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Ensaios
Elétrico sem avisar
—— Exteriormente o visual desportivo quase faz passar despercebida a sua condição de carro elétrico, enquanto no interior quase que só o silêncio do andamento pode levantar suspeitas…
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Impressões
> A condução do Corsa-e não é de molde a levantar dificuldades; pelo contrário, fica até mais simples e acessível em comparação com os modelos com motor de combustão. Este facto pode ser relevante para quem deseja introduzir a mobilidade elétrica nas empresas e criar uma habituação a esta nova realidade. O típico poder inicial de aceleração está naturalmente presente, porém, a adaptação intuitiva ao modelo, com o clássico punho das mudanças a servir para seleccionar o sentido da marcha ou para aumentar o potencial de regenerar energia nas fases de desaceleração, é talvez aquilo que mais contribui para tornar tão agradável e prático o ato de conduzi-lo. Com a bateria totalmente carregada, o Corsa-e reivindica autonomia para 330 km (em WLTP), possíveis de realmente atingir com uma condução consciente, ou até de superar com uma utilização intensiva em cidade. Outra boa notícia é a capacidade para poder restabelecer até 80% de energia em apenas 30 minutos, graças à facilidade de poder recarregar num posto rápido de 100 kW.
OCorsa é um veículo importante no mercado europeu. A sexta geração foi lançada em meados de 2019 e assenta sobre uma plataforma moderna, exível e adaptável a diferentes tipos de motorização, o que permite fabricar a versão elétrica a par das que possuem motores a gasóleo e a gasolina.
Uma das virtudes do Corsa-e reside no facto de se apresentar e de se deixar dirigir como um “vulgar” carro de caixa automática. De facto, se o exterior é discreto quanto à sua condição de elétrico, o modo como se deixa conduzir e aquilo que surge aos olhos do condutor também não evidencia muito essa condição. Existem, claro, as necessárias informações relacionadas com o estado da bateria, com o uxo de energia e relacionadas com as operações de carregamento de energia, por exemplo, mas, quanto ao resto, o habitáculo do Corsa-e difere pouco das restantes versões.
A colocação dos módulos da bateria ao longo da plataforma, sob os bancos, veio elevar muito ligeiramente a altura da posição de condução. Mas não interfere nem no espaço do habitáculo, nem na capacidade da mala.
Em resultado da alteração do centro de gravidade, por causa das baterias que conferem cerca de mais 300 kg a esta versão, o carro parece ter cado ainda mais estável em curva. Contudo, a necessidade de reforçar a suspensão e os pneus de per l reduzido e mais desportivos da versão testada condicionam a capacidade de amortecimento sobre piso irregular.
Preços/Rendas 25.736,97€
+IVA
657,30 €
MÊS (36 MESES)
587,82€
MÊS (48 MESES)
À Lupa
MOTOR ELÉCTRICO
136 CV
100 KW BINÁRIO
340 NM
BATERIA AUTONOMIA
50 KWH 330 KM
IÕES DE LÍTIO/REFRI. WLTP EFICIÊNCIA
14,4
KWH/100KM WLTP
0G
CO2/KM
Impressões
> Quando se fala em BMW, aquilo que realmente importa são as emoções que a condução verte para quem segura o volante. Nesse capítulo em particular, há neste BMW a promessa de se adaptar ao perfil de quem o dirige, podendo fazê-lo através da seleção de estilos de condução personalizados, ajustes vários e até na forma como as informações são visualizadas ou os comandos disponibilizados nos ecrãs digitais. Além desta pré-programação, existe também capacidade para “apreender” a prédisposição do condutor e de interagir com este através de comandos de voz, naquilo que a BMW designa por assistente pessoal inteligente. O efeito do apoio elétrico é impercetível e imperfetível durante a condução. Já em termos de consumo parece resultar, a avaliar pela média estampada no computador de bordo no final do ensaio: 5 litros.
