Eliminatórias. “O que o meu pai me ensinou foi respeitar o Atlético, entender o que ele representa no futebol brasileiro”, diz o atual mandatário. Kalil não trai sua premissa de valorizar a “marca Atlético”. Só no mês passado, quase um ano depois de eleito, ele selou uma parceria com a Brahma, para revitalizar as sedes sociais do Galo, como a Vila Olímpica e a Labareda. O novo parceiro também fará 600 mil latas de cerveja personalizadas com a temática atleticana. A camisa do time, no entanto, segue sem patrocínio. E Kalil afirma não ter pressa. Teria as finanças do clube equilibradas, após herdálas com os salários dos funcionários atrasados em dois meses. Kalil assegura que a principal vedete do elenco, Diego Tardelli – valorizado pela recente convocação à Seleção Brasileira – não sai. Recusou uma proposta de € 9 milhões pelo atacante. “Como dizia minha avó: ‘somos pobres, mas limpinhos’”. Por meio de seu Twitter (microblog de relacionamento), o presidente escreveu: “Venderam o Tardelli para a Alemanha? Só esqueceram de avisar para quem manda”. Kalil considera a ferramenta virtual um canal mais libertário para poder se expressar. “Dá independência para o presidente falar sem ter de fazer uma mise-en-scène de convocar a imprensa”, explica. Seguir Kalil no Twitter é se divertir. “Não só de sacrifícios vive o Presidente do Atlético. Acabou de sair da minha sala a Musa do Galo. Que morena linda”, escreveu ele, que é separado. Os atleticanos gostam tanto dele, que fizeram de sua página a mais popular de Minas, com mais de 10 mil seguidores. Dá para entender: Kalil recuperou o fervor, o orgulho atleticano. Começando com uma medida, a primeira de sua gestão, muito simples: reduzindo o ingresso de arquibancada para R$ 5, o que fez que o Mineirão lotasse em um jogo sem significado contra o Santos, na penúltima rodada do Brasileiro de 2008. Assim, reaproximou a torcida do time. É por isso que os torcedores se orgulham de um presidente que, mais do que presidente, é “um deles”.
O OUTRO LADO A passionalidade de Kalil nem sempre é positiva para o clube. Em 2002, quando ocupava o cargo de presidente do Conselho, o presidente usou palavras duras para se referir ao time após a goleada de 6 a 2 sofrida em pleno Mineirão para o Corinthians, no jogo de ida das quartas de final do Campeonato Brasileiro. “O time se borrou”, disse o dirigente aos repórteres após a partida. A declaração repercutiu mal no elenco, sobretudo com o atacante Marques, principal ídolo da torcida. No fim daquele ano, o jogador deixou o Galo e acertou sua ida para o Vasco, admitindo que os comentários de Kalil haviam influenciado sua decisão. Já como presidente, em fevereiro de 2009, Kalil se irritou com a arbitragem de Alicio Pena Júnior em uma derrota por 2 a 1 para o Cruzeiro, pelo Campeonato Mineiro. Chamou Alicio de “ladrão velho” e se referiu à comissão de arbitragem da Federação Mineira como “quadrilha”. O ataque valeu uma suspensão de 60 dias. [LB]
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NEGÓCIOS
Além da TELEVISÃO Transmissão multiplataforma de jogos de futebol começa a ganhar destaque no país, mas ainda fica restrita aos torneios internacionais
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ada de TV aberta, fechada ou pay-per-view. Quando o assunto é transmissão de futebol, a palavra da moda é “multiplataforma”. Longe da badalação que envolve a negociação pelos direitos de TV, os principais veículos de comunicação do país iniciam, às portas da Copa do Mundo da África do Sul, uma nova era na forma de levar o “esporte bretão” ao torcedor. A ordem é investir na transmissão via celular e internet. O nicho é a grande aposta da TV Esporte Interativo na temporada. A emissora investiu R$ 3 milhões nos últimos três anos para colocar toda a sua grade disponível na rede de computadores. A ofensiva tem como chamariz
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por Priscila Bertozzi
a exibição simultânea e ao vivo da Liga dos Campeões, dos Campeonatos Inglês e Alemão e da Copa das Nações Africanas nas três mídias. “A transmissão multiplataforma deve virar uma tendência de mercado”, afirma Sérgio Lopes, diretor executivo da EI, que não revelou o montante desembolsado na aquisição dos torneios. A inovação atraiu o BNDES para o projeto. A instituição, depois de mais de um ano de conversas, comprou 15% das ações da Esporte Interativo, sintonizada via parabólica e UHF. O grande atrativo de se tornar um canal multimídia, segundo o executivo, é a possibilidade de adicionar novos ingredientes aos pacotes comerciais colocados no mercado. Além, é claro, de amealhar um público diferente à sua programação. Pela TV, o EI chega a 21 milhões de casas. O celular eleva o alcance em 2,6 milhões de pessoas via SMS. A internet, por sua vez, pode ”arrecadar” outros 2,3 milhões de espectadores, de acordo com levantamento interno. “A gente quer levar para o mercado pacotes de patrocínio que sejam significativos nas três mídias. Assim, é possível oferecer às empresas a oportunidade de estar em contato com o público em todos os momentos do seu dia-a-dia. Esse é um grande diferencial na hora de buscar bons contratos”, avalia Lopes. Em pouco mais de um mês no ar, o sistema multimídia já tem o apoio de Tim, Gillette e Embratel. O potencial do mercado não passou despercebido à Globo, que teve sua primeira experiência nesse setor durante a Copa do Mundo de 2006. Segundo dados da Webtrends, o portal de esportes do grupo teve média diária de 1 milhão de visitas durante o evento, mais de 100 milhões de pageviews e 4,9 milhões de acessos nas transmissões das partidas do Mundial ao vivo. Os vídeos on demand, imagens em banda larga que ficam disponíveis por tempo indeterminado aos assinantes, tiveram 4,2 milhões de acessos. A Copa das Confederações de 2009 também teve transmissão simultânea nas três plataformas pelo canal. A última aquisição para essas mídias foi a Liga dos Campeões da Uefa.
R$ 50 milhões Valor pago pela Globo pelo pacote completo (internet e telefonia móvel) do Brasileirão até 2011
A empreitada bem sucedida fez que a emissora arrebatasse, no fim do ano passado, o pacote completo do Campeonato Brasileiro até 2011 por cerca de R$ 50 milhões. Os adversários na briga pelos direitos de telefonia móvel e internet foram Lance e Terra. Foi a primeira vez que o Clube dos 13, que negocia os direitos do principal torneio do país, abriu a disputa nesse campo. Por ser novidade, a entidade demorou mais de dois meses para definir o vencedor e montar uma comissão para analisar o cumprimento do acordo firmado com a Globo pelos próximos três anos, Procurado pela reportagem da Trivela, o C13 não respondeu sobre o andamento desse trabalho de observação.
Pouco explorado No entanto, apesar da amplitude de ações à disposição, a transmissão multimídia ainda engatinha no país. O mercado é incipiente e pouco explorado tanto do ponto de vista esportivo quanto do comer-
cial. E, curiosamente, quem protagoniza o cenário nacional são os precursores da utilização da tecnologia. A gama de campeonatos à disposição dos fãs de futebol internacional é muito superior à oferta interna. A aposta não é em vão. Em apenas uma semana no ar, a TV Esporte Interativo, que no modo convencional também exibe o Campeonato Italiano e as Eliminatórias para a Copa do Mundo, bateu 60 mil visitas durante a transmissão de jogos pela internet. Carro-chefe da programação dos canais ESPN, o futebol europeu também aparece nas três plataformas na emissora do grupo Disney nos campeonatos Russo e Alemão, na Liga dos Campeões e na Liga Europa, e apenas na internet com a Premier League, a Copa da Liga Inglesa, a Major League Soccer e a Copa das Nações Africanas. A BandSports, por sua vez, mostra a Bundesliga pela rede de computadores. Uma das justificativas para essa invasão estrangeira é o horário das partidas na Europa, que impede o torcedor de acompanhar boa parte dos torneios no sofá de casa. Nos principais países europeus, a transmissão ao vivo pela internet é uma realidade lucrativa para os clubes. Por aqui, contudo, os jogos, à exceção do Brasileirão, ainda ficam restritos à precariedade de opções dos sites oficiais. Entre a modernidade e a tradição, há torcedores que optam pela narração escrita de cada lance para ficar por dentro do que acontece com seu time, recurso ainda muito utilizado pelos principais portais. Comodismo e desorganização que custam caro aos cofres dos clubes, que colocam para escanteio mais uma fonte de receita.
COMO SÃO FEITAS AS TRANSMISSÕES Internet Os jogos vão ao ar dentro do próprio portal, em um player capaz de fazer a transmissão simultânea do que é exibido na TV.
Celular A emissora precisa fazer um acordo com as operadoras de telefonia móvel, que controlam o tráfego e cobram pelo acesso ao conteúdo.
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Cop pa 2014 4 Cidades-sede sem tradição futebolística, relegam desenvolvimento do esporte para segundo plano por Dassler Marques e Maurício Vargas “Se você construir, ele virá”. Ray Kinsella ouve essa frase do além. Logo vêm a sua mente imagens de seu falecido pai e a necessidade de construir um campo de beisebol. Crente em seu sexto sentido, Ray vai adiante e, assim que termina a obra, jogadores do passado aparecem para um bate-bola. Era o filme “Campo dos Sonhos”, estrelado por Kevin Costner e indicado a três Oscares. Tratava-se de uma ficção, mas parece que ela inspira Cuiabá, Manaus, Natal e Brasília em seus planos para a Copa do Mundo de 2014. As quatro cidades estão entre as 12 sedes da competição devido a considerações turísticas, econômicas e políticas. De futebol propriamente dito, apenas Natal tem algum argumento. Mesmo
Procura-se
assim, só teve uma aparição na Série A nos últimos dez anos: o América de 2007, responsável pela pior campanha da história dos pontos corridos no país. Esse é um motivo de preocupação para o COL (Comitê Organizador Local) do Mundial. A falta de clubes de tradição nessas capitais pode transformar os estádios de 2014 em elefantes brancos de 2020. Por isso, o comitê já exigiu que todas as cidades apresentassem projetos de viabilidade para o futebol local, de modo que o investimento da Copa não seja em vão. Até porque, na maior parte delas, os clubes mais populares são do Rio de Janeiro e São Paulo. Muita coisa terá de ser feita. Atualmente, ABC e o próprio América representam a capital potiguar na Série
B, onde também está o Brasiliense, do Distrito Federal. Nenhum deles terminou o primeiro turno da Segundona entre os 10 primeiros colocados. A sinergia entre clubes e torcedores também tem deixado a desejar: o trio levou menos que 8 mil torcedores em média cada. O pior índice é do Brasiliense, com 4.196 espectadores por partida. A situação de Amazonas e Mato Grosso é ainda pior. Ambos não têm equipes nas duas primeiras divisões do futebol brasileiro. E não terão evoluído em 2010. Os governos estaduais tentaram, na marra, impulsionar os resultados esportivos de Nacional-AM e Mixto-MT. Foi um fiasco. Para aumentar a necessidade de revitalizar o futebol dessas quatro capitais,
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Nada de Arruda, Ilha do Retiro ou Aflitos. Para a Copa 2014, Pernambuco indicou um quarto estádio, completamente novo. Será o projeto Cidade da Copa, a ser construído em São Lourenço da Mata, cidade na região metropolitana de Recife. O complexo incluiria escolas, shoppings, residências e um estádio para 46.160 torcedores. Mesmo assim, o risco de a arena se tornar subutilizada é enorme. O problema é básico: não há quem queira utilizar o estádio. Santa Cruz, Sport e Náutico não pretendem deixar suas atuais casas. “Não vou jogar em um estádio que não seja nosso”, disse Sílvio Guimarães, presidente do Sport, em entrevista concedida ao jornal Folha de S. Paulo. Além do orgulho de ter seu próprio estádio, o que motiva os clubes recifenses a não aceitarem a nova arena é sua localização. A Cidade da Copa estará distante do centro, o que dificulta o acesso a torcedores da capital pernambucana. Mas a escolha parece definitiva, tanto que a festa oficial do anúncio de Recife como sede da Copa foi em São Lourenço da Mata. Detalhe: o governador Eduardo Campos é do PSB, mesmo partido de Ettore Labanca, prefeito sãolourencense. João da Costa Bezerra Filho, prefeito de Recife, é do PT. Sem times, o plano do governo estadual de arrecadar até R$ 86 milhões por ano em camarotes soa pouco realista. Até porque é cerca de nove vezes mais do que o Morumbi rendeu ao São Paulo com esse tipo de espaço em 2008. Em documentos, o governo pernambucano prevê um total de 60 jogos dos três grandes pernambucanos no estádio a cada temporada. “Se nenhum dos três times assumirem o estádio, ele não será um elefante branco. Será uma manada branca”, ironiza Erich Beting, jornalista especializado em marketing, gestão e negócios no esporte. Por isso, surgiu até especulações de que a CBF poderia exigir estádios com padrão Fifa para jogos da primeira divisão a partir da temporada de 2014, fazendo que os times recifenses adotassem a Cidade da Copa na marra.
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Manaus
Fotos Divulgação
População 1.646.602 Clube de mais destaque Nacional (Série D, eliminado na segunda fase) Estádio para a Copa Arena Manaus (50.000 lugares) Custo estimado R$ 500 milhões
elas serão as únicas cidades, além de Recife, a ter estádios completamente novos para o Mundial. E quando o torneio acabar, poucos são os planos já idealizados para um aproveitamento adequado dessa estrutura. “Temos que desmistificar que o setor público não investe em estádios. Na Alemanha, o principal mercado europeu, o governo investiu
Fast x Nacional: clássico amazonense não despertou o interesse dos manauaras
em reforma e construção de arenas”, explica Amir Somoggi, diretor da Casual Auditores, especialista em marketing e gestão esportiva. A diferença é que os alemães tinham um plano para que seus estádios fossem viáveis. A única cidade sem clube forte era Leipzig, mas já há um projeto para revitalizar o Lokomotive Leipzig, uma das forças da antiga Alemanha Oriental. No Brasil, fazer isso nas cidades com futebol interno mais frágil é uma das tarefas de federações estaduais e da CBF, em conjunto com governos municipais, estaduais e federal. Por enquanto, essa determinação não parece frequentar os pensamentos dos organizadores da Copa no Brasil. A não ser que acreditem que, como na ficção hollywoodiana, basta construir os estádios para os jogadores aparecerem.
