Guia do Ensino Profissional 2016

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edição

2016/2017 Edição especial da revista FORUM ESTUDANTE | Ano XVI | Anual | 2016

GUIA DO ENSINO PROFISSIONAL TUDO SOBRE

ENSINO

PROFISSIONAL A importância de saber fazer Ensino Profissional em crescimento até 2020 O que procuram as empresas?


Ensino Secundário Ensino Profissional

Ensino Superior Formação Avançada

Mobilidade

E ainda... Exames Médias Vagas Propinas empregabilidade...

Escolhe o teu caminho!

Tudo o que precisas saber está em myfuture.pt


ed. 2016/2017

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Estudos indicam que o Ensino Profissional tem um papel de crescente importância para a formação de um futuro mais equilibrado, em termos sociais e económicos.

Dos projetos aos testemunhos dos alunos que frequentam a escola, podes ficar a conhecer as oportunidades e formações que a escola tem para oferecer.

A importância de saber fazer

Escola Profissional Gustave Eiffel

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O Presidente da Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional (ANQEP) realça as vantagens deste tipo de ensino e os progressos que têm sido feitos por forma a melhorar a perceção da qualidade do ensino profissional.

Podes descobrir mais sobre esta escola que aposta a sua formação na tecnologia, arte, comunicação, área social e saúde.

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Top 3 das qualificações

Entrevista a Gonçalo Xufre Silva

WorldSkills Portugal O Campeonato Nacional das Profissões distinguiu jovens através de simulações reais de trabalho. Os vencedores irão representar Portugal na competição europeia e mundial.

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A PAPinha toda feita Queres saber tudo sobre a PAP? Esta é uma Prova de Aptidão Profissional que se traduz num projeto em apresentação na fase final do curso.

Val do Rio

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FICHA TÉCNICA www.forum.pt Isento de registo ao abrigo do Decreto Regulamentar n.º 8/99 de 9 de junho, Art.º 12.º - n.º 1A Telefone 218 854 730 Email guias@forum.pt Administração Roberto Carneiro Rui Marques Francisca Assis Teixeira Direção Gonçalo Gil Design Miguel Rocha Redação Raquel Coelho, Fábio Rodrigues Fotografia Gonçalo Gil, DepositPhotos Publicidade Tel.: 21 885 47 30 Félix Edgar felix.edgar@forum.pt Alexandre Duarte Silva alexandreDS@forum.pt Impressão Monterreina www.monterreina.com Tiragem: 20.000 ex.

Fica a saber quais são as profissões mais requeridas pelo tecido empresarial, de norte a sul do país.

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Histórias de Sucesso Podes conhecer percursos de quem alcançou o sucesso através do Ensino Profissional. Do fundador do H3, ao treinador das águias do Sport Lisboa e Benfica, passando por uma bailarina da Companhia Nacional de Bailado, entre outros.

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www.forum.pt FORUM ESTUDANTE Revista de Cursos, Escolas e Profissões Propriedade e Edição de: PRESS FORUM Comunicação Social,S.A. Capital Social: 60.000,00€ NIF: 502 981 512 Periodicidade Mensal Depósito Legal n.º 510787/91 Sede Tv. das Pedras Negras, n.º 1 - 4.º 1100-404 Lisboa Tel.: 21 885 47 30 Fax: 21 887 76 66

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A importância de saber fazer Os estudos são unânimes: o Ensino Profissional tem um papel cada vez mais importante na construção de um futuro risonho economica e socialmente equilibrado. De que forma é que as opções profissionalizantes contribuem para estes objetivos? Em 2020, cerca de metade dos empregos vão requerer um nível médio de qualificação. A previsão é da Comissão Europeia que salienta o papel do Ensino Profissional neste quadro: “muitas vezes, esta qualificação será alcançada através de uma formação profissionalizante”. Os autores desta investigação dividem as mais-valias do Ensino Profissional em duas vertentes: económicas e sociais. A nível económico, é sublinhada a maior proximidade às necessidades do mercado de trabalho que levam a “um menor desemprego” e a um “impacto positivo na performance laboral”. Já quanto aos benefícios sociais, os autores do estudo destacam a ligação entre gerações, bem como “a coesão e a integração social”. A explicação para estes benefícios podem estar na própria definição destas opções educativas: composto por todas as formações de dupla certificação, o Ensino Profissional junta uma parte escolar e uma parte profissional. Esta mistura é alcançada através da junção das componentes sociocultura, científica, técnica e de formação em contexto de trabalho. Esta formação em contexto laboral, de resto, é vista como uma das justificações 2

para a proximidade ao mundo do emprego. É que, através da realização de um estágio, os alunos do Ensino Profissional garantem um primeiro contacto com o mercado de trabalho. Os dados mais recentes (2013) do Observatório de Estudantes à Saída do Secundário, parecem confirmar esta tendência. Cerca de 60% dos alunos do Ensino Profissional integrou o mercado de trabalho. Destes, 37% encontraram emprego imediatamente após finalizarem o curso.

O que é a dupla certificação? Graças à junção da parte escolar e profissional, os cursos profissionalizantes garantem um diploma de Ensino Secundário e, simultaneamente, uma certificação profissional de nível 4 do Quadro Nacional de Qualificações (ao contrário do nível 3 do secundário em científico-humanísticos).

Como se processa um curso profissionalizante? Durante o percurso educativo ou formativo, vais encontrar as disciplinas divididas por módulos – unidades de aprendizagem autónomas. No final do curso, não é obriguia do ensino profissional • desde 2010

gatória a realização de exames nacionais, sendo que a prova de avaliação final é a PAP (Prova de Aptidão Profissional) que envolve a demonstração, perante um júri, das competências que foram aprendidas nas aulas e na experiência profissional.

E depois do curso? Embora seja uma opção centrada nas competências que permitam a preparação para uma profissão, o Ensino Profissional não impede que continues os teus estudos. De acordo com os dados do OESS, 38% dos alunos prosseguem estudos (67% deles a um nível superior). Segundo as regras, um aluno do Ensino Profissional, para se candidatar ao Ensino Superior, terá de realizar dois exames nacionais. Um à disciplina de Português e outro à sua escolha, tendo em conta as específicas requeridas pelo curso superior. Outra das opções, criada recentemente, é o ingresso num Curso Técnico Superior Profissional (CTeSP). Tal como os Cursos de Especialização Tecnológica, estes cursos conferem o nível 5 do QNQ, com possibilidade de transição para licenciatura, através de um regime especial.


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magestil

Escola Empreendedora

Magestil reconhecida com o Prémio Europeu “Escola Empreendedora” The Entrepreneurial School Award é um prémio que visa reconhecer o envolvimento local, nacional e europeu dos melhores exemplos de educação para o empreendedorismo. A Escola Profissional Magestil recebeu o The European Entrepreneurial School Award 2015 na primeira edição deste Prémio que reconhece o trabalho realizado ao nível do Empreendedorismo nas Escolas. Desde 2014 que a Magestil faz parte do grupo de escolas distinguidas pela Junior Achievement Europe com o selo “The Entrepreneurial School”. A atribuição deste novo prémio em 2015 veio reforçar a afirmação da Magestil como uma Escola para o Empreendedorismo.

Carla Laranjeira - Prémio JAP “Professora da Década 2005-2015” A Coordenadora do Curso de Comunicação da Magestil, Profª Carla Laranjeira, recebeu o “Prémio Professor da Década”, atribuído pela Junior Achievement Portugal, durante a comemoração do 10.º aniversário desta que é a principal organização mundial de educação para o empreendedorismo. Este Prémio atribuido a Professores e Voluntários, reconhece o trabalho de uma década, dedicado à implementação dos vários programas da JA nas Escolas.

Escola de Moda de Lisboa cria Business Store no LX factory

Estágios Internacionais para Alunos recém-diplomados A Escola Profissional Magestil tem promovido nos últimos anos, ao abrigo do Programa Erasmus +, projetos de mobilidade de alunos recém-diplomados que têm, assim, a oportunidade de estagiar no estrangeiro durante um período de 2 meses. Em Maio de 2016 foi aprovado mais um projeto que prevê a realização de 20 mobilidades, tendo como destino países como Alemanha, Espanha, Eslováquia, Itália e República Checa.

