Entrevista Falámos com a Presidente do Conselho Nacional da Juventude
Revista Forum Estudante | set+out 2020 | Edição nº 327 | Mensal l Diretor: Gonçalo Gil l Disponível apenas por assinatura com o custo mensal de 1€
IEFP InFormando. O testemunho de quem se qualifica Gaming Cyberpunk 2077. Está a chegar um dos jogos mais esperados Música As dificuldades de quem faz concertos e espetáculos
REGRESSAR AO
o d i c e h n o c s e d texto nunca antes vivido. Conhece con m nu as, aul às sa res reg s no um Mais de um milhão de alu s para o caso de existência de do ha sen de s olo toc pro os , nça as medidas de segura à escola. umas dicas úteis para quem volta alg e -19 vid Co de ito pe sus o cas
2 | Forum Estudante | set+out’20
/Politécnico de Leiria
Publirreportagem
Excelência Académica Ecossistema de Qualidade e Inovação
DESCOBRE-TE NO POLITÉCNICO DE LEIRIA
+1000 Professores / 60% doutorados +130 Laboratórios 15 Unidades de investigação 1 Centro de Transferência de Conhecimento 1 Parque Tecnológico 3 Incubadoras de empresas
No Politécnico de Leiria estamos ao teu lado para dares o passo certo para o teu futuro. Somos uma instituição pública de ensino superior que te oferece uma formação diversificada de qualidade, focada nas necessidades do mercado de trabalho. Queremos proporcionar-te a melhor experiência académica num espaço multicultural e inclusivo. Convidamos-te a aprender este mundo e a viver ao máximo o muito que ainda há para descobrir.
Ligação ao mercado de trabalho + 800 acordos de colaboração com instituições e empresas + 1.300 ofertas na Feira do Emprego do Politécnico de Leiria + 2.500 estágios por ano
EduNet International Education Network – a PHOENIX CONTACT Initiative
Multiculturalidade e Inclusão
Vem conhecer o Politécnico de Leiria! O que somos, onde estamos LEIRIA Escola Superior de Educação e Ciências Sociais (ESECS) Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) Escola Superior de Saúde (ESSLei)
5
cidades
CALDAS DA RAINHA Escola Superior de Artes e Design (ESAD.CR)
5
escolas
PENICHE Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar (ESTM) Centro de I&D, Formação e Divulgação do Conhecimento Marítimo (CETEMARES)
2
infraestruturas científicas
1
núcleo de formação
13.000 Estudantes
+ 1.500 estudantes internacionais + 350 estudantes portugueses em mobilidade internacional + 70 nacionalidades + 400 protocolos internacionais 9 mestrados e uma licenciatura lecionados em inglês • Centro de Recursos para a Inclusão Digital • Centro de Línguas e Cultura Chinesa
MARINHA GRANDE Centro para o Desenvolvimento Rápido e Sustentado do Produto (CDRSP) TORRES VEDRAS Núcleo de Formação do Politécnico de Leiria
1.500
Professores, investigadores, técnicos e administrativos
49
CTeSP
45
Licenciaturas
79
Mestrados e pós-graduações
Centralidade e mobilidade • Centro litoral de Portugal (entre Lisboa e Porto) • Próximo de praias e parques naturais • Ótimos acessos rodoviários • Rede de transportes urbanos • 220 bicicletas elétricas (U-Bike)
Sabe tudo em www.ipleiria.pt
3 | Forum Estudante | set+out’20
/Politécnico de Leiria
Pedalamos para um campus sustentável
Politécnico de Leiria lidera universidade europeia O Politécnico de Leiria aliou-se a sete instituições de ensino superior da Áustria, Holanda, Finlândia, Hungria, Irlanda e Portugal para criar uma universidade europeia. Recentemente formalizado em Bruxelas, o consórcio Regional University Network – European University (RUN-EU) irá desenvolver vários programas internacionais, sendo igualmente implementados projetos de cooperação internacional no âmbito da investigação e desenvolvimento. No futuro, os estudantes terão ainda a oportunidade de obter duplas/múltiplas titulações europeias no âmbito de programas conjuntos de formação. Os estudantes tiveram igualmente um papel preponderante neste projeto, apresentando as suas ideias para construção do que será a nova universidade europeia.
No Politécnico de Leiria tens à tua disposição bicicletas elétricas que te podem ajudar na tua mobilidade. Para além de promover hábitos de vida saudáveis, quereremos ajudar a reduzir a pegada ecológica, baixando o consumo de combustíveis e o número de automóveis que circulam nos nossos campi. No total, temos 220 bicicletas que podem ser utilizadas pela comunidade académica nas suas deslocações diárias. As bicicletas têm uma autonomia de 100 quilómetros e podem ser estacionadas nos lugares reservados nos vários campi, unidades de investigação e serviços do Politécnico de Leiria, onde poderão também carregar a bateria gratuitamente.
Criamos ligação com as empresas Anualmente 50 jovens estudantes do ensino secundário e profissional de todo o País podem participar na semana temática “Leiria In – Semana da Indústria”. Esta iniciativa, que irá decorrer em julho, oferece-te um conjunto diversificado de atividades onde poderás conhecer as principais indústrias e empresas da região e a oferta formativa do Politécnico de Leiria. Enquanto estudante do Politécnico de Leiria poderás ser contemplado com uma das Bolsas + Indústria. Esta é uma iniciativa pioneira na qual as empresas da região de Leiria entregam mais de 50 de bolsas de estudo aos melhores estudantes do Politécnico de Leiria.
Queremos receber-te bem! O Politécnico de Leiria disponibiliza aos estudantes diversos serviços de apoio. Poderás contar com refeições a preços reduzidos, mais de 700 camas nas residências, e tens ainda à tua disposição serviços médicos com consultas de várias especialidades. Fomentamos a prática do desporto através de diversas modalidades des-
Consulta todos os cursos do Politécnico de Leiria em ipleiria.pt/cursos
portivas, bem como a participação em iniciativas académicas e culturais. Poderás ainda candidatar-te às bolsas de estudo e aceder ao Fundo de Apoio Social ao Estudante (FASE®), que em troca da colaboração voluntária em diversas áreas, fornece o apoio mais adequado às tuas necessidades.
Outros serviços de apoio
11 6 8 4
edifícios pedagógicos
SAPE
CRID
Apoio Psicológico e Orientação Vocacional
Centro de Recursos para a Inclusão Digital
UED Unidade de Ensino a Distância
Bolsa de Emprego do Politécnico de Leiria
edifícios de apoio
residências de estudantes bibliotecas
Serviços médicos com diversas especialidades
+25
modalidades desportivas
Áreas do Conhecimento do Politécnico de Leiria Artes e Design
Ciência Ciências e Tecnologia Empresariais do Mar e Jurídicas
Educação e Ciências Sociais
Engenharia e Tecnologia
Saúde e Desporto
Turismo
Cantinas, bares e centros de estudo em todos os campi
4 | Forum Estudante | set+out’20
/Sumário
PASSATEMPOS
www.forum.pt
CONDIÇÕES DE PARTICIPAÇÃO: Estes passatempos decorrem até 30 de outubro de 2020, salvo indicação em contrário no próprio passatempo. Apenas serão atribuídos prémios a residentes em Portugal e somente um prémio por pessoa e morada em cada passatempo. Só será aceite, de cada concorrente, uma participação por dia. O não preenchimento correto do formulário de participação em www.forum.pt/passatempos, leva à desclassificação do participante. Os vencedores residentes na área da Grande Lisboa terão de levantar o prémio na nossa sede em Lisboa. Aos restantes, os prémios serão enviados via CTT. Após notificação, os vencedores têm um prazo de 15 dias para reclamar o prémio. Os prémios devolvidos não serão reenviados. A idade máxima de participação é de 25 anos, inclusive, a confirmar por documento de identificação. OS PREMIADOS SÃO ANUNCIADOS EM FORUM.PT. NOTA: as cores e modelos apresentados podem não corresponder às imagens apresentadas.
Funko POP
Telefone 218 854 730 FAX 218 877 666 E-mail geral@forum.pt
És mega fã das figuras Pop? Então agarra esta oportunidade de aumentares a tua coleção. Temos duas figuras da Marvel e uma do Harry Potter para sortear. Apanha uma!
DIREÇÃO Gonçalo Gil goncalo.gil@forum.pt FOTOGRAFIA Fábio Rodrigues, Dreamtime, Pexels, Unsplash DESIGN Miguel Rocha miguel.rocha@forum.pt REDAÇÃO Fábio Rodrigues fabio.rodrigues@forum.pt ASSINATURAS Paula Ribeiro Tel.: (218 854 730) pribeiro@forum.pt Anuidade: 10,00€ PUBLICIDADE Félix Edgar (Tel.: 218 854 103) felix.edgar@forum.pt REDES SOCIAIS Mariana Carlos mariana.carlos@forum.pt COMUNICAÇÃO&DISTRIBUIÇÃO Vítor Silva (Tel.: 218 854 755) vitor.silva@forum.pt PROJETOS ESPECIAIS José Maria Archer josemaria.archer@forum.pt PUBLICAÇÃO DIGITAL Esta publicação é apenas digital FORUM ESTUDANTE Revista de Cursos, Escolas e Profissões Propriedade e Edição de: Press Forum, Comunicação Social, S.A. Capital Social: 275.000,00¤ NIF: 502 981 512
Agendas Escolares
A Forum Estudante e a Mr. Wonderful têm 5 agendas escolares para ti. Participa!
Mochilas e bolsas
Ainda não tens uma mochila para este ano? Então participa neste passatempo em que podes ganhar 4 mochilas e 2 bolsas de cintura Montecampo.
Composição do Capital da Entidade Proprietária: Forum - Sociedade Gestora de Participações Sociais S.A: 100% Periodicidade Mensal Depósito Legal n.º 510787/91 Nº ERC: 114179
O Último Oráculo
Gostas de ler? Então temos o presente ideal para ti. Temos 3 exemplares do livro “O Último Oráculo” para sortear. Participa!
Sede da Redação e do Editor Tv. das Pedras Negras, nº 1 - 4.º 1100-404 Lisboa Tel.: 218 854 730 | Fax: 218 877 666 Estatuto Editorial Disponível em www.forum.pt
Administração Rui Marques (Presidente) Gonçalo Gil Félix Pinéu
Entrevista Falámos com a Presidente do Conselho Nacional da Juventude
SUMÁRIO
#20 Como regressar às aulas em pandemia
Revista Forum Estudante | set+out 2020 | Edição nº 327 | Mensal l Diretor: Gonçalo Gil l Disponível apenas por assinatura com o custo mensal de 1€
IEFP InFormando. O testemunho de quem se qualifica Gaming Cyberpunk 2077. Está a chegar um dos jogos mais esperados Música As dificuldades de quem faz concertos e espetáculos
REGRESSAR AO
de sc on he cid o vivido. Conhece às aulas, num contexto nunca antes de um Mais de um milhão de alunos regressa desenhados para o caso de existência as medidas de segurança, os protocolos dicas úteis para quem volta à escola. caso suspeito de Covid-19 e algumas
06 Escolas Novidades para este ano letivo 12 Pancadas Notícias falsas fresquinhas 14 Livros Passámos na Feira do Livro de Lisboa 28 IEFP Conhece o testemunho de dois diplomados 32 Entrevista a Rita Saias, Presidente do CNJ 40 Redescobrir a Terra Notícias sobre educação agrícola 44 CJSR Recordamos a entrevista a Miguel Oliveira 52 Gaming Cyberpunk 2077 está a chegar 56 Música O impacto da pandemia nos técnicos de espetáculos e eventos 60 Estreias João Botelho leva Saramago à tela
O início do ano letivo 2020/2021 traz consigo desafios inéditos, ao ser realizado num contexto da pandemia do novo coronavírus. Que passos são dados para garantir a segurança? O que fazer se confrontado com um imprevisto? E quais os comportamentos que nos poderão ajudar na adaptação? Trazemos-te as respostas, ao longo das próximas páginas.
Revista Forum Estudante #327 // set+out 2020 // e-mail: geral@forum.pt // www.forum.pt
CTeSP e LICENCIATURAS CURSOS TÉCNICOS SUPERIORES PROFISSIONAIS (CTeSP) ESCOLA SUPERIOR AGRÁRIA
ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO
ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA
Cuidados Veterinários Produção Agrícola Proteção Civil
Desporto Recreação Educativa para Crianças
Automação e Gestão Industrial Desenvolvimento de Produtos Multimédia Redes e Sistemas Informáticos Tecnologias e Programação de Sistemas de Informação
ESCOLA SUPERIOR DE ARTES APLICADAS Comunicação Audiovisual
ESCOLA SUPERIOR DE GESTÃO Gestão Empresarial
LICENCIATURAS ESCOLA SUPERIOR AGRÁRIA
ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO
ESCOLA SUPERIOR DE SAÚDE DR. LOPES DIAS
Agronomia Biotecnologia Alimentar Enfermagem Veterinária Engenharia de Protecção Civil
Desporto e Actividade Física Educação Básica Secretariado Serviço Social
ESCOLA SUPERIOR DE ARTES APLICADAS
ESCOLA SUPERIOR DE GESTÃO
Ciências Biomédicas Laboratoriais Enfermagem Fisiologia Clínica Fisioterapia Imagem Médica e Radioterapia
Design de Comunicação e Audiovisual Design de Interiores e Equipamento Design de Moda e Têxtil Música variante de: Canto / Formação Musical /
Gestão (ramo de Contabilidade ou ramo de Recursos Humanos) Gestão Comercial Solicitadoria Turismo
Instrumento / Música Electrónica e Produção Musical
ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA Engenharia Civil Engenharia das Energias Renováveis Engenharia Electrotécnica e das Telecomunicações Engenharia Industrial Engenharia Informática Tecnologias da Informação e Multimédia
www.ipcb.pt
6 | Forum Estudante | set+out’20
/Escolas
ATENÇÃO De acordo com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior,
o número de estudantes que se candidataram à 1.ª fase do Concurso Nacional de Acesso (CNA) foi o mais elevado desde 1996. No total, 62 675 estudantes efetuaram candidatura.
