OutubrO 2015 - EDIÇÃO 17
EVENTO
The d3vil is in the details Um evento carregado de sentimento e emoções GC6
Um passeio pelo Pé de Cabril, numa cache totalmente natura e cheia de desafios E AINDA...
– Aldeias Históricas – Geochurrascada – Ponto Zero – Leiriacoinfest 2015 – Além Fronteiras
SUp3rFM 10 anos de geocaching, muitas caches revistas e muitas histórias para contar pelo antigo Revisor! Tudo aqui, na Geomag!
GeoFOTO Setembro 2015 Vencedor - rjpcordeiro
Índice Editorial................................................................. 04 Aldeias históricas - Castro Laboreiro....... 06 Cruzilhadas.......................................................... 14 Urbex - Túnel del Panico................................. 20
Nota sobre Acordo Ortográfico: Foi deixado ao critério dos autores dos textos a escolha de escrever de acordo (ou não) com o AO90.
Frente a Frente.................................................. 28 The D3vil Is In The Details.............................. 36
Créditos
International Geocaching Day...................... 44
Annie Love
Mandamentos..................................................... 48
António Cruz
Entrevista de Carreira..................................... 50 Waymarking - Time Capsule.......................... 64 GC6 - Pé de Cabril............................................. 66 GeoChurrascada 2015...................................... 74 Leiriacoinfest 2015........................................... 80 Além Fronteiras - América do Sul............... 86 Cerimónia Prémios GPS 2014....................... 98 À Descoberta de - Olhos de Água............... 102 A a Z - Hugo Pita................................................ 108 Ponto Zero - Apagar Registos Online....... 112 From Geocaching HQ with Love.................. 114 Conferência Finlândia - Açores................... 118
Bruno Gomes Carlos M. Silva Cláudio Cortez Filipe Nobre Filipe Sena Flora Cardoso Geocaching Leiria Gustavo Vidal Hugo Pita Hugo Silva Idílio Ludovino José Sampaio Julio Gomes Luís Machado Marisa Machado Miguel Alexandre Salgado Nuno Xavier Pedro Almeida Pedro Salazar Rui Duarte Sónia Fernandes Tiago Veloso Vitor Sergio Com o apoio :
EDITORIAL
por Rui Duarte Crónica de uma morte anunciada? Temos vindo a assistir nos últimos anos ao cada vez mais evidente desinteresse para com aquela que me parecia a mais interessante iniciativa nacional relacionada com o geocaching, a criação da “Portuguese Geocoin” anual. Não “ando nisto” há assim tanto tempo e o tema nem me é particularmente querido… compro, regra geral, as minhas geocoins quando alguém pretende dividir um lote ou quando faltam algumas para fazer o número necessário para as encomendas. O meu interesse esgotase por aqui (ou perto) mas não deixo de ser da opinião de que é coisa que não deveríamos deixar cair! 4
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Acho bastante interessante que a “organização” vá alternando entre os dois principais fóruns de geocaching nacionais mas o certo é que a vontade da realização de peças verdadeiramente interessantes e representativas, quer do país, quer do panorama geocachiano actual, tem sido, no mínimo, fraca (este ano então…). Confesso que até me sinto surpreendido por ter visto sair cá para fora peças tão bonitas nestes últimos dois anos! Só que este ano está pior que nunca… pouquíssimo interesse, pouquíssimas propostas, pouquíssima participação… pouquíssimo tudo. Ainda nem sequer me parece estar totalmente colocada de parte a não existência da GC Portugal 2015. Vejo com apreensão o esforço do Filipe Sena
(parece-vos familiar o nome?! ahahah) em conseguir uma proposta credível e ao nível dos anos anteriores mas, 2015 aproximase a passos largos do seu fim e, espero estar muito errado, o fim da GC Portugal avizinha-se também.
des fâs desta vertente do hobbie, tivessem prazer em possuir tal coisa na sua coleção (ou na gaveta das tralhas).