Alunos da Magestil conquistam Prémio Montepio “Entrepreneurship for Development”

A EML Factory | Young Creators Takeoff é a primeira business store criada por uma Escola de Moda Portuguesa com o fim específico de apoiar as ideias, projetos ou negócios de alunos na área do design e da moda. Desde setembro que este espaço acolhe vários projetos de Alumni do Curso Técnico de Design de Moda - com vista ao arranque ou ao crescimento dos seus negócios. Inserida na estratégia de divulgação dos trabalhos dos jovens da Escola de Moda de Lisboa e simultaneamente de promoção do emprego e do empreendedorismo dos finalistas, a EML Factory está localizada no Espaço LX Factory, pólo de inovação e das indústrias criativas. guia do ensino profissional • desde 2010

Na IX Competição Nacional do Programa “A Empresa”, promovido pela Junior Achievement Portugal, a escola Profissional Magestil foi representada por duas equipas de alunos do Curso de Comunicação – Marketing, Relações Públicas e Publicidade. Uma das miniempresas, a LAP, conquistou o Prémio “Entrepreneurship for Development” entregue pelo Montepio Geral e que vai permitir à equipa a realização de um estágio e a continuidade do seu projeto. 3


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Entrevista a Gonçalo Xufre Silva

“Trabalhamos para até 2020, termos 50% dos alunos do ensino secundário em percursos profissionais de dupla certificação.” O que pode levar um jovem a optar pelo Ensino Profissional? Dos contactos que temos tido com jovens já diplomados ou atualmente estudantes no ensino profissional temos percebido que as razões mais significativas na opção dos jovens por este ensino prendem-se com a tomada de conhecimento da existência de soluções de educação e formação que respondem de forma mais adequada ao perfil desses mesmos jovens. Isto deve-se à integração de uma aprendizagem mais prática e, como tal, mais motivante. O ensino profissional garante aprendizagens que se fazem sobretudo em ação, com propósitos específicos que se traduzem na concretização de projetos. Ou seja, estamos perante uma modalidade educativa e formativa sobretudo centrada no aluno. O aluno é implicado diretamente no modo como 4

aprende, existindo um maior envolvimento, logo este sente-se mais predisposto e motivado para a aprendizagem. Além disso, há características específicas desta modalidade que cativam pela capacidade que tem em responder a questões concretas que afetam os mais jovens, como a proximidade ao tecido empresarial (po-

“Através dos Embaixadores do Ensino Profissional, temos vindo a dar a conhecer as mais-valias deste ensino. tenciadora de emprego), um currículo modular e mais flexível (permite retomar mais tarde aprendizagens que tenham ficado para trás) ou o nível de certificação que se guia do ensino profissional • desde 2010

pode obter (nível 4 do Quadro Nacional de Qualificações, um nível acima ao dos cursos desenhados exclusivamente para o prosseguimento de estudos). Vê o Ensino Profissional como um caminho mais vantajoso para um jovem? Sem dúvida. O nível habilitacional que o ensino profissional permite obter (12.º ano) é a mesmo que esse jovem obteria nos cursos científico-humanísticos mas as aprendizagens realizadas permitem uma maior amplitude de opções terminado o secundário. Ao finalizar o curso, o jovem estará perfeitamente apto a iniciar a vida ativa (dominando as técnicas necessárias e tendo desenvolvido um conjunto de atitudes que são muito necessárias no “mundo real”) e, além disso, está em perfeitas condições de prosseguir estudos, se for esse o seu desejo.


ed. 2016/2017 #somosensinoprofissional Que medidas foram tomadas por forma a reforçar a ligação ao mercado de trabalho? Uma das medidas mais recentes consistiu no reforço da carga horária da formação em contexto de trabalho (passou de 420 horas para 600 a 840 horas). Esta medida permite que os jovens tenham um maior contacto com o mercado de trabalho e inclusive que se criem laços mais consistentes entre essas empresas e os jovens, propiciadores de situações efetivas de emprego. Outra medida, ainda em curso, prende-

“Nos últimos anos, temos feito grandes progressos no alargamento da rede educativa e formativa e também na perceção da qualidade do ensino profissional.” -se com o redesenho das qualificações, tendo por base os resultados de aprendizagem (ou seja, o que o aluno deverá saber e ser capaz de realizar aquando da conclusão do seu processo de aprendizagem). Se as qualificações forem mais legíveis para os empresários será mais fácil tê-los como parceiros na conceção dos referenciais de formação e ajudá-los-emos na definição de perfis de emprego mais precisos para o recrutamento e seleção de colaboradores. Gostaria ainda de referir o projeto (igualmente em curso) de garantia da qualidade do ensino profissional, tendo por base o Quadro de Referência Europeu de Garantia da Qualidade para o Ensino e Formação Profissionais (EQAVET). Ao promovermos a qualidade no ensino profissional, promoveremos também as ligações entre este ensino e o mercado de trabalho.

Nacional de Reformas “Mais crescimento, melhor emprego, maior igualdade”, no sentido de podermos ter, até 2020, 50% dos alunos do ensino secundário em percursos profissionais de dupla certificação. Pensa que, hoje em dia, se pode afirmar que as opções profissionalizantes são vistas pela sociedade portuguesa como uma opção tão válida como qualquer outra? Não é fácil nem rápido mudar mentalidades enraizadas e as vias profissionalizantes ficaram prejudicadas, do ponto de vista da sua perceção social, com as medidas que foram tomadas após o 25 de abril, quando se pretendeu unificar o ensino secundário. Mas, nos últimos anos, temos feito grandes progressos nesta matéria, não só no que diz respeito ao alargamento da rede educativa e formativa mas também na perceção da qualidade deste ensino. Assim, são cada vez mais os jovens e as famílias que veem no ensino profissional uma opção tão válida ou até mais válida do que as restantes opções de qualificação. É aliás por este motivo que hoje os alunos do ensino profissional tem, em média, idades inferiores às que tinham há anos atrás. Nessa altura, os alunos do ensino profissional enveredavam por esta via, já como segunda escolha,

“Ao promovermos a qualidade no ensino profissional, promoveremos também as ligações entre este ensino e o mercado de trabalho.” depois de terem experimentado os científico-humanísticos. Hoje, muitos optam de imediato pelo ensino profissional, assim que terminam o 9º ano de escolaridade.

Qual a percentagem de alunos que opta por modalidades profissionalizantes?

Que iniciativas tem a ANQEP promovido no sentido de valorizar o Ensino Profissional?

Os dados disponibilizados pela Direção Geral de Estatísticas da Educação e Ciência, reportados ao ano letivo de 2013/2014, apontam para 44,8%, sendo certo que iremos trabalhar, de acordo com o Programa

Especificamente com esse intuito, temos vindo a participar, todos os anos, em diversos eventos, com mostras exemplificativas do que se faz e de como se aprende no ensino profissional. Nos dois últimos guia do ensino profissional • desde 2010

anos, promovemos e realizámos uma iniciativa deste género em todas as capitais de distrito de Portugal Continental – o Roadshow do Ensino Profissional - e no ano passado lançámos o Dia do Ensino Profissional (que este ano iremos celebrar no dia 3 de junho). Além disso, elegemos vários diplomados, com percursos de vida e profissionais bem-sucedidos, e convidámo-los a serem Embaixadores do Ensino Profissional. Através destes Embaixadores, temos vindo a dar a conhecer as

“O ensino profissional garante aprendizagens que se fazem sobretudo em ação.” mais-valias deste ensino e foi com eles que lançámos o movimento social #somosensinoprofissional. Utilizamos ainda com regularidade as potencialidades das redes sociais para lançarmos desafios e concursos que ajudam a divulgar e a promover este ensino, através da evidenciação dos saberes e das competências que o mesmo proporciona aos jovens. Qual o balanço que faz da aposta estratégica na criação dos Cursos Técnicos Superiores Profissionais (CTeSP)? Estes cursos surgem como um trajeto natural de progressão de estudos especialmente preparado para os jovens que iniciaram no ensino secundário cursos profissionalizantes. Neste sentido, dão resposta a lacunas que existiam em termos de oferta formativa no ensino superior ou minimizam outras, se considerarmos que, nalguns territórios, já existia oferta de cursos de especialização tecnológica. Na realidade, muitos jovens, vindos de cursos profissionais, tinham resistência em prosseguir estudos através de percursos meramente académicos. Além disso, os CTeSP foram estruturados numa lógica de atuação em rede com as entidades que, no terreno, asseguram cursos profissionalizantes de nível secundário. Tudo isto, a par dos créditos que concedem à progressão de estudos de nível superior, permitiu que estes cursos tenham sido muito bem aceites quer pelos jovens, quer pelas suas famílias, quer ainda pelas empresas locais. 5


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iefp

WorldSkills Portugal 2016 Os jovens competidores, com idades entre os 17 e os 25 anos, representaram 47 profissões a concurso, realizando provas práticas, simulando situações reais de trabalho, sendo avaliados pelo júri no final dos quatro dias intensos de competição. Para além da classificação, a competição pelo Campeonato Nacional das Profissões tinha, para os concorrentes, uma motivação extra, visto que os vencedores desta fase nacional irão representar Portugal no Campeonato Europeu das Profissões – o Euroskills 2016 – que se irá realizar em Gotemburgo, na Suécia em dezembro deste ano, e no WorldSkills 2017 - Campeonato do Mundo das Profissões que realizará em 2017 em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. Em ambas as competições, a comitiva portuguesa terá oportunidade de competir com os melhores do mundo, mostrando o que de melhor se faz no nosso país, ao ní-

Entre 22 e 27 de maio, Coimbra recebeu a 42ª edição do WorldSkills Portugal – Campeonato Nacional das Profissões, onde estiveram em competição cerca de 400 jovens vindos de Escolas Profissionais, Centros de Emprego e Formação Profissional e de outras entidades formadoras e empresas de norte a sul do país. vel da formação profissional. Refira-se que Portugal foi pioneiro, juntamente com Espanha, na organização de competições internacionais de profissões, realizando em 1950 o primeiro campeonato entre os dois países. Desde essa data o nosso país tem sido sempre representado nos diversos campeonatos internacionais, obtendo resultados cada vez melhores, atestando a evolução da qualidade do ensino/ formação profissionais em Portugal. Na cerimónia de encerramento da competição animada por Rui Unas e Filomena Cautela, no Convento de S. Francisco, em Coimbra, foram atribuídas 139 medalhas de ouro, prata e bronze aos melhores classificados. Nas provas a concurso, o júri avaliou os participantes segundo os critérios estabelecidos de competências técnicas, capacidade de planeamento e organização de tarefas, rigor profissional, gestão do tempo e autocontrolo.