Carrinhas como a BMW Série 3 Touring mostram como carros grandes e familiares continuam a ter valor e importância, apesar de lhes faltar a faceta polivalente que um SUV oferece. E, sim, mesmo com motores a gasóleo podem continuar a ser a solução mais prática, às vezes até a mais económica, quando quem conduz não tem condições ou não está consciente da necessidade de carregar, sempre que possível, a bateria de um automóvel plug-in.
Embora de forma suave, a eletri cação também está presente neste motor, já que a necessidade de reduzir emissões obrigou a BMW a introduzir um sistema elétrico de 48 volts. O sistema, que inclui um pequeno
Em primeira classe
—— Numa categoria em que os SUV conquistam adeptos e as mecânicas plug-in expandem-se nas empresas, carrinhas “tradicionais” com motor a gasóleo lutam para não perder espaço
motor elétrico alimentado por uma bateria adicional, permite que o motor a gasóleo de quatro cilindros possa ser desligado em desaceleração, a velocidades inferiores a 15 km/h, assegurando em aceleração uma força adicional equivalente a 11 cv.
Sendo um modelo com características familiares, a habitabilidade e o conforto assumem grande importância. Ora se a posição de condução baixa e típica da BMW não é recomendável para quem sofre da coluna – diga-se que os pneus de baixo per l da versão M-Sport, testada e que está nas imagens, também não contribuem para a capacidade de amortecimento quando o piso se deteriora –, o comportamento estável em estrada, o desempenho e a capacidade de suporte dos bancos desportivos em curva amenizam rapidamente qualquer má disposição e conferem entusiasmo, segurança e alegria à condução. Com um equilíbrio que aparenta ser capaz de perdoar alguns erros (mas não excessos) daqueles que esquecem o facto desta 320 Touring continuar a dispor de tração traseira. Precisamente por causa desta circunstância, a área da mala, tão importante numa carrinha, não é referencial e ca-se por uns pouco expressivos 500 litros. E se o banco traseiro tripartido disponibiliza mais espaço em altura e para as pernas dos ocupantes laterais do que na anterior geração, a capacidade do lugar central é quase nula, devido ao túnel da transmissão traseira.
Preços/Rendas À Lupa À Lupa
45.282€
1.022,68€
MÊS (36 MESES)
907,05€
MÊS (48 MESES)
1.995 CC
4 CIL. /DIESEL
190 CV
4000 RPM
400 NM
1750-2500 RPM
4,9 L
/100KM
128 G
CO2/KM
Elegância felina
—— Depois de designar um pequeno desportivo lançado no final do século XX, o nome Puma regressa a um modelo ajustado aos tempos atuais: um SUV compacto, de aspeto vistoso, condução divertida e eficiente
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> Não sendo carro que ofereça o comportamento de um desportivo – que não é, apenas um automóvel que se dirige com alegria e que com alegria se deixa conduzir –, a afinação dinâmica do Puma aproxima-o, porém, mais da condução do Fiesta, do que da típica postura de um SUV em estrada. De facto, o Puma é um daqueles carros cuja condução tem o dom de conquistar rapidamente qualquer automobilista. E grande parte daquilo que inspira o condutor começa na postura correta do corpo em relação ao volante e aos pedais, prolonga-se na sonoridade do arranque e culmina na alegria do surpreendente motor de 1,0 litro, apesar de tudo, com uns apreciáveis 125 cv.
Puma é um mamífero nativo da América que se distingue pelo porte elegante com que se move, pela rapidez e temperamento próprios de um felídeo. Descrição que assenta na perfeição ao mais recente SUV da marca americana, cujas linhas laterais bem de nidas e frente elevada evocam na perfeição o per l musculado do animal.
É um carro desenhado para os tempos atuais; não existe oferta de motores diesel e, os disponíveis em Portugal, possuem um sistema eletri cado simples e nada intrusivo, destinado a diminuir os consumos e as emissões do pequeno mas despachado motor a gasolina de 1,0 litro. Mecânica que, como a plataforma, serve outros modelos como o Ford Fiesta, mas sobre a qual foi desenhado um carro com atitude e pose mais individualistas, com uma postura ágil em estrada, que deseja fazer justiça à natureza de um felino.
