Guia da Libertadores 2008

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R$ 8,90

especial

Guia da Libe L b rtaador do es 200 008 8

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A aarmas dos As time es b times brasileiros força A fo orça do Boca de Riquelme d Quem Que Q em assusta e quem qu uem é azarão

Todos os times e es

Tradição

A expectativa de Fluminense, Santos, São Paulo, g go, Cruzeiro e Flamengo, e perfil completo e es dos 32 participantes

In Independiente, n Grê G Grêmio, Peñarol, Palmeiras e oout potências outras q ficaram de que ffora desta vez

capa.indd 1

E mais... ...Garotos prontos para estourar ...Altitude de cada cidade ...Recordes e curiosidades ...Tabela completa

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Confira a localização dos 32 participantes 29

MEX

45

Atlas

N

Chivas Guadalajara 41 América

35 48 52

Cúcuta Atlético Nacional

N

22 Caracas Unión Maracaibo

VEN COL

20

58

LDU Quito

26

Deportivo Cuenca

Cruzeiro

EQU

42

Deportivo San Martín

38

Cienciano

39

Coronel Bolognesi

PER BRA BOL

59 54

49

San José

23

Real Potosí

PAR

Libertad Sportivo Luqueño CHI

34

Colo-Colo

53

Audax Italiano

36 Flamengo

ARG URU

56

Fluminense

44 Universidad Católica 46

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Santos

30

Boca Juniors

43

River Plate

24

San Lorenzo

28

Lanús

55

Arsenal

25 Danubio

27

Estudiantes

40

50

São Paulo

Nacional

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Curiosidades para entender tudo o que acontece

Retrospectiva 2007 Grandes momentos da última edição

Top 10 Os maiores fiascos brasileiros

Enchendo o Pé Libertadores precisa entrar de vez na era dos negócios

Peneira Conheça a molecada latina que pode pintar

Apresentação dos clubes Todos os times, todos os jogadores, todos os estádios...

Tabela Saiba quem joga contra quem até a final

História Esquadrões do passado, ausências do presente

A Várzea Como o Trotamundos conquistou a América

6 12 14 15 16 18 60 62

1 2 3 4 5 6 7 8

Cruzeiro, Caracas, Real Potosí e San Lorenzo

20

Danubio, Deportivo Cuenca, Estudiantes e Lanús

25

Atlas, Boca Juniors, Colo-Colo e Unión Maracaibo

29

Flamengo, Cienciano, Coronel Bolognesi e Nacional

36

América, Deportivo San Martín, River Plate e Universidad Católica

41

Chivas Guadalajara, Santos, Cúcuta e San José

45

São Paulo, Atlético Nacional, Audax Italiano e Sportivo Luqueño

50

Arsenal, Fluminense, LDU Quito e Libertad

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Carta ao leitor

Editor-executivo Caio Maia

A Libertadores entrou na moda no Brasil. Não que ela não tivesse importância por aqui, mas, nos últimos dois anos, a cobertura da imprensa foi muito mais intensa. Guias e notícias pipocam por todo lado, e muita gente dá seu pitaco sobre a principal competição de clubes das Américas. Ainda assim, a Trivela compra a briga, simplesmente porque sabe que tem muito a acrescentar. Falar de Libertadores nas vésperas da competição e esquecer que o futebol sul-americano existe no resto do ano é fácil. E é justamente o que não fazemos. Para a Trivela, lançar um guia da Libertadores como este que você tem em mãos é apenas a consolidação de um processo longo de acompanhamento sistemático da bola que rola nas Américas. Um exemplo: que outro veículo tem colunas semanais sobre o futebol de Argentina, México, América Latina e Estados Unidos? A Trivela tem. Assim, Libertadores e futebol latino-americano não são coisas para lembrar uma vez ao ano, quando se quer aproveitar um êxtase momentâneo do torcedor. São obsessões, dois assuntos com os quais lidamos todos os dias. Por isso, temos a segurança de fazer um guia em que cada clube – do River Plate ao Sportivo Luqueño – tenha o espaço que merece, sem ficar espremido em um pedacinho de página. Além disso, temos o cuidado de fazer uma edição 100% inédita, sem reaproveitar material antigo. Afinal, futebol latino-americano e, claro, a Libertadores são coisas sérias e precisam ser tratados como tal. Durante todo o ano.

Reportagem Carlos Eduardo Freitas, Cassiano Ricardo Gobbet, Leonardo Bertozzi, Ricardo Espina, Tomaz R. Alves

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Edição Ubiratan Leal

Índice

Curtas

Colaboradores Antonio Vicente Serpa, Dassler Marques, Gustavo Hofman, João Tiago Picoli, Marcus Alves, Rafael Martins Agradecimentos Luiz Fernando Bindi Fotos da capa Futura Press, Vipcomm, Fotocom.net Projeto gráfico e direção de arte Luciano Arnold Diagramação e tratamento de imagem Bia Gomes Diretor comercial Evandro de Lima evandro@trivela.com – (11) 3528-8610 Atendimento ao leitor contato@trivela.com – (11) 3528-8612 Atendimento ao jornaleiro e distribuidor Vanessa Marchetti vanessa@trivela.com – (11) 3528-8612 Circulação DPA Cons. Editoriais Ltda. dpacon@uol.com.br – (11) 3935-5524 Guia da Copa Libertadores é uma publicação especial da Trivela Comunicações. Todos os artigos assinados são de responsabilidade dos autores, não representando necessariamente a opinião da revista. Todos os direitos reservados. Proibida a cópia ou reprodução (parcial ou integral) das matérias e fotos aqui publicadas Distribuição nacional Fernando Chinaglia Impressão Araguaia Tiragem 30.000 exemplares

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Alejandra Brun/AFP

Curtas

ALTITUDE LIBERADA De nada adiantou o Flamengo protestar e tentar impedir a realização de jogos em cidades localizadas em grandes altitudes. A Conmebol, de forma unânime, apoiou a postura liderada pela Bolívia de realizar partidas nestes locais. Em um primeiro momento, a Fifa até ameaçou proibir a realização de jogos em locais a mais de 2,5 mil metros acima do mar, mas recuou. A entidade liberou a organização de partidas em até 3 mil metros – a medida vale apenas para confrontos entre seleções nacionais e prevê ainda um período de aclimatação para os atletas. Desta forma, clubes como San José, Cienciano e Real Potosí seguem com sua “arma” extra para derrubar os inimigos. Pior para o time carioca, que viu seu ofício encaminhado à CBF ser deixado de lado e agora terá que atuar em Cuzco, a quase 3,4 mil metros de altitude.

Veja as cidades mais altas da fase de grupos da Libertadores

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1 2 3 4 5

Potosi-BO OL Oruro uro-BOL BO Cuzco zco-PER PER R (foto) Quitto-EQU Quito Cu Cue uenca-EQU

3.967 m 3.702 m 3.399 m 2.850 m 2.8 2.538 2.5 538 m

Libertadores na Especial Libertadores Uma análise direta e reta dos 32 times que tentam desbancar o Boca Juniors. Sim, tem até o Coronel Bolognesi

Entrevistas Uma palavrinha rápida com jogadores famosos que atuam no torneio. E também com uns que você nunca ouviu falar

Análise das rodadas Acompanhamento do que se passa nos jogos com a cobertura noticiosa da Trivela

Balanço da primeira fase Quem matou, quem morreu, quem deu vexame e quem surpreendeu na fase de grupos da Copa Libertadores

Guia do mata-mata Definidos os adversários, saiba quem são os leões que seu time tem de matar para chegar ao título

Prêmios Trivela e a Seleção do Torneio Jogadores, técnicos, artilheiros, fracassos e o time ideal da Libertadores 2008 segundo o parecer da equipe da Trivela e mais um monte de jornalistas que não falam “dibre”, “menas” nem dormem ao vivo

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Curtas

27 21

NA MOEDINHA América e Atlas se classificaram para a disputa da Libertadores após conquistarem as vagas na Interliga mexicana. O Atlas, porém, contou com uma dose de sorte para avançar na competição. Na primeira fase, a equipe se igualou ao Toluca em todos os critérios de desempate previstos no regulamento. Assim, em um tipo de decisão difícil de se ver, houve um cara-ou-coroa para definir quem seguia no torneio. O Atlas teve mais sorte e, na fase seguinte, ganhou por 3 a 0 do San Luís para garantir presença na Libertadores.

Enrique Marcarian/Reuters

Títulos da Argentina. O Brasil tem apenas 13 e o Uruguai 8. Se serve de consolo, os brasileiros superam os argentinos em times diferentes que já levantaram a taça: 8x7

Mark Avery/Reuters

Número de clubes brasileiros diferentes que já disputaram a Libertadores (Atlético-MG, Atlético-PR, Bahia, Bangu, Botafogo, Corinthians, Coritiba, Criciúma, Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Goiás, Grêmio, Guarani, Internacional, Juventude, Náutico, Palmeiras, Paraná, Paulista, Paysandu, Santo André, Santos, São Caetano, São Paulo, Sport, Vasco). Nenhum país tem tanta variedade. O mais próximo é a Venezuela, com 21

ELES TAMBÉM JOGARAM A LIBERTADORES 2008 Oficialmente, a Pré-Libertadores é considerada a primeira fase da competição. Assim, quem caiu fora na etapa preliminar também disputou o torneio. Veja quais foram essas seis equipes.

Boyacá Chicó (COL) A equipe de Tunja teve de jogar contra o Audax em Bogotá por falta de condições de seu estádio. Sem recursos, a queda prematura era esperada

Cerro Porteño (PAR) O Ciclón investiu em reforços. Manteve “El Tigre” Ramírez e repatriou Diego Barreto e Fretes. Não deu certo: perdeu duas vezes do Cruzeiro

La Paz (BOL) De nada adiantaram os 3.650 metros de altitude de La Paz. Pequenos, os Azulgranas se deram por satisfeitos ao dar um sufoco no Atlas no jogo em casa

Mineros (VEN) O principal destaque era o técnico Stalin Rivas, goleador da Libertadores 1994. Pouco para bater o Arsenal, campeão da Copa Sul-Americana

REIS DAS FINAIS Dois clubes detêm o recorde de aparições em finais da Libertadores. Boca Juniors e Peñarol disputaram o título nove vezes cada. O time xeneize leva vantagem no número de conquistas: seis contra cinco. Já o Independiente ostenta uma marca invejável: foi a sete decisões e saiu com a taça nas mãos em todas. Dos times brasileiros, o São Paulo foi quem mais vezes foi à final: seis, com três títulos e três segundos lugares.

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Montevideo Wanderers (URU) Os Bohemios caíram na Libertadores de pára-quedas e sem grandes pretensões. Não investiram e a derrota para o Cienciano foi normal

Olmedo (EQU) Reforçou-se com quatro jogadores argentinos e caiu justo diante de um clube desse país. O Olmedo até foi bem em casa, mas não resistiu ao Lanús

7 2/15/08 1:31:21 PM


Temporada 2006/7 2006

2007

Clausura

Apertura

Clausura

Apertura

Pachuca

Chivas

Pachuca

Atlante

A Conmebol estabeleceu um ranking para classificar todos os clubes que já participaram de algum torneio organizado pela entidade (inclusive o Mundial de Clubes). De acordo com os títulos conquistados e o peso de cada torneio, cada equipe somou um certo número de pontos. O Peñarol, que não disputa esta edição da Libertadores, está no topo da lista com 1.094 pontos. O Boca Juniors, atual campeão continental, aparece logo atrás, com 1.023, seguido pelo Olimpia, com 910. Na quarta posição, surge o São Paulo, três vezes vencedor da Libertadores e do Mundial, com 702. O segundo melhor brasileiro é o Cruzeiro, com 565 pontos, seguido por Grêmio (457) e Santos (434).

Interliga Os oito melhores da temporada – entre quem não está em competições internacionais – disputam dois lugares na Libertadores em um torneio

Libertadores 2008 (2 vagas)

11x2 Maior goleada da história da Libertadores. Foi protagonizada pelo Peñarol ao vencer o Valencia, da Venezuela, em 1970. Entre os brasileiros, o recorde é Santos 9x1 Cerro Porteño, em 1962

SULAMERICANA Segunda competição interclubes mais importante da América do Sul, a Copa Sul-Americana tem alguns de seus participantes já definidos. No ano passado, o Arsenal sagrou-se campeão e, por isso, tem vaga garantida. Veja os demais concorrentes já classificados: Argentina: Arsenal; Bolívia: Bolívar; Brasil: São Paulo, Grêmio, Palmeiras, Atlético-MG, Botafogo, Vasco, Internacional e AtléticoPR; Colômbia: Deportivo Cali e América; Paraguai: Libertad e Olímpia; Peru: Sport Ancash e Universitário.

Os dois últimos campeões mexicanos representam o país na Copa dos Campeões da Concacaf. Além disso, essas equipes disputarão um duelo para definir uma das vagas do México na Libertadores 2009

MATADORES Alberto Spencer aparece com folga no topo da lista de artilheiros da Libertadores. O atacante equatoriano marcou ao todo 54 gols (48 pelo Peñarol e seis pelo Barcelona-EQU) entre 1960 e 1972. Logo atrás, mais dois ex-jogadores do Peñarol: Fernando Morena e Pedro Rocha (este último também defendeu o São Paulo no torneio). O brasileiro mais bem colocado é Luizão, em sexto, com 29 gols. Confira a lista com os primeiros colocados:

Posição Jogador

Gols

1

Albert Spencer (EQU)

54

2

Fernando Morena (URU)

37

3

Pedro Rocha (URU)

36

4

Daniel Onega (ARG)

31

5

Julio Morales (URU)

30

6 9 11

Antony de Ávila (COL), Juan Carlos Sarnari (ARG) e Luizão (BRA) Luis Artime (ARG) e Oswaldo Ramírez (PER) Alberto Acosta (ARG), Palhinha (BRA) e Juan Carlos Sánchez (ARG)

29 26

ra Press

Os campeões de dois anos antes se enfrentam para decidir uma vaga na Libertadores. Como o Pachuca já estava comprometido na Copa dos Campeões da Concacaf, o Chivas se classificou automaticamente

RANKING DE CLUBES

Copa dos Campeões da Concacaf

(1 vaga)

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20

Desde que entraram na Libertadores, os clubes mexicanos são respeitados pelo dinheiro e a organização. No entanto, nem sempre os melhores vão para o torneio. A razão é simples: oficialmente, a prioridade dos times astecas é a Copa dos Campeões da Concacaf. A definição de quem vai para a Libertadores é bastante confusa. Veja se fica mais fácil de entender com o gráfico abaixo:

Libertadores 2008

8

Número de vezes que o Sporting Cristal foi eliminado na primeira fase da Libertadores, um recorde. Em apenas sete oportunidades o time peruano teve sobrevida na competição

Bruno Miani/Futu

Curtas

Classificação mexicana

25

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Curtas Norberto Duarte/AFP

CHUVA DE PEDRAS

6

Número de vezes que o argentino Francisco Sá conquistou a Libertadores. O defensor comemorou quatro títulos pelo Independiente (1972 a 1975) e dois pelo Boca (1977 e 1978). O brasileiro que chega mais perto é o ex-lateral-direito Vítor, com quatro títulos (dois pelo São Paulo e os outros por Cruzeiro e Vasco)

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Enrique Marcarian/Reuters

Além da rivalidade existente entre clubes e países sulamericanos, a Libertadores guarda outro “ingrediente” para apimentar suas disputas. O tal “clima” do torneio inclui um lado negativo: a violência de torcedores e até mesmo jogadores. A própria Conmebol adota uma postura que, em vez de inibir essas práticas, faz vista grossa ao que acontece em campo. Por exemplo, não há suspensão por acúmulo de cartões amarelos. Cada advertência rende ao clube do jogador punido uma multa de apenas US$ 100 (o valor é dobrado em caso de cartão vermelho). A mesma complacência pode ser notada nas punições às equipes

cujos torcedores atiram objetos em campo. Nesta edição, na fase preliminar, o jogo entre Cerro Porteño e Cruzeiro foi interrompido aos 24 minutos do segundo tempo, por conta da chuva de pedras e garrafas atiradas pela torcida do time paraguaio, inconformada com a derrota por 3 a 2. O Cerro Porteño foi proibido de mandar quatro partidas no estádio Defensores del Chaco, além de receber uma multa de US$ 20 mil. O castigo não parece fazer efeito, pois, em 2007, houve um incidente semelhante quando a equipe enfrentou o Grêmio no estádio de La Olla. A punição foi a mesma, mas a lição não foi aprendida.

FRACASSOS DO BOCA Enfrentar as arquibancadas quase verticais de La Bombonera e a intimidadora torcida do Boca Juniors não é uma experiência das mais agradáveis. Na Libertadores, o clube é especialmente eficiente quando joga em casa. Em 20 participações e 100 jogos em seus domínios, sofreu só seis derrotas: 1963 1966 1994 1994 2001 2003

Boca Juniors 1x2 Santos Boca Juniors 0x1 Alianza Lima Boca Juniors 1x2 Cruzeiro Boca Juniors 1x2 Vélez Sársfield Boca Juniors 0x1 Cruz Azul Boca Juniors 0x1 Paysandu

9 2/15/08 12:37:00 PM


Levando-se em consideração o total de pontos conquistados por cada clube em todas as suas participações na Libertadores, o Peñarol aparece em primeiro lugar. A equipe uruguaia tem 495 pontos ganhos em 37 presenças no torneio — no total, o clube disputou 303 jogos (141V, 68E e 94D). No entanto, a equipe corre o risco de ser ultrapassada pelo River Plate, com 482 pontos. O primeiro time brasileiro aparece apenas na 14ª posição. Trata-se do Palmeiras, com 225 pontos. O São Paulo, com 213, está em 16º, mas pode passar o rival. Veja a seguir a lista dos melhores colocados:

Posição

Clubes

Pontos

1

Peñarol

491

2

River Plate

482

3

Nacional (URU)

468

4

Olimpia

381

5

Boca Juniors

364

6

Cerro Porteño

343

7

América de Cali

319

8

Colo-Colo

269

9

Bolívar

267

10

Universidad Católica

246

Universitário (PER)

246

LIBERTADORES 2009: Duas equipes já asseguraram presença na próxima edição do torneio. O Lanús conquistou sua vaga ao se sagrar campeão do Apertura argentino. O Caracas também participará, após ficar com o título do Apertura venezuelano. JAPONÊS RECORDISTA: Masakatsu Sawa entrou para a história da Libertadores. Ao marcar o gol da vitória por 1 a 0 do Cienciano sobre o Montevideo Wanderers, no confronto de ida da fase preliminar, ele se tornou o primeiro japonês a balançar as redes na história da competição.

Algumas partidas entraram para a história da Libertadores pelo lado negativo. Brigas, trapalhadas e confusões também deram o tom. Veja alguns dos casos mais marcantes: 2005 São Paulo x Quilmes: Ao final da partida, o argentino Desábato foi detido por fazer ofensas racistas a Grafite durante o jogo. 2002 Cobreloa x Olimpia: Jogo suspenso após o árbitro ser atingido por uma moeda. O Olimpia foi declarado vencedor. 1992 O Colo-Colo tinha o direito de entrar na segunda fase por ser o campeão do ano anterior, mas pediu para disputar a primeira fase por questões financeiras. 1991 Boca Juniors x Oriente Petrolero: O “surpreendente” empate por 0 a 0 em La Bombonera eliminou o River Plate da competição.

1990 Atlético Nacional x Vasco: O jogo, disputado em Medellín e vencido pelos colombianos por 2 a 0, foi anulado. O Vasco reclamou da pressão em cima do juiz, que foi ameaçado por um grupo de narcotraficantes. 1990 Os times colombianos não participaram do torneio, pois o campeonato do país de 1989 foi interrompido antes do final, devido ao assassinato de um árbitro. A única exceção foi o Atlético Nacional, campeão da Libertadores no ano anterior. 1989 Sol de América x Olimpia: Jogo suspenso aos 24 minutos por falta de iluminação e reiniciado em outra data. O Sol de América venceu por 5 a 4, resultado conveniente para ambos. A Conmebol os multou em US$ 5,4 mil, mas homologou o resultado. 1981 Flamengo x Atlético-MG: Em 37 minutos, cinco jogadores do Atlético foram expulsos, e o Flamengo se classificou. 1976 Guabirá (BOL) x LDU Quito: O jogo foi interrompido aos 15 minutos por incidentes entre torcedores e policiais. A LDU venceu por 1 a 0. 1971 Boca Juniors x Sporting Cristal: Briga generalizada provocou expulsão de 19 jogadores. O clube “xeneize” foi excluído do torneio. 1968 Náutico x Deportivo Galícia (VEN): O time pernambucano ganhou por 3 a 2, mas perdeu os pontos por fazer três substituições. 1964 Millonarios (COL) x Independiente: Desavenças entre Conmebol e as duas federações colombianas forçaram o cancelamento do jogo

Rojo

/AFP

1963 Botafogo x Millonarios (COL): Sem chances de avançar, o time colombiano preferiu pagar multa de US$ 4,5 mil a viajar para o Rio. 1962 Santos x Peñarol: Interrompido por falta de segurança quando estava 3 a 2 para o Peñarol. A partida recomeçou, e o Santos empatou, mas a Conmebol manteve o placar de antes da interrupção.

Mig

uel

10

PRESEPADAS

1991 Seis jogos aconteceram em Miami devido a punições impostas aos times colombianos, por causa de incidente ocorrido no ano anterior.

CURIOSIDADES

INVICTOS: Apenas cinco clubes podem se gabar de ter conquistado o título da Libertadores sem perder um jogo sequer: Peñarol (1960), Santos (1963), Independiente (1964), Estudiantes (1969 e 1970) e Boca Juniors (1978).

Stringer/Reuters

Curtas

MAIORES PONTUADORES

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Gosta de futebol europeu? Guia Trivela da Liga dos Campeões A principal competição européia do jeito que você gosta Esquemas táticos Curiosidades Tabela completa Análises dos 32 times e tudo o que você precisa saber sobre o mais importante torneio de clubes do planeta

Peça já o seu: contato@trivela.com guia lc.indd 1

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Daniel Garcia/AFP

Retrospectiva 2007

Resposta

argentina Sem concorrente à altura, Boca Juniors acabou com a hegemonia brasileira e derrotou na final um surpreendente Grêmio, responsável por derrubar os favoritos São Paulo e Santos por Carlos Eduardo Freitas

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Nem marcação reforçada foi capaz de parar Riquelme na final contra o Grêmio

postar no Boca Juniors para a conquista da última Libertadores era uma barbada. Não só pelo retrospecto xeneize na competição nos últimos dez anos, quando conquistou três títulos, mas principalmente pelo retorno ao clube de Juan Román Riquelme. Muito acima da média para os padrões sul-americanos, o camisa 10 não teve grande dificuldade para carregar o time ao sexto triunfo continental. Uma conquista que acabou com o momentâneo domínio brasileiro no torneio, que havia visto duas finais apenas com times daqui. A diferença do Boca diante dos rivais foi tão grande que, na primeira fase, a equipe conseguiu se classificar usando um time reserva nas partidas fora da Argentina, todas em cidades acima dos 2,5 mil metros de altitude. Com três vitórias na Bombonera e um empate fora, foi à segunda fase como segundo do grupo 7. Depois, derrotou o Vélez Sársfield num confronto caseiro, o Libertad – carrasco do Paraná

A

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PARA A HISTÓRIA

Internacional 0x0 Vélez Sársfield De acordo com os Colorados, este foi o jogo que fez com que o time caísse ainda na primeira fase. No final, os brasileiros acabaram empatados com o Nacional-URU, com dez pontos, eliminados no saldo de gols.

Daniel Garcia/AFP

Evaristo Sa/AFP

Santos 3x1 Grêmio De um lado, o time mais caro do Brasil, jogando em casa. Do outro, um azarão que, no melhor estilo gaúcho, conseguiu se classificar “com o regulamento nas mãos”. Um gol salvador de Diego Souza no primeiro tempo foi o suficiente para o Grêmio chegar à decisão.

Retrospectiva 2007

Stringer/Reuters

Cinco jogos da Libertadores 2007 que serão lembrados por vários anos

Boca Juniors 3x0 Cúcuta

David Mercado/Reuters

Os colombianos haviam vencido o jogo de ida, em casa, por 3 a 1. Na volta, seguravam o placar heroicamente em 0 a 0. No final do primeiro tempo, uma neblina baixou em campo e o juiz deixou a partida seguir. Sem que ninguém conseguisse ver a bola direito, o Boca assegurou sua classificação à final.

Real Potosí 2x2 Flamengo A cena dos flamenguistas indo à lateral do campo para respirar com a ajuda de tanques de oxigênio ficou marcada. Foi graças a esse confronto que voltou à tona a discussão sobre a possibilidade de se jogar em altitudes acentuadas, como os 3.967 metros de Potosi. Enrique Marcarian/Reuters

– e, nas semifinais, o surpreendente Cúcuta. Na decisão, derrubou o Grêmio em pleno Estádio Olímpico. Se por um lado era fácil apontar um dos finalistas, nem o gremista mais fanático poderia imaginar que, tão cedo, o clube voltaria a decidir uma Libertadores. Sobretudo pelo passado recente do tricolor gaúcho, que, em 2006, voltara à primeira divisão nacional após um ano na Série B. Pouco a pouco, porém, o Grêmio conseguiu vencer a desconfiança e tirou da competição justamente os outros dois favoritos à conquista: São Paulo e Santos. O campeão brasileiro de 2006 caiu nas oitavas-de-final, sem mostrar o futebol que, mais tarde, resultaria no pentacampeonato nacional e, muito menos, o que se esperava de um clube que diz dedicar-se de maneira diferente à principal competição do continente. Pior ainda foi o milionário Santos de Vanderlei Luxemburgo – técnico que mantém o tabu de jamais ter conquistado um título internacional com um clube –, que caiu na semifinal, em plena Vila Belmiro. Nem mesmo a experiência de Zé Roberto, um dos raros destaques brasileiros na Copa de 2006 e, então, o jogador mais caro do futebol brasileiro, ajudou o time a chegar à decisão para tentar vingar a derrota de 2003, quando foi batido pelo Boca de Carlitos Tevez, no Morumbi. Para a alegria dos dois finalistas, seus rivais locais deram vexame e caíram ainda na primeira fase. Como os outros argentinos que não o Boca, o River Plate fez feio. Caiu na fase de grupos, com a proeza de perder duas vezes para o Caracas, da Venezuela, que acabou com a segunda vaga. Pior mesmo foi a situação do Internacional, primeiro campeão a não passar de fase na Libertadores. É verdade que, até 1999, o campeão do ano anterior entrava direto nas oitavasde-final, mas do Colorado esperava-se um pouco mais. O time foi prejudicado na preparação, por ter se reapresentado das férias pouco tempo depois de conquistar o Mundial de Clubes, e disse, no início do ano, que priorizaria a competição sul-americana ao estadual – o que parecia lógico. No entanto, a falta de ritmo pesou e, no frigir dos ovos, o Inter teve de ver o Grêmio comemorar a chegada à final, sem nem poder rir da derrota tricolor.

River Plate 0x1 Caracas Foi-se o tempo em que vencer no Monumental de Núñez era um bicho de sete cabeças. Se o São Paulo comemorou muito ao conseguir isso em 2005, o que dizer do Caracas? Os venezuelanos surpreenderam ao vencer os argentinos em Buenos Aires e repetiram a dose no jogo de volta, no campo neutro de Cúcuta.

