Dossier Especial Segurança Rodoviária Conhece as prioridades no combate à sinistralidade
Revista Forum Estudante | Fev 2018 | Edição n.º 303 | Mensal l Diretor: Gonçalo Gil l Disponível apenas por assinatura com o custo mensal de 1€
Os a c i d e n tes c a u s a de m rodoviário o r t e de a s continu d o l e s cent am a ser a e p s r i n e c m ipal t odo o M u ndo
Inverte a tendência Pancadas Monstra 5 táticas amorosas Um festival animado para estudantes com metáforas
1 | Forum Estudante | Fev’18
/Sumário
PASSATEMPOS
CONDIÇÕES DE PARTICIPAÇÃO: Estes passatempos decorrem até 28 de fevereiro de 2018. Apenas serão atribuídos prémios a residentes em Portugal e somente um prémio por pessoa e morada em cada passatempo. Só será aceite, de cada concorrente, uma participação por dia. O não preenchimento correto do formulário de participação em www.forum.pt/passatempos, leva à desclassificação do participante. Os vencedores residentes na área da grande Lisboa terão de levantar o prémio na nossa sede em Lisboa. Aos restantes, os prémios são enviados via CTT. Após notificação, os vencedores têm um prazo de 15 dias para reclamar o prémio. Os prémios devolvidos não serão reenviados. A idade máxima de participação é de 25 anos, inclusive, a confirmar por documento de identificação. OS PREMIADOS SÃO ANUNCIADOS EM FORUM.PT. NOTA: as cores e modelos apresentados podem não corresponder às imagens apresentadas.
www.forum.pt Telefone 218 854 730 FAX 218 877 666 Email geral@forum.pt Direção Gonçalo Gil goncalo.gil@forum.pt Fotografia Depositphotos, Fábio Rodrigues, Gonçalo Gil Design Miguel Rocha miguel.rocha@forum.pt Redação Fábio Rodrigues fabio.rodrigues@forum.pt COLABORAÇÃO: Maria Inês Moreira Assinaturas Paula Ribeiro Tel.: (218 854 730) pribeiro@forum.pt Anuidade: 10€ Publicidade Félix Edgar (Tel.: 218 854 103) felix.edgar@forum.pt
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Eco-Ecolas Queres ser repórter do ambiente? Pancadas 5 táticas amorosas. Escolhe a tua. Futurália Conhece as novidades Via Verde Apanha esta boleia BPSS O desafio da segurança voltou Cinema A 18.ª edição da Monstra está a chegar JPT Os estudantes fazem justiça Menos é Mais Faça-se (boa) luz Tourism Academy Conhece o Turismo de Ar Livre Só Rir Arrependimentos à flor da pele! HorosCópos <3 quer dizer “menor que três”
FORUM ESTUDANTE Revista de Cursos, Escolas e Profissões Propriedade e Edição de: PRESS FORUM, Comunicação Social, S.A. Capital Social: 60.000,00¤ NIF: 502 981 512 Periodicidade Mensal Depósito Legal n.º 510787/91 Registo ICS n.º 114179 Sede da Redação Tv. das Pedras Negras, nº 1 - 4.º 1100-404 Lisboa Tel.: 218 854 730 | Fax: 218 877 666 Estatuto Editorial www.forum.pt/196-institucional/10022sobre-nos
Administração Roberto Carneiro (Presidente) Rui Marques Francisca Assis Teixeira
#TEMA DE CAPA P.14 Especial Segurança Rodoviária p.12
Os acidentes rodoviários continuam a ser a principal causa de morte entre os jovens. O Governo revelou recentemente que foram identificadas três áreas de risco: atropelamentos nas vias urbanas, acidentes em veículos de duas rodas e consumo de álcool. Fica a saber mais sobre esta realidade, ao longo das próximas páginas.
Revista Forum Estudante #303 // Fev 2018 // e-mail: geral@forum.pt // www.forum.pt
2 | Forum Estudante | Fev’18
/Ecoescolas
+ de 250.000 repórteres 35 países em todo o mundo Reportagem, Fotografia e Vídeo
Queres ser um Jovem Repórter para o Ambiente? “Dar uma voz ao nosso ambiente”. É este o lema da rede de jovens que, um pouco por todo o mundo, em 35 países, investigam problemas e propõem soluções. Sabe mais sobre os Jovens Repórteres para o Ambiente. Conforme recorda a Youth Reporters for the Environment (YRE), as ferramentas à disposição são simples: reportagem, fotografia ou vídeo. É a partir destes meios que mais de 250 mil jovens por todo o mundo procuram fazer a diferença, chamando a atenção para problemas ambientais e ecológicos ou promovendo boas práticas. A única regra é “contar histórias sobre o mundo e o ambiente”, explica a YRE. Em Portugal, a rede de jovens repórteres é dinamizada pela Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE). De acordo com a mesma, “Portugal foi pioneiro neste projeto global, continuando a ser um dos países mais ativos na rede YRE”. Em
2016, mais de 90 escolas nacionais e de 3000 alunos se envolveram no projeto. Alguns dos trabalhos que concorreram ao prémio nacional de 2017 chamavam a atenção para problemas ambientais que necessitavam de resposta. A reportagem vencedora, por exemplo, partiu de uma medição do nível de mercúrio para apelar a comportamentos ambientalmente mais sustentáveis e saudáveis.
Crescer com o ambiente A ABAE define a atividade de um JRA como a “investigação e interpretação de questões ambientais ou de sustentabilidade, a nível local”. As técnicas utilizadas podem passar por entrevistas, inquéritos ou consulta
de fontes, por exemplo. As escolas e jovens da rede JRA têm ainda a oportunidade de participar em diversos desafios, concursos e atividades (como missões com a duração de vários dias), bem como oportunidade para intercâmbio com jovens de outras regiões de Portugal e dos mais de 35 países da rede mundial. Através da participação nesta rede, recorda a ABAE, os jovens repórteres aumentam os seus conhecimentos “no domínio do ambiente, das línguas estrangeiras, das novas tecnologias e técnicas de comunicação”. Por outro lado, é uma forma de poderem reforçar a sua cidadania, a iniciativa individual e capacidade de trabalho em equipe, bem como de análise crítica e de liderança.
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4 | Forum Estudante | Fev’18
/Pancadas
As cinco táticas amorosas que usarás enquanto estudante
1
“Top-secret”
Pensem bem. Quantas paixões ficaram por confessar na História do Mundo? A resposta é “muitas”. Tudo isto se deve à estratégia do “top-secret” – NINGUÉM pode saber o que sentimos, MUITO MENOS a pessoa de que gostamos. No processo, gritamos para nós mesmos, como para nos convencer: “nunca seria correspondido” ou “não estou à altura” ou ainda “pode ser que passe”. Normalmente, não passa. Caso tenhas escolhido esta opção, poderás sempre consolar-te no facto de, de certa maneira, o teu sentimento ser o mais belo de todos: haverá amor mais genuíno do que aquele que não espera nada em troca?
2
“Sinais de fumo”
Tempo para uma mais uma reflexão. Qual foi a última vez que foi uma boa ideia pensar: “se eu fizer likes em todas as fotos, desde 2011, vou dar a entender os meus sentimentos?”. Mais uma vez, a resposta é simples – “nunca”. Quem diz likes, diz comentários enigmáticos, bilhetes nublosos, mensagens pouco
A vida amorosa pode ser um campo complexo e, muitas vezes, doloroso. E há estratégias que utilizamos na juventude e que, em boa verdade, utilizamos durante o resto da vida. Quando se gosta de alguém, qual o próximo passo? Revês-te em alguma destas opções?
claras. A tática “Sinais de Fumo” é, normalmente, uma boa forma de nos defendermos, evitando confessar o que sentimos diretamente. Contudo, quase sempre, mostramos mais do que estamos à espera.
3
“Viver na Friendzone”
Ahhh, a “friendzone”… Esse lugar mágico, qual Narnia do coração, em que entramos sem que demos por isso e de onde é tão difícil de sair. Normalmente associado a esta tática está o pensamento: “embora sinta mais do que amizade, não quero estragar a amizade que sinto”. O que mostra, desde logo, algumas contradições e possíveis complicações. Tomem atenção, caros leitores: uma vez entrados na friendzone, poderão viver anos nessa prisão. Contudo, sempre com esperança de sair, de mão dada com quem vos lá colocou. E digam lá que isso não é bonito.
4
O “Pontapé na Porta”
Há pelo menos uma certeza quando falamos de pessoas que utilizam esta tática: são corajosas.
O “pontapé na porta” não significa mais do que dizer tudo o que sentimos, de uma só vez, a quem gostamos. O que equivale — há que dizê-lo — a tirar o coração do peito e atirá-lo para as mãos de outra pessoa. Muitas pessoas recorrem a esta tática quando já não conseguem aguentar nenhuma das outras, que é o mesmo que dizer que é inevitável. Resta-nos torcer pelo melhor.
5
“Táticas?”
Como em todas as coisas na vida, também no amor há sorte e azar. Não que possamos esperar que tudo nos caia no colo ou que estejamos imunes à desilusão. Nada disso. Simplesmente, há alturas em que tudo parece acontecer sem esforço e em que tudo muda, sem que nos apercebamos. Quando assim é, não há táticas – nem vamos acordar novas certezas, nem vamos adormecer com velhas dúvidas. Vamos caminhando lentamente, perto de quem gostamos, até que um dia percebemos, simplesmente: não os queremos noutro lugar, não nos queremos noutro lugar.
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6 | Forum Estudante | Fev’18
/Futurália [publirreportagem]
Ei! A Futurália já tem data. E tu não podes faltar! De 14 a 17 de março, vais poder tirar todas as tuas dúvidas sobre cursos profissionais e de especialização tecnológica, cursos superiores nacionais e no estrangeiro, cursos de línguas, programas de intercâmbio… E se és fã de música, videojogos, multimédia, fotografia, rádio e desporto, a Futurália também é para ti. Fica a conhecer alguns dos destaques desta edição.
O Sonhadorismo está de volta!
A DreamConf – Conferência do Sonhadorismo regressa à Futurália para te desafiar a acreditar e a arriscar nos teus sonhos. Vai ouvir testemunhos de quem atingiu o sucesso empenhando-se e desenvolvendo uma paixão.