Impõe-se também pela facilidade de manobra em cidade, apesar da frente altiva e da volumetria dos pilares condicionarem-lhe a visibilidade, mas as múltiplas ajudas à condução que dispõe são úteis para facilitar essa tarefa, enquanto outras ajudam a torná-la mais segura. E embora o seu caráter individualista possa não revelar grande vontade para se deixar catalogar como carro familiar, a con guração elevada da carroçaria permite aos ocupantes traseiros viajarem com mais conforto do que no Fiesta, por exemplo, e dispor de mais espaço de mala. E uma vez que grande parte do interior é partilhado pelos dois modelos, é precisamente a altura que permite ao Puma oferecer também algo de único: um compartimento adicional com 80 litros sob o piso da mala, que a Ford designa como MegaBox. Impermeável e com um bujão de drenagem para facilitar a limpeza com água, este espaço pode ser utilizado para guardar botas lamacentas ou equipamento desportivo molhado ou, deslocada a cobertura do piso, para transportar objetos com até 1,15 metros de altura.
Preços/Rendas À Lupa
20.250 €
462,52 €
MÊS (36 MESES)
442,51€
MÊS (48 MESES)
998 CC
3 CIL. /GASOLINA
125 CV
5500 RPM
200 NM
1750 RPM
5,6 L
/100KM
126 G
CO2/KM
Bem comportado
—— Está mais comprido e mais largo do que a anterior geração, a grelha é maior e acumula um conjunto de apontamentos estéticos dignos da insígnia de quatro anéis que ostenta. Esta é a versão com preço de aquisição para empresas no 1.º escalão da TA
AAudi tem presença assídua na lista de opções dos gestores de frota. E sendo o mercado frotista um dos segmentos mais importantes para a marca premium alemã, não é de estranhar a aposta numa edição scal do A3 Sportback, pensada para as empresas que ainda não largaram, de todo, o diesel.
Como tal, o A3 “versão scal” chega equipado com um motor 2.0 TDI de quatro cilindros que debita 116 cv e produz um binário de 300 Nm, disponível logo a partir das 1.600 rpm. Um bloco que substitui o extinto 1.6 TDI e que a partir de agora ganha espaço debaixo do capot dos compactos do grupo Volkswagen. Os
Impressões
> O novo Audi A3 é um carro cumpridor e assume-se como um verdadeiro carro de estrada, pensado para proporcionar um elevado nível de conforto sem comprometer as boas prestações ou os custos de utilização das empresas que o considerarem para a sua frota. Além do caráter estradista, vem equipado com um vasto conjunto de ajudas à condução, como é o caso do Aviso de Saída Involuntária de Faixa, do Audi PreSense Front, do Cruise Control ou dos Sensores de Estacionamento Traseiros ou do AC Automático de duas zonas, além da Direção com Assistência Variável em função da velocidade, responsiva e que garante uma maior precisão na altura de dominar o asfalto.
116 cv de potência são mais do que su cientes para responder às exigências de quem passa o dia ao volante e permitem a este verdadeiro estradista um comportamento adequado e, acima de tudo, pensado para a otimização dos custos de utilização: a marca anuncia consumos mistos de 4,4 l/100 km, valores facilmente conseguidos, excetuando se grande parte da condução for feita em ambiente urbano. Como foi o caso deste ensaio.
A bordo, o conforto é o que seria de esperar num Audi. Não há ruídos parasitas e, mesmo a velocidades mais altas, o A3 revela estar bem insonorizado, o que aumenta consideravelmente os níveis de prazer retirados da experiência de condução. É o compromisso da marca com essa mesma experiência, patente no bom comportamento que deve muito à relação saudável entre chassis e motor, equilibrada e complementada pela curta, porém precisa, caixa manual de seis velocidades.