Manaus: Fora da realidade Os amazonenses estavam esperançosos de que 2009 marcaria a recuperação do futebol local. O Nacional recebeu incentivo de R$ 1 milhão para a disputa da primeira edição da Série D na história. Foi primeiro colocado na fase de grupos, mas, já na segunda fase, foi elimi-
nado pelo modesto Cristal, do Amapá. Pior: no jogo decisivo, em casa, vencia por 2 a 0, mas sofreu cinco gols no segundo tempo. Esse insucesso aumentou o período de ausência do Amazonas nas duas primeiras divisões do futebol nacional. O último clube manauara a disputar a Série B foi o São Raimundo em 2006. Realidade parecida da enfrentada por Belém, mas, ao menos, os dois grandes clubes paraenses têm torcidas numerosas e fanáticas. A falta de seguidores causa preocupação ao governo estadual. “A nova arena não tem o objetivo de servir o Campeonato Amazonense, que deve utilizar estádios dos próprios clubes para o futebol local. Nosso público é de 10 mil pessoas no máximo e, com isso, não dá para bancar nem a manutenção do estádio”, constata, realista, José Claudinei Fernandes, assessor da secretaria da juventude, esporte e lazer do Amazonas. Desse modo, já se pensa em deixar o futebol de lado, e viabilizar a Arena Manaus com receitas não ligadas ao esporte. “Não é nossa preocupação fazer um estádio que atenda nosso campeonato. Com shopping, lojas e restaurantes, é possível gerar receita à parte do futebol e fazer que a iniciativa privada e encampe o projeto”, convoca Fernandes. Para os clubes manauaras, os investimentos seriam outros. De acordo com Cláudio Silva, diretor de futebol do São Raimundo, o estádio da Colina será reformado ou reconstruído, para abrigar treinamentos de seleções envolvidas com o Mundial. “As obras começam em setembro”. Mas o projeto da capital amazonense não vai muito além disso. “Não sentimos nenhum esforço por parte da federação e espera-se muito pouco deles em investimento e estruturação”, aponta. Setembro de 2009
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Cop pa 2014 4 Natal: Discursos opostos Coordenador da Copa no Rio Grande do Norte, Fernando Fernandes se agarra a estatísticas para prever o futuro do atualmente combalido futebol potiguar. No entanto, não revela nenhum plano específico já em estudo para o desenvolvimento da modalidade em seu estado. “Nas cidades que recebem uma Copa do Mundo ou Olimpíada, geralmente há um crescimento grande do esporte. Trabalhamos com perspectiva de 10% a 15% de crescimento. E isso em melhoria dos clubes locais e no público médio”, disse em entrevista ao site Copa 2014. O discurso de Fernandes não tem eco nos clubes. Pior, há sinais de que falta articulação para um projeto dos natalenses. “Não nos comunicaram que Natal vai ser sede da Copa. Isso é um movimento isolado e, se não nos comunicaram, não há o que falar. É como se não existíssemos”, critica José Rocha, presidente do América. O dirigente do único clube potiguar a aparecer na Série A nas últimas duas décadas discorda até da construção da Arena das Dunas para substituir o Machadão. “Depois da Copa, vai virar um elefante branco. Fizeram uma pesquisa, perguntaram aos clubes? Nada. Não houve participação nenhuma. O valor de manutenção do estádio novo será bem maior. É um projeto utópico, nababesco”, critica.
Natal População 774.230 Clubes de mais destaque América e ABC (Série B) Estádio para a Copa Arena das Dunas (45.000 lugares) Custo estimado R$ 300 milhões
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Cuiabá: Incentivo político Em Cuiabá, ter um time forte e fazer o futebol pegar entre a população local virou obsessão para os líderes políticos. Blairo Maggi, governador conhecido pela ligação com o desmatamento da Amazônia no Estado, mobilizou empresários para colaborar com o Mixto na Série C. Com jogadores caros para seus padrões, como os atacantes Finazzi e Alex Dias, o Tigre teve uma temporada desastrosa. Apesar da folha salarial acima de R$ 200 mil, o time foi rebaixado para a quarta divisão. Enquanto isso, outros clubes da cidade, como Dom Bosco, Cuiabá e Operário (este último, de Várzea Grande, separada da capital mato-grossense por um rio) ficam à míngua. A diretoria do Mixto não considera que o apoio recebido para a Série C deva causar ciúmes aos demais. Além disso, apontou que Dom Bosco e Cuiabá, estão com seus departamentos de futebol praticamente desativados, o que justifica a preferência pelos alvinegros. Ainda assim, os cuiabanos acreditam que o futebol local crescerá. De acordo com Yuri Bastos, secretário de turismo do Mato Grosso, “o projeto específico para o futebol está sendo tocado pela secretaria de esportes”. Contatado pela Trivela, a secretaria de esportes não soube explicar
Cuiabá População 526.830 Clube de mais destaque Mixto (Série C, rebaixado para a Série D) Estádio para a Copa Verdão (42.500 lugares) Custo estimado R$ 400 milhões
Bezerrão: R$ 55 milhões para modernizar o estádio, mas o Gama se perde na Série C
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O Mixto precisou levar o Corinthians a Cuiabá para ver o estádio José Fragelli lotar
Moisés Palácios/Futura Press
Brasília: Dinheiro sem fim
Divulgação
de que forma se dará o desenvolvimento do esporte mato-grossense. Por ora, o plano é tentar levar o futebol para o cotidiano da população. Em 2008, o Corinthians fez um amistoso com o Mixto. Neste ano, a cidade tem planos mais ousados: o Grêmio deverá realizar uma partida do Brasileirão antes da demolição do Verdão, estádio da capital que dará lugar a uma nova arena.
Os dérbis de Brasília mal chegam a 10 mil torcedores. Apenas quando algum clube da capital federal recebe um grande de Rio de Janeiro e, em menor grau, São Paulo, há grande procura por ingressos. Mesmo assim, o projeto para a completa reforma do estádio Mané Garrincha consumirá mais de R$ 600 milhões para acolher até 70 mil torcedores. O governador Roberto Arruda viabilizou junto à União mais de quatro vezes esse valor para ser aplicado também em outras obras. Há menos de dois anos, o Distrito Federal também disponibilizou os R$ 55 milhões da reforma do Bezerrão, no Gama. O gasto excessivo chamou a atenção da Justiça, que iniciou investigação a respeito do projeto e de seu jogo de inauguração, o amistoso Brasil 6x2 Portugal em dezembro de 2008. Com essa determinação em investir, Brasília corre por fora na disputa com São Paulo e Belo Horizonte para receber o jogo de abertura do Mundial. “Se isso não ocorrer, o estádio pode ser redimensionado, com capacidade diminuída para em torno de 50 mil torcedores”, afirma uma pessoa envolvida no projeto da arena. Ainda assim, o estádio estaria muito acima da necessidade dos clubes locais. Nenhum deles foi incluído nos planos de licitação. Ou seja, não há garantia de partidas periódicas em um dos estádios mais caros do Mundial. “Uma empresa especializada em administração de arenas faria uma programação de eventos como shows e partidas com clubes de São Paulo e Rio para manter a arena”, revela. Para os times do Distrito Federal, resta a esperança de serem olhados com carinho por empresas e torcedores locais após a onda de investimentos. Colaborou Ubiratan Leal
Brasília População 2.455.903 Clube de mais destaque Brasiliense (Série B) Estádio para a Copa Nacional Custo estimado R$ 520 milhões
Quem fiscaliza a a Copa Fiscalizar a organização da Copa de 2014 não é apenas um dever da Trivela como veículo. É uma necessidade dos brasileiros em geral. Felizmente, não estamos sozinhos. Jornalistas e entidades também acompanham os trabalhos com vistas ao Mundial. E você, leitor, pode acompanhar esse processo. Confira:
Trivela.com www.trivela.com/fiscalizo A seção “Eu Fiscalizo a Copa 2014” ganha agora sua versão online. Notícias, análises e entrevistas sobre o que está por trás dos preparativos para o Mundial do Brasil.
Transparência Brasil www.transparencia.org.br A entidade criada com o objetivo reunir informações que ajudam no combate à corrupção em todos os setores da sociedade, principalmente o poder público.
Observatório da Imprensa www.observatoriodaimprensa.com.br Acompanha de forma crítica a atuação da imprensa brasileira.
Câmara dos Deputados www.camara.gov.br O Congresso formou uma subcomissão para acompanhar a organização da Copa 2014. Pela internet, é possível verificar os trabalhos e obter o contato dos deputados que integram o grupo. Cobre-os!
Blog do Juca www.blogdojuca.blog.uol.com.br O jornalista Juca Kfouri se tornou uma das referências na luta por transparência, organização e profissionalismo nos bastidores do futebol brasileiro.
Blog do José Cruz www.blogdocruz.blog.uol.com.br Os muitos anos como editor de esportes do Correio Braziliense, fizeram do jornalista José Cruz um dos mais bem informados da política esportiva do País.
Portal Copa 2014 www.copa2014.org.br Mantido por uma entidade de arquitetos e engenheiros, ajuda a acompanhar os projetos de construção e reforma de estádios e infraestrutura do Mundial.
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CULTURA
19:0 19 :00 0 Assumo o Bahia em 24 de dezembro de 2007. Objetivo determinado pela diretoria: acesso à Série B em 2008. 19 9:1:13 3 Vamos montar o time um 4-4-2, com uma formação em losango no meio-campo. Não há recursos para contratações. 19:5 55 Leandro Tavares, atacante de 32 anos, revelado pelo Atlético Mineiro e que estava na Anapolina, é a primeira contratação. 20 2 0:1:10 0 Também chega Kerlon, do Cruzeiro. A torcida questiona o negócio – uma desconfiança que se mostraria correta no fim do ano.
Um di U diaa iinteiro tei o e um objetivo: u bj t o promover p om e um tradicional u a i o a clube c b brasileiro. bbrasileiro s e o O repórter r p t r d TTrivela da iv l eentrou t no mu n mundo d vvirtual t a ee,, ddando n o uma ma dee Jack a k Bauer, Bauer B u , conta o t como c mo fez para fe a tirar r o Bahiaa dda tte terceira rcei a ddivisão são s o
ootball Manager é um vício. Crianças, adolescentes e adultos sabem muito bem disso. Tudo começa tranquilo, quando se assume uma equipe e começa a preparação para o campeonato. Contratações, olheiros espalhados, busca por jogadores sem contrato. A competição começa e os resultados (bons ou ruins) vão se sucedendo. A partir daí, o vício toma conta do “treinador”. Final de tarde, 20h, 22h30, meia-noite, madrugada e o sol logo começa a nascer. A Trivela, então, resolveu colocar tudo isso à prova e escalou o repórter Gustavo Hofman para jogar Football Manager por 24 horas ininterruptas. Claro que a tarefa não poderia ser assim, digamos, tão prazerosa. Começar em um grande clube, para quem tem mínima experiência com o jogo, é moleza. Com isso, seu desafio foi subir com o Bahia, completamente afundado em dívidas e sem recursos para contratações, da Série C para a B. No relato de uma maratona que durou 24 horas, veja como foi a odisseia – e note que o realismo do jogo traduz muitas coisas que acontecem para valer no futebol brasileiro.
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por Gustavo Hofman
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01:0 01 02 Termino a primeira fase na segunda colocação e avanço para o quadrangular final do Baiano, junto com Vitória, Fluminense e Juazeiro. 02:4 49 O Vitória é minha sina. Outro empate por 0 a 0 e derrota por 2 a 0 no Barradão. Termino como vice-campeão, com 13 pontos, um a menos que o Rubro-Negro.
03:1:15 5 Recebo proposta de R$ 300 mil do Sport
pelo jovem Ramón. O presidente Petrônio Barradas interfere e vende o lateral. 03:3 38 Começa a Série C. Bato o Camaçari por 3 a 1 fora de casa, mas na segunda rodada, sofro um revés para o Sergipe, na Fonte Nova, também por 3 a 1. Dou uma bronca em todos no vestiário.
É PR PREC REC ECIS CIS ISO O TA TAMB MBÉÉM MB M ÉM A AND NDAR ND N AR U A UM M PO POUC OUC UCO CO P PELO PE LO O APAR AP ARTA AR A TAME TA AME MENT ENT NTO O.. O S O SOF OFÁ OF FÁ J JÁ ÁE EST STÁ ST S Á AF AFUN UNDA UN U DAND DA D NDO ND DO... O.... 09:57 Brinco de Ouro da Princesa, jogo no 1 a 1
06:54 O elenco acorda: 13 vitórias
seguidas e uma série invicta de 18 partidas. 077:3 33 A invencibilidade termina em Goiânia: 1 a 0 para o Vila Nova. 08:05 A segunda fase se mostra complicada. Depois de tropeços contra Cabofriense e Guarani, preciso de duas vitórias para não depender de ninguém.
até os 26 do segundo tempo. O Bahia está com um jogador a menos, mas Pedrão vira o jogo. 10 0:4 45 Na última rodada, contra um Vila Nova já classificado, faço o dever de casa: 2 a 0. 111:111 Diversos clubes se interessam por jogadores do Bahia. Por causa das dívidas, o presidente Petrônio Barradas interfere em quase tudo e aceita a maioria das ofertas, provocando perdas significativas na equipe. 12:0 00 Terceira e decisiva fase da Série C. Oito times na briga por quatro vagas: América-RJ, Sergipe, Paysandu, Sampaio Corrêa, Vila Nova, Volta Redonda e Corinthians-AL.
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20:3 32 Estreia no Bahia é em amistoso contra
21:00 0 Começa o Campeonato Baiano.
O Bahia inicia com quatro vitórias seguidas. 211:51 Quinta rodada e o primeiro Ba-Vi: 0 a 0 na Fonte Nova. 22:116 Primeira derrota: 2 a 0 em casa para o Brasiliense, pela Copa do Brasil. Na volta, 3 a 1 para o time candango e eliminação precoce. Torcida e diretoria não reclamam.
MEIO ME IO O DA MA MADR ADR DRUG RUG UGAD ADA, AD A A UM MAS MA S PO PORC RCAR RC R ARIA AR A IAS IA S PARA PA RA PRE R REEN ENCH EN E CHER CH C ER R O EST STÔM ÔMAG ÔM Ô AGO AG A O
o Gama, em Salvador. Vitória por 3 a 2. 20 0:47 Busco atletas experientes: chegam Adrianinho (ex-Ponte Preta), Paulo Almeida (ex-Santos) e Rodrigo Pontes (ex-Corinthians). O volante argentino Mariano Juan, ex-Huracán, também chega.
OS SOLL J SO JÁ ÁC COM OMEÇ OM MEÇ EÇA ÇA A R RAIA RA IAR IA AR E OS S SIINA S NAIS IIS D DE E CA ANS NSAÇ ÇO AP APAR PAR AREC REC ECEM EM E M. O OL OLHO LHO H PES ESA SA... A... 23:0 03 Returno do Baiano. Ba-Vi: Vitória 1 a 0,
com um gol tricolor nos acréscimos anulado. Reclamo na imprensa e levo uma advertência da federação baiana. 23:3 30 Zagueiro e lateral-esquerdo Eduardo, de apenas 19 anos, começa a ser convocado para a Seleção sub-20 e já desperta interesse do São Paulo.