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Música e não só também é Palco, não lia Porque a Futurá artaz que temos para c podes perder ao a a par de todas as Fic ti nesta edição. w.futuralia.fil.pt w novidades em w
O Património e a Cultura
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2018 é o Ano Europeu do Património Cultural. Sabias que o Património Cultural surge em muitas formas? Atingíveis, inatingíveis, paisagens naturais, recursos digitais, entre outros. Para saber mais, podes visitar a exposição Futurália Cult que receberá projetos de escolas secundárias/ profissionais e ensino superior dedicados à iniciativa. A iniciativa realiza-se de 14 a 17 de março, no Grand Hall da FIL
Ligação direta às empresas Se tens mais de 18 anos, vem à Futurália Emprego e Empregabilidade. Esta iniciativa, que terá nos dias 16 e 17 de março, vai colocar em contacto directo empresas e potenciais candidatos/trabalhadores. Mais do que um espaço de exposição, a Futurália Emprego e Empregabilidade vai dinamizar um conjunto de acções relacionadas com o recrutamento, pitching, coaching, entre outras, promovendo o enriquecimento pessoal dos cerca de 2000 visitantes esperados.
Não há dois futuros iguais. Vem à Futurália e descobre o teu caminho.
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Oferta Educativa Formação Empregabilidade
14 — 17 março 2018 FIL — Lisboa C
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Não há dois futuros iguais
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O futuro já não é o que era. As possibilidades são mais diversificadas, mais fora da caixa e mais excitantes do que nunca. Vem à Futurália, a maior feira de ensino, formação e empregabilidade do país, e encontra o teu futuro. Não há dois iguais.
ORGANIZAÇÃO
Centro de Congressos de Lisboa
Centro de Exposições e Congressos de Lisboa
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8 | Forum Estudante | Fev’18
/Rede de Bibliotecas Escolares
No Planeta da Luz, todos se ajudam Projeto do Agrupamento de Escolas António Rodrigues Saraiva, em Marinhas, Esposende, funciona como “elo de comunicação” entre os alunos, juntando ilustração e linguagem inclusiva.
As palavras são do Ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, no prefácio do primeiro volume do livro publicado no âmbito do Projeto “Os Meninos do Planeta da Luz: “[Um desenho] inclui tudo e todos e nele cabem todas as diferentes cores”. As ilustrações e desenhos são peça fundamental deste projeto que nasceu, explica a Diretora do Agrupamento de Escolas António Rodrigues Sampaio, “de alunos para alunos”. Foi a necessidade de comunicar com os alunos com necessidades educativas especiais que levou à criação de histórias inéditas e ilustradas. Depois, graças à tradução da história em linguagem pictográfica (SPC), é possível, mesmo aos alunos com multideficiência ou autismo, explica Paula Cepa, “compreender e contar” as narrativas. A iniciativa partiu, em 2015, da Biblioteca Escolar do AE António Rodrigues Saraiva e do grupo de professores de educação especial e conta já com dois livros publicados. Como se lê na contextualização
do primeiro volume, a partilha de histórias assume-se como uma ponte essencial. “A leitura é uma porta aberta para muitos mundos”, realça a Coordenadora Interconcelhia da RBE, Raquel Ramos, que acrescenta: “o contacto com a palavra escrita e tudo o que ela suscita” permite-nos “conhecermo-nos melhor e encontrar o Outro”. Neste planeta de histórias e ilustrações, sublinha Paula Cepo, “todos os alunos se preocupam e atendem às necessidades uns dos outros”. A diretora destaca os bons resultados do projeto - que já lhe valeram mesmo uma distinção da
CASES, com o prémio António Sérgio - e salienta o potencial “de replicação para outros públicos como o do ensino secundário”. De resto, o terceiro volume de histórias a ser publicado vai contar com um DVD, produzido em parceria com a Escola Secundária de Monserrate. Para já, o projeto centra-se nos alunos do 1.º ao 9.º ano de escolaridade e Paula Cepa não tem duvidas. À medida que estes valores inclusivos forem interiorizados pelos jovens, “a sociedade será de muito mais feliz e compreensiva”.
www.rbe.mec.pt
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9 | Forum Estudante | Fev’18
/Brainstorm
Toca a pensar!
Tens bom raciocínio? Está na hora de mostrar. Temos aqui alguns jogos para te testar. Ah, queres as soluções? Não te preocupes que temos aqui na redação um génio matemático, por isso, se tiveres dúvidas, pede-as para geral@forum.pt.
Que números faltam?
1
1
2
3
5
?
? 21
Mexe um fósforo para as igualdades
C
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Y
CM
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CMY
A foto de Cláudia
K
Era uma vez uma linda teenager chamada Cláudia. O seu pai queria garantir que ela namorasse com um rapaz muito inteligente. Para testar os pretendentes, colocou três caixas sobre uma mesa — uma de ouro, uma de prata e uma de bronze —, e escondeu uma foto de Cláudia dentro de uma delas. O pretendente tinha que ser capaz de descobrir em que caixa estaria a foto de Cláudia numa única tentativa. Cada caixa tinha uma mensagem. Na caixa de ouro a mensagem era “A foto de Cláudia está aqui”; na caixa de prata estava escrito “A foto de Cláudia não está nesta caixa”; e a caixa de bronze continha a mensagem “A foto de Cláudia não está na caixa de ouro”. Sabendo que apenas uma e só uma das três mensagens é verdadeira, em qual das caixas está a foto de Cláudia?
A foto de Cláudia está aqui.
A foto de Cláudia não está nesta caixa.
A foto de Cláudia não está na caixa de ouro.
ORGANIZAÇÃO
NAIS
APOIOS INSTITUCIO
os
54 – 515 Matosinh
Palmeira – 44 Macedo - Leça da to | Av. Dr. António Por do l ona 2 aci 48 1 ern 229 98 Exponor | Feira Int T. 229 981 400 | F. info.@exponor.pt | www.exponor.pt |
12 | Forum Estudante | Fev’18
/Segurança Rodoviária
Há mais jovens a morrer nas estradas portuguesas. PORQUÊ? O risco de morte, entre os condutores até aos 24 anos, é 30% superior ao das restantes faixas etárias. O Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, revelou que foram identificadas três áreas de risco: atropelamentos nas vias urbanas, acidentes em veículos de duas rodas e consumo de álcool. Fica a saber mais sobre esta realidade, ao longo das próximas páginas. No ano passado, o número de mortes nas estradas portuguesas subiu 12,5%, face a 2016, num total de 509 vítimas mortais. De igual forma, registou-se um aumento do número de acidentes e de feridos graves. A situação parece ser especialmente problemática no caso dos jovens. Em 2016, de acordo com a informação revelada pela Autoridade Nacional para a Segurança Rodoviária, um em cada 15 condutores que morreram em acidentes rodoviários tinham tirado a carta de condução há menos de um ano. De igual forma, o relatório anual da ANSR de 2016 indica que os condutores com idades compreendidas entre os 20 e os 29 anos envolveram-se,
estatisticamente, em mais acidentes que as restantes faixas etárias. Especificamente, o grupo etário que regista o maior número de vítimas é o dos 20 aos 24 anos. O grupo dos 15 aos 19 anos regista também um número de acidentes elevado, tendo em conta o universo total de condutores. De resto, os acidentes rodoviários continuam a ser uma das principais causas de morte na
adolescência – em 2015, o relatório “Ação Global Acelerada para a Saúde dos Adolescentes”, da Organização Mundial de Saúde (OMS), detalhava mesmo que os acidentes rodoviários foram a principal causa de
um em cada 15 condutores que morreram em acidentes rodoviários tinham tirado a carta de condução há menos de um ano.
NÚMERO TOTAL DE MORTOS NAS ESTRADAS PORTUGUESAS* 2015
2016
2017
473 445 509
13 | Forum Estudante | Fev’18
/Segurança Rodoviária
morte nos adolescentes entre os 10 e os 19 anos, à escala mundial. Associados a estes acidentes, destaca a ANSR, estão cinco fatores que se assumem como a principal causa de morte dos jovens (entre os 18 e os 24 anos). Fica a saber mais sobre cada um deles.
O telemóvel A matemática não engana. Se seguires num automóvel a 80 km/h e olhares durante 2 segundos para o telemóvel, vais ficar sem olhar para a estrada durante 50 metros. 50 metros é o comprimento de uma piscina olímpica, pelo que muito poderá acontecer nesse curto período de tempo. Utilizar o telemóvel ao volante significa, igualmente, um aumento do tempo de reação, a não-manutenção da distância de segurança e uma má avaliação da velocidade.
O (não) cinto de segurança Agora é a vez da física. Se seguires
Se seguires num automóvel a 80 km/h e olhares durante 2 segundos para o telemóvel, vais ficar sem olhar para a estrada durante 50 metros.
num carro a 100 Km/h, sem cinto de segurança, um choque fará com que te movas com uma força equivalente a cerca de 98 vezes o teu peso. Esta força encontrará depois um choque duplo, tanto no interior do veículo como dos órgãos internos contra o esqueleto. Por essa razão, o cinto de segurança é fundamental para que, em caso de acidente (por vezes aparatoso) os passageiros possam sair ilesos.
A fadiga A fadiga pode parecer um problema contornável quanto chega a hora de pegar no carro. Infelizmente, os dados evidenciam o contrário, com esta a ser uma das principais causas de morte nas estradas. E não só devido à possibilidade de adormecer ao volante. É que, ao final de 19 horas sem dormir, a performance ao volante é equivalente a alguém com uma taxa de álcool no sangue de 0,5 g/L. Depois de 24 horas acordado, essa equivalência passa para 1 g/L.
Ao final de 19 horas sem dormir, a performance ao volante é equivalente a alguém com uma taxa de álcool no sangue de 0,5 g/L.
A velocidade A velocidade é um fator em que é, na maioria das vezes, difícil de compreender o risco a que ele está associado. Afinal de contas, qual o perigo de seguir a 60 Km/h numa zona em que apenas é permitido conduzir a 30 Km/h? Talvez um exemplo seja ilustrativo: imagina um condutor que visualiza uma criança a 15 metros de distância. Um carro a 30 Km/h evitaria o acidente. A 60Km/s a criança terá 20% de hipóteses de sobreviver.
O álcool e as drogas Os limites existem por uma razão. No caso do álcool, um condutor que circule com 1,2 g/L de sangue, tem um risco de morte na estrada 16 vezes superior, face aos condutores com 0,0 g/L. Para além de condicionar sentidos e reações essenciais para a condução, o álcool e as drogas fazem com que seja mais difícil avaliar o risco dos comportamentos ao volante.
Imagina um condutor que visualiza uma criança a 15 metros de distância. Um carro a 30 Km/h evitaria o acidente. A 60Km/s a criança terá 20% de hipóteses de sobreviver.