Ainda sentados ao volante, o arrojo patente nas saídas de ventilação, colocadas acima do volante, e a integração entre design e tecnologia, forma e função, é bem conseguida. O A3 tem o tablier orientado para o condutor, com o ecrã de infotainment integrado na consola central, sendo a operação destes instrumentos fácil e pouco ou nada impeditiva da necessária atenção ao volante.
Preços/Rendas 27.490,83€ 633,07 €
MÊS (36 MESES)
582,66€
MÊS (48 MESES)
À Lupa 1.968 CC
4 CIL. /DIESEL
116 CV
2550-4250 RPM
300 NM
1600-2500 RPM
4,4 L
/100KM
115 G
CO2/KM
Impressões
> Um Mercedes-Benz pensado para os que apreciam um automóvel responsivo. Beneficia de um sistema Dynamic Select, no qual é possível optar por diferentes modos de condução, sendo os modos “Electric” e “Eco” os que mais usufruem da capacidade da bateria de 15,6 kWh. É possível optar ainda pelo modo “Battery Level”, que preserva o nível de carga da bateria para posteriormente se poder conduzir em modo 100% elétrico, nomeadamente nos centros urbanos onde já só é permitida a circulação de veículos sem emissões de CO2. Os apontamentos e a qualidade interior são os de sempre: é um Mercedes-Benz, e a qualidade nunca é esquecida. Os materiais e comandos disponíveis são robustos, agradáveis ao toque e com a garantia funcional já característica da marca. Por se tratar de um híbrido plug-in, são evidentes as vantagens fiscais, sendo o valor referente ao IVA da aquisição dedutível.
Em outubro, a Mercedes-Benz foi a terceira marca que mais ligeiros de passageiros matriculou em Portugal, tendo sido, a par da Audi, o único símbolo premium a apresentar uma variação positiva nos registos de veículos novos relativamente ao mesmo mês de 2019. As tabelas de matrículas da ACAP, Associação Automóvel de Portugal, mostram também que, nos primeiros dez meses de 2020, a Classe A da Mercedes-Benz foi a segunda em número de registos no país.
Parte desse sucesso deve-se à nova geração do Mercedes-Benz Classe A (MBA), um automóvel que viu o seu estatuto ser valorizado pelas evidentes melhorias ao nível da qualidade de construção, da tecnologia disponível a bordo e do intrínseco caráter desportivo.
Plug-in sempre pronto
—— O nome EQ Power é cada vez mais uma realidade nos automóveis Mercedes-Benz. Depois dos Classe C e E, a construtora de Estugarda batiza com esta denominação um dos modelos para empresa mais vendidos em Portugal e equipa-o com um sistema híbrido plug-in a gasolina
Não se estranha, portanto, que a marca alemã siga a tendência já abraçada nas classes C e E e tenha equipado também o MBA com um sistema híbrido com 218 cv de potência combinada, o que lhe permite rivalizar, em desempenho, com o A 250 equipado com bloco 2.0 Turbo de 224 cv.
O sistema híbrido plug-in do compacto, porém arrisco, A 250e, assenta no bloco 1.3 litros Turbo a gasolina de 160 cv (resultado da parceria entre a Daimler e o grupo Renault), que opera em simultâneo com um motor elétrico de 75 kW. A coordenar ambos, uma muito bem escalonada e precisa caixa automática de dupla embraiagem (DCT) com oito velocidades. Em conjunto, as duas unidades transformam o MBA 250e num verdadeiro desportivo – personalidade talvez in uenciada, também, pela sigla AMG presente nas jantes ou nos tapetes interiores.
A condução híbrida é um processo imperceptível, confortável e suave. Condução ainda mais suave é a conseguida no percurso silencioso e amigo do ambiente, em modo 100% elétrico, que podem ir até aos 75 km (em ciclo NEDC2) sem uma ida à tomada, graças à bateria de iões de lítio com 15,6 kWh de capacidade. No que respeita a carregamentos, o MBA 250 e bene cia de um carregador interno que permite carregamento DC de 24 kW. Isto signi ca que é possível carregar até 80% da bateria em 25 minutos. Considerando uma wallbox de 7,4 kW (pode ser fornecida pela marca), o tempo de carregamento aumenta para 1h45m.