00:00 0 O ataque está mal. A essa altura, já consegui R$ 150 mil para reforços, após negociar atletas encostados e diminuir a folha salarial. 00:42 Pedrão, do Barueri, é o novo homem-gol do Bahia, contratado por R$ 150 mil.
A RE RETA ETA A FFIN INAL IN NAL S SE EA APRO AP ROXI RO R XIMA XI MA. MA M NEM NE M SI SINA NALL DE C NA N CAN ANSA AN NSA SAÇO AÇO Ç A AGO GORA GO ORA 13:0 13 :05 5 Estreio com um empate com o Sergipe, na Fonte Nova, mas bato na sequência o Sampaio Corrêa, no Maranhão, por 2 a 0. 13:4 13 :49 9 Mais uma vez o Vila Nova pelo caminho: derrota por 1 a 0 em casa. Depois, empate por 1 a 1 com o Paysandu, em Belém. Princípio de crise. 14:36 Mudo alguns titulares e o esquema. Mantenho o 4-4-2, mas passo a jogar nos contraataques. Dá resultado: três vitórias seguidas, contra América (casa), Volta Redonda (fora) e Corinthians (casa) deixam o Bahia tranquilo na vice-liderança. 16::53 3 Três derrotas nos cinco jogos seguintes voltam a colocar em perigo o acesso, incluindo um humilhante 4 a 1 para o Vila Nova. O time goiano assegura o acesso. 18:3 32 Sampaio Corrêa, na Fonte Nova, e Sergipe, fora, eram os adversários na luta pela vaga. Duas vitórias por 1 a 0, no sufoco, recolocam o Bahia em seu lugar de direito. A arquibancada da Fonte Nova não despencou na comemoração. 19:00 No final de 2008, o Bahia terminou com dois vice-campeonatos: Baiano e da terceira divisão. A torcida e a diretoria ficaram felizes com o trabalho do técnico Gustavo Hofman e apostam em longos anos sob seu comando.
IInternacional In Int nte terna ter tern ern rna nac acio aci acio ion iona on nall é cam nal ca ccampeão amp am mpeã mpe mp eão ão bra ão bbr bras brasil ras asil asi sile ilei illeir leiro eir eei iro iro o de de 20 200 200 008. 008 08. 8. Va Vasc Vasc Vas aassco asco co co, o, o, Cruzeiro C Cr Cru ruz ruze uzeir uze uzei eiro iro ro e São ro Sã Sãoo Pa Pau PPaulo aulo aul ulo ulo o co ccompleta com omp omp om mple mpl pleta plet ple etam eta tam am m a cla ccllass clas las la aasssif assi ass ssi sss ssific sifi iffica ific fic ffi iccaç icaç ccaaçã caçã ação ação ççãão ão O Cor C Co Corinthians ori orin rin rint int nth thi thia hian hia ians ian nss fic fica fica fi caa a um uma uma ma po posi pos posiç siçã ição ççãão ão da da zo zona zon ona na do reb do rebaixamento; rre eba baaix baix ixa xam xa ame am ment men ento nto; o;; ca cae ccaem aem em m Fig Figu Fi FFigue igu guei gue eire eir iren iir ire rens ren ens nsse, nse ssee,, Ju Juv Juv uven uve en ent nttud n ntu ud ude ddee,, de, SSport Sp Spo port por rtt e Am A Amé América-RN méric méri mér mé rica ica ca-R ca-RN -R RN RN Marinho, Mar Ma M arin arin ari rinh inh nho ho,, do ho, do At Atlé Atl A Atlético tléti tlét étic tico ico co Min co M Mine Mineiro, ine inei neir eiro iro, iro, o,, e Do Dodô Dod odô, ddôô,, do do Bo Bota Bota Bot oottaf otaf tafo affog afo fogo ffo ogo, ogo go, o,, fforam fora for fo oram ora oram ram m os os ar arti art aartilheiros rtilh rtil tilh ilhe lhe heir heir hei eiro iro iros oss da da Sé Séri Sér SSérie érie rie ie A co ie com com m 17 17 go gols gols gol ls ls Naa se N seg ssegunda egu gun gun gu und nda nd da div da ddivisão di ivis ivi visã isão ão so ão sob ssobem obe obe ob bem bem m Bra Bras rasi asili aas asil silie sili iliense iil ilie lliense lien ieens iense ien een nse see, se, e, SSanta San Sa ant ant nta taa Cr C Cru Cruz, Cruz ruz ruz uz, z, Vit z, V Vitó Vitória itó itór ória óri ria iaa e Sã São São ão Ca Cae C Caet aet eta ttaano tan aan no; no; no o; ca cae cae aem aem em Pa Pau Pau auli aul ullist u ulis list ista iis sstta, sta taa, a, Avaí, A Ava Av vaí,í,, CR vaí, vaí CRB CRB RB e Ba B Bar Barueri arue aru uer ue eri ri Pela Pel PPe ela la Co la Cop C Copa opa opa pa do do Bra B Bras Brasil, ras rasi asil sil, il,, o Pa il, Palm Pal PPalmeir alm lme meir mei me eira ira ras ras as de derr derr der eerrro erro ro rot otou oot oto tou tou uo Botafogo B Bot Bo otaf ota tafo afo fog ogoo na ogo na fi fina fin ffinal nal na all e fic fico fficou fi ico cou cou u co com com m ma mais mais mai aaiiss um um tít tí títu títu ííttulo ítul ulo. ulo lo lo. o. o. No Rio No R Riio o ve vven venceu enc nceu nce eu u po por porr 2 a 1 e em em Sã São São ão Pa Paul Pau au aulo ullo u lo fe fezz 2 a 0 fez
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ENTREVISTA » DIEGO
Diego Ribas da Cunha N sc Na scim imen e to 28/ 8/fe feev/ v 1998855, em em Ribbei e rã rãoo Pr Pret etoet o SP SP C ubbes Cl es Santo an nto tos os (a ( atéé 20004) , Port (até Poortto (2200 0 0044 a 2200 06 06 ) , Werd Weerdder W e Breme remeen re (2200 0 06 a 20 006 20 09 09)) , JJu uve v nt n us u (ddeessdee 200009) 9) Títu Tí tulo ulos lo os Munndi diall Int nter ercl er club ubes ubes es (2 (200 00004) 4) , Coopa Améri C méri mé r ccaa (220004) 4 ,C Caam mppeo eona naattoo Bras Br assililei asil lei e ro ro (2200002) , Ca C m mppeeoonnaatoo P rt Po rtuugguêês (2 (200 006) 00 6 e Cop 6) pa da da Allem eman annhaa (22000099))
DIEGO e mais
dez O meia brasileiro chegou à Juventus com status de estrela. E já imagina como a passagem pela Itália pode reavivar suas chances de ir à Copa de 2010 unga lhe deu diversas oportunidades, mas parece nunca ter ficado inteiramente satisfeito. Assim, Diego foi, aos poucos, perdendo espaço na Seleção, até deixar de ser convocado. O que não significa que o meia formado no Santos esteja em baixa na carreira. Pelo contrário: ele foi contratado pela Juventus como uma das principais negociações do futebol italiano para a temporada 2009/10. A ponto de o técnico Ciro Ferrara montar a Vecchia Signora em sua função. Durante a prétemporada, o jogador falou à Trivela sobre a responsabilidade que o aguarda na Serie A e sobre seu desejo de ir à Copa de 2010.
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por Leonardo Bertozzi
Seu novo clube teve algumas complicações nos últimos anos. Teve de jogar a Serie B, voltou, se reestruturou, e agora quer voltar a conquistar títulos. Quais são as prioridades da Juventus? A prioridade são as vitórias. Um clube como a Juventus, que fez tantos investimentos, quer ganhar. Há a cobrança por vitórias, e esse é nosso objetivo. Vamos em busca dos títulos em todos os torneios que participarmos. O Ferrara criou um esquema tático para favorecer o seu jogo. O time, que jogava no 4-4-2, jogará agora no 4-3-1-2, com você como meia de ligação. Isso o ajuda a se destacar? Certamente. Eles optaram por essa mudança de sistema, contrataram jogadores. Para mim, é um prazer ver a Juventus jogar dessa maneira, mais familiar para mim. Você chega a um campeonato que perdeu dois grandes jogadores – o Milan não tem mais Kaká, e Ibrahimovic deixou a Internazionale. Há a sensação de que o Campeonato Italiano perdeu um pouco de força em relação ao Espanhol ou ao Inglês? Acho que o brilho do Campeonato Italiano está mais nas equipes, de muita tradição, do que propriamente nos jogadores. Saíram alguns, chegaram outros, e assim é o futebol. Com certeza, nesta temporada surgirão novas estrelas. Sua chegada a Juventus se dá a um ano da Copa do Mundo. É a sua grande possibilidade de recuperar um lugar na Seleção Brasileira? Seleção será sempre o meu grande objetivo. Trabalho diariamente com essa meta em minha cabeça. E tenho confiança de que, fazendo um bom campeonato em uma grande equipe, com certeza teria uma chance na Seleção. E por que você acha que não está no grupo atual? Em minha opinião, este é o momento de trabalhar para buscar o retorno à Seleção. Estive presente no grupo durante quase dois anos e meio. Para conseguir ficar lá esse tempo todo, não foi à toa. Trabalhei
muito, correspondi às expectativas. Claro que existe a concorrência e as preferências do treinador, mas vejo a possibilidade de convocação. Trabalharei para que isso vire realidade. O Dunga chegou a lhe perguntar em qual qual posição você se sente melhor ou gosta mais de jogar? Falamos algumas vezes sobre isso, sim. Principalmente durante as Olimpíadas, quando joguei num sistema bem familiar, exatamente igual àquele em que eu atuava no Werder Bremen. Isso me rendeu bons frutos. Algumas vezes, na seleção principal, joguei nessa posição, também. Mas, no geral, procurei aproveitar as oportunidades que me foram dadas. Acho que consegui ir bem nelas. Você acha que seu estilo de jogo – um meia-armador clássico, que faz a ligação entre o meio-campo e o ataque – está desaparecendo do futebol? Várias equipes estão tirando o espaço desse tipo de jogador, colocando o time num 4-3-3, ou num 4-4-2 em linha... Não sei. Eu sempre tive espaço no futebol, e acho que há muitos treinadores de renome ainda com a opção de jogar com um meia de ligação. Essa forma de jogar ainda existe, e apesar de alguns técnicos não a utilizarem, admiram as equipes que atuam dessa forma. Sinto-me bem jogando assim, e acho que ainda há espaço para outros no meu estilo. Sua passagem pela Europa começou no Porto, onde as coisas não saíram tão bem. Você diria que isso se deveu apenas a diferenças com o treinador (Co Adriaanse) ou já enxerga seus problemas em Portugal de outra maneira? Dos dois anos que passei lá, o primeiro foi muito bom. Ganhamos o Mundial Interclubes, e ainda conquistamos o Campeonato Português no segundo. Só nos últimos dois meses o treinador optou por mudar de esquema, e me disse que minha posição não existiria mais. Foi quando deixei de ser aproveitado. Mas meus problemas também iam além das quatro linhas. Cheguei a ficar com quatro meses de salários atrasados, nunca cumpriram o
contrato. A incompetência dos dirigentes, no caso, também atrapalhou bastante. E como você explica uma adaptação tão rápida ao futebol alemão, onde às vezes os brasileiros encontram mais dificuldades? Você chegou, entrou no time e já jogando bem. Acho que esse ponto que falamos, que não existiu no Porto, deu certo no Werder Bremen. Eles souberam utilizar as minhas qualidades, e as duas partes lucraram com isso. Desde a minha chegada, o treinador e o time entenderam a minha forma de jogar, e a recepção que tive foi maravilhosa. Seu nome foi ligado a vários clubes, como o Real Madrid. Houve, de fato, alguma proposta real para deixar o Werder, antes desse ano? Na verdade, todos os anos havia propostas para lá. Mas o clube tinha um projeto, e, por ele, acabou não me vendendo, e eu renovei meu contrato. Mas, ao fim desse terceiro ano, achamos que a negociação era a melhor opção. Foi melhor para mim e para o clube. Robinho, seu colega no Santos, sofre com altos e baixos. Como você vê o momento dele no futebol? Ele foi para um clube em crescimento. Corria o risco de, por algum tempo, não estar na vitrine do futebol europeu. Mas acho que ele está crescendo, e não deixou de ter qualidades. É um jogador excepcional, e acho que o Manchester City chegará no nível que ele espera. Aí, sim, as coisas voltarão ao normal. Desde que Robinho e você deixaram o Santos, as categorias de base do clube vivem uma situação curiosa. Há uma pressão grande sobre os meninos que sobem para o time de cima, para serem “o novo Diego”, “o novo Robinho”. Você consegue perceber esse fenômeno? Sim, existe essa comparação. É inevitável. Por um lado, é bom, porque os garotos ganham oportunidade. Por outro, é ruim, já que a cobrança é muito grande. Cabe a eles ter a cabeça no lugar, para administrar a pressão, que realmente acontece. Setembro de 2009
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CAPA » LIGA DOS CAMPEÕES por Caio Maia e Gustavo Hofman
O Real Madrid sonha com a conquista da décima Liga dos Campeões. Para isso, precisa transformar estrelas em um time para chegar ao título, em final disputada em seu próprio estádio
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Dani Pozo/AFP
uando Zinedine Zidane marcou um dos gols mais bonitos da história da Liga dos Campeões, na decisão contra o Bayer Leverkusen, em 2002, os madridistas não podiam imaginar que aquele seria o último momento de glória do time em muitos anos na competição. Desde então, o sonho da décima conquista permeia o imaginário dos merengues e se tornou um objetivo tão cruel para o clube como a dificuldade em materializá-lo.
Para esta temporada, Florentino Pérez retornou ao poder, e com ele a ilusión que tanto o madridista adora. Com Kaká, Cristiano Ronaldo e Benzema será possível conquistar novamente a Europa, justamente quando a final está programada para o estádio Santiago Bernabéu? Essa é a grande interrogação e atrativo da temporada 2009/10. A era dos Galácticos retornou a Chamartín, e com ela toda pressão e responsabilidade por títulos. Como se não bastasse a responsabilidade advinda da fortuna gasta em reforços, o “dono da bola” a ser destronado é seu maior
rival, o Barcelona, que, em 2009, chegou onde o todo poderoso Real Madrid nunca chegou em toda sua história: a Tríplice Coroa. Esta será a primeira LC no novo formato, prometido por Michel Platini quando se elegeu presidente da Uefa. Na prática, aumentou o número de vagas para campeões nacionais na fase de grupos e tirou vagas diretas dos países mais tradicionais, por meio de uma alteração no esquema das fases preliminares. O que resultou em Debrecen, Zürich e Apoel jogando com a elite, enquanto Sporting, Celtic e Shakhtar jogam a Liga Europa. Setembro de 2009
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Kaká, Xabi Alonso, Cristiano Ronaldo e Benzema: quatro novas estrelas na galáxia madridista
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PRINCIPAIS CONCORRENTES
Para os madridistas, no entanto, isso pouco importa. Nas cinco últimas campanhas na LC, o Real Madrid não conseguiu passar das oitavas de final. E neste ano, a decisão será pela quarta vez no Santiago Bernabéu, o que serve de motivação extra para os merengues. O desejo maior é ver em ação a nova equipe comandada pelo chileno Manuel Pellegrini, tirado do Villarreal para dar, finalmente, uma cara de time
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ao Real Madrid. As contratações foram muitas, e bombásticas.