DISTRITOS MAIS AFETADOS* Porto
68
Setúbal
56
Lisboa
51
Aveiro
44
Fonte: Autoridade Nacional para a Segurança Rodoviária – Relatório Anual de 2017
14 | Forum Estudante | Fev’18
/Segurança Rodoviária
Motociclos. Em duas rodas, o dobro dos cuidados Os veículos motorizados de duas rodas vistos como uma das formas de mobilidade sustentável, especialmente em meio urbano. Mas os dados evidenciam um risco acrescido para condutores, com um aumento muito significativo dos acidentes registados em 2017. Quais são algumas das formas de o controlar?
No mês passado, o presidente da Prevenção Rodoviária Portuguesa (PRP), José Miguel Trigoso, destacou que o aumento de mortos nas estradas portuguesas, em 2017, “está todo exclusivamente concentrado nos motociclos”. Citado pela Lusa, o presidente da PRP realçou o aumento da circulação de motos, durante o ano passado, devido à “economia, mobilidade” e ao “bom tempo”. Também o presidente da Autoridade Nacional da Segurança Rodoviária (ANSR), Jorge Jacob, destacou o aumento dos acidentes com motos, em declarações ao jornal Público:
“sabemos que os acidentes com motos e as vítimas decorrentes aumentaram muito, mais do que duplicaram”. O número de vítimas mortais e feridos registado em 2017 foi mesmo o mais alto da última década. Apesar deste aumento, o número de acidentes é menor. Até setembro, o total de incidências não chegava a metade das de 2016. Independentemente das variações anuais dos números, existem mesmo especificidades da condução em duas rodas. Segundo as estatísticas da Autoridade Nacional para a Segurança Rodoviária (de 2013), a probabilidade de morte de condutores em ciclomotores e motociclos era, à data, três vezes superior à dos condutores de automóveis ligeiros. Um dado relacionado com esta taxa de mortalidade diz respeito às consequências do acidente. Enquanto no caso dos veículos ligeiros, existem muitos acidentes em que todos os
intervenientes saem ilesos (59% do total), no caso dos motociclos, apenas 5% dos envolvidos escapou sem ferimentos. De acordo com esta ficha técnica, a maior vulnerabilidade dos condutores de duas rodas está relacionada com fatores como a menor proteção, visibilidade e estabilidade do veículo, bem como alguns comportamentos que são característicos deste tipo de condução, como ultrapassagens em espaços reduzidos. Este dado, ressalva a ANSR, “não deve constituir um impedimento à sua circulação”, sendo antes “um aspeto a ponderar com especial atenção com vista a fomentar a sua segurança”. É importante também realçar que a tendência de evolução, desde o início do século, é a de uma redução substancial dos acidentes com veículos de duas rodas: entre 2004 e 2013, o número de mortos diminuiu 58%, destaca o relatório.
Como circular em segurança? A Polícia de Segurança Pública oferece 10 “regras essenciais” para a condução sobre duas rodas.
Conhecer os Perigos
Identificar as Armadilhas
Evita ficar com a mota entre dois veículos e a condução junto a veículos pesados (devido à menor visibilidade e aos possíveis projéteis!)
Evita estradas com carris ou com o piso molhado, areia solta, buracos ou óleo.
Conduzir Equipado
Ligar as Luzes
Ser Defensivo
A segurança, recorda a PSP, começa na forma como nos preparamos para a condução. Os condutores de duas rodas devem proteger a cabeça, os olhos, as mãos, os pés, os tornozelos, os joelhos e os cotovelos.
É obrigatório e é uma forma de ver e ser visto, evitando os acidentes.
Antevê o que os outros condutores poderão fazer, nomeadamente, os possíveis erros.
15 | Forum Estudante | Fev’18
/Segurança Rodoviária Segundo as estatísticas da Autoridade Nacional para a Segurança Rodoviária (de 2013), a probabilidade de morte de condutores em ciclomotores e motociclos era, à data, três vezes superior à dos condutores de automóveis ligeiros.
Estar Concentrado
Olhar em Frente
Evitar a Noite
Evitar Assaltos
Esquecer a pressa e evitar conduzir com cansaço, nervosismo ou depois de ingerir álcool, são algumas das regras destacadas pela PSP.
É melhor esquecer publicidades ou o telemóvel. “Ao olhar em frente, prepara-se a todo o momento para a sua viagem”.
Principalmente em viagens longas ou em zonas com fraca iluminação.
Escolhe percursos mais seguros e estaciona em zonas visíveis, se possível.
Ser Positivo (e ter espírito cívico) Nas filas, ultrapassagens e cedências, agradece aos outros condutores.
Fonte: “A condução sobre duas rodas”, psp.pt
16 | Forum Estudante | Fev’18
/Segurança Rodoviária
Peões. A segurança na estrada começa no passeio Para o Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, os números de atropelamentos nas vias urbanas registados em 2017 são “absolutamente inaceitáveis”, sendo necessário “identificar as causas e agir”. Fica a conhecer 7 regras para que te possas proteger.
Atenção ao
1.
Os perigos não se encontram apenas no asfalto.
Enquanto te deslocas deves ter em atenção a possível existência de oficinas ou garagens onde podem, a qualquer momento, entrar ou sair veículos.
2.
Passadeira. Sempre.
Se existir uma passadeira a menos de 50 metros, o peão está obrigado a utilizála. Atenção que, como mostram as estatísticas, utilizar a passadeira pode não ser suficiente. Procura estabelecer contacto visual com o condutor, garantindo que ele se apercebeu da tua presença.
3.
Certo. E se não houver passadeira?
No caso de não existir uma passadeira, deves cruzar a estrada em linha reta, sem correr nem parar, e tendo atenção aos carros estacionados ou a fazer manobras. Isto para além de escolheres um local com visibilidade.
17 | Forum Estudante | Fev’18
/Segurança Rodoviária
A realidade do número de atropelamentos mortais em Portugal alterou-se substancialmente, ao longo dos últimos 20 anos. E para melhor. Segundo os dados do Pordata, em 1996, registaram mais de 10 mil atropelamentos e 480 mortos. Em 2016, o número de acidentes era de cerca de metade (5537), com um número de vítimas mortais muito inferior (82).
Contudo, conforme recordou ao jornal Público o ministro Eduardo Cabrita, há ainda um caminho por percorrer. “Queremos que essa evolução positiva se consolide e, em 2018, com as instituições públicas, autarquias, forças e serviços de segurança e agentes do sector vamos fazer um balanço de como ir mais além nas áreas de risco já identificadas”, explicou. Olhando os números de 2016 da ANRS, concluímos
4.
5.
Quando a estrada não dispõe de passeio, deves caminhar o mais afastado possível da faixa de rodagem. Fora das localidades, a circulação deve ser realizada pelo lado esquerdo, de frente para os veículos que se aproximam.
Nos casos em que um grupo caminha na estrada, os seus elementos devem seguir em fila única. Fora das localidades ou em zonas com menor iluminação, é essencial “ser visto”, usando, para tal, refletores ou lanternas apontadas para o chão.
Nos passeios sem passeio
Segurança em coletivo
que a esmagadora maioria dos atropelamentos ocorrem no interior das localidades (5385 contra 152). Dentro deste grupo de acidentes, resultaram, no mesmo ano, 82 mortos e 438 feridos graves. A maioria dos atropelamentos ocorre em arruamentos, durante o dia e, atravessando em passagem sinalizada (cerca de 40%). Por essa razão, trazemos-te sete regras básicas de segurança para peões.
6.
O caso das passagens de nível
Nas passagens de nível tens de colocar em ação o teu sentido visual e auditivo, tendo em consideração que os comboios circulam num sentido contrário aos veículos, ou seja, circulam pela esquerda. Por essa razão, deves olhar primeiro para a direita.
7.
Mais do que um mero peão
Os peões devem zelar pela sua própria segurança e ela dos outros, sobretudo se estiverem em causa utentes da via pública mais vulneráveis (como idosos, cegos, deficientes motores ou crianças). Como tal, se acompanharmos uma criança, devemos dar-lhe a mão e levá-la pela parte interior do passeio.
18 | Forum Estudante | Fev’18
/Segurança Rodoviária
Álcool não rima com volante Os números mostram que há mais jovens que conduzem depois de beber. Todos os meses, são apanhados mais de 100 condutores jovens com excesso de álcool no sangue. Quais são os perigos? De janeiro a outubro do ano passado, a GNR apanhou 1100 jovens condutores (com carta há menos de três anos) com excesso de álcool ao volante. Segundo noticiava o Jornal de Notícias, em dezembro, todos os meses, são apanhados, em média, 110 condutores nestas condições. Recorde-se que as regras se alteraram em 2014, com o limite de 0,2 g/L a ser aplicado a condutores recémencartados (até três anos) e motoristas profissionais. Neste período de quatro anos, informa a GNR, mais de oito mil condutores foram apanhados a conduzir com níveis acima deste valor. De acordo com a informação avançada pelo Parlamento Europeu, 25% das mortes nas estradas europeias deve-
se ao consumo de álcool. Como tal, este organismo estuda, avança o JN, a possibilidade de introduzir uma taxa zero (0,0 g/L) para os condutores, nos primeiros dois anos de carta.
A absorção e a limpeza Os efeitos nocivos do álcool em funções essenciais na condução são
bem conhecidos (ver caixa). Outra das questões muito importantes é a lentidão do processo de eliminação: se alguém tiver um 1,0 g/L, às 24h00, apenas às 10h da manhã terá eliminado completamente o álcool do seu sistema. De acordo com a ANSR, há vários fatores que interferem na medição da Taxa de Alcoolemia: o peso, a idade, a fadiga, a ingestão de medicamentos, alguns estados emocionais ou até a pressão atmosférica, são alguns exemplos. Por outro lado, a absorção de álcool com o estômago vazio acelera a sua absorção, aumentando a taxa em cerca de um terço. A velocidade com que se bebe e até o facto de ser dia ou noite também influenciam a absorção. Todas estas questões mostram como é difícil calcular quanto se pode beber, sem pôr em risco a segurança da condução. A ANSR deixa o aviso: “Regra geral, quando se admite que se está a chegar ao ponto crítico, há muito que este já foi ultrapassado”.
ndução o c a n ão álcool o perceç d e d s o e ç is s novi s visua o a t i e e t f n e e Alguns controlada eio ambiente , particularm riais cia in om › Audá e vigilância d idades senso d ac › Perda ção das cap eação er rba › Pertu o do tempo d nta le nt › Aume a reflexa mais iga d st › Respo sistência à fa SR N r re ção, A Condu › Meno a e l o Álco o de O
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20 | Forum Estudante | Fev’18
/Brisa [publirreportagem]
À Boleia com a Via Verde Já experimentaste a nova app de Boleias da Via Verde? Além de ser uma forma fácil de partilhar custos de viagens com outros utilizadores, ainda ganhas vouchers da Galp sempre que fizeres uma viagem.