Preços/Rendas À Lupa MOTOR ELÉCTRICO BATERIA
+ IVA MÊS + IVA (36 MESES) MÊS + IVA (48 MESES) 4 CIL. /GASOLINA 5500 RPM 1620 RPM 75 KW /100KM CO2/KM 300 NM COMBINADO FONTE: LEASEPLAN - QUILOMETRAGEM ANUAL CONTRATADA: 25.000. SERVIÇOS INCLUÍDOS: ALUGUER/ I.U.C./ SEGURO (FRANQUIA 4%)/ MANUTENÇÃO/ GESTÃO DE FROTA/ PNEUS ILIMITADOS/ VEÍCULO DE SUBSTITUIÇÃO
Um leve elétrico
—— Tem as características de um verdadeiro Mazda: equilibrado, confortável, seguro e muito agradável de conduzir. Mas a autonomia disponível deixa-nos a pedir por mais tempo ao volante... que não temos
Impressões
> O MX-30 é um SUV urbano porque a Mazda assim o quis. Dirige-se aos condutores que procuram um veículo confortável e capaz de cumprir com as deslocações diárias. Beneficia de um motor elétrico que debita 145 cv e um binário de 270 Nm, números mais do que suficientes para uma condução em cidade, com a velocidade máxima limitada a 140 km/h. No geral, é um carro que “pisca o olho” ao segmento premium e oferece condições vantajosas para empresas, uma vez que, por ser 100% elétrico, permite a dedução do IVA da aquisição, fica a salvo da Tributação Autónoma e está isento do pagamento de IUC, por exemplo.
Éa primeira aposta 100% elétrica da Mazda de produção em série e foi criado para abraçar o crescente desa o das zero emissões. Chega ao mercado sob a égide MX, uma designação que a marca tornou famosa, por exemplo, no pequeno MX5, tão só o roadster mais vendido do mundo.
A ambição da Mazda é a de proporcionar confortáveis momentos de condução, sem nunca descurar a emoção que caracteriza os seus veículos. "195 km": esta é a imagem que gura no cockpit de um MX-30, com a bateria de 35,5 kWh carregada a 100%. É quanto este SUV da marca de Hiroshima oferece de autonomia, su cientes para se desfrutar do conforto e harmonia existentes no seu habitáculo, recheado de materiais de diferentes texturas. Como é o caso da cortiça de origem portuguesa utilizada em secções da bandeja da consola central e nos puxadores de porta interior (na versão Vintage Leatherette, presente nas imagens).
Cerca de 200 km que mantêm o condutor sempre atento ao indicador do estado da bateria, levam a uma não constante, porém presente, preocupação com um próximo carregamento e, por consequência, à melhor gestão das velocidades praticadas. Por isso é possível, quando não se exagera, obter consumos médios de 14,3 kWh/100 km. Muito abaixo dos 19 kWh/100 km anunciados pela marca, o que, para um veículo com perto de 2.700 kg de peso, é digno de registo.
De facto, se há característica comum nos atuais modelos Skyactiv (e o MX-30 com a designação e-Skyactiv não é exceção) é o assumido compromisso da Mazda de se aproximar de uma condução suave e sem sobressaltos. A posição de condução e o volante, ambos reguláveis, aliados a uma direção e suspensão precisas, tornam a experiência de condução intuitiva e fácil o su ciente para o pára-arranca da cidade – ambiente para o qual a marca desenhou este SUV – não oferecer constrangimentos de maior.
Outro detalhe, além da robustez e elegância das linhas exteriores do MX-30, são as portas Freestyle, sem pilar central. As portas traseiras de abertura invertida conferem ao Mazda MX-30 um estilo arrojado, porém pouco prático na hora de aceder aos bancos traseiros. Principalmente quando se trata de um ocupante de estatura média.
