O Nordestino é um Povo Forte by FLAVIO SOARES

ORELHA CAPA

idealizadores: Patrick Barbosa e Helena Almeida

4 Festival da Poesia Nordestina

PREFÁCIO Hoje, diante das dificuldades que a humanidade vem atravessado, as pessoas estão mais voltadas para os problemas e não conseguem perceber a beleza das pequenas coisas. Precisamos inclinar um olhar diferenciado para as coisas que se parecem simples, mas tem uma boniteza na sua sutilidade, e desviar os sentidos por exemplo, para os víveres no altar das montanhas, observar a beleza existente no voo de uma borboleta e o seu beijar nas flores, na dança do caminhar de um animal, na ciranda das ondas que sacodem o mar em noite enluarada, nas cores selvagem do agreste verão sertanejo, bem como de muitas outras nuances criaturas que compreende a memória da imortalidade, e das coisas que vivas, também compreendemos como graciosamente abundante. Assim, de canção em canção vamos calçando os passos na caminhada dos versos pelas estradas das letras, em busca da palavra que nos direciona um sentido à vida. O Nordestino É Um Povo Forte, apresenta em alguns poucos versos de autores Nordestinos o que a nossa alma traduz, do que conseguimos receber dos raios de claridade que nos

inspira a escrever. As serras, montanhas, mares, sertão, agreste, céus e terra, nos dão a condição de sonhar e gravar com as letras do amor e as palavras da nossa abstração, o que nesse contexto chamamos de poesia. Durante alguns meses brincando com as palavras, escutando a canção dos grilos, o sopro da brisa dos montes do agreste, o namoro da lua com as estrelas da terra, e até sonhando com a flor de mandacaru, com os mares de paz que em ondas bravias, se elevam nos ventos de esperança, em céus de arco-íris, e juntos em parceria com vários Autores e personalidades Nordestinas, traduzimos O Livro, que chamamos de O Nordestino É Um Povo Forte. Nos versos referenciados articulamos uma forma existencial de leitura e de escrita catalogada em pequenos versos, que além de nos satisfazer com esse passeio pelas estradas de poesia nos mangues do sertão, encontramos uma maneira simbólica de exportar sonhos que pretendem alimentar uma cultura não tão fortalecida, mas é na base das palavras que também, referenciamos uma forma de iluminar esse

6 Festival da Poesia Nordestina

chão onde tantas vozes se calam, e tantos olhos se cegam, e ouvidos que inocentes, nem sequer conseguem ouvir a sonoridade e a legítima degustação dessa tão mínima e tão pouco apreciada produção literária. Assim, essas nuances não podem ficar adormecidas, devem ser narradas mesmo que até gaguejadas através da expressão da arte da poesia, possa levar o desejo de torná-la viva e eficaz em nosso contexto cultural e social. Portanto, sugerimos ao leitor, que se deleite nas referidas poesias que acreditamos ser palavras extraídas da alma, e uma forma poética de expressar através de O Nordestino É Um Povo Forte, como enxergamos a natureza das coisas desse universo de criação divina. Patrick Barbosa, Escritor Empresário e Diretor Do Prêmio Internacional Referência Pernambucana & Destaque Nordeste. Helena Almeida, Escritora, Empresaria e Vice Diretora do Prêmio Internacional Referência Pernambucana e Destaque Nordeste.

Sumário Biografias 12

Manuella Maria Varejão Costa

Elton Dantas da Costa

Paulo Roberto Varejão da Costa

Jenilson Ferreira Leite

Lucia Sousa

Creuza Almeida

Marcos Lopes

Laura Corrêa da Silva Moura Nunes

Luiz Pereira de Melo

Carlos Eduardo Gonçalves Bezerra

Fernando Cavalcante

Graça Maria Barza

Jáder Cysneiros

8 Festival da Poesia Nordestina

Poesias Meu Cantinho 72

Sidney França

Brasil Nordeste 73

Sineide Gemir

Nordestino é um povo forte! 75

Maestro e Poeta Bacalhau

Nordestino é um povo forte! 79

Maestro e poeta Bacalhau

Eu vi 83

Maria do Carmo Calado

Nordestino é um povo forte! 86

Madalena Meira Pereira

Nordestino é um povo forte! 90

Auzzione Fonseca

Nordestino é um povo forte! 92

Sidha Moitinho

Nordestino é um povo forte! 94

Lindalva Vanderlei

Nordestino é um povo forte! 95

Lucélia Gomes

Nordestino Realizado 96

Luiz Pereira de Melo

Nordestina Feliz 97

Vera Lúcia Barreto

Meu Torrão 102

Gesilda Medeiros

Nordestinidade 103

Silvana Alcântara

Nordestino 106

Lúcia Sousa

Nordestino é um povo forte! 108

Colly Holanda

Eu sou filha do Nordeste 110

Genicleide Lima

O Nordeste e sua Glória 112

Shamara Paz

Nordestino é um povo forte! Faço parte dessa gente. 117

Isabel Maia

Nordestino é um povo forte! 118

Valdeci Leocádio de Siqueira Filho (Dedo Leocádio)

Nordestino é um povo forte! 121

Fernando Matos

Simplesmente Nordeste 122

Tarcisio Martins de Oliveira

Nordestino é um povo forte! 123

Rosineide Orlando da Silva

Nordestino é um povo forte! 127

Elexsandro Araújo

Escaldante Pernambuco 128

Laura Moura Nunes

Nordestino é um povo forte! 130 Junior Vieira

Recife Encantos Mil 134

Auzzione Fonseca

Sou Sim Senhor! 136

Agildo Galdino

Versos do Verão 138

Teófilo de Souza

Aquarela Nordestina 148

Silvana Alcântara

Antologia ARNM Poesias 150

André Ricardo Nunes Martins

Eu Amo a Vida 154

Luiz Pereira de Mello

Matuto Bom de Forror 160

Nerilson Buscapé

10 Festival da Poesia Nordestina

Paz e Amor 162

Luiz Pereira de Mello

Inocentes do Moxotó 164

Luiz Pereira de Mello

Recantos e Encantos 166

Luiz Pereira de Mello

Caráter do Sertanejo 168

Luiz Pereira de Mello

Soneto ( uma grife pra meu amor ) 170 Gonzaga Neto

O Nordestino é um povo forte! 171 Gonzaga Neto

O Nordestino é um povo forte! 173 Gonzaga Neto

O Nordestino é um povo forte! 175 Gonzaga Neto

O Nordestino é um povo forte! 177 Gonzaga Neto

O Nordestino é um povo forte! 179 Gonzaga Neto

O Nordestino é um povo forte! 181 Gonzaga Neto

Um Cordel Nordestino 183

Ana Cláudia Gomes da Cruz

A Benção de Ser Nosdestina 186 Magali Ribeiro

O Nordestino é um povo forte! 195

Luciene B. Gome

E Se 196

Milca de Paula

Me Apresento a Ti 199

Milca de Paula

O Calitério: O Catador de Lixo do Cemitério 205

André Soares Monteiro

O Nordestino é um povo forte! 206 Patrick Barbosa

HOMENAGEM

MANUELLA MARIA VAREJÃO COSTA

ADVOGADA, PROFESSORA & ESCRITORA

12 Festival da Poesia Nordestina

Biografia

Manuella Maria Varejão Costa

Nascida em 03 de setembro de 1991, natural de Recife-Pernambuco, filha de João Ferreira da Costa e Mione Maria Ribeiro Varejão da Costa, irmã de Paulo Roberto Varejão Costa.

o ano de 2009, iniciou a Graduação em Direito pelo Instituto Pernambucano de Ensino Superior- IPESU. Foi estagiária da Defensoria Pública do Estado de Pernambuco, durante os anos de 2011 até 2013, lotada à época no Núcleo do Jaboatão dos Guararapes-PE, vindo a iniciar sua experiência profissional voltada ao Direito de Família, Das Sucessões, Direito Civil, Direito do Consumidor e Direito Médico. No período de 2011 à 2013, foi estagiária voluntária do Juizado Informal de Família, lotada à época no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, realizando audiências na área de Família. No ano de 2014, com a conclusão do curso de direito e aprovação no exame de ordem, tornou-se advogada, inscrita nos Quadros da Ordem dos Advogados de Pernambuco, iniciando assim sua militância nas áreas Cível, Família e Sucessões. 13

No mesmo ano de 2014, iniciou a Pós Graduação Lato Sensu em Direito Civil e Processo Civil, pela Universidade Estácio de Sá, vindo a concluí-la no ano de 2016, recebendo o título de Especialista. É Mestranda em Direito Internacional pela Universidade Autônoma de Assunção-UAA no Paraguai – PY. É Graduanda em Mediação pela Universidade Estácio de Sá, com a devida conclusão em Dezembro de 2020, e passará a obter a titulação de Tecnóloga em Mediação. Foi, durante o Ano de 2019 e 2020, Vice- Presidente da Comissão de Mediação, Arbitragem, Conciliação e Direito Sistêmico da OAB Olinda. É Membro Titular da ABCCRIM (Academia Brasileira de Ciências Criminais). É Membro do Instituto Brasileiro de Direito de Família – IBDFAM É Professora de Pós Graduações É Consultora em Mediação e Arbitragem. É Palestrante e possuí Palestras em seu currículo, tais como: • Participou por 02 (dois) anos consecutivos, como Palestrante do Grupo de Altos Estudos em Resolução de Disputas – ARDs do Instituto Brasileiro de Mediação, Arbitragem e Conciliação – IBRAMAC; • Participou, como Palestrante, com a temática: Desafio dos Jovens Advogados e as Carreiras Jurídicas na FADIMAB – Faculdade de Ciências e Tecnologia Professor Dirson Maciel de Barros. É Autora de vários Artigos Científicos: • A Advocacia Colaborativa como meio alterna-

14 Festival da Poesia Nordestina

Biografia tivo de Resolução de Conflitos”, publicado na Revista Científica Peace Maker do IBRAMAC, ano de 2018. • A Advocacia Familiarista em Tempos de Pandemia, publicado no portal/site do IBDFAM – Instituto Brasileiro de Direito de Família, ano de 2019. Link de acesso: https://ibdfam.org.br/artigos/1503/A+Advocacia+Familiarista+em+Tempos+de+Pandemia+ • As Vertentes do Acesso à Justiça no Ordenamento Jurídico Brasileiro à Luz da Mediação, publicado nos Anais da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra – Portugal e a sua respectiva apresentação no V Congresso Internacional de Direitos Humanos de Coimbra: uma visão transdisciplinar, no Simpósio 30 – Mediação como Mecanismo e Garantia do Acesso à Justiça, ano de 2019. Foi, durante o Ano de 2019 e 2020, Vice- Presidente da Comissão de Mediação, Arbitragem, Conciliação e Direito Sistêmico da OAB Olinda. Nos anos de 2016, 2017, 2018 e 2019 exerceu a função de Conciliadora Voluntária pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco – TJPE, lotada da Seção de Mutirões da Capital, localizada no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, com ampla atuação nos processos envolvendo o seguro DPVAT e posteriormente exerceu a mesma função no CEJUSC do 2º Grau, no Fórum Tomaz de Aquino. É Mediadora Judicial Certificada pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco – TJPE, com carga horária de 40 (quarenta) horas. É Mediadora Extrajudicial com formação pelo IBRAMAC (Instituto Brasileiro de Mediação, Arbitra-

gem e Conciliação). É Mediadora Internacional com Certificação pela Global Mediators Negotiators. É Árbitra Extrajudicial com formação pelo IBRAMAC (Instituto Brasileiro de Mediação, Arbitragem e Conciliação). Possuí um vasto currículo em cursos de curta duração e à distância pela Fundação Getúlio VargasFGV, dentre os quais: • Introdução ao Direito Imobiliário; • Negociações Preliminares e Formação do Contrato; • Curso de Contratação de Trabalhadores; • Curso de Sociologia; • Curso de Filosofia, ambos com duração de 5 (cinco horas). Possuí cursos à distância de curta duração pelo SESIServiço Social da Indústria, tais como: • Curso de Libras EAD (carga horária de 30 (trinta) horas), • Ética Profissional nas Redes Sociais EAD (carga horária de 16 (dezesseis) horas). Possuí um vasto currículo em cursos à distância de curta duração pela ESA Bahia – Escola Superior de Advocacia Orlando Gomes: • Tutelas, Capacidade Processual das Pessoas com Deficiência e Interdição, com carga horária de 01 (uma hora); • Gratuidade de Justiça/ Petição Inicial/Sustentação Oral, com carga horária de 02 (duas horas); • Planejamento Sucessório, com carga horária de

16 Festival da Poesia Nordestina

Biografia 02 (duas horas); • União Estável, com carga horaria de 02 (duas horas); • Guarda e Alimentos, com carga horária de 02 (duas horas); • Sucessão Testamentária, com carga horária de 02 (duas horas); • I Congresso On-line da Jovem Advocacia Baiana, com carga horária de 22 (vinte e duas horas); • Resposta do Réu no Direito Processual Civil, com carga horária de 01 (uma hora); • Técnica do Julgamento ampliado nos Órgãos Colegiados, com carga horária de 01 (uma hora); • Audiência Simulada na Prática - Direito Civil, com carga horária de 03 (três horas); • Audiência Simulada na Prática – Direito de Família, com carga horária de 03 (três horas); • Saneamento, Organização do Processo e Provas do Processo, com carga horária de 01:30 (uma hora e trinta minutos); • Responsabilidade de Fato de Outrem, com carga horária de 01 (uma hora); • Normas Fundamentais, Boa Fé e Responsabilidade Processual, com carga horária de 01 (uma hora); • Meios Atípicos de Execução nas Obrigações de Pagar, Novidades do CPC/15, com carga horária de 01 (uma hora); • Responsabilidade Civil do Médico, com carga horária de 03 (três horas). Participou, como ouvinte, de Cursos, Workshops e Pa-

lestras à Distância e On-line, promovidos pela OAB Olinda: • Workshop: Mediação, Arbitragem, Conciliação e suas Perspectivas na Advocacia Moderna, com carga horária de 06 (seis) horas; • Curso On-line – COVID 19 e as soluções para os Contratos de Locação, com carga horária de 04 (quatro horas); • Curso On-line – Mediação e Conciliação On-line: Possibilidades, Desafios e Expectativas, com carga horária de 04 (quatro) horas. Participou, como ouvinte, do Congresso à Distância On-line sobre a Advocacia Jovem, promovido pela Escola Superior de Advocacia de Goiás Conselheiro Francisco Moreira Camarço, com carga horária de 16 (dezesseis horas) Participou, como Ouvinte em Cursos, Palestras e Seminários do IBDFAM – Instituto Brasileiro de Direito de Família: • Mediação em Perspectiva, com carga horária de 02 (duas horas); • Alimentos e Guarda Compartilhada no Chile, com carga horária de 01:30 (uma hora e trinta minutos); • Mediação no Direito de Família, com carga horária de 01:30 (uma hora e trinta minutos); • I Seminário de Adoção do IBDFAM, com carga horária de 03 (três horas); • Os Modelos de Família e a Pandemia, com carga horária de 01:30 (uma hora e trinta minutos);

18 Festival da Poesia Nordestina

Biografia • Tutela do Idoso em tempos de Pandemia, com carga horária de 01:30 (uma hora e trinta minutos); • O Sistema Inglês e a Reação das Cortes Inglesas à Pandemia, com carga horária de 01:30 (uma hora e trinta minutos). Participou, como ouvinte do Seminário Democratizando o Acesso à Justiça, realizado pelo Conselho Nacional de Justiça – CNJ. Participação, como ouvinte do Curso de Aperfeiçoamento em Direito das Famílias, Registros Civis e Imobiliários, promovido pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco – TJPE, com carga horária de 08 (oito horas). Participou, como ouvinte do Curso de Lavratura de Acordos, promovido pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco – TJPE, com carga horário de 05 (cinco horas). Participou, como ouvinte do Curso de Sistema Mediador, promovido pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco – TJPE, com carga horária de 05 (cinco horas);

HOMENAGEM

ELTON

DANTAS DA COSTA

PROFESSOR & COORDENADOR DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS, DE LINGUA PORTUGUESA E MEDIADOR EXTRAJUDICIAL.