13 2/15/08 12:39:46 PM


Top 10

10

maiores fracassos brasileiros na Libertadores

1 Internacional 2007 De campeão a eliminado na primeira fase. O Colorado nem parecia o time que conquistara o mundo em 2006 e acabou ficando atrás de Vélez Sársfield e Nacional-URU. Foi um vexame maior até que o de 1989, quando venceu o Olimpia no Paraguai, mas perdeu em casa e caiu nos pênaltis.

2 Fluminense 1971 Algum time brasileiro já perdeu em casa para um venezuelano na Libertadores? A resposta é “sim” por causa do Fluminense, derrotado pelo inexpressivo Deportivo Itália no Maracanã. A zebra custou caro: o Flu acabou dois pontos atrás do Palmeiras, que se classificou para a fase seguinte.

3 Corinthians 2006 O time bancado pela MSI tinha Tevez, Mascherano e Nilmar, entre outros. Contra o River Plate, uma vitória simples em casa dava a classificação. Nilmar abriu o marcador, mas Coelho marcou contra e a coisa desandou. Higuaín fez mais dois, e a polícia teve trabalho para evitar uma invasão de campo que quase termina em tragédia.

4 Palmeiras 1994 Edmundo, Evair, César Sampaio, Zinho, Rivaldo, Roberto Carlos... O que faria aquele esquadrão perder a Libertadores? Uma excursão à China, dias antes de um jogo decisivo contra o São Paulo, pode ser a resposta. Cansado, o Palmeiras foi derrotado por dois gols de Euller.

5 São Paulo 1987 O Tricolor manteve o time que conquistou o Brasileirão de 1986, com Müller, Careca, Pita, Dario Pereyra e Gilmar. Mas fez feio na Libertadores e ficou em último no grupo que tinha Guarani, Cobreloa e Colo-Colo.

6 Cruzeiro 2004 Depois de uma campanha histórica no Brasileirão, o Cruzeiro tinha pinta de favorito. Mas a temporada começou mal, Vanderlei Luxemburgo e Rivaldo saíram e o time se despediu contra o Deportivo Cali, no Mineirão.

7 Corinthians 2000 Era o bicampeão brasileiro, indiscutivelmente o melhor time do país. Na semifinal com o Palmeiras, prevaleceu o trauma corintiano na Libertadores. O Alvinegro venceu por 4 a 3 na ida e abriu 2 a 1 no segundo jogo, mas permitiu a virada. Disputa de pênaltis: Marcelinho cobra e Marcos vira herói.

8 Atlético-MG 1972 O vencedor do primeiro Brasileirão teve uma estréia abaixo da crítica na Libertadores. Contra São Paulo, Olimpia e Cerro Porteño, o Galo não venceu uma partida sequer. A partida contra o Olimpia, em Assunção, foi encerrada antes do fim porque o Atlético ficou com seis jogadores em campo.

9 Atlético-PR 2002 Campeão brasileiro, o Furacão terminou em último no grupo que tinha América de Cali, Olmedo e Bolívar. As partidas marcantes foram contra os bolivianos: em Curitiba, derrota por 2 a 1; em La Paz, empate por 5 a 5 depois de estar vencendo por 5 a 1.

10 Bangu 1986 O vice do Brasileiro de 1985 era forte, com ajuda do bicheiro Castor de Andrade e nomes como Marinho, Gilmar e Arturzinho. Era de se esperar algo melhor que a lanterna de um grupo com Barcelona-EQU, Deportivo Quito e Coritiba. Até hoje, é o único brasileiro sem vencer jogos na competição.

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Enchendo o pé

A nossa LC “Champions League”. Até um tempo atrás, esse nome remetia apenas à principal competição de clubes da Europa, a Copa dos Campeões, que ganhou novo nome após uma reformulação. Hoje, não é assim. Ainda que o nome lembre mais o torneio europeu, ele também designa outras competições. Afinal, Ásia, África, Concacaf e até a Oceania seguiram a onda e criaram as suas “Ligas dos Campeões” — sinal de como o marketing uniformiza as marcas para criar “novos conceitos”, ou algo que o valha, para dar novo status a um produto. A Libertadores ficou sozinha como único torneio internacional de clubes – entre o principal de cada continente – que manteve seu nome tradicional. Quer dizer, em 2008, até há uma novidade: o torneio passou a se chamar oficialmente “Copa Santander Libertadores da América”. A procura de patrocinadores serve para mostrar como a competição tem apelo comercial. Isso deve gerar alguns milhões de dólares a mais para os clubes ou, mais provável, para a organização (leia-se Conmebol). Mas é possível ir mais longe. Com uma administração cuidadosa e que implemente políticas profissionais, a Libertadores pode crescer muito mais. Não se igualaria à Liga dos Campeões da Uefa, mas, ao menos, poderia ter importância financeira e midiática para as Américas semelhante à que a LC tem para os europeus — algo que mobilize as cidades que recebem jogos, estoure as audiências da televisão e transforme a briga por vagas nos campeonatos nacionais em questão de vida ou morte (no bom sentido). É só respeitar o torneio como ele merece. Por exemplo, a Libertadores-2008 começou com Arsenal 2x0 Mineros, em Sarandi. Considerando a fase de grupos, a abertura foi com

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por Ubiratan Leal Caracas x San Lorenzo, em uma terça à tarde, na capital venezuelana. São duas partidas acompanhadas por poucos além dos torcedores dos times envolvidos. Assim, fica claro que houve um erro de estratégia. A Libertadores começa quando muitos países ainda estão em pré-temporada, a torcida está de ressaca das férias e os times estão se formando. Se a organização esperasse mais um pouco, um mês que fosse, pegaria equipes embaladas e a torcida sedenta por ver jogos decisivos. Isso aumentaria o público nos estádios, a qualidade das partidas e a audiência da TV. Aliás, fazer a rodada em três horários diferentes em terça, quarta e quinta, só para poder transmitir nove jogos, também é um contra-senso. Pode até facilitar a negociação com a TV paga, mas desvaloriza as partidas na TV local, pois muitos jogos saem do horário nobre sem necessidade. Ainda há outras coisas a serem consideradas. A organização poderia criar um plano de médio prazo para permitir que os clubes modernizem seus estádios para a competição. Não precisa ser aumento de capacidade mínima, mas oferecer segurança e conforto. Assim, desobrigaria vários times a jogarem longe de suas torcidas, como ocorre em 2008 com Boyacá Chicó, Audax Italiano, Deportivo San Martín e Danubio. E pouparia todos de ver cenas como as proporcionadas pela torcida do Cerro Porteño contra o Cruzeiro. Estádios modernos, uso adequado do potencial de TV, alimentação da mística. Tudo isso é negócio. Nisso, a Libertadores ainda peca muito e pode ficar atrás até das versões “genéricas” das Ligas dos Campeões. É uma pena, pois o torneio tem uma cultura própria e importância técnica com a qual só a Liga dos Campeões original consegue competir.

15 2/25/08 11:00:50 AM


Vid iel

A

tularidade na Libertadores. Não se trata, no entanto, de uma concorrência que não possa ser superada. Com 1,60 m de altura e 59 quilos, Buonanotte recorre a sua técnica para deixar para trás os adversários. Aliado a isso, ele demonstra personalidade nas progressões pelos lados do campo, o que também contribuiu para que parte da imprensa o comparasse à atual estrela da seleção argentina, Lionel Messi. O “Enano” se destaca, ainda, por suas assistências, algo de que o River Plate precisará para conquistar o título da Libertadores depois de 12 anos. [MA]

Da n

o contrário do que a falta de títulos possa fazer crer, o River Plate continua a revelar talentos para seu time principal. A grande aposta para 2008 é o meia Diego Buonanotte, que estreou entre os profissionais há quase dois anos, mas só conseguiu se firmar no último Torneio Apertura. Na época, Daniel Passarella lhe deu as oportunidades que tanto aguardava. No “superclássico” contra o Boca Juniors, veio a consagração: uma atuação de gala e um drible desconcertante sobre Neri Cardozo. Buonanotte tornou-se, então, a maior esperança do River para reverter o quadro crítico em que a equipe se encontrava. A substituição de Passarella por Diego Simeone no comando, porém, o forçará a conquistar seu espaço outra vez. Os mais experientes Alexis Sánchez, Rosales e Ortega despontam como as principais ameaças a sua ti-

es/ NA

esperança “millonaria”

Nome: Diego Mario Buonanotte Rende Nascimento: 19/abril/1988, em Teodelina Altura: 1,60 m Peso: 59 kg Carreira: River Plate (desde 2006)

Alejandro Guerra

Damián David Malrrechaufe Ospina

Seu nome não é novidade para quem acompanha o futebol sul-americano. Guerra já está em sua quarta Libertadores e, desta vez, deve ser protagonista. “El Lobo” é um meia talentoso que, conforme vai abandonando seu jeito introvertido, se mostra claramente acima da média na parte técnica. [DM]

Malrrechaufe foi um dos poucos bons nomes que sobraram da expressiva safra que deu ao Danubio o título uruguaio na temporada 2006/7. Do time que revelou Cavani, Grossmüller, Gargano e Ignacio González, o ofensivo lateral-direito é um dos poucos remanescentes e deve demorar muito para atravessar o Atlântico e atuar na Europa. A Libertadores pode realizar essa ponte. [DM]

O sucesso de David Ospina pode surpreender muita gente, menos os colombianos. Presença constante na seleção cafetera sub-15, o jovem goleiro se afirmou como titular do Atlético Nacional aos 17 anos e entrou para a história do clube com os títulos do Apertura e do Clausura em 2007. Ainda em evolução, já é cotado para vestir a camisa da seleção adulta da Colômbia. [DM]

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Nome: Alejandro Abraham Guerra Morales Nascimento: 9/julho/1985, em Caracas Altura: 1,70 m Peso: 63 kg Carreira: Caracas (2002 a 2004 e desde 2005) e Juventud Antoniana (2004 e 2005)

Pedro Rey/A

FP

Peneira

Diego Buonanotte:

Nome: Damián Malrrechaufe Nascimento: 19/outubro/1984, em Montevidéu Altura: 1,86 m Peso: 73 kg Carreira: Danubio

Nome: David Ospina Ramírez Nascimento: 31/agosto/1988, em Medellín Altura: 1,83 m Peso: 78 kg Carreira: Atlético Nacional

(desde 2005)

(desde 2006)

2/15/08 12:41:05 PM


cão de guarda chileno Nome: Gary Alexis Medel Soto Nascimento: 3/agosto/1987, em Santiago Altura: 1,72 m Peso: 71 kg Carreira: Universidad Católica

Getty Imag

es/AFP

(desde 2006)

uito fôlego, inten si dade, força e competência para desarmar. Tais características são essenciais para um cabeça-de-área de qualidade. Gary Medel, com só 20 anos, é o maior emergente no elenco da Universidad Católica e não foge desses requisitos – há quem o chame de “Gattuso chileno”. As semelhanças com o volante milanista, realmente, existem. Medel é um marcador implacável e já demonstra vocação para liderança. No Mundial

M

Sub-20 de 2007, ostentou a faixa de capitão da equipe chilena, terceira colocada no torneio. Desde então, “El Pitbull”, como é chamado, subiu degraus no elenco da Universidad Católica e despontou como um dos candidatos a revelação desta Libertadores. Além de oferecer qualidade com a bola nos pés – é, eventualmente, escalado na lateral-direita –, Medel vibra durante os 90 minutos. Ao mesmo tempo que essa característica o torna bem visto por sua torcida, pode lhe causar problemas quando usada sem parcimônia. Diante da Argentina, na semifinal do Mundial sub-20, o volante foi expulso, prejudicando sua seleção, eliminada justamente nesse jogo. Arroubos compreensíveis da inexperiência. No geral, Medel é um meiocampista dedicado e, no que depender de sua disposição, a Católica irá muito longe na Libertadores 2008. [DM]

Junior Ross

Víctor Cáceres

O volante Mejía ganhou sua primeira oportunidade entre os profissionais do Chivas em novembro de 2006 e, desde então, se firmou entre os titulares. Destaca-se na marcação (pode até jogar de zagueiro), mas é útil na organização do meio-campo. Seu desempenho despertou a atenção do treinador da seleção mexicana, Hugo Sánchez, que o convocou para amistosos no ano passado. [MA]

O atacante Junior Ross esteve presente nas duas últimas Libertadores, com Cienciano e Alianza Lima, e desapontou. A rapidez e a habilidade que o caracterizam não foram presenciadas. O retorno ao Coronel Bolognesi, porém, lhe permitiu recuperar seu futebol e também a autoestima. Presença constante na seleção peruana, ele tenta provar o porquê da comparação com Farfán. [MA]

O Libertad perdeu, depois da última Libertadores, suas principais estrelas. A esperada derrocada não se concretizou dada a ascensão de talentos como Cáceres. O volante, dedicado na marcação e bom no apoio, assumiu um papel de destaque nos Gumarelos. É uma das maiores revelações de seu país e titular na campanha do Paraguai nas eliminatórias para a Copa 2010. [MA]

Nome: Douglas Junior Ross Santillana Nascimento: 19/fevereiro/ 1986, em Bellavista Altura: 1,80 m Peso: 69 kg Carreira: Coronel Bolognesi

Nome: Víctor Javier Cáceres Centurión Nascimento: 25/março/1985, em Assunção Altura: 1,82 m Peso: 77 kg Carreira: Atlántida (2000 e 2001) e Libertad (desde 2002)

Nome: Edgar Eduardo Mejía Viruete Nascimento: 17/julho/1988, em Guadalajara Altura: 1,75 m Peso: 70 kg Carreira: Chivas Guadalajara (desde 2006)

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Mexsport

Edgar Mejía

(2004 e 2005, 2006 e desde 2007), Cienciano (2006) e Alianza Lima (2007)

Peneira

Gary Medel:

17 2/15/08 12:41:15 PM


abre grupos.indd 2

Jefferson Bernardes/AFP

Questão de

Apresentação dos clubes

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18

2/15/08 12:42:07 PM


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1 2 3 4 5 6 7 8 Apresentação dos clubes

D

Entenda as fichas dos clubes

i dade

epois que a Europa criou a Liga dos Campeões, quase todo mundo foi atrás. Ásia, África, Oceania e, por último, a Concacaf lançaram competições que imitam a original até no nome. A Copa Libertadores da América é, nesse sentido, o foco restante de identidade regional entre as competições continentais. Sem ignorar o crescimento comercial – que merece especial destaque este ano pela chegada de um novo patrocinador – e as exigências da cobertura televisiva, a Libertadores mantém as peculiaridades que a caracterizam desde os primeiros anos. A começar pelo nome com referência histórica. Apesar de sua inegável importância, a competição foi uma estranha ao torcedor brasileiro por décadas. Ainda que se falasse em Projeto Tóquio, os times estrangeiros eram desconhecidos, as viagens eram vistas como um bicho-de-sete-cabeças pelos clubes, e para acompanhar os jogos fora de casa, era preciso recorrer ao radinho. A facilidade com que circulam as informações hoje em dia ajudou a mudar este panorama. O torcedor já se acostumou a ouvir que o Libertad é o time forte do Paraguai no momento, mais perigoso que os tradicionais Olimpia e Cerro Porteño; que equipes como LDU e Cienciano são traiçoeiras em seus domínios; que um título mexicano é questão de tempo; e que até mesmo os venezuelanos exigem uma atenção especial para não haver risco de surpresas. Por isso, não basta que um guia da Libertadores se prenda a análises que já fazem parte do senso comum. Nas páginas a seguir, a Trivela apresenta os 32 times que disputam a fase de grupos, para que você saiba como cada um deles se preparou para a competição: quem chegou, quem saiu, como o time joga, quais são as expectativas do clube e da torcida. Naturalmente, os cinco representantes brasileiros – São Paulo, Flamengo, Santos, Fluminense e Cruzeiro – recebem atenção especial e entrevistas exclusivas. O Boca Juniors também tem espaço extra, pois, desde já, é o time estrangeiro que concentra os olhares de todos os brasileiros. [LB]

Nome completo Apelidos Site oficial

Estádios (Imagens do Google Earth) Nome e capacidade

0m

Altitude da cidade-sede

19 2/15/08 12:42:17 PM


Apresentação dos clubes 20 grupo 1.indd 2

Cruzeiro

Pedigree

internacional

Washington Alves/Reuters

1 2 3 4 5 6 7 8

Mesmo jovem, time cruzeirense mostrou força ao superar as pedras no caminho rumo à Libertadores temporada de 2008, exatamente em seu início, não produzia grandes expectativas em boa parte dos torcedores cruzeirenses. A aparentemente estranha troca de Dorival Júnior por Adílson Batista e a chegada de poucos reforços de nome (Espinoza, Marquinhos Paraná, Marcel, Henrique e Apodi, entre outros) faziam com que este ano não fosse visto como dos mais promissores. Pouco, porém, bastou para que tudo mudasse de figura. Duas exibições contundentes frente ao Cerro Porteño na Pré-Libertadores deram uma demonstração da força cruzeirense, sobretudo quando o assunto é o principal torneio de clubes sul-americano. O time venceu

A

duas vezes, 3 a 1 em Belo Horizonte e 3 a 2 em Assunção, em partida encerrada antes do final após a torcida paraguaia atirar pedras no gramado. Com isso, o começo de trabalho de Adílson Batista já é reconhecido em Minas Gerais, e a ele é atribuído parte do ônus pela vaga trazida sob chuva de pedras no Defensores del Chaco. Se, com Dorival Júnior, o Cruzeiro era um time de vocação ofensiva, a chegada de Adílson tem sinalizado a solidificação de uma formação mais equilibrada. Os competentes Charles e Ramires, este o principal nome do clube no início de ano, ganharam a companhia de Fabrício, ex-Corinthians, indicado por Adílson. O trio de volantes técnicos e pegadores

Adílson Batista:

“O episódio o de Ass Assunção serve de alerta” por Dassler Marques

O Cruzeiro não quis ficar com o Dorival Júnior porque queria um treinador com cara de Libertadores. Em que sua experiência como jogador pode ajudar agora? São os critérios da direção e tenho que respeitar. Eu estava fechando com o Goiás e surgiu a oportunidade de vir para o Cruzeiro, pois não acertaram com o Mano Menezes. Estive aqui como atleta e acho que os trabalhos que eu vinha fazendo foram importantes para que tivesse essa chance. Sobre minha experiência, sempre trabalhei com grandes treinadores e eles me passaram coisas que tentarei transmitir agora — desde a arbitragem até essa malandragem do torneio. A Libertadores é uma competição muito gostosa de ser jogada. Em 2007, a equipe era muito ofensiva e, muitas vezes, expunha os defensores. Você, logo de cara, montou o time de modo diferente. Jogar com uma formação mais aberta o incomoda? Cada um tem um método. O Dorival Júnior trabalhou com 4-2-2-2, o Luxemburgo com um losango no meio e o Alex mais solto, o Oswaldo de Oliveira e o Autuori de outra forma.

Observando alguns jogos e conhecendo boa parte do grupo, eu optei por começar com três volantes e o Wagner. O que não significa que será sempre assim. O grupo do Cruzeiro é bastante novo. Isso pode atrapalhar? A gente só vai ver dentro de campo. Vejo um time muito aplicado, que está querendo e tem vontade de buscar espaço no cenário internacional. Cabe à comissão técnica controlar o que tiver de errado, corrigir e mostrar as coisas importantes para os atletas dentro de cada partida. O episódio no Defensores del Chaco foi um bom batismo internacional para esse grupo? Lamento muito o fato, são coisas que gostaríamos que não acontecessem. De qualquer modo, já é um alerta para que todos entrem preparados para o resto da competição. Como o clube pretende lidar com a altitude de Potosi? Vou sentar com a diretoria nos próximos dias e fazer um planejamento para isso. Teremos um bom tempo antes desse jogo e espero que possamos eliminar as dificuldades que certamente irão aparecer.

2/15/08 3:06:29 PM


Cruzeiro Esporte Clube Raposa www.cruzeiro.com.br

Títulos 2 Libertadores, 1 Campeonato Brasileiro, 4 Copas do Brasil, 2 Supercopas da Libertadores, 1 Taça Brasil e 34 Campeonatos Mineiros

Melhor campanha em Libertadores Campeão em 1976 e 1997

1 2 3 4 5 6 7 8

Como se classificou Quinto colocado no Brasileiro 2007

Mineirão 858 m

(90 mil pessoas)

Ramires comemora: o volante foi a grande figura cruzeirense nas vitórias contra o Cerro

Se fosse um clube europeu, seria... ...o Arsenal. Montou um time cheio de garotos para praticar um futebol ofensivo e surpreendente. Pela inexperiência, nem sempre é cotado como favorito ao título continental

grupo 1.indd 3

defensores

goleiros

Elenco completo

meias

natural do San Lorenzo, a altitude de Potosi se apresenta como um obstáculo considerável. Outra dificuldade importante é o Caracas. Responsável por deixar o River Plate pelo caminho em 2007, o time venezuelano é a clara demonstração do crescimento do futebol de seu país e o fato de não ter tanta responsabilidade pode lhe dar força. Ainda assim, o Cruzeiro tem mais tradição internacional que os adversários. Raramente a Raposa entra na Libertadores apenas para fazer figuração. Se mesclar a juventude e o talento desse grupo com alguma consistência, Adílson Batista tem a chance de dar o grande salto de sua carreira. E a torcida celeste, certamente, ficaria bastante satisfeita. [DM]

atacantes

protege os zagueiros e cobre o avanço dos laterais. Wagner, com uma liberdade semelhante à de Alex em 2003, também tende a render mais. Outra característica da equipe cruzeirense é a velocidade. Com vários jogadores ágeis, Adílson pode adotar, com segurança, a estratégia do contraataque, sobretudo nos jogos fora do Mineirão. Em contrapartida, a inexperiência do grupo é um temor. A equipe que bateu o Cerro Porteño tinha média de idade de 21 anos. Esse número preocupa, sobretudo em uma competição tão peculiar, onde a experiência é um pré-requisito quase indispensável. Olhando para os adversários de sua chave, os cruzeirenses podem esperar razoáveis dificuldades. Além da força

1 12 24 2 3 4 6 13 14 16 17 22 5 7 8 10 15 19 25 9 11 18 20 21 23

Fábio 30/09/1980 Andrey 9/11/1983 Rafael 23/6/1989 Marquinhos Paraná 20/7/1977 Thiago Heleno 17/9/1988 Giovanny Espinoza (EQU) 12/4/1977 Jadílson 4/12/1977 Leo Fortunato 14/3/1983 Thiago Martinelli 14/1/1980 Jonathan 27/2/1986 Apodi 13/12/1986 Fernandinho 16/4/1981 Fabrício 5/7/1982 Charles 14/2/1985 Ramires 24/3/1987 Wagner 29/1/1985 Henrique 16/5/1985 Leandro Domingues 24/8/1983 Luís Alberto 17/11/1983 Marcel 12/11/1981 Guilherme 22/10/1988 18/6/1987 Marcelo Moreno (BOL) Marcinho 20/3/1981 Sandro 10/1/1981 Maicosuel 16/6/1986 Técnico Adílson Batista

Apresentação dos clubes

Estádio

21 2/15/08 3:06:36 PM


Caracas Ivan Alvarado/Reuters

1 2 3 4 5 6 7 8

Caracas Fútbol Club Los Rojos del Ávila, El Rojo www.caracasfutbolclub.com

Títulos 9 Campeonatos Venezuelanos

Depois de eliminar o River em 2007, Caracas acha que pode surpreender de novo

Melhor campanha em Libertadores Oitavas-de-final em 1995 e 2007

Como se classificou

grupo 1.indd 4

Estádio Olímpico de la UCV

...o Olympiacos. Domina no seu país, mas na competição continental entra sempre para apanhar. Até que um dia venceu dois jogos contra um dos favoritos no grupo e passou às oitavas

900 m

(30 mil pessoas)

goleiros

Elenco completo

defensores

O

forte da equipe na última Libertadores. Entre as principais baixas na equipe desde a edição passada estão o goleiro Toyo (Bucaramanga-COL), os zagueiros Rey (AEK Larnaca-CHP) e Vizcarrondo (Rosario Central-ARG) e o lateral Vielma (Independiente Santa Fe-COL). O Caracas de 2008 é, portanto, um time razoavelmente renovado. Alguns dos novos reforços à disposição do técnico Noel Sanvicente são o defensor Rodríguez (Maracaibo), o meia peruano Cominges (Sporting Cristal-PER) e o argentino Bastianini (Celano OlimpiaITA). Em princípio, o grupo de jogadores era mais forte no ano passado. Na teoria, o Caracas é a terceira força do grupo, atrás de Cruzeiro e San Lorenzo, e ainda há o obstáculo da altitude em Potosi. Os jogos em casa não serão no estádio Brígido Iriarte, mas no Olímpico de la UCV, que tem capacidade para 30 mil pessoas e dificilmente terá casa cheia, por mais que o futebol tenha crescido no país. Assim, há razões para ceticismo quanto às chances de superar a primeira fase. [LB]

meias

Caracas chega à Libertadores de 2008 em uma situação incomum para clubes da Venezuela: há uma expectativa a corresponder na competição. Depois de superar a primeira fase no ano passado, com direito a duas vitórias sobre o River Plate, e dar um belo susto no Santos em plena Vila Belmiro, Los Rojos del Ávila entram com a responsabilidade de pelo menos preservar a boa imagem criada no continente. No futebol doméstico, o Caracas tem sido a principal força. Foi o campeão da temporada 2006/7, ao vencer a final contra o Unión Maracaibo, e levou o título invicto do Torneio Apertura no segundo semestre (garantindo assim sua participação na Libertadores-2009). O clube é uma das principais fontes de jogadores para a seleção venezuelana – cinco foram chamados pelo técnico César Farias, em janeiro. O lado negativo do êxito da equipe é a dificuldade em manter o elenco, como prova a saída de praticamente toda a defesa que foi considerada o ponto

Se fosse um clube europeu, seria...

