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Temos
ATAQUE Versatilidade, rapidez e oportunismo: Pato e Keirrison prometem encerrar o jejum de goleadores brasileiros
CRUZEIRO
EDMUNDO Uma carreira que não quer acabar
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Não temos árbitros melhores que Simon? O que deu errado para Felipão no Chelsea A épica chegada de Maradona à Itália
nº 37 | mar/09 | R$ 8,90
Kléber: “A Ucrânia não é vitrine para ninguém”
Buenos Aires: a cidade mais fanática das Américas
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EDITORIAL
Talento e expectativa Edmundo foi um dos jogadores mais talentosos da década de 1990. Quem o viu surgir no Vasco no início de carreira, explodir no Palmeiras bicampeão paulista e brasileiro, tomar para si o Brasileirão de 1997 e ajudar a conduzir uma Fiorentina mediana à disputa do título italiano sabe que não houve muitos melhores que ele nas últimas duas décadas. Mas o Animal não foi “apenas” um ótimo jogador. Trata-se de um grande personagem. E aí não leia “jogador polêmico”, porque seria simplificar demais. O niteroiense sempre foi, acima de tudo, um ídolo mortal, falível. E isso é uma qualidade, independentemente dos erros que ele cometeu para ganhar essa fama. No excesso de bom-mocismo que assolou o futebol mundial, com indivíduos pasteurizados que insistem em discursos óbvios e esquivos para não dizer nada, é animador ver um jogador que não esconde seus dilemas e traumas. Isso o aproxima do torcedor, o torna mais humano. E é por isso que, até hoje, palmeirenses e vascaínos o tratam com carinho. Infelizmente, Edmundo nem sempre soube gerenciar seu próprio modo de ser e acabou se envolvendo em confusões suficientes para minar sua carreira, sobretudo na Europa e na Seleção. Foi reserva de Bebeto na Copa de 1998 e não recebeu uma oportunidade em um grande clube da Europa, algo que ele tinha potencial para conseguir. Os reveses de Edmundo servem de alerta para Alexandre Pato e Keirrison. Ambos, como o Animal, mostraram em pouco tempo terem talento para estarem entre os melhores atacantes do Brasil. Ambos têm a vantagem de enfrentar uma “concorrência” mais tranquila em sua geração (basta comparar Ronaldo, Romário, Müller e Bebeto com Luís Fabiano, Adriano, Fred e Afonso), mas o ex-vascaíno prova que nem sempre a capacidade técnica é suficiente para vencer na carreira. Eles podem se inspirar em Edmundo no modo como se aproximar da torcida para se tornar um ídolo. Mas também precisam evitar os erros do Animal para terem sucesso proporcional ao talento. Para, em 2020, não precisarmos escrever um parágrafo explicando aos mais jovens por que eles foram dois dos melhores jogadores do mundo. Como tivemos de fazer com Edmundo neste texto.
w w w. t r i v e l a . c o m Editor executivo Caio Maia Editor Ubiratan Leal Reportagem Gustavo Hofman, Leonardo Bertozzi, Mayra Siqueira (trainee) e Pedro Teixeira (trainee) Consultoria editorial Mauro Cezar Pereira Colaboradores Fábio Fujita, João Tiago Picoli, Márcio Leonardo Rodrigues, Nair Horta e Ricardo Espina Revisão Luciana Zambuzi Projeto gráfico / Direção de arte Luciano Arnold Design / Tratamento de imagem Bia Gomes Capa Andreas Solaro/AFP (Alexandre Pato) Ricardo Matsukawa/Futura Press (Keirrison) Jorge R. Jorge (Edmundo) Agradecimentos Antônio Carlos Munhoz Dias e Lucas Americano da Costa
Central do assinante www.trivela.com/revista (11) 3038-1406 trivela@teletarget.com.br
CONFIRA NESTE MÊS 6/3 Entrevista Ewerthon “Melhor a segundona espanhola que o Brasil”, diz atacante do Zaragoza
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TODA SEMANA Acompanhe colunas com análise e informações do futebol de todo o mundo
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Circulação LM&X - (11) 3865-4949 lele@lmx.com.br
13/3 Entrevista Rodolfo Zagueiro do Lokomotiv fala das expectativas para o Campeonato Russo
25/3 História Copa das Feiras Conheça a competição que deu origem à Copa Uefa 31/3 Corrida pelo acesso na Europa Veja como será a reta final nas segundas divisões pelo continente
Atendimento ao jornaleiro LM&X - (11) 3865-4949 atendimento@lmx.com.br Redação (11) 3474-0119 contato@trivela.com
21/3 Quartas-de-final da LC Trivela faz a prévia dos confrontos entre os oito melhores da Europa Fotos Divulgação
Para quem gosta de seguir os campeonatos com papel e caneta
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é uma publicação mensal da Trivela Comunicações. Todos os artigos assinados são de responsabilidade dos autores, não representando necessariamente a opinião da revista. Todos os direitos reservados. Proibida a cópia ou reprodução (parcial ou integral) das matérias e fotos aqui publicadas Distribuição nacional Fernando Chinaglia Impressão Vox Editora Tiragem 30.000 exemplares
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ÍNDICE 34
CAPA » SELEÇÃO Alexandre Pato e Keirrison são a esperança para a Copa de 2014, mas, com os outros atacantes em baixa, já poderiam pintar em 2010
ENTREVISTA » ARBITRAGEM NEGÓCIOS CULTURA
Três Copas para Simon: é uma boa?
Clubes investem em setor VIP nos estádios
Como conhecer o estádio do seu time
COPA DO MUNDO TÁTICA
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KLÉBER
2018 e 2022 estão logo ali
Barcelona vai para o ataque, e dá certo
INGLATERRA HISTÓRIA FRANÇA
Big Phil volta a ser Felipão
Com Maradona, o Napoli virou time grande
Paris Saint-Germain vê uma luz
CAPITAIS DO FUTEBOL »
BUENOS AIRES
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OPINIÃO ENCHENDO O PÉ
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PERFIL » EDMUNDO
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GERAL
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PENEIRA
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EXTRACAMPO
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CADEIRA CATIVA
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eu A fiscalizo a VÁRZEA
Copa Copa p 2 201 014 01 4 Fotos Jorge R. Jorge
Aos 37 anos, Edmundo vive o maior dilema de sua carreira: parar de jogar ou insistir mais um ano?
JOGO DO MÊS
Comitiva da Fifa esteve no Brasil para vistoriar as cidades candidatas: conheceu índios, axé music e muitos slides
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1x2 JOGO DO MÊS
por Caio Maia
Para a história Claudio Santana/AFP
Em sua reestreia na Libertadores, o Sport mostrou que não entrou no torneio para ser um coadjuvante
COLO-COLO Muñoz; Riquelme, Mena, Jara (Opazo) e Salcedo; Millar, Sanhueza, Meléndez (Carranza) e Macnelly Torres (Cortes); Barrios e Moya. Técnico Marcelo Barticciotto
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1x2 Data 18/fevereiro/2009 Local Estádio Monumental David Arellano (Santiago-CHI) Árbitro Saúl Laverni (Argentina) Gols Ciro (6min), Wilson (44min) e Barrios (70min) Cartão amarelo Carranza, Jara, Hamilton e César
SPORT Magrão; Igor, César e Durval; Moacir, Hamilton, Andrade, Paulo Baier (Fumagalli) e Dutra; Wilson (Sandro Goiano) e Ciro (Weldon). Técnico Nelsinho Baptista
agrão; Igor, César e Durval; Moacir, Hamilton, Andrade, Paulo Baier (Fumagalli) e Dutra; Ciro (Weldon) e Wilson (Sandro Goiano). No papel, não é um time de encher os olhos, mas foi esse grupo que, pela primeira vez na história, garantiu o triunfo de um time brasileiro diante do Colo-Colo em Santiago pela Libertadores. Uma façanha que não coube a um dos grandes de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais ou Rio Grande do Sul, mas ao Sport. Não foi um feito menor o da equipe nordestina, que voltava à Libertadores depois de 21 anos e que era vista como zebra no grupo mais forte da edição 2009 no torneio. Até porque o time chileno já mostrara sua força nos últimos anos, ao chegar a uma final de Copa Sul-Americana em 2006, atropelar o Boca Juniors na Libertadores 2008 e conquistar cinco dos últimos seis Campeonatos Chilenos. Excetuando os pernambucanos, os demais davam o favoritismo aos colocolinos, ainda que a imprensa brasileira fizesse um esforço para não desdenhar do “primo pobre” nacional. Mas não era o que pensavam os rubro-negros, muito menos seu treinador Nelsinho Baptista, que dez anos antes esteve no comando dos Albos. O Sport não precisou de mais do que seis minutos para ferir o Cacique, e colocar a faca no pescoço dos favoritos LDU e Palmeiras. Repetindo a marca de suas estreias anteriores, coube a Ciro, aos 19 anos, definir a partida. O primeiro gol foi dele. O segundo, aos 44 minutos do primeiro tempo, saiu de um passe seu. O Colo-Colo ainda diminuiu no segundo tempo, com Lucas Barrios, autor de 37 gols em 38 jogos em 2008. Porém, nunca ameaçou realmente a vitória pernambucana. Se até o final da partida de Santiago a conta das equipes do grupo era de que com dez pontos se classificariam. Depois dela, palmeirenses e equatorianos franziram a testa. Se vencer os três jogos na Ilha do Retiro, plano desde o início da competição, o Leão somará 12 pontos. Cabe ao time manter o ritmo, e criar uma enorme dor de cabeça aos favoritos do tal “grupo da morte”.
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Lucas Americano da Costa
GERAL » BRASIL
Calcanhar de Aquiles
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16 mil para 32 mil torcedores duraram 12 meses, seis a mais que o previsto, e consumiram R$ 55 milhões do governo estadual. Além disso, as intervenções implicaram em problemas com o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano da cidade. A experiência conturbada no Pituaçu fez os soteropolitanos mudarem de planos para a Copa de 2014. Ao invés de demolir a Fonte Nova e construir uma nova arena, o governo local decidiu apenas reformar o estádio. Tantas idas e vindas tiraram o favoritismo automático de Salvador como maior – e com mais tradição no futebol – cidade do Nordeste. “Por causa desses pro-
O Treze decidiu aposentar a camisa 13 de todas suas modalidades esportivas. O clube paraibano usará o número apenas em artigos comercializados para a torcida
blemas, Salvador ficou para trás de algumas vizinhas nordestinas, como Recife e Fortaleza”, afirma uma pessoa envolvida nos projetos para o Mundial. A movimentação é grande. O prefeito João Henrique Carneiro (PMDB) e o governador Jacques Wagner (PT), adversários políticos, são obrigados a atuar em conjunto. O fim do atrito ajudou a dar uma força à capital baiana. “Salvador já está disputando para sediar um dos jogos das Eliminatórias para a Copa de 2010”, comenta Ricardo Teixeira, presidente da CBF, sem deixar claro se a Fonte Nova conseguiria ser reformada até novembro. [GH]
Jorge R. Jorge
Campeonato Baiano marcou o retorno do Bahia a Salvador. Com a entrega das obras do estádio do Pituaçu, o Tricolor não precisou mais ir ao interior para ter onde mandar seus jogos, uma necessidade desde que um degrau da arquibancada da Fonte Nova cedeu no final de 2007. No entanto, o problema da capital baiana com estádios está longe de ser resolvido, o suficiente para tirar o favoritismo da cidade na corrida para sediar a Copa de 2014. A dificuldade em contornar o problema foi notável. As obras que modernizaram e ampliaram a capacidade do Pituaçu de
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“É ridículo. Esse cara deve ser preso, somente isso. Foi uma vergonha o que ele fez e vai continuar fazendo”
RAPIDINHAS
Leão, técnico do Atlético Mineiro, em crítica a Alício Pena Júnior, árbitro de Cruzeiro 2x1 Atlético
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FORAGIDO Arílson, ex-meia do Grêmio e da Seleção, foi considerado foragido do presídio de Bento Gonçalves. Ele foi detido por dever R$ 227 mil em pensão alimentícia ao filho de 12 anos. O jogador passou uma noite na cadeia, mas foi solto com o compromisso de retornar nos dias seguintes, o que não ocorreu. Aos 35 anos, o jogador assinou com o Metropolitano, de Blumenau.
TRAGÉDIA Wescley, zagueiro do Esporte de Patos, foi encontrado morto no açude do Mocambo, em São José das Espinharas. O jogador ficou desaparecido por cinco dias, até que o pai e o irmão do atleta encontraram o corpo. De acordo com familiares, Wescley ficou abatido após a derrota de sua equipe para o Nacional por 6 a 1. Ele teria bebido e, em seguida, ido ao sítio da família, perto do açude.
A GUANABARA É NOSSA A vitória sobre o Flamengo por 3 a 1 na semifinal da Taça Guanabara, o Resende reforçou o bom momento dos times pequenos no primeiro turno do Estadual do Rio. Nas últimas cinco edições, cinco vezes um clube pequeno ou médio chegou à decisão do torneio: Volta Redonda e Americano em 2005, América em 2006, Madureira em 2007 e, agora, Resende em 2008. Entre 1965 e 2004, apenas sete vezes o fenômeno ocorreu.
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por Ricardo Espina
Mar turbulento José Henrique Coelho era presidente do MUV (Movimento Unido Vascaíno) e um dos principais opositores a Eurico Miranda no Vasco. Quando Roberto Dinamite foi eleito presidente do clube, ele virou vice-presidente de marketing. Sete meses depois, deixou o cargo atirando contra a atual diretoria. O ex-dirigente entregou à imprensa uma carta com graves denúncias, como a existência de caixa dois no clube, nepotismo e fraude de R$ 13 milhões no orçamento de 2009. Procurado pela Trivela, Coelho não mudou sua postura. “Não me surpreende o fato de o presidente não ter negado as denúncias. Até porque elas atingiram onde ele é mais fraco: na hora de tomar uma decisão”, afirma. Para ele, pouca coisa mudou depois de suas acusações. “O que aconteceu foi que a atual oposição, antiga situação, pediu uma reunião no Conselho Deliberativo para a diretoria se explicar. Os hábitos de deputado do Roberto persistem, como dar camisas para um, ingressos para outro...”, critica. Atualmente afastado do clube, mas pretendendo seguir o trabalho de oposição, o ex-dirigente ainda insinua que o Fluminense trabalhe contra a atual diretoria do Vasco. “O Flu tem sido um ancoradouro do Eurico nos bastidores”.
PRIMO DE PEIXE O São Paulo de Rio Grande apostou em Thiago Verri para se dar bem na segunda divisão do Gaúchão. O jogador, de 23 anos, espera que o sucesso nos campos seja genético. Ele é primo de Dunga e, assim como o treinador da Seleção, é volante.
Gustavo Hofman/Trivela
Número de bolas que bateram na trave em Ituano 2x0 Santos pelo Campeonato Paulista. O Santos foi responsável por seis dos chutes, sendo apenas Kleber Pereira o autor de quatro
Giovanni
Minha introversão atrapalhou na Seleção por Gustavo Hofman
O que motivou a ida ao Mogi Mirim? Foi principalmente minha amizade com o Rivaldo. Ele precisava de um jogador experiente para comandar os mais jovens e me chamou. Depois do torneio, acho que será minha despedida.
“Às vezes é preciso dar um passo para trás para depois dar outro para frente na carreira”
Sua última passagem pelo Santos não foi das melhores. O que aconteceu? O time estava perdido, com muitos jogadores saindo. Estávamos bem com o Gallo. Derrubaram ele e veio outro técnico [Nelsinho Baptista], aí desandou. Por isso aqueles 7 a 1 para o Corinthians? Foi a gota d’água. O Nelsinho não era ruim, mas afastou jogadores assim que assumiu e colocou a culpa neles. Isso racha o grupo.
O meia Thiago Neves opina sobre seu retorno ao Fluminense
HOMENAGEM O jogo Brasil de Pelotas 3x3 Santa Cruz-RS foi o primeiro dos xavantes após a tragédia que matou os jogadores Cláudio Milar e Régis e o preparador de goleiros Giovani Guimarães. Para homenagear Milar, ídolo da torcida, o zagueiro Alex Martins imitou um índio atirando uma flecha para o céu ao marcar o primeiro gol da partida.
Na Seleção, você fez 20 jogos e marcou seis gols. O que faltou para ter mais chances? Na Seleção, o jogador tem que se impor. E eu sou um cara muito introvertido e perdia espaço por causa disso. Não me arrependo de ser assim, mas sei que isso atrapalhou.
Nauro Júnior/Agência RBS
Fernando Souza/CPDoc JB/Futura Press
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Na Copa de 98, você jogou só um tempo. Fui titular na estreia, em um esquema que não tinha treinado. Aquilo me queimou, porque fiz uma função que não era minha. Aí o Zagallo me tirou de vez. Veja a entrevista completa em www.trivela.com/revista
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Marcos Brindicci/Reuters
por Ricardo Espina
“Tenho inveja da capacidade de Mourinho de dizer o que lhe passa pela cabeça. Eu quase nunca digo o que penso. A verdade, muitas vezes, causa controvérsias e brigas”
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Gols de Raúl com a camisa do Real Madrid após o jogo contra o Sporting Gijón, pelo Campeonato Espanhol. O atacante foi às redes duas vezes na partida, tornandose o maior artilheiro da história merengue. Ele estava empatado com Di Stéfano com 307 tentos
Orlando Sierra/AFP
Carlo Ancelotti, treinador do Milan, sobre o colega José Mourinho
Olimpíadas sub-20 Fifa ganhou uma forte aliada na proposta de reduzir a idade dos jogadores que disputam o futebol masculino dos Jogos Olímpicos. A Uefa anunciou apoio à intenção de Joseph Blatter de acabar com a cota de três jogadores acima de 23 anos nas equipes olímpicas. A confederação continental vai mais longe, sugerindo que a idade máxima caia para 20 anos. Nos Jogos de Pequim, em 2008, as seleções tiveram problemas para liberar os jogadores. O Brasil não pôde inscrever Kaká e Robinho. A Argentina também teve dificulade com a convocação de Messi. Como as Olimpíadas não constam no calendário de competições oficiais da Fifa, os clubes europeus entenderam que não tinha obrigação de ceder seus atletas. O caso foi parar no Tribunal Arbitral do Esporte, que foi favorável ao clube espanhol. Messi só participou das Olimpíadas porque insistiu para jogar. O esvaziamento do futebol olímpico é mais um episódio da rivalidade entre Fifa e Comitê Olímpico Internacional. O COI já manifestou desconforto com o fato de o futebol masculino ser um torneio secundário, sem os principais nomes da modalidade.
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Valdano
Robinho se aconselhou com seu ressentimento por Gustavo Hofman e Ubiratan Leal
Os clubes europeus têm contratado muitos adolescentes. Isso não é prejudicial ao jogador? Não apenas ao jogador, mas também para o clube. Crescer dentro da família é fundamental na formação de um atleta e é importante para os clubes terem jogadores com boa formação.
talento. Tinha futuro, mas se aconselhou com seu ressentimento. Quando tentaram contratar o Cristiano Ronaldo, ele ficou contrariado e forçou a saída. Não pensou que é mais fácil ser o maior do mundo com a camisa do Real do que com a do Manchester City.
Então por que isso acontece? É que existem as exceções. Quando aparece um Messi, todo mundo vai atrás de garotos. Até os pais oferecem seus filhos, sem pensar no que pode acontecer com eles. Mas, para cada Messi, há milhares de fracassos que não apareceram nos noticiários.
Você sempre gostou de equipes ofensivas. O fato de times europeus usarem três atacantes é sinal de volta do futebol aberto? Não há prova científica que jogar mal dá mais resultado. O que importa é jogar dentro de um estilo e se impor ao adversário. Para os grandes clubes, acho que eles têm obrigação ética de valorizar o que o futebol tem de melhor.
Faltou maturidade ao Robinho no Real Madrid? Ele chegou muito jovem e não teve tempo de amadurecer seu
Jorge Valdano foi atacante da Argentina e técnico do Real Madrid
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RAPIDINHAS
GERAL » MUNDO
Oito policiais se encaminhavam para as arquibancadas do Defensores del Chaco. O objetivo era fazer a segurança das 10 mil pessoas que viam a final da liga de seleções amadoras do Paraguai. No entanto, o passo dos agentes foi muito para a frágil estrutura do estádio. O piso da rampa de acesso não suportou o peso e cedeu. Os oito policiais caíram, dois morreram, em tragédia muito semelhante à ocorrida na Fonte Nova em 2007, durante um Bahia x Vila Nova pela Série C. Diante da revolta da opinião pública, as autoridades paraguaias tentaram mostrar serviço. Evanhy de Gallegos, prefeita de Assunção, afirmou que o Defensores funcionava sem a liberação do município. A prefeitura havia realizado uma única inspeção no local, em 2008, para um show, mas foram verificados apenas itens como extintores de incêndio e saídas de emergência. O estádio pertence à APF (federação paraguaia) e, em 2006, havia sido vistoriado pela Fifa, que o liberou para jogos das Eliminatórias da Copa de 2010. Após o acidente, a APF solicitou à entidade internacional novas inspeções. E (pasmem!) o local foi aprovado por “estar em ótimas condições, precisando apenas de pequenas reformas estruturais”. Assim, o jogo Paraguai x Chile, programado para 6 ou 7 de junho pelas Eliminatórias Sul-Americanas, deve ser confirmado para o Defensores del Chaco.
PLIN-PLIN Everton e Liverpool empatavam por 0 a 0 pela FA Cup. O tenso dérbi de Merseyside se encaminhava ao final e... o intervalo comercial entrou no ar. Quando a imagem voltou ao estádio, os jogadores do Everton comemoravam o gol da vitória, marcado aos 13 minutos do segundo tempo da prorrogação. A ITV, emissora responsável pela transmissão, afirmou que o sistema falhou e colocou no ar, automaticamente, os comerciais.
Paul Ellis/AFP
Gerardo Villalva/AFP
Fiscalizar para quê?
ESCREVEU, NÃO LEU... O The Sun foi obrigado a indenizar o zagueiro Marco Materazzi. O tabloide inglês acusou o italiano de chamar Zidane de terrorista e usar termos racistas na discussão que culminou na expulsão do francês na final da Copa de 2006. O valor da indenização não foi divulgado. RODA DA FORTUNA Para sanar seus problemas financeiros, Roda JC e Fortuna Sittard decidiram se fundir. Os times holandeses esperam obter até € 20 milhões com a união de forças. A nova equipe mandará seus jogos no Parkstad, atual casa do Roda. O estádio do Fortuna abrigará as categorias de base. ALGUÉM ENCARA? Bixente Lizarazu, campeão do mundo com a França em 1998, pendurou as chuteiras em 2006, mas já encontrou uma nova carreira. Aos 39 anos, o ex-lateralesquerdo ganhou a medalha de ouro no campeonato europeu de jiu-jitsu na categoria sênior. UMA A MENOS Jorge Pinto da Costa, presidente do Porto, livrou-se da acusação de suborno ao árbitro de um jogo contra a Estrela da Amadora em 2004. O dirigente teria oferecido duas prostitutas, em episódio conhecido como “Fruta e Chocolate” (apelidos das mulheres envolvidas). O cartola ainda responde por outras acusações de manipulação de resultados. NÃO, OBRIGADO Lilian Thuram foi convidado pelo presidente francês Nicolas Sarkozy para assumir o cargo de ministro da diversidade. “Não tinha outra alternativa a não ser recusar”, afirmou o ex-zagueiro. No passado, Thuram, nascido na ilha caribenha de Guadalupe, chegou a acusar Sarkozy de fazer um “discurso racista”. CADÊ O REPELENTE? Daniele de Rossi quase desfalcou a Itália no amistoso contra o Brasil por um motivo esdrúxulo. Em um treino, o meia da Roma foi picado por um mosquito, que provocou uma reação alérgica. Após o susto, De Rossi se recuperou a tempo de disputar a partida.
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Elivélton
Há quem pense que veteranos em Franca são apenas o Hélio Rubens, o Helinho e o Rogério Klafke. Pois essa pessoa mudaria de ideia se visse quem é o camisa 10 da Francana.
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Viola
Sabe o que pode ser pior do que estar, aos 40 anos, no Resende? É ver que o time não precisou de você para protagonizar uma das maiores surpresas do semestre.
JOGADORES QUE NINGUÉM ACREDITA QUE DISPUTARAM OS ESTADUAIS
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Luizão
Depois de passar por clubes como Guarani, Paraná, Palmeiras, Vasco, Corinthians, Grêmio, Botafogo, São Paulo, Flamengo e São Caetano, ele finalmente chegou a seu amado Guaratinguetá.
por Ubiratan Leal
e Jorge
Sabe-se que um jogador está em fim de carreira quando, depois de um tempo sumido, ele aparece no Brasiliense. Mas Júnior Baiano foi além e tenta a sorte no Volta Redonda.