Preços/Rendas 25.051€
+ IVA
573,17€
MÊS + IVA (36 MESES)
538,96€
MÊS (48 MESES)
À Lupa
MOTOR ELÉCTRICO
143 CV
105 KW BINÁRIO
270 NM
BATERIA
32,5 KWH
REFRIGERADA AUTONOMIA
200 KM
EFICIÊNCIA
19 KWH/100KM 0G
CO2/KM
ADS quer disputar mercado com marcas premium. Para isso concorre com modelos bem equipados, que se destacam pela qualidade de construção, pelo uso de materiais nobres, pela muita tecnologia instalada, mas também por alguma excentricidade nas formas e na disposição de alguns comandos.
O DS 7 Crossback é um bom exemplo da descrição anterior. E, numa marca que quer a rma-se pela diferença, com alguma pompa e muita personalidade intrínseca, contas feitas com os benefícios associados ao facto de ser um plug-in, esta é a versão que pode recolher algum interesse para o mercado das empresas.
O que temos a nal? Além de reclamar autonomia elétrica para mais de 50 km, este DS 7 acrescenta tração total graças aos dois motores elétricos. O primeiro fator permite-lhe reduzir os consumos e as emissões da unidade a gasolina, mas também aceder aos centros urbanos em modo 100% elétrico. O segundo, pelo facto de estarem envolvidos três motores - um 1.6 turbo a gasolina com 200 cv e outros dois elétricos, um à frente com 81,2 kW ou 110 cv e um no eixo traseiro com 83 kW ou 112 cv –, acrescenta-lhe poder de aceleração e mais aderência e melhor comportamento quando o piso ou o trajeto se complicam.
Porém, não serão só estes os valores que fazem do DS 7 Crossback E-TENSE um modelo tão exclusivo ou que justi cam os mais de 50 mil euros pedidos por esta versão; a razão está também nos pormenores exteriores, na sumptuosidade do interior e na adição de equipamento, além de detalhes exclusivos que ajudam a distingui-lo de outras propostas “gémeas” de modelos do grupo PSA.
Difícil de “domar” é o painel digital, porque concentra em si uma série de funções que obrigam a desviar o olhar da estrada. Embora, para aceder a muita da informação que fornece ou comandar grande parte das funcionalidades, seja possível utilizar comandos de voz ou botões no volante. E há também alguns botões na consola, para acesso rápido a algumas funções sob o ecrã central.
Rivalidade premium
—— Um SUV de aspeto singular, com um interior fora do normal. Promete potência, desempenho e conforto, além de consumos e emissões reduzidas, graças ao sistema eletrificado composto por três motores, dois dos quais alimentados por bateria recarregável
Impressões
> Em estrada aberta e plana, o silêncio e a comodidade dos bancos são auxiliares preciosos ao conforto. A suspensão “inteligente” que equipa o DS 7 promete fazer uma leitura prévia do terreno para antecipar as reações. Porém, é natural que, no início, se estranhe alguma inclinação da carroçaria em curva. Capaz de melhorar a aderência sobre pisos escorregadios, a tração total não faz do DS 7 um todo-o-terreno, com os impactos e o desassossego da carroçaria sobre piso mais incerto a fazerem desaparecer grande parte do bem-estar sentido sobre o alcatrão. A transmissão automática de oito velocidades lida de forma suave com as transferências de ação dos três motores e contribui para a gestão das potências necessárias para cada momento. A média de consumo combinada variou entre os 6 e os 6,5 litros ao longo de um ensaio de mais de 700 km com uma única carga. A bateria de 13,2 kWh, instalada sob os bancos traseiros, não influencia a capacidade da mala. Garantiu energia para os primeiros 47 km de estrada, com 3,3 litros de consumo médio nos 100 km iniciais. Demora cerca de 1 hora e 45 minutos a carregar numa wallbox de 7,2 kW ou sete horas, com o adaptador fornecido, ligado a uma tomada doméstica.