21 | Forum Estudante | Fev’18
/Brisa
Ofertas para os condutores 5€* em combustível Galp na 1ª viagem e até 3€** nas restantes
1 Regista-te na app ou site e constrói o teu perfil pessoal. Durante o registo será pedido que confirmes os teus dados pessoais de contacto através do envio de um código e SMS. 2S e és condutor, deves completar o teu perfil e registar também o veículo que usas, adicionando uma fotografia e informação que consideres importante para os teus futuros passageiros. 3E m seguida, insere os dados necessários para os acertos de contas, designadamente o IBAN para condutores, e número de cartão de crédito/ débito para passageiros.
Benefícios ambientais As soluções de carpooling como o Via Verde Boleias têm benefícios ambientais significativos, permitindo que um utilizador reduza significativamente (até 75%) as emissões de carbono emitidas com as suas deslocações. É importante incentivar o uso eficiente dos carros e reduzir o número de carros que circula com apenas um ocupante. Assim, a generalização desta forma de viajar pode ter um contributo relevante para a redução de emissões de carbono, beneficiando o meio ambiente.
Mais segurança rodoviária Do ponto de vista social, esta solução também traz benefícios. Além da melhoria do acesso a soluções de transporte mais económicas, verifica-se também que os condutores agem de uma forma mais responsável. A partilha de boleias numa plataforma digital, que permite a avaliação mútua entre condutores e passageiros, termina com o anonimato habitual nas boleias tradicionais e incentiva os condutores a um comportamento responsável. Relativamente ao contributo do carpooling para a segurança rodoviária, foi realizado um estudo em 10 países, entre os quais Portugal, publicado pela TNS Sofres em 2016, que revela que 75% dos inquiridos respeitam mais as melhores práticas de condução segura quando viajam com outras pessoas, enquanto 57% reconhecem que fazem mais paragens para descansar durante os trajetos. Por outro lado, os números indicam que 55% respeitam mais os limites de velocidade, 70% dizem que a sua avaliação os incentiva a uma condução mais segura, sendo que 84% dizem ainda que conduzir com companhia os mantém mais acordados e mais atentos.
A Via Verde acaba de lançar uma nova plataforma digital de carpooling, que liga a procura e a oferta de boleias, tornando mais simples a partilha de custos das viagens. O uso é simples: basta criar o cartão da boleia, definindo o número de lugares disponíveis no carro, o ponto de encontro e dia e hora desejados. No dia da viagem, os viajantes encontram-se à hora combinada e após a viagem o pagamento é feito de forma automática através da app. Para experimentares, basta seguir os seguintes passos:
Ofertas para os passageiros 5€ em compras no Pingo Doce para as primeiras 1000 viagens realizadas no Via Verde Boleias e as comissões do serviço são grátis durante a promoção de lançamento. Faz o download da app, cria o teu perfil e partilha as tuas viagens. *Num abastecimento mínimo de 20L **Desconto de 0,06€/L em qualquer abastecimento até ao máximo de 50L
22 | Forum Estudante | Fev’18
/Brisa [publirreportagem]
Duas histórias de Ridesharing Vais a um festival de verão? Ou simplesmente estudas fora de casa? Conhece dois casos que exemplificam a utilidade que a Via Verde Boleias poderá ter na tua vida. Caso #1: Festivaleiros
A Maria está sentada ao volante na Avenida da Boavista, no Porto. Faltam 15 minutos para sair para o seu festival preferido e mal pode esperar para lá chegar.
Já chegaram duas das pessoas que vão viajar no seu carro, falta apenas que chegue a Catarina que, está a 100 metros de distância. O ambiente é de muito entusiasmo e mal podem esperar por começar a viagem, no carro já ouvem as músicas das bandas vão atuar à noite. Chegou a Catarina. A Maria carrega no botão “Iniciar Viagem” e põe-se a caminho do festival. Mal sabia a Maria, há 3 dias, que estaria no seu carro com aquelas pessoas, àquela hora. Foi quando o seu irmão lhe ofereceu um passe para o festival, apenas uns dias antes que teve de pensar numa alternativa de transporte e decidiu experimentar o Via Verde Boleias. Entrou na página, registou-se e criou o seu perfil de condutor. Explicou que tinha recebido um bilhete para o festival, queria partilhar os custos da
viagem, por isso, procurava alguém com interesse em reservar um lugar no seu carro. Poucos minutos depois tinha já duas confirmações e no dia a seguir o carro estava completo! Perto da hora de partida, trocou algumas mensagens com os passageiros no chat da aplicação para confirmar que todos estariam no local à hora certa. E agora, ali estavam. Prontos a partir, 4 desconhecidos com um destino em comum, o melhor festival deste Verão. Juntos, através do Via Verde Boleias, conseguiram viajar comodamente da forma mais económica. Além disso, a Maria ganhou também 3 novos amigos que certamente poderá encontrar noutros festivais e boleias. Alguns dias após a viagem, a Maria irá receber o valor das contribuições dos passageiros diretamente na sua conta.
23 | Forum Estudante | Fev’18
/Brisa
Caso #2: Estudante deslocado
O João tem 18 anos, é de Santarém e estuda em Lisboa. Aos fins de semana, gosta de ir a casa visitar a família e amigos. Não o faz com a frequência que gostaria porque sai bastante caro.
Se pelo menos tivesse uma forma mais barata de viajar… iria mais vezes! Para um estudante, o comboio ou o autocarro tornam-se dispendiosos para viajar todos os fins de semana. O ideal seria ir de boleia com o seu amigo Miguel, mas também só compensa se conseguirem encher o carro, tanto na viagem de ida, como no regresso. Para encontrarem mais companheiros de viagem, enviam mensagens a todos os amigos ou publicam mensagens nas redes sociais. Por vezes, não obtêm resposta ou os amigos a quem escrevem vão ficar em Lisboa a estudar nesse fim de semana. O Via Verde Boleias é a solução perfeita para pessoas como o João e o Miguel. - Se tem carro: só tem de anunciar na aplicação a que horas vai sair, um ponto de encontro e um de chegada. O valor a partilhar por cada lugar é definido nesta altura, tendo em conta os gastos para essa viagem. A partir daí todas as pessoas registadas na página podem
reservar um lugar no seu carro. No final, a decisão de quem viaja no carro será sua. - Se procura alguém que o leve: basta entrar na aplicação, escolher a data, o local de partida e de destino e pode ver vários anúncios de boleias para esse dia. Assim, o João pode decidir na 5ª feira que vai na 6ª feira para Santarém, sem depender do Miguel. Só tem de entrar no Via Verde Boleias, ver quais as viagens que estão disponíveis e reservar um lugar. Ao reservar, pode falar no chat do Boleias com o condutor para confirmar os detalhes da viagem. Depois, basta estar na 6ª feira no ponto de encontro à hora certa. O custo da viagem é dividido entre todos e os pagamentos são feitos através da aplicação. Acabam-se as mensagens a todos os amigos a perguntar quem viaja no fim de semana e torna-se muito mais fácil organizar uma viagem e dividir os custos.
24 | Forum Estudante | Fev’18
/Brisa Student Drive Camp
Faz-te às curvas! Durante o Brisa Student Drive Camp, podes ficar a conhecer tudo o que diz respeito aos mundos da condução e dos automóveis, em cinco dias recheados de experiências únicas. Este ano, a cidade que vai acolher os cinquenta estudantes escolhidos é a Capital Jovem da Segurança Rodoviária de 2018: Viseu.
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Faz-te à pista!
Simula vários percursos
Vais poder sentar-te no lugar do condutor e pilotar um Kart, juntamente com os teus companheiros de viagem.
powered by
Para que fiques bem preparado, poderás experimentar simuladores que recriam a experiência de condução em vários tipos de veículos.
apoios EDUCAÇÃO
2018
25 | Forum Estudante | Fev’18
/Brisa Student Drive Camp
Inscreve-te já em www.studentdrivecamp.forum.pt
Da condução de karts à participação numa aula de condução, passando pela interação com diversos simuladores, durante estes quatro dias, terás a oportunidade de conhecer em profundidade os mundos da condução e da prevenção e segurança rodoviária. Seja como condutor ou como peão, estes são temas que te
acompanharão para sempre. Por isso, todos os conhecimentos e aprendizagens que acumules podem fazer a diferença. Não percas esta boleia até Viseu que, como qualquer boleia que se preze, é totalmente grátis. Todas as despesas de alojamento, transporte e alimentação ficam por nossa conta. Só tens mesmo de fazer a inscrição.
A tua primeira aula de condução
Poderás ter o teu primeiro contacto mais sério com um veículo, durante uma aula de condução.
Não percas a boleia. Inscreve-te já! Para participar apenas necessitas de ser aluno do ensino secundário, profissional ou do primeiro ano do Ensino Superior. Todas as despesas são grátis, só precisas mesmo de fazer a tua inscrição em studentdrivecamp.forum.pt preenchendo o formulário. Depois, é só esperar o nosso contacto para conheceres os passos seguintes.
Acompanha uma Operação
Vais poder participar numa operação STOP da Guarda Nacional Republicana. Esta será uma oportunidade única para que, no futuro, já saibas como tudo se processa.
VISEU Brisa Student Drive Camp é uma iniciativa inserida em
26 | Forum Estudante | Fev’18
/BP [publirreportagem]
As Soft-Skills como ingrediente de sucesso Sabias que muitos empregadores e empresas de recrutamento estão a começar a pedir o CV SKILLS JOVEM? Este certificado garante que fizeste a formação gratuita em soft skills. Hoje em dia, já não chega seres bom tecnicamente. Atualmente o mercado de trabalho procura profissionais dotados de competências sociais e comportamentais, conhecidas como soft skills. As soft skills são as competências interpessoais que permitem melhorar as interações connosco próprios, com os outros e com o mundo em redor. São um complemento das hard skills (estudos superiores/ conhecimentos técnicos) e transversais a todas as áreas profissionais, sendo também muito importantes para melhorar a vida pessoal. De acordo com vários estudos europeus, quase metade dos jovens recrutados têm maus resultados nos primeiros 18 meses de trabalho e apenas 11% dos insucessos se devem à falta de hard skills. Se as competências técnicas não são o problema, então qual é? O problema são as soft skills, ou seja, as competências interpessoais. De acordo com o mesmo estudo, 26% das pessoas não aceita feedback, 23% demonstra falta de inteligência emocional, 17% não se sente motivado pelo trabalho e 15% tem personalidades que não se adaptam à função. Em Portugal, à semelhança dos outros países europeus, as fracas soft skills são também a principal lacuna identificada entre as competências desejadas pelos empregadores e as possuídas pelos recém-licenciados.
Ter boa nota e competências técnicas fortes já não é suficiente. As soft skills são a base para relações de trabalho fortes e de cooperação. É fundamental que os colaboradores se relacionem bem entre si, que saibam comunicar bem com os clientes, consumidores ou utentes, e com todos os parceiros de negócio. Todas as profissões necessitam de pessoas que saibam resolver situações difíceis, que sejam empáticos, que compreendam diferentes
perspetivas e pontos de vista, que sejam produtivos em equipa e atuem como agentes de mudança. Os empregadores consideram que é fácil treinar as pessoas em questões técnicas e operacionais, mas que o desenvolvimento das soft skills é difícil, demora mais tempo e exige um investimento financeiro maior.
O QUE É O SKILLS JOVEM?
A plataforma Skills Jovem é um programa de formação online em soft skills que prepara os jovens para a transição para o mercado de trabalho. É uma iniciativa da APRICEM – Associação para a Promoção de Inteligência em Competências Emocionais, com o alto patrocínio do Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, apoiada pelo IEFP e pelo GRACE e com o patrocínio do McDonald’s e da BP. O Skills Jovem é gratuito e vocacionado para os estudantes do ensino superior, de escolas profissionais ou abrangidos pela Garantia Jovem, e baseia-se num MOOC (massive online open course). São seis os cursos com Certificado: Gerir-se a si próprio; Comunicar; Persuadir e Negociar; Liderar; Trabalhar em Equipa e Imagem Profissional. Para saberes mais, visita: www.apricem.com e www.skillsjovem.pt
ENGENHARIA+
3ªEDIÇÃO 2018
· Estimular a criatividade e o espírito inovador dos jovens pré-universitários · Potenciar, nos jovens estudantes do Curso Científico-Humanístico de Ciências e Tecnologias do Ensino Secundário, o interesse pelo conhecimento científico · Promover a interação entre jovens estudantes e investigadores · Estimular o aparecimento de talentos nas áreas de Engenharia, Ciências e das Tecnologias
A Direção-Geral da Educação reconhece a importância deste concurso no âmbito do desenvolvimento das ciências e tecnologias nos cursos do ensino secundário, considerando que poderá constituir um valioso contributo para promover o interesse e a aprendizagem naquelas áreas.
28 | Forum Estudante | Fev’18
/BP Segurança ao Segundo
2018
Em grande andamento! O desafio é simples: mostra a tua criatividade e faz uma mensagem de segurança rodoviária. Se a tua equipa vencer, podes contar com bilhetes para um festival de verão.
Tudo começa na tua originalidade – junta uma equipa composta por três estudantes e um professor responsável e faz um vídeo (com o máximo de um minuto) que promova uma mensagem de segurança rodoviária. O teu vídeo terá de incidir sobre as principais causas de morte nas estradas, entre os jovens: excesso de velocidade, fadiga, uso de telemóvel ao volante, álcool e drogas e não utilização do cinto de segurança.
Parceiros
Depois de um processo de votação online, poderás ser uma das equipas escolhidas para participar nas meias-finais. Nessa fase, terás de, mais uma vez, recorrer à tua criatividade e desenvolver um storyboard – uma narrativa de um anúncio publicitário que alerte para um destes mesmos fatores de risco.
Apoios Institucionais
29 | Forum Estudante | Fev’18
/BP Segurança ao Segundo
Em www.bpsegurancaaosegundo.pt terás toda a informação sobre o desafio:
como concorrer, em que datas, prémios, etc…
As cinco equipas com melhores votações são escolhidas para participar na grande final nacional do BP Segurança ao Segundo, que este ano se realiza em Viseu – a Capital Jovem da Segurança Rodoviária. Aí, terás o apoio de uma equipa profissional de audiovisual que dará vida ao storyboard: podes contar com dois dias de filmagens e edição.
Os vencedores recebem bilhetes para um festival de verão e terão o seu spot publicitário transmitido na televisão. As restantes equipas finalistas recebem gadgets como tablets e os professores responsáveis cartões de combustível da BP.
Passo a passo 1.º Fase Elaboração de vídeo (com o máximo de um minuto) de prevenção e segurança rodoviária. Processo de votação online para encontrar 24 semifinalistas.
2.ª Fase Desenvolvimento de storyboard com apoio de um Diretor Criativo. É previamente atribuído por sorteio às equipas semifinalistas um dos 5 fatores de risco para o desenvolvimento do trabalho.
3.ª Fase Grande final nacional onde as cinco equipas finalistas desenvolvem, em tempo real, os spots gravando e editando o storyboard já aprovado.
30 | Forum Estudante | Fev’18
/Capital Jovem da Segurança Rodoviária
Indo eu, indo eu…
a caminho de Viseu A Capital Jovem da Segurança Rodoviária está de volta. Em 2018, Viseu é a cidade que acolhe esta iniciativa.
VISEU
Em 2018, todos os caminhos da segurança rodoviária passam por Viseu. A Forum Estudante e a Câmara Municipal de Viseu, com o apoio da BP Portugal, do Automóvel Club de Portugal (ACP) e da Brisa vão, ao longo do ano, realizar ações que procuram sensibilizar para a importância da prevenção e segurança nas estradas.
Promotores
Um ano de ações No âmbito deste projeto, já se encontram a decorrer algumas iniciativas como o “BP Segurança ao Segundo” (ver páginas 36 e 37) – o concurso que te desafia a vestir a pele de realizador, espalhando a mensagem da segurança rodoviária. A grande final do BPSS vai realizar-se em Viseu, numa data a definir.
Apoios
EDUCAÇÃO
Em maio, realiza-se a Academia de Segurança Rodoviária: o Brisa Student Drive Camp (ver páginas 30 e 31), onde os participantes poderão participar numa semana de atividades que combinam diversão e educação. Karting e simuladores são alguns dos exemplos. Destaca-se ainda “A minha primeira aula de condução” – uma experiência
Media
31 | Forum Estudante | Fev’18
/Capital Jovem da Segurança Rodoviária
Viseu é a sexta Capital Jovem da Segurança Rodoviária, depois de Coimbra, Braga, Aveiro, Leiria e Porto.
de condução para jovens que ainda não têm carta. Esta é apenas uma de algumas ações que o ACP está a preparar. De igual forma, em 2018, Viseu acolherá um conjunto de atividades que juntam entidades como hospitais, forças de segurança, bombeiros e instituições de ensino. Destaque ainda para ações como simulacros, palestras
ou espaços com simuladores de capotamento.
Porquê uma CJSR? Os acidentes rodoviários continuam a ser a principal causa de morte nos jovens entre os 18 e os 24 anos. A taxa de mortalidade dos acidentes, nesta faixa etária, é 40% superior às restantes.
Estes e outros números evidenciam a necessidade de comunicar com os jovens, tentando alterar as mentalidades e as atitudes, criando, o mais cedo possível, uma cultura de responsabilidade na estrada. Esta é, de resto, uma mudança que pode ter consequências em outras faixas etárias – os jovens poderão dar o exemplo no seu seio familiar e aí fazer, como ninguém, a diferença.
32 | Forum Estudante | Fev’18
/Fama
“A Monstra é um festival para gente jovem, de coração aberto” A 18.ª edição da Monstra realiza-se entre os dias 8 e 18 de março, com este festival de cinema de animação a trazer a Lisboa mais de 600 filmes. O diretor artístico do festival, Fernando Galrito, explicou à Forum Estudante a ligação da Monstra com os jovens, realçando ainda o papel do cinema de animação enquanto arte com um perfil diferenciador: “[o cinema de animação] faz com que eu, enquanto espectador, associe o que vejo a algo que está dentro de mim.”
A Monstra tem tudo a ver com os jovens e com os estudantes. À partida, são pessoas abertas à novidade e que gostam de experimentar. E o cinema – muito especialmente o cinema de animação – tem essas características. No cinema de animação, posso fazer um filme com tudo, porque tudo é possível de animar. E esse lado de experimentar, de olhar o mundo de uma forma diferente, enquadrase perfeitamente no público jovem. Depois, num mundo cada vez mais globalizado, encontramos pessoas que vêm de culturas diferentes. O cinema de animação também é isso. O Festival Monstra tem 93 países presentes no festival, com toda a cultura, dinâmica e estética ligada a cada um deles. Por tudo
isto, diria que a Monstra é um festival para gente jovem, de coração aberto.
Numa entrevista recente falou em “ver o cinema de animação de forma diferente”. Qual é essa diferença? Uma das grandes diferenças é que, no cinema de animação, os grandes atores e atrizes são as marionetas, os objetos, as linhas e as cores que se movem sobre o ecrã. Esse lado diferenciador – de não existir uma presença física – faz com que eu, enquanto espectador, associe o que vejo a algo que está dentro de
“Um dos objetivos principais do festival é mostrar outros olhares (…) Quanto mais conhecemos os outros, menos medo temos deles, mais queremos saber sobre eles” mim. O cinema de animação é como a poesia: está cheio de metáforas.
Pensa que essa ligação ao mundo imaginado é uma das razões pela qual o cinema de animação é conotado com o público infantil? E sente que essa perceção tem mudado? Penso que os festivais – a começar pela Monstra (risos) – tem ajudado a desconstruir a imagem de o cinema de animação é só para crianças. É verdade que a maioria dos filmes de animação que vemos no cinema ou nas televisões são dirigidos a um público familiar ou essencialmente infantil. Na Monstra,
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A Monstra é um festival de cinema que tem afinidades com o público jovem?
33 | Forum Estudante | Fev’18
/Fama
tentamos mostrar os dois lados: existe uma programação mais infantil – a que chamamos Monstrinha – mas isso é apenas 25% do total. Temos interesse em que se mostre que o cinema de animação é uma arte que, como todas as artes, pode ser vista por todos e que tem um pendor estético, social e transformador muito forte, também junto do público mais adulto.
Nesse sentido, o cinema de animação – e a Monstra, em particular – são também uma forma de partilhar histórias e ambientes que, habitualmente, nos estão mais distantes?
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Um dos objetivos principais do festival é mostrar outros olhares, tanto a nível narrativo como no que toca às técnicas utilizadas. O mercado está mais preenchido pelas tecnologias digitais – e nós não as recusamos. Mas queremos mostrar uma grande diversidade, não só do ponto de vista das origens culturais mas também das suas técnicas (recortes, marionetas, objetos, digitais, etc…). Não temos nada contra a Pixar, a Disney ou a Dreamworks. Queremos é mostrar que existem muito mais coisas no mundo inteiro.