20 Festival da Poesia Nordestina

Biografia

Elton

Dantas da Costa Mediador extra judicial de conflitos, professor, tradutor e intérprete. Especialista em tradução, realizou estudo comparativos entre as traduções da Bíblia do gregoespanhol e grego-português. Está se especializando em teologia pela FAMEESP. Atua como coordenador de linguagens nas escolas privadas do Recife onde promove a integração das culturas que representam as línguas: inglesa, espanhola e portuguesa.

empre foi um devoto das artes desde os oito anos de idade quando começou a ter aulas de piano clássico tocando peças de Beethoven, Bach entre outros. A partir dos 14 anos, compõe suas primeiras músicas sacras e as executa ao piano. Já no período da adolescência se encaminhou para a escrita de sonetos, inspirando-se no célebre escritor português Luiz Vaz de Camões. Escreve vários sonetos que abordam temas diversos (desde sacros a cotidianos). 21

É membro da ACILBRAS - Academia de artes, ciências e letras do Brasil- ocupando a cadeira de número 555. Recebeu a comenda de Patrimônio Baluarte da Cultura Nordestina e Brasileira, pela República do Cordel, por seu fomento à cultura Nordestina. Essa notória devoção pela cultura nordestina fez com que sua biografia fosse publicada na Revista Internacional Virtual (Embaixada da Poesia). Como professor de linguagens, fomenta a integração da cultura brasileira e latino americana o que lhe rendeu a indicação para o prêmio “Referência Pernambucana- 2020” promovido para Revista Internacional Pernambucana. Ocupa também a cadeira de número 79 da ABRACIS (Academia Brasileira de Ciências, Artes, História e Literatura) cujo patrono é o drº Amaro Quintas. Atualmente concorre ao prêmio destaque literário da editora Mágico de Oz. Sua biografia consta na enciclopédia da Academia francesa Luminecense. Participará em 2021 da Antologia luso-brasileira Luiz Vaz de Camões pela editora Mágico de Oz, com publicação no Brasil e em Portugal.

22 Festival da Poesia Nordestina

Biografia

Características do Nosso Nordeste

Literatura O Nordeste é o berço dos maiores nomes e obras literárias do país, temos entre eles: Jorge Amado, Ariano Suassuna, Graciliano Ramos, José de Alencar, Manuel Bandeira, Gonçalves Dias, Raquel de Queiroz, Nelson Rodrigues, entre tantos outros. Os livros mais lidos da história também se passam no sertão nordestino, como Vidas Secas (Graciliano Ramos), Menino de Engenho (José Lins do Rêgo), O Quinze (Rachel de Queiroz), Morte e Vida Severina (João Cabral de Melo Neto) e Terras do Sem-Fim (Jorge Amado).

PAULO ROBERTO

VAREJÃO COSTA PROFESSOR E PALESTRANTE

24 Festival da Poesia Nordestina

Biografia

Paulo Roberto Varejão Costa

Nascido em 12 de março de 1993, natural de Recife-Pernambuco, filho de João Ferreira da Costa e Mione Maria Ribeiro Varejão da Costa, irmão de Manuella Maria Varejão Costa.

o ano de 2010, iniciou a graduação em direito pelo Instituto Pernambucano de Ensino Superior- IPESU. Foi estagiário da Defensoria Pública do Estado de Pernambuco, no Núcleo do Jaboatão dos Guararapes, durante os anos de 2011 até 2014, lotada à época no Núcleo do Jaboatão dos Guararapes-PE, vindo a iniciar sua experiência profissional voltada ao Direito de Família, Das Sucessões, Direito Civil, Direito do Consumidor e Direito Médico. No ano de 2015, com a conclusão do curso de direito, onde conseguiu o título de Bacharel em Direito. No mesmo ano de 2019, iniciou a Pós Graduação Lato Sensu em Direito Imobiliário, pela Universidade Estácio de Sá, a qual está concluindo. 25

É Mestrando em Direito Internacional pela Universidade Autônoma de Assunção no Paraguai – UAA. É Pós Graduado/Especialista em Gestão e Docência do Ensino Superior, pela Faculdade Novo Horizonte, concluída em 2019. É Pós Graduado/Especialista em Estudos de Perícia Forenses, Criminologia e Medicina Legal, pela Faculdade INESP, concluída em 2017. É Pós Graduado/Especialista em MBA em Gestão Jurídica no Poder Judiciário, concluída em 2017. Nos anos de 2016, 2017, 2018 e 2019 exerceu a função de Conciliador Voluntário pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco – TJPE, lotada da Seção de Mutirões da Capital, localizada no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, com ampla atuação nos processos envolvendo o seguro DPVAT e posteriormente exerceu a mesma função no CEJUSC do 2º Grau, no Fórum Tomaz de Aquino. É Mediador Judicial Certificada pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco – TJPE, com carga horária de 40 (quarenta) horas. É Mediador Extrajudicial com formação pelo IBRAMAC (Instituto Brasileiro de Mediação, Arbitragem e Conciliação). É Mediador Internacional com Certificação pela Global Mediators Negotiators. É Árbitro Extrajudicial com formação pelo IBRAMAC (Instituto Brasileiro de Mediação, Arbitragem e Conciliação). Auxiliar Jurídico a do Departamento Jurídico

26 Festival da Poesia Nordestina

Biografia Nacional e Internacional da Câmara IBRAMAC. Coordenador da Prática do Núcleo de Prática Jurídica do IBRAMAC. Membro do seleto grupo de Altos Estudos em Resolução de Disputas - ADR’s. Foi durante o Ano de 2019, Colaborador da Comissão de Mediação, Arbitragem, Conciliação e Direito Sistêmico da OAB Olinda. É Membro Titular da ABCCRIM (Academia Brasileira de Ciências Criminais). É Autor de vários Artigos Científicos, entre eles: ”Arbitragem Imobiliária: Uma solução eficaz para um conflito imobiliário”. É Professor e Palestrante.

HOMENAGEM

JOSENILSON FERREIRA LEITE

POETA & COMPOSITOR, EDUCADOR FÍSICO, PSICOPEDAGOGO, ÁRBITRO & TÉCNICO DE FUTEBOL, OFICIAL DO EXÉRCITO BRASILEIRO

28 Festival da Poesia Nordestina

Biografia

Josenilson Ferreira Leite

Josenilson Ferreira Leite adotou o Pseudônimo de Josenilson Leite – Poeta de Garanhuns, nasceu em 27 de Setembro de 1975, na Cidade Garanhuns-PE. O Poeta e Compositor é torcedor do Sete de Setembro, filho de José Leite Ferreira e de Eunice Ferreira Leite, possui três irmãos: Josenice, Josenilton e Josenildson.

studou na Escola Duque de Caxias na Vila do Quartel, por 10 anos. De onde saiu, no ano de 1992, para cursar o 2º e 3º anos do ensino médio no Colégio Militar de Fortaleza. Desde então, passou a morar na casa do Sargento Rocha, que não conhecia aquele menino vendedor de caldo de cana, mas, ao saber que havia sido aprovado no Concurso do Colégio Militar de Fortaleza, e não tinha se apresentado para os estudos, não hesitou e abriu as portas da sua casa, oferecendo ao jovem Nilson uma morada por dois anos, para que o futuro poeta e compositor continuasse os seus estudos na Capital cearense.

Josenilson Leite – Poeta de Garanhuns escreveu a poesia “Pessoas de Bom Coração”, em homenagem à família Rocha, como forma de gratidão e agradecimento para aquela família que lhe acolheu e deu a oportunidade de continuar os estudos em Fortaleza-CE. O Poeta e Compositor Garanhuense começou a escrever seus poemas a partir de 1992, após deixar sua cidade natal. É casado com a senhora Ana Cristina, sua fonte de inspiração, e possui um filho que se chama Mateus. Possui mais de 30 composições musicais e textos publicados em mais de 35 Antologias e foi condecorado com alguns prêmios e certificados, tais como: Certificado de Qualidade Literária – Concedido pelo Conselho Editorial da Câmara Brasileira dos Jovens Escritores, 20 de setembro de 2013, Rio de Janeiro-RJ; Destaque Literário Escritora Nízia Floresta – Menção conferida pelo Conselho Editorial da Câmara Brasileira dos Jovens Escritores, em 20 setembro de 2013; Comenda Conde de Figueiró – Protetor dos artistas – Concedida pela Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura-Embaixada da Poesia, em 04 de janeiro de 2014; Título de Embaixador Internacional e Imortal da Embaixada da Poesia - Concedida pela Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura-Embaixada da Poesia, em 04 de janeiro de 2014; Título de Comendador da Embaixada da Poesia – Concedido pela Diretoria Executiva de Poesia é Arte Eventos Culturais; Honra ao Mérito Literário, Humanitário e Social – Concedido pela Embaixada da Poesia e Littera Brasilis Casa de Estudos Literários, em 04 de janeiro de 2014; Menção Honrosa Nacional - X Con-

30 Festival da Poesia Nordestina

Biografia curso Literário Poesias sem Fronteiras, promovido por Marcelo de Oliveira Souza, em 10 de junho de 2014, com a poesia intitulada “Folhas Vivas”; Certificado de Qualidade Literária – Concedido pelo Conselho Editorial da Câmara Brasileira dos Jovens Escritores, 20 de setembro de 2014, Rio de Janeiro-RJ; Certificado de Participação 2ª Lírica do Poeta Casimiro de Abreu – Personalidade Destaque 2014, mérito literário, artístico e cultural; Certificado de Qualidade Literária – Concedido pelo Conselho Editorial da Câmara Brasileira dos Jovens Escritores, 20 de abril de 2015, Rio de Janeiro-RJ; Poeta destaque da Antologia “Palavra é Arte-Poesia”, pela Cultura Editorial-2015; Menção Honrosa Poeta Inestimável – Concedida em 01 de junho de 2015, por sua participação na Obra “Poesias Encantadas VIII”, publicada pela Editora Becalete; Certificado de Mérito Cultural – Conferido pela Editora Futurama, em 26 de junho de 2015, pela expressiva participação na Antologia “Inspiração em Verso II”, atuando e contribuindo na área literária e cultural brasileira; Prêmio Estrela do Romantismo – Conferido pela Diretoria da Embaixada da Poesia, em 24 de junho de 2015; Certificado de Participação no 1º Concurso Troféu Corujão das Letras – Prêmio de Excelência Literária Língua Portuguesa – Concedido pelo Projeto Editorial e Cultural Sol Além-Mar, como forma de reconhecimento pela qualidade da sua obra “Criança na Chuva” publicada na Coletânea “Faces Não Reveladas”, da Editora SOL; Título de Construtor da Brasilidade – Concedido pelo Clube dos 21 Irmãos-Amigos de Taubaté, em 23 de outubro de 2015; Prêmio do Grande Mérito Literário/2015

– Concedido pela Supervisão Geral do Movimento União Cultural, em parceria com a Diretoria do Clube dos 21 Irmãos-Amigos de Taubaté-SP, em 23 de outubro de 2015; Honra ao Mérito Literário Humanitário e Social - Carlos Drummond de Andrade – Embaixada da Poesia, em 05 de novembro de 2015; Certificado de Participação no 2º Concurso Troféu Corujão das Letras – Prêmio de Excelência Literária Língua Portuguesa – O Projeto Editorial e Cultural Sol Além-Mar, promovido pela Editora SOL, em 15 de dezembro de 2015, como forma de reconhecimento pela qualidade das suas obras “A Voz da Liberdade”, “Folhas Vivas”, “Esposa e Filhos”, “Poema do Vazio” e “Obrigado Mãe Querida”, publicadas na Coletânea “A Voz da Liberdade”, da Editora SOL; Título Personalidade 2015 – Embaixada da Poesia/2015; Certificado de participação no XVII Sarau Literário Grupo Cultural Um Sentimento Chamado Amor – 14 de abril de 2016, Grupo Cultural Um Sentimento Chamado Amor; Prêmio Talento Poético 2016 – A Editora Becalete, 25 de junho de 2016; 2º Lugar no 3º Festival de Literatura e Artes Literárias 2016; Certificado de participação na 1ª Ciranda Poética do Grupo da U.S.C.A – 23 de setembro de 2016, teve como tema “Vida”; Prêmio Festival de Literatura e Artes Literárias 2016 – Por ter obtido a 2ª Colocação no Concurso de Textos Anônimos, Contos e Poesias, do 3º Festival de Literatura e Artes Literárias -FLAL, no ano de 2016; Certificado de participação no IV Sarau Virtual do Grupo Gritos Poéticos - 12 de outubro de 2016, que teve como tema “Infância”; Certificado de Participação Entrevista 3º Festival de Literatura e Artes Literárias/

32 Festival da Poesia Nordestina

Biografia FLAL – Edição Especial de Primavera, realizado em 22 de setembro a 30 de outubro de 2016; Certificado de participação no XXVII Sarau Virtual do Grupo U.S.C.A - 13 de outubro de 2016, teve como tema “Infância”; Certificado de participação no XXXIV Sarau Virtual do Grupo U.S.C.A - 15 de dezembro de 2016, teve como tema “Bondade”; Amigo da Academia Brasileira de Trova – 19 de dezembro de 2016; Certificado de participação no XXXV Sarau Virtual do Grupo U.S.C.A - 22 de dezembro de 2016, teve como tema “Natal”; Mérito Cultural Academia Brasileira de Trova - 14 de janeiro de 2017; Certificado de Mérito Cultural e Literário – Editora Futurama, 01 de julho de 2017, pela participação na Antologia “Inspiração em Verso III”; 2º Lugar no Concurso Literário do Comando Militar do Oeste 2017 (Tema: Soldado: Missão de Grandeza); Destaque 2017 - Poesia, Arte e Cultura; Prêmio Talento Poético 2017 – A Editora, 25 de junho de 2017; Membro Correspondente da Academia de Letras do Brasil/Seccional Mato Grosso do Sul, 25 de outubro de 2017, por força de sua reconhecida expressão literária, empossando-o como Membro Correspondente da Academia de Letras do Brasil/ALB-MS, ocupante da cadeira de nº 50, tendo como patrono Manuel Bandeira; Membro da Academia de Artes, Ciências e Letras do Brasil, 26 de novembro de 2019, ocupante da Cadeira nº 335, tendo como Patronesse a Poetisa Isa Ma da Silva; Membro da Academia Virtual de Arte Literária - AVAL, ocupante da cadeira nº 36, tendo como Patrono o Poeta Patativa do Assaré; Certificado de participação no XXXIX Sarau Virtual do Grupo U.S.C.A - 16 de fevereiro de 2018,

teve como tema “Natureza em Versos”; Certificado de Membro do Júri do VII Concurso Literário Oliveira Caruso – Abril de 2018, Rio de Janeiro-RJ; Certificado de Membro do Júri do VII Concurso Literário da Natureza – Abril de 2018, Rio de Janeiro-RJ; Certificado de Mérito Literário e Cultural – Concedido pela Editora Futurama, no ano de 2018, por sua participação na Antologia “Inspiração em Verso IV”; Diploma de Posse Acadêmica - Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências, Letras e Artes (FEBACLA) – 24 de Agosto de 2018, outorga, investe e recebe o ilustre Poeta e Escritor Josenilson Ferreira Leite no Grau, Honra e Posição de Acadêmico Nacional de Grande Honra, onde ocupa a Cadeira nº 04, tendo como Patrono Monteiro Lobato; Comenda Defensor do Patrimônio Histórico e Cultural Brasileiro – Ofertado pela Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências, Letras e Artes (FEBACLA), em 24 de Agosto de 2018; Diploma de Mérito Cultural e Social – Conferido pelo Presidente da Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências, Letras e Artes (FEBACLA), em 24 de Agosto de 2018; Medalha Guardião da Paz e da Justiça – Supremo Consistório Internacional dos Embaixadores da Paz, 17 de agosto de 2017; Medalha Paladino da Literatura Brasileira – concedida pelo Presidente da Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências, Letras e Artes (FEBACLA), em 24 de Agosto de 2018; Prêmio Caneta de Ouro – Outorgado pela Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências, Letras e Artes (FEBACLA), em 24 de Agosto de 2018; Prêmio Talento Poético 2018 – Editora Becalete; Insígnia de Mérito na Gestão Literária Autor

34 Festival da Poesia Nordestina

Biografia Nacional – O Colegiado Acadêmico da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura/Embaixada da Poesia, em 16 de março de 2018, outorga ao Poeta a Insígnia de Mérito na Gestão Literária como Autor Nacional; Título de Prata da Casa Internacional Award/Personalidade 2018 – A Embaixada da Poesia , 15 de março de 2018; Certificado de participação no XL Sarau Virtual do Grupo U.S.C.A - 10 de maio de 2018, teve como tema “Mãe ternura em Poesia”; Medalha Mérito Acadêmico, 28 de junho de 2019, conferida pelo Presidente da Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências, Letras e Artes - FEBACLA; Título de Comendador Grande Oficial da Ordem do Benfeitores Culturais da Humanidade, 28 de junho de 2019, concedido pelo Presidente da Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências, Letras e Artes - FEBACLA; Título de Fílósofo Honorário, 28 de junho de 2019, conferido pelo Presidente da Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências, Letras e Artes - FEBACLA; Comenda Láurea Acadêmica Qualidade Ouro, 29 de novembro de 2019 - concedido pelo Presidente da Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências, Letras e Artes - FEBACLA; Personalidade do ano 2019, 29 de setembro de 2019, conferido pelo Presidente da Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências, Letras e Artes - FEBACLA; Título de Doutor Honoris Causa em Educação, 29 novembro de 2019, concedido pelo Reitor Acadêmico do Centro Sarmathiano de Altos Estudos Filosóficos e Históricos; Colunista da Revista Literária Divulga Escritor, Josenilson Leite – Poeta de Garanhuns é autor da obra “Vida em Verso e Rima”, participou com seus

poemas no Programa “Seu Espaço”, da Rádio RCP-VAR, de Portugal, além de ter tido poemas publicados na Itália, na Antologia Bilíngue Madre Terra. O nosso Poeta e Compositor, é Oficial do Exército Brasileiro, Educador Físico, Psicopedagogo Escolar, Árbitro e Técnico de Futebol, também possui Especialização em Bases Geo-Históricas para formulação Estratégica. Redes Sociais: https://www.facebook.com/groups/673660466071281/ https://www.facebook.com/vidaemversoerima/ https://www.facebook.com/josenilson.prosaeverso/ https://www.facebook.com/groups/633734583626762/ Site: www.josenilson.prosaeverso.net Email: poeta@josenilson.prosaeverso.net Canal do Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCcGQTJNglsW0AC8-BrkIAeQ

36 Festival da Poesia Nordestina

Biografia

Características do nosso Nordeste

Festa Junina As festas em comemoração a São João, São Pedro e Santo Antônio foram trazidas na época da colonização e se tornaram obrigatórias em todo o Brasil. Mas ninguém faz essa festa como o Nordeste, com abundância de todas as comidas típicas da época como milho cozido, pipoca, pamonha, cural, canjica, arroz doce, bombocado, pinhão, entre tantos. A tradição da fogueira, quadrilhas e gincanas, como o pau de sebo, pescaria e jogo de argola também foram incorporados por todo mundo. E quem é que não adora uma quermesse? Etâ sô. Conta pra gente o que você mais gosta na cultura nordestina e que já incorporou no seu dia a dia. E se você é dessa região, dê sua opinião também sobre outras coisas que saíram dessa região pra todo o Brasil.