ÆLEAD. Movimento Transformers lança plataforma online de apoio a associações de estudantes Descrever as atividades desenvolvidas, colocando o número participantes, de forma a ganhar pontos e desbloquear temáticas e desafios. É esta dinâmica base da plataforma online anunciada hoje pelo Movimento Transformers e lançada em parceria com a Associação Impact Academy. O objetivo, explica o Movimento Transformers, passa por “apoiar e incentivar o associativismo juvenil nas escolas portuguesas, ajudando a criar e a gerir uma associação de estudantes”. Para tal, a plataforma aposta numa dinâmica de gaming, que permite a cada Associação de Estudantes desbloquear níveis e trabalhar determinadas soft-skills. Através da platforma, explica a mesma fonte, os alunos e alunas “terão também acesso a diferentes contactos e vantagens de possíveis parceiros, de nível para nível”. Tal como uma rede social, será possível “ver tudo o que as outras AE’s parceiras estão a organizar e entrar
em contacto umas com as outras para criar parcerias, inspirarem-se ou tirarem dúvidas”. O AElead contempla três fases principais, todas elas com o suporte da plataforma: a “inspiração” (com um roadshow e um hackathon “Cria a tua AE”), a “capacitação” (com um bootcamp, vários workshops e sessões de mentoria); e, por fim, a “celebração” (que termina com um encontro nacional de associações do AElead e com o Festival TNT, dinamizado pelos Transformers). O Movimento Transformers tem como objetivo “combater o problema da falta de envolvimento cívico e social por pessoas em todo o mundo”, pode ler-se no site do projeto. De acordo com a mesma fonte, o projeto já mobilizou 147 mil euros de investimento público e privado, mobilizando cerca de 270 mentores e de 2300 aprendizes. Para saber mais sobre o Movimento Transformers, visita o site.
Sabias que…? O ano letivo 20202021 implica o maior orçamento dos últimos dez anos. As despesas para este ano letivo implicam um investimento
5391 milhões de
de euros – quase mais 100 milhões de euros que no ano anterior. O valor é o mais alto desde 2011. A primeira fase do programa Escola Digital prevê a distribuição de
100 mil computadores, dando prioridade aos alunos carenciados.
Em Portugal, em média, há um professor do ensino primário por cada
12,4
alunos. A média europeia está fixada nos 13,6 alunos por professor.
Estudantes portugueses dos ensinos secundário e profissional têm a mesma taxa de conclusão De acordo com os dados apurados no último relatório “Education at a Glance”, divulgados hoje pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), 57% dos estudantes portugueses concluem, dentro do tempo previsto, o ensino secundário. Esta taxa de conclusão é a mesma para estudantes do ensino profissional e dos cursos científico-humanísticos. Por essa razão, a OCDE destaca que “Portugal é uma excepção”, uma vez que “tipicamente, é menos provável que os alunos do ensino secundário profissional concluam a sua formação,
em comparação”, nos restantes 37 países da OCDE. O ensino profissional representa, em Portugal, 40% das escolhas dos
estudantes. Um número que se fixa abaixo da média dos países da OCDE (42%). Contudo, o relatório de 2020 do “Education at a Glance” destaca a aposta portuguesa nesta área, nomeadamente no que diz respeito à possibilidade de prosseguimento de estudos. A recente criação de um concurso específico para estudantes do ensino profissional, em Portugal, contribui para esta dimensão, uma vez que, em média, apenas 70% dos estudantes do ensino profissional têm possibilidade de prosseguir estudos no ensino superior.
Entra numa Escola com muita saída 2ª fase candidaturas
28 set 9 out
LICENCIATURAS Fisioterapia Terapia da Fala Terapia Ocupacional MESTRADOS PÓS-GRADUAÇÕES CURSOS BREVES
30 Bolsas de Estudo 100% Financiamento Elevadas Taxas de Empregabilidade Projetos Internacionais
www.essa.pt
8 | Forum Estudante | set+out’20
/Escolas
“Telescola” alargada ao ensino secundário Depois de, no final do ano letivo passado, ter auxiliado estudantes dos vários ciclos do ensino básico, a iniciativa “Estudo em Casa” – conhecida como a “Telescola” – vai agora apoiar estudantes do ensino secundário. Os conteúdos relativos às aulas do secundário serão transmitidos apenas online, através da RTP Play. As aulas transmitidas pelo “Estudo em Casa” estarão organizadas por tema, de forma a facilitar a articulação com o trabalho realizado nas escolas. De acordo com as explicações do ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, o objetivo é que os conteúdos desta plataforma possam ser utilizados ao longo dos próximos anos, como complemento às aprendizagens realizadas. A transmissão de conteúdos da plataforma Estudo em Casa regressa no início do ano letivo 2020/2021, no dia 14 de setembro. Tal como acontecerá nas escolas, as trasmissões das primeiras cinco semanas serão dedicadas à recuperação de conteúdos, com a retransmissão de episódios do ano letivo passado. Desta forma, os novos conteúdos serão transmitidos a partir de meados de outubro. Outra das novidades diz respeito à inclusão de episódios dedicados à optimização do trabalho que é realizado pelos estudantes de forma autónoma. Este será um conteúdo que, ainda que não curricular, deverá ajudar os estudantes a ganhar ferramentas para estudarem sozinhos.
Porto Editora revela que 96% dos alunos usaram o manual em papel durante o confinamento Foi com o objetivo de conhecer as circunstâncias impostas pela pandemia que obrigaram a comunidade educativa a “adaptar-se rapidamente a um ensino de emergência” que a Porto Editora realizou um inquérito dirigido a educadores e professores de todos os ciclos de ensino e aos encarregados de educação registados na plataforma Escola Virtual. As perguntas foram colocadas nas duas primeiras semanas de julho e os dados resultam no que a Porto Editora descreve como “o paradoxo do confinamento”. “Num contexto em que o digital assumiu um protagonismo inusitado”, explica o grupo, 76% dos encarregados de educação sublinha a importância do manual escolar em papel, bem como 50% dos professores. De resto, de acordo com o estudo realizado, 96% dos estudantes recorreram ao manual em papel, enquanto
48% utilizaram pelo menos uma vez a versão digital. A Porto Editora destaca a “complementaridade entre os dois meios” que é reforçada pelo facto de 80% dos professores afirmarem utilizar mais as funcionalidades das plataformas digitais. Recorde-se que o acesso gratuito à plataforma Escola Virtual foi anunciado pela Porto Editora a março de 2020 e vigorou até ao final do ano letivo passado, com o objetivo de facilitar a adaptação da comunidade educativa às circunstâncias impostas pela pandemia. O balanço da Porto Editora revela que o número de um milhão de utilizadores foi superado no início de maio. O Grupo Porto Editora destaca ainda o grau de satisfação dos utilizadores, com cerca de 80% a destacar a fácil utilização, a qualidade e a relevância dos conteúdos apresentados.
O MEU FUTURO É AQUI LICENCIATURAS MESTRADOS
T E S T E M U N H O S Beatriz Martins Aluna da Licenciatura em Eng. e Gestão Industrial “As instalações são excecionais e o ambiente é muito acolhedor. A relação entre professor e aluno é muito próxima e agradável, os professores encontram-se sempre disponíveis e são bastante prestáveis. Além do mais, e tendo em conta a situação atual, os professores esforçam-se imenso para nos proporcionar todo o material necessário para a realização dos trabalhos e testes e mostram-se sempre disponíveis para o esclarecimento de dúvidas.” Rafael Soares Aluno do CTeSP de Comércio Eletrónico “É notória a qualidade e popularidade que os cursos técnicos superiores profissionais do IPCA tem tido, são cursos que marcam a vida curricular e (futura) profissional no que toca aos conteúdos lecionados quer na teoria quer na prática. Estes cursos oferecem a possibilidade aos alunos de realizar, durante um semestre letivo um estágio, onde a aproximação entre o aluno a entidade acolhedora e a realidade no mercado de trabalho é importante para uma melhor transição para o mundo do trabalho, neste aspeto estes cursos diferenciam-se.”
Ângela Oliveira Alumna da Licenciatura em Design Gráfico “O velho ditado diz-nos que devemos saber de tudo um pouco. E foi aqui, no IPCA, que me foi possível pensar, criar, desenvolver técnicas, explorar diferentes meios e esmiuçar uma infinidade de possíveis saídas profissionais. Percebi, ao longo do curso, que este era muito mais daquilo que imaginara na altura, não se trataria apenas da criação de cartazes, muito menos do simples, embora nada simples, desenvolvimento de logótipos. Era, e continua a ser, um leque de opções muitíssimo mais complexo do que se pensa numa fase inicial.”
PÓS-GRADUAÇÕES CTeSP diurno | pós-laboral | ensino a distância
www.ipca.pt
5015
423
ESTUDANTES
PESSOAL DOCENTE E DE INVESTIGAÇÃO
LICENCIATURAS
MESTRADOS E PÓS-GRADUAÇÕES
24
5
3
120
Tesp
ESCOLAS
UNIDADES DE PESQUISA
PARCERIAS INTERNACIONAIS
14
26
LICENCIATURAS
› Contabilidade › Design Gráfico › Design Industrial › Engenharia Eletrotécnica e de Computadores › Engenharia de Sistemas Informáticos › Engenharia em Desenvolvimento de Jogos Digitais › Engenharia e Gestão Industrial › Engenharia em Informática Médica › Finanças › Fiscalidade › Gestão de Empresas › Gestão Pública › Gestão de Atividades Turísticas › Solicitadoria
MESTRADOS › Auditoria › Contabilidade e Finanças (APNOR) › Design Digital › Design e Desenvolvimento de Produto › Engenharia Eletrónica e de Computadores › Engenharia Informática › Engenharia em Desenvolvimento de Jogos Digitais › Fiscalidade › Gestão › Gestão Autárquica (b-learning) › Gestão das Organizações (APNOR) › Gestão do Turismo › Ilustração e Animação › Marketing › Sistemas Integrados de Gestão-QAS › Solicitadoria
PÓS-GRADUAÇÕES
› Cibersegurança e Informática Forense › Contabilidade de Gestão e Estratégia Empresarial › Contabilidade Financeira Empresarial › Data Analysis for Business › Ecocidades e Desenvolvimento Sustentável (b-learning) › Fintech › Fiscalidade › Gestão de Alojamentos Turísticos › Marketing Digital › Sistema de Normalização Contabilística para as Administrações Públicas
ÁREA DO DESIGN
› Design de Calçado › Design de Moda › Design para Media Digitais › Ilustração e Arte Gráfica ÁREA DE GESTÃO
› Apoio à Gestão › Comércio Eletrónico › Exportação e Logística › Gestão de Seguros* › Gestão Financeira e Contabilística* ÁREA DE HOTELARIA E TURISMO
› Organização e Gestão de Eventos › Turismo, Natureza e Aventura ÁREA DE TECNOLOGIA
› Aplicações Móveis › Desenho Técnico e Maquinação › Desenvolvimento Web e Multimédia › Eletrónica, Automação e Comando › Energia, Telecomunicações e Domótica › Gestão Industrial da Produção › Manutenção Industrial › Mecânica Automóvel › Metrologia, Instrumentação e Qualidade Industrial › Mobilidade Híbrida › Redes e Segurança Informática › Sistemas Eletrónicos e de Computadores › Soldadura Avançada *Aguardar alteração de registo na DGES
BARCELOS • BRAGA GUIMARÃES • FAMALICÃO
ENSINO SUPERIOR PÚBLICO
12 | Forum Estudante | set+out’20
/Pancadas
Fake News Foru Fica atento às notícias falsas – elas andam por aí. Para te ajudar na identificação, damos-te alguns exemplos onde encontras tudo menos a verdade.
Novo coronavírus “já não é assim tão novo”, defende perito
Alunos da primária “extremamente satisfeitos” com aulas Zoom
Cerca de nove meses depois de ser registado o primeiro caso de infecção pelo vírus SARS-CoV-2, alguns sectores da comunidade científica dizem-se indignados com o uso da expressão “pandemia do novo coronavírus”. É esse o caso do investigador em psicanálise viral, Julius Liar, que afirma ser “tempo de deixar de infantilizar o vírus”. “A nossa sociedade continua fixada em prolongar a juventude por demasiado tempo”, alerta o especialista, sublinhando o possível impacto desta prática: “Já vi muitos e bons vírus a perceberem, de repente, que não são assim tão novos e isso pode ter consequências emocionais gravíssimas”. Nesse sentido, a equipa de Julius Liar encontra-se a terminar uma investigação revolucionária cujo objetivo passa por “ajudar um vírus a interiorizar que, aos seis meses de vida, é aceitável ter apenas 150 mutações e viver em casa dos pais”.
Um estudo concluiu que cerca de 75% dos alunos do 1.º Ciclo do Ensino Básico estão “extremamente satisfeitos” com as aulas online realizadas através de plataformas como o Zoom. Em declarações à Forum Ex-tudante, o Presidente da Associação de Estudantes da Escola Básica dos Olivais, António Silva, de 7 anos, explica que “há uma maior confiança por parte dos estudantes, em variados aspetos”. E dá um exemplo: “Ninguém vê se fizermos xixi nas calças, o que é uma enorme mais-valia”. Já Mariana Pedro, de 7 anos “e meio”, como afirmou, aluna na mesma escola, destaca o conforto de assistir a aulas com recurso a um tablet: “É exatamente igual à experiência de ir a um restaurante com os nossos pais”.