Os números do Campeonato

386 Participantes

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335 Jurados

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Regiões representadas

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8.000 m2 de espaços oficinais equipados


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iefp

A cerimónia contou com a presença de Vieira da Silva, Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, de Miguel Cabrita, Secretário de Estado do Emprego, de Jorge Gaspar, Presidente do IEFP e representante no WorldSkills Internacional e do presidente do comité técnico da WorldSkills International, Stefan Praschl.

O Diário do Campeonato

Competências em debate

Os seis dias de WordSkills Portugal começaram a 22 de maio com a cerimónia de abertura, no Parque Verde da Cidade, um espaço excelente à beira do Mondego e que terá servido de inspiração a todos os jovens que nos dias seguintes teriam pela frente 4 dias de competição intensa. A isso ajudou também a sessão de motivação dinamizada pelo judoca olímpico Nuno Delgado. Dia 23, foi o primeiro de competição, o dia de reconhecimento do espaço de trabalho, de análise da prova e de lançamento de mãos à obra. A maioria das provas decorreu no Serviço de Formação Profissional de Coimbra, num espaço intervencionado para o efeito e que reuniu excelentes condições para a realização das provas e também para a circulação do público, que a partir da tarde deste primeiro dia, pôde visitar e observar todos os concorrentes em plena competição. 24 e 25 de maio foram os dias de desenvolvimento de cada uma das provas. Notava-se a ansiedade de alguns concorrentes, a angústia de outros a quem as coisas não corriam tão bem.

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Locais de competição

Dia 26 foi o último de competição. Aí a tensão foi maior, com o aproximar do prazo final, os últimos retoques, as verificações finais e a conclusão das provas. O Encerramento e entrega de prémios foi na sexta-feira dia 27, de onde os concorrentes depois partiram, de certeza com o sentido de dever cumprido.

80 Voluntários

Paralelamente ao campeonato, o IEFP promoveu ao longo dos 4 dias de competição uma série de seminários sob o tema do poder das competências e que reuniu empresários, centros de formação, escolas, associações profissionais e especialistas em diversas áreas e setores de atividade

Solidariedade marcou presença Duas campanhas solidárias incluíram o programa do Campeoanto Nacional das Profissões. “Dar Sangue é Dar Vida” resultou de uma parceria com os Hospitais da Universidade de Coimbra e que levou a uma ação de recolha de sangue durante os dias do Campeonato. Da parceria com a Cruz Vermelha Portuguesa, resultou a campanha “Ajude-nos a Ajudar” que consistiu na angariação de bens essenciais, para distribuição a famílias carenciadas.

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Profissões em competição

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Parceiros/patrocinadores

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A PAPinha TODA FEITA Presente em todos os cursos profissionais, a Prova de Aptidão Profissional (PAP) permite-te desenvolver uma ideia ou conceito ligado ao teu meio profissional. Fica a saber tudo sobre este passo importante no caminho até à qualificação. A PAP chega no último terço do curso. É essa a altura em que vais mostrar o que aprendeste ao longo de todo o curso. A tua demonstração não se vai resumir a enunciados, folhas de exame e canetas. Terás de executar, do início ao fim, um projeto inteiramente teu – do conceito inicial até à defesa perante o júri. A natureza da PAP vai depender do curso em que estejas inserido. Pode ser um produto material (se fores da área das tecnologias, por exemplo) ou intelectual. Conforme dita a legislação que regula esta prova, a concretização passa pela “intervenção ou atuação, consoante a natureza dos cursos”. Ao longo deste último terço, não estarás sozinho. Poderás contar com a ajuda de professores que te orientam na escolha do 8

projeto e decidem se este está em condições de ser submetido à apreciação final do júri. Durante todo este processo, poderás ainda contar com o auxílio de diversos docentes das áreas técnicas do curso. A apresentação final não pode exceder os 60 minutos e pode ser realizada com a ajuda do teu orientador. Da mesma forma, podes fazer a tua PAP em equipa, contando que o contributo de cada um dos membros seja visível. Na avaliação, o júri leva em conta critérios como a concretização do projeto, a relevância da aprendizagem para a inserção profissional, bem como a qualidade e o interesse da apresentação e do produto (para o setor económico em causa).

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Medida Vida Ativa

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O QUE SE FAZ NA EPGE Nos seis polos da Escola Profissional Gustave Eiffel (EPGE), o trabalho dos alunos ultrapassa as paredes da sala de aula. Apresentamos-te alguns dos projetos em que os estudantes da EPGE estão envolvidos, para que fiques a conhecer a diversidade de âmbitos desta escola profissional. “Criar é Felicidade”

Primeiro lugar alcançado Os alunos da turma 408, 2ºano, do Curso Profissional de Técnico de Comunicação – Marketing, Relações Públicas e Publicidade participaram no concurso “Criar é Felicidade” da Coca-Cola, conquistando o primeiro lugar. Como prémio, tiveram uma visita guiada às instalações da fábrica Coca-Cola com almoço incluído no restaurante Domino´s Pizza.

“Ciência na Escola”

Robots, Geradores e Debulhadoras Na 13ª Edição Prémio Fundação Ilídio Pinho 2015/2016 “Ciência na Escola”, foram selecionados os seguintes projetos, todos eles desenvolvidos por alunos do Curso Profissional de Técnico/a de Mecatrónica: Robot Militar (Daniel Silva), Debulhador de Milho Elétrico (Pedro Henriques) e Gerador Solar Fotovoltaico (Pedro Marmelo).

“Bgreen Ecological Film Festival”

Presença assegurada na final Bgreen // Ecological Film Festival é um festival de vídeo ecológico, promovido pela OFICINA – Escola Profissional do Instituto Nun’Alvres e que tem como principal objetivo sensibilizar os jovens para as questões ambientais através de spots vídeo. A competição é dirigida a estudantes do ensino secundário ou equivalente, de qualquer parte do mundo, com idades compreendidas entre os 14 e os 21 anos (inclusive). Os alunos do 3º ano de Multimédia – equipa WAVV - concorreram com um spot vídeo sobre questões ambientais e passaram à fase dos finalistas. Desta forma, os estudantes estarão presentes na grande final a 9 de junho, na Fábrica de Santo Thyrso, em Santo Tirso. IV

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EMPRE

Empresários na escola Em 2016, os alunos do Entroncamento participaram nos projetos EMPRE, promovidos pela Tagusvalley e Nersant da rede Médio Tejo empreendedorismo Em-Rede. Esta é uma iniciativa que segue a metodologia de Valnalón (Espanha), considerada pela União Europeia como boa prática na temática do empreendedorismo. No âmbito destes projetos, nasceram diversas empresas. Os alunos dos 2.º e 3.º ciclos, sob a gestão e coordenação da Tagusvalley, criaram as empresas eModufrasco (Curso Vocacional Básico de Instalações Elétricas/ Desenho Aplicado/ Hotelaria e Restauração, turma 16VOC) e Welness (Curso Vocacional Básico de Mecânica Industrial/Imagem e Comunicação/ Segurança e Saúde, turma 30VOC). Já ao nível do Ensino Profissional, foram criadas as empresas Pet´livia (Curso Profissional de Técnico/a de Mecatrónica, turma 402) e ProvEM (Curso Profissional de Técnico/a de Restauração, turma 403).

Justiça para Todos Os alunos do Curso Profissional de Técnico/a de Turismo (turma 465) participam neste programa de sensibilização para as questões relacionadas com o sistema judicial.

AMIAMA

O melhor amigo dos animais

“Atreve-te a Pensar”

Nasceu, no passado mês de Outubro de 2015, um projeto de voluntariado entre o Polo da Escola Profissional Gustave Eiffel de Queluz e a AMIAMA - Associação de Amigos dos Animais da Amadora. Este é mais um dos protocolos partilhados entre as duas entidades. A turma 417 do 2º ano, do Curso Profissional de Animador Sociocultural do Polo de Queluz, iniciou um trabalho comprometido e voluntário neste espaço que acolhe quase uma centena de cães que alguém abandonou à sua sorte. A parceria solidária será composta de momentos de passeio com os animais, ajudas na limpeza da associação, animações de rua de sensibilização para a proteção e adoção, bem como campanhas para angariações de fundos.

Alunos garantem patente “Chef Fish”

Emalhar o Robalo Neste concurso, promovido pela DECO, participaram dois projetos, de alunos do Curso Vocacional Básico de Instalações Elétricas/ Desenho Aplicado/Hotelaria e Restauração (turma 16 VOC): Emalha o Robalo (alunos Mariana Rodrigues e Daniela Ferreira) e Grav’ala (alunos Leonardo Lino e Rui Marinho).