HOMENAGEM

LUCIA SOUSA

PSICÓLOGA, ESCRITORA, TESOUREIRA GERAL DA UBE.

38 Festival da Poesia Nordestina

Biografia

Lucia Sousa

Natural de Pernambuco, graduada em Psicologia e Licenciatura em Psicologia. Especialista em Psicologia Social pela UNICAP. Especialista em História das Artes e das Religiões pela UFRPE.

ursou disciplinas como aluna especial do Curso de Mestrado de História na UFPE. Frequentou a Oficina de Criação Literária do Escritor Raimundo Carrero. Membro Déléguée Internacional Cultive e Journaliste Correspondent da Editora Cultive-Genebra-Suíça. Publica na Revista ArtPlus da Cultive, impressa e online. Membro da Diretoria Executiva da União Brasileira de EscritoresUBE/PE-Tesoureira Geral - Palestrante da Flipo – Câmara Brasileira de Desenvolvimento Cultural - 2019. Membro da Diretoria da Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil – AJEB/PE. Coorganizadora da Antologia Carrero com 70. Produtora Cultural do Governo do Estado de PE – FUNDAPE. Palestrante do Programa Filosofando Sobre o Amor na LiteraturaUBE – 2019.

Organizadora do Projeto Cultural da Cultive Litérrature et Solidarité em Recife - 2019. Participações em várias Antologias, nacionais e internacionais. Prêmio Destaque Nordeste 2019. Prêmio Mulher Evidência – 2019 - Lei 1204/2015. Lei no Estado de Pernambuco. Organizadora do Evento para o acadêmico Raimundo Carrero, na Academia Pernambucana de Letras - 2019. Mérito Cultural e Medalha Mandacaru – 2018. Participação da Flipo – Festa Literária Internacional do Ipojuca - PE -2017. Presidente do Grupo de Profissionais Associados Ltda-GPA.

40 Festival da Poesia Nordestina

Biografia

Características do nosso Nordeste

Culinária Os temperos fortes e apimentados (do jeito que a gente gosta!) ganharam o coração de todo o Brasil e encontrar restaurantes especializados ou que oferecem esses pratos é comum, até mesmo em outros países, porque já vimos até gente comendo tapioca na Alemanha, isso sem contar nossos irmãos portugueses, que amam os pratos típicos nordestinos. Eles nos ganharam pelo estômago nas preparações de moqueca, acarajé, buchada de bode, sururu, carne de sol, macaxeira, cuscuz, canjica, pamonha e vatapá. E que atire a primeira pedra quem não ama um bolo de rolo e acaba com ele num dia só.

HOMENAGEM

CREUZA ALMEIDA

ADVOGADA, ESCRITORA E PROFESSORA

42 Festival da Poesia Nordestina

Biografia

Creuza Almeida

Nascida em Camaragibe/PE, Creuza Almeida é filha de funcionário público da prefeitura do Recife e comerciante, e sua mãe do lar, estudava no colégio Católico tradicional em Camaragibe e no primeiro ano do ensino médio foi estudar no tradicional Colégio Marista do Recife.

erminando todo o segundo grau, momento em nesta época através da avaliação de profissão para fazer vestibular, foi visitar juntamente com sua orientadora e turma de colégio, o fórum Thomas de Aquino, tendo a oportunidade de assistir um Júri. A paixão foi a primeira vista, não havendo dúvidas para sua profissão. Diante disto, fez vestibular para Direito, tendo adentrado na faculdade no ano de 2002. Nessa trajetória, participou de vários congressos em várias áreas do Direito, tendo a oportunidade de praticar a área Criminal, ainda no segundo período, quando começou o seu estágio voluntário no Ministério Público de Pernambuco, através da Promotora de Justiça, na

sua trajetória também estagiou em escritórios, com licitações um deles foi Cavalcanti Advocacia, na área direito do trabalho, passando também no concurso de estagiária do Ministério Público de Pernambuco, no sétimo período, na faculdade foi monitora da cadeira de Processo Penal, tendo como professor, o qual também era promotor de justiça. Sua formação foi essencialmente na esfera criminal. Formada no ano de 2008, bacharela em direito, fez duas pós graduação, uma no Damas e outra no IBCJUS (polícia civil), na área Criminal. Durante esse tempo se especializou em Habeas Corpus. Em 2017, foi presidente da comissão de Processo Penal Constitucional pela Acadêmia Brasileira de Ciências Criminais, e também ganhei a homenagem de honra ao mérito no dia do Advogado Criminalista, em 2018 participei como palestrante do I Encontro das Advogadas Criminalistas em Brasília, falando sobre o tema “Maternidade no Cárcere” - parte psicológica, foi eleita como Vice Presidente da ABRACRIM/PE, e por mérito me tornei Diretora Nacional da ABCCRIM - Acadêmia Brasileira de Ciências Criminais. No ano de 2019, foi convidada a participar do Livro Nacional “ Mulheres da Advocacia Criminal” um livro composto por advogadas Criminalistas de todo o Brasil, sendo a única a representar Pernambuco, e uma das três do Nordeste, tendo seu lançamento no Rio de Janeiro e também no Recife, na sede da OAB/PE, com o total apoio do Presidente Dr. Bruno Baptista, participei como presidente de mesa no maior encontro de Advogados Criminalistas, X EBAC

44 Festival da Poesia Nordestina

Biografia - na Universidade Federal de São Paulo, ao lado dos grandes Criminalistas, tornei membro da UBE - União Brasileira dos Escritores, recebi o prêmio Destaque Nordeste, foi a organizadora dos eventos Café das Criminalistas, e também do III Encontro dos Advogados Criminalistas em PE, sendo realizado em Goiana/ PE, convidada a participar de várias palestras nas faculdades de direito e na UFPE, participei do Prêmio Minerva de Inteligência da ABCCRIM, realizei o curso Mentoria em Habeas Corpus, o qual foi esgotado antes da data, recebi o prêmio Mulher Evidência de 2019, fui convidada a participar do Livro de João Alberto Sociedade Pernambuca, tendo meu nome e o endereço do Escritório relacionado no livro. Convidada a participar da Revista Referência Pernambucana e receber o prêmio Referência Pernambucana. O Escritório de Advocacia Creuza Almeida, está localizado na Av República do Líbano, n.251, Torre 3, sala 2801, Pina, Recife/PE, CEP. 51110-160, o escritório também tem filiais na Caxangá e em Caruaru, se expandindo a cada dia, temos o site:https:// creuzaalmeida.adv.br/advogada/, e redes socias Facebook, Instagram, LinkedIn, Twitter, e também o canal no YouTube amo ser criminalista - o qual está sendo desenvolvido para conteúdos jurídicos da área do Direito, especificamente Criminal.

HOMENAGEM

MARCOS LOPES

EMPRESÁRIO, COLECIONADOR & APOIADOR DA CULTURA NORDESTINA

46 Festival da Poesia Nordestina

Biografia

Marcos Lopes

Nascido em 12 de janeiro de 1968 na cidade de Limoeiro – PE, Marcos Lopes é filho de Pedro Lopes de Sousa e Maria Petronila Lopes de Souza. Passou sua infância nas cidades de Nazaré da Mata e Buenos Aires, na Zona da Mata de Pernambuco.

asado e pai de duas filhas, Marcos começou cedo sua atuação de liderança. Aos 12 anos já era líder de classe no Colégio Santa Cristina (Nazaré da Mata), e até o fim do Primeiro Grau assumiu responsabilidades em suas turmas, sempre se destacando com seu jeito de orientar, liderar e exercer bem as atividades em grupo. Apesar de ter deixado o Santa Cristina para cursar o Segundo Grau na Escola Dom Carlos Coelho, também em Nazaré da Mata, foi convidado pelos amigos para ser padrinho e paraninfo na formatura de sua antiga turma. Na Escola Dom Carlos Coelho seguiu sendo eleito líder de classe, coordenando a organização da formatura da turma.

Saiu de Nazaré e foi para a capital do Estado, Recife, onde por muitos anos foi Coordenador de Arte e Propaganda de uma rede de vinte supermercados e liderou as ações de marketing da empresa. Mudou sua área de atuação e hoje é Diretor Comercial de uma empresa de material médico-hospitalar. Por ser um grande apreciador da arte e da cultura popular, foi adquirindo em suas viagens o gosto por colecionar objetos culturais e antiguidades. Na propriedade de nome Canafístula herdada do pai e situada no município de Buenos Aires, seu hábito de colecionar aos poucos o levou a transformar a residência da fazenda em uma espécie de “casa-museu”, onde hoje recebe alunos de escolas locais, amigos e admiradores que vêm apreciar os objetos adquiridos por ele em suas andanças pelo Brasil. Marcos Lopes também ajudou a fundar um grupo de motociclistas na cidade do Recife, o Orion, onde atuou como vice presidente.

No último mês de novembro foi homenageado em Caruaru com a comenda de 30 anos de Morte de Luiz Gonzaga, onde recebeu o título de Gonzagueano Pernambucano

48 Festival da Poesia Nordestina

Biografia É sócio contribuinte do grupo de maracatu Estrela, da Cidade de Buenos Aires e integrante do grupo de bacamarteiros Mandacaru, da cidade de Abreu e Lima. Em 2017 foi homenageado pelo distrito de Lagoa do Outeiro e pela cidade de Buenos Aires pelo apoio a cultura em geral. No último mês de novembro foi homenageado em Caruaru com a comenda de 30 anos de Morte de Luiz Gonzaga, onde recebeu o título de Gonzagueano Pernambucano devido ao seu apoio ao Forró. Recebeu o título de Embaixador da Cultura no último dia 5 de novembro, em Recife-PE. Recebeu um troféu no Palanque da Cultura no último Carnaval de Buenos Aires (2020) pelo apoio a cultura do Maracatu. Marcos Lopes hoje é reconhecido como um grande amigo da cultura e foi convidado a receber o título de Cidadão da Cidade de Buenos Aires, onde tem seu acervo cultural. É amigo de muitos artistas, mestres de maracatu e forrozeiros do Estado de Pernambuco. Marcos Lopes, como dito anteriormente, é um grande apaixonando pela cultura e por obras de arte que representam essa cultura, que ele começou a juntar e colecionar pelas andanças que ele fazia por todo esse país. Um conjunto de obras inestimáveis.

HOMENAGEM

LAURA CORRÊA

ESCRITORA E POETISA

50 Festival da Poesia Nordestina

Biografia

Laura Corrêa da Silva Moura Nunes

Natural de Portugal, mas ama o Brasil, por seu clima, suas belezas naturais, o povo festivo e hospitaleiro, tem por sua segunda pátria. Sua origem se fundamenta nos seus pais que foram agricultores das vinícolas portuguesas na região de Ribatejo, considerada uma das localidades mais bonitas do seu país, por seus campos verdejantes e sem o bulício das grandes metrópoles.

nde residem suas lembranças, local onde voltou a morar, pelos cheiros que estão impregnados no seu DNA, o aroma dos pinheiros e das flores silvestres acompanhados pelo som dos vários animais e dos bandos de pássaros esvoaçantes quase roçando a cabeça, que propicia o palpitar a que tudo rodeia. Suas raízes estão construídas na tradição familiar, guardiã desse patrimônio, sendo da terceira geração a residir nas propriedades que compreende o histórico desde seus avós.

Seu amor à natureza e as recordações vividas fazem parte de uma educação sólida em que os valores do bem e o caráter não devem se afastar com o tempo, ao contrário fortalece-los lhe cabe a prioridade de acompanhar o que cedo se adquiriu como instrumento de vida na direção em dignificar o ser humano. Na fé, com coragem e persistência acredita que vencerá as dificuldades que a vida impõe, onde tudo isto residem na sua fortaleza de mulher. Filha mais nova do casal, tem uma irmã Odilte e o irmão Alfredo (in memorian), estudou em regime de internato de educação cristã. Exerceu atividade pública para o Estado no Departamento de Finanças na cidade de Lisboa, período árduo e exigente à época em que os computadores ainda estavam embrionários. Costuma citar um pensamento de Napoleão Bonaparte “a força vem do pensamento e a coragem vem do sangue.” Por fim, conseguiu êxito nos seus esforços, concluindo sua jornada de trabalho, se afastando com sua aposentadoria. Na juventude conheceu José Carlos, professor, vereador, casaram, viveram em união por quase cinquenta anos, mas ele já não se faz mais presente entre nós. Tiveram um filho, Carlos Pedro licenciado em economia, cursou mestrado e vários idiomas, profissional bem sucedido, para seu orgulho de mãe e benção para todos os seus dias. Aos poucos tenta iniciar uma nova caminhada sem a mão que a dela segurava. Encontra refúgio na literatura, pois a escrita sempre esteve em sua vida e um livro ao lado da cama

52 Festival da Poesia Nordestina

Biografia nunca há de faltar para o repouso de um sono tranquilo. Nas terras brasileiras muitas amizades construídas por quase duas décadas. Conhece vários Estados, capitais e municípios em particular no Estado de Pernambuco, o preferido, e na cidade do Recife encontrou morada para se afastar por um tempo do inverno europeu vindo ao encontro do calor e do frevor da cidade de vários ritmos, colorida dos blocos de Carnaval, da orla de Boa Viagem das pontes, do rio Capibaribe e rua da Aurora, a Veneza Brasileira de muita tradição, dos amigos que ficavam aguardando a cada ano a chegada do carismático casal, Laura e Carlos. Mas, Laurinha não está só. As amizades construídas continuam a espera-la com o mesmo carinho e satisfação da sua presença com o olhar voltado para o horizonte e novos momentos a serem vividos à luz do sol.