13 | Forum Estudante | set+out’20
/Pancadas
um Ex-Tudante Portugueses questionam-se sobre o paradeiro de Ruca
RTP anuncia novo programa: “Prós e Contras do Prós e Contras”
Portugueses por todo o país expressaram recentemente a sua curiosidade acerca do paradeiro de Ruca, o menino de quatro anos que, durante boa parte da década, ocupou lugar de destaque nos média nacionais. “Para mim, Ruca Vai ao Supermercado continua a ser uma obra de referência”, afirma Beatriz Gomes, adolescente residente em Valadares, antes de partilhar a sua preocupação. “O Ruca já não é uma criança e tenho receio que, devido à sua característica curiosidade, ele se possa ter metido em problemas”, conta, explicando que um vizinho terá avistado o jovem, hoje com 23 anos, a “fazer demasiadas perguntas num hipermercado”. A Forum Ex-Tudante tentou, até ao fecho de edição, contactar Ruca, sem sucesso.
Poucos dias depois de anunciar o final de “Prós e Contras”, colocando um ponto final a 18 anos de emissão, a RTP já revelou o programa substituto. Trata-se de “Prós e Contras do Prós e Contras (PCdPC)” – uma aposta inovadora da estação pública que, durante os próximos 18 anos, debaterá os méritos do programa original. “Vamos apostar em vários especialistas em Prós e Contras”, explica à Forum Ex-tudante uma fonte da RTP, revelando ainda que os membros do público continuarão a poder colocar questões e dar a sua opinião durante o programa, “desde que se foquem nos prós e contras do “Prós e Contras”. “Acreditamos que o PCdPC trará à sociedade portuguesa um debate televisivo muito necessário sobre a necessidade deste debate televisivo”, conclui a mesma fonte.
Estudo comprova: 2020 é “uma ” Depois de um trabalho de investigação de vários meses, um conjunto de professores do Instituto Politécnico de Pitões das Júnias - Polo Gerês chegou à conclusão de que 2020 é, do ponto de vista científico, “uma ”. O estudo teve como base “a observação factual dos acontecimentos deste ano” e já obteve reconhecimento da imprensa internacional que o destaca como “revolucionário”, “inspirador” e “um estudo”. Em declarações à Forum Ex-Estudante, a coordenadora do projeto de investigação, Ursília Mosca Disca, afirmou perentoriamente: “Nós somos gente do Norte. O nosso estudo comprova que, ao contrário do que possa parecer, 2020 não é uma treta, nem uma porcaria, nem uma caca”. Incêndios, uma doença pandémica, violência nas ruas e tensões diplomáticas são alguns dos elementos que levaram os investigadores à conclusão. Questionada sobre o facto de o ano ainda não ter terminado, Ursília Mosca Disca mostra-se confiante na investigação: “Segundo os nossos cálculos, para perder este estatuto, 2020 precisaria de nos trazer uma boa notícia de 3 em 3 minutos, durante os próximos meses”.
ficar i t n a ide com a e d n s Apre ias falsa qui! a c notí . Clica m Foru
14 | Forum Estudante | set+out’20
/Livros
Festejar o Livro e a Cultura A 90ª edição da Feira do Livro de Lisboa realizou-se, de 27 de agosto a 13 de setembro, com muitas adaptações. O evento é destacado como essencial para um dos setores mais afetados economicamente, durante a pandemia. À medida que a tarde de quinta-feira vai avançando, o número de pessoas que circula pelo Parque Eduardo VII aumenta ligeiramente. Aos visitantes que chegam, é exigida a desinfeção das mãos e a colocação de máscara para aceder ao recinto. O caminho pelo interior do Parque faz-se pelos trajetos assinalados pela organização, que separam os sentidos de deslocação. Em muitas das bancas, as habituais capas e lombadas têm agora a companhia de
dispensadores de álcool gel. Os visitantes circulam em pares ou grupos de três a quatro pessoas, esforçando-se por manter a distância. A exceção regista-se junto à entrada sul do recinto, onde uma pequena aglomeração de visitantes assiste à cerimónia que inaugura a 90.ª edição de um dos principais eventos do setor livreiro em Portugal. “Apesar de todos os condicionalismos e adaptações, a Feira do Livro de Lisboa vai mesmo
acontecer”, realça o secretário de estado do Cinema, Audiovisual e Média, Nuno Artur Silva. Em ano de pandemia, a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) e a Câmara Municipal de Lisboa – entidades que organizam a Feira do Livro de Lisboa – apostaram na “segunda maior da história da Feira do Livro de Lisboa”. O evento realizou-se entre 27 de agosto e 13 de setembro, o que obrigou a diversas adaptações
OFERTA FORMATIVA 2020/2021 17 CTESP 16 LICENCIATURAS 15 MESTRADOS 2 PÓS-GRADUAÇÕES
ESCOLA SUPERIOR
AGRÁRIA
ESCOLA SUPERIOR DE
EDUCAÇÃO
ESCOLA SUPERIOR DE
SAÚDE
ESCOLA SUPERIOR DE
TECNOLOGIA E GESTÃO
Eles são ex-alunos do IPBeja e representam uma parte da família IPBeja. Vem também fazer parte desta família!
IPBEJA, O TEU SONHO, O TEU FUTURO! WWW.IPBEJA.PT
16 | Forum Estudante | set+out’20
/Livros acredita, a 90ª edição da Feira do Livro de Lisboa “vai ficar para a História”. Durante o tempo que passou no recinto, a estudante tem-se sentido segura, uma vez que “todos os visitantes têm cumprido [as regras]”. Uma condição que, acredita, será essencial: “Se todos cumprirem a sua parte, tudo correrá pelo melhor”.
Esta feira do livro é uma afirmação da Cultura. “[Não realizar a Feira do Livro de Lisboa] seria a Cultura a deixar cair os braços. E a Cultura tem de ganhar sempre.
Esta edição da Feira do Livro de Lisboa é uma demonstração da força e vitalidade do setor do livro em Portugal.
do formato e da programação, “para garantir a manutenção do distanciamento social”. A criação de trajetos e aumento de espaços de circulação, o estabelecimento de um limite de 3300 visitantes em simultâneo, a diminuição do número de saídas e de infraestruturas não-essenciais, bem como a disponibilização de desinfetante foram algumas medidas adotadas.
admite o estudante, “com alguma vergonha”. “É algo que já queria fazer há bastante tempo”, acrescenta, antes de explicar que as medidas de segurança implementadas contribuem para que se sinta seguro no recinto. “Mas a segurança não depende só de nós, depende de todos”, ressalva, para explicar que é o comportamento dos visitantes que determina o grau de segurança do evento. Para outra das visitantes, Joana, de 22 anos, esta edição “tem um peso especial”, tendo em conta que “é realizada numa altura como esta”. Por essa razão,
Fernando Medida, presidente da Câmara Municipal de Lisboa
Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República Portuguesa
Segurança coletiva Esta é a primeira vez que Xavier, de 22 anos, visita a Feira do Livro,
Números da 90.º Feira do Livro
310
Pavilhões
117
Participantes
638
Marcas Editoriais
Cultura que “não deixa cair os braços” No final da primeira semana de evento, os editores presentes destacavam à RTP os resultados de vendas “ao nível dos melhores anos”. Já durante a inauguração, o secretário-geral da APEL, Bruno Pire Pacheco tinha destacado a importância deste evento para o setor livreiro – um dos mercados que mais sofreu com a pandemia de Covid-19, registando quebras nas vendas na ordem dos 80%. O prejuízo total foi superior a 20 milhões de euros, só no primeiro quadrimestre de 2020, comunicou a APEL.
Tendo em conta este contexto, realçou o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, também presente na inauguração, esta edição da Feira do Livro é “uma demonstração da força e vitalidade do setor do livro em Portugal”, deixando ainda o compromisso da CML em, “no cumprimento das suas atribuições, procurar apoiar projetos do setor”, evitando que tenham de fechar portas. No mesmo sentido, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, realçou a “resistência, coragem, emergência e triunfo” que estão envolvidos na realização desta feira do livro, num contexto que tem causado especiais dificuldades ao setor da cultura. “Esta feira do livro é uma afirmação da Cultura”, destacou, sublinhando a “ajuda essencial” que o evento representa para o setor livreiro. “[Não realizar a Feira do Livro de Lisboa] seria a Cultura a deixar cair os braços. Ora, a Cultura tem de ganhar sempre”, concluiu.
O que dizem os estudantes que escolheram a Egas Moniz? Sabe dizem o que dizem alguns estudantes do primeiro de várias Licenciaturas e Mestrados Integrados da Cooperativa de Ensino Superior Egas Moniz. A abordagem prática do ensino e o prestígio desta instituição são algumas das razões apontadas para as suas escolhas. Inês Ramalho – 1º Ano Mestrado Integrado em Medicina Dentária
“Queria muito vir para a Egas Moniz”
Carlota Rodriguez
Carlota Rodriguez – 1º Ano Licenciatura em Ciências Forenses e Criminais
Estou no curso de Medicina Dentária. É a concretização de um sonho que já tinha há imenso tempo. Quando comecei a usar aparelho, comecei a interessar-me pelos utensílios e pela forma como os médicos dentistas tratavam os pacientes. Desde então, para mim, este sempre foi um curso muito interessante. Escolhi esta instituição de ensino por ser a que tem mais prestígio no que toca a Medicina Dentária. Queria muito vir para a Egas Moniz.
Filipa Branco – 1º Ano Licenciatura em Ciências da Nutrição
“Interessou-me a “Tinha boas forte componente referências da prática” Egas Moniz” Escolhi Ciências Forenses e Criminais porque é um curso que tenho interesse há imenso tempo. Para além disso, tenho amigos que tiraram cá o curso e que me disseram muito bem da sua experiência. Por isso, a ideia de vir para a Egas Moniz cativava-me cada vez mais. Vim ao Dia Aberto, vi, mexi e tudo isso me fez querer vir para o curso. Escolhi a Egas Moniz porque o curso requer uma forte componente prática e a Egas Moniz aposta muito nesta componente.
Escolhi a licenciatura em Ciências da Nutrição porque acho que a alimentação consegue influenciar o nosso estilo de vida. Inclusivamente, em certas doenças, a alimentação ajuda imenso, não só fisicamente como também do ponto de vista psicológico. A razão pela qual escolhi esta instituição de ensino está relacionada com o facto de ter boas referências da Egas Moniz – tive conhecimento do curso através de amigos que me aconselharam entrar.
Francisco Pimentel
Filipa Branco Inês Ramalho
Francisco Pimentel - 1º Ano Licenciatura em Ciências da Nutrição
“A alimentação faz parte da relação que eu tenho com o desporto.” Escolhi o curso de nutrição por sentir que esta é uma área muito importante e que cada vez tem mais procura. Sendo desportista, há bastantes anos que a alimentação é muito importante para mim, fazendo parte da relação que tenho com o desporto. Por isso, resolvi vir para o curso de licenciatura em Ciências da Nutrição. Escolhi a Egas Moniz porque sempre me disseram que era uma boa opção. Conheço várias pessoas que passaram por cá e que me garantiram que valia a pena vir para a Egas Moniz.
697€ Propina anual
20 | Forum Estudante | set+out’20
/Regresso às Aulas
Guia para o regresso às aulas em pandemia O início do ano letivo 2020/2021 traz consigo desafios inéditos, ao ser realizado num contexto da pandemia do novo coronavírus. Que passos são dados para garantir a segurança? O que fazer se confrontado com um imprevisto? E quais os comportamentos que nos poderão ajudar na adaptação? Trazemos-te as respostas, ao longo das próximas páginas.
22 | Forum Estudante | set+out’20
/Regresso às Aulas
As medidas de segurança para o regresso às aulas Em todo o país, agrupamentos de escolas implementaram medidas que resultam das orientações enviadas pela Direção-Geral da Saúde.
#1 Na sala de aula Do ponto de vista da organização dos estudantes no espaço de sala de aula, a DGS, a DGEstE e a DGE indicam apenas que deverão ser “mantidas as medidas de distanciamento” de 1 metro, indicando que as mesas devem estar dispostas, preferencialmente, com a mesma orientação (evitando que os estudantes estejam frente a frente). Alguns agrupamentos têm vindo a público sublinhar a dificuldade ou impossibilidade de cumprir esta condição, por falta de espaço para acomodar os estudantes, cumprindo a referida recomendação de distanciamento. Os alunos deverão ser organizados por grupos/turmas a manter
durante todo o período de permanência na escola, procurando minimizar o contacto entre estudantes. Com o mesmo objetivo, de forma a evitar a partilha de espaços, as aulas de cada turma devem decorrer, sempre que possível na mesma sala (e com lugar fixo para cada aluno).
#2 Em espaço escolar A primeira das regras do “Código de Conduta” para o próximo ano letivo é clara: “Utilizar sempre máscara”. Esta norma aplicase a todos os intervenientes da comunidade educativa que passem
pelo recinto escolar, com excepção para os estudantes do 1.º ciclo do Ensino Básico). De igual forma, este código prevê a obrigatoriedade de desinfeção das mãos à entrada da escola, a lavagem frequente das mãos (sobretudo, antes e após refeições, aulas e uso da casa de banho), cumprimento de práticas de higiene respiratória, bem como evitar tocar em bens e superfícies comuns (corrimãos, maçanetas, interruptores, etc...). Ainda de acordo com o documento, os intervalos deverão ter “a menor duração possível”, sendo que os alunos deverão permanecer, tanto quanto possível, em zonas específicas definidas pela escola. Todos os horários (aulas, intervalos e refeições) devem ser
O Código de Conduta recomendado para o Ensino Secundário 1 – Utilizar sempre máscara 2–D esinfetar as mãos, ao entrar na escola 3 – Lavar frequentemente as mãos 4 – Reforçar lavagem antes e depois de aulas, refeições, uso da casa de banho 5 – Usar lenços de papel de utilização única para assoar. Lavar as mãos de seguida 6 – Nunca tossir ou espirrar para as mãos 7 – Evitar tocar nos olhos, no nariz ou na boca 8 – Evitar tocar em superfícies ou bens comuns (corrimões, maçanetas, interruptores, etc...)
organizados previamente, sendo criados e identificados circuitos e procedimentos no interior da escola.