R . Jorg
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Júnior Baiano
UM CAMPEONATO MUITO LOUCO A
edição 2009 da segunda divisão do Espírito Santo foi um torneio dos mais estranhos. Com apenas três equipes, foi disputado em pontos corridos e promoveu os dois primeiros. Após entrar em campo apenas três vezes, o tradicional Vitória ficou com o título. O Espírito Santo veio logo atrás. Além do pouco número de jogos, o torneio chamou a atenção pelo técnico do clube vice-campeão. Mohammed AlBelush, apenas 33 anos, nasceu no Omã e veio ao Brasil para fazer um curso de futebol. Virou auxiliar de Luiz Antônio Zaluar no Espírito Santo, mas, com a ida de seu chefe para os Emirados Árabes, foi efetivado no clube de Anchieta. Al Belush se comunica com os jogadores em uma mistura de árabe com “portunhol” (sua mulher é espanhola).
Norberto Duarte/AFP
GERAL » INSÓLITO
Uniforme alternativo O Nacional de Montevidéu entrou em campo de um jeito diferente no jogo contra o xará paraguaio pela Libertadores. Os uniformes do time desapareceram antes do jogo. Às pressas, os dirigentes foram a uma loja em Assunção para comprar um jogo de camisas vermelhas e estampar números e nomes dos jogadores. O Nacional uruguaio venceu por 3 a 0.
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Vitória
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Espírito Santo
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Obs. Vitória x Caxias seria realizado após o fechamento desta edição
Veja como foi a Segundona capixaba de 2009:
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Macedo
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O ex-atacante do São Paulo já tinha até encerrado a carreira. Aceitou convite do Operário-MS para a Série C 2008 e gostou. Agora, defende o Valinhos, da terceirona paulista.
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O símbolo dos melhores (e piores) momentos do Botafogo nos anos 90 desfila sua categoria no Bragantino, onde é comandado por seu ex-companheiro Marcelo Veiga.
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Sorato
Depois de contratar o veterano Sorato, o Tigres do Brasil poderia mudar de nome para Tigrões do Brasil.
Arílson
Ricardo Matsukawa/Futura Press
Quando fugiu da Seleção para priorizar sua promissora carreira no Kaiserslautern, ele não imaginava que acabaria no Metropolitano de Blumenau.
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Sérgio Manoel
Paulinho Kobayashi
Ele só é lembrado porque é um raro descendente de japonês que virou jogador. Bem, agora pode ser lembrado por ser o cara de 39 anos no banco de reservas do Bragantino.
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Adriano Gerlin
O meia que pintou como candidato a craque na Seleção Sub-20 segue na ativa no Oeste Paulista, clube da terceira divisão paulista do qual ele próprio é o dono. Lá, a máxima de que pênalti tem de ser batido pelo presidente do clube é levada às últimas conseqüências.
por Ricardo Espina
Para realizar seu sonho, um jovem decidiu abandonar seu país-natal em uma aventura bastante arriscada. Como clandestino, ele embarcou em um navio para uma viagem de 14 dias – metade deles sem beber, nem comer, escondido na casa de máquinas. Esta é a história de Mohamed Camara, que deixou Guiné rumo ao Brasil para tentar a sorte como jogador de futebol. O jovem, que diz ter 17 anos e não carrega documentos, entrou no navio italiano San Paolo, que atracou em Salvador. A tripulação o encontrou após sete dias de viagem e o entregou à Polícia Federal assim que chegou à Bahia. As autoridades brasileiras o encaminharam ao Juizado da Infância e Juventude. Lá, o juiz Salomão Resedá, torcedor do Bahia, comoveu-se com o relato e levou Camara para acompanhar uma partida de sua equipe. Órfão de pai e mãe, o jovem nem pensa em voltar para Guiné, onde seu avô deseja que ele trabalhe em uma plantação de batatas. Camara ganhou a chance de fazer um teste no Tricolor, mas teve um desempenho ruim. “Ele ficou o tempo todo parado no meio da área. Parece um jogador de rua”, afirmou Sergio Moura, treinador das categorias de base do Bahia. Nada que pudesse desanimar o garoto. “Acho que vou ficar aqui”, afirmou.
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Getty Images/AFP
A incrível viagem de Mohamed
VIDA CURTA
b llCl b k e pagaram £ 35 Em 2008, 20 mil pessoas se registraram no MyFootballClub.co.uk cada para comprar um clube da quarta divisão inglesa. No caso, o Ebbsfleet United. A equipe até conquistou a FA Trophy (uma espécie de segunda divisão da FA Cup), mas o projeto vai fazendo água. A ideia original era que todos os sócios discutissem sobre os assuntos ligados ao time, desde a transferência de atletas até negociações com patrocinadores. O Fleet tem mais de 18 mil “donos”, mas a participação cai rapidamente. Por exemplo, apenas 492 opinaram sobre a escolha do técnico, missão dada a Liam Daish. Em dificuldades financeiras, o Ebbsfleet procura novos sócios para sobreviver. Do contrário, a experiência no mundo real será bem diferente do sonho virtual.
Ao contrário do que está publicado no perfil do Grêmio do Guia da Libertadores 2009 (fev/09, pág. 25 do encarte), o último clube de Tcheco foi o Al-Ittihad, não o Santos
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GERAL » REPLAY
PROCURA-SE O DONO Se o Hoffenheim vive um conto de fadas na Bundesliga, certamente é a Cinderela. No jogo contra o Stuttgart, o dono da chuteira voadora - que não era de cristal - era Salihovic
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Thomas Bohlen/Reuters
ENTRAR DE CARRINHO, LITERALMENTE Em Hong Kong, carros disputam uma partida de futebol organizada por um canal inglês de televisão. Para os saudosistas, lembrou o antigo autobol, disputado no Rio de Janeiro nos anos 70
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Djalma Vassão/Gazeta Press
Bobby Yip/Reuters
ÓI, ÓI O TREM O fechamento da Fazendinha para reformas obrigou o Corinthians a treinar no CT do Parque Ecológico do Tietê. E criou uma atração para quem usa o trem paulistano
Josep Lago/AFP
BRILHANTE Foi só o flash da câmera de um torcedor, mas retratou bem como tem sido o futebol de Daniel Alves desde que chegou ao Barcelona
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PENEIRA
HERNÁNDEZ: a joia dos uruguaios quase encerrou a carreira por uma arritmia cardíaca (corrigida após cirurgia) – o mantiveram no Uruguai. Em 2009, parece que todos esses problemas ficaram para trás. Apesar de ser alto, Hernández é leve, veloz e habilidoso. O Palermo percebeu o potencial do atacante e, na janela de transferências de janeiro, pagou € 3,7 milhões para levá-lo à Itália. Se ele desenvolver seu físico sem perder a capacidade técnica, pode ser um dos destaques do Uruguai em pouco tempo. [MS]
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Nome Abel Hernández Nascimento 8/agosto/1990, em Pando (Uruguai) Altura 1,86 m Peso 70 kg Carreira Central Español (2007 e 2008 ), Peñarol (2008) e Palermo (2009)
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uem viu a vitória por 3 a 2 do Uruguai sobre o Brasil, na primeira fase do Sul-Americano Sub20, percebeu: Abel Hernández tem potencial para ser um dos principais jogadores celestes na próxima década. Conhecido em seu país como “La Joya”, o atacante fez dois gols sobre a Seleção, o que ajudou a torná-lo artilheiro da competição (ao lado do brasileiro Walter e dos paraguaios Hernán Pérez e Robin Ramírez). Hernández começou sua carreira no Central Español de Montevidéu em 2007. Um ano depois, assinou com o Peñarol. Sua trajetória internacional poderia ter deslanchado já naquela época, mas problemas físicos – ele não passou em um teste no Genoa e, meses depois,
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STOCH: made in Chelsea
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Nome Miroslav Stoch Nascimento 19/outubro/1989, em Nitra (Eslováquia) Altura 1,68 m Peso 64 kg Carreira Nitra (2005 a 2006 ) e Chelsea (desde 2008)
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constante como substituto em partidas do Campeonato Inglês e da Liga dos Campeões. Habilidoso, veloz e difícil de ser marcado, o meiaatacante chamou a atenção do Chelsea em 2006, durante um torneio internacional que disputou pelo Nitra, equipe de sua cidade natal. Stoch já era jogador profissional desde os 16 anos de idade e acertou sua ida para Londres, onde passou a integrar as categorias de base dos Blues. Pelo menos até a crise mundial mudar as coisas em Stamford Bridge. [PT]
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aparição de jogadores como Miroslav Stoch no time principal do Chelsea é sinal de que os negócios do magnata Roman Abramovich não vão bem. Depois de perder bilhões com a crise econômica mundial, o russo avaliou que seria mais prudente deixar de lado um de seus passatempos favoritos – comprar jogadores por valores irreais – e o Chelsea se viu obrigado a mudar a política de contratações e a dar mais espaço para jovens vindos de suas categorias de base. Nesse novo cenário, o eslovaco Stoch é um dos jovens que tem recebido mais oportunidades. Sua estreia ocorreu em novembro de 2008, quando o meiaatacante entrou no lugar de Deco a dez minutos do fim de Chelsea 1x2 Arsenal. Depois disso, o garoto se tornou figura
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ENCHENDO O PÉ
Teto de vidro
por Ubiratan Leal
POUCAS COISAS CAUSAM MAIS TEMOR nos grandes clubes do que ver um pequeno ou médio receber uma súbita injeção de dinheiro. Na busca por rápida grandeza, essa equipe contrata jogadores a rodo, inflaciona o mercado e modifica a relação de forças nas principais competições do mundo. Foi o que ocorreu com o Chelsea em 2003, fenômeno que o Manchester City tenta repetir em 2009. A reação mais comum, ainda mais quando o mundo vive um momento de crise econômica, é de tentar conter esses gastos fora da realidade, sobretudo com a criação de um teto salarial. A ideia parece legal, até porque fica com um ar de “distribuição de renda” e inibição da riqueza desenfreada. No entanto, aplicála é uma coisa mais complicada do que parece. Os melhores exemplos de teto salarial são os das ligas profissionais norte-americanas, a NFL (futebol americano), MLB (beisebol) e NBA (basquete). São competições em que os clubes trabalham com um limite orçamentário e, mesmo assim, montam as melhores equipes do mundo em seus esportes. Mas é impossível ver esse modelo replicado no futebol. A grande força do sistema adotado nos Estados Unidos é que estas ligas são hegemônicas em suas modalidades. Não há uma liga de futebol americano que se aproxime da NFL. Nem a NPB (liga de beisebol japonesa) rivaliza com a MLB. A NBA é a única das três
grandes ligas norte-americanas que têm alguma concorrência. No caso, do basquete europeu. Resultado: alguns jogadores já têm preferido defender times espanhóis ou italianos a irem à América do Norte. Essa seria a primeira consequência da criação de um teto salarial, por exemplo, na Premier League: haveria uma imediata debandada de craques para outros países. Um limite continental, negociado entre ECA (Associação de Clubes Europeus) e Uefa, poderia reduzir esse risco, mas ainda abriria espaço para a criação de uma liga milionária em outra parte do mundo, como já foram o El Dorado colombiano e a NASL nos Estados Unidos. Um método facilmente adaptável a qualquer realidade seria limitar o investimento de acordo com o faturamento do clube na temporada anterior. Os Abramovichs ou Al Nahyans da vida precisariam estruturar seus clubes e fazê-los grandes e rentáveis fora do campo antes de comprar jogadores como se fossem maçãs na feira. No entanto, haveria um protecionismo exagerado para os atuais grandes e o sistema só funcionaria se as contas dos clubes fossem abertas e honestas. Não são medidas simples que resolverão problemas complexos. A Fifa terá de usar sua força política e, principalmente, muita criatividade para criar um modelo que controle o gasto dos clubes. Ou então a entidade desiste do tema e deixa o futebol seguir seu atual caminho, mesmo com seus equívocos. Março de 2009
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ENTREVISTA » KLÉBER
“Falei para ele
Divulgação/Vipcomm
N ÃO IR para a Ucrânia”
oucos nomes foram tão falados nas férias de janeiro quanto o de Kléber. O atacante – que defendeu o Palmeiras por empréstimo em 2008 – não queria voltar ao Dynamo Kiev e foi tratado como possível reforço palmeirense, corintiano e cruzeirense. No final, acertou com o clube mineiro, que vendeu Guilherme aos ucranianos e recebeu, como parte do pagamento, o “Gladiador”. Logo em seu primeiro jogo com a camisa celeste, contra o Estudiantes, da Argentina, pela Libertadores, saiu do banco de reservas para jogar 15 minutos, marcar dois gols e ser expulso. Em sua primeira partida completa, contra o Ituiutaba, fez três gols. No mínimo, um início impactante. Tudo resolvido, certo? Nem tanto. Kléber desaconselhou
por Gustavo Hofman
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Guilherme a acertar com o Dynamo, o que inviabilizaria sua ida à Toca da Raposa. “Ele vinha muito bem no Brasil, chamando a atenção de todo mundo. Um jogador como ele não precisa tentar a sorte lá”, afirma. “Só vale a pena para um jogador que não vem tão bem, tem que aproveitar para ganhar dinheiro”, completa, mesmo sabendo que isso poderia prejudicar sua saída de Kiev. Essa sinceridade não é rara em suas entrevistas, como na concedida à Trivela. Do mesmo modo que quase prejudicou seu retorno ao Brasil com o conselho a Guilherme, o novo atacante do Cruzeiro não deixou de cutucar a diretoria do Palmeiras por não conseguir mantê-lo no Parque Antarctica e por desestabilizar o time na reta final do Brasileirão 2008.
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Kléber considera que ida ao Dynamo Kiev é retrocesso na carreira de Guilherme, diz que Leste Europeu não serve de trampolim para Europa e, discretamente, cutuca diretoria do Palmeiras
Após todo imbróglio na sua negociação com o Palmeiras, está satisfeito em ter assinado com o Cruzeiro? Estou feliz. Minha intenção era continuar no Brasil. Por mim, não saio mais daqui. Minha vontade é de permanecer no país por muito tempo. Fazer história aqui e no clube. Tenho cinco anos de contrato com o Cruzeiro. Se puder ficar aqui esse tempo, legal. Se não, vou tentar fazer isso em outro time.
O que você acha que deu errado para não permanecer no Palmeiras? Não deu nada errado. O Palmeiras infelizmente não tinha o dinheiro que o Dynamo pedia. Fez a proposta que tinha condições de fazer, mas ela foi baixa porque o clube não vive um bom momento financeiramente. O Dynamo recusou e o Cruzeiro chegou com uma oferta melhor. Ter sido colocado na negociação com o Cruzeiro, pelo atacante Guilherme, te fez sentir um pouco desvalorizado? Não, porque as pessoas não sabem o que aconteceu realmente. Eu cheguei na Ucrânia e o presidente do Dynamo veio falar para mim que sabia que eu tinha ido muito bem no Brasil e que a prioridade era ficar comigo. Falei que queria sair, que vivi um momento muito bom no Brasil e queria dar continuidade. De cara, ele bateu o pé. Já na segunda conversa, falei “aqui não jogo mais” e que me tornaria um problema para o clube, porque, se ficasse, estaria insatisfeito. Então, o presidente me falou que precisava de um atacante, mas que no Brasil não tinha ninguém melhor do que eu e, por isso, não ia me liberar. Surgiu, então, o interesse pelo Guilherme, porque geralmente o Dynamo procura jogadores jovens. A partir daí eles foram atrás do Cruzeiro. Ou seja, eu sei muito bem que eu era prioridade lá no Dynamo. Quando eu cheguei a Belo Horizonte todo mundo falou que o Cruzeiro fez um negócio muito melhor, diziam que eu sou melhor do que o Guilherme. Não me senti desvalorizado, pelo contrário. Nesse time jovem do Cruzeiro, você será quase um veterano e talvez fique responsável por passar experiência na Libertadores. É estranho esse tipo de papel? Não me vejo como veterano, mas como um cara que já jogou fora, que fez um bom campeonato no ano passado... Acho que o fato de ter tido uma experiência no exterior faz com que eu pareça vete-
rano, mas isso não me incomoda. Joguei Liga dos Campeões e outros campeonatos importantes da Uefa. Adquiri experiência e tenho que me acostumar com ela. O Cruzeiro tem um time forte, mas ainda é visto como muito jovem e não teve o mesmo investimento de São Paulo e Palmeiras. Existe alguma exigência de título da Libertadores? Particularmente, não vejo muita pressão. O Cruzeiro tem condições de chegar, mas lógico que tem outras equipes fortes, como o São Paulo, Boca Juniors, o Palmeiras. Nosso time é bom, tem condições de brigar pelo título. O tempo que você passou no Palmeiras foi fundamental para levantar sua carreira? Eu saí muito cedo do Brasil, em 2004, e vivia um momento muito bom. Eu era o artilheiro da Copa Sul-Americana pelo São Paulo, tinha acabado de ser campeão mundial com a Seleção sub-20. De repente, o São Paulo precisava vender jogadores para fazer caixa e infelizmente tive que sair. Mas foi muito bom pra mim também, não tenho nada a reclamar. Agora eu precisava voltar, jogar em um clube de ponta, e o Palmeiras foi muito bom para isso. Por que o Palmeiras perdeu ritmo no final do Brasileirão? O Palmeiras é muito grande, com uma torcida fanática, e houve algumas derrotas em que a ela acabou se virando contra o time. Isso prejudicou bastante. Outro problema é que, no meio do campeonato, já se falava muito na equipe para a próxima temporada. Isso mexe com o ânimo dos jogadores que estão no elenco. Ao final da competição, praticamente toda base que disputou o Brasileirão foi desmontada. Aconteceu algum problema no grupo? Pelo contrário. Em todos meus anos de carreira, nunca vi um grupo como o do Palmeiras no ano pasMarço de 2009
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Nessa sua passagem pelo Palmeiras, você ganhou fama de jogador violento e desleal, sobretudo por algumas cotoveladas. Isso o marcou de alguma forma? Eu não me considero violento, mas sei que alguns lances ficaram marcados. Logo no começo do ano teve aquela jogada com o André Dias [no jogo Palmeiras 4x1 São Paulo na primeira fase do Campeonato Paulista]. Aí começaram a me ver assim, e os próprios árbitros olhavam para mim de uma maneira diferente. Alguns já vinham pra mim e falavam “segura, Kléber, vai com calma”. Isso ajudou bastante na minha adaptação. Na Ucrânia, o jogo é mais pegado, tem mais contato físico. Quando você negociava a permanência no Palmeiras, disse que não jogaria por outro clube paulista, sobretudo o Corinthians. Dias depois, saiu na imprensa que o Corinthians tentava leválo para o Parque São Jorge. Isso realmente aconteceu? Aconteceu. Eu estive com o Andres Sanchez, conversamos uma vez e ele demonstrou o interesse em me contratar. Logo quando começou esse assunto eu falei que não joga-
ria no Corinthians. Depois eu falei que gostaria de permanecer em São Paulo, até para mexer um pouco com a diretoria do Palmeiras, para eles tentarem resolver logo esse assunto. Mas eu não jogaria mesmo no Corinthians. Havia uma grande disputa para ver quem ficava com você e surgiu a possibilidade de o Cruzeiro o levar em troca do Guilherme e uma diferença em dinheiro. Mas, aí, você deu declarações dizendo que o melhor para ele era não aceitar a proposta do Dynamo. É tão ruim ir para lá? Aconselhei o Guilherme a não ir para a Ucrânia porque ele vinha muito bem no Brasil, marcando gols, chamando a atenção de todo mundo. Eu não aconselharia um jogador como ele a tentar a sorte lá. Agora, se é um cara que não vive um momento tão bom, tem que aproveitar para ganhar dinheiro. Você viu muitos jogadores brasileiros ou outros sul-americanos chegarem à Ucrânia sem a noção de onde estavam desembarcando? Sim, principalmente em clubes pequenos. O empresário coloca o jogador no time e não dá assistência alguma. O cara chega e não tem nem casa para morar. Era algo muito complicado. Um exemplo foi o Gil Bala, que jogou no Fluminense. Ele estava no Arsenal Kiev e nós, brasileiros do Dynamo, víamos que não tinha auxílio algum. Acabamos ajudando ele em coisas como levar para casa, ajudar a mandar dinheiro para os familiares, essas coisas.
trampolim para nada. E temos casos que comprovam isso. O Elano, por exemplo, teve que brigar para sair do Shakhtar. O Matuzalém, que hoje está na Lazio, foi a mesma coisa. Eles só negociam se for uma coisa fora do normal, algo que dê muito lucro. Depois de sua passagem na Ucrânia, você mudou um pouco o modo de ver o tal “sonho de jogar na Europa”? Não digo que mudei porque não posso falar em relação a Itália e Espanha. Pelo que a gente vê, é muito melhor do que a Ucrânia. Mas, em relação ao Leste Europeu, já vejo de uma forma diferente. Eu não iria de forma alguma para um lugar desses. Os clubes brasileiros desenvolvem jogadores nas categorias de base para vendê-los à Europa. Mas eles recebem preparo psicológico adequado? Isso não existe e nem vai existir, até pela necessidade do clube em fazer dinheiro. Quando aparece
Sergei Supinsky/AFP
sado. Todos os jogadores se davam bem, era impressionante. Acho até que isso atrapalhava um pouco, porque um não reclamava com o outro, não dava uma dura às vezes. Mas o problema mesmo foi a diretoria querer montar um elenco pensando no ano seguinte, com jogos importantes acontecendo. Estávamos disputando o título, e alguns jogadores ficaram chateados, deu para perceber isso. O Palmeiras deixou a conversa sobre renovação de contrato muito para o final do campeonato. Até no meu caso, falaram que queriam ficar comigo só no final da competição. Lógico que fica muito mais difícil e complicado.
Até que ponto dá para achar que Rússia e Ucrânia são trampolins para ir a um centro mais importante da Europa? Não acredito nisso. Acho que um clube grande do Brasil tem muito mais visibilidade do que um time da Rússia ou Ucrânia. Não é
A Ucrânia não é trampolim para nada. Eles só vendem por uma proposta fora do normal 20
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Kléber Giacomance de Souza Freitas Nasc Na sccim imen e to en o 12/ 2/aggossto/1 too /119883, 3, em m Osa sasc ascosccoo-SP SP Altu Al tura ra 1,7 ra ,73 73 m Peso Pe soo 78 kgg C rrrei Ca eiraa São ão Paau ulo lo ((2200 0 03 e 2004 003 20 04 20 04 ) , Dyna Dy nnaamo namo mo Kiieev (2 (2004 0 04 a 20 00 20 08) 2008 088 ) , P lm Pa meeiira ras as (2 (200 200 0 08) 088)) e Cruz Cr uzeeiiro uzei iro (d ( es esde sde de 200 0 09) 009) 9) Títu Tí t lo os Mun undi dial al Suubb-220 (2 (200 0 03) 003) 3) , Camp Ca mpeo peoonaatoo Ucr cran aniano iaannoo ((2200004 e 200 0077) , Co Copa p a da U Uccrâânniia ((2200 005, 055,, 200 006 06 e 20 2007 0077) e Camp Ca mpeo mpeo mp eonaatoo PPau au ulil st sta ta (2 (200 0 08)
uma oportunidade, o clube às vezes força o jogador a sair. Acho que isso não vai mudar nunca, principalmente pela situação do Brasil. Quando você foi negociado com o Dynamo, o Eduardo Uram, seu empresário, o colocou no avião e nem foi junto para Kiev. Você chegou meio perdido na Ucrânia? Perdido eu não digo. Viajei com o advogado do São Paulo e uma pessoa que trabalhava com meu empresário, que realmente não viajou. Chegando lá, já tive logo um tradutor. Então, a primeira impressão foi boa. Como eu era muito novo, não dei tanta importância para o fato. Lógico que hoje, mais vivido no futebol, acho uma coisa ridícula fazer isso. Ele nem quis viajar comigo, sendo que estava ganhando dinheiro na negociação, mas, enfim...
Você foi negociado muito jovem pelo São Paulo. Gostaria de ter ficado? Queria. Venho de uma família carente, que precisava muito da minha ajuda em relação a dinheiro, mas, naquele momento, eu queria ter ficado. Porque meu sonho sempre foi ser ídolo como já era o Rogério Ceni. Mas, infelizmente, isso não aconteceu. Guarda alguma mágoa do São Paulo? Não, pelo contrário. Não tenho como guardar mágoa de um clube onde eu vivi parte da minha vida. Tenho um carinho muito grande pelo São Paulo, mas, como em todos os clubes, existem pessoas que não têm capacidade de trabalhar. É um clube-modelo, mas tem alguns defeitos que na minha época, infelizmente, acabaram atrapalhando.