Apoiando a comunidade local na cobertura de atividades das escolas, instituições privadas e públicas, Alunos do 2º Ano do Curso de Multimédia participaram e ganharam o concurso de ideias “Atreve-te a Pensar”. O projeto teve seguimento e a empresa conseguiu apoios da Misericórdia da Amadora para patentear o seu projeto. Destaque ainda para a participação dos alunos deste curso no concurso “A Empresa” da Junior Achievement Portugal, onde nos últimos anos já participaram mais de 200 alunos. Depois de cada ano letivo, os alunos fazem um exame e os que obtêm sucesso recebem o Entrepreneurial Skills Pass, um certificado europeu de empreendedorismo passado pela Comissão Europeia. guia do ensino profissional • desde 2010

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gustave eiffel WaterTEC

Rega inteligente (e por SMS) Os alunos do Curso Profissional de Técnico de Eletrónica Automação e Computadores criaram o WaterTEC, um sistema de rega inteligente que é capaz de fazer todo o controlo da rega de uma sementeira, fazendo a monitorização de parâmetros como a humidade do solo, a temperatura, e o estado do sistema, enviando todos estes parâmetros via SMS para o gestor do sistema. Para além disso, é ainda possível ativar ou desativar o sistema através de um simples SMS. Com este projeto, os alunos tiveram a oportunidade de participar em concursos como o INOVA e o Junior Achievement.

“From Rivers To Ocean”

De Portugal à Finlândia Os alunos do Curso Profissional de Técnico de Eletrónica, Automação e Comando, no âmbito do Grupo de Desenvolvimento de Projetos da EPGE, e em parceria com a Associação Portuguesa de Educação Ambiental ASPEA), participaram no projeto My Observatory From Rivers To Ocean. Os estudantes construíram os kits MyO_R2O, com sensores de pH, temperatura, condutividade elétrica e potencial redox (ORP) para monitorização da qualidade de água. Realizaram ainda o levantamento de dados e promoveram workshops em escolas do ensino básico. Dois dos elementos deste grupo, os alunos João Santos e Hudson Melo, participaram na iniciativa Finnish-Portuguese School Week in Rauma — A Week of Young Citizen Science, que inclui a apresentação, na Finlândia, deste projeto. A viagem está inserida no protocolo de cooperação da EPGE e a Aspea Associação, com o apoio da Agência Ambiental Finlandesa e da empresa ForChem, que asseguraram esta oportunidade.

“Young People in European Forests 2015/2016”

Preservar a natureza Este concurso internacional (Concurso Florestal Europeu) teve por base a participação da escola em iniciativas de promoção da preservação da natureza (inserida no âmbito da disciplina de Área de Integração, uma vez que estes conteúdos são trabalhados na mesma disciplina), nomeadamente das florestas europeias; Na 1ª fase, várias equipas realizaram a prova de avaliação de conhecimentos da qual resultou uma equipa vencedora, as alunas Mariana Pinto, Tânia Alves e Diana Ramalho da turma 410. VI

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“Young Volunteam”

House Alert (Alert From Home)

Cuidar a casa à distância Um sistema eletrónico de deteção e alerta de anomalias e fenómenos de risco em habitações. É este o propósito do projeto criado pelos alunos do Curso Profissional de Técnico de Eletrónica e Telecomunicações: o HouseAlert (AlertFromHome) - Sistema de Alerta para Casas de Férias. O sistema é composto por um controlador principal, um módulo de comunicações GSM, sensores de diversos tipos e uma bateria própria. Este controlador principal recebe informação dos sensores e reporta os acontecimentos por SMS para o telemóvel do proprietário da habitação. Assim, torna-se possível agir em tempo útil. Os tipos de sensores possíveis de integrar neste sistema são: sensor de presença/movimento; sensor de quebra de vidros; sensor de porta aberta; sensor de temperatura e/ou fumo; sensor de humidade/inundação; sensor de falta de corrente – para detetar interrupções de corrente no frigorífico/congelador; etc. Este sistema pode ser instalado por um técnico especializado ou por uma pessoa com aptidão para a bricolage através de uma aplicação informática user friendly para facilitar a configuração do sistema. O projeto passou à Fase de Desenvolvimento na 13ª Edição do Projeto Ciência na Escola, da Fundação Ilídio Pinho.

Criar a Caixa Solidária A Caixa Geral de Depósitos, em conjunto com a associação Sair da Casca e a associação Entrajuda promovem anualmente o Programa Young VolunTeam. Sendo este um programa que realça a importância do Voluntariado, para o desenvolvimento de competências nos jovens em diferentes eixos: inclusão social, educação, empreendedorismo, emprego e cidadania. Assim, 8 alunos da turma 406 estão a desenvolver, com muito interesse, este projeto e a realizar a sua intervenção na Escola Roque Gameiro, no concelho da Amadora, com duas turmas, uma de primeiro ciclo e uma de segundo ciclo do ensino básico. Este ano, os alunos resolveram criar um “Caixa Solidária”, ou seja, um ponto de correio onde a comunidade escolar pode deixar mensagens sobre as suas necessidades, desde materiais a questões afetivas. Os responsáveis pela “Caixa Solidária” tentam encaminhar as questões e fornecer as soluções possíveis. No início do programa os alunos foram alvo de uma pequena formação sobre voluntariado e a sua importância.

MedPT

Ajudar quem auxilia Os alunos do Curso Profissional de Técnico Auxiliar de Saúde e do Curso Profissional de Técnico de Eletrónica, Automação e Computadores criaram o AuxGuide: uma aplicação para smartphones que facilita o dia-a- dia dos auxiliares de saúde em meio hospitalar e ao domicílio. A aplicação foi desenvolvida ao longo de vários meses pelos elementos do grupo e estimulou a veia empreendedora dos estudantes, tendo este grupo demonstrado espírito inovador e uma grande motivação. Com a criação desta aplicação, foi possível aos alunos participarem em vários concursos como por exemplo o Vodafone Big Smart Cities e o Junior Achievement.

“JTG”

Talento na Gastronomia Foram submetidas ao Concurso Nacional Jovem Talento da Gastronomia 2016 candidaturas dos alunos Armando Parreira, Beatriz Grilo, Catarina Santos, Carolina Matos (Curso Profissional de Técnico/a de Restauração – Cozinha/Pastelaria). guia do ensino profissional • desde 2010

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Curso Profissional de Técnico(a) de Multimédia Se te interessas por soluções criativas de comunicação, este é o curso que te garante as competências de desenho e produção digital de conteúdos multimédia.

Curso Profissional de Técnico(a) de Desenho Digital 3D Dividido entre a tecnologia e a expressão artística, este curso garante-te um leque de competências que possibilitam uma carreira em áreas muito diversas: da Arquitetura ao Cinema, passando pelos Videojogos. O curso prepara-te para dominar as ferramentas de computação gráfica para a realização de ambientes e elementos 3D. Por outro lado, serás capaz de executar projetos relativos a diversas áreas. Isto porque este curso promove o encontro entre o conhecimento mais técnico (tecnológico, construtivo e de projeto) com a sensibilidade plástica e expressiva da cultura artística. Por essa razão, podes esperar competências para o desenho nas áreas de urbanismo, arquitetura e engenharia, mas também de videojogos, cinema ou publicidade. Um dos pontos fortes passa mesmo pelas competências que

permitem a simulação de ambiente virtual, interativo e de game design.

No final do curso, poderás trabalhar em empresas produtoras de audiovisuais e de multimédia, imobiliárias, de construção ou engenharia, bem como gabinetes de arquitetura, de estudos de projeto e autarquias.

“Sempre gostei de desenhar, por isso escolhi este curso para poder aperfeiçoar a minha técnica. Por outro lado, quis aprender novas técnicas de desenho 3D. Descobri disciplinas que cumprem esse propósito: desenhar pessoas, a escola, etc… Gosto do curso porque é centrado naquilo que eu quero. Futuramente pretendo ser arquiteta e também foi isso que fez com que escolhesse esta área. O que estou a aprender é importante para esse objetivo.” Erica Moreira, aluna do 1.º ano do Curso Profissional de Técnico(a) de Desenho Digital 3D VIII

“Este curso inclui o que eu mais quero fazer. Photoshop, edição de vídeo, edição gráfica – é o quero fazer da vida. No curso, encontrei um pouco de cada coisa: entretenimento, publicidade e um lado mais técnico, claro. Estou a aprender bastantes ferramentas com que pretendo trabalhar no futuro. Quero ser designer gráfico, por isso, este curso está a dar-me exatamente as competências que pretendia e ainda mais. Tanto os conteúdos do curso, como os professores e a própria escola em si, fazem-me sentir que esta foi uma boa decisão”. Tomás Miguel, aluno do 2.º ano do Curso Profissional de Técnico(a) de Multimédia Aliando um carácter técnico e artístico, este curso proporciona o contacto com as ferramentas utilizadas atualmente na produção de materiais multimédia. O seu âmbito vai do tratamento de imagem, ao desenho gráfico 2D e 3D, à paginação, criação de animações e pós-produção de áudio e vídeo. No final do curso, serás capaz de tarefas como captura, digitalização e tratamento de imagem, som e texto. Por outro lado, terás valências de edição de som, imagem e vídeo, sem esquecer a produção de sites. Com as competências adquiridas, ficarás habilitado a trabalhar em

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empresas de conceção gráfica e de publicidade, de produção audiovisual ou multimédia, bem como em departamentos na área da informação. Outros dos

locais indicados passam pelas instituições de ensino e formação, design web e desenvolvimento web.