#3 No refeitório Também no refeitório ou no bar a norma é o uso da máscara, excetuando no momento da refeição. As instruções para o próximo ano letivo especificam ainda um conjunto de regras para utilização dos refeitórios (horários, modalidades, uso de máscara, higienização, distanciamento físico, lotação máxima, etc..): os períodos de almoço devem ser desfasados entre turmas, deve estar prevista a modalidade take-away, qualquer utente terá de lavar ou desinfetar as mãos
antes e depois da refeição, os talheres devem ser embalados, as cadeiras e mesas devem ser desinfetadas entre utilizações e deve ser assegurada uma boa ventilação e renovação do ar.
#4 Na aula de Educação Física De acordo com as instruções enviadas às escolas, os professores de Educação Física devem privilegiar as atividades desportivas em que seja possível cumprir o distanciamento de pelo menos três metros, mas os estudantes não necessitam de utilizar máscara durante a aula. As orientações destacam que os
professores devem fazer as escolhas tendo em conta a contingência da pandemia e, simultaneamente, os objetivos do programa escolar. Tendo em conta que parte significativa do programa inclui a realização de desportos coletivos, a DGE recomenda que as atividades passem a ser realizadas de forma individual ou entre grupos reduzidos, por exemplo, através da simulação controlada de situações de jogo. É, por outro lado, recomendada o trabalho "em circuito", dando prioridade à criação de estações e grupos de trabalho que partilhem o mesmo objetivo. Contudo, destaca a DGE, deve evitar-se a partilha de equipamentos e material, no caso de não ser higienizado entre utilizações.
24 | Forum Estudante | set+out’20
/Regresso às Aulas
Como lidar com um caso suspeito de Covid-19 na escola? A preparação do regresso às aulas letivas presenciais implica a criação de um protocolo para lidar com um eventual caso suspeito em espaço escolar.
Passo 1: A Área de Isolamento Está prevista nos planos de contingência de cada agrupamento a criação de uma área de isolamento para casos suspeitos. Esta área deve estar equipada com telefone, cadeira, água e alguns alimentos, bem como acesso a uma casa de banho. É para este local que será encaminhado o caso suspeito, sendo que deverão existir trajetos desenhados para deslocação até esta área.
Passo 2: Acompanhamento No caso do caso suspeito ser uma criança, algum responsável da escola deverá permanecer com essa pessoa na sala de isolamento. Como tal, este ou esta responsável terá de cumprir todas as precauções básicas de segurança, como a utilização de máscara e a higienização frequente das mãos.
Passo 3: Ligar para o SNS24 Deverá ser contactado o número 808 24 24 24, da SNS24, ou outras linhas
telefónicas criadas para o efeito de atendimento ao público. A partir daí, serão fornecidas orientações e indicações específicas para cumprir, relativas às especificidades do casos suspeito.
Passo 4: Informar Autoridades de Saúde Locais As autoridades de saúde locais, coordenadas pelo delegados de saúde regionais, desempenham um papel fundamental na articulação entre instituições e recursos, de forma a combater a disseminação do novo coronavírus. Como tal, devem ser contactadas imediatamente, sendo fornecidos os dados (nome, data de nascimento, contacto telefónico) dos elementos do grupo do caso suspeito.
Passo 5: Contactar o Encarregado de Educação O documento com orientações enviado pela DGEstE às escolas prevê que, nos casos em que a suspeita recaia sobre
um estudante, seja contactado, de imediato, o respetivo encarregado de educação.
Passo 6: Reforçar Limpeza As orientações ditam um reforço da limpeza e desinfeção das superfícies e áreas mais utilizadas pelo caso suspeito. Pela mesma razão, será necessário reforçar a limpeza da área de isolamento.
Se houve um caso confirmado, a escola fecha? Não necessariamente. De acordo com a Direção-Geral da Saúde, o encerramento de todo o estabelecimento de educação ou ensino só deve ser ponderado em situações “de elevado risco no estabelecimento ou na comunidade”. A decisão apenas poderá ser tomada pela Autoridade de Saúde Local, envolvendo as autoridades regionais e nacionais. Caso se confirme um caso de Covid-19, a escola poderá, assim, não ser encerrada, ainda que a turma e os restantes contactos do infetado tenham de cumprir quarentena.
25 | Forum Estudante | set+out’20
/Regresso às Aulas
5 dicas para regressar às aulas Enquanto estudante, preparas-te para enfrentar um contexto nunca vivido por gerações anteriores. A frase impressiona e é ilustrativa da pressão ou desconforto que daqui pode resultar. Partilhamos contigo alguns passos, com o objetivo de tentar ajudar a lidar com este momento delicado.
#1 Equipa-te a rigor Num momento em que muito está fora do teu poder de decisão, poderá ajudar-te gerir as coisas que consegues controlar com eficácia. Como tal, uma boa prática passa por preparar o material de proteção adequado para enfrentar os desafios. Embora as escolas forneçam máscaras aos alunos, poderá ser uma boa ideia levar contigo outras máscaras (como uma máscara segura que já conheças e que te proporcione uma sensação de conforto). No mesmo sentido, leva contigo um pequeno frasco com uma solução desinfetante – a acessibilidade a este líquido poderá ajudar-te a garantir uma sensação de segurança.
dade, resiste à tentação de esconder esses sentimentos. Fala abertamente com os teus e as tuas colegas. Depois de tantos meses de distanciamento, mesmo que neste contexto condicionado, há novamente a possibilidade de estar com amigos e partilhar o que
distanciamento social. No final do ano letivo passado, estudantes contaram à FORUM como, neste contexto, tinham redescoberto “jogo do Stop” ou o “jogo da Macaca”, por exemplo. A imaginação (e o distanciamento) são o limite!
sentimos. Se te sentires mais confortável, podes também falar com um(a) professor(a) ou funcionário(a) – durante o verão, muitas escolas reforçaram as suas equipas, para prestar um apoio próximo aos estudantes no regresso às aulas presenciais.
#5 Informa-te sobre o protocolo
#2 Confia nas medidas de segurança Atirar um “confia nas medidas de segurança” poderá parecer redundante, para não dizer condescendente, num momento tão crítico como este. Contudo, falamos de um contexto específico em que cumprir as regras poderá ser especialmente difícil: quando somos confrontados com um ou uma colega que está prestes a ignorá-las (e se prepara para nos cumprimentar, por exemplo). Nestes momentos, é importante ter em mente que a coisa correta a fazer é mesmo deixar uma mão estendida ou virar a cara a um beijo, por muito que custe. Esta é também a forma de garantires uma sensação de segurança, para ti e para os que te rodeiam.
#3 Partilha com amigos e amigas Num momento tão desafiante, é importante ter em conta que este contexto é difícil para todos. Caso te sintas desconfortável, com medo ou ansie-
#4 Encontra novas dinâmicas Sabemos que o objetivo, neste regresso as atividades letivas presenciais, passa por reduzir ao mínimo o tempo que os estudantes passam na escola. Como tal, os intervalos poderão ser mais curtos e passados em espaços desenhados para grupos mais pequenos de estudantes. Procura encontrar novos jogos que permitam o
Neste contexto, como em muitos outros, a incerteza é um dos maiores focos de tensão. Algo que poderá ajudar a lidar com esta ansiedade é o conhecimento dos protocolos e passos a tomar, no caso de existir, por exemplo, um caso suspeito na tua escola. Desta forma, poderás mitigar o efeito da incerteza, ao sentires que estás preparado ou preparada para lidar com o que possa surgir. Para além da informação presente nesta edição da FORUM, procura conhecer as características específicas do plano da tua escola, analisando a sinalética, estudando os percursos e, se necessário, pedindo esclarecimentos.
26 | Forum Estudante | set+out’20
/ISPA
Publirreportagem
O ISPA – Instituto Universitário de Ciências Psicológicas, Sociais e da Vida DÁ-TE A CONHECER as suas três áreas de ensino.
Situado em pleno coração da cidade, em Alfama, o ISPA é uma referência incontornável na história do ensino superior em Portugal, nomeadamente na área da Psicologia. Iniciou a sua atividade em 1962 e, desde então, tem sido pioneiro no ensino e investigação das ciências psicológicas e do comportamento, ali funcionando o primeiro curso superior de Psicologia. Para saberes mais sobre este instituto universitário, fica a conhecer quatro caminhos que te são disponibilizados pelo ISPA, rumo a um futuro profissional ligado a quatro áreas distintas.
Psicologia Os três primeiros anos do Mestrado Integrado em Psicologia (1.º ciclo - licenciatura em Ciências Psicológicas) oferecem aos estudantes um conjunto de conhecimentos e competências que constituem o alicerce da especialização que decorre nos dois últimos anos. Nesta primeira fase de formação, os estudantes adquirem conhecimentos nas áreas básicas da Psicologia, contactando com as principais teorias e métodos desta disciplina. Obtêm igualmente formação em áreas científicas afins, indispensáveis a uma compreensão global e integrada do comportamento humano, habilitando para a utilização crítica do conhecimento e para a pesquisa, na observância de exigências éticas próprias da Psicologia. A Licenciatura em Ciências Psicológicas (1.º ciclo do Mestrado Integrado em Psicologia) permite o prosseguimento de estudos de
www.ispa.pt
27 | Forum Estudante | set+out’20
/ISPA
Mestrado (no âmbito do Mestrado Integrado em Psicologia), numa das suas três áreas de especialização: Psicologia Clínica, Psicologia Educacional, Psicologia Social e das Organizações; ou o acesso a outro ciclo de estudos de mestrado (2.º ciclo) na área da psicologia ou noutra área de estudos. O acesso e o exercício autónomo da psicologia pressupõem uma formação de nível superior de 5 anos (1.º + 2.º ciclos) nesta área do conhecimen-
Curso de Bioinformática Pioneira em Portugal, a Licenciatura em Bioinformática garante uma formação sólida e multidisciplinar que combina conhecimentos nas áreas da Biologia, da Matemática e da Informática e, ainda, competências práticas de aplicação da tecnologia à resolução de problemas científicos complexos. Esta Licenciatura abre perspetivas de carreira nas tecnologias de informação nas áreas de programação, redes e bases de dados e de investigação científica nos campos da genómica, exploração de dados biológicos, aprendizagem automática, modelagem e simulação. A formação ministrada pelo ISPA fornece uma sólida componente de formação teórica e metodológica para quem pretende seguir profissões ligadas ao meio académico e de investigação, e, em simultâneo, ferramentas para a aplicação prática dos conhecimentos adquiridos para aqueles que visam uma integração rápida e produtiva na indústria.
to e o cumprimento dos restantes requisitos definidos pela Ordem dos Psicólogos. A formação em Psicologia do ISPA é consonante com o Projecto Europeu do Diploma de Psicologia e com as formações em Psicologia ministradas na grande maioria dos países europeus.
Biologia/Biociências Sendo a influência da Biologia cada vez mais presente em múltiplas vertentes do quotidiano, a aquisição de conhecimentos teóricos sólidos antes de uma eventual especialização é central para a formação dos Biólogos. O plano de estudos do curso de Biologia do ISPA reflete essa preocupação ao fornecer um vasto enquadramento teórico nas principais áreas da Biologia e dando iguale ênfase à importância da aplicação desses conhecimentos. Com unidades curriculares de Iniciação à Investigação Científica desde o primeiro ano, os alunos do ISPA têm oportunidade de participar em projetos de investigação e de contactar, desde cedo, com excelentes infraestruturas laboratoriais e com uma realidade profissional desafiante. O corpo docente é especializado em múltiplas áreas da Biologia e encontra-se integrado no MARE - Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, o centro de investigação na área do mar que reúne mais de 400 investigadores de seis universidades portuguesas. O curso conta também com o apoio do Centro de Biociências, cuja atividade se encontra dirigida para a prestação de serviços, ensino e formação da Biologia a vários níveis. A recente avaliação externa, realizada em 2016, pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) reconheceu a qualidade da licenciatura em Biologia do ISPA, destacando, em particular, a qualificação do corpo docente, a investigação realizada e a integração dos seus estudantes.
Educação Este curso é a primeira etapa da formação para se ser educador/a de infância e professor/a do 1.º ou do
E quanto ao prosseguimento dos estudos? O ISPA disponibiliza ainda uma série de especializações e de estudos avançados em diversas áreas de saber. No âmbito da Educação, o ISPA oferece mestrados em Educação Pré-Escolar e em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1º Ciclo do Ensino Básico. Ao nível da Psicologia, tem a oferta das especializações em Psicologia Clínica, em Psicologia Educacional e em Psicologia Social e das Organizações (Mestrado Integrado em Psicologia); mas ainda também em Neuropsicologia, em Psicologia Comunitária, em Psicologia da Saúde, em Psicologia e Psicopatologia do Desenvolvimento e em Psicologia Forense. Já o mestrado em Neurociências Cognitivas e Comportamentais procura integrar conhecimentos e teorias tanto da Biologia como da Psicologia. E, por fim, o ISPA conta ainda com um mestrado em Biologia Marinha e Conservação. 2.º ciclo do ensino básico. Com esta Licenciatura, os alunos acedem a uma consistente formação de base que proporciona conhecimentos multidisciplinares consistentes e hábitos de trabalho rigorosos no domínio da investigação e planeamento educacional. Os estudantes deste curso têm acesso a experiências únicas e enriquecedoras no campo da educação que permitem uma intervenção sustentada no apoio a profissionais em diversos contextos de educação. No final da Licenciatura, os novos educadores serão capazes de refletir e intervir sobre os contextos e práticas educativas, compreendendo e analisando as necessidades e os interesses das crianças, famílias e comunidades.