HOMENAGEM

LUIZ

PEREIRA MÉDICO PERITO DO INSS, CLÍNICO GERAL, MÉDICO DO TRABALHO, PRESIDENTE DA JUNTA MÉDICA & ACESSOR MÉDICO DA ALEPE

54 Festival da Poesia Nordestina

Biografia

Luiz Pereira de Melo

Brasileiro, casado, nascido em 03 de outubro de 1936, na Fazenda Barra, primeiro distrito de Serra Talhada, filho de João Luiz de Mello e Maria do Carmo de Souza (agricultores). Primeiro casamento: Carmélia Ignácio de Mello (in memorian) e atualmente casado com Juracy Ferreira dos Santos.

ilhos: Carmem Lúcia Ignácio de Mello, Luiz Pereira de Mello Júnior e Ana Cristina Ignácio de Mello. Netas: Gabriela Barros de Mello , Maria Eduarda Mello Monteiro e Mariana Mello Lins e Silva. Foi alfabetizado na Fazenda Barra Jardim, cursou o primário nas escolas São Vicente e no Internato Rui Barbosa, do professor José de Paulino, em Serra Talhada. Cursou o ginasial no Ginásio Cristo Rei, em Pesqueira de 1952 a 1955, o cientifico no Colégio Diocesano em Garanhuns de 1956 a 1957, onde exerceu

a função de Sensor de Disciplina. Logo em seguida sendo transferido para o Ginásio Pernambucano no Recife; foi bancário (Casa Bancária de Pernambuco). Trabalhou em várias cidades do interior como: Catende, Jaqueira, Cortês e Salgadinho. Atualmente trabalha em clínicas populares nos bairros do Jordão, Ipsep e Caxangá no Recife. É graduado em Medicina pela Universidade Federal de Pernambuco – 1967. Fez especializações em: Medicina do Trabalho no ano de 1992, Administração Hospitalar e Administração dos Serviços de Saúde, em 1985/1986, pela Universidade de Ribeirão Preto/SP. É médico do Programa de Saúde da Família/PE desde junho de 2002.

ressalta, o exercício da Medicina “está no coração” e divide a medicina a paixão pela Poesia Exerce as seguintes atividades: Médico do Trabalho em diversas empresas do Recife, Médico Perito do INSS (credenciado) Posto de Afogados/Recife; Consultório Médico (Medicina do Trabalho, Clínica Geral e Geriatria); Médico Perito, Clínico Geral e Médico do Trabalho da Celpe de 1982 a 2000 (aposentado). Presidente da Junta Médica da Assembleia Legislativa de Pernambuco (aposentado); Assessor Médico da Assembleia Legislativa de Pernambuco; Foi Chefe da

56 Festival da Poesia Nordestina

Biografia Clínica Médica do Hospital Agamenon Magalhães em Serra Talhada, atuando também como Clínico Geral, Obstetra e Ginecologia por 15 anos. Participou de diversos congressos, seminários e encontros locais e nacionais. É Cidadão Honorário da Cidade de João Pessoa e Manaíra/PB; Sócio fundador do Lions Clube de Serra Talhada – 1972; Sócio Vitalício do Lions Clube Recife/ Centro; Companheiro Melves Jones. Foi Governador do Lyons Distrito L25, no ano de 1997 a 1980. Recebeu homenagens da Revista Movimentto - A REVISTA QUE VALORIZA PERNAMBUCO, em alusão aos 50 anos de formação em Medicina, pela contribuição à cultura da Banda Xinelo Rasgado “Dr. Saúde e Forró”, e teve sua biografia publicada no livro Antologia - O SERTÃO ... em Prosa e Verso da Academia Serra Talhadensse de Letra em 2019. Dr. Luiz Pereira ressalta, o exercício da Medicina “está no coração” e divide a medicina a paixão pela Poesia, cujas composições são inspiradas em sua trajetória de vida e na cidade natal. Tem mais 30 composições, sendo algumas musicadas e gravadas por Artistas Nordestinos. Em comemoração pela passagem de seus 80 anos, gravou um Cd autoral com 12 faixas, com o título: Dr. Luiz Pereira e Parceiros – Vivendo com Alegria.

HOMENAGEM

CARLOS

EDUARDO BEZERRA ADVOGADO, PROFESSOR UNIVERSITÁRIO, ATUANTE NAS ÁREAS EMPRESARIAL, CÍVEL E TRABALHISTA, COM EXPERIÊNCIA DE PROCESSOS DE CONSULTORIA A EMPRESAS

58 Festival da Poesia Nordestina

Biografia

Carlos Eduardo Gonçalves Bezerra

Advogado formado pela Universidade Católica de Pernambuco, com especializações nas áreas de Gestão estratégica de Pessoas, Direito e Processo do Trabalho e Direito e Processo Civil, atualmente Cursa o mestrado em Direito no Instituto de Direito Público em São Paulo.

casado com a senhora Angela Medrado Bezerra, sua grande incentivadora e alicerce em todas as oportunidades que a vida lhe oferece, pai de Anny Caroline, Maria Eduarda, Ana Beatriz e Carlos Eduardo Filho, uma “equipe” que lhe inspira diariamente em busca de se tornar uma pessoa melhor. Profissionalmente, o Dr. Carlos Eduardo Bezerra, como é conhecido, é proprietário do escritório CEB Sociedade Unipessoal de advocacia, com vasta experiência mercadológica, tendo sido Oficial Temporário do Exército, servindo como Tenente no 4º Batalhão de Polícia do Exército, foi ainda gestor de Recursos Humanos em diversas

empresas Multinacionais e nacionais, com experiência internacional, das quais citamos México e Estados Unidos, o Dr. Carlos Eduardo Bezerra, atua a mais de 15 (quinze) anos se debruçando sobre inúmeros processos, nas áreas Empresarial, Trabalhista e Cível, prestando serviços para empresas e particulares em diversos estados do Brasil. O Dr. Carlos tem uma enorme paixão pelo ensino, se tornando professor com passagens em diversas instituições de ensino superior, ministrando aulas e proferindo palestras em cursos de Graduação, especialização e MBA, sobretudo em Pernambuco e na Paraíba. É ainda Presidente da Comissão de ensino da OAB/Olinda, aonde busca estreitar o relacionamento entre a instituição OAB e alunos e advogados da comunidade jurídica Olindense, sendo também integrante da Escola Municipal de Advocacia de Olinda (EMA). Atualmente, tem se dedicado, sobretudo ao estudo do direito digital, de como se desdobra esta relação entre o homem e o mundo digital, em suas mais diversas vertentes. O empenho e esmero com que se dedica em sua vida, para proporcionar um amanhã melhor credenciam o Dr. Carlos Eduardo Bezerra, como referência Pernambucana.

60 Festival da Poesia Nordestina

Biografia

Características do nosso Nordeste

Música Terra de Raul Seixas, Gilberto Gil, Chico Science, Luiz Gonzaga, Tom Zé, Djavan, Dominguinhos, Gal Costa, João Gilberto, Caetano Veloso, Dorival Caymmi, Alceu Valença, entre tantos outros grandes nomes da música – parece que o povo de lá já nasce aprendendo a cantar com os sabiás. O nordeste ainda dança no compasso de maracatu, frevo, baião, forró, xaxado e axé, coisa que muito brasileiro gosta. Quem é que não ralou na boquinha da garrafa nos anos 90? Independente do gosto musical é difícil resistir a um forró rasta chinela quando toca ou então aos clássicos de pop/ axé que ficaram eternizados na voz de Ivete Sangalo, Daniela Mercury, Netinho, Bell Marques ou até mesmo os novos nomes do forró como o fortalezense Wesley Safadão, que estourou nos palcos do Brasil.

HOMENAGEM

FERNANDO CAVALCANTE

ADMINISTRADOR & EXECUTIVO

62 Festival da Poesia Nordestina

Biografia

Fernando Cavalcante

Formado em administração de empresas com pós graduaão em marketing e matemática financeira. Extensão em marketing em atlanta georgia USA. Georgia State University College of Business Administracion (1996). filho de José Cavalcante de Albuquerque e Nadir Pereira Cavalcante.

niciou sua vida acadêmica no ano de 1982 estendendo-se até 1997, quando encerrou sua pósgraduações. Trabalhou em inúmeras multinacionais, dentre elas a TEXACO BRASIL S/A; NESTLE IND. E COM. LTDA Em 2000 partiu para iniciar seu próprio negócio onde atua até hoje em todo Pernambuco. Bom mesmo é ir à luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com classe e vencer com ousadia, pois o triunfo pertence a quem se atreve... A vida é muita para ser insignificante. (Charles Chaplin) “A derrota abate o orgulho e nos obriga a tomar contato com a vida; a ver que somos tal e qual os outros homens, nem melhor nem pior.”

HOMENAGEM

graça maria BARZA

EMPRESÁRIA, PEDAGOGA E DIRETORA JURÍDICA DA CONFRARIA DO ÁGAPE

64 Festival da Poesia Nordestina

Biografia

Graça Maria Barza Garrido Paz

Casada com Paulo Vieira, mãe de Paulo Vieira Júnior, Paula Barza (em memória), Eloísa Maria, avó de Georgia Michiko, Paulo Neto, Paula Carvalho e Pedro Neto.

ascida na cidade do Recife/PE., pela Maternidade do Derby, e sendo criada no Bairro de Casa Forte, onde estudei na Escola Padre Dominó, e lá foi crismada Iracema Cavalcante Costa Lima (madrinha), com os avós maternos Francisco Feliciano Barza & Maria Amélia Cavalcante Guimarães Barza, família materna com tios e tias, primos e primas, etc. Residente do Bairro de Casa Forte, Boa Viagem e de Aldeia, agropecuarista do Sertão de Pernambuco, em Afogados da Ingazeira, onde crio gados da raça Nelore e de carneiros. Proprietária da Fazenda Santa Maria e da Fazenda Macambira. Sou católica apostólica romana, ex-aluna interna do Colégio das DAMAS Cristãs em Recife (Instituto Maria Auxiliadora), e estudei também no Colégio Vera Cruz e Sagrada Família, em Casa Forte. Trabalhei como Assistência do Estado no Juizado de Menores de Pernambuco. Hoje sou Professora do Colégio José Vilela, Pesquisadora pelo Instituto Gilberto Freire INEPEPE, Advogada de Assistência Jurídica pelo Estado de 65

Pernambuco na OAB/PE. Conselheira Presidente da Comissão da Mulher, Advogada em 1988, Membro da Associação Brasileira de Mulheres de Carreira Jurídica, sendo presidente por cerca de quatro gestões. Empresário na Ramo de Imóveis, com escritório no Município de Aldeia, onde foi lançado o 1º Condomínio Torquato de Castro. Conselheira do Brasil em Roma das F.M.A. Auxiliadoras. Membro da Petria do SDB ADMA-PE Brasil, Comenda do Prêmio Mulher em Evidência 2013. Pedagoga, Secretária em Nível Superior, Secretária da Comissão da Mulher, Advogada do Estado de PE, Presidente da OAB nos eventos pelo Sertão pelo Tribunal do Estado de Pernambuco. Sou Diretora Jurídica da Confraria do AGAPE, onde preside o nosso querido Dr. Kennedy Barreto, professor de Direito Penal. Na 1ª Edição do Livro “Mulheres que Mudaram a História de Pernambuco”, participei honrosamente representando as mulheres advogadas de Brasília no percentual de aprovação.

66 Festival da Poesia Nordestina

Biografia

Características do Nosso Nordeste

Literatura de Cordel Popularizada por volta do século 18, ficou conhecida pela sua maneira simples e peculiar de contar em versos a cultura nordestina por meio de repentistas (violeiros). Sua origem é de Portugal datado dos séculos 12 e 13 tendo como sua apresentação penduradas em cordas, ou cordéis, como eram chamados. Produzido em formato de bolso, eles se encontra nas principais feiras populares do nordeste trazendo as narrativas em estrofes de 4 versos. Em 19 de Novembro, é considerado o “Dia do Cordelista” e considerado patrimônio cultural imaterial do Brasil.

HOMENAGEM

jáder

CYSNEIROS ARTISTA PLÁSTICO

68 Festival da Poesia Nordestina

Biografia

Jádeer Cysneiros

Desde cedo, Jáder Cysneiros manifestou inclinação para as Artes Plásticas. Desenvolve seu trabalho com pintura, desde os seus 14 (quatorze) anos, lançado no meio artístico pelo artista plástico Walter Viera (1981). Pintor de estilo moderno, autodidata, desenvolve um estilo onde mistura o cubismo, o abstrato e o figurativo, demonstrando sua versatilidade artística, marcando assim seu estilo próprio. A beleza, originalidade e forma fazem o encanto da arte de Jáder Cysneiros, é um encontro real com o Brasil. A brasilidade é mesclada com criatividade e explode em cores, formas e texturas. O artista, com esforço interior, pesquisa e concretiza todas as características do seu povo e consegue mostrar através de seu arte, a grandiosidade do Brasil. As técnicas são usadas com maestria e talento na pintura, todas são belas e exclusivas. Realizou exposições individuais e participou de várias coletivas em espaços culturais, galerias e Centro de Artes da região, destacando-se: • 1980- 1º Feira de Arte e Cultura de Garanhuns; • 1979- Colégio Diocesano – Garanhuns; 69

• 1981- Hotel Tavares Correia: Coletiva dos Novos com Walter Vieira; • 1882- Arte na Rua- Garanhuns; • 1983- Representando Garanhuns na Feira dos Municípios- Recife; • 1984- Grêmio Cultural Ruber WanderlindemGaranhuns; • 1985- Pinacoteca Teatro Teodoro- Alagoas; • 1986- ESPAÇO Artes- Garanhuns; • 1897- Colégio Meridional- Garanhuns; • 1989- Espaço Artes de Garanhuns; • 1990- Exposição e palestra com o Artista Plástico José Cláudio- Garanhuns; • 1981 à 1996- Festival de Inverso de Garanhuns; • 1993- Mosteiro de São Bento- Garanhuns; • 1993- Galeria Lula Cardoso Ayrs- Recife; • 1995 a 2000- Várias Exposições individuais e coletivas em diversas galerias da região; • 2015- Exposições “Coletivas no tema” Fuori LínguaBrasil/Itália, com 50 artistas dos quais, 25 brasileiros e 25 italianos; • 2017- Mostra Coletiva “a poética da Arte” na MOMA Galeria de Arte Recife/PE; • 2017-Instituto Histórico, Geográfico e Cultural de Garanhuns; • 2018-Casa das Artes – Garanhuns/PE; • 2018- Institutos Histórico, Geográfico e cultural de Garanhuns; • Coletiva no Espaço PIOLA JARDINS- São Paulo; • Exposição Coletiva Decorart Club- Moema-SP.

70 Festival da Poesia Nordestina

Biografia Títulos de Jáder Cysneiros: Concedidos pela Associação Ressurreição Alimentando Vidas: • 2018-Pérola Gravataense aos Melhores Profissionais do ano de 2018; • 2019-Referencia Pernambucana aos Melhores Profissionais do Estado de Pernambuco. Desde então, Jáder mantem exposição permanente do seu trabalho em Porto de Galinhas PE, na Galeria Só Arte, de onde exporta seu trabalho para todo o Brasil e para o exterior. Endereços: Rua Abílio Camilo Valença, 158, Heliópolis, Garanhuns - PE. Rua Leandro Gomes, 54, Centro, Cortês - PE. Fone & WhatsApp: (087) 988370939 Email: jadercysneiros@hotmail.com

Meu Cantinho Meu Nordeste único e encantador Cheio de mistérios, de terra seca e rica De povo guerreiro e sofrido Por este motivo, quando olho para trás E para o futuro, tenho esperança. Somos cabra da peste Escolhidos pelo criador A viver nesta beleza Natural Esculpida e moldada a ferro e fogo Meu Nordeste, minha paixão!

autor

72 Festival da Poesia Nordestina

Sidney França

Poesias

Brasil Nordeste Brasil, dentre suas cinco regiões, sobressai o Nordeste! No clima árido, temos o Sertão. O sertanejo viril ama sua mulher com fervor mil. Na suave temperatura do Agreste, os casais se envolvem entregam suas vidas numa prece.

