Portfolio 2016 | Fernanda Zeitoune

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FERNANDA ZEITOUNE PORTFÓLIO


Curricullum Vittae

Fernanda Zeitoune Brasileira, 22 anos 25 Janeiro 1994 Av. Gal. Guedes da Fontoura 866, Barra da Tijuca - Rio de Janeiro +55 21 99912-8024 / 2486-3594 fernandazeitoune25@gmail.com

Softwares AutoCAD Revit Skech Up Corel Draw Kerkythea Photoshop Illustrator InDesign Rhinoceros Adobe Video Premiere Microsoft Office

Idiomas Português Inglês Espanhol

Viagens de Estudo / Experiências

2

Fortaleza

París

Buenos Aires

Tel Aviv / Jerusalém

Berlim

Nova York / Miami

Lisboa / Porto

Praga

Roma / Veneza

Varsóvia / Cracóvia

Londres

Amsterdã

Madri / Barcelona

Dublin

Split / Hvar


Formação

Prêmios

2012-2017

2015

Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro Arquitetura e Urbanismo.

IAB-RJ 1° Lugar | Categoria: Mobiliário Urbano Escritório Modelo de Arquitetura e Urbanismo PUC-Rio.

2016.1 Universidad Europea de Madrid Aluna de intercâmbio PUC-Rio. 1997-2011 Colégio A. Liessin Scholem Aleichem Premiada por mérito acadêmico de 2005-2009.

Experiência Profissional 2014-2015 Escritório Modelo de Arquitetura e Urbanismo Estagiária chefe - Desenvolvimento de projetos de arquitetura, urbanismo, reformas, interiores e projeto de restauração. 2013-2014 Fernanda Salles Arquitetura Estagiária de arquitetura - Desenvolvimento de projetos de aprovação, projetos de execução e projetos de interiores. 2012-2013 MGZ Engenharia Ltda Estagiária de arquitetura - Contato com fornecedores, acompanhamento de obra e trabalhos na parte administrativa.

Workshops | Outras Atividades 2016.1 Taller de Integracíon Intervenção na Plaza de la Cebada, em Madrid. 2015.2 Atlântidas Reversas. Novos Territórios do Petróleo Workshop PUC-Rio + Universidade Federal do Ceará. 2015.2 Ser Urbano 6 | Semana da Arquitetura - PUC-Rio Participei da criação e organização do evento. 2015.1 Workshop Parklet - PUC-Rio Participei da equipe de projeto e construção. 2015 CAAU - Centro Acadêmico de Arquitetura e Urbanismo Participei do Centro Acadêmico. 2014.2 Monitoria - PUC-Rio Metodologia de projeto de engenharia civil. 3


ÍNDICE Projeto Acadêmico Participação Workshop Premiado

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01 Fazenda Oceânica: regeneração ecossistêmica | 2015.2 Coautoria: Guelba Paiva

02 Parklet PUC-Rio | Janeiro 2015 EMAUD + Canteiro Experimental

03

Novo DAD PUC-Rio | 2015 EMAUD - PUC-Rio | Autoria / Professor: Fernando Betim Coautoria / Estagiária: Fernanda Zeitoune

04 Complexo Porto | 2015.1 Coautoria: Danillo Amaral e Priscilla Corbellini

05 Revitalização Torre H | 2014.1 Coautoria: Juliana Biancardini e Raphael Carneiro

5


1

Fazenda Oceânica: Regeneração Ecossistêmica Atelier Atântidas Reversas

Atelier Atlântidas Reversas: Novos Territórios do Petróleo O atelier propõe investigar e elaborar novas formas de monitoramento e projeto do território adequados a processos agudos de exploração de petróleo na bacias petrolíferas leiloadas em maio de 2013 pela Agência Nacional do Petróleo. Em 2015.2, a pesquisa foi realizada na área de abrangência do Complexo Portuário e Industrial do Pecém, na Região Metropolitana de Fortaleza, no Ceará, uma das áreas mais impactadas pelo leilão da ANP. Como parte do atelier, foi realizado um workshop em conjunto com a UFC (Universidade Federal do Ceará), contemplando a apresentação dos trabalhos de análise desenvolvidos previamente à viagem de estudos, visitas à área de intervenção, sessões de orientação de projeto e banca de avaliação e discussão. 6

O Projeto O objetivo do projeto é restaurar os ecossistemas do oceano e criar empregos nas comunidades costeiras, através da transformação dos pescadores em agricultores e restauradores do oceano. Segundo estudos, o Pecém (CE) vêm sofrendo impactos físicos, econômicos e sociais consequentes do CIPP, como a extinção de mais de 50% das espécies nativas de peixes, branqueamento dos corais do Porto, anomalias na superfície do mar, entre outros. Definimos as diretrizes do projeto pelo desencadeamento dessas circunstâncias, objetivando não só a restauração do ambiente marinho na região, como também sua potencialização, por meio de técnicas que invistam na procriação de peixes e corais de forma conjunta.