Prioridades claras Florentino se elegeu prometendo grandes nomes, e cumpriu logo de cara ao tirar Kaká do Milan. Na sequência, Cristiano Ronaldo deixou o Manchester United e se transferiu para Madri. Albiol e Arbeloa para a defesa, Xabi Alonso para o meio e Benzema para o ataque.
Em relação à temporada passada, as baixas foram pouco significativas – jogadores como Robben e Sneijder, que, na capital espanhola, não impressionaram. Prioridades claras, portanto, desde o início: de um lado, trazer os jogadores mais famosos do mundo, com claro olho na estratégia de marketing. De outro, também pensando na imagem do clube – e do político, por que não? –, a “es-
BARCELONA O Barça Barç Ba rççaa é se ssem em dúvida o maior candidato a tirar do Real Madrid o título europeu. O atual campeão chegou aoo ttítulo ííttuullo nno ano passado quando muitos não esperavam que o fizesse, e sem ter um elenco equilibrado. ítul O qu qque ue não mudou. As principais forças da última temporada, entretanto, continuam lá: o fortíssimo meio-campo, provavelmente o melhor do mundo, e a inspiração sem igual do melhor jogador do m me e planeta, ppllanet anet an eta Lionel Messi. É na troca de Eto’o por Ibrahimovic, entretanto, que reside o segredo dos culés. eta Caso se encaixe no time, o sueco pode ser muito mais decisivo do que o camaronês, a quem é muito superior tecnicamente. Com Ibra bem, o Barcelona será uma equipe incrivelmente difícil de ser batida. Ainda que desde 1990 não haja um bicampeão na LC.
INTERNAZIONALE José Mourinho entra em sua segunda temporada com a Inter, agora com o reforço de Eto’o. O camaronês, autor de gols em duas finais, pode ser a peça que faltava para os nerazzurri se tornarem mais competitivos na competição continental, já que Ibrahimovic costumava decepcionar na LC. Além de Eto’o, a tetracampeã italiana ainda levou para seu ataque o argentino Diego Milito, destaque do Genoa e vice-artilheiro da última Serie A, com 24 gols. Aproveitando a diáspora holandesa no Real Madrid, Sneijder veio para ser titular no meio-campo – que ainda recebeu outro ex-Genoa, o volante brasileiro Thiago Motta. Na defesa, Lucio, capitão da Seleção Brasileira e dispensado do Bayern de Munique, é a novidade. Com um elenco estelar e balanceado e um técnico que já levou o Porto ao título, a Inter parece mais perto de quebrar seu longo jejum europeu.
CHELSEA O final da temporada passada, quando o time reencontrou seu futebol e esteve a segundos de eliminar o Barcelona da LC, deixou no ar uma expectativa forte para o Chelsea nesta temporada. Dentro de campo, o time mantém a base, com Lampard, Drogba, Terry e Cech. De reforço, apenas dois significativos: o russo Zhirkov, que nunca atuou por uma equipe do porte atual dos Blues, e Carlo Carl Ca rlo Ancelotti. Vencedor duas vezes como técnico e duas como jogador, o ex-treinador do Milan pode até at ter dificuldades para se achar na Premier League, mas na Europa ninguém precisará lhe ensinar at os Se as vaidades não aflorarem na hora errada e a idade não levar ninguém para o estaleiro, os caminhos. cam m o Chelsea terá um grupo forte e unido que, sob o comando do ex-milanista, terá de ser considerado C entre os maiores fantasmas no caminho merengue. Setembro de 2009
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panholização” do elenco. Por fim, para não repetir os erros do passado, alguns nomes para a defesa. A simples comparação, porém, entre Albiol, o mais expressivo dos defensores contratados, e Ronaldo ou Kaká deixa claro que a preocupação com a defesa é mais aparente do que real. No meio-campo, porém, os merengues incorporam outro reforço caro. Xabi Alonso reúne as três prioridades do presidente: espanhol,
ca e atua do meio para trás. Sua caro co contratação traz ainda um reconheci cimento: o de que vender Makélélé fo foi um erro. Embora Lassana Diarra se seja um jogador mais parecido com o francês, é Alonso que deve preen encher seu lugar no imaginário do to torcedor madridista. E, de repente, tudo são flores em M Madrid. A realidade, porém, pode at até demorar para dar as caras pelo Bernabéu, mas é bom lembrar
que não faz tanto tempo assim. Em 2006, Florentino foi obrigado a largar o clube depois de dois anos sem ganhar nada. Sua política de contratações à época, por ele mesmo batizada de “Zidanes e Pavones”, passou um tempo em baixa, e só acabou reabilitada pela absoluta incompetência de seus sucessores – e com uma grande ajuda da mídia “amiga”, como o influente diário Marca.
LIVERPOOL Os Reds são um caso à parte na Europa. O time poderia até ser fraca tecnicamente, como era em 2005, e mesmo assim estaria entre as favoritas ao título da LC, dada sua tradição no torneio. Não é o caso, entretanto, e a equipe treinada por Rafa Benítez dá vários sinais de que na temporada 2009/10 deve chegar ao ápice de sua forma. A base do time é a mesma, os jogadores jovens, como o brasileiro Lucas, estão amadurecendo, e os que precisavam de tempo para se adaptar taar à Inglaterra já o tiveram. A saída de Xabi Alonso e a falta de opções para o ataque pode trazer prejuízos, mais na liga doméstica, mééssttiicca, a, porém, do que na LC, onde jogadores como Gerrard e Torres têm tudo para decidir quando necessário.
MANCHESTER UNITED D Se não tivesse perdido Cristiano Ronaldo, o Manchester United seria novamente o principal favorito to to ao título europeu. Se ainda contasse com Tevez, poderia ser um dos candidatos. Sem os dois, ooss Red Devils terão que encontrar uma nova forma de jogar e contar com bons desempenhos ddee jjogadores como Nani, Berbatov e Anderson, que nos anos anteriores não foram decisivos. Até porque ue os o reforços não repõem as perdas, por mais que não se possa desprezar o potencial de Michael Owen, enn,, ainda mais com a companhia de Rooney na frente. Continua no banco, porém, o segredo dos Devils:: a a ai capacidade de Alex Ferguson em encontrar uma alternativa para fazer render seu elenco. coo..
JJUVENTUS Após Ap A p ir às oitavas de final da LC passada, a Vecchia Signora foi um dos clubes que melhor se movimentaram no mercado de verão europeu: acertou o retorno de Cannavaro e foi buscar os brasileiros m ooss Melo e Diego. Além disso, manteve peças-chave como Del Piero e Buffon. A perda fica por contra FFelipe Fe e raa de Nedved, que se aposentou. Mesmo assim, sob o comando de Ciro Ferrara, em seu primeiro trabalho de como cco o técnico, a Juve chega como concorrente de respeito. Mas vale ressaltar: a tradição bianconera naa LC não é das melhores, e o time ainda precisa mostrar que já se sente bem na elite da Europa.
BAYERN DE MUNIQUE E Abalado pelas turbulências da temporada passada, o maior campeão alemão passou a preparação ão em e clima de reestruturação. E ela se iniciou pelo banco, com a chegada de Louis van Gaal. O técnico chegou causando polêmica, com a dispensa de Lucio, mas, aos poucos, foi recebendo reforços. Tymoschuk já estava confirmado havia algum tempo, e da Holanda vieram Braafheid e Pranjic. Robben Tym Ty foi fooi ppego do Real Madrid e virou atração, ao lado de Ribéry. Na Bundesliga, o time começou tropeçando, mas a reação é possível. Para triunfar na Europa, porém, o imponderável terá de aparecer com força. m
MILAN M O úúnico motivo pelo qual o Milan entra nesta lista é a tradição copeira da equipe. Sem reforços, sem Ancelotti e com o inexperiente Leonardo no comando, o Milan depende de Ronaldinho voltar a jogar o quee A An ncc É a única possibilidade dos rossoneri de conseguirem algo além de uma temporada vexaminosa. jjáá jjogou. o Setembro de 2009
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A primeira Copa dos Campeões da Europa disputada em toda história contou com 16 equipes, divididas em mata-matas, que terminaram com uma média de 4,37 gols por jogo. Com Gento e Di Stéfano, o Real Madrid bateu o Stade de Reims na decisão, no Parc des Princes, em Paris, por 4 a 3 O bicampeonato madridista veio com uma vitória por 2 a 0 sobre a Fiorentina, na final disputada em casa, no Santiago Bernabéu, diante de 120 mil torcedores. O elenco já contava com Kopa, contratado ao Reims após a decisão anterior
Real Madrid e Stade de Reims repetiram a final da primeira edição da Copa dos Campeões, desta vez em Stuttgart. O que não mudou foi o lado vitorioso: por 2 a 0, com gols de Mateos e Di Stéfano, os Merengues comemoraram o tetracampeonato
O sexto título foi o primeiro sem Di Stéfano no elenco. Na final disputada em Bruxelas, contra o Partizan Belgrado, os sérvios venderam caro a derrota. Estiveram na frente do placar até os 25 minutos do segundo tempo, quando Amaro empatou. Depois, Serena definiu a vitória por 2 a 1
Foram mais de 30 anos sem conquistar a Europa. Gerações inteiras de madridistas não sabiam o que era isso. Mas um gol de Mijatovic, aos 22 minutos do segundo tempo, garantiu o título para o Real Madrid na final contra a Juventus, em Amsterdã. A primeira taça de Raúl
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Pela primeira vez, a decisão da Copa dos Campeões foi para a prorrogação. Na decisão contra o Milan, em Bruxelas, o Real empatou em 2 a 2 no tempo normal. Mas no segundo tempo da prorrogação, Gento marcou o gol do tricampeonato
O pentacampeonato europeu, que garantiu a posse definitiva da taça da Copa dos Campeões ao Real, veio com atuações espetaculares de dois dos seus maiores jogadores da história. Na vitória por 7 a 3 sobre o Eintracht Frankfurt, em Glasgow, Puskas marcou quatro gols e Di Stéfano completou a goleada com mais três
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FALTA A DÉCIMA
Na primeira final espanhola da história da competição, a tradição do Real superou o bom momento do Valencia. Com Casillas e Roberto Carlos na defesa, os Merengues bateram os Ches por fáceis 3 a 0, outra vez em Paris
A vitória por 2 a 1 sobre o Bayer Leverkusen, na decisão disputada em Glasgow, será eternamente marcada pelo golaço de voleio, de fora da área, de Zinedine Zidane. Foi, também, a maior conquista da primeira passagem de Florentino Pérez pela presidência do Real Madrid
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Ainda que possa contar com a complacência da mídia por um bom tempo, não será assim com a torcida, que não se contentará com nada menos que títulos aliados a futebol bonito. Caberá a Manuel Pellegrini administrar as estrelas. E aparece aí uma nuvem no céu de brigadeiro madridista: o chileno se celebrizou no Villareal, onde se acostumou a fazer elencos medianos renderem acima do que podiam. Nunca foi testado, entretanto, com um elenco lotado de celebridades sob seu comando. Não conseguiu administrar Riquelme. Conseguirá administrar Cristiano Ronaldo? Ou Raúl, intocável há mais de uma década, e cujo futebol nem sempre justifica a importância que se dá – e que lhe dão setores da imprensa? Em Madrid, ainda, Pellegrini encontrará um bicho diferente, no qual nem sempre o que se diz é o que vai acontecer, e o que se faz é o que se gostaria de fazer. E onde a corda sempre vai estourar do lado onde ele estiver puxando. “Não há uma lista de jogadores transferíveis, e mesmo se houvesse, Robben não estaria nela. Afirmo novamente que conto com todo o elenco: Robben, Sneijder, Raúl, Benzema...”, afirmou o treinador em meados de agosto, semanas antes, portanto, de vender os dois holandeses. É claro que o treinador não poderia dizer outra coisa, e correr o risco de a equipe não conseguir vender algum deles e ter que abrigá-lo, insatisfeito, no elenco. Não há como evitar, porém, a sensação de que ele não participa das decisões mais importantes, modelo que não costuma funcionar muito bem no futebol europeu. É esta, portanto, a esfinge que habita o norte madrileno, e estabelece: decifra-me ou te devoro. A possibilidade de estrondoso sucesso parece tão grande quanto a de retumbante fracasso, e não há sinal de que haja qualquer coisa no meio disto. Bem ao gosto do emotivo e trágico espanhol. Que, tudo indica, prefere um time que não ganhe nada, mas seja falado pelo mundo todo, a um que ganhe alguma coisa, mas ostente como estrela um Robben ou um Sneijder.