Clima tropical úmido, é a Zona da Mata Canavieira. Liroral recortado de praias instigantes, inebria seus visitantes. Nordeste! Do povo valente, lutador berço de artistas e escritores, de gente simpática, acolhedora. Na agricultura variada, no trabalho braçal ou intelectual entre poesia e cantador o Nordeste eleva o país, no mais belo esplendor.

autora

74 Festival da Poesia Nordestina

Sineide Gemir

Poesias

O Nordestino é um Povo Forte! Assino como nordestino no meu passaporte Não venha me dizer Que nós não tivemos sorte Somos gente sapientes Seja na seca ou na enchente Nós seguiremos em frente Pois o nordestino é um povo forte Comemos carne de sol Cuscuz com tripa, imbuzada Mel com farinha ou fubá Feijão de corda e buchada O nordestino é um povo forte Jumento e carro de boi é um transporte Tem sua glória alcançada

A chuva aqui quando cai Nós fazemos um festão Riqueza que vem do céu E vale mais que um milhão Não há nada que nos desconforte O nordestino é um povo forte Povo de bom coração Nós temos vários esportes Mas o maior é a vaquejada É correr o boi no mato Pois é grande a empreitada E a alegria do vaqueiro É pegar boi mandingueiro E ouvir uma boa toada

76 Festival da Poesia Nordestina

Poesias

Na cultura popular É grande a manifestação Festa de reis e pastoril Carnaval e São João Não há o que desconforte O nordestino é um povo forte Que vive com gratidão São várias festas profanas Outras de religião Candomblé e Umbanda Tem protestante em ação Temos o catolicismo Juntos formam um sincretismo Do nordestino em missão

O nordestino é um povo forte, Você sabe quem é? Povo que tem grande devoção Tudo que faz é com fé Só ele sabe a razão Que é viver bem a vida Que foi por Deus concedida À toda população Por isso eu afirmo Que o nordestino é um povo forte Para tudo ele tem um jeito Sempre encontra um suporte Perseverando, ele persiste Sempre lutando, resiste Até na hora da morte

autor

78 Festival da Poesia Nordestina

Maestro e Poeta Bacalhau

Poesias

O Nordestino é um Povo Forte! Eu vivo no meu Sertão É para mim alegria Ouvindo a cantoria Eu sinto uma sensação Confesso que arrepia O canto da melodia Que serve de nostalgia Para acalmar o coração. É neste sertão ardente Que cumpro minha missão Escrevo uma sinfonia Faço uma composição Composta por melodias Falando do meu sertão.

O solo aqui é fecundo E pra “mode” ele germinar Só basta a chuva cair Que é pra poder plantar Feijão de corda e andú E o milho para o fubá. Aqui o que se planta dá É só querer produzir Têm melancia e abóbora Têm côco e abacaxi Têm a manga e a goiaba Também o maracujá Aqui tem muita fartura É só querer trabalhar.

80 Festival da Poesia Nordestina

Poesias

A chuva aqui pra nós É ouro que vem da altura Planta cana para o engenho Também para rapadura Pois a alegria do sertanejo É viver na agricultura. A garrafa do sertanejo Aqui se chama quartinha Mandioca pra tapioca Também pra fazer farinha E temos a fruta de conde Que nós chamamos de pinha.

Eu tive uma sorte grande Que foi nascer nordestino Assim como Lampião Seu nome é Virgulino Compomos a nossa história Pois esse é nosso destino. Agora vou terminar deixando minha lição Peço que não se envergonhe, porque nasceu no sertão Nós somos gente também, como qualquer cidadão Independente da crença e mesmo religião Agradeçamos a Deus, essa é nossa obrigação E a missão do sertanejo, é defender o sertão.

autor

82 Festival da Poesia Nordestina

Maestro e Poeta Bacalhau

Poesias

Eu vi Teus passos lentos, teus ombros caídos. Tuas roupas suadas, desbotadas, Quase queimadas, de tanto sol. Eu vi lágrimas em teus olhos Teu coração partido, tua aflição. Tua vaca? Caída ao chão Sem água, sem um grão. Uma tragédia de matar um cidadão. Tuas mãos ressecadas, teus pés rachados. Tua busca desesperada prá sobreviver. Te vi perdido, sem fé, sem brio. Entregue. Castigado, sem saber porquê Como pode tanto sofrer?

Teus passos lentos, teus ombros caídos. Tuas roupas suadas, desbotadas, Quase queimadas, de tanto sol. Eu vi lágrimas em teus olhos Teu coração partido, tua aflição. Tua vaca? Caída ao chão Sem água, sem um grão. Uma tragédia de matar um cidadão. Tuas mãos ressecadas, teus pés rachados. Tua busca desesperada prá sobreviver. Te vi perdido, sem fé, sem brio. Entregue. Castigado, sem saber porquê Como pode tanto sofrer? Esse drama nordestino É o destino dos que nascem aqui. E basta uma trovoada, uma poça d´água, A terra molhada, o mato verde, E eu já te vejo, de novo, renascer.

84 Festival da Poesia Nordestina

Poesias

Amanhecer aboiando, chamando o gado. Cantando, chamando a família, É hora de plantar, confiar no inverno, agradecer. Fazer planos, aumentar o rebanho, crescer. E o que me pareceu fraco, se agiganta. Agora é tão forte que me espanta. A magia da chuva te levanta Não é a cigarra, és tu que cantas. Viver neste recanto É prá quem sabe recomeçar, Do pranto, não ter lembrança, Ter forças para lutar. Sonhar uma vida melhor. Carrear no peito a Esperança. Faça chuva, faça sol.

autora

Maria do Carmo Calado

ANTOLOGIA & FESTIVAL DE POESIA NORDESTINA

O Nordestino é um Povo Forte! O Nordestino é um povo forte, Lutador, trabalhador Nunca vi cabras mais valente Como esse povo, sim senhor! Quando falo no meu nordeste A boca fica cheia de saliva Parece inté que estou comendo uma raspadura E enchendo de maná minha barriga O nordestino adora sua terrinha É povo honesto, honrado e educado Mas chega a ser bem malcriado Quando alguém dele quer mangar Adora o seu sotaque dengoso, O seu ôxente gostoso Que no mundo não tem iguá

86 Festival da Poesia Nordestina

Poesias

E quando chega pra defender o seu Nordeste Grita logo: auto lá cabra da peste Se tu veio esculhambar o nordestino Volta logo pra traz pro teu destino Antes que eu te mostre a minha peixeira Que tá amolada de primeira E faço tu se estabacar no chão Pra tu nunca mais querer abusar Desse meu querido Torrão. Não me interessa de tu veio do Sul ou do Sudeste Muito menos ainda se tu é americano Respeita o meu Nordeste estou mandado, Se não faço tu entrar pelo cano. Nordestino quando fica brabo se transforma num leão

Pra defender sua honra, sua famía e seu Torrão É bicho mais forte do mundo Chaga a estrangular o vagabundo E na cara dele planta-lhe a mão. Comida num farta na mesa Tira tudo da terrinha sagrada Usando apenas a enxada sustenta mulé, minino e inté sogra Porque o home nordestino é pau pra toda obra! Êita que é povo danado de inteligente Muitos nem precisa de tanto estudo pra chegar a ser presidente São sabido por natureza, passando por riba do Doutor E inté mesmo da nobreza.

88 Festival da Poesia Nordestina

Poesias

Se eu fosse falar tudin aqui A respeito do Nordeste do meu Brasi Das coisas boa do nordestino, home, mas seu minino eu ia passar o dia todo E ainda ia dizer muito pouco O quanto o nordestino é valoroso Vixe, como eu adoro fazer prosa pra esse povo! Vou terminar agora minha prosa, Mas num é porque não tenho mais nada pra falar É pra deixar que os outro possa participar Desse maravilhoso festivá Pra ser provado de mais de uma vez Que o Nordestino é um povo forte E que num existe outro iguá.

autora

Madalena Meira Pereira

O Nordestino é um Povo Forte! (Acróstico)

Ontem fomos assim! Nós erguemos a maior cidade do país Ontem... Realidade autêntica De pura emoção Especiais nós somos Surpresos... não! Tentaram nos denegrir Insultando com delongas Não conseguiram Oh!... com muita honra. É fanatismo da inteligência!

90 Festival da Poesia Nordestina

Poesias

Unidos somos gigantes Munidos de Fé a todo instante. Propulsor do turismo no Brasil Ora! Sem observação Vocês precisaram da gente! Ontem... E teve a salvação. Firme e forte seremos Ontem e hoje também Rivais não temos Todos são de bem Eternamente ... amém!

autora

Auzzione Fonseca

O Nordestino é um Povo Forte! Falta de chuva, terra seca vermelha Chão quase sem vida, retrato preto e branco da alma No coração quase agonia constante Vai tempo, Devagar Apagando as marcas das feridas Renovando a esperança no coração De manhãzinha levanta para recomeçar a lida Coando café, dando milho para as galinhas Ouvindo atentamente o barulho da criançada Trazendo vida para casa de barro O copo, sobre o pote d’água Para matar a sede Sede de vida Sede de sonhar No quintal cumprimenta o sol Enxada na mão, ajeita o chapéu

92 Festival da Poesia Nordestina

Poesias E vai... Pelo caminho da roça Caminho de todo dia Revolvendo pedras, misturando poeira que se levanta Espalhando terra fina no ar Debaixo do sol escaldante, levanta os olhos para o céu Pedindo a Deus pela chuva Lembrando das sementes guardadas para o dia da plantação Nordestino, sertanejo, bravo povo do sertão Olha para o futuro Já vendo depois da chuva o fruto na mesa Um dinheirinho no bolso A noite de festa Ele enfeitado com seu novo chapéu de coro Agarrado com a amada vestida de chita Dançam Levantando seus pés do chão Que de novo levanta poeira Nessa hora a vida É só faceira Alegria, chuva... PAZ SERTANEJO! autora

Sidha Moitinho

O Nordestino é um Povo Forte! O Nordestino, eita povo forte! É amigo, hospitaleiro e indecifrável. Um trabalhador incansável de sol a sol, Não cansa de cuidar do sustento dos seus E também de quem precisar. Ô Povo inteligente, conhecedor da sua terra, Vivendo assim do dom que Deus lhe deu. Sabe onde a semente deve jogar Para fazer crescer o que plantar. Ô Povo corajoso, com disposição e vigor Mas, pacato até certo ponto Não se deixa intimidar, porque é guerreiro, não tem medo. Ô Povo forte é esse Nordestino!

autora

94 Festival da Poesia Nordestina

Lindalva Vanderlei

Poesias

O Nordestino é um Povo Forte! Símbolo da resistência Tem na raiz a essência Enfrenta fome, seca, violência. Da ferida tece o amor O povo nordestino tem na veia As marcas da regionalidade Traz na memória as vertentes da história A esperança nutre a caminhada Deixa marcas por onde passam... Peregrino, faz seu ninho. Em cada expressão o semblante fulgura É só cultura... Ser nordestino é poesia pura Que a alma eleva Cada pingo de chuva celebra Rega a terra de fé altaneira... Esse povo nordestino aparentemente franzino Cresce robusto com muita luta e trabalho Dá a volta por cima no passado Ensina as gerações com seu forte brado. autora

Lucélia Gomes

Nordestino Realizado Sou nordestino puro sangue De fé nos santos e na igreja Fiel com as minhas origens Nunca fugia da peleja Estudei pra ser Doutor Mas depois de velho e viúvo Me tornei poeta e compositor De alma pura e sertaneja Hoje já me sinto realizado Pelos caminhos de duas paixões A medicina com o seu cuidar divino E a Literatura alegrando corações Extravasar meus pensamentos e versos O prazer de conviver com as emoções Reunir amigos num igual destino Nada mais posso querer neste universo.

autor

96 Festival da Poesia Nordestina

Luiz Pereira de Melo

Poesias

Nordestina Feliz Sou nordestina completa Caule, folha e raiz Gosto da nossa cultura Amo o nosso país O nordestino é um povo forte Sou do Rio Grande do Norte Terra do Mestre Luís. Meu avô, um velho macho Não levava desaforo Era rei em sua casa Seu roçado, seu tesouro Seu jumento, a carruagem O ouro, sua coragem A coroa, o chapéu de couro.

Lembrando do meu avô É como voltar no tempo Comer fava e rapadura Passear em seu jumento E quando ia chover Era bonito de se ver Todo o seu contentamento. Se alegrava com a chuva Porque iria plantar Milho, fava e feijão Para a família sustentar Seu maior divertimento Era pegar seu jumento E sair para trabalhar.

98 Festival da Poesia Nordestina

Poesias

Guardo boas lembranças Do meu querido avô Um legítimo sertanejo Nordestino de valor Foi fiel à minha avó E só deixou ela só Quando Jesus lhe chamou. Um símbolo nordestino O meu avô Zacarias Passou para minha mãe A sua sabedoria Foi uma grande figura Deixou a sua cultura Para a filha Maria. Minha mãe foi boa aluna Aprendeu e nos ensinou

Para ensinar nossos filhos O exemplo que ele deixou Disciplina e educação Respeito e união Honestidade e amor. Aprendeu que as coisas boas Estão na simplicidade Que não precisa ser rico Para ser feliz de verdade Aprendeu a trabalhar Não mentir e não roubar E o que é dignidade.

100 Festival da Poesia Nordestina

Poesias

Como um autêntico sertanejo Também foi um bom vaqueiro Levantava de madrugada Trabalhava o dia inteiro Enquanto ele trabalhava Alegre ele cantava Fumando o seu brejeiro. Essa foi a identidade Do meu querido avô Nordestino, sertanejo Vaqueiro e agricultor E para filhos e netos Apesar de analfabeto Foi um grande professor.

autora

Vera Lúcia Barreto

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Meu Torrão Olha seu moço nordestino É povo feliz Ele sabe receber como ninguém Onde come um, come cem Alegria não lhes faltam É um piadista nato Mas não bula com ele não Nordestino tem sangue quente Pode me chamar como quiser Vou te dar toda atenção Não vai me intimidar não Pois aqui é meu torrão.

autora

102 Festival da Poesia Nordestina

Gesilda Medeiros

Poesias

Nordestinidade Ser nordestino Não é sorrir dos homens crus Nem gargalhar interminantemente Das mulheres de faces queimadas Ser nordestino É lançar fogo pelos olhos maquiados De sol a sol Ser nordestino Não é dizer a palavra pelas regras Mas dizer a coisa certa com voz de trovão Com prenúncio de chuva no sertão É falar naturalmente Seja criança, jovem ou ancião Sobre as coisas que aprendeu A duras penas no seu torrão De terra batida, de ave corrida Espingarda ativa

103

No olho do furacão De seca, de fome , de tostão Ser nordestino É um ser de sedenta sede De repetir aquilo Que por herança foi determinado Sabe extravasar o sentido das coisas E encher os corações de esperança Quando uma nuvem engorda O pé de mandacuru fulora E o anum preto assovia Tudo transborda no vácuo absoluto Das coisas que virão Ao fim do dia,anunciação Ser nordestino É ser a inclinação do momento A deus, mesmo em tormento

104 Festival da Poesia Nordestina

Poesias

Fala de vida e paixão Como se o presente fosse passado O futuro é de chuva, é agora Atravessa até a alma impura Dos atravessadores de plantão Que vivem sempre à espreita Oferecendo-lhe migalhas, um tostão O nordestino é rico, abastado Com chuva e rio perene Tem terra, gado, coragem Firmeza, força e fé Tem em deus a sua afirmação. Oferecendo tostão

autora

Silvana Alcântara

105

Nordestino Do solo seco saem gritos e gemidos Querendo arrebatar o calor ardente do Sertão Seu povo que por natureza, teimoso é Não abandonam a sua terra As gotas de água são iguais a lágrimas Não encharcam, logo evaporam antes mesmo De caírem no chão Terra sofrida que agoniza Na infertilidade rachada de dor Mas seu povo destemido Desviam os seus medos E suportam o calor ardente do seu lugar

106 Festival da Poesia Nordestina

Poesias

Do silêncio Na linha do horizonte Surge o grito que não é de aflição Mas por aquele que vem Ai, Ai, que emoção Lá vem ele O rio São Francisco Banhar o meu Sertão.

autora

Lúcia Sousa

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O Nordestino é um Povo Forte! Traçado o seu destino... Em meio à própria sorte Surge o nordestino Povo valente e forte Não tem seca, nem desemprego Nem receio, tem da morte Povo bravo e destemido Orgulhoso de seu porte Passou fome, quando menino Deixando seu interior Sem cometer um desatino Conseguiu ser um doutor

108 Festival da Poesia Nordestina

Poesias

Nordestino é verdadeiro Orgulhoso sim senhor Em coragem é o primeiro Nas artes, é Escritor No Sul foi pioneiro Trabalhando na construção Ama ser Brasileiro Nordestino de valor Da vida, é um vencedor.

autor

Colly Holanda

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Eu Sou Filha Entre os nove Estados que enfeitam o meu Nordeste tenho dois bem reservados e que ninguém me conteste. Paraíba e Pernambuco moram em meu coração eu sou filha do Nordeste e disso, não abro mão. Dizem que os Nordestinos são valentes e destemidos e eu acrescento mais... Nós somos bem resolvidos. Vivemos sempre em ação temos muita criatividade a nossa arte brota do chão e o que germina é felicidade. Que faça chuva ou faça sol

110 Festival da Poesia Nordestina

do Nordeste

Poesias

do trabalho não fugimos preservamos nossa união até cumprir nossos destinos. E é assim que os Nordestinos constroem as suas historias... Vivendo e sempre aprendendo com as nossas perdas e vitórias. O Nordeste é muito lindo! Nascer aqui é mais que sorte em tudo o que mais me fascina... “O Nordestino é um povo forte” E quando por algum motivo temos que nos ausentar levamos no peito... Esperança! Que um dia iremos voltar.

autora

Genicleide Lima

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O Nordeste e sua Glória De todas as cidades Que formam o Nordeste Tem uma que me encanta Com seu brilho celeste, Falo de Glória do Goitá Que com amor nos reveste. Cidade pernambucana Tem história e tradição, O povo gloriense Retrata com emoção Cada avanço, cada luta Que forma nossa nação.