A necessidade de um sistema aquícola em mar aberto é impulsionada pela demanda mundial de frutos do mar, na qual a produção de peixe é nove vezes maior que a de carne de frango e o consumo de pescado cresce mais que qualquer outro tipo de carne, segundo o SEBRAE/CE. A proliferação desses sistemas faz com que não hajam impactos extremos às populações naturais, além de promover a recuperação da fauna marinha. A escolha das espécies de peixes a serem criados traz, prioritariamente, os peixes extintos na região em estudo. Dessa forma, se firma não só a maximização da diversidade marinha, como o fortalecimento do estado economicamente, com a resistência da identidade local.

A instalação de um conjunto de estruturas metálicas que usam uma corrente de baixa voltagem para estimular o crescimento de corais, cria um habitat para os peixes e outras criaturas marinhas que vivem no fundo do mar. Já os peixes de águas correntes são criados em aquapods*. Turbinas acopladas às estruturas dos aquapods fornecem energia elétrica para as estruturas do fundo, que recebem minerais dissolvidos da água do mar formando os corais, fazendo o crescimento ser quase cinco vezes mais rápido. Como prospecção do projeto, tem-se um ecossistema enriquecido de fauna e flora marinha, alicerçado por um vasto recife de corais. aquapod* - estrutura esférica metálica para criação de peixes 7


Vista submersa da Fazenda Oceânica Diretrizes projetuais A batimetria foi o primeiro ponto a ser considerado no projeto. Assim, identificamos o nível em que haveria profundidade suficiente para as estruturas aquáticas a serem implantadas. Na bacia do Ceará, as correntes são longitudinais, indo do porto do Pecém em direção à praia de Taíba. A intenção é a absorção máxima de energia cinética das marés, em prol de um volume significativo a ponto de prover energia não só ao campo de cultura projetado, como também, para a cidade do Pecém. A implantação se estabelece paralelamente ao porto, aproveitando a zona de calmaria gerada pelo quebra-mar já existente. Proximidade com a costa, tornando viável a possibilidade de visitação, objetivando maior interatividade da população em todos os âmbitos com o projeto. Proximidade com o Complexo Industrial do Porto do Pecém - CIPP, propiciando transações na logística que facilitem ambos os lados, visando integração nos sistemas.

Desempenho:

3% correspondem à participação do Pecém com a implementação do projeto

2,0 170

1,2

14

158 0,7

11,5 2020

150

milhões toneladas mil toneladas

9,4

2015

kg per capita 2010

Brasil passa da 12ª para a 5ª colocação no ranking mundial Pescado no Brasil LEGENDA Produção Exportação Consumo

ÁREA OCUPADA = 4 km²

- 20,00 m

2.

00

0

Considerando três anos como o tempo para maturação e reprodução média dos peixes criados, em 2023 a produção poderia abastecer 470 vezes a cidade do Pecém, o que significa cerca de 130 toneladas de peixe. O montante supre o Brasil e o excedente, equivalente a 30% da produção, estaria direcionado à exportação para outros países. O primeiro ciclo de reprodução é reservado à função de restituição da fauna marinha, que se daria nos três primeiros anos efetivos de inserção do projeto. A partir dos outros ciclos, seriam destinados à regeneração do ecossistema marinho, 1% da produção, o equivalente a 62.100 peixes. Essa parcela seria liberada ao mar, ao invés de ser encaminhada à venda. O sistema automatizado de fornecimento de alimento ocorre através de um condutor que é ligado do lado superior da boia, com capacidade de 100 toneladas de alimento para os peixes em cada aquapod. As alturas variadas e no sentido das correntes formam ondas em busca da captação máxima de energia das marés, por meio de turbinas acopladas ao seu invólucro.

m

0,00 m MORFOLOGIA DA IMPLANTAÇÃO DO PROJETO

ATÉ 1996 MAR REVOLTO E PESCA COMO PRINCIPAL ATIVIDADE ECONÔMICA

ÁREA DE AFASTAMENTO OBRIGATÓRIO

1997 INSERÇÃO DO CIPP 2008 INTERRUPÇÃO DO CONTROLE DE PESCA 2010 BRANQUEAMENTO DE CORAIS 2012

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Corte submerso da Fazenda Oceânica LEGENDA Maremotriz e Biorock:

a. As pedras no interior das tocas recebem a função de âncoras marinhas das tocas, constituídas de treliças de aço.

a

O invólucro das estruturas aquáticas capta a energia cinética do movimento das máres por turbinas, obtendo a produção de 96 MW, o equivalente ao consumo de 57.600 casas do padrão médio de consumo de energia elétrica do estado do Ceará.

b. Os corais artificiais ao longo dos eixos que interseccionam os aquapods são implantados para retardar a deriva da estrutura no sentido da corrente aquática.