28 | Forum Estudante | verão’20
/IEFP
Publirreportagem
InFormando: A formação No espaço InFormando trazemos-te os testemunhos de quem sente que a formação profissional mudou a sua vida para melhor. Ao longo das próximas edições, partilhamos contigo a história de quem passou pelos Centros de Formação Profissional. Miraldina Ferreira
«Tudo o que tenho, na minha vida profissional, deve-se a este curso” “Tinha acabado de chegar a Sintra, vinda de Cabo-Verde, em 2014, e comecei a estudar no Ensino Secundário. Contudo, senti que não me estava a adaptar da melhor maneira. A minha irmã já estava a estudar no Curso de Aprendizagem de Técnico de Contabilidade, no Centro de Formação do IEFP em Lisboa, e decidi juntar-me
em conhecimentos técnicos sobre Contabilidade que se mostraram úteis no futuro. Durante o curso, tive a oportunidade de participar no Campeonato Nacional das Profissões e isso teve um papel importante para mim. Conheci outros
jovens, que estudavam a mesma área e partilhavam o mesmo gosto pela Contabilidade. Percebi que a característica que distingue este evento não é tanto a competição mas sim a experiência que se adquire. O meu principal objetivo, depois de terminar o curso, passava por entrar no Ensino Superior. Acabei por entrar na Universidade Lusófona, no Curso de Gestão Aeronáutica, em 2018. O que aprendi no curso mostrou-se importante também nesta experiência na universidade, uma vez que houve vários conceitos que acabaram por surgir novamente. Agora, penso em terminar o curso e começar a trabalhar e especializar a
O curso de aprendizagem no IEFP foi muito importante para mim, não só pelos conhecimentos, mas também pela experiência que me fez crescer e perceber o que é o mercado de trabalho.
a ela. O meu principal objetivo era terminar o Ensino Secundário e pensei que o tipo de ensino prático me daria mais alguns conhecimentos. Por outro lado, sempre quis ligar-me à área da Contabilidade e da Gestão e, por isso, seriam conhecimentos importantes para mim. A minha experiência no curso foi excelente. Sinto que aprendi muito e cresci em termos profissionais e pessoais, muito por causa dos estágios. Tudo o que tenho, na minha vida profissional, deve-se a este curso. Sinto que cresci em termos de responsabilidade e também
A minha experiência no curso foi excelente. Sinto que aprendi muito e cresci em termos profissionais e pessoais.
minha formação, simultaneamente. Mais tarde, quero tirar um mestrado em Gestão de Empresas. O curso de aprendizagem no IEFP foi muito importante para mim, não só pelos conhecimentos, mas também pela experiência que me fez crescer e perceber o que é o mercado de trabalho. Hoje, tenho uma noção muito mais clara do que me espera no mundo do emprego”
www.iefp.pt
na primeira pessoa Fica com o testemunho de dois diplomados dos Centros de Formação Profissional do IEFP de Lisboa e do Seixal e sabe de que forma a formação mudou a sua vida.
Sambalai Candé
«Em pouco tempo, percebi que tinha sido a opção correta» “Não escolhi o meu curso por acaso. Tenho, desde criança, um grande amor pela área da eletricidade. Cheguei a Portugal em 2008 e, passado algum tempo, pensei para mim mesmo que poderia trabalhar na área dos automóveis. Logo que nasceu esse
Hoje, cinco anos depois de terminar o curso, percebo que o curso me deu oportunidade de obter uma preparação técnica completa e variada sentimento, falei com um amigo que me recomendou o Centro de Formação do IEFP do Seixal. Foi uma oportunidade também de terminar o Ensino Secundário.
Em pouco tempo, percebi que tinha sido a opção correta. Tinha alguma dificuldades relativamente à língua, por ser da Guiné-Bissau, mas comecei a gostar do curso. Encontrei no curso bons professores e instrutores, pessoas que me ajudaram a crescer muito. É
por essa razão que tenho, até hoje, uma relação muito forte com alguns formadores deste centro de formação. Antes de terminar a minha formação, já sabia que iria encontrar emprego. Quando fiz o estágio que está incluído no curso, mostrei que tinha responsabilidade e conhecimentos e a empresa ofereceu-me emprego no final. Penso que isto mostra a boa preparação que o curso me deu. Sobretudo depois da entrada da eletrónica na área automóvel, os conhecimentos teóricos desta área tornaram-se muito importantes no mercado de trabalho. Durante o curso, tive ainda a oportunidade de participar no Campeonato Nacional das Profissões.
Encontrei no curso bons professores e instrutores, pessoas que me ajudaram a crescer muito. É por essa razão que tenho, até hoje, uma relação muito forte com alguns formadores deste centro de formação. O mundo da mecânica automóvel é muito complexo e tem muitas variações e essa experiência foi importante, pela oportunidade de trabalhar com outras marcas e também trabalhar sobre pressão e com tempo reduzido, por exemplo. Acabei por aprender muito com esta experiência. Hoje, cinco anos depois de terminar o curso, percebo que o curso me deu oportunidade de obter uma preparação técnica completa e variada. Antes de entrar no curso, estava mais inclinado para área de eletrónica e eletricidade e esta formação deu-me a conhecer outras áreas que me tornaram um profissional mais completo. A memória que guardo com mais carinho do curso foi o primeiro dia – o dia da apresentação. Tive de falar em público e estava muito envergonhado. Foi aí que percebi que tinha de trabalhar para concretizar o meu sonho e evoluir. Hoje, sinto que, com a ajuda dos meus formadores, consegui cumprir esse objetivo”.
32 | Forum Estudante | set+out’20
/Entrevista
Entrevista a Rita Saias, Presidente do Conselho Nacional da Juventude
«Sabemos que é preciso continuar a dar voz aos
jovens»
33 | Forum Estudante | set+out’20
/Entrevista
O primeiro ano de mandato da presidente do Conselho Nacional da Juventude (CNJ), Rita Saias, está a ser “diferente do idealizado”. A pandemia do novo coronavírus obrigou o CNJ a encontrar novas formas e áreas de representação dos jovens portugueses. Em entrevista à FORUM, Rita Saias descreve algum do trabalho realizado que a leva a fazer um balanço positivo destes primeiros nove meses em funções.
O CNJ define, nos seus estatutos, a missão de representar os jovens portugueses. Podes explicar aos nossos leitores de que forma é que o CNJ efetiva essa representação? Fazem parte do Conselho Nacional da Juventude 44 organizações de juventude de âmbito nacional – escutistas, estudantis, sindicalistas, partidárias, confessionais, sociais entre outras. É, portanto, bastante abrangente e transversal. E é através destas organizações que o CNJ representa as gerações jovens – auscultando estas estruturas, mas também ouvindo diretamente os jovens (através de inquéritos, por exemplo), conhecendo a visão ou a perceção da juventude sobre determinado tema e apresentando as nossas posições aos decisores políticos. Isto de forma a que as políticas públicas tenham em conta os interesses e as preocupações dos jovens portugueses. Para tal, criamos momentos de discussão, informação e empoderamento dos jovens, para que possam participar ativamente na vida política e social. Entendemos que é importante que os jovens percebam que, se querem mudar alguma coisa, têm de, eles próprios, se envolver e participar! Tendo em conta essa ligação próxima à atividade das organizações de juventude, como podes descrever a evolução do movimento do associativismo juvenil? O movimento associativo jovem tem sido, desde o 25 de Abril, um pilar de mudança. O movimento estudantil, católico e sindicalista assumiu um papel importante de pressão para o fim do Estado Novo. Hoje temos um papel diferente na sociedade, mas não por isso menor. A juventude está cada vez mais comprometida com causas globais e o movimento
associativo acaba por ser uma forma de expressão local e nacional disso mesmo. Por outro lado, tem existido um aumento de grupos informais, em detrimento de organizações per se, o que demonstra que o que interessa aos jovens não é formalidade, mas sim a missão. Isso leva a uma mudança dentro do mundo do associativismo, que pode ter consequências positivas no futuro. Mais do que o movimento associativo em si, interessa ter jovens participativos, ativos, comprometidos com uma qualquer causa que seja a sua. Os jovens têm vindo a afastar-se da política e isso é algo que é preciso inverter. O movimento associativo, seja formal ou informal, é um caminho para termos cidadãos jovens comprometidos politicamente e, portanto, nunca deixará de ter um papel importante na vida democrática de qualquer país.
«Mais do que o movimento associativo em si, interessa ter jovens participativos, ativos, comprometidos com uma qualquer causa que seja a sua. Os jovens têm vindo a afastar-se da política e isso é algo que é preciso inverter» Nesse sentido, na tua opinião, quais são alguns dos principais desafios que se colocam ao associativismo juvenil, atualmente? Um dos maiores desafios é também a sua maior riqueza – a rotatividade das pessoas nos cargos de liderança. Esta característica traz alguma instabilidade às organizações, mas também permite uma renovação de energia e visão que é benéfica. Outro dos grandes desafios
diria que é a discriminação com base na idade. O facto de sermos jovens é, por vezes, visto com algum descrédito por parte de financiadores, decisores políticos e chefias técnicas que sentem que não estamos preparados para assumir a responsabilidade. Por outro lado, a juventude tem à sua disposição um conjunto muito mais vasto de oportunidades, causas, ferramentas... o que faz com que o grau de compromisso seja, por vezes, difícil de manter e, para organizações que se baseiam exclusivamente no voluntariado, isso traz desafios acrescidos porque cria uma necessidade constante de envolvimento com o seu público. E, por fim, a questão do financiamento. O financiamento do movimento associativo é reduzido, é precário e nem sempre justo. O facto de o financiamento público ser baseado na execução de atividades, por exemplo, em vez do impacto social gerado, faz com que se perpetuem atividades que já não fazem sentido e que se privilegiem organizações que já recebem financiamento em vez daquelas que estão a iniciar a sua atividade e precisam de apoio para começar. E isto prejudica o movimento associativo jovem que é dinâmico e está em constante mudança. Olhando a experiência de um ou uma jovem que participe com regularidade em atividades associativas, quais pensas que serão as principais mais-valias retiradas? O movimento associativo é uma escola de cidadania e de liderança. As mais-valias para alguém que se envolve são sempre muito mais do que as horas investidas, que também são, por norma, muitas! A começar pela capacidade de resolução de problemas ou de organização de iniciativas e eventos, sem esquecer a proatividade, a disciplina e o sentido de compro-
34 | Forum Estudante | set+out’20
/Entrevista
misso que se apura. Por outro lado, é possível desenvolver a capacidade para comunicar, ganhar uma rede de amigos e conhecidos, conhecer culturas e formas de estar diferentes…
«O movimento associativo é uma escola de cidadania e de liderança. As mais-valias para alguém que se envolve são sempre muito mais do que as horas investidas» Numa altura que caminhas para o final do teu primeiro ano de mandato enquanto Presidente da Direção do CNJ, que balanço fazes destes primeiros meses? Estes meses foram sem dúvida diferentes daquilo que tínhamos idealizado, enquanto Direção, devido à pandemia. Houve adaptação dos nossos objetivos políticos e da forma
como fazíamos as coisas... Surgiram, por exemplo, novas áreas de ação, novas formas de interagirmos com os nossos pares e com os decisores políticos e parceiros. Este momento de pandemia reforçou a necessidade de existir uma estrutura que fale a uma só voz por todos [os jovens], que exija o envolvimento das novas gerações na definição das políticas públicas de juventude como é o caso do Pacote de Medidas por uma Recuperação Económica e Social da Juventude... Por tudo isso, faço um balanço positivo destes meses. Ao longo dos últimos meses, a Forum Estudante tem noticiado várias iniciativas de jovens que procuram encontrar soluções para os constrangimentos resultantes da pandemia do novo coronavírus. Como é que o CNJ tem sentido a mobilização dos jovens para este fim? Têm chegado ao CNJ muitas histórias inspiradoras de jovens que tem contribuído para este esforço coletivo
de combate à pandemia e à mitigação das suas consequências. Jovens empreendedores que ajustaram os seus negócios ou criaram novos negócios para dar respostas às novas necessidades; jovens famílias que, apesar do teletrabalho e da dupla jornada que têm muitas vezes, encontraram um novo equilíbrio, alterando totalmente o seu estilo de vida; jovens estudantes que abraçaram o desafio das aulas não presenciais, que ajudaram os professores a encontrarem soluções tecnológicas, que partilharam material, como computadores, com outros que precisavam; jovens que criaram redes informais de apoio às populações mais vulneráveis... Há tanta coisa pela qual ter orgulho na nossa geração! E é por isso que não admitimos este discurso menos positivo sobre o nosso papel na pandemia.