22

Campeão do Apertura 2006

atacantes

Apresentação dos clubes

O preço do sucesso

1 11 22 2 3 4 5 6 12 19 25 8 10 13 14 15 16 17 18 21 23 24 7 9 20

Vicente Rosales Ever Espinoza Alain Baroja Oswaldo Vizcarrondo José Mera (COL) Jaime Bustamente Renier Rodríguez Juan Valencia (COL) Manuel di Maio Giovanny Romero Miguel Romero Luis Vera Ronald Vargas Franklin Lucena Jorge Casanova Ely Valderrey Bremer Piñango Édgar Jiménez Alejandro Guerra Juan Cominges (PER) Gualberto Campos John Ocoro (COL) Emilio Rentería Rafael Castellín Pablo Bastianini (ARG)

5/1/1974 16/2/1985 23/10/1989 31/5/1984 11/3/1979 21/4/1980 25/3/1984 15/1/1986 11/11/1984 1º/1/1984 23/8/1980 9/3/1973 2/12/1986 20/2/1981 6/7/1984 29/4/1986 17/5/1982 19/10/1984 9/7/1985 1º/10/1983 24/4/1981 9/3/1983 9/10/1984 2/9/1975 9/11/1982

Técnico Noel Sanvicente

2/15/08 3:06:47 PM


Real Potosí Club Bamin Real Potosí Lilas, León Não tem site oficial

Títulos Mesmo com a altitude, dificilmente os Lilas alçarão vôos altos

Javier Mamani/AFP

1 Campeonato Boliviano

Melhor campanha em Libertadores Primeira fase em 2002 e 2006

1 2 3 4 5 6 7 8

Como se classificou Estádio Monumental Victor Agustín Ugarte (32 mil pessoas)

3.967 m

defensores

goleiros

Elenco completo 1

Hugo Suárez

7/2/1982

22 Hamlet Barrientos Nicolás Sartori (ARG)

3

Ademir Rodríguez

5

Santos Amador

6/4/1982

7

Marco David Paz

29/7/1979

meias

23/5/1976 21/10/1984

11 Percy Colque

28/10/1976

13 Rony Jiménez

12/4/1989

16 Gerardo Yecerotte

28/8/1988

18 Ronald Eguino

20/2/1988

21 Luis Gatty Ribeiro 6

Nicolás Suárez

8

Jesús Ronald Gallegos

10 Miguel Loaiza

6/9/1982 13/2/1983

15 Dino Huallpa

4/4/1988

20 Isidro Candia (PAR) 24 Eduardo Ortíz 9

1º/11/1979 23/12/1978

23 Gonzalo Galindo atacantes

8/1/1978

2

15/5/1979

E

campo livremente, o Real Potosí tem poucas chances de avançar ao matamata. Além de ter caído num grupo difícil, o time vem de pífia campanha no segundo semestre de 2007, em que faltaram a humildade e o comprometimento da primeira parte do ano. É verdade que, desde o término do Clausura, o elenco foi muito mexido, mas nada garante que as novas peças se ajustarão ao 3-5-2 montado por Mauricio Soria. O meio-campo é o setor mais bem guarnecido da equipe. Com o auxílio dos reforços Galindo e Candia, Soria pretende incrementar a armação pela esquerda. No lado oposto, as subidas do ala Gatty Ribeiro já eram uma boa alternativa. Para o ataque, chegaram o argentino Sillero, ex-Bolívar, e o uruguaio Pintos, nômade com passagens por Israel e segunda divisão mexicana. Nem as aquisições, nem a boa prétemporada (iniciada em 26 de dezembro), nem a nova casa: nada disso deve ser suficiente para colocar o time nas oitavas-de-final. Mas a torcida sonha alto. Bem alto. A quase 4 mil metros. [RM]

20/10/1974 7/5/1980

Álvaro Pintos (URU)

17 Adrián Cuellar

24/10/1977 8/9/1982

19 Luis Sillero (ARG)

17/4/1977

Técnico Mauricio Soria

grupo 1.indd 5

m um ano, muita coisa mudou na cidade de Potosi. Quando enfrentou o Flamengo e o Paraná, na última Libertadores, o time violeta ainda não havia conquistado nenhum título nacional. Seu estádio, para 18 mil pessoas, chamava-se Mario Mercado. O técnico era Félix Berdeja, Peña regia o meio-campo e Monteiro fazia os gols. Hoje, o Real Potosí já tem uma taça expressiva – o Apertura 2007. A arena, ampliada e com cheiro de nova, agora se chama Monumental Victor Agustín Ugarte. Berdeja deu lugar a Mauricio Soria, que afastou Peña por indisciplina. Autor de quatro gols na Libertadores 2007, Monteiro já deixou o clube. Foi um ano muito intenso e movimentado para a torcida realista, mas isso não significa que tudo tenha ficado diferente: a altitude, principal arma do time, continua a mesma. Dos 12 pontos que constam do currículo violeta na Libertadores, 11 foram obtidos nos 3.967 metros da cidade mais alta da Libertadores 2008. Mesmo podendo exercer o mando de

Apresentação dos clubes

Sonhos realistas

Campeão do Apertura 2007

Se fosse um clube europeu, seria... ...o Zenit, de São Petersburgo, que também conta com a ajuda da geografia (a baixíssima temperatura, no caso) para derrubar a concorrência estrangeira, que enfrentará depois de conquistar seu primeiro título nacional, em 2007

23 2/15/08 3:06:55 PM


San Lorenzo Marcos Brindicci/Reuters

1 2 3 4 5 6 7 8

Club Atlético San Lorenzo de Almagro Ciclón, Cuervos, Santos www.sanlorenzo.com.ar

Títulos 1 Copa Mercosul, 1 Copa Sul-Americana e 10 Campeonatos Argentinos

Torcida azulgrana: apoio e pressão no caminho de um título ainda inédito

Melhor campanha em Libertadores Semifinalista em 1969, 1973 e 1988

Como se classificou

grupo 1.indd 6

Estádio Nuevo Gasómetro

...o Everton. Ninguém contesta sua tradição no cenário doméstico, mas a falta de títulos internacionais importantes incomoda, já que até times pequenos de seu país o superam em conquistas continentais

25 m

(43,5 mil pessoas)

goleiros

Elenco completo

defensores

C

tirasse Saja dos planos, mesmo depois de retornar de empréstimo ao Grêmio. Além disso, o clube arrumou o bom lateral-esquerdo Placente, que tem a companhia do capitão Adrián González e do experiente Sebastián Méndez. No meio-campo e no ataque estão as principais figuras. Com a ajuda de um grupo de empresários, o clube repatriou o meia D’Alessandro, eterna promessa que nunca estourou na Europa. Se voltar a jogar o futebol que o revelou no River, Cabezón pode dar ainda mais consistência a um setor que já tinha Bilos, Rivero e Aureliano Torres, todos com experiência internacional. Na frente, os destaques são Romeo e Bergessio, também repatriados da Europa. O time é interessante, mas não dá para sonhar com um “sprint” rumo ao título. Se Ramon Díaz fizer com que as promessas amadureçam a toque de caixa, o San Lorenzo pode ser um adversário incômodo na Libertadores. Contra Caracas, Real Potosí e Cruzeiro, deve passar de fase. Depois disso, não é uma aposta das mais seguras. [CRG]

meias

lubes argentinos na Libertadores são sempre temíveis. Ter um pela frente já cria a imagem mental de um elenco descendo numa hostil Buenos Aires e tendo de enfrentar um estádio fanaticamente preparado, um time de classe e repleto de história na competição. Não, menos. O San Lorenzo é, sim, um grande da Argentina e vira e mexe conquista um título em seu país. Contudo, a Libertadores é território inóspito para o Ciclón, que nunca chegou a uma final do torneio. Ramon Díaz é o encarregado de fazer o time quebrar esse tabu. Hoje técnico, o ex-atacante chegou a Boedo no ano passado e imediatamente conseguiu um título (Clausura). Agora, precisa fazer valer seu histórico na Libertadores: no último título do River Plate no torneio, em 1996, ele era o treinador. Tabu à parte, o maior problema de Díaz é a limitação financeira — tanto que, em 2008, conta com só um estrangeiro no elenco, e a maior contratação veio com ajuda externa. No gol, Orión mostra segurança e fez com que o time

Se fosse um clube europeu, seria...

25

Campeão do Clausura 2007

atacantes

Apresentação dos clubes

Reforços contra o tabu

1 12 22 2 6 13 16 17 20 21 25 4 5 8 10 11 14 18 23 24 3 7 9 15 19

Agustín Orión Nereo Champagne Bruno Centeno Adrián González Jonathan Bottinelli Diego Placente Nicolás Arce Sebastián Méndez Gastón Aguirre Cristian Tula Pablo Alvarado Jorge Ortiz Wálter Acevedo Diego Rivero Andrés D’Alessandro Aureliano Torres (PAR) Ramón Díaz Santiago Hirsig Daniel Bilos Juan Manuel Torres Cristian Chávez Néstor Silvera Bernardo Romeo Gonzalo Bergessio Juan Carlos Menseguez

26/6/1981 20/1/1985 8/8/1988 20/11/1976 14/9/1984 24/4/1977 28/1/1987 4/7/1977 11/11/1981 28/1/1978 27/2/1986 20/6/1984 16/2/1986 11/8/1981 15/4/1981 16/6/1982 22/6/1983 12/1/1978 3/9/1980 20/6/1985 4/6/1987 14/3/1977 10/9/1977 20/7/1984 18/2/1984

Técnico Ramón Ángel Díaz

2/15/08 3:07:06 PM


Andres Stapff/Reuters

Danubio Desmanche reduziu drasticamente as chances do campeão uruguaio

Danubio Fútbol Club Franjeados, Curva www.danubio.org.uy

Títulos 3 Campeonatos Uruguaios

Melhor campanha em Libertadores Semifinalista em 1989

1 2 3 4 5 6 7 8

Como se classificou Estádio Centenario 43 m

(76,6 mil pessoas)

atacantes

meias

defensores

goleiros

Elenco completo 1 12 13 2 3 4 8 14 15 18 22 5 6 7 10 17 21 23 9 11 16 19 20 24 25

Néstor Conde Nicolás Gentilio Mauro Goicoechea Ignacio Amarilla Daniel Lembo Matías Pérez Leonardo Abelenda Jorge Adrián García Sergio Rodríguez Marcelo Silva Damián Malrrechaufe Raúl Ferro Pedro Irala (PAR) Matías Cresseri Álvaro Noble Ribair Rodríguez Aníbal Alcoba Cristiano Gomes (BRA) Carlos Maria Morales Diego Martiñones Mateo Figoli Cristian Bardaro (ARG) Enzo Scorza Derlis Florentín (PAR) Deley Mena (COL)

4/3/1983 13/4/1987 26/3/1988 18/9/1986 15/2/1978 29/7/1985 10/2/1986 19/8/1986 5/1/1985 21/3/1989 19/10/1984 13/1/1983 14/4/1979 15/2/1980 25/8/1985 4/10/1987 24/1/1980 21/9/1988 1º/3/1970 25/1/1985 3/8/1984 11/8/1977 1º/3/1988 9/1/1984 7/2/1985

Técnico Gustavo Dalto

grupo 2.indd 1

orteios podem ser cruéis. Esse pensamento deve bater forte na cabeça do torcedor danubiano. Em 2007, os Franjeados tinham uma equipe forte, com Ignacio González, Grossmüller, Cavani e Gargano. Foram campeões uruguaios, mas pegaram o Vélez Sársfield na fase preliminar da Libertadores. Quando ainda se aqueciam para uma temporada que poderia ser promissora, já estavam eliminados. Um ano depois, o time finalmente conquistou uma vaga direta na fase de grupos, mas já era tarde demais. O Danubio não tem como segurar seus jogadores. Os destaques da temporada passada partiram rapidamente para a Europa, e a equipe teve de mudar muito no segundo semestre de 2007. Menos mal que La Curva faz jus ao apelido de “Universidade do Futebol Uruguaio”, referência a sua capacidade de formar bons jogadores (do clube já saíram Rubén Sosa, Zalayeta, Carini, Recoba, Chevantón e Olivera – além, claro, da geração campeã em 2006/7). No Apertura, o clube estava cheio de

S

caras novas. O goleiro Conde, o lateral Malrrechaufe e o zagueiro Lembo eram alguns dos remanescentes do time campeão. A eles se juntaram nomes como Cresseri, Mena e Ferro. Mesmo com a instabilidade de uma equipe em formação, os Franjeados foram vice-campeões, mostrando que ainda há talento brotando no Jardines del Hipódromo. Em 2008, a diretoria aposta na continuidade desse trabalho. A base da Libertadores é praticamente a mesma. Os poucos reforços não foram expressivos, e visam dar mais experiência ao time. Chegaram os atacantes Carlos Morales (quase 38 anos) e Florentín, ex-Palmeiras. Outra novidade é o meia Figoli, ex-Puebla, do México. No geral, o desempenho do Danubio na Libertadores depende diretamente da capacidade de amadurecimento precoce de sua nova geração. Considerando que o grupo 2 não é dos mais fortes, até dá para chegar ao mata-mata. Mas é improvável que vá muito além disso – a não ser que os danubianos consigam voltar um ano no tempo. [UL]

Apresentação dos clubes

Calouros em excesso

Campeão uruguaio de 2006/7

Se fosse um clube europeu, seria... ...o Stuttgart. Time de médio a grande no âmbito doméstico que revela muitos jogadores e, quando os grandes bobeiam, belisca um título. Só que, por mais que se esforce, não é levado a sério no cenário internacional

25 2/15/08 2:01:42 PM


Deportivo Cuenca Morlacos apostam na base de 2007 e em reforços argentinos

Club Deportivo Cuenca Expreso Austral, Morlacos, Colorados www.deportivocuenca.net

Títulos 1 Campeonato Equatoriano Stringer/Reuters

1 2 3 4 5 6 7 8

Melhor campanha em Libertadores Primeira fase em 1976, 1977 e 2005

Como se classificou

Se fosse um clube europeu, seria...

26 grupo 2.indd 2

...o Artmedia. Assim como a equipe eslovaca, o Deportivo Cuenca tem pouquíssima experiência internacional e somente um título nacional. Na Libertadores, assim como o time de Bratislava na Liga dos Campeões, é zebra

Alejandro Serrano Aguilar (22 mil pessoas)

2.538 m

*Nesta região, não há aproximação suficiente no Google Earth

goleiros

Elenco completo

defensores

E

foram somente cinco gols sofridos. No fim, o time superou tradicionais adversários e terminou em segundo lugar. Em relação à equipe do ano passado, a base foi mantida. A maior perda foi o argentino Juan Carlos Ferreyra, artilheiro do último Campeonato Equatoriano que foi contratado pelo Newell’s Old Boys. Apesar da saída do atacante, a conexão com o lado ocidental do Rio da Prata continua forte, a começar pelo técnico Gabriel Perrone. Assim, não surpreende que os principais jogadores morlacos venham da Argentina. O principal ídolo da torcida é o goleiro Klimowicz, naturalizado equatoriano. Entre os reforços para 2008, mais argentinos: o meia Barrionuevo (ex-Platense) e os atacantes Ferradas (outro ex-Platense) e Toledo (ex-Chacarita Juniors). Com a experiência dos platinos e a altitude de 2.561 metros de Cuenca, os Morlacos esperam surpreender novamente — ainda que tenham consciência de que são azarões diante de Estudiantes, Danubio e Lanús. [GH]

Estádio

meias

m 2007, poucos acreditavam no Deportivo Cuenca no Campeonato Equatoriano. Com sérios problemas financeiros, a equipe foi praticamente remontada em comparação ao time que disputara a fase classificatória da Libertadores um ano antes. Mesmo assim, os Morlacos superaram as expectativas e alcançaram o vicecampeonato nacional. Essa capacidade de surpreender dos cuencanos será novamente colocada à prova. A equipe não é desconhecida, pois esteve na disputa de duas das últimas três Libertadores da América. No entanto, para o time poder ir longe na competição deste ano, existe um longo caminho a ser percorrido. O Deportivo conseguiu a classificação para a Libertadores após uma temporada muito irregular em 2007. Na primeira etapa do Equatoriano, foi vice-campeão e assegurou seu lugar no hexagonal final. No segundo turno, foi o penúltimo colocado. Na Liguilla, no entanto, a equipe mostrou força e muita segurança defensiva – em dez jogos,

Vice-campeão equatoriano em 2007

atacantes

Apresentação dos clubes

Conexão argentina

1 12 25 2 3 6 11 17 21 24 4 5 8 10 14 16 18 19 20 23 7 9 13 15 22

Javier Klimowicz 10/3/1977 Carlos Morán 29/8/1976 Cristopher Israel Álvarez 24/2/1984 Arlín Ayoví 6/5/1979 Marcelo Bohórquez 9/12/1975 Marcelo Fleitas 1º/9/1973 Marlon Moreno 2/11/1978 Jaime Chila 4/4/1982 Mariano Mina 3/3/1979 Koob Hurtado 19/7/1985 Jhon García 17/10/1976 Jimmy Bran 15/7/1979 19/10/1977 Germán Castillo (ARG) Federico Barrionuevo (ARG) 30/6/1981 Pablo Arévalo 9/3/1978 Giancarlo Ramos 2/9/1978 Mauricio Cabezas 10/8/1979 Polo Wila 4/2/1987 Hólger Matamoros 4/1/1985 Leonardo Soledispa 15/1/1983 Mauricio Javier Ferradas (ARG) 5/11/1979 Cristián Valencia 2/8/1978 Edison Preciado 18/4/1986 Gustavo Figueroa 30/8/1978 Javier Fabián Toledo (ARG) 20/4/1986 Técnico Gabriel Perrone (ARG)

2/15/08 2:01:54 PM


Estudiantes Famoso no Brasil por motivos errados, Desábato reaparece no Pincha

Club Estudiantes de la Plata Pincharratas, Pincha, León www.clubestudianteslp.com.ar

Títulos 1 Mundial de Clubes, 3 Libertadores e 4 Campeonatos Argentinos El Dia/NA

Melhor campanha em Libertadores Campeão em 1968, 1969, 1970

1 2 3 4 5 6 7 8

Como se classificou Estádio Ciudad de La Plata 9m

(40 mil pessoas)

atacantes

meias

defensores

goleiros

Elenco completo 1 21 25 2 3 6 12 13 14 15 4 5 8 10 11 16 20 22 23 7 9 17 18 19 24

Mauro Dobler Mariano Andújar Damián Albil Leandro Desabato José María Basanta Agustín Alayes Leonardo Sánchez Juan Manuel Díaz (URU) Angeleri Alberto Julio Barroso Édgar González (PAR) Gonzalo Saucedo Enzo Pérez Lucas Wílchez Juan Sebastián Verón Iván Moreno y Fabianesi Diego Galván Rodrigo Braña Leandro Benítez Juan M. Salgueiro (URU) Pablo Piatti Pablo Lagüercio Ezequiel Maggiolo Leandro Lazzaro Cristian Bogado (PAR)

3/1/1983 30/7/1983 9/12/1979 24/1/1979 3/4/1984 22/7/1978 2/8/1986 28/10/1987 7/4/1983 16/1/1985 10/4/1979 21/11/1986 22/2/1986 31/8/1983 9/3/1975 4/6/1979 19/3/1982 7/3/1979 5/4/1981 3/4/1983 31/3/1989 10/3/1982 15/6/1977 8/3/1974 7/1/1987

Técnico Roberto Sensini

grupo 2.indd 3

m 2006, o Estudiantes foi uma das grandes sensações do futebol argentino. Foi eliminado nas quartas-de-final da Libertadores diante do São Paulo. Os paulistas suaram para fazer 1 a 0 no Morumbi e precisaram dos pênaltis para tirar os platenses do caminho. No fim do ano, conquistou o Apertura, depois de derrubar o favorito Boca Juniors no jogo extra. O sucesso daquele ano, porém, não se repetiu em 2007. O Pincha foi apenas terceiro no Clausura e sexto no Apertura. Nesse meio tempo, se desfez de alguns de seus melhores jogadores. Foram embora os atacantes Calderón (Arsenal-ARG) e Pavone (Betis), além do meia José Sosa, negociado com o Bayern de Munique. Verón, capitão e símbolo do time, também teve proposta para sair, mas reiterou seu amor ao clube, para o qual não esconde torcer desde criança. É justamente em Verón que o torcedor confia. Ele é o responsável pela armação das jogadas e pela estabilidade do meio-campo. Não raramente, marca

E

também seus gols. Além disso, é o único jogador do time capaz de desequilibrar uma partida em um lance de genialidade. Como bom coadjuvante da “Brujita” está o goleiro Andújar. Os Pincharratas não têm problemas apenas no elenco. O técnico também desperta desconfiança. O polêmico Diego Simeone deu lugar a seu ex-companheiro de seleção argentina, Roberto Néstor Sensini, um estreante como treinador. Sua inexperiência preocupa, a ponto de ser considerado até pelos argentinos como ponto baixo do Estudiantes para a Libertadores. Os amistosos de pré-temporada dão sustentação aos pessimistas. O time foi mal num quadrangular disputado no Chile e acabou em último no triangular disputado contra Lanús e Vélez Sársfield. No total, duas derrotas e dois empates. A única vitória antes da estréia no Apertura foi diante do fraco Liverpool, do Uruguai, por 4 a 0. A equipe precisará melhorar muito se quiser confirmar sua tradição vencedora na Libertadores. [CEF]

Apresentação dos clubes

2006: passado distante

Campeão do Apertura 2006

Se fosse um clube europeu, seria... ...o Nottingham Forest. No passado, montou uma incrível e inesperada tradição em seu continente, a ponto de ter mais títulos internacionais que domésticos. Atualmente, tenta se recuperar tanto dentro de casa quanto fora

27 2/15/08 2:41:48 PM


Lanús Club Atlético Lanús Granate www.clublanus.com

Títulos 1 Copa Conmebol e 1 Campeonato Argentino

Enrique Marcarian/Reuters

1 2 3 4 5 6 7 8

Depois de ir mal no Vitória, Sand reencontrou o caminho das redes

Melhor campanha em Libertadores Estréia na competição

Como se classificou

Néstor Díaz Pérez

grupo 2.indd 4

...o Villarreal. Time pequeno, montou uma equipe barata, jovem e despretensiosa que tem incomodado os grandes do país nos últimos anos, a ponto de conseguir uma vaguinha na principal competição de clubes do continente

5m

(46,6 mil pessoas)

goleiros

Elenco completo

defensores

Q

sobre cada jogador ajudou a montar uma equipe vencedora. Desse grupo, o principal destaque é Valeri. Eficiente no passe e nos arremates, o meia já despertou o interesse da Europa. Também merecem atenção o zagueiro Velázquez e o rodado Sand, que voltou a marcar gols depois de algumas temporadas em baixa. Ao mesmo tempo em que os novatos empolgam, também preocupam. O Lanús tem 16 jogadores com idade olímpica, sinal de uma inexperiência perigosa diante de adversários manhosos, viagens longas e altitude. Tanto que a defesa depende muito de Bossio e Graieb, únicos titulares com mais de 30 anos. A falta de cancha internacional explica o sofrimento para superar o fraco Olmedo na Pré-Libertadores. Se o Lanús se familiarizar logo com a competição, pode ir longe. Para isso, é importamte o apoio da barulhenta torcida no estádio “La Fortaleza”. Também é bem-vindo o grupo acessível que o time terá pela frente, com Estudiantes, Danubio e Deportivo Cuenca. [GH]

meias

uando surpreendeu a Europa e foi campeão da Copa dos Campeões, o Celtic contava com um time quase todo formado em Glasgow. O feito foi tão notável que, até hoje, aquela equipe é lembrada. Guardadas as devidas proporções, é mais ou menos esse o sonho do Lanús na Libertadores 2008: usar um time formado em casa para conquistar algo inimaginável para o clube. Dos 25 jogadores inscritos pelo Lanús para a Libertadores, 16 foram formados nas categorias de base grenás. Uma geração já mostrou serviço. Em 2007, os Granate fizeram uma campanha impressionante no Apertura e levaram o primeiro título argentino de sua história. A expectativa da torcida por nova façanha não é gratuita. Nesse processo, o banco de reservas tem sua participação. O técnico Ramón Cabrero também é formado dentro do clube. Ele comandou as categorias de base do Lanús até 2005, quando foi promovido para o time adulto. Seu profundo conhecimento

Se fosse um clube europeu, seria...

28

Estádio

atacantes

Apresentação dos clubes

Busca por nova surpresa

Terceiro colocado na temporada 2006/7, entre os que não foram campeões

1 13 24 2 3 4 6 14 17 19 20 25 5 8 11 12 15 16 18 21 23 7 9 10 22

Claudio Flores (URU) Gustavo Bossio Fabián Moyano Carlos Quintana Maximiliano Velázquez Rodolfo Graieb Nelson Benítez Leonardo Sigali Santiago Hoyos Iván Ricardo Macalik Emir Faccioli Carlos Arce Agustín Pelletieri Diego Valeri Adrián Peralta Eduardo Ledesma (PAR) Sebastián Salomón Diego González Matías Fritzler Nicolás Ramírez Sebastián Blanco Santiago Biglieri José Sand Lautaro Acosta Germán Cano

10/5/1976 1º/12/1973 2/1/1986 11/2/1988 12/09/1980 8/6/1974 25/5/1984 29/5/1987 3/6/1982 14/9/1987 5/8/1989 4/2/1985 17/5/1982 1º/5/1986 5/5/1982 7/8/1985 12/12/1978 9/2/1988 23/8/1986 10/2/1988 15/3/1988 11/2/1986 17/7/1980 14/3/1988 2/1/1988

Técnico Ramón Cabrero

2/15/08 2:02:16 PM


Atlas Fútbol Club Atlas Rojinegros, Zorros www.atlas.kimozabi.com

Títulos 1 Campeonato Mexicano e 4 Copas do México

Melhor campanha em Libertadores Quartas-de-final em 2000

Mark Avery/Reuters

Achucarro veio do Cerro Porteño para dar mais poder de fogo aos Zorros

1 2 3 4 5 6 7 8

Como se classificou Estádio Jalisco (56,7 mil pessoas)

1.566 m

atacantes

meias

defensores

goleiros

Elenco completo 1 21 25 2 3 4 5 6 13 15 16 8 10 11 12 14 17 18 23 24 7 9 19 20 22

Mario Rodríguez 18/1/1978 Pedro Hernández 21/6/1981 2/8/1981 Jorge Bava (URU) Omar Flores 6/5/1979 10/3/1981 Diego Colotto (ARG) Luis Robles 22/9/1986 Ricardo Jiménez 17/11/1984 Jorge Torres 16/1/1988 Néstor Vidrio 22/3/1989 Gerardo Flores 5/2/1986 Hugo Ayala 31/3/1987 Juan Carlos Medina 22/8/1983 Emanuel Centurión (ARG) 25/81982 Óscar Vera 10/3/1986 Diego Campos 19/5/1988 Jorge Hernández 22/2/1988 Christian Valdéz 5/5/1984 Édgar Pacheco 22/1/1990 Eduardo Rergis 31/12/1980 Hugo Martinez 6/5/1987 Jorge Achucarro (PAR) 6/11/1981 Bruno Marioni (ARG) 15/6/1975 Flavio Santos 1/3/1987 Ulises Mendivil 3/9/1980 Hebert Alférez 4/6/1988 Técnico Miguel Ángel Brindisi (ARG)

grupo 3.indd 1

uase sempre, chegar à Libertadores é uma justa recompensa. Depois de uma temporada inteira praticando bom futebol, o time, finalmente, curte o privilégio de estar na elite continental. Com todos os méritos. Em geral, é assim que funciona. Mas há exceções e o Atlas é uma delas. A vaga na competição continental caiu no colo dos Zorros, como um presente dos céus. Depois de uma campanha desastrosa no Clausura, uma incrível seqüência de lances fortuitos determinou o sucesso dos Rojinegros na Interliga – torneio de pré-temporada que define dois representantes mexicanos – e no posterior duelo com o frágil La Paz, pela Pré-Libertadores. As duas interferências do acaso foram a moedinha que permitiu o avanço do Atlas à semifinal da Interliga no caraou-coroa (veja seção Curtas) e uma falha incrível do goleiro Machado, do La Paz, que ajudou o time de Guadalajara a construir razoável vantagem (2 a 0) no jogo de ida. Na derrota por 1 a 0 em solo boliviano, a atuação foi bem fraca.