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Curso Profissional de Técnico(a) de Proteção Civil Prevenir riscos coletivos que resultam de acidentes graves ou catástrofes. Este é o objetivo principal deste curso que forma profissionais que irão fazer a diferença, no momento certo.

Curso Profissional de Técnico(a) de Higiene e Segurança do Trabalho Porque a prevenção é a forma mais eficaz de segurança, este é o curso que te permite garantir a segurança e saúde dos trabalhadores, salvando inúmeras vidas. Como técnico de Higiene e Segurança do Trabalho estarás apto a aplicar nas empresas os instrumentos, metodologias e técnicas

que te permitem identificar e prevenir os riscos profissionais. Assim, estarás habilitado a prestar apoio na avaliação e implemen-

tação dos sistemas de prevenção de incêndios, por exemplo, ou ainda planear soluções de emergência. Nos locais de trabalho, vais poder ainda participar em procedimentos específicos para a identificação de perigos associados a uma profissão e realizarás vistorias e auditorias de segurança e ambiente. Desta forma, alguns dos locais em que poderás trabalhar são autarquias, empresas de construção civil, de comércio de equipamentos de segurança de trabalho e ambiente e ainda serviços de consultadoria e formação.

“Escolhi este curso porque achei que é um curso interessante e com futuro. Com este curso podemos trabalhar em qualquer lugar. Todas as empresas necessitam de um técnico de higiene e isso também pesou na minha decisão. O curso está a corresponder às minhas expectativas. É um curso que, embora no início seja mais teórico, inclui muitas coisas práticas, incluindo um estágio. No futuro, pretendo seguir esta área. A coisa mais importante que estou a aprender é que temos de ter uma responsabilidade muito grande, porque não podemos brincar com a vida dos trabalhadores”. Cosmina Teodoresco, aluna do 2.º ano do Curso Profissional de Técnico(a) de Higiene e Segurança do Trabalho

“Eu sou bombeiro e isso fez-me despertar a atenção para este curso. Não me interessava mais nada, era mesmo esta a área que queria. O que encontrei correspondeu às minhas expectativas. Está a correr às mil maravilhas. A principal mais-valia que retiro do curso é a experiência dos professores – esta escola tem essa coisa boa: os professores são especialistas que trabalham na área que nos vêm ensinar. Por outro lado, na área da Proteção Civil, o espírito de equipa é muito importante e a nossa turma sabe fazê-lo. Orgulho-me de dizer isso.” David Cardoso, aluno do 2.º ano do Curso Profissional de Técnico(a) de Proteção Civil Quanto terminares o Curso Profissional de Técnico(a) de Proteção Civil também estarás

apto a prestar proteção, socorro e assistência às pessoas e bens em perigo, sob a orientação de um técnico superior desta área. As tuas responsabilidades envolvem diferentes fases. Inicialmente, a pre-

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venção, ao poderes realizar atividades para caracterizar os riscos naturais ou tecnológicos. Numa segunda fase, a sensibilização da população e a resposta às dificuldades fazem também parte das tuas competências (através de operações de busca, salvamento, prestação de socorro e de assistência). Por fim, ficarás a cargo de executar outros projetos de proteção civil, como vistorias e auditorias. Por essa razão, alguns dos locais indicados para aplicares os teus conhecimentos serão autarquias, gabinetes de serviço de proteção civil, de segurança em empresas públicas e privadas e ainda empresas consultoria em segurança e gestão de risco. IX


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Curso Profissional de Técnico(a) de Mecatrónica Automóvel À medida que a mecânica se interliga, cada vez mais, com a eletrónica, este é o curso ideal para obteres uma preparação completa e adequada às necessidades do mercado de trabalho do sector. Depois de concluíres o Curso Profissional de Técnico(a) de Mecatrónica Automóvel, estarás preparado/a para executar o diagnóstico, a reparação e a verificação dos diversos sistemas presentes num veículo: sejam mecânicos, elétricos ou eletrónicos. Para além disso, vais saber como garantir o funcionamento adequado de uma oficina, através do planeamento, preparação e controlo dos trabalhos. As tuas competências dirão respeito a todas as vertentes da

mecânica automóvel, incluindo a sua componente eletrónica – do motor aos sistemas de arrefecimento, lubrificação, ignição, transmissão, travagem, entre outros, passando pelos de conforto e segurança ou de comunicação e informação, incluindo sistemas de som e de GPS. No final dos três anos, estarás habilitado a trabalhar em empresas de reparação automóvel, concessionários, empresas de fabrico ou no comércio de componentes eletrónicos.

Acabei um curso de Educação e Formação (CEF) de Serralharia Mecânica e achei que o curso de Mecatrónica Automóvel seria a melhor continuação para essa formação. Posso dizer que o que encontrei no curso correspondeu às minhas expectativas. Quando entrar no mundo do trabalho, já levo bases mais aperfeiçoadas e será mais fácil adaptar-me. Todas as áreas do curso são interessantes e são uma mais-valia: devemos aprender um pouco de tudo, para nos tornarmos profissionais completos. Vasco Ribeiro, Aluno 2.º ano do Curso Profissional de Técnico(a) de Mecatrónica Automóvel X

O setor automóvel tem bastante empregabilidade e as empresas começaram a sentir necessidade de ir buscar pessoas com uma formação para além do mecânico “tradicional”. O setor automóvel está em plena mutação e isso cria necessidade, cada vez mais, que o técnico tenha conhecimentos de mecânica e de eletromecânica. Este curso acompanha a evolução do setor: inclui conhecimentos da mecânica e de eletrónica. Por isso, os diplomados terão uma vantagem em relação aos outros. Georgino Serra, Coordenador do Curso Profissional de Técnico(a) de Mecatrónica Automóvel (Polo Entroncamento)

Temos recebido profissionais muito bons vindos do Curso Profissional de Técnico Mecatrónica Automóvel. Vêm muito bem preparados o que acaba por não ser surpreendente, tendo em conta o trabalho desenvolvido pela Escola Profissional Gustave Eiffel. R.G. Nas empresas a realidade é sempre um bocadinho diferente da escola. Os alunos chegam do curso com conhecimentos bem enquadrados. Depois, parte também deles e da capacidade que têm de se integrar. Tem corrido bem: existem pontos a melhorar mas colocamos os estagiários a fazer esses trabalhos acompanhados por um técnico mais experiente. J.P. Rui Gonçalves e José Pimenta, Sócios-Gerente da Oficina de Mecânica da empresa Premium Center

Enquanto antigamente as afinações eram feitas mecanicamente, hoje em dia, tudo é eletrónico. Também foi daí que nasceu esta qualificação: é uma oferta que tem procura no terreno e está atualizada às necessidades do mercado. António Costa, Coordenador do Curso de Mecatrónica Automóvel (Polo Lumiar)

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Curso Profissional de Técnico(a) de Ótica Ocular São pequenos objetos mas fazem a diferença na vida de milhões de pessoas. Este é o curso que te dá a conhecer tudo sobre óculos e lentes. Durante este curso, vais aprender a montar e adaptar artigos de compensação de problemas visuais. Por outro lado, também vais aprender tudo sobre os processos de venda, pelo que saberás desenvolver atividades de natureza comercial, de organização e gestão de uma empresa de ótica ocular. No contexto de uma loja, ficarás apto a atender e analisar as necessidades dos clientes, interpretar prescrições e controlar

as execuções oficinais. Para que futuramente sejas um profissional completo, este curso garante-te conhecimentos logísticos como gestão de stocks e de clientes, organização e controlo da área de pessoal e de contabilidade. No final do curso, estarás apto a trabalhar em lojas de ótica ocular ou de acessórios e equipamentos de ótica. As tuas opções passam ainda por laboratórios de instalação e reparação e instituições relacionadas com a oftalmologia.

Conheço pessoas que trabalham neste ramo e sempre tive interesse. Desde pequenina, quando via os laboratórios das óticas, queria ficar para ver. Quando obtive conhecimento deste curso tive a certeza do que pretendia. É um curso específico mas que se adequa ao meu gosto. Depois de entrar, superou muito as minhas expectativas. Temos muitas aulas práticas. Temos a teoria – que nos ajuda a entender – mas a prática surpreendeu-me por ser numa quantidade superior do que estava à espera. Todas as disciplinas serão importantes para o mercado de trabalho. É um curso que nos oferece uma aprendizagem completa, profissional, o que me vai permitir arranjar um bom emprego. Joana Souto, Aluna do 1.º Ano do Curso Profissional de Técnico(a) de Ótica Ocular

No início, queria entrar em cozinha mas depois acabei por escolher este curso. Não havia nada em específico que me chamasse para este curso, a não ser o facto de duas amigas minhas o quererem frequentar. Mas estou a gostar de estar aqui. Tanto que, quando acabar este curso, quero seguir a minha vida dentro desta área. Estou a gostar sobretudo da parte prática do curso. Sinto que estou a aprender coisas muito importantes para quando chegar ao mercado de trabalho. Jéssica Cruz, Aluna do 1.º Ano do Curso Profissional de Técnico(a) de Ótica Ocular

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Curso Profissional de Animador(a) Sociocultural Seja qual for o contexto organizacional, a palavra de ordem é o contacto com o próximo. Se pretendes dedicar a tua carreira a melhorar a vida de vários grupos e comunidades, esta é a oferta certa para ti.