Faço votos sinceros para que se consiga avançar com o projecto e que estas primeiras fases sejam esquecidas com a posterior colocação em É, pelo menos, curioso metal da dita geocoin… o facto de que, em con- que venha mais uma tra ciclo, vemos nascer daquelas bem bonitas cada vez mais geocoins e que gere um bruaá de pessoais, de grupos ou satisfação pelos amande eventos, geralmente tes/colecionadores. muito bonitas e apete- Era deveras uma pena cíveis! Seria de esperar não termos o ano de que fosse motivo de 2015 registado desta orgulho para a comuni- forma tão indelével… dade em geral participar na criação daquela que pretendia de alguma Um muito obrigado a forma ser a peça aglu- todos os que, de ano tinadora do esforço e para ano, têm contribuídas ideias e que melhor do com as suas ideias e representasse o estado participações para que de espirito (ou do geo- existam hoje em dia as caching) do ano e que, Portuguese Geocoins, mesmo aqueles que pensadas e realizadas como eu não são gran- em Português!
Castro Laboreiro ALDEIAS HISTÓRICAS
POR LUSITANA PAIXÃO
Bem-vindos a Castro Laboreiro! Nesta edição regressamos ao Alto Minho para dar a conhecer uma das Aldeias mais emblemáticas desta região: Castro Laboreiro! Uma freguesia onde estão bem vivas as tradições, os usos e costumes que perduraram ao longo dos tempos, fruto do isolamento de uma zona rural marcada pelo forte espírito comunitário. O planalto do Castro Laboreiro situa-se no extremo norte do Alto Minho e de Portugal, pertencendo ao concelho de Melgaço e integrando o Parque Nacional da Peneda-Gerês. Banhada pelas águas do rio Laboreiro, a mais de 1000 metros de altitude, aqui perfilam-se elevadas montanhas, rochedos, penhascos e profundos vales tomados por densa vegetação. A aldeia situa-se no alto no maciço montanhoso, assim os castrejos organizaram a sua vida ao ritmo das estações do ano num quotidiano ditado pela natureza das condições climatéricas e da fertilidade destas terras. As inverneiras e as brandas representam porventura o traço mais genuíno deste estranho modo de viver. Com a chegada do mês de dezembro, as temperaturas gélidas e os rigorosos nevões 8
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que se abatem sobre a região, as populações reúnem os seus pertences, roupas, utensílios, ferramentas de lavoura, mantimentos e gado, abandonando provisoriamente a branda até à próxima primavera. Migram em massa para o fundo dos vales, onde uma segunda casa, uma segunda aldeia e um novo quotidiano os espera, no acolhedor clima da inverneira. Um povo que aprendeu a ser nómada, sem receio e sem complexos, e talvez por isso saiba tão bem receber quem vem de fora, com um espírito de partilha inigualável e a mais genuína generosidade. Era uma vez um castelo, erguido no alto de um monte. Os antigos dizem que se trata de uma obra dos mouros, e os entendidos afirmam que terá sido construídos pelos romanos… Certo é que que o Castelo de Castro Laboreiro é uma das mais emblemáticas e estratégicas construções militares do país, devido à sua localização privilegiada, aberta sobre os planaltos galegos. De planta oval, o Castelo de Castro Laboreiro ou Laboredo apresenta dois núcleos principais: na elevação a norte, o centro militar integra a torre de menagem, a praça de armas e a cisterna. Na muralha abrem-se duas portas, a
leste a mais importante denominada Porta do Sol; a norte a Porta da Traição. A sul e num patamar inferior, o acesso ao núcleo secundário é feito por uma ponte em arco cuja função principal seria a recolha dos bens e do gado, em caso de ameaça. Um desenho curioso e único no país, que denota a importância estratégica desta construção. Muito para além do valor histórico deste exemplar de património edificado, é acima de tudo a paisagem e a atmosfera única que nos prende a este lugar. Castro Laboreiro é uma visita obrigatória, e quem passa por aqui dificilmente deixará de eleger este local como um dos mais belos cenários naturais de Portugal. Mas, e caches, perguntarão os aficionados? São muitas, e de elevada qualidade, as propostas nesta região. Eventualmente a coordenada do [GCV3TK] Castelo de Castro Laboreiro acabará por ser a referência absoluta, uma cache de 2006 com a inconfundível assinatura dos Rifkindsss e com suporte do Pascoa. Certamente a melhor forma de visitar o Castelo, pois a cache está estrategicamente colocada no coração da muralha. De passagem, não deixe de visitar [GC5C5T6] Entre o Castro e o Laboreiro de jbcesar, que oferece