Sente que esse conhecimento do que é distante é, cada vez mais, essencial? O mundo seria muito mais próximo e menos guerrilheiro se nos conhecêssemos uns aos outros. Na nossa programação, temos filmes do Irão, do Iraque, da China, das duas Coreias... Para mostrar às pessoas que qualquer uma destas pessoas que criou aquele filme tem
“O cinema de animação é como a poesia: está cheio de metáforas” uma sensibilidade tão grande como qualquer um de nós. Esse é um dos lados do festival que nos interessa muito salvaguardar. Quanto mais conhecemos os outros, menos medo temos deles, mais queremos saber sobre eles.
Quanto à programação para 2018 da Monstra, o que é que pode revelar? Este ano, temos um festival que vai em muitas direções. Temos filmes de
grande público, por exemplo, como a antestreia de um filme que poderá ser um dos grandes sucessos de bilheteira de 2018 – o “Early Man”, de Nick Park [criador da série “Wallace and Gromit” e co-autor da Ovelha Choné]. Também teremos uma secção de históricos, centrados no tema “Fuga para a Liberdade” e outras categorias como “Terror Anime” ou a “Monstra XXX”. Isto para além das secções de competição de estudantes e de curtas e longas metragens. Sei que há muitos jovens que gostam também de animação do Japão e posso dizer que teremos uma grande retrospetiva japonesa, com 10 filmes programados.
Qual é o númerwo total de filmes que será exibido? Vamos apresentar mais de 600 filmes, no total, o que mostra que este é um festival com uma programação vasta. Para além destes, há ainda todas as obras que são feitas em realidade aumentada ou virtual e que não são contabilizadas para este número total. Mas que fazem parte destes outros olhares que o cinema de animação tem.
34 | Forum Estudante | Fev’18
/Redescobrir a Terra
www.redescobriraterra.forum.pt
A minha árvore
PLANTAR UMA ÁRVORE, NO DIA DA ÁRVORE
35 | Forum Estudante | Fev’18
/Redescobrir a Terra
No dia 21 de março, milhares de árvores serão plantadas nos recintos de escolas de todos os distritos de Portugal continental. A Forum Estudante vai oferecer árvores às escolas que quiserem participar. O Dia Mundial da Árvore ou da Floresta nasceu no Nebraska, nos Estados Unidos da América, durante o século XIX. Desde então, é habitual que, neste dia, se faça a plantação de árvores um pouco por todo o Mundo. Conforme explica a Fundação Arbor Day, a árvore “surge ao longo da História e da Literatura, como símbolo de vida”. Desde 1872, ano do primeiro
a Terra. Em 2017, um total de 1000 árvores (500 sobreiros e 500 pinheiros mansos) foram oferecidas pela Forum Estudante às escolas nacionais. Para este ano, espera-se que o número seja aumentado. Na maioria das escolas, a plantação é levada a cabo pelos próprios alunos. De acordo com os objetivos da ação, pretende-se “sensibilizar e capacitar os
Em 2017, um total de 1000 árvores (500 sobreiros e 500 pinheiros mansos) foram oferecidas pela Forum Estudante às escolas nacionais Dia da Árvore, acrescentam, esta ideia espalhou-se: em 1920, 45 estados já celebravam a data e, atualmente, todo o país adotou a celebração. Na Islândia, por exemplo, há mesmo um Dia da Florestação para Estudantes. Inspirada no simbolismo desta celebração, a Forum Estudante lançou a iniciativa “Dia da Árvore nas Escolas”. Esta será a segunda edição, realizada no âmbito do programa Redescobrir
Agricultura na Escola Dia Nacional
Dia Nacional da Agricultura nas Escolas está de volta
jovens portugueses para a importância estratégica da agricultura, do mundo rural e do desenvolvimento sustentável para Portugal”. Esta iniciativa conta com o apoio da Direção Geral da Educação, das Câmaras Municipais e Associações Agrícolas e das Instituições de Ensino locais. As escolas interessadas em participar deverão enviar um email para redescobriraterra@forum.pt.
Depois da edição de 2017, já há data para uma nova edição: será no dia 16 de maio, Dia Nacional da Agricultura, que a Agricultura será celebrada pelas escolas de ensino básico e secundário. No ano passado, o tema foi a Dieta Mediterrânica, com a adesão de 214 instituições de ensino. Este ano, a temática escolhida é a água, com ações de divulgação e promoção da agricultura, a serem realizadas nas escolas nacionais. O objetivo do programa é “sensibilizar os jovens portugueses para a importância estratégica da Agricultura no desenvolvimento sustentável do país”, avança a organização.
uma iniciativa
C o fi n a n c i a d o p o r :
parceiros
Escola Profissional Agrícola
Afonso Duarte
36 | Forum Estudante | Fev’18
/Justiça para Tod@s
Quando os estudantes fazem justiça Por todo o país, o programa Justiça para Tod@s coloca alunos entre os 12 e os 25 anos a vestir a pele dos intervenientes do sistema judicial. A FORUM foi ao Campus da Justiça, em Lisboa, acompanhar uma das simulações.
No interior da sala das testemunhas, no Edifício B do Campus da Justiça, os alunos do 8.º ano da Escola Básica Quinta de Marrocos, vão revendo os últimos detalhes dos respetivos depoimentos. Sentados lado a lado, o “pai” do arguido confessa ao “psicólogo”: “o meu filho nunca me conta nada”. A sessão inseriu-se na segunda edição do programa Justiça para Tod@s – um projeto da Forum Estudante e do Instituto Padre António Vieira que, nesta segunda edição, permite a cerca de 3700 alunos conhecer de perto o sistema judicial, em mais de 250
simulações de julgamento. Ainda antes do início do julgamento, o estudante Rodrigo Ferreira, “advogado do arguido” confessava à FORUM a sua estratégia: “vamos entregar um alibi e tentar descredibilizar os depoimentos das testemunhas da acusação”. Do outro lado da sala, à direita da juíza, senta-se Stephan Neto – o aluno que desempenha o papel de advogado da vítima. “Vou tentar fazer perguntas que mostrem que o arguido é culpado”, explica, garantindo que se sente preparado: “é só fazer as perguntas certas”. Esta experiência poderá vir a ser muito útil no futuro, acrescenta
o estudante, uma vez que o tornará “melhor preparado para entender histórias ou notícias que veja [sobre casos de justiça]”.
Próximos da justiça Antes da simulação, a turma da EB Quinta de Marrocos que se deslocou no dia 29 de janeiro ao Campus da Justiça, já tinha feito um trabalho de preparação, com um grupo de advogados que ajudou a preparar os casos. A atividade inseriuse na disciplina de “Cidadania e Desenvolvimento”. Para a professora Carla Martins,
Casos
Bullying
Violência no namoro
Linguagem de ódio / intolerância
Homicídio - violência extremista
Furto
Asilo e refugiados
Nacionalidade
Liberdade religiosa no contexto laboral
Redes sociais Racismo e xenofobia
Tráfico de seres humanos
Roubo
37 | Forum Estudante | Fev’18
/Justiça para Tod@s
este contacto direto, tanto com os advogados como com o tribunal e com a juíza que liderou a simulação, aumenta o interesse e motivação dos alunos. “É uma situação com algum grau de realismo”, reforça, garantindo que os alunos demonstraram “um grande entusiasmo”. A mesma ideia é defendida pela professora Susana Amora: “o contacto com a juíza e a deslocação ao sítio onde ‘tudo se passa’ oferecem uma visão mais completa e realista da justiça”. “Não teria o mesmo impacto se fizéssemos esta simulação na Escola”, reforça.
Outros dos pontos destacados pelas professoras são os temas. A turma da EB Quinta de Marrocos preparou duas simulações de julgamentos ligados aos temas de violência no namoro e tráfico de seres humanos. Para além de serem temas desenvolvidos nas aulas de Cidadania e Desenvolvimento, estes são também “do quotidiano, servindo de alerta para situações futuras”, nomeadamente no caso da violência do namoro. A visão da justiça é muitas vezes, sublinha Carla Martins, uma relação abstrata. Nestas simulações, explica,
é corporizada essa relação com a justiça, encurtando a distância e desconstruindo eventuais visões negativas. Por outro lado, acrescenta, “poderá também fazer com que seja mais fácil recorrer à justiça no futuro e também despertar o interesse profissional pela área”. Ainda que o envolvimento neste projeto seja “muito trabalhoso”, envolvendo inclusive uma formação online para professores, o resultado é “gratificante”, ressalva Carla Martins. “Se os cidadãos estiverem mais próximos da justiça, isso fará com que ela seja mais justa”, concluiu.
Números Justiça para Tod@s
+ 250
+ 3700
simulações Promotores
alunos
Apoio institucional
Parceiros
REPÚBLICA PORTUGUESA
52
tribunais
38 | Forum Estudante | Fev’18
Menos é Mais A tua equação de energia
7 ideias LUMINOSAS para poupar energias A iluminação artificial representa cerca de 13,6% da eletricidade que consumimos em casa. Conhece algumas dicas para poupar energia com a iluminação.
1
Privilegia a iluminação natural
Sempre que possível, abre os estores e remove os obstáculos que interfiram com e entrada da luz. Deixa o sol iluminar a tua casa ou a tua sala de aula. A conta da eletricidade baixa e o teu espaço ganha uma nova cor.
2
Amplifica a luz no interior
Utiliza cores claras (preferencialmente branco) nos tetos e paredes pois são estas cores que melhor refletem a luz dando um melhor conforto visual aos espaços a iluminar.
3
Usa apenas os níveis de iluminação necessários
Desliga a iluminação dos espaços que não estão ocupados, e quando tens mais do que um interruptor para ligar a luz, liga apenas os estritamente necessários.
4
6
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7
Escolhe soluções adequadas aos espaços
Tem em consideração o local onde vais instalar a iluminação (exemplo: espaço de lazer, trabalho/estudo, corredor) e, tendo em atenção as tuas necessidades: avalia se a conjugação entre o ponto de luz (lâmpada) e a luminária (estrutura onde o ponto de luz é incorporado) vai ao encontro do teu conforto visual e não provocam encandeamento.
Prefere os equipamentos com melhor classe energética Para uma compra mais eficiente, deves observar a etiqueta e optar pelos equipamentos de iluminação que apresentar uma melhor classe energética. Na embalagem encontras ainda o tempo de vida da lâmpada. Já agora, sabes ler uma etiqueta energética? Se não sabes consulta o Manual da Etiqueta Energética no site da ADENE (www.adene.pt)!