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Adebayor, Barry, Tevez e o patrocínio árabe: as receitas do Manchester City para se tornar grande
Definitivamente
talvez Manchester City continua investindo pesado em reforços, mas já percebeu que é preciso planejamento para se colocar entre os grandes da Inglaterra
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esde 2003, foram € 340 milhões de libras para que o Chelsea conquistasse dois títulos da Premier League, ficasse perto da conquista da Liga dos Campeões e entrasse para o grupo de potências europeias. Os azuis de Londres já se estabeleceram nesse patamar. Agora, é a vez de os azuis de Manchester tentarem o mesmo. O Manchester City vive um anormal crescimento nos últimos dois anos. Depois de o ex-primeiro ministro tailandês Thaksin Shinawatra realizar investimentos medianos e não obter sucesso, o clube foi comprado pela família Al-Nahyan, que comanda Abu Dhabi – capital dos Emirados Árabes – e passou a ser bancado por petrolibras. Pela desorganização, esse processo não teve muito efeito na temporada passada. Os Citizens passaram algumas rodadas flertando com a zona de rebaixamento e terminaram na 10ª colocação. A partir daí,
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por Luciana Zambuzi
seus investidores perceberam que aplicar dinheiro sem um planejamento não levaria a nada e repensaram sua postura de investimento desgovernado. Com uma nova estratégia, as contratações da última janela foram caras, mas mais planejadas do que midiáticas. Depois de tirar o atacante Robinho do Real Madrid, o clube procurou reforços vindos do mercado interno e com experiência na Premier League. Mansour Al Nahyan foi buscar Adebayor no Arsenal e contratou Tevez, sem clube desde o fim de seu empréstimo com o Manchester United. A esperança é que a objetividade do togolês e a entrega em campo do argentino possam contagiar um elenco que já tem talentos como Wright-Phillips. O lateral brasileiro
ESTEJA AQUI AGORA Nos dois últimos anos, poucos clubes gastaram tanto quanto o City. Mas a política da atual temporada procura mais equilíbrio entre jogadores para compor elenco e estrelas internacionais Clube anterior Valor (em €)
Shay Given
Newcastle
9,1 milhões
Pablo Zabaleta
Espanyol
8,8 milhões
Vincent Kompany
Hamburg
8,6 milhões
Tal Ben-Haim
Chelsea
6,5 milhões
Robinho
Real Madrid
43,5 milhões
Jô
CSKA Moscou
2,4 milhões
Nigel de Jong
Hamburg
18,2 milhões
Craig Bellamy
West Ham
15,7 milhõess
Wayne Bridge
Chelsea
13,1 milhões
Shaun Wright-Phillips
Chelsea
11,4 milhões
Gareth Barry
Aston Villa
14,1 milhões
Roque Santa Cruz
Blackburn
21,5 milhões
Stuart Taylor
Aston Villa
Sem custo
Carlos Tevez
West Ham
29,4 milhões
Emmanuel Adebayor
Arsenal
29,4 milhões
Kolo Touré
Arsenal
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Joleon Lescott
Everton
27,9 milhões
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Jogador
Sylvinho, que chega do Barcelona, é a experiência de que a defesa precisava para ter uma equipe mais equilibrada taticamente. Trazer jogadores de rivais diretos ajudou a demarcar o poder econômico do time. Mas, além disso, Khaldoon Al Mubarak, presidente do clube, se preocupou em formar uma equipe consistente, não apenas um amontoado de talentos desconexos. O meiocampista Gareth Barry, da seleção inglesa e destaque do Aston Villa na temporada passada, é o melhor exemplo desta postura. O equilíbrio entre estrelas, promessas e carregadores de piano para formar um time forte, estruturado e que possa manter-se em longo prazo. Por tudo isso, o dono do clube faz questão de deixar claro que seu objetivo é construir um projeto e melhorar a estrutura de base do time. Mesmo trazendo Barry, Tevez, Santa Cruz, Adebayor e Kolo Touré, estabeleceu o sexto lugar na tabela como meta para a atual temporada. Um blefe, claro, para tirar a pressão das costas dos jogadores e diminuir as cobranças em caso de um novo desempenho mediano. Na Inglaterra, o assunto nos pubs é saber quais as possibilidades do City na Premier League. Para o jornalista Jonathan Wilson, colunista do jornal Guardian, existe uma chance de os Citizens terminarem o campeonato entre os quatro primeiros da tabela, desde que tenham fôlego para encarar a temporada inteira. “O time titular começou o campeonato muito bem e joga de forma equilibrada. Mas não tenho certeza se eles têm um elenco tão completo a ponto de manter o nível de competitividade por muito tempo”, afirmou. Se, na imprensa, ainda existe desconfiança, a torcida está esperançosa no fim de um jejum de 30 anos. Faixas com a frase “Manchester lhe agradece, Xeique Mansour” estão espalhadas pela cidade em um claro sinal de que a euforia tomou conta dos torcedores do lado azul de Manchester. Talvez dê certo. Até porque a diretoria já entendeu que é preciso mais que dinheiro para se tornar grande. Saiba mais sobre futebol inglês em www.trivela.com/inglaterra
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RÚSSIA
Mãe
Garotos jogam bola na Praça Vermelha, a mais famosa de Moscou
Rússia Em ascensão, futebol do país já incomoda os grandes com sua seleção e, aos poucos, eleva o nível da sua competição nacional esde os tempos soviéticos, quando tinham a companhia de Ucrânia, Geórgia e Belarus, entre outras repúblicas, nunca a Rússia viveu um momento tão bom no futebol como o atual. Ancorada por grandes resultados internacionais, o país passa por um momento de ouro. Na última Eurocopa, a seleção russa demonstrou um futebol ofensivo e só parou diante da Espanha. Desde 2005, clubes da Premier Liga conquistaram duas edições da Copa Uefa. Além disso, jogadores como Ar-
por Gustavo Hofman
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shavin, Pavlyuchenko, Zhirkov e Pogrebnyak ganharam espaço no mercado europeu. Esse crescimento não é acidental. Boa parte dele se explica pela forte recuperação econômica pela qual passa a Rússia. A desordenada série de privatizações do governo Boris Ieltsin (1991-99) quebrou o país, mas gerou algumas dezenas de bilionários. Com a estabilidade financeira, esses novos ricos passaram a investir em diversas áreas do país, incluindo o futebol. Faltava apenas um empurrão para que esse processo tivesse re-
QUEM É QUEM
Amkar
CSKA Moscou
Fundado em 1993, o Amkar tem suas origens entre operários de Perm, perto dos Montes Urais, ainda na Rússia europeia. O clube tem forte apoio financeiro das empresas locais
Desde 2006 sem o apoio da Sibneft, vendida para a Gazprom por Roman Abramovich, o CSKA viu sua receita diminuir consideravelmente. Seu presidente, Evgeny Giner, tem buscado outros recursos para o clube
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Dynamo Moscou O presidente do clube, Dmitry Ivanov, é um influente homem de negócios em Moscou. A equipe conta, desde o início do ano, com o patrocínio do banco VTB, um dos maiores da Rússia e majoritariamente sob comando estatal
Khimki
Krylya Sovetov
A cidade de Khimki, localizada nos arredores de Moscou, é famosa por suas fábricas aeroespaciais e pelo aeroporto Sheremetyevo. Seu time conta com o apoio de empresas locais, mas o esporte forte lá é o basquete
Samara, ao sul da Rússia europeia, seria a capital do país na Segunda Guerra Mundial, caso Moscou caísse. O Krylya Sovetov (“Asas do Governo”) tem fortes relações com a indústria automobilística, já que a região é sede da Lada
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Sergei Karpukhin/Reuters
Kuban O clube é presidido por Alexander Tkachyov, governante da área administrativa de Krasnodar Krai. A equipe mantém laços estreitos com o poder público local e conta com uma série de benesses para se manter competitivo
Lokomotiv Moscou Como o nome indica, o clube mantém até hoje os laços históricos com os ferroviários do país. A equipe é bancada pela RZD, estatal que cuida do sistema ferroviário russo, e pelo banco Trans Credit
flexos em campo. E o responsável por isso foi o técnico Guus Hiddink. O holandês, contratado por Roman Abramovich (dono do Chelsea) para comandar a seleção russa a partir de 2002, percebeu que seus comandados tinham potencial, mas precisavam de intercâmbio internacional. Assim, incentivou que muitos deixassem para trás os bons salários que recebiam em seu país para tentar a sorte em centros como Inglaterra e Alemanha. Nem precisou. Antes mesmo de sair uma leva de russos, o futebol local já teve resultados. Sinal que o nível técnico da Premier Liga merece respeito. A Rússia, aliás, ocupa a sexta posição no ranking de coeficiente da Uefa – à frente de Holanda e Portugal, por exemplo – e tem três vagas para a Liga dos Campeões. Esse desenvolvimento é sentido de perto pelos brasileiros. Na Premier Liga, há 21 jogadores nascidos no Brasil (são permitidos até seis atletas estrangeiros por equipe em campo). “O futebol daqui cresceu muito. Os clubes menores também estão investindo muito, elevaram o nível da competição”, afirma o zagueiro Rodolfo, ex-Fluminense, hoje no Lokomotiv Moscou, após passagem pelo Dynamo Kiev. “Hoje não existe mais isso de o jogador ficar escondido aqui”, completa.
TODOS OS CAMPEÕES DA RÚSSIA PÓS-SOVIÉTICA Ano Campeão 1992
Spartak Moscou
1993
Spartak Moscou
1994
Spartak Moscou
1995
Alania Vladikavkaz
1996
Spartak Moscou
1997
Spartak Moscou
1998
Spartak Moscou
1999
Spartak Moscou
2000
Spartak Moscou
2001
Spartak Moscou
2002
Lokomotiv Moscou
2003
CSKA Moscou
2004
Lokomotiv Moscou
2005
CSKA Moscou
2006
CSKA Moscou
2007
Zenit
2008
Rubin Kazan
Moskva
Rostov
Rubin Kazan
O Moskva (chamado no Brasil de FC Moscou) pertence à prefeitura da capital. O prefeito Yury Luzhkov, no cargo desde 1992, sempre foi um dos maiores incentivadores do clube, fundado em 1997 com os resquícios do Torpedo-Metallurg
A cidade de Rostov-naDonu fica a sudoeste do país e concentra uma das principais bases militares da Rússia. Mesmo assim, o Rostov (chamado até 2003 de Rostselmash) é uma equipe sem tantos recursos
Atual campeão russo, o Rubin é o representante do orgulho do Tartaristão no Campeonato Russo. Apoiado por diversas empresas da região, o clube tem também o apoio oficial do governo tártaro
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Getty Images/AFP
Jogador
Pos.
Alex
M
Charles
M
Clube Spartak Moscou Lokomotiv Moscou
Jogador
Pos.
Leandro
M
Leílton
D
Rafael Carioca
M
Ramón
M
Ricardo Jesus
A
Rodolfo
D
Wágner
M
Welliton
A
Clube Spartak Nalchik Krylya Sovetov Spartak Moscou CSKA Moscou CSKA Moscou Lokomotiv Moscou Lokomotiv Moscou Spartak Moscou
Cléber
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Terek Grozny
Daniel Carvalho
M
Ferreira
D
Fininho
D
Guilherme
G
Guilherme
A
Íbson
M
CSKA Moscou Spartak Nalchik Lokomotiv Moscou Lokomotiv Moscou CSKA Moscou Spartak Moscou
William
M
Amkar
Jean
Z
Moskva
William Boaventura
D
Kuban
Jean Carlos
A
Amkar
Zelão
D
Saturn
Obs.: o meia Ricardo Baiano, do Spartak Nalchik, é naturalizado bósnio
Saiba mais sobre futebol russo em www.trivela.com/russia
Alex: “quando os russos percebem que podemos ajudar, fica tudo mais fácil”
OS BRASILEIROS DA PREMIER LIGA
Pela perspectiva profissional, as reclamações sobre a diferenças culturais e climáticas, algo comum há alguns anos, já diminuíram. “Aqui não existe torcedor ou imprensa nos treinos, assim como diretor não vai no vestiário cobrar. Se perdemos um clássico, podemos sair com a família para jantar depois. Nos respeitam muito”, diz Daniel Carvalho, no CSKA Moscou desde 2004 e com um breve retorno ao Internacional. Outro ex-colorado, Alex, tem posição parecida. “Estou adaptado como se estivesse aqui há muito tempo”, comenta. No entanto, o meia, contratado pelo Spartak Moscou no início do ano, não nega ter enfrentado um pouco de dificuldade. “No início foi um pouco complicado, porque um estrangeiro chega para tirar o lugar de um russo. Mas quando percebem que podemos ajudar, tudo fica certo”. Com brasileiros de destaque – alguns na órbita da seleção de Dunga –, a evolução dos jogadores nativos e grande suporte financeiro, o futebol russo ganha terreno. E pensa na possibilidade de, em breve, despertar no mundo a mistura de temor e respeito que se tinha pela União Soviética.
...
Saturn Com sede em Ramenskoe, nos subúrbios de Moscou, o Saturn tem poucos torcedores. Conta, porém, com a boa rede de contatos de seu presidente, Boris Gromov, ligado ao Partido Comunista, para alavancar recursos
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Spartak Moscou
Spartak Nalchik
O clube mais popular da Rússia possui uma das melhores relações com o poder. Seu presidente, Leonid Fedun, é um dos proprietários da Lukoil, maior companhia petrolífera do país
Localizada no Cáucaso, Nalchik é a capital de KabardinoBalkária. O Spartak recebe forte apoio do governo local, tanto que o presidente da república, Arsen Kanokov, é, na prática, o administrador do clube
Terek Grozny
Tom Tomsk
Zenit
O Terek é o único representante da Chechênia na Premier Liga. Por segurança, Grozny só foi liberada a receber partidas oficiais na temporada passada. O presidente do clube é Ramzan Kadyrov, exrebelde checheno e presidente da região.
O clube siberiano iria falir por dívidas. Foi salvo por uma decisão de Vladimir Putin e o apoio de empresas da região, que cobriram o rombo deixado pela saída da Tomskneft que patrocinava o clube até ser vendida pela Yukos, gigante do ramo petrolífero
O Zenit é o grande investimento esportivo da Gazprom, maior exploradora de gás natural do mundo e cuja metade das ações (50,01%) pertence ao governo russo. Não à toa, o clube é o mais rico do país no momento
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por Mauro Cezar Pereira
MARACANAZO
Guerra perdida LUIZ GONZAGA BELLUZZO é presidente do Palmeiras desde o começo do ano. Economista bem relacionado com o PT e o governo Lula, trata-se de um personagem com perfil novo entre os dirigentes do futebol brasileiro. Não é daqueles que chamamos de “cartola” num tom pejorativo, mas alguém disposto a servir ao clube de coração. E disposto a quebrar algumas “regras” responsáveis pelo atraso que impera no meio. Recentemente, ante o assédio do Espanyol de Barcelona sobre o bom volante Pierre, Belluzzo saiu da linha. Sua habitual sobriedade deu espaço ao tom eloquente que chamou a atenção enquanto dizia à ESPN Brasil: “Para isso acontecer, só sobre o meu cadáver”. Exagero, claro. Ele conseguiu evitar a saída do jogador. Para isso, o Palmeiras adquiriu parte dos direitos sobre ele, além de conceder um reajuste salarial ao atleta. Não demorou e Mauricio Ramos despertou interesse do Standard Liège. O Iraty, detentor dos direitos sobre o zagueiro, chegou a anunciar a transferência para a Bélgica. Belluzzo entrou novamente em ação. E o Palmeiras adquiriu 50% dos direitos sobre o jogador, além de renovar o contrato até o 1º de fevereiro de 2014. Foi a segunda intervenção do presidente em poucos dias, evitando a saída de dois titulares. Tais iniciativas são saudáveis, desde que os valores investidos na permanência de cada jogador, assim como seus novos salários, sejam compatíveis com a realidade financeira do clube. O tempo dirá se vale a pena, ou não, pagar mais para ficar com Maurício e se tornar sócio do Iraty nos direitos sobre ele. O mesmo vale para Pierre, que aos 28 anos dificilmente terá novas propostas tão boas da Europa. O Palmeiras é o clube que paga os salários mais altos do país a treinadores. Era assim com Vanderlei
HAT TRICK ALTA Quando o Corinthians negociou André Santos e Christian, teria feito ótimos negócios se fosse dono de 100% dos direitos sobre os jogadores, supervalorizados no momento em que foram embora. RISCO O Saint-Étienne tentou levar Diego Tardelli, o Atlético Mineiro dificultou e os franceses ficaram com o argentino Bergessio, ex-San Lorenzo. Se o discutido atacante cair de rendimento, haverá arrependimento. UTOPIA O presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, acredita que, com organização e uma boa estratégia econômica, clubes brasileiros poderão segurar todos seus bons jogadores. “JJ” para Ministro da Fazenda, já!