Q

Porém, é inegável que, em relação a 2007, a equipe evoluiu. O meia Centurión e o atacante Achucarro, recentes aquisições, são companheiros mais qualificados ao artilheiro Marioni. Miguel Ángel Brindisi, o novo técnico, tem procurado explorar melhor o poder de criação de Juan Carlos Medina, que muitos querem ver na seleção mexicana. A retaguarda ainda necessita de reparos, já que os zagueiros ficam muito expostos. A falta de opções também é um problema para os Zorros. Alguns reservas são bastante inferiores aos titulares, enquanto outros, apesar do potencial, são muito jovens. É o caso de Vidrio. Com o Atlas, o treinador argentino vai adicionar um capítulo a sua história na mais importante competição das Américas. Em 1990, no comando do Barcelona-EQU, Brindisi foi à final, mas perdeu o título para o Olimpia. Em 1974, o então meia regeu o Huracán ao quinto lugar na única participação do clube na Libertadores. Repetir a dose em 2008 seria excelente para seu currículo, mas a tarefa não é fácil. [RM]

Apresentação dos clubes

Sem querer querendo

Vice-campeão da Interliga 2008

Se fosse um clube europeu, seria... ...o West Ham. Forma ótimos jogadores nas categorias de base, mas os vende antes da hora e acaba não ganhando títulos. Para piorar, ainda tem de conviver com um rival local mais tradicional, mais popular, mais rico e mais vencedor

29 2/15/08 3:58:00 PM


1 2 3 4 5 6 7 8

Boca Juniors

o time

a ser batido Atual campeão, o Boca Juniors trouxe o maior ídolo de volta da Europa para manter sua relação íntima com a Libertadores. Para repetir o título em 2008, ainda conta com um histórico amplamente favorável contra os brasileiros arlos Bianchi tem por hábito não treinar cobranças de pênaltis em seus times. Ironia do destino, ao contrário do que se supõe, dada a quantidade de triunfos alcançados por suas equipes por essa via (três Libertadores, uma com o Vélez e duas com o Boca, com o qual também ganhou a Copa Intercontinental de 2003, contra o Milan), é praticamente impossível ver seus jogadores testando a pontaria ou os reflexos de seus goleiros. O motivo é simples: Bianchi acredita que o pênalti depende não da técnica, mas sim de um estado mental. Segundo ele, não é a mesma coisa um tiro frente ao goleiro na solidão de um treinamento, sem hostilidades nem pressões, com um gol enorme, que fazê-lo na frente de 60 mil pessoas que jogam a favor ou contra e diminuem esse retângulo que nos treinos parece enorme. Isso é importante porque começa 2008 e, além de ter reforçado seu elenco com o jogador símbolo destes últimos dez anos de glórias (Juan Román Riquelme, claro, quem mais?), Boca é o candidato número 1 a levantar o troféu continental mais sonhado: a Copa Libertadores. Por quê? Por essa questão mental – a mesma que predomina nos pênaltis – que faz seus jogadores se sentirem fortes e os rivais os respeitarem e até os temerem. Sim, o futebol é um estado de ânimo. E o Boca, no começo de cada ano,

Apresentação dos clubes

C

30 grupo 3.indd 2

se sente o dono da América. Ganhou as Libertadores de 2000, 2001, 2003 e 2007 e também chegou à final em 2004. Impressionante. Principalmente se for levado em conta que sofreram com sua força vários times do país que joga o melhor futebol do mundo: o Palmeiras de Felipão, que buscava o bicampeonato em 2000; o Vasco que metia medo com seus 40 jogos de invencibilidade e o mesmo Palmeiras em 2001; o Santos de Diego e Robinho em 2003; e, no ano

Boca na Libertadores desde 2000 Ano

Posição

2000 Campeão

Brasileiros batidos Palmeiras

2001 Campeão

Vasco e Palmeiras

2002 Quartasde-final

-

2003 Campeão

Paysandu e Santos

2004 Vice-campeão

São Caetano

2005 Quartasde-final

-

2006 Não disputou 2007 Campeão

Grêmio

Obs.: nesse período, o clube foi eliminado apenas duas vezes por times brasileiros em mata-mata — nunca na Libertadores. Em 2000, o Atlético-MG venceu pela Copa Mercosul e, em 2007, o São Paulo o fez pela Sul-Americana

passado, o Grêmio, um dos times mais fortes do mundo quando joga em casa, pelo fervor incrível de sua torcida. Não é preciso mais provas. Isso significa que o Boca pode ser campeão só com a tradição? Claro que não. Mas a tradição pesa na cabeça de todos: na dos rivais menores, que sonham em enfrentá-lo com a esperança de um “Bombonerazo”, e também na dos clubes brasileiros, os adversários mais sérios. Se a seleção argentina passa por uma etapa de desconfiança capaz de fazê-la perder contra um Brasil misto (como nas duas últimas Copas América), o Boca não teme enfrentar os brasileiros. Pelo contrário: gosta desses mano-a-manos, dos quais geralmente sai vencedor. Essa fé, e um elenco que conserva a base da passada Libertadores, com a volta de Riquelme, são os argumentos de sua esperança. Há, no entanto, algumas mudanças neste Boca modelo 2008. Para começar, o treinador. Surpreendentemente, os dirigentes do clube decidiram diminuir o poder de Miguel Ángel Russo, técnico que levou a equipe à sexta Libertadores, até não deixar-lhe nenhum outro caminho além da renúncia. O título continental parecia lhe garantir um período prolongado no banco mais cobiçado — e também o mais perverso — da Argentina. Se o Boca precisa, desde seu nascimento, ganhar sempre, na última década essa identidade se potencializou até trans-

2/15/08 4:00:09 PM


Bruno Domingos/Reuters

Apresentação dos clubes

Ele está de volta! Com Riquelme, Boca subiu um degrau na escala do favoritismo

1 2 3 4 5 6 7 8

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Apresentação dos clubes

1 2 3 4 5 6 7 8

32 grupo 3.indd 4

formar o banco de reservas em uma verdadeira cadeira elétrica. Desde 1998 (ou seja, desde o início da era Bianchi), a equipe ganhou seis Campeonatos Argentinos e dez torneios internacionais: quatro Libertadores, dois Mundiais de Clubes, duas vezes a Recopa (uma contra o São Paulo campeão mundial) e outras duas vezes a Copa Sul-Americana. Fez isso com treinadores tão díspares como o próprio Bianchi, Jorge Benítez, Alfio Basile e Miguel Russo. Perder o Mundial de Clubes para o Milan era, talvez, até lógico. E ainda por cima havia atenuantes locais: o River Plate, rival da vida toda, já está há três anos e meio sem ganhar nenhum título. Mas, apesar de tudo, a derrota no Japão, mais que algumas desavenças menores no elenco, custou o cargo a Russo. Seu substituto, Carlos Ischia, foi recomendado por um Bianchi que recusou voltar, mas que pode fazê-lo mais cedo que

tarde, seja como treinador, seja como diretor esportivo. Ischia foi ajudante de Bianchi em seu primeiro período no Boca (1998 a 2001) e conhece aqueles que hoje são os principais referenciais do elenco: Riquelme, o líder espiritual e esportivo, Martín Palermo, o capitão que busca converter-se no maior goleador de todos os tempos do clube, Hugo Ibarra e Sebastián Battaglia. Ele os conhece, e os jogadores o respeitam – uma condição fundamental para dirigir este Boca que já sabe o que é ganhar de quase todas as maneiras imagináveis. E isso parecem ter entendido os dirigentes. Ischia não fez por merecer, até agora, ser considerado para o cargo. Mas sua proximidade com Bianchi favoreceu sua figura. Para os dirigentes, foi voltar aos métodos mais seguros e conhecidos, uma aposta com o menor risco possível para uma comissão, encabeçada por Pedro Pompilio, que tem a pesada missão de suceder Mauricio

Fortaleza quase intransponível: retrospecto boquense contra brasileiros impressiona

Locall de peregrinação reg ção Chega ega a Libe Libertadores, e parece rece qu que o bairro de La Boca vira Meca. ca. É o luga lugar em que todos devem vem ou querem eestar. Veja como om os principais jogadores ogador do time atual forçaram a barra para a estar no campeão sul-amer mericano

Lucas Castr Castromán

Ju Césa Julio ésar Cáceress

Vem m do América do M México e haviaa assinado um assi pré-contrato com o Birmingham am, da Inglaterra ra. Preferiu pagar uma ma multa para rompper esse compro romisso e jogar noo Boca

Pressionou seu u time, ti o Tigres (México)), para ra que o vendessse, mesm mo contra a vontad ade de seu técnico. O jogador téc até abriu mão de parte do dinh dinheiro. “Estou stou feliz por chegar, gar, era o qu que eu queria. ueria. Boca é um grande desafi fioo na minha vida” a

Jesúss Dátolo D Pediu ao presiden idente, Pedro edro Pompilio, que não ão o vendesse para o Colo-Colo olo (que fez uma oferta de US$ 2 milhões, e ele é reserva reserva). Quis ficarr para brigar por um lugar no time, abrindo abrind mão dos US$ U 300 mil que ganharia ganh com a transferência, maiss tran um bom contrato e a chance de ser titular noo tetracampeão chileno tetraca

Martín Palermo o

Ju uan Román R Riquelme

Of Ofereceram a ele um suculento contrato ontrato pa para eenriquecer qu as fileiras da MLS. “Não me vejo com outra camisa,, nem na Argentina nnem no exterior. Este clube me deu tudo e quero aprovei aproveitar aqui meus últim últimos anos de carreira” arreira”

Em conflito com o Villarreal, recusou u ofertas da Inglaterra (Manchester chester Unite United e Newcastle),), Alemanha (Bayern de Munique), Espanhaa (Atlét (Atlético de Madrid) e Qatarr (US$ 7 milhões por ano!). !). Preferiu voltar ao Boca e até té ofere ofereceu uma redução eem seu contrato. De € 4,5 milhões anuais que recebia ebia no V Villarreal, passa a ganhar har € 3 milhões

2/15/08 4:00:18 PM


Se fosse um clube europeu, seria... ...o Liverpool. Usa a mística de sua casa e a paixão de sua torcida para crescer em competições internacionais, mesmo que nem sempre o time seja, no papel, o mais forte ou estelar do continente

grupo 3.indd 5

Club Atlético Boca Juniors Xeneizes, Bosteros, Auriazules www.bocajuniors.com.ar

Títulos 3 Mundiais de Clubes, 6 Libertadores, 2 Copas Sul-Americanas, 1 Supercopa da Libertadores e 22 Campeonatos Argentinos

Melhor campanha em Libertadores Campeão em 1977, 1978, 2000, 2001, 2003 e 2007

Como se classificou Campeão da Libertadores 2007

La Bombonera 25 m

(49 mil lugares)

meias

defensores

goleiros

Elenco completo 1 12 25 2 3 4 6 13 15 20 5 8 10 11 16 18 19 21 22 23 24 7 9 14 17

Mauricio Caranta 31/7/1978 Javier García 29/1/1987 Pablo Migliore 27/1/1982 Gabriel Paletta 15/2/1986 2/2/1978 Claudio Morel Rodríguez (PAR) Hugo Ibarra 1/4/1974 Julio César Cáceres (PAR) 5/10/1979 Facundo Roncaglia 10/2/1987 29/10/1984 Álvaro González (URU) Jonatan Maidana 29/4/1985 Sebastián Battaglia 8/11/1980 Pablo Ledesma 4/2/1984 Juan Román Riquelme 24/6/1978 Leandro Gracián 6/8/1982 Lucas Casatromán 2/10/1980 Luciano Monzón 13/4/1987 Neri Cardozo 8/8/1986 Cristian Chávez 16/6/1986 17/4/1980 Fabián Vargas (COL) Jesús Dátolo 19/5/1984 Exequiel Benavides 5/3/1989 Pablo Mouche 11/10/1987 Martín Palermo 7/11/1973 Rodrigo Palacio 5/2/1982 Mauro Boselli 22/5/1985 Técnico Carlos Ischia

Apresentação dos clubes

Estádio

atacantes

Enrique Marcarian/Reuters

Macri, o presidente que mais ganhou na história do clube. Já se sabe, então, que o Boca de Ischia jogará com uma linha de quatro em uma defesa que fará marcação por zona. O time terá em Riquelme seu cérebro, auxiliado por três meias e por uma dupla de frente inamovível: Palermo e Palacio. Ou seja: o Boca de sempre. Talvez, o aspecto que o novo técnico mais terá que trabalhar seja a defesa, que não ofereceu a solidez característica de outras formações. Vítima do modelo exportador – impossível competir com a Europa, e para constatar isso basta ver a recente venda de Banega ao Valencia por US$ 26 milhões –, o Boca perdeu meia defesa em julho do ano passado: Cata Díaz e Clemente Rodríguez foram para a Espanha. Seus substitutos não renderam o esperado. A contratação do paraguaio Julio César Cáceres (28 anos),

que disputou a última Libertadores, aponta para a continuação da saga de caudilhos que nestes anos souberam levar a equipe ao lugar mais alto. A primeira parte foi escrita por Jorge Bermúdez, continuou com Rolando Schiavi, e há pouco tempo Cata Díaz escreveu outro glorioso capítulo. Mas Ischia não falou nada disso em 7 de janeiro, na sua apresentação oficial. Não. Zero tática. Prático e conhecedor do riscado, conversou brevemente com os jogadores, indicando a fórmula a seguir, a única possível: “Rapazes, isto é o Boca. Não preciso dizer para vocês que é necessário ganhar tudo o que disputarmos, até os amistosos. E, acima de tudo, temos de ganhar a Copa”. Nem foi preciso dizer “Libertadores”. O grupo sabe perfeitamente que o torcedor do Boca, cada vez mais exigente e menos tolerante depois de tantos triunfos, tem uma fraqueza especial por esse torneio. Pelo que significa intrinsecamente, mas também porque renova a cada ano o passaporte para a elite do futebol mundial, para a Meca à qual todos olham, maravilhados pelos milhões de dólares que reparte: o Japão. “Quando acabou o jogo contra o Milan, muitos de meus companheiros choravam a derrota. E eu senti algo terrível: a impotência de não ter podido jogar essa final para dar-lhes o que tanto desejavam. Agora posso. Tenho certeza de que eles querem revanche. E eu a quero”. As palavras de Juan Román Riquelme geraram uma corrente elétrica dentro do vestiário. Aqueles que achavam que tinham perdido pela idade sua última chance, como Ibarra e Palermo, querem mais uma. Os jovens como Ledesma e Palacio buscam a glória total antes de partir para a conquista da Europa. Aqui está o Boca, o Libertador da América, pronto para uma nova batalha. Quem se atreve a desafiá-lo? [AVS]

1 2 3 4 5 6 7 8

33 2/25/08 10:38:47 AM


Colo-Colo Club Social y Deportivo Colo-Colo Cacique, Albos www.colocolo.cl

Títulos Ivan Alvarado/Reuters

1 2 3 4 5 6 7 8

Com jogadores como Fierro, o meiocampo do Colo-Colo merece respeito

1 Libertadores, 27 Campeonatos Chilenos e 10 Copas do Chile

Melhor campanha em Libertadores Campeão em 1991

Como se classificou

Se fosse um clube europeu, seria...

34 grupo 3.indd 6

...o Porto. Absoluto em seu país nos últimos anos, mostra um futebol ofensivo e vistoso. Mas, por mais que crie expectativas e alcance alguns feitos, tem realizado menos do que pode nas competições internacionais

Monumental David Arellano (62,5 mil pessoas)

540 m

goleiros

Elenco completo

defensores

D

clube. Para o meio, chegou o paraguaio Salcedo, artilheiro da Libertadores 2005 pelo Cerro Porteño, encorpando esse forte setor, que é bem protegido pela tradicional dupla Sanhueza-Meléndez e tem, mais à frente, o eficiente Fierro. Daniel González, ex-O’Higgins, e Fuenzalida, ex-Universidad Católica, foram outros bons negócios. No ataque, Rubio e Biscayzacú ganharam a providencial companhia do argentino Barrios. O bom meia Macnelly Torres, do Cúcuta, foi contratado, mas só vem em julho. Os investimentos, antes de qualquer outra coisa, denotam as grandes ambições do Colo-Colo para 2008: conquistar um inédito pentacampeonato nacional e fazer uma ótima Libertadores. Únicos chilenos a terem o troféu continental, os Albos têm pela frente uma chave acessível. Alheios ao fato de terem de encarar o Boca Juniors, podem se impor tranqüilamente sobre as demais equipes. Para as fases seguintes, têm um potencial de crescimento bastante sólido e uma boa perspectiva de dar o esperado arranque. [DM]

Estádio

meias

esde que o argentino Claudio Borghi assumiu o Colo-Colo, em 2006, o clube coleciona feitos importantes que vêm lhe rendendo um razoável prestígio no continente. Atual tetracampeão chileno, o Cacique também foi vice da Copa Sul-Americana no ano retrasado e fez uma boa primeira fase na última Libertadores. Entretanto, 2008 soa como um ano em que os colocolinos querem algo mais. Encarar o título sul-americano como uma ambição atingível, à primeira vista, parece algo ambicioso demais para os Albos. Contudo, ir além das oitavas alcançadas em 2007, certamente, é algo palpável. Para atingir tais objetivos, o Colo-Colo intensificou a remontagem do plantel, iniciada após o fim da última Libertadores. Com dinheiro em caixa, o clube assegurou alguns bons reforços — acréscimos importantes para um time já bastante interessante. O veterano selecionável Ricardo Rojas, ex-América-MEX, traz ainda mais experiência para o trio defensivo chefiado por Miguel Riffo, um dos líderes do

Campeão do Apertura e do Clausura 2007

atacantes

Apresentação dos clubes

A hora do arranque

1 12 25 2 3 5 16 18 4 6 10 11 15 17 19 20 22 23 24 7 8 9 13 14 21

Cristian Muñoz (ARG) Rainer Wirth Raúl Olivares Jorge Antonio Carrasco Luis Arturo Mena Miguel Riffo Ricardo Rojas Gonzalo Jara Roberto Cereceda José Luis Cabión Daniel González Gonzalo Fierro Moisés Villarroel Arturo Sanhueza Cristóbal Jorquera Carlos Salazar (COL) José Pedro Fuenzalida Fernando Meneses José Domingo Salcedo (PAR) Eduardo Rubio Lucas Barrios (ARG) Rodolfo Moya Boris Sagredo Gustavo Biscayzacú (URU) Jhon Jairo Castillo (COL)

7/1/1977 25/10/1982 14/4/1988 2/1/1982 28/8/1979 21/6/1981 5/7/1974 29/8/1985 10/10/1984 14/11/1983 30/1/1984 21/3/1983 12/2/1976 11/3/1979 6/4/1988 1/7/1981 22/2/1985 27/9/1985 11/9/1983 11/7/1983 13/11/1984 27/7/1979 21/3/1989 5/10/1978 22/3/1984

Técnico Claudio Borghi (ARG)

2/19/08 2:50:56 PM


Unión Maracaibo Não adianta fazer cara feia. Sorteio das chaves não foi bom para o UAM

Unión Atlético Maracaibo Bicolor, El Unión www.uamaracaibo.org

Títulos Juan Barreto/AFP

1 Campeonato Venezuelano

Melhor campanha em Libertadores Segunda fase em 2004

1 2 3 4 5 6 7 8

Como se classificou Estádio

Fiel da balança

José “Pachencho” Romero 6m

(42 mil pessoas)

atacantes

meias

defensores

goleiros

Elenco completo 1 12 22 3 4 16 23 25 5 6 7 8 10 13 14 17 18 19 24 2 9 11 15 20 21

Juan Carlos Henao (COL) Tulio Hernández Alexis Angulo Rafael Mea Vitali Claudio Muñoz (CHI) Gregory Lancken Julio Machado Carlos Struve Miguel Mea Vitali Pedro Fernández Yohandri Orozco Guillermo Beraza (ARG) Gabriel Urdaneta Juan Fuenmayor Kerwis Chirinos Jorge Rojas Darío Figueroa Víctor Villarreal Frank Piedrahita Yhonatan del Valle Heiber Díaz Armando Maita Nicolás Saucedo (ARG) Víctor Guaza (COL) Franco Fasciana

30/12/1971 14/2/1974 21/2/1984 16/2/1975 24/12/1979 7/5/1975 19/6/1982 30/4/1988 19/2/1981 27/7/1977 19/3/1991 25/10/1975 7/1/1976 5/9/1979 25/5/1985 1/10/1977 13/2/1978 15/9/1988 15/5/1988 28/5/1990 11/10/1984 26/8/1981 8/1/1982 16/8/1985 9/5/1990

Técnico Jorge Pellicer (CHI)

grupo 3.indd 7

Unión Maracaibo descobriu, logo no sorteio dos grupos, que provavelmente teria de adiar o sonho de chegar pela primeira vez às oitavasde-final da Copa Libertadores. Em um grupo com o campeão Boca Juniors, o tradicional Colo-Colo e o Atlas, do sempre forte futebol mexicano, o Bicolor venezuelano deve se contentar em pregar eventuais peças aos favoritos e exercer o papel de fiel da balança. O UAM vai para sua quarta participação na Libertadores em cinco anos. O problema é que só tem piorado desde a estréia, em 2004, quando só ficou atrás do Once Caldas (campeão daquele ano) em seu grupo, antes de ser eliminado em uma fase intermediária entre os piores segundos colocados. No ano passado, na chave que tinha Flamengo, Paraná e Real Potosí, o time não conseguiu vencer um jogo sequer. Em compensação, nas disputas domésticas, teve um ótimo primeiro semestre, coroado com o título do Clausura. O técnico chileno Jorge Pellicer deixou o cargo após a conquista, alegando

O

problemas pessoais, mas voltou quatro meses depois para socorrer o time, que desandava no Apertura sob o comando do ex-goleiro Gilberto Angelucci. Pellicer, que levou a Universidad Católica às semifinais da Copa SulAmericana em 2005, conta com uma série de reforços vindos do exterior. O mais famoso deles é o goleiro colombiano Henao, campeão pelo Once Caldas em 2004, antes de uma passagem infeliz pelo Santos. Também chegaram o defensor chileno Muñoz, o volante mexicano López, o meia argentino Beraza e o atacante colombiano Guazá. O principal reforço, no entanto, veio de dentro da Venezuela. O atacante Armando Maita, autor de 10 gols pelo Monagas no Apertura 2007, foi contratado pelo Maracaibo após desistir de uma transferência para o Al Ittihad, da Síria. Maita, que explodiu relativamente tarde, aos 26 anos, tem tudo para ser uma das novidades da seleção venezuelana na seqüência das eliminatórias, especialmente se mostrar serviço nos jogos da Libertadores. [LB]

Apresentação dos clubes

Campeão do Clausura venezuelano 2007

Se fosse um clube europeu, seria... ...o Shakhtar Donetsk. Conta com um empresário colocando dinheiro no clube e cresceu junto com o futebol de seu país. Mas quando chega a competição internacional, não coloca medo em ninguém

35 2/19/08 2:53:32 PM


Apresentação dos clubes 36 grupo 4.indd 2

Flamengo

Com cara de

Libertadores

Jorge R. Jorge

1 2 3 4 5 6 7 8

Rubro-Negro escolhe reforços a dedo para melhorar o time responsável por boa campanha no Brasileirão epois de uma participação que começou bem e terminou antes que o esperado em 2007, o Flamengo reaparece na Libertadores. E com uma preparação mais adequada que a anterior. Há tempos, o Rubro-Negro não via a competição continental com tanta motivação e dedicação, e isso se reflete no time montado para a temporada. A diretoria buscou reforços com a “cara” do torneio. Os que mais se destacam são os volantes Gavilán e Kléberson. O paraguaio já conhece a Libertadores pelo Grêmio e o Internacional, enquanto o segundo, além de ter no currículo a Copa do Mundo de 2002, disputou a competição pelo Atlético-PR. Fora eles, o clube também repatriou o zagueiro Rodrigo e levou Diego Tardelli — ambos jogaram o torneio pelo São Paulo. Para completar, o zagueiro Fábio

D

Luciano, contratado no ano passado e rapidamente alçado a ídolo e xerife do time, também conhece – dos tempos de Corinthians – os turbulentos caminhos da Libertadores. Isso sem falar no argentino, e sempre aguerrido, Maxi Biancucchi. Eles se integram a um elenco cuja base foi mantida e que já tem a vivência de uma eliminação traumática na competição. Em 2007, o Flamengo caiu nas oitavas-de-final diante do Defensor Sporting, um adversário pouco temido antes do confronto. O goleiro Bruno, os laterais Leonardo Moura e Juan, o meia Renato Augusto e o atacante Souza faziam parte deste time. Com isso, a diretoria espera que a equipe tenha vida longa na Libertadores. A comissão técnica partilha da mesma opinião e defende que o Flamengo de-

Joel Sant Santan

“Nosso Nosso mérito mérito foi ter mantido a base de d 2007” por Gustavo Hofman

Após uma recuperação espetacular do Flamengo no Campeonato Brasileiro do ano passado, o que o torcedor pode esperar do time na Libertadores? Estamos montando um time com a mesma postura vencedora daquele que terminou o Brasileiro. Por respeito à nossa torcida, o Flamengo sempre terá a obrigação de lutar, de buscar a vitória. Nosso torcedor sabe que podemos ser competitivos, e não podemos decepcioná-lo. O Campeonato Estadual do Rio será uma espécie de pré-temporada para o time? Não podemos pensar somente na Libertadores. É claro que é o sonho de todos no clube, mas o Estadual tem, sim, a sua importância. Pela primeira vez, temos a chance de nos igualar ao Fluminense no número de títulos estaduais (o Fluminense tem 30 títulos, contra 29 do Flamengo), e isso não pode ser deixado de lado. É uma motivação natural, além da obrigação

que o Flamengo tem de brigar por todos os títulos que disputa. Os reforços trazidos pela diretoria lhe agradaram? Agradaram, e muito. Os jogadores que chegaram são versáteis, experientes, o que me permite variar o esquema e saber que eles não sentirão o peso de uma competição internacional como a Libertadores. Nosso grande mérito foi ter mantido a base do ano passado. Os reforços contratados neste ano servirão para suprir necessidades que tínhamos e nos deixam ainda mais fortes. Que análise você faz dos adversários do Flamengo na Libertadores? Alguns times são desconhecidos, e essas equipes, às vezes, surpreendem. Vamos estudar todos os adversários para estarmos prontos quando formos enfrentá-los. Temos uma comissão técnica preparada para que nada nos tire de uma caminhada vitoriosa.