«Têm chegado ao CNJ muitas histórias
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/Entrevista
inspiradoras de jovens que tem contribuído para este esforço coletivo de combate à pandemia […] Há tanta coisa pela qual ter orgulho na nossa geração!» Pensas que esta ação congregada de grupos de jovens pode ser um impulso ao associativismo jovem? Sim, será com certeza. Porque o associativismo também traz um sentimento de pertença que é importante para todos. Mas, como disse, há um movimento informal, que cresce a cada dia e que não se rege pelas mesmas linhas que o associativismo formal e que disputa a pertença dos jovens. Acho que será interessante perceber como é que as novas formas de participação, nomeadamente de participação digital, vão moldar o movimento associativo nos próximos anos. Consideras que há medidas que podem ser tomadas que facilitem a concretização destas vontades no plano associativo e que possam assumir-se como um impulso? Sim. Aliás, o CNJ tem trabalhado nesse sentido. Temos levado a cabo várias discussões sobre que medidas são necessárias para revitalizar o associativismo e, com isso, dar-lhe um novo impulso. Por exemplo, a necessidade de desburocratizar e tornar mais acessíveis o acesso às ferramentas e mecanismos formais que existem – como a inscrição do Registo Nacional do Associativismo Jovem, o acesso ao financiamento público por via do Instituto Português do Desporto e Juventude ou a criação de plataformas digitais de congregação de vontades e visões de jovens de norte a sul, do interior, litoral e ilhas... Estas são algumas das medidas necessárias, sem esquecer, naturalmente o papel importante que a escola e a valorização e reconhecimento da educação não formal podem ter na formação cívica e no fomento do associativismo jovem. Olhando o caso da maioria dos nossos leitores – estudantes do Ensino Secundário ou Profissional, quais pensas que poderão ser as consequências mais graves que nascem do contexto criado pelo novo coronavírus? De que forma tem o CNJ tem acompanhado esta dimensão? O CNJ tem estado atento às muitas
implicações que a pandemia teve na vida daqueles que representamos. Começámos por fazer um inquérito em maio que teve mais de 2500 respostas de jovens de todos os distritos. Promovemos também a discussão junto das nossas organizações, que incentivámos a partilhar o conhecimento sobre a forma como a pandemia estava a afetar a vida dos seus jovens. Percebemos que as questões da saúde mental eram aquelas que tinham um maior peso, a par da incerteza em relação ao ensino e do sentimento generalizado que tinham existido falhas na aquisição dos conteúdos, devido à passagem para o ensino não presencial. No emprego, percebemos que tinha havido uma precarização das condições de trabalho, que situações de subemprego e desemprego tinham aumentado entre os jovens e que nalguns casos houve abusos na utilização do teletrabalho.
«O CNJ tem estado atento às muitas implicações que a pandemia teve na vida [dos jovens]. Percebemos que as questões da saúde mental eram aquelas que tinham um maior peso, a par da incerteza em relação ao ensino e do sentimento generalizado que tinham existido falhas na aquisição dos conteúdos, devido à passagem para o ensino não presencial» E qual o resultado dessa auscultação? Pegámos nestas conclusões e criámos o Pacote de Medidas por uma Recuperação Económica e Social da Juventude que tem 100 medidas que cobrem áreas como o emprego, a habitação, a educação, a saúde, o ambiente, o associativismo, entre outras. As medidas visam dar respostas às necessidades dos jovens que se criaram ou que se tornaram ainda mais evidentes no período de pandemia. Apresentámos esse documento a mais de 35 personalidades ou parceiros como o Presidente da República, membros do Governo, grupos parlamentares, partidos políticos, fundações, associações do setor da juventude,
autarquias... Isto para que a juventude seja uma prioridade nas respostas que se criam às consequências da pandemia. Muitas dessas propostas foram bem recebidas e estão já a ser legisladas na Assembleia da República e estamos muito satisfeitos por isso. Mas sabemos que é preciso continuar a dar voz aos jovens e a exigir mais e melhores políticas públicas! Não iremos parar por aqui. Quais são alguns exemplos de ações incluídas nesse pacote de medidas? Por exemplo, na área da educação, entendemos que há um conjunto de problemas estruturais que já existiam antes da pandemia e que a crise sanitária veio naturalmente exacerbar. Entendemos que o atual sistema de ensino, aprendizagem e avaliação não dá resposta às necessidades do mercado nem dos alunos. E que é necessário que haja uma revisão do mesmo que tenha em conta as competências da digitalização, as competências para a vida como o pensamento crítico e um ensino mais prático que dê a segurança aos estudantes e aos futuros empregadores que os jovens estão preparados para o mundo do trabalho. Sentimos também que há uma discriminação negativa do ensino profissional face ao ensino regular e que é preciso criar estratégias para alterar isso. Portugal precisa de investir na formação dos seus quadros intermédios e a formação profissional é um pilar importante nesse investimento. Por outro lado, é preciso garantir a equidade no acesso ao ensino e que nenhum jovem fique para trás por questões económicas e, para tal, apostar na ação social escolar, garantir que todos têm os materiais necessários como computadores e Internet, ou investir na formação do corpo docente e técnico para as novas tecnologias. Estas são algumas das medidas que constam no Pacote de Medidas por uma Recuperação Económica e Social da juventude... E isto apenas na área da educação.
« […] sabemos que é preciso continuar a dar voz aos jovens e a exigir mais e melhores políticas públicas! Não iremos parar por aqui» O que pensas das medidas tomadas até agora?
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/Entrevista
No CNJ, sentimos que as medidas que foram já tomadas como a Revisão do Regulamento de Atribuição de Bolsas, a legislação que vem permitir que um estudante endividado possa ainda assim continuar o seu percurso ou as soluções de alojamento a nível local que se estão a encontrar para combater a diminuição do número de camas nas residências de estudantes são importantes. Mas não são suficientes e continuaremos a trabalhar com os grupos parlamentares e Governo para que outras medidas que defendemos sejam implementadas. Olhando em específico para a esfera profissional – e perspetivando aquilo a que já chamaram “a maior crise económica da história” – que passos poderão ser dados para proteger os jovens e, em específico, os que estão em início de carreira ou se preparam para entrar no mercado de trabalho? No Pacote de Medidas por uma Recuperação Económica e Social da Juventude defendemos um conjunto de medidas na área do emprego e da empregabilidade como a revisão do Programa Garantia Jovem (sobre a qual estamos já a trabalhar com a Secretaria de Estado do Trabalho e o IEFP) e o reforço da sua a implementação junto das autarquias. Por outro lado, defendemos um reforço da capacidade de fiscalização das condições de trabalho, especialmente no início de atividade profissional, porque são quem está mais vulnerável a abusos. A legislação do teletrabalho e a
criação de um apoio específico para jovens trabalhadores (que podem ficar numa situação de abandono do ensino superior por verem os seus rendimentos reduzidos) são outros exemplos. Mas também entendemos ser necessário a criação de incentivos às empresas para a contratação de jovens e o desenho de um novo paradigma no emprego assente no trabalho digno, na diversidade de setores da economia, que privilegie o equilíbrio entre vida pessoal, familiar e profissional, bem como a descentralização geográfica na fixação de postos de trabalho e a aposta na aprendizagem ao longo da vida. Também já salientaste, no passado, a importância de manter a perspetiva, numa lógica de prezar as liberdades que temos e, em última análise, o nosso sistema democrático. Por outro lado, este vírus (ou o contexto que dele resulta) já foi apontado como uma “ameaça para a democracia”. Que impacto pensas que terá esta crise na ligação dos jovens com estes valores? Pela primeira vez, a nossa geração viu-se privada de direitos e liberdades que sempre demos por garantidos aquando do Estado de Emergência. Acresce a isso o facto de sermos bombardeados com informação constante, nem sempre ser verdadeira, e o medo que nos assola a todos quando percebemos que não está tudo controlado e que existe de facto algo invisível que nos pode atirar para uma cama de hospital sem darmos por isso.
Estes são os ingredientes perfeitos para surgirem discursos populistas ou para confiarmos cegamente nas instituições sem exigirmos a devida prestação de contas. É importante ter isso em conta, confiar nas instituições e no trabalho que fazem, mas não nos desresponsabilizarmos das respostas que são dadas, da sua análise crítica e da supervisão cívica das políticas públicas. É necessário estarmos envolvidos nas discussões e na criação das soluções a nível local, nacional, regional e global. Eu diria que esta pandemia pode ter um impacto muito positivo na democracia e na aquisição dos valores democráticos como o respeito pelo Estado de Direito, pela liberdade, pela igualdade, se nos mantivermos comprometidos com o escrutínio público e com a nossa responsabilidade individual. Mas também pode ter o efeito contrário, se se criar um clima de desconfiança nas instituições e se deixarmos de tomar conta deste bem comum que é a liberdade. O impacto ainda está por ser medido, mas tenho total confiança na minha geração de que será positivo! Enquanto presidente do CNJ, há alguma mensagem que queiras deixar aos jovens portugueses? Quero deixar duas mensagens muito simples. Uma primeira de esperança e de perseverança. A nossa geração é a melhor preparada para enfrentar esta crise e iremos fazê-lo, em conjunto e sem deixar ninguém para trás! Uma segunda mensagem, o CNJ existe para servir a juventude, portanto, estamos aqui para vos ouvir e dar voz às vossas preocupações. Deixo o meu e-mail para que o possam fazer diretamente: rita.saias@cnj.pt
« […] esta pandemia pode ter um impacto muito positivo na democracia e na aquisição dos valores democráticos como o respeito pelo Estado de Direito, pela liberdade, pela igualdade, se nos mantivermos comprometidos com o escrutínio público e com a nossa responsabilidade individual»
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/ReDescobrir a Terra
Qual a fruta mais produzida em Portugal? E o legume?
UTAD apresenta pós-graduação em Gestão de Fogos Rurais
Formação da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) conta com a parceria da Escola Nacional de Bombeiros e tem início em outubro de 2020. Foi a necessidade de “uma resposta eficaz à crescente ameaça dos incêndios rurais” que levou a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), em parceria com a Escola Nacional de Bombeiros, a organizar um curso de pós-graduação em Gestão de Fogos Rurais, que terá início no próximo mês de outubro e se estenderá até maio de 2021, explica a UTAD, em comunicado enviado às redações. De carácter essencialmente prático, a formação decorre fora dos períodos críticos de incêndios florestais, envolvendo aulas presenciais e a distância (blended learning). A UTAD define como alguns dos destinatários desta formação os técnicos das diversas áreas relacionadas com a floresta, o ambiente, a gestão territorial e
a proteção civil. “O objetivo passa por responder à necessidade de formação avançada na capacitação e domínio de ferramentas no âmbito da gestão do fogo, com ênfase nas várias determinantes e implicações do comportamento do fogo e na aquisição de conhecimento em ferramentas de ajuda à decisão que tornem mais eficiente a cadeia da gestão do fogo, do planeamento à recuperação”, explica esta instituição de ensino superior. A formação contemplará temáticas como conceitos meteorológicos relativos à ignição, comportamento e impactos do fogo ou domínio de ferramentas tecnológicas que ajudem a compreender e antecipar os riscos e comportamento dos fogos rurais, por exemplo. Para mais informações, clica aqui.
A laranja do Algarve é a fruta mais produzida em Portugal. O legume mais produzido é o tomate, que, apesar de ser uma fruta, é visto por muitos produtores e consumidores como tal. Em Portugal, no ano passado, a laranja foi a fruta mais produzida e o tomate voltou a estar no topo das preferências ao distinguir-se como o produto agrícola mais produzido. A laranja é produzida essencialmente no Algarve e no Alentejo e cerca de 60% da produção é para consumo nacional. Por outro lado, a produção de tomate localiza-se entre a zona do Ribatejo, Oeste e Alentejo e mais de 95% do tomate para indústria é exportado (principalmente para o Reino Unido e para o Japão). O tomate, apesar de ser uma fruta, é produzido como legume e comprado por muitos consumidores como tal. Segundo dados provisórios do Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2019, foram produzidas mais de 357 mil toneladas de laranjas em território nacional, mais de 1,4 milhões de toneladas de tomate destinados à indústria e 103 mil toneladas de tomate direcionados ao consumo em fresco.
uma iniciativa
C o fi n a n c i a d o p o r :
parceiros
Escola Profissional Agrícola
Afonso Duarte
41 | Forum Estudante | set+out’20
/ReDescobrir a Terra
Politécnico de Portalegre acolheu “Escola de Verão” O Politécnico de Portalegre acolheu, ao longo de três meses, cerca de 30 alunos ao abrigo do programa “Escola de Verão”, que integrou a iniciativa “Verão com Ciência”. Das candidaturas submetidas pelo Politécnico de Portalegre, foram aprovados dois projetos: “Tecnologias para uma biorrefinaria de resíduos” que se concentra na área do Ambiente, tendo como responsável o Professor Paulo Brito. O outro projeto aprovado foca-se na área de Desenvolvimento Sustenável/Alterações Climáticas/ Sustentabilidade, “Climate Smart Productive Planning”, sendo o Professor Luís Loures o investigador responsável. Ambos os projetos tiveram uma componente letiva/formação que se deu início no princípio de agosto, e uma componente prática, onde atualmente estão a ser desenvolvidas atividades práticas de acordo com cada projeto submetido e aprovado. O projeto visa promover a iniciação cientifica dos estudantes envolvidos,
sendo desenvolvido na Unidade de Investigação o VALORIZA (Centro de Investigação para a Valorização
de Recursos Endógenos), utilizando o espaço da BioBIP Energy para desenvolver algumas das atividades.
Olhão lança projeto social de agricultura hidropónica urbana Projeto Agrolux envolve mais de duas dezenas de pessoas com algum tipo de incapacidade e desempregadas.
A agricultura hidropónica urbana vai ser posta ao serviço da ação social, em Olhão, através da implementação de um projeto de empreendedorismo social denominado Agrolux. O projeto conjunto da Câmara de Olhão e da cooperativa Grow in Peace
vai estar, em breve, «a funcionar em pleno num espaço às portas da cidade, no Sítio de Peares, que foi cedido para o efeito», segundo a autarquia olhanense. «A iniciativa do Município de Olhão e da cooperativa de agricultores urbanos e periurbanos Grow in Peace, consiste na instalação de uma estrutura com cerca de 2 500 metros quadrados, onde mais de duas dezenas de pessoas com algum tipo de incapacidade e desempregadas, desenvolverão o seu trabalho agrícola, através da ciência que permite cultivar plantas em altura apenas com água e nutrientes», descreveu a Câmara de Olhão. Afinal, nos sistemas de produção hidropónicos «toda a água da rega é reutilizada», e «não há desperdícios», tendo em conta que tudo funciona em circuito fechado. O projeto terá início em breve, «com a legalização do espaço cedido pela autarquia e a respetiva implantação da estrutura no terreno, para depois ser possível começar a cultivar de forma sustentável em Olhão. Os frutos das primeiras sementeiras deverão estar disponíveis para consumir na próxima primavera».