O Curso Profissional de Animador(a) Sociocultural caracteriza-se pela grande diversidade de ambientes em que poderás trabalhar. Autarquias, centros culturais, bibliotecas, ginásios, colónias de férias, lares de terceira idade, hospitais, escolas, associações, empresas, entre muitos outros, são alguns dos exemplos. Em todos estes ambientes, a tua tarefa passará por promover o desenvolvimento sociocultural de grupos e de comunidades. Para tal, terás de organizar ou

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coordenar atividades de animação que terão caracteres distintos (cultural, educativo, social, lúdico ou recreativo). Um dos pontos importantes para alcançar os teus objetivos será conseguir fomentar a interação entre os vários membros da comunidade, articulando com as instituições em que os indivíduos se inserem. Para cumprires esta meta, este curso oferece-te as competências necessárias para diagnosticar as situações de risco e planear os projetos de intervenção.

“O ensino dito regular não fazia parte do que eu queria. Quis seguir um curso profissional e gostei mais do Curso de Animador Sociocultural por permitir a interação com várias faixas etárias. Foi uma primeira escolha e gosto. Ao longo do tempo, já sinto um crescimento, tanto como animadora como pessoalmente. No futuro, sinto-me inclinada a seguir esta via profissional: frequentámos um estágio, onde tivemos noção do que é trabalhar nesta área, e eu gostei. Carolina Janeiro, Aluna do 2.º ano do Curso Profissional de Animador(a) Sociocultural

“Um jovem que se inscreva neste curso pode esperar um curso especialmente virado para responder às necessidades das empresas e instituições da nossa comunidade. Pode ainda esperar afinar as suas competências pessoais e sociais: saber estar, saber ser, comunicar melhor, saber atuar… Há um crescimento pessoal promovido por este curso, graças ao trabalho com a comunidade e o exterior, através de vários projetos. As saídas profissionais são vastas e o essencial é mesmo gostar de trabalhar com pessoas. Ana Prata, Coordenadora do Curso Profissional de Animador(a) Sociocultural

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Curso Profissional de Técnico(a) de Comércio Inserido numa das áreas com maior procura por parte das empresas nacionais, este curso fornece-te as competências de gestão e comunicação necessárias para que alcances o sucesso profissional.

Este curso não foi a minha primeira escolha. Escolhi porque envolvia Marketing e porque gosto do contacto com as pessoas e com o público. Hoje em dia, acho que escolhi bem e não estaria tão satisfeita na outra opção. Gosto do que aprendo e das áreas técnicas. É um conjunto de competências alargado: aprendemos de tudo um pouco – do frontoffice ao backoffice. Uma das mais-valias deste curso é a oferta de conhecimento que nos permitirá construir a nossa própria empresa. Ficamos com uma noção das coisas – para quem quer fundar a sua própria empresa, penso que é o curso ideal” Matilde Moutinho, aluna 2.º ano do Curso Profissional de Técnico(a) de Comércio (Polo Amadora Centro) Os diplomados do Curso Profissional de Técnico(a) de Comércio ficam habilitados a organizar e planear a venda de produtos ou serviços, garantindo a satisfação e a fidelização dos clientes. Desta forma, as áreas de estudo deste curso dividem-se em gestão, administração, marketing e comunicação. No final, serás capaz de estudar os produtos e serviços, caracterizando o tipo de clientes e recolhendo informação sobre a

concorrência e o mercado em geral. Feita a análise, chegará a altura de participar na conceção, organização e animação do ponto de venda, sem esquecer o atendimento de clientes. Contudo, as tuas competências não terminarão na venda. Poderás ainda assegurar o serviço de pós-venda e efetuar o controlo quantitativo e qualitativo dos produtos, participando na gestão comercial e do pessoal.

“O curso de Comércio permite que os alunos obtenham conhecimentos devidamente atualizados – por exemplo, relativamente à internet: em redes sociais e comércio eletrónico – também para dar resposta às necessidades do mercado. Estes alunos podem inclusivamente dar um novo incentivo ao próprio comércio, através da sua criatividade e das suas novas ideias. Neste momento, talvez seja a maior necessidade do mercado absorver alunos com este tipo de formação. O curso está dividido em dois pontos principais: a gestão (estrutura, organização e operacionalização) e a comunicação (promoção e relacionamento com o cliente). São duas componentes muito fortes que estão interligadas e que asseguram a preparação adequada” Nelson Marujo, Coordenador do Curso Profissional de Técnico(o) de Comércio (Polo de Queluz)

“O Comércio emprega muita gente. Há áreas por muitos desconhecidas que para além da grande empregabilidade, oferecem emprego de qualidade. Temos um cuidado muito grande em preparar os alunos para a atividade no mercado Business to Business, o mercado organizacional, onde há uma carência muito grande de pessoal qualificado. Alguém qualificado e que demonstre empenho, rapidamente atinge boas posições e renumerações nas empresas. É bom que os jovens tenham noção disso. A área técnica deste curso divide-se em Marketing e Comunicação, por um lado, e a área de gestão da empresa comercial, por outro. O que caracteriza o novo trabalhador, em qualquer profissão, é a flexibilidade. É por isso que não estreitamos demasiado as competências” Miguel Figueiredo, Coordenador do Curso Profissional de Técnico(a) de Comércio (Polo Amadora Centro)

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Curso Profissional de Técnico(a) de Eletrónica, Automação e Comando Se a eletrónica te despertar interesse ou quiseres apostar numa área profissional de elevada empregabilidade, aproveita esta porta de entrada para uma via profissional com futuro.

Com a preocupação de formar técnicos com competências abrangentes, o Curso de Técnico de Eletrónica, Automação e Comando procura preparar os seus alunos para diversos contextos. Para além da instalação, manutenção e reparação de sistemas industriais, este curso prepara-te para instalar, por exemplo, sistemas de telecomunicações. Com disciplinas tão variadas como Automação e Comando, Tecnologias Aplicadas, Eletricidade e Eletrónica e Sistemas Digitais, terás a possibilidade te tornar um profissional com um leque alargado de competências. Como tal, no final da tua formação, poderás trabalhar em empresas de manutenção industrial, de reparação, instalações elétricas, telecomunicações, domótica, entre outras.

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Curso Profissional de Técnico(a) de Eletrónica e Telecomunicações

Vim para esta área porque, no meu sétimo ano, abri o meu livro de educação tecnológica e encontrei um capítulo de robótica que me despertou a curiosidade. O que encontrei neste curso foi maior do que mera robótica. Temos motores, maquinaria pesada, placas para motores mais finos, programação… Tudo isto me deixou surpreendido pela positiva. A cada momento que passa, apaixono-me mais pelo curso. A dificuldade vai progredindo – isso é um desafio, para mim. A minha vocação tornou-se esta. Tiago Durães, 2.º ano do Curso Profissional de Técnico(a) de Eletrónica, Automação e Comando guia do ensino profissional • desde 2010

O mundo dos routers e das redes de fibra ótica tem cada vez mais importância. Este é o curso que te permite uma aprendizagem relevante numa área em franca expansão. O Curso Profissional de Técnico(a) de Eletrónica e Telecomunicações prepara-te para as várias intervenções ligadas aos equipamentos eletrónicos, redes de telecomunicações e redes de comunicação de dados: instalação, configuração, manutenção e reparação. As tuas responsabilidades não ficarão por aqui: poderás ainda fazer parte de equipas responsáveis por equipamentos como redes de fibra ótica, antenas, routers e amplificadores. Depois de concluíres este curso, podes trabalhar em operadoras de telecomunicações bem como em empresas de instalação de redes, prestadoras de serviços, fornecedoras de equipamentos, entre outras.