Preços/Rendas À Lupa À Lupa
MOTORES ELÉCTRICOS BATERIA
+ IVA MÊS + IVA (36 MESES) MÊS + IVA (48 MESES) 4 CIL. /GASOLINA 6000 RPM 3000 RPM 81,2 KW 83 KW /100KM CO2/KM 320 NM 166 NM WLTP WLTP
FONTE: LEASEPLAN - QUILOMETRAGEM ANUAL CONTRATADA: 25.000. SERVIÇOS INCLUÍDOS: ALUGUER/ I.U.C./ SEGURO (FRANQUIA 4%)/ MANUTENÇÃO/ GESTÃO DE FROTA/ PNEUS ILIMITADOS/ VEÍCULO DE SUBSTITUIÇÃO NOVEMBRO 2020 77
Todo-o-terreno elegante
—— A ideia de que uma pick-up é um veículo rude, pouco atrativo e de condução exigente foi posta de parte durante a criação da nova geração da L200. A intenção foi convencer o mais cético dos profissionais de que um carro de trabalho, mais do que uma ferramenta, também pode ser uma companhia
Impressões
> Uma pick-up sólida, robusta e de condução fácil, que peca apenas pela insonorização pouco conseguida a velocidades mais elevadas. Na versão Cabina Club ensaiada, sofre com a ausência de lugar traseiro do lado esquerdo. A ocupação do único lugar traseiro à direita revela-se também um desafio para ocupantes de maior estatura. A conectividade a bordo, graças ao Smartphone Link Display Audio (SDA) exibido no ecrã touch permite a utilização do smartphone e chamadas telefónicas ativadas por comando por voz, o que aumenta consideravelmente os níveis de segurança ao volante. Dos consumos médios anunciados pela marca (8,3 l/100 km em ciclo WLTP), a FLEET MAGAZINE terminou o ensaio com uma média ligeiramente abaixo do oficial – 7,9 l/100 km.
Em 2019, conquistou 30% do segmento em Portugal, entre todas as versões de carroçaria e equipamento. A Mitsubishi L200 Strakar é uma das pick-up mais conhecidas em todo o mundo e reclama para si características como robustez e versatilidade apenas ao alcance de poucos.
A nova Mitsubishi L200 foi alvo não só de uma renovação exterior, com linhas mais aguerridas, mas também de uma melhoria no interior, que conta agora com um nível de equipamento e de ajudas à condução muitas vezes esquecidos pelas marcas no fabrico de veículos desta natureza. Da versão Intense que ensaiámos, destacamos o Controlo de Tração e Estabilidade e o ABS com EBD e ESS, úteis em dias de chuva e a Ajuda ao Arranque em Subida, sem esquecer o Cruise Control com limitador de velocidade variável e a útil Câmara Traseira, ativada quando engrenada a marcha-atrás – num veículo com mais de 5,2 metros de comprimento faz toda a diferença.
Esquecer o aborrecimento
A grelha dianteira em prata, composta pelo lettering STRAKAR disposto mais acima, no capot, o pára-choques traseiro em prata, as jantes de liga leve de 18 polegadas ou a caixa do espelho retrovisor exterior cromado, com regulação elétrica e rebatimento elétrico com aquecimento, são pequenos detalhes exteriores que revelam um dos objetivos da marca japonesa: conferir um caráter imponente e dinâmico, porém sem ignorar a estética, para enfrentar todos os tipos de desa os terrenos. A resposta a esses desa os reside no motor 2.3 litros a gasóleo de 150 cv e binário de 400 Nm (disponíveis entre as 1.750 e as 2.250 rpm), no bloqueio de diferencial traseiro e no controlo dos modos de tração Super Select 4WD-II, facilmente comandado através do seletor rotativo instalado na consola central que, em conjunto com uma suspensão precisa, permite optar (em andamento) entre tração a duas ou a quatro rodas, podendo ser utilizado em pisos com aderência reduzida.
Preços/Rendas À Lupa
30.666 €
+IVA
740,09 €
MÊS + IVA (36 MESES)
687,40€
MÊS + IVA (348MESES)
2.268 CC
4 CIL. /DIESEL
150 CV
3500 RPM
400 NM
1750 RPM
8,3 L
/100KM
191 G
CO2/KM