2/15/08 2:42:43 PM


Volantes marcadores como Cristian dão equilíbrio ao sistema de jogo ofensivo do Fla

Clube de Regatas do Flamengo Urubu, Rubro-Negro, Mengo www.flamengo.com.br

Títulos 1 Mundial de Clubes, 1 Libertadores, 1 Copa Mercosul, 5 Campeonatos Brasileiros, 2 Copas do Brasil e 29 Estaduais do Rio

Melhor campanha em Libertadores Campeão em 1981

1 2 3 4 5 6 7 8

Como se classificou Terceiro colocado no Brasileiro 2007

Maracanã 2m

(80 mil pessoas)

Se fosse um clube europeu, seria... ...o Barcelona. Tem tradição, torcida fanática, fama mundial e se tornou um dos símbolos de sua cidade. Apesar de tudo isso, não tem quantidade de títulos internacionais proporcional a suas glórias nacionais

grupo 4.indd 3

defensores

goleiros

Elenco completo

meias

reais armadores da equipe. Na frente, Souza se aperfeiçoou no papel de pivô, mas sem deixar de fazer seus gols. Tudo com o apoio maciço da torcida flamenguista, que não deve deixar as arquibancadas do Maracanã vazias na competição sul-americana. O grupo 4 não é dos mais complicados, mas isso deve ser relevado pelo Flamengo. No ano passado, a situação foi parecida. Uma primeira fase extremamente fácil camuflou os defeitos do time e culminou com a queda precoce. Dessa vez, o sonho do bicampeonato é realista — desde que o time mantenha a concentração no torneio. [GH]

atacantes

ve lutar pelos troféus de todas as competições de que participar. Incluindo o Estadual do Rio, uma preparação para a Libertadores, que, na prática, pode atrapalhar ou ajudar o espírito da equipe. Tudo depende dos resultados. Para continuar com a boa fase do ano passado, Joel Santana foi mantido no cargo. Após substituir Ney Franco, Joel tirou o time da zona de rebaixamento do Brasileirão e conduziu a equipe a um brilhante terceiro lugar. O técnico colocou dois volantes para dar mais proteção às laterais, permitindo que Léo Moura e Juan avançassem sem pudores e se tornassem, ao lado de Ibson, os

1 19 23 2 3 4 6 12 22 24 25 5 7 8 10 13 14 15 18 20 21 9 11 16 17

Bruno Diego Lomba Léo Moura Fábio Luciano Ronaldo Angelim Juan Luizinho Leonardo Thiago Egidio Jônatas Ibson Diego Gavilán (PAR) Renato Augusto Jaílton Kléberson Cristian Léo Medeiros Toró Marcinho Souza Diego Tardelli Maxi Biancucchi (ARG) Obina

22/12/1980 1º/2/1978 17/12/1982 22/10/1974 28/4/1971 28/11/1971 5/2/1978 4/11/1978 11/3/1973 6/5/1983 15/6/1982 28/7/1978 6/11/1979 29/2/1976 7/2/1984 18/4/1978 18/6/1975 24/6/1979 13/5/1977 12/4/1982 19/7/1980 3/3/1978 9/5/1981 14/9/1980 30/1/1979

Técnico Joel Santana

Apresentação dos clubes

Estádio

37 2/15/08 2:43:25 PM


Cienciano Jaime Razuri/AFP

1 2 3 4 5 6 7 8

Bazalar (dir.), 39 anos: experiência não falta ao Papá

Club Sportivo Cienciano Papá, Los Imperiales, Furia Roja Não possui site oficial

Títulos 1 Copa Sul-Americana

Melhor campanha em Libertadores Oitavas-de-final em 2002

Como se classificou

Inca Garcilaso de la Vega

grupo 4.indd 4

...o Parma. Apesar de possuir um título continental de segundo escalão, nunca conseguiu ser campeão nacional. Mesmo assim, conquistou, nos últimos anos, um bom status dentro de seu país

3.399 m

(45 mil pessoas)

goleiros

Elenco completo

defensores

C

Em campo, o destaque é o japonês Sawa, que se mudou para o Peru na infância. O atacante tem velocidade e boa finalização, e pode ser a arma dos contra-ataques do Cienciano, armados normalmente por Chiroque. A (pequena) esperança dos torcedores também reside na experiência dos remanescentes do título da Sul-Americana: Ccahuantico e Bazalar (este último com 39 anos). É fácil encontrar os problemas do time. Além da baixa qualidade técnica à disposição do ex-treinador da seleção peruana Franco Navarro, o time é envelhecido. Dos 25 inscritos para a Libertadores, apenas um – Salazar – tem idade olímpica. Para uma equipe com calendário congestionado (o Campeonato Peruano tem dois jogos por semana), é preocupante. Por isso, o Cienciano pode, no máximo, contar com a altitude e a experiência quando joga em casa. Repetir o feito de 2003 e terminar a temporada com um título continental, só com muita ajuda de Wiracocha, deus criador do universo para os incas. [GH]

meias

uzco é conhecida como antiga capital do Império Inca e por ser o ponto de partida para o desbravamento de Machu Picchu. Nos últimos anos, porém, a cidade também é lembrada pelo futebol e entrou no roteiro dos principais times da América do Sul — graças ao Cienciano. A equipe, fundada em 1901, teve grande ascensão no cenário internacional recentemente – venceu a Copa Sul-Americana em 2003, passando por Santos e River Plate. Mesmo assim, ainda não conseguiu sagrar-se campeã peruana. No máximo, conquistou um Apertura e dois Clausuras, mas sempre caiu na decisão da temporada. O Papá chega à fase de grupos da Libertadores pela terceira vez seguida. Para tanto, precisou eliminar o Montevideo Wanderers em confrontos fracos tecnicamente na fase eliminatória – vitória em Cuzco por 1 a 0 e empate em 0 a 0 na capital uruguaia. Esses resultados deixam evidente qual a receita imperial: usar os 3.399 m de altitude em casa e se segurar fora.

Se fosse um clube europeu, seria...

38

Estádio

atacantes

Apresentação dos clubes

Experiência e altitude

Melhor pontuação em 2007, à exceção dos campeões de Apertura e Clausura

1 12 21 2 3 4 5 13 15 16 19 25 6 8 10 14 17 20 23 24 7 9 11 18 22

Eduardo Cisneros José Calixto Falconi Juan Ángel Flores Manuel Luis Marengo Jimmy Flores Carlos Solís Julio Romaña (COL) Daniel Peláez Yosiro Salazar Jimmy Corrales Roberto Guizasola Javier Cáceres César Ccahuantico Juan Carlos Bazalar Julio César García César Ortíz José Alberto Corcuera Cristian Guevara Aldo Ítalo Olcese Edson Uribe Natalio Portillo (ARG) Víctor Hugo Manique Gustavo Vassallo Masakatsu Sawa (JAP) Willian Chiroque

19/3/1978 12/6/1973 25/2/1976 16/7/1973 10/10/1984 22/10/1981 18/12/1973 23/8/1985 26/3/1987 17/11/1983 31/8/1984 3/2/1983 16/7/1980 23/2/1968 16/1/1981 21/12/1983 6/8/1981 23/10/1984 23/10/1974 9/5/1982 15/10/1979 3/11/1981 6/9/1978 12/1/1983 10/5/1980

Técnico Franco Navarro

2/15/08 2:44:20 PM


Coronel Bolognesi Fútbol Club Bolo, Rojos www.bolognesifc.com.pe

Daniel Munoz/Reuters

Coronel Bolognesi Chave fraca dá esperança ao time de Tacna

Títulos Nunca conquistou título de primeiro nível

Melhor campanha em Libertadores Estréia na competição

1 2 3 4 5 6 7 8

Como se classificou Estádio Jorge Basadre 562 m

(25 mil pessoas)

atacantes

meias

defensores

goleiros

Elenco completo 1 12 23 2 3 4 6 13 16 18 19 5 8 10 15 20 21 22 25 7 9 11 14 17 24

Diego Penny Manuel Heredia Alexandro Álvaro (MEX) Rafael Farfán Adrián Cortez (MEX) Javier Chumpitaz Adán Balbín Renzo Revoredo Miguel Ostersen (MEX) Jesús Álvarez Adrián Zela Jaime Linares Enio Novoa Mario Soto Jorge Vásquez Luis Alberto Ramírez Carlos Ismodes Yancarlo Casas Eduardo Uribe Juan González Vigil Miguel Mostto Jesús Chávez Juan José Barros (COL) Sebastián Yraola Junior Ross

22/4/1984 9/1/1986 19/11/1983 28/12/1975 19/11/1983 4/1/1984 13/10/1986 11/5/1986 11/1/1980 26/8/1981 20/3/1989 7/5/1983 4/3/1986 19/4/1987 8/10/1984 10/11/1984 9/2/1983 15/7/1981 2/9/1985 18/2/1985 11/11/1977 5/3/1986 24/6/1989 17/9/1987 19/2/1986

Técnico Juan Reynoso

grupo 4.indd 5

ela primeira vez desde 1982, nenhum grande do Peru disputará a Libertadores. Um dos emergentes que tem a chance de representar o país é o Coronel Bolognesi, que nunca havia participado da competição. Sua experiência internacional limita-se a três discretas aparições na Copa SulAmericana. Mas o Bolo, apesar de novato, tem razões para acreditar na classificação para o mata-mata. Afinal, o Nacional de hoje, arremedo do respeitável time do passado, não assusta tanto. E o Cienciano, que perdeu por 6 a 2 para o Bolo no último Clausura, é um adversário conhecido e superável. Se o Flamengo fizer jus ao seu favoritismo, o grande chamariz dessa chave deverá ser a equilibrada briga pelo segundo posto, da qual o Coronel Bolognesi pode, sim, sair vencedor. Mas, primeiro, a equipe precisa resolver alguns problemas. Um deles é a irregularidade demonstrada no ano passado. Antes de conquistar o Clausura, o Bolo foi simplesmente o lanterna do Apertura. Isso o fez chegar a dezembro

P

lutando por objetivos bem distintos: a fuga do descenso – determinado pela soma das partes da temporada – e o título do segundo semestre. Aliás, a má campanha do começo do ano tirou dos tacneños o direito de disputar com o Deportivo San Martín, campeão do Apertura, o título da temporada. Basta olhar a campanha do Clausura (10 vitórias, seis empates e seis derrotas) para perceber que o desempenho do time de Tacna é instável. Conseqüência da inexperiência do time titular: jovens como o atacante Junior Ross e o polivalente Uribe fazem a média de idade ficar em 23 anos. Não choveram reforços no clube da cidade mais austral do Peru, cujo verão é mesmo árido. O mexicano Cortez, um dos poucos contratados, acresce certa bagagem ao setor defensivo. No ataque, González Vigil substitui o experiente Cominges, que deixou a equipe. O resto do time é muito similar ao de 2007 e espera dar continuidade ao bom trabalho. Se possível, pondo no Bolo uma bela cereja: a presença nas oitavas. [RM]

Apresentação dos clubes

O Bolo está no bolo

Campeão do Clausura 2007

Se fosse um clube europeu, seria... ...o Willem II. Tem o nome de um personagem histórico, não está entre os maiores de seu país e escolheu as cores da bandeira nacional. Além disso, ninguém deu bola quando chegou à principal competição de clubes do continente

39 2/15/08 2:45:02 PM


Nacional Andres Stapff/Reuters

1 2 3 4 5 6 7 8

Uruguaios confiam em mistura de experiência e juventude

Club Nacional de Football Bolsos, Tricolores, Trico, Bolsilludos www.nacional.com.uy

Títulos 3 Mundiais de Clubes, 3 Libertadores e 41 Campeonatos Uruguaios

Melhor campanha em Libertadores Campeão em 1971, 1980 e 1988

Como se classificou

grupo 4.indd 6

Estádio Parque Central

...o Benfica. Já foi uma força mundial e uma potência continental, mas o êxodo de jogadores e a dificuldade em se organizar transformou a equipe em coadjuvante no cenário internacional

43 m

(20 mil pessoas)

goleiros

Elenco completo

defensores

V

amistosos e, principalmente, bateu duas vezes o rival Peñarol. Esses resultados indicam que o técnico Gerardo Pelusso deve manter o sistema de jogo do começo de ano. A defesa deverá ser formada por quatro homens, sendo que os laterais teriam autonomia para subir ao ataque. Essa liberdade deve-se à cobertura proporcionada pelo trio de volantes, com Arismendi pela direita, Óscar Morales no meio e Cardaccio na esquerda. Ligüera é o único homem de armação, municiando o experiente Richard Morales e a revelação Fornaroli, autor de três gols nos clássicos contra o Peñarol em janeiro. O esquema dá segurança defensiva e facilita os contra-ataques. No entanto, se os laterais Caballero e Filgueiras não forem eficientes no apoio, Ligüera ficará sobrecarregado na criação. Esses problemas deixam evidente que ainda que não dá para rever um Nacional poderoso. Mesmo assim, é um time com potencial para fugir do clichê e mostrar que ainda é possível um clube uruguaio assustar na Libertadores. [UL]

meias

irou clichê, quando se fala sobre o futebol uruguaio: “Um passado brilhante, mas a crise financeira fez os clubes virarem sacos de pancada”. Não está errado, mas generalizações costumam ser perigosas. Em 2008, o Nacional chega à Libertadores com pinta de que pode contrariar o estereótipo associado aos times de seu país – como em 2007, quando chegou às quartas depois de eliminar Inter e Necaxa. Não, o Nacional não voltou a ser a potência que conquistou três títulos continentais e três mundiais. Não há mais nomes como Maspoli, Nasazzi, De León ou Rubén Sosa. A receita atual é mais modesta, típica de exportadores de talentos: mesclar jovens com repatriados que não se firmaram no exterior. Nesse contexto, até que os Bolsos conseguiram equilibrar o elenco. Victorino jogou no México, Filgueiras e Romero na Argentina, e Óscar Morales, Richard Morales e Ligüera na Espanha. O resto do time-base foi formado em casa. Com essa mistura, o Trico foi bem na prétemporada. Conquistou dois torneios

Se fosse um clube europeu, seria...

40

Campeão da Liguilla 2007

atacantes

Apresentação dos clubes

Sinais de evolução

1 12 25 2 3 4 7 17 18 19 6 8 10 13 14 15 21 23 5 9 11 16 20 22 24

Alexis Viera Óscar Castro Leonardo Burián Pablo Melo Deivis Barone Mauricio Victorino Gerardo Acosta Alejandro Rodríguez Pablo Caballero Gastón Filgueira Darío Ferreira Diego Arismendi Martín Ligüera Mathías Cardaccio Nicolás Lodeiro Adrián Romero Óscar Morales Nicolás Bertolo (ARG) Santiago García Bruno Fornaroli Diego Perrone Sergio Blanco Richard Morales Juan Pereyra (ARG) Diego Vera

18/10/1978 28/1/1982 21/1/1984 4/7/1982 28/8/1979 11/10/1982 22/2/1984 9/7/1986 25/1/1987 8/1/1986 9/2/1987 25/1/1988 9/11/1980 2/10/1987 21/3/1989 25/6/1977 29/3/1975 2/1/1986 14/9/1990 7/9/1987 9/11/1977 25/11/1981 21/2/1975 30/5/1984 5/1/1985

Técnico Gerardo Pelusso

2/15/08 2:46:29 PM


América Dinheiro trouxe jogadores de seleção, bons reservas e muita, mas muita, pressão

Club América Águilas, Azulcremas www.clubamerica.com.mx

Títulos

Stringer/Reuters

5 Copas dos Campeões da Concacaf, 14 Campeonatos Mexicanos e 6 Copas do México

Melhor campanha em Libertadores Semifinalista em 2000 e 2002

1 2 3 4 5 6 7 8

Como se classificou Estádio Azteca (114,5 mil pessoas)

2.235 m

atacantes

meias

defensores

goleiros

Elenco completo 1 10 12 2 3 4 5 6 14 16 19 22 8 13 15 18 20 23 25 7 9 11 17 21 24

Guillermo Ochoa 13/7/1985 Leonin Pineda 30/11/1985 Armando Navarrete 22/11/1980 Ismael Rodríguez 10/1/1981 José Antonio Castro 11/8/1980 Óscar Rojas 2/8/1981 Diego Cervantes 30/8/1984 Sebastián Domínguez (ARG) 29/7/1980 Carlos Infante 14/2/1982 Rodrigo Iñigo 29/8/1985 Carlos Alberto Sánchez 13/2/1980 Luis Hermilo Villegas 5/10/1984 Renato González 4/10/1988 Juan Carlos Mosqueda 17/4/1985 Jesús Armando Sánchez 7/3/1984 Germán Villa 2/4/1973 Alejandro Argüello 25/1/1982 Juan Carlos Silva 6/2/1988 José de Jesús Mosqueda 15/3/1983 Federico Higuaín (ARG) 25/10/1984 5/8/1980 Salvador Cabañas (PAR) Richard Núñez (URU) 16/2/1976 21/1/1978 Hernán López (URU) Enrique Esqueda 19/4/1988 Daniel Márquez 18/1/1986 Técnico Rubén Omar Romano (ARG)

grupo 5.indd 1

ais uma vez, o América chega à Libertadores como um dos principais candidatos a tirar o título do eixo Brasil-Argentina. As Águilas têm solidez em todos os setores, bons reservas e até alguns astros para “fazer a diferença” em momentos decisivos. Sinal de que dinheiro não falta em Coapa, mas isso tem seu preço. No caso, a pressão sobre o time. Os Azulcremas têm o dever de vencer sempre, o que faz qualquer tropeço causar um pequeno terremoto — e, nos últimos meses, têm ocorrido muitos. No Apertura passado, a equipe fez campanha medíocre e acabou eliminada na repescagem. Na Interliga, só conseguiu a vaga para a Libertadores nos pênaltis contra o Cruz Azul. Com isso, o técnico argentino Daniel Brailovsky foi demitido, deixando claro que o ambiente do clube não é dos melhores. Outro problema que as Águilas enfrentam é o cansaço. Além do calendário lotado, em que datas da Libertadores entram em conflito com as do Clausura e da seleção, o clube ainda teve que co-

M

meçar a temporada mais cedo, em 4 de janeiro, por causa da Interliga. Dificuldades à parte, não se pode esquecer que o elenco do América é muito forte. No gol está Ochoa, carismático goleiro da seleção mexicana cotado para ir à Europa. Também são jogadores do Tri o lateral Castro, o zagueiro Rojas e o veterano volante Villa. No ataque, a força estrangeira se faz presente. O paraguaio Cabañas é um dos atacantes em melhor forma no continente e tem a companhia dos uruguaios Richard Núñez e López e do argentino Federico Higuaín (irmão de Gonzalo, do Real Madrid). Completam a legião estrangeira o zagueiro Sebá Domínguez (ex-Corinthians) e o meia Insúa – que só poderá jogar nas fases finais, por ter rompido os ligamentos do joelho. Com instabilidade ou não, espera-se que o América passe da primeira fase. Depois disso, suas chances vão depender de encontrar paz interna e de priorizar a disputa da Libertadores, em vez de reservar seu time titular para o mata-mata do Mexicano. [TRA]

Apresentação dos clubes

Milionário e instável

Campeão da Interliga 2008

Se fosse um clube europeu, seria... ...o Atlético de Madrid: time rico, que contrata muitos jogadores de nome e começa a temporada com pinta de favorito, mas a grande cobrança faz que o número de títulos não seja tão expressivo quanto poderia

41 2/25/08 10:53:23 AM


Deportivo San Martín Club Deportivo Universidad San Martín Santos, Albos, Harvatín www.clubdeportivo.usmp.edu.pe

Títulos 1 Campeonato Peruano

Com a Libertadores, San Martin espera conquistar mais torcedores

Divulgação

1 2 3 4 5 6 7 8

Melhor campanha em Libertadores Estréia na competição

Como se classificou

grupo 5.indd 2

Estádio Monumental

...o Chievo. Time novo, teve uma temporada surpreendentemente boa e entrou de maneira inesperada na principal competição de seu continente. Assim, a maior preocupação é evitar um vexame

154 m

(80 mil pessoas)

goleiros

Elenco completo

defensores

D

do Peru em 2007, os Santos tem em Víctor Rivera um técnico que preza a disciplina e o futebol solidário, inspirado no toque de bola da escola peruana. Não depender tanto da “lição de casa” é outro ponto positivo dos Albos. A pequena quantidade de torcedores e a ausência de lar fixo fazem o time se sentir bem em qualquer lugar. O tradicional Alianza que o diga: no Clausura, tomou de 5 a 0 dentro de seu território. No esquema tático do time, Salazar figura como meia ofensivo, ao lado de Leguizamón. Atrás deles, os volantes Pérez e Hinostroza completam um quadrado. Já García, chamado de “Romário de los pobres”, encosta no atacante Ovelar, ex-Cerro Porteño. O principal defeito desse 4-4-1-1 é a vulnerabilidade nas laterais. A chegada do experiente Salas visa amenizar o problema. Falhas e virtudes à parte, o San Martín tem poucas chances. Se inaugurar dignamente seu histórico na Libertadores, talvez consiga aumentar um pouco o número de torcedores. Já estaria bom demais. [RM]

meias

o campus para os campos. Esse trajeto, comum na América Latina, foi percorrido pelo Deportivo Universidad San Martín de Porres, campeão de 2007 no Peru. Fundado em 2004, o clube ainda não tem torcida, mas dispõe de boa estrutura e paga salários em dia. Chegou à primeira divisão de forma pouco usual e até bastante controversa: comprou do Sport Coopsol, vencedor da Segundona em 2003, o acesso à elite. Como as vagas no mata-mata da Libertadores não chegam com essa facilidade, o mais provável é que o Deportivo San Martín seja reprovado em seu vestibular. Embora tenha um time entrosado, cuja espinha dorsal está montada desde 2006, não é fácil imaginar o calouro peruano batendo times como América-MEX e River Plate. Há de se ressaltar, porém, que, na Copa Suat, torneio de verão realizado em Montevidéu, o San Martín venceu o Tacuary e quase derrotou o Nacional, provando que tem condições de aplicar trotes por aí. Donos do melhor ataque

Se fosse um clube europeu, seria...

42

Campeão do Apertura 2007

atacantes

Apresentação dos clubes

Cadê a torcida?

1 12 21 2 3 4 5 13 15 20 6 8 10 14 17 18 19 22 23 25 7 9 11 16 24

Leao Butrón Marcos Flores Ricardo Farro Jorge Huamán Bruno Bianchi (ARG) Jorge Reyes Orlando Contreras Atilio Muente Guillermo Guizasola Guillermo Salas John Hinostroza José Luis Díaz (ARG) Mario Leguizamón (URU) Ryan Salazar Josemir Ballón Fernando Del Solar Edwin Pérez Jair Edson Céspedes Ronald Quinteros Víctor Carrillo Ricardinho (BRA) Roberto Ovelar (PAR) Alexander Sánchez Pedro Alexandro García Roberto Silva

6/3/1977 29/5/1977 6/3/1985 11/4/1977 17/2/1989 18/5/1981 11/6/1982 15/3/1980 8/2/1982 21/10/1974 22/2/1980 28/7/1974 7/7/1982 25/2/1981 21/3/1988 27/4/1977 28/9/1974 22/5/1984 28/6/1985 12/4/1979 12/1/1982 1/12/1985 6/61983 14/3/1974 1/6/1976

Técnico Victor Rivera

2/15/08 4:43:12 PM


Marcos Brindicci/Reuters

River Plate Club Atlético River Plate Millonarios, La Banda www.cariverplate.com.ar

Títulos 1 Mundial de Clubes, 2 Libertadores, 32 Campeonatos Argentinos

Melhor campanha em Libertadores

Ortega anda em baixa, mas ainda é a grande esperança dos Millonarios

Campeão em 1986 e 1996

1 2 3 4 5 6 7 8

Como se classificou Quarta melhor campanha na temporada 2006/7

Monumental de Núñez 25 m

(65,6 mil pessoas)

atacantes

meias

defensores

goleiros

Elenco completo 1 12 21 2 3 4 6 14 16 20 24 5 8 10 15 17 19 22 23 25 7 9 11 13 18

Juan Pablo Carrizo Juan Marcelo Ojeda Mario Vega Nicolás Sánchez Cristian Villagra Paulo Ferrari Eduardo Tuzzio Danilo Gerlo Omar Merlo Cristian Nasuti Gustavo Cabral Oscar Ahumada Augusto Fernández Ariel Ortega Diego Buonanotte Nicolás Domingo Sebastián Sciorilli Matías Abelairas Rodrigo Archubi Leonardo Ponzio Mauro Rosales Radamel Falcao García (COL) Alexis Sánchez (CHI) Sebastián Abreu (URU) Andrés Ríos

6/5/1984 11/10/1982 3/6/1984 4/2/1986 27/12/1985 4/1/1982 31/7/1974 7/3/1979 12/6/1987 6/9/1982 14/101985 31/8/1982 10/4/1986 4/3/1974 19/4/1988 8/4/1985 2/5/1989 18/6/1985 6/6/1985 29/1/1982 24/2/1981 10/2/1986 19/12/1988 17/10/1976 1/8/1989

Técnico Diego Simeone

grupo 5.indd 3

oca x River, o clássico da América”. A expressão causa suspiros ao torcedor dos Millonarios, o maior campeão argentino. Já faz um bom tempo que o time de Núñez não oferece uma verdadeira concorrência aos rivais Xeneizes. Nos últimos dez anos, foram apenas quatro semifinais, enquanto o Boca levou quatro títulos. Em 2007, o River teve de se curvar para o Caracas na Libertadores e o Arsenal de Sarandi na Copa SulAmericana. O gigante argentino não amedronta mais ninguém. Desancar o Boca e todo seu sucesso é a maior missão do River. E na cadeira elétrica em que se transformou o banco do Monumental, agora é de Diego Simeone a vez de tentar a tarefa. Conhecido por sua raça e aplicação tática como jogador, ele começou recentemente sua carreira de técnico. E já mostrou serviço: no Apertura 2006, tirou o Estudiantes de uma fila de 23 anos. Simeone não tem as mesmas condições de seu colega Carlos Ischia, do Boca, para buscar o título continental.

B

Seu jogador-chave é um ex-companheiro de seleção, o veterano Ariel Ortega. A seu lado, há uma coleção de nomes promissores, como o chileno Sánchez (que pertence à Udinese) e Buonanotte. Além deles, o time de Núñez conta com o goleiro Carrizo e o defensor Nasuti, que já estão no Monumental há algumas temporadas. Mauro Rosales, atacante com passagem no Ajax, é outro que pode dar consistência à equipe. Seguindo essa receita, o time tem acumulado fracassos na Libertadores. Em 2008, pode ser suficiente para passar da fase de grupos. O problema é quando chegarem os momentos decisivos. Só um fato novo dará ao River o empuxo que precisa, já que, enquanto outros favoritos, como Boca, São Paulo e América, têm jogadores capazes de desequilibrar partidas, Simeone não conta com ninguém. Pior: não há sinais de que terá num futuro próximo. Apesar da vontade de apagar a má impressão deixada no ano passado, 2008 se mostra nublado para os Millonarios. [CRG]

Apresentação dos clubes

“Loser” Plate

Estádio

Se fosse um clube europeu, seria... ...o Ajax. Tem glórias continentais, mas anda colecionando fracassos constrangedores, como ser eliminado por times pequenos e ficar três anos sem títulos até em seu país

43 2/15/08 5:09:47 PM


Universidad Católica Club Deportivo Universidad Católica Cruzados, Católica, UC www.lacatolica.cl

Títulos 9 Campeonatos Chilenos e 4 Copas do Chile

Carlos Julio Martinez/AFP

1 2 3 4 5 6 7 8

UC tem time interessante, mas é azarão na chave

Melhor campanha em Libertadores Vice-campeão em 1993

Como se classificou

San Carlos de Apoquindo

grupo 5.indd 4

...o Sporting. Tem um rival claramente em melhor momento e, mesmo com uma base razoável, investe mal em reforços. Além disso, sente a falta de mais raça nos jogos importantes, sobretudo em torneios internacionais.

540 m

(20 mil pessoas)

goleiros

Elenco completo

defensores

A

tem a crescente sombra do jovem e já selecionável Toselli. Na linha defensiva, faltam nomes mais expressivos, ainda que possam ser destacados os rodados Eros Pérez e Zenteno. A proteção do meio-campo é um dos raros pontos fortes da equipe. Medel é combativo e joga com intensidade, tendo, ao lado, o experiente Ormeño para lhe oferecer mais tranqüilidade. Na parte ofensiva, Aílton, recém-saído do Corinthians, chegou com pinta de grande reforço, mas tem boas chances de decepcionar. A outra referência no setor é o argentino Botinelli, de quem se aguarda algum protagonismo após apagada trajetória pelo Racing. Luis Núñez, que acaba de voltar do Peru, e o antes promissor Héctor Tápia (ex-Cruzeiro), devem fechar o time-base. Não há dúvidas de que os Cruzados são a terceira força de um grupo com dois claros favoritos. Se controlar bem o oba-oba ilusório e impor humildade e combatividade nos jogos decisivos, a Universidad Católica aumenta suas poucas possibilidades. [DM]

meias

pós um 2007 fraco e sem contratações de relevo para esta temporada, a torcida da Universidad Católica lamenta também o sorteio da Libertadores. Enfrentar River Plate e América já na fase de grupos significa que as chances para os Cruzados avançarem, teoricamente, são reduzidas. Com um bom início de ano (venceu a Copa Osorno e estreou com goleada de 8 a 2 sobre o Santiago Morning), a UC produziu uma expectativa que não terá como corresponder na competição continental. O time do técnico Fernando Carvallo está longe de ter os mesmos argumentos técnicos do ColoColo, tetracampeão chileno. A Católica precisa se dar conta de suas limitações. Assim, caso avance, a equipe pode preparar uma surpresa. Muitas vezes, quem supera grupos difíceis cresce nas fases seguintes — como exemplo, o semifinalista Cúcuta. O grande problema é que a Católica não dispõe de muitos jogadores confiáveis. Um dos poucos é o experiente goleiro argentino Buljubasich, que

Se fosse um clube europeu, seria...