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Curso Profissional de Técnico(a) de Eletrónica, Automação e Computadores Gostavas de conhecer todo o potencial existente na tecnologia que utilizamos no dia-a-dia? Este é o curso que te fornece todas as competências necessárias para ter sucesso no mundo da eletrónica e computação. Escolhi este curso por não ter vaga no curso que queria, na altura. Acabei por escolher este por pensar que tinha mais a ver comigo e, passado um tempo, comecei a gostar. Devido ao contacto com os colegas, professores, ver como as coisas funcionam e poder mexer nos equipamentos, acabou por fazer com que gostasse sobretudo da área de telecomunicações. A parte prática é muito importante. Edimila Quaresma, 2.º ano do Curso Profissional de Técnico(a) de Eletrónica e Telecomunicações

Esta é uma das áreas em que ainda existe alguma necessidade de profissionais por parte do mercado de trabalho. Com este curso, os estudantes recebem um leque de competências abrangente para poder iniciar a sua vida profissional. O que tentamos fazer é mostrar que um computador dá para jogar online, aceder ao Facebook e outras redes sociais, mas também para muito mais. E usamos as aulas práticas para isso. Isso acaba por motivar os alunos: eles não estão só a ver – são eles próprios a fazer. Tiago Rosa, Coordenador do Curso Profissional de Técnico(a) de Eletrónica, Automação e Computadores

O meu pai já trabalha na área e, como desde pequenino andei sempre com ele, comecei a gostar. O que mais me atrai é esta parte de telecomunicações: as fusões de fibra óptica, por exemplo. Estes módulos têm muita prática. No final do curso, terei o 12.º ano e uma habilitação para trabalhar numa área que sempre gostei. A experiência até agora tem sido boa. Para o futuro, penso em terminar o curso, tirar a carteira profissional e estudar uma engenharia no ensino superior. Carlos Costa, 2.ª ano do Curso de Técnico(a) de Eletrónica e Telecomunicações

Depois de concluíres esta formação, poderás fazer a instalação, manutenção, reparação e adaptação de equipamentos eletrónicos de automação e de computadores. Por essa razão, serás um especialista em hardware (placas de microcomputadores, monitores, periféricos,

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etc…) e em software (sistemas operativos, programação e automação). Os teus conhecimentos serão úteis em todas as instituições públicas ou privadas, nomeadamente em empresas de equipamentos informáticos, de tecnologias e sistemas de informação, bem como empresas que usem equipamentos industriais, eletrónicos e de informática.

Passei por duas áreas do ensino regular mas não era o que eu queria. Vim para este curso e estou a gostar bastante. Aqui encontrei interesse pelo que estou a fazer e sinto que é algo que vou fazer no futuro. Quando comecei a fazer trabalhos práticos, apaixonei-me pela arte da eletrónica. Quando entrei tinha boas expectativas mas elas foram superadas. A Escola Gustave Eiffel também nos tem dado bastantes oportunidades: estamos a fazer um projeto tecnológico que consiste numa aplicação que tem concorrido a diversos concursos. Bruno Silva, aluno do 2.º ano do Curso Profissional de Técnico(a) de Eletrónica, Automação e Computadores XV


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“Eu tenho trabalho porque

escolhi um curso profissional da

Gustave Eiffel”

Ana Lopes

Diego Melo

Inês Saramago

João Cunha

Joel Cá

Junior Gonçalves

Marcelo Carvalho

Marta Mendes

Trópio Pereira

Curso Profissional de Animador Sociocultural Centro Bem Estar Social da Amadora (CEBESA)

Curso Profissional de Técnico de Multimédia Agência Plenty

Curso Profissional de Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos TimWe XVI

Curso Profissional de Técnico de Gestão de Equipamentos informáticos SellByTel

Curso Profissional de Técnico de Eletrónica e Telecomunicações GLOBALWIRE

Curso Profissional de Técnico de Comunicação - Marketing, Relações Públicas e Publicidade Mind Source guia do ensino profissional • desde 2010

Curso Profissional de Técnico de Higiene e Segurança do Trabalho Kmed Europa

Curso Profissional de Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos Closer

Curso Profissional de Técnico de Eletrónica Automação e Comando PRIMETEC


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Val do Rio

DOIS PÓLOS PARA UMA MISSÃO

Presente em Oeiras e no Estoril, a Escola Profissional Val do Rio (EPVR) divide a sua área de formação entre a tecnologia, a arte, a comunicação, a área social e a saúde. Ao fim de quase três décadas a formar milhares de jovens, esta instituição define como principal preocupação “valorizar e potenciar o talento dos seus alunos”.

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Val do Rio

Ao descrever a sua missão, a EPVR define quatro pilares: o carácter humanista, a gestão privada, a ligação ao tecido empresarial e os programas internacionais. Mas de que forma é que cada uma destas apostas estratégicas se reflete no dia-a-dia de um aluno?

O Humanismo “Cada aluno é único” – este é o lema defendido pela EPVR. Nesse sentido, os estudantes têm a possibilidade de ser acompanhados por professores que apoiam cada etapa do seu percurso escolar e pessoal. De igual forma, é garantida a oportunidade de assistir a aulas de Ética Social e Profissional, com o objetivo de encontrar novos caminhos e escolhas individuais, tendo por base valores humanos universais. Por outro lado, a “educação não é apenas técnica”. É por essa razão que uma das prioridades na EPVR é o enriquecimento das competências sociais, comunicativas e culturais – a cidadania responsável e a consciência dos deveres na sociedade são pilares essenciais no dia-a-dia desta escola. De resto, a EPVR salienta que é esta educação personalizada e atenta as características do aluno que garantirá o seu sucesso, no futuro.

A Gestão Na gestão do financiamento atribuído pelo Ministério da Educação e Ciência, são os alunos a principal preocupação. Tendo em vista o progresso dos seus estudantes, são adquiridos os equipamentos e softwares utilizados no mercado de trabalho atual. Esta gestão privada bem-sucedida permite também trazer para a escola os melhores profissionais, assim garantindo a transmissão de conhecimentos relevantes e atualizados, na primeira pessoa.

Uma comunidade reforçada Na linha da sua aposta numa formação e educação de proximidade, a Val do Rio promove esforços para a integração de toda a comunidade escolar. Assim, um dos exemplos reside nas formações para os pais dos alunos. Estes cursos são divididos em sessões

onde se trabalham case studies elaborados a partir de casos reais. Os temas abordados dizem respeito aos assuntos que marcam a adolescência: redes sociais, gestão de agressividade, conciliação de estudo e lazer, identidade sexual ou gestão de tempo e dinheiro.

A Ligação A relação próxima com o mercado de trabalho reflete-se também na ligação com as empresas mais conceituadas do mercado. Esta é uma vertente essencial já que permite aos alunos o contacto direto com o mundo laboral – por exemplo, através da realização de estágios curriculares na sua área de estudo. No final, os estudantes aumentam o seu nível de empregabilidade e o seu conhecimento da realidade profissional, ainda antes de entrarem no mercado de trabalho. A proximidade às empresas reflete-se também na avaliação das Provas de Aptidão Profissional, onde vários representantes de empresas participam, trazendo a sua visão atualizada quanto às necessidades do mercado de trabalho.

A Internacionalização Com um mercado de trabalho cada vez mais globalizado, a EPVR tem reforçado a sua aposta nos programas internacionais. Este é, de resto, salientado como um dos principais elementos diferenciadores para os estudantes. Com protocolos e parcerias assinados com escolas e empresas de Espanha, França, Reino Unido ou Alemanha, são possibilitadas aos alunos novas experiências que completam a sua formação, sem qualquer custo adicional. Um outro exemplo da dimensão internacional da EPVR reside na sua participação na InnMain – uma rede de instituições educativas, empresas, associações de empresários e câmaras de comércio e indústria que se foca no desenvolvimento de projetos europeus. A Val do Rio é a entidade responsável pela gestão do setor da eletrónica e telecomunicações.

Em caso de dúvida sobre a melhor opção para o teu futuro, a Val do Rio organiza workshops para candidatos e encarregados de educação, onde poderás conhecer os conteúdos e saídas profissionais de cada curso. Contacta-nos e começa já a definir o teu futuro.

Informações e Pré-inscrições email: secretaria@valdorio.net URL: www.valdorio.net telefone: 214 413 072

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ed. 2016/2017

TOP 3 DAS QUALIFICAÇÕES o que procuram as empresas?

NORTE As necessidades dos empresários na zona Norte do país são bastante variadas, algo que se poderá explicar pela diversidade do tecido empresarial que se regista nesta zona do país. A qualificação mais requerida, por exemplo, - Empregado ou Técnico de Restaurante Bar – apenas colhe cerca de 7,7% das preferências dos empregadores. Mais uma vez associadas às características empresariais e industriais do Norte do País, surgem qualificações associadas ao calçado (5,7%) – área com ligações históricas a esta região. Destaque ainda para a área de Técnico Auxiliar de Saúde, a fechar o TOP 3, com cerca de 5% das preferências, um dado que se pode explicar pela maior densidade populacional.

CENTRO No centro do País, onde estrategicamente se colocam muitas das estruturas das empresas, são os técnicos de logística os mais procurados, com cerca de 6% das preferências. Mais uma vez, a abrangência de características da zona centro, resulta numa grande fragmentação nas respostas. Ainda assim, destacam-se dois fatores essenciais, ainda que a alguma distância: a importância das pescas (com a segunda escolha a recair em Operador de Transformação de Pescado – 4%) e o isolamento e envelhecimento das populações desta região (Agente de Geriatria fecha o top 3 com 3,6%).

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ed. 2016/2017 Com base num estudo divulgado em 2015 pela Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional, podemos traçar alguns perfis de necessidades de qualificações não-superiores, nas várias regiões do País. Quais as profissões mais necessitadas? E Porquê? Procurámos algumas das respostas.

LISBOA Na zona da capital, destaca-se claramente a necessidade por parte dos empregadores de técnicos qualificados da área comercial e de vendas, com cerca de 25% das escolhas. A alguma distância, seguem-se técnicos ligados à restauração (14%) um número expectável, tendo em conta o crescimento do setor do turismo em Lisboa. A fechar o Top 3, a qualificação de assistente ou técnico administrativo – uma necessidade que, tal como a dos técnicos na área de vendas, se explica pela concentração destes serviços na capital portuguesa.