Recorre a dispositivos de gestão e controlo da iluminação
Nos espaços em que a necessidade de iluminação é pontual, mas essencial por questões se segurança, podes recorrer ao uso de dispositivos de controlo para evitar consumo desnecessário. Podes optar por comandos por relógio, com horários ajustados, ou por célula fotoelétrica ou ainda a sensores de movimento/presença.
Regula a luz para níveis que necessites
Há sistemas de iluminação que permitem a regulação do fluxo luminoso da luminária por parte do utilizador (estes sistemas podem ser integrados com as lâmpadas LED). Esta tecnologia permite ajustar a luz para níveis de iluminação pretendidos, reduzindo assim os consumos de energia.
39 | Forum Estudante | Fev’18
Menos é Mais A tua equação de energia
Conheces o que te ilumina? Para que consigas uma maior poupança de energia, é importante que conheças o equipamento que te ilumina. Conhece as diferenças entre os vários tipos de lâmpadas.
Incandescentes
Devido ao seu elevado consumo de energia elétrica (baixa eficiência energética), estas lâmpadas foram descontinuadas em 2012, ou seja, já não se podem vender. Este tipo de lâmpadas tem em média um tempo de vida útil de 1.000 horas.
Halogéneo
Podes encontrá-las em corredores, halls ou como iluminação decorativa. Embora tenham um consumo inferior às Lâmpadas Incandescentes, têm um consumo elevado face às tecnologias mais recentes, pelo que têm vindo a ser descontinuadas desde setembro de 2016. Este tipo de tecnologia também tem uma eficiência reduzida porque emite muito calor.
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Fluorescentes Tubulares
São as mais utilizadas hoje em dia, podendo ser encontradas em openspaces, centros comerciais, garagens, halls de grandes edifícios, salas de aulas, corredores, cantinas, etc. Estas lâmpadas são caraterizadas por terem um reduzido consumo de energia (cerca de menos 70 a 80% do que as Lâmpadas Incandescentes) e por possuírem um tempo de vida de cerca de 8 a 10 vezes superior.
Fluorescentes Compactas
LED
São vulgarmente denominadas por lâmpadas economizadoras por terem um consumo muito reduzido face às de incandescência, da ordem de 70 a 80%. Estas lâmpadas têm a particularidade de, após acionado o comando, demorarem alguns segundos até atingirem a sua luminosidade máxima.
São neste momento as fontes de luz que consomem menos energia, podendo ser encontradas nos mais diversos locais e feitios. Os seus consumos são cerca de 90% inferiores às lâmpadas incandescentes e podem durar até 50.000 horas. A iluminação LED também tem uma aplicação muito eficaz na iluminação exterior, em particular nas vias públicas.
Medida financiada no âmbito do Plano de Promoção da Eficiência no Consumo de energia elétrica, aprovado pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos.
40 | Forum Estudante | Fev’18
/Tourism Academy
Turismo de Ar Livre
Aprender em contacto
com a natureza
Foram criados há pouco tempo mas contam já com uma taxa de empregabilidade de 100%. Fica a saber mais sobre os cursos de Turismo de Ar Livre das Escolas do Turismo de Portugal. Os números são claros. Segundo um estudo de inserção profissional de 2016, os Cursos de Turismo de Ar Livre das Escolas do Turismo de Portugal apresentam uma taxa de empregabilidade de 100%. Em parte, a explicação para este número está no facto destes Cursos de Especialização Tecnológica (nível 5) serem uma oferta recente, ao terem sido criados em função das
necessidades de contratação dos empregadores. De resto, conforme explicou à agência Lusa o Presidente do Turismo de Portugal, Luís Araújo, estes cursos são, a par dos também novos cursos de turismo cultural e de património, uma das principais apostas para o futuro do sector. “São vertentes a que queremos dar a tónica”, reforçou. De acordo com o seu referencial de
formação, o Curso de Especialização Tecnológica em Turismo de Ar Livre visa preparar técnicos qualificados para “conceber, planear, organizar e acompanhar programas de atividades de ar livre”.
Estudar… Ao ar livre Mas de que forma é que estas competências são adquiridas? Um dos focos destes cursos está na sua carga
Principais atividades de um Técnico de Turismo de Ar Livre Conceber, planear e organizar programas de animação turística de ar livre. Estes programas podem ser realizados em meio natural ou em instalações equipadas para o efeito.
Acompanhar e dinamizar programas de animação turística de ar livre, garantindo o enquadramento técnico e turístico, a gestão do grupo e o cumprimento das regras de segurança e das boas práticas da atividade.
Promover a participação responsável dos participantes, no respeito pelos recursos naturais, socioculturais e patrimoniais das comunidades.
Avaliar as atividades de turismo de ar livre realizadas.
Assegurar a gestão e manutenção das instalações e equipamentos necessários às atividades da empresa pelos quais seja responsável.
41 | Forum Estudante | Fev’18
/Tourism Academy
Inscreve-te já em www.tourismacademy.forum.pt escolas “Escolher este
com o apoio
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Conhece as tuas opções Durante a primeira edição da Tourism Academy, poderás contactar com o mundo do Turismo de Ar Livre, realizando atividades e compreendendo o papel de um técnico especializado. Esta é uma iniciativa da Forum Estudante, com o apoio do Turismo de Portugal, I. P. As atividades desta academia incluemse em outras áreas como Gastronomia, Hotelaria ou Turismo Cultural e de
Património. O objetivo é que divirtas e que, simultaneamente, possas ficar a compreender o trabalho realizado pelos profissionais do setor do Turismo que asseguram essa mesma diversão. Esta primeira edição da Tourism Academy vai realizar-se na Escola de Hotelaria e Turismo do Douro, em Lamego, de 2 a 7 de julho. Inscreve-te já em www.forum. pt/semanasforum
essa razão, prevê o “reconhecimento de competências adquiridas”, de forma a que possa existir um “aprofundamento e conclusão de um ciclo de estudos superior”, destaca o Turismo de Portugal, no seu site.
curso foi uma decisão fácil”
Carlos Cruz, aluno do Curso de Turismo de Ar Livre (Escola de Turismo de Setúbal)
“Encontrei o curso nas redes sociais e, pelo nome, percebi que faria todo o sentido – vi aqui uma oportunidade de trabalhar ao ar livre, algo que, desde criança, sempre gostei. Escolher este curso foi uma decisão fácil e estou satisfeito com a escolha que fiz. Para quem gosta de sentir a liberdade no seio da natureza, este é o curso indicado. Temos uma grande parte prática, com muitas atividades no terreno e em diversos ambientes – da escalada à canoagem, passando pelo BTT ou pelas caminhadas. Recomendaria este curso, sem dúvida. Também porque esta é uma área em crescimento, onde irão surgir muitos postos de trabalho”.
E o acesso?
prática. Por essa razão, os estudantes podem contar com uma bolsa de opções técnicas que prevê 100 horas de formação em diferentes áreas: canoagem, manobras com cordas, escalada ou paintball são algumas das opções. A componente prática destes cursos fica também demonstrada no currículo “fixo” da formação, com aulas de “Jogos em Turismo de Ar Livre”, “Passeios e Atividades em Bicicleta” ou “Caminhadas e Outras Atividades Pedestres”. Neste ponto, destaca-se também o estágio curricular inserido no curso (de 465 horas). Sendo esta uma oferta formativa de “pós-secundário” – de nível 5 do Quadro Nacional de Qualificações (QNQ) [ver caixa] – tem ainda uma preocupação com o prosseguimento dos estudos no ensino superior. Por
Sendo uma área de características especiais, o processo de seleção dos candidatos a entrar no curso tem contornos específicos. Desde logo, requer a prestação de provas físicas que avaliam a resistência (teste do vaivem), a força (abdominal e membros superiores) e agilidade (teste de Illinois). Depois, há provas específicas a cumprir que envolvem uma vertente mais técnica. Há provas de natação e adaptação ao meio aquático, de atividades em bicicleta e de canoagem. Enquanto Cursos de Especialização Tecnológica, esta oferta formativa destina-se a titulares de um curso de ensino secundário (ou equivalente) ou que apenas tenham disciplinas do 12.º por concluir. Estão ainda habilitados a entrar no curso os titulares de uma qualificação do nível IV (como um curso profissional) ou de diplomas de especialização tecnológica ou de diploma de ensino superior.
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42 | Forum Estudante | Fev’18
/Cinema
O Carnaval são dois dias (
As contas são simples: 48 horas a dividir por uma média de 120 minutos por película.
A Linha Fantasma
A Forma da Água
Os críticos têm descrito “A Forma da Água” (The Shape of Water) como uma “história de amor incomum”. Elisa (Sally Hawkins) trabalha num laboratório que mantém em cativeiro uma criatura aquática que é em parte homem e em parte anfíbio. A narrativa une estas duas personagens, levandoas a procurar a liberdade. Recordista de nomeações para os Oscares (13), A Forma da Água Inspira-se em clássicos como “A Criatura da Lagoa Negra”. O realizador Guillermo del Toro conseguiu fazer um filme, garante a revista The Atlantic, onde os protagonistas possuem uma “humanidade profundamente irresistível – independentemente da espécie”.
Realizador: Guillermo del Toro Estreia: 1 fevereiro
Independentemente do que se venha a dizer ou escrever, “A Linha Fantasma” deverá ficar para a História como o último filme de Daniel Day-Lewis. O ator britânico, vencedor de três Óscares de melhor ator principal, anunciou, no verão passado, que deixaria de representar. A sua última performance, como habitualmente, de resto, tem sido alvo de rasgados elogios – um designer de moda de meia idade que encontra a sua musa num café de uma pequena cidade. O resultado final, escreve a revista The New Yorker, é uma “uma furiosa fusão da arte e do amor”.
Bilal: A Lenda
Três anos depois, esta película de animação oriunda da Arábia Saudita, chegará agora às telas nacionais. O filme agrega as histórias de vários heróis da Península Arábica, nomeadamente a de Bilal ibn Rabah – um escravo conhecido pela beleza da sua voz que se torna companheiro de Maomé. A revista Variety elogia o filme como “uma obra de arte de topo com uma história que prega os aspetos inclusivos e não-discriminatórios da fé muçulmana”. A mensagem, acrescenta a Hollywood Reporter, “é contra a violência e a vingança, promovedo a igualdade racial e social”.
Realização: Paul Thomas Anderson Estreia: 1 fevereiro
Realização: Khurram H. Alavi (esq.) e Ayman Jamal (dir.) Estreia: 8 fevereiro
43 | Forum Estudante | Fev’18
/Cinema
s (ou 24 filmes)
Há tempo e razões para ir ao cinema em fevereiro. Fica a conhecer algumas delas.