44 | Forum Estudante | set+out’20
/Capital Jovem da Segurança Rodoviária
“Deixo a adrenalina na pista” Num momento em que o jovem piloto está num momento alto da sua carreira, trazemos aqui à memória parte da entrevista a Miguel Oliveira publicada na Forum Estudante, em janeiro de 2016. Lembramos que o piloto de 25 anos venceu em agosto o Grande Prémio da Estíria (Áustria), pela equipa Red Bull KTM Tech 3, tornando-se o primeiro piloto português a vencer uma prova do Campeonato do Mundo de MotoGP. Como é que te comportas ao volante fora das competições? Posso dizer que sou um condutor bastante calmo e que raramente não cumpro o código da estrada. Penso que todos os pilotos agem como eu, deixamos a adrenalina nas pistas. Qual a ideia que tens do condutor típico português? Penso que o uso do telemóvel enquanto conduzem faz da grande maioria maus condutores, chegam mesmo a perder o bom senso.
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45 | Forum Estudante | set+out’20
/Capital Jovem da Segurança Rodoviária O que pensas que deveria ser feito para reduzir a sinistralidade nas estradas nacionais? Talvez começar por fazer testes psicotécnicos mais rigorosos, para perceber se as pessoas reúnem, de facto, condições para conduzir uma viatura.
Miguel Barbosa e Miguel Oliveira são embaixadores do BPSS e estiveram na final de 2018
Pensas que a convivência entre motas e automóveis é pacífica? Não entendo que exista conflito entre motociclistas e automobilistas. Até porque como utilizador da via pública assisto, cada vez mais, a um respeito mútuo.
A Semana Foco da Capital Jovem da Segurança Rodoviária será em novembro!
Depois de a pandemia da Covid-19 ter alterado os planos de tudo e todos, Lisboa verá finalmente chegar a Semana Foco da Capital Jovem da Segurança Rodoviária! Será no início de novembro, em data a confirmar, que muitas ações, por toda a cidade, lembrarão da importância de trabalharmos pela Segurança Rodoviária. Em breve, haverá mais novidades e poderás ficar a conhecer todo o programa das atividades. Para te manteres atualizado, visita forum.pt.
Campanha “Cinto-me Vivo” regista 13.800 infrações A Autoridade Nacional da Segurança Rodoviária (ANSR), a Guarda Nacional Republicana (GNR) e a Polícia de Segurança Pública (PSP) juntaram-se, de 8 a 14 de setembro, para alertar os condutores e passageiros para a importância da utilização de
dispositivos de segurança. Durante a campanha, foram fiscalizados 41.150 veículos e registadas 13.795 infrações, sendo que 8,5% estavam relacionadas com os dispositivos de segurança, com 1069 pessoas a não utilizar cinto de segurança. A campanha faz parte do Plano de Fiscalização de 2020 e conjugou a ação de fiscalização de GNR e PSP com momentos de sensibilização da ANSR. “Num embate a 50 km/h, uma pessoa sem cinto é projetada exercendo uma força de duas toneladas, podendo causar trauma grave nos ocupantes do veículo, em particular os da frente”, recorda a ANSR. Já o capacete devidamente ajustado reduz em 40% o risco de morte em caso de acidente.
Quase 10.000 acidentes nas estradas em agosto A Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) realizou a campanha “A segurança na estrada não tira férias”, entre 3 e 31 de agosto. No total, registaram-se um total de 9669 aciden-
PSP regista 38 detenções por dia na primeira semana de setembro Durante a primeira semana de setembro, a Polícia de Segurança Pública realizou 101 detenções por condução sob o efeito do álcool e 166 detenções por condução sem habilitação legal, nas estradas de todo o país. Em média, a PSP realizou três detenções a cada duas horas, durante o período referido. No Facebook, a Polícia de Segurança Pública recorda que estas duas infrações constituem duas das principais causas de sinistralidade rodoviária.
tes com vítimas (38 vítimas mortais, 199 feridos graves e 3.185 feridos ligeiros). O dado significa uma redução significativa face a agosto de 2019, uma vez que se registam menos 17% de acidentes, menos 30% de vítimas mortais e menos 28% de feridos graves. No total, foram fiscalizados mais de 180 000 condutores, sendo detetadas 70 362 infrações por excesso de velocidade, 1850 por condução sob efeito do álcool e 1953 por uso do telemóvel ao volante.
48 | Forum Estudante | set+out’20
/BP Segurança ao Segundo
10.ª EDIÇÃO
Conhece algumas das histórias que o BPSS 2020 vai contar As histórias dos sobreviventes de acidentes rodoviários serão as principais protagonistas da edição de 2020 do BP Segurança ao Segundo. A edição deste ano do desafio criativo BP Segurança ao Segundo consistirá na criação de um filme documental (com duração máxima de cinco minutos) que dê voz a uma vítima de um acidente de viação. Às equipas concorrentes será disponibilizada, pela Associação Salvador, a identidade e a história de vida de 10 sobreviventes de acidentes rodoviários disponíveis para serem retratados. Fica a conhecer aqui algumas das pessoas cujas histórias poderás contar e sabe todas as informações no site www.bpsegurancaaosegundo.pt.
Paula, 49 anos
(amputação do membro inferior esquerdo) Mafamude, Vila Nova de Gaia
“Por uma Vida mais Viva” O rapaz que me atropelou alegou que não me viu atempadamente (é o que consta dos autos da polícia). Pelas circunstâncias do acidente, suponho que ele circulava em excesso de velocidade. Sou uma comunicadora nata, tento sempre demonstrar uma atitude de garra e cheia de pro-atividade focada nos objetivos que defino. Sou Presidente da ANAMP e uso a minha história para inspirar e ajudar os outros.
Mário, 47 anos
(amputação de membro inferior) Argoncilhe, Santa Maria da Feira
“Levo um dia de cada vez!” Sofri um embate na traseira do meu carro, de que não me apercebi. Segundo os relatos, a condutora que me atingiu iria ao telemóvel ou a mexer no rádio, mas nada foi provado. Gosto de dedicar os dias a fazer caminhadas e estar com o meu filho. Esta nova condição física obrigou-me a mudar de emprego e atualmente estou à procura. Sou responsável, e tenho muita vontade de aprender.
Parceiros
EDUCAÇÃO
49 | Forum Estudante | set+out’20
/BP Segurança ao Segundo
O que é o BP Segurança ao Segundo? O BP Segurança ao Segundo lança um desafio a todos os estudantes: fazer um filme documental que “conte a história de um sobrevivente de acidente rodoviário”, explica o regulamento do BPSS. Desta forma, será possível “promover a prevenção e segurança rodoviária para estudantes desde o 3º ciclo do Ensino Básico até ao Ensino Secundário e Profissional”.
Como posso participar? Sara, 35 anos
Renato, 38 anos
Acredito que… “Não é por morrer uma andorinha que acaba a primavera.”
O condutor que me atropelou alegou que ia com pressa para o trabalho (ia em excesso de velocidade). Sou atleta e desde pequeno que pratico natação. Atualmente, sou atleta federado já com o título de campeão nacional de natação adaptada. Tenho carta de marinheiro.
(tetraplegia) Moita, Setúbal
Quando voltava de uma festa, o carro onde eu ia como passageira, despistou-se. Estive 3 meses em coma, fiquei tetraplégica com uma lesão medular. Adoro viajar, detesto quando meto gloss e o cabelo fica agarrado aos lábios, adoro quando o sol brilha, gosto quando me chamam menina. Considero-me uma artista a minha arte é fazer os outros felizes.
(paralisia do braço esquerdo e amputação do membro inferior esquerdo) Rio Tinto, Porto
“É mais fácil obter o que se deseja com um sorriso do que com a ponta de uma espada.” William Shakespeare
Podem participar no BPSS estudantes a frequentar do 9.º ao 12.º ano de escolaridade e também do Ensino Profissional, residentes em Portugal. Para concorrer, só precisas de formar uma equipa de 4 a 10 elementos da mesma escola e um professor que assuma o papel de coordenador (um professor pode coordenar várias equipas).
Quais são os prémios? Para além da promoção do seu trabalho final nas redes sociais, os elementos das equipas finalistas terão possibilidade de escolher um passe para um festival de verão à sua escolha (1º classificado), de escolher um bilhete de um dia para um festival de verão à sua escolha (2º classificado) e de receber uma coluna Bluetooth (restantes finalistas). Também os professores receberão prémios, com cartões de combustível BP que vão dos 50 aos 200 euros.
52 | Forum Estudante | set+out’20
/Gaming
Cyberpunk 2077
O F UT URO A G O RA? Um dos jogos mais esperados dos últimos tempos tem lançamento marcado para novembro, depois de algumas alterações de data. Será que é desta que vamos poder experimentar o futuro agora?
A expetativa e o suspense que Cyberpunk 2077 tem gerado serviria já para encher várias páginas desta revista. Afinal de contas, este jogo passado num futuro distópico (o ano de 2077, presente no título) foi anunciado pela primeira vez ainda no início de 2012. Oito anos e uma equipa de 500 pessoas depois, já com uma multidão de fãs a ansiar pelo dia de lançamento, o universo do jogo do estúdio polaco CD Projekt (famoso pelos títulos da série Witcher) já inclui figuras de ação, uma banda desenhada, um jogo de cartas, uma cadeira de jogo e ainda uma série de animação na Netflix. O que é que torna este jogo tão esperado, então? O primeiro ponto será certamente a reputação do estúdio CD Projekt, bem como o sucesso alcançado com o jogo The Witcher 3: The Wild Hunt (2015), que vendeu mais de 28 milhões de cópias. O estúdio polaco é famoso pela atenção dada aos detalhes e pelo empenho em construir em profundidade o mundo aberto onde se desenrolam os seus jogos. “Night City”, onde se desenrola a ação do jogo, é uma metrópole californiana
com seis regiões diferentes, totalmente exploráveis, e onde as várias decisões tomadas pelo jogador vão influenciar o desencadear da sua história. Outro ponto de atração é certamente a presença de Keanu Reeves, o menino querido da Internet, no elenco de Cyberpunk 2077, no papel de Johnny Silverhand. Para além de gravar a voz da personagem, o ator ainda cedeu a sua imagem e fez captura de movimentos. Aliás, o trailer do jogo apresentado na feira E3 2019, que conclui com a entrada da personagem de Reeves, pôs toda a audiência (bem como toda a Internet) em alvoroço. Cyberpunk 2077 promete também a possibilidade de personalizar a aparência da tua personagem, com toda uma panóplia de opções: vozes, feições,
cortes de cabelo, roupas, origens e antecedentes. Com o desenrolar do jogo, a tua personagem evoluirá também em várias categorias, que influenciarão a tua fisionomia ou a forma como outras personagens interagem contigo. De resto, ainda na feira E3 2018, Cyberpunk 2077 já conquistou cerca de cem diferentes prémios. Foi também dos jogos mais comentados e discutidos na E3. A expetativa aumenta, o suspense cresce, a tensão sobe. Ainda falta algum tempo para chegar o dia do lançamento de Cyberpunk 2077, mas já se começa a reunir uma legião de fãs impacientes, ansiosos por poderem mergulhar neste complexo mundo virtual. Ficamos todos a aguardar. O futuro chegará em breve.
O futu é agor Viseu Lamego
Escola Superior Agrária de Viseu Escola Superior de Saúde de Viseu Escola Superior de Educação de Viseu
Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu
Novas candidaturas 2020/21
uro ra.
Para mais informaçþes sobre a nossa oferta formativa: www.ipv.pt
56 | Forum Estudante | set+out’20
/Música
A arte por trás dos artistas Atrás dos teus artistas preferidos, existe um exército de músicos instrumentistas, técnicos, produtores e outros profissionais. O seu objetivo é assegurar que cada concerto ou espetáculo corre às mil maravilhas. Sabias que, com esta pandemia, estes profissionais estão a passar dificuldades? A Forum Estudante foi conversar com quem nos pode contar mais sobre este assunto. é ocupado por um comediante de stand-up comedy, sozinho com o seu microfone, existe uma equipa que o apoia e permite fazer o seu trabalho. A pandemia do novo coronavírus
Por José Maria Archer
Quando os D.A.M.A., a Áurea, o Pedro Abrunhosa ou o Mickael Carreira entram em palco têm por trás, desde logo, uma banda de músicos instrumentistas. No fundo da sala, normalmente, encontras técnicos de som que ajustam o som às características do espaço e do equipamento. No backstage, um conjunto de roadies ou stagehands fazem os trabalhos necessários, enquanto o produtor ou produtora garantem a coordenação e cumprimento das tarefas. As profissões incluídas no mundo dos eventos e espetáculo são muitas e variadas. E não dizem respeito apenas ao mundo da música. Quando se levanta a cortina numa peça de teatro, para além dos atores que vemos a contracenar, existe também um encenador, uma equipa de luz e de som, maquilhadores, responsáveis pelos figurinos e uma equipa de sala. Mesmo quando o palco apenas
https://uniaoaudiovisual.pt/
Como ajudar?
Para ajudar a União Audiovisual a auxiliar os trabalhadores das áreas do espetáculo, as melhores plataformas são o grupo de Facebook e o site da União Audiovisual. É lá que são divulgados todos os pontos de recolha de donativos (bens alimentares, de higiene pessoal e de limpeza). A coordenação do grupo organiza depois vários cabazes, que são entregues por voluntários a quem mais precisa.