uma bonita perspetiva sobre toda a área circundante. Para aqueles que dão preferência à antiguidade das caches, não deixem de visitar duas propostas do zoom_bee aqui bem perto: os tradicionais moinhos de água na [GCPPXN] The Green Deep, e as vistas privilegiadas sobre a espetacular Ponte da Cava da Velha, ex-libris da região, com a [GCPPXM] Rocky River. O joseceleiro aponta o caminho até ao fotogénico [GC1P9X5] Bico de Patelo, e é também aqui no Castro Laboreiro que está assinalado o ponto de partida daquela que pode ser considerada a mais exigente e espantosa aventura de Geocaching de Portugal: [GC3C7J6] Montanhas Nebulosas [PNPG], uma multi-cache de 75 km (se o plano correr de feição…), desenhada pela team Valente Cruz. Não faltarão assim bons motivos para vir até Castro Laboreiro: em família, entre amigos, numa expedição solitária ou à procura de paisagens únicas. Em todo o caso, será seguramente uma viagem proveitosa, um regresso às origens do nosso povo e da nossa cultura. Fica o convite à descoberta! Texto / Fotos: Flora Cardoso
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CRUZILHADAS
a perceção do risco e os limites P O R VA L E N T E C R U Z 14
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“Ao refletir sobre aquele dia, sei que arrisquei demasiado e não o voltaria a fazer. Foi talvez a minha aventura de superação mais insana.” Neste artigo irei divagar sobre desafios e limites. Faço-o numa perspetiva de reflexão pessoal e não com a ambição de distribuir conselhos, até porque talvez não seja a pessoa mais indicada para o fazer. Todos temos limites e mais cedo ou mais tarde acabaremos por enfrentar situações complicadas. É certo que este passatempo pode servir para espevitar esse encontro. Dependendo do tipo de geocaching que praticamos, inevitavelmente acabaremos por ser confrontados com situações para as quais não estamos preparados, tanto a nível físico como mental. Antes de conhecer o geocaching, sempre que passava numa estrada e olhava para um local aparentemente inacessível que ficasse nas imediações, contentava por vê-lo. Nenhuma outra vontade se insurgia. Com
o geocaching, à medida que nos vamos imiscuindo nos seus meandros, somos tentados e levados a passar as nossas barreiras do conforto. Aos poucos, o suor, os riscos e as feridas transformam-se em inevitabilidades, que podem inclusive tornar-se em estranhos desejos insuspeitos. Certo dia, ao passar pela Serra da Peneda, fiz uma paragem natural Miradouro de Tibo para admirar a majestosa Fraga das Pastorinhas [GC2M30X], suspensa sobre um vale com cerca de 500 metros de profundidade. Quando dei por mim já estava enredado por vontades e nasceu então o desejo de alcançar o seu topo fazendo a subida desde o Rio Peneda. O encontro ficou marcado para o ano seguinte, numa viagem de propósito único. Infelizmente, a minha companhia acabou por desmarcar
no último momento por indisponibilidade, pelo que passou a ser uma aventura solitária. Deveria ter cancelado a investida, mas a vontade foi mais forte. Quando entrei no Parque Nacional encontrei um nevoeiro sebastiânico, pelo que o plano passou a ser vislumbrar a paisagem e lamentar o infortúnio. Ao revisitar o miradouro não se vislumbrava qualquer ponta do desafio. Ainda assim, decidi descer até Tibo para ir procurar a Lagoa dos Druidas [GC2E5TY]. Quando cheguei ao rio apercebi-me que o nevoeiro estava confinado à metade superior do vale. Assim, resolvi averiguar até onde conseguiria subir em segurança. Acabei por chegar ao topo, com algumas passagens mais técnicas pelo meio. Aos poucos, o nevoeiro foi-se também dissimulando na minha resiliência e acabou por desapare-