1 Carga negativa +

-

2

1 - Captação de energia das correntes marítimas por turbinas.

Carga positiva

b

3

2 - Transmissão de eletricidade através de cabos a um recife artificial.

4 5

3 - Um campo elétrico é criado por cargas positivas e negativas. 4 - Carbonato de cálcio dissolvido condensa e se liga às barras. 5 - Mergulhadores amarram fragmentos de coral às barras. As larvas de coral assentam-se sobre o carbonato de cálcio, o que ajuda o crescimento do esqueleto.

0m

2016 IMPLANTAÇÃO DA INFRAESTRUTURA

5m

15 m

30 m

2030

2018 RESTITUIÇÃO DA FAUNA 2020 REPRODUÇÃO ANUALMENTE 2023 EXPORTAÇÕES

9


Manutenção dos aquapods Benefícios em relação às fazendas terrestres

Restauração da fauna e flora marinha

Ambiental

1. Permitem a produção em larga escala.

Tratamento da água Demanda à atividade pesqueira

Energia sustentável

2. As correntes naturais do oceano garantem que os peixes vão ter menos doenças e parasitas. 3. Cada estrutura funciona como uma unidade e o sistema pode ou não estar amarrado. Sistemas móveis têm a vantagem de se mover em caso de derramamento de óleo ou qualquer poluição.

Redução do preço do pescado

Social

Redução de gastos com energia Praia apropriada ao banho

Aquecimento do mercado

AQUI CULTURA

Ofertas de emprego

Econômico

Produção de peixes Aumento das exportações

4. Em adversidades, o sistema de aquicultura pode ser transferido para um outro local, em vez de ficar improdutivo durante tal período.

Incentivo ecológico

Turístico Pontos de Mergulho Praias mais limpas

Articulação e configuração morfológica Cada estrutura possui seis metros de diâmetro com capacidade para 2.500 peixes de cerca de 10 kg. Distanciam-se cerca de 70 metros, da costa estão a 2 km, resultando em 4 km². O conjunto compreende o total de 900 aquapods para espécies de peixes pelágicas e 1584 tocas para espécies de peixes demersais. A estrutura que compõe a tectônica aderida, Biorock, acelera o crescimento dos recifes de corais em até cinco vezes e aumenta o tempo de vida. Permite o crescimento e a reprodução por brotamento, mesmo na presença de estresse ambiental, como poluição térmica. O método permite que o crescimento e estabelecimento de espécies de corais naturais usando apenas elementos básicos de condução, tipicamente de um metal comum, tais como o aço.

2046

1

2

10m

Crescimento de 70 cm ao ano

2046

Atinge 10 m

2053

Atinge 20 m

2053

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20m

2030

3

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Atinge 25 m

2060

Atinge 30 m

LEGENDA 1 Aquapods - flutuantes e atirantados 2 Tocas - submergem para manutenção 3 Tocas e Corais - fixados


3

Vista do avião para o Porto do Pecém

1 4

5

3 6 5 7 6

3

5

8

300 m

1

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50 m

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PELÁGICOS - AQUAPOD

4

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5

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1

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01 02 03 04 05 06 07 08

4

9

10

Biquara - Brycon sp Beijupira - Rachycentridae Arabaiana - Elagatis bipinnulata Camurupim - Megalops atlanticus 9 Bonito - Euthynnus alletteratus Cavala - Acanthocybium solandri Jaguaraçá - Myripristis jacobus Cangulo - Balistes capriscus

11

Montrastrea Cavernosa

9

9

10

10

10

DEMERSAIS - TOCA 09 Biquara - Brycon sp 10 Beijupira - Rachycentridae 11 Arabaiana - Elagatis bipinnulata

Montrastrea Cavernosa

Mussimilia Harttii Montrastrea Cavernosa Porites CORAIS Astreoides Montrastrea Mussimilia Porites Siderastrea Cavernosa Harttii Astreoides Stellata Porites Astreoides Montrastrea Cavernosa Porites Siderastrea Astreoides Stellata Montrastrea Millepora Montrastrea Mussimilia Cavernosa alcicornis Montrastrea Cavernosa Harttii Cavernosa Porites Astreoides Montrastrea Millepora Cavernosa alcicornis Porites Siderastrea Astreoides Stellata Montrastrea Cavernosa