Luxemburgo e segue com Muricy Ramalho. Salário não tem teto, desde que o profissional bem remunerado proporcione ao seu empregador um retorno financeiro compatível, proporcional ao que recebe. Se um vendedor ganha R$ 30 mil mensais e gera, digamos, R$ 60 mil líquidos para a empresa, vale a pena. Mas se ele “vende” só R$ 20 mil, não compensa tê-lo. E como o treinador e os jogadores preservados poderão gerar a receita que justificará todo esse investimento? Ganhando o Campeonato Brasileiro 15 anos depois da última conquista do título nacional. Uma aposta de risco que tem boas chances de dar certo. Como Belluzzo é economista, poucos se atrevem a duvidar de tal estratégia. Mas sua formação não traz garantias. Fosse assim, os homens da mesma área que passaram pelo governo não permitiriam que o Brasil se endividasse tanto nas últimas décadas. É evidente que há situações nas quais os clubes, com empenho e bom gerenciamento financeiro, têm condições de evitar a saída deste ou daquele jogador, especialmente os medianos, como os palmeirenses que permaneceram. Mas os atletas de melhor nível técnico, com mais mercado no exterior e valorização elevada... esses ninguém segura. Basta que um clube de fora venha buscá-los. A luta de Belluzzo é elogiável, ele ganhará algumas batalhas, mas trata-se de guerra perdida. Agosto de 2009
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TÁTICA
por Nnonono nononono
Armadas ESPANHOLAS
Benzema fica como referência na frente, mas pode abrir um pouco para dar espaço a Raúl, que também recua para ajudar na armação
Real Madrid - 4-4--2
Com dois meias ofensivos e dois atacantes, o Real Madrid tem pouca gente colaborando com a marcação na frente. Assim, os dois volantes terão de ficar mais plantados. Xabi Alonso, com seus lançamentos, pode iniciar contra-ataques
Real Madrid e Barcelona limpam o caixa e fazem as contratações mais bombásticas do mercado de verão na Europa. Mas dá para montar times?
Arbeloa (Marcelo)
Cristiano Ronaldo Pepe Xabi Alonso
Benzema
Casillas
Albiol
Raúl
Lassana Diarra Kaká
Sérgio Ramos
Como não há meias ou atacantes abertos na direita, Sergio Ramos fica sobrecarregado, com a responsabilidade de segurar os adversários por esse lado e ainda avançar para não concentrar demais o jogo na esquerda
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Para o time não ficar torto, Kaká precisaria cair um pouco para os lados. Ainda assim, haveria uma tendência natural para fechar pelo meio. Cristiano Ronaldo pode abrir pelas duas pontas quando necessário
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por Ubiratan Leal
ristiano Ronaldo e Kaká no Real Madrid. Ibrahimovic e Messi no Barcelona. Todos acompanhados por grandes coadjuvantes, como Raúl, Xavi, Benzema, Iniesta, Casillas e Henry. As duas potências espanholas se esforçaram e conseguiram, pelo menos nesse início de temporada, fazer La Liga tomar da Premier League inglesa o posto de campeonato nacional mais midiático do mundo. A base desse processo são as chegadas
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de Cristiano Ronaldo, Kaká e Ibrahimovic. Não faltaram exercícios financeiros – alguns que causaram desconfiança na Europa – e marketing para viabilizar as contratações. Mas um contorcionismo ainda maior pode ser exigido em campo, para fazer esses jogadores formarem times. Na realidade, o Barcelona está montado. A principal questão é o tempo que levará para Ibra se encaixar no estilo de jogo dos colegas de ataque – e vice-versa.
Ibrahimovic é mais técnico que Eto’o, facilitando as tabelas do Barcelona campeão europeu. No entanto, o sueco é menos explosivo que o camaronês, o que pode causar, pelo menos no início, um descompasso com Henry e Messi
Ibrahimovic
Henry
Messi
Iniesta
Xavi
Yayá Touré
Daniel Alves
Maxwell (Abidal)
Piqué
As dúvidas ficam no Real Madrid, que, como é marca das gestões de Florentino Pérez, concentrou seu talento no ataque e pode ficar desbalanceado. Para projetar o que os dois gigantes podem fazer, a Trivela analisa as formações prováveis para a primeira metade de temporada. Além disso, tenta criar um Real Madrid utópico, que preservasse as características de Cristiano Ronaldo, Kaká e Raúl, os intocáveis de Chamartín.
Puyol
A formação do meio-campo é a mesma. Assim, Iniesta e Xavi se mantêm como termômetros da equipe iniciando a troca de passes envolventes e tendo liberdade para chegar ao ataque quando necessário
Valdés
Barcelona lona - 4-3 3-3 3
Benzema Raúl
Para centralizar Kaká e ter Cristiano Ronaldo aberto, seria preciso fazer uma linha de três meias de armação. Como Raúl é intocável e Benzema, pelo investimento feito nele, também, seria preciso montar um 3-5-2 bastante ofensivo. É uma formação utópica, porque seria de difícil sucesso na prática
Cristiano Ronaldo
Kaká Granero G
Lassana Diarra
Xabi Alonso
Pepe
Sérgio Ramos Albiol
Sergio Ramos teria de ficar como zagueiro pela direita. Como o time é muito ofensivo, os jogadores de marcação teriam pouca liberdade para avançar
Casillas
Real Madrid adrid - 3-5 5-2 2 Junho de 2009
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HISTÓRIA
Por trás da
CORTINA Leste Europeu já teve várias equipes que conseguiram exercer domínio não só no futebol de seus países, mas também no cenário europeu a última edição da Copa Uefa, o Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, conseguiu o título. No torneio retrasado, havia sido a vez de o Zenit comemorar a conquista. Tais vitórias foram apontadas como o coroamento da ascensão sólida que os clubes do Leste Europeu (notadamente os russos e ucranianos) experimentam na última década. As razões do novo crescimento, que já os leva à rivalidade com países do segundo escalão da Europa Ocidental, são conhecidas há muito: o investimento dos donos (novos-ricos do neocapitalismo), bons salários dos atletas e estádios modernos são algumas delas. Porém, os maus desempenhos mostrados por Zenit e Shakhtar na fase de grupos da última Liga dos Campeões também mostra que a reação das antigas repúblicas soviéticas, bem como de países da antiga Cortina de Ferro, parece tímida. Ainda há um bom caminho para que as equipes da região consigam repetir o desempenho dos antigos esquadrões que apareciam. Times soviéticos, húngaros, iugoslavos, tchecoslovacos e romenos exerciam domínio não só em seus países, mas também no continente, vencendo Copas da Uefa, Ligas dos Campeões e até Recopas. A história desses times deixou marcas no continente.
Honved Período décadas de 1940 e 50 Títulos 5 Campeonatos Húngaros Craques Puskas, Bozsik, Kocsis e Czibor Talvez o maior esquadrão visto no Leste Europeu. A história do time que impressionou o mundo na primeira metade dos anos 1950 começa em 1943, com a estreia de Bozsik e Puskas. Mas só ganhou impulso a partir de 1949, quando o técnico da seleção húngara, Gusztav Sebes, fez que o Exército húngaro assumisse o comando do então Kispest, que só aí, passou a se chamar Honved. Bastou procurar por alguns talentos que jogavam em outros clubes (Kocsis, Budai e Czibor vieram do Ferencvaros; Lorant, do Vasas; Grosics, do Téhervar), formar a base e pronto: estava feito um time que conquistaria cinco campeonatos nacionais, além de ser a base dos lendários “Magiares Mágicos” vice-campeões da Copa do Mundo de 1954. Naquele mesmo ano, o time ainda faria um amistoso contra o Wolverhampton, campeão inglês, em que foi derrotado por 3 a 2. Para os ingleses, vencer o Honved era tão significativo que a imprensa deu aos Wolves o informal título de “campeão mundial”. A polêmica suscitada motivou a criação da Copa dos Campeões. Infelizmente, problemas políticos na Hungria levaram ao desmanche do Honved antes que pudesse deixar sua marca na principal competição de clubes da Europa.
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Action Images
por Felipe dos Santos Souza
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Dinamo Tbilisi Período décadas de 1970 e 80 Títulos 1 Recopa, 1 Campeonato Soviético e 2 Copas da URSS Craques Chivadze, Daraselia e Shengelia A equipe da capital georgiana começou a aparecer no cenário europeu a partir da temporada 1972/73, com a primeira participação da história na Copa Uefa. Entretanto, a ascensão real começou somente com a chegada do treinador Nodar Akhalkatsi, em 1976. Em 1978, o time chegou ao título da Top League, o Campeonato da União Soviética. Internacionalmente, houve duas boas participações. Em 1979/80, eliminou o Liverpool na Copa dos Campeões e só caiu nas oitavas de final, contra o Hamburg. Na temporada seguinte, os soviéticos conquistaram a Recopa, passando por West Ham, Feyenoord e Carl Zeiss Jena, da Alemanha Oriental.
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Estrela Vermelha Período décadas de 1980 e 90 Títulos 1 Mundial de Clubes, 1 Copa dos Campeões, 4 Campeonatos Iugoslavos e 2 Copas da Iugoslávia Craques Savicevic, Prosinecki, Mihajlovic, Pancev Maior time da Iugoslávia, o Estrela Vermelha acabou atraindo a base campeã mundial sub-20 de 1987. Assim, havia o melhor talento disponível em Sérvia (Savicevic), Croácia (Prosinecki) e até Macedônia (Pancev). Desse modo, não foi difícil se tornar força hegemônica em seu país. Mas essa geração ficou mesmo marcada pela conquista da Copa dos Campeões de 1990/91. Após passar por Grasshoppers, Rangers, Dynamo Dresden e Bayern de Munique, veio a decisão contra o Olympique de Marselha. O jogo ficou no 0 a 0, mas a consagração veio nos pênaltis: 5 a 4. Foi o único título da antiga Cortina de Ferro na Copa/Liga dos Campeões até hoje. O Estrela Vermelha ainda seria campeão mundial. No entanto, o agravamento da guerra civil na Iugoslávia fez o time vender seus principais jogadores. Pior, as contas estavam congeladas para transações internacionais, o que fez o clube entrar em crise financeira.
Dukla Praga
Dynamo Kiev
Período décadas de 1950 e 60 Títulos 8 Campeonatos Tchecoslovacos e 5 Copas da Tchecoslováquia Craques Masopust, Pluskal e Novak
Período décadas de 1970 e 80 Títulos 2 Recopas, 8 Campeonatos Soviéticos e 5 Copas da URSS Craques Blokhin e Demianenko
Financiado pelo Exército de seu país a partir de 1956, o Dukla dominou o futebol tchecoslovaco durante dez anos. Com um futebol atraente, logo se tornou símbolo da qualidade técnica da Tchecoslováquia. Internacionalmente, a principal conquista foi inusitada. Em 1961, o Dukla venceu o Everton por 7 a 2 e ficou com a International Soccer League, torneio amistoso jogado em Nova York. Ainda assim, a equipe deixou boa imagem na Europa em 1966/67, quando chegou às semifinais da Copa dos Campeões. Foi eliminado pelo Celtic, futuro campeão.
O Dínamo do final da década passada, com Shevchenko e Rebrov, foi o último clube do Leste Europeu a ter reais chances de título continental. No entanto, não foi a geração mais brilhante dos alviazuis. Com Valeri Lobanovski no comando, a equipe das décadas de 1970 e 80 fez história na Ucrânia. Vieram títulos soviéticos e a Recopa de 1975, ano em que Blokhin foi eleito Melhor Jogador da Europa. Na década posterior, o time conquistou outra Recopa e serviu de base para a seleção na Copa de 1986.
Steaua Bucareste Período década de 1980 Títulos 1 Copa dos Campeões, 5 Campeonatos Romenos e 4 Copas da Romênia Craques Hagi, Lacatus, Duckadam, Belodedici e Piturca O time do exército romeno se encontrou com o comando de Emerich Jenei e uma geração de talento. Em 1986, surpreendeu a Europa ao levar a Copa dos Campeões, batendo o Barcelona nos pênaltis na decisão, disputada em Sevilha. Três anos depois, o Steaua novamente assombrou o mundo: chegou novamente à final da Copa dos Campeões. Mas, dessa vez, não resistiu ao Milan e perdeu por 4 a 0. Dessa geração saiu muitos dos destaques das boas seleções romenas das Copas de 1990 e 94.
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CAPITAIS DO FUTEBOL » MILÃO (ITA)
Uma dupla de
GRIFE fim do século XIX foi um período próspero para Milão. A cidade, que antes da unificação da Itália havia passado por mãos espanholas, francesas e austríacas, se firmava como centro financeiro do país, além de ser um importante pólo cultural, especialmente para o desenvolvimento da música lírica. Foi nesse período que o futebol deu seus primeiros passos entre os milaneses, iniciando uma história que levaria à formação de dois dos clubes mais tradicionais e vitoriosos do mundo: Milan e Internazionale. O primeiro foi fundado em 1899, por um grupo de ingleses encabeçado por Alfred Edwards, com o nome “Milan Football and Cricket Club”. O sucesso não demorou a chegar. Logo em seu segundo campeonato, em 1901, o time conquistou seu primeiro título, quebrando a hegemonia do Genoa. A década ainda teria outras duas conquistas, em 1906 e 1907, antes da cisão que deu origem aos arquirrivais. Até então, o “dérbi” de Milão era disputado entre o Milan e a Unione Sportiva Milanese, fundada em 1902. No início de 1908, um grupo de 43 milanistas insatisfeitos com o veto a jogadores estrangei-
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ros decidiu fundar o Football Club Internazionale Milano, que não faria restrições a atletas de outros países. E o primeiro título, a exemplo do Milan, também não demorou. Em 1910 os nerazzurri já comemoraram o primeiro scudetto. Nos primeiros anos, as duas torcidas eram estereotipadas. Os milanistas eram da classe trabalhadora e os interistas, da burguesia. Com o passar das décadas, o conceito foi minguando, até desaparecer por completo. Até porque, nos dias de hoje, ambos pertencem a grandes grupos empresariais: o Milan com Silvio Berlusconi e a Inter com Massimo Moratti. O período entre as duas grandes guerras foi negro para o Milan, que não passou de classificações intermediárias no campeonato. A Inter foi campeã em 1920, mas também entrou em um período de vacas magras, incluindo um último lugar em 1922, que só não acabou em rebaixamento porque havia dois campeonatos independentes que foram reunificados em seguida. Nessa época, a Itália vivia a ascensão do Partido Fascista de Benito Mussolini ao poder. O regime fascista teve consequências práticas para os clubes da ci-
Damien Meyer/AFP
Ronaldo, Van Basten, Matthäus, Kaká, Meazza, Facchetti e muitos outros craques já desfilaram em Milão, onde uma centenária rivalidade se construiu na base de títulos, muitos títulos
SIMBOLOGIA Os dois clubes de Milão fazem ou fizeram uso dos símbolos que caracterizam a cidade. O escudo milanês leva uma cruz vermelha, da bandeira da província, também presente no distintivo do Milan, ao lado das listras rubro-negras. A Inter, quando se chamava Ambrosiana, usou a cruz em seu uniforme – que foi relembrado pelo clube na temporada 2007/08, como segunda camisa. Milão também é representada pelo “Biscione”, figura heráldica que consiste em uma víbora engolindo uma criança. Por vários séculos foi o brasão da tradicional família Visconti. A Inter se apropriou da imagem em um antigo emblema oficial, e ainda hoje a cobra é usada como símbolo pela torcida. “Il Biscione é di nuovo campione” (“O Biscione é de novo campeão”) foi um mote das comemorações pelo título na última temporada.