ALENTEJO Há sobretudo uma qualificação que os empresários alentejanos necessitam: Operador/a Agrícola lidera o Top 3 com 33,2% das preferências – um indicador que pode indiciar algum desfasamento entre as escolhas dos jovens e as necessidades regionais. Bastante mais abaixo em termos de necessidades, surgem também duas profissões relacionadas com as características da região: Agente de Geriatria (10,5%) e Técnico de Energias Renováveis (6,7%).

ALGARVE No Algarve, quase metade dos empresários afirma necessitar de profissionais da área da restauração e bar (42,6%), um dado que facilmente se percebe pela ligação ao turismo desta região. Da mesma forma, a segunda profissão mais requisitada é a de Empregado de Andares (27,8%). A fechar o Top 3, segue-se a qualificação de Programador/a Informático com 16,7%.

Fonte: Sistema de Antecipação de Necessidade de Qualificações (ANQEP, I.P.) Amostra: 1600 empresas

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ed. 2016/2017 O Ensino Profissional e as suas...

HISTÓRIAS DE SUCESSO São de diferentes idades, regiões e áreas profissionais. Mas têm algo em comum: foi graças ao Ensino Profissional que alcançaram o sucesso. Fica a saber um pouco mais sobre os seus percursos. Miguel Van Uden – Curso Profissional de Técnico de Comércio (Lisboa) Fundador e sócio do H3

A liberdade subiu a Avenida até chegar ao Saldanha Miguel Van Uden integrou a primeira turma da Escola de Comércio de Lisboa, em 1989. Para tal, desistiu do ensino secundário em desporto, entrando numa opção que considerou “mais adequada” ao seu perfil. Depois de completar o curso, e após 10 anos a trabalhar por conta de outrem, chegaria a ânsia pela liberdade de “fazer outras coisas”. Essa autonomia surgiria através de um projeto a três, nascido e criado na Avenida da Liberdade: o Café 3. Um espaço que foi a “antecâmara” dos hambúrgueres H3, fundados em 2007 e estreados no Centro Comercial Monumental, na Praça Duque de Saldanha. No nascimento destes negócios, relembra, a Prova de Aptidão Profissional saiu da gaveta para se mostrar útil, passada mais de uma década.

Nair Xavier – Curso Profissional de Design de Moda (Lisboa) Criadora de Moda

Das bonecas à passerelle

Olhando a decisão tomada há mais de 20 anos atrás, Miguel Van Uden diz-se “sem dúvidas”: “foi uma boa decisão”. Por um lado, assegura, a proximidade ao mercado de trabalho “traz mais bagagem”, por outro, “permite o prosseguimento de estudos”. Numa frase, “dá-nos mais opções”. “Hoje em dia, só vejo vantagens”, acrescenta. 30

A avó foi a primeira formadora de Nair Xavier. Começou pela técnica de cozer à mão: a roupa para as bonecas, o lenço do avô. “Sempre mexi na caixa das agulhas”, conta. Aos 14 anos, Nair escolheu o curso profissional de Design de Moda, na Escola de Moda de Lisboa – Escola Profissional Magestil. Desde então, sucederam-se novas etapas e desafios: Londres, Moda Lisboa, coleções apresentadas, desfiles de nervosismo e ainda a sua própria marca que, espera, cresça durante os próximos anos. Na raiz, um elemento em comum, assegura: “tudo começou no curso – foi a base para tudo isto”.

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ed. 2016/2017 André Rodrigues – Curso Profissional de Gestão Cinegética (Lisboa) Treinador das águias do Sport Lisboa e Benfica

Nas asas de uma paixão Desde criança que André se deslocava até à Senhora do Monte, na freguesia de Arruda-dos-Vinhos, para observar as diferentes espécies de aves de rapina. “Perdia muitas horas a olhar para ao céu”, conta André, explicando: “sempre que lá ia com binóculos, via sempre alguma rapina a voar, fosse mais perto ou mais longe”. Na altura da escolher um percurso profissional, André escolheu as rapinas. Mais especificamente, o Curso Profissional de Gestão Cinegética, na Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Alter do Chão. Para trás, ficavam o ensino secundário em artes e a vida em Arruda dos Vinhos. Pela frente, um curso profissional a 200 quilómetros de casa e centrado na Gestão Cinegética – “uma palavra que, se calhar, apenas 10% da população conhece” – uma área que se relaciona com a caça sustentável.

Luís Machado – Curso Profissional de Hotelaria, Restauração, Organização e Controlo (Lisboa) Chef de Cozinha

A flor semeada em Salvaterra Depois de entrar no Curso Profissional de Hotelaria, Restauração, Organização e Controlo, na Escola Profissional de Salvaterra de Magos, a cozinha rapidamente passou ao topo das prioridades de Luís Machado. “No curso, comecei a ganhar uma paixão pelo mundo da cozinha e o interesse foi crescendo – passou a ser a vertente em que quis apostar mais”, conta. Ainda durante o curso, começou uma vida profissional ligada a esta área, criando, juntamente com alguns colegas, um grupo de catering que servia ao fim de semana. Depois de passagens por vários restaurantes e experiências como formador, surgiram os convites para integrar a revista Teleculinária – revista que lhe “abriu as portas a Portugal inteiro” – e para ser professor do Instituto Politécnico de Leiria, uma atividade que considera “diferente e gratificante”. Olhando o seu percurso, assegura que uma carreira ligada à culinária “é como uma flor”: “tens de semear, regar e cuidar – e a semente surgiu na Escola Profissional”. Mais tarde, chegaria o Sport Lisboa e Benfica e o “melhor emprego do mundo”, garante. Depois de terminar o curso profissional e um Curso de Especialização Tecnológica em Cuidados Veterinários, André recebeu um telefonema inesperado. Do outro lado da linha, um responsável de uma empresa em que tinha estagiado no curso profissional trazia uma proposta. “Pensei que estava a sonhar ou que tinha ouvido mal”. Contudo, a proposta era real: ser o responsável pelas águias do Sport Lisboa e Benfica. Quinze dias depois, André entrava no Estádio da Luz para conhecer as duas águias e “ficar responsável pelo voo que alguns milhões de pessoas conhecem”. Olhando, em retrospetiva, para o seu percurso, conclui que tudo isto foi possível graças a uma decisão tomada há nove anos atrás. “Olho para os objetivos que fui realizando”, começa por dizer, concluindo: “o curso profissional foi a chave-mestra para todos os sonhos que realizei até hoje”. guia do ensino profissional • desde 2010

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ed. 2016/2017 Leonor de Jesus – Curso Secundário do Ensino Artístico Especializado de Dança (Lisboa) Bailarina da Companhia Nacional de Bailado

Com a bênção de Tchaikovsky “Simpatizei imediatamente com o ballet”, recorda Leonor de Jesus. A ligação começou aos 9 anos e seria consolidada no segundo ciclo de escolaridade, com a entrada no Conservatório de Dança de Lisboa. A partir daí, seguiram-se 8 anos de estudo e prática da dança, do clássico ao contemporâneo. Durante os últimos três anos, no Curso Secundário do Ensino Artístico Especializado de Dança, Leonor revela ter encontrado uma preparação técnica intensa e o contacto com várias culturas. Foi ainda durante o curso de Ensino Artístico Especializado que teria a possibilidade de pisar o palco pela Companhia Nacional de Bailado, devido à lesão de uma das bailarinas da companhia. Leonor agarrou a oportunidade e integrou o corpo de baile do “Lago dos Cisnes” – bailado de Pyotr Tchaikovsky com que tem, de alguma forma, uma relação especial: “ao longo do meu percurso, trouxe-me várias oportunidades”, revela. No final do curso, entraria mesmo na Companhia cumprindo um objetivo antigo: “conseguir tornar-me bailarina, sem ter de sair do país”. Uma meta para a qual o ensino artístico foi muito importante, já que “o curso deu todas as ferramentas para cumprir este objetivo”.

David Matos – Curso Profissional de Informática e Gestão (Gouveia) Investigador científico na área da informática

Do ZX Spectrum à seguraça de redes O fascínio pela informática sempre esteve presente. Ainda em criança, David Matos já brincava com o ZX Spectrum lá de casa. Mais tarde, com 12 anos, foi autodidata nas lides da programação. Chegado ao ensino secundário, quis uma formação “mais específica” que lhe deixasse “opções em aberto”. Seguindo o gosto de criança, escolheu o Curso Profissional de Informática e Gestão, na Escola Profissional de Gouveia. Este seria o passo inicial na sua relação com o estudo da Informática, onde se especializou em segurança e redes. “Encontrei exatamente o que estava à procura”, assegura o hoje estudante de doutoramento e investigador do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores Investigação e Desenvolvimento em Lisboa (INESC). Já depois do curso, e enquanto estudante do Ensino Superior, esteve sempre inserido no mercado de trabalho, com experiências em investigação, programação ou gestão de redes. A adaptação ao mundo do emprego foi facilitada graças “à experiência adquirida no curso profissional”, garante o investigador de 26 anos, tanto pela vertente prática do curso como pelos dois estágios realizados. 32

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A iniciar em setembro de 2016



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