cer. As vistas ficaram libertas e tive então uma das melhores sensações de que tenho memória. Contudo, as dificuldades não terminaram com a ascensão. Descer revelou-se muito mais exigente e não demorei muito a ficar bastante cansado, com assinaláveis dificuldades de progressão. Ao refletir sobre aquele dia, sei que arrisquei demasiado e não o voltaria a fazer. Foi talvez a minha aventura de superação mais insana. Uma das questões mais relevantes com a superação dos limites prende-se precisamente com a companhia, que nos pode ajudar a ultrapassar as dificuldades ou emprestar um pouco de clarividência na tomada de decisões. Recordo-me de estar a atravessar as Montanhas Nebulosas [GC3C7J6]com o joom e, ao subirmos para a Serra Amarela, já ao anoitecer, começou a Outubro 2015 - EDIÇÃO 17
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trovejar. De imediato, ele referiu que deveríamos descer para ficarmos em segurança. Tínhamos planeado a travessia ao pormenor e a vontade de continuar era muita. Em todos os momentos de preparação jamais tinha considerado a desistência e aquelas palavras foram tão tonitruantes na minha consciência como os raios da trovoada! Acabámos por descer e ainda bem que o fizemos. A aventura continuou no dia seguinte, num grande esforço de superação da distância a percorrer. Aquela decisão foi um atalho para a segurança!
o Sphinx quando, ao chegarmos à Lagoa Comprida e já depois de termos suportado algumas horas de chuva, começou a nevar. A temperatura tinha baixado bastante e, ao parar, comecei a entrar em hipotermia. Mesmo sabendo que não estava em condições de continuar, dei por mim perdido em considerações que talvez ainda conseguisse andar mais um pouco, tal era a vontade de completar a experiência. Valeu-me o discernimento do Sphinx. Quando regressámos a Seia já estávamos a replanear a investida para o fim de semana seguinte. As oportuniNum outro episódio dades não se perdem, em que a natureza se apenas se transfiguvirou contra a nossa ram. vontade, estava a fa- Mas nem sempre tezer a ascensão Into mos uma boa compathe Wild [GC3ER8Y]da nhia nos ajudar a deciSerra da Estrela com dir em situações mais
PICOS DA EUROPA
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complexas. Recordome de ter problemas por ter feito uma má avaliação das minhas condições físicas e da quantidade de água que levei aquando de um percurso pela Serra do Risco [GCH744]. Acabei por terminar o dia com uma sede do tamanho da falésia e em grande esforço. Nas inúmeras paragens, em cada pedaço de sombra, comecei mesmo a ouvir murmúrios ilusórios; os zumbidos dos mosquitos pareciam-me vozes de pessoas que me poderiam ajudar. De facto, numa situação crítica, é muito fácil sermos enganados pela nossa mente. Mudando de serra e de país, creio que a cache mais difícil que já encontrei foi a Despedida y Cierre [GC3PR09], situada no Pico Torrecerredo,
o cume dos Picos de Europa. Curiosamente, a avaliação dificuldade/terreno fica-se pelos 2.5/4.5. Para chegar a este pico, que fica afastado das rotas turísticas, deve fazer-se um percurso de vários quilómetros (com algumas passagens mais técnicas pelo meio), mas a verdadeira dificuldade surge quando se chega à base do desafio. O pico ergue-se de forma abrupta a cerca de 250 metros da nossa vontade. Não é estreitamente necessário fazer escalada, mas a ascensão passa em locais de grande exposição e é fundamental ter algum domínio das técnicas. Pode ainda ser complicado perceber qual é o melhor acesso (numa perspetiva de se subir apenas para locais de onde se consegue sair). A meio
SERRA DA ESTRELA
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ALDEIA DA PENA
SERRA DO MARÃO
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“Apesar de gostar de montanhas, sempre tive alguma apreensão em praticar desportos com cordas. Por incrível ou ridículo que possa parecer, julgo até que sentia mais confiança em mim do que numa corda para vencer um desafio.”
da ascensão em solitário, fui surpreendido pelo nevoeiro, o que veio a complicar ainda mais a situação. Para além das dificuldades do terreno já referidas, já no cume, encontrar o micro recipiente em tanta pedra solta é um verdadeiro teste de paciência. Como seria de esperar nestas circunstâncias, a descida também não foi fácil, dado que se tem de enfrentar a vertigem de frente. O trail running é um dos desafios de superação mais marcantes que já vivenciei. Logo que fiquei a conhecer a prova Ultra Trail Serra da Freita fiquei fascinado e senti uma necessidade premente de fazer o percurso na sua globalidade. Duas semanas depois, na companhia do mafilll, já estava a fazer o
percurso [GC3GVZB]. Tínhamos a esperança de o conseguir terminar num dia, mas acabámos por atingir o nosso limite (físico e mental) após cerca de 45 quilómetros em 16 horas de caminhada. A experiência acabou por servir de aprendizagem e um ano depois consegui terminar a prova, com cerca de 70 quilómetros, em menos de 16 horas. Creio que o que acabou por fazer a diferença foi o facto de, pelo pouco treino prévio e pela perceção da dimensão do desafio, ter uma esperança muito reduzida de sucesso; assim, quando, numa fase avançada da prova, comecei a acreditar que conseguiria acabar, a parte mental suplantou a dor física. Nunca irei esquecer aquela sen-
sação ao cruzar a meta depois de ter passado por tanta dificuldade. Foi, sem dúvida, um limite que muito prazer me deu superar. O facto de ter sido realizado durante uma prova oficial deu-me um conforto de segurança importante; se algo corresse terrivelmente mal, sabia que alguém me haveria de ajudar. Apesar de gostar de montanhas, sempre tive alguma apreensão em praticar desportos com cordas. Por incrível ou ridículo que possa parecer, julgo até que sentia mais confiança em mim do que numa corda para vencer um desafio. Quando fiz a minha estreia no rapel estava numa vertigem de medo. Porém, o receio acabou por se diluir nos ensinamentos de
quem me acompanhou e num aumento natural da confiança. Algum tempo depois estreei-me no canyoning,
desafio
que
nunca pensei vencer por não saber nadar. As
dúvidas
iniciais
foram ultrapassadas pelo conhecimento e entreajuda dos amigos que me acompanharam. Foi mais uma experiência incrível de superação! E assim termina esta viagem de reflexão pessoal sobre algumas
situações
de
redescoberta e aprendizagem, tanto a nível da perceção do risco de algumas aventuras, como na superação dos limites associados.
Fotos e texto: António Cruz (Valente Cruz) Outubro 2015 - EDIÇÃO 17
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URBEX
POR MYSTIQUE*
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Desde 2013, que El Túnel Del Pánico [GC3AMAB] fazia parte da minha wish list urbexiana. Ela e a sua irmã siamesa Medal Of Honor-Bunker 1 [GC44RMQ], ambas localizadas na Bateria de Artilharia Costeira J-4, junto ao cabo Sileiro e a cerca de 5 Km de Baiona. O fator distância era principalmente o mais impeditivo, embora o fator companhia fosse também determinante, que, para um local como este, era obrigatório.
de 2015, foi a data escolhida. A contagem decrescente dos dias, fazia a ansiedade aumentar.
tilharia Costeira J-4, localizando-se a cerca de 540 metros do cabo Sileiro, sobranceiramente ao mar, e Uma troca de mails ocupa cerca de 70.000 com o prestável metros quadrados. Abraham (A3Sound), Com uma localização owner das caches, co- estratégica, e uma locou-me mais perto posição defensiva do de concretizar esta porto de Vigo, a Bavisita, pois com uma teria nunca chegou a simpatia flagrante, sofrer nenhum ataque disponibilizou contacinimigo. tos e se fosse possíFontes relatam que vel, a companhia. terá sido construíVisualizava fotos, devorava todos os da em 1936, após vídeos, que surgiam o rebentamento da em pesquisas e, es- Guerra Civil, pelo exértranhamente a muitos cito franquista mas kms de distância, pa- outras dizem, ter sido construída, tal como recia já lá ter estado. a conhecemos, após Vou tentar sintetizar o término da Guerra um pouco a vida desta Civil, no ano de 1943, Bateria, enquanto ativa até á altura do seu e operada pelo Regiabandono total. Todos mento da Costa por os documentos que mais de 3 décadas, encontrei foram em como método preespanhol, existindo ventivo de uma nova fontes contraditórias. guerra.
Desde essa altura, iniciei uma leitura extensiva sobre a história do local, e apesar da curiosidade de ver o abandono do local, queria também fazer parte dum local cheio de acontecimentos históricos. Respira-lo com todos os sentidos. Vulgarmente o local Consegui alinhar os é chamado como Baastros, para que o meu teria do Cabo Sileiro, desejo se realizasse sendo o seu nome e o mês de Setembro correto Bateria de Ar-
cumentos que sustentem estes relatos. Com o final do regime de Franco, o Regimento da Costa dissolveu-se em 1979, e a Bateria tornou-se num quartel, onde era prestado o serviço militar obrigatório. A extinção do serviço militar obrigatório, trouxe uma morte anunciada ao local. Durante alguns tempos, a Bateria era vigiada por um sargento e dois cabos, mas a partir de 1998, é abandonada definitivamente.
Ao sairmos da estrada principal e fazendo o desvio, onde vamos passar junto ao farol, se olharmos com atenção, identificamos de imediato os 4 canhões, inseridos nas suas estruturas, como se ainda fossem os guardiões de algo, Existem relatos da ali se mantêm firmes. tortura até à morte de Espetacular ☺ presos republicanos, Mesmo por cima do nos anos pós guerra. farol, existe uma anMas não existem do- tiga instalação militar
“Existem relatos da tortura até à morte de presos republicanos, nos anos pós guerra.Mas não existem documentos que sustentem estes relatos.” Outubro 2015 - EDIÇÃO 17
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que seria o Posto de Comando, mas que se encontra fora do recinto. Continuando a estrada e depois de uma curva apertada, podemos destacar logo á primeira vista, o edifício mais elevado, que seria a Torre de Telemetria. E estendendo um pouco a visão numa cota inferior, vislumbramos um conjunto generoso de ruínas que seriam as diversas instalações militares. Seguindo a estrada e num desvio próximo, encontramos o arco de acesso principal a todo o recinto. Junto a esse arco restam as ruínas das vivendas do capelão e do sargento. O arco em pedra, ainda conserva o escudo franquista. Ao trespassarmos o arco, o que vimos são pouco mais que escombros. Como se a Guerra tivesse sido após a construção da Bateria. Mas não…O que vemos é mesmo fruto da destruição de pessoas. Vandalismo puro e duro. Existem alguns mapas, que mostram o exterior da bateria e o interior da mesma. Poderemos visuali24
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za-los na listing da letterbox El Túnel Del Pánico. Ajuda-nos imenso a perceber, realmente, o que seria o quê. Principalmente o que nos leva nos acessos aos bunkers interiores e seus respectivos canhões. Após o arco, segundo o mapa encontrar-se-ia, à nossa esquerda a cantina dos oficiais e à nossa direita, as cozinhas dos mesmos. À nossa frente, passando as ruínas, existe um muro sobranceiro à colina, que, para além de ter a função de proteger a Bateria de tempestades atlânticas, tinha também como ainda se consegue ver, uns arcos, embora estejam emparedados, a comunicação com os passadiços. Existe um “caminho” que permite o acesso à escuridão total, e onde podemos percorrer cerca de 200 metros em túneis que nos levam, debaixo de terra, aos 4 bunkers, ainda equipados com os canhões Vickers 152,4/50mm, fabricados no reino Unido. Deixo como curiosidade, as características técnicas destas peças: Alcance de 21,600
metros, velocidade de 915 m/seg e peso por projétil disparado de 45 Kg. Os canhões disparavam 4 vezes por minuto e o tubo do canhão pesa 8738 Kg.
estas duas senhoras caixinhas ☺
Ao passarmos a sala do motor, acede-se a um túnel de serviço (de onde também se pode aceder á Torre de Telemetