Guia da LC 2007-8

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Liga dos Campeões 2007/8 História Campanha dos vencedores das 52 edições do torneio

Excluídos As fortunas que perdem os clubes que ficam de fora

Apresentação completa dos 32 participantes e tabela com todos os jogos para você acompanhar a principal competição de clubes da Europa

Mauro Beting 10 maiores esquadrões Recordes e estatísticas Estádio da final

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R$ 8,90

E mais...

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NORUEGA Rosenborg 25

ALEMANHA Schalke 04 ESCÓCIA

28

Werder Bremen 34

Celtic

38

Stuttgart

44

RÚSSIA

Rangers 43

CSKA Moscou 50 REP. TCHECA

INGLATERRA Liverpool

20

Chelsea

26

Slavia Praga

Manchester United 46 Arsenal

58

HOLANDA

UCRÂNIA

PSV

Shakhtar Donetsk 39

54

Dynamo Kiev

56

45

FRANÇA Olympique de Marselha 23 Lyon

42

PORTUGAL Porto

24

Benfica

35 GRÉCIA

Sporting 49

Olympiacos 31 ITÁLIA ESPANHA

Lazio

30

TURQUIA

29

Milan

36

Besiktas

Real Madrid 32

Roma

48

Fenerbahçe 51

Barcelona

40

Internazionale 52

Sevilla

55

www.trivela.com

Valencia

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Edição Caio Maia Ubiratan Leal Reportagem Carlos Eduardo Freitas Cassiano Ricardo Gobbet Leonardo Bertozzi Ricardo Espina Tomaz R. Alves Colaboradores Gustavo Hofman João Tiago Picoli Márcio Kohara Mauro Beting Zeca Marques

Foto da capa Getty Images/AFP Projeto gráfico e direção de arte Luciano Arnold Diagramação e tratamento de imagens Bia Gomes Diretor comercial Evandro de Lima evandro@trivela.com (11) 3528-8610

22

Atendimento ao leitor contato@trivela.com (11) 3528-8612 Atendimento ao jornaleiro e distribuidor Vanessa Marchetti vanessa@trivela.com (11) 3528-8612 Circulação DPA Cons. Editoriais Ltda. dpacon@uol.com.br (11) 3935-5524

ROMÊNIA Steaua Bucareste

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Guia da Liga dos Campeões é uma publicação especial da Trivela Comunicações. Todos os artigos assinados são de responsabilidade dos autores, não representando necessariamente a opinião da revista. Todos os direitos reservados. Proibida a cópia ou reprodução (parcial ou integral) das matérias e fotos aqui publicadas Distribuição nacional Fernando Chinaglia Impressão Prol Gráfica e Editora Tiragem 30.000 exemplares

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EDITORIAL

Cobertura de verdade Liga dos Campeões é coisa séria. Com times milionários, craques por todos os lados (inclusive os melhores brasileiros) e cobertura intensa da mídia, a grandiosidade da competição só pode ser retratada com precisão se receber o espaço que merece. Por isso, não dá para fazer um bom guia da LC se não for para dedicar uma edição inteira ao torneio. A Trivela sabe disso e, mantendo a tradição iniciada na LC 2005/6 e que teve continuidade na Libertadores deste ano, preparou um guia da Liga dos Campeões 2007/8 à altura do evento. Todos os 32 clubes são apresentados com detalhes. Os favoritos têm espaço especial, com esquema tático e curiosidades — o que não significa que os demais sejam tratados com desdém. Muito pelo contrário. É fácil falar dos grandalhões. Difícil é tratar das equipes desconhecidas, de países de língua estranha, sobre os quais pouco se sabe. Mas a Trivela não foge da briga. Não falamos apenas dos Milans e Barcelonas, mas também dos Slavias e Rosenborgs. Nada mais lógico, já que ninguém melhor para falar de futebol europeu que um veículo que conta com especialistas em praticamente todas as regiões do continente, que escrevem colunas na Trivela.com há anos. É esse o diferencial de quem vive o futebol europeu no dia-a-dia, que conhece a história, as notícias que poucos destacaram, os grandes que ficaram de fora e até o lado mais folclórico do futebol europeu. Nada é chute ou palpite aleatório. A Liga dos Campeões é tudo isso que você verá nas próximas páginas. Aliás, é mais do que isso, pois esta revista é só o ponto de partida da grande cobertura que a Trivela também dá ao evento em seu site. Então, aproveite esta boa ferramenta para você entrar no universo da maior competição de clubes do mundo.

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Curtas Curiosidades e estatísticas para entender melhor o que rola na Liga dos Campeões

Ponto de Bola Mauro Beting mostra como a LC não tem favoritos, mas aposta no Manchester

História Todos — todos mesmo — os vencedores das 52 edições da Liga dos Campeões

Participantes Todos querem estar no estádio Luzhniki, em 21 de maio de 2008

Grupo A Liverpool, Besiktas, Olympique de Marselha e Porto

Grupo B Rosenborg, Chelsea, Schalke 04 e Valencia

Grupo C Lazio, Olympiacos, Real Madrid e Werder Bremen

Grupo D Benfica, Milan, Celtic e Shakhtar Donetsk

Grupo E Barcelona, Lyon, Rangers e Stuttgart

Grupo F Dynamo Kiev, Manchester United, Roma e Sporting

Grupo G CSKA Moscou, Fenerbahçe, Internazionale e PSV

Grupo H Sevilla, Arsenal, Slavia Praga e Steaua Bucareste

Tabela Acompanhe rodada a rodada e saiba tudo o que vai acontecer

Excluídos O que Juventus, Bayern de Munique e Ajax estão perdendo

Top 10 Os times que mais encantaram em meio século de Liga dos Campeões

Quiz Veja se você sabe tudo sobre a competição de clubes mais importante da Europa

A Várzea “Especialistas” europeus apontam os favoritos ao título — e com sotaque!

6 11 12 18 20 25 30 35 40 45 50 55 60 62 64 65 66 9/7/07 4:31:34 AM


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LC e Copa Uefa na Especial da Liga dos Campeões – NO AR Todos os 32 times da competição esmiuçados pela equipe Trivela – e não por gaiatos de plantão

Ao Vivo Todo dia de jogo tem transmissão ao vivo da Trivela.com, onde sua opinião conta tanto quanto uma meia-lua do Ronaldinho Gaúcho

Marcelo Del Pozo/Reuters

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Curtas

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número de participações seguidas na LC que o Dynamo Kiev completa nesta temporada. Com isso, os ucranianos igualaram a marca do Real Madrid, entre 1955/6 e 1969/70. Outras séries consideráveis ainda em andamento são as de Manchester United (12), Olympiacos, PSV e do próprio Real Madrid (todos com 11).

Entrevistas exclusivas — 18 e 19/setembro Cribari, Luís Fabiano e Gilberto Silva

Análise das rodadas – todo sábado depois de rodada

UNIDOS NA DOR Sevilla e AEK enfrentaram-se na terceira fase preliminar da LC. Na partida de ida, na Espanha, os donos da casa foram melhor e venceram por 2 a 0. O confronto de volta, no entanto, ficaria marcado por uma tragédia. Os Rojiblancos viajaram para a Grécia com os pensamentos voltados no estado de saúde de Antonio Puerta. O lateral-esquerdo sentiu-se mal durante a estréia do clube no Campeonato Espanhol, contra o Getafe. Ele desmaiou, mas conseguiu deixar o campo andando. Nos vestiários, teve uma série de paradas cardiorrespiratórias e foi levado a um hospital, onde ficou na UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Em 28 de agosto, pouco antes do início do jogo em Atenas, a delegação sevillista recebeu a notícia do falecimento de Puerta. A Uefa decidiu adiar a partida, e o time espanhol voltou a Sevilha naque-

la mesma noite. Antes, o AEK havia solicitado à entidade a transferência da data do duelo, pois a Grécia também passava por uma situação difícil: várias pessoas perderam a vida devido a incêndios florestais em todo o país. A mudança de data para o dia 3 de setembro forçou uma alteração no sorteio das chaves da LC, realizado em 31 de agosto. Sevilla e AEK foram colocados lado a lado, por isso não havia a possibilidade de o time espanhol enfrentar o Olympiacos, nem o clube grego pegar Barcelona ou Real Madrid. Poucos dias depois, Sevilla e AEK dividiram a dor de suas tragédias em um minuto de silêncio. Em campo, os visitantes golearam por 4 a 1 e garantiramse na fase de grupos, mas não havia motivos para comemorar. É também em homenagem a Puerta que o Sevilla não terá nenhum jogador com a camisa 16.

Avaliação de tudo que aconteceu na LC e na Copa Uefa, na coluna “Copas Européias”, escrita por Leonardo Bertozzi

Especial da Copa Uefa – 11/outubro Quem tem mais ou menos chances na fase de grupos da Copa Uefa

Balanço da primeira fase – 15/dezembro Quem decepcionou, quem surpreendeu e quem desponta como favorito

Guia do mata-mata – a cada mudança de fase Quais as chances de cada um dos participantes nas fases decisivas da Liga dos Campeões

Cobertura das finais Dias 14 e 21/maio, acompanhamento ao vivo das finais da LC e Copa Uefa e a melhor cobertura da Internet

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Com o atual formato de disputa da LC, aumentaram as possibilidades de haver um confronto entre duas equipes de um mesmo país. Nas últimas cinco edições, houve pelo menos um duelo desse tipo. Nas últimas três, Liverpool e Chelsea sempre se enfrentaram no torneio continental. Houve ainda Milan x Internazionale (2002/3 e 2004/5), Barcelona x Real Madrid (2001/2), Milan x Juventus (2002/3) e Chelsea x Arsenal (2003/4).

SEMPRE CABE MAIS UM Pela primeira vez na história, Montenegro, Andorra e San Marino foram representados na LC. O Zeta, primeiro campeão montenegrino, ganhou a vaga após o país tornar-se o mais novo membro da Uefa e da Fifa. Já o andorrano Rànger’s Pizzeria Venecia e o samarinês Murata foram beneficiados por uma medida de Platini, para que todos os países-membros da Uefa tivessem ao menos um clube presente na competição. Até então, os campeões de Andorra e San Marino entravam apenas na Copa Uefa.

FESTA DO INTERIOR Apenas cinco capitais européias tiveram o privilégio de ver seus times conquistarem o troféu do principal torneio interclubes do continente. Madri, Amsterdã, Lisboa, Bucareste e Belgrado comemoraram os triunfos de Real Madrid (nove vezes), Ajax (quatro), Benfica (três), Steaua (uma) e Estrela Vermelha (uma). Todos os outros campeões não são de capitais e deixam cidades importantes como Roma, Paris, Berlim e Londres ainda em jejum.

Lesão

Previsão de volta

Carrasso Ballack Jamtfall Larsen Edu Diakhité Pepe Robben Borowski Frings Klasnic David Luiz Mantorras Eto'o Cris Coupet Fred Diakhaté Rooney Daniel Carvalho Akinfeev Materazzi Plesan Radoi

Olympique de Marselha Chelsea Rosenborg Schalke 04 Valencia Lazio Real Madrid Real Madrid Werder Bremen Werder Bremen Werder Bremen Benfica Benfica Barcelona Lyon Lyon Lyon Dynamo Kiev Manchester United CSKA Moscou CSKA Moscou Internazionale Steaua Bucareste Steaua Bucareste

tendão de Aquiles lesão no tornozelo problema no joelho fratura nas costelas ligamentos do joelho fratura na fíbula coxa lesão no joelho ligamentos do joelho ligamentos do joelho transplante renal fratura no pé atrofia muscular coxa ligamentos do joelho problema no joelho fratura no pé fratura no ombro fratura no pé problema no joelho ligamentos do joelho coxa fratura no pé lesão no menisco

março janeiro maio setembro 2008 janeiro setembro setembro outubro outubro 2008 outubro outubro novembro março janeiro setembro dezembro outubro outubro novembro janeiro janeiro janeiro

s/AFP

Clube

Image

Jogador

Getty

*Lista atualizada até 6/set

Quem está no estaleiro e ficará fora do início da LC*

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Curtas

RIVALIDADE LOCAL

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A fase de grupos da LC está para começar, mas já foram disputadas três fases preliminares. Muita gente nem conseguiu sentir direito o gosto de disputar a competição. Veja quem ficou pelo caminho: Primeira fase: Apoel Nicósia-CHP, Derry City-IRL, DudelangeLUX, HB-FAR, Kaunas-LIT, Khazar Lenkoran-AZE, Linfield-IRN, Marsaxlokk-MLT, Murata-SMR, Olimpi Rustavi-GEO, Pobeda Prilep-MAC, Rànger’s Pizzeria Venecia-AND, Tirana-ALB e The New Saints-GAL Segunda fase: Astana-CAZ, Beitar Jerusalém-ISR, DebrecenHUN, Domzale-ESN, Genk-BEL, Hafnarfjördur-ISL, Levadia TallinnEST, Levski Sófia-BUL, Pyunik-ARM, Sheriff-MOL, Ventspils-LET, Zaglebie-POL, Zeta-MON e Zilina-ESQ Terceira fase: AEK-GRE, Ajax-HOL, Anderlecht-BEL, Bate BorisovBLR, Estrela Vermelha-SER, Dinamo Bucareste-ROM, Dinamo Zagreb-CRO, Elfsborg-SUE, Kobenhavn-DIN, Red Bull SalzburgAUT, Sarajevo-BOS, Sparta Praga-TCH, Spartak Moscou-RUS, Tampere United-FIN, Toulouse-FRA e Zürich-SUI

Stefano Rellandini/Reuters

MUITA ÁGUA JÁ PASSOU

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UMA SEGUNDA CHANCE Divulgação

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Cribari:

Faltam reservas à Lazio por Leonardo Bertozzi

Depois de empatar em casa com o Dínamo de Bucareste, na fase preliminar da LC, vocês estavam perdendo na Romênia por 1 a 0. O que passou na cabeça de vocês, no intervalo desse jogo? Olhamos um para a cara do outro e tomamos consciência do que estava em jogo. No segundo tempo, tudo mudou, a sorte começou a ficar do nosso lado. Empatamos de pênalti logo no reinício, o time deles começou a perder coragem, conseguimos a virada e depois foi só administrar. Como foi a conversa com o Delio Rossi, no intervalo? Nosso time parecia um pouco amedrontado, preocupado. Não conseguíamos fazer as jogadas a que estávamos acostumados, alguns jogadores estavam impressionados com o estádio lotado. Ele procurou mostrar a importância que tinha aquele segundo tempo, o que valia para a Lazio e para nossas carreiras. Qual sua expectativa para sua primeira LC? Até onde você acha que a Lazio pode chegar? O primeiro sonho de uma criança é ser jogador, jogar em um grande time e disputar competições importantes. Poderei realizar esse sonho agora. Quanto ao time, o problema é que o grupo não tem muitos jogadores de reposição. Nossa equipe titular pode colocar em dificuldade os grandes da Europa, mas não temos muitos reservas.

Confrontos: Midtjylland-DIN x Lokomotiv Moscou-RUS, Groningen-HOL x Fiorentina-ITA, Rabotnicki-MAC x Bolton-ING, AEK-GRE x Red Bull Salzburg-AUT, Nuremberg-ALE x Rapid Bucareste-ROM, Everton-ING x Metalist Kharkiv-UCR, Zenit-RUS x Standard Liège-BEL, Bayer Leverkusen-ALE x União de Leiria-POR, Villarreal-ESP x Bate Borisov-BLR, Sion-SUI x Galatasaray-TUR, Atlético de MadridESP x Erciyesspor-TUR, Bordeaux-FRA x Tampere United-FIN, Panathinaikos-GRE x Artmedia-ESQ, Sparta Praga-TCH x Odense-DIN, Zürich-SUI x Empoli-ITA, SochauxFRA x Panionios-GRE, Rapid Viena-AUT x Anderlecht-BEL, Paços de Ferreira-POR x AZ-HOL, Sampdoria-ITA x Aalborg-DIN, Spartak Moscou-RUS x Häcken-SUE, Hammarby-SUE x Braga-POR, Larissa-GRE x Blackburn-ING, Mladá Boleslav-TCH x Palermo-ITA, Dinamo Zagreb-CRO x Ajax-HOL, Rennes-FRA x Lokomotiv SófiaBUL, Brann-NOR x Club Brugge-BEL, Bayern de Munique-ALE x Belenenses-POR, Aberdeen-ESC x Dnipro-UCR, Heerenveen-HOL x Helsingborg-SUE, Toulouse-FRA x CSKA Sófia-BUL, Hamburg-ALE x Litex-BUL, Sarajevo-BOS x Basel-SUI, Austria Viena-AUT x Valerenga-NOR, AIK-SUE x Hapoel Tel-Aviv-ISR, Aris-GRE x ZaragozaESP, Dinamo Bucareste-ROM x Elfsborg-SUE, Tottenham-ING x Anorthosis Famagusta-CHP, Lens-FRA x Kobenhavn-DIN, Getafe-ESP x Twente-HOL, GroclinPOL x Estrela Vermelha-SER

20

partidas sem derrota na LC. Esse é o recorde estabelecido pelo Ajax, entre o empate com o Porto, em 1985/6, e a derrota por 1 a 0 para o Panathinaikos, na semifinal de 1995/6. No meio do percurso, o clube holandês conquistou o título de 1994/5.

DISPUTA PELA ARTILHARIA Raúl tem motivos de sobra para atuar no maior número possível de partidas do Real Madrid na LC. O atacante é o recordista de gols marcados na competição, mas precisa tomar cuidado com a concorrência. Veja quem são os cinco maiores artilheiros da LC:

Jogador

Clubes

Gols

Raúl

56

Di Stéfano

Real Madrid Dynamo Kiev, Milan e Chelsea PSV, Manchester United e Real Madrid Real Madrid

Eusébio

Benfica

47

Shevchenko Van Nistelrooy

55 53 49

Obs.: Raúl está na frente de Van Nistelrooy no número total de gols, mas o holandês leva a melhor nos tentos feitos em uma mesma edição. Van Nistelrooy marcou 14 em 2002/3 (dois deles na fase preliminar), quando ainda atuava pelo Manchester United, igualando a marca do brasileiro José Altafini, o “Mazzola”, pelo Milan de 1962/3

Heino Kalis/Reuters

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Os melhores times dos campeonatos nacionais que não foram para a LC, os que ganharam copas nacionais e os que caíram fora da LC na terceira fase preliminar ou ficarem em terceiro lugar na fase de grupos ainda têm uma chance de conquistar um título europeu em 2007/8. É a Copa Uefa, segunda competição de clubes do continente e que tem sua primeira fase disputada em 25 de setembro e 4 de outubro.

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Curtas Michel Platini, presidente da Uefa, estuda mudar o formato das fases preliminares da LC. As alterações afetariam os clubes de Itália, Espanha e Inglaterra. Os quartos colocados desses campeonatos se enfrentariam, para definir quais times disputariam o torneio. Pela proposta, sobrariam vagas para clubes de países sem tanta força no cenário europeu. Uma das plataformas da campanha do francês para chegar à direção da entidade era aumentar as chances de equipes pequenas na disputa da LC, em nome da proposta de equilibrar as forças no continente. “É uma questão de balanceamento, e não um corte por cortar. Nem tudo pode ser ligado a dinheiro e televisão, mas sim ao equilíbrio de direitos entre os quar-

tos colocados de Inglaterra ou Itália e os principais times da República Tcheca ou Dinamarca”, explica Platini. Essa é a alteração mais importante proposta pelo francês, mas outras estão nos planos. O presidente da Uefa mudou a forma de entrega do troféu da LC, que voltou a ser na tribuna de honra, em vez de montar um palco improvisado no gramado. Outra idéia é mudar a final para o fim de semana. “Na final de Atenas, em maio, fiquei impressionado com o fato de não haver famílias e crianças no jogo”, justifica o francês. A decisão na quarta-feira é uma tradição do principal torneio europeu desde sua primeira edição, na temporada 1955/6.

ESTRÉIA FEMININA

O zagueiro brasileiro Aldair repensou sua decisão de pendurar as chuteiras, após receber um convite para participar da Liga dos Campeões. O zagueiro, campeão mundial em 1994, aceitou defender o Murata, de San Marino, na primeira fase preliminar, quando a equipe fez sua estréia na competição continental. Aos 41 anos, ele entrou em campo para enfrentar o Tampere United, da Finlândia. Detalhe: ele estava parado desde 2005, quando chegou a disputar algumas partidas da segunda divisão capixaba pelo Rio Branco. Apesar do esforço, Aldair não conseguiu evitar a eliminação de seu clube contra a equipe finlandesa.

Cristina Cini tornou-se a primeira italiana a fazer parte da equipe de arbitragem de uma partida da Liga dos Campeões. A bandeirinha, com experiência em jogos em seu país, participou de Bate Borisov x Steaua Bucareste, pela terceira fase preliminar. “Sinto-me honrada com essa nomeação e quero agradecer de maneira especial a Pierluigi Collina, pois sei que defendeu minha candidatura na Uefa. Espero não desapontá-lo”, disse Cristina, antes da partida. Collina era considerado um dos melhores juízes do mundo e, hoje, é membro da comissão de árbitros da Uefa.

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Chris Helgren/Reuters

Aldair de volta

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Getty Images/AFP

MUDANÇAS À VISTA

9 9/7/07 3:35:45 AM


Pontos Vagas*

1

Espanha

76,891

4/3

2

Inglaterra

68,540

4/3

3

Itália

66,088

4/3

4

França

53,656

3/3

5

Alemanha 44,364

3/3

6

Portugal

42,749

3/3

7

Romênia

40,165

2/4

8

Holanda

39,379

2/4

9

Rússia

36,125

2/2

10

Escócia

30,500

2/2

11

Ucrânia

29,475

2/2

12

29,075

2/2

26,825

2/2

14

Bélgica República Tcheca Turquia

26,641

2/2

15

Grécia

25,497

2/2

16

Bulgária

24,582

1/2

17

Suíça

23,850

1/2

18

Noruega

19,725

1/2

19

Israel

19,208

1/2

20

Sérvia

18,958

1/2

13

A QUEDA DO IMPERADOR

Paternos tr

o/AFP

Adriano está com o prestígio, mesmo em baixa na Internazionale. O “Imperador”, considerado até há algum tempo um dos principais jogadores dos Nerazzurri, nem foi inscrito para disputar a fase de grupos. O atacante viu seu conceito com o treinador Roberto Mancini cair após se envolver em diversas polêmicas, como a constante presença do jogador em baladas, flagrantes em situações constrangedoras e por estar fora de forma. Apesar de sua saída do clube ter sido cogitada, Adriano não foi negociado e agora terá de se contentar em disputar apenas o Campeonato Italiano e a Copa da Itália – isso se for relacionado para eles.

Marcello

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Para definir quantas vagas cada país tem na Liga dos Campeões e na Copa Uefa e em que pote cada time entrará nos sorteios, a Uefa criou um complicado sistema de ranking. A entidade mantém duas listas: de países e de clubes, considerando o desempenho na LC e na Copa Uefa. Cada vitória vale 2 pontos e cada empate, 1 (as fases preliminares valem metade). Há bônus de 3 pontos por disputar a fase de grupos da LC e 1 ponto por chegar às oitavas da LC e às quartas, semifinais e final das duas competições. A pontuação de cada país por temporada é a divisão do total de pontos dos clubes pelo número de equipes. A soma dos últimos cinco anos equivale ao coeficiente do país. Para calcular o índice de cada equipe por temporada, soma-se o coeficiente do país ao dobro dos pontos conseguidos pelo clube no período. Soma-se os últimos cinco anos e divide-se o total por três. Veja ao lado como está o ranking de países em 2007, que define a distribuição de vagas para 2008/9.

11s

Tempo que levou o holandês Makaay para abrir o marcador de Bayern de Munique x Real Madrid, nas oitavas-de-final da última Liga dos Campeões. O gol mais rápido da história da competição teve contribuição do lateral brasileiro Roberto Carlos, que falhou ao dominar a bola e, depois, culpou o gramado da Allianz Arena para justificar o vacilo.

Javier Barbancho/Reuters

Pos. País

*Liga dos Campeões / Copa Uefa

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Curtas

ENTENDA O RANKING DA UEFA

Luís Fabiano:

O grupo é fácil por Ubiratan Leal

Sua primeira participação na LC, pelo Porto, não foi das melhores. Qual a diferença agora? Não era a hora certa para estar no Porto. O time tinha acabado de se desmanchar depois de conquistar a Liga dos Campeões, trocou muito de técnico e estava em fase conturbada. No Sevilla deste ano o clima é outro: o time vem montado, forte e pode ir bem. Falar em título é muito, mas chegar às quartas ou às semifinais seria muito bom. Os dois títulos da Copa Uefa serviram de preparação para o Sevilla disputar a LC? Um título é sempre bom, para pegar confiança e tirar um peso das costas, mas não dá para comparar. A Uefa não tem times tão fortes, mas exige viagens para lugares difíceis e estranhos, como o Leste Europeu. Mas não vai ser muito diferente agora, que vocês vão enfrentar Slavia e Steaua, certo? É verdade (risos). Bom, pelo menos, já sabemos que serão jogos complicados fora de casa, com viagem longa, um frio danado, um adversário que joga duro e torcida fanática do outro lado. Mas é um grupo relativamente fácil. Difícil é depois. A morte do Puerta pode atrapalhar psicologicamente o Sevilla? Estamos superando isso aos poucos, até porque jogar bem serve de homenagem a ele. Só fica pior quando chegamos para treinar, porque percebemos que ele não está lá e bate aquela recordação.

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Ponto de Bola ANIMEM-SE, TORCEDORES da Europa e do mundo! A Liga dos (nem sempre) Campeões é mais permissiva que as regras da Uefa para dela participar. Acredite: se o seu time não é o Don Pernil Santa Coloma, de Andorra, ele tem condições de ganhar o título. Seu clube começou a temporada em baixa? Não tem problema! Em 2006, o Milan iniciou a Série A com pontos negativos e com a rival Internazionale por cima do spaghetti. Em maio, a Inter ganhou como quis o Italiano; o Milan venceu o Liverpool e faturou o sétimo caneco continental. O ataque não funciona? Não se preocupe! Um campeoníssimo-treinador-italiano-retranqueiro (com o perdão da redundância) congestiona a intermediária e os nossos olhos, isola o Inzaghi, a bola bate nele, e você ganha a final da Liga dos Campeões. Você tem muitas contusões, elenco envelhecido e o turnover não foi dos melhores na temporada? Seus problemas acabaram! Seu clube ganha o título do mesmo jeito. Na pior das hipóteses, você já tem a desculpa pronta se perder a decisão. Aconteceu a mesma coisa com o Milan, em 2005, em Istambul. Você tem um ótimo jogador que não atuava bem havia anos, ele desembesta a jogar muito na hora H e acaba ganhando o enésimo título na carreira? Não vire a página! Seedorf (e quase todo o Milan) arrastava-se quando detonou o Bayern, em Munique. Até Ambrosini achou um jeito de jogar. O Milan eliminou os alemães, goleou na semifinal o melhor time do mundo à época (o Manchester United) e foi dar a volta olímpica, em Atenas. Você tem um craque para desequilibrar? É seu ano de

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por Mauro Beting

sorte! Um Kaká não se encontra por aí. Menos ainda um grupo na fase inicial com Anderlecht, AEK e Lille, polenta cozida comida pelo Milan, na temporada passada. No frigir das bolas: não é preciso ter um supertime para ganhar a Liga dos Campeões. Não é preciso fazer um senhor planejamento, ter um Chelsea cheio de dinheiro para montar uma seleção intergaláctica. Não é preciso nem jogar bem a primeira fase e as oitavas-de-final (o Milan só foi fazer um gol na prorrogação, contra o Celtic). Claro que um craque auxilia, uma história heptacampeã facilita, os tropeços alheios ajudam. Mas não é preciso ser um time histórico para fazer história. Bom, mesmo, é ter uma tabela favorável logo de cara. Algo que, por ora, ninguém terá na fase inicial. Também não há um “grupo da morte”, para desespero da imprensa, que desfalece por falta de assunto quando não há essas injustiças que castigam a Argentina em Copas. Até jornalistas que odeiam tudo que aconteceu no futebol europeu (para não dizer que têm odiado a Europa, o futebol, a profissão e a vida) imaginam que Liverpool e Porto passam no grupo A; Chelsea e Valencia classificamse no B; Real Madrid lidera o grupo C, com Lazio e Werder Bremen disputando a outra vaga; apostam no Milan e Benfica (no D), Barcelona e Lyon (E), Manchester United e Roma (F), Inter e Fenerbahçe (G) e Arsenal e Sevilla (H). Há alguma lógica até aí. Depois, com o perdão do chavão e sob o guarda-chuva da improbabilidade, não me pergunte quem estará na decisão juntamente com o Manchester United. É o máximo que me arrisco – enquanto espero para saber se o quarteto do Barcelona será apenas um trio.

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Dezesseis favoritos

11 9/7/07 3:24:40 AM


História

Real Madrid da década de 1950: ninguém mais foi tão hegemônico

19 1955/6 Re Real Madrid 1 2x0 e 5x0 Servette (SUI) Q 4x0 e 0x3 Partizan (IUG) S 4x2 e 1x2 Milan (ITA) 4x3 Stade de Reims (FRA) Parc des Princes, Paris Alonso; Atienza, Marquitos e Lesmes; Muñoz e Zárraga; Joseito, Marsal, Di Stéfano, Rial e Gento. Técnico: José Villalonga

1 4x2, 1x3 e 2x0 Rapid Viena (AUT) Q 3x0 e 3x2 Nice (FRA) S 3x1 e 2x2 Manchester United (ING) 2x0 Fiorentina (ITA) Santiago Bernabéu, Madri Alonso; Torres, Marquitos e Lesmes; Muñoz e Zárraga; Kopa, Mateos, Di Stéfano, Rial e Gento. Técnico: José Villalonga

19 1957/8 Real Madrid Re 1 2x1 e 6x0 Royal Antwerp (BEL) Q 8x0 e 2x2 Sevilla (ESP) S 4x0 e 0x2 Vasas (HUN) 3x2 Milan (ITA), na prorrogação Heysel, Bruxelas Alonso; Atienza, Santamaría e Lesmes; Santistebán e Zarraga; Kopa, Joseito, Di Stéfano, Rial e Gento. Técnico: Luis Carniglia

19 1958/9 Real Madrid Re AFP

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19 1956/7 Re Real Madrid

52 times, 52 trajetórias Liga dos Campeões consagrou alguns dos grandes esquadrões da história do futebol – desde o Real Madrid de Di Stéfano até o Milan de Kaká, passando pelo Benfica de Eusébio e o Ajax de Cruyff. A mudança de formato, em 1992, praticamente dividiu a história da competição em duas eras, abrindo mão de seu princípio básico – colocar frente a frente os campeões nacionais – e dando espaço a mais times dos países mais fortes. Foi a consolidação da LC como sucesso financeiro, com garantia de mais jogos e maior exposição na TV. Se o Real Madrid foi campeão pela primeira vez fazendo sete jogos, hoje quem ganha o título tem de disputar nada menos que 13 partidas, isso se não jogar as preliminares. Na época em que havia duas fases de grupos, o total chegava a 17. O importante é que, independentemente do formato, o vencedor do torneio sempre voltou para casa com o status de melhor time da Europa. Confira a seguir a campanha de todos os campeões e suas escalações nas finais.

A

12 história2.indd 2

1x1 Besiktas (TUR) 1 2x0 e 1x Q 0x0 e 7x1 Wiener (AUT) S 2x1, 0x1 e 2x1 Atlético de Madrid (ESP) 2x0 Stade de Reims (FRA) Neckarstadion, Stuttgart Dominguez; Marquitos, Santamaría e Zarraga; Santisteban e Ruiz; Kopa, Mateos, Di Stefano, Rial e Gento. Técnico: Luis Carniglia

19 1959/60 Real Madrid Re 1 7x0 e 5x2 Jeunesse D’Esch (LUX) Q 2x3 e 4x0 Nice (FRA) S 3x1 e 3x1 Barcelona (ESP) 7x3 Eintracht Frankfurt (ALE) Hampden Park, Glasgow Domínguez; Marquitos, Santamaría e Pachin; Vidal e Zárraga; Canario, Del Sol, Di Stéfano, Puskás e Gento. Técnico: Miguel Muñoz

FASES DA LC P fase preliminar 3P 3ª fase preliminar

9/7/07 3:53:59 AM

1p


1x0 Benfica (POR) San Siro, Milão

1 2 Q S

Sarti; Burgnich, Guarneri e Facchetti; Bedin e Picchi; Jair, Mazzola, Peiró, Suárez e Corso. Técnico: Helenio Herrera

0x0 e 1x0 Everton (ING) 1x0 e 3x1 Monaco (FRA) 2x0 e 2x1 Partizan (IUG) 2x2 e 2x0 Borussia Dortmund (RFA) 3x1 Real Madrid (ESP) Prater, Viena Sarti; Burgnich, Guarneriv e Facchetti; Tagnin e Picchi; Jair, Mazzola, Milani, Suárez e Corso. Técnico: Helenio Herrera

1 2 Q S

1x2 e 5x0 Feyenoord (HOL) 2x2 e 5x1 Kilmarnock (ESC) 0x1 e 4x2 Anderlecht (BEL) 1x0 e 1x1 Internazionale (ITA) 2x1 Partizan (IUG) Heysel, Bruxelas Araquistain; Pachín, De Felipe e Zoco; Sanchis, Pirri e Velázquez; Serena, Amancio, Grosso e Gento. Técnico: Miguel Muñoz

11963/4 96 IInternazionale nte 1 2 Q S

19 1968/9 Mi Milan 1x2 e 4x 4x1 Malmö (SUE) (não disputou) 0x0 e 1x0 Celtic (ESC) 2x0 e 0x1 Manchester United (ING) 4x1 Ajax (HOL) Santiago Bernabéu, Madri Cudicini; Malatrasi, Anquilletti, Schnellinger, Rosato e Trapattoni; Lodetti e Rivera; Hamrin, Sormani e Prati. Técnico: Nereo Rocco

11966/7 96 CCeltic el 1 2 Q S

História

2 6x0 e 1x0 Dinamo Bucareste (ROM) Q 3x1 e 0x1 Rangers (ESC) S 1x3 e 3x0 Liverpool (ING)

19 1965/6 Re Real Madrid

11967/8 96 Manchester United M a

2x0 e 3x0 Zürich (SUI) 3x1 e 3x1 Nantes (FRA) 0x1 e 2x0 Vojvodina Novi Sad (IUG) 3x1 e 0x0 Dukla Praga (TCH) 2x1 Internazionale (ITA) Nacional, Lisboa Simpson; Craig, McNeill e Gemmill; Murdoch e Clark; Johnstone, Wallace, Chalmers, Auld e Lennox. Técnico: Jock Stein

1 2 Q S

4x0 e 0x0 Hibernians (MAL) 0x0 e 2x1 Sarajevo (IUG) 2x0 e 0x1 Gornik Zabrze (POL) 1x0 e 3x3 Real Madrid (ESP) 4x1 Benfica (POR), na prorrogação Wembley, Londres Stepney; Brennan, Stiles, Foulkes e Dunne; Crerand, Charlton e Sadler; Best, Kidd e Aston. Técnico: Matt Busby

19 1962/3 Mi Milan 1 2 Q S

8x0 e 6x 6x0 Union Luxembourg (LUX) 3x0 e 1x2 Ipswich (ING) 3x1 e 5x0 Galatasaray (TUR) 5x1 e 0x1 Dundee (ESC) 2x1 Benfica (POR) Wembley, Londres Ghezzi; David, Maldini e Trebbi; Benítez e Trapattoni; Pivatelli, Dino Sani, Altafini, Rivera e Mora. Técnico: Nereo Rocco

11961/2 96 Benfica Ben 1 1x1 e 5x1 Austria Viena (AUT) Q 1x3 e 6x0 Nuremberg (RFA) S 3x1 e 2x1 Tottenham (ING)

H G F E D C B A

11964/5 96 IInternazionale nte

5x3 Real Madrid (ESP) Olympisch, Amsterdã Costa Pereira; Mário João, Ângelo, Germano e Cruz; José Augusto, Cavém, Coluna e Simões; Eusébio e Águas. Técnico: Bela Guttmann

11960/1 96 Benfica Ben 2x1 e 3x0 Hearts (ESC) 6x2 e 1x2 Ujpest (HUN) 3x1 e 4x1 Aarhus (DIN) 3x0 e 1x1 Rapid Viena (AUT) 3x2 Barcelona (ESP) Wankdorf, Berna Costa Pereira; Mário João, Neto, Germano e Cruz; José Augusto, Ângelo, Coluna e Cavém; Santana e Águas. Técnico: Bela Guttmann

nar

1 primeira fase

história2.indd 3

2 segunda fase

G fase de grupos

Celtic de 1967: os primeiros britânicos a conquistarem a Europa eram escoceses

1G 1ª fase de grupos

2G 2ª fase de grupos

Central Press/Getty Images

P 1 Q S

O oitavas-de-final

Q quartas-de-final

S semifinais

final

13 9/7/07 3:54:07 AM


História

11970/1 97 AAjax ja

11969/70 96 FFeyenoord ey 1 2 Q S

12x2 e 4x 4x0 KR (ISL) 0x1 e 2x0 Milan (ITA) 0x1 e 2x0 Vorwärts Berlin (RDA) 0x0 e 2x0 Legia Varsóvia (POL) 2x1 Celtic (ESC), na prorrogação San Siro, Milão

1 2 Q S

Graafland; Romeijn (Haak), Laseroms, Israël e Van Duivenbode; Hasil e Jansen; Van Hanegem, Wery, Kindvall e Moulijn. Técnico: Ernst Happel

2x2 e 2x0 17 Nëntori (ALB) 3x0 e 2x1 Basel (SUI) 3x0 e 0x1 Celtic (ESC) 0x1 e 3x0 Atlético de Madrid (ESP) 2x0 Panathinaikos (GRE) Wembley, Londres

H G F E D C B A

1 2 Q S

2x0 e 0x0 Dynamo Dresden (RDA) 2x1 e 4x1 Olympique de Marselha (FRA) 2x1 e 1x0 Arsenal (ING) 1x0 e 0x0 Benfica (POR) 2x0 Internazionale (ITA) De Kuip, Roterdã

19 1978/9 Nottingham Forest No

11972/3 97 AAjax ja

1 2 Q S

2 3x1 e 3x0 CSKA Sófia (BUL) Q 4x0 e 1x2 Bayern de Munique (RFA) S 2x1 e 1x0 Real Madrid (ESP) 1x0 Juventus (ITA) Crvena Zvezda, Belgrado

19 1977/8 Liverpool Liv

11973/4 97 BBayern ay de Munique

2 5x1 e 1x2 Dynamo Dresden (RDA) Q 2x1 e 4x1 Benfica (POR) S 1x2 e 3x0 Borussia Mönchengladbach (RFA)

3x1 e 1x3 (4x3) Atvidaberg (SUE) 4x3 e 3x3 Dynamo Dresden (RDA) 4x1 e 1x2 CSKA Sófia (BUL) 0x0 e 2x0 Celtic (ESC) 1x1 e 4x0 Atlético de Madrid (ESP) Heysel, Bruxelas

2x0 Leeds (ING) Parc des Princes, Paris Maier; Beckenbauer, Schwarzenbeck, Dürnberger e Andersson (Weiss); Zobel, Roth e Kapellmann; Höness (Wunder), Müller e Torstensson. Técnico: Dettmar Cramer

2x0 e 0x 0x0 Liverpool (ING) 2x1 e 5x1 AEK (GRE) 4x1 e 1x1 Grasshoppers (SUI) 3x3 e 1x0 Colônia (RFA) 1x0 Malmö (SUE) Olympiastadion, Munique Shilton; Anderson, Lloyd, Burns e Clark; Francis, McGovern, Bowyer e Robertson; Woodcock e Birtles. Técnico: Brian Clough

Stuy; Suurbier, Hulshoff, Blankenburg e Krol; Neeskens, Mühren e Haan; Rep, Cruyff e Keizer. Técnico: Stefan Kovacs

2 3x2 e 2x1 Magdeburg (RDA) Q 2x0 e 0x1 Ararat Yerevan (URS) S 0x0 e 2x0 St. Etienne (FRA)

2x0 e 1x 1x1 Öster (SUE) 2x0 e 2x1 Arges Pitesti (ROM) 0x1 e 3x1 Dynamo Berlim (RDA) 2x0 e 0x1 Ajax (HOL) 1x0 Hamburg (RFA) Santiago Bernabéu, Madri Shilton; Anderson, Gray (Gunn), Lloyd e Burns; O’Neill, McGovern, Bowyer, Mills (O’Hare) e Robertson; Birtles. Técnico: Brian Clough

1x0 Club Brugge (BEL) Wembley, Londres

O Ajax campeão europeu antecipou a Laranja Mecânica de 1974

Clemence; Neal, Thompson, Hansen e Hughes; McDermott, Kennedy e Souness; Case (Heighway), Fairclough e Dalglish. Técnico: Bob Paisley

11975/6 97 BBayern ay de Munique

11974/5 97 BBayern ay de Munique

história2.indd 4

Clemence; Neal, Thompson, Hansen e A. Kennedy; Lee, McDermott, Souness e R. Kennedy; Dalglish (Case) e Johnson. Técnico: Bob Paisley

Stuy; Suurbier, Blankenburg, Hulshoff e Krol; Neeskens, Haan e Mühren; Swart, Cruyff e Keizer. Técnico: Stefan Kovacs

1 2 Q S

1x1 e 10x 10x1 OPS (FIN) 1x0 e 4x0 Aberdeen (ESC) 5x1 e 1x0 CSKA Sófia (BUL) 0x0 e 1x1 Bayern de Munique (RFA) 1x0 Real Madrid (ESP) Parc des Princes, Paris

19 1979/80 Nottingham Forest No

Maier; Hansen, Breitner, Schwarzenbeck e Beckenbauer; Roth, Zobel e Höness; Torstensson, Müller e Kapellmann. Técnico: Udo Lattek

14

1 2 Q S

Stuy; Neeskens, Hulshoff, Vasovic e Suurbier; Rijnders (Blankenburg) e Mühren; Swart (Haan), Cruyff, Van Dijk e Keizer. Técnico: Rinus Michels

11971/2 97 AAjax ja 1 2 Q S

19 1980/1 Liv Liverpool

1 2 Q S

5x0 e 3x1 Jeunesse d’Esch (LUX) 0x1 e 2x0 Malmö (SUE) 0x0 e 5x1 Benfica (POR) 1x1 e 2x0 Real Madrid (ESP) 1x0 St. Etienne (FRA) Hampden Park, Glasgow Maier; Hansen, Schwarzenbeck, Beckenbauer e Horsmann; Roth, Dürnberger, Kapellmann e Rummenigge; Müller e Höness. Técnico: Dettmar Cramer

19 1976/7 Liverpool Liv 1 2 Q S

2x0 e 5x0 Crusaders (IRN) 0x1 e 3x0 Trabzonspor (TUR) 0x1 e 3x1 St. Etienne (FRA) 3x1 e 3x0 Zürich (SUI) 3x1 Borussia Mönchengladbach (RFA) Olimpico, Roma Clemence; Neal, Jones, Smith e Hughes; Case, Kennedy, Callaghan e McDermott; Keegan e Heighway. Técnico: Bob Paisley

9/7/07 3:54:30 AM


5x0 e 2x0 Valur (ISL) 2x1 e 0x1 Dynamo Berlim (RDA) 0x0 e 2x0 Dynamo Kiev (URS) 1x0 e 0x0 Anderlecht (BEL) 1x0 Bayern de Munique (RFA) De Kuip, Roterdã

Hora da surpresa: Aston Villa supera Bayern e leva a Copa dos Campeões em 1982

Rimmer (Spink); Swain, Evans, McNaught e Williams; Bremner, Cowans e Mortimer; Shaw, With e Morley. Técnico: Tony Barton

História

1 2 Q S

Fotos Central Press/Getty Images

19 1981/2 Ast Aston Villa

1 2 Q S

1x1 e 2x0 Dynamo Berlim (RDA) 1x0 e 4x0 Olympiakos (GRE) 3x0 e 1x2 Dynamo Kiev (URS) 1x1 e 2x1 Real Sociedad (ESP) 1x0 Juventus (ITA) Olympiako, Atenas Stein; Kaltz, Hieronymus, Jakobs e Wehmeyer; Groh, Rolff, Magath e Milewski; Bastrup (Von Heesen) e Hrubesch. Técnico: Ernst Happel

19 1984/5 Juventus Juv

19 1983/4 Liverpool Liv 1 2 Q S

1x0 e 5x0 OB (DIN) 0x0 e 1x0 Athletic Bilbao (ESP) 1x0 e 4x1 Benfica (POR) 1x0 e 2x1 Dinamo Bucareste (ROM) 1x1 (4x2) Roma (ITA) Olimpico, Roma

1 2 Q S

19 1988/9 Milan Mi 2x0 e 5x 5x2 Vitosha (BUL) 1x1 e 1x1 (4x2) Estrela Vermelha (IUG) 0x0 e 1x0 Werder Bremen (RFA) 1x1 e 5x0 Real Madrid (ESP) 4x0 Steaua Bucareste (ROM) Camp Nou, Barcelona

1 2 Q S

1 2 Q S

4x0 e 1x 1x0 HJK (FIN) 2x0 e 0x1 Real Madrid (ESP) 0x0 e 2x0 Mechelen (BEL) 1x0 e 1x2 Bayern de Munique (RFA) 1x0 Benfica (POR) Prater, Viena G. Galli; Tassotti, Costacurta, Baresi e Maldini; Colombo (F. Galli), Rijkaard, Ancelotti (Massaro) e Evani; Gullit e Van Basten. Técnico: Arrigo Sacchi

história2.indd 5

3x0 e 0x2 Galatasaray (TUR) 2x1 e 2x0 Rapid Viena (AUT) 1x1 e 0x0 Bordeaux (FRA) 1x1 e 0x0 Real Madrid (ESP) 0x0 (6x5) Benfica (POR) Neckarstadion, Stuttgart Van Breukelen; Gerets, Van Aerle, R. Koeman, Nielsen e Heintze; Vanenburg, Linskens e Lerby; Kieft e Gillhaus (Janssen). Técnico: Guus Hiddink

11990/1 99 Vermelha EEstrela st 1 2 Q S

1x1 e 4x1 Grasshoppers (SUI) 3x0 e 1x1 Rangers (ESC) 3x0 e 3x0 Dynamo Dresden (RDA) 2x1 e 2x2 Bayern de Munique (RFA) 0x0 (5x3) Olympique de Marselha (FRA) San Nicola, Bari Stojanovic; Belodedici, Najdoski, Sabanadzovic, Jugovic, Marovic e Mihaijlovic; Binic, Savicevic (Stosic) e Prosinecki; Pancev. Técnico: Ljupko Petrovic

1x1 e 4x1 Vejle (DIN) 0x1 e 4x1 Honvéd (HUN) 0x0 e 1x0 Kuusysi (FIN) 0x1 e 3x0 Anderlecht (BEL) 0x0 (2x0) Barcelona (ESP) Sánchez Pizjuán, Sevilha Ducadam; Iovan, Belodedici, Bumbescu e Barbulescu; Balint, Balan (Iordanescu), Bölöni e Majaru; Lacatus e Piturca (Radu). Técnico: Emerich Jenei

11987/8 98 PPSV SV

G. Galli; Tassotti, Costacurta (F. Galli), Baresi e Maldini; Colombo, Rijkaard, Ancelotti e Donadoni; Gullit (Virdis) e Van Basten. Técnico: Arrigo Sacchi

19 1989/90 Milan Mi

1 2 Q S

Tacconi; Favero, Cabrini, Brio e Scirea; Bonini, Platini e Tardelli; Briaschi (Prandelli), Rossi (Vignola) e Boniek. Técnico: Giovanni Trapattoni

Grobbelaar; Neal, Lawrenson, Hansen e A. Kennedy; Johnston (Nicol), Lee, Souness e Whelan; Dalglish (Robinson) e Rush. Técnico: Joe Fagan

1 2 Q S

4x0 e 2x 2x1 Ilves Tampere (FIN) 2x0 e 4x2 Grasshoppers (SUI) 3x0 e 0x1 Sparta Praga (TCH) 3x0 e 0x2 Bordeaux (FRA) 1x0 Liverpool (ING) Heysel, Bruxelas

19 1985/6 Steaua Bucareste Ste

19 1986/7 Porto Po 1 2 Q S

9x0 e 1x0 Rabat Ajax (MAL) 0x1 e 3x0 Vitkovice (TCH) 1x0 e 1x1 Brondby (DIN) 2x1 e 2x1 Dynamo Kiev (URS) 2x1 Bayern de Munique (RFA) Prater, Viena

H G F E D C B A

11982/3 98 HHamburg am

Mlynarczyk; João Pinto, Celso, Eduardo Luís e Inácio (Frasco); Quim (Juary), André, Jaime Magalhães e Sousa; Madjer e Futre. Técnico: Artur Jorge

11991/2 99 BBarcelona ar 1 3x0 e 0x1 Hansa Rostock (RDA) 2 2x0 e 1x3 Kaiserslautern (RFA) 3x2 e 0x1 Sparta Praga (TCH)

G 0x0 e 2x1 Benfica (POR) 2x0 e 3x0 Dynamo Kiev (URS) Barcelona 1x0 Sampdoria (ITA) Wembley, Londres Zubizarreta; Eusebio, Ferrer, R. Koeman, Nando e Juan Carlos; Bakero, Guardiola (Alexanco) e M. Laudrup; Salinas (Goicoechea) e Stoichkov. Técnico: Johan Cruyff

15 9/7/07 3:54:46 AM


3x1 e 0x0 Helsingborg (SUE)

1G 3x1 e 1x1 Rosenborg (NOR) 0x1 e 2x0 Paris Saint-Germain (FRA) 1x0 e 0x3 Lyon (FRA) 2G 2x2 e 1x0 Arsenal (ING) 1x0 e 3x0 Spartak Moscou (RUS) Q 1x0 e 2x1 Manchester United (ING) S 1x0 e 2x1 Real Madrid (ESP) 1x1 (5x4) Valencia (ESP) Giuseppe Meazza, Milão

Kai Pfaffenbach/Reuters

H G F E D C B A

História

22000/1 00 BBayern ay de Munique

Bayern: decepção de 1999 vira alegria em 2001

19 1993/4 Milan Mi

11994/5 99 AAjax ja

0x0 Aarau (SUI) 1 1x0 e 0x 2 6x0 e 1x0 Kobenhavn (DIN)

2x0 e 2x0 Milan (ITA)

G 2x1 e 2x0 AEK (GRE) 0x0 e 1x1 Austria Salzburg (AUT)

0x0 e 0x0 Anderlecht (BEL) G 3x0 e 0x0 Porto (POR) 2x1 e 1x1 Werder Bremen (ALE) S 3x0 Monaco (FRA) 4x0 Barcelona (ESP) Spiros Louis, Atenas

Q 0x0 e 3x0 Hajduk Split (CRO) S 0x0 e 5x2 Bayern de Munique (ALE) 1x0 Milan (ITA) Ernst Happel, Viena Van der Sar, Reiziger, Blind, Rijkaard e F. de Boer; Davids, Finidi, Seedorf (Kanu) e R. de Boer; Litmanen (Kluivert) e Overmars. Técnico: Louis van Gaal

Rossi; Tassotti, Panucci, Galli e Maldini (Nova); Desailly, Albertini, Donadoni, Boban e Savicevic, Massaro. Técnico: Fabio Capello

19 1992/3 Oly Olympique de Marselha

19 1995/6 Juv Juventus

1 5x0 e 3x0 Glentoran (IRN) 2 0x0 e 2x0 Dinamo Bucareste (ROM)

G 3x0 e 0x0 Steaua Bucareste (ROM)

2x2 e 1x1 Rangers (ESC) G 3x0 e 1x0 Club Brugge (BEL) 1x1 e 6x0 CSKA Moscou (RUS) 1x0 Milan (ITA) Olympiastadion, Munique

4x1 e 4x0 Rangers (ESC) Q 0x1 e 2x0 Real Madrid (ESP) S 2x0 e 2x3 Nantes (FRA) 1x1 (4x2) Ajax (HOL) Olimpico, Roma

3x1 e 1x 1x2 Borussia Dortmund (ALE)

Barthez; Angloma (Durand), Di Meco e Boli; Sauzée, Desailly, Deschamps e Eydelie; Boksic, Völler (Thomas) e Abedi Pelé. Técnico: Raymond Goethals

Peruzzi; Pessotto, Torricelli, Vierchowod e Ferrara; Conte (Jugovic), Paulo Sousa (Di Livio), Deschamps e Del Piero; Vialli e Ravanelli (Padovano). Técnico: Marcello Lippi

OM: Justiça não tirou título dos franceses

11996/7 99 Dortmund BBorussia or 2x1 e 2x2 Widzew Lodz (POL) Georges Gobet/AFP

G 3x0 e 5x3 Steaua Bucareste (ROM)

16 história2.indd 6

1x0 e 1x2 Atlético de Madrid (ESP)

Q 3x1 e 1x0 Auxerre (FRA) S 1x0 e 1x0 Manchester United (ING)

Kahn; Sagnol (Jancker), Kuffour, Andersson e Lizarazu; Linke, Hargreaves, Effenberg e Scholl (Paulo Sérgio); Élber (Zickler) e Salihamidzic. Técnico: Ottmar Hitzfeld

19 1999/2000 Real Madrid Re 3x3 e 3x0 Olympiakos (GRE)

1G 4x1 e 1x0 Molde (NOR) 3x1 e 1x2 Porto (POR) 2x1 e 2x2 Dynamo Kiev (UCR) 2G 3x1 e 1x0 Rosenborg (NOR) 2x4 e 1x4 Bayern de Munique (ALE) Q 0x0 e 3x2 Manchester United (ING) S 2x0 e 1x2 Bayern de Munique (ALE) 3x0 Valencia (ESP) Stade de France, Saint-Denis Casillas; Salgado (Hierro), Karanka, Iván Campo e Roberto Carlos; McManaman, Redondo, Helguera e Raúl; Anelka (Sanchís) e Morientes (Sávio). Técnico: Vicente del Bosque

11998/9 99 Manchester United M a P 2x0 e 0x0 LKS Lódz (POL) 3x3 e 3x3 Barcelona (ESP)

G 2x2 e 1x1 Bayern de Munique (ALE) 6x2 e 5x0 Brondby (DIN)

Q 2x0 e 1x1 Internazionale (ITA) S 1x1 e 3x2 Juventus (ITA) 2x1 Bayern de Munique (ALE) Camp Nou, Barcelona Schmeichel; G. Neville, Johnsen, Stam e Irwin; Beckham, Butt, Giggs e Blomqvist (Sheringham); Yorke e Cole (Solskjaer). Técnico: Alex Ferguson

19 1997/8 Real Madrid Re 4x1 e 0x2 Rosenborg (NOR)

G 2x0 e 4x0 Porto (POR) 5x1 e 0x0 Olympiakos (GRE)

Q 1x1 e 3x0 Bayer Leverkusen (ALE) S 2x0 e 0x0 Borussia Dortmund (ALE)

3x1 Juventus (ITA) Olympiastadion, Munique

1x0 Juventus (ITA) Amsterdam Arena, Amsterdã

Klos; Kohler, Sammer e Kree; Lambert, Reuter, Paulo Sousa, Heinrich, Möller (Zorc); Riedle (Herrlich) e Chapuisat (Ricken). Técnico: Ottmar Hitzfeld

Illgner; Panucci, Hierro, Sanchis e Roberto Carlos; Karembeu, Seedorf, Redondo e Raúl (Amavisca); Mijatovic (Suker) e Morientes (Jaime). Técnico: Jupp Heynckes

9/7/07 3:55:06 AM


1x2 Slovan Liberec (TCH) 3P 1x0 e 1x

1G 4x0 e 0x2 Lokomotiv Moscou (RUS) 4x1 e 2x0 Anderlecht (BEL) 3x2 e 3x0 Sparta Praga (TCH) 2G 3x0 e 2x2 Panathinaikos (GRE) 1x0 e 2x1 Porto (POR) Q 1x2 e 2x0 Bayern de Munique (ALE) S 2x0 e 1x1 Barcelona (ESP) 2x1 Bayer Leverkusen (ALE) Hampden Park, Glasgow César (Casillas); Míchel Salgado, Hierro, Helguera e Roberto Carlos; Figo (McManaman), Makélélé (Flávio Conceição), Zidane e Solari; Raúl e Morientes. Técnico: Vicente del Bosque

1G

2G Q S

2x1 e 1x2 Lens (FRA) 4x0 e 1x2 Deportivo La Coruña (ESP) 2x1 e 2x1 Bayern de Munique (ALE) 1x0 e 1x3 Real Madrid (ESP) 1x0 e 0x1 Borussia Dortmund (ALE) 1x0 e 1x0 Lokomotiv Moscou (RUS) 0x0 e 3x2 Ajax (HOL) 0x0 e 1x1 Internazionale (ITA) Milan 0x0 (3x2) Juventus (ITA) Old Trafford, Manchester Dida; Costacurta (Roque Júnior), Nesta, Maldini e Kaladze; Gattuso, Pirlo (Serginho), Rui Costa (Ambrosini) e Seedorf; Shevchenko e Inzaghi. Técnico: Carlo Ancelotti

20 2003/4 Porto Po 1x1 e 2x 2x1 Partizan (SER)

G 1x3 e 1x1 Real Madrid (ESP) 3x2 e 1x0 Olympique de Marselha (FRA)

O 2x1 e 1x1 Manchester United (ING) Q 2x0 e 2x2 Lyon (FRA) S 0x0 e 1x0 Deportivo La Coruña (ESP) 3x0 Monaco (FRA) Arena AufSchalke, Gelsenkirchen Vítor Baía; Paulo Ferreira, Jorge Costa, Ricardo Carvalho e Nuno Valente; Pedro Mendes, Costinha, Maniche e Deco (Pedro Emanuel); Derlei (McCarthy) e Carlos Alberto (Alenichev). Técnico: José Mourinho

20 2004/5 Liverpool Liv Milan é hepta: Real Madrid já tem uma sombra

História

2x1 e 1x 1x1 Roma (ITA)

20 2002/3 Milan Mi

3P 2x0 e 0x1 Graz AK (AUT) 2x0 e 0x1 Monaco (FRA)

G 0x1 e 3x1 Olympiacos (GRE) 0x0 e 1x0 Deportivo La Coruña (ESP)

O 3x1 e 3x1 Bayer Leverkusen (ALE) Q 2x1 e 0x0 Juventus (ITA) S 0x0 e 1x0 Chelsea (ING) 3x3 (3x2) Milan (ITA) Atatürk, Istambul Dudek; Finnan (Hamann), Hyypiä, Carragher e Traoré; Kewell (Smicer), Xabi Alonso, Gerrard e Riise; Luis García e Baros (Cissé). Técnico: Rafa Benítez

22005/6 00 BBarcelona ar 2x0 e 3x1 Werder Bremen (ALE)

G 4x1 e 2x0 Udinese (ITA) 0x0 e 5x0 Panathinaikos (GRE)

O 2x1 e 1x1 Chelsea (ING) Q 0x0 e 2x0 Benfica (POR) S 1x0 e 0x0 Milan (ITA) 2x1 Arsenal (ING) Stade de France, Saint-Denis

H G F E D C B A

20 2001/2 Real Madrid Re

Valdés; Oleguer (Belletti), Puyol, Márquez e Van Bronckhorst; Edmílson, Deco e Van Bommel; Giuly, Eto’o e Ronaldinho. Técnico: Frank Rijkaard

20 2006/7 Milan Mi 2x1 Estrela Vermelha (SER) 3P 1x0 e 2x 3x0 e 0x1 AEK (GRE)

G 0x0 e 0x2 Lille (FRA) 1x0 e 4x1 Anderlecht (BEL)

Getty Images/AFP

O 0x0 e 1x0 Celtic (ESC) Q 2x2 e 2x0 Bayern de Munique (ALE) S 2x3 e 3x0 Manchester United (ING)

história2.indd 7

2x1 Liverpool (ING) Spiros Louis, Atenas Dida; Oddo, Nesta, Maldini e Jankulovski (Kaladze); Gattuso, Pirlo, Ambrosini, Seedorf (Favalli) e Kaká; Inzaghi (Gilardino). Técnico: Carlo Ancelotti

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Participantes H G F E D C B A

O torneio que todo por Ubiratan Leal m 21 de maio de 2008, amantes de futebol de todas as partes do mundo estarão atentos ao que ocorre em Moscou. Não importa quem sejam os finalistas – e eu apostaria, sem convicção alguma, em Manchester United x Liverpool – nem se o fuso horário permite que a partida seja vista ao vivo pela TV. A final da Liga dos Campeões é sempre um grande evento. O torneio não tem a cobertura de uma Copa do Mundo e, para um não-europeu, não desperta tanta paixão clubística. Ainda assim, é consenso que

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se trata da maior competição de clubes do mundo. Basicamente, a LC tem quase tudo o que alguém poderia querer em um torneio: arquibancadas cheias, grandes times, craques em profusão, estádios modernos, gramados perfeitos, transmissão de TV para o mundo todo e dinheiro rolando solto para os participantes. Nada a ver com o Brasileirão – mas tudo a ver com o que o torcedor brasileiro sonharia no nosso campeonato. Os críticos reclamam – às vezes com razão – de que

atenção recente dada à Rússia não foi a mais lisonjeira. Moscou esteve sob forte pressão, acusada de envolvimento no assassinato de um dissidente russo em Londres, cartelização do fornecimento de gás para Europa e Ásia, tráfico de influências e ameaça à frágil democracia local. Nesse contexto, a final da Liga dos Campeões de 2008 é mais um capítulo da inserção da “Nova Rússia” na Europa e em sua aristocracia. Com o poder militar, estratégico e econômico recuperados, o país de Vladimir Putin hospeda a final da copa continental mais importante do mundo querendo deixar uma boa im-

pressão que se estenda ao resto do país. Marcada para acontecer no Estádio Luzhniki, a final terá lugar em um gramado especial plantado exclusivamente para a ocasião, uma vez que a superfície usada normalmente é de grama sintética (escolhida por causa do rigor do inverno russo). Classificado com a melhor avaliação possível da Uefa, o Luzhniki tem uma capacidade alcançada por poucos campos europeus: 84.745 lugares – todos sentados. Erigida em 1956, a arena foi o palco dos imponentes espetáculos de abertura e encerramento dos Jogos Olímpicos de 1980, ainda com o nome de “Estádio

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Lênin”, quando sua capacidade superava os 100 mil lugares. Dois anos depois, em uma partida pela Copa Uefa, entre Spartak Moscou e Haarlem, o local entraria para a história por causa de uma das maiores tragédias do esporte. A torcida moscovita deixava as arquibancadas nos minutos finais quando o Spartak fez um gol que o recolocava na briga pela classificação. Uma massa de torcedores tentou voltar a seus lugares, em uma onda que entrou em choque com os que ainda iam embora. Várias pessoas morreram esmagadas ou pisoteadas na confusão. Os números oficiais do regime soviético fala-

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jogadores de todos os lugares, dá espaço a todos – inclusive para países supostamente periféricos no futebol, como Peru, Honduras, Burkina Fasso, Angola, China e Uzbequistão. É por isso que todos querem ver a Liga dos Campeões. É por isso que sua final, em 21 de maio de 2008, é tão importante. Não é apenas o encontro que define o melhor clube da Europa. É também o momento final de um processo que envolveu todo o mundo do futebol. Algo que ninguém consegue ignorar.

vam em 66 mortos, mas supõe-se que mais de 340 torcedores tenham perdido a vida, o que seria o maior número de mortos em um único jogo na história do futebol. Oito anos atrás, o Luzhniki foi sede de uma final européia. Naquela ocasião, o Parma conquistou a Copa Uefa, em cima do Olympique de Marselha. Imagens do capitão do Parma, Fabio Cannavaro, aplicando injeções em si mesmo, antes do jogo, em um quarto de hotel de Moscou, causariam um grande escândalo. Hoje, o estádio foi completamente reformulado e é usado pelo Spartak e pelo Torpedo, ambos clubes da capital russa.

Participantes

a Liga dos Campeões elitizou os campeonatos nacionais e tornou os clubes grandes dependentes dela (leia reportagem na página 62), deixando pouco espaço para surpresas. Até por isso, é inegável que os principais jogadores da atualidade estão na Europa e que a maioria deles tem na LC uma oportunidade de jogar no mais alto nível, todo ano. Comparar com a Copa do Mundo é complicado, mas dá para dizer que nenhum outro torneio chega tão perto de retratar o atual momento do futebol mundial. A LC envolve

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torneio queria ser

O palco da final Nome: Luzhniki Capacidade: 84.745 pessoas Dimensões do gramado: 104 x 67 m Inauguração: União Soviética 1x0 China, em 31/julho/1956 Proprietário: Olimpiski Komplex Luzhniki Usuários: Torpedo e Spartak Moscou

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Liverpool

Para provar que não foi sorte H G F E D C B A

Em três anos, Liverpool chegou a duas finais com um time limitado. Com reforços, torna-se adversário ainda mais difícil om um time que tinha Dudek, García, Kewell e Baros entre os titulares, o Liverpool foi campeão europeu, em 2005. Com Bellamy e Zenden, conseguiu, na temporada passada, chegar de novo à final da Liga dos Campeões. Resultados tão expressivos conseguidos com times cheios de jogadores medianos mostram que o Liverpool de Rafa Benítez é uma equipe que sempre deve ser levada a sério. Neste ano, aliás, os Reds têm que ser com mais seriedade ainda. No verão europeu, o time fez uma boa campanha de contratações, na qual melhorou ainda mais seu ótimo meio-campo e tentou corrigir sua principal deficiência: o ataque. Para esse setor, Rafa Benítez não economizou dinheiro. O técnico fez a

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contratação mais cara de 2007, ao trazer Fernando Torres do Atlético de Madrid, por € 35 milhões. O atacante espanhol vale tudo isso? Pelo currículo e pelo talento, não. Mas, se ele jogar o suficiente para “acordar” o ataque dos Reds, o investimento terá valido a pena. O Liverpool não confia apenas em Torres. O time contratou também o excelente ponta Ryan Babel, do Ajax – jogador que veio sem tanto alarde, mas tem potencial para virar um dos melhores do mundo. Para completar, chegou também Andrey Voronin, que se junta aos competentes (mas limitados) Peter Crouch e Dirk Kuyt. Não chega a ser um ataque dos sonhos, mas os Reds foram finalistas com linhas de frente piores... Daí para trás, o nível do time me-

Jogo histórico na LC

A

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Crouch

Torres

ME Babel

LE Riise

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Xabi

Gerrard

Z

Z

Agger

Carragher

Pennant

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Liverpool 3x3 Milan (23/5/2005) Intervalo da final da Liga dos Campeões. O limitado time do Liverpool perdia para o Milan, que deu um baile no primeiro tempo, por 3 a 0. O jogo estava perdido. Ou não. Na segunda etapa, os Reds conseguiram uma inacreditável recuperação, com três gols num espaço de seis minutos. Na prorrogação, outro milagre: Shevchenko ficou cara-a-cara com o goleiro Dudek, mas foi parado por uma defesa no melhor estilo Gordon Banks. Depois de tudo isso, nos pênaltis, só podia dar Liverpool, no que talvez tenha sido a melhor final de Liga dos Campeões em todos os tempos.

Fique de olho Daniel Agger Jogador dinamarquês de apenas 22 anos, Agger mostra uma regularidade incomum para um zagueiro de sua idade. Com isso, ganha cada vez mais espaço no Liverpool e já pode ser considerado um dos titulares na sólida defesa dos Reds. Considerado um dos melhores zagueiros jovens do mundo, jogou 14 vezes pela seleção dinamarquesa.

Finnan

Também acontece com eles

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20 grupo A.indd 2

Reina

O Liverpool foi fundado em 1892, depois que o Everton não concordou com o aumento do preço do aluguel de Anfield. Para ocupar o estádio vazio, John Houlding, dono do local, decidiu criar o clube – cujo nome original, aliás, era Everton Athletic.

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Darren Staples/Reuters

Liverpool Football Club www.liverpoolfc.tv

Títulos

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5 Ligas dos Campeões 3 Copas Uefa 18 Campeonatos Ingleses 7 Copas da Inglaterra 7 Copas da Liga Inglesa

Campanha na LC 2002/3 2003/4 2004/5 2005/6 2006/7 1ª fase

campeão oitavas

vice

Ranking da Uefa 3º Uniforme

grupo A.indd 3

José Manuel Reina (ESP) Charles Itandje (FRA) David Martin Steve Finnan (IRL) Sami Hyypiä (FIN) Daniel Agger (DIN) John Arne Riise (NOR) Fábio Aurélio (BRA) Álvaro Arbeloa (ESP) Jamie Carragher Emiliano Insúa (ARG) Harry Kewell (AUS) Steven Gerrard Xabi Alonso (ESP) Jermaine Pennant Javier Mascherano (ARG) Lucas (BRA) Mohamed Sissoko (MLI) Ryan Babel (HOL) Sebastian Leto (ARG) Fernando Torres (ESP) Andrey Voronin (UCR) Yossi Benayoun (ISR) Peter Crouch Dirk Kuyt (HOL)

31/8/1982 2/11/1982 22/1/1986 20/4/1976 7/10/1973 12/12/1984 24/9/1980 24/9/1979 17/1/1983 28/1/1978 7/1/1989 22/9/1978 30/5/1980 25/11/1981 15/1/1983 8/6/1984 9/1/1987 22/1/1985 19/12/1986 30/8/1986 20/3/1984 21/7/1979 5/5/1980 30/1/1981 22/7/1980

Técnico Rafa Benítez (ESP)

*lista não oficial

goleiros

Elenco completo*

defensores

nas partidas de LC. Quando jogam em frente a sua torcida, então, o efeito é duplicado. Por outro lado, não se pode deixar de mencionar que o desempenho da equipe como visitante é bem fraco: sofreu 11 derrotas, em 2006/7. Resta ver, também, qual vai ser o foco dos Reds nesta temporada. Apesar do excelente desempenho recente na Liga dos Campeões, os resultados da equipe no Campeonato Inglês são decepcionantes. Neste ano, Rafa Benítez poderia tentar um assalto ao título da Premier League, em vez de apostar todas as fichas na LC – e isso pode afetar as chances do Liverpool na competição. Defesa forte, meio-campo excelente, ataque reforçado. Força dentro de casa, um ótimo técnico e tradição na competição. Apesar da falta de supercraques, o clube tem tudo o que um time forte precisa. Mas depois, se o Liverpool chegar de novo à final da Liga dos Campeões, ainda vai ter gente dizendo que foi surpresa... [TRA]

Anfield (45.400 lugares) A

meias

lhora muito. Os meias do Liverpool são excelentes, principalmente no centro, onde o time conta com Gerrard, Xabi Alonso, Sissoko e Mascherano – além do recém-contratado brasileiro Lucas. Com cinco nomes de alto nível, o Liverpool terá um meio-campo forte, criativo e com grande poder de marcação sempre, independentemente de suspensões ou contusões. Na defesa, a situação também é boa. Riise, Agger, Carragher, Finnan, Hyypiä e Arbeloa não são craques de renome internacional, mas dão conta do recado e transmitem segurança. Além disso, são ajudados pela forte marcação do meio-campo e pelo bom goleiro Reina. Faltou, ainda, falar sobre outro enorme trunfo do Liverpool: o estádio de Anfield. Na Liga dos Campeões passada, o time venceu seis dos sete jogos que disputou em casa (e a única derrota, frente ao Barcelona, valeu a classificação para as quartas-de-final). Pela tradição, os Reds sempre crescem

Estádio E

atacantes

Gerrard ainda é a referência do Liverpool, mas o time reforçou-se bem para a temporada

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Fatih Saribas/Reuters

Besiktas Besiktas Jimnastik Kulübü www.bjk.com.tr

Títulos 12 Campeonatos Turcos 7 Copas da Turquia

2002/3 2003/4 2004/5 2005/6 2006/7 1ª fase

Ranking da Uefa 56º Uniforme

Águias tentam alçar vôo Estádio BJK Inönü (32.145 lugares)

22 grupo A.indd 4

Na década de 1990, o McDonald’s abriu uma unidade no bairro de Besiktas. O problema é que toda a comunicação da rede de lanchonetes é nas cores vermelho e amarelo, as mesmas do Galatasaray, rival das Kara Kartallar. Depois de muitos protestos da torcida do Besiktas, a empresa norte-americana teve de abrir uma exceção e decorar a loja em preto e branco.

atacantes

Também acontece com eles

Rüstü Reçber Hakan Arikan Atilla Özmen Lamine Diatta (SEN) Ali Tandogan Ibrahim Toraman Gökhan Zan Baki Mercimek Serdar Kurtulus Mehmet Sedef Ibrahim Kas Mustafa Dogan Edouard Cissé (FRA) Ricardinho (BRA) Ibrahim Üzülmez Koray Avci Rodrigo Tello (CHI) Burak Yılmaz Serdar Özkan Ibrahim Akin Matías Delgado (ARG) Mert Nobre Bobô (BRA) Federico Higuaín (ARG) Batuhan Karadeniz

10/5/1973 17/8/1982 11/5/1988 2/7/1975 25/12/1977 20/11/1987 7/9/1981 18/9/1982 23/7/1987 5/8/1987 20/9/1986 1º/1/1976 30/3/1978 23/5/1976 10/3/1974 19/3/1979 14/10/1979 15/7/1985 1º/1/1987 4/1/1984 15/12/1982 6/11/1980 1º/1/1985 25/10/1984 24/4/1991

Técnico Ertugrul Saglam

*lista não oficial

Elenco completo* goleiros

O

ficar na mesma situação, preterido por Arikan, outro jovem em grande fase. A grande novidade das Kara Kartallar para a temporada é o jovem técnico Ertugrul Saglam, de 37 anos. Ele jogou em Dolmabahçe por seis anos (ex-atacante, marcou 103 gols pelo Besiktas) e vem de um ótimo trabalho no pequeno Kayserispor. Depois de pegar o time na zona do rebaixamento, o conduziu a um título europeu. Não que a Copa Intertoto de 2006 seja a última bolacha do pacote, mas, no nível do futebol turco, é algo a ser considerado — até porque o Kayserispor tornou-se o segundo clube turco a ter um campeonato continental no currículo (o Galatasaray levou a Copa Uefa e a Supercopa). Com esse retrospecto, os torcedores do Besiktas esperam que seu novo técnico tenha sucesso dirigindo um dos clubes mais populares da Turquia. É uma tarefa difícil, considerando que o elenco tem como principais destaques Ricardinho, Bobô, Mert Nobre (nome do atacante Márcio Nobre, ex-Cruzeiro, depois de se naturalizar turco), Toraman e Cissé — jogadores que estão longe de impressionar qualquer força européia. [MK]

defensores

Besiktas começa sua caminhada na Liga dos Campeões mantendo a base formada na temporada anterior — a mesma que conquistou o bicampeonato da Copa da Turquia e que fez um ótimo papel na Süper Lig, ficando na segunda posição. Esse resultado garantiu a volta das Kara Kartallar (“Águias Negras”, em turco) à principal competição continental de clubes do mundo, depois de três edições (a última foi a 2003/4). Não parece muito, mas, para uma potência de um país que tem duas vagas na LC e apenas três times grandes, é um período considerável. Em relação à temporada passada, as alterações na equipe titular são as saídas do goleiro Vedran Runje e dos meias Kléberson e Ali Gunes, substituídos por Hakan Arikan, Rodrigo Tello e Edouard Cissé, respectivamente. Também chegou o atacante argentino Federico Higuaín (irmão de Gonzalo, do Real Madrid). Além disso, o clube turco se dá ao luxo de deixar no banco Rüstü Reçber. O goleiro, destaque na Copa do Mundo de 2002, vive uma situação curiosa. Ele deixou o Fenerbahçe porque estava na reserva de Volkan Demirel, mas deve

meias

H G F E D C B A

Campanha na LC Com elenco modesto, Besiktas tem poucas ambições na LC

9/7/07 4:32:13 AM


Olympique de Marselha Olympique busca recuperar prestígio internacional

Olympique de Marseille www.om.net

Títulos

2002/3 2003/4 2004/5 2005/6 2006/7 1ª fase

Ranking da Uefa 39º

Benoit Tessier/Reuters

Campanha na LC

Uniforme

O retorno do OM

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Estádio Vélodrome (60.000 lugares)

atacantes

*lista não oficial

meias

defensores

goleiros

Elenco completo*

grupo A.indd 5

Cédric Carrasso Steve Mandanda Sébastien Hamel Habib Beye (SEN) Gaël Givet Julien Rodriguez Jacques Faty Ronald Zubar Taye Taiwo (NIG) Laurent Bonnart Lorik Cana (ALB) Benoit Cheyrou Modeste M’Bami (CAM) Karim Ziani (AGL) Wilson Oruma (NIG) Boudewijn Zenden (HOL) Samir Nasri Mathieu Valbuena Salim Arrache Vincent Gragnic Djibril Cissé Mamadou Niang (SEN) Andre Ayew (GAN) Matt Moussilou Fabrice Fiorèse

uando Basile Boli levantou a taça da Copa dos Campões em 1993, o Olympique de Marselha entrou para a história. Até hoje, é o único clube francês campeão do principal torneio interclubes da Europa. Meses depois, porém, o escândalo de suborno de adversários manchou a conquista e iniciou um período tenebroso para o OM. Rebaixado para a Ligue 2, aos poucos o time recuperou sua dignidade. Agora, planeja resgatar seu prestígio no continente e incomodar seus rivais na LC. Os marselheses preparam-se para iniciar a vida sem Ribéry. Um dos principais jogadores da equipe nos últimos anos, o meia-atacante foi vendido ao Bayern de Munique. O Olympique lamenta a perda, mas comemora a entrada de € 26 milhões em seus cofres. O valor é suficiente para montar um elenco competitivo para esta temporada. Melhor ainda: com o dinheiro proveniente da LC 2007/8, o clube terá condições de reforçar ainda mais o time para a temporada 2008/9, real objetivo no Vélodrome. Obviamente, isso não significa que o clube pensará apenas em juntar dinhei-

30/12/1981 28/3/1985 20/11/1975 19/10/1977 9/10/1981 11/6/1978 25/2/1984 20/9/1985 16/4/1985 25/12/1979 27/7/1983 3/5/1981 9/10/1982 17/8/1982 30/12/1976 15/8/1976 26/6/1987 28/9/1984 14/7/1982 23/6/1983 12/8/1981 13/10/1979 17/12/1989 1º/6/1982 26/7/1975

Técnico Albert Emon

ro. Ao contrário de outros anos, o OM soube solucionar seus pontos fracos. Para começar, negociou a contratação em definitivo de Djibril Cissé e a chegada de Zenden. Mesmo sem ser um craque, o holandês dá mais opções ofensivas ao técnico Albert Emon. As principais mudanças serão sentidas na defesa, ponto fraco da equipe na temporada passada. O setor ganhou mais experiência com as chegadas de Givet e Faty. Apesar das caras novas, ainda há uma certa carência pela esquerda. O nigeriano Taiwo é bom no apoio e em cobranças de falta, mas costuma deixar um grande espaço às suas costas. Para ampliar a capacidade criativa da equipe, o OM contará com Ziani, destaque do Sochaux, e Cheyrou, exAuxerre. No entanto, a grande aposta dos marselheses é Nasri. O meia formou uma excelente dupla com Ribéry, mas precisará repetir as boas atuações mesmo com a responsabilidade de ser o cérebro da equipe. Se a exigente torcida, que costuma exercer papel negativo dentro do próprio Vélodrome, permitir, o Olympique pode dar trabalho. [RE]

H G F E D C B A

1 Liga dos Campeões 8 Campeonatos Franceses 10 Copas da França

Também acontece com eles O Olympique é o clube de maior torcida na França e o único do país que conquistou a LC. Curiosamente, ele quase não se tornou um clube de futebol. O OM foi fundado em 1892, para a prática do rúgbi. Apenas pela influência de associados ingleses e alemães que a instituição adotou o futebol. Além disso, seu estádio, o Vélodrome, como o nome indica, tinha como objetivo principal receber provas de ciclismo.

23 9/7/07 3:38:54 AM


Miguel Riopa/AFP

Porto O Porto confia nos gols de Lisandro López para passar de fase

Futebol Clube do Porto www.fcporto.pt

2 Ligas dos Campeões 2 Mundiais de Clubes 1 Copa Uefa 26 Campeonatos Portugueses 13 Copas de Portugal

Campanha na LC 2002/3 2003/4 2004/5 2005/6 2006/7 campeão oitavas 1ª fase

Estádio Estádio do Dragão (50.948 lugares)

Elenco completo*

grupo A.indd 6

atacantes

Em 6 de agosto de 2007, a delegação do Porto voltava para Portugal, após o clube sagrar-se campeão do Torneio de Roterdã. A chegada estava prevista para as 16:10. Entretanto, o avião saiu atrasado em mais de duas horas da Holanda e foi obrigado a pousar em Lisboa. Um diretor do clube, insatisfeito com os atrasos e com a falta de lugares para a conexão, discutiu com o chefe de cabine e foi expulso da aeronave. A delegação toda se revoltou, abandonou o avião e voltou para casa de ônibus. Chegaram em casa às 2:00 do dia seguinte.

Hélton (BRA) 18/5/1978 Ventura 14/1/1988 Nuno 25/1/1974 Bruno Alves 27/11/1981 Pedro Emanuel 11/2/1975 2/4/1983 Milan Stepanov (SER) 26/1/1983 Marek Cech (ESQ) Jorge Fucile (URU) 19/11/1984 João Paulo 6/6/1981 1º/6/1977 Lino (BRA) Paulo Assunção (BRA) 25/1/1980 Ricardo Quaresma 29/9/1983 19/1/1981 Lucho González (ARG) 5/5/1981 Mariano González (ARG) Bosingwa 24/8/1982 Raul Meireles 17/3/1983 13/5/1977 Tarik Sektioui (MAR) 17/2/1985 Mario Bolatti (ARG) Leandro Lima (BRA) 19/12/1987 5/5/1982 Przemyslaw Kazmierczak (POL) Lisandro López (ARG) 2/3/1983 29/5/1980 Ernesto Farías (ARG) Hélder Postiga 2/8/1982 3/1/1979 Adriano (BRA) 3/1/1987 Edgar (BRA) Técnico Jesualdo Ferreira

*lista não oficial

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e o ataque, graças ao voluntarismo de Paulo Assunção, ao talento de Quaresma e ao oportunismo de Lisandro López. O técnico Jesualdo Ferreira testou diversas vezes um esquema baseado no 4-3-3, para aproveitar o potencial ofensivo da equipe, que ainda pode ter Adriano ou Hélder Postiga mais à frente. É provável que, diante de adversários mais perigosos, opte para um 4-4-2 mais precavido, recheando o meio-campo com Raul Meireles e Kazmierczak. O maior problema será manter Quaresma em janeiro, quando se reabre o mercado europeu. A seu favor, o Porto conta com a tradição de ter vencido duas Ligas dos Campeões. De todo modo, tudo dependerá de como a equipe se comportará em casa. Em 2005/6, os Dragões decepcionaram em seu estádio e ficaram em último lugar, numa chave que contava com Internazionale, Rangers e Artmedia. Desse modo, se passar da primeira fase, o Porto estará no lucro. Certamente, não se trata, nos dias de hoje, uma equipe atrativa para os ricos apostadores das casas inglesas. [ZM]

goleiros

Porto inicia a nova temporada cheio de incertezas, após ter cumprido um primeiro semestre bastante irregular. Basta dizer que, em janeiro de 2007, foi eliminado da Copa de Portugal em casa pelo Atlético de Lisboa (clube da terceira divisão). No Campeonato Português, os Dragões ainda deixaram cair por terra uma vantagem de sete pontos obtida no primeiro turno para só confirmarem o título nacional na última rodada. Se o time dava sinais de debilidade na primeira metade do ano, o que dizer depois da saída do zagueiro Pepe, para o Real Madrid, e do meia Anderson, para o Manchester United? Os valores que o clube auferiu com as duas transferências (€ 55 milhões) não foram repassados para a contratação de reforços de peso, e o elenco portista pode sentir-se ainda mais frágil sem a presença dos dois brasileiros – basta lembrar que Pepe vinha sendo o melhor zagueiro do futebol português, nos últimos dois anos. O ponto forte da equipe está certamente na ligação entre o meio-campo

defensores

Sob o signo da incerteza

Uniforme

Também acontece com eles

24

oitavas

Ranking da Uefa 11º

meias

H G F E D C B A

Títulos

9/7/07 3:39:04 AM


Scanpix Norway/Reuters

Rosenborg Rosenborg Ballklub www.rbk.no

Títulos 20 Campeonatos Noruegueses 9 Copas da Noruega

2002/3 2003/4 2004/5 2005/6 2006/7 1ª fase

3ª fase prelim.

1ª fase

1ª fase

Em má fase, Rosenborg conta com experiência para avançar na LC

Ranking da Uefa 80º Uniforme

Rotina de fim de ano

R

Estádio Lerkendal (21.166 lugares)

* nessa região, não há aproximação suficiente no Google Earth

atacantes

*lista não oficial

meias

defensores

goleiros

Elenco completo*

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Lars Hirschfeld (CAN) Alexander Lund Hansen Ole Lilleas Mika Koppinen (FIN) Fredrik Stoor (SUE) Christer Basma Vidar Riseth Alejandro Lago (URU) Andreas Nordvik Bjorn Tore Kvarme Mikael Dorsin (SUE) Lars Ramstad Roar Strand Didier Ya Konan (CMA) Per Ciljan Skjelbred Alexander Tettey (GAN) Abdoulrazak Traoré (CMA) Marek Sapara (ESQ) Arton Ademi Youssouf Koné (BFA) Steffen Iversen Thomas Valo Oyvind Storflor Jo Sondre Aas Michael Kleppe Jamtfall

epetita iuvant. “As repetições ajudam”, diz a expressão em latim. Se ela for verdadeira, o Rosenborg dificilmente poderia ser mais ajudado, no que diz respeito à Liga dos Campeões. Vencedor de 14 dos últimos 15 campeonatos nacionais, o time norueguês fez da participação na principal competição do continente um saudável hábito de fim de ano. Desde a temporada 1995/6, o Rosenborg só ficou fora da fase de grupos em duas oportunidades. As participações freqüentes na LC permitiram ao clube de Trondheim criar um abismo financeiro – e esportivo – entre ele e seus concorrentes locais. Na Europa, porém, o Rosenborg tem vivido apenas de brilhos esporádicos, como nas duas oportunidades em que conseguiu ir além dos grupos. A primeira, em 1996/7, foi memorável. A classificação para as quartas-de-final veio com vitória por 2 a 1 sobre o Milan no San Siro, eliminando os italianos. Vencer fora de casa, no entanto, é fato raro para os Troillongan, na LC. As melhores participações basearam-se

17/10/1978 6/10/1982 22/7/1989 5/7/1978 28/2/1984 1º/8/1972 21/4/1972 28/6/1979 18/3/1987 17/6/1972 6/10/1981 12/5/1989 2/2/1970 22/5/1984 16/6/1987 4/4/1986 28/12/1988 31/7/1982 21/11/1989 19/2/1982 10/11/1976 23/4/1989 18/12/1979 2/6/1989 24/3/1987

Técnico Knut Torum

em um desempenho sólido no estádio Lerkendal, onde têm o frio como valioso aliado. O problema é que até essa força desapareceu nas campanhas mais recentes. A última vitória em casa na fase de grupos foi em 2001, sobre o Celtic. O Rosenborg não chega à LC em sua melhor forma. Pela segunda vez em três anos, está longe da briga pelo título norueguês – que segue o calendário solar – e tem no comando um técnico inexperiente. Knut Torum, de apenas 36 anos, assumiu em 2006 como interino e foi efetivado, depois de Per Mathias Hogmo aposentar-se por problemas de saúde. Dentro de campo, a referência é Iversen. O atacante de 30 anos é fortemente identificado com o clube e responsável pela maioria dos gols. Outro nome importante é o marfinense Ya Konan, meia que concorreu com Drogba ao prêmio de melhor jogador do país africano em 2006. Por outro lado, a saída do hábil meia Braaten para o Bolton, da Inglaterra, e a defesa pouco confiável devem impedir que o Rosenborg tenha maiores ambições no torneio. [LB]

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Campanha na LC

Também acontece com eles Nem todo mundo em Trondheim torce para o Rosenborg. Em 1992, um grupo de estudantes de física da Universidade de Trondheim uniu-se pelo ódio ao clube. Não apenas torce contra, como vai a todos os jogos no Lerkendal para apoiar o adversário. É o “Fanklubben Heia Bortelaget” (“Fã-Clube Dá-lhe Time Visitante”, em norueguês), que, inclusive, dá um troféu para o visitante que vence no Lerkendal e para o árbitro que marca um pênalti contra o Rosenborg. A “torcida contra” já se organiza para dar força a Chelsea, Schalke 04 e Valencia.

25 9/7/07 3:43:03 AM


Chelsea Forte no campo e no banco H G F E D C B A

Chelsea tem pelo menos dois bons jogadores para cada posição. Só falta um pouco mais de brilho udicini; Belletti, Alex, Ben Haim e Bridge; Sidwell, Maké-lélé, Mikel e Joe Cole; Pizarro e Kalou. Até onde um time como esse chegaria na Liga dos Campeões? Não seria favorito ao título, mas teria condições de, com um pouco de sorte, chegar até as quartas-de-final. Essa é a medida da força do Chelsea: um time tão rico que se dá ao luxo de ter no banco nomes como Alex, zagueiro da Seleção Brasileira, Joe Cole, titular da Inglaterra, e Makélélé, ainda hoje considerado um dos melhores volantes do mundo. Com o dinheiro “infinito” do dono Roman Abramovich, o Chelsea construiu um elenco praticamente sem falhas. O goleiro é excelente, a defesa é muito sólida e regular, o meio-campo alia pegada e criatividade, e o ataque

conta com dois dos melhores goleadores da atualidade. No caso de mudanças táticas, contusões ou suspensões, o técnico José Mourinho tem à disposição um excelente banco de reservas. No papel, o Chelsea aproxima-se da perfeição. Na prática, porém, falta uma coisa aos Blues: brilho. Os ingleses têm um dos melhores times do mundo, mas raramente realizam exibições que justifiquem essa chancela. Na verdade, a equipe de Mourinho é mais conhecida por vitórias seguras, mas frias, em que bastam um ou dois ataques mais incisivos para derrotar o adversário. Comparações com a imagem que tradicionalmente se faz da Juventus não são despropositadas. O problema é que, na temporada passada, nem essa regularidade o Chelsea teve. Justamente quando foram com-

C

Conflitos internos e falta de brilho de alguns craques podem minar a campanha do Chelsea

Jogo histórico na LC

LE A. Cole

A

A

Drogba

Shevchenko

M

M

Lampard

WrightPhillips

V

V

Malouda

Essien

Z

Z

Terry

R. Carvalho

Chelsea 4x2 Barcelona (8/3/2005) No jogo de ida das oitavas-de-final, o Barcelona venceu uma partida agitada por 2 a 1. Na volta, o Chelsea começou arrasador, marcando três gols nos primeiros 20 minutos. Então, foi a hora de Ronaldinho Gaúcho brilhar, com dois gols: um de pênalti e um golaço da entrada da área. O Barcelona parecia rumar para a classificação, até que, aos 31 minutos do segundo tempo, John Terry marcou o quarto do Chelsea, num lance duvidoso. É em jogos como esse que nascem as grandes rivalidades.

Fique de olho

LD P. Ferreira

John Mikel Obi O nigeriano ganhou as manchetes em 2005, quando foi o centro de uma disputa judicial entre Chelsea e Manchester United. No final, os Blues ficaram com o meia, mas tiveram que pagar € 24 milhões por ele. Embora ainda esteja longe de justificar esse valor, Mikel ganha cada vez mais espaço no time titular e mostra que tem verdadeiro talento. É o mais jovem dentre os jogadores que o Chelsea deverá colocar em campo nesta Liga dos Campeões.

Também acontece com eles

G

26 grupo B.indd 2

Cech

Uma libra. Foi esse o valor que Ken Bates pagou para comprar o Chelsea, em 1982. Nessa época, o clube estava praticamente falido e ainda por cima corria risco de cair para a terceira divisão inglesa.

9/7/07 3:43:12 AM


Toby Melville/Reuters

Chelsea Football Club www.chelseafc.com

Títulos

Campanha na LC 2002/3 2003/4 2004/5 2005/6 2006/7 semi

semi

oitavas

semi

Ranking da Uefa 7º Uniforme

Estádio Stamford Bridge (42.400 lugares)

grupo B.indd 3

defensores

goleiros

Elenco completo

meias

que não reclamarão se ficarem na reserva. A única posição que continuou aquém do desejado é a lateral direita, onde nem Paulo Ferreira nem Belletti inspiram confiança. Um problema que pode prejudicar o Chelsea é a pressão. Com a fortuna que já foi gasta por Abramovich, apenas o título da Liga dos Campeões satisfará a diretoria. Nesse aspecto jogadores como Shevchenko podem ser a chave. Se Mourinho fizer figurões como o ucraniano jogarem seu melhor futebol, os Blues terão o brilho que lhes faz falta. Mas não se deixe enganar: mesmo com algumas ressalvas, o Chelsea ainda é um timaço, candidato ao título da Liga dos Campeões. Apesar da antipatia, Mourinho é um dos melhores técnicos do mundo, já ganhou a LC uma vez e tem à disposição um elenco excelente. Se isso não for suficiente para superar a falta de tradição dos Blues no torneio, é porque tem coisas que o dinheiro realmente não compra. [TRA]

atacantes

prados os superastros que faltavam ao time – Ballack e Shevchenko –, o caldo desandou. Ambos decepcionaram, o novo esquema tático não deu certo, e os Blues perderam tanto a LC quanto o título inglês. Para piorar, Mourinho desentendeu-se com a cúpula do Chelsea, e seu emprego ficou ameaçado. Com isso, jogadores que estão no banco ou são forçados a atuar fora de posição, que antes baixavam a cabeça docilmente, agora ensaiam contestações ao português. Cada vez mais, imprensa e torcida também questionam decisões do treinador. Para esta temporada, o clube não contratou nenhum figurão – o único nome caro que chegou foi o meia Malouda, que veio do Lyon por € 20 milhões. Os Blues preferiram aumentar o leque de opções em todas as posições, para evitar que contusões como a de Terry na temporada passada prejudiquem demais a equipe. Assim, foram trazidos jogadores bons, mas

1 23 40 3 6 18 20 22 26 33 35 4 5 8 9 10 12 15 24 7 11 14 21

Petr Cech (TCH) Carlo Cudicini (ITA) Henrique Hilário (POR) Ashley Cole Ricardo Carvalho (POR) Wayne Bridge Paulo Ferreira (POR) Tal Ben Haim (ISR) John Terry Alex (BRA) Belletti (BRA) Claude Makélélé (FRA) Mickaël Essien (GAN) Frank Lampard Steve Sidwell Joe Cole John Mikel Obi (NIG) Florent Malouda (FRA) Shaun Wright-Philips Andriy Shevchenko (UCR) Didier Drogba (CMA) Claudio Pizarro (PER) Salomon Kalou (CMA)

20/5/1982 6/9/1973 21/10/1975 20/12/1980 18/5/1978 5/8/1980 18/1/1979 31/3/1982 7/12/1980 17/6/1982 20/6/1976 18/2/1973 8/12/1972 20/6/1978 14/12/1982 8/11/1981 22/4/1987 13/6/1980 25/10/1981 29/9/1976 11/3/1978 3/10/1978 5/8/1985

Técnico José Mourinho (POR)

H G F E D C B A

2 Recopas 3 Campeonatos Ingleses 4 Copas da Inglaterra 4 Copas da Liga Inglesa

27 9/7/07 3:43:42 AM


Alex Grimm/Reuters

Schalke 04 Fussball Club Gelsenkirchen-Schalke 04 www.schalke04.de

Títulos

N

o vice na última Bundesliga, foram embora dois nomes importantes: Lincoln e Hamit Altintop. A saída do turco para o Bayern de Munique foi relativamente fácil de ser compensada, mas não a do brasileiro. Sem o ex-atleticano, o técnico Mirko Slomka teve de armar a equipe num esquema diferente daquele que vinha jogando nos últimos três anos. Agora, o Schalke atua com um jogador de referência no meio-campo, entre os volantes e os atacantes — isso enquanto o croata Rakitic não se adapta ao time. Em geral, o elenco dos Azuis Reais é experiente e capaz de lidar com qualquer tipo de pressão. Na defesa, a dupla Bordon-Krstajic está acima dos 30 anos e tem rodagem em competições internacionais, o que deve compensar a juventude do bom goleiro Neuer, uma das revelações da última temporada. O Schalke tem um time forte, com uma base que joga junta há mais de duas temporadas, e é capaz de enfrentar qualquer adversário. Resta saber se os Azuis conseguirão segurar a pressão ou se vão amarelar, mesmo apoiados por sua fanática torcida. [CEF]

1ª fase

Ranking da Uefa 26º Uniforme

Estádio Veltins-Arena (61.482 lugares)

Elenco completo*

28 grupo B.indd 4

Em 2002, o Schalke 04 conquistou o bicampeonato da Copa da Alemanha. Para uma equipe que não vence a Bundesliga desde 1958, festejar um título nacional dessa magnitude tem quase a mesma importância. A euforia dos jogadores foi tamanha que, durante as comemorações, a taça caiu no chão e quebrou. A original voltou à Federação Alemã e foi arrumada. Na sala de troféus dos Azuis Reais, porém, a réplica está danificada.

atacantes

Também acontece com eles

Manuel Neuer Mathias Schober Toni Tapalovic (CRO) Heiko Westermann Mathias Abel Bordon (BRA) Dario Rodríguez (URU) Rafinha (BRA) Mladen Krstajic (SER) Christian Pander Levan Kobiashvili (GEO) Gustavo Varela (URU) Fabian Ernst Ivan Rakitic (CRO) Jermaine Jones Mesut Özil Carlos Grossmüller (URU) Zlatan Bajramovic (BOS) Mimoun Azaouagh Markus Heppke Soren Larsen (DIN) Peter Lovenkrands (DIN) Gerald Asamoah Halil Altintop (TUR) Kevin Kuranyi

27/3/1986 8/4/1976 10/10/1980 14/8/1983 22/6/1981 7/1/1976 17/9/1974 7/9/1985 4/3/1974 28/8/1983 10/7/1977 14/5/1978 30/5/1979 10/3/1988 3/11/1981 15/10/1988 4/5/1983 12/8/1979 17/11/1982 11/4/1986 6/9/1981 29/1/1980 3/10/1978 8/12/1982 2/3/1982

Técnico Mirko Slomka

*lista não oficial

a Alemanha, o Schalke 04 virou motivo de piada. Só nesta década, o time perdeu a chance de acabar com os quase 50 anos de jejum de títulos da Bundesliga em duas oportunidades. Em ambas, os Azuis Reais estavam com a mão na taça. Se, em casa, o time tem essa fama de amarelão, não é exagero estendê-la para competições internacionais. Por isso, o Schalke aposta na experiência para evitar um fracasso em seu retorno à Liga dos Campeões. Houve uma mudança de estratégia em relação ao time que fez desastrosa campanha em 2005/6, quando o clube de Gelsenkirchen investiu uma fortuna em reforços – mais no salário que nas transferências – e foi eliminado na primeira fase da LC. Esse tropeço foi um desastre para as finanças do Schalke, que demorou duas temporadas para se recuperar – retomada que aconteceu, em grande parte, graças à chegada de um patrocinador cheio da grana, a concessionária russa de gás Gazprom. Até por necessidade, a idéia neste ano foi conter o consumismo e tentar manter a base. Do time que ficou com

2002/3 2003/4 2004/5 2005/6 2006/7

goleiros

Contra a fama de amarelão

Campanha na LC

defensores

A experiência de Ernst será importante para o Schalke superar seus traumas

meias

H G F E D C B A

1 Copa Uefa 7 Campeonatos Alemães 4 Copas da Alemanha

9/7/07 3:43:52 AM


Valencia Até antigos titulares, como Vicente, reforçam o banco do Valencia

Valencia Club de Fútbol www.valenciacf.es

Campanha na LC 2002/3 2003/4 2004/5 2005/6 2006/7 quartas

1ª fase

quartas

Susana Vera/Reuters

1 Recopa 1 Copa Uefa 2 Copas de Feiras 6 Campeonatos Espanhóis 6 Copas da Espanha

Ranking da Uefa 9º Uniforme

Banco contra a falta de camisa

C

Estádio Mestalla (55.000 lugares)

atacantes

*lista não oficial

meias

defensores

goleiros

Elenco completo*

grupo B.indd 5

om duas finais de Liga dos Campeões e dois títulos do Campeonato Espanhol nos últimos dez anos, não se pode dizer que o Valencia seja um time pequeno, no cenário europeu. No entanto, é inegável que o clube está um ou dois degraus abaixo das maiores potências continentais. Para compensar a pouca tradição, os Ches apostam na solidez do elenco. Raros clubes contam com um banco de reservas de nível técnico tão próximo do time titular quanto o Valencia. Essa característica não surgiu por acaso: depois de penar com contusões de seus principais jogadores na temporada passada, a diretoria procurou dar mais opções ao técnico Quique Sánchez Flores, para que os títulos de LC e campeonato nacional sejam objetivos factíveis. É só ver como as peças se encaixam. No gol, Cañizares é um símbolo do clube e uma segurança, mas o bom Hildebrand (reserva imediato de Lehmann na seleção alemã) está no banco. A linha defensiva conta com o insinuante lateral português Miguel pela direita, o italiano Moretti pela esquerda e Marchena e Albiol no miolo. E Flores

Santiago Cañizares Timo Hildebrand (ALE) José Luis Mora Carlos Marchena Marco Caneira (POR) Iván Helguera Alexis Miguel (POR) Emiliano Moretti (ITA) Raúl Albiol Sunny Manuel Fernandes (POR) David Albelda Rubén Baraja Jaime Gavilán Vicente Rodríguez Joaquín David Silva Edu (BRA) David Villa Fernando Morientes Miguel Ángel Angulo Juan Manuel Mata Nikola Zigic (SER) Ángel Javier Arizmendi

18/12/1969 5/4/1979 12/7/1973 31/7/1979 9/2/1979 28/3/1975 4/8/1985 4/1/1980 11/6/1981 4/9/1985 17/9/1988 5/2/1986 1º/9/1977 11/7/1975 12/5/1985 16/7/1981 28/4/1988 8/1/1986 15/5/1978 3/12/1981 5/4/1976 23/6/1977 28/4/1988 25/9/1980 3/3/1984

Técnico Quique Sánchez Flores

ainda pode usar Alexis e Helguera, em caso de contusões. O meio-campo é o setor mais forte. Baraja e Albelda formam uma dupla de volantes forte na marcação, que dá liberdade para os externos Joaquín (direita) e David Silva (uma das maiores promessas da Espanha, pela esquerda) criarem jogadas ofensivas pelo meio ou abrindo pelas pontas. Além disso, sobram alternativas: Edu e Manuel Fernandes, na marcação, Vicente e Gavilán, nas alas. Na frente, Villa – oportunista, bom no jogo aéreo e dono de arremate forte de fora da área – é titular absoluto e vê Zigic, Morientes, Angulo e Arizmendi lutarem pela segunda vaga. É preciso ter cuidado para gerenciar tantos jogadores sem perder a linha de raciocínio, mas, com tal leque de opções, o Valencia espera ter fôlego durante toda a temporada, para impor seu jogo compacto, rápido e agressivo, sobretudo no Mestalla. A falta de uma estrela mundial, jogadores com experiência em decisões e de uma camisa mais “pesada” depõe contra, mas o planejamento dos Ches para a LC foi muito bem feito. [UL]

H G F E D C B A

Títulos

Também acontece com eles Quando o Valencia foi fundado, em 18 de março de 1919, havia uma dúvida: quem seria o primeiro presidente? Octavio Augusto Milego e Gonzalo Medina Pernas apresentaram-se e, para definir o vencedor, fizeram um “cara ou coroa”. Milego ganhou e ficou com a presidência, enquanto Medina ficou como responsável pela comissão constituinte e organização de festas.

29 9/7/07 3:44:00 AM


Chris Helgren/Reuters

Lazio Rocchi (dir.) foi o grande responsável pela classificação da Lazio à LC

Societá Sportiva Lazio www.sslazio.it

Títulos

Campanha na LC 2002/3 2003/4 2004/5 2005/6 2006/7 oitavas

Ranking da Uefa 38º Uniforme

Com a casa arrumada Estádio Olímpico (82.922 lugares)

Elenco completo goleiros

A

te todo seu time titular com transações abaixo de € 2 milhões. Somente o artilheiro Rocchi, vice-capitão e “estrela” do time, custou mais: cerca de € 3 milhões. Os adversários que desprezarem a Lazio pela ausência de estrelas consagradas podem estar dando um grande passo em falso. A defesa, que conta com o brasileiro Cribari, é sólida e sobe pouco ao ataque; a sua frente, o argentino Ledesma age como um cadeado, ao lado de outros dois volantes, e, na frente, uma dupla de ataque muito afinada – Pandev e Rocchi – sabe como fazer estragos. Além disso, o clube romano tem várias promessas interessantes, como o externo Kolarov, o armador Meghni e o lateral De Silvestri. Mesmo num grupo difícil como o C, os romanos podem morder uma vaga, se conseguirem fazer pontos fora de casa. No ano passado, a Lazio conseguiu manter um bom rendimento longe de Roma, evitando cartões e contusões — o que lhe valeu a vaga na LC. Esse pode ser, mais uma vez, o caminho para surpreender os figurões. [CRG]

defensores

pós um final de década de 1990 que prometia uma inserção definitiva na elite do futebol europeu, a Lazio acordou, em um belo dia de 2002, com seu presidente, Sergio Cragnotti, na cadeia e um rombo em caixa de cerca de US$ 200 milhões. Por pouco, muito pouco, o time “biancoceleste” não deixou de existir (graças a uma ajuda do governo) e, depois da festança de contratações de Vieri, Salas, Mendieta, Fiore e Stam, veio uma seca que dava a impressão de durar por muitos anos. Cinco anos depois (quem diria?), a Lazio está de volta à Liga dos Campeões, com um time competitivo e um elenco todo reformulado (diferentemente do de 2003/4, que ainda tinha alguns medalhões da fase milionária). Ainda não é hora de querer ser protagonista, mas a Lazio é um dos clubes mais perigosos entre os modestos da LC. O receituário “laziale” para tentar sair do buraco é sabido: “compre barato, venda caro e promova jogadores das divisões de base”. Com a fórmula, o técnico Delio Rossi constituiu praticamen-

meias

H G F E D C B A

1 Recopa 2 Campeonatos Italianos 4 Copas da Itália

30 grupo C.indd 2

Na década de 1990, a Lazio tinha um jogo importante fora de casa. Devido a um acidente na estrada, o ônibus pegou um caminho alternativo para o aeroporto. A Lazio venceu. Nas semanas seguintes, o ônibus continuava usando a rota mais complicada. O técnico Sven-Goran Eriksson perguntou ao gerente do clube por que não voltar ao caminho mais curto. Motivo: o trajeto demorado tinha “dado sorte”.

atacantes

Também acontece com eles

1 32 2 3 6 8 13 29 25 4 5 10 11 23 24 26 68 85 17 18 19 20 81

Fernando Muslera (URU) Marco Ballotta Guglielmo Stendardo Aleksandar Kolarov (SER) Lionel Scaloni (ARG) Luciano Zauri Sebastiano Siviglia Lorenzo de Silvestri Emilson Cribari (BRA) Simone Sannibale Fabio Firmani Massimo Mutarelli Roberto Baronio Stefano Mauri Mourad Meghni (FRA) Cristian Ledesma (ARG) Gaby Mudingayi (BEL) Christian Manfredini (CMA) Valon Behrami (SUI) Igli Tare (ALB) Tommaso Rocchi Goran Pandev (MAC) Stephen Makinwa (NIG) Simone del Nero Fabio Casini

16/6/1986 3/4/1964 6/5/1981 10/11/1985 16/5/1978 20/1/1978 29/3/1973 23/5/1988 6/3/1980 10/3/1986 26/5/1978 13/1/1978 11/12/1977 8/1/1980 16/4/1984 24/9/1982 1º/10/1981 1º/5/1975 19/4/1985 25/7/1973 19/9/1977 27/7/1983 26/7/1983 4/8/1981 28/12/1988

Técnico Delio Rossi

9/7/07 3:41:24 AM


Philippe Desmazes/AFP

Olympiacos Olympiacos Syndesmos Filathlon Peiraios

Retrospecto como visitante impede que o campeão grego iguale o rival Panathinaikos

www.olympiacos.org

Títulos

Campanha na LC 2002/3 2003/4 2004/5 2005/6 2006/7 1ª fase

1ª fase

1ª fase

1ª fase

1ª fase

Ranking da Uefa 42º Uniforme

Não basta ganhar em casa Estádio Georgios Karaisakis (33.334 lugares)

atacantes

*lista não oficial

meias

defensores

goleiros

Elenco completo*

grupo C.indd 3

Tomislav Butina (CRO) Antonios Nikopolidis Michalis Sifakis Christos Patsatzoglou Didier Domi (FRA) Júlio César (BRA) Michal Zewlakow (POL) Raúl Bravo (ESP) Paraskevas Antzas Anastasios Pantos Vasilis Torosidis Ieroklis Stoltidis Luciano Galletti (ARG) Rodrigo Archubi (ARG) Predrag Djordjevic (SER) Konstantinos Mendrinos Cristian Ledesma (ARG) Giannoulis Fakinos Marco Né (CMA) Darko Kovacevic (SER) Leonel Núñez (ARG) Lefteris Matsoukas Kostantinos Mitroglou Michalis Konstantinou (CHP) Lomana Lua-Lua (RDC)

30/12/1974 13/10/1971 3/5/1979 19/3/1979 2/5/1978 18/11/1978 22/4/1976 14/4/1981 18/8/1976 5/5/1976 10/6/1985 2/2/1975 14/7/1977 6/6/1985 4/8/1972 28/5/1985 29/11/1978 9/7/1989 17/7/1983 18/11/1973 13/10/1984 7/3/1990 12/03/1988 19/2/1978 28/12/1980

Técnico Takis Lemonis

emporada nova, vida nova. Esse é o lema no Olympiacos. Apenas a conquista do Campeonato Grego não satisfaz mais a nenhum de seus fãs. Não é à toa. Com dez títulos em 11 anos, os Thrylos já não vêem tanta graça na dominação sobre o território nacional e sonham com campanhas menos vexatórias em âmbito continental — até porque o rival Panathinaikos conta com um vice da Copa dos Campeões e uma série de campanhas honrosas, tudo o que os alvirrubros não têm. A história do Olympiacos na LC está longe de ser edificante. Os Thrylos nunca conseguiram uma vitória fora de casa nas fases de grupos da competição e, na única vez que passaram dessa etapa, caíram fora já nas quartas-de-final. Desde então, os alvirrubros invariavelmente ficaram pelo caminho. Das sete edições da LC que disputaram, em apenas três conseguiram ficar em terceiro lugar na chave e ter a consolação de uma vaga na Copa Uefa. Em todas as outras – sendo quatro das últimas cinco participações –, amargaram a última posição de seu grupo. O desempe-

T

nho ruim gerou uma insatisfação nos torcedores, que ambicionam campanhas melhores fora de suas fronteiras. Devido a essa insatisfação, a diretoria resolveu promover uma grande renovação no elenco e dar mais profundidade a ele. Babangida, Bulut, Maric, Okkas, Kapsis e Nery Castillo deixaram Pireu. Para compensar, foram contratados nomes com algum destaque em ligas mais importantes. Da Espanha, vieram Raúl Bravo, Galletti e Kovacevic. Da Inglaterra, chegou Lua-Lua. Pode dar certo, mas a verdade é que não passam de jogadores sem espaço entre os grandes times das principais ligas européias. Por isso, o papel do técnico pode ser importante. Para comandar o grupo, o clube contratou Takis Lemonis, um nome com identificação com o Olympiacos. Afinal, ele foi jogador do time por oito anos e treinador por outros dois. Tal conhecimento da história e do comportamento da torcida de Pireu pode ser fundamental para os Thrylos efetivamente atingirem um novo nível em sua trajetória internacional. [MK]

H G F E D C B A

35 Campeonatos Gregos 22 Copas da Grécia

Também acontece com eles Se você acompanha o futebol europeu há um bom tempo, vai lembrar que o time de Pireu chamava-se Olympiakos, com “k”. Não era erro da imprensa. A diretoria dos Thrylos é que pediu, em 2003, para mudarem a transliteração do nome para o alfabeto latino. Motivo: uma agência de publicidade disse que “Olympiacos” era mais vendável no mercado internacional, pois parecia mais com “olympic”, uma palavra conhecida em todo o mundo.

31 9/7/07 3:41:34 AM


Real Madrid Os feios que me perdoem... H G F E D C B A

Mesmo com o título espanhol, o Real Madrid decidiu mudar tudo para tentar ganhar jogando bonito idane, Figo, Ronaldo, Beckham, Roberto Carlos. Os craques que deram ao Real Madrid o apelido de “galácticos” não estão mais no clube. Ainda assim, parte de seu espírito continua vivo na capital espanhola. Trata-se de uma cultura que vem desde a década de 1950, quando os Blancos conquistaram cinco Copas dos Campeões: é preciso ganhar e encantar. É uma ideologia inata ao madridismo, que pautou a montagem do time para esta temporada. No último ano, a ânsia por um título fez que a diretoria apostasse no pragmatismo de Fabio Capello. O técnico italiano ajudou a promover a saída definitiva dos “galácticos” e inseriu no contexto madridista novos nomes, como Higuaín, Gago e Van Nistelrooy. Houve um período de adaptação traumático, em que o

Z

treinador quase caiu, mas o título espanhol veio – e devolveu ao clube a confiança para pensar alto novamente. O Real Madrid voltou a ser Real Madrid. O clube não teve pudor em trocar de técnico, apostando em Bernd Schuster, que fez carreira em times pequenos da Espanha e destaca-se por montar equipes ofensivas – mas sem fôlego para manter o nível no fim da temporada. O clube também investiu pesado em reforços. Apesar de não haver nenhum jogador consagrado entre os recémchegados, o valor pago pelos promissores Sneijder, Drenthe, Robben e Pepe evidencia as ambições madridistas – ainda mais porque o elenco continuou com nomes fortes, como Van Nistelrooy, Robinho, Raúl, Casillas e Cannavaro. Com tantos talentos e um ambiente me-

Jogo histórico na LC Real Madrid 7x3 Eintracht Frankfurt (18/5/1960) O jogo que deu aos madridistas o pentacampeonato da Copa dos Campeões foi a síntese do que era o maior time da história do Real Madrid. O Eintracht saiu na frente, mas não evitou que Puskas fizesse quatro gols e Di Stéfano, três, na maior goleada de uma final de Copa dos Campeões.

A A

Van Nistelrooy

Raúl

Fique de olho

M

M

Robben

Sneijder

(Robinho)

V

V

Guti

Diarra

LE

LD

Drenthe

Sergio Ramos

Z

Z

Cannavaro

Pepe (Metzelder)

G

32 grupo C.indd 4

Casillas

Royston Drenthe Revelação do Feyenoord e da seleção holandesa no Europeu sub-21 deste ano, Drenthe pode ser peça importante no esquema de Schuster. O jogador de 20 anos atua na lateral e na ala, sempre pela esquerda. Assim, pode tanto compor uma linha defensiva como fazer parte de um meio-campo com força pelas pontas, mas algum poder de marcação.

Também acontece com eles A chegada de Di Stéfano ao Real Madrid foi digna do bagunçado futebol brasileiro. O argentino jogava no Millonarios-COL, em uma liga não reconhecida pela Fifa. Para a entidade, seu último contrato válido era com o River Plate. O Barcelona negociou com o clube argentino, mas a Federação Espanhola não aceitou o contrato. O Real Madrid entrou na parada, e os rivais decidiram dividir o jogador por quatro anos. Di Stéfano jogaria uma temporada em cada um, alternadamente, até o fim do período. A torcida do Barça não aceitou o acordo. Bom para o Real, que teve o argentino só para si.

9/7/07 3:41:46 AM


Mesmo contestado, Raúl continua importante para o Real

Real Madrid Club de Fútbol www.realmadrid.com

Títulos

H G F E D C B A

9 Ligas dos Campeões 3 Mundiais de Clubes 2 Copas Uefa 30 Campeonatos Espanhóis 17 Copas da Espanha

Campanha na LC 2002/3 2003/4 2004/5 2005/6 2006/7 semi

quartas oitavas oitavas

oitavas

Ranking da Uefa 6º

grupo C.indd 5

Iker Casillas Jerzy Dudek (POL) Jordi Codina Christoph Metzelder (ALE) Pepe (BRA) Gabriel Heinze (ARG) Miguel Torres Fabio Cannavaro (ITA) Míchel Salgado Marcelo (BRA) Sergio Ramos Royston Drenthe (HOL) Mahamadou Diarra (CMA) Guti Júlio Baptista (BRA) Fernando Gago (ARG) Wesley Sneijder (HOL) Arjen Roben (HOL) Javier Balboa Javier Saviola (ARG) Roberto Soldado Raúl González Robinho (BRA) Ruud van Nistelrooy (HOL) Gonzalo Higuaín (ARG)

20/5/1981 23/3/1973 27/4/1982 5/11/1980 26/2/1983 19/3/1978 28/1/1986 13/10/1973 22/10/1975 12/5/1988 30/3/1986 8/4/1987 18/5/1981 31/10/1976 1º/10/1981 10/4/1986 9/6/1984 23/1/1984 13/5/1985 11/12/1981 27/5/1985 27/6/1977 25/1/1984 1º/7/1976 10/12/1987

Técnico Bernd Schuster (ALE)

*lista não oficial

goleiros

Elenco completo*

defensores

com as mesmas características do holandês é um dos problemas que o técnico alemão terá de contornar. Na defesa, o desafio é criar um conjunto eficiente. Opções para isso não faltam. Na lateral-esquerda, são quatro: Drenthe, Heinze, Miguel Torres e Marcelo. Na direita, há “apenas” Sergio Ramos e Salgado. No miolo, Cannavaro é titular, enquanto Pepe e Metzelder disputam a outra vaga. Além disso, Heinze e Ramos são zagueiros de formação e também podem entrar na parada. Em resumo, o Real Madrid nem percebeu, mas corre o risco de incorrer no mesmo erro da era “galáctica”. Apostou em um elenco cheio de talento, mas ainda sem conjunto. Se a temporada começar bem, a equipe pode ganhar confiança, e o entrosamento vem com facilidade. Aí, os Blancos figuram entre os favoritos. Caso contrário, a pressão por um futebol bonito e vencedor pode, de novo, ser um obstáculo tão grande quanto os adversários em campo. [UL]

Santiago Bernabéu (85.354 lugares)

meias

nos carregado, a esperança é que o time se solte e apresente um futebol mais alegre, sem perder a competitividade. Com novo técnico e vários reforços, o Real é uma equipe em construção. No início da temporada, Schuster montou o time em um 4-4-2, em que os meias externos caem pela ponta e os internos ficam na marcação. Uma dúvida é a função de Drenthe. O ex-jogador do Feyenoord tem sido usado na lateral esquerda (onde disputa posição com Heinze), mas pode jogar na ala. O recuo é bom para o holandês, pois assim não tem de disputar um lugar à frente, no qual abundam alternativas (Robinho, Raúl, Robben, Sneijder, Gonzalo Higuaín, Júlio Baptista e Saviola). O excesso de opções nesses setores pode levar Schuster a testar formações como 4-5-1, 4-3-3 ou 4-4-2 com meiocampo em diamante — sempre considerando que Van Nistelrooy tem lugar cativo como homem de referência, na frente. Aliás, a falta de um substituto

Estádio

atacantes

Andrea Comas/Reuters

Uniforme

33 9/7/07 3:42:08 AM


Getty Images/AFP

Werder Bremen Sem Klose, Werder confia no talento de Diego

Sportverein Werder Bremen von 1899 www.werder.de

Títulos

Campanha na LC 2002/3 2003/4 2004/5 2005/6 2006/7 oitavas oitavas 1ª fase

Ranking da Uefa 22º

Estádio Weserstadion (42.100 lugares)

Elenco completo*

34 grupo C.indd 6

Na segunda metade da década de 1940, logo após a Segunda Guerra Mundial, o futebol alemão não era profissional, e os jogadores eram obrigados a ter outro emprego para se sustentarem. No caso do Werder, boa parte do elenco trabalhava na fábrica da Brinkmann, empresa do setor tabagista. Por isso, o time recebeu o apelido de Texas 11, uma das marcas de cigarro mais populares do grupo.

atacantes

Também acontece com eles

Tim Wiese Christian Vander Sebastian Boenisch Petri Pasanen (FIN) Naldo (BRA) Pierre Womé (CAM) Clemens Fritz Dusko Tosic (SER) Patrick Owomoyela Leon Andreasen (DIN) Per Mertesacker Frank Baumann Jurica Vranjes (CRO) Diego (BRA) Carlos Alberto (BRA) Daniel Jensen (DIN) Torsten Frings Tim Borowski Peter Niemeyer Marcus Rosenberg (SUE) Aaron Hunt Ivan Klasnic (CRO) Boubacar Sanogo (CMA) Hugo Almeida (POR)

17/12/1981 24/10/1980 1º/2/1987 24/9/1980 9/10/1982 26/3/1979 7/12/1980 19/1/1985 5/11/1979 23/4/1983 29/9/1984 29/10/1975 30/1/1980 28/2/1985 11/12/1984 25/6/1979 22/11/1976 2/5/1980 22/11/1983 27/11/1982 4/9/1986 29/1/1980 17/12/1982 23/5/1984

Técnico Thomas Schaaf

*lista não oficial

N

Enquanto isso, o técnico Thomas Schaaf terá de segurar como puder sua defesa, geralmente bastante vazada, apesar dos bons nomes que a compõem – Naldo e Mertesacker, das seleções de Brasil e Alemanha. O calcanhar de Aquiles do time é a lateral esquerda, pouco protegida e sem um reserva para Womé, que sofreu uma cirurgia na virilha, no começo da temporada. Em suas seis participações anteriores na Liga dos Campeões, o Werder Bremen nunca foi tão longe como Bayern de Munique, Hamburg e Borussia Dortmund, mas tem atrapalhado bastante a vida daqueles que estão em seu caminho. Foi assim com o Milan, em 1988/9, com a Juventus, em 2005/6, e com a dupla Chelsea e Barcelona, na primeira fase da última edição. Em outras palavras, dificilmente os alviverdes repetirão sua melhor campanha – justamente 1988/9, quando chegaram às quartas-de-final. Ainda assim, dá para esperar que seus adversários sofram para arrancar pontos do time, tanto no Weserstadion quanto fora da Alemanha. [CEF]

goleiros

os últimos dois anos, é quase uma unanimidade dizer que o Werder Bremen pratica o futebol mais vistoso da Alemanha. O time joga rápido, marca muitos gols e tem nomes de alto nível. Tudo isso, porém, não resultou em títulos, em nenhuma das duas temporadas. Mesmo assim, a proposta para 2007/8 é a mesma: jogar bonito e para a frente. O problema é que algumas baixas derrubaram as pretensões do clube. Primeiro, a saída de seu principal atacante, Klose, para o Bayern de Munique. Apesar da má-fase em seus dias finais no clube, o alemão ainda era a referência. Depois, a grave contusão sofrida por Torsten Frings, na pré-temporada, foi um baque. Frings é uma espécie de contra-peso de um time que ataca com vontade e vigor. É o volantão alemão o responsável por segurar a genialidade de Diego, que em sua primeira temporada conquistou a crítica e a torcida. O mais provável é que o camisa 22 retorne ao time ainda na primeira fase, mas o certo é que, até lá, ele terá feito falta.

defensores

Alemão também joga bonito

Uniforme

meias

H G F E D C B A

1 Recopa 4 Campeonatos Alemães 5 Copas da Alemanha

9/7/07 3:42:19 AM


Nicolas Asfouri/AFP

Benfica Aos 35 anos, Rui Costa ainda é o astro do Benfica

Sport Lisboa e Benfica www.slbenfica.pt

Títulos

Campanha na LC 2002/3 2003/4 2004/5 2005/6 2006/7 3ª fase prelim.

3ª fase prelim. quartas

1ª fase

Ranking da Uefa 35º Uniforme

Em busca do tempo perdido Estádio Estádio da Luz (65.647 lugares)

atacantes

meias

defensores

goleiros

Elenco completo 1 12 24 2 3 4 5 11 17 22 23 28 6 8 10 14 16 18 25 26 7 19 20 21 30

Moreira 20/3/1982 Quim 21/11/1975 28/5/1974 Hans-Jorg Butt (ALE) Luís Filipe 14/6/1979 20/6/1985 Edcarlos (BRA) 21/3/1981 Luisão (BRA) 6/7/1975 Léo (BRA) Miguelito 4/2/1981 27/12/1983 Marc André Zoro (CMA) Nélson 11/6/1983 22/4/1987 David Luiz (BRA) Miguel Vítor 30/6/1989 Petit 25/9/1976 Konstantinos Katsouranis (GRE) 21/6/1979 Rui Costa 29/3/1972 8/6/1984 Maximiliano Pereira (URU) Fábio Coentrão 11/3/1988 29/8/1984 Gilles (CAM) Nuno Assis 25/11/1977 30/9/1985 Cristián Rodríguez (URU) Óscar Cardozo (PAR) 20/5/1983 20/7/1984 Gonzalo Bergessio (ARG) Ángel di María (ARG) 14/2/1988 Nuno Gomes 5/7/1976 2/6/1989 Freddy Adu (EUA) Técnico José Antonio Camacho (ESP)

grupo D.indd 1

esgatar um passado de glórias, e conquistas: esse poderia ser o objetivo do Benfica na atual Liga dos Campeões. No início da década, contudo, os Encarnados ficaram de fora das competições européias por duas temporadas seguidas (em 2001 e 2002, “coroando” uma série de administrações ruins, em que não faltaram denúncias de corrupção e desvios patrimoniais) e precisam redimensionar suas pretensões. A demolição do velho Estádio da Luz e a construção de um novo para a Euro-2004 iniciaram uma nova fase na história dos Águias. O clube investiu na reconstrução de sua imagem, saiu da fila de 11 anos sem conquistar o campeonato nacional, ergueu um moderno centro de treinamento e bateu o recorde mundial de número de associados em um clube. Nessa conjuntura, que mistura poucos resultados esportivos e muito marketing, o Benfica procura reviver a década de 1960, quando foi um dos mais poderosos times de todo o planeta. Para seguir com esse projeto, a diretoria demitiu o pouco expressivo técnico Fernando dos Santos e chamou de volta José Antonio Camacho, responsável

R

pela conquista da Taça de Portugal, em 2004. O problema é que o espanhol não participou da pré-temporada e não indicou muitos dos reforços, que já haviam chegado. Pior do que isso, ele se viu logo de cara sem o meia-atacante Simão Sabrosa, principal referência em campo, vendido ao Atlético de Madrid. Desse modo, o Benfica chega sem grandes pretensões à LC, ciente de que uma das vagas do grupo D fatalmente ficará com o poderoso Milan. Os benfiquistas terão de disputar a outra vaga do grupo com Celtic e Shakhtar Donetsk. É uma meta possível, mesmo com um elenco muito renovado e com jovens sem experiência para encarar o torneio. A partir das oitavas-de-final, o que vier será lucro. Dificilmente Camacho fará funcionar o esquema implantado em 2003/4, quando usava um 4-2-3-1. Com a saída de Simão, cabe a Rui Costa ser o maestro da equipe e o comandante em campo. O astro lusitano tem feito seu papel neste início de temporada, mas ninguém sabe até quando terá fôlego. Por isso, resta saber se o tempo da LC será condescendente com uma equipe recém-formada. [ZM]

H G F E D C B A

2 Ligas dos Campeões 34 Campeonatos Portugueses 24 Copas de Portugal

Também acontece com eles Em 2005, o Benfica ficou assustado com um surto de gripe aviária na Europa. Motivo: a saúde de Victoria, águia símbolo do clube que vive no Estádio da Luz. Para ter certeza de que não havia nada errado com sua mascote, o clube fez questão de submetê-la a exames veterinários. A notícia de que Victoria estava bem foi chamada principal no site oficial do clube.

35 9/7/07 3:45:06 AM


Milan Em time que ganha... H G F E D C B A

Milan praticamente não mexeu no time que conquistou a Liga dos Campeões na última temporada ara uma temporada em que tudo começou da maneira mais desgraçada possível, o Milan encerrou 2006/7 com um desfecho glorioso: levantando sua sétima Liga dos Campeões e ainda se vingando da tragédia de dois anos antes em cima de praticamente o mesmo Liverpool. A sorte passada parece ter enchido o clube de confiança. Com a contratação de somente um jogador, o volante brasileiro Emerson, o campeão europeu se preparou para defender o troféu com quase o mesmo elenco que em janeiro deste ano estava sendo questionado. Claro, também chegou Alexandre Pato, mas o atacante só poderá jogar a partir de janeiro. A discrição no mercado poderia ser vista como decepção. Logo após

P

a conquista de Atenas, o presidente do clube, Silvio Berlusconi, prometeu “um grande reforço” para a torcida. Dizia-se que o ex-premiê italiano sonhava em chegar à apresentação do elenco para a pré-temporada, no começo de julho, de braços dados com Ronaldinho. Entretanto, para frustração dos milanistas, o Barcelona tinha outros planos – ou uma pedida mais alta – e o sonho de escalar Ronaldinho, Kaká e Ronaldo com a camisa “rossonera” ficou, na melhor das hipóteses, adiado. Não que isso seja sinal de enfraquecimento. Mesmo sem contratações, não é nenhuma tragédia pensar numa equipe que tem gente do naipe de Pirlo, Nesta, Seedorf, Kaká e Ronaldo. O time titular do Milan é extremamente forte e, de-

Melhor jogador e time campeão da LC: Kaká e Milan continuam juntos nesta temporada

Jogo histórico na LC

A

A

Ronaldo

Gilardino

Milan 3x0 Manchester United (1º/5/2007) Em sete conquistas, não faltam partidas históricas do Milan na competição. Para citar um exemplo recente, há a épica vitória em San Siro sobre o Manchester United, na semifinal de 2007. Precisando ganhar, o Milan foi tracionado por Kaká e Seedorf em uma noite fantástica, com cada um deixando o seu. De quebra, o brasileiro bateu Cristiano Ronaldo, no embate que foi tachado como um “tira-teima” sobre quem seria o melhor do mundo.

(Inzaghi)

MA Kaká

Fique de olho

M

M

Seedorf

Gattuso

Yoann Gourcuff Na ausência de Alexandre Pato (que até janeiro não atuará pelo clube), vale a pena prestar atenção em Gourcuff. Habilíssimo e com grande visão, o meia é uma versão juvenil de Kaká — tanto que o clube não descarta a possibilidade de cedê-lo em empréstimo, para que ganhe experiência.

V Pirlo

LE Jankulovski

Z

Z

Maldini

Nesta

(Kaladze)

G

36 grupo D.indd 2

Dida

LD Oddo

Também acontece com eles Em 1983, o Milan foi buscar o atacante Luther Blissett no Watford, contratação que se revelou um imenso fracasso (30 jogos e 5 gols). Os Rossoneri venderam o jogador de volta por metade do US$ 1,5 milhão pago, e circula ainda hoje no país a lenda de que o Milan teria levado o jogador errado – queria mesmo o também atacante John Barnes. Na Inglaterra, o fracasso de Blissett fez com que seu nome virasse gíria para projetos esquisitos de artistas, poetas e performistas.

9/7/07 3:45:13 AM


Giampiero Sposito/Reuters

Associazione Calcio Milan www.acmilan.com

Títulos

H G F E D C B A

7 Ligas dos Campeões 3 Mundiais de Clubes 2 Recopas 17 Campeonatos Italianos 5 Copas da Itália

Campanha na LC 2002/3 2003/4 2004/5 2005/6 2006/7 campeão quartas

vice

semi

campeão

Ranking da Uefa 1º Uniforme

Estádio Giuseppe Meazza “San Siro” (85.700 lugares)

grupo D.indd 3

Dida (BRA) Zeljko Kalac (AUS) Valerio Fiori Cafu (BRA) Paolo Maldini Kakhaber Kaladze (GEO) Alessandro Nesta Dario Simic (CRO) Marek Jankulovski (TCH) Giuseppe Favalli Daniele Bonera Serginho (BRA) Matteo Darmián Massimo Oddo Emerson (BRA) Gennaro Gattuso Clarence Seedorf (HOL) Yoann Gourcuff (FRA) Andrea Pirlo Massimo Ambrosini Christian Brocchi Filippo Inzaghi Alberto Gilardino Kaká (BRA) Ronaldo (BRA)

7/10/1973 16/12/1972 27/4/1969 7/6/1970 26/6/1968 27/2/1978 19/3/1976 12/11/1975 9/5/1977 8/1/1972 31/5/1981 27/6/1971 2/12/1989 14/6/1976 4/4/1976 9/1/1978 1º/4/1976 11/7/1986 19/5/1979 29/5/1977 30/1/1976 9/8/1973 5/7/1982 22/4/1982 22/9/1976

Técnico Carlo Ancelotti

*lista não oficial

defensores

goleiros

Elenco completo*

meias

mundo renovou com a Juve, e Amelia, mesmo brigando muito com seu clube, continuou na Toscana. Os dois trunfos milanistas são a experiência do grupo, que está mais do que acostumado a jogar pela Liga dos Campeões, e a qualidade de seu meiocampo. Além dos titulares, Ancelotti tem opções da qualidade de Emerson e Ambrosini para fazer o rodízio entre as competições. Na última edição, foi exatamente o reforço de Ambrosini no meio-campo que deu ao time o gás suficiente para o “sprint” final. O retrospecto de quatro semifinais da LC nos últimos cinco anos (com dois títulos conquistados) é suficiente para fazer supor que o detentor do troféu esteja mais uma vez entre os favoritos ao título. Inegavelmente, a sorte milanista está ligada ao desempenho de Kaká e Ronaldo. Para o atacante, aliás, pode ser a última grande chance de conquistar a competição mais importante da Europa. [CRG]

atacantes

pendendo de como o atacante brasileiro estiver, pode encarar quem quer que seja em igualdade de condições. O desempenho do “Fenômeno” é importante pelo fato de o ataque ser um dos setores que deixa a pulga atrás da orelha do milanista. A fragilidade física de Ronaldo, a inconstância de Gilardino e a idade de Filippo Inzaghi são uma combinação que pode deixar o técnico Carlo Ancelotti de calças curtas pelo menos até janeiro, quando Alexandre Pato estréia (e nada assegura que a promessa brasileira vá se adaptar de cara). A performance de outro brasileiro, o goleiro Dida, também é motivo de preocupação. De maneira geral, o arqueiro não foi bem pelo clube na última temporada, exceção feita à partida contra o Bayern, em Munique. Durante todo o verão, ventilou-se que o Milan estaria atrás de Buffon, da Juventus, ou mesmo em Marco Amelia, do Livorno. O campeão do

37 9/7/07 3:45:32 AM


David Moir/Reuters

Celtic The Celtic Football Club www.celticfc.net

Títulos

Campanha na LC 2002/3 2003/4 2004/5 2005/6 2006/7

Derrotar o Celtic em Glasgow tem se mostrado tarefa difícil

Estádio Celtic Park (60.832 lugares)

38 grupo D.indd 4

Em agosto de 2006, o goleiro Boruc foi advertido pela polícia por causa de uma suposta “provocação” aos torcedores do rival Rangers, em um clássico. Ele causou a ira da torcida adversária, de base tradicionalmente protestante, com o simples fato de fazer o sinal da cruz – gesto de católicos como Boruc e a torcida do Celtic – antes do início da partida.

atacantes

Também acontece com eles

Artur Boruc (POL) Mark Brown Michael McGovern Lee Naylor (ING) Gary Caldwell Dianbobo Baldé (GUI) Mark Wilson Steven Pressley Jean-Joël Perrier-Doumbé (CAM) John Kennedy Stephen McManus Darren O’Dea (IRL) Scott Cuthbert Scott Brown Paul Hartley Evander Sno (HOL) Massimo Donati (ITA) Jiri Jarosik (TCH) Shunsuke Nakamura (JAP) Paul Lawson Aiden McGeady (IRL) Simon Ferry Maciej Zurawski (POL) Jan Vennegoor of Hesselink (HOL) Derek Riordan

20/2/1980 28/2/1981 12/7/1984 19/3/1980 12/4/1982 13/10/1975 5/6/1984 11/10/1973 27/9/1978 18/8/1983 10/9/1982 4/2/1987 15/6/1987 25/6/1985 19/10/1976 9/4/1987 26/3/1981 27/10/1977 24/6/1978 15/5/1984 4/4/1986 11/1/1988 12/9/1976 7/11/1978 16/1/1983

Técnico Gordon Strachan

*lista não oficial

Elenco completo* goleiros

competente nas cobranças de pênaltis. Pode ser um sinal de que os Bhoys estejam ligeiramente diferentes nesta LC. O time alviverde está consolidado, tanto que foi campeão escocês com certa folga nos últimos dois anos. Méritos para o técnico Gordon Strachan, que assumiu em 2005 a responsabilidade de suceder o respeitadíssimo Martin O’Neill, e para o meia Nakamura. O japonês encaixou-se perfeitamente no time, com precisão na armação de jogadas e nas cobranças de falta, e ajudou a reverter dois estereótipos: de que times escoceses não tinham jogadores criativos e que japoneses só sabiam jogar na correria. Para esta temporada, Strachan fez apenas modificações pontuais no elenco. O italiano Donati, ex-Milan, foi contratado para ser titular do meio-campo, a exemplo de Brown, que chegou do Hibernian na transferência mais cara entre dois times escoceses: € 6,5 milhões. As contratações tiraram o espaço do volante dinamarquês Gravesen, que acabou emprestado ao Everton. Outros pontos de força do time são o goleiro polonês Boruc e o atacante holandês Vennegoor of Hesselink. [LB]

defensores

S

Ranking da Uefa 24º Uniforme

Déjà vu e for eliminado cedo na Liga dos Campeões, o Celtic não poderá reclamar de falta de conhecimento de seus adversários. Na temporada passada, os Bhoys ficaram no mesmo grupo do Benfica, vencendo em casa por 3 a 0 e levando o troco pelo mesmo placar em Lisboa. Nas oitavas-de-final, o adversário foi o Milan, que só se classificou com um gol na prorrogação. O último encontro com o Shakhtar também é recente. Foi em 2004/5: derrota por 3 a 0 em Donetsk, vitória por 1 a 0 em Glasgow. O retrospecto desses confrontos chama a atenção para uma característica marcante das últimas campanhas européias do Celtic: a disparidade de rendimento dentro e fora de casa. Em 2006/7, a fase de grupos terminou com três vitórias em Glasgow e três derrotas como visitante. Na ocasião, foi suficiente, mas terminar com nove pontos nem sempre é garantia de classificação. A tendência, no entanto, não se verificou neste início de temporada. No duelo da fase preliminar contra o Spartak Moscou, o Celtic teve uma atuação surpreendentemente boa na Rússia, mas sofreu em casa e só passou por ser mais

3ª fase 2ª fase prelim. 1ª fase 1ª fase prelim. oitavas

meias

H G F E D C B A

1 Liga dos Campeões 41 Campeonatos Escoceses 34 Copas da Escócia 13 Copas da Liga Escocesa

9/7/07 3:45:43 AM


Cristina Quicler/AFP

Shakhtar Shakhtar gasta muito, mas nunca passou da 1ª fase

Futbolnyi Klub Shakhtar Donetsk www.shakhtar.com

Títulos

Campanha na LC 2002/3 2003/4 2004/5 2005/6 2006/7 3ª fase prelim.

3ª fase prelim.

1ª fase

3ª fase prelim.

1ª fase

Ranking da Uefa 38º Uniforme

Para justificar o investimento

Q

Estádio Olimpiyskiy (25.000 lugares)

atacantes

*lista não oficial

meias

defensores

goleiros

Elenco completo*

grupo D.indd 5

ualquer time no mundo que gaste € 60 milhões em contratações na pré-temporada deve ter boas ambições nos torneios que disputa, inclusive na Liga dos Campeões. Esse é o caso do Shakhtar Donetsk, que, bancado pelo bilionário ucraniano Rinat Akhmetov, agitou os mercados de transferências europeu e brasileiro e fez algumas das melhores aquisições do ano. O Brasil foi a parada principal no roteiro de compras do clube laranja. Por aqui, o Shakhtar contratou Ilsinho (exSão Paulo) e Willian (ex-Corinthians), aumentando ainda mais a legião de brasileiros no time – eles se juntam a Fernandinho, Jádson (ambos ex-Atlético-PR), Brandão (ex-São Caetano) e Luiz Adriano (ex-Internacional). A diretoria também levou à Ucrânia o centroavante italiano Cristiano Lucarelli, artilheiro do Livorno, e o mexicano Nery Castillo, sensação da última Copa América. A reformulação foi uma exigência da diretoria. Em 2006/7, a equipe não conquistou um título sequer, algo que vinha se tornando incomum nas temporadas anteriores. Assim, muita coisa mudou. Milhões foram gastos em contratações,

Bogdan Shust Dmytro Shutkov Andriy Pyatov Tomas Hübschman (TCH) Oleksandr Kucher Ilsinho (BRA) Vyacheslav Shevchuk Mariusz Lewandowski (POL) Razvan Rat (ROM) Dmytro Chygrynsky Volodymyr Yezerskiy Igor Duljaj (SER) Fernandinho (BRA) Jádson (BRA) Zvonimir Vukic (SER) Volodymyr Pryyomov Oleksiy Gay Darijo Srna (CRO) Willian (BRA) Nery Alberto Castillo (MEX) Luiz Adriano (BRA) Oleksiy Byelik Oleksandr Gladky Brandão (BRA) Cristiano Lucarelli (ITA)

4/3/1986 3/4/1972 28/6/1984 4/9/1981 22/10/1982 12/10/1985 13/5/1979 18/5/1979 26/5/1981 7/11/1986 15/11/1976 29/10/1979 4/5/1985 5/10/1983 19/7/1979 2/1/1986 6/11/1982 26/5/1981 9/8/1988 13/6/1984 12/4/1987 15/2/1981 24/8/1987 16/6/1980 4/10/1975

Técnico Mircea Lucescu (ROM)

mas também é verdade que saíram os brasileiros Matuzalém (negociado com o Zaragoza) e Elano (Manchester City) e o romeno Marica (Stuttgart). Nesse processo, a equipe “esqueceu” de reforçar a defesa, algo que pode atrapalhar a campanha na LC. Isso ficou mais evidente no meio-campo, com clara falta de volantes confiáveis, depois da venda de Tymoschuk, ídolo da torcida e capitão do time, ao Zenit, por € 15 milhões. Menos mal que o miolo de zaga é seguro, com os eficientes Hübschman e Chygrynsky. O perfil do elenco mostra como o técnico romeno Mircea Lucescu, no cargo desde 2004, gosta de ver seu time no ataque. De cara nova, o Shakhtar imagina ter condições de acabar com o histórico discreto em competições européias. É verdade que a equipe não terá vida fácil contra Milan, Celtic e Benfica na primeira fase, mas pode surpreender e avançar pela primeira vez em sua história às oitavas-de-final da LC. Na verdade, usar o termo “surpreender” para um time que gastou a fortuna despendida pelo Shakhtar soa estranho, como um menosprezo a suas reais chances. [GH]

H G F E D C B A

3 Campeonatos Ucranianos 5 Copas da Ucrânia 4 Copas da União Soviética

Também acontece com eles Quem imagina que virada de mesa só acontece no Brasil precisa começar a rever seus conceitos. O Shakhtar Donetsk, no Campeonato Soviético de 1959, terminou entre os últimos colocados do torneio e seria rebaixado para a segunda divisão. Uma “reorganização” da competição, no entanto, manteve o time na elite soviética.

39 9/7/07 3:45:52 AM


Milan Barcelona

Quatro é demais H G F E D C B A

Contusão de Eto’o pode resolver um problema: como colocar tantos atacantes em campo? ogo nos primeiros dias da janela de transferências européia, o Barcelona deu seu grande golpe: apresentou o atacante Henry, ex-Arsenal, sinalizando que investiria pesado para reformular seu elenco. A indicação clara era de que a saída de Eto’o seria o início do processo, pois o atacante, que tem as mesmas características do francês, entrara em atrito com Ronaldinho e com a direção do clube. Mas Eto’o ficou. Aí, surgiu a dúvida: como montar esse time? A temporada começou, e o óbvio revelou-se, com Henry tendo de esquentar o banco para entrar no segundo tempo, no lugar de Messi. Assim, o Barcelona deu uma de Real Madrid. Agora, são os catalães que carregam o apelido de “galácticos”, pelo nível

L

do elenco, mas precisam se desdobrar para não se perderem no meio de tantos talentos e tantas vaidades. A situação do ataque é a mais complicada. Rijkaard vinha montando o time com Eto’o no meio, Ronaldinho entre a meia-esquerda e a ponta e Messi fazendo a mesma função pela direita. O trio tinha bastante liberdade para movimentar-se, e trocas de posição entre Eto’o e Ronaldinho não eram incomuns. O esquema é bastante fluido e insinuante, ainda mais porque usa jogadores com velocidade de pensamento e de movimentação. Com Henry, seria preciso deslocar o brasileiro e o argentino para o meio-campo, que ficaria muito frágil na marcação. Seria uma mudança muito arriscada, tanto que não foi posta em prática.

Jogo histórico na LC

A Henry

A

A

(Eto’o)

Ronaldinho

Messi

Barcelona 2x1 Real Madrid (18/5/1960) Há casos em que a rivalidade torna uma partida de oitavas-de-final mais importante que uma decisão. Assim, o torcedor blaugrana delicia-se ao lembrar do timaço de 1960, que tinha Kubala, Kocsis, Suárez e Evaristo e eliminou o Real Madrid na Copa dos Campeões 1960/1. Depois de empate de 2 a 2 em Madri, os catalães venceram em casa por 2 a 1, com Evaristo marcando o gol decisivo. Foi o fim da série de cinco títulos dos Merengues na competição.

M Fique de olho

Touré (Deco)

V

V

Iniesta

Xavi

LE Abidal

LD Z

Z

Milito

Puyol

G

40 grupo E.indd 2

Valdés

Giovani dos Santos O principal destaque do título mexicano no Mundial sub-17 de 2005 está amadurecendo. Depois de duas temporadas no Barcelona B, o filho de brasileiros foi lançado no time principal como candidato a estrela. Rápido e habilidoso, o atacante não tem perspectiva de tornar-se titular ainda nesta temporada, mas pode ser uma boa surpresa, entrando no segundo tempo ou em jogos menos importantes da primeira fase.

Zambrotta

Também acontece com eles O apelido do Barcelona, Culés, significa algo como “bundudos”, em catalão. O nome vem da década de 1910, quando o Barça realizava suas partidas no La Escopidora, pequeno estádio que estava constantemente lotado. Para conseguir um lugar, muitos torcedores sentavam em cima do muro externo e, da rua, podia-se ver apenas uma fileira de bundas – daí o apelido.

9/7/07 3:46:25 AM


Barça precisa que seus atacantes fiquem em paz para sonhar com título

Fútbol Club Barcelona www.fcbarcelona.com

Títulos

H G F E D C B A

2 Ligas dos Campeões 4 Recopas 3 Copas de Feiras 18 Campeonatos Espanhóis 24 Copas da Espanha

Campanha na LC 2002/3 2003/4 2004/5 2005/6 2006/7 quartas

oitavas campeão oitavas

Ranking da Uefa 2º Uniforme

grupo E.indd 3

Víctor Valdés Albert Jorquera Oier Olazábal Gabriel Milito (ARG) Rafa Márquez (MEX) Carles Puyol Gianluca Zambrotta (ITA) Sylvinho (BRA) Lílian Thuram (FRA) Eric Abidal (FRA) Oleguer Xavi Andrés Iniesta Ronaldinho (BRA) Edmílson (BRA) Giovani dos Santos (MEX) Lionel Messi (ARG) Deco (POR) Yayá Touré (CMA) Marc Crosas Eidur Gudjohnsen (ISL) Samuel Eto’o (CAM) Thierry Henry (FRA) Santiago Ezquerro Bojan Krkic

14/1/1982 3/3/1979 14/9/1989 7/9/1980 13/2/1979 13/4/1978 19/2/1977 12/4/1976 1º/1/1972 11/7/1979 2/2/1980 25/1/1980 11/5/1984 21/3/1980 10/7/1976 11/5/1989 24/6/1987 27/8/1977 13/5/1983 9/1/1989 15/9/1978 10/3/1981 17/8/1977 14/12/1976 28/8/1990

Técnico Frank Rijkaard (HOL)

*lista não oficial

goleiros

Elenco completo*

defensores

símbolo do barcelonismo e dificilmente perderá a posição, enquanto Gabriel Milito, Rafa Márquez e Lilian Thuram brigam pela segunda vaga, com vantagem para o primeiro. A saída de Belletti desafogou a lateral direita, que conta com Zambrotta, campeão do mundo pela Itália, e Oleguer, limitado tecnicamente, mas querido pela torcida. As incertezas na defesa preocupam. Valdés não é um goleiro dos mais seguros, e o fato de ter diante de si uma linha defensiva indefinida, protegida por volantes fracos na marcação, torna o setor muito vulnerável. No todo, o Barcelona ficou bem parecido com o Real Madrid dos últimos anos: muitos atacantes, defesa desconjuntada e necessidade de equacionar brigas por posições. Se os catalães aprenderam algo com o rival e tiverem uma estratégia para contornar isso, são candidatíssimos ao título continental. Caso contrário, devem ficar pelo caminho. [UL]

meias

O problema não é apenas tático, mas também de ambiente. O relacionamento entre as estrelas do time – sobretudo Ronaldinho e Eto’o – não era uma maravilha na temporada passada, e a tendência era só piorar com outro craque brigando por posições. Nesse aspecto, até que a contusão de Eto’o no amistoso contra a Internazionale pode aliviar a pressão interna – pelo menos, nos dois meses em que o camaronês ficar em recuperação. Nos outros setores, também há superpovoamento. Deco, responsável por distribuir a bola para os atacantes e cadenciar o jogo barcelonista, já mostrou descontentamento por ter perdido espaço para Yayá Touré, que chegou do Monaco. A maior eficiência do marfinense na marcação pode ajudar a dupla de volantes Xavi e Iniesta, que são técnicos e leves demais para segurar o meio-campo adversário. Na defesa, há mais casos de posições com excesso de jogadores. Puyol é um

Camp Nou (98.787 lugares)

atacantes

Bobby Yip/Reuters

Estádio

41 9/7/07 3:46:44 AM


Robert Pratta/Reuters

Lyon Olympique Lyonnais www.olweb.fr

Títulos

Campanha na LC Para o OL, comemorar a Ligue 1 não basta

grupo E.indd 4

1ª fase quartas quartas quartas oitavas

Ranking da Uefa 10º Uniforme

Agora vai? Gerland (42.000 lugares)

goleiros

Elenco completo* Grégory Coupet 31/12/1972 Rémy Vércoutre 26/6/1980 Frédéric Roux 27/6/1973 Anthony Réveillère 10/11/1979 François Clerc 18/4/1983 28/11/1977 Fabio Grosso (ITA) Nadir Belhadj (AGL) 18/6/1982 Sébastien Squillaci 11/8/1980 3/6/1977 Cris (BRA) 27/4/1980 Anderson (BRA) 17/12/1976 Patrick Müller (SUI) Sandy Paillot 27/2/1987 Mathieu Bodmer 22/11/1982 Jérémy Toulalan 10/9/1983 9/10/1980 Fábio Santos (BRA) Kim Källström (SUE) 24/8/1982 Juninho Pernambucano (BRA) 30/1/1975 Fred (BRA) 3/10/1983 Sidney Govou 27/7/1979 Karim Benzema 19/12/1987 Hatem Ben Arfa 7/3/1987 28/10/1981 Milan Baros (TCH) Abdulkader Keita 6/8/1981 Loïc Remy 2/1/1987 Técnico Alain Pérrin

*lista não oficial

Hexacampeão de um dos países mais importantes da Europa, mas não chega nem nas semifinais da Liga dos Campeões. Você acha que essa é a maior prova de como o Lyon não dá certo em competições internacionais? Nada disso! A série de fracassos vem de longe. Em 1958, o clube estreou em torneios europeus na Copa de Feiras — e tomou uma piaba de 7 a 0 da Internazionale.

Estádio

defensores

A

Juninho e Coupet, dois dos principais jogadores do elenco, renovaram seus contratos. No entanto, o goleiro desfalcará o Lyon por boa parte da fase de grupos, pois se recupera de cirurgia no joelho. Na zaga, Cris também ficará de molho por um longo período. Para seu lugar, a diretoria foi buscar Anderson, ex-corintiano que estava no Benfica. Por falar em contratações, o Lyon continuou com sua política de fazer poucas mudanças. O OL soube usar os € 44 milhões arrecadados com as saídas de Tiago, Malouda, Alou Diarra e Berthod. Do Lille, chegaram Keita e Bod-mer. Para a lateral esquerda, foram trazidos Grosso, campeão mundial com a Itália, e Belhadj, promessa vinda do Sedan. Com isso, será possível manter o 4-3-3 em que Toulalan, Bodmer e Juninho dão muita consistência ao meio-campo. No comando, Alain Pérrin terá a missão de fazer o grupo deixar de lado a ansiedade e a pressão por um bom resultado internacional. Se conseguir superar esse trauma, o time chega com boas chances de, finalmente, brigar por algo além das quartas-de-final. [RE]

meias

“síndrome lionesa” persiste. Apesar da supremacia consolidada na França, o Lyon não consegue passar de coadjuvante na Liga dos Campeões. Na temporada passada, o desempenho no torneio causou grande frustração, com eliminação nas oitavasde-final diante da Roma. Considerada uma das candidatas ao título, a equipe francesa viu seus problemas internos se agravarem depois da eliminação prematura. Logo, em 2007/8, a missão do time na LC será apagar essa impressão para, enfim, brilhar. Soa paradoxal, mas o fiasco foi benéfico ao Lyon. A queda de rendimento expôs algumas feridas – como indisciplina e insatisfação dos jogadores com o treinador Gérard Houllier – e acelerou as mudanças. Quem criou problemas foi embora, casos de Caçapa, Diarra, Wiltord e do próprio Houllier. Falta saber como o Lyon lidará com Fred. O atacante, que já havia sido punido por questões disciplinares, voltou a dar dores de cabeça aos dirigentes. Por isso, o presidente Jean-Michel Aulas deixou claro que o clube procura um novo atacante.

Também acontece com eles

42

2002/3 2003/4 2004/5 2005/6 2006/7

atacantes

H G F E D C B A

6 Campeonatos Franceses 3 Copas da França 1 Copa da Liga Francesa

9/7/07 3:46:53 AM


Getty Images/AFP

Rangers Rangers Football Club www.rangers.co.uk

Títulos

Campanha na LC 2002/3 2003/4 2004/5 2005/6 2006/7 1ª fase

Com um elenco discreto, o Rangers não deve voar alto

3ª fase prelim. oitavas

Ranking da Uefa 45º Uniforme

O importante é participar

O

Estádio Ibrox (51.082 lugares)

atacantes

*lista não oficial

meias

defensores

goleiros

Elenco completo*

grupo E.indd 5

torcedor do Rangers acostumouse a ver o rival Celtic se gabar pelo título europeu de 1967. Os Bhoys foram o primeiro time britânico a conquistar a principal competição do continente e seguem sendo o único escocês a fazê-lo. Para piorar as coisas, não há nenhuma perspectiva de igualar o feito. A expansão da Liga dos Campeões dificultou o trabalho dos clubes de campeonatos secundários como o escocês, e a torcida do Gers não vê muita saída para as gozações do rival. O fato de ser incapaz de pensar em título não significa que o Rangers não venha melhorando. Em 2005/6, o time caiu num grupo acessível na primeira fase da LC, conseguiu o segundo lugar e uma vaga nas oitavas-de-final. Na temporada passada, a equipe nem disputou a competição, mas a perspectiva para esta edição é de nova melhora. Desde o início do ano, quando o técnico Walter Smith largou a seleção escocesa para retornar ao clube que levou a sete títulos consecutivos na década passada, o time tem dado sinais de crescimento. Os principais destaques são o

Allan McGregor Graeme Smith Roy Carroll (IRN) David Weir Sasa Papac (BOS) Ugo Ehiogu (ING) Kirk Broadfoot Andy Webster Carlos Cuéllar (ESP) Steven Whittaker Alan Hutton Thomas Buffel (BEL) Barry Ferguson Brahim Hemdani (AGL) Kevin Thomson Charlie Adam Amdy Faye (SEN) Chris Burke Kris Boyd Nacho Novo (ESP) Steven Naismith Jean-Claude Darcheville (FRA) DaMarcus Beasley (EUA) Lee McCulloch Daniel Cousin (GAB)

31/1/1982 3/10/1982 30/9/1977 10/5/1970 7/2/1980 3/11/1972 8/8/1984 23/4/1982 23/8/1981 16/6/1984 30/11/1984 19/2/1981 2/2/1978 15/3/1978 16/1/1983 10/12/1985 12/3/1977 2/12/1983 18/8/1983 26/3/1979 14/9/1986 25/7/1975 24/5/1982 15/5/1978 7/2/1977

Técnico Walter Smith

goleiro McGregor e o atacante Boyd, ambos da seleção da Escócia, e o lateral Ferguson, capitão e símbolo do time. Para esta temporada, Smith teve uma atuação astuta na janela de transferências, buscando nomes que assumiram condição de titulares logo de cara. O zagueiro espanhol Cuéllar, ex-Osasuna, encaixou-se perfeitamente em uma defesa que passou invicta pelas duas fases preliminares que disputou. O meia-atacante norte-americano Beasley, além de agregar qualidade, tem uma valiosa experiência no torneio – foi semifinalista com o PSV, em 2005. A poucos segundos – literalmente – do fechamento do mercado, o Rangers assegurou a contratação do atacante Naismith, melhor jogador jovem da última temporada escocesa. No final das contas, o Rangers montou um time discreto, mas competitivo. Na LC, seu desempenho pode ser comprometido apenas pelo fato de o sorteio não ter sido amigo. Dividindo o grupo com o Barcelona e os campeões nacionais Lyon e Stuttgart, os Gers entram na competição com o espírito de que importante é participar. Mais uma vez. [LB]

H G F E D C B A

1 Recopa 51 Campeonatos Escoceses 31 Copas da Escócia 24 Copa da Liga Escocesa

Também acontece com eles Após a conquista da Recopa sobre o Dynamo Moscou, em 1972, no Camp Nou, o Rangers teve de receber o troféu nos vestiários, porque seus torcedores invadiram o campo no fim do jogo. Sob pressão do ditador Franco, a Uefa suspendeu o clube das competições européias. O Rangers voltou ao estádio dois anos depois, convidado pelo Barcelona para o Troféu Joan Gamper, em uma clara atitude de contestação por parte dos catalães.

43 9/7/07 3:47:02 AM


Getty Images/AFP

Stuttgart Marica é jovem e tem talento. Só isso basta?

Verein für Bewegungsspiele Stuttgart 1893 www.vfb.de

Títulos

Campanha na LC 2002/3 2003/4 2004/5 2005/6 2006/7 oitavas

Ranking da Uefa 34º Uniforme

Bom, mas um pouco verde Estádio Gottlieb-Daimler (55.896 lugares)

44 grupo E.indd 6

A imprensa marrom na Alemanha ficou em polvorosa durante o verão, quando foi lançado o livro “Shaved!”, do fotógrafo Jo Schwanewilms. A obra traz imagens de penteados excêntricos das partes baixas de homens, entre os quais alguns famosos. Diz Schwanewilms que um deles fez parte do elenco campeão alemão pelo Stuttgart. Seu “corte” traz um detalhe do escudo do clube. Até hoje, porém, não foi revelado o nome do modelo, que segue no elenco.

atacantes

Também acontece com eles

Raphael Schäfer Michael Langer (AUT) Alexander Stolz Andreas Beck Ricardo Osorio (MEX) Gledson (BRA) Serdar Tasci Fernando Meira (POR) Arthur Boka (CMA) Mathieu Delpierre (FRA) Ludovic Magnin (SUI) Silvio Meissner Alexander Farnerud (SUE) Yildiray Bastürk (TUR) Thomas Hitzlsperger Pavel Pardo (MEX) Roberto Hilbert Antônio da Silva (BRA) Sami Khedira Georges Mandjeck (CAM) Ewerthon (BRA) Cacau (BRA) Ciprian Marica (ROM) Johannes Rahn Mario Gomez

30/1/1979 6/1/1985 13/10/1983 13/3/1987 30/3/1980 4/9/1979 24/4/1987 5/6/1978 2/4/1983 26/4/1981 20/4/1979 19/1/1973 10/5/1984 24/12/1978 5/4/1982 26/7/1976 16/10/1984 13/6/1978 4/4/1987 9/12/1988 10/6/1981 27/3/1981 2/10/1985 16/1/1986 10/7/1985

Técnico Armin Veh

*lista não oficial

Elenco completo* goleiros

A

manha em 2006/7, sobretudo graças à presença do incansável mexicano Pavel Pardo à frente dos dois. Hitzlsperger e Hilbert, abertos, respectivamente, pela esquerda e pela direita, têm habilidade e velocidade para fazer a bola chegar à dupla de ataque, geralmente formada por Cacau e Mario Gomez, este último considerado o destaque do campeonato e principal revelação do futebol alemão nos últimos 12 meses. A grande incógnita é o goleiro Raphael Schäfer, que, como seus companheiros, também não tem experiência internacional e chega com a responsabilidade de substituir o queridinho da torcida Hildebrand. Diferentemente da temporada passada, o técnico Armin Veh terá uma boa gama de opções no banco. Foram embora Streller, Tomasson e Bierofka, para a chegada de reforços como o meia Bastürk e os atacantes Éwerthon e Marica, a contratação mais cara da história do clube (€ 8 milhões). É por isso que, mesmo com tantas limitações, a torcida tem motivos para acreditar que o Stuttgart não decepcionará na LC. [CEF]

defensores

s duas últimas grandes campanhas do Stuttgart tiveram uma marca: a aposta em um elenco formado quase todo por pratas da casa. Foi assim no vice-campeonato alemão de 2002/3, com a equipe que chegaria às oitavas-de-final da Liga dos Campeões da temporada seguinte. É assim agora, com o time que conquistou a Bundesliga, superando adversários melhores no papel, como Bayern de Munique, Werder Bremen e Schalke 04. A questão é ver se a nova geração repetirá a boa campanha da antecessora. O título alemão dá status, porém, nem a conquista fez que o Stuttgart chegue à LC com grandes ambições. O elenco dos Schwaben é composto por jovens jogadores que, em sua maioria, têm pouca ou nenhuma experiência internacional. Assim, repetir o desempenho de 2003/4, quando venceu o Manchester United e complicou a vida do Chelsea, seria um excelente resultado. É um objetivo até possível, pois o VfB tem bons jogadores. A defesa formada pela dupla MeiraDelpierre foi uma das melhores da Ale-

meias

H G F E D C B A

5 Campeonatos Alemães 3 Copas da Alemanha

9/7/07 3:47:09 AM


Futbolny Club Dyinamo Kyiv www.fcdynamo.kiev.ua

Daniel Mihailescu/AFP

Dynamo Kiev Dynamo dominou o futebol ucraniano em 2006/7

Títulos

Campanha na LC 2002/3 2003/4 2004/5 2005/6 2006/7 1ª fase

1ª fase

1ª fase

2ª fase prelim.

1ª fase

Ranking da Uefa 57º

Discreto e eficiente

Uniforme

D

Estádio Lobanovsky Dynamo (16.900 lugares)

atacantes

*lista não oficial

meias

defensores

goleiros

Elenco completo*

grupo F.indd 1

iferentemente do rival Shakhtar Donetsk, o Dynamo Kiev fez investimentos modestos para esta temporada. Não torrou dezenas de milhões de euros, mas fez contratações que, apesar de não terem tanto impacto, mostraram ser extremamente eficientes e acertadas. Por causa disso, o clube tem um bom elenco, mas não conta com um craque — o que pode fazer falta em uma competição como a Liga dos Campeões. A temporada 2006/7 na Ucrânia foi dominada pelo Dynamo, que levou campeonato, copa e supercopa nacionais. Nem isso fez que o técnico Anatoliy Demyanenko, no cargo desde 2005, tivesse prestígio com a diretoria. Na prétemporada, treinadores estrangeiros, inclusive o italiano Fabio Capello, foram sondados para assumir o Dynamo, mas nenhum aceitou o desafio. Demyanenko seguiu, mas sem credibilidade. Para a LC, a base é a mesma da temporada passada. Rebrov, de 33 anos, ainda é a principal referência – apesar de não ter o mesmo vigor físico de anos atrás. Outro destaque é o atacante Milevskiy, de 22 anos, maior promessa do fute-

Oleksandr Shovkovsky Oleksandr Rybka Taras Lutsenko Andriy Nesmachniy Vladyslav Vashchuk Vitaly Mandzyuk Badr el Kaddouri (MAR) Goran Gavrancic (SER) Rodrigo (BRA) Marjan Markovic (SER) Tiberiu Ghioane (ROM) Corrêa (BRA) Valentin Belkevich (BLR) Michael (BRA) Ruslan Rotan Diogo Rincón (BRA) Taras Mikhalik Oleg Husyev Milos Ninkovic (SER) Serhiy Rebrov Kleber (BRA) Ismaël Bangoura (GUI) Maksim Shatskikh (UZB) Artem Milevskiy Oleksandr Aliev

2/1/1975 10/4/1987 1º/2/1974 28/2/1979 2/1/1975 24/1/1986 31/1/1981 2/8/1978 27/8/1980 28/9/1981 18/6/1981 29/12/1980 27/1/1973 16/2/1983 29/10/1981 18/4/1980 28/10/1983 25/4/1983 25/12/1984 6/3/1974 12/8/1983 2/1/1985 30/8/1978 12/1/1985 3/2/1985

Técnico Anatoliy Demyanenko

bol ucraniano na atualidade. A defesa, com a presença do goleiro da seleção da Ucrânia, Shovkovsky, é outro bom setor do time – apesar da recente perda do zagueiro senegalês Diakhaté. Ele fraturou o ombro num jogo e só deve retornar aos gramados em novembro. Entre os recém-chegados, estão o atacante guineano Bangoura, ex-Le Mans, e o meia Michael, ex-Palmeiras. Aliás, o brasileiro não terá muita dificuldade para manter o português em dia. O Dynamo conta com uma vasta legião brasileira, composta ainda por Corrêa, Kleber, Rodrigo e Diogo Rincón. Apesar de todos esses pontos fortes, o Dynamo, quando atua em uma competição européia, parece se intimidar. A equipe é a única da Ucrânia a ter conquistado títulos continentais – a extinta Recopa, em 1975 e 1986 –, mas tem fracassado nas últimas edições da LC, mesmo contra times mais fracos. Se superar isso, pode fazer uma boa campanha. Potencial e bons jogadores, o clube tem. Resta saber se Demianenko conseguirá tirar o melhor de seus atletas – isso se continuar no cargo. [GH]

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2 Recopas 12 Campeonatos Ucranianos 9 Copas da Ucrânia 13 Campeonatos Soviéticos 9 Copas da União Soviética

Também acontece com eles Na LC de 1995/6, dois diretores do Dynamo, Igor Surkis e Vasyliy Babiychuk, ofereceram ao árbitro espanhol Antonio López Nieto uma boa quantia de dinheiro e dois casacos de pele de raposa antes do jogo contra o Panathinaikos. O esquema foi descoberto. O Dynamo foi suspenso por dois anos e seus diretores banidos do futebol para sempre. Posteriormente, as penas foram abrandadas — tanto que Surkis, atualmente, é presidente do clube.

45 9/7/07 3:47:47 AM


Manchester United Juventude de pe experiência

título?

H G F E D C B A

O time já era bom, mas chegada de promessas pode dar o fôlego que faltou na última LC egue um time que chegou com méritos à semifinal da Liga dos Campeões na temporada passada. Adicione a ele o volante Hargreaves, o atacante Tevez e os mais que promissores Nani e Anderson. Pela lógica, teremos um sério postulante ao título da competição. E, de fato, é esse o caso do Manchester United. Neste verão europeu, Alex Ferguson montou um time que obedece o clichê de que a soma de juventude e experiência é o segredo para ganhar títulos. O técnico percebeu que tinha em mãos um ótimo elenco, mas dependia excessivamente de veteranos como Giggs (33 anos) e Scholes (32). Não foi à toa que o United atropelou durante a maior parte da temporada, mas, nos últimos meses, pareceu ter perdido o gás.

P

Foi por isso que Ferguson priorizou a juventude nas contratações que fez em 2007: Hargreaves (26), Tevez (23), Nani (20) e Anderson (19). Some-se a eles Cristiano Ronaldo (22) e Wayne Rooney (21), e nota-se que o Manchester United montou uma base de jogadores que podem atuar juntos por quase uma década – e, se hoje já são bons, imagine quando amadurecerem por completo. No meio-campo, onde joga a maioria desses astros, o United montou uma combinação quase perfeita. Há jovens e veteranos, bons marcadores e criadores habilidosos, astros e atletas discretos, especialistas e “coringas”. Assim, Ferguson tem opções de sobra para adaptar-se a todo tipo de adversário e também para evitar desgaste excessivo e cobrir-se em casos de contusões e suspensões.

Jogo histórico na LC Manchester United 2x1 Bayern de Munique (26/5/1999) Com 89 minutos jogados, a final da Liga dos Campeões de 1999 era uma das mais sem graça da história. O Bayern liderava por 1 a 0 e estava prestes a levar a taça para Munique. Quatro minutos depois, o Manchester United comemorava o título, e a partida tornara-se memorável. Isso porque, nesse espaço de tempo, Sheringham e Solskjaer marcaram dois gols milagrosos e deram a Tríplice Coroa para o time de Old Trafford.

A Rooney

ME

MA

MD

Giggs

Scholes

C. Ronaldo

Fique de olho

LE Evra

V

V

Carrick

Hargreaves

Z

Z

Vidic

Ferdinand

G

46 grupo F.indd 2

Van der Sar

LD Neville

Nani Ao lado do brasileiro Anderson, foi uma das grandes contratações jovens do Manchester United na pré-temporada. E, no começo deste Campeonato Inglês, é o português que tem recebido mais chances entre os titulares. Rápido e habilidoso, tem características parecidas com Cristiano Ronaldo - e, inclusive, costuma jogar na mesma posição.

Também acontece com eles Em 1902, o Manchester United, que ainda tinha o nome de Newton Heath, quase faliu. O clube chegou até a ter seu estádio fechado. Tudo por causa de uma dívida de... £ 2,5 mil. E pensar que, em 2006, o empresário norte-americano Malcolm Glazer pagou por volta de £ 660 milhões para comprar o clube.

9/7/07 3:47:56 AM


Phil Noble/Reuters

Manchester United Football Club www.manutd.com

Títulos

H G F E D C B A

2 Ligas dos Campeões 1 Mundial de Clubes 1 Recopa 16 Campeonatos Ingleses 11 Copas da Inglaterra 2 Copas da Liga Inglesa

Campanha na LC 2002/3 2003/4 2004/5 2005/6 2006/7 quartas oitavas oitavas 1ª fase

semi

Ranking da Uefa 7º Uniforme

grupo F.indd 3

Edwin van der Sar (HOL) Ben Foster Tomasz Kuszczak (POL) Gary Neville Patrice Evra (FRA) Rio Ferdinand Wes Brown Nemanja Vidic (SER) John O’Shea (IRL) Mickaël Silvestre (FRA) Gerard Piqué (ESP) Owen Hargreaves Anderson (BRA) Cristiano Ronaldo (POR) Ryan Giggs (GAL) Park Ji-Sung (COR) Michael Carrick Nani (POR) Paul Scholes Darren Fletcher (ESC) Chris Eagles Wayne Rooney Louis Saha (FRA) Dong Fangzhuo (CHN) Carlos Tevez (ARG)

29/8/1970 3/4/1983 23/3/1982 18/2/1975 15/5/1981 8/11/1978 16/3/1979 21/10/1981 30/4/1981 9/8/1977 2/2/1987 20/1/1981 13/4/1988 5/2/1985 29/11/1973 25/2/1981 28/7/1981 17/11/1986 16/11/1974 1º/2/1984 19/11/1985 24/10/1985 8/8/1978 23/1/1985 5/2/1984

Técnico Alex Ferguson (ESC)

*lista não oficial

goleiros

Elenco completo*

defensores

no aspecto físico. Tradicionalmente, os Red Devils começam a temporada devagar, para atropelar no Inglês no segundo semestre e chegar em boa forma às fases decisivas da LC. Só que o domínio do Chelsea na Premier League estragou esse plano. Para não deixar os Blues dispararem, o United teve que manter força total desde o início da temporada. A estratégia deu certo no Inglês, mas prejudicou o time na Liga dos Campeões. Será que agora, em 2007/8, Ferguson voltará à estratégia antiga – o que indicaria que está apostando todas as fichas na LC – ou vai brigar com o Chelsea desde o começo na Inglaterra? Prioridades esportivas e banco de reservas à parte, não dá para deixar de apontar o Manchester United como um dos grandes favoritos ao título da Liga dos Campeões. O time de Alex Ferguson joga bonito, sabe fazer gols e se garante na defesa. E obedece ao clichê de aliar juventude e experiência. O que mais se pode querer de uma equipe? [TRA]

Old Trafford (76.000 lugares)

meias

O mesmo, porém, não pode ser dito de outros setores, onde faltam reservas. É esse o caso, por exemplo, do gol. Van der Sar está prestes a completar 37 anos, e seus substitutos – Kuszczak e Foster ainda não seguraram o rojão num matamata de Liga dos Campeões. Na zaga, a mera possibilidade de ver Brown ou Silvestre jogando contra um Milan ou um Bayern causa calafrios na torcida. No ataque, também são poucas as alternativas. Rooney e Tevez formam uma dupla espetacular, e Saha é um bom reserva. Só que pára por aí. Não há mais ninguém disponível. Para piorar, Rooney não deverá jogar até outubro, e Saha também vive se machucando. Assim, não é impossível que apareçam nomes desconhecidos como Dong Fangzhuo em uma ou outra partida da LC. Para diminuir esse problema, Ferguson pode apelar para o 4-5-1, como nos primeiros jogos da temporada. Também será interessante acompanhar a estratégia do Manchester United

Estádio

atacantes

Nani, de 20 anos, contrasta com velhas caras como Giggs e Ferdinand

47 9/7/07 3:48:15 AM


Roma Aposentado da seleção, Totti pode se dedicar só à Roma

Associazione Sportiva Roma www.asroma.it

Títulos

Campanha na LC Filippo Monteforte/AFP

2002/3 2003/4 2004/5 2005/6 2006/7 2ª fase grupos

grupo F.indd 4

quartas

Uniforme

Encorpando o time Estádio Olímpico (82.922 lugares)

atacantes

Em 1933, a Roma “importou” três argentinos — Guaita, Scopelli e Stagnaro —, para reforçar seu time. Como a Fifa não era tão rigorosa na nacionalidade dos atletas, o trio naturalizou-se italiano, para poder jogar pela Azzurra. Só que não contavam com a ascensão do fascismo: em 1935, a Itália estava às portas de uma guerra com a Etiópia, e os três ítaloargentinos tiveram de sair às escondidas do país para não terem de ir combater na África.

Gianluca Curci Doni (BRA) Carlo Zotti Christian Panucci Cicinho (BRA) Juan (BRA) Philippe Mexès (FRA) Marco Andreolli Vitorino Antunes (POR) Matteo Ferrari Max Tonetto Marco Cassetti David Pizarro (CHI) Alberto Aquilani Taddei (BRA) Ludovic Giuly (FRA) Daniele de Rossi Simone Perrotta Adrian Pit (ROM) Ahmed Barusso (GAN) Matteo Brighi Mirko Vucinic (SER) Francesco Totti Mauro Esposito Mancini (BRA)

12/7/1985 22/10/1979 3/9/1982 12/4/1973 24/6/1980 1º/2/1979 30/3/1982 10/6/1986 1º/4/1987 12/5/1979 18/11/1974 29/5/1977 11/9/1979 7/7/1984 6/3/1980 10/7/1976 24/7/1983 17/9/1977 16/7/1983 26/12/1984 14/2/1981 1º/10/1983 27/9/1976 13/6/1979 1º/8/1980

Técnico Luciano Spaletti

*lista não oficial

Elenco completo* goleiros

N

Forçando jogadas pela linha de fundo com Mancini e Taddei, o time “giallorosso” pode tirar o melhor de seu grande jogador, o capitão Francesco Totti, que comanda o ataque. Tecnicamente, o time titular da Roma tem potencial para enfrentar quem quer que seja. Só que, como ficou claro no massacre de Old Trafford (Manchester United 7x1 Roma), uma marcação bem feita no capitão faz com que todo o time desabe. As contratações do francês Giuly, do brasileiro Cicinho e do atacante Esposito são uma tentativa de criar alternativas para Spaletti não ter de depender de Totti – ainda que ele continue sendo o astro inconteste do time. O técnico Luciano Spaletti tem capacidade de conduzir a Roma para uma vaga segura para as oitavas-de-final e depois até seguir adiante. O grande desafio será diminuir a dependência de Totti e ensinar o time a enfrentar jogos decisivos na Liga dos Campeões sem experiência prévia. Mesmo com um bom time, a Roma ainda corre por fora para o pódio europeu. [CRG]

defensores

os arredores do Estádio Olímpico de Roma, um fantasma arrasta-se há mais de 23 anos. Ali, próximo ao rio Tibre, com a Tribuna Monte Mario ao fundo, a assombração futebolística tira o sono da torcida romanista, com as memórias de uma final de Liga dos Campeões perdida em casa. O exorcismo só pode ser feito com uma coisa: um sucesso no torneio mais importante do continente. E não é que a Roma não tente. Tenta, e faz tempo. Contratações milionárias como as de Gabriel Batistuta, Christian Chivu, Antonio Cassano e Fabio Capello já faziam parte do esforço romanista. Nesta temporada, a Roma adicionou uma série de bons reforços a um time já entrosado, mas ainda está um passo atrás da concorrência, em relação à quantidade de jogadores “fora-de-série”. O técnico Luciano Spaletti conseguiu montar um time bastante ofensivo, que também sabe se defender de maneira sólida. O segredo está no esquema, que passa de 4-5-1 a 4-3-3 quando toma a posse de bola.

Também acontece com eles

48

1ª fase

Ranking da Uefa 17º

meias

H G F E D C B A

1 Copa de Feiras 3 Campeonatos Italianos 8 Copas da Itália

9/7/07 3:48:26 AM


Sporting Clube de Portugal

Marcos Borga/Reuters

Sporting Gols de Liédson dão esperança à torcida sportinguista

www.sporting.pt

Títulos

Campanha na LC 2002/3 2003/4 2004/5 2005/6 2006/7 3ª fase prelim.

3ª fase prelim.

1ª fase

Ranking da Uefa 32º Uniforme

Quero ser grande Estádio José Alvalade XXI (50.466 lugares)

atacantes

*lista não oficial

meias

defensores

goleiros

Elenco completo*

grupo F.indd 5

Rui Patrício Tiago Vladimir Stojkovic (SER) Pedro Silva (BRA) Marian Had (ESQ) Anderson Polga (BRA) Ronny (BRA) Tonel Miguel Veloso Gladstone (BRA) Paulo Renato Abel Carlos Paredes (PAR) Adrien Marat Izmailov (RUS) Simon Vukcevic (MON) Pontus Farnerud (SUE) Bruno Pereirinha João Moutinho Leandro Romagnoli (ARG) Celsinho (BRA) Milan Purovic (MON) Derlei (BRA) Yannick Djaló Liédson (BRA)

15/2/1988 16/4/1975 28/7/1983 25/4/1981 16/9/1982 9/2/1979 11/5/1986 13/4/1980 11/5/1986 29/1/1985 14/5/1987 22/12/1978 16/7/1976 15/3/1989 21/9/1982 29/1/1986 4/6/1980 2/3/1988 8/9/1986 17/3/1981 25/8/1988 7/5/1985 14/7/1975 5/5/1986 17/12/1977

Técnico Paulo Bento

Sporting abre a temporada com o propósito claro de mostrar que não é mais o irmão mais novo que debuta na Liga dos Campeões. Nos últimos anos, o clube de Alvalade tem se firmado como o maior centro de formação de craques do país. Entretanto, essa excelência não se reflete em bons desempenhos nas competições européias. Os Leões – ao contrário de Porto e Benfica – nunca venceram a LC ou a Copa Uefa. Sua única conquista continental ocorreu em 1964, com a Recopa, que nem existe mais. Esse é justamente o estigma que o emblema leonino terá que superar: o de não ter tradição nas competições européias e de fracassar perante adversários mais fracos. Nas últimas cinco edições da LC, por exemplo, o Sporting participou apenas da última, em 2006/7. Nas anteriores, foi eliminado na fase preliminar em duas ocasiões e não se classificou em outras duas. Para piorar, o clube perdeu em casa, para o CSKA Moscou, a final da Copa Uefa 2004/5. É diante desse cenário que os Leões tentam provar que estão crescidi-

O

nhos. Um clube que revelou Cristiano Ronaldo, Quaresma, João Moutinho, Nani, Simão e, principalmente, Figo merece maior sorte no panorama europeu. Para tanto, reforçou-se à altura e compensou as saídas de jogadores emblemáticos. No gol, o sérvio Stojkovic deve fazer a torcida esquecer-se de Ricardo. Para o lugar de Nani, chegaram o veterano Derlei, o jovem Celsinho (ex-Portuguesa) e o russo Izmailov. Esses reforços podem apimentar ainda mais o poder de fogo des Leões, que já contam com o goleador Liédson. A solidez do meio-campo, no 4-4-2 montado pelo técnico Paulo Bento, é incrementada com o estilo clássico de João Moutinho e com o voluntarismo do promissor Miguel Veloso. O ponto fraco da equipe ainda é a defesa, já que Tonel e Polga são instáveis, e os laterais Abel e Ronny são incógnitas. De todo modo, se souber equilibrar as forças entre as competições domésticas e a LC – e, principalmente, se souber ultrapassar o complexo de “vira-latas” – o Sporting tem condições de surpreender ao longo da temporada. [ZM]

H G F E D C B A

1 Recopa 22 Campeonatos Portugueses 14 Copas de Portugal

Também acontece com eles Eusébio jogava no Sporting de Lourenço Marques, filial do xará português. Observado por olheiros do clube de Alvalade, tudo indicava que o moçambicano de 18 anos seria contratado pelos Leões, mas o Benfica foi mais rápido e assinou com Eusébio. O atacante foi “raptado” pelos cartolas benfiquistas e saiu às escondidas da África, em 1960. O Sporting protestou sem succeso. Os Leões perderam, assim, o maior jogador da história de Portugal.

49 9/7/07 3:48:36 AM


CSKA Moscou Tática defensivista ofusca atacantes como Vágner Love

Tsentral’nyi Sportivnyi Klub Armii www.cska-football.ru

1 Copa Uefa 3 Campeonatos Russos 3 Copas da Rússia 7 Campeonatos Soviéticos 5 Copas da União Soviética Getty Images/AFP

Campanha na LC 2002/3 2003/4 2004/5 2005/6 2006/7 1ª fase

Estádio Dynamo Stadium (36.000 lugares)

Elenco completo*

grupo G.indd 2

atacantes

Em 17 de abril de 1971, o CSKA recebeu o Ararat Yerevan pelo Campeonato Soviético. Em uma reposição de bola aparentemente inofensiva, o goleiro moscovita Shmutz fez um gol contra com as mãos. O lance o marcou tanto que ele teve de ser afastado por problemas psicológicos e não jogou mais naquele ano. A partida acabou 1 a 0 para o Ararat.

Igor Akinfeev Veniamin Mandrykin Sergei Zhideyev Ivan Taranov Deividas Semberas (LIT) Sergei Ignashevich Aleksei Berezutski Chidi Odiah (NIG) Vasili Berezutski Anton Grigoryev Sergei Gorelov Eduardo Ratinho (BRA) Caner Erkin (TUR) Elvir Rahimic (BOS) Milos Krasic (SER) Yuri Zhirkov Ramón (BRA) Daniel Carvalho (BRA) Rolan Gusev Pavel Mamaev Dudu Cearense (BRA) Evgeni Aldonin Vágner Love (BRA) Jô (BRA) Dawid Janczyk

8/4/1986 30/8/1981 2/4/1987 22/6/1986 2/8/1978 14/7/1979 20/6/1982 17/12/1983 20/6/1982 13/12/1985 29/4/1985 19/9/1987 4/10/1988 4/4/1976 1º/11/1984 20/8/1983 24/5/1988 1º/3/1983 17/9/1977 17/9/1988 15/4/1983 22/1/1980 11/6/1984 20/3/1987 23/9/1987

Técnico Valery Gazzaev

*lista não oficial

N

meias armadores, em algumas ocasiões. Nesse caso, a saída é abusar do jogo pelas laterais, com Krasic e Zhirkov. Daniel Carvalho tem sofrido com contusões, nos últimos meses. Se estiver bem, é titular e principal referência de armação do time, que conta com a dupla Vágner Love-Jô na frente. Preocupada com a falta de opções táticas, a diretoria do CSKA trouxe alguns reforços. Todos, porém, são jovens, ainda que tenham grande potencial e estejam de acordo com a realidade financeira mais modesta do que a de seus principais rivais na Rússia. As apostas do clube estão depositadas no atacante Dawid Janczyk, de apenas 19 anos, exLegia Varsóvia e um dos destaques do último Mundial sub-20. Além do polonês, os meias Ramón (ex-Corinthians) e Mamaev (ex-Torpedo Moscou), revelação do Campeonato Russo em 2006, são boas opções para a armação. Ainda assim, é pouco. A defesa, apesar do desfalque de Akinfeev, deve funcionar. Resta ao ataque corresponder, mesmo contando com somente três homens no elenco com condições de disputar uma Liga dos Campeões. [GH]

goleiros

os últimos anos, o CSKA Moscou teve um certo destaque no cenário internacional. Conquistou uma Copa Uefa e quase eliminou o Arsenal na última Liga dos Campeões. Poderia ser uma indicação de que é uma força emergente para a LC 2007/8, mas não é bem assim. O time, conhecido pela grande quantidade de atletas brasileiros que possui (ao todo são cinco: Dudu Cearense, Ramón, Daniel Carvalho, Vágner Love e Jô, além do preparador físico Paulo Paixão), continua competitivo, mas enfraqueceu-se nesta temporada. O ponto forte da equipe continua sendo a defesa. Valery Gazzaev conhece seu time como ninguém. O técnico, que está no cargo desde 2004, gosta do 3-5-2 com viés defensivo, no qual se destacam Ignashevich e os irmãos gêmeos Berezutski (Vasili e Aleksei). O time terá apenas de aprender a ficar sem Akinfeev. O goleiro, considerado uma garantia para o CSKA, está contundido e só voltará aos gramados em novembro. Outro problema é que a atitude defensivista muitas vezes custa vitórias aos moscovitas. O meio-campo dá prioridade à marcação, a ponto de ficar sem

Uniforme

defensores

Apenas se defender não dá

Também acontece com eles

50

1ª fase

Ranking da Uefa 24º

meias

H G F E D C B A

Títulos

9/7/07 3:49:25 AM


Fenerbahçe Spor Kulübü

Getty Images/AFP

Fenerbahçe Fener mantém a base campeã turca

www.fenerbahce.org

Títulos 17 Campeonatos Turcos 4 Copas da Turquia

2002/3 2003/4 2004/5 2005/6 2006/7 3ª fase prelim.

1ª fase

1ª fase

3ª fase prelim.

Ranking da Uefa 42º Uniforme

Continuidade dá resultado

A

Estádio Sükrü Saracoglu (50.509 lugares)

atacantes

*lista não oficial

meias

defensores

goleiros

Elenco completo*

grupo G.indd 3

Serdar Kulbilge Volkan Demirel Volkan Babacan Roberto Carlos (BRA) Önder Turaci Can Arat Edu Dracena (BRA) Deniz Baris Diego Lugano (URU) Yasin Cakmak Görçek Vederson Gökhan Gönül Tümer Metin Stephen Appiah (GAN) Kemal Aslan Selçuk Sahin Ugur Boral Alex (BRA) Mehmet Aurélio Ali Bilgin Mateja Kezman (SER) Semih Sentürk Deivid (BRA) Ilhan Parlak Colin Kazim-Richards

torcida do Fenerbahçe está em estado de graça. Este é o ano do centenário do clube turco, e nada melhor do que a classificação para a fase de grupos da Liga dos Campeões para completar essa festa. A celebração começou no final da temporada passada, quando o clube de Kadikoy superou o Galatasaray em títulos (19 a 18) e empatou com o rival em número de participações na principal competição européia (19 no total). Para esta temporada, os investimentos que haviam começado no campeonato anterior foram levados adiante. Nomes como o do lateral esquerdo Roberto Carlos chegam para dar profundidade e qualidade ao elenco dos Sari Kanaryalar (“Canários Amarelos”, em turco). Ele se junta à legião brasileira que se formou no Fener, com Edu Dracena, Deivid e Alex, além dos naturalizados turcos Mehmet Aurélio (ex-Marco Aurélio) e Görçek Vederson (ex-Wederson). Outras figuras importantes são o zagueiro Lugano (ex-São Paulo), o volante ganense Appiah e o atacante Kezman.

7/7/1980 27/10/1981 11/8/1988 10/4/1973 14/7/1981 21/1/1984 18/5/1981 2/7/1977 2/11/1980 6/1/1985 22/7/1981 1º/4/1985 14/10/1974 24/12/1980 24/10/1981 31/1/1981 14/4/1982 14/9/1977 15/12/1977 17/12/1981 12/4/1979 29/4/1983 22/10/1979 19/1/1987 26/8/1986 Técnico Zico (BRA)

O elenco é bom para o padrão turco, e outro bom sinal vem do banco de reservas. Zico segue dirigindo o clube depois de uma temporada atribulada. O “Galinho” sofreu no começo de seu trabalho, quando teve de lidar com fatores adversos, como a falta de experiência de trabalhar em um clube e o escasso tempo para a montagem de uma base. Tropeços como a perda da vaga para a fase de grupos da LC e maus resultados no começo da Süper Lig passada fizeram com que a fanática torcida pedisse sua demissão. Com o tempo, o time consolidou-se, e o Fenerbahçe começou a obter bons resultados. Assumiu a ponta na Süper Lig – a qual acabou ganhando – e teve uma boa campanha na Copa Uefa. O técnico Zico teve seu contrato renovado para mais uma temporada, que já começa com uma meta alcançada: chegar à fase de grupos da Liga dos Campeões. A continuação do trabalho deu resultados. Com os bons reforços que chegaram, pode continuar em crescimento e levar os Sari Kanaryalar ainda mais longe. [MK]

H G F E D C B A

Campanha na LC

Também acontece com eles As eliminações do Fener nas competições européias são uma festa para os fãs de times mais alternativos. O clube foi derrubado, em suas participações em Copa dos Campeões, Copa Uefa e Recopa, por equipes como MTK (Hungria), Sigma Olomuc (Tchecoslováquia), Bohemians Praga (Tchecoslováquia), Beroe Stara Zagora (Bulgária), Videoton (Hungria), DWS Amsterdan (Holanda) e Ruch Chorzow (Polônia).

51 9/7/07 3:49:34 AM


Internazionale

Vencer ou... vencer H G F E D C B A

Conquista da Liga dos Campeões legitimaria, para a Inter, os títulos italianos das duas últimas temporadas calmaria acabou. Os meses em que a Inter disputou seus compromissos sabendo que a Juventus ardia nas trevas da Série B e que o Milan se arrastava na metade da tabela do Italiano com uma punição de oito pontos transformaram-se em um legítimo “scudetto”, que pôs fim a uma fila de 16 anos. O lado ruim da merecida conquista é que vencer o campeonato nacional não vai bastar para controlar a ebulição no caótico ambiente interista. Nesta temporada, se o técnico Roberto Mancini quiser continuar reinando no lado azul e preto de Milão, não tem opção a não ser vencer a Liga dos Campeões. O presidente do clube, Massimo Moratti, declarou que sua ambição para este ano é conquistar o troféu continental – mas também quer a Série A e a Copa

da Itália. No discurso, dar importância a tudo faz parte do marketing externo, mas o sucesso europeu é fundamental para provar que a vitória no Italiano do ano passado não foi só por causa das punições aos rivais. No papel, a Inter tem um grupo de jogadores que não deve nada a ninguém. Poucas agremiações no mundo gastam tanto dinheiro para garantir craques como a de Appiano Gentile – graças ao bilionário Moratti. Mesmo com um elenco estelar, o clube segue sendo citado quando o assunto é a contratação de estrelas como Messi, Ronaldinho ou Emerson. A defesa é o calcanhar de Aquiles crônico da Inter. O setor já fez que treinadores ganhassem o bilhete azul. Para se garantir, o clube abriu o bolso – mais uma vez –, para tirar o excelente romeno

A

Jogo histórico na LC

A

A

Crespo

Ibrahimovic

Internazionale 3x1 Real Madrid (27/5/1964) Era um grande teste para a Inter de Helenio Herrera. O time que introduzira o “catenaccio” - tática em que elevou a marcação a um nível de excelência - no futebol italiano enfrentou um artístico Real Madrid, que ainda contava com craques do pentacampeonato europeu de anos antes. Venceu a tenacidade defensiva dos italianos. Guarneri anulou Puskas, e Tagnin não deu um centímetro a Di Stéfano, permitindo que os Nerazzurri vencessem por 3 a 1 e conquistassem seu primeiro título europeu.

M Figo

Fique de olho

M

M

Dacourt

David Suazo Entre os novos nomes do elenco interista, é o atacante David Suazo que desperta mais entusiasmo. O hondurenho é rapidíssimo e tem como dar à Inter uma opção ofensiva que o elenco não tem. Entre os promovidos das divisões de base, fala-se muito do húngaro Attila Filkor, também atacante.

M Stankovic

Vieira (Cambiasso)

LE Maxwell

Z

Z

Chivu

Córdoba (Materazzi)

G

52 grupo G.indd 4

Júlio César

LD Maicon (J. Zanetti)

Também acontece com eles A Inter é famosa por gastar milhões em cabeças-de-bagre. Entre as bobagens da diretoria interista, a mais marcante aconteceu há três anos. Como o clube tinha Mihajlovic e Gamarra, mandou Cannavaro para a Juventus, trocado pelo goleiro Carini, hoje no Murcia. O defensor, neste meiotempo, venceu dois Italianos, um Espanhol, uma Copa do Mundo e o prêmio de melhor jogador do mundo de France Football e Fifa. Isso é que é visão!

9/7/07 3:49:44 AM


Marco Bucco/Reuters

Football Club Internazionale Milano www.inter.it

2 Ligas dos Campeões 2 Mundiais de Clubes 3 Copas Uefa 15 Campeonatos Italianos 5 Copas da Itália

Campanha na LC 2002/3 2003/4 2004/5 2005/6 2006/7 semi

1ª fase quartas quartas oitavas

Ranking da Uefa 4º Uniforme

Estádio

grupo G.indd 5

goleiros

Elenco completo

defensores

veria. Talvez não seja uma questão dramática, mas tira do treinador Roberto Mancini uma opção tática importante. Mancini, aliás, é uma outra questão que mexe com a tranqüilidade interista. Ele foi campeão italiano com méritos, mas teve ajuda de uma circunstância favorável. O treinador é acusado de não resolver problemas táticos no time, mesmo com um elenco estelar. Além disso, tem uma relação mal-resolvida com o brasileiro Adriano que cria uma pressão ruim para ambos e péssima para o clube. A situação de turbulência à vista é, na verdade, uma constante na história da Inter. A estrutura do time é capaz de chegar à final de Moscou e levar a LC. Entre a estréia e a decisão, no entanto, o time de Appiano Gentile terá de atropelar sua maior inimiga: a instabilidade psicológica que nocauteia o time mesmo quando ele tem tudo para se dar bem. Para azar na “tifoseria nerazzurra”, autoconfiança e frieza nem sempre se contratam na pré-temporada. [CRG]

meias

Chivu da Roma. Com Samuel, Córdoba e Materazzi (lesionado até dezembro), é possível formar uma retaguarda confiável. Contudo, defesa não são só zagueiros. No gol, o brasileiro Júlio César ainda não teve uma temporada “de fogo” para comprovar-se à altura do desafio. Nas laterais, Maicon, Maxwell e Javier Zanetti podem até oferecer o apoio necessário ao ataque, mas não têm a mesma qualidade fechando os espaços. Do meio-campo para a frente, ninguém tem um elenco melhor que a Inter. Marcadores como Vieira e Cambiasso, armadores como Figo e Stankovic e atacantes como Ibrahimovic, Crespo e Suazo poderiam estar em qualquer time do mundo. A observação que pode ser feita em relação ao elenco interista é a ausência de meias de faixa lateral que estejam à altura dos Vieiras e Ibrahimovics. Exceção feita ao brasileiro Maxwell (que teoricamente é um defensor), nenhum outro nome empolga como de-

Giuseppe Meazza “San Siro” (85.700 lugares)

atacantes

Ganhar o “scudetto” foi bom, mas Inter agora precisa da LC

1 12 22 2 4 6 13 16 23 24 25 26 35 5 7 11 14 15 19 21 36 8 9 18 29

Francesco Toldo Júlio César (BRA) Paolo Orlandoni Ivan Córdoba (COL) Javier Zanetti (ARG) Maxwell (BRA) Maicon (BRA) Nicolas Burdisso (ARG) Marco Materazzi Nelson Rivas (COL) Walter Samuel (ARG) Cristian Chivu (ROM) Dennis Esposito Dejan Stankovic (SER) Luis Figo (POR) Luis Jimenez (ARG) Patrick Vieira (FRA) Olivier Dacourt (FRA) Esteban Cambiasso (ARG) Santiago Solari (ARG) Francesco Bolzoni Zlatan Ibrahimovic (SUE) Julio Cruz (ARG) Hernán Crespo (ARG) David Suazo (HON)

2/12/1971 3/9/1979 12/8/1972 11/8/1976 10/8/1973 27/8/1971 26/7/1981 12/4/1981 19/8/1973 25/3/1983 22/3/1978 26/10/1980 25/1/1988 1º/9/1978 4/11/1972 17/6/1984 23/6/1976 25/9/1974 18/8/1980 7/10/1976 7/5/1989 3/10/1981 10/10/1974 5/7/1975 5/11/1979

Técnico Roberto Mancini

H G F E D C B A

Títulos

53 9/7/07 4:33:10 AM


Jerry Lampen/Reuters

PSV PSV tem talento, mas ainda está em formação

Philips Sport Vereniging P www.psv.nl w

Títulos

Campanha na LC 2002/3 2003/4 2004/5 2005/6 2006/7

1ª fase 1ª fase

Estádio Philips Stadium (35.000 lugares)

Elenco completo*

grupo G.indd 6

atacantes

O PSV sagrou-se campeão europeu, em 1988, sem vencer os últimos cinco jogos. Tanto nas quartas-de-final contra o Bordeaux quanto na semifinal contra o Real Madrid, o time empatou fora de casa por 1 a 1 e classificou-se segurando o 0 a 0 em seu campo. Na final, contra o Benfica, veio outro 0 a 0, e vitória por 6 a 5 nos pênaltis. Nas nove partidas da campanha do título, foram apenas três jogos ganhos.

Gomes (BRA) Bas Roorda Cássio (BRA) Jan Kromkamp Carlos Salcido (MEX) Manuel da Costa (POR) Mike Zonneveld Alcides (BRA) Slobodan Rajkovic (SER) Eric Addo (GAN) Fágner (BRA) Dirk Marcellis Timmy Simons (BEL) Edison Méndez (EQU) Jason Culina (AUS) Ismael Aissati Ibrahim Afellay John de Jong Tom van der Leegte Otman Bakkal Danko Lazovic (SER) Danny Koevermans Kenneth Perez (DIN) Jefferson Farfán (PER) Jonathan Reis (BRA)

15/2/1981 13/2/1973 6/6/1987 17/8/1980 2/4/1980 6/5/1986 27/10/1980 13/3/1985 3/2/1989 12/11/1978 11/6/1989 13/4/1988 11/12/1976 16/3/1979 5/8/1980 16/8/1988 2/4/1986 8/3/1977 27/3/1977 27/2/1985 17/5/1983 1º/11/1978 29/8/1974 26/10/1984 6/6/1989

Técnico Ronald Koeman

*lista não oficial

G

tir falta de um nome de peso na frente. O dinamarquês Perez, que chegou do rival Ajax, e o sérvio Lazovic, ex-Vitesse, não são exatamente nomes que empolgam. Farfán tem jogado bem, mas notabiliza-se pela velocidade e movimentação, características diferentes das necessárias para um atacante de referência. O meio-campo é o setor mais interessante do time. Deve, porém, amadurecer antes de atingir seu auge. Afellay (21 anos), Bakkal (22) e Aissati (19) tiveram êxito nas seleções de base, mas são incapazes de dar a solidez necessária, em uma competição que premia a experiência. Por isso, a falta de Cocu será sentida. Promessas brasileiras como o goleiro Cássio, ex-Grêmio, o lateral-direito Fágner, ex-Corinthians, e o atacante Jonathan Reis, ex-Atlético-MG, devem ter participação limitada no torneio, diferentemente dos compatriotas Gomes e Alcides – defensor que passou pelo Benfica e, assim como Alex, chegou ao PSV via Chelsea. Os sinais são bons para o futuro, mas o prognóstico para esta edição é de uma participação discreta. [LB]

goleiros

omes; Ooijer, Alex, Bouma e Lee Pyong-Il; Van Bommel, Vogel e Cocu; Park Ji-Sung, Vennegoor of Hesselink e Farfán. Dois anos atrás, esse time fez o torcedor de Eindhoven sonhar com uma repetição do feito de 1988, quando o PSV conquistou seu único título europeu. O limite foi a semifinal contra o Milan, que se classificou por marcar mais gols fora de casa. Pois o PSV que começa a LC de 2007/8 sob o comando de Ronald Koeman pouco lembra aquele dirigido por Guus Hiddink. Apenas dois nomes daquele time-base seguem no clube (Gomes e Farfán), e as últimas saídas foram as mais significativas, deixando sérias lacunas no meio-campo e na defesa. Cocu – que a princípio se aposentaria, mas aceitou uma proposta do Al Jazira, dos Emirados Árabes – era capitão e referência do time. O zagueiro Alex, agora com a camisa do Chelsea, era capaz de decidir sozinho em situações difíceis, como nas oitavas-de-final diante do Arsenal, na última temporada. Koeman prefere o 4-4-2 ao 4-3-3 que era adotado por Hiddink, mas deve sen-

defensores

Time para o futuro

Uniforme

Também acontece com eles

54

semi oitavas quartas

Ranking da Uefa 15º

meias

H G F E D C B A

1 Liga dos Campeões 1 Copa Uefa 20 Campeonatos Holandeses 8 Copas da Holanda

9/7/07 3:50:30 AM


Sevilla tenta repetir, na LC, sucesso da Copa Uefa

Sevilla Fútbol Club www.sevillafc.es

Paul Hanna/Reuters

Sevilla Títulos

Campanha na LC 2002/3 2003/4 2004/5 2005/6 2006/7

Ranking da Uefa 14º Uniforme

Finalmente entre os grandes Estádio Ramón Sánchez Pizjuan (42.649 lugares)

atacantes

*lista não oficial

meias

defensores

goleiros

Elenco completo*

grupo H.indd 1

Andrés Palop Morgan de Sanctis (ITA) Javi Navarro Ivica Dragutinovic (SER) Daniel Alves (BRA) Duda (POR) Julien Escudé (FRA) Aquivaldo Mosquera (COL) Khalid Boulahrouz (HOL) Andreas Hinkel (ALE) Federico Fazio (ARG) Adriano (BRA) Jesús Navas Christian Poulsen (DIN) Renato (BRA) José Luis Martí Seydou Keita (MLI) Enzo Maresca (ITA) Diego Capel Alejandro Alfaro Aleksandr Kerzhakov (RUS) Luís Fabiano (BRA) Frédéric Kanouté (MLI) Tom de Mul (BEL) Arouna Koné (CMA)

11/10/1973 26/3/1977 6/2/1974 13/11/1975 6/5/1983 27/6/1980 17/8/1979 22/6/1981 28/12/1981 26/3/1982 17/3/1987 26/10/1984 21/11/1985 28/2/1980 15/5/1979 28/4/1975 16/1/1980 10/2/1980 16/2/1988 23/11/1986 27/11/1982 8/11/1980 2/9/1977 4/3/1986 11/11/1983

Técnico Juande Ramos

ois títulos da Copa Uefa, uma campanha memorável no Campeonato Espanhol (lutou pelo título até a última rodada) e um futebol bonito alçaram o Sevilla à condição de potencial boa nova da Liga dos Campeões 2007/8. E não é um sonho distante. De fato, os andaluzes têm motivos para olharem com otimismo para a competição – até porque esse bom momento não é acidente, mas resultado de um planejamento sustentável. Depois que caiu para a Segundona, em 2000, o Sevilla reorganizou-se. Estruturou o time a partir das categorias de base e da busca por jovens talentos a preços acessíveis. Os resultados vieram: o clube recuperou-se financeiramente e em campo. Mérito também do técnico Juande Ramos, que soube lançar os jovens e montar um time aproveitando o que os jogadores têm de melhor. O sistema de jogo tem base na velocidade, com jogadas pelas laterais e rápida transição. O lado direito é o grande destaque, com Daniel Alves e Jesús Navas trocando constantemente de posição e aproximando-se dos ata-

D

cantes pelas pontas ou fechando pelo meio. O lado esquerdo tem características parecidas, mas deve sentir a falta de Puerta, morto depois de sofrer um ataque cardíaco em agosto. Como os flancos das duas linhas de quatro dedicam-se a avançar e criar jogadas, cabe ao miolo proteger o gol do experiente Palop. Boulahrouz e Navarro formam a dupla de zaga, enquanto o volante Poulsen fica como cão de guarda no combate do meio-campo. Renato ou Keita também ajudam na marcação, mas têm mais liberdade. No ataque, Kanouté e Kerzhakov são os titulares, mas Luís Fabiano e Koné podem entrar sem que o nível caia ou a característica de jogo rápido e agressivo modifique-se. Como ponto negativo, pode-se dizer que falta um grande craque ao Sevilla. No entanto, a auto-estima acumulada nas duas últimas temporadas tem compensado isso e permitido que o time jogue de modo confiante. É difícil pensar em título da LC, mas não seria surpresa se os andaluzes superassem o Arsenal na primeira fase e chegassem às quartas-de-final. [UL]

H G F E D C B A

2 Copas Uefa 1 Campeonato Espanhol 4 Copas da Espanha

Também acontece com eles O governo espanhol determinou que todos os clubes do país deveriam virar empresas e teriam de apresentar um relatório com suas dívidas até 1º de agosto de 1995. Sevilla e Celta não entregaram e foram rebaixados. Sevillistas e celtistas protestaram e tiveram o perdão da federação, que já tinha prometido vagas na elite para Albacete e Valladolid. Resultado: nenhum dos quatro caiu, e o Campeonato Espanhol aumentou para 22 clubes.

55 9/7/07 3:51:07 AM


Arsenal

Hora de amadurecer H G F E D C B A

Sem Thierry Henry, os jovens talentos do Arsenal precisam transformar seu potencial em realidade erder seu maior artilheiro de todos os tempos é um grande baque para qualquer clube. O Arsenal não é exceção. A venda de Henry no verão, para o Barcelona, afetou seriamente o moral dos Gunners. Some-se a isso as especulações sobre uma possível saída do técnico Arsène Wenger, e as expectativas da torcida no começo da temporada eram das mais pessimistas. Para evitar uma queda de rendimento, o Arsenal precisa, mais do que nunca, contar com seus jovens. A boa notícia, para o clube, é que eles estão amadurecendo. Cesc Fábregas, Clichy e Van Persie já são titulares há algum tempo. Se não chegam a ter a experiência necessária para vencer uma Liga dos Campeões, também não são os garotos inexperientes de dois anos atrás.

P

Jogo histórico na LC

A

A

Van Persie

Eduardo

M

Rosicky

Hleb

Clichy

V

V

Gilberto Silva

Fábregas

Z

Z

Gallas

Touré

G

grupo H.indd 2

Internazionale 1x5 Arsenal (25/11/2003) Para um clube que nunca conquistou a LC, não é anormal o fato de sua maior apresentação no torneio ter sido em uma primeira fase. Em 2003/4, o Arsenal havia perdido da Internazionale por 3 a 0 em casa e precisava vencer em San Siro, para evitar a eliminação prematura. Mas o time fez melhor que simplesmente ganhar: goleou os italianos por 5 a 1. Thierry Henry teve uma atuação de gala, com dois gols, numa noite perfeita para o Arsenal.

M

LE

56

Idade à parte, talento não falta para o Arsenal. A defesa e o meio-campo marcam forte, para evitar o assédio do adversário. Isso permite que o time ponha em prática sua especialidade: envolver os adversários com passes rápidos e objetivos. A estratégia deve muito ao trabalho de Wenger, que soube montar um setor ofensivo com meias técnicos e atacantes rápidos, inteligentes e habilidosos. A solidez tática é um sinal de que a equipe londrina continua forte. A própria saída de Henry, na verdade, tem que ser relativizada. Na temporada passada, por problemas de cansaço e contusão, ele jogou só 27 partidas, com 12 gols marcados. Números como esses, o recém-contratado Eduardo da Silva tem capacidade de alcançar sem maiores

Lehmann

LD Sagna

Fique de olho Denílson Em 2006, Denílson saiu do São Paulo sem maior alarde. Na verdade, muita gente estranhou o Arsenal ter pago € 5 milhões por um jogador de 18 anos que era reserva no Brasil. Mas Arsène Wenger sabia o que estava fazendo. Logo em sua primeira temporada, o brasileiro ganhou várias oportunidades no time titular – e saiu-se muito bem. Bom marcador e também capaz de iniciar jogadas de ataque, deve ganhar ainda mais espaço nesta temporada.

Também acontece com eles Em 1914/5, o Arsenal terminou em quinto lugar a Segundona inglesa. Depois, o campeonato foi suspenso, por causa da Primeira Guerra Mundial, e voltou a ser disputado só em 1919/20. No retorno, a liga expandiu a primeira divisão de 20 para 22 clubes. Bom para o Arsenal, que, em detrimento de times mais bem colocados, ganhou uma vaga na elite, de onde nunca mais saiu.

9/7/07 3:51:21 AM


Getty Images/AFP

Arsenal Football Club www.arsenal.com

Títulos

H G F E D C B A

1 Recopa 1 Copa de Feiras 13 Campeonatos Ingleses 10 Copas da Inglaterra 2 Copas da Liga Inglesa

Campanha na LC 2002/3 2003/4 2004/5 2005/6 2006/7 2ª fase quartas oitavas

vice

oitavas

Ranking da Uefa 5º Uniforme

grupo H.indd 3

Jens Lehmann (ALE) Lukasz Fabianski (POL) Manuel Almunia (ESP) Bacary Sagna (FRA) Kolo Touré (CMA) Philippe Senderos (SUI) William Gallas (FRA) Gaël Clichy (FRA) Emmanuel Eboué (CMA) Armand Traoré (FRA) Justin Hoyte Abou Diaby (FRA) Cesc Fábregas (ESP) Tomas Rosicky (TCH) Lassana Diarra (FRA) Aleksandr Hleb (BLR) Denílson (BRA) Mathieu Flamini (FRA) Alexandre Song (CAM) Gilberto Silva (BRA) Mark Randall Eduardo da Silva (CRO) Robin van Persie (HOL) Emmanuel Adebayor (TOG) Theo Walcott

10/11/1969 18/4/1985 16/5/1977 14/12/1983 19/3/1981 14/12/1985 17/8/1977 26/7/1985 4/6/1983 8/10/1989 20/11/1984 11/5/1986 4/5/1987 4/10/1980 10/3/1985 1º/5/1981 16/2/1988 7/3/1984 9/9/1987 7/10/1976 28/9/1989 25/2/1983 6/8/1983 26/2/1984 16/3/1989

Técnico Arsène Wenger (FRA)

*lista não oficial

goleiros

Elenco completo*

defensores

inglesa podia usar a estratégia de se retrair na defesa e tentar encaixar um de seus contra-ataques mortais. Na temporada passada, no entanto, isso não deu certo no momento em que o Arsenal mais precisou. Nas oitavasde-final, justamente quando enfrentaram outro time “pequeno”, o PSV, os londrinos não conseguiram impor seu estilo de jogo e foram desclassificados — mesmo sendo tecnicamente superiores aos holandeses. Jogador por jogador, o elenco do Arsenal está muito acima da média dos times europeus. Em termos de talento potencial, ele sem dúvida é um dos três melhores do mundo. O problema, até pela idade de alguns jogadores, é descobrir quando todo esse potencial vai virar realidade. Para o time ir longe nesta LC, é preciso que todos mostrem de maneira consistente seu melhor futebol. Se não, os Gunners vão continuar sendo o “time do futuro” – futuro esse que pode nunca chegar. [TRA]

Emirates Stadium (60.000 lugares)

meias

problemas. Sabendo disso, por que não faturar € 23 milhões com a venda de um jogador que recebe um salário milionário e tem 30 anos? Por outro lado, o Arsenal ainda precisa resolver alguns problemas importantes. No gol, Lehmann começou muito mal a temporada e vem enfrentando cada vez mais contusões. Seu reserva, o espanhol Manuel Almunia, não tem nível para um time que quer ir longe na LC. No ataque, apesar da habilidade de Van Persie, Eduardo e Adebayor, falta um atacante “matador”. Em todas as posições, também falta um pouco de “peso” ao time, algo que o prejudica muito em partidas que sejam mais físicas. Vem daí o principal problema que o Arsenal tem que aprender a superar: ganhar jogos “feios”. No Campeonato Inglês, basta aos times pequenos congestionar o meio-campo para o jogo de passes fluidos dos Gunners desaparecer e o time emperrar. Na LC, esse problema vinha sendo menos grave, pois a equipe

Estádio

atacantes

Jovens como Fábregas assumem a responsabilidade no renovado Arsenal

57 9/7/07 3:51:42 AM


Toussaint Kluiters/Reuters

Slavia Praga Sportovní Klub Slavia Praha www.slavia.cz

Títulos

Campanha na LC 2002/3 2003/4 2004/5 2005/6 2006/7 3ª fase prelim.

Chegar à LC foi uma vitória para o Slavia

Uniforme

Festa do debutante Estádio Evzena Rosického (19.000 lugares)

grupo H.indd 4

atacantes

Em seus 115 anos, o Slavia Praga manteve exatamente o mesmo uniforme. No entanto, mudou de nome 10 vezes. Veja só: ACOS Praha, SK Slavia Praha, Sokol Slavia Praha, ZSJ Dynamo Slavia Praha, DSO Dynamo Praha, TJ Dynamo Praha, SK Slavia Praha, TJ Slavia Praha, TJ Slavia IPS Praha, SK Slavia IPS Praha e, de novo, SK Slavia Praha, nome que se mantém desde 1991.

Michal Vorel Jakub Divis Martin Vaniak Erich Brabec David Hubacek Frantisek Drizdal Ondrej Sourek Marek Súchy Ante Aracic (CRO) Mickael Tavares (FRA) Michal Svec Martin Latka Petr Janda Vladimir Smicer Michel Costa (BRA) Dusan Svento (ESQ) Matej Krajcik (ESQ) Tijani Belaid (TUN) Ladislav Volesak David Kalivoda Tomas Jablonsky Stanislav Vlcek Rogério Gaúcho (BRA) Zdenek Senkerik Milan Ivana (ESQ)

27/6/1975 27/7/1986 4/10/1970 24/2/1977 23/2/1977 8/8/1978 26/4/1983 29/3/1988 29/8/1981 25/10/1982 19/3/1987 28/9/1984 5/1/1987 24/5/1973 11/3/1981 1º/8/1985 19/3/1978 6/9/1987 7/4/1984 25/8/1982 21/6/1987 26/2/1976 7/9/1979 19/12/1980 26/11/1983 Técnico Karel Jarolím

*lista não oficial

Elenco completo* goleiros

N

A presença de Súchy é uma boa notícia para um clube que mudou bastante durante as férias. Jogadores de destaque foram negociados, como o meia Lukás Jarolím, que se transferiu para o Siena. Para compensar as ausências, a diretoria apostou em vários veteranos, que chegam como titulares. Os principais nomes são o goleiro Vaniak, de 36 anos, e o meia Smicer, ex-Liverpool, 34. No comando, está o respeitado Karel Jarolím, pai de Lukás, que não conquistou nenhum título desde que assumiu o Slavia, em 2005. A política de contratações aumentou demais a média de idade do elenco, o que pode pesar contra em uma competição disputadíssima como a LC. Por isso, a sensação de dever cumprido é realmente existe no Slavia, clube mais popular da República Tcheca ao lado dos eternos rivais do Sparta Praga. Resta esperar que o elenco experiente e o apoio da torcida façam diferença a favor e levem os slavistas a algo além do sonho que já estão vivendo. [GH]

defensores

a segunda fase preliminar da Liga dos Campeões, o Slavia Praga só conseguiu eliminar o Zilina, da Eslováquia, nos pênaltis, após dois empates por 0 a 0. O confronto contra o Ajax, na seqüência, era dado como favas contadas par para os holandeses. Mas o time tcheco venceu duas vezes os tetracampeões da LC e assegurou, pela primeira vez em sua centenária história, a participação na principal fase da maior competição européia entre clubes. Atual vice-campeão tcheco, o Slavia entra na LC como azarão. Apesar de não ter caído numa chave complicada, a equipe tem poucas ambições no torneio. O terceiro lugar, que dá direito a ir à Copa Uefa, é seu maior objetivo. O ponto forte é a defesa, vazada apenas uma vez nas fases preliminares da LC e que, no Campeonato Tcheco 2006/7, levou apenas 23 gols. Nesse setor, destaca-se Súchy, uma das maiores revelações tchecas nos últimos anos. O zagueiro de 19 anos impressionou tanto na última temporada que foi eleito o melhor jogador jovem do país em 2006.

Também acontece com eles

58

3ª fase prelim.

Ranking da Uefa 80º

meias

H G F E D C B A

11 Campeonatos Tchecos 7 Copas da República Tcheca 10 Campeonatos Tchecoslovacos

9/7/07 3:51:53 AM


Fotbal Club Steaua Bucuresti

Stringer/Reuters

Steaua Bucareste Steaua confia em base de jogadores romenos

www.steauafc.com

Títulos

Campanha na LC 2002/3 2003/4 2004/5 2005/6 2006/7 3ª fase prelim.

1ª fase

Ranking da Uefa 23º Uniforme

Perigoso só em casa

P

Estádio Ghencea (28.000 lugares)

atacantes

*lista não oficial

meias

defensores

goleiros

Elenco completo*

grupo H.indd 5

Róbinson Zapata (COL) Cornel Cernea Cosmin Vatca Dorin Goian Pawel Golanski (POL) Ionut Rada Ifeanyi Emeghara (NIG) Mihai Nesu Eugen Baciu Petre Marin Sorin Ghionea Mirel Radoi Eric Bicfalvi Vasilica Cristocea Ovidiu Petre Banel Nicolita Florin Lovin Mihaita Plesan Marius Croitoru Valentin Badoi Valentin Badea Nicolae Dica Victoras Iacob Adrian Neaga Dorel Zaharia

elo segundo ano consecutivo, o Steaua Bucareste conseguiu avançar até a fase de grupos da Liga dos Campeões. Neste ano, teve um caminho tranqüilo nas fases preliminares – passou por Zaglebie (Polônia) e Bate Borisov (Belarus). Apesar de seu polêmico presidente, que costuma atrapalhar bastante o rendimento da equipe, o Steaua chega à LC com um time forte e com boas chances de ser uma agradável surpresa. O grande destaque, ao menos no papel, é o técnico. Gheorghe Hagi, meia da Romênia em três Mundiais, assumiu o comando do Steaua em junho deste ano. Como treinador, ele costuma ser cauteloso e varia a escalação do time entre o 4-4-2 e o 4-5-1. Entre os destaques da equipe, está o meia-atacante Dica, figura certa na seleção romena, nos últimos anos. Excelente cobrador de faltas, costuma marcar muitos gols, é a referência ofensiva do time e, neste ano, passou a ser cobiçado por alguns grandes times europeus, além de ser o maior ídolo da

30/9/1978 22/4/1976 12/5/1982 12/12/1980 12/10/1982 6/7/1982 24/3/1984 19/2/1983 25/5/1980 8/9/1973 11/5/1979 22/3/1981 5/2/1988 27/7/1980 22/3/1982 7/1/1985 11/2/1982 19/2/1983 2/10/1980 16/12/1975 23/10/1982 9/5/1980 14/10/1980 4/6/1979 21/2/1978

Técnico Gheorghe Hagi

torcida. Outro ponto forte do Steaua é justamente este último: o apoio de seus torcedores. Basta procurar algumas imagens no You Tube para ver a pressão que a torcida exerce no pequeno Stadionul Ghencea. Apesar de ter uma importante história na competição – foi campeão, em 1985/6, e vice, em 1988/9 –, os tempos são outros. Mesmo assim, os RosAlbastrii almejam ir além da primeira fase. Para tanto, o clube foi buscar o goleiro Zapata, destaque do Cúcuta na Libertadores-2007, para comandar sua defesa. Para o ataque, o Steaua trouxe Zaharia, destaque do Gloria Bistrita na última temporada – quando marcou 11 gols em 31 jogos. Para a LC, a fragilidade defensiva e a queda de rendimento quando atua fora de casa preocupam. Nas fases preliminares da competição continental, mesmo contra adversários mais fracos, o Steaua teve muito trabalho e só passou por fazer o resultado em casa. Contra Arsenal, Sevilla e Slavia, jogar bem somente em Bucareste não vai adiantar. [GH]

H G F E D C B A

1 Liga dos Campeões 23 Campeonatos Romenos 21 Copas da Romênia

Também acontece com eles O milionário Gigi Becali, dono do Steaua, é o típico dirigente folclórico. Entre suas bizarrices estão a proibição de músicas da banda Queen no Ghencea, pelo fato de o vocalista Freddie Mercury ter sido homossexual, e anúncio da venda de todos os estrangeiros do time por não “merecerem” o dinheiro investido neles. O auge aconteceu após a derrota para o Real Madrid em Bucareste, na última LC. Becali culpou o goleiro português Carlos Fernandes e disse que pagaria US$ 100 mil a quem o levasse.

59 9/7/07 3:52:01 AM


x

3/10 Liverpool

x

3/10 Besiktas

x

Besiktas Liverpool Olympique Porto

Tabela

H G F E D C B A

Chelsea

60 tabela.indd 2

24/10 Besiktas

x

24/10 Olympique

x

6/11 Liverpool

x

6/11 Porto

x

Valencia

18/9 Chelsea

x

18/9 Schalke 04

x

3/10 Valencia

x

3/10 Rosenborg

x

Rosenborg Valencia Chelsea Schalke 04

Real Madrid

x

18/9 Olympiacos

x

3/10 Lazio

x

3/10 W. Bremen

x

W. Bremen Lazio Real Madrid Olympiacos

Milan

24/10 Rosenborg

x

24/10 Chelsea

x

6/11 Valencia

x

6/11 Schalke 04

x

x

18/9 Shakhtar

x

3/10 Celtic

x

3/10 Benfica

x

Benfica Celtic Milan Shakhtar

Regulamento A fase de grupos da Liga dos Campeões é disputada por 32 clubes, sendo 16 pré-classificados, incluindo o atual campeão, e outros 16 vindos das fases preliminares. Os times são divididos em oito chaves, com quatro clubes cada. Depois de jogos em turno e returno, os dois primeiros de cada grupo classificam-se para as oitavasde-final. Os terceiros colocados passam a disputar a Copa Uefa. Caso duas ou mais equipes empatem em pontos, os critérios de desempate são: a) pontos ganhos no confronto direto; b) saldo de gols no confronto direto; c) gols marcados como visitante no confronto direto; d) saldo de gols em todos os jogos do grupo; e) gols marcados em todos

x

28/11 Liverpool

x

11/12 Olympique

x

11/12 Porto

x

Valencia Schalke 04 Rosenborg Chelsea

24/10 W. Bremen

x

24/10 Real Madrid

x

6/11 Lazio

x

6/11 Olympiacos

x

Lazio Olympiacos W. Bremen Real Madrid

28/11 Rosenborg

x

28/11 Valencia

x

11/12 Chelsea

x

11/12 Schalke 04

x

x

24/10 Milan

x

6/11 Celtic

x

6/11 Shakhtar

x

Celtic Shakhtar Benfica Milan

os jogos do grupo; f) coeficiente no ranking qüinqüenal da Uefa. Os confrontos das oitavas-de-final são definidos por sorteio, com o primeiro de cada grupo enfrentando o segundo de outro. Os vencedores dos grupos jogam a partida de volta em casa. Duelos entre times do mesmo país não são permitidos até esta fase. Uma mudança no regulamento para esta temporada é a adoção de cabeças-de-chave para as quartas-definal. A Uefa concederá o privilégio aos quatro times de melhor campanha na soma da fase de grupos com as oitavas, considerando dois pontos por vitória e um por empate. A partir desta etapa, equipes do mesmo país podem se enfrentar. No mesmo dia do sorteio das quartas, também são definidas as

Chelsea Schalke 04 Valencia Rosenborg

Olympiacos

28/11 W. Bremen

x

28/11 Lazio

x

11/12 Real Madrid

x

11/12 Olympiacos

x

Celtic

24/10 Benfica

Olympique Porto Liverpool Besiktas

Rosenborg

Lazio

Benfica

18/9 Milan

28/11 Besiktas

Schalke 04

Werder Bremen

18/9 Real Madrid

Liverpool Porto Besiktas Olympique

grupo A

x

18/9 Porto

Besiktas

grupo B

18/9 Olympique

Olympique de Marselha

Real Madrid Olympiacos Lazio W. Bremen

grupo C

Porto

Shakhtar Donetsk

28/11 Benfica

x

28/11 Celtic

x

4/12 Milan

x

4/12 Shakhtar

x

Milan Shakhtar Celtic Benfica

grupo D

Liverpool

chaves das semifinais. A final é disputada em jogo único, em local pré-determinado (Moscou). Em todas as eliminatórias disputadas, classifica-se o melhor time na soma dos dois resultados, com os gols marcados fora de casa valendo como desempate. Em caso de igualdade, há prorrogação, na qual ainda são contados os gols fora de casa. Se os 30 minutos terminarem sem gols, é feita disputa de pênaltis. Na final, em jogo único, também pode haver prorrogação e pênaltis. Os clubes podem inscrever 25 jogadores. Desses, seis têm de ser formados no país da equipe, e no mínimo três no clube. Os times ainda têm direito a inscrever uma ilimitada “lista B”, de jogadores nascidos a partir de 1º de janeiro de 1986.

9/7/07 4:33:08 AM


x

19/9 Barcelona

x

2/10 Lyon

x

2/10 Stuttgart

x

Stuttgart Lyon Rangers Barcelona

19/9 Roma

x

19/9 Sporting

x

2/10 Manchester

x

2/10 Dynamo Kiev

x

x

2/10 Inter

x

2/10 CSKA

x

Dynamo Kiev Manchester Roma Sporting

grupo H

x

CSKA Inter PSV Fenerbahçe

19/9 Arsenal

x

19/9 Slavia Praga

x

2/10 Steaua

x

2/10 Sevilla

x

Sevilla Steaua Arsenal Slavia Praga

23/10 Dynamo Kiev

x

23/10 Roma

x

7/11 Manchester

x

7/11 Sporting

x

ida 19/2

ida 19/2

12/12 Rangers

x

12/12 Barcelona

x

Manchester Sporting Dynamo Kiev Roma

23/10 CSKA

x

23/10 PSV

x

7/11 Inter

x

7/11 Fenerbahçe

x

Inter Fenerbahçe CSKA PSV

27/11 Dynamo Kiev

x

27/11 Manchester

x

12/12 Roma

x

12/12 Sporting

x

x

23/10 Arsenal

x

7/11 Steaua

x

7/11 Slavia Praga

x

Steaua Slavia Praga Sevilla Arsenal

5/3 volta

5/3 volta

27/11 CSKA

x

27/11 Inter

x

12/12 PSV

x

12/12 Fenerbahçe

x

Slavia Praga

27/11 Sevilla

x

27/11 Steaua

x

12/12 Arsenal

x

12/12 Slavia Praga

x

x x

ida 1º/4

8/4 volta

x x

ida 2/4

8/4 volta

9/4 volta

x x

9/4 volta

ida 22/4

21/5 - Estádio Luzhniki - Moscou

x x

ida 23/4

Arsenal Slavia Praga Steaua Sevilla

x x

ida 2/4

PSV Fenerbahçe Inter CSKA

29/4 volta

x x

30/4 volta

5/3 volta

x x

Roma Sporting Manchester Dynamo Kiev

Fenerbahçe

Steaua Bucareste

23/10 Sevilla

Rangers Barcelona Lyon Stuttgart

Dynamo Kiev

4/3 volta

x x

ida 20/2

4/3 volta

x x

ida 20/2

x

x x

ida 20/2

4/3 volta

x x

ida 20/2

4/3 volta

x x

x

27/11 Lyon

ida 1º/4

x x

ida 19/2

27/11 Stuttgart

CSKA Moscou

x x

Lyon Barcelona Stuttgart Rangers

Sporting

Sevilla

ida 19/2

oitavas-de-final

x

7/11 Barcelona

PSV

Arsenal

tabela.indd 3

7/11 Lyon

quartas-de-final

grupo G

x

19/9 Fenerbahçe

x

Roma

Internazionale

19/9 PSV

x

23/10 Rangers

semifinais

grupo F

Manchester United

23/10 Stuttgart

Rangers

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19/9 Rangers

Stuttgart

Tabela

Lyon

final

grupo E

Barcelona

5/3 volta

x

61 9/7/07 3:29:19 AM


Liga dos Campeões,

só pela TV

Excluídos 62 excluidos.indd 2

por Carlos Eduardo Freitas Liga dos Campeões 2007/8 começará sem três dos mais tradicionais clubes do continente. Ajax, Bayern de Munique e Juventus são recordistas de títulos na Holanda, Alemanha e Itália – juntos, somam 76 títulos nacionais e dez da Liga dos Campeões – e serão as ausências mais sentidas da principal competição de clubes do planeta. Situações desse tipo eram freqüentes nos tempos em que iam para a então “Copa dos Campeões” apenas os vencedores dos campeonatos nacionais. Nessa época, apenas um time de cada país – além do campeão da edição anterior – disputava o torneio, e muita gente boa tinha de se contentar com a Recopa ou a Copa Uefa. Isso mudou em 1992, quando a Uefa abriu as portas para equipes que não haviam conquistado o título da liga local — a partir de 1999, até quartos colocados se classificam, dependendo do país. Quem começou a

A

acompanhar a LC nos últimos 15 anos acostumou-se a ver o torneio sempre com quase todos os grandes da Europa — incluindo Ajax, Juventus e Bayern. O caso dos italianos é o mais perdoável, pelo menos em relação ao que foi feito na temporada passada. Condenada por participar de um esquema de manipulação de resultados, a Vecchia Signora foi rebaixada pela Justiça e jogou a Série B, na última temporada. Assim, não tinha condições de se classificar para a LC, competição que venceu em 1984/5 e 1995/6. A punição foi justa, mas privará o torcedor de ver no torneio alguns dos principais jogadores do planeta, como o goleiro Buffon, o atacante Trezeguet e o meia tcheco Nedved. O Ajax foi o time que passou mais perto da LC 2007/8. Pelo segundo ano consecutivo, a equipe de Amsterdã perdeu a vaga para um clube pouco tradicional, na terceira fase preliminar. Na temporada passada, o time de Sneijder, um dos

Getty Images/AFP

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Maiores campeões nacionais de seus países, Ajax, Bayern de Munique e Juventus deixam de ganhar uma fortuna por não jogarem a mais rentável competição do planeta

reforços do Real Madrid, foi batido pelo Kobenhavn. Os holandeses haviam vencido por 2 a 1 na Dinamarca e podiam até empatar na AmsterdamArena, mas perderam por 2 a 0. Desta vez, foi ainda pior: o time perdeu para o Slavia Praga em casa (0x1) e fora (1x2). Com a Juve em reestruturação e o Ajax em má fase, fica com o Bayern de Munique o título de ausência mais sentida nesta LC. Campeão alemão 20 vezes, o time bávaro perdeu a vaga na

PRINCIPAIS TIMES QUE FICARAM DE FORA

Ajax

Bayern de Munique

Juventus

Títulos nacionais: 29 Títulos da LC: 4 Por que não vai: eliminado pelo Slavia Praga, na terceira fase preliminar da LC Última participação na LC: 2005/6, eliminado nas oitavas, pela Internazionale Principais jogadores: Davids, Huntelaar e Stam

Títulos nacionais: 20 Títulos da LC: 4 Por que não vai: terminou a última Bundesliga na quarta colocação Última participação na LC: 2006/7, eliminado nas quartas, pelo Milan Principais jogadores: Kahn, Ribéry, Toni, Klose e Lahm

Títulos nacionais: 27 Títulos da LC: 2 Por que não vai: disputou a segunda divisão na temporada passada Última participação na LC: 2005/6, eliminado nas quartas, pelo Arsenal Principais jogadores: Buffon, Del Piero, Trezeguet e Nedved

9/7/07 3:30:07 AM


O PREÇO DE FICAR FORA DA LC

competição européia algumas rodadas antes do final da última Bundesliga, em que terminou no quarto lugar. Mesmo assim, o clube investiu uma fortuna – € 70 milhões – e trouxe jogadores de altíssimo nível, como o francês Ribéry, o italiano Toni e o alemão Klose. Estivesse na LC, o time comandado por Ottmar Hitzfeld certamente seria apontado entre os favoritos. Para compensar, o clube entrará com tudo na briga pelo título da Copa Uefa, tal qual fez em 1995/6.

Muito dinheiro deixa de entrar O alto investimento do Bayern surpreende, pois é raro um time grande que fica fora da LC ter tal comportamento. Para o clube, pior que ver os rivais pela TV é deixar de ganhar uma fortuna por não participar da mais rentável competição de clubes do mundo. Só em prêmios, a Uefa distribui mais de € 300 milhões para os 32 participantes, de acordo com a fase que cada um chega (veja tabela). O campeão, por exemplo, fatura mais de € 24 milhões. Se vencer todas as partidas da primeira fase, os valores chegam perto dos € 28 milhões. Os montantes ficam ainda mais interessantes quando são colocados na mesa

excluidos.indd 3

as cifras referentes aos direitos de transmissão, importante fatia da receita dos clubes europeus. A Uefa separa € 322,5 milhões, para dividir entre as federações nacionais, que repassam o valor de acordo com o interesse dos canais que adquirem os direitos de exibir os jogos de uma determinada equipe.

30 milhões Valor que clubes como Bayern de Munique e Juventus deixam de receber em direitos de transmissão por temporada em que não participam da LC

Na Alemanha, por exemplo, o Bayern sempre ficou com mais da metade de todo o dinheiro repassado para os três clubes do país, já que é o time com maior torcida e o que gera o maior interesse entre os torcedores alemães. O mesmo acontece com o Real Madrid, na Espanha. É esse dinheiro que aju-

Soma

Primeira fase*

5,4

5,4

Oitavas-de-final

2,2

7,6

Quartas-de-final

2,5

10,1

Semifinais

3,0

13,1

Vice-campeão

4,0

17,1

Campeão

7,0

20,1

* Adicionalmente, cada vitória na primeira fase rende € 600 mil e cada empate, € 300 mil

da clubes do porte de Juve, Bayern, Barcelona, Real Madrid, Manchester United e outros gigantes europeus a contratarem craques por cifras cada vez mais impressionantes. Por mais organizados que pareçam os clubes europeus, perder essa bocada pode quebrar a estabilidade financeira de um time. Houve casos de equipes que investiram pesado em reforços sonhando com os milhões da LC, mas ficaram de fora da competição e acumularam um enorme prejuízo. Assim que começaram as gravíssimas crises financeiras de Leeds (semifinalista da LC 2000/1, hoje na terceira divisão inglesa) e Borussia Dortmund (campeão europeu de 1996/7). Desse modo, esse dinheiro da Liga dos Campeões criou um abismo entre as equipes que participam com mais freqüência do torneio em relação e seus rivais que raramente conseguem uma vaga. Não ter algumas potências um ano ou outro poderia ajudar a democratizar os campeonatos nacionais. Pelo que investiram Bayern (€ 70 milhões) e Juventus (€ 54 milhões), porém, ficar de fora de apenas uma ou duas edições da LC não mudará tanta coisa assim.

Excluídos

Caso raro: um time grande como o Bayern investir pesado em ano sem LC

Por fase

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Não disputar a Liga dos Campeões significa um vazio de milhões de euros nos cofres dos clubes. Confira quanto cada um deixa de faturar em prêmios (em € milhões)

63 9/7/07 3:30:23 AM


10

maiores esquadrões da história da Liga dos Campeões

Top 10 64 top 10.indd 2

6 Milan de 2005

Time que sintetizou a fase áurea do clube “blanco”, vencendo o Eintracht Frankfurt por 7 a 3, numa final épica que coroou o quinto título seguido da Copa dos Campeões (maior hegemonia de um clube na história da competição). Di Stéfano? Sim, mas também Puskas, Santamaría e Gento brilhavam.

Este time tinha uma base parecida com a dos campeões de 2003 e de 2007, mas era mais forte, pois contava com Kaká no meio-campo, Cafu ainda em forma na lateral e Stam na zaga. Curiosamente, não ficou com o título: tropeçou num Liverpool inferior tecnicamente, mas com muitíssimo mais garra, na decisão. A reação que o Milan concedeu aos Reds (de 3 a 0 para 3 a 3) foi a maior já vista numa final de LC.

2 Ajax de 1971

7 Manchester United de 1968

O grupo lapidado por Rinus Michels reinaria impávido por três anos. Técnica e taticamente, foi um time que não só mudou a história da Copa dos Campeões, mas a de todo o futebol, pois deu origem à seleção holandesa da Copa de 1974.

Ainda com sobreviventes do desastre aéreo de dez anos antes, o técnico Matt Busby cunhou aquele que é considerado o maior time inglês de todos os tempos. Deu a George Best o título mais importante de sua meteórica carreira.

8 Internazionale de 1965

3 Milan de 1990 Tido por muitos como o maior Milan de todos os tempos, o time de Arrigo Sacchi quebrou uma tradição defensiva no “calcio”. Com uma marcação asfixiante por zona (ter Costacurta, Baresi e Maldini no auge é um luxo para poucos), escorava-se na genialidade do trio de holandeses Rijkaard-GullitVan Basten para apresentar um futebol bonito e vencedor.

4 Bayern de Munique de 1974 Timaço que arrancou do Ajax a hegemonia européia, sagrando-se também tricampeão. Capitaneado por Franz Beckenbauer, contava com seis jogadores da seleção alemã e deixou claro que o título da Copa de 1974 não foi acaso.

5 Benfica de 1962 O lendário time de Eusébio, Coluna e Simões que enfrentou o Santos de Pelé não foi “só” bicampeão europeu: no ano anterior, bateu um dos maiores esquadrões do Barcelona, que tinha Kubala, Evaristo, Czibor e Kocsis. Além disso, essa base foi a outras duas finais naquela década, deixando os Águias como uma das maiores forças do futebol mundial, na época.

Getty Im ages/A FP

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1 Real Madrid de 1960

Dirigido pelo mítico Helenio Herrera, este esquadrão interista consagrou o esquema de jogo italiano do “catenaccio”. Era comandado por Luisito Suárez, que tinha perdido o título em 1961 quando jogava no Barcelona, e ainda contava com nomes históricos como Facchetti, Peiró, Mazzola e o brasileiro Jair da Costa.

9 Estrela Vermelha de 1991

Muita gente vê aquele título como zebra. Mas, olhando bem para esse Estrela Vermelha, fica evidente que se tratava de um timaço. Com o “Gênio” Savicevic e Mihajlovic no meio-campo e a dupla Prosinecki e Pancev na frente, bateu o Olympique de Marselha (quase o mesmo que venceria a final de 1993) e levaria a Iugoslávia a um futuro ainda mais glorioso, se o país não tivesse se dividido em várias nações independentes a partir do ano seguinte.

10 Celtic de 1967 Os “Leões de Lisboa” (local da final contra a Internazionale) foram o primeiro time britânico a vencer a Copa dos Campeões. Mas sua importância histórica vai além disso. Era um time feito em casa como poucos outros. Todos os jogadores eram torcedores do Celtic desde a infância e nasceram num raio de 50 km do estádio do clube. Na preleção da final, o carismático técnico Jock Stein limitou-se a dizer: “Entrem lá e divirtam-se”.

9/7/07 3:30:57 AM


Acha que sabe tudo de Liga dos Campeões? A Trivela o desafia a responder as 10 questões abaixo, para ver se você realmente está por dentro da história da principal competição de clubes do mundo. Boa sorte!

3

Qual a única cidade com mais de um clube campeão da Copa dos Campeões?

d) Wolverhampton Wanderers

4

O Manchester United foi o último time a conquistar a “Tríplice Coroa” (Copa dos Campeões, campeonato e copa nacional), em 1999. Quais foram os outros times a alcançar esse feito? a) Real Madrid, Barcelona e Milan b) Real Madrid, Rangers e Celtic c) Milan, Internazionale e PSV d) Ajax, PSV e Celtic

Na primeira edição da Copa dos Campeões, em 1955/6, um dos participantes não havia sido campeão nacional no ano anterior. Quem era?

b) Saarbrücken

c) Gwardia Varsóvia

d) Estádio da Luz, Lisboa

a) Nenhuma b) Uma c) Duas d) Três

7

Qual o primeiro brasileiro a disputar uma final de Copa dos Campeões?

8

d) Milan

10

Qual a maior goleada da história da Copa dos Campeões? a) Sporting x Apoel (CHP), em 1963/4 b) Liverpool x Oulu (FIN), em 1981/2 c) Feyenoord x KR (ISL), em 1969/70 d) Dinamo Bucareste x Crusaders (IRN), em 1973/4

a) Canário b) Julinho c) Didi d) Evaristo

9

a) Hibernian

c) Hampden Park, Glasgow

A Liga dos Campeões 1997/8 foi a primeira após a abertura do torneio a clubes que não haviam sido campeões na temporada anterior. Desde então, quantas finais tiveram dois times que não ganharam o título nacional um ano antes?

a) Real Madrid, Internazionale e Roma b) Milan, Real Madrid e Bayern de Munique c) Manchester United, Juventus e Benfica d) Ajax, Barcelona e Milan

6

b) Zentralstadion, Leipzig

5

Quais clubes disputaram a final da Copa dos Campeões no estádio onde costumam mandar seus jogos?

a) Lisboa b) Milão c) Madri d) Liverpool

a) Camp Nou, Barcelona

Que estádio recebeu mais finais de Copa dos Campeões? a) Prater/ Ernst Happel, em Viena

b) Olímpico, em Roma

c) Wembley, em Londres

d) Heysel/Rei Balduíno, em Bruxelas

Respostas: 1d O Wolverhampton foi declarado “campeão mundial” pelo Daily Mail, depois de vencer Spartak Moscou e Honved em uma excursão, em 1954. 2c No Hampden Park, na semifinal da Copa dos Campeões 1969/70, 136.505 pessoas pagaram para ver Celtic x Leeds. 3b Milão (Internazionale e Milan). 4a O Real Madrid ganhou a Copa dos Campeões de 1957 no Santiago Bernabéu, a Inter repetiu o feito em 1965 no San Siro, e a Roma perdeu a decisão de 1984 no Olímpico. 5d Nas finais de 1999 (Man Utd x Bayern), 2000 (Real Madrid x Valencia) e 2007 (Milan x Liverpool), nenhum dos times foi campeão nacional na temporada anterior. 6d Celtic (1967), Ajax (1972) e PSV (1988) ganharam a “Tríplice Coroa”, além do Manchester United. 7b Julinho disputou a final da Copa dos Campeões de 1957, pela Fiorentina. 8d O Dínamo Bucareste fez 11 a 0 sobre o Crusaders, na primeira fase da Copa dos Campeões 1973/4. O Sporting fez 16 a 1 no Apoel em 1963, mas foi pela Recopa. 9a O Hibernian jogou no lugar do Aberdeen, campeão escocês de 1954/5, porque os organizadores acharam que o time de Edimburgo era mais forte. 10c Wembley já recebeu cinco decisões de Copa dos Campeões.

quiz.indd 1

Quiz

a) Tottenham b) Aston Villa c) Torquay Hotspur United

Qual o estádio que recebeu o maior público da história da Copa dos Campeões?

Fotos Divulgação

A idéia de criar a Copa dos Campeões veio de Gabriel Hanot, do jornal francês L’Équipe. Ele queria um torneio que atestasse qual o melhor time do continente, depois que um clube inglês foi apontado como melhor do mundo, por um jornal londrino. Que equipe era essa?

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2

1

65 9/7/07 3:32:33 AM


Superguia A Várzea da LC 2007/8

A Várzea

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“Die meister, die besten, les grandes equipes... The chaaaampions (ta-tata-tá)!” Uma lágrima sempre escorre dos olhos d’A Várzea quando ouve o hino da Liga dos Campeões. Imagine, então, nossa emoção quando o Editor mandou a gente escrever um texto para ser publicado neste dileto guia.

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Na verdade, bateu o medo. Afinal, a LC é o torneio menos varzeano do mundo. Apesar de ter Slavia Praga x Steaua Bucareste na primeira fase. Apesar de se chamar “Liga dos Campeões” e mais da metade dos times não terem sido campeões na temporada passada. Apesar de ter Edcarlos, Gladstone, Brandão, Edgol... [você não vai ficar falando mal da LC no próprio guia, né? – o editor, segurando um porrete bem grande] Bom, para ficar à altura da responsabilidade, decidimos recorrer a nossos primos europeus (também conhecidos como “estereótipos preconceituosos”) para apontar quem são os favoritos ao título da LC. Afinal de contas, todo mundo sabe que os palpites só podem ser levados a sério se forem dados por algum comentarista com sotaque. O primeiro contatado foi Sir Stuart Várzea, nosso primo da Inglaterra. Depois de passar horas nos convencendo de que Stanley Matthews foi o melhor jogador de todos os tempos, ele finalmente entrou no assunto. “The final vai sér Liverpool x Manchester United, of course. After all, saum the teams que tem more ingléjs no elenco. I’m sure que quem vai se dr mal is Arsenal, because esses francéses sempre fazm bestéra”.

Para ver quem estava certo nessa rixa, ligamos para Die Varzien, na Alemanha. Entre um chucrute e outro e com um copo de cerveja na mão, ele disse: “Os dois estarrr errrados. O Bayern Munchen é que vai serrrr campeom”. Quando avisamos que o Bayern, na verdade, não está na LC, Die Varzien irritou-se. “Só voltem a falarrr comigho quando forrem fazerrr o guia da Copa Uefa! Nom ecsiste futebol sem o Bayern!”

Depois, foi a vez de Pierre Varrzeá, direto de Paris, dar seu pitaco. “Lyon, bien sûr! Ele serrá champion! Dans le finale, ganharrá de l’Arsenal de Arsène Wenger, que, apesarrr de jogarrr naquelá sujá Inglaterrá, conseguiu fezerrr eles jogarrem um futebol très chic, como o dos Bleus”, afirmou, enquanto comia um croissant com gruyère.

Foi a vez, então, de falarmos com Giuseppe Varzzea, em Roma. “Ah, Itália! Totti! Nesta! Materazzi! O Milan vai ser campeão, com todos os méritos, com todas as justiças. Os outros times vão colocar abaixo os castelos de areia! Abaixo! Afinal, a África do Sul é logo ali. Do contrário, seremos comida de leões!”

Sentindo que nosso primo italiano tinha tomado um ou 25 copos de vinho além da conta, decidimos procurar um pouco mais de Alegria na Espanha, com Pepe “Olé!” Bárcea. “La final bá ser Real Madrid x Barcelona y bá terminar 18 a 17, en el mayor juego de todos los tiempos. Ronaldinho bá facer diez goles de biciclieta y Robinho bá passar los nobienta minutos dando pedaladas”. Agora sim! Finalmente uma previsão realista! Agora, A Várzea já pode fazer uma fezinha e apostar todo o salário do próximo mês nesse resultado. Afinal, Liga dos Campeões e Alegria têm tudo a ver! Você pode receber A Várzea todo dia na sua caixa postal. Basta entrar no site www.trivela.com e inserir seu endereço de e-mail no campo de cadastro. Ou então mande uma mensagem para varzea@trivela.com, com a palavra Cadastrar no campo de assunto

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