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OS TIMES DA CASA
por Leonardo Bertozzi
Domínio nerazzurro: Inter faz 4 a 0 no primeiro dérbi da temporada e ratifica superioridade neste fim de década
dade. O nome da Internazionale não agradava aos ideais de nacionalismo do governo, além de remeter à Terceira Internacional Comunista. O regime ordenou o fim dos estrangeirismos nos nomes. Em 1928, a Inter absorveu a Milanese e foi rebatizada como Associazione Sportiva Ambrosiana. O Milan foi obrigado a se chamar Associazione Calcio Milano. Os nomes originais só retornaram em 1945, com a queda do fascismo. A partir da década de 1960, os dois clubes se consolidaram internacionalmente. O Milan do técnico Nereo Rocco se tornou campeão europeu em 1963, perdendo a final do
Mundial para o Santos de Pelé em uma decisão de arbitragem polêmica. Nos dois anos seguintes, a Inter – já controlada pela família Moratti, dona da refinaria de petróleo Saras – de Helenio Herrera ganhou dois títulos continentais e mundiais. Nesse período, os nerazzurri construíram uma enorme base de torcedores, espalhados por todo o país. Tanto que seus duelos com a Juventus – outro time com seguidores em várias regiões da Itália – foram apelidados de “Derby d’Italia”. Até hoje, mesmo com quase duas décadas de insucessos, a Inter é considerada por muitos a segunda equipe de maior torcida da Velha Bota.
Serie A (Primeira divisão)
Football Club Internazionale 2 Mundiais de Clubes 2 Ligas dos Campeões 3 Copas Uefa 17 Campeonatos Italianos 5 Copas da Itália
Associazione Calcio Milan 4 Mundiais de Clubes 7 Ligas dos Campeões 2 Recopas Europeias 17 Campeonatos Italianos 5 Copas das Itália
Céu, inferno, céu, inferno No final dos anos 70, década de vacas magras, o Milan passou do céu ao inferno rapidamente. Foi campeão em 1979, mas no ano seguinte viu a Inter levantar a taça e ainda sofreu o primeiro rebaixamento de sua história, por causa do envolvimento no Totonero, escândalo ligado a apostas. Subiu na primeira tentativa, mas voltou a cair em 1982, desta vez em campo. Passou mais um ano na Serie B. As subidas e descidas quase levaram os rossoneri à falência. A quebra só foi evitada pela chegada de Silvio Berlusconi, dono da Fininvest, uma das maiores Setembro de 2009
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holdings financeiras da Itália, que comprou o clube. Após um período de transição, o empresário entregou o time a Arrigo Sacchi, técnico promissor de grande conhecimento tático. Também chegaram Gullit e Van Basten. Com os holandeses no ataque e uma defesa sólida, com o capitão Franco Baresi e um iniciante Paolo Maldini, os rossoneri deram início a seu período de maior glória: um título italiano e dois europeus e mundiais. O lado azul de Milão não via tantas conquistas, mas também vivia um bom momento. Com os alemães Matthäus e Brehme, além do técnico Giovanni Trapattoni, os nerazzurri foram campeões da Serie A em 1989. Em 1990, a segunda maior cidade italiana ficou em situação curiosa na Copa do Mundo (torneio, aliás, que teve o jogo de abertura no estádio San Siro): Milão recebeu
o duelo de Alemanha Ocidental e Holanda nas oitavas de final. O confronto dividiu os milaneses, pois três alemães-ocidentais defendiam a Inter e igual número de holandeses pertencia ao Milan. O triunfo alemão por 2 a 1 foi uma vitória moral para os nerazzurri. Mas não interrompeu o bom momento dos rossoneri. Mesmo com a troca de Sacchi por Fabio Capello, os milanistas continuaram hegemônicos. Conquistaram mais uma Liga dos Campeões e foram tricampeões italianos, sendo uma de forma invicta. Entravam para a história os “Invincibili” (invencíveis). Enquanto isso, a Inter sofria. O clube até conquistou três Copas Uefa, mas foi coadjuvante na Serie A. E não faltaram investimentos e promessas para sair dessa situação. Em 2002, com Ronaldo no ataque, o time ficou a uma vitória de sair da fila. Mas perdeu para a Lazio na úl-
ITÁLIA A
Cidade 1.295.705 habitantes (3.076.643 na região metropolitana)
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A CASAS DO TIMES
1 Giuseppe Meazza (San Siro) O estádio que recebe as partidas de Milan e Internazionale pertence à prefeitura de Milão, mas é administrado pelos clubes. É o maior do país em capacidade de público – 81.389 espectadores – e recebeu duas Copas do Mundo, além de três finais de Liga dos Campeões. Nos anos 30, chegou a ter espaço para 140 mil pessoas, sendo considerado o maior do mundo, mas a capacidade foi gradativamente reduzida por questões de segurança. No Brasil, disseminou-se uma lenda de que o estádio “muda de nome” de acordo com o mandante da partida – San Siro para o Milan, Giuseppe Meazza para a Inter. A versão, no entanto, é equivocada. O estádio era conhecido apenas como San Siro, em referência ao bairro em que se localiza, até 1979, quando recebeu o nome de Meazza, atacante histórico da seleção italiana. Meazza defendeu os dois clubes de Milão, mas na Inter alcançou seus maiores feitos, tornando-se um ídolo nerazzurro. Assim, é mais comum ver interistas se referindo ao estádio como Giuseppe Meazza, da mesma maneira que milanistas preferem San Siro. Ainda assim, não é uma separação radical. Há quem prefira usar o nome oficial, outros o nome “popular”, mais ou menos como Palestra Itália e Parque Antarctica no Brasil. Quando foi inaugurado, nos anos 20, o estádio pertencia apenas ao Milan. Na década seguinte foi adquirido pela prefeitura, mas só na década de 40 passou a ser casa também da Inter, que mandava seus jogos na Arena Cívica. O segundo anel foi concluído em 1955, e o terceiro antes da Copa do Mundo de 1990, quando passou por sua última grande reformulação.
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ALÉM DO JOGO
r Castello Sforzesco Construído no século XV por Francesco Sforza, então Duque de Milão, o castelo abriga hoje diversos museus e pinacotecas – uma delas expõe a Pietà Rondanini, última obra de Michelangelo. O castelo teve uso militar até a unificação da Itália, no século XIX, e precisou ser restaurado após a Segunda Guerra Mundial.
t Teatro alla Scala O estádio de San Siro costuma ser chamado de “Scala del Calcio”. É uma referência ao templo da música lírica, localizado na praça homônima. Além de óperas, o Scala recebe balé e música clássica.
u Santa Ceia
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O famoso afresco de Leonardo da Vinci está refeitório no convento de Santa Maria delle Grazie. A obra ganhou ainda mais destaque por sua importância no popular livro “O Código da Vinci”.
A Catedral localizada no centro da cidade é o monumento mais representativo de Milão. É a quarta maior igreja da Europa em superfície, e foi erguida no século XIV. No ponto mais alto do Duomo fica a estátua da Madonnina, inaugurada em 1774. Por causa dela, o clássico entre Milan e Inter é conhecido como “Derby della Madonnina”. A Piazza del Duomo é também o centro comercial de Milão, e é composta por prédios de diferentes estilos arquitetônicos. A praça dá acesso à Galleria Vittorio Emanuele II, uma passagem coberta que reúne diversas lojas de grifes e marcas internacionais, além de famosos cafés e restaurantes.
tima rodada e acabou ultrapassado por Juventus e Roma. A relação de forças entre interistas e milanistas só se inverteu em 2006, quando estourou um escândalo de manipulação de resultados apelidado de “Calciocaos”. Juventus e Milan foram punidos, fazendo que o título caísse no colo da Inter. Não era a melhor maneira de acabar com o tabu, mas na temporada seguinte, ainda beneficiado pelas penalizações, o time dirigido por Roberto Mancini se confirmou em campo. O tri, em 2008, veio ainda com Mancini, e o tetra, em 2009, com José Mourinho. Apesar da boa fase, a Inter ainda precisa tirar uma pedra do sapato: os mais de 40 anos sem o título da
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e Piazza del Duomo
i Lago de Como Localizado a cerca de 40 km de Milão, é uma das principais belezas naturais da Itália. Pelo clima mais ameno que a média da região, é atrativo para personalidades que escolhem o local para as férias – como George Clooney, que tem uma casa por lá. O lago tem formato de um “Y” invertido, com as cidades de Como e Lecco nas pontas inferiores. Quem sai de Milão ainda passa por Monza, famosa por ser palco do GP da Itália de Fórmula 1.
Liga dos Campeões. Um troféu que o Milan consegue mesmo quando não tem o time mais brilhante, como em 2007. Na comemoração do título, Gattuso cutucou o rival: mostrou uma faixa com o desenho do troféu da LC e a frase “io non la vinco da 42 anni” (“eu não a conquisto há 42 anos”). De fato, a Liga dos Campeões parece ser a única questão pendente nessa rivalidade. Em 2005, quando se encontraram nas quartas de final, o jogo de volta foi suspenso depois que torcedores interistas – diante da iminente eliminação – atiraram um rojão nas costas do goleiro Dida. Foi um raro episódio de violência em um clássico que tem histórico de boa convivência entre as
torcidas, apesar da falta de controle das autoridades italianas com os ultras de todos os clubes. Sinal que, em Milão, a centenária rivalidade é construída por glórias, conquistas e sobretudo muito respeito entre as partes. Afinal, o sucesso de um sempre serviu para puxar o outro.
QUEM QU EM LEVA L LEV EVA EV A Existem diversas opções de voos diretos do Brasil para Milão. Algumas companhias que realizam o trajeto em voo direto ou com conexão são: a TAM (www.tam.com.br), Air France (www.airfrance.com.br), TAP (www.flytap.com.br), KLM (www.klm.com.br), Alitalia (www. alitalia.com) e Aerolineas Argentinas (www.aerolineas.com.ar).
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TORCIDA por Carlos Eduardo Freitas
SENTA! Às vésperas do início das obras nos estádios para a Copa de 2014, o torcedor brasileiro começa a se despedir do hábito de torcer de pé nas arquibancadas tire a primeira pedra quem nunca ouviu um sonoro “Senta!” ao se levantar da arquibancada para ver uma chance de um gol. Difícil ficar sentado quando um time empolga, joga para frente ou cria um lance emocionante. Nas arquibancadas,
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no meio da massa, então, impossível sujar as calças nos degraus de concreto dos estádios brasileiros. No que depender das autoridades internacionais, entretanto, não deve demorar para o hábito de se assistir futebol de pé acabar. Tudo para atender à Fifa, que em seu cader-
no de recomendações e exigências deixa bem claro: “Todos os espectadores devem estar sentados”. No Brasil, muitos torcedores ainda mantêm o costume de acompanhar de pé o time do coração. Tudo isso, porém, deve mudar em breve, tão logo comecem a ser construídos ou reformados os estádios escolhidos para receber jogos da Copa do Mundo de 2014. Mineirão e Beira-Rio ainda mantêm as suas zonas sem assentos. Mas o Maracanã... Em abril de 2005, o maior estádio do Brasil fechou boa parte de suas arquibancadas para dar início às obras de modernização para os Jogos Pan-Americanos de 2007. A primeira fase das reformas deu fim a um dos maiores símbolos do futebol carioca: a geral. Setor mais
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próximo ao campo, de visão prejudicada por ter trechos abaixo do nível do gramado e obrigar todos os torcedores a ficar de pé, foi eternizado como pano de fundo dos vídeos do Canal 100, em uma época em que ainda não havia placas de publicidade, e também na obra de Nelson Rodrigues, que batizou seus folclóricos frequentadores como “geraldinos”. Eram tipos que se vestiam com fantasias de super-heróis e personagens como Osama Bin Laden, Mister M e outras figuras que transformavam os jogos num verdadeiro carnaval fora de época. “Aquele bom humor do geraldino tinha muito a ver com o jeito de ser do carioca, além de ser o espaço onde o torcedor mais carente podia ver o jogo”, lamenta Renato Gaúcho.
Onde tudo começou As normas da Fifa são consequência direta de uma série de tragédias envolvendo o futebol inglês no final dos anos 1980 e do Relatório Taylor (mais sobre o tema em matéria na edição nº 8 da revista Trivela), conjunto de medidas apresentado pelo Lorde Taylor ao governo inglês para melhorar as condições de segurança para eventos esportivos. Sua principal recomendação dava conta
justamente de que todos os grandes estádios deveriam comportar seus torcedores em assentos. O principal objetivo do relatório era acabar com a presença dos hooligans nos estádios. Afinal, esses grupos, somados à desorganização na acomodação dos torcedores dentro dos estádios, foram fundamentais para tragédias como as de Heysel (em 1985, 39 mortos) e Hillsborough (em 1989, 96 mortos) Para atender a essas exigências, as arenas instalaram cadeiras onde antes ninguém se atrevia a sentar e a capacidade dos estádios chegou a diminuir à metade. Onde antes se amontoavam quatro, cinco torcedores, dois assentos. Obviamente, os preços dos ingressos também subiram e, cada vez mais, afastaram os torcedores acostumados aos setores mais populares. Tudo bastante confortável, o hooliganismo realmente foi reduzido e o futebol inglês cresceu. Mas há quem reclame que o “ambiente” não é mais o mesmo. “Alguns torcedores querem continuar a assistir em pé”, comenta o escritor inglês Nick Hornby em seu livro “Febre de Bola”. “Não porque seja uma maneira intrinsecamente superior de ver o jogo – pois não é. É desconfortável, e qualquer pes-
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Tribuna sul em Dortmund: alemães ficam em pé
“Alguns torcedores querem continuar a assistir em pé. Não porque seja melhor, porque não é”
soa com menos de 1,85 m fica com a visão limitada. Os torcedores temem que o fim da cultura das arquibancadas signifique o fim do barulho, da atmosfera, e de todas as coisas que tornam o futebol memorável”, resume.