112 Festival da Poesia Nordestina

Poesias

Um pedaço de terra A Davi foi doado, Homem de muita fé Pensou num povoado, Criou uma capela Veio gente de todo lado. No Sítio Lagoa Grande Foi onde tudo começou, O lugar foi crescendo E logo se emancipou, Dia 09 de julho de 1877 A nossa cidade marcou. No Berço do Mamulengo A cidade se transformou, Glória foi crescendo

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Com Cultura e esplendor, Sem nunca perder a fé Em Cristo, Nosso Senhor. Tive o grande privilégio De em Glória crescer, Uma cidade tranquila Que produz muito saber, De menino a adulto Todos podem aprender. Lembro com grande nostalgia Do velho Sítio Mufumbo, Das alegrias de domingo, Daquele mágico mundo, Memórias construídas O suspiro é profundo.

114 Festival da Poesia Nordestina

Poesias

Glória é recheada De Cultura Popular, O batuque do Maracatu Nos convida a dançar, Também tem Roda de Côco E Ciranda para animar. No Museu do Mamulengo É rica a brincadeira, Com cores e movimentos Uma sintonia verdadeira. Tenho grande admiração É qualidade de primeira! Sobre o Cavalo-marinho Agora vou te falar, O seu único museu

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Na amada Glória está, Tem teatro, dança e música Vamos logo apreciar. Na minha amada cidade Também há muitos artistas: Poetas, escritores Tem até caricaturista, No campo ou na cidade Grande é a lista. Com toda essa glória Glória do Goitá continua, Relembrando e criando história O povo perpertua. De geração em geração O Nordeste e sua cultura!

autora

116 Festival da Poesia Nordestina

Shamara Paz

Poesias

O Nordestino é um Povo Forte! FAÇO PARTE DESSA GENTE Me orgulho de ter nascido nessa terra hospitaleira nas mãos carrego a bandeira com sentimento, incontido esse meu amor, divido com todos que certamente no labor é eficiente unidos na mesma sorte Nordestino é um povo forte Faço parte dessa gente. Nove Estados do Nordeste com seu povo obstinado um sonhador acordado na disposição, investe vai da cidade ao agreste sendo rico ou mais carente com seu vigor, vai contente laborar de sul à norte Nordestino é um povo forte Faço parte dessa gente.

autora

Isabel Maia

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O Nordestino é um Povo Forte! Às vezes fico pensando Na vida que Deus me deu Sou um forte nordestino Amante do povo meu Que luta pelo seu chão Da terra não abre mão E preserva o que é seu O meu rancho é pequenino Com uma casinha de taipa Parece que ela sente o peso Da vida sacrificada Concha e se inclinando A telha se aproximando Da terra seca e rachada

118 Festival da Poesia Nordestina

Poesias

Eu entro sem ter receio De que ela venha a ruir Das suas paredes sinto O cheiro que me faz dormir Com o sereno da noite Do vento escuto o açoite E isto me faz sorrir Quando amanhece o dia Trabalho, terra e enxada Na esperança de ver A roça toda folhada Verde de brilho intenso Toda manhã assim eu penso No tempo da invernada

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“O nordestino é um povo forte” Que luta para viver Não importa a circunstância Digo isto a você Trabalha de sol a sol É mesmo de fazer dó O que sofre para viver Não sei que força é esta Que o nordestino tem Supera seca e fome De onde esta força vem? Será de um anjo de luz Enviada por Jesus Para este povo de bem?

autor

Valdeci Leocádio de Siqueira Filho (Dedo Leocádio)

120 Festival da Poesia Nordestina

Poesias

O Nordestino é um Povo Forte! A coragem de um povo é a Força e União Uma lição que se aprende na vida Trabalhando na lida diária do crescimento. Nordestino é um desenvolvimento diário A vontade enorme em vencer Jamais viver um desejo imaginário... O Nordeste Brasileiro e um grande celeiro Todos nós somos guerreiros nessa jornada Onde alguns acham fácil viver... Nós conjugamos o verbo sofrer, mas nunca fugimos à luta. A nossa labuta já é uma enorme batalha. Da história de sucessos e conquistas Nada tira uma forte tradição... Das comidas as festas de São João Que alegra e envolve todo o coração nacional O Frevo um ritmo reconhecido de forma internacional Da literatura, artes ao esporte... Reafirmo em dizer: O Nordestino é um Povo Forte

autor

Fernando Matos

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Simplesmente Nordeste Venho da terra de chão rachado, Onde o sol reina bravo o ano inteiro, Onde a chuva é rara e é um achado, Onde o povo sofre, mas é festeiro. Ser nordestino não é escolha, é sorte De quem sabe viver na adversidade; Esse povo que é antes de tudo, forte Orgulho de fé e da própria identidade. E quando foge da terra para sobreviver Carregado de tristeza, dor e saudade, Não perde a beleza de sua integridade. É a força e o caráter que o faz vencer, Não nega a origem nem o seu sotaque, Tem orgulho de tudo que o faz crer.

autor

122 Festival da Poesia Nordestina

Tarcisio Martins de Oliveira

Poesias

O Nordestino é um Povo Forte! Nordestino povo forte Que a aparência não condiz É árvore que dá frutos De tão profunda raiz De pele que aguenta sol E pés que pisa no chão Nordestino tem a força Que busca no coração Tem no sangue essa força Dos ancestrais e talento E tem nos lábios a reza Que lhe serve de alento

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É gente que não lamenta Pois na lida não tem tempo Sempre que chora as lágrimas Secam logo pelo vento Dos exemplos da família Que luta por um tostão Essa luta é diária De sol a sol, meu irmão Essa dor que traz no peito Já lhe virou acalento As decepções da vida Lhe dá força e suprimento

124 Festival da Poesia Nordestina

Poesias

Todos os dias lhe surge Ideias novas, Acreditas? Faz, refaz, sempre aprimora As suas ideias benditas! Um povo de gosto forte Na sua alimentação De carne seca, farinha Cuscuz, arroz e feijão Batata doce, inhame E faz do peixe pirão Do molho verde com coentro Da pimenta com limão

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Das rugas fundas no rosto Que o sol já lhe queimou São as devidas vivência Que para os filhos deixou A força do nordestino Vem do íntimo, da fé Das mãos segurando o terço Pois devoto sempre é É costume nordestino Buscar graça na agonia De transformar as tragédias Em paródia com alegria Nordestino não tem medo Do destino que vai ter Pois sempre inventa maneiras De poder sobreviver. autora

126 Festival da Poesia Nordestina

Rosineide Orlando da Silva

Poesias

O Nordestino é um Povo Forte! Um ser humano em meio a tempestade que nos rodeia. Nordestino que é valente em meio ao caos que nos rodeia. Ser humano para sentir a dor de quem perdeu. Assim, é o Nordestino que não desiste em ajudar quem só pensava que se perdeu. Ser humano para seguir sem desistir. O Nordestino é forte para ir até o fim. Ser humano para amar sem barreiras. O povo forte Nordestino que ama sem fronteiras. Ser humano em meio a razão mais contundente. Ser Nordestino para estender a mão e segurar a de outra gente. Ser humano em meio à guerra que parece nos sucumbir. Ser humano não por si, mas, pelo outro. O Nordestino que exala grande relacionamento amoroso. Apenas ser humano. Ser humano Nordestino. Forte e invencível!

autor

Elexsandro Araújo

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Escaldante Pernambuco Areias douradas de sóis penetrantes Cálidas tardes águasmornas Gente que adota órfãos famintos De belas praias. Praia de Xaréu que loucura! Maravilha da mãe natureza Coqueirais regalos para nossos olhos. Sua irmã praia da Calhetas Beleza sem igual Encostada em rochedos Que encantam os visitantes. Sua prima distante Praia de Porto de Galinhas

128 Festival da Poesia Nordestina

Poesias

Não menos bela com suas piscinas naturais Que banham nossos corpos. Campanários de Igrejas Fortes militares Prisões de outrora enlevo de hoje. Alfândega armazém de açúcar Experiências inesquecíveis Deleite de viajante. Frevo, bonecos, carnaval. Forró, xaxado, que doçura! Nordeste, paraíso encantado. Prendeste meu coração!

autora

Laura Moura Nunes

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O Nordestino é um Povo Forte! Apesar do preconceito O Nordeste ainda sofre, A Região é um cofre De orgulho e de respeito; Eu não sei se é despeito, Mas eu imagino assim: Isso é muito bom para mim, Só fortalece o meu porte, Nordestino é um povo forte Que só Deus pode dar fim.

Até na agricultura Pequena e familiar O Brasil pode encontrar Essa gente de bravura; Diversifica a cultura,

130 Festival da Poesia Nordestina

Poesias

É um povo sem pantim, Não teme a tempo ruim, Vive brigando com a sorte; Nordestino é um povo forte Que só Deus pode dar fim.

Meu pai morreu na labuta Com a enxada na mão, Para ajudar a nação Nunca abandonou a luta; Povo de boa conduta Feito exército de cupim, Mas não queime o estopim Porque isso atiça a morte, Nordestino é um povo forte Que só Deus pode dar fim

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. Nordestino não tem luxo, Uma só roupa ele veste; Danado, cabra da peste, Se preocupa com o bucho Que a fome deixa murcho Quando o inverno é “fraquim”; Com a família ou “sozim” Ele busca um vento norte; Nordestino é um povo forte Que só Deus pode dar fim.

132 Festival da Poesia Nordestina

Poesias

Depois de um dia estressante O cabra chega enfadado, Mas, doido e apaixonado Para agradar sua amante... Ela lhe beija e diz: jante, Tem café, sopa e aipim, Mas vem logo, “ Neguim” Botar remédio no corte... Nordestino é um povo forte Que só Deus pode dar fim!

autor

Junior Vieira

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Recife

Encantos Mil

Recife é um pedaço do Brasil Capital do Nordeste Desde o seu descobrimento E de todos os sentimentos. Recife é cultura de todas as gerações Seu passado é de glória E de muitas conquistas. Recife da Holanda Recife de Portugal São misturas de raças De acervo multicultural.

134 Festival da Poesia Nordestina

Poesias

Recife é frevo! é carnaval! É a Veneza brasileira! É festa sem igual. Recife de suas pontes Que unem histórias De guerrilhas em seus montes E de todas as memórias. Recife de todos os poetas Recife de preto, branco, mulato e de todas as cores Recife de católicos, evangélicos, espíritas e candomblé Recife é irmandade Recife de bravos guerreiros Recife é do mundo inteiro Recife é de muita FÉ.

autor

Auzzione Fonseca

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Sou Sim Senhor! Sou Nordestino forte sim senhor Da Terra boa e abençoada Sou do país de Caruaru Povo forte e destemido Sou brasilidade Baiana Paraibano de verdade Sou Menestrel das Alagoas Da Paz e da liberdade Sou Sergipano, Potiguar sou do Ceará Do Piauí que o Sol abençoou Sou Pernambucano leão do norte Do Maranhão terra bendita

136 Festival da Poesia Nordestina

Poesias

Digo e repito agora Sou brasilidade Brasileira E na peleja da vida não se engane Sou senhor das liberdades Defendendo minha gente Sou Nordestino que grita Com bravura e destemor Não temo a dor nem sentimentos Sou o grito que ecoa no ar Sendo herói da minha história Desse povo que o mundo consagrou Sou Nordestino forte sim senhor

autor

Agildo Galdino

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Versos do Sertão “O sertanejo é, antes de tudo, um forte” (Os Sertões, Euclides da Cunha)

“Ali era o céu”, presumia, Ingênua imaginação, Do matuto impressão. Com fé em Deus temia, Nesta terra solitária, Quente de luta diária. Sertão é desconhecido, Pois chamam de deserto, Mas quem conhece de perto, Nesta terra é nascido, Quem vem de fora não sabe O desafio que se cabe.

138 Festival da Poesia Nordestina

Poesias

Sol fere a terra desnuda, Castiga-a sem piedade, Entra com severidade, Numa violência aguda, Os raios são absorvidos, Depois no ar refletidos. A atmosfera e o chão, No fogo da acendalha, Na boca de uma fornalha, É tamanha judiação, A noite, porém surgia. E o sol ardiloso sumia.

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A caatinga seca e forte, Com as folhas urticantes, Repulsa e fere os viajantes, Que ao saírem pedem sorte. E com espinhos e galhos Secos que negam o orvalho. O juazeiro raramente Perde as folhas de inteiro Verde, a resistir propenso Por longo anos ardentes, Sempre floridos festejam, Em belos oásis verdejam.

140 Festival da Poesia Nordestina

Poesias

O mandacaru notável Pela altura triunfal, Atraente, sem igual, Solidão inaturável. Espalham-se afastados, Um do outro separados. Os xiquexiques e outros Cactos mui` espinhosos, São dos areais queimosos, No abrasante calor soltos, Vivem diabolicamente E furam intensamente.

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E o povo brasileiro Feito de três raças tristes, Do Tupi, índio guerreiro, Numerosos eram aqui, Conheciam por inteiro Esta terra vasta e calma Desapegada ao dinheiro. Do negro vindo da África Para ser escravizado, E trabalhar nos engenhos Com braço forte truncado, Essa foi a gene negra Que aqui foi misturado.

142 Festival da Poesia Nordestina

Poesias

E dos portugueses celta, Nosso gene europeu, Navegantes dalém mar, Da Grécia de Prometheu, Titânicos ou tiranos Foi assim que aconteceu. Não temos uma só raça, Somos frutos da mistura, Índios, brancos e africanos Evolui a formosura Três em um assim se fez, A afirmação é segura.

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E desta mistura surge O valente sertanejo, Que antes de tudo é um forte, E neste verso eu pelejo, Viva a força do Sertão! Na minha voz esbravejo. A vaquejada surgiu No intuito de achar Os bois que se perdiam Na caatinga a penar, Os vaqueiros se reuniam, E partiam a procurar. Envolto em seu gibão Longo de couro curtido De bode ou de vaqueta, Com perneiras protegido,

144 Festival da Poesia Nordestina

Poesias

Em seu colete apertado É vaqueiro destemido. Todo coberto de couro Um pouco avermelhado, Vestido da sua armadura Montado em seu cavalo É como um cavaleiro Medieval encouraçado. Sob a lua e as estrelas, Em noites iluminadas, As famílias se encontram No terreiro, animadas, Dançam baião e xaxado Bebem a cachaça malvada.

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E as caboclas bonitas Em seu belo balançado Ao simples som da viola, Um cabra moço corado Chama o adversário Pro` desafio violado. Dois cantores se enfrentam Em quadras de versos belos, “Nas horas de Deus, amém, Não é zombaria, não! Desafio o mundo inteiro Pra cantar na função!” O adversário retruca

146 Festival da Poesia Nordestina

Poesias

Levantando-lhe a voz: “Pra cantar nesta função, Amigo, meu camarada, Aceita teu desafio O fama deste Sertão”. O umbuzeiro divino Sacra árvore do Sertão Adaptada a este chão, Mata a fome do vaqueiro Umbuzada, umbuzeiro. Neste mundo de meu Deus O vaqueiro é guerreiro, Pois enfrenta este chão E a dor da solidão Que dele fez prisioneiro.

autor

Teófilo de Souza

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Aquarela Nordestina Nodeste Tua gente Gente tranquila Gente guerreira Corajosa , hospitaleira Longe ou perto do mar Nordeste Tuas praias Com cheiro de corais Ondas mansas ou bravias Sempre querendo beijar Nos convidando a passear Em areias brancas do mar Nordeste Teu mundo todo traçado É feito de dores e amores Desafios e cores Chão feliz, amoroso

148 Festival da Poesia Nordestina

Poesias Berço manso em maresia Com cheiros de poesia Nordeste Longe do mar é outra vida A seca sem dó castiga Tua gente tão sofrida Tem fome imperiosa Que engole sorrisos Faz da alma de menino Um suspiro de agonia Mas é forte o nordestino Em sua sina de desatino Sai em busca, vai aventurar Um não que lhe dão Tem sabor e força de rojão Parteligeiro para a lida Vai ser campeão Faz a fome driblar Caça tatu, calango e rolinha Divide e até cozinha Seu petisco vai saborear Com uma cachaça brejeira Longe ou perto do mar.

autora

Silvana Alcântara

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Antologia ARNM Poemas (Poema 1) De que matéria-prima é feita essa gente tenaz? Que resiste, que persiste, malgrado tanto dissabor? Trata-se de missão, vocação traçada em tempos imemoriais Que não foge, nem mesmo pode, a seu irrecusável destino. De que material é tecida essa fibra altiva, vigorosa, audaz? Que tempera e retempera a vida, malgrado a própria dor. Legado advindo de outros povos, fortes e de ânimo voraz Trabalhado, e ainda burilado no labor cotidiano, severino. Foi esse brasileiro que até de peitar a Amazônia foi capaz Lutando bravamente, para que o Acre visse o Brasil acolhedor.