44

Estádio

atacantes

Apresentação dos clubes

Humildade para avançar

Segunda melhor pontuação entre os chilenos na temporada 2007

1 12 25 2 4 5 13 16 24 3 6 7 8 9 11 14 17 18 21 10 15 19 20 22 23

José M. Buljubasich (ARG) 12/5/1971 Cristopher Toselli 15/6/1988 Carlos Arias 4/9/1986 Boris González 22/5/1980 Mauricio Zenteno 21/4/1984 Eros Pérez 3/6/1976 2/2/1980 Facundo Imboden (ARG) Hans Martínez 4/1/1987 Marcos González 9/6/1980 Jorge Ormeño 14/6/1977 Francisco Silva 11/2/1986 Rodrigo Valenzuela 27/11/1975 Patricio Ormazábal 12/2/1979 Luis Jará 12/10/1983 Rodrigo Toloza 3/5/1984 Nicolás Núñez 12/9/1984 Gary Medel 3/8/1987 26/12/1986 Darío Botinelli (ARG) Iván Vásquez 13/8/1985 Luis Núñez 20/1/1980 Sebastián Barrientos 20/1/1989 Julio Gutiérrez 14/9/1979 Aílton (BRA) 8/9/1977 Roberto Gutiérrez 18/4/1983 Héctor Tapias 30/9/1977 Técnico Fernando Carvallo

2/18/08 6:32:05 PM


Stringer/Reuters

Chivas Guadalajara Club Deportivo Guadalajara Chivas, Rebaño Sagrado, Rojiblancos www.chivascampeon.com

Títulos 1 Copa dos Campeões da Concacaf, 11 Campeonatos Mexicanos e 2 Copas do México

O experiente Ramón Morales é o líder de um time perigoso

Melhor campanha em Libertadores Semifinalista em 2005 e 2006

Como se classificou Estádio Jalisco 1.590 m

atacantes

meias

defensores

goleiros

Elenco completo 1 17 2 3 4 6 14 19 5 7 8 11 12 13 16 18 20 22 24 9 10 15 21 23 25

Luis Ernesto Míchel Alfredo Talavera Arturo Ledezma Francisco Rodríguez Héctor Reynoso Omar Antonio Esparza Juan Antonio Ocampo José Jonny Magallón Patricio Araújo Gonzalo Pineda Mitchel Oviedo Ramón Morales Jorge Adrián Cárdenas Sergio Ávila Édgar Solís Xavier Ivan Báez Édgar Mejía Marco Fabián Julio César Nava Omar Bravo Alberto Medina Jesús Padilla Sergio Santana Omar Arellano Javier Hernández

21/7/1979 18/1/1982 25/5/1988 20/10/1981 3/10/1980 21/5/1988 11/6/1989 21/11/1981 30/1/1988 19/10/1982 7/7/1988 10/10/1975 22/3/1989 2/9/1985 5/1/1987 22/7/1987 27/7/1988 21/7/1989 29/12/1989 4/1/1980 29/1/1983 3/3/1987 10/8/1979 18/6/1987 1/6/1988

Técnico Efraín Flores

grupo 6.indd 1

as duas últimas Libertadores que disputou, o Chivas chegou até as semifinais, retrospecto que demonstra o respeito que o time merece. Mas também indica que o clube enfrenta problemas na parte decisiva da competição. Em 2005, o Chivas perdeu para o limitado time do Atlético-PR; no ano seguinte, caiu diante do São Paulo, adversário que havia derrotado nos dois encontros da fase de grupos. Seria essa mais uma prova de que os mexicanos “amarelam” na hora H? Não é bem assim. O calendário derruba o Chivas. As fases finais da Libertadores coincidem com o mata-mata do Clausura, forçando as equipes que estão nas duas competições a disputar até três jogos por semana ou usar reservas em alguns casos. Outro empecilho é a seleção mexicana, que não faz cerimônia para tirar jogadores dos clubes. Problemas extracampo à parte, a equipe tapatía é forte. No último Apertura, o Rebaño teve, ao lado do Toluca, a defesa menos vazada — uma retaguarda composta por diversos jogadores da seleção

N

mexicana, incluindo o goleiro Míchel, os zagueiros Magallón e “Maza” Rodríguez e o lateral-esquerdo/volante Pineda, que integrou o grupo asteca que disputou a Copa do Mundo de 2006. Os outros setores da equipe também são sólidos. No meio-campo, destaca-se o capitão Ramón Morales – de quem os brasileiros podem se lembrar pelo gol de falta marcado na última Copa América. No ataque joga o astro Omar Bravo, presença constante na seleção mexicana e o segundo maior artilheiro da história dos Rojiblancos, com mais de cem gols. Um time seguro como esse só carece de um técnico experiente. Efraín Flores foi bem no final de 2007, mas tem um currículo mais respeitado pelo trabalho nas categorias de base. A falta de “cancha” em equipes adultas pode ser importante nos momentos decisivos. Mesmo considerando seus pontos negativos, o Chivas não deve nada aos brasileiros e argentinos nesta Libertadores. Suas chances de título, porém, só duram enquanto a equipe não decidir priorizar o Campeonato Mexicano. [TRA]

Apresentação dos clubes

Favorito, até a semifinal

Campeão do Apertura 2006

(56,7 mil pessoas)

1 2 3 4 5 6 7 8

Se fosse um clube europeu, seria... ...o Athletic Bilbao. Alvirrubro, recusa-se a contratar jogadores estrangeiros. Mesmo assim, conseguiu se tornar um grande de seu país, formando uma torcida fanática e construindo uma história de respeito

45 2/19/08 2:44:10 PM


Apresentação dos clubes 46 grupo 6.indd 2

Santos

Meninos na

fogueira

Guilherme Dionízio/Futura Press

1 2 3 4 5 6 7 8

Aperto no caixa obriga Santos a depositar a responsabilidade da Libertadores em time jovem ecomeçar do zero. Essa tem sido a tônica santista em 2008. Após a saída de Vanderlei Luxemburgo e sua comissão técnica, o Santos investiu pouco em reforços, apostou na volta de Emerson Leão e se deu conta de que precisava de tudo novo. Como não pode gastar, terá de apostar, mais uma vez, na garotada — receita que deu certo em algumas oportunidades. Na última, ficou com o título brasileiro de 2002 e o vice da Libertadores do ano seguinte. No fundo, desde 2006, Marcelo Teixeira desejava usar a promissora geração de jovens formados na Vila Belmiro. Talento não falta em jogadores como Tiago Luís, Alemão, Carleto, Anderson Salles, Alex e Paulo Henri-

R

que. Contudo, ao contrário da legião vitoriosa que tirou o clube da fila em 2002, essa equipe vem com pressão de uma torcida cada dia mais exigente e sem paciência. Não é o cenário ideal para o estréia de vários garotos. Isso explica a contratação em cima da hora de quatro estrangeiros: o colombiano Molina, o equatoriano Quiñonez, o chileno Pinto e o argentino Trípodi. Desses, apenas o primeiro é conhecido do público, por sua boa passagem pelo Independiente Medellín, semifinalista da Libertadores em 2003. Para superar as barreiras, o Santos precisará, primeiro, ter um clima mais tranqüilo para trabalhar. Emerson Leão teve problemas com Fábio Costa, insi-

Kléber

“A falta de invest estimento não ão é desculp desculpa” es por Dassler Marques

O Santos entra na Libertadores pressionado pelos resultados ruins no começo do Paulista? Passamos um momento delicado e a pressão existe sobre o Leão, o presidente Marcelo Teixeira e os jogadores. É o momento de estar concentrado, melhorar no Paulista e tentar começar já com vitória lá na Colômbia. Temos jogadores para isso. Em relação a São Paulo, Flamengo e Fluminense, você acha que o Santos ficou atrás em investimentos? Sim. Mas nosso time tem jogadores para fazer uma boa campanha. Perdemos o Maldonado e o Marcos Aurélio, mas chegaram reforços como o Marcinho Guerreiro, e temos o pessoal que subiu, como o Alemão e o Tiago Luís. A falta de investimento não é desculpa e dá pra fazer uma boa campanha. Na Libertadores passada, o Santos sentiu a falta de um centroavante como você para ir à final. O que falta hoje? Acho que tem faltado um pouco de confiança. Vamos procurar nos entrosar o mais rápido possível e tentar embalar. Temos jogadores bons, alguns de seleção. Em que valeu a sua experiência pelo Necaxa em 2007?

Aprendi o que é a pegada da Libertadores. Todas as equipes de fora entram pra disputar forte, brigar por título, desde os times da Argentina até os da Venezuela. Lá no México, deu para conhecer bem o Chivas, supostamente o principal adversário do Santos na fase de grupos. O que espera desse time? O Chivas tem jogadores que podem resolver um campeonato, o que foi demonstrado em outras temporadas, quando a equipe chegou a brigar por título. O estádio de Jalisco e a cidade de Guadalajara também são muito bons de ir. Certamente, eles vão encarar a Libertadores com muita vontade, e precisamos, especialmente no Brasil, ganhar o confronto direto. Preocupa o fato de a torcida ter se manifestado contra o time no início da temporada? Bastante. Todas as torcidas são fundamentais hoje, como mostra o caso do Flamengo no ano passado. Mas também não adianta os fãs apoiarem e a gente não jogar bem. Temos jogadores aqui pra começar bem a Libertadores e, assim, chamar a torcida para o nosso lado.

2/15/08 4:58:57 PM


Santos Futebol Clube Peixe, Alvinegro Praiano www.santosfc.com.br

Títulos 2 Mundiais de Clubes, 2 Libertadores, 2 Campeonatos Brasileiros, 5 Taças Brasil, 1 Robertão e 17 Campeonatos Paulistas

Melhor campanha em Libertadores Campeão em 1962 e 1963

1 2 3 4 5 6 7 8

Como se classificou Vice-campeão brasileiro de 2007

Se fosse um clube europeu, seria... ...a Internazionale. Grande campeão na década de 1960, esteve em baixa por um bom tempo, até recuperar o prestígio no cenário doméstico nos últimos anos. Agora, só precisa ratificar o status com uma conquista internacional

grupo 6.indd 3

defensores

goleiros

Elenco completo

meias

calma e esperar que seus garotos respondam em campo. Em tese, a fase de grupos é acessível. Embora tenha vencido o Clausura boliviano, o San José é uma equipe modesta, nível ao qual vai chegando o Cúcuta após a crise institucional que vive desde o fim do ano passado. O Chivas de Guadalajara surge como único desafio realmente duro ao Peixe. Se avançar, o Santos já terá cumprido um papel razoável para um elenco cheio de jovens talentosos, mas que entraram na fogueira em razão da delicada situação financeira do clube. A partir do mata-mata, o time deixa de ser favorito. Se torcedores e dirigentes entenderem isso, darão a tranqüilidade necessária para a equipe jogar o que pode. [DM]

2m

(20,1 mil pessoas)

atacantes

nuou corpo mole de alguns jogadores, mostrou-se contrariado com a chegada de reforços estrangeiros e expôs sua dificuldade em produzir um bom ambiente. Mesmo jovens como Alemão e Tiago Luís causaram mal-estar com as renovações de seus contratos. Ainda que trabalhe em paz, o elenco do Santos tem limitações. Prova disso é que, dos titulares que foram até a semifinal da Libertadores 2007, Leão só tem, como remanescentes, Fábio Costa, Adaílton, Kléber e Rodrigo Souto. No resto do elenco, apenas Molina, Fabão, Betão e Marcinho Guerreiro — os dois últimos criticados pela torcida no início da temporada — somam experiência internacional ao time principal. Dessa forma, o técnico precisará transmitir

Vila Belmiro

1 12 24 2 3 4 5 6 13 14 15 16 8 10 11 17 18 20 21 7 9 19 22 23 25

Fábio Costa Felipe Douglas Adailton Kléber Denis Evaldo Betão Carleto Anderson Salles Fabão Domingos Adriano Rodrigo Tabata Rodrigo Souto Marcinho Guerreiro Michael Quiñónez (EQU) Luiz Henrique Mauricio Molina (COL) Tiago Luís Alemão Sebastián Pinto (CHI) Mariano Tripodi (ARG) Kleber Pereira Wesley

27/11/1977 10/1/1988 9/3/1983 16/4/1983 1/4/1980 21/9/1983 4/1/1983 11/11/1983 24/3/1989 12/2/1988 15/6/1976 12/12/1985 29/5/1985 19/11/1980 9/2/1983 23/9/1980 21/6/1984 3/9/1985 30/4/1980 13/1/1989 2/3/1989 5/2/1986 3/7/1987 13/8/1975 24/6/1987

Técnico Emerson Leão

Apresentação dos clubes

Estádio Tiago Luís (centro) , 19 anos, já sente a pressão de ajudar o Santos a manter a boa fase dos últimos anos

47 2/15/08 4:59:02 PM


Cúcuta Corporación Nuevo Cúcuta Deportivo Doblemente Glorioso www.cucutadeportivo.com

Títulos 1 Campeonato Colombiano

Permanência de Torres é uma rara notícia boa para o Cúcuta

Rodrigo Arangua/AFP

1 2 3 4 5 6 7 8

Melhor campanha em Libertadores Semifinalista em 2007

Como se classificou

General Santander

grupo 6.indd 4

...a Lazio, pois teve um bom momento quando contou com o financiamento de um mecenas, mas vive um período de vacas magras desde sua prisão

320 m

(42 mil pessoas)

goleiros

Elenco completo

defensores

L

Se Blas Pérez, Bustos e Zapata aproveitaram seus bons desempenhos na Libertadores 2007 para aceitar propostas mais vantajosas, o desmanche do fim do ano atingiu proporções ainda maiores. Na defesa, a principal baixa ficou por conta da saída de Walter Moreno, da seleção colombiana. Com sacrifício, o Cúcuta conseguiu manter Macnelly Torres em seu elenco. Cérebro do time, o meia foi vendido ao Colo-Colo, mas permanecerá na Colômbia até julho, dividindo as atenções com Diego Cabrera — atacante que foi vice-artilheiro do último torneio Finalización. Embora o defensor William Zapata (ex-Atlético Nacional) e o atacante Matías Urbano reforcem a equipe, José Antonio Manrique, presidente do Cúcuta, admite a necessidade de contratar mais reforços para os dois setores. Com um elenco muito modificado e desentrosado, o Doblemente Glorioso dificilmente repetirá a boa campanha de 2007. Bom para Santos e Chivas, favoritos às vagas no grupo 6. [RE]

meias

ogo em sua estréia na Libertadores, o Cúcuta surpreendeu. Em 2007, a equipe chegou às semifinais e só caiu diante do Boca Juniors, futuro campeão. Nada mal para um time que havia deixado a segunda divisão colombiana havia dois anos. No entanto, para 2008, o futuro não se desenha tão promissor assim para a equipe. O Cúcuta sofre com o fim dos investimentos de Ramiro Suárez Corzo. O empresário e ex-prefeito de Cúcuta foi preso em setembro do ano passado por participação em um assassinato e por ligação com grupos paramilitares (milícias de direita). As torneiras se fecharam e a qualidade do time despencou. O clube começou a atrasar o salário dos jogadores. A debandada da base da equipe tornou remota a chance de repetir a campanha de 2007. Descontente com a saída de praticamente um time inteiro, o técnico José Luis Bernal deixou o comando do Cúcuta. Pedro Sarmiento assumiu o cargo, mas terá pouco tempo para dar um mínimo de padrão de jogo à equipe.

Se fosse um clube europeu, seria...

48

Estádio

atacantes

Apresentação dos clubes

Estrela cadente

Equipe que mais somou pontos na temporada 2007 da Colômbia

1 12 22 2 3 5 15 17 21 24 4 6 8 10 14 19 20 23 7 9 11 13 16 18 25

Andrés Saldarriaga 18/9/1978 Mario Muñoz 7/8/1984 Andrés Castellanos 9/3/1984 Flavio Córdoba 4/10/1984 Fredy Arizala 20/2/1983 Pedro Paulo Portocarrero 13/5/1977 Roberto Peñaloza 4/7/1979 Braynner García 6/9/1986 Elvis Gonzalez 20/2/1982 Elvis Antonio Rivas 19/2/1987 Nelson Flores 1/3/1974 19/5/1978 Charles Castro (URU) Lin Carlos Henry 7/12/1977 Macnelly Torres 1/11/1984 James Castro 24/11/1984 William Zapata 11/9/1975 Mauricio Romero 1/8/1979 José Alberto Amarilla (PAR) 23/2/1985 Édison Fonseca 25/2/1983 6/2/1981 Matías Urbano (ARG) Lionard Pajoy 7/6/1981 13/8/1982 Diego Cabrera (BOL) Eudalio Arriaga 19/09/1975 Danovis Banguero 27/10/1989 Leandro Abel Vargas 10/3/1979 Técnico Pedro Sarmiento

2/15/08 4:59:10 PM


San José Dificilmente os orurenhos chegarão às oitavas, como em 1996

Club Deportivo San José Santos, V Azulada www.clubsanjose.net

Títulos Rickey Rogers/Reuters

2 Campeonatos Bolivianos

Melhor campanha em Libertadores Oitavas-de-final em 1996

1 2 3 4 5 6 7 8

Como se classificou Estádio Jesús Bermúdez 3.702 m

(28 mil pessoas)

atacantes

meias

defensores

goleiros

Elenco completo 1 12 19 2 3 4 6 14 15 16 17 23 25 5 7 8 11 13 20 21 9 10 18 22 24

René Oliva Gonzáles Éder Jordán Luis Fernando Melgar Jhosimar Prado Carlos Alvarenga (PAR) René Oliva Luis Mario Palacios Gerson García Carlos de Castro (URU) José Mauricio Suárez Enrique Parada Franklin Herrera Fernando Batistte (ARG) Rolando Ribera Richar Rojas Sandro Coelho (BRA) Alex da Rosa (BRA) Juan Carlos Figueroa Límber Morejón Límbert Pizarro José Luis Contaja Darwin Peña Mauricio Saucedo Luis David Cerutti (ARG) Martín Palavicini (ARG)

3/11/1978 17/6/1985 22/1/1981 29/6/1986 23/9/1986 28/8/1982 13/7/1978 24/4/1985 19/4/1979 4/4/1988 4/11/1981 14/4/1988 11/3/1984 13/3/1983 27/2/1975 27/6/1973 1/6/1976 7/10/1985 24/12/1976 16/7/1976 26/6/1987 8/8/1977 14/8/1985 20/9/1974 15/8/1977

Técnico Marco Ferrufino

grupo 6.indd 5

ual foi o ponto mais alto da história do São Paulo? O Mundial de 2005? O penta brasileiro? O bi da Libertadores, em 1993? Nada disso: foi Oruro. Em 1992, o Tricolor subiu os 3.702 metros da capital do carnaval boliviano para bater o San José por 3 a 0. Para usar um dos bordões da efêmera Rede OM (emissora que, naquele ano, transmitiu a Libertadores), aquele jogo marcou “o início de uma grande amizade” entre o São Paulo e a competição. Era a primeira Libertadores do San José. Seguiram-se outras duas, em 1993 e 1996. Nesta última, a V Azulada conseguiu vaga no mata-mata, apesar de ter sido apenas a terceira colocada de seu grupo. A eliminação veio logo depois – uma vitória no jogo de ida, com gol de Marcos Ferrufino, não foi o bastante para derrubar o Barcelona-EQU. Ferrufino, hoje, é o técnico do San José. Seu primeiro semestre no cargo culminou com o título do Clausura. De dezembro para cá, no entanto, o time já perdeu algumas peças e foi esmagado, em casa, pelo La Paz (1 a 5). Um público

Q

de 8 mil pessoas encarou frio e chuva para ver essa partida, válida pela Copa AeroSur do Sul, torneio de pré-temporada. O dado revela o grau de fidelidade dos torcedores orurenhos, tidos como os mais apaixonados do país. Para aliviar a pressão pós-goleada, a diretoria anunciou a aquisição do meia Darwin Peña, ex-Real Potosí. Ele deverá atuar um pouco atrás de Alex da Rosa, meia de ligação que arremata bem com as duas pernas. Entre os demais titulares, destacam-se o lateral Parada e o atacante Saucedo. Os novos estrangeiros do time – Alvarenga, Castro, Cerruti e Palavicini – ainda não renderam o esperado. Como Santos e Cúcuta passam por problemas, é até possível que o San José venha a incomodá-los. Ir às oitavas, porém, soa como extrair do time mais do que ele pode dar. Se bem que, em matéria de extração, o San José é mestre. O clube foi criado por mineradores, em 1942. E, 50 anos depois, extraiu do Morumbi seu primeiro ponto em Libertadores, diante do São Paulo de Telê. [RM]

Apresentação dos clubes

Lembram-se de mim?

Campeão do Clausura 2007

Se fosse um clube europeu, seria... ...o Schalke 04. Originado por mineradores, é azul e tem fama de contar com torcida numerosa e fanática, apesar de ter sede em uma cidade pequena. Para não dizer que tudo se parece com o time alemão, os estádios são muito diferentes

49 2/19/08 2:47:11 PM


50 grupo 7.indd 2

São Paulo

Corrida contra

o tempo

Tricolor paulista monta time forte para chegar ao tetra, mas terá pouco tempo para se entrosar ando se trata de Libertadores, o discurso do São Paulo, brasileiro que mais vezes conquistou a competição, costuma ser de briga pelo título. Neste ano, a história não é diferente. “Em 2006, a derrota foi amenizada porque a gente estava há 15 anos sem ganhar o Brasileiro. Agora, ganhamos o bicampeonato. Legal, mas em 2008 não querem o tri. Querem a Libertadores”, avisou Muricy Ramalho, ciente da cobrança que virá das arquibancadas. Pelas contratações feitas, fica claro que o grande objetivo no Morumbi é terminar o primeiro semestre com o tetracampeonato continental. Enquanto o Boca Juniors se gaba de ter trazido um craque do porte de Riquelme, o tricolor

Q

paulista convenceu a Internazionale a emprestar Adriano, que já se recuperava no clube desde meados de novembro. Além do “Imperador”, o São Paulo repatriou o volante Fábio Santos, do Lyon, e o polêmico Carlos Alberto, que andava encostado no Werder Bremen. Todos têm contrato até o final da Libertadores, uma prova de qual é a prioridade tricolor neste ano. Para a defesa, chegaram Juninho e Joílson, destaques do Botafogo em 2007. Reforços bons, que precisam entrar rápido no esquema do time para suprir as saídas recentes. O clube não perdeu nenhum monstro sagrado, mas os jogadores vendidos tinham importância estratégica dentro do sistema do jogo.

Wander Roberto/Vipcomm

Apresentação dos clubes

1 2 3 4 5 6 7 8

Richarlys

“O O time de 2008 20 é mel melhor que o de 2007” por Carlos Eduardo Freitas

Até jogadores do Boca Juniors falam que o São Paulo é um dos favoritos da Libertadores. Essa é a sensação dentro do elenco? Pelo retrospecto, o São Paulo está à frente dos demais. No entanto, não dá para falar em estatísticas em Libertadores. Para a gente, esse favoritismo atrapalha, porque as equipes vão jogar com mais vontade. Mas nós temos que tirar o lado positivo disso, aproveitar o receio dos adversários de vir ao Morumbi para enfrentar o São Paulo. Na sua opinião, o time que o São Paulo montou neste ano está mais forte que o de 2007? Pela qualidade técnica dos jogadores que chegaram, sim, mas ainda falta um pouco para uma peça encaixar na outra. A gente tem buscado essa sintonia, só que é difícil readaptar a filosofia de uma equipe. É preciso resolver algumas coisas mínimas para que o time não só volte a vencer, como também a jogar um grande futebol. Quando isso acontecer, com certeza vai ficar provado que o time de 2008 é melhor que o de 2007. No ano passado, o São Paulo estava na fase de ajustes quando foi eliminado pelo Grêmio. Com tantos jogadores

novos, isso pode ser um problema neste início de ano? Não acho que o problema do ano passado tenha sido falta de entrosamento, mas, sim, falta de experiência em determinados jogos. Agora, a gente espera começar a Libertadores a todo vapor. O que mudou, para você, com a chegada do Fábio Santos e do Adriano ao time? O Adriano faz com que você saiba que tem um referencial de extrema qualidade no ataque. Isso, para os jogadores que vêm de trás, é importante. Com a chegada do Fábio Santos, fui deslocado para uma posição diferente. São coisinhas pequenas às quais eu vou me adaptando. Daqui a pouco, estarei jogando tranqüilo. O Muricy deixou claro que conquistar a Libertadores é uma obrigação. Ele tem passado isso para vocês? Ele não precisa nem pedir, porque já estamos cientes. Jogar num clube grande implica em ser cobrado em todas as competições. É obrigação nossa fazer uma boa Libertadores, porque, para o São Paulo, para a torcida e para a diretoria, é um torneio que tem um gostinho especial. Só não podemos nos esquecer dos outros campeonatos.

2/15/08 5:22:21 PM


São Paulo Futebol Clube Tricolor www.saopaulofc.net

Títulos 3 Mundiais de Clubes, 3 Libertadores, 1 Supercopa da Libertadores, 1 Copa Conmebol, 5 Campeonatos Brasileiros e 20 Campeonatos Paulistas

Melhor campanha em Libertadores Campeão em 1992, 1993 e 2005

Se fosse um clube europeu, seria... ...o Real Madrid. Time originalmente da elite, orgulha-se de seu estádio particular, de ter vocação internacional e de tentar montar esquadrões. Mas é acusado pelos rivais de ser esnobe e se julgar melhor e maior do que realmente é

grupo 7.indd 3

Morumbi 760 m

(80 mil pessoas)

goleiros

Elenco completo 1 22 24 2 3 4 5 6 12 13 25 21 7 8 15 18 19 20 23 9 10 11 14 16 17

Rogério Ceni Bosco Fabiano Juninho André Dias Alex Silva Miranda Júnior Joílson Néicer Reasco (EQU) Alex Éder Jorge Wagner Fábio Santos Hernanes Hugo Carlos Alberto Richarlyson Zé Luís Éder Luís Adriano Dagoberto Aloísio Roni Borges

22/1/1973 14/11/1974 29/2/1988 16/9/1982 15/5/1979 10/3/1985 7/9/1984 20/6/1973 7/7/1979 23/7/1977 9/5/1982 25/9/1985 17/11/1978 9/10/1980 29/5/1985 27/10/1980 11/12/1984 27/12/1982 23/3/1979 19/4/1985 17/2/1982 22/3/1983 27/1/1975 25/4/1991 5/10/1980

Técnico Muricy Ramalho

Apresentação dos clubes

Estádio

defensores

É aí que o torcedor são-paulino tem de ficar atento. Em 2007, foi exatamente a falta de entrosamento que derrubou o time nas oitavas-de-final, diante do Grêmio. As novidades de então ainda não estavam ambientadas ao sistema de jogo tricolor, que não conseguiu superar a força gaúcha no Olímpico. Pelo investimento feito, ninguém tem do que reclamar. O São Paulo conta com um time para conquistar o tetra, e sua torcida vê o título como obrigação. Assim como o Boca, todos pelos lados do Morumbi sabem que se trata de um dos times a serem batidos. Só é preciso tempo e calma. Se, em 2007, muita gente pediu a cabeça de Muricy após a derrota na Libertadores, o que dizer se o fracasso se repetir em 2008? [CEF]

Campeão brasileiro de 2007

meias

A saída de Breno será menos sentida se Juninho entrar bem, mas Souza e Leandro podem fazer falta pela versatilidade — algo fundamental em um time de Muricy, técnico que gosta de dar flexibilidade e solidez tática. Com a saída de dois jogadores que já estavam acostumados ao time, já se imagina que o São Paulo demorará para ganhar uma cara. Não dá para esperar que, com a entrada de Fábio Santos no time, a dupla de volantes formada por Hernanes e Richarlysson não precise mudar um pouco o modo de atuar. O mesmo vale para Adriano, que tem um estilo diferente do de Aloísio, habituado a fazer o papel de pivô e servir seus companheiros. E o próprio Muricy disse que o time “É Adriano e mais dez”.

Como se classificou

atacantes

Com Adriano, o São Paulo volta a ter um jogador de nível internacional como referência no ataque

1 2 3 4 5 6 7 8

51 2/26/08 12:24:19 PM


Atlético Nacional Verdolagas mantiveram destaques de 2007, como Mendoza

Corporación Deportiva Club Atlético Nacional Verdolagas www.atlnacional.com.co

Títulos 1 Libertadores, 2 Copas Merconorte, 10 Campeonatos Colombianos

Eitan Abramovich/AFP

1 2 3 4 5 6 7 8

Melhor campanha em Libertadores Campeão em 1989

Como se classificou

grupo 7.indd 4

Estádio Atanásio Girardot

...o Olympique de Marselha. Ganhou um título continental na época em que se envolveu em escândalos de manipulação de resultados e, agora, tenta recuperar a credibilidade internacional

(51,6 mil pessoas)

1.495 m

goleiros

Elenco completo

defensores

A

Millionarios. O experiente equatoriano Iván Hurtado foi para o Barcelona-EQU, mas Walter Moreno, da seleção colombiana, veio do Cúcuta. No meio-campo, a perda de Aldo Ramírez foi compensada com o chileno Arrué, David Córdoba e Juan Carlos Ramírez. Eles se juntam a um time que já vinha bem montado. O grupo do técnico Óscar Quintabani é equilibrado, sobretudo por causa dos jovens destaques. No gol, Ospina chama a atenção. Com apenas 19 anos, ele já conquistou espaço na seleção principal, mas ainda sente o peso da inexperiência e alterna ótimas atuações com algumas falhas. Os outros destaques são Humberto Mendoza e Zuñiga, ambos com passagens por seleções de base da Colômbia. Embora a equipe mescle bem juventude e experiência, o Atlético Nacional tende a sentir as oscilações provocadas pelos ajustes em seu elenco. Isso pode atrapalhar nas fases decisivas, mas não tira sua condição de favorito, ao lado do São Paulo, a uma das vagas do grupo 7 nas oitavas-de-final. [RE]

meias

referência mais forte que se tem do Atlético Nacional é a do time de Higuita, Tréllez, Usuriaga e Escobar que conquistou a Libertadores em 1989 — mesma época em que a equipe tinha ajuda do Cartel de Medellín. Depois disso, muita coisa mudou. O dinheiro não abunda mais no clube e contratações de peso estão descartadas. A aposta para o retorno ao cenário internacional é na manutenção da base construída em 2007. Pelos resultados obtidos no ano passado, a política tem razão de ser. A superioridade demonstrada em 2007, quando conquistou os títulos tanto do Apertura como do Finalización, comprova a força do time. Por isso, ao contrário das outras equipes colombianas presentes nesta edição da Libertadores, o Nacional chega para ser bem mais do que um mero figurante. Parte disso se deve ao fato de o clube ter suprido adequadamente as saídas de seu elenco. O atacante Aristizábal encerrou a carreira, mas os Verdolagas buscaram o paraguaio Villagra no

Se fosse um clube europeu, seria...

52

Campeão do Apertura e do Clausura 2007

atacantes

Apresentação dos clubes

Força da base

1 12 25 2 3 5 6 15 18 20 21 8 10 11 13 16 17 22 23 24 4 7 9 14 19

David Ospina Carlos Alberto Barahona Juan Carlos Patiño Humberto Mendoza Wálter Moreno Davinson Monsalve Juan Camilo Pérez Carlos Alberto Díaz Juan Camilo Zúñiga Juan Estiven Vélez Marlon Piedrahita Fernando Martel (CHI) Francisco Arrué (CHI) Elkin Murillo José Antonio Amaya Luis Felipe Chará Juan Carlos Ramírez David Córdoba Harold Martínez Diego Toro Juan Alejandro González León Darío Muñoz Carlos Villagra (PAR) Carmelo Valencia Sergio Galván (ARG)

31/8/1988 20/1/1980 27/7/1985 2/10/1984 18/5/1978 9/6/1984 26/10/1985 28/11/1982 14/12/1985 9/2/1982 13/6/1985 2/10/1975 7/8/1977 20/9/1977 16/7/1980 16/12/1987 11/9/1975 9/12/1980 22/3/1987 29/1/1982 29/9/1984 21/2/1977 22/8/1976 13/7/1982 9/6/1973

Técnico Óscar Quintabani (ARG)

2/26/08 12:27:01 PM


Daniel Munoz/Reuters

Audax Italiano Pensando na Libertadores, diretoria do Audax fez questão de manter Villanueva

Audax Club Sportivo Italiano Tanos, Ciclistas, Itálicos www.audaxitaliano.cl

Títulos 4 Campeonatos Chilenos

Melhor campanha em Libertadores Fase de grupos em 2007

1 2 3 4 5 6 7 8

Como se classificou

Estádio

Villanueva e mais dez

San Carlos de Apoquindo (20 mil pessoas)

540 m

atacantes

meias

defensores

goleiros

Elenco completo 1 3 12 4 5 15 16 18 20 24 2 6 7 8 10 13 14 17 19 23 25 9 11 21 22

Lucas Suárez (ARG) 8/2/1984 Mario Villasanti (PAR) 2/7/1981 Juan Ricardo Pino 18/8/1988 Patricio Gutiérrez 20/3/1983 Manuel Ibarra 18/11/1977 Boris Rieloff 8/1/1984 César Santis 5/2/1979 Cristián Reynero 25/8/1979 Eladio Rivera 13/11/1987 Sebastián Rocco 26/6/1983 Braulio Leal 22/11/1981 Carlos Garrido 6/10/1977 2/9/1975 Miguel Angel Romero (ARG) 13/3/1978 Marcelo Broli (URU) Carlos Villanueva 5/2/1986 Enzo Cabrera 1/4/1985 Fabián Orellana 27/1/1986 Nicolás Corvetto 15/3/1986 Marco Antonio Medel 30/6/1989 Mathías Vidangossy 25/5/1987 Miguel Anabalón 2/1/1988 Renato Ramos 12/2/1979 Renzo Yáñez 5/6/1990 Oliver Toledo 17/9/1987 Matías Campos 22/6/1989 Técnico Raúl Toro

grupo 7.indd 5

altavam dez minutos para o fim do jogo de volta da Pré-Libertadores quando o Audax Italiano fez o gol do 1 a 0 sobre o Boyacá Chicó. Na partida em que os Tanos precisavam de uma vitória simples, a jogada salvadora veio em um momento de inspiração do talentoso Villanueva. O lance não é lá grande novidade. Nos últimos tempos, os torcedores do Audax se acostumaram a ver Villanueva decidindo os jogos. Artilheiro do último Clausura com 20 gols, o meia-atacante despertou interesse de clubes como o Palmeiras e fez força para deixar o país. Os Tanos bateram o pé e seguraram o maior ídolo. Além de mostrar a importância do meia-atacante, a fase classificatória serviu para dar dicas sobre o que esperar do Audax. Por exemplo, o fato de o estádio Municipal de La Florida estar vetado para a Libertadores por falta de estrutura é particulamente ruim, pois a pequena torcida itálica não transforma o San Carlos de Apoquindo em um local hostil para os visitantes.

F

Outro problema é a falta de confiança da equipe nos momentos decisivos. Na última Libertadores, os Ciclistas quase eliminaram o São Paulo na fase de grupos. Fizeram 2 a 2 no Morumbi, mas faltou um golzinho aos chilenos. No Clausura 2007, o Audax foi, disparado, o melhor da primeira fase, mas caiu no mata-mata. Uma dificuldade parecida de se impor foi vista contra o Chicó, muito inferior tecnicamente. Hoje, os Tanos contam com o reforço do meia Orellana, que divide as ações ofensivas com Villanueva. No ataque, a saída de Di Santo, vendido ao Chelsea, tentará ser suprida com Renato Ramos, ex-Tecos, e Vidangossy, ex-Almería. Na defesa, a saída do goleiro Peric é sentida, mas o lateral-direito Rieloff dá uma certa segurança ao setor. É pouco para pensar em nova surpresa sobre o São Paulo. No entanto, o Audax tem condições de lutar pela segunda posição do grupo com o Atlético Nacional, desde que aprenda a impor seu jogo agradável e técnico. E isso dependerá muito do que fizer Villanueva. [DM]

Apresentação dos clubes

Primeiro colocado na fase de classificação do Clausura 2007

Se fosse um clube europeu, seria... ...o Hamburg. Seu principal jogador andou fazendo bastante força para transferir-se para um gigante europeu e está de cara feia porque o clube não quis negociá-lo. Ainda assim, tem carregado o time nas costas

53 2/18/08 11:28:31 AM


Sportivo Luqueño Má campanha no segundo semestre de 2007 serve de alerta para os auriazuis

Norberto Duarte/AFP

1 2 3 4 5 6 7 8

Club Sportivo Luqueño Kure Luque, Chanchón Não possui site oficial

Títulos 2 Campeonatos Paraguaios

Melhor campanha em Libertadores Primeira fase em 1976 e 1984

Como se classificou

grupo 7.indd 6

Estádio Feliciano Cáceres

...o Sochaux. Tem tradição e voltou a brigar pelas primeiras colocações em seu campeonato nacional. Sempre que alcança sucesso em uma competição, porém, sofre com o assédio de equipes mais fortes sobre seus atletas.

120 m

(25 mil pessoas)

goleiros

Elenco completo

defensores

R

segunda passagem pelo Luqueño, ele pretende, diferentemente de seus antecessores, reforçar a retaguarda da equipe. Sem uma opção de qualidade para a armação, o clube auriazul atuará com três meias dedicados, primordialmente, à marcação. O capitão Mereles, um dos poucos remanescentes do título do Apertura, é um dos destaques. Além dele, o zagueiro Román e o atacante argentino Gigena (ex-Ponte Preta) surgem como pilares do time. Contratado para resolver a escassez de gols, Gigena chega acompanhado do compatriota Adrián Guillermo, exBoca Juniors. Os dois se somam, no ataque, a Lazaga e a Adriano Duarte, de apenas 17 anos. Com um elenco carente de alternativas, o Luqueño não desponta como um dos favoritos a passar de fase. Ele pode, ainda assim, roubar pontos de equipes como São Paulo e Atlético Nacional. E, se serve de bom presságio para essas equipes, sempre que foi à Libertadores, o Kure Luque enfrentou, na etapa inicial, o futuro campeão do torneio. [MA]

meias

epleto de incertezas, o Sportivo Luqueño retorna à Libertadores depois de 24 anos ausente. A conquista do Apertura, além de assegurar a vaga na competição sul-americana, deixou em voga alguns de seus principais nomes, que não demoraram a atrair o interesse de times estrangeiros. Sem condições de fazer frente às propostas que chegaram, não restou outra saída ao Kure Luque senão negociá-los. Pensava-se que, então, se encerravam as vendas de 2007. Ledo engano. Veio o Clausura e, com ele, uma queda abrupta de rendimento da equipe, que não se adaptou à ausência de peças como Cañete, Maxi Bianchucchi e Néstor Ayala. Em meio a isso, ainda houve trocas no comando. Saiu Miguel Ángel Zahzú e entrou Carlos Kiese, que deixou, posteriormente, o cargo para Daniel Lanata. A instabilidade manteve o assédio sobre o elenco, que perdeu o zagueiro e revelação Aguilar. Contornar os percalços vividos no segundo semestre do ano passado é a meta de Lanata na Libertadores. Em sua

Se fosse um clube europeu, seria...

54

Campeão do Apertura 2007

atacantes

Apresentação dos clubes

Para superar as perdas

1 12 25 3 4 13 16 17 2 5 6 7 8 10 15 19 20 21 23 24 9 11 14 18 22

Bryan López (EUA) Enrique García Aristides Florentín Diego Martínez Rober Servín Ignacio Paniagua Celso Esquivel Reinaldo Román Édgar Rodríguez Carlos Mereles Víctor Quintana Luis Alejandro Núñez Derlis Ortiz Juan Ángel Hermosilla Sinecio León Juan Rodolfo Romero Charles (BRA) Juan Gabriel Abente Bladimiro Duarte Arturo Aquino Marcos Lazaga Rubén Gigena (ARG) Adriano Duarte Adrián Guillermo Claudio Vargas

12/6/1988 15/7/1975 10/5/1982 2/12/1980 18/7/1984 20/9/1979 20/5/1981 23/5/1984 27/12/1982 9/7/1979 17/4/1976 1º/5/1980 12/12/1986 26/7/1984 20/5/1983 13/7/1987 11/3/1984 4/3/1984 4/11/1986 14/9/1982 26/2/1984 2/10/1980 9/8/1990 15/3/1980 15/10/1985

Técnico Daniel Lanata (ARG)

2/18/08 6:45:39 PM


Arsenal A defesa formada por Mosquera (foto) e Matellán dá suporte ao esquema arsenalista

Arsenal Fútbol Club Viaducto, Arse www.celesteyrojo.com.ar

Títulos Marcos Brindicci/Reuters

1 Copa Sul-Americana

Melhor campanha em Libertadores Estréia na competição

1 2 3 4 5 6 7 8

Como se classificou

Estádio

Em plena ascensão

Julio Humberto Grondona 5m

(16,3 mil pessoas)

atacantes

meias

defensores

goleiros

Elenco completo 1 12 19 2 3 4 13 14 16 18 20 21 22 24 5 6 11 15 17 23 25 7 8 9 10

Mario Cuenca 10/5/1976 Leonel Cuerdo 16/7/1986 Catriel Iván Orcellet 10/5/78 Carlos Ruiz 10/11/1971 12/6/1982 Carlos Báez (PAR) 15/9/1973 Darío Espínola (PAR) Carlos Casteglione 9/5/1980 Javier Gandolfi 5/12/1980 Aníbal Matellán 8/5/1977 Cristian Díaz 12/5/1978 Gustavo Toranzo 15/9/1987 Jossimar Mosquera (COL) 12/10/1982 Juan Eduardo Bottaro 20/7/1988 Javier Yacuzzi 15/8/1979 Andrés San Martín 12/4/1978 Cristian Pellerano 1/2/1982 Martín Andrizzi 5/7/1976 Alexander Corro 27/1/1988 Pablo Garnier 26/2/1981 Sebastián Carrera 25/5/1978 Diego Villar 25/4/1982 José Luis Calderón 24/10/1970 Leonardo Biagini 13/4/1977 Félix Leguizamón 1/7/1982 Alejandro Gómez 15/2/1988 Técnico Gustavo Alfaro

grupo 8.indd 1

á pouco tempo, o Arsenal de Sarandi era apenas um figurante no futebol argentino, mais conhecido por ser controlado por Julio Grondona, presidente da federação do país. Esse panorama mudou. Primeiro, pelos cinco anos e meio na primeira divisão. Depois, com a conquista da vaga na Libertadores e o título da Copa SulAmericana, superando times muito superiores. E 2008 promete ainda mais. Além de estrear na principal competição do continente, o Arsenal disputará outros três torneios internacionais. No comando, está Gustavo Alfaro, que, após bons trabalhos em Olimpo e Quilmes, segue dando mostras de competência. Considerado um dos treinadores mais promissores da Argentina, não perdeu nenhum de seus titulares para esta temporada e ainda assegurou contratações interessantes sem gastar muito. O clube investiu em reforços para cada faixa do campo. Como opção à excelente dupla de zaga formada por Mosquera e Matellán, chega o paraguaio Carlos Báez. O volante Pellerano dá

H

mais qualidade a um meio-campo que já possuía os experientes San Martín e Andrizzi. O ataque tem o acréscimo de Leguizamón, que pode dar suporte ao veterano artilheiro Calderón, de 37 anos, e Biagini, campeão mundial sub20 pela Argentina em 1995 e apontado na época como sucessor de Batistuta. Líder em campo, o goleiro Cuenca é um dos pilares do Arse e reflexo da sua política de montagem de elenco. Sem dinheiro para investir em nomes mais conhecidos, o clube prefere resgatar jogadores encostados em outros clubes (o arqueiro estava no Racing). O surgimento de revelações como o atacante Alejandro Gómez ainda é raridade. Para fazer frente aos complicados adversários do grupo, a aposta é em um jogo defensivo e contra-ataques cirúrgicos — estratégia usada na Copa Sul-Americana e que resultou em uma campanha invicta fora de casa. Se der certo, o time poderá chegar ao matamata. Depois disso, começa a depender de muita sorte, ou de uma ajudinha da família Grondona nos bastidores. [MA]

Apresentação dos clubes

Segundo colocado na temporada 2006/7 entre os que não foram campeões

Se fosse um clube europeu, seria... ...o Getafe. Time pequeno do subúrbio da capital, apareceu nos últimos anos com boas campanhas, surpreendendo os vizinhos tradicionais com elencos baratos, formados por jogadores desacreditados e eficientes

55 2/15/08 5:35:50 PM


Apresentação dos clubes

1 2 3 4 5 6 7 8

56 grupo 8.indd 2

Fluminense

Máquina Tricolor

?

Com ajuda de patrocinador, Flu investiu pesado no elenco, mas deixou o time ofensivo demais odo clube de futebol tem em sua memória um grande esquadrão, aquela equipe que conquistou vários títulos, que encantava os torcedores ou que contava com um elenco estelar. No caso do Fluminense, a referência é a “Máquina Tricolor”, time montado na segunda metade da década de 1970 com craques como Rivellino, Carlos Alberto Torres, Doval, Paulo César Caju, Carlos Alberto Pintinho e Dirceu. Ainda que seja exagero ou crueldade comparar outros times a esse, a “Máquina Tricolor” tornou-se referência natural sempre que há investimento pesado nas Laranjeiras — o que ocorre em 2008, com a Unimed ajudando a bancar reforços de nome para a disputa da Libertadores.

T

Chegaram o lateral Gustavo Nery (ex-Corinthians), o meia argentino Darío Conca (ex-Vasco) e os atacantes Dodô (ex-Botafogo), Leandro Amaral (ex-Vasco) e Washington, artilheiro do Mundial de Clubes 2008 pelo Urawa Red Diamonds. O Fluminense ainda resolveu o imbróglio do meia Thiago Neves com o Palmeiras e acertou sua renovação, além de manter jogadores importantes como o zagueiro Thiago Silva, o lateral Gabriel e o volante Arouca. No comando da equipe continua Renato Gaúcho. Aos poucos, o técnico se destaca no cenário nacional e ganha respeito de mídia e torcedores. Até porque, dos jogadores, esse respeito já existe há muito tempo: converse com qual-

Washington:

“Fazemos emos os treinos ccom erros de arb arbitragem” por Gustavo Hofman

Há a possibilidade de o torcedor tricolor ver em campo Washington, Dodô e Leandro Amaral atuando juntos numa partida de Libertadores? Dá para jogar. O time está se preparando para isso. Vamos buscar entrosamento no Campeonato Carioca para chegar bem à Libertadores. Claro que precisamos ajudar na marcação. O Renato já tem pedido isso, mas acho que dá tranqüilamente. O Fluminense tem feito alguma preparação específica para a Libertadores deste ano? Desde o começo da nossa pré-temporada estamos pensando na Libertadores. Tanto que o Renato Gaúcho faz alguns treinos fortes e adaptados a essa realidade. Por exemplo, a gente fez coletivos com falhas na arbitragem, porque se o árbitro errar, nós temos que estar preparados para isso. Ainda mais porque enfrentaremos uma primeira fase muito difícil, mas já é bom pegarmos adversários fortes logo de cara. O time pretende poupar atletas no estadual e no Brasileirão para jogar a Libertadores? Dentro do possível, temos que usar os titulares, até para pegar

entrosamento. Quando começar a Libertadores, a comissão técnica deve fazer uma mescla de atletas, principalmente se o time passar de fase. Mas, no começo, o mais importante é jogar para pegar entrosamento e ritmo de jogo logo. O fato de você ter feito um bom Mundial de Clubes pelo Urawa Reds aumenta sua responsabilidade? Com certeza. O Mundial foi importantíssimo, porque o pessoal estava realmente acompanhando. Além disso, disputar o campeonato pelo time japonês, quando você não é o favorito, conseguir terminar em terceiro e ainda ser o artilheiro é difícil de acontecer. Por isso, a torcida do Fluminense está depositando grandes esperanças em mim. Chego como grande ídolo. Na época, você já estava acertado com o Fluminense. Mas houve outras propostas do Brasil? Tive algumas ofertas. O Urawa queria que eu continuasse, mas tive propostas também de São Paulo, Cruzeiro e Corinthians. Só que eu já estava mais ou menos encaminhado com o Fluminense, que tem uma parceria forte e vai disputar a Libertadores. Então, decidi vir para cá mesmo.

2/15/08 5:35:58 PM


Com Gabriel e Leandro Amaral, mais Washington e Dodô, Flu não deverá ter problemas ofensivos

Fluminense Football Club Tricolor, Flu, Nense www.fluminense.com.br

Títulos 1 Campeonato Brasileiro, 1 Robertão, 1 Copa do Brasil e 30 Campeonatos Estaduais do Rio

Melhor campanha em Libertadores Primeira fase em 1971 e 1985

1 2 3 4 5 6 7 8

Como se classificou Campeão da Copa do Brasil em 2007

Maracanã 2m

Jorge R. Jorge

(80 mil pessoas)

Se fosse um clube europeu, seria... ...o Chelsea. Não é o time mais popular de sua cidade, mas tem tradição e, recentemente, contou com grande impulso graças à chegada de um investidor disposto a gastar mais que o normal

grupo 8.indd 3

defensores

goleiros

Elenco completo

meias

Libertad, de passado recente respeitável na competição, Arsenal de Sarandi, atual campeão da Copa Sul-Americana, e LDU, time experiente e com a altitude a seu favor. Para confirmar sua condição de favorito, o Tricolor não pode se dar ao luxo de priorizar as individualidades a ponto de prejudicar o conjunto. De qualquer modo, o Flu tem potencial para sonhar alto. Superar sua melhor campanha na competição é relativamente fácil (o time foi eliminado na primeira fase em 1971 e 1985). Mas, pelo elenco que tem em mãos, o clube das Laranjeiras pode pensar em ir mais longe. Ainda que não tenha a pompa da “Máquina Tricolor” da década de 1970, o time das Laranjeiras de hoje merece o respeito de qualquer adversário. [GH]

atacantes

quer atleta treinado por Renato e logo frases como “ele nos entende porque jogou futebol” surgirão na conversa. No geral, o time formado é bastante forte no papel, mas precisa resolver o fato de ter uma vocação ofensiva demais. Renato terá de se mostrar habilidoso taticamente para encaixar Washington, Dodô e Leandro Amaral no ataque de uma equipe que tem dois laterais como Gabriel e Gustavo Nery, que vão ao ataque com freqüência. Os jogos do Estadual do Rio podem ser importantes para o time encontrar o balanço ideal. Qualquer cuidado será bem-vindo, pois as batalhas que o Fluminense terá pela frente serão duras. A equipe caiu numa das chaves mais complicadas desta edição da Libertadores, ao lado de

1 12 22 2 3 4 5 6 13 19 20 23 25 8 10 14 15 16 17 18 21 24 7 9 11

Fernando Henrique Diego Ricardo Berna Gabriel Thiago Silva Luiz Alberto Ygor Júnior César Roger Rafael Carlinhos Gustavo Nery Ânderson Arouca Thiago Neves Fabinho Maurício Romeu Cícero Darío Conca (ARG) David Tartá Leandro Amaral Washington Dodô

25/11/1983 11/5/1979 11/6/1979 5/6/1981 22/9/1984 1º/12/1977 1º/6/1984 9/4/1982 25/4/1975 13/3/1980 23/6/1983 22/7/1977 10/3/1987 11/8/1986 27/2/1985 16/10/1976 21/10/1988 13/2/1985 26/8/1984 11/5/1983 29/5/1982 13/4/1989 6/8/1977 1º/4/1975 2/5/1974

Técnico Renato Gaúcho

Apresentação dos clubes

Estádio

57 2/18/08 6:27:45 PM


LDU Quito Alegria passageira: definição das chaves minou as chances dos Albos

Liga Deportiva Universitaria de Quito Blancos, Chullas, Albos www.clubldu.com

Guillermo Granja/Reuters

1 2 3 4 5 6 7 8

Títulos 9 Campeonatos Equatorianos

Melhor campanha em Libertadores Semifinalista em 1975 e 1976

Como se classificou

Se fosse um clube europeu, seria...

58 grupo 8.indd 4

...o Rapid Bucareste. É considerado a segunda ou terceira força de seu país, mas se estruturou recentemente para encarar os principais rivais e passa por um bom momento. Ainda assim, carece de projeção internacional

Rodrigo Paz Delgado “Casa Blanca” (55,4 mil pessoas)

2.850 m

Elenco completo defensores goleiros

A

da fraca, perdeu lugar para Cevallos, de 36 anos, destaque do surpreendente Deportivo Azogues no último Campeonato Equatoriano. Da pequena equipe também vieram o meia Cristian Suárez e o atacante William Araujo. Apesar das mudanças sensíveis em alguns setores, a referência da Liga de Quito continua a mesma: Urrutia. Principal jogador do time em 2007, o meia marca e sai para o jogo com eficiência, além de ter o papel de líder da equipe em campo. O problema é que, nesta temporada, ele perdeu Lara e Edwin Tenorio, companheiros de meiocampo negociados com Barcelona-EQU e Deportivo Quito. Com essa base, é possível ver a LDU dando trabalho aos adversários da fase de grupos. A classificação soa improvável pela força da concorrência, mas não se pode esquecer que o time equatoriano tem qualidade e a altitude de Quito. Foi assim que, sem chamar muito a atenção, os Albos ficaram entre os oito primeiros da Libertadores em 2006, só caindo frente ao campeão Inter. [GH]

Estádio

meias

Liga Deportiva Universitária de Quito não tem dado sorte nos sorteios da Libertadores. Pelo segundo ano consecutivo, o time caiu numa chave complicada. Em 2007, foi eliminado num grupo que tinha ColoColo, Caracas e River Plate. Agora, pega Fluminense, Libertad e Arsenal. A força dos adversários diminui consideravelmente as chances de os Albos avançarem, ainda que o time em si não seja dos piores. Time mais regular do Equador nos últimos anos, a LDU manteve a base da temporada passada e ainda fez boas contratações. Para os brasileiros, o mais conhecido é o atacante Kaviedes, que já passou pela Europa e jogou dois Mundiais. Ainda no setor ofensivo, outra opção é Agustín Delgado, maior goleador de todos os tempos da seleção tricolor. A experiente dupla pode compensar a perda do argentino Escalada, destaque do time em 2007 contratado pelo Botafogo. Também há cara nova no gol. O goleiro Mora, depois de uma tempora-

Campeão equatoriano em 2007

atacantes

Apresentação dos clubes

O sorteio não ajudou

1 12 25 2 3 4 23 5 6 8 13 14 16 17 18 20 21 22 7 9 10 11 15 19 24

José Francisco Cevallos Luis Humberto Preti Daniel Viteri Norberto Araujo (ARG) Renán Calle Paul Ambrossi Jairo Campos Alfonso Obregón Andrés Arrunategui Patricio Urrutia Pedro Larrea Diego Calderón William Araujo Christian Suárez Byron Camacho Enrique Vera (PAR) Damián Manso (ARG) Edder Vaca Luis Alberto Bolaños Agustín Delgado Iván Kaviedes Franklin Salas Claudio Bieler (ARG) Joffre Guerrón Israel Chango

25/9/1979 2/1/1983 12/12/1981 13/10/1978 8/9/1976 14/10/1980 19/7/1984 12/5/1972 22/7/1984 15/10/1977 21/5/1986 26/10/1986 5/6/1979 2/11/1985 24/5/1988 10/3/1979 6/6/1979 25/12/1985 27/3/1985 23/12/1974 24/10/1977 30/8/1981 1/3/1984 28/4/1985 16/1/1989

Técnico Edgardo Bauza (ARG)

2/25/08 10:44:04 AM


Andres Stapff/Reuters

Libertad Autor do gol do título paraguaio de 2007, Cáceres é a grande promessa do Libertad

Club Libertad Guma, Gumarelos e Repolleros www.clublibertad.com.py

Títulos 8 Campeonatos Paraguaios

Melhor campanha em Libertadores Semifinalista em 1977 e 2006

1 2 3 4 5 6 7 8

Como se classificou Estádio Defensores del Chaco 43 m

(36 mil pessoas)

atacantes

meias

defensores

goleiros

Elenco completo 1 12 25 2 3 4 5 8 14 15 22 6 7 10 13 16 17 18 24 9 11 19 20 21 23

Víctor Hugo Centurión Horacio González Bernardo Medina Pedro Benítez Derlis Cardozo Arnaldo Vera Édgar Balbuena Vladimir Marín Pedro Sarabia Adalberto Román Celso González Omar Pouso (URU) Edgar Robles Osvaldo Martínez Wilson Pittoni Sergio Aquino Hugo Lusardi Víctor Cáceres Hernán Pérez Roberto Gamarra Dante López Nelson Romero Juan Eduardo Samudio Juan Manuel Olivera Nelson Cuevas

24/2/1986 2/7/1973 14/1/1988 23/3/1981 16/6/1981 22/1/1980 20/11/1980 26/9/1979 5/7/1975 11/4/1987 18/6/1980 28/2/1980 22/11/1977 8/4/1986 14/8/1985 21/9/1979 17/8/1982 25/3/1985 25/2/1989 11/5/1981 16/8/1983 18/11/1984 14/10/1978 14/8/1981 10/1/1980

Técnico Rubén Israel (URU)

grupo 8.indd 5

emifinalista em 2006, quadrifinalista em 2007. O Libertad já provou que tem condições de encarar as forças do continente na Libertadores. Ainda que o título nunca tenha chegado, os Gumarelos já merecem ser vistos com respeito. Até porque o trabalho dos últimos anos tem continuidade e houve bons reforços para 2008. No ano passado, os Repolleros tentaram, sem sucesso, disputar Apertura e Libertadores com um elenco reduzido. Ante os maus resultados, o uruguaio Sergio Markarián deixou o comando da equipe e deu lugar a seu ex-auxiliar Rubén Israel. Desde então, o Libertad passou por uma reformulação, com figuras como Víctor Cáceres e Sergio Aquino, montando um forte time. À exceção do goleiro Bava, negociado com o Atlas, os liberteños não perderam nenhum titular para 2008. Ainda assim, partiram para as contratações. Entre os reforços, destaca-se Nelson Cuevas. O atacante estava sem clube e chegou a negociar com o Portsmouth, mas não acertou com o clube inglês. Na falta de

S

outras propostas interessantes, fechou com o Libertad, onde vinha mantendo a forma. Ele chega como opção ao ataque, que possui o mediano Roberto Gamarra como principal nome. A defesa e o meio-campo, por sua vez, seguem com as peças responsáveis pela conquista do Clausura. Os experientes Balbuena e Sarabia, remanescentes da equipe semifinalista da Libertadores 2006, têm como companheiros Benítez e Derlis Cardozo. Mais à frente, Pouso e Cáceres, centralizados, e Osvaldo Martínez e Aquino, abertos, se encarregam de ditar o ritmo do time. Diante de um grupo complicado, o Libertad terá que provar, a cada partida, que está pronto para se estabelecer como uma das potências do continente. E sem a cooperação da arbitragem, que, no Campeonato Paraguaio, esteve ao seu lado mais uma vez, como atestam seus adversários. Afinal, não se deve esquecer que o Libertad é o clube de coração de Nicolas Leóz, presidente da Conmebol e cartola influente na federação paraguaia. [MA]

Apresentação dos clubes

Pronto para a próxima

Campeão do Clausura 2007

Se fosse um clube europeu, seria... ...o Lyon. Com a chegada do atual presidente, o clube se reestruturou e superou as equipes mais tradicionais do país. O time fez boas campanhas no cenário internacional, mas ainda não consegue fazer frente às potências continentais

59 2/18/08 6:34:57 PM


x

13/2 Cruzeiro

x

21/2 San Lorenzo

x

26/2 Caracas

x

San Lorenzo Real Potosí Cruzeiro Real Potosí

Danubio

tabela.indd 2

x x

18/3 Caracas

x

25/3 San Lorenzo

x

Dep. Cuenca

12/2 Dep. Cuenca

x

14/2 Lanús

x

21/2 Dep. Cuenca

x

26/2 Estudiantes

x

Estudiantes Danubio Danubio Lanús

Atlas

5/3 Danubio

20/2 U. Maracaibo

x

21/2 Atlas

x

28/2 U. Maracaibo

x

6/3 Boca Juniors

x

Boca Juniors Colo-Colo Colo-Colo Atlas

Cienciano

x

13/3 Lanús

x

18/3 Estudiantes

x

20/3 Dep. Cuenca

x

x

14/2 Cienciano

x

19/2 C. Bolognesi

x

27/2 Flamengo

x

Flamengo Nacional Nacional Cienciano

Arsenal

2 x0 1 x2

Mineros de Guayana

Atlas

2 x0 0x1

La Paz

Cruzeiro

3x1 3 x2

Cerro Porteño

Deportivo Olmedo

1 x0 0x3

Lanús

Cienciano

1 x0 0x0

Montevideo Wanderers

Boyacá Chicó

4x3 0x 1

Audax Italiano

1º/4 Real Potosí 3/4 Cruzeiro

Estudiantes Dep. Cuenca Danubio Lanús

12/3 Atlas

x

20/3 Colo-Colo

x

25/3 U. Maracaibo

x

27/3 Boca Juniors

x

U. Maracaibo Boca Juniors Atlas Colo-Colo

6/3 Nacional

x x

19/3 Flamengo

x

25/3 C. Bolognesi

x

Flamengo C. Bolognesi Nacional Cienciano

Regulamento A Copa Santander Libertadores da América 2008 é disputada por 38 equipes. Doze clubes jogam a fase preliminar em partidas eliminatórias. Os vencedores juntam-se aos pré-classificados, e os 32 formam oito chaves com quatro clubes cada. Os dois melhores de cada grupo classificam-se para as oitavas-de-final. Caso haja empate em pontos, os critérios de desempate são: a) saldo de gols; b) gols pró; c) gols pró como visitante; d) sorteio. Para definir os confrontos da terceira fase, é feito um ranking apenas com os primeiros colocados (equipes 1 a 8) e outro com os segundos (equipes 9 a 16). O time 1 enfrenta o 16, o 2 pega o 15 e assim por diante. A partir daí, há duelos eliminatórios em que se classificam os times de acordo com: a) pontos; b) saldo de gols; c) gols

x x

16/4 San Lorenzo

x

Caracas San Lorenzo Cruzeiro Caracas

Lanús

27/3 Danubio

x

2/4 Lanús

x

15/4 Danubio

x

15/4 Estudiantes

x

Dep. Cuenca Estudiantes Lanús Dep. Cuenca

U. Maracaibo

9/4 Atlas

x

10/4 Colo-Colo

x

22/4 Colo-Colo

x

22/4 Boca Juniors

x

Flamengo

11/3 Cienciano

x

16/4 Real Potosí

Colo-Colo

Cel. Bolognesi

13/2 C. Bolognesi

Caracas San Lorenzo Cruzeiro Real Potosí

Estudiantes

Boca Juniors

Pré-Libertadores

60

4/3 Cruzeiro 11/3 Real Potosí

grupo 1

12/2 Caracas

San Lorenzo

Real Potosí

grupo 2

Cruzeiro

Boca Juniors U. Maracaibo Atlas U. Maracaibo

grupo 3

Caracas

Nacional-URU

3/4 Nacional

x

9/4 Cienciano

x

23/4 Flamengo

x

23/4 Nacional

x

C. Bolognesi Flamengo C. Bolognesi Cienciano

grupo 4

Tabela

1 2 3 4 5 6 7 8

fora de casa; d) pênaltis. Isso só muda na decisão, em que, no caso de igualdade no saldo de gols ao final do segundo jogo (gols fora de casa não são considerados), há prorrogação. Persistindo o empate, a decisão será nos pênaltis. Se um finalista for mexicano, necessariamente jogará a primeira partida da decisão em casa. Na Libertadores, os cartões amarelos são revertidos em multas (US$ 100 no primeiro e US$ 200 nos demais), sem suspensões. Cartões vermelhos rendem suspensão de uma partida. A Conmebol exige estádios com pelo menos 40 mil lugares na final e 20 mil no resto do torneio. A lista de inscritos deve ser enviada à Conmebol 48 horas antes da estréia de cada clube. Depois do fim da fase de grupos, e até o início das semifinais, são permitidas três mudanças na lista – necessariamente entre uma fase e outra.

2/15/08 5:52:50 PM


13/2 San Martín

x

20/2 América

x

26/2 San Martín

x

27/2 River Plate

x

River Plate U. Católica U. Católica América

13/2 Cúcuta

x

19/2 Chivas

x

28/2 Cúcuta

x

4/3 Santos

x

grupo 7

x

27/2 Atl. Nacional

x

5/3 São Paulo

x

6/3 Atl. Nacional

x

Santos San José San José Chivas

grupo 8

x

26/3 River Plate

x

26/3 San Martín

x

Sp. Luqueño São Paulo Audax Sp. Luqueño

11/3 Chivas

x

19/3 San José

x

27/3 Cúcuta

x

1º/4 Santos

x

x

20/2 LDU Quito

x

4/3 LDU Quito

x

5/3 Fluminense

x

Libertad Fluminense Libertad Arsenal

x

18/3 Audax

x

20/3 Sp. Luqueño

x

2/4 São Paulo

x

3/4 Atl. Nacional

x

x

12/3 Arsenal

x

19/3 Libertad

x

26/3 LDU Quito 2/4 Fluminense

8º melhor segundo colocado

A 7º melhor segundo colocado

B

oitavas-de-final

x 3º melhor primeiro colocado

x

6º melhor segundo colocado

C

x 4º melhor primeiro colocado

x

5º melhor segundo colocado

D

x 5º melhor primeiro colocado

x

x

E 3º melhor segundo colocado

F

x 7º melhor primeiro colocado

x

Atl. Nacional São Paulo Sp. Luqueño Audax

x

17/4 River Plate

x

17/4 U. Católica

x

Santos

8/4 San José

x

9/4 Chivas

x

16/4 San José

x

16/4 Santos

x

x x

LDU Quito Fluminense Arsenal Libertad

vencedor do jogo A

Cúcuta Santos Chivas Cúcuta

Sp. Luqueño

10/4 Sp. Luqueño

x

10/4 Audax

x

23/4 Sp. Luqueño

x

23/4 São Paulo

x

Atl. Nacional São Paulo Audax Atl. Nacional

Libertad

8/4 Arsenal

x

8/4 Libertad

x

17/4 Fluminense

x

17/4 Libertad

x

x

Fluminense LDU Quito LDU Quito Arsenal

vencedor do jogo H

I

x vencedor do jogo B

x

vencedor do jogo G

J

x vencedor do jogo C

x

vencedor do jogo F

K

x vencedor do jogo D

x

vencedor do jogo E

L

x

4º melhor segundo colocado

x 6º melhor primeiro colocado

Cúcuta Santos Chivas San José

San Martín River Plate San Martín América

x

2/4 América

LDU Quito

x 2º melhor primeiro colocado

1º/4 U. Católica

São Paulo

Fluminense

20/2 Arsenal

River Plate San Martín U. Católica América

1 2 3 4 5 6 7 8

Univ. Católica

San José

Audax Italiano

Arsenal

melhor primeiro colocado

x

13/3 América

Cúcuta

Atl. Nacional

19/2 Audax

12/3 U. Católica

quartas-de-final

grupo 6

Chivas Gdl.

River Plate

Tabela

Dep. San Martín

2º melhor segundo colocado

G

semifinais

grupo 5

América

vencedor do jogo I

x

vencedor do jogo L

M

x vencedor do jogo J

x

vencedor do jogo K

N

x

8º melhor primeiro colocado

x x

tabela.indd 3

melhor segundo colocado

H

final

x vencedor do jogo M

x x

vencedor do jogo N

61 2/15/08 5:53:00 PM


História

Ausências

Algumas das equipes de maior tradição na Libertadores ficaram de fora da edição deste ano. Ainda assim, seus legados no torneio estão intactos por Ubiratan Leal

izem que a história é contada pelos vencedores. Pode não ser a completa verdade, mas, no mínimo, a versão mais difundida dos fatos é a dos ganhadores. A Libertadores não foge a essa lógica. As características do passado do torneio podem ser identificadas pela trajetória de seus grandes esquadrões, das potências que fizeram dela a competição mais importante do futebol sul-americano. Isso é tão forte que permanece vivo mesmo com vários desses protagonistas ausentes da edição de 2008. Ainda que forças como Boca Juniors, São Paulo, Nacional-URU, Cruzeiro, River Plate e até o bissexto Estudiantes acrescentem peso à Libertadores-2008, há muita gente importante de fora. O torneio deste ano não verá, por exemplo, seu maior campeão, o Independiente. Também não contará com seu freqüentador mais assíduo e maior pontuador, o Peñarol. A única real potência fora do eixo Argentina-BrasilUruguai, o Olimpia, é outro ausente. A lista de clubes ilustres que ficaram de fora não pára por aí. Há times intermediários na América do Sul que também deixaram uma marca e não estarão presentes em 2008. Pelo domínio que exerceram em seus países ou pela capacidade de encarar os principais times do continente, América de Cali, Barcelona de Guaiaquil, Cobreloa e Universitario mostraram que centros menos tradicionais como Colômbia, Equador, Chile e Peru podem produzir futebol competitivo. Veja nas próximas páginas um resumo da importante trajetória de alguns desses clubes. São potências continentais ou forças de alcance nacional, algumas decadentes, outras apenas em má fase. Não importa. Essas equipes construíram a história da Libertadores, ainda que, neste ano, tenham de ver os outros fazerem isso enquanto pensam em um eventual retorno no futuro. [RM]

62 história.indd 2

Títulos

Por que está de fora

Participações Colocação no ranking de pontos da Libertadores

Destaques na história

Getty Images

D

Ind pendiente Independ 7 18 12º

Ficou em sétimo na temporada 2006/7 Ricardo Bochini, Daniel Bertoni, Jorge Burruchaga Santos 2x3 Independiente (Rio de Janeiro, 22/7/1964)

Não há como dissociar o Independiente da história da Libertadores. O clube de Avellaneda é o único tetracampeão seguido da competição e, alternadamente, detém o recorde de sete conquistas. Tais números valeram ao Rojo o apelido de “Rey de Copas” e fizeram com que o estádio do clube fosse batizado de Libertadores de América. Para construir tamanho currículo, o Independiente foi um dos precursores do futebol catimbado e violento na competição. Muitos de seus jogos na Argentina viraram batalhas, transformando Avellaneda em um território hostil a qualquer visitante. Ainda assim, não dá para negar que o time sabia jogar bola. Em 1964, o Rojo impediu o tri do Santos de Pelé ao vencer duas vezes o Peixe nas semifinais. Na década de 1970, a mais gloriosa do clube, a dupla Bochini-Bertoni encantava, com o primeiro armando as jogadas para o segundo concluir. Atualmente, tem evitado gastos em reforços para terminar a modernização de seu estádio – que, claro, continuará se chamando Libertadores de América.

Partida histórica

2/15/08 12:43:13 PM


sentidas

Independiente (ARG)

Boca Juniors (ARG)

História

Os campeões

Peñarol (URU)

Estudiantes (ARG) Nacional (URU) Olimpia (PAR) São Paulo (BRA)

Cruzeiro (BRA) Grêmio (BRA) River Plate (ARG) Santos (BRA)

Argentinos Juniors (ARG) Atlético Nacional (COL) Colo-Colo (CHI) Flamengo (BRA) Internacional (BRA) Once Caldas (COL) Palmeiras (BRA) Racing (ARG) Vasco (BRA) Vélez Sársfield (ARG)

O Independiente, maior campeão da Libertadores, não está presente no torneio deste ano

Peñarol ol 5 37 1º

Ficou em quinto na Liguilla classificatória para a Libertadores

0

Venancio Ramos, Alberto Spencer, Pedro Rocha

Foi o oitavo colocado na temporada 2007 Agustín Delgado, Marcelo Trobbiani, Mario Saralegui Barcelona 1x0 River Plate (4x3 nos pênaltis) (Guaiaquil, 12/9/1990)

Santos 2x3 Peñarol (Santos, 2/8/1962)

Apesar de estar atrás de Boca Juniors e Independiente no número de títulos, o Peñarol talvez seja o clube mais emblemático da Libertadores. Foram décadas de equipes competitivas, que despertavam o temor dos adversários pelo clima pesado do Estádio Centenário, pelos métodos duros de jogar e pela qualidade técnica inegável de nomes como Spencer (maior artilheiro da história da competição), Pedro Rocha, Mazurkiewicz, Pablo Forlán, Fernando Morena e Venancio Ramos. Muitos brasileiros já sofreram nas mãos peñarolistas: a “Academia” do Palmeiras e o Santos de Pelé caíram na década de 1960. Em 1982, os Manyas foram carrascos em dose tripla, deixando pelo caminho São Paulo, Grêmio e Flamengo. Essa história parece difícil de se repetir, considerando a desorganização interna do clube e, principalmente, a dificuldade de um time uruguaio manter seus melhores jogadores no elenco por muito tempo.

história.indd 3

Barrcellonaa-EQ QU 21

13º

Sempre que se fala em time equatoriano, ouve-se que “só é preciso tomar cuidado com a altitude”. Então devese tirar o chapéu para o Barcelona. O time do Equador com melhor histórico na Libertadores é da litorânea Guaiaquil e nunca teve ajuda atmosférica em suas partidas. Ainda assim, já eliminou grandes equipes e chegou a duas finais do torneio.

63 2/15/08 12:43:31 PM


História

Quem mais jogou (até a Libertadores-2007)

37 participações Peñarol (URU)

35 participações Olímpia (PAR)

Olimpia ia 3 35 4º

Segundo colocado entre os que não venceram nenhum torneio no Paraguai em 2007 Ever Almeida, Raúl Amarilla, Jorge Guasch Olímpia 2x0 Boca Juniors (Assunção, 22/7/1979)

Ninguém discute que, historicamente, as potências da Libertadores são os clubes argentinos, brasileiros e uruguaios. No entanto, um observador mais cuidadoso perceberá que há um intruso. O Olimpia nem sempre é levado em consideração quando se listam os grandes sul-americanos, mas tem uma trajetória de respeito no torneio. Logo na primeira edição, o time paraguaio chegou à decisão. Não foi fogo de palha. O Decano é o único clube a chegar à final da Libertadores em todas as décadas. Com isso, conquistou três títulos, número superado apenas por Independiente, Boca Juniors e Peñarol. Depois do último, em 2002, o clube entrou em crise e está de fora de sua quarta Libertadores seguida, acontecimento inédito.

34 participações Nacional (URU)

31 participações Cerro Porteño (PAR)

28 participações River Plate (ARG)

G Grêmio 2

11

Palm Pa alme almei eiras eiras as 18º

25 participações Bolívar (BOL) Colo-Colo (CHI) Universitario (PER)

21 participações Barcelona (EQU) El Nacional (EQU)

20 participações Alianza Lima (PER) Boca Juniors (ARG) Universidad Católica (CHI)

18 participações América de Cali (COL) Deportivo Cali (COL) Emelec (EQU) Independiente (ARG)

17 participações Oriente Petrolero (BOL) The Strongest (BOL)

13 participações

64 história.indd 4

Palmeiras (BRA)

13

14º

Foi o sexto colocado no Campeonato Brasileiro 2007

Ficou na sétima colocação no Campeonato Brasileiro 2007

Renato Gaúcho, De León, Jardel

Marcos, Ademir da Guia, Alex

Estudiantes 3x3 Grêmio

Corinthians 2x3 Palmeiras (4x5 nos pênaltis)

27 participações Sporting Cristal (PER)

1

No Brasil, “Grêmio” é sinônimo de “estilo sul-americano de jogar” (ultimamente, de torcer também). Ou seja, raça, catimba, marcação e resultados que não vão além do necessário para conseguir as vitórias. Parte dessa fama foi adquirida em suas 11 participações na Libertadores, com “batalhas” contra times argentinos, uruguaios e paraguaios – e, claro, contra outros times brasileiros, como Flamengo, Vasco, Palmeiras, Botafogo, Corinthians e Santos, que foram eliminados pelo tricolor gaúcho.

Primeiro brasileiro finalista da competição, o Palmeiras é o clube do país com mais participações no torneio (será igualado pelo São Paulo em 2008). Ainda que o aproveitamento em finais não seja dos maiores (ganhou apenas uma de quatro decisões), o Alviverde merece crédito por ter incorporado à história do torneio nomes como Ademir da Guia, Djalma Santos, Julinho Botelho e Valdir de Moraes. Além disso, poucos clubes podem dizer que impediram duas vezes que o grande rival ganhasse a Libertadores quando esteve mais perto.

Un niversittario 0 25 11º

Ficou em quarto lugar na temporada 2007 do Peru Héctor Chumpitaz, Juan Carlos Oblitas, Percy Rojas Racing 1x2 Universitario (Avellaneda, 15/6/1967)

O futebol peruano teve um grande período na década de 1970. Vários craques surgiram, e não é exagero afirmar que o país foi a terceira força da América do Sul no período. Como não havia grande concentração dos talentos em poucos times (diferentemente de Uruguai e Paraguai, por exemplo), os clubes incaicos nunca tiveram grande sucesso na Libertadores. A exceção é o Universitário, que conseguiu algumas façanhas, como bater o time que viria a ser campeão mundial, o Racing, em Avellaneda, e disputar a final de 1972, depois de eliminar os míticos Nacional e Peñarol no triangular semifinal.

2/15/08 12:43:44 PM


História

Jorge Adorno/Reuters

O Olimpia (de preto e branco) é o time mais bem-sucedido fora do eixo BrasilArgentina-Uruguai

Cobreloa Co Cob reloa eloa 0

13

América 22º

Foi o quinto colocado na temporada 2007 do Chile Óscar Wirth, Enzo Escobar, Héctor Puebla Nacional-URU 1x2 Cobreloa (Montevidéu, 8/10/1981)

O Cobreloa teve apenas um brilho momentâneo, mas fez muito barulho nesse período. Jogando algumas partidas na altitude de Calama, transformava a vida dos visitantes em um inferno com seu futebol viril (por vezes, violento). Desse modo, chegou à final de 1981, quando tinha apenas quatro anos de vida, e em 1982. Na primeira decisão, a genialidade de Zico impediu os Loínos de comemorarem o título. No ano seguinte, foi a vez de o Peñarol bater os laranjas na decisão. Mesmo depois de virar um time médio, o Cobreloa ainda é sinônimo de jogo sujo e anfitrião hostil para muita gente.

história.indd 5

0 18 7º

Ficou em sétimo na temporada 2007 da Colômbia Ricardo Gareca, Antony de Ávila, Freddy Rincón Peñarol 1x0 América de Cali (Santiago, 31/10/1987)

Se o América de Cali fosse um clube brasileiro, seus torcedores ouviriam intermináveis gozações a respeito das “amareladas” na Libertadores. Os Escarlatas já estiveram em quatro finais – três consecutivas – e perderam todas. A mais dramática foi em 1987. Os colombianos venceram o Peñarol em casa e perderam fora. No jogo extra, o empate por 0 a 0 daria o título ao América, mas Diego Aguirre fez o gol definitivo aos 14 minutos do segundo tempo da prorrogação. Na Argentina, comenta-se que o River só deixou sua sina de derrotas na Libertadores de lado porque pegou o América, um time ainda pior em decisões, nas duas finais que ganhou. Com o fim do financiamento do Cartel de Cáli, o clube entrou em decadência, e o passado de glórias, em que foi uma força continental, parece distante de voltar.

65 2/15/08 12:43:53 PM


A Várzea 66 varzea.indd 2

A Conmebol se viu em um dilema para organizar mais uma edição da Libertadores. A entidade não sabia se permitia ou não a realização de partidas em lugares um pouco acima do nível das nuvens, quase do lado da casa de São Pedro, no alto do morro. Como ninguém nunca ouviu qualquer reclamação de times que disputam o campeonato do Nepal, realizado logo ali, num lugar baixinho chamado Everest, acharam melhor acabar com a frescura. Do alto de sua autoridade, a Conmebol liberou jogos nas terras das lhamas. Foi o suficiente para começar a chiadeira. O Flamengo só aceitaria entrar em estádios situados no mesmo nível do mar, a 36º C, com muita água de côco, futevôlei, mulheres bronzeadas e o funk pancadão solto para animar a galera. O Fluminense entrou na onda e se solidarizou com seu “merrmão”. Como sinal de apoio, o São Paulo decidiu deixar o torneio de lado, pois não aceitaria enfrentar um clube italiano chamado Audax. Ué, se é Libertadores da América, o que esses europeus vêm fazer aqui? O Santos achou uma blasfêmia ter pela frente um time com nome pornográfico em seu grupo e outro que incentiva o consumo de bebidas alcoólicas escocesas (se ainda fosse uma pinguinha marvada...). Como clube ca-tó-li-co, preferiu nem saber se o Cúcuta estava com dono novo. Restava o Cruzeiro, mas as pedradas do Cerro Porteño deixaram claro que estava aberta a temporada de caça à Raposa. E assim o caos prevaleceu: Universidad Católica, Universidad San Martin, Estudiantes e Cienciano debateram como o Atlas podia ter um erro geopolítico tão grave (México na América do Sul?) e discutiram dialeticamente como o Nacional poderia disputar um torneio internacional. Para dar mais molho à discussão, colocaram o Coronel Bolognesi no meio e até exaltaram um possível favorecimento a Libertad e América para

justificar a exclusão de ambos. Como La Paz ficou de fora, ninguém quis aceitar o Arsenal para não deixar o ambiente ainda mais conturbado. O Boca se calou e caiu fora quando soube que poderia jogar contra um time de Cueca, ops, Cuenca. Com todo mundo debandando, seria campeão quem se dispusesse a participar da competição em qual-

quer circunstância. Assim, só restou à Conmebol declarar Los Trotamundos de Paco Salchicha como legítimos campeões continentais por WO, mesmo que o clube nunca tenha ido mais longe do que lhe permite o bilhete do metrô. Classificada para o Mundial da Fifa, a equipe só faz uma exigência: que a decisão do torneio seja em seu estádio, El Calderón de La Bárcea.

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2/15/08 12:44:38 PM


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