Os alemães se levantam Para inveja dos ingleses, os torcedores na Alemanha mantêm viva a tradição de se assistir partidas em pé. “Ver os jogos de pé faz parte da cultura do futebol em nosso país e não há qualquer tipo de evidência que seja mais seguro ficar sentado. Além disso, nunca houve um problema de segurança em nossas arquibancadas”, afirma o professor Günter Pilz, especialista em estádios da Universidade de Hannover. Por lei, as arenas do país devem oferecer um mínimo de 10% de lugares de pé a seus torcedores. Na atual temporada, o número é ainda maior: um em cada cinco alemães que vão a jogos da primeira divisão fica em pé – quantidade significativa diante dos 844 mil lugares disponíveis. Nada impressiona mais que um jogo no Westfalenstadion. Entre os mais de 70 mil torcedores por jogo do Borussia Dortmund, nada menos do que 27 mil se espremem na tribuna sul para ver, de pé, os jogos do time. Os alemães conquistaram esse direito graças a muita pressão de torcedores em todo o país. Foram inúmeros movimentos e muita discussão. Tudo isso aliado à promessa de cooperação com as autoridades e à certeza de punição dos responsáveis em qualquer incidente. “Joseph Blatter quer os espectadores de futebol como os que vão ao teatro ou à ópera. O dia que isso acontecer será o fim do esporte”, diz Pilz. Para receber a Copa de 2006, os organizadores lançaram mão do “jeitinho alemão”. Como exige a Fifa, todos os lugares dos estádios tinham assentos. Terminado o torneio, os setores mais populares passaram por nova reforma, justamente para retirar as cadeiras. Um exemplo de que respeitar a Fifa é necessário, mas o importante mesmo é atender ao torcedor. Setembro de 2009
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VIDRO
Teto de
Cristina Quicler/AFP
Façam suas apostas
s autoridades torcem o nariz, alguns governos chegam a proibir. Mas é cada vez mais comum ver clubes vinculando suas marcas a casas de apostas online. No início da atual temporada europeia, mais equipes anunciaram parceria com esses sites. O que deu início a novas batalhas judiciais. A Liga de Futebol Profissional (LFP) proibiu o Lyon de estampar a marca do site de apostas Betclic em sua camisa nas partidas da Ligue 1. Os lioneses haviam usado um uniforme com a marca da empresa durante a disputa da Copa da Paz e em um amistoso de pré-temporada contra o Sevilla. A Betclic também encontrou problemas em Portugal. O site havia firmado um acordo com onze equipes do país, mas encontrou resistência. A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa alega ter exclusividade para explorar jogos em Portugal devido a uma lei de 1783, assinada durante o reinado de D. Maria I, atualizada em 2008.
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Na temporada 2005/06, a Justiça anulou o vínculo entre a liga portuguesa e a Betandwin. Já o Sevilla continuou sua exploração deste mercado. O time havia rompido o contrato de patrocínio com a 888, mas acertou por dois anos com a 12Bet. Além de estampar sua marca na camisa do time e em espaços no estádio Ramón Sanchez-Pizjuán, o site pretende expor o time no mercado asiático. Na Inglaterra, o Aston Villa fechou uma parceria com o site de apostas 188Bet. Pelo contrato, a empresa não estampará seu logotipo nas camisas da equipe inglesa; os Lións cederam sua marca para ações promocionais até 2011. Entre os clubes que têm ou tiveram vínculo com sites de apostas estão Real Madrid, Milan, Werder Bremen, Tottenham e West Ham. O Barcelona cogitou uma parceria semelhante nesta temporada, mas desistiu devido a reação negativa dos torcedores.
Para viabilizar a cobertura do estádio do Morumbi para receber os jogos da Copa do Mundo 2010, o São Paulo estuda ceder espaço no futuro teto para exibir a marca de alguma empresa. Com isso, o clube espera facilitar sua busca por parceiros comerciais dispostos a investir até R$ 300 milhões nas obras. “Estamos com tudo pronto, correndo atrás de investidores. Temos conversas com algumas empresas, mas ainda não podemos divulgar nada”, afirma Ataíde Gil Guerreiro, representante do São Paulo na Comissão do Estado de São Paulo para o Mundial. A ideia inicial seria usar o logotipo da empresa no tecido translúcido – a marca ficaria visível nas imediações do estádio.
ATIVOS VERMELHO DA DISCÓRDIA Os torcedores do Boca Juniors ficaram surpresos quando viram a nova camisa do time. Motivo: o logotipo da LG, nova patrocinadora do clube, nas cores vermelha e branca (cores do River Plate). Na apresentação oficial do parceiro, o logo da empresa estava azul. Os torcedores do Boca Juniors criaram um abaixo-assinados na internet como forma de protesto.
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SELEÇÃO NA PRATELEIRA O Grupo Pão de Açúcar se tornou o mais novo patrocinador da CBF. De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, o acordo vale por um ano e renderá US$ 5 milhões aos cofres da entidade. A empresa terá o direito de usar a imagem da Seleção nas gôndolas de seus supermercados e terá seu logotipo nos painéis usados como fundo nas entrevistas de jogadores e comissão técnica.
O SONHO DA LIBERTADORES O Santos sonha alto com seu time feminino. As contratações de Marta e Cristiane fortaleceram uma equipe que já tinha o domínio no cenário nacional. A presença das duas ainda rendeu fora dos campos: por três meses, o Peixe receberá em torno de R$ 500 mil da Copagaz. A quantia praticamente banca a chegada de Marta.
RECORDE De acordo com levantamento feito pelo instituto de pesquisas Informídia, o tempo de exposição da Copa do Brasil na mídia gerou o equivalente a R$ 1,13 bilhão. O estudo leva em conta o tempo de aparição de cada partida transmitida. Em seguida, calcula-se o custo desse espaço segundo as tabelas de mídia das emissoras de TV para o horário. No total, a Copa do Brasil teve 464 horas de transmissão.
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por Ricardo Espina
Bolsa SX Camisa, chuteira, meião, bola (claro) e luva (para os goleiros). Ninguém se esquece dos apetrechos básicos para o futebol. O que nem todos se lembram é de uma bolsa para levar as coisas. Para evitar o improviso com qualquer mala perdida no armário, foi lançada a SX, bolsa com espaço lateral para roupas sujas, compartimento para canetas e chaves e respirador para ventilação interna.
eiras azzurro Palmeiras Depois do verderdemeiras limão, o Palmeiras adotou o azul como a cor dee sua sa. terceira camisa. çou A Adidas lançou o a nova versão do uniforme, que traz a Cruz dee Savoia, bolo do primeiro símbolo ada ao clube, estampada o do lado esquerdo nga peito e na manga udo do direita. O escudo andeira Palmeiras e bandeira cem no italiana aparecem canto direito inferior do uniforme. O azul é referência à Itália. Fabricante Adidas
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NA ESTANTE Nos últimos anos, os clubes brasileiros arrancam os cabelos só de ouvirem falar na janela de transferências europeia. Inspirado pela constante saída de jogadores para o exterior, o jornalista Paulo Vinícius Coelho escreveu seu terceiro livro: “Bola Fora - A história do êxodo do futebol brasileiro”. Na obra, PVC relata transferências que simbolizam fases históricas desse êxodo, desde Domingos da Guia até Kaká. Editora Panda Books
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INTERATIVO Em comemoração ao seu centenário, o Coritiba lançou um almanaque digital com vários dados sobre a história do clube. Mas não é um produto que registra apenas como foram os 100 primeiros anos de vida do Alviverde. O torcedor pode atualizar as informações pela internet. Além disso, ele próprio pode ser incluído no almanaque, desde que pague R$ 300 por um espaço de 300 caracteres e uma foto para contar sua paixão pelo Coxa. Fabricante CBT Brasil
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Flu nº 3
Camisa 12
A Adidas lançou o terceiro uniforme do Fluminense. Na camisa, predomina a cor grená, além de uma listra vertical verde e duas menores brancas. A peça conta com a tecnologia ClimaCool Flowmapping, pela qual são identificadas as regiões do corpo com maior aquecimento e promove maior ventilação nessas áreas.
A torcida palmeirense “canonizou” Marcos por suas defesas em partidas importantes. Aproveitando essa devoção, a Topper lançou uma linha especial de produtos baseada no goleiro. Segundo a empresa, o próprio jogador ajudou a desenvolver as peças – camisas, bermuda, e calça, além da luva e da chuteira. Todas levam o número 12 e um autógrafo do atleta.
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Fabricante Umbro
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MAIOR
E MELHOR Na temporada que culminará na Copa do Mundo, site terá cara nova e muitas atrações para o internauta eformular, reformular, mudar ou... mudar de vez, como diria o poeta – ou era o filósofo? Há onze anos, a Trivela nascia na internet e, desde então, só cresceu, sempre feita por um time “nativo” da rede, e acostumado ao jornalismo como ele só pode ser na web. No nosso 11º aniversário, vamos aproveitar uma contusãozinha na mão para uma lipo e uma “levantada geral”! Em breve entra no ar a nova Trivela.com, com uma serie de melhorias visuais e na navegabilidade do site. Que também trará algumas novidades editoriais. Para começar, a Trivela agora vai falar mais de futebol brasileiro. Nada de “Love no Timão”, ou “Renato: vou brincar no Brasileirão”. É claro, porém, que há muito o que falar sobre o futebol daqui, assim como já falamos sobre o de fora, e é esta cobertura que vamos incorporar com o novo site. Outra mudança deve ser a migração de alguns dos conteúdos que hoje estão na Trivela impres-
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sa. Seções, matérias especiais e entrevistas que tenham formato adequado à internet passarão a fazer parte da nossa revista eletrônica. A organização dos conteúdos que já oferecemos também passará por algumas mudanças. Uma delas é a criação das homepages de cada país importante. Com isso, o leitor que gosta só de, por exemplo, futebol alemão vai poder ir direto para a home de Alemanha, na qual vai encontrar as notícias sobre o futebol do país, os últimos resultados das ligas e times alemães, as blogadas e análises que envolvam seus times e jogadores, além das fichas das equipes. Da mesma forma, nosso blog passa a ser vários blogs, organizados por tema ou por autor. Isso tudo, é claro, sem abrir mão do mais importante: a qualidade da informação, e a política inalterável de só publicar o que é relevante. E sempre com leveza e bom humor, porque quem sabe do que está falando não precisa se preocupar em disfarçar o assunto com terno e gravata.
a nova trivela.com
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País a país
Mais futebol brasileiro
Uma home para cada país importante, com as últimas notícias, resultados,
A bola pelos campos
análises e blogadas reunidas em uma
nacionais também será
página só
abordada na nova Trivela, com noticiário dos
Blogs temáticos
clubes e campeonatos
Em vez de um blog único da redação, a Trivela terá blogs dos colunistas e blog divididos por assunto, para que o leitor vá direto ao tema de interesse
Tabelas interativas Além de conferir a classificação dos campeonatos, também será possível simular a tabela de acordo com projeção de resultados futuros
Fichas e números Dados atualizados dos clubes, jogadores e técnicos das principais ligas do futebol mundial
Placar Trivela Em tempo real, resultados de todas as partidas em andamento pelo mundo
Ao vivo O estilo irreverente da Trivela nas coberturas de Liga dos Campeões, Liga Europa, Seleção Brasileira, sorteios e fechamentos de mercado
A Várzea Tolete, Denílson e toda a trupe da newsletter mais sem vergonha do Brasil voltam a ter periodicidade diária,
Toda semana,
Matérias especiais
falamos com um
História, negócios,
personagem
Copa 2014... as seções
do futebol brasileiro ou internacional
Fotos Jorge R. Jorge
Entrevistas
que você já se acostumou a ver na revista, agora em versão online
aprontando “mil e uma confusões”
E mais... • Integração com o Twitter • Charge da semana • Vídeos • Games interativos
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A VÁRZEA
Acabou a revista Tolete sempre sonhou em invadir a redação d’A Várzea e gritar “Parem as máquinas”, mesmo que para retirar aquele pedaço de pizza que caiu nas rotativas por um pequeno descuido. Ou seja: nosso intrépido repórter mal pôde conter a decepção quando o Marcio Braga entrou no quartinho das vassouras, ou melhor, na redação, com os caras da Trivela e anunciou: A-CA-BOU A REVISTA! Simplesmente pararam as máquinas. E nem se deram o trabalho de colocar a culpa na gripe suína, no Cuca, sei lá! Enquanto olhava uma foto da amada Sabrielly Jussylédna e limpava suas gavetas no glorioso quartinho de vassouras, Tolete se lembrou de suas aventuras por estas páginas. Recordou-se dos papos-cabeça com Denílson, o estagiário com potencial, que tantas “lissões” aprendeu com Orlando Paranhos, o velho jornalista. Vanderlei estava com medo de ter de traduzir obras de Shakespeare ou outra coisa sem valor literário algum para sobreviver. Os Homi já se preparavam para mandar seus currículos para a KGB. Até Chico Linguiça estava desconsolado, pois ia perder sua melhor freguesia. Enquanto retirava os pôsteres de algumas talentosas mulheres bem trajadas de sua parede, Tolete teve uma ideia luminosa. Na verdade, era o pessoal da Trivela que acendeu a luz e lhe fez um comunicado: o intrépido repórter e sua trupe poderiam continuar ali. Não haveria mais revista, mas ainda havia um tal “Saite”. Melhor: o editor estava ainda mais empolgado com esse cara. Certamente,
A charge do mês algum investimento do fantástico Mundo Árabe, ou alguma obra do Manchester City depois de contratar até Seu Pedro, o veterano goleador da Perilima. Na mesma hora, Tolete enxugou suas lágrimas, colocou seus quitutes de volta na sua gaveta e abriu um largo sorriso. Orlando Paranhos também se animou, mas sem entender muita coisa. Afinal, quando digitou www.trivela.com em sua novíssima Olivetti, nada apareceu.
A lorota do mês “Se o Brasil vai ganhar a Copa, não sei. Mas, se errar, que seja com erros diferentes” Contratar o Dunga como técnico, de fato, é um erro inédito de Ricardo Teixeira
A manchete do mês “Sem medo do Shrek, Washington aposta em Jason contra Hulk” (Gazeta Esportiva) Mais feio do que Shrek, Hulk e Jason juntos foi o futebolzinho apresentado por São Paulo e Palmeiras
Em alta Leonardo O Milan só tomou biaba na pré-temporada, mas o técnico está com moral: queria Luís Fabiano e veio Huntelaar
Dunga Recorde de invencibilidade na Seleção? Até o time da Trivela conseguiria isso tendo adversários poderosos como Portugal e Itália
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Você pode receber A Várzea todo dia na sua caixa postal. Basta entrar no site www.trivela.com e inserir seu endereço de e-mail no campo de cadastro. Ou então mande uma mensagem para varzea@trivela.com, com a palavra Cadastrar no campo de assunto
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Guia da Libertadores
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