2057

Montrastrea Cavernosa

Millepora alcicornis

Mussimilia Harttii

DISTRIBUÇÃO DAS ESPÉCIES DE PEIXES QUANTO AO HABITAT MARINHO

Siderastrea radians

Ambiente politrófico

Siderastrea radians Mussimilia Siderastrea O projeto, também, pode ser utilizados para Harttii radians criar um ambiente politrófico para o cultivo de Siderastrea Porites Stellata Branneri duas ou mais espécies. Lagostas, por exempSiderastrea Siderastrea Stellata lo, podem ser introduzidas com o propósito de Montrastrea Mussimilia Siderastrea Porites Millepora alcicornis radians Branneri Cavernosa radians limpeza do ambiente da gaiola por consumir Harttii Siderastrea Mussimilia PoritesHarttii resíduos acumulados e acúmulo de matéria Stellata BranneriBranneri Porites orgânica de bio-incrustação. Ou alargamenMillepora Favia Gavia Mussimilia Favia Siderastrea Gavia to na trama da parte de baixo do invólucro, alcicornis Harttii radians Siderastrea radians Porites permitindo a saída de lulas, que servem como Branneri Favia Gavia Porites Astreoides uma fonte de alimentação suplementar para Siderastrea Millepora Favia Gavia o recurso marinho de viveiro. Montrastrea Cavernosa radians Porites Siderastrea Porites alcicornis Siderastrea PoritesStellata Astreoides Branneri Stellata Branneri Montrastrea Mussimilia Siderastrea Favia Gavia

Cavernosa

Harttii

Porites Branneri

Millepora alcicornis

radians

2,5 km

Favia Gavia

Montrastrea Cavernosa Favia Gavia Porites Astreoides

Millepora alcicornis Siderastrea 2060 Stellata

Favia Gavia Porites Branneri 1,5 km

Montrastrea Cavernosa

Millepora alcicornis

0,5 km

Favia Gavia

11

0 km


O WORKSHOP Nas férias

de Janeiro de 2015, o Escritório Modelo de Arquitetura e o Canteiro Experimental, juntamente com a Superintendência de Espaço Físico, promoveram um workshop para planejar novos espaços de convívio no Campus da PUC-Rio. Aberto aos alunos do curso de arquitetura e urbanismo, o workshop contou com os estagiários do Escritório Modelo e mais dez alunos selecionados entre os inscritos para essa atividade complementar.

2 Parklet Campus PUC-Rio 12

Após a apresentação das três propostas, um dos estacionamentos foi escolhido para ser executado, em função de sua localização, número de vagas etc. A partir de então, todos os estudantes se uniram e começaram a trabalhar juntos para concretizar essa ideia. A etapa inicial, relativa ao projeto e detalhamento das três novas praças, foi realizada pelos estagiários do EMAUD, coordenados pelos professores Vera Hazan, supervisora do Escritório Modelo, e Luciano Alvares, supervisor do Laboratório de Volumes e do Canteiro


Rua Marquês de

Experimental, que frisaram a importância de imaginar novos espaços de convívio em áreas anteriormente destinadas a carros, inaugurando os primeiros parklets do Campus. A organização dessa segunda etapa do workshop foi diferente da inicial. Enquanto um grupo, formado principalmente pelos autores da ideia original daquele espaço se reunia para detalhar o projeto e especificar os materiais, outro fazia o orçamento e a preparação do canteiro para a execução.

São Vicente

SIATUÇÃO

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A COSNTRUÇÃO O grande diferencial desse worshop foi a execução da obra ter sido feita pelaos alunos. Estes assim, participaram de todas as estapas da obra, desde a produção do piso, preparação do terreno, até montagem dos bancos e pérgolas. Para dar acessibilidade à praça e resguardar os pedestres do tráfego de veículos no Campus, foi necessário nivelar o piso e instalar um tipo de pavimentação regular, acessível a todos.

0 1

5

10 Planta baixa da situação anterior

Situação anterior

0

Maquete de estudo.

14

1

5

10


O PLATÔ E O BANCO

O PISO

Uma das maiores demandas da PUC é por espaços para sentar, estudar, comer, conviver. Por isso, durante a etapa de projeto se deu muita imprtância para que não se projetace apena um banco, mas sim, um espaço onde as pessoas possam de fato interagir e se sentir confortaveis. Nesta direção, o banco possui diversas curvas , possibilitando que a pessoas sentem de diversas formas. Lado a lado, de frente uma para a outra , e ainda, usando a diferença de altura da arquibancada. A Arquibancada, ainda, possui uma medida que permite que as pessoas deitem.