Beuys
The Florida Project
Joseph Beuys (1921 – 1986) não era um artista fácil de compreender. O alemão era conhecido pelas suas performances e instalações desafiantes – como, por exemplo, ficar fechado com um coiote, durante três dias, numa sala. O documentário de Andres Veiel pretende, explica o New York Times, “enfatizar a consciência social da sua arte”, contextualizando as obras. Para tal, recorre a imagens de arquivo e entrevistas.
A protagonista de The Florida Project tem apenas seis anos de idade, com a história a passar-se nas suas férias de verão. As aventuras imaginativas de Moonee e do seu grupo de amigos, neste período, contrastam com as dificuldades vividas pelos adultos. O jovem realizador, Sean Baker, já tinha criado impacto com o seu filme Tangerine (2015) – filmado exclusivamente com um iphone 5S. Agora, conta o The Guardian, “criou uma história que é absolutamente absorvente”, demonstrando “o dom de conseguir ver as coisas da perspetiva de uma criança”.
A Morte de Estaline
Armando Iannucci habituou-nos a sátiras políticas. A mais recente criação do britânico passa do Reino Unido (The Thick of It) e dos Estados Unidos da América (Veep) para a Rússia. Especificamente, para 1953, no período que sucede, como indica o título, à morte de Estaline. O filme retrata a luta pelo poder entre algumas das principais figuras na sucessão, baseando-se na banda desenhada de Fabien Nury e Thierry Robin e fazendo uma “adaptação vagamente baseada em factos reais”. O resultado final, conta o New York Post, é uma “deliciosa comédia negra”.
Realização: Andres Veiel Estreia: 8 fevereiro
Realização: Armando Iannucci Estreia: 15 fevereiro
Realização: Sean Baker Estreia: 15 fevereiro
44 | Forum Estudante | Fev’18
/Tech [publirreportagem]
Cores ilimitadas para jogar sem fim
A Razer foi a primeira empresa a introduzir no mercado a tecnologia “chroma” – a possibilidade de iluminação personalizada RGB nos periféricos. Mais do que uma opção “multicolor”, destaca a marca, esta é a forma de “levar o nosso estilo pessoal até ao próximo nível”. Quando olhamos as definições de um teclado ou de um rato, podemos não estar à espera de encontrar opções como “fogo” ou “onda”. Contudo, essa é a realidade dos periféricos Razer: é possível, por exemplo, que a cada toque numa tecla, milhões de cores se espalhem pelas restantes, numa onda de luz. A tecnologia foi criada pela Razer e tornou-se uma imagem de marca dos seus produtos. Atualmente, o “chroma” está incorporado nos mais variados dispositivos: teclados, comandos, ratos, portáteis ou headphones são apenas alguns exemplos, sendo possível fazer a
configuração integrada entre eles. Uma das possibilidades mais apreciadas pelos gamers é a de personalização. Em várias plataformas, podemos encontrar utilizadores que partilham os seus padrões de iluminação específicos. Para tal, a tecnologia inclui ferramentas de edição e ainda packs oficiais de iluminação, para jogos como Overwatch, The Elder Scrolls ou Call of Duty, por exemplo. Desde a sua criação, em 2014, a tecnologia tem vindo a evoluir, no sentido de, como explica o CEO da Razer, Min-Liang Tan, “oferecer aos gamers uma experiência mais imersiva”. Em 2016, foi revelado
o “Project Ariana” – a tecnologia que integra os padrões de luz com projeção de vídeo e que permite, por exemplo, projetar o ecrã de jogo integralmente numa parede. Mais recentemente, numa parceria com a Phillips, foi apresentado o projeto “HUE”, através do qual é possível conectar todas as fontes de luz de uma divisão ao videojogo que está em execução. Para o futuro, são esperadas novas formas de ligar gamers e jogos. Como recorda o CEO da Razer, “o que começou como uma ideia, materializou-se na maior plataforma do mundo para jogos imersivos”.
CHROMA TIMELINE
2014
2015
2016
2017
A Razer é a primeira empresa a criar e implementar a tecnologia Chroma
Estúdios produtores de jogos passam a integrar a tecnologia Chroma nos seus jogos
Criação do Projeto Ariana, uma tecnologia que une iluminação multicolor e projeção de vídeo para “mudar a forma de jogar”
Razer desenvolve uma forma de customizar e integrar a iluminação de todo o quarto ou divisão.
Criação
Integração
Ariana
Philips HUE Em parceria com a Phillips, a
46 | Forum Estudante | Fev’18
Tu que estás chateado e de mau humor e procuras uma luz que acenda o teu sorriso, uma gargalhada que te encha a alma... Aprecia! Ah, e não te esqueças, se tiveres uma boa piada ou foto, envia-nos para geral@forum.pt
/SóRir
Mesmo. Pelo menos até o emprestares...
O amor está no ar! Pois, é sempre assim. Chega a esta altura do ano e fica tudo apaixonado. Mas calma, antes de declarares permanentemente o teu amor ou qualquer outra coisa que te apeteça, certifica-te de duas coisas. Primeiro que é mesmo para sempre e segundo que... não tem erros de ortografia. Deixamos-te aqui alguns exemplos em como, se não seguires estes conselhos, podes acabar muito mal, tipo com um milhão de visualizações!
Fizeste-o, “accecpt” it! LOOOOL
Que “ainjo” tão lindo C’mon, Michael...
Calma, rapaz. Até à mão há muito braço.
:D just started
A sério? Nem a citação nem o nome? De onde copiaste??? A sério, desiste!
Take care of “you’re” body! Lambi - Lagosta + Bambi
Juras? Nem mesmo depois de perceberes o erro?
A tua mãe acha que devias ter continuado a estudar...
wtf?
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TopMBA.com/FE
48 | Forum Estudante | Fev’18
/HorosCópos
PORQUE VAIS COMPRAR PRENDAS QUE CUSTAM MENOS DE 3 EUROS O amor conquista tudo ou, em inglês, louve concuerszal. Só não vos consegue convencer a gastar mais do que umas moedas numa prenda para os vossos interesses amorosos. De qualquer forma, há perturbações nos ascendentes que indiciam possíveis problemas, hipoteticamente falando. É melhor leres para acreditar. Peixes (20/02 - 20/03) Os nativos e nativas de Peixes amadureceram emocionalmente. Depois de anos a beijar os posters da Selena Gomez e do Justin Bieber, finalmente fizeram-se homenzinhos e mulherzinhas e passaram a segui-los no Instagram.
Carneiro (21/03 - 20/04) O Ministério dos Cupidos é um sítio curioso. As janelas são em forma de coração e as chaminés cospem rosas para o ar. Foi lá que encontrei o Amoroso Paixão, um dos CupidosChefes responsáveis pelo Departamento Amoroso dos Carneiros (DAC) que me disse, algo alarmado: parece que vai haver greve. Temos pena.
Touro (21/04 - 20/05) Um dos cupidos mais temidos do Mundo, contou-me o Amoroso Paixão, é o cupido-chefe dos Touros – Eztudo Pramim. “Uma vez, acertou duas flechadas a sete quilómetros de distância”, assegurou-me. Deve ser por isso que as cartas me dizem que os nativos de Touro vão andar mais doces que mel com açucar, com raspas de chocolate e geleia caramelizada.
Gémeos (21/05 a 20/06) Os nativos de Gémeos são os mais azarados do mês. O chefe dos cupidos do seu signo meteu baixa (artrose nos dedos) e entrou ao serviço um
substituto – Sótenh’Olhos Prati – que tem uma soma combinada, entre os dois olhos, de 357 mil, quatrocentas e noventa e duas vírgula três ponto zero quatro dioptrias.
Caranguejo (21/06 a 20/07)
Aquário (21/01 - 19/02) No dia 14 de fevereiro vais receber um ramo de flores. Consigo ver tudo na minha bola de cristal. Vejo um cartão lindo, lindíssimo, lindérrimo, escrito numa letra elegante: “podes entregar isto, por favor? Obrigado”.
vão perceber os seguintes versos de Charles Bukowski: “o amor parte-me os ossos / e eu rio-me”. Ouch. Tem cuidado a descer as escadas, ainda assim.
Escorpião (23/10 a 21/11)
Os teus truques de conquistador(a) costumam resultar mas este ano foste um pouco longe demais. Colocar um anúncio no jornal demonstra profundo desespero. Ainda por cima, com erros ortográficos. “Carangueijo senssual e intelijente procura companhia”. Valha-me São Valentim.
Depois de 12 meses a chorar as desilusões amorosas do passado, os Escorpiões estão prontos para um novo começo, virar a sua vida do avesso, olhar em frente, ganhar força, inspirar fundo e agarrar o dia 15 de fevereiro de frente. E, passado 10 minutos, chorar agarrados à almofada. #sad
Leão (21/07 a 22/08)
Sagitário (22/11 a 21/12)
Lancei os dados 47 vezes, baralhei as cartas em 98 ocasiões, consultei três ascendentes, medi a distância da Terra à Lua, medi a distância da Lua à Terra (é, curiosamente, a mesma), e não consegui encontrar alguém para acompanhar o Leão. Desculpem. Sinto que falhei.
Os nativos de Sagitário pensam que são cupidos e armadilharam a escola com colunas portáteis espalhadas pelos vários sítios. Agora, graças a estes espertinhos, há Frank Sinatra a passar na cantina, Sam Cooke anima os corredores e, sobretudo, há Marvin Gaye atrás do pavilhão.
Virgem (23/08 a 22/09) Os nativos de Virgem precisam de encontrar a resposta a esta pergunta. “Quantos corações cabem num coração?”. Apenas aí estarão preparados para amar. A resposta, como devem calcular é: “depende do tamanho dos corações”.
Balança (23/09 a 22/10) Os amigos e amigas de Balança vão andar tão apaixonados este mês que
Capricórnio (22/12 a 19/01) Os nativos de Capricórnio não se conseguem decidir: num momento, dizem “estou tão bem sem ninguém”. No seguinte, estão loucamente apaixonados. Os amigos e amigas já nem ligam, pensam “vai-se magoar outra vez” mas, bem lá no fundo, alimentam a secreta esperança de que tudo corra bem. Vamos torcer para que sim :)
signo do mês
FEVEREIRO É BUÉ <3
Academia da Energia
Tourism Academy
Politécnico LX
Brisa Student Drive Camp
Leiria-In
I Love We
That’s All Digital
Portugal Social on The Road
Tanto Mar
SportsWeek
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ACADEMIAS DE VERÃO FORUM ESTUDANTE
AS MELHORES SEMANAS DA TUA VIDA #VERÃOSEMLIMITES
Escolhe a tua.