O Palmeiras deixou a conversa sobre renovação de contrato muito para o final do campeonato. (...) Lógico que fica muito mais difícil e complicado. Que defeitos? Ah, isso é coisa do passado. Deixa para lá, melhor não falar nisso. Naquela época de São Paulo, você deu uma entrevista em que admitia já ter realizado pequenos furtos na juventude. Isso atrapalhou sua carreira? É um assunto que não gosto mais de falar, porque foi uma coisa que as pessoas acabaram entendendo totalmente errado. Pretendo deixar isso para trás, porque atrapalha muito. Você fala uma coisa e as pessoas entendem outra. Março de 2009
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METROS
PERFIL » EDMUNDO
m culturas diversas, práticas de autopunição são tão aceitáveis quanto comuns. No Japão medieval, samurais que perdiam a honra não consideravam outro caminho que não o do seppuku, suicídio a partir de um ritual que incluía fatiar a própria barriga. Na Europa, católicos radicais se flagelavam como meio de purificação, prática que perdura até hoje em alguns muçulmanos. A sua maneira, o atacante Edmundo é outro adepto de ferir a si próprio. Na longa jornada noite adentro de 29 para 30 de maio de 2008, voltavamlhe as imagens do pênalti que desperdiçara há poucas horas contra o Sport, e que custara a classificação do seu Vasco para uma inédita decisão de Copa do Brasil. Odiou-se com tanto ímpeto que, quando a serenidade voltou, seus cabelos já não lhe faziam companhia. Havia raspado a própria cabeça. O atacante que vivenciava cada jogo com a mesma entrega de um aspirante improvi-
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sado no time de cima estava cansado. Aos 37 anos, já não tinha mais capacidade de encontrar energias após uma grande decepção. No dia seguinte à partida contra o Sport, Edmundo, careca, foi à sala do presidente Eurico Miranda. Quis rescindir o contrato. Estava fragilizado. Chorou. O dirigente falou sobre profissionalismo, sobre o que o jogador representava para os cruzmaltinos. Assim, prolongou um pouco mais a carreira de um dos últimos grandes personagens do futebol brasileiro. Mas, no final do ano, o rebaixamento vascaíno voltaria a testar o atacante. Edmundo sempre nivelou por cima sua condição técnica. De modo que seus erros, quando acontecem, acabam invariavelmente potencializados. Poucos lembram as penalidades convertidas em momentos positivos em sua carreira. Como em um Palmeiras x Figueirense em 2005, no Parque Antarctica. O Animal – apelido dado pelo narrador Osmar Santos em referência ao ímpeto e ao talento
Jorge R. Jorge
Cobranças de pênaltis sempre passaram pela carreira de Edmundo. Agora, aos 37 anos e sem contrato, o Animal está diante de uma situação igualmente dura e cruel: a decisão de abandonar ou não a carreira
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por Fábio Fujita
do atacante – foi ao Palestra Itália enfrentar o clube que o consagrara no início dos anos 90. Antes, durante e depois da partida, foi ovacionado pela torcida anfitriã, mesmo tendo vazado duas vezes – ambas da marca de 11 m – o goleiro Marcos no empate por 2 a 2. Encerrados os 90 minutos, Edmundo deu sua camisa a um dos maqueiros e, em troca, recebeu a velha conhecida camisa 7 palmeirense. Aproveitou que estava sendo entrevistado pelas rádios para dizer que sonhava, um dia, voltar a vesti-la. A atuação de gala daquela noite renderia seu retorno ao clube, poucas semanas depois.
Rápido e provocador
Pênaltis sempre foram marcantes para Edmundo, como tem sido a decisão sobre o possível fim de carreira
Não foi a idolatria dos torcedores que garantiu a volta de Edmundo ao seu Parque predileto. Pesou, sim, o surpreendente desempenho que tivera em Florianópolis, depois de uma passagem-relâmpago pelo nanico Nova Iguaçu – indício de que sua carreira parecia próxima do fim. Na capital catarinense, não precisou de muito mais do que um semestre para se impor. Tornou-se o principal artilheiro do Figueira em uma edição do Campeonato Brasileiro, com 15 gols. Aliás, ele marcou 18, mas três foram anotados em um jogo contra o Juventude, anulado por ter sido apitado por Edílson Pereira de Carvalho. O jogo em que ele fez três gols confirmados foi nos 5 a 1 do Figueira contra o Vasco, no Orlando Scarpelli. Na semana que antecedeu a partida, criou-se a expectativa sobre como seria o reencontro de Edmundo com o ex-parceiro Romário, com quem não se dá até hoje. Antes de a bola rolar, os dois se aproximaram no centro do gramado. Cumprimentaram-se cordialmente, sem falta nem excesso de afeto. Mas, assim que o árbitro apitou o início de jogo, o Baixinho apagou diante de um Animal iluminado. Se é verdade que Edmundo perdeu emprego no Cruzeiro em 2001 por desperdiçar um pênalti contra o Vasco, naquela noite de 16 de novembro de 2005, ele converteu duas cobranças contra o time do coração. E não deixou de comemorar cada um dos gols. Faria ainda um terceiro, ao finalizar de cosLegenda tas um cruzamento de Michel Bastos. Ao finoonno nal da partida, o próprio Romário reconhenonono ceu: o desafeto desequilibrara. nonononono A apresentação acachapante foi um “revival” do que Edmundo costumava fazer no Março de 2009
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ter tido uma reação violenta e prejudicado seu time com uma eventual expulsão, tivesse notado a brincadeira. Naquela decisão, Edmundo inverteu uma situação vivida por ele quatro anos antes. Na partida de ida da final do Paulistão de 1993, o atacante Viola marcou o gol da vitória corintiana sobre o Palmeiras e comemorou imitando um porco chafurdando na lama. Os palmeirenses se morderam. No segundo jogo, Edmundo deu uma voadora nas pernas de Paulo Sérgio, na frente de um omisso Oscar Roberto de Godoy, assistente naquele dia. A partir dali, Edmundo e Paulo Sérgio passaram o jogo inteiro se provocando. O Palmeiras venceu por 4 a 0, acabando com uma série de 17 anos sem títulos. O Animal virou herói.
Atritos A equipe palmeirense do biênio 1993/94 forjou muitas das relações que Edmundo carregaria para o resto da vida. Evair re-
É contratado pela Parmalat para atuar no Palmeiras. Em dois anos de Parque Antarctica, Edmundo torna-se bicampeão paulista, bicampeão brasileiro e campeão do Torneio Rio-São Paulo
1995
D taca-se Destaca-se logo em sua primeira temporada profissional, pelo Vasco, chegando rapidamente à Seleção Brasileira
1993
1992
auge de sua forma física. Uma época que ficou marcada em um jogo contra o Manchester United no Mundial de Clubes de 2000, quando, de costas e com apenas um toque na bola, deu um chapéu no zagueiro Silvestre, deixando-o estatelado no chão. Bastou um segundo toque para encobrir Bosnich e explodir o Maracanã. Não era apenas na velocidade de raciocínio que o niteroiense dava trabalho aos marcadores. Ele se destacava também pela esperteza. “Era muito difícil marcá-lo. Normalmente, é o zagueiro que tenta provocar o atacante, segurar o calção, puxar a camisa. O Edmundo sempre inverteu os papéis nesse aspecto” conta Gonçalves. O ex-zagueiro o respeitava tanto que sequer percebeu quando o Animal rebolou provocativamente à sua frente, no primeiro jogo da final do Estadual do Rio de 1997, entre Botafogo e Vasco. “Fiquei olhando muito fixo para a bola, concentrado na marcação”, relembra, reconhecendo que poderia
C Chega ao Flamengo para compor um time vencedor no ano do centenário rubro-negro, mas fracassa na parceria com Sávio e Romário. No final do ano, envolveu-se em acidente de carro no qual morreram três pessoas
Jorge R. Jorge
Acervo Gazeta Press
Impulsividade e talento mostrado no Palmeiras lhe valeram apelido de “Animal”
conhece que lidar com o parceiro era difícil, mas diz que todas as discussões ficavam restritas ao campo. “Sempre coisas do tipo ‘solta a bola’, ‘passa a bola’. Nunca houve mágoa real entre nós”, afirma. Se o entendimento pelo diálogo era quase impossível, o talento inato da dupla encontrava outras soluções. “Pelo olhar, um já sabia o que o outro queria, o que o outro estava pensando. Não precisávamos falar”, conta Evair. Não era apenas com o centroavante que Edmundo tinha uma relação atribulada durante os jogos. “Quando entrávamos em campo, éramos um time superunido. Cada um defendia o companheiro da melhor maneira”, concorda o exzagueiro Antonio Carlos. No entanto, o atual diretor do Corinthians não esconde que, naquele time, havia mesmo muitos problemas de relacionamento. Antonio Carlos e o Animal quase brigaram no intervalo de um jogo contra o São Paulo. Chegaram aos vestiários aos palavrões e com os dedos em riste um para o outro. Tiveram de ser contidos. O ressentimento que ficou daquele episódio demoraria alguns anos para ser resolvido. Os dois foram se reencontrar em 1998 na Itália. Antonio Carlos pela Roma, Edmundo pela Fiorentina. Os times estavam enfileirados num estreito corredor para entrar no gramado. Coincidentemente, os brasileiros se posicionarem um ao lado do outro, mas se ignoraram: subiram ao campo e enfrentaram-se no primeiro tempo como bons desconhecidos. Na volta do intervalo, se reencontraram no túnel ao sair ao mesmo tempo de seus respectivos vestiários. De novo, tentaram a indiferença. Mas só conseguiram por poucos metros. “Um olhou para o outro, ficou aquela coisa meio estranha... E começamos a rir”, diverte-se o ex-zagueiro. Antonio Carlos passou o braço por cima do ombro de Edmundo
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Artilheiro e líder em campo, Edmundo foi responsável direto pelo título do Vasco no Brasileirão de 1997
Jorge R. Jorge
e o abraçou. Não trocaram uma palavra, mas, desde então, tornaram-se amigos, a ponto dos dois se visitarem entre a capital italiana e Florença. Amizade que se consolidou na volta ao Brasil. Em 2007, quando Antonio Carlos jogava no Santos e Edmundo no Palmeiras, eles se enfrentaram pelo Paulistão, no Palestra Itália. Às vésperas do encontro, o santista ligou para o amigo. Queria ingressos para o clássico. O palmeirense arranjou seis.
As rédeas do Animal
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Transfere-se -se à Fiorentina. Em junho, vai à Copa do Mundo como reserva de Bebeto. Entrou em duas partidas: contra Marrocos e na decisão contra a França
Divulgação
Na final do Estadual do Rio, causa polêmica ao fazer a “dança da bundinha” na frente do zagueiro botafoguense Gonçalves. No segundo semestre, conquista o Campeonato Brasileiro e torna-se o maior artilheiro de um jogo do torneio, com seis gols contra o União São João
1998
J Joga bem no Paulistão com a camisa do Corinthians, mas abandona o clube às vésperas do Brasileiro. Retorna ao Vasco
1997
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A convivência entre amor e ódio não se restringiam aos companheiros em campo. Com os técnicos, a situação não é diferente. Com Antônio Lopes, que puxou Edmundo da base vascaína em 1992, a relação chega a ser paternal. “Quando operei o coração, há dez anos, o Edmundo foi um dos primeiros a me visitar no hospital”, recorda, agradecido. No entanto, Vanderlei Luxemburgo quase “saiu na mão” com o atacante nos tempos de Palmeiras. Hoje, o jogador cobra na Justiça uma suposta dívida não-paga. Com outros treinadores, a relação é mais instável, com bons e maus momentos. Em 1997, o conservador Zagallo era reticente em convocar o atacante para a Seleção. Mudou de ideia devido a suas atuações pelo Vasco. “Olhei pelo lado técnico”, admite o Velho Lobo. “Achavam que era um risco”. De fato, a melhor fase do atleta coincidiu com o ápice de suas atitudes imprevisíveis. Em 1997, além da rebolada frente a Gonçalves, Edmundo foi expulso em plena final do campeonato em que fora o grande protagonista. Para piorar, quase criou confusão em um jogo da Seleção. Aconteceu na decisão da Copa América de 1997 contra a Bolívia, em La Paz. Edmundo havia marcado um dos gols da vitória por 3 a 1. Irritado com um zagueiro boliviano, o Animal aguardou as atenções se dispersarem para, sem bola, acertar um soco no marcador. A arbitragem não
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viu, mas imediatamente surgiu um burburinho no estádio. “Fiz a substituição mais rápida da minha vida”, conta Zagallo, que optou por Paulo Nunes. Edmundo não reclamou. “Ele sabe o que fez”, afirma o técnico, que convocou o atacante para o Mundial da França, no ano seguinte, mas o deixou na reserva de um veterano Bebeto. A compreensão ao ser substituído não se repetiu dez anos depois, quando o atacante foi sacado por Caio Júnior nos minutos finais de um Palmeiras x São Paulo. O camisa 7 ficou tão irritado que, a caminho do banco de reservas, deixou o treinador com a mão suspensa no ar ao se negar a cumprimentálo. Curiosamente, os dois se aproximaram partir do incidente. “Edmundo é impulsivo, mas também humilde para reconhecer o erro”, descobriu o atual comandante do Vissel Kobe, do Japão. O técnico até pediu à diretoria que renovasse com Edmundo, caso o Palmeiras se classificasse para a Libertadores de 2008. Mas, com a perda da vaga, nem Edmundo, nem Caio Júnior, ficaram para o ano seguinte. O atacante talvez intuísse isso. Ao final do jogo contra o Atlético Mineiro (derrota palmeirense por 3 a 1 e fim das chances de classificação para a competição internacional), Edmundo, já de banho tomado, foi à sala de Caio. Com lágrimas nos olhos, deu um abraço no treinador. Pediu desculpas para o caso de ter atrapalhado o grupo em algum momento.
O ATOR
Gregg Newton/Reuters
Eri Johnson e Edmundo são – como o próprio ator define – “unha e carne”. “Só ficamos separados quando ele está em campo, jogando, e eu no palco, atuando”, diz. A amizade se consolidou em 1994, quando Eri penava com a falta de verbas para a divulgação da peça “Aluga-se um namorado”. Eri imaginou que uma participação especial de Edmundo no espetáculo poderia trazer visibilidade para o projeto. O atacante topou. Na cena, o personagem de Eri manda um bipe para um amigo, pedindo uma carona. O amigo é Edmundo, cuja fala não passa de três palavras: “oi, tudo bom?”. Foi o suficiente para criar o impacto previsto. A peça a ficou 15 anos em cartaz e foi vista por mais de 1,5 milhão de pessoas.
2008, o ano que não acabou
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2000
Ao lado de Batistut Batistuta, o atacante ajuda a manter a Fiorentina na luta pelo título italiano, mas se “queima” na Itália ao largar o clube para passar o Carnaval no Rio. Ao final da temporada européia, retorna ao Vasco
Paulo Whitaker/Reuters
1999
Golaço no Manchester United foi ponto alto do Mundial de Clubes de 2000
Tem boas oas atuações atuaçõe no Mundial de Clubes, mas se desentende com Romário. É emprestado ao Santos, mas reclama de salários atrasados e rescinde o contrato
2001
Edmundo disse mais de uma vez que queria encerrar a carreira no Palmeiras e se instalar em São Paulo. Sem renovar contrato com o clube do Parque Antarctica, só haveria um lugar para ir: o Vasco. A reestreia por seu time de origem foi em um clássico contra o Flamengo pela semifinal da Taça Guanabara. O placar apontava 1 a 1 quando Ibson derrubou Morais dentro da área. Pênalti. Edmundo, que voltava de contusão, se apre-
Acumula A cumula passagens mal sucedidas por Napoli, onde cai para a Serie B, e Cruzeiro
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C Com ajuda da Unimed, o Fluminense leva Edmundo às Laranjeiras. Sofre com seguidas contusões e joga pouco
sentou para bater. “Eram cinco batedores: o goleiro Tiago, Edmundo, Morais, Alan Kardec e Leandro Bonfim”, lembra Alfredo Sampaio, então técnico cruzmaltino. “Quem estivesse mais motivado e confiante, pegava a bola e batia”. Edmundo assumiu tal responsabilidade. Desperdiçou a cobrança, o Flamengo marcou o segundo gol minutos depois e eliminou o Vasco. A partir daquele jogo, a relação de Sampaio com Edmundo azedou. Tudo porque o Animal questionou sua própria escalação no jogo, já que voltava de uma inatividade de mais de dois meses. “Ele participou naturalmente de todos os treinos, estava ‘motivadão’”, contesta o treinador. Pouco tempo depois, eles se desentenderiam numa roda de dois toques. Sampaio explica que, nesse tipo de exercício, quando um terceiro toque na bola acontece de forma involuntária, ele deixa seguir. Três lances assim, questionáveis, aconteceram a favor do time reserva. Edmundo, então, determinou: os titulares também passariam a dar três toques. Sampaio disse que não. O atacante retrucou. Tensão. O técnico sugeriu ao jogador “beber uma água para esfriar a cabeça”. Edmundo respondeu que, se fosse beber água, não voltaria. Foi expulso do treino, mas provocou o treinador: “Quero ver quanto tempo você vai durar”. Durou pouco. A sua maneira, Edmundo fez o que pôde para evitar o que viria a ser o tríplice fracasso vascaíno: Carioca, Copa do Brasil e Brasileirão. Mas sua figura profundamente identificada com o clube, de certa forma, inibia os mais novos, que o viam como o ídolo de outrora, não como “um deles”. Ali, Edmundo jamais foi repreendido em público por um companheiro, como Pierre ousara fazer no Palmeiras. Morais, capitão do time
D Depois de uma curta experiência no Nova Iguaçu pela segunda divisão do Rio de Janeiro, recupera o bom futebol no Figueirense
Divulgação
Passa ssa pelo Urawa Red Diamonds antes de voltar ao Vasco, onde reclama de atrasos de salário
2005
2003
2002
D Defende o Tokyo Verdy
2004
Paulo Whitaker/Reuters
No retorno ao Palmeiras, era cantado pela torcida e odiado pela diretoria
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Tem uma temporada mais conturbada no Palmeiras, entrando em conflito com Caio Júnior e se contundindo com constância. É dispensado ao final do ano
Nasc Na scim sc imen im ento en t 22/a to /abr /a brilili/1 br /197 9 1, 97 em N Nit iter it errói ó C rr Ca rrei eirraa Vas asco co ((11199 9900 a 19 99 1992 92)) , 92 Palm Pa lmei lm eira ei rass (1 (199 9933 e 19 99 1994 94)) , 94 Flam Fl amen am engo en go (1 go ( 99 995) 5)) , Co Cori rint nthi nt thi hian anss an (199 (1 9996) , Va Vasc scoo (1 sc (199 9 6 e 19 99 19997 97) , Fior Fi oren enti tina nnaa ((1199 9977 a 19 1999 999) , Va 99) Vasc s o sc (1999 (1 999 e 2200000 ) , Sa 999 Sant ntos os (2 ( 00 000) , 000) Napo Na pooli (200 (2200 0 1) , Cr Cruz uzei eiiroo (2200 001) 1) , 1) Toky To kyoo Veerd ky rdy dy (2200 0 2) 2 , Ur U awa awa aw Red Di Re Diam Diam amoon nddss ((2200 003 03) 3) , Va Vasc Vas s co sco (2200 (200 003 e 20 003 2004 044) , Fl Flum Flum min inen en nsee (2200 004) 4) , N Noova va Igu guaç açu (2 (200 00055)) , Figu Fi Figu g eeiire rens nse ns se (2 (200 005) 00 5) , Pa P lm lmei e raas (200 (2 0066 e 20 00 200007 07) e Vas 07) ascoo ((222000 008) 8 TTíítu t lo os Cop oppaa A Am méric éric ér icaa (1 ( 99 9 7) , Camp Ca mpeon mpeo eoona nato to B Bra raasi sile leeirro (1199 9 3,, 1994 19 994 e 199997) 7) , Ri R oo-Sã S o Paaul Sã uo ((1199 993) 3) , Ca Campeo mpeo mp eona eona nattoo Pau uliist sta (199 (1 19999933 e 1994 199944) e Cam ampe peon pe eon onat atoo at Essttaadu adduual al do R Riio (1 (19992) 2)
2008
Jorge R. Jorge
Edmundo Alv ves de Souza Neto
Nelson Antoine/Futura Press
Realiza o sonho de voltar ao Palmeiras. Alterna bons e maus momentos, mas a torcida ainda o idolatra
2007
2006
carioca, ofereceu a braçadeira a Edmundo assim que este desembarcou em São Januário. Madson, cujo futebol cresceu ao lado do atacante, admite que não conseguiu estreitar, fora de campo, qualquer proximidade com o veterano colega. Não à toa, o principal adversário de Edmundo no jogo de damas – um vício que o atleta mantinha após os treinos – era Valdir, o funcionário do clube responsável pela limpeza dos vestiários. O atacante, que sempre gostava de pedir a palavra aos companheiros nas preleções, foi silenciando conforme o Brasileirão se aproximava do fim. As alegrias esporádicas – como o gol de pênalti que fez na vitória sobre o Santos, que dava sobrevida ao time – acabavam soterradas pelo choque de realidade dos fracassos que, afinal, marcaram toda a temporada. Na penúltima rodada, contra o São Paulo, o Vasco perdia por 2 a 1 até os 30 minutos do segundo tempo, quando Edmundo foi lançado na área, livre de marcação, de frente para o gol. Diante de Rogério Ceni, o Animal isolou a bola e a permanência vascaína na elite. Se o rebaixamento, sacramentado duas partidas depois, diante do Vitória, configurou-se no momento mais delicado da história do Vasco, também foi atípico na carreira de Edmundo. Daí sua dificuldade em aceitar sair de cena assim. Escolher entre parar ou continuar fazendo o que fez ao longo de quase toda a vida será, para ele, tal como definir o canto do goleiro na hora do pênalti. “Enquanto ele tiver condições, tem que seguir”, torce o ex-parceiro Evair. “Depois que para, o jogador sente muitas saudades de jogar. Eu sinto”, revela. Por outro lado, se parar, Edmundo poderá se redimir da figura de “pai ausente” – como ele próprio já admitiu – junto aos filhos Juninho, Carol, Alexandre e o quarto que está por vir (fruto de sua relação com a namorada Clarissa Ivauski). Nesse caso, o futebol brasileiro perderá seu melhor animal de estimação. Mais uma vez, Edmundo está na marca de pênalti.
Não evita o rebaixamento do Vasco. Anuncia sua aposentadoria, mas dá sinais de que pode mudar de ideia
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LU PA Por que não na Copa? O ministério do esporte já anunciou a criação da APO (Autoridade Pública Olímpica) para gerenciar o uso de recursos públicos no caso de o Rio de Janeiro sediar os Jogos Olímpicos de 2016. A APO seria uma intermediária entre o Comitê de Organização e o poder público. O cuidado do governo é justificável, mas o evento poliesportivo ainda é um plano. Enquanto isso, a Copa de 2014 já é uma certeza e não tem nenhum órgão para controlar o uso de dinheiro público.
Ministro atarefado A proximidade da escolha das sedes da Copa do Mundo de 2014 tem agitado os bastidores do ministério do esporte. Fontes ligadas ao ministro Orlando Silva Júnior confirmam que a agenda dele está cada vez mais lotada com eventos ligados às cidades-candidatas, e que a presença de políticos desses municípios em Brasília cresceu assustadoramente.
Ajuda da vizinhança Quem não tem pretensão de receber a Copa quer, ao menos, evitar longas viagens para vê-la. Pensando nisso, o governo do Paraguai enviou uma comitiva para acompanhar a visita da Fifa a Campo Grande e reforçar o lobby da capital sul-mato-grossense. No Norte do país, os governos de Amapá e Maranhão anunciaram apoio a Belém.
eu fiscalizo a
Cop pa 2014 O Comitê de Organização da Copa 2014 não se cansa de dizer que a escolha das cidades-sede do torneio ficará a cargo da Fifa. Se isso realmente acontecer, a entidade internacional terá poucos subsídios para fazer sua escolha. Afinal, a visita de seus três representantes ao Brasil – Thierry Weil, diretor de marketing, Dick Wiles, vice-presidente da empresa Match (responsável pelos ingressos e organização de eventos da federação), e Fúlvio Danilas, gerente e responsável pelo projeto da Copa de 2014 – foi dominada por inspeções rápidas e, principalmente, superficiais. Eles chegaram em 30 de janeiro e foram embora em 7 de março. Nesses nove dias, o trio esteve em São Paulo, Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Goiânia, Campo Grande, Cuiabá, Rio Branco, Manaus, Belém, Salvador, Recife, Natal e Fortaleza (Maceió desistiu pouco antes do início das visitas). Em média, os inspetores da Fifa tiveram pouco mais da metade de um dia para vistoriar as condições de cada cidade.
por Gustavo Hofman Com uma agenda tão apertada, ficaram à mercê do pacote pronto que cada cidade tinha a oferecer. Assim, eram recebidos por índios fantasiados, passistas agitadas, capoeiristas e outros estereótipos do Brasil no exterior. Em São Paulo, para ganhar tempo, algumas ruas chegaram a ser interditadas para a passagem da comitiva da Fifa e do Comitê de Organização. Tudo isso para poder ver a apresentação em vídeo de cada candidata e passarem de helicóptero sobre o estádio indicado para receber jogos do Mundial. Nas arenas já existentes, houve visita técnica. Os inspetores não tiveram possibilidade de ver de perto os locais que receberiam obras de infraestrutura ou mesmo de conhecer as virtudes e defeitos de cada cidade. Com uma “inspeção” tão apressada, a Fifa tem menos condições de fazer uma escolha tecnicamente adequada das 12 cidades que receberão partidas da Copa de 2014. A menos ser que a decisão não seja condicionada apenas por infraestrutura, potencial turístico e instalações esportivas das candidatas.