Enquanto o projeto foi desenvolvido no escritório modelo, a execução foi supervisionada pelo canteiro experimental. O piso escolhido era formado por peças de concreto com 62,5cm x 62,5cm. Os alunos se mobilizaram para participar de cada etapa, produzindo ao final mais de cem peças do piso de concreto. Paralelamente à fabricação do piso, um grupo fazia o manejo da área, e acertava a areia para poder assentar as peças. Para haver um bom acabamento tanto do piso quanto da rampa, foram colocados tentos, separando a área pavimentada da praça das jardineiras e do asfalto.

Betoneira sendo usada para produção do piso Planta baixa e vista do modelo básico do banco

Para as bases do banco, optou-se por usar caixa de passagem pré-moldada de concreto, que, posteriormente, foi utilizada também para firmar as estruturas do pergolado. Para o assento usou-se ripas de madeira, juntas a partir de um sistema de encaixe, realiza manualmente. Assentamento do piso

Banco sendo monstado

Alunos trabalhando na obra

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A PÉRGOLA Ao contrário de outras áreas do Campus, como o bosque, fartamente sombreado, o terreno da nova praça recebia uma grande incidência de sol, inviabilizando longas permanências. Em função disso, projetou-se um sistema de pérgolas de madeira e cabos de aço para sustentar trepadeiras, utilizadas para criar um sombreamento sobre algumas áreas de banco. O pergolado acompanha o movimento dos bancos e delimita, também, o jardim projetado. Com a chegada da primavera, as trepadeiras começaram a tomar conta dos cabos de aço, os jardins floresceram e os matos ficaram verdes, compondo ainda melhor a paisagem. Esquema Construtivo da Pérgola Furação para entrada do cabo de aço Chapa metálica de amarração

Cavalete estrutural

Madeira em pinus autoclavado

Caixa de passagem pré-moldada

Perspectiva isométrica

Foto do Parklet pronto

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Perspectiva isométrica explodida


Foto do Parklet pronto

Após três meses de trabalho, foi concluída a obra e inaugurado o primeiro parklet da PUC. A praça está sempre cheia de alunos, funcionários e professores, que se apropriam dela das mais diversas formas. Ela já foi cenário de diversas filmagens dos estudantes de comunicação e cinema e exposições de trabalhos acadêmicos. É um espaço usado no dia a dia para namorar, almoçar, ler um livro, conversar. A experiência do workshop foi muito rica em diversos aspectos. Primeiramente, por se tratar de um processo coletivo de criação de espaços de convívio em um campus universitário. Mas principalmente, pela oportunidade de participar ativamente tanto da concepção como da execução do projeto. O projeto foi premiado com o primeiro lugar na “Premiação Anual IAB-RJ 2015”, categoria arquitetura de interiores, design e mobiliário urbano. EQUIPE: Supervisora do Escritório Modelo: Vera Hazan Supervisor do Canteiro Experimental: Luciano Álvares Monitora do Workshop: Gabrielle Rocha Estagiária Chefe do Escritório Modelo: Fernanda Zeitoune

Foto do Parklet pronto

Estagiários: Lucas di Gioia, Manoela Prata, Vitor Cattete, Marcella Lima, Leonardo Leal, Giulia Chagas, Sofia Olival, Pedro Bonelli, Anna Cristina Muniz, Bruno Magalhães, Tomas di Camillis, Paula Leal, Barbara Cabral, Monique Menezes e Alexandre Rezina 17


Croqui: Fernando Betim 18


3 Novo DAD Campus PUC-Rio

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O CONCEITO

O terreno, funcionava como estacionamento, anteriormente. O novo DAD, se encontra assim, de frente para a Vila dos Diretórios. Um ambiente onde os alunos têm as sedes de seus centros acadêmicos, e também, onde se realiza trotes e confraternizações.