O grupo [União Audiovisual] só existe para receber e entregar estes bens a quem trabalha nesta área e ficou sem trabalho por casa da pandemia.
representou um desafio adicional para estes profissionais. A 19 de março de 2020, o início do estado de emergên-
57 | Forum Estudante | set+out’20
/Música
cia resultante da pandemia da Covid-19 levou a que fossem cancelados todos os eventos e espetáculos. O resultado é que centenas de profissionais desta área ficaram sem poder trabalhar. Ao mesmo tempo que milhares de alunos e estudantes eram enviados para casa, para passarem a estudar através da “telescola” e a distância, os profissionais de eventos e espetáculos viam as suas agendas serem esvaziadas. “Estamos a falar de profissionais altamente especializados, a maioria com formação superior, com investimento próprio elevado”, explica Suse Ribeiro,
Rui Patrício e António Raminhos são algumas das pessoas que têm oferecido ajuda à União Audiovisual.
trabalham o ano inteiro nesta área com regularidade – “mas a verdade é que, de repente, não há trabalho”, sublinha Suse Ribeiro. Foi depois de se aperceber que havia muitos colegas a passar dificuldades, que um grupo informal de técnicos do audiovisual e do espetáculo decidiu criar a União Audiovisual, a 11 de abril. Desde então, o grupo marca pontos de recolha de bens alimentares, higiene pessoal e limpeza, e distribui por quem tem necessidades a estes níveis, ajudando cerca de 1 500 pessoas por mês. “O grupo só existe para receber e entregar estes bens a quem trabalha nesta área e ficou sem trabalho por casa da pandemia”, descreve Suse Ribeiro. O grupo de voluntários já soma mais de 9 000 membros no Facebook, mas a produtora musical afirma que “quanto mais cedo o grupo terminar, melhor, porque é sinal de que as pessoas já não precisam de ajuda a este nível, porque já há trabalho”.
União Audiovisual, não só com doações, mas também com a divulgação da rede de entreajuda. Segundo Suse Ribeiro, “tem sido mais difícil, nos últimos tempos, conseguir doações”, por se sentir que o desconfinamento tirou atenção e tempo a quem antes ajudava. A retoma da atividade na área dos espetáculos e do audio-
As iniciativas [da área do espetáculo] que têm acontecido são muito pontuais, não são verdadeiramente criadoras de trabalho para estes trabalhadores. É uma gota no oceano.
Uma tarefa difícil produtora musical e co-fundadora do grupo União Audiovisual, que procura ajudar estes profissionais. “São profissionais freelancers que, para se aguentarem como freelancers, são extremamente competentes e reconhecidos profissionalmente”. Embora sejam freelancers, estes profissionais
Protesto de sensibilização para a forma como a pandemia afetou a atividade profissional de técnicos de eventos e das empresas do setor dos espetáculos e eventos. Praça do Comércio, Lisboa, 11 de agosto de 2020
Ao longo dos cerca de cinco meses de existência, a União Audiovisual já contou com o apoio de algumas personalidades, que se juntaram a este movimento e que contribuíram para ajudar profissionais necessitados. O guarda-redes Rui Patrício é um desses casos, tendo feito uma doação particularmente generosa. Também o comediante António Raminhos colabora regularmente com a
visual não é ainda suficiente, conta. “As iniciativas que têm acontecido são muito pontuais, não são verdadeiramente criadoras de trabalho para estes trabalhadores. É uma gota no oceano.” Consequentemente, tem havido mais pedidos de ajuda, revela Suse Ribeiro: “[Essas] pessoas esgotaram o seu ‘pé-de-meia’ e outras ajudas e agora passam mais dificuldades”.
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60 | Forum Estudante | set+out’20
/Estreias
O Ano da Morte de Ricardo Reis
Um filme onde o texto é personagem
Estreia a 20 de setembro a adaptação de João Botelho do romance “O Ano da Morte de Ricardo Reis” de José Saramago. Um filme que, para o realizador, ganha especial relevância, pela atualidade do texto.
Ao longo da última década, o realizador João Botelho tem evidenciado uma tendência para filmar grandes obras da literatura portuguesa. Depois de O Filme do Desassossego (2010) e de Os Maias (2014), seria a vez da Peregrinação (2017) de Fernão Mendes Pinto. Agora, em setembro de 2020, chega aos cinemas O Ano da Morte de Ricardo Reis, filme criado a partir do romance homónimo de José Saramago. Nesta mais recente adaptação, João Botelho já explicou que o texto original do Nobel da Literatura “é que manda”. “Os atores são muito bons, mas o decisivo, o personagem, é o texto”, disse à Agência Lusa o realizador natural de Lamego, destacando a
forma como a obra de José Saramago “leva a Língua Portuguesa ao extremo da formulação” e coloca em evidência a relação entre vários estratos sociais. Outra das características do filme é ser filmado a preto e branco – uma escolha que não se prende apenas com o facto da ação se passar em 1936. De acordo com João Botelho, este será um regresso à pureza inicial do cinema. “O cinema hoje está muito corrompido, por cores, por planos, com três mil planos num filme e cinco mil efeitos sonoros, e ninguém vê nada e ninguém ouve nada”, explica.
Um filme, dois poetas Chegado do Brasil a Lisboa, o heterónimo de Pessoa, Ricardo Reis,
Título: O Ano da Morte de Ricardo Reis Estreia: 20 de setembro Com: Luís Lima Barreto, Victoria Guerra, Chico Diaz, Catarina Wallenstein Duração: 128 minutos
Vê aqui o trailer: shorturl.at/hioN8
hospeda-se no Hotel Bragança, na Rua do Alecrim. Fernando Pessoa havia morrido há menos de um mês e a primeira decisão do viajante é visitar o jazigo de poeta, no Cemitério dos Prazeres. É já no quarto de hotel que o fantasma de Pessoa o visita pela primeira vez. É este o ponto de partida para a obra de José Saramago publicada em 1984 e que, durante os últimos anos letivos, tem integrado o programa dos estudantes do Ensino Secundário. O romance cruza temas como Literatura, História e Política – “1936 é o ano de todos os perigos”, recorda a sinopse oficial do filme de João Botelho: do fascismo de Mussolini, ao nazismo de Hitler, da terrível guerra
61 | Forum Estudante | set+out’20
/Estreias
nos tempos que correm, estamos a viver umas épocas muito parecidas, muito estranhas, com o regresso dos populismos, nacionalismos, guerras religiosas...
civil espanhola ao Estado Novo de Salazar. Esta dimensão política da obra de José Saramago não foi ignorada por João Botelho. Em 2019, no início da rodagem, o realizador destacou que O Ano da Morte de Ricardo Reis ganha uma nova relevância, no contexto atual: “Eu acho que, nos tempos que correm, estamos a viver umas épocas muito parecidas, muito estranhas, com o regresso dos populismos, nacionalismos, guerras religiosas em que parece que estamos na Idade Média e este texto é atual”. De resto, o próprio José Saramago, numa entrevista ao Jornal Público, em 2002, destacava como o romance
procura “confrontar” Ricardo Reis com as consequências do contexto político de 1936. Isto tendo em conta que o heterónimo de Pessoa defende que “sábio é o que se contenta com o espetáculo do mundo”. “Pensava já então, e continuo a pensá-lo, que se a alguém o espetáculo do mundo contenta, ao menos que tenha a decência de não chamar sabedoria a essa atitude”, destacava então Saramago, antes de concluir: “Direi que “O Ano da Morte de Ricardo Reis” foi precisamente escrito para mostrar a Ricardo Reis o espetáculo do mundo (de Portugal também) e perguntar-lhe se continuava a considerar sabedoria a mera contemplação dele...”
Saramago: «“Caíram-me” do tecto as palavras “O Ano da Morte de Ricardo Reis”» Contou, em mais do que uma ocasião, que o título “O Ano da Morte de Ricardo Reis” lhe surgiu num hotel, em Berlim. Pode especificar? Passaram mais de 20 anos, não recordo o nome do hotel, se alguma vez o fixei. […] Tinha visto em Lisboa um filme (“Anno Domini” não sei quantos, não recordo o nome do realizador) e, não sei porquê, ele veio-me à memória quando entrei no quarto do hotel. Sentei-me na cama para descansar um pouco, deixei-me cair para trás e, nesse momento, “caíram-me” do tecto as palavras “O Ano da Morte de Ricardo Reis”. Tinha publicado poucos meses antes “Levantado do Chão” e esta era a primeira ideia que me surgia para um novo livro. A ideia do “Memorial do Convento” veio depois. Se me perguntarem porque não os escrevi pela ordem de “nascimento”, direi que me assustou o que os “pessoanos” iriam dizer da presunção deste adventício. O “Memorial” deume forças e confiança para arrostar depois com aquele Adamastor... Entrevista de José Saramago ao Jornal Público (Suplemento Literário Mil Folhas – 27 de maio de 2002 – Entrevista disponível aqui: shorturl.at/kr036
62 | Forum Estudante | verão’20
/HorosCópos
Também se regressa aos sítios onde nunca se esteve, dizem as estrelas Depois de, durante todo o verão, ouvirmos falar do “novo normal”, percebemos agora que enfrentamos, neste regresso às aulas, o “novo novo normal” e que nos espera, daqui a uns tempos, o “novo novo já não tão novo normal”. O melhor remédio, para tempos de confusão e ansiedade, é conhecer o futuro. Contem comigo para essa missão. Aqui ficam as vossas previsões. Escorpião (23/10 a 21/11) De acordo com os movimentos de Alpha Centauri (A e B) no firmamento, a música de verão dos nativos de Escorpião foi a banda sonora do do evento “Astronomical” protagonizado por Travis Scott. A escolha é bastante adequada, não só pela ligação ao mundo das estrelas, mas também pelas horas de Fortnite investidas durante o verão.
Sagitário (22/11 a 21/12) Há alturas em que, quando analiso os astros, pasmo-me com a sua beleza. Nessas alturas, não consigo pensar noutra coisa que não na impossibilidade de poder olhar o encanto de uma luz que abandonou a sua estrela há tantos anos. Depois, lembro-me que tenho de fazer previsões. Os nativos de Sagitário vão ter um mês interessante no amor, no dinheiro e na saúde. Agora, se me permitem, vou voltar a olhar para as estrelas.
Capricórnio (22/12 a 19/01) O final do verão é, habitualmente, um tempo melancólico. A mudança de estação faz-nos sentir especialmente a passagem do tempo e é como se o outono fosse já uma espécie de inverno disfarçado. Os nativos e nativas de Capricórnio não serão imunes a esta carga nostálgica e vão usar, pelo menos duas vezes, o computador para ir à Internet. Tão 2012.
Aquário (20/01 a 18/02) Entusiasmados como sempre pela utilização de material escolar acabado de comprar, os nativos e nativas de Aquário vão levar um estojo extremamente organizado no primeiro dia de aulas e, passados três dias, acabar a pedir uma caneta verde emprestada para apontar no braço a data do primeiro teste. Um clássico.
Peixes (19/02 a 20/03) Este não foi um verão fácil para os nativos e nativas de Peixes, depois de serem obrigados e obrigadas a lidar com a desilusão de ver o seu estilo de verão impactado pelo azul cirúrgico da máscara. Em resposta, no início deste ano letivo, muitos e muitas vão escolher ir para as aulas de bata hospitalar, “só para combinar”.
Carneiro (21/03 a 20/04) Por vezes, pergunto-me se alguém lerá estas previsões. Não que eu seja iludido quanto à importância que as minhas leituras têm no mundo. Afinal de contas, as pessoas buscam o futuro na terra e não nas estrelas. Mas, se a minha ligação especial às energias do campo astral termina em si mesma, não posso deixar de o sentir como um desperdício. Quanto aos nativos e nativas de Carneiro, as estrelas mostram uma tendência para a crise existencial.
Touro (21/04 a 20/05) A posição de Sirius é clara. Advinha-se um período de frustração resultante de um cenário indefinido.
Gémeos (21/05 a 20/06) A posição de Marte é pouco clara, mas permite uma conclusão difusa. Os nativos e nativas de gémeos vão ter uma digestão difícil, por volta das 13h44 do dia 12 de outubro, depois de comer uma salada de espargos e quinoa.
Caranguejo (22/05 a 22/06) Depois de umas férias relaxantes e revigorantes, os nativos e nativas de Caranguejo mal podem esperar pelos próximos 11 meses marcados pelo pensamento “as férias de verão nunca mais chegam”. Por isso e por sentir a chuva entrar nas botas, depois de pisar uma poça. E por voltar a utilizar a ironia.
Signo do Mês
Balança (23/09 a 22/10)
Um velho adágio diz que “o que os olhos não veem o coração não sente” – sabedoria de utilidade discutível quando se combate um inimigo microscópico. Os nativos de Balança, inspirados pela transladação rotativa de Orion no firmamento, vão ter tendência para questionar a chamada “sabedoria popular”, começando pelas implicações assustadoras do provérbio “a esperança é a última a morrer”.
Leão (23/07 a 22/08) Balança terá um mês “atípico”. Não, queria dizer “atópico”. Não, também não é isso. “Utópico”, assim é que é. Balança terá um mês utópico. Não tenho a certeza do que pode significar, mas se calhar convém sonhar menos e agir mais. Ou ao contrário, também é possível. Isto com os dicionários nunca se sabe.
Virgem (23/08 a 22/09) Naquele que é um regresso às aulas inédito, por todas as medidas e constrangimentos que o envolvem, nada mais normal do que sentir tensão e ansiedade. Uma parte significativa das constelações está contra a utilização da expressão “Vai ficar tudo bem” (A Ursa Maior diz que é condescendente e uma infantilização). Mas grande parte das estrelas está de acordo – se cumprirmos as regras, tudo ficará mais fácil.