O ministro do esporte, Orlando Silva Júnior, esteve em Campinas para o anúncio do projeto da Arena Ponte Preta, futuro estádio da Ponte Preta. Nos bastidores, a presença do ministro foi uma mostra de força do município na briga para ser uma das subsedes da Copa. O prefeito campineiro, Hélio de Oliveira Santos (PDT), é forte aliado de Lula.
Eduardo Martins/A Tarde/Futura Press
Campinas na parada
Thierry Weil, da Fifa, em momento de muito trabalho no Brasil
Março de 2009
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ARBITRAGEM
por Gustavo Hofman
Copa de 2002 parece já algo distante. Da Seleção Brasileira campeã no Oriente, apenas Lúcio, Kaká, Ronaldinho e Gilberto Silva ainda são convocados constantemente por Dunga e têm alguma chance de repetir o título em 2010. No entanto, esses sete anos não foram suficientes para tirar Carlos Eugênio Simon do posto de principal árbitro do Brasil para os olhos da Fifa. O gaúcho é o único brasileiro indicado entre os 38 árbitros pré-selecionados para trabalhar no Mundial sul-africano. Ele ainda precisará passar por outra etapa de testes para entrar na lista definitiva, mas, se a escolha for confirmada, Simon chegará a sua terceira Copa, um sucesso surpreendente para quem está longe de ser unanimidade no país. Aos 43 anos (terá 44 no Mundial), o
árbitro não poupa palavras para justificar sua escolha. “Não fiquei surpreso. Tenho uma ficha de serviços prestados para o futebol brasileiro e sul-americano”, afirma Simon. Sem falsa modéstia, ele ainda faz autopropaganda. “Me preparo muito, estudo, estou bem fisicamente, faço um trabalho com muita seriedade. Sou apaixonado por futebol. Sempre participei de todas esferas políticas da arbitragem no Brasil”, afirma. De acordo com o gaúcho, teria ajudado o fato de o processo de seleção da Fifa ser longo e teoricamente não se influenciar por fases momentâneas. “A escolha dos árbitros para a Copa de 2010 começou em 2006. Eu e o Sálvio Espínola fomos os pré-selecionados e passamos por todos os testes”. Nessa lista, estavam dez sul-americanos, dos quais somente sete figuram na lista dos
TRÊS A
38 que ainda têm chances. Espínola foi um dos eliminados.
E os outros? Questionado se sua ida para uma terceira Copa do Mundo seria um problema para a arbitragem nacional, Simon se esquiva, preferindo falar do que considera suas qualidades. “Acho que esse processo é feito gradativamente, mas a cada ano procuro estar melhor. Os outros também apitam bem, mas é preciso ver o outro lado da moeda: sou o melhor entre os melhores”, diz Simon, sem titubear. “Temos grandes árbitros, como o Leonardo Gaciba, Sálvio Espínola, Paulo Cesar Oliveira, Héber Roberto Lopes, Wilson Luiz Seneme, Leandro Vuaden, mas sou exemplar na preparação física, por isso tenho sido escolhido”, completa o árbitro, que tem no currículo até mesmo curso para treinador. Ex-árbitros, no entanto, não se mostram tão convencidos assim pela terceira escolha de Simon e colocam outros fatores na mesa. “Precisa haver uma renovação na arbitragem nacional. A CBF criou a Escola Brasileira de Futebol, mas isso é uma brincadeira, um balcão de negócios”, critica Márcio Rezende de Freitas, que esteve na Copa de 1998 e hoje comenta as partidas para a TV Globo Minas.
Valery Hache/AFP
é demais
Em 2010, o gaúcho Carlos Eugênio Simon completa sua terceira Copa como representante do Brasil na arbitragem. Não haveria opção melhor?
Em 2006, Simon chegou a duas Copas, igualando marca de Armando Marques, Arnaldo Cezar Coelho e Mário Vianna
ÁRBITROS BRASILEIROS EM COPAS 1930 Al A Almeida lm meeid ida R Rego Re eggoo 1950 Mário Vianna, Mário Gardelli e Alberto Malcher 1954 Mário Vianna 1962 João Etzel Filho 1966 Armando Marques 1970 Ayrton Vieira de Morais 1974 Armando Marques 1978 Arnaldo Cezar Coelho
1982 Arnaldo Arrna A Arna nalddo Cezar Ceezaar Coelho* C Coel Co elho elho ho* o* 1986 Romualdo Arppi Filho* 1990 José Roberto Wright 1994 Renato Marsiglia 1998 Marcio Rezende de Freitas 2002 Carlos Eugênio Simon 2006 Carlos Eugênio Simon 2010 Carlos Eugênio Simon**
* Apitaram a final do Mundial ** Pré-selecionado, mas ainda sem presenta garantida
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QUEM SÃO OS ÁRBITROS FIFA DO BRASIL Nascimento
Na Fifa desde
Carlos Eugênio Simon (RS)
3/set/1965
1997
Evandro Rogério Roman (PR)
3/mar/1973
2008
Héber Roberto Lopes (PR)
13/jul/1972
2002
Leandro Pedro Vuaden (RS)
29/jun/1975
2009
Leonardo Gaciba da Silva (RS)
26/jun/1971
2005
Marcelo de Lima Henrique (RJ)
26/ago/1971
2008
Paulo César de Oliveira (SP)
16/dez/1973
1999
Ricardo Marques Ribeiro (MG)
18/jun/1979
2009
Sálvio Spínola Fagundes Filho (SP)
14/set/1968
2005
Wilson Luiz Seneme (SP)
28/set/1970
2009
Projeção internacional tem sido fundamental para a preferência da Fifa por Simon
Sobre o árbitro gaúcho, Rezende aponta como virtude sua força política. “O Simon tem respeito na Fifa. Ela não conhece outro brasileiro. O Héber ainda precisa rodar bastante e o Sálvio, mais ainda. É preciso colocar os outros árbitros para apitar jogos importantes da Libertadores, Sul-Americana e Eliminatórias”, explica Rezende. “Se há um Uruguai x Argentina pelas Eliminatórias, vão mandar o Simon. Se ele não estourar a idade, vai para a Copa de 2014 também”. Para Jorge Paulo de Oliveira, presidente da Associação Nacional de Árbitros de Fuetebol (ANAF), o árbitro gaúcho mereceu a terceira escolha pela regularidade, mas não deixa de apontar erros
Jorge R. Jorge
Árbitro
do gerenciamento da arbitragem brasileira. “Nos últimos dez anos preparamos poucos árbitros brasileiros no futebol internacional”. Já Renato Marsiglia, representante brasileiro no Mundial de 1994 e hoje co-
Número de jogos de Copas já apitado por Carlos Eugênio Simon. O recordista é o francês Joël Quiniou, que trabalhou em oito partidas entre 1986 e 1994
mentarista do Sportv, afirma que Simon foi o escolhido por falhas dos adversários. “Essa terceira escolha do Simon aconteceu, fundamentalmente, por causa da forma física do Gaciba. Ele estava sendo preparado pela Fifa, mas rodou nos testes físicos. Só conseguiu se manter no quadro da entidade porque passou no último teste de 2008”, diz Marsiglia. Para o ex-árbitro, também gaúcho, a Fifa não teve outra saída. “Não havia outro preparado para a Copa e a Fifa confia em quem já conhece. Não se pode fazer um ‘vôo cego’ na arbitragem”. Desse modo, Simon sobrevive como a referência internacional da arbitragem brasileira. Ainda que, dentro do país, essa condição já seja contestada há anos. Março de 2009
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NEGÓCIOS
por Nair Horta
Espaço nobre Sucesso com Figueirense e Palmeiras faz Visa buscar novos parceiros para criar mais setores VIPs nas arquibancadas m fevereiro, Corinthians e São Paulo entraram em uma polêmica a respeito da distribuição do espaço nas arquibancadas para o clássico no Campeonato Paulista. Os tricolores, mandantes da partida, cederam apenas 10% dos ingressos aos alvinegros. Motivo alegado: muitos lugares no Morumbi já estavam comprometidos com parcerias, como a que criou o Setor Visa no estádio. Os são-paulinos não foram pioneiros na iniciativa. Longe disso: o Palmeiras foi o primeiro a ter um setor no estádio em parceria com bandeira de cartões de crédito a adotou em 2008. No entanto, a atitude tricolor no dérbi com os corintianos já reflete a importância que a parceria com a bandeira de cartões de crédito ganha em muitos clubes. Um dos atrativos para as equipes é ter custo muito baixo de implementação dos setores VIP. A Visa banca a construção de um lounge com monitores e portarias, lanchonetes e banheiros exclusivos. Em troca, a empresa dá nome ao espaço e fica com 10% do valor do ingresso. O conforto tem preço, mas a torcida tem mostrado disposição a pagá-lo. Enquanto um bilhete comum custa cerca de R$ 20, a entrada para o Setor Visa, paga com cartão de crédito, custa R$ 49,50. No Parque Antarctica, a média de ocupação dos 5 mil lugares nobres ficou em cerca de 70%. Com isso, o faturamento por metro quadrado do estádio dobrou desde a criação da área VIP, em 2007, chegando aos 80% no ano passado. “O principal ganho seria para o patrimônio, mas o retorno financeiro também veio”, afirma Rogério Dezembro, diretor de marketing do Alviverde. O sucesso da empreitada palmeirense despertou a cobiça de outras equipes.
Fotos Divulgação
E
Imagens do Setor Visa do Parque Antarctica, o primeiro do país: de cima para baixo, imagem do site do Palmeiras, visão das arquibancadas, catracas, salão nos corredores do estádio, lanchonete para os torcedores e banheiros VIP
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Em setembro, o Santos fechou parceria com a Visa por três anos para criar, na Vila Belmiro, um setor nos mesmos moldes do rival para 1,8 mil torcedores. A bandeira de cartões de crédito também construiu uma área VIP no Engenhão, com 7 mil assentos, para o Botafogo. Com o São Paulo, a empresa acertou uma parceria no final de 2008 para ser implementada neste ano. O espaço totaliza 20 mil lugares, cerca de 25% da capacidade do estádio. “Esse acordo serve para mudar o momento que vivemos em torno dos ingressos, com filas, cambistas e malandragens”, disse Juvenal Juvêncio, presidente do São Paulo, no evento de apresentação do projeto.
QUANTO CUSTAM OS INGRESSOS Clube
Estádio
Valor
Pituaçu
R$ 20 a 40
Engenhão
R$ 35
Orlando Scarpelli
R$ 30
Parque Antarctica
R$ 55
Canindé
R$ 40
Vila Belmiro
R$ 55
Morumbi
R$ 20 a 90
Obs.: os valores se referem ao ingresso integral (estudantes, idosos e aposentados pagam meia entrada) e não incluem a taxa de conveniência. Pode haver mudança devido a promoções ou em jogos mais importantes
Março de 2009
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Jorge R. Jorge
Engenhão foi primeiro estádio do Rio de Janeiro a ter acordo com a Visa
Projeto-piloto Os primeiros passos desse processo de modernização do futebol nacional, porém, foram dados pelo Figueirense há quatro anos. Em parceria com a empresa de marketing Outplan, o clube catarinense desenvolveu um sistema para viabilizar a compra de ingressos pela internet. Em 2006, a Visa encampou a idéia e criou o FutebolCard, site por meio do qual, após efetuar um cadastro, o torcedor garantia o direito de adquirir sua entrada, em assento pré-determinado, sem sair de casa. No estádio, basta passar o cartão de crédito na catraca para ter o acesso liberado. Foi a partir do sucesso em Florianópolis que a empresa formatou as parcerias com outras equipes. O trabalho no Figueirense difere dos demais por se limitar ao método da venda de ingressos. No Brasileirão 2008, 19% dos torcedores que compareceram ao Orlando Scarpelli utilizaram esse serviço. O próximo passo, segundo os dirigentes alvinegros, é criar o Setor Visa
no estádio. “Infelizmente, não tínhamos espaço disponível para a criação de um lounge como foi feito no Palmeiras. Mas temos dois projetos: um para o caso de Florianópolis sediar a Copa, para o qual construiríamos uma nova arena, e outro para a reforma do Orlando Scarpelli. De qualquer forma, teremos nosso setor VIP”, afirma Leonardo Estrella, gerente de marketing do Figueirense. Bahia e Portuguesa seguiram o mesmo modelo empregado pelos catarinenses. Desde o início do ano, cerca de mil entradas dos jogos no Canindé são separadas para a venda online. No Pituaçu, o projeto é mais abrangente: todos os ingressos podem ser comprados pela internet. Não houve a criação de um espaço VIP nas casas tricolor e rubro-verde.
Só para a elite? A onda de revitalização dos estádios e a aposta em áreas de luxo vêm acompanhadas de inflação do preço dos ingressos, o que poderia mudar o perfil do público pre-
sente aos jogos de futebol no país. Com o tíquete mais caro, torcedores com baixo poder aquisitivo não teriam condições de assistir a uma partida no estádio. Rogério Dezembro, do Palmeiras, discorda dessa tese. “Tem cambista cobrando R$ 100 por um ingresso e há quem pague. É como nos aviões, que têm assentos de primeira classe, executiva e econômica. Só que quem paga mais tem mais vantagens, só isso”, avalia. A Visa também se esquiva do papel de vilã das bilheterias: “Quem determina o valor do ingresso é o próprio clube, já que não lucramos nesta comercialização. Nosso ganho é indireto, pois fidelizamos os torcedores e alavancamos nossa imagem”, comenta Rubén Osta, diretor-geral da empresa no Brasil. Elitizando ou não os estádios, a criação de setores VIP está se espalhando. Resta saber se ela serve de impulso para a melhora no tratamento dos torcedores. Ou se, simplesmente, ficará como uma ação de marketing isolada. Março de 2009
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Ricardo Matsukawa/Futura Press
CAPA » SELEÇÃO
Alexandre Pato e Keirrison: com o que a dupla já mostrou, Brasil tem seus candidatos a artilheiros de elite na próxima década
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Damien Meyer/AFP
Em pouco tempo de carreira, Keirrison e Pato já mostraram talentos de foras de série
por Gustavo Hofman
areca, Ro R om máári ári rio, rio, o, Bebeto, Ro R on naalld do o.. Naas ú N úllttiimas d ma du uaass déé ca d cad daa s, s, o Br Bras asiill semp emp em prre te tev vee um aattac acan ante te qu q ue se se col olo occasse asse as se en nttrree os m maaio iorrees aarrttiilh illh hei eiro eiro ros d do o mun undo undo do em ssu ua éép po o-ccaa e ins nsp piirraav vaa seg egur uran ança ça par ara a Sele Se leççãão o.. E Essssse p po osstto es está está tá vag ago desdeess-d dee que d ue Ro on nal nal aldo do vir iro ou u frreequ quet etaad dor or asssííd as du uo d dee dep epar arttaame meent ntto n ntos oss médi édiéd icco os e Ad Adr dri rian ian ano p peerrd deeu u-sse na nas co con conn-fussõ fu ões es eext xtra xt xtra raccaamp amp mpo o,, mas as já su urr-gem dois ge doiss caan do nd diida ida datto os a oc ocup upáá--lo -lo los naa pró n róxi xim maa déc écada adaa:: Alleex ad xaand andre ndre nd re Paatto P o e Kei eirr eirr rriisson on. Ap Apes esar ar de mu muiuii-tto o jo ov vens, enss,, amb en mbos os jjáá d dãão ssiina in naais ais is de
qu q ue tê têm p po otteen nccia ciiaal suf sufici su ffiicciien ien enttee paa-rraa ser er mai mai ais q qu ue “a “ape penas” nass”” ceen na ntrontr trotr oaav van anttees op opo orrttu unis niissttas. n as. as A p prrim imeeiira ra carac aracctteerrííssttica ar ica qu ic que ssaalt lta aao os o ollh ho os é cco os omo omo mo nãão o se inti inti in tim miid daam cco om si sittu uaç açõe ões d deeci cisiva si vas. s. Só v veer o re rettrros retr ospe ospe pect cto do dos
0,51 Média de gols por partida de Alexandre Pato com a camisa do Milan
doiiss em estr do eessttrrei eiaasss.. Pato Patto Pa o fo oii às rreedees d es em m su uaa prriime ime meir ira ra pa part rtid tid ida da p peello o Intteernac In rrn naaccio ion naal, l, pel ela Se Seleçã leççãão e p le peello o Milan iillan an. K Keeir eir irri risso on n nãão ffeez m mu uiito dif to ifeerren ente te: d deebu buto tou no no pro rofisfiss-fi sio si on nal alis ism mo o co om m um g go ol na na vit itóri ória ór ia do d o Co orriittiib ba sso ba obr bre a Ad Adaap p po orr 2 a 0. No Pa 0. Pallm mei eira ras, ras s, sua ua cche heg heg he gaad daa foi oi cco oro roaad road da cco om d do ois is go olls no nos 3 a 0 con co nttra ra o Mo og g gii Miri Miri Mi rim m.. O de desseemp mpen enho ho dass est stre reia ias n nãão é aaccid ideen nta nta tal. l. Ain ind daa quee est stej ejam aam m em iníc in ício io de ccaarrrreira eirraa, o ei oss do oiis at atac acaan ntes te es já já mos ostr tram am núm úmeerros os co on nsi sissteen nttess. Pa Pato to mal al tev eve tteempo eve mpo p mp paarraa most mo strraar sseeu ffu stra ute teb bo ol no nos eesstá nos tádi dio oss bras br asilei iilleeiirro os. s. Peello IIn nter tern te rnaaccio iona nal, l, fo o-rraam ap apen enas as 28 jjo ogo gos co com mo o prororo fisssssio fi iona io nal, l, seen ndo do qu uee d doi ois d oi deessttes es aaccon onte tece cera ram n no o Mu un nd ndi diial al de Março de 2009
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Atté o feech ham amen ento en o des esta ta edi diçã ç o, çã o, hav avia iaa feit fe itto 45 45 jjog o os og os pel eloo Mi Mila lan, la n mar n, arca c nddo ca 23 gol ols, s, m s, mui u tos ui tos de to dele les le es em m par a ti t das daas im mpo port rttaan nte tes, ccom om omo mo su suaa estr esstr t ei eiaa e o cl cláásssi clás s coo cont co n ra nt r a Int nter errna n zi zion o al on ale. e. Um de dese ese semp mpen en nho ho cons co nsis ns isste t ntte pa para raa u um m jo ogado gadoor exxperi ga peeri r en nte te,, ma mais iss im mpr p essi esssi sion on nan ante te ain te ndaa ppar ara u ar um m aata taca ta c ntte de d apen ap pen e as 1 19 9 an anos
Cheg Ch egou eg ou ao Mi ou Milan Mila laan como com co mo o um u m pro roje jetto o ddee lo ong ngo prraz ngo azoo.. Noo ent ntan anttoo, se an seu fu f te tebo bol bol bo conv co nven enceeu o cl club club ubee a se se deessfa sfa fazzeer de Giilllar ardi ar dino (ccaamp di mpeã mpeã eãoo mu mund und ndial ial em ia m 200 006)) aappós ós um se s me mest ssttre tree. Na Na atu tuaall tem empo empo pora pora rada dda, a, tem te em ddeeeix ixxad adoo Sh heevvch chen enko ko, íd ídol o o da da ttor orci or c daa e cont co nttraatado tado ccom ta oom mo es mo estrrel ela, ela, a, no baanc nco ddee res eserva errva vas
Nãoo see iint Nã n im nt mid ida da co om ass circ ci rcun rc un nst stân ânci ân ciass de jo ogo go. Fe go. Fez ez ggool em m su uaa esttre reiiaa pel e o In nteern rnac rnac acio ona nall (4 a 1 sob (4 obre brree o Pal alme meiirras a ), ) em jogo jo goos in gos i teern rnac accio iona naais (2 a 1 do C n nais Col o or ol orad orad ado do soobrre o All Ahl hly no hly n Mun u di diall dial de Clu lube lube bes) es)), pela pelaa Sel pe eleç e ãoo eç (1 a 0 sob obrre re a SSué uéci ué cia) a) e no Mil ilan an n (5 a 2 ssoobrre o Na Napo Napo poli li))
Cllu C ub beess, cco onq nqui uistad uist stad st ado p peellaa eq qu uii-pee gaú p aú úch cch ha eem m 2006 006. 00 6. Neessse se cur urtto o teem mp po o, imp imp im prres esssiionou essi ono on ou u a tod odos os e ch chaam mou ou atteenç nçãão o peella een no orrm mee faaci fa cilliida ci dade de com om qu uee marca arccaava ar va gol ols ((m mar arco cou ou 14 14 ccom om a cam om mis isa co collo ora ora rada) m da meessm mo teend ndo do aap peen naass 17 aan no oss. No Col No olor orad ado, ado, o, P Pat ato fo at foi tr traattaad trat do com com co mo o uma ma jo oiia ia n no o cclu lube lube lu be. ““E be. Ellee já eerra ffo orraa de sé ora série séri rriie q qu uaan nd do o o conhe on o nh heeccii naa baasse d n do o Int nter. nter eerr. P Paara ra essccon con ond deer el ele daa im d mp pre rens nsa e d do os eem mp prres esár áriio os, s, fii-zem ze zemo mo os um um aco corrd do o.. No osssso os cco ole letittiivoss,, qua vo uan nd do o Pa Patto o jog ogaav vaa,, erraaam va, m fech fech fe had ados os. S Su ua rreesc escis scisão sc isãão is o era ra mu uiito to peq pequ pe qu uena en na n no o com omeç eço, o, e o In ntteerr não ão po po odi diia peerd d rdeerr um joga joga jo gado dor cco o om mo m o ele” el lee””, co cont nta A Ab beell Bra raga ga, ttrrei einado nad na do or qu q ue o la lan nçço ou u no p prrof ofiissssi ofi ssiio on naall. O at atu uaal técn técn té cnic ico do do Al Ja Jazi zira, ra, ra do d os E Em mir irad rad ados do oss Áraabe bes, bes, s, adm dmiitte te q qu ue a ev evol oluç uçãão o do jjo og gaad do or d deesd sde qu ue deeix d ixou ou o Bei eiraa Rio io tam amb béém é im impressssiio pr on nan a te te. “O te. O racio acio ac iocí occíín niiio o do do Pat ato é an no orrm maal, l, e iss sso so é um um dif ifer eren encciiaall deellee. Ve d Vend ndo do eelle joga joga jo gar h ho oje je, p peerc rceebo b o quee ev vo olu uiu iu mui uito to. F to Feez ez u um m bom om ttrrab abal abal alho ho mus uscula uscu cu ullaar e a p prrópr óp prriia sequ sseequ uêên nci cia n cia naa Eu urrop rop opa tteem lh lhe daado do uma uma ma cco ond ndiç ndiç ição ão ext xtra raor ord diin náári riaa.. Não o teenho dúvi nh dúvi dú vida da de qu que el ele é ho hoje je mu uiitto o maais m ais is jo og gad ador or do q qu ue aan ntees” s”. Keeir K eir irriiso so on n ttaam mb bém ém ap paarece rece re ceu naas ccaate n tego gorriiaass de ba gor bassee. R Reeve vela lado o
RAIO-X
na Co na op pa S Sããão o P Paaulo ulo de ul de Ju un niio orrees dee 20 d 00 06 6,, já d deemo emo mons nsttrraav va qu que eerra um fiin um nali aalliz izaad dor or acciima ma da m mééédia. di iaa.. Qu uaando ndo se nd se prro ofi fiss ssio ion naali lizo izou, zzo ou u,, maant m ntev ev vee o m meessm mo rriitm mo tmo g go ole leaa-do d or. r. No aan no p paassssaad do, o, foi oi artil rtil rt ilh heeiiro do Ca ro Camp mpeo eon naaatto to Braasi silleeir iro ro co com om 21 gol 21 ols, s, fat ato q qu ue de dessp desp per per e to ou o in interreeess tere te sssse d dee out utro ros ccllub ubes es em sseeu futteeebo fu bol. bo l. Parrce ceeiira iirra do do Pal alme meir meir iraass, a Trraaffffiic tr T trat atou u log ogo de de viin nccu ncu ulaar o jjo og gaador dor a sua do sua caart su rtei eiira rraa d dee at atle leta tass.. Um do Um oss mai aio orreess ent ntu ussiiaast stas as do aata do ttaaccaant nte aallv viiv veerrd de é Do Dori riva val al JJú ún úni niior ior or, ttéécn or, cnic ico do do Cox oxa em em 200 008 8.. “O Keeiirr “O irrrris ris ison on é deeffin init itiiv vamen amen am ente ente te um jjo oga gad do or d or diife fere fere reent nte nt tee.. É o attlleetta qu que eu u con onh heeccii qu uee mai ais ap aprro ov veeit eita itta u um m treeiiina tr trei name na men ntto o,, se co onc ncen entr tra e se se co o-bra de br bra dema maiiss. E Elle é im mpr preesssi siona onaan on nttee dent de ntrro ntro o d daa ár área, ea, sseemp ea mprree faazz alg lgo que v qu que vo ocê cê não ão esp sper eraa.. N Não ão é pre ão reci cii-sso o ob bsser erva rva var m mu uit ito to um um jo og gad ado orr paaraa saab ber ber er que ue ele le é acciim maa da mé médi dia” a”, diz o trei di ttrrei eina nado dor, r, hojje no o Vasco ascco as o. Miillaan M an e P Paalm lmei eira irraas tiiv veerraam es essa sen sa nsa saçã ção. o. Par arraa ti tirraar A Alleex xaan xan ndr dre Paato P o do IIn ntteern nte rnaaccio ional, naal, n l, os it itaalliaan no os paag p gaaraam € 20 mi milh hõees, s, mes esmo sm mo o saa-ben be nd do qu do que el ele le te teri erriia d dee fic icar ar sei eis eis meese m ses só só tre rein inan and do o — ele le com ompl pleeto ou 18 18 an no os após após ap ós o fec echa hament meent m nto da da janeela ja la de tr traan tra nsf sfeerrênci êên ncciias as e nãão o pô ô-de ser de ser er in nsscrrit ito — an ante nte tes de de estr sttrreeear ar. O ar
Três fatos para se acreditar que Pato e Keirrison
2/setembro/1989
Na N asc cim imento ento en o
1,79 m / 71 kg
Altura Al tu ura ra / Pes so
aca/ Reu
ters
26/novembro/2006
la Mon
6 jogos / 1 gol
Daniele
Artilheiro do Brasileiro Sub-20, campeão mundial de clubes, artilheiro e campeão do Sul-Americano Sub-20, medalha de bronze nos Jogos Olímpicos Cabeceio, visão de jogo, drible, domínio de bola, velocidade e experiência internacional Físico e excesso de frieza em alguns momentos
XX X X
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E ttrrei Es ea Na N aS Sel eleç el eção eção ã Conq Co nqui nq uist stas st ta as s
P nt Po nto tos os f rt fo r es s
Po onttos os frrac aco os os
Março Mar arço de de 200 2009 0009
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Gols de Keirrison nas três vezes em que enfrentou o Santos. Foram sete no Brasileirão de 2008 (três no primeiro turno e quatro no segundo) e dois
no Paulista de 2009
Palm P Pa alm lmeeiir ira ras ta tamb mbém ém tev eve pr preesssa sa paara con ra onta tar ar co com Ke com Keiirrri risso on. n. Co om m tuudo d o acceert rtaad do pa do para ra teerr o ata taccaant taca nte em em abrriill,, o clu ab lub bee pau auli list sta pa pag go ou R$ R$ 2 mi millh hõe ões p paara ra aant nttec n tec ecip ipar ar su uaa saaíídaa do C d Co ori riiti tiba ti tib ba. a. See tives ives iv esse se esp sper sper eraa-do d o esssses ses es 90 di dias dia as, fi fica caari rriia cco om o jo jogaado g dor eem m um maa tra rans nsffeerê rênc ncia ia livr ivre iv re, maas cco m orr rrer reerria ia um rriisscco desn dessn de neecces esssááá-rio de ri de so offrreer co com a faalt lta d lta dee um fi finali na liza izzaador do d or nato naato n to no oss jog ogo ogo oss da Pr PrééLiiber L bert be rtador ado ad orres es con ontrra o Re Reaall Po ottos tos osí sí. í.
Pres Pr e sã es são o e ca carr r ei rr eira ra a Paar P ara ra gaarro ottos os, cch os, heg heg egar gar ar a esssse ssttat atus atus us com ap com co apeen naass 19 ou ou 20 aan no oss rep eprree-
dee. Ao d Ao meessmo mo teem mpo po em que que ta qu tama manho nh ho d deessttaq aque ue aaju jju ud daa a pro roje jeta tar se seus us nomes, nome no mes, me s, taam mbé bém p bém po ode de aatr ttrrap pal alh haarr.. Paara P Par ra Kááttiiaa Ru ub bio bio io, p prres esid iden ente te d daa Assso As oci ciaç açãão o Bra raasi ssiile ile leir ira de de P Psi sicco si olo log giia do Essp do po orrttee, o ri risscco nã não é ttãão gr graan nde par de ara Pa Pato o e Keeiirr rris rris ison on. Ela El la cco on nssid ideerra q qu ue o mo mome ment nto em m que ue o jo ov v vem em attllet em eta está está es tá pssiicco ollo og giiccaament meente m ntte mai mais ma is vu ullne nerááv nerá veel já já paass p sso ou u. “E Ess ssa p prres essã são n nãão in infl fllui ui ui mais ma is taan nto, to, p to po orq rqu uee já sã são pr prof ofis ission si onaaiis e aattua uam eem m graan nd deess clu lubees. b s. Ellaa é maaiis d daano nossaa qu uaand ndo o garoto ga roto ro to sai ai do oss jun unio iore res pa para ra o tiime pri me rinc ncip ipal” al”. al No N o ent ntant aan ntto o, a ps psic icó óllog ga al aler erttaa paara p ra o fato ato de at de qu uee amb mb bos oss ain o inda da passssar pa arãão o por or mui uiita tas si ta situ ittu uaaççõe çõe ões b bo oas as e rru uin uin ins na na car arreir reir re iraa,, e err rro oss no ge gerreencia nciiaame nc mento ntto d n deess ess sses seess alt lto oss e baaiix xo os po p ode dem at atra traapalh pallh pa har. har ar. “É ar “É pre r cciiso o ver er aass essttraaté t gi gias as que ue vão ão dessen envolv volv vo ver er parraa en pa nffreen nttaarr isssso. o. A análi náli ná lise se pre recciisa sa ser er feiitaa caasso so a ca caso aso o e dep epen ende nde de ttaamb mbém ém da hi histtó órriaa de caada da um m,, se já paasssa já sara ram p ra po o orr eex xp peeriiênci êncciias ên as b bem em em succeed suce su diidaas co ont ntra ntra ra a p pre reessssão ão”,, diizz. De aaco De corrd co do co om Ká Káttiia, a, a cob obrraan n-ça po ça orr bom m desem esem es empe pen nh ho em m cam ammpo p o nãão o é a ún niica ca que ue se im mp põ õe sobr so sobr bre as as pro om meeess ssssaass em ccaamp mpo o.. A p prró óp prriia cco on nd diiçção ão de íd ídol olo
Qu Q uan ndo do ffoi o art oi rtil i he heir iro da d Cop pa S o Pa Sã Paul ulo e do do Cam a pe peon o aatto on Para Pa r na naen ense se,, era se era po er possív sssív í el arggum men enta tarr ta qqu ue o ní níve v l té técn cnic ico do ico ic d tor orne neeio nããoo era ddoos meelh er lhor ores es. N Noo enttan anto o, fo foi o goole l ad a orr do Bra do rasi sileeir irããoo 2 200 00 0 08 8,, seg egui uind in nddo do uma uma tr um traj ajjeettórriaa cre cr res esce cen ntte de de mar arca c s in indivi divi di vidu duaiis
Deeix D ixou ou o Cor orit iittibba co com a mé médi diaa di de 0,5 de ,53 3 gool po or pa part rttid rtid da. a N Noo Palm Pa lm mei eira ras, ra s, che hego gou go u co om a pres pr esssã s o dee ser a ref efer erên er ênci ên ciia ofen of ensi siva si va de um m clu lube b eem be m fo orm maç a ãoo. Em seu us pr prim im mei e ro ross no n ve joogggos os,, maarccou os o 12 gols go ls,, se s n nddo tr t ês ês na Li L be bert rtad rt taad dores orres es e doi o s em m um m clááss ssic ico co cont n raa o Santo an nto os
Apessar Ap ar ddaa po pouc uca id idad a e, já te ad tem verrssat ve atiillid idad dade ade. ad e. No C Coori riti t ba ti ba,, attuou uo ou ccoomo o cen ntr troa oaava vantte fi fixo ixo o na áreeaa adv área ár d er ersá ssáári r a. a. No Pa P lm lmeiira ras, ras, s p ec pr ecis isou is ou se mo ovi vime men nttar ar mai ais para pa ra se en nca caix ixxar ar em um m tim me ve v lo oz qu que ue ussa mu muito itto ooss con ntrraa-at a aq at aque uees. s. Seu Se u deese sem mpen mp nho o foi o seeme m lh lhan antee nos an d iss esq do esq sque uem ue maas
podem ser mais que “apenas bons atacantes” 3/dezembro/1988
N scim Na sc cim imen imen ento to
1,82 m / 65 kg
A tu Al tura tura ra / Peso eso es
3/fevereiro/2006
Esstrrei E eia eia Na Sel Na e eç ção ã
Ainda não estreou
Conq Co Conq nq qui uist ui stas as
Artilheiro da Copa São Paulo, do Campeonato Paranaense e do Brasileirão, campeão da Série B e paranaense
Po P onttos os ffrrac cos os
Frieza na área, chute, velocidade, domínio de bola e versatilidade Junior Lago/AGIF
Po P ont ntos os ffo ort ort rtes tess
Físico e experiência internacional Março M Ma aarrço ço dee 220 200 2009 00009
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ENQUANTO ISSO... Patto Pa o e Keir eirrrris ei isoon n sur urgeem como com co mo o esppeerraan nççaa parra o attaq aque quee da Se Sele leççãão po porq qu uee a ggeerraaçã ção ão qu que brig brig br iga ga at atua ualm men ente nttee poorr um lu luga gar na na equ quip ipe de de Du un nga ga nããoo con nve venc nce ccoomp om mp ple lettaame ment nte. e. Vej eja qu queem m est stá na na par araadda e qu quem em ain inda da pod ode de eesstto ourar urrar ar
Luís Fabiano Foii o ún Fo ú ic icoo go gole leead a or o a ccon onve on veenc n err na Se S le l çã ção de de Dun unga ga.. ga Mesm Me sm mo co om al a gu uma m s co cont nttus u õees, ttem em poossto t de ti t tu tula ulaar asse as seegu gura rado ra do aaté do té sseg eg gun nda oord rd dem m. No No ent ntan tan nto to,, nã nãoo ch cheg eeg ga a serr um aata se t ca ta cant n e de nt d eenc ncche nche her os olh her hos do to torc orc rced ceeddor doorr. Me Mesm sm smo mo tiitu tula laar do d Sev evil illa il laa, su suaa ca carr rrei rr eiira ra eu urroppei eiaa nã não de deco colo colo co ou comp co m le mp l ta tame ment me ntee e h nt háá queem es espe pere pe re que ue alg lgué uéém ex e pl plodda plod ante an tess da te d C Cop opaa de 2 op 201 010 01 0 e ooccup u e se seu u lu uga gar ar
cria cr iari ria u um ma séri ma séri sé rie de de ex xiig gêên nccia ias a rreesp spei eitto eito o do co comp mpo orrtame tame ta mento ment nto fo nt fora ra dee cam d amp po o e caap paacciid daad de de de seerr u um m bom p bo prro od dut uto de de mar arke keti tin ng g. Com Co mo o a prreess essssão ão envol nv n vo ollv vee attéé a viida v da peessso sso oal al do oss atl tletas etaass, é d et diifí ifíffíícil an ci anaalliissar saarr a cap pac aciid daad de q qu ue cacaca da ind da ndiv vííd du uo o teerrá pa para para ra sup sup upor ortáá-l ortá -laa.. “Essssas “E as pes esso soas oas as são ão mai ais qu que jjo og oga gaado d ores. res. re s. O Paattto oéu um m model od o del elo de de viidaa, um d da, um jjov ov vem em bem em su ucced did do q qu ue tteem u um ma na nam mo ora rad daa bon oniitta e fa famo m osa osa sa. O p prrob oble lem maa é quee o ído dolo olo lo é um u m seerr hum umaan no o,, e co om mo mo q qu uaallqu lq qu ueerr outr ou uttrro, o, tem em sua uas ma maze zela lass.. A soc ociieedaade d dade de peed de a el ele ma maiiss do qu que p po odee”, d ”, com ompl plet eta taa..
E em m 201 010? 0 0?
Adriano Erra o gr gran ande de ccan aan nddiidato ddaatto o a suc ucessso sor de d Ron onal aldo do. Pe Pelo lo qque ue ue jo oggoou na na tempo em mpo pora rada ra addaa 200 004 4//05 05, se seri seri ria u um m doss m mel eellho hore ress ddoo mun undo d .N Noo eent ntan nt anto anto to, te teve prrooblem bllem emas mas as par arttiiccu ulaare res es e, e desdde entã desd de een ntãão, o nu un nca ca maaiiiss m mo oost sttro roou u a eexxpl plos los osão ão fís ísic ísic ica qu que o ccaaraact c er eriz rizav izav iz ava. a. Alé lém ém ddiissso, o, tem m dif ifi fic icul uld lda dades dade des cr de c ôn ônic i ass em ic mant ma ante ntter er a dis isci cip ipl plin inaa fo fora r de caamp m o. De qu qual allqu ueerr ffor o ma or m , a nd ai n a é op o or o tu uni nist stta e te tem m es e pa paço ço em u um m graandde eu uro rope p u pe
Nilmar É té t cn nic icoo, o, ráp ápid idoo e go id gole lead le addor o , caarraactter erís ísti sti t ca cass qu que o colo co l ca lo cara raam co como mo can andi dida di d to a qqua da u rto ua rtto at atac a ante ante an t do Br Bras a il n Cop na o a dee 200 006. 6. O pro robl blem bl e a fo em fora ram ra m se segu g id das a e gra gra rave ves ve es c nt co ntus u õe us õ s,, que lhe h ttir irar ir a am alg ar l un ns an a os de ca carr rrei rr eira ra. C ra ra. Coomo tem te m appen e as 24 an a oss, ai a nd ndaa esstá em te tem mpo de mpo mp de rel elan an nça çarr su ua ca carr rrrei eira r e ssee es ra esta tabe ta bele be l ce c r co como mo o o ppri riinccip rinc pal aata taca ta taca c nt nte b as br asil ileei il eiro ddaa at atua uall ge ua g ra r çãão
Fred Não é tãão rá Nã rápi pido d e habil do abbil ilid id doso oso co os como Nil ilma mar, mas ttem ma em em maais vvoc m ocaçção de arrti ocaç oc tilh ilh lhei heiro eiiroo. Su S a pa pass sssaag gem m no Ly Lyon oon n ffoi oi de oi allto tos e ba baixxos o , o qu q e lh he ti t ro r u um m pou o co ddee esspa paço ç no ço cená cená ce náriio eu euro roope p u.. N Noo een nta tant n o, ain nt ndaa tem m 25 25 an anos os e esp sper perra qu ue um uma m mu uda danç n a ddee are nç ress po p ss ssaa aj ajud ajud udáá llo o a rec ecup upper erar a o b m fu bo uteebo bol ol
Amauri Arti Ar t lh ti lhei eiro ei roo e ddes eesstaaqu quee daa Juv u en entu tus no tu no Cam mpe p on o atto Ittal Ital a ia iano n , o ce no cent ntro nt ro roav oav a an nte bbra raasiileir leeir iro ttaamb mbém ém é cog ogit itaddo it paaraa ddef e en ef ende d r a Az A zu urr rra. a. Foi oi cha h maado do u uma ma vvez ez por Dung Du ngga, a, m mas a a Juvve nã as n o liibe bero rou. ro u. Ain u. inda da não ddec ecid ec idiu id iu u ppor o or qual qu al cam amis amis isaa ve vest s ir st i e, me m sm s o qu ue pprref efir iraa o Br ir B as asil il,l, pr il prec ecis ec issa venc ve ncer cer er a desco essco onffia ianç nçaa po por tr t abbal a haar ma mais i com is o o fís ísic icoo ic quee co qu com m a ha habi billiida bi dade de
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Enttrre ass cob En obra ran nçças, aass, es está tá a de at ateneen nder lo der de log go o a exp xpecta ecta ec tati attiiv vaa da tto orc rcid rcid da. a. Alg Al go o qu uee fiicca m maaiss séérrio io qua uan nd do se per se ercceebe be que uee,, n no o momen om o meen ntto o, a Sele Se elleeçã ção B Brras asil ilei eira ra essttá ca care arent rente re ntte d dee um ceen um ntro trroa oava vant nte te q qu ue conv con co nv veen nççaa o tto orc rced edo edo orr. A Aiinda nd da q qu ue a at atua ual ge gerraação teen çã nh ha m mu uit ito ta ito tale lent ent nto, o, sseu eus at eu ataacant ca an nttes es eest stãão st o com m diiffic icu icul ullda dade de paa-ra se ra se co olo loccaar een ntrre os os meellh ho ore res do do mund mund mu ndo do (v (veejjjaa bo box x)). Por iissso Po so o,, há há qu ueem p peen nsse se na na pos ossib si biili lida dad dee de P Paatto o ou K Keei eir irri rrriiiso sso on gaan g nh haarreem m ch haanc nce já já na pr preep paarraa-ção p çã paarraa a Cop opa d dee 20 01 10, 0, qu uaatr tro tro aan no oss ant nteess do q qu ue seri seri se riaa,, teori eori eo rica cament me ntee,, o aug uge fí físi físi sicco o e técni ééccni nico co da dupl du up plla. a. “O Oss do oiis aaiin nd da vã vão ão ccrres esce cer er até láá. E o B at Brraassil sil il nun unccaa teve unca eve p ev prro o-bllemas b emaass em la em lanç lanç nçar ar gaarrotos oto ot oss de 17 17 an no oss na S Seele leçã leçã ção” o , af afirrma ma Car areca, eeccaa,, cent ce enttro oav van anttee tiittul ante ularr do B Brrras asiill no as asil oss Mun Mu nd dia iais aiiss de 19 198 86 6 e 90 0.. No N o entan ntan nt anto to, há to, há uma ma sen enssaaççãão dee qu d uee o mil ilan niissta ta est stá à fren freen fr nttee do d o pal alme meir eirren nse se. “A “A ex xp peerriê iêênc nccia n ia do Paatto do to no no Miillan lan neom mod odo co od com mo o ssu urg rgiu iu no no In nteern rnaaccio ona nal al o d deeix eiix xaam m em van em anttaageem m.. Ellee já é u um ma rreeaaliidade daade d de paarra a C Co op paa de de 2 20 01 10 0, cco om cond co ndiiççõ õeeess de de ser er tittu ullaarrr”, ””,, com omen enttaa Caaio C Caio io Rib ibeiiro o, eex x-aataca taccaant ta nttee e o co comeentar m ntaris nt aris ar isttaa da TV TV Gllo obo bo. So Sobr bre o joga jo g d do or do do Pallmei meeiirras m raass, s, os os ello og giio oss ssãão pr precav ecavid ec aav viid do oss. “O “O Kei eirrrrris ison is ison on su urrgiiu g iu agor agora ag orra e é um o um ata taca can ntte mo mod deerrno, no o, ma mas ttu udo do deep pende pen end en dee de co como mo ele le vaai co v co ond nd duz uzirr a car arrreeirra at até té 2014 20 2 014. 14 1 4. Aiin A Aind nd da é cceedo do par ara d diize ize zer er qu que eelle é um u ma re ma real alid ida dad adee,, até té porqu orrq o qu ue o oss ess-
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tadu ta duai ais en enga g naam um um pou ouco co peella frag frag fr agil ilid ilid idade ade do ad dos ad dos adve verrssár ário ios” s”. A op opin niã ião é comp cco omp mpaarrtilh mpar tilh ti had ada por po p or Paul Paul Pa ulo Vi ulo Viní in nííci ciius us Coe us oelh lho, ho, o, com omen enta tarriist sta d daa ES SP PN. N. “O P Paatto o é o mai ais im mpr preessssiio on nan nte te. El Ele te Ele tem fe feit eitto um um nú n úm meeero r esttra ro rato tossfféric éérric ico d dee gol ols na na Itáállia It lia ia, al algo lg go o que ue só o Gi Giu ussep seep pp pee Meaz Me azza zzzaa fez ez com om a idaade de dellee.. Taamb T mbém ém é ass ssu ssus usstado tad ta do or o K Keeir irri riso on sseer o ar arttiilh lheeiirro o do B Brraassil il com om 19 aan nos nos os, ma mas, s, por or mai ais que que lu qu lutteemo em mo os con co nttra ra, é mu ra, muiitto mais maais m is reelllev eev v van anttee an marc ma rcaarr essssa qu quanti an ntida ttiida dade ade de d e g go ols ls naa Ittááli n lia, a, o ond nde vo nd v ccêê está stá en st enttrre o oss meelh m lho orres es do mu mundo” nd do” o”, an nal alisa alis iissaa.. Até qu Até At quem em acco o omp mp m paan pan nh ho ou o aattaou taa-caan ntttee p paalm lmei eire rens nse se desd deesd d sde o iin níc ício io daa caarrrreeir d ira vê vê o eexx--colo x colo co lorraado do co o-mo maaiis in mo indi dica cado do par ara o pr próx óxiim mo Mu M undia nd n dial. ial. ia l. “O K Keeir irrriisso on tteem po pote ten n-cciiaall paarrraa se cial ser um um dos os meellho horrees es do o
Celso Avila/Futura Press
Guilherme surgiu como promessa do Cruzeiro na Copa São Paulo de Juniores de 2007, quando foi campeão e artilheiro da equipe. Em 8 de abril daquele ano, fez seu primeiro jogo pelo time e estreou com um gol na vitória sobre a Caldense por 3 a 0. Em seus dois primeiros Brasileirões, lutou pela artilharia e ajudou o Cruzeiro a ir a duas Libertadores seguidas. Ele teria condições de estar no grupo de potenciais atacantes do Brasil para 2014, mas sofreu um forte revés. O clube mineiro, como de praxe, precisava negociar um de seus principais atletas. Veio o interesse do Dynamo Kiev e a negociação com o time ucraniano saiu, trazendo € 5 milhões para os cofres da Raposa e o atacante Kléber, ex-Palmeiras. Agora, na Ucrânia, o andamento da carreira de Guilherme pode sentir os problemas de atuar em um campeonato sem tanta tradição e repercussão internacional. O problema, além de sair do foco da imprensa, é atuar em um futebol pouco estimulante tecnicamente. “O Guilherme é talentosíssimo, talvez mais refinado que o Pato e o Keirrison. Porém, é o menos goleador. Ir para a Ucrânia vai prejudicar seu desenvolvimento técnico, já que vai enfrentar adversários de um nível menor”, afirma Paulo Vinícius Coelho, da ESPN. O cenário não é otimista. Kleber, envolvido na transação que levou Guilherme ao Dynamo, não recomenda uma passagem pela Ucrânia. De acordo com ele, o jogador desaparece aos olhos dos brasileiros e está em um país que não serve de trampolim para centros mais ricos da Europa (veja entrevista na página 18).
mu m mun un nd do o.. Ele le me le l mb mbrraa um po pouco ucco u o cco ome ome meçço o da ccaarr rreeiirraa do Ro Romá mári rio, o, maas o Pa m Pato to ttem em m cla lara ra van anttaage age gem po por jjo og gaar ar na na Europ urrop u op pa” a”, afir a” afiirrma af rma ma L Leo eeo eona on naardo rdo rd Meen M nd dess Jún únio únio ior, r, ed diito tor de de esp spor orte orte tes daa Gaazzeta d eetta do do Po ov vo vo. o..
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Atacantes que Dunga já testou na Seleção, entre eles Afonso Alves, Fred, Jô, Nilmar, Rafael Sóbis, Ricardo Oliveira e Vágner Love
dee laasstr d t o pa parraa Ale lex xaand ndre re Paatto, o, ain ndaa é pre recciiso reci so lem mb brrar rar ar que ue se trratta de de um jog um gad ado orr de 1 19 9 an no o os, ss,, que ue ain in nda da da eesstá tá em em de desenv seen nv vol olv viime ment nto té técn cnic ico ico ee,, pri rinc ncip ipal alme ment nte, e, fís ísic sic ico o.. “E Elle le eessttáá pron pr ontto o par ara 20 201 10 0, ma mas pr mas precis ecis ec isa ga ganh haarr um p po ouc uco de de for orça orça ça fís ísiicca pa paraa agu guen entar taar o trran nco o dos os zaag gu ueeiiros” ro s”, av avaallia aval ia Sér érg giio Vi Vila lar, lar, r, ed diito tor de de esp es po ort rte da da Zeerro ro Ho Horraa. Opin Opin Op iniõ iões õeess tão tãão o po ossit siittiv ivas as se b baaseeia iam m,, taam mbé bém bém, m,, na p peerc rcep pççãão d dee qu q ue K Keeiirrrriisso on e A Allex xaan ndre drre Pa Pato to po p od deem se ser o ser oss art rtil ilhe heirros os que ue a Seleçã Se leeçã ção n nãão te tev vee nos os últ l im mo oss tem empo p oss.. Se am ambos bos es bo esta t rão rão pr rã pron o to os p paara repre ra eep prreese sent ntarr o Bra rasi sil n naa Cop opa d dee 2010, 20 10, cabe 10 ccaabe be a Dun ung gaa dec eciid diirr. M Maaas, ss,, aind ai aind nda da qu que ssu urjjaam m out utro ros g grran ande des atac at aaccaan nte tes no os p prróxim óx xim imos os an no os, s, ele les jjáá saí aíram ram na ra na freent nte p paara ara ra 201 014. 4. Março de 2009
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CULTURA Ir ao estádio não é programa apenas para dia de jogo; clubes já oferecem visitas guiadas para quem quiser conhecer os bastidores de uma partida m fanático raramente vê limites para sua paixão. Assim, ver o jogo, comprar camisa e acompanhar o dia-a-dia do time não é suficiente. Para muitos, conhecer as instalações de um estádio serve para cultuar o local em que momentos históricos se passaram e se sentir mais próximo dos protagonistas do espetáculo. E os brasileiros já podem fazer isso em algumas das principais arenas do país. Programa comum na Europa, onde conhecer um estádio pode ser tão natural quanto passar por um famoso museu ou fotografar um prédio histórico, as visitas monitoradas permitem que os torcedores conheçam o gramado (geralmente, só andar em volta, sem pisar do lado de dentro do campo), vestiários, instalações de imprensa e corredores de acesso. Em alguns casos, o passeio se completa com a visita a um museu do clube e a uma loja oficial. Francisco Piraino, diretor de comunicação do BeiraRio, comenta que a sala das taças é hoje o cartão de visitas do time de Porto Alegre: “É uma das partes do passeio mais esperadas pelos visitantes, onde temos todos os troféus mais gloriosos do Inter, como da Copa do Brasil, Sul-Americana e Libertadores”. Apesar de esse mercado estar em crescimento (veja tabela), os clubes não dão tanta importância à potencial renda gerada por essa ação. Tanto que, em muitos casos, as entradas são gratuitas e basta um telefonema pedindo autorização para ter acesso às instalações. “A intenção é criar um vínculo maior com o torcedor para que ele possa consumir outros produtos de maior valor”, explica Marcelo de Gusmão Furtado, superintendente de marketing do Náutico, clube que planeja lançar um programa de visita aos Aflitos.
U
Minha
casa é sua
OBSERVAÇÕES $
casa 40
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Aflitos
Arena da Baixada
Barradão
Beira-Rio
Couto Pereira
Engenhão
Ilha do Retiro
n/d
R$ 10
Gratuito
Gratuito
n/d
n/d
n/d
O estádio fica aberto para sócios durante os finais de semana de manhã. Há projeto para visita guiada a estádio, museu e sede
Passeio inclui estacionamento, setores reservados ao público, praça de alimentação, Salão VIP, camarotes, vestiários, sala de imprensa e loja
Entrada livre e gratuita, mas não há passeio guiado
Passeio inclui camarotes, gramado (acesso restrito), centro de eventos, capela, cabines de imprensa, museu, sala de troféus, vestiário (exceto em dias de jogo) e loja
Atualmente, a Até o ano passado O estádio não entrada é realizava eventos fica aberto para gratuita para os visita. Há um com os sócios. sócios. O clube projeto para O clube estuda estuda um novo 2009 um novo esquema para programa de o segundo semestre visitação
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por Mayra Siqueira e Pedro Teixeira
Entre os que cobram a entrada, o valor é tratado como algo quase simbólico, apenas para custear as despesas do próprio programa (guia, emissão de ingresso, bilheteria, limpeza). Por isso, o Atlético Paranaense cortou o preço da visita à Arena da Baixada – incluída na programação de turismo de Curitiba – pela metade e oferece uma cartela de apostas da Timemania.
Turismo Os estádios não são procurados apenas por torcedores. Em muitos casos, este público é até de relevância secundária. O Mineirão, por exemplo, recebe uma quantidade tão grande de turistas que se tornou o segundo ponto mais procurado de Belo Horizonte, atrás apenas do Conjunto Arquitetônico da Pampulha. De olho nesse filão, o Santos criou esquemas especiais para quem quiser conhecer a Vila Belmiro. No
verão, o estádio recebe muitos estrangeiros que desembarcam direto de navios de cruzeiro. Além do roteiro básico – arquibancada, gramado e vestiários –, o Peixe oferece passeio pelo museu, eventualmente com a participação de ex-craques do time. Apesar do sucesso de Mineirão e Vila Belmiro, o maior exemplo de como um estádio pode ser turisticamente atrativo é o Maracanã. A arena carioca montou uma estrutura em que o visitante passa pela calçada da fama, conhece o museu do futebol e pode até cobrar pênaltis virtuais. Desse modo, o estádio Jornalista Mário Filho se tornou uma das atrações mais procuradas da cidade. Somando os projetos já implementados e os que, segundo os clubes, estão no papel, os estádios brasileiros estarão mais acessíveis aos torcedores. Não apenas as arquibancadas, mas até setores que, há pouco tempo, eram exclusivos dos jogadores.
Da esq. para a dir., vestiários do Morumbi, sala de imprensa da Arena da Baixada e a calçada da fama no Maracanã: troféus para os torcedores
Fotos Trivela
À esq., vestiários do Stade de France, programa de visitação do Santiago Bernabéu e estúdio da TV Barça: atrativos para os turistas
Maracanã
Mineirão
Morumbi
Olímpico
Pacaembu
Palestra Itália
São Januário
Vila Belmiro
R$ 20
R$ 5
Gratuito
Gratuito
Gratuito
Gratuito
Gratuito
De R$ 4 a R$ 15
Ainda estuda um projeto de visita guiada. Atualmente, o estádio fica aberto para visitação gratuita aos domingos
Há vários pacotes, que podem ter só estádio (camarote, sala de imprensa e lateral do gramado) ou incluir museu e até o CT do Santos
Não há Visitante Passeio inclui Passeio inclui Passeio inclui Inclui museu do estádio passeio pode ver as museu, sala de sala de coletiva, memorial do (calçada da fama, guiado. memorial histórico, mural futebol mineiro, vestiários, gramado, troféus, capela, arquibancadas Para realizar e o clube arquibancada, arquibancadas, vestiários, dos shows já realizados), municipal que uma visita, gramado e vista panorâmica, tribuna sala de troféus, memorial, livraria, é preciso fica atrás do loja. O clube megaloja e bar. calçada da de honra, vestiários, sala solicitar à estádio pretende O clube pretende fama, sala de aquecimento e visita diretoria cobrar a visita cobrar a visita de coletiva e ao gramado por e-mail em breve em breve gramado
Fonte Clubes e administrações dos estádios
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COPA DO MUNDO
Fifa abre disputa pelo direito de sediar as Copas de 2018 e 2022. Depois dos fiascos das duas últimas escolhas, agora não faltam boas opções
TITANOMAQUIA
por Leonardo Bertozzi
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de 2009 evidenciou a dificuldade que os organizadores enfrentam no cumprimento dos prazos. Tudo isso serviu para alertar a Fifa sobre os equívocos no processo de escolha das sedes: era necessário au-
COTAÇÃO Se não fizer muita besteira, tem tudo para levar Tem argumentos fortes, mas não pode bobear Até tem chances, mas a concorrência é mais forte Precisa melhorar muito para ter possibilidades Só um milagre, ou um jogo político inimaginável
Estados Unidos O país que sediou a Copa de 1994 deve direcionar seus esforços para 2022. A candidatura conta com o importante apoio do presidente da Concacaf, Jack Warner, influente na Fifa. Os Estados Unidos podem se beneficiar de uma eventual vitória de Chicago na corrida pelos Jogos Olímpicos de 2016 e pelo fato de, nos últimos anos, passarem a contar com mais estádios dedicados exclusivamente ao futebol. Ainda assim, o esporte não deu o salto de popularidade desejado pela Fifa.
mentar o leque de opções e dar mais tempo para organizar o Mundial. Primeiro, o rodízio foi modificado: o continente que recebe uma Copa fica impedido de receber as duas seguintes, mas a partir daí pode concorrer normalmente. Depois, veio o anúncio de que os países que organizarão as Copas de 2018 e 2022 serão definidos de forma simultânea, em dezembro de 2010. Como apenas os países africanos e sul-americanos estão fora da parada para 2018, a disputa promete ser acirrada. Canadá e China anunciaram interesse, mas desistiram. Ainda assim, o mundo do futebol verá uma luta de titãs.
Rose Bowl, Los Angeles
Fotos Divulgação
cena chegava a ser constrangedora. Lula, Paulo Coelho, Romário, José Serra, Sérgio Cabral e vários governadores estavam em Zurique para testemunhar o anúncio do paíssede da Copa do Mundo de 2014. Concorrentes para o Brasil? Nenhum. Privilegiado por um exagerado rodízio de continentes criado pela Fifa, a candidatura brasileira não teve adversários na América do Sul. Enquanto o Brasil inicia sua preparação a passos de tartaruga, a África do Sul sofre para deixar tudo pronto para 2010. A retirada do estádio de Port Elizabeth da lista de sedes da Copa das Confederações
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Wembley, Londres
Shutterstock
Inglaterra Enquanto países de menor tradição no futebol, como o México, já sediaram duas Copas, a Inglaterra organizou apenas uma, em 1966. O berço do futebol acredita que já é hora de levar o esporte “de volta para casa”, como dizia a música oficial da Eurocopa de 1996. Os ingleses perderam o Mundial de 2006 para a Alemanha e, devido ao rodízio de continentes, não tentaram de novo. Com o campeonato nacional mais badalado do mundo, estádios modernos e um público apaixonado, a Inglaterra desponta como a principal candidata a receber a Copa de 2018. O governo do Reino Unido já confirmou apoio financeiro e personagens como David Beckham e a Família Real terão vozes fortes na campanha. O legado dos Jogos Olímpicos de 2012, em Londres, também deve ser levado em consideração.
Azteca, Cidade do México
México
Amsterdam Arena, Amsterdã
Holanda e Bélgica él i Oficialmente, a candidatura é do Benelux, bloco que reúne Holanda, Bélgica e Luxemburgo. No entanto, o grão-ducado não sediaria jogos – sua seleção sequer teria vaga automática –, apenas o congresso da Fifa que antecede o Mundial. Belgas e holandeses já se uniram para sediar a Euro 2000, o que garante uma base razoável em infraestrutura e know-how. Bruxelas tem planos para um estádio com capacidade para 60 mil pessoas para receber a abertura. A Amsterdam Arena seria a escolha lógica para a final, mas o futuro estádio do Feyenoord, para 80 mil pessoas, é um bom concorrente.
Acreditar que conseguirão atrair uma terceira Copa do Mundo antes de outros países tradicionais parece uma atitude otimista demais dos mexicanos. Nem o fato de vários clubes locais já terem planos de construção de novos estádios deve ajudar.
Big Eye, Oita
Luzhniki, Moscou
Japão Os japoneses co-organizaram a Copa em 2002 e o intervalo pequeno pode atrapalhar. Uma eventual escolha de Tóquio como sede da Olimpíada de 2016 seria favorável, por proporcionar boa parte das obras de infraestrutura e reformas nos estádios. Seria utilizada a maior parte dos estádios de 2002.
Rússia A candidatura já pareceu mais sólida, mas os efeitos da crise econômica internacional devem diminuir a empolgação russa na corrida pela Copa. A imagem do país após o conflito armado com a Geórgia no ano passado saiu bastante danificada. Hoje, apenas o estádio Luzhniki, teria condições de receber o Mundial.
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Fotos Divulgação
Iain Mullan
Estádio da Luz, Lisboa
Portugal e Espanha
Cricket Ground, Melbourne
Austrália Dificilmente haverá três Copas do Mundo consecutivas no hemisfério sul, razão pela qual os esforços australianos se concentram em 2022. O sucesso dos últimos eventos esportivos no país – Olimpíada de 2000, Copa do Mundo de Rúgbi de 2003 e Jogos da Comunidade Britânica de 2006 – serve como propaganda positiva. A candidatura conta ainda com uma promessa do governo de investir cerca de US$ 30 milhões na campanha. Mesmo sem tradição no futebol, o país tem bons estádios, frutos da popularidade de esportes como futebol australiano, críquete e rúgbi.
Busan Asiad, Busan
A Península Ibérica têm oito estádios “cinco estrelas”, avaliação máxima concedida pela Uefa. A candidatura conjunta teria quatro sedes em Portugal e oito na Espanha, com jogo de abertura em Lisboa e final em Madri. O número é ideal para evitar que os n portugueses repitam um erro cometido po na n organização da Euro 2004, quando construíram estádios que se tornaram co elefantes brancos, como os de Aveiro, el Faro/Loulé e Leiria. Os laços com a América Latina ajudam a buscar votos no comitê executivo da Fifa. No entanto, a concorrência da Inglaterra – além da visão contrária de Joseph Blatter a candidaturas conjuntas – pode se mostrar um obstáculo insuperável.
Khalifa International, Doha
Gelora Bung Karno, Jacarta
Coreia do Sul A exemplo do Japão, os sulcoreanos enfrentam o argumento negativo de terem sediado a Copa em 2002. Os dez estádios utilizados há sete anos teriam condições de receber outra vez o Mundial, com pequenas adaptações, e o país conta com uma ótima estrutura turística e de comunicações. Por outro lado, a Coreia do Sul quer receber os Jogos Olímpicos de Inverno de 2018, o que poderia reduzir os investimentos na candidatura para a Copa.
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Catar Depois de fracassar na tentativa de levar para Doha os Jogos Olímpicos de 2016, o país tenta organizar a primeira Copa do Mundo no Oriente Médio. Dinheiro não é problema, mas a pequena extensão territorial do país e o clima na época do Mundial devem minar as chances. Uma candidatura conjunta seria uma solução, mas a ideia foi descartada pelos dirigentes. O Catar receberá a Copa da Ásia em 2011, mas, até lá, as sedes dos Mundiais já terão sido definidas.
Indonésia Jacarta sediou a final da Copa da Ásia de 2007, e o estádio Gelora Bung Karno se enquadra na exigência da Fifa de pelo menos 80 mil lugares para a final. De qualquer forma, seria exigido um investimento significativo na construção e reforma de outros estádios. O país tem uma das economias emergentes da Ásia, mas o nível baixo do futebol local – que é só um pouco mais popular que o badminton – reduz bastante as possibilidades indonésias.
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MARACANAZO
por Mauro Cezar Pereira
Faltam estudos, sobra achismo PROBLEMA MUNDIAL, o hooliganismo está presente em quase todo o mundo. Onde existem times de futebol e torcidas fanáticas, há violência em maior ou menor grau. O problema, obviamente, supera as fronteiras do esporte, é tema de segurança pública, seja lá onde for. Mas quando uma grande confusão acontece em estádio de futebol ou um torcedor morre no caminho, o alarme dispara. E a reação geral é inócua. Imprensa, opinião pública e as ditas autoridades se manifestam numa série interminável de idéias sem base científica e sugestões calcadas no mais puro achismo. Tudo fruto do desconhecimento geral sobre hooliganismo no Brasil. Rotular quem gosta de uma briga e se associa às facções organizadas como marginal é discurso óbvio, vazio. Revela apenas que a sociedade não conhece o problema. Muitos integrantes de torcidas são violentos, nem todos verdadeiramente marginais. Vários, mesmo tendo conduta tranquila no dia-a-dia, se transformam quando estão com o grupo. Outros são realmente delinquentes em tempo integral, que deveriam estar presos independentemente de brigarem ou não com rivais. Em São Paulo, a proibição de torcidas organizadas foi tentada há mais de uma década, sem qualquer resultado prático. Vetadas camisas, bandeiras, faixas e adereços que identificavam seus integrantes, eles seguiram comparecendo aos estádios e brigando
fora deles. Com um agravante: passaram a contar com o anonimato, pois as facções, oficialmente, não existiam mais. Quais eram os líderes? Que torcida era aquela? Ficou mais difícil para a polícia. O caminho não era proibi-las, mas punir, severamente, quem briga, faça parte de organizada ou não. Essa generalização é outro erro. Muitos passam a ver os integrantes de torcidas em sua totalidade como vândalos, o que na prática não se confirma. Com isso, os verdadeiros arruaceiros passam incólumes em vários momentos. No clássico São Paulo 1x1 Corinthians, disputado em 15 de fevereiro, alvinegros inocentes saíram feridos do Morumbi depois que a polícia, sem preparo, e alguns vândalos entraram em conflito. Muitos dos que pagaram o pato nada fizeram de errado. Por tudo isso, pela falta de conhecimento, de estudo, de aprofundamento das questões que o envolvem, o problema segue sem solução. E não existe nada, nada mesmo, que sinalize no sentido contrário. A violência vai continuar, principalmente longe dos estádios, com ou sem torcida visitante, com ou sem cadastro de torcedores, com 50%, 10% ou 5% dos ingressos para quem não tem mando de campo. Tal cenário só vai se alterar quando investirem em inteligência policial, em investigações sérias para entender o que ocorre, algo que, somado a leis duras contra os hooligans, pode conter o problema. Mas quem liga pra isso?
HAT TRICK Muitos dizem que na Argentina só o time mandante tem torcida nos clássicos. Até o ministro do esporte deu esse “exemplo” ao presidente Lula ao defender tal tese. Na verdade, apenas nos jogos entre Boca e River pela Libertadores de 2004 tal medida foi adotada. Inútil, a abandonaram.
Na Inglaterra os hooligans ainda existem, mas se comportam melhor nos estádios. O motivo? Medo das punições severas que esperam quem sai da linha. Fora dos jogos, até mesmo em dias sem partida alguma, eles se enfrentam em brigas de rua, como gangues que são. No campo, tudo ok.
Digamos que reduzam a 1% os ingressos dos visitantes e que isso represente 250 pessoas. Convenhamos, 50 a 100 elementos violentos, dispostos a arrumar confusão bastam para criar grandes conflitos. A saída não é barrar essa turma, mas castigá-la pra valer.
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TÁTICA
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Barcelona 2008/09 Henry e Messi fecham pelo meio e concluem as jogadas, enquanto Daniel Alves cai pela ponta
A A
A
Eto’o
Henry
Messi
M
M
Iniesta
Xavi
LD V
LE
Daniel Alves
Touré Yayá
Albert Gea/Reuters
Abidal
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Rafa afa M Márquez árquez
Puyol
((Piqué) é)
G Valdés
Tradição 46
Z
OFENSIVA Barcelona segue sua vocação histórica e, com um time ultraofensivo, bate recordes no Campeonato Espanhol
s primórdios do trabalho de Josep Guardiola como técnico do Barcelona foram desanimadores. Na estreia pelo Campeonato Espanhol, uma derrota para o caçula Numancia. Na partida seguinte, um empate em casa com o Racing de Santander. A partir daí, porém, teve início uma arrancada assombrosa, com um empate e 15 vitórias nos 16 jogos seguintes pelo primeiro turno de La Liga. Nem o próprio treinador esperava uma mudança de desempenho
O
tão brutal. Mas o modo como ocorreu o empate diante do Racing – a pior partida do time no início da temporada – deu dicas ao técnico de que caminho seguir. Pensando no duelo contra o Sporting pela Liga dos Campeões (jogo disputado três dias depois), o técnico deixou Messi e Touré Yayá no banco. Além disso, montou o time com uma formação parecida com a da Espanha na Eurocopa: um volante (Sergi Busquets) e uma linha de quatro meias (Pedrito, Keita, Xavi e Hleb). Na frente, apenas Eto’o.
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Independentemente da ausência de alguns titulares, o Barça sofreu com a falta de familiaridade com esse 4-1-4-1. O time só reencontrou seu futebol quando voltou a priorizar o ataque, uma atitude quase obrigatória na cultura do clube catalão. No caso, buscando a uma formação muito recorrente na história recente dos Blaugranas, com quatro defensores, três meiocampistas (um volante e dois armadores) e três avantes que se movimentam tanto que o desenho do 4-3-3 muitas vezes se distorce. Os atacantes abertos jogam em lados invertidos aos de suas pernas mais hábeis: o canhoto Messi atua pela direita e o destro Henry cai pela esquerda. Assim, a tendência natural de ambos, ao caminhar com a bola, é fechar pelo meio. Esse movimento ajuda na aproximação a Eto’o e faz a equipe chegar ao gol adversário com muito poder de fogo. Como os marcadores acompanham os “atacantes abertos”, a ponta fica livre. E aí o trabalho de Daniel Alves se revela fundamental. O lateral brasileiro avança com tanta liberdade que, na prática, é quase um ala direito em um 3-4-3. Ótimo no apoio e em lançamentos, o jogador revelado no Bahia ajudou a dar suporte a Messi, que assumiu de vez o papel de grande articulador e homem de definição do Barcelona após a saída de Ronaldinho. Para dar cobertura aos avanços de Daniel Alves, Abidal fica mais preso no setor defensivo, que muitas vezes conta com uma linha de três. O responsável por cair nas costas de Henry pela esquerda é Iniesta, meia-volante já familiarizado com o trabalho na ala. Com um viés tão ofensivo, a defesa – que está longe de ser a mais talentosa da Europa – fica exposta. No entanto, o meiocampo com baixo índice de passes
errados dá aos Blaugranas o domínio das ações em quase todos os momentos. A fluidez do futebol barcelonista é tamanha que o oponente, sufocado, acaba tendo poucas oportunidades de chegar ao gol de Valdés. O sistema de jogo parece interessante, mas não é muito diferente do que o Barcelona tradicionalmente adota. Em seus dois títulos da Copa/Liga dos Campeões, a equipe catalã jogou com três atacantes. Em 2005/06, a formação era muito parecida com a atual, mas com Ronaldinho na esquerda e Giuly na direita (Messi não atuou na final por estar contundido). A principal diferença é que, na decisão, Rijkaard deixou Iniesta e Xavi no banco, preferindo a maior presença física de Edmílson e Van Bommel. O curioso é como o Barça de 1991/92, o primeiro a conquistar a Europa e apelidado de “Dream Team”, também tinha apenas um volante e três atacantes. Nessa equipe, um jogador discreto, mas taticamente fundamental, era Pep Guardiola – na época, um garoto de 21 anos recém-promovido das categorias de base que encantava Johann Cruyff. O fato de os catalães terem conquistado duas vezes a Europa buscando sempre o ataque não significa necessariamente que isso ocorrerá nesta temporada. A equipe do técnico Guardiola sempre contou com o bom banco de reservas e a capacidade individual dos jogadores (leia-se Messi) para decidir os jogos que se apresentaram difíceis, mas não há garantias que isso venha a ocorrer contra um time sólido como o Manchester United. De qualquer modo, a campanha no primeiro turno do Campeonato Espanhol já serviu para deixar esse time na história. Os amantes de futebol ofensivo agradecem.
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Barcelona 2005/06 Sistema parecido com o atual, mas com menos participação dos laterais
A Eto’o
A
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Ronaldinho
Giuly
M Deco
V Van Bommel
V LE
LD
Edmílson
Van Z Bronckhorst Rafa Ra aafa fa M Márquez árquez
Oleguer
Z Puyol
G Valdés
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Barcelona 1993/94 Recém-profissionalizado, Guardiola foi fundamental no título europeu
A Romário
A
A
Stoitchkov
Beguiristain
M
M
Amor
Bakero
M Guardiola
Z Sergi
M Z
Z
Nad Nadal dal
Ronald Koeman
G
Ferrer
Zubizarreta
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G: goleiro / LD: lateral-direito ral-direito / LE: lateral-esquerdo / Z: zagueiro / V: volante / M: meia / A: atacante
por Ubiratan Leal
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INGLATERRA
Não deu para
Big Phil De apostas que não deram certo à nova realidade econômica, as explicações para a saída prematura de Felipão do Chelsea
P
ouco mais de sete meses foi o que durou o que se imaginava que seria a primeira passagem bem sucedida de um treinador brasileiro por uma equipe de ponta europeia em décadas. Luiz Felipe Scolari foi demitido do Chelsea sem conseguir implementar seu trabalho. No meio da frustração de torcedores e imprensa no Brasil, surgiram diversas versões e lendas sobre o que teria impedido que o gaúcho completasse seu trabalho. O técnico caiu, basicamente, porque a equipe jogava mal. E isso ocorreu por uma conjunção de fatores, incluindo falhas do clube e do próprio brasileiro. Na Trivela de julho, havia a advertência: “O trabalho de Felipão será cheio de obstáculos, mas, se ele conseguir superá-los, poderá conquistar o que grandes técnicos da Europa nunca conseguiram.” O próprio treinador, porém, parecia ter a impressão de que seria mais fácil do que foi. Em entrevista concedida à Trivela de novembro, Scolari explicava por que não pediu mais reforços a Roman Abramovich: “Não precisou. Eu já tinha os melhores do mundo à minha disposição”, afirmou. “Se precisar de jogadores no próximo ano, iremos buscar”, acrescentou. Como todo fracasso – e sucesso –, também a mal sucedida passagem de “Big Phil” por Londres tem uma série de explicações. Antes de aderir a ufanismos do tipo “não deu certo porque europeu não gosta de treinar” ou, ainda, “derrubaram o cara porque ele era brasileiro”, convém examinar alguns aspectos da curta temporada de Scolari no Chelsea.
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Eddie Keogh/Reuters
por Caio Maia
Pouco dinheiro – e mal gasto O Chelsea que José Mourinho recebeu de Abramovich em 2004 tinha, além de uma seleção dos jogadores mais promissores das redondezas naquele momento, como Joe Cole e Damien Duff, talentos emergentes como Kezman e Robben. Felipão nunca teve um bolso do mesmo tamanho à disposição. Pôde gastar dinheiro em apenas dois jogadores, Bosingwa e Deco. Com isso, acabou com um elenco desbalanceado e com poucas opções para eventuais desfalques. Até porque as categorias de base – aposta da diretoria – não forneceram talentos à altura. Mas o problema não foi apenas a verba à disposição para reforços. O modo como ela foi gasta também dificultou a situação do brasileiro. Mourinho, mesmo com orçamento generoso, teve seu melhor Chelsea sem nenhuma estrela de primeira grandeza.
Algumas promessas não se confirmaram e, mesmo assim, o português montou um time de ataque eficiente e defesa quase impenetrável – no qual pontificavam os contestados Paulo Ferreira, Ricardo Carvalho e Gallas improvisado na lateral. Felipão escolheu pouco e mal. Deco fez poucas boas partidas e desapareceu, levando à inevitável pergunta: por que gastar dinheiro com um meia quando a equipe já dispunha de Lampard e Ballack? Bosingwa e Quaresma também não vingaram, mas a indicação que mais marcou negativamente o treinador foi Mineiro. Dispensado do Hertha Berlim, o autor do gol do título mundial de 2005 para o São Paulo chegou à equipe sem ritmo de jogo e sob a descrença geral. A impressão que ficou foi a de que Scolari estaria privilegiando um jogador sem qualidade pelo simples fato de ser seu compatriota.
É inegável que as contusões atrapalharam o caminho de Felipão em Stamford Bridge. O treinador pouco teve a sua disposição o talento de dois de seus melhores jogadores, Michael Essien e Joe Cole. Na Inglaterra, porém, há um quase consenso de que a preparação dos Blues para a temporada foi mal feita, e que foi isso que causou as lesões precoces e a uma “falta de gás” quando o inverno chegou. A frase pronta para justificar o fracasso de Luxemburgo no Real Madrid também apareceu para Scolari: “Europeu não gosta de treinar”. Segundo a imprensa inglesa séria, quando os resultados dos Blues começaram a piorar, a principal crítica feita pelos jogadores ao trabalho de Scolari foi justamente essa: o time não treinava o suficiente. O próprio Felipão, em entrevista concedida à revista France Football dias antes de sua demissão, afirmava: “O time joga demais, não há tempo para treinar”. O brasileiro se referia aos coletivos, onze contra onze, que, de fato, não são comuns na Europa – Luxemburgo tentou implantá-los em Madrid, mas sem sucesso. “Damos coletivo uma vez por ano, e olhe lá”, declarou à Trivela em 2006 o brasileiro Baltemar Brito, então auxiliar de Mourinho no Chelsea. “Trabalhamos a parte tática em lugares diferentes, com menos espaços, jogadas ensaiadas, movimentação”, explicava. O grande número de falhas em jogadas ensaiadas, aliás, foi um dos problemas defensivos apontados pelos analistas ingleses no Chelsea de Scolari.
Victor Fraile/Reuters
Treinos e preparação física
Imprensa inglesa desconfia de falta de preparo na temporada
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RELEMBRE Acervo/Gazeta do Povo
por Márcio Leonardo Rodrigues
Em um histórico vitorioso, Felipão nem considera sua passagem de três jogos – e três derrotas – pelo Coritiba na segunda divisão de 1990
Nem cobrou o salário rápida saída de Luiz Felipe Scolari do Chelsea causou alguma surpresa, mas nada se comparada com a passagem do técnico pelo Coritiba, na Segundona do Brasileirão de 1990. O trabalho foi tão curto que nem o treinador o coloca em seu currículo. Foi um dos piores momentos da história do clube. No ano anterior, o Coxa havia sido rebaixado à Série B no tapetão. No ano seguinte, a suspensão do funcionamento dos bingos no Paraná e o confisco das poupanças pelo governo Collor agravaram a crise financeira do clube. Os salários começaram atrasar e o time despencou. A campanha na segunda divisão nacional desandou após uma derrota por 1 a 0 no primeiro Atletiba da competição, o que custou o emprego de Paulo César Carpegiani. Para seu lugar foi contratado Luiz Felipe Scolari, Data técnico da seleção do Kuwait e campeão gaúcho pelo Grêmio 8/9/1990 em 1987, que tinha como 15/9/1990 maior trunfo o conhecimento do futebol do Sul do país. 23/9/1990 O treinador chegou falando
A
em “estilo gaúcho”. “Não pretendo impedir que a equipe dê shows, mas não abro mão do futebol com garra”, disse em sua primeira entrevista no Alto da Glória. Não deu certo. “Ele queria que todos marcassem, e o time era de toque de bola. Além disso, ele estava nervoso: na preleção, só falava dos outros times, brigou com jogador em campo”, relembra o ex-atacante Tostão, ídolo da torcida na época. A união entre Coritiba e Scolari durou três jogos (veja tabela). O técnico chegou a pedir demissão após perder para o Joinville em sua segunda partida, mas a diretoria não aceitou. Ao término do compromisso seguinte, Scolari buscou sua mala no vestiário e atravessou o grama-
do. “Imaginamos que ele tinha ido cumprimentar alguém. Mas o tempo foi passando e ele não voltava. Aí fomos atrás e descobrimos que ele tinha subido no ônibus do Juventude e voltado para Caxias do Sul”, conta João Jacob Mehl, presidente do Coritiba na época, um dos piores períodos da centenária história do clube. Mesmo com a saída do técnico e mais sete jogadores o time não engrenou e acabou rebaixado à terceira divisão. Só não a disputou porque o torneio foi extinto pela CBF. “Era aquela história: a diretoria fingia que pagava e a gente fingia que jogava”, conta Bonamigo. Quase duas décadas depois, Mehl também isenta o antigo funcionário, com quem diz manter bom relacionamento até hoje. “Não tinha técnico que desse jeito, que administrasse um grupo de jogadores acostumado a fartura, a Local salário em dia, e que, do dia para noite, se viram sem diCaxias do Sul Coritiba nheiro”, afirma o ex-dirigente, Joinville Coritiba que revela: “O Felipão nunca quis receber pelo período que Curitiba Juventude comandou o Coritiba”.
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Jogo Juventude
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Getty Images/AFP
Comunicação Jorge Valdano, companheiro de Maradona na Argentina campeã do mundo de 1986 e que depois se tornou técnico e diretor esportivo do Real Madrid, aponta um outro fator para o fracasso de treinadores brasileiros na Europa: a diferença cultural. “O futebol possui códigos internos que são completamente culturais. Sem falar a mesma língua ou conhecer profundamente o futebol de um lugar, é muito mais difícil descobrir esses códigos. Sem isso, não se conseguirá a cumplicidade do companheiro.” Se isto é verdade para os técnicos em geral, vale ainda mais para o “pai” da Família Scolari. Uma das principais forças do trabalho de Felipão sempre foi a formação de grupos unidos, coesos, com entendimento mútuo perfeito e disposição de brigar uns pelos outros. Sem entender a língua e, principalmente, a cultura, é praticamente impossível obter sucesso neste quesito. Os principais líderes dos Blues, John Terry e Frank Lampard, sempre apoiaram o brasileiro. Ao descontente Drogba, entretanto, somaram-se Ballack e Cech. “O que se diz por aqui é que os três foram diretamente a Abramovich reclamar de Scolari”, diz Jonathan Wilson, do Guardian. Não há família que resista.
Roman Abramovich
Drogba Até Nicolas Anelka, preferido por Felipão para atuar como atacante solitário, criticou o brasileiro por não ter tentado uma formação com Drogba ao seu lado em campo. Taticamente, ambos parecem incompatíveis. Mas eles pareciam dispostos a se esforçar para jogar juntos, tanto que, com os dois atacantes em campo, os Blues venceram as três primeiras partidas pós-Scolari. Pode parecer capricho, mas foi ignorando o treinador e impondo suas vontades que o elenco azul chegou à final da Liga dos Campeões na temporada passada mesmo com o desconhecido Avram Grant no “comando”. Escolhas táticas à parte, quando passou a ser possível optar entre Anelka e Drogba, Felipão optou pelo primeiro, então artilheiro da Premier League. “Se tivesse conseguido ‘acordar’ Drogba, Scolari teria um atacante menos previsível que Anelka”, lembra o jornalista Jonathan Wilson, colunista do respeitado Guardian. Ao não fazê-lo, o treinador ainda descontentou um ídolo da torcida e jogador influente do elenco: impedido de deixar a equipe em janeiro, como pretendia, o marfinense certamente não aceitaria o banco. Scolari, então, tentou isolar o jogador. O tiro, entretanto, saiu pela culatra: com a equipe perdendo rendimento, os críticos do treinador ganharam força e Drogba, moral para peitá-lo.
Felipão cometeu seus erros no comando do Chelsea, mas não se pode esquecer que o dono do time é Roman Abramovich, o que faz que a equipe não possa ser considerada modelo de gestão para ninguém. No Arsenal ou no Manchester United, por exemplo, se algum jogador, ainda que importante e influente, contesta o trabalho do treinador, o mais provável é que seja negociado, enquanto o técnico tem a chance de provar seu valor em pelo menos uma temporada completa.
Ainda que não se possa, a partir deste fracasso – e do de Luxemburgo no Real Madrid, outro clube dado a “devorar” técnicos –, estabelecer um padrão para os treinadores brasileiros na Europa, também não dá para deixar de ver os eventuais equívocos de Felipão. Afinal, só olhando para os erros do passado, sem fingir que eles não aconteceram, os profissionais do país poderão triunfar na arena mais lucrativa do mundo. Colaboraram Gustavo Hofman e Ubiratan Leal Saiba mais sobre futebol inglês em www.trivela.com/inglaterra
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HISTÓRIA
Vou para onde
SOU REI Para tirar Maradona do Barcelona, Napoli distorceu qualquer lógica do mercado futebolístico, motivo de orgulho até hoje aradona, sim ao Napoli”. Quando o jornal La Gazzetta dello Sport publicou essa manchete, em 27 de maio de 1984, parecia algum delírio ou alucinação. Ainda que tivesse grande tradição, o clube napolitano não era realmente um grande de seu país e era inviável pensar que tiraria o craque de um dos maiores times da Europa. Mal comparando, seria como se o Manchester City tirasse Kaká do Milan, mas sem ter um xeique por trás para distorcer a realidade econômica. Há 25 anos, tal transação acabou realmente ocorrendo. Diego Armando Maradona se transferiu do Barcelona para o Napoli, que, até aquele momento, não tinha títulos de grande expressão em seu currículo. Só o fato de o argentino ter tomado o rumo do estádio San Paolo já era uma façanha e tanto para o Napoli, independentemente do que ele poderia fazer nas temporadas em que defenderia a camisa celeste.
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De acordo com o próprio Maradona, o clube italiano já o observava há anos. “Em 1979, quando estava no Argentinos Juniors, o Napoli tentou me contratar. Me mandaram uma camisa e uma carta, dizendo que esperavam a abertura do mercado para estrangeiros para me levarem. Até me convidaram a passar dez dias na Itália com tudo pago”, conta o atual técnico da seleção argentina em “Yo Soy el Diego de la Gente”, sua autobiografia. Na época, a proposta não o encantou. “Para mim, Napoli era apenas uma coisa italiana, como pizza”. Cinco anos depois, o cenário era diferente. Diego havia brilhado no Boca Juniors e se transferido ao Barcelona (por US$ 7,3 milhões) como estrela mundial, mas nunca conseguiu conquistar o público catalão. Os dois anos que passou no Camp Nou foram marcados por desavenças com a diretoria e confusões dentro e fora de campo. Na Catalunha, Maradona se cercou de compatriotas – vários deles
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contratados como seus assessores e funcionários – para se sentir à vontade. Com isso, se fechou em seu círculo de convivências e dificultou sua adaptação. Dentro de campo, Maradona alternou altos e baixos, com grandes atuações e problemas como brigas campais, contusões e até uma hepatite. Após duas temporadas na Espanha, o meia argentino entrou na lista de especulações de clubes italianos. Segundo a imprensa, Juventus e Napoli seriam os clubes interessados. A escolha óbvia seria o time de Turim. Não para Maradona: “Escolhi o Napoli porque foi o único a me fazer uma proposta real e porque o Giampiero Boniperti, exjogador e presidente da Juventus na época, já havia dito que um jogador com meu porte físico não chegaria a lugar algum”, comenta, sem esconder o ressentimento. A contratação de Maradona era um sinal de ambição de Corrado Ferlaino, presidente do Napoli e empresário do ramo de construção que prosperou com contratos polêmicos após o terremoto que abalou a região da Campania em 1980. Até surgiu a lenda que, para pagar os US$ 13 milhões acertados com o Barcelona, o dirigente blefou. Ele teria depositado na federação um envelope vazio, como se contivesse o contrato com o jogador. Nos dias em que o “pequeno equívoco” era descoberto, ele teria levantado o dinheiro. Para o argentino, a negociação foi fundamental para sua vida pessoal. “Por erros meus, estava quebrado quando deixei o Barcelona. Não vi os 15% que teria direito pela venda e dei minha casa em Barcelona para pagar dí-
por Leonardo Bertozzi
Fiz o que me recomendaram: falei ‘Buona sera, napolitani. Sono molto felice di essere con voi’ e chutei a bola nas arquibancadas
vidas”. Além disso, Maradona encontrou em Nápoles o status de ídolo que precisava. A ousada contratação de um craque do poderoso Barcelona incendiou os napolitanos. Em 5 de julho de 1985, El Pibe chegou de helicóptero a um estádio San Paolo tomado de torcedores que queriam apenas ver a concretização da façanha napolitana. “Fiz o que me recomendaram: falei ‘Buona sera, napolitani. Sono molto felice di essere con voi’ e chutei a bola nas arquibancadas. Eles deliravam e eu não entendia nada”, descreve. O fato de ter contratado Maradona já era uma vitória para o Napoli. A partir daí, era tempo para o clube deixar o status de força regional para se tornar uma potência nacional. Na primeira temporada, o time fraco tecnicamente não foi além do meio da tabela. A história começou a mudar em 1985, quando foram contratados jogadores como Bruno Giordano, Claudio Garella, Alessandro Renica, além da afirmação de revelações do clube como Ciro Ferrara. O Napoli foi terceiro colocado em 1985/86 e conquistou seu inédito título na temporada seguinte. Se viveu seu auge esportivo em Nápoles, também foi lá que a vida privada de Maradona ganhou contornos dramáticos, com o caso extraconjugal que resultou no nascimento de seu filho italiano, o envolvimento com chefes da máfia e o agravamento do vício em cocaína. Ainda assim, o resultado daquela inusitada negociação entre o Napoli e o Barcelona há 25 anos foi mais que frutífera. Para a história do clube italiano e para a carreira do craque argentino.
O NAPOLI E MARADONA Estreia 16/setembro/1984 (Verona 3x1 Napoli) Última partida 24/novembro/1991 (Napoli 1x0 Bari)
Shiny Media
Desempenho 258 jogos, 115 gols Títulos 2 Campeonatos Italianos, 1 Copa Uefa e 1 Copa da Itália Obs.: sem Maradona, os únicos títulos do Napoli são duas Copas da Itália
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Martin Bureau/AFP
Sessegnon, Hoarau e Giuly fizeram a torcida do PSG não ter saudades de Pauleta
FRANÇA por Ricardo Espina
VINHO
Da água
sofrimento foi até o final. Apenas na última rodada, com uma vitória por 2 a 1 sobre o Sochaux, o Paris Saint-Germain escapou do rebaixamento na Ligue 1 2007/08. Era o segundo ano seguido que o clube parisiense passava perto da queda, mesmo contando com um bom elenco para os padrões franceses. Ficou latente a necessidade de dar uma virada nos rumos do clube. Pouco mais de um semestre depois, o PSG alcançou a vice-
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Acostumado a lutar contra o rebaixamento nas duas últimas temporadas, o Paris Saint-Germain corrige erros do passado e se torna candidato a quebrar a longa hegemonia do Lyon no Campeonato Francês
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liderança do Campeonato Francês. Sinal de que conseguiu resolver seus principais traumas e voltar a frequentar a ponta da tabela. Um dos principais responsáveis por esse novo momento da equipe é Charles Villeneuve. Como presidente do PSG, ele mudou a política de transferências do clube, que deixou de contratar atletas por baciada e apostou em nomes experiente e uma ou outra promessa. No meio-campo, Claude Makélélé e Ludovic
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Giuly trouxeram bem mais do que estabilidade ao setor. Ambos se tornaram a líderes do time. Se nas temporadas passadas a grande referência era Pauleta, a cada ano mais perto de sua despedida e com menos motivação, Makélélé e Giuly se notabilizam pelo estilo calmo. Ambos conquistaram a confiança de Paul Le Guen e se tornaram a voz do treinador dentro de campo. Além disso, a dupla tem importante papel do ponto de vista técnicotático: o volante deu maior segurança ao setor de marcação, enquanto o meia, depois de um início de pouco brilho, recuperou-se e voltou a apresentar bom futebol. A saída de Pauleta fez bem ao Paris Saint-Germain. Embora fosse o astro do time, o atacante português causava problemas por seu temperamento forte. Descontente com a reserva, ele se mostrava pouco eficiente em campo. A Águia dos Açores costumava sucumbir a marcações mais fortes, o que enfraquecia demais o poder de fogo da equipe. Hoje, o PSG provou ter sobrevivido muito bem sem o português. A nova dupla de frente, formada por Hoarau e Luyindula, tem provocado grandes estragos. Um dos principais artilheiros da Ligue 1, Hoarau se faz notar por um bom senso de posicionamento dentro da área, aliado à facilidade em jogadas pelo alto. Contudo, as jogadas ofensivas não se limitam a chuveirinhos. Luyindula e Giuly combinam velocida-
de com trocas rápidas de passes. No meio-campo, Sessegnon se destaca na armação por sua visão de jogo e assistências. O ex-jogador do Le Mans corrigiu um antigo problema tático do PSG. Antes, o time pendia para o lado esquerdo, com sobrecarga de trabalho em cima de Rothen. Hoje, Sessegnon e Giuly aprumaram a formação da equipe, bem mais equilibrada e sólida. Com a confiança adquirida, o PSG enfim fez valer sua força no Parc des Princes e deixou para trás os tempos de protestos da torcida, uma das mais violentas do país. Nesse aspecto, ajudou o aumento da repressão policial aos ultras. Os Boulogne Boys, grupo mais violento – e racista – de torcedores do Paris Saint-Germain, foi extinto pela polícia parisiense. Nem tudo é festa. Em fevereiro, Villeneuve foi demitido porque temia que a Coloni – sócia majoritária do PSG – reduziria seus investimentos no time. A empresa colocou em seu lugar Sébastien Bazin, um de seus diretores. Uma evidência que a instabilidade política do maior clube de Paris ainda não morreu. De qualquer maneira, o Paris Saint-Germain não ficava nas primeiras posições desde a temporada 2005/06. Bastou ajustes pontuais para dar tranquilidade a um elenco que sempre foi forte. Com pouco, o PSG voltou a ser grande. Saiba mais sobre futebol francês em www.trivela.com/franca
ANTE ANT ES
DEPO DEPOIS OIS
A instabillidaade na diretoria prov p vocou a queda de d sete presideentees desde 19998
O clima continua o mesmo: Charles Bazin substituiu Charles Villeneuve no meio da temporada 2008/09
Paul Le Guen sentia dificuldades em m lidar com egos forrtes como o de Paauleta, o que enfraqu uecia seu coman ndo
Di etoria Dire
Thomas Coex/AFP
ANTES E DEPOIS Confira o que mudou (ou não) para melhor no PSG para a atual temporada
Com a chegada de Giuly e Makélélé, Relação ação de temperamento treinador/ dor menos genioso, o elenco co técnico conseguiu os líderes de que precisava
Gerard Julien/AFP
O PSG vivia exttrema Não faltam opções dependên nciaa de ofensivas: bolas Pauleta. Bast B tava alta tas para Hoarau, Qualidade marcá-lo paara eliminar do elenco tab abelin nhas entre Giuly a princippal opção e Luy uyindul ula, arrancadas ofensiva va doo time de Sesse segnon... A torcidda provocou rovocou pânico no elenco ao invadi dir o centro de treinaamento tr e reealizaar protestos fferozzes no Parc des Princes de
Torcida
A direto toria passou pa a comba bater os “ultras”, reduz duzindoo os problemas com a violência dos torcedores torce dores e devolveu a paz az ao a time tim
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Alejandro Pagni/AFP
CAPITAIS DO FUTEBOL » BUENOS AIRES (ARG)
Para muitos, Boca Juniors e River Plate disputam o maior clássico do mundo
ORGULHOSAMENTE
BAIRRISTA Em Buenos Aires, torcer por um time é mais que acompanhar futebol; é demonstrar amor incondicional por um bairro rio Matanzas – chamado Riachuelo em seu trecho final – não tem nada que o faça digno de nota. Pelo menos, não do ponto de vista hidrográfico: ele nasce no meio da província de Buenos Aires, percorre apenas 64 km e deságua no rio da Prata. Mesmo tão curto, não deixa de ser um dos rios mais poluídos da Argentina. O
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Riachuelo tem tudo para ser pouco significativo, mas suas águas viram de perto o surgimento de algumas das maiores paixões dos argentinos: Boca Juniors, River Plate, Independiente e Racing. O fato de bairros operários ou periféricos como os banhados pelo rio que separa Buenos Aires e Avellaneda terem servido de berço dos maiores clubes da Argentina
tem ligação direta ao modo como os portenhos se envolvem com o futebol. Para o torcedor, o berço de cada time e o modo como ela teve de superar dificuldades para sobreviver são fatores fundamentais para que cada grupo, cada comunidade, cada bairro, se aferrou a sua equipe como se fosse uma parte de si. Nem sempre as coisas foram assim. O futebol chegou à Argentina como ao Brasil, por meio de ingleses. A diferença é que a comunidade britânica em Buenos Aires era muito maior e mais ativa e, por isso, o esporte chegou muito antes ao rio da Prata. O primeiro clube da cidade foi o Buenos Aires Football Club, fundado em 1867, apenas quatro anos após a se-
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OS TIMES DA CASA
por Ubiratan Leal
Primera división
Club Atlético Boca Juniors 3 Mundiais de Clubes 6 Libertadores 1 Supercopa Libertadores 2 Copas Sul-Americanas 29 Campeonatos Argentinos
Club Atlético River Plate 1 Mundial de Clubes 2 Libertadores 1 Supercopa Libertadores 34 Campeonatos Argentinos
Club Atlético Independiente 2 Mundiais de Clubes 7 Libertadores 2 Supercopas Libertadores 16 Campeonatos Argentinos
Racing Club 1 Mundial de Clubes 1 Libertadores 1 Supercopa Libertadores 16 Campeonatos Argentinos
Club Atlético Vélez Sársfield 1 Mundial de Clubes 1 Libertadores 1 Supercopa Libertadores 6 Campeonatos Argentinos
Club Atlético San Lorenzo de Almagro 1 Copa Sul-Americana 1 Copa Mercosul 13 Campeonatos Argentinos
Asociación Atlética Argentinos Juniors 1 Libertadores 2 Campeonatos Argentinos
Club Atlético Lanús 1 Copa Conmebol 1 Campeonato Argentino
Club Atlético Huracán 5 Campeonatos Argentinos
Arsenal Fútbol Club 1 Copa Sul-Americana
Club Atlético Banfield
Club Atlético Tigre
Primera B Nacional
C .A
.A
LL
BO
YS
(segunda divisão)
All Boys
Primera B Metropolitana (terceira divisão)
Acassuso, Atlanta, Almirante Brown, Comunicaciones, Colegiales (Buenos Aires), Defensores de Belgrano, Deportivo Español, Deportivo Merlo, Deportivo Morón, Estudiantes, Nueva Chicago, San Telmo, Sportivo Italiano, Talleres (Remedios de Escalada), Temperley e Tristán Suárez
Almagro Chacarita Juniors* Defensa y Justicia Ferro Carril Oeste* Los Andes Platense Quilmes*
Primera C Metropolitana (quarta divisão)
Argentino (Merlo), Barracas Central, Colegiales (Argentina), Laferrere, El Porvenir, Excursionistas, General Lamadrid, Justo José de Urquiza, Sacachispas, San Martín (Almirante Brown) e Sportivo Barracas* Primera D (quinta divisão)
Argentino (Quilmes), Centro Español, Claypole, Deportivo Paraguayo, Deportivo Riestra, Dock Sud*, Ferrocarril Midland, Ferrocarril Urquiza, Ituzaingó, Juventud Unida, Liniers, Lugano, San Martín (Burzaco), Victoriano Arenas e Yupanqui
Obs. A relação acima inclui clubes da Grande Buenos Aires * Quilmes e Ferro Carril Oeste conquistaram dois Campeonatos Argentinos; Chacarita Juniors, Sportivo Barracas e Dock Sud, um
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R
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d a
P l a t a
ARGENTINA ARGENTINA A
o R i d
bol argentino, algo que não diminuiu nem com as constantes mudanças de casa do River. Em 1923, os riverplatenses se estabeleceram em Belgrano, bairro nobre da região norte – La Boca fica ao sul – de Buenos Aires. A distância geográfica apenas acirrou o ódio, pois os boquenses não aceitaram o fato de o rival abandonar sua origem operária para se transformar em um clube da elite portenha.
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l a t a
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Buenos Aires
Avellaneda
3.042.581 habitantes
342.598 habitantes
paração oficial das regras do futebol e do rúgbi e dez anos depois do surgimento do Sheffield, clube de futebol mais antigo do mundo. Outros clubes surgiram na capital argentina, sempre com ligação aos ingleses. As primeiras edições do Campeonato Argentino foram dominadas por times como Lomas Athletic, Old Caledonians e Saint Andrew’s, Lomas Academy e Rosario Athletic. Nenhum, porém, teve a importância do Alumni, fundado por Alexander Watson Hutton (considerado o pai do futebol argentino) com o nome de English High School. A equipe chegou a 12 finais consecutivas – venceu dez – entre 1900 e 1911 e, até hoje, só tem menos títulos nacionais que Boca, River, Independiente, Racing e San Lorenzo, os “cinco grandes”. O jogo dos ingleses começou a encantar os portenhos e, a partir daí, foi natural que o esporte se espalhasse por bairros populares. Alguns clubes ligados à comunidade inglesa foram se abrindo para nativos – caso do Quilmes, o mais antigo do país ainda em atividade –, enquanto outros surgiram entre argentinos ou imigrantes que trabalhavam como operários. A partir daí, defender essas
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equipes se tornou equivalente a defender sua própria origem. As duas maiores equipes do futebol argentino surgiram sob esse signo. No bairro de La Boca, do lado portenho da foz do Riachuelo, viviam italianos – a maioria de origem genovesa – que trabalhavam no porto de Buenos Aires. Nesse ambiente foram criados dois clubes, ambos com claras referências portuárias. Em 1901, após a fusão do La Rosales com o Santa Rosa, um dos sócios sugeriu que o novo clube se chamasse “River Plate”, tradução equivocada de “Rio da Prata” escrita em caixas que haviam sido descarregadas no porto por um navio inglês. Em homenagem à terra de alguns dos fundadores, o clube adotou as cores de Gênova. Quatro anos mais tarde, italianos do bairro criaram um time para eles: o Boca Juniors. A equipe teve várias cores até 1907, quando adotou as da bandeira de um navio sueco que estava atracado no porto. A referência a Gênova ficou marcada no apelido “xeneizes”, corruptela de “zeneize” (“genovês” no dialeto da Ligúria). A proximidade das duas equipes gerou a maior rivalidade do fute-
400 metros, um mundo de distância Enquanto River Plate e Boca Juniors viam surgir os maiores clubes da Argentina em La Boca, a outra margem do Riachuelo abrigava a que se tornou outra das grandes rivalidades do país. Em Avellaneda, um grupo de jovens argentinos fundou o Racing em 1903. O clube ganhou um conterrâneo em 1907, quando o Independiente – que havia sido fundado por funcionários de uma loja no centro de Buenos Aires – se mudou para a cidade. A proximidade das equipes não se dá pelo fato de terem sede na mesma cidade, mas por serem do mesmo quarteirão. Apenas 400 m separam o círculo central do estádio Juan Domingo Perón do círculo central do Libertadores de América. Criou-se em Avellaneda um fenômeno comum a cidades argentinas ou bairros portenhos: duas equipes brigavam pelo direito de ser o representante da região. No caso de Racing x Independiente, a importância dos dois times fez o ódio crescer. A Academia foi o primeiro clube argentino a conquistar um título internacional, mas o Rojo logo tomou a Libertadores para si, tornando-se o maior campeão do torneio. Para uma cidade periférica de apenas 330 mil habitantes, abrigar times tão grandes era incomum. Avellaneda é – ao lado de Madri, Milão, Montevidéu, Porto Alegre e São Paulo – uma das seis cidades com duas equipes campeãs do mundo. Apenas Buenos Aires, com três, está à frente. Um dado que mostra como Racing x Independiente deve ser consi-
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AS CASAS DOS TIMES
1 La Bombonera A casa do Boca Juniors é tão temida quanto admirada. Com 57.395 lugares e arquibancadas extremamente inclinadas e coladas às linhas do campo, a arena com cara de caixa de bombons – daí o apelido do estádio, chamado oficialmente Alberto José Armando – obriga o torcedor a praticamente olhar para baixo para assistir ao jogo. A experiência de estar no meio de torcida xeneize em um ambiente desses é bastante explorada por agências de turismo. O visitante ainda pode, em dias que não houver jogos, visitar as instalações de La Bombonera e o ótimo museu do clube.
4 José Amalfitani El Fortín de Liniers, estádio do Vélez Sársfield, tem 49.540 lugares e recebe os principais eventos quando o Monumental de Núñez não está à disposição. Além de ser a casa da seleção argentina de rúgbi e, eventualmente, da seleção principal de futebol, abrigou três jogos da Copa do Mundo de 1978 e a final do Mundial Sub-20 de 2001.
5 Juan Domingo Perón O Racing colocou em sua casa o nome de seu torcedor mais ilustre. Mesmo com capacidade para 55 mil torcedores (é o terceiro maior estádio da Argentina), o “El Cilindro” não perde o ambiente de alçapão. Como o estádio Doble Visera está em reformas, o Independiente também tem mandado seus jogos no Juan Domingo Perón.
2 Monumental de Núñez Outros estádios
O estádio do River Plate é o maior da Argentina (65.645 lugares) e, por isso, o palco dos jogos da seleção alviceleste. Muitas agências levam turistas ao Monumental (cujo nome é Antonio Vespucio Liberti e se localiza no bairro de Belgrano, vizinho a Núñez), aproveitando fins de semana em que não há jogos em La Bombonera. Há um projeto de construir um museu do River Plate, mas as obras estão paralisadas.
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3 Nuevo Gasómetro O estádio do Gasómetro foi, durante décadas, o maior e mais importante da Argentina. Em 1983, o San Lorenzo vendeu o terreno (hoje é um supermercado) devido a problemas financeiros. Apenas em 1993 o clube construiu sua nova casa. O estádio Pedro Bidegaín (nome oficial) tem capacidade para 43.494 torcedores.
O famoso estádio Doble Visera não existe mais. O Independiente o demoliu para construir em seu lugar a arena mais moderna da Argentina. O estádio Libertadores de América tem inauguração prevista para 2009, capacidade estimada em 46 mil torcedores e contará com um museu do clube.
Há dezenas de clubes em Buenos Aires e na região metropolitana, e quase todos têm seu próprio estádio. Assim, não é difícil encontrar algum, mesmo que por acaso. Além dos citados acima, também recebem jogos da primeira divisão o Parque de los Patrícios (Huracán), Diego Armando Maradona (Argentinos Juniors), Ciudad de Lanús – Néstor Díaz Pérez (Lanús), Florencio Sola (El Taladro, do Banfield), Monumental de Victoria (Tigre) e Arquitecto Ricardo Etcheverry (Ferro Carril Oeste, mas abriga jogos de outras equipes).
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ALÉM DO JOGO
t Avenida 9 de Julio
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É a grande referência para quem circula pelo centro de Buenos Aires. Com 14 pistas, é considerada pelos portenhos como a avenida mais larga do mundo. Seu símbolo é o obelisco e a partir dela é possível ir a outros pontos importantes, como a Plaza de Mayo, a Casa Rosada, o Congresso e a Calle Florida (local preferido pelos turistas para fazer compras).
u Palermo
e La Boca / Caminito La Boca é conhecido como a casa do Boca Juniors, mas o bairro tem valor além do futebolístico: foi em suas ruas que se instalaram os imigrantes italianos que trabalhavam no porto de Buenos Aires. Até hoje as ruas de La Boca preservam casas coloridas e mal construídas daquela época. O maior símbolo disso é o Caminito, quarteirão que foi restaurado e se transformou em principal ponto turístico do bairro.
O quadro brasileiro negociado por valor mais alto “mora” em Buenos Aires. “Abaporu”, obra de Tarsila do Amaral, foi comprado por US$ 1,5 milhão pelo colecionador argentino Eduardo Costantini e está exposto no Malba (Museo de Arte Latinoamericano de Buenos Aires). O bairro de Palermo – o mais sofisticado da cidade – ainda vale a visita pelos parques que se sucedem a caminho do centro.
i Puerto Madero A recuperação do bairro portuário de Buenos Aires é um dos grandes projetos de urbanismo da América Latina. Avenidas foram abertas e os antigos galpões se transformaram em restaurantes e casas noturnas.
r Recoleta Com seus cafés, restaurantes, praças e edifícios históricos, é um dos bairros que reforçam a imagem de que Buenos Aires é uma cidade com clima europeu na América do Sul. No entanto, o principal ponto turístico – sobretudo para os locais – é o cemitério da Recoleta, onde estão enterradas várias figuras importantes da história argentina, inclusive a ex-primeira-dama Eva Perón.
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Juan Mabromata/AFP
Clássicos x
River Plate
Independiente
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Racing
Huracán
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San Lorenzo
Vélez Sársfield
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Ferro Carril Oeste
Banfield
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Lanús
Argentinos Juniors
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Platense
Atlanta
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Chacarita Juniors
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Nueva Chicago
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All Boys
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Boca Juniors
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Histórias de rivalidades locais como a de Avellaneda se repetem em vários pontos da Grande Buenos Aires (veja box). Até o San Lorenzo, quinto grande da cidade, prefere bater o Huracán, seu vizinho, do que as potências do país. A existência desses rivais locais fez que os torcedores portenhos tivessem grande apego ao clube de seu bairro, mesmo os que fossem pequenos e militassem por décadas em divisões menores. Um exemplo disso é como, na Argentina, segunda e terceira divisão são tratadas com respeito pela torcida e pela imprensa. Bares e restaurantes da cidade deixam a TV ligada também nessas partidas. Não sem motivo: sempre há alguém assistindo como se aquele jogo tecnicamente fraco, disputado em estádio acanhado e gramado precário fosse da primeira divisão. A todo esse estilo de futebol os argentinos chamam genericamente de “Ascenso”. E, para explicar o que é isso, nada melhor que o Olé em seu “Guia do Ascenso”: “Quando se fala de Ascenso, se sente a arquibancada, se sente o bairro; voltam os chamados de casa em casa. É a paixão pela paixão, a revalorização do velho amor pela camisa. Trata-se disso, de torcer apesar do sofrimento, de incentivar apesar da derrota, de amar sem gol, sem Libertadores, sem Mundial”. Dos 61 clubes da grande Buenos Aires, 50 vivem nesse universo. É lógico que esse grupo reúne times dos mais diversos perfis. Desde tradicionais frequentadores da elite como Ferro Carril Oeste e Platense – um dos poucos clubes marrons do mundo, conhecido por ter revelado o atacante Trezeguet – até clubes pequeníssimos, como o Deportivo Paraguayo (fundado pela colônia paraguaia) e o Yupanqui, que em 2001 protagonizou um comercial da Coca-Cola por ter a menor torcida da Argentina e, com a fama adquirida, até foi convidado para excursões pelo interior do país.
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Ascenso
Em eleição promovida pela Trivela em 2008, Independiente x Racing foi considerado o 21º maior clássico do mundo
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derado um dos maiores clássicos do futebol sul-americano.
A cultura do futebol de Buenos Aires é tão ligada à paixão irracional do Ascenso quanto aos títulos e glórias de Boca e River. Nada mais natural em uma cidade que se vende como sofisticada e grandiosa, mas que sabe que suas grandes marcas – futebol, tango e churrasco – são, de fato, originárias de suas áreas mais populares. E tem orgulho incondicional disso.
CLÁSSICOS PARA TODO LADO No Brasil, o clube mais popular ou mais vencedor de uma cidade acaba concentrando o ódio dos conterrâneos. Na Argentina, a situação é diferente. Como vários clubes representam seu bairro ou sua região, vencer o vizinho é questão de honra, muito mais do que superar Boca Juniors e River Plate. Ainda há casos de rivalidades que cresceram pelo encontro constante de times na luta contra o rebaixamento. Veja ao lado alguns dos jogos de maior rivalidade na Grande Buenos Aires.
QUEM QU EM LEVA LEV L EVA EV A Existem diversas opções de vôos diretos do Brasil para Buenos Aires. Algumas companhias aéreas que realizam o trajeto são British Airways (www.britishairways. com), Aerolíneas Argentinas (www. aerolineas.com.ar), TAM (www.tam.com. br), Lan (www.lan.com), Pluna (www. flypluna.com) e Gol (www.voegol.com.br). Há ainda a possibilidade de ir de ônibus. Confira nas companhias de sua cidade.
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EXTRACAMPO
Ruthe Precoma/Divulgação
Paranaense com jeitão paulista
ATIVOS É TETRA Pelo quarto ano seguido, o Real Madrid foi o clube mais rico do mundo de acordo com a consultoria britânica Deloitte. Os Merengues faturaram € 366 milhões na temporada 2007/08. O estudo ainda não contabiliza os efeitos provocados pela crise econômica mundial. Depois do Real, aparecem, pela ordem, Manchester United, Barcelona, Bayern de Munique e Chelsea. VALOR RECORDE A Premier League fechou a venda dos direitos de transmissão do Campeonato Inglês por € 2,237 bilhões, o mais alto da história. O contrato terá validade entre 2010/11 e 2013/14. NOME NOVO Pela primeira vez, a Copa do Brasil tem o nome de um patrocinador. Após um acordo com a Kia Motors, o torneio passou a se chamar Copa Kia do Brasil. Não foram divulgados os valores do contrato. AZUIS NO VERMELHO O Chelsea anunciou um prejuízo de € 74,1 milhões na temporada 2007/08. O valor é 12,2% menor do que nos 12 meses anteriores.
Corinthians não é o time mais popular apenas em São Paulo. No Paraná, os alvinegros superam até os times locais, sobretudo pela penetração no interior. De olho nesse mercado, a diretoria do clube paulista firmou uma parceria com o J. Malucelli. Com isso, a equipe de São José dos Pinhais (cidade da Grande Curitiba) passou a se chamar Sport Club Corinthians Paranaense. A filial do Alvinegro concentrará ações de marketing para corintianos do Estado e terá prioridade na contratação de jogadores saídos das categorias de base da matriz. Em troca, o ex-Jotinha espera ter um aumento em popularidade e exposição em mídia. Hoje, por exemplo, o principal patrocinador do J. Malucelli é o Banco Paraná, pertencente à família do seu presidente. Por enquanto, a diretoria do clube paranaense diz ter consciência de que nem todos os alvinegros aceita-
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rão torcer pelo Corinthians-PR. “Até dá para pensar em conquistar todos os corintianos do Paraná, mas dificilmente isso ocorrerá. Esperamos aglutinar apenas uma parte dessa massa. Acho que dá para chegar em 50%”, estima, confiante, o presidente Joel Malucelli. Em pesquisa publicada no jornal Gazeta do Povo, apenas 38,64% dos entrevistados eram contra a criação do Corinthians-PR. Entre os corintianos do Paraná, a aprovação foi de 71,43%, mas apenas 61,90% pensam em torcer pelo time B. O projeto causou muita polêmica, sobretudo pela manutenção da bandeira do Estado de São Paulo no distintivo da filial. A federação paranaense não aceitou a filiação do clube para a disputa do estadual de 2009. O novo time poderia aparecer na segunda fase da Copa do Brasil, mas foi eliminado, ainda como J.Malucelli, pelo Guarani.
Poliesportivo, finalmente Desde que recebeu a concessão do estádio João Havelange, o Botafogo não havia criado um projeto de exploração do estádio. Além disso, a arena não se transformara no centro de desenvolvimento de atletismo, como prometido pela prefeitura na época da construção. Pressionado, o clube resolveu se mexer. O departamento de marketing alvinegro criou o projeto “Um estádio em plena forma”. O local foi confirmado como palco do Troféu Brasil e de uma etapa do Meeting Internacional de Atletismo. Além disso, receberá crianças da região de Engenho de Dentro no projeto Segundo Tempo, do ministério do esporte. Também estão nos planos abrigar palestras e festas de empresas, com serviços de bares e restaurantes. “Nós o estamos tratando como um desafio. O estádio era uma urgência para a nossa administração, que precisava dar uma satisfação à comunidade esportiva”, afirmou Marcelo Guimarães, diretor de marketing do Botafogo.
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por RIcardo Espina
Reforço para a pelada Para quem gos gosta de bater uma bolinha com os amigos, a Kappa apresentou sua nova linha de chuteiras para os diversos tipos de “peladeiro “peladeiros”. A novidade é que os calçados estão disponíveis com solas de acordo com o piso preferido pelo atleta de fim de semana. A linha Ragusa, em couro sintético, tem sola específica para campo, soçaite e indoor.
Fotos Divulgação
Fabricante Kappa Preço sugerido R$ 119,90
Retrô avaiano Ainda na onda de euforia pela promoção à Série A nacional, o Avaí lançou uma linha especial de camisas. Os modelos se inspiraram no uniforme utilizado no Campeonato Catarinense de 1988, que encerrou um jejum de 13 anos dos avaianos. Foram colocadas à disposição camisas azuis e brancas, ambas com a inscrição “Campeão Catarinense de 1988” no peito e o placar da final (2 a 1 sobre o Blumenau) nas costas. Fabricante Avaí Store Preço sugerido R$ 59,90
Camisa C llimpa Com a indefinição sobre o novo Co patr patrocinador do Corinthians, o torcedo torcedor alvinegro tem a chance de adq adquirir um uniforme “limpo”. Depoi de alguma hesitação, o clube Depois coloco à venda uniformes sem colocou patrocinadores. A camiseta apresenta apenas o escudo do time e o logotipo do fabricante. Fabricante Nike Preço sugerido R$ 149,90
NA ESTANTE Qual time passou pela Copa do Brasil, mas nunca sentiu o gostinho de marcar um gol? Quem é Bitonho? A resposta para estas perguntas e outras curiosidades estão no livro “20 anos da Copa do Brasil – De Kaburé a Cícero Ramalho”. O comentarista Alex Escobar e o pesquisador Marcelo Migueres reuniram histórias, personagens folclóricos e dados curiosos sobre a competição. Editora Viana e Mosley Preço sugerido R$ 29,90
PERSONAL TRAINER VIRTUAL Ainda na campanha “Rala que rola”, a Nike aposta em produtos e serviços para garotos que pretendem treinar antes de tentar a sorte no profissionalismo. O novo lançamento é o Boot Camp, um site em que o internauta pode ver exemplos de exercícios – todos com bola – e parâmetros de desempenho para se preparar física e tecnicamente sozinho. O endereço é www.nikefutebol.com.
Traje continental A Puma lançou a nova linha de uniformes especiais do Grêmio para a disputa da Libertadores. No titular foi utilizado um tom de azul mais claro que o tradicional. Na camisa reserva, o fabricante inovou no desenho: o desenho passou a ter grossas faixas horizontais azuis. Fabricante Puma Preço sugerido R$ 169,90 Março de 2009
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por Antônio Carlos Munhoz Dias
Acervo/Gazeta Press
CADEIRA CATIVA
A primeira
vez O trânsito e o aperto não tiraram a alegria são-paulina em uma certa noite de junho de 1992 expectativa era tamanha que o ingresso estava comprado havia 15 dias. Toda precaução era pouca para assegurar um lugar no São Paulo x Newell’s Old Boys pela final da Libertadores de 1992. No dia do jogo, eu e meu pai saímos da nossa casa na City Lapa (bairro da Zona Oeste de São Paulo) às 17h por incapacidade de segurar a tensão. O trânsito estava caótico com a multidão que se deslocava ao Morumbi na véspera de feriadão. Por um instante, estávamos parados em cima de uma ponte na Marginal Pinheiros quando nos pediram informação sobre como chegar ao estádio. Era uma Kombi lotada de são-paulinos, com bandeiras e tudo, que nunca haviam ido ao Morumbi. Demorou, mas deu para chegar. Era uma enorme festa: cerca de 100 mil tricolores se espremiam nas arquibancadas. A administração do estádio anun-
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SÃO PAULO 1 (4) (4 ) NEWELL'S OL D BOYS 0 (3 (3) )
ciou 105 mil pagantes, mas deu para Cop Co pa pa Li Lib be er rt ta ad do or re es s d da Am Amé éri ér ver que várias pesric ica ca 17 7/ /j /ju un unh ho ho/ o/1 /19 19 soas entraram sem 99 92 92 Est Es tá tád ádi dio io do Mo apresentar ingresMor ru rum mb mbi i (SSãão ão Pa Pau ul ulo lo o) ) so, enquanto o noticiário do dia se-guinte mostrou que uns 15 mil torsofre pênalti. Raí cobrou e marcou: 1 a cedores ficaram do lado de fora, mesmo 0. E ficou só nisso. com o bilhete na mão. Com a superloOs milhares de são-paulinos no estátação, os torcedores se acomodavam do dio – e milhões fora dele – tiveram de jeito que podiam. Muitos assistiram ao esperar a decisão nos pênaltis. No final, jogo de pé, inclusive eu e meu pai. brilhou a estrela de Zetti, que defendeu Foi uma partida angustiante. O no lado esquerdo o chute de Gamboa. O Tricolor precisava ganhar por dois gols sacrifício do aperto no Morumbi valeu para ser campeão sem disputa de pênala pena. Para coroar a noite, comemos tis, mas estava difícil passar pela deum belo sanduíche de calabresa na frenfesa argentina. Muller, Raí, Elivélton e te do estádio. Ótimo jeito de comemorar Palhinha tentaram e nada. Mesmo deum inesquecível título. pois de muita pressão, a bola continuava não entrando. No segundo tempo, Antônio Carlos Munhoz Dias, 34 anos, a torcida pediu a entrada de Macedo. O é administrador de empresas atacante entrou e, na primeira jogada,
Você foi a algum jogo que tem uma boa história para ser contada? Mande um e-mail para contato@trivela.com que seu texto pode ser publicado neste espaço!
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A VÁRZEA
Ao ataque Chico Linguiça estava preocupado. Além dos gastos em trocar todos os uniformes do Chico Linguiça’s Globetrotters (maldita reforma ortográfica), o famoso quituteiro não escondia seu pavor ao ver os números da equipe no campeonato d’A Várzea: zero gol marcado em 53 jogos. Definitivamente, havia algo errado no time. Para corrigir este ligeiro problema ofensivo, o mecenas esportivo resolveu pedir socorro a Tolete, o repórter intrépido e dono de uma licença da Fifa (Federação Intermunicipal de Futebol Amador). Com seus altos conhecimentos como descobridor de talentos, Tolete encontrou dois jovens com alto potencial – maior até do que o de Denílson, o estagiário. O intrépido repórter não perdeu tempo e levou os dois candidatos a craque até a sala da diretoria do CLG, como gosta de chamar a emissora de tevê local que adora sopa de letrinhas só para não valorizar o trabalho de benfeitores que se jogam de cabeça no mundo futebolístico. Assim que Tolete entrou na dispensa do Chico Linguiça’s Grill & Pasta, o dirigente não escondeu o espanto e deixou cair seu cigarro dentro da panela com o recheio de seus gordur..., ops, saborosos pastéis. Ele mal podia acreditar quando viu o repórter trazer pela mão um moleque sardento com o nariz escorrendo e outro com óculos de fundo de garrafa e cabelinho penteado pela avó. “Mas o que significa isso?”, questionou o ainda incrédulo manager. “Você precisa ver esses dois jogando. Eles detonam qualquer um. É só ligar o videogame que eles marcam um caminhão de gols”, explicou Tolete, do alto de sua sabedoria boleira. Diante da reação de Chico Lingüiça,
A charge do mês o intrépido repórter continuou. “Ué, o Romário fez mais de mil gols levando em conta os que ele marcou em peladas com os ‘peixes’ dele. Se for assim, essa dupla aqui já fez mais de dez mil gols só no campeonatinho daqui do bairro”, disse, já estendendo um contrato para o dono do time assinar. Chico Linguiça mal podia se conter. Afinal, nem todo mundo sofre um ataque do coração depois de um intenso ataque de riso.
A lorota do mês “O Flamengo hoje é o Japão pós-guerra” Kléber Leite, vice-presidente do Flamengo, só não disse que as bombas atômicas vieram de dentro do próprio clube
A manchete do mês “Robinho constrói quadra de futebol de areia” (Terra) Já que o triatlo não dá mais resultado para o atacante na Inglaterra, o jeito foi mudar de modalidade praiana
Em alta Vasco A eliminação da Taça Guanabara deu ao time muito mais tempo para se preparar para a Série B. Isto fará a diferença
Atacantes do Real Madrid Raúl se tornou o maior artilheiro da história dos Merengues, prova de como os outros avantes do time foram ruins
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Você pode receber A Várzea todo dia na sua caixa postal. Basta entrar no site www.trivela.com e inserir seu endereço de e-mail no campo de cadastro. Ou então mande uma mensagem para varzea@trivela.com, com a palavra Cadastrar no campo de assunto
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