150 Festival da Poesia Nordestina

Poesias

Foi esse mesmo que para o Rio e São Paulo, indo atrás Mudou paisagens, anulou defasagens, e tudo repentino. Ele, não outro, fez-se operário para construir – esforço primaz Metrópoles, megalópoles – pondo em tudo seu brilho, sua cor. Esse mesmo que também se fez candango de garra pertinaz Erguendo a capital, fenomenal, no deserto – algo divino. Ele, cuja identidade não me furtarei de citar – verás Não é estrangeiro, nem forasteiro, mas o bravo nordestino.

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(Poema 2) Euclides, periodista de fora, resumiu, lapidar: “O sertanejo é antes de tudo um forte.” Quiçá seja isso destino, traçado ou sorte? Vocação precisa para a sobrevivência no lugar. Foi metonímia, a parte pelo todo, a figura usada É o nordestino de qualquer latitude ou longitude Quem resiste, vencedor, quem persiste, amiúde Diz-se hoje que é resiliência, virtude azada.

152 Festival da Poesia Nordestina

Poesias

Intempéries várias, sendo a seca, a mais temida E os meandros de políticas públicas desastrosas Expropriação, roubos, herança tomada, sumida. Mas a região aí está e seu morador não desaparece Gana, pujança, criatividade fazem-se mais vistosas Espírito indômito que, inarredável, permanece.

autor

André Ricardo Nunes Martins

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Eu Amo A Vida Me chamo Luiz Pereira Formado em Medicina Filho de sertanejo Com o cheiro da caatinga Forrozeiro dançador Falo com muito amor Da cantiga nordestina Sou um Luiz das meninas Da fazenda da Ribeira Do tocador de 8 baixos Da poesia brasileira Do lagedo e do faxineiro Sem nunca perder o cheiro Das coisas mais verdadeiras

154 Festival da Poesia Nordestina

Poesias

Amolador de peixeira Paquerador da vizinha Nos forrões pé de parede Passava a noite todinha Hoje não tem quem diga Que eu nunca fugi da briga Foi cortador de bainha Pras meninas Pereirinha Gostava de ser chamado Pai se orgulhava de mim Por ser muito paquerado Minha fama não diminuiu Pra falar do que já fui Tempo bom foi meu passado

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Hoje vivido e cansado Alguma coisa já morreu Agilidade nem no dedo Nunca mais me obedeceu Mesmo assim vida é bela Eu vivo mangando dela E ela mangando deu Por tudo agradeço a Deus Por ter história pra contar De lembrar de quase tudo Às vezes nem quero lembrar Quem me fez se divertir Vendo só ela dormir Da vontade de chorar

156 Festival da Poesia Nordestina

Poesias

Também não vou blasfemar Quando me lembro disso Na minha mocidade Cumpri todo compromisso Até algum tempo atrás Não vejo nada de mais Dizer que fui bom nisso Agora é que eu gosto disso Juro que nunca desgosto O que eu faço um novo não faz Se quiser eu aposto Se minha idade não combina Cochilo e durmo por cima Morro dizendo que gosto

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Aqui para todos eu mostro Pra minha terra adorada Da fazendo de papai Da festa de vaquejada Tudo era diversão Da boa recordação Minha Serra Talhada Lembro da namorada Hoje com a mesma idade Outras já foram mais cedo Pra onde não dá vontade De rever não tenho pressa Pois uma viagem dessa Prefiro ficar na saudade

158 Festival da Poesia Nordestina

Poesias

Tenho toda liberdade De brincar me divertir Dançar e namorar muito Me pabular e mentir Se as meninas acreditar O tempo pode esperar Enquanto eu ficar aqui Eu amo a vida é dai Quem gosta de mim sou eu Aprendi com os amigos Outros comigo aprendeu Me formei em Medicina Com a benção da mão divina Agradeço o que Deus me deu

autor

Luiz Pereira de Mello

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Matuto Bom de Forró Nasceu em Caruaru Na roça se criou Veio para Recife E há música se dedicou Tornou-se Nerilson Buscapé Nome artístico que adotou Compôs para grandes artistas E a fama custou mas chegou Criou programas de rádios É poeta, cantos, apresentador e compositor Fez várias músicas e cd´s Para diversos artistas e cantores

160 Festival da Poesia Nordestina

Poesias

Temos que lembrar de Junior Vieira Seu maior parceiro e incentivador Ajudou o matuto bom de forró Que despontou e se destacou E a mídia logo conquistou É uma figura humana e querida Que irradia alegria e muito amor E assim seu público aprovou

autor

Nerilson Buscapé

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Paz

e Amor

Paz e Amor Duas palavras sublimes Cheias de fé e muitas verdades Capaz de escalar pirâmides De vencer obstáculos e dificuldades Com elas fiz minha morada Vivi e Venci grandes jornadas Doando flores tenho mãos perfumadas Carrego comigo o cheiro da saudade Do meu tempo de criança e da minha mocidade

162 Festival da Poesia Nordestina

Poesias

Hoje adulto consciente Levo Paz aos lares desesperados Aos doentes que chamam de alívio Aos pobres que estão desamparados O Amor que move a vocação Divido com meus semelhantes No exercício da minha profissão Muita Paz Muito Amor e Abnegação

autor

Luiz Pereira de Mello

163

Inocentes do Moxotó Eu vi na criança pobre Olhar cheio de esperança Com a ingenuidade modesta De quem tem confiança Na sua simplicidade Diz, um dia vou ser gente Reconhecimento na verdade O desejo de ser diferente Os horizontes são quimeras Quando o êxodo é a solução Já de muitas longas eras Só se constata a frustação

164 Festival da Poesia Nordestina

Poesias

A felicidade procurada Está em volta da gente Mas pra ser edificada Tem que ser independente Eu vi no campo da beleza E o grande potencial Via a luta da natureza Em terreno bem desigual

autor

Luiz Pereira de Mello

165

Recantos e Encantos Sertão terra de esperança Me transporta em fantasia Es um berço da bonannça E a égide da economia Campos verdes coloridos Em harmonia sem igual Eu retorno aos tempos idos Para o aprendizado real Vim ao campo renovar A minha alma trabalhada Sinto todo o edificar Nos detalhes da jornada

166 Festival da Poesia Nordestina

Poesias

A paz é incompatível Nos grandes centros não tem O silêncio é tão afável Mostra as luzes do além Dos pássaros a sinfonia Nas plantas o movimento Na brisa a sabedoria Atrai o meu pensamento

autor

Luiz Pereira de Mello

167

Caráter do Sertanejo Chapéu de couro enfeitado Chicote e lindo gibão Torna bem caracterizado O vaqueiro do meu sertão Quando sai para as caatingas O seu rebanho à procurar Faz suspirar as meninas Das janelas a lhe acenar A perneira de couro e a espora E uma bota bem ajustada Faz o traje que a história Retrata para ser lembrada

168 Festival da Poesia Nordestina

Poesias

O vaqueiro é um valente No seu alazão cavalgando Representa a nossa gente Sempre nos caracterizando Salve o sertanejo nordestino Que não mede sacrifícios Ao cumprir o seu destino Sem esperar os benefícios O trovador faz a toada Para o homem do sertão Essa gente tão honrada Que valoriza a nação

autor

Luiz Pereira de Mello

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Soneto

( uma grife pra meu amor ) Resolvi fazer uma grife que salda Todo encanto Prá meu amor sem ira Com a blusa chik de esmeralda E seu vestido de ouro que inspira Seu calçado é brilhante que respalda Com reflexo de amor puro não tira Seu diadema tem diamante e calda Peças íntimas com pedras de safira Jaleco com topázio e ametista E a presilha com puro ouro avista E seu short com rubi que fascina E os óculos bem feito de cristal Com um colar de jade especial E os seus brincos de pura turmalina

autor

170 Festival da Poesia Nordestina

Gonzaga Neto

Poesias

O Nordestino é um Povo Forte! Defendo de coração A bandeira de ariano João Cabral rogaciano Gonzaga e Frei Damião Padim ciço e lampião Paulo Freire de primeira Frevo e a mulher renderia Vitalino do agreste Minha bandeira é Nordeste Defendo essa bandeira A Minha bandeira é De um Jackson do pandeiro Jorge Amado conselheiro Patativa do assaré Dom helder símbolo de fé Cordéis no meio da feira Cantoria verdadeira Vaqueiro cabra da peste Minha bandeira é Nordeste Defendo essa bandeira

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Minha bandeira arretada Xote bahiâo e xaxado São Gonçalo e o reizado Frevo Prado e vaquejada Samba de véi cavalgada E carrancas de madeira Que cruzou cada fronteira Por arte que se reveste Minha bandeira é Nordeste Defendo essa bandeira

autor

172 Festival da Poesia Nordestina

Gonzaga Neto

Poesias

O Nordestino é um Povo Forte! O Brasil sem cantoria Novenas e vaquejadas Forró prado e cavalgadas Sem aboio a romaria E o reijado em harmonia A embolada varonil Faltaria o belo til Da grife que arte veste O Brasil sem o Nordeste Falta um taco do Brasil Brasil sem o nordestino Paulo Freire e ariano Gonzagâo rogaciano Padim ciço e Virgulino Conselheiro e Vitalino Caetano e Gilberto Gil Jorge Amado nota mil Capiba do frevo ateste O Brasil sem o Nordeste Falta um taco do Brasil

173

Brasil sem um conselheiro José de Alencar e Castro Frei Damião cada mastro Dá cultura em primeiro Pinto e Jackson do pandeiro Cada um mais alcantil Debaixo do céu de anil Dom helder nome celeste O Brasil sem o Nordeste Falta um taco do Brasil

autor

174 Festival da Poesia Nordestina

Gonzaga Neto

Poesias

O Nordestino é um Povo Forte! O nordeste sem Gonzaga Não era o mesmo nordeste E o Brasil sem o bahião Não era o Brasil que veste A cultura gonzaguiana Do nosso cabra da peste Sem Gonzaga no nordeste Faltaria em seu pulmão O oxigênio cultural Da arte e da tradição Do bahião no seu pulsar No coração do bahião Sem Gonzaga o sertão Faltaria o resfulengo Da puxada do bahião Xaxado e forró com dengo Numa sala de reboco E o tengo lengo tengo

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Não teria o resfulengo Dos acordes tão bonito Com tempero da sanfona De Gonzagão esse mito Desde o bahião e xaxado E. O forró de mané Vito Faltaria aboio e grito E as missas de vaqueiro E o hino do nordeste Asa Branca no roteiro E faltaria no Brasil O nordeste brasileiro

Salve Luiz Gonzaga Salve a cultura nordestina Gonzaguiana

autor

176 Festival da Poesia Nordestina

Gonzaga Neto

Poesias

O Nordestino é um Povo Forte! Se fizerem um raio x Irão ver pouco escape Mas Prá que fazer check-up Se tá visto a cicatriz E ararinha azul já diz Meu berçário o homem toma Com desmatamento doma Por capital e ganância Se fizer uma ressonância Se ver fauna e flora em coma Se fizerem do pulmão Da flora tomografia Vão ver câncer a cada dia Queimada e devastação Falta de oxigenação E o prejuízo quem Soma E a justiça só embroma Prá punir tá na distância Se fizer uma ressonância Se ver fauna e flora em coma

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Nem eletrocardiograma Mostra do coração parte Com seu risco de enfarte Do aquecimento o drama Pelo poder que não ama Só desmata e não retoma Consciência prá o sintoma Desse vírus da arrogância Se fizer uma ressonância Se ver fauna e flora em coma

autor

178 Festival da Poesia Nordestina

Gonzaga Neto

Poesias

O Nordestino é um Povo Forte! O Brasil perde seu plano E a alma sem Gonzagâo Castro Alves também João Cabral e rogaciano Patativa e ariano Jorge amado nota mil Caetano e Gilberto Gil Paulo Freire em todo teste O Brasil sem o Nordeste Falta alma no Brasil O Brasil sem o José De alencar na sua prosa conselheiro e Rui Barbosa Frei Damião com luz da fé Padim ciço santo é Dom Helder tão varonil E lampião que foi viril E vitalino do agreste O Brasil sem o Nordeste Falta alma no Brasil

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Faltaria a alma amada Sem são Gonçalo e reizado As pegas de bois e Prado Cantoria e vaquejada Forró xote e embolada Frevo sem faltar um til E a capoeira alcantil Maracatu que se veste O Brasil sem o Nordeste Falta alma no Brasil

autor

180 Festival da Poesia Nordestina

Gonzaga Neto

Poesias

O Nordestino é um Povo Forte! Se uma latada no sertão E uma cabra no serviço Tocando e o povo dançando E dizendo eu gosto é disso Se isso não for cultura Fale logo criatura E mm diga que diabo é isso Dois vates num rebuliço Numa peleja danada E vaqueiros aboiando Nas festas de vaquejada Se não for Cultura a festa Mim diga o que mulesta Pode ser meu camarada Aboio forró e toada E cabras batendo esteira E pegas de bois no mato Embolada de primeira Mas tem peste que critica

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E se não for cultura rica Vai dizer que é besteira As rodas de capoeira São Gonçalo e reizado Novenas renovação Jecana leilão e Prado Se não for Cultura pura Me diga sem ter frescura O que é seu atrasado Ariano Reino encantado E auto da compadecida Bonecos de vitalino Artesão arte vivida Frevo xaxado e Bahiâo Se não for cultura não O que pode ser na vida

autor

182 Festival da Poesia Nordestina

Gonzaga Neto

Poesias

Um Cordel Nordestino Poesia a gente escreve quando vem a inspiração Falar da nossa gente enche os zóio d’água Faz tremular o coração Quando penso no Nordeste só me vem a sensação De uma gente sofrida mas também aguerrida De coragem e determinação Tás pensando que o povo aqui é mole? Sanfoneiro quando apruma o fole É mesmo que anunciação De uma cultura fortalecida De nunca ser esquecida De geração pra geração Aqui nossa linguagem Traduz simplicidade Respeito e igualdade Fortalecendo a irmandade Entre os Estados da Nação No ritmo animado do xote e do baião

183

Nordeste tua paisagem é um deleite Bom mesmo é deitar numa rede E sentir a brisa do vento na face As praias por toda parte A encher nossa visão Fazer pulsar forte o coração Orgulho de ser nordestina De juntar versos fazer rima E espalhar por esse chão Região de grandes poetas Por aqui tudo vira festa É de contagiar cada irmão Saborear os temperos Tapioca, Acarajé Caranguejo da maré Uma culinária rica Fica aqui a minha dica Venha ver o Nordeste como é

184 Festival da Poesia Nordestina

Poesias

Pernambuco com a renda renascença Alagoas com a renda filé Na Bahia uma parada pra comer um acarajé Distribuindo simpatia O Nordestino segue sua sina Destemido sem dar marcha ré Nessa vida pra frente é que se anda Venha conosco dançar ciranda De mãos dadas nessa dança Alimentando a esperança Desse povo acolhedor Nordestino sim sinhô!

autora

Ana Cláudia Gomes da Cruz

185

A Benção de Ser Nordestina Sei que o importante na vida, é poder compor sua história, mas tem coisas que já veem definidas, no bojo do nosso destino. Por isso, quem tiver, aproveite, a sorte de nascer nordestino! O Nordeste está bem longe, do modelo estereotipado, e cheio de preconceito, de seca, dor, miséria e solidão presente de forma malvada nas telas da televisão. Hoje já se tem fartura e muita exportação na plantação duplicada e a esperança ampliada com as bençãos do Velho Chico, por meio da transposição.

186 Festival da Poesia Nordestina

Poesias

Assim, ser do Nordeste é ter o privilégio de provar: mungunzá, xerém tapioca, comer canjica, cocorote e bolo de mandioca. De fazer um lanche bacana com bolo de rolo, pão doce e caldo de cana. É ter na mesa: inhame, carne de sol, galinha de capoeira, milho cozido, cuscuz, assado de bode e isso não é pra quem quer, isso é só pra quem pode! O Nordeste tem cultura surgindo por toda parte: da música à poesia, capoeira, cantoria e toda sorte de Arte, que vai da quadrilha junina, do pastoril das meninas, até ao bacamarte.

187

Tem o barro escorrendo dos dedos de Vitalino, transformado em mil bonecos, que nunca são iguais, guardando originalidade, respeita a identidade de quem compra e de quem faz. Tem coco de roda, caboclinhos e maracatus nas belas áreas rurais E ciranda embalando as ondas nas praias dos litorais. Bonecos gigantes em Olinda, subindo e descendo ladeira no fogo da brincadeira fazendo todos iguais. Em Itamaracá tem Lia dizendo que essa ciranda

188 Festival da Poesia Nordestina

Poesias

pode ser de todos nós e que, na vida, a principal melodia é sempre a primeira voz. Ser nordestino é ser das terras de Elba e Zé Ramalho. Dizer em alto e bom tom que conheceu Gonzagão, Dominguinhos, Fagner e a divina Marrom. São nove estados encantados, pela vida enamorados, de povo alegre, forte e guerreiro, que trabalha o ano inteiro pra a ninguém ser pesado. Não esperem do Nordeste, humildade e subserviência, pois nós temos consciência, temos um rumo, um norte. Fazemos a nossa sorte, sem medo nem distração.

189

Por isso, mesmo que em tempo curto, em 1817, já fomos uma Nação. Nação forte e aguerrida, forjada na força da vida, banhada pela paixão, nascida do amor verdadeiro, dos noivos da revolução. Ser nordestino é dançar o xaxado, inventado por lampião; é também dançar forró, xote, frevo, ciranda e baião. É andar na Serra da Capivara, é ver o Pelourinho, e os lençóis maranhenses, ouvir histórias encantadas, contadas por nossa gente.

190 Festival da Poesia Nordestina

Poesias

Ir à missa do vaqueiro, esperar o ano inteiro, pra subir o Morro da Conceição. Fazer romaria pra Juazeiro, tomar a bênção a Padim Ciço, e orar pra frei Damião. É passar lá na Bahia e ver as obras de Irmã Dulce que, de tão boa, virou Santa! Sua profissão foi o amor. Por meio de sua bondade, promoveu a igualdade, matou a fome do povo, lutou por dignidade e aplacou a sua dor.

191

Se você vier ao Nordeste, vai ver o sol se pôr na Praia do Jacaré, em amarelo alaranjado como se fosse queimado, aquarelando o céu. Viver o momento mágico, dele sendo acompanhado, pelo bolero de Ravel. No sertão o sol se deita em desatada alegria; os pássaros em cantoria, com tom alto de alarido, agradecem ao Criador, por mais um dia vivido.

192 Festival da Poesia Nordestina

Poesias

Depois se recolhem aos ninhos e esperam o luar mansinho, com os seus raios prateados, pra lhes fazer um carinho. Vendo esse espetáculo, a gente entende com clareza que o poeta fala a verdade, quando diz em sua canção, que “não há ó gente, ó não, luar como esse do sertão”! Mas no Nordeste, seu moço, é igualmente lindo, a lua saindo do mar, do imenso mar azul. Ela acende as estrelas e no céu podemos vê-las, até o Cruzeiro do Sul.

193

Se ficar em cantoria, Pode-se ver o raiar do dia, o sol mandando seus raios, abrirem as portas do mundo e o chamar para a vida, distribuírem luz e calor, dando energia pra lida. Por isso, sigo assim, pelo Nordeste encantada e sei desde que era menina, que não preciso de nada, pois tive a sorte ampliada pela bênção de ser nordestina!!

autora Magali Ribeiro

194 Festival da Poesia Nordestina

Poesias

O Nordestino é um Povo Forte! Sempre cedo a buscar, solução pro seu destino Dificuldades e barreiras, serão pedras no caminho Mas na mente uma meta, que faz parte do seu tino Sem limites e sem medidas, estará o próprio ninho Destemido, valente, orgulhoso sem arrogância Faz da labuta a esperança De um brado que a inocência Trás em si, a segurança E na essência desse bravo ser, empoderado Espalhado em toda parte dessa estrada Constrói a história como morada Que nunca será com medo Nem jamais haverá impedimento Pois; Ele guarda um segredo..!

autora Luciene B. Gome

195

E Se E se, o mundo todo olhasse para cá, Sem mesmo querer, eles iriam averiguar Que um povo forte igual a esse não há. E se Mozart conseguisse acordar e visse a “Rabeca” tocando, ele ia arrepiar, Se ouvisse um frevo rasgado, um xote e forró bem tocado, ele ia confessar Que um povo musical igual a esse não há. E se, Leonardo da Vince, pudesse voltar, com certeza ele iria sim pintar O luar do meu Sertão que de beleza de montão não dá pra aqui falar Acredito eu então, que ele iria em sua tela rabiscar um céu tão estrelado Que em nenhum outro lugar, beleza igual não há. E se Hipócrates, grande médico pensador, pudesse provar do nosso chá De Erva Doce, Romã, ou Hortelã, um lambedor também viesse beliscar

196 Festival da Poesia Nordestina

Poesias

Ele, espantado iria com certeza afirmar Que povo curandeiro igual a esse não há. E se Sócrates, grande homem do pensar, lesse alguns ditos popular Da sabedoria vernacular, ele iria assim pensar. Que povo inteligente, igual a esse não há E se Sansão, homem forte e duro de vencer, ficasse de frente com Lampião também valente pra valer Ele iria lutar, talvez até conversar, mas com certeza ele iria afirmar Que um povo de coragem, igual a esse não há ... E se esse povo forte, nascido no Nordeste olhasse para cá, E a si mesmo se enxergasse, se visse em sua beleza, cultura e grande coragem, Iriam ainda mais acreditar, e sua estima aumentar dizendo Que povo mais feliz igual a esse não há.

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E se toda a confiança se juntasse, e se minha fé com a sua se alinhasse E não visse cor, dinheiro, posição ou destaque, E se em todos em Deus confiasse, Então seriamos mais que um baluarte, um nome, região ou estandarte Seríamos a mostra de um povo forte e cheio de coragem iriamos nos amar E mostra pra todo mundo que povo amoroso como esse não há.

VERSO: “O nordeste não se cala, seu povo canta, dança e embala. O nordeste esbanja beleza em suas praias e riquezas. Tem um povo forte e talentoso, festeiro e corajoso. Oh! Nordeste tão formoso. Por isso afirmo com sentimento garboso tenho orgulho de fazer parte desse povo”. Milca de Paula

autora Milca de Paula

198 Festival da Poesia Nordestina

Poesias

Me Apresentarei a TI Quando a última trombeta se fizer soar pelo espaço, E o Cristo voltando em glória se fizer uma realidade presente, Ali estarei, contemplando todo o seu poder e ME APRESENTAREI A TI Quando surgir o mais belo arco-íris cortando os céus com suas cores E descer por ele o mais numeroso exército de anjos entoando Hosanas ao rei, eu ME APRESENTAREI A TI Quando o leão ficar manso, e os cordeirinhos brincarem com os lobos, Quando não houver mais dia e nem noite, não existir cor e nem raça, Rico e nem pobre, aí sim, eu ME APRESENTAREI A TI Quando se fizer a distinção entre trigo e joio, Quando o mal receber seu pago e o bem triunfar Quando Israel for restaurado e a glória de Deus brilhar, ME APRESENTAREI A TI

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E quando a última lágrima se fizer rolar da face dos cansados e oprimidos E no momento em que o diabo ficar preso em sua insignificância, Aí sim, eu ME APRESENTAREI A TI Quando os reis conhecerem O REI, quando os músicos ouvirem a pura música Quando os médicos virem O Médico, Quando os ricos contemplarem o que é riqueza Neste momento então, ME APRESENTAREI A TI Quando o céu e o firmamento disserem seus mistérios e os cientistas ficarem impressionados Quando o mar e a terra devolverem os seus mortos, E quando a pura luz e o perfeito som se fixarem no seu criador, Eu, ME APRESENTAREI A TI

200 Festival da Poesia Nordestina

Poesias

Quando Handel disser que seu Haleluia é nada diante da harmonia existente no esplendoroso coral entoando Glórias a Deus nas alturas, Quando Mozart espantado disser que jamais viu tantos instrumentos, aí sim, ME APRESENTAREI A TI É, e quando todos puderem contemplar Sua glória, e os que o rejeitaram ouvirem sua doce voz dizendo tão amargas palavras: _ Apartai-vos de mim malditos! E quando rasgar o grito de arrependimento dos que não aceitaram o seu amor, eu ME APRESENTAREI A TI Há, e como será maravilhoso contemplar o seu rosto e sentir mais que presente o seu amor Quando puder sentar ao lado dos arcanjos e querubins e quando eu também fizer parte dessa beleza, ME APRESENTAREI A TI

201

Contemplarei a cidade dourada e me banharei no profundo rio que corre debaixo do altar. Provarei do maná preparado para os que vencerem, Comerei do saboroso fruto da arvore da vida e neste cenário de sublime majestade então, ME APRESENTAREI A TI Quando todas as nações poderem ver o seu poder, Quando todo joelho se dobrar, e toda a língua confessar que Jesus Cristo é o Senhor, Só aí então, ME APRESENTAREI A TI E quando neste glorioso momento eu ouvir a voz do meu Senhor dizendo: _ Vinde benditos do meu pai! E enfim chamar aos seus filhos e filhas, pelo nome; Ai, sim, com meu ser rejubilando de prazer, ME APRESENTAREI A TI, E ENTÃO DIREI SOU NORDESTINA, FAÇO PARTE DE UM POVO FORTE CRIADO POR TI, OLHA PARA MIM COM TEU OLHAR DE AMOR E CANDURA. E NESTE SUBLIME CENARIO, EU GRITAREI, COM TODAS AS FORÇAS DOS MEUS PULMÕES EU GRITAREI : _ Eis-me aqui Senhor! Eis-me aqui!

autora Milca de Paula

202 Festival da Poesia Nordestina

Poesias

O Calitério: O Catador de Lixo do Cemitério Um rapaz pobre e bom, de família muito humilde. Só existia um tio como parente, que ganhou na loteria, ficou rico e avarento e tinha apego demasiado ao dinheiro e as coisas materiais. o que era um obstáculo ao desenvolvimento do espírito imortal. O tio fazia o sobrinho de escravo que, para comer e dormir trabalhava de sol a sol na manutenção de toda mansão, e no final do dia se contentava com o empréstimo de um quartinho no fundo do quintal da casa, onde descansava e tinha sonhos. Sonhava com uma vida melhor sem humilhação e constituindo uma família. O tio forte e poderoso que achava tudo possível e dizia que jamais morreria, caiu em desgraça e ficou muito doente. No seu leito de morte mandou chamar um velho conhecido de todos da cidade, um grande comprador de imóveis.

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Fez uma proposta de venda da propriedade para não deixar para ninguém – se referia ao seu sobrinho -, e pediu ao comprador que quando morresse queria ser enterrado no melhor cemitério, com o melhor caixão e bastante coroas de flores, e que seu dinheiro com os seus objetos, relógios, canetas e colares de ouro fossem sepultados juntos com ele. O pedido do milionário foi atendido e o garoto foi jogado na rua “sem eira nem beira”, sem ter o que comer e onde morar. Foi parar no cemitério onde o seu tio estava enterrado, olhando toda aquela riqueza em cima e em baixo da terra desperdiçada com alguém que não precisava mais daquilo para viver, e sim de orações das pessoas. Debruçado sobre a imponência da placa do jazido pensou em retirar todo àquele ‘lixo’ debaixo de sete palmos de terra, vender e dar o dinheiro para os pobres. Pegou uma pá e uma enxada e começou a exumação do lixo, catou tudo que podia e colocou em um grande saco, até ficar exausto e como de costume no fim do dia, foi descansar, neste caso, dentro do caixão.

204 Festival da Poesia Nordestina

Poesias

Enquanto dormia, um coveiro passava e viu a tampa da cova fora do lugar, e resolveu fechá-la sem ver o Calitério – O Catador de lixo do cemitério dentro, que foi enterrado vivo. Reza a lenda que o Calitério sai toda noite vagando pelos cemitérios em busca das covas nas quais os mortos não conseguiram se desprender dos seus bens materiais e levaram para a eternidade no aterro sanitário do além. .. Ilustração e texto do artista Catamisto André Soares Monteiro: artista Brasileiro, nascido no Recife no ano de 1967 que une em seu trabalho sustentabilidade e arte de forma lúdica, colorida e de grande relevância social. André é autodidata e o idealizador do Catamisto – Catar e Misturar o lixo e transformar em arte humanitária.

autor André Soares Monteiro

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O Nordestino é um Povo Forte! O Nordestino é Um Povo Forte, relembro Do poeta da roça, patativa do Assaré, Nordestino trabalhador, homem simples Do campo, nasceu no sertão do Ceará, Filho de camponês, nunca desanimou, Estudou poucos anos, seus primeiros Poemas de cordel, ainda na juventude, Alcançou reconhecimento, nunca deixou De trabalhar na sua terra, O Nordestino É Um Povo Forte. Nesses versos descrevo, o modo de viver De tantos Nordestinos, homens e mulheres Filhos do sertão, e trabalhadores rurais, Lembro -me do gibão do vaqueiro, da Fazenda De vovô, da jarra de barro com Água, cachaça e rapadura, cuscuz com tripa Assada, oh que Fartura, a noite vai chegando, A lua iluminando o sertão, com o coração cheio De gratidão, elevo os olhos ao céu, Jesus de Nazaré no meu coração, chega às dezoito horas, oração da Ave Maria, a fé aquece o Coração, O Nordestino É Um Povo Forte.

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Poesias

Tenho vários motivos, para amar o nordeste, Sou dessa terra, sou cabra da peste, já resisti a Seca e a fome, abandono e tantas outras Dificuldades, Jesus de Nazaré sempre ao meu lado, O Nordestino É Um Povo Forte. O Nordestino é um povo orgulhoso de sua luta, Resistência, simplicidade, e felicidade está no Nosso DNA, as belezas naturais é um ponto Forte da região, belíssimas e famosas praias Engrandece nosso Nordeste. O Nordestino É Um Povo Forte. O Nordeste dança no compasso do frevo, Maracatú, Xaxado, Axé e baião, não podemos Esquecer do Luiz Gonzaga, Gilberto Gil, e Dominguinhos, esse é meu Nordeste, que Orgulho da peste, daqui saiu as mais belas canções. O Nordestino É Um Povo Forte.

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Com a presença marcantes, de temperos Fortes e apimentados, nossa gastronomia é Referência mundial, para se ter uma ideia, já Cheguei a comer uma tapioca em Betim-Alemanha, mas nenhuma tem o sabor da Que é vendida no Alto da Sé em Olinda. O Nordestino é Um Povo Forte. Sou caboclo Nordestino, tenho mãos calosa, E grossa, sou poeta do mato, eu canto Meu sofrimento e sentimentos alheios, Casado com uma portuguesa, com sangue Nordestino, ela ganhou meu coração, na noite De São João, o beijo dela foi tão quente que até hoje esquenta me coração, O Nordestino É Um Povo Forte.

autor Patrick Barbosa

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ORELHA CONTRA CAPA

O Nordestino é um Povo Forte

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O Nordestino é um povo forte

E Se

Me Apresento a Ti

O Calitério: O Catador de Lixo do Cemitério

O Nordestino é um povo forte

Um Cordel Nordestino

O Nordestino é um povo forte

O Nordestino é um povo forte

A Benção de Ser Nosdestina

O Nordestino é um povo forte

O Nordestino é um povo forte

O Nordestino é um povo forte

Soneto ( uma grife pra meu amor

Inocentes do Moxotó

Caráter do Sertanejo

Eu Amo a Vida

Matuto Bom de Forror

Paz e Amor

Aquarela Nordestina

Antologia ARNM Poesias

Versos do Verão

Sou Sim Senhor

Recife Encantos Mil

Nordestino é um povo forte

Nordestino é um povo forte

Nordestino é um povo forte

Simplesmente Nordeste

Nordestino é um povo forte

Nordestino é um povo forte

O Nordeste e sua Glória

Nordestino é um povo forte! Faço parte dessa gente

Eu sou filha do Nordeste

Nordestino é um povo forte

Nordestinidade

Nordestino

Nordestina Feliz

Meu Torrão

Nordestino Realizado

Nordestino é um povo forte

Nordestino é um povo forte

Nordestino é um povo forte

Eu vi

Nordestino é um povo forte

Nordestino é um povo forte

Nordestino é um povo forte

Meu Cantinho

Brasil Nordeste