Corte Longitudianal

V I LA D O S D I R E T Ó R I O S

QUÊS RUA MAR

O TERRENO

20

Foto durante a obra

VICENTE DE SÃO

A PUC-Rio, nos últimos anos, aumentou muito seu número de estudantes. Com isso, uma das maiores demandas da faculdade é de espaço. Por isso, construímos um novo edificio para o Departamento de Artes e Design. Onde abrigará toda a administração do curso e terá novas salas de aula e espaços para eventos acadêmicos. O projeto básico, foi desenvonvido no “Escritório Modelo de Arquitetura e Urbanismo da PUC -Rio”, pelo Professor Fernando Betim e a estagiária Fernanda Zeitoune. Na etapa de projeto executivo o projeto foi passado para o escritório “A+ Arquitetura” e na fase de execução para a “Abóboda Projetos e Obra”. Como conceito, o projeto básico propôs desenvolver uma arquitetura que compõem a paisagem natural, que é muito presente no Campus. Muito preocupados com a questão de conforto ambiental, foi pensada, uma pele de bambu, que cobriría todas as fachadas do prédio. Controlando, assim, a penetração de luz e calor. Porém, foi percebido a incidência de alguns insetos nos bambus. Por isso, na fase do projeto executivo, optou-se por substituir o bambu por um pergolado de madeira. Assim, mesmo com a troca de materiais, o conceito foi mantido. A área de circulação é bem marcada no centro do edifício, junto a circulação vertical e as áreas molhadas. Assim, o prédio é bem dividido em dois grandes salões. Nestas, se encontram as salas de aula que podem ser usadas com as divisórias ou não.

Situação Anterior

Corte Transversal


Foto com obra finalizada

Planta Baixa TĂŠrreo 21


A ESTRUTURA Foi escolhido usar a estrutura metálica e aparente. Na etapa de projeto básico, algumas das salas de aula, se extendiam para além da pele de bambu, desconstruindo, assim, a idéia de bloco rígido. Durante a execução, porém, isso só foi mantido em uma fachada.

Planta Baixa 2º Pavimento Detalhe contrutivo Croqui: Fernando Betim

Fachada Sul

4

2

Fachada Norte 22


Planta Baixa 3ยบ Pavimento

Planta Baixa 4ยบ Pavimento

66

44 22 11

Fachada Oeste

6

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Fachada Leste 23


4

Complexo Porto Porto Maravilha

A “cidade que queremos” é uma cidade que possa ser vivida, que promova encontros entre pessoas e que aproxime as casas do trabalho, pois acreditamos que tudo isso resulte em uma melhor qualidade de vida. Nesse sentido, a proposta se caracteriza como híbrida, mas não apenas, pela definição de multíplos usos. O híbrido, no caso, vai além da conciliação de atividades e se apresenta como uma nova forma de morar. Para qual, oferecemos


estrutura para que se desenvolva. Com a vontade de ressucitar o coletivo foram pensados diversos espaços de convivência, que se diferenciam dos atuais condomínios, por serem espaços abertos para o público em geral. Assim, o terreno teria vivacidade em todas as horas do dia, por ter um programa que abrange atividades que funcionam em diferentes horários. Após uma análise do entorno, observamos uma carência de espaços de lazer voltados

para a cultura. Assim, projetamos como equipamento público um teatro e salas deworkshop que seriam voltadas para o meio artístico. Além, de espaços expositivos, para mostrar os trabalhos desenvolvidos nas aulas de workshop. Com a mesma altura da Cidade do Samba, foi concebida um painel, que possui tanto função de proteção solar, como informativo para as atividades que acontecem no teatro, na galeria, na praça e nos workshops.

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Implantação e Setorização

A implantação foi, primeiramente, pensada a partir de uma malha e com a vontade de manter uma area livre, permitindo o atravessamento do terreno. Posteriormente, foram pensadas as alturas, optando-se por trabalhar com o conceito de topografia. Seguindo o mesmo conceito, foi concebida uma arquibancada, com diferentes níveis, postos de forma, aparentemente aleatória, mas que geram espaços de convívio e descanso.

O TEATRO O tetro é o coração da praça, o principal equipamento público do complexo. Com o objetivo de suprir a demanda por espaços culturais na região, o teatro pretende estar voltado para o público local e promover artistas da comunidade. Este se difere dos demais, por poder ser usado de diferentes maneiras. Tendo como possibilidade de ser usado de forma tradicional, com seu espaço interno e “palco romano”, ou com sua fachada servindo como tela exibição de filmes à seu aberto, voltado para a arquibancada existente na praça. Além, da opção de usar o palco para as duas plateias simultaneamente.

Espaços Internos de Convivência

Galeria

Restaurantes

Terraço

Elevador Panorâmico

Equipmento Público Aparthotel Salas Comerciais/Lojas Apartamentos Lojas no térreo

Praça

Teatro

Arquibancada Externa

Salas de Workshop

Praça Contemplativa

Circulação Vertical Salas de workshop


Planta de Situação

OS RESTAURANTES

AS LOJAS

Com acesso pelo teatro, pelas salas comercias ou direto pelo elevador panorâmico, os restaurantes, compõem a diversidade de atividades do complexo e sua vivacidade tanto de dia, quanto à noite. São uma opção para o almoço dos que trabalham e moram na região. Além de um opção de lazer, que complementa a visita ao teatro, por exemplo.

O pavimento térreo é designado à lojas, para que se mantenha a vivacidade das ruas e da praça em diferentes horários do dia. Estas possuem acesso tanto pelas ruas, como pela praça. Além de promover diversos serviços para os moradores do complexo e da região, gerar empregos e movimentar a economia.

Maquete


Morto

na

Rua R ivada via

Corre a

Rua do

Ru

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Rua do

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Planta Baixa Pav. Térreo

Planta Baixa 1º Pavimento

A

B

B’

Planta Baixa Subsolo

Planta Baixa 1° Pav.

Planta Baixa 2º Pavimento

Planta Baixa 2° Pav.

Planta Baixa 3º Pavimento

Planta Baixa 3° Pav. Planta Baixa 4º Pavimento

A’

OS APARTAMENTOS O Rio de Janeiro possui uma grande demanda por apartamentos menores. Acreditamos que as cidades do futuro, serão cidade compactas. Por isso, os apartamentos variam de 20 à 70m².

Planta Baixa 4° Pav.

Planta Baixa 5º Pavimento

Planta Baixa 5° Pav.

Planta BaixaBaixa 6º Pavimento6° Pav. Planta

Planta Baixa 8° Pav.

Planta Baixa 9º Pavimento Planta Baixa 9° Pav.

Planta Baixa 5º Pavimento

O APARTHOTEL O centro do Rio, também, possui uma demanda por hotéis. Principalmente, para aqueles que vão à cidade à trabalho. Por isso, alguns dos apartamentos, foram destinados a este setor. 28

Planta Baixa 7° Pav.

Planta Baixa 7º Pavimento

Planta Baixa 8º Pavimento

Planta Baixa 10º Pavimento

Planta Baixa 11º e 12º Pavimento

Planta Baixa 10° Pav.

Planta Baixa 11° Pav.

Planta Baixa 13º e 14º Pavimento

Planta Baixa 12° Pav.


Tipologia dos Apartamentos

0

1

5

10

Apartamentos de dois quartos que variam de 40 à 70m².

Lofts que variam de 23 à 32m², possuem espaços integrados e paredes apenas nos banheiros.

Quartos de aparthotel que variam de 20 a 25m², possuem uma pequena cozinha.

Como alternativa ao tradicional prisma de ventilação, optamos por dispô-los em diferentes posições. Dessas lajes resilientes, promovemos espaços de convivência, como lavanderia, biblioteca comunitária, espaço para estudo, jogos, entre outros. Dessa forma, promovemos maior integração ente os moradores e entre os hóspedes do aparthotel. Além de servirem como extensão de suas casas.


A PRAÇA

AS SALAS COMERCIAIS

A praça é o ambiente central do complexo, onde os encontros acontecem. Esta é bem arborizada e possuem dois espaços de descanço. Uma arquibancada com conceito topografico, que possui diferentes níveis, dispostos de forma não tradicional. Esta abriga a plateia dos cinemas à céu aberto que são transmitidos na fachada do teatro. Em frente às salas de workshop, ainda, se tem uma praça onde os estudantes podem se encontrar e fazer atividades.

Um dos blocos do complexo são destinadas à salas comerciais, já que o centro da cidade é um grande pole empresarial do Rio de Janeiro. Unimos o uso residencial com o comercial por acreditarmos que morar próximo ao trabalho melhora não só a qualidade de vida das pessoas, mas, também, a da cidade, que, terá menos pessoas circulando. Reduzindo, assim, o trânsito e o número de passageiros nos transportes públicos.

Corte AA’

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Esc.: 1/500


Imagens: Danillo Amaral

AS SALAS DE WORSHOP

A GALERIA

Com objetivo de servir a comunidade local, as salas de workshop são espaços onde se pode desenvolver estudos e trabalhos de diversas áreas. Além de ser, mais um espaço aberto para que os moradores interajam. Corte AA’ Esc.: 1/500 as ida As aulas seriam para todas des e ajustadas de acordo com a demanda e necessidade. Os trabalhos desenvolvidos alí, seriam expostos na galeria presente no mesmo complexo.

Aproveitando-se da estrutura da tela de LED, é concebida uma galeria. Esta expõe, principalmente, os trabalhos realizados, com a comunidade local nas salas de worshop. Por estar situado, frente à bilheteria do teatro e junto a rua, possui um carater muito público e entrada gratuita. Esta possui a função não só de insentivar os alunos dos workshops, como também promover seus trabalhos para um público mais amplo.

Corte BB’ Esc.: 1/500

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5 Torre H Revitalização 33


O projeto denominado Centro da Barra, lançado em 1969, foi o primeiro empreendimento para a Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. A Desenvolvimento Engenharia, empresa de Múcio Athayde, construiria 76 torres residenciais cilíndricas, de 36 andares, projetadas por Oscar Niemeyer. Estas seriam combinadas por áreas de comércio, lazer e serviços. Seu cronograma original previa a inauguração das primeiras unidades em 1974 e a conclusão da obra para 1980.

O LUGAR IDEAL

A Barra, nessa época, era um território inexplorado, mas, ao contrário de Brasília, a terra era dividida entre múltiplas propriedades privadas. Significando que os grandes planos de unificação desenhados por Lucio Costa, eram otimistas, mas um devaneio, desde o ínicio. Uma série de falhas e corrupções comprometeram o desenvolvimento do projeto. Como resultado, o empreendimento foi reformulado e reduzido para quatro torres. Duas foram entregues e estão ocupada, uma foi implodida e a Torre H, segue com as obras paralisadas, até hoje.

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O PESADELO

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Localização

TRAZER A CIDADE PARA DENTRO DA EDIFICAÇÃO 36


COMO ESSE EDIFÍCIO DEVE TOCAR AO CHÃO ? COMO REALIZAR A TROCA DESAS VELOCIDADES ? COMO INTEGRAR A RUA HORIZONTAL E A VERTICA ? Sem grades, o terreno da Torre H passa a ser uma praça pública. Esse conceito de praça, também é levado para dentro da edificação que possui pavimentos com áreas comuns de atividades diversas.

Planta Térreo

ESCALAS DE PERMANÊNCIA

Maquete

Perspectiva Isométrica

Imagem do Térreo como Praça Pública

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A FORMA PERFEITA

A MÁQUINA PARA O HOMEM IDEAL.

FORMA PRESA, RÍGIDA E DEFINIDA. REFLETE O PLANO URBANO DE LÚCIO COSTA. PLANO IMPOSITIVO QUE TORNA AQUELE QUE NELE VIVE PRESO, RIGIDO, DEFINIDO E POUCO HUMANO. E F I C I E N T E.

TENTATIVA DE DISSOLVER TODO O PRECONCEITO ZONIFICADOR DA URBANÍSTICA MODERNA.

Temos como partido projetual o redirecionamento da rua para a edificação, subvertendo a lógica atual entre espaços públicos e espaços privados. Propomos uma arquitetura de múltiplas possibilidades, que permita que os espaços sejam apropriados pelos usuários.

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VITALIZAR O PARAÍSO M O D E R N I S TA QUE JÁ NASCEU M O R T O

DESIDEALIZAR O M O D E R N O

A estrutura da Torre é composta por três anéis circulares, que contornam radialmente sua periferia. Em nossa intervenção modificamos a forma do terceiro anel para que a forma circular de corredor fosse desconstruída

SETORIZAÇÃO ORIGINAL

SETORIZAÇÃO PROPOSTA

Público Privado 39


Planta Tipo Original:

Plantas com nova tipoligia:

Estrutural

Sob uma perspectiva contemporânea, procuramos a partir da revitalização da Torre H, desconstruir o pensamento modernista sobre a moradia. Acreditamos que o “vazio”, também, esteja inserido no conceito de “arquitetura”. Dessa forma, projetamos mezaninos e áreas comuns nos pavimentos, a fim de gerar, não só, uma maior permeabilidade visual, ventilação e iluminação, mais também, permitir a convivência e socialização dos moradores. Imagem de um dos Pavimento Comum

Imagem da Fachada

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Imagem de um dos Pavimentos Comuns


Imagem do interior do apartamento duplex

Imagem de um dos Pavimentos Comuns

Os apartamentos foram ampliados e possuem formas variadas, fugindo da tipologia de “seção de pizza” do projeto original. Os corredores, também, perdem sua forma circular, passando a ter espaços mais abertos. O programa é composto por apartamentos, suítes para turistas, e ainda, serviços comerciais de pequeno porte. Estes não possuem uma setorização rígida, ou seja, em alguns pavimentos estão conjugados.

Imagem da Fachada, junto a “Torre Charles de Gaulle”

O híbrido vai além da consolidação de atividades. Se apresenta como um choque. É na relativização e liberação do espaço que nasce o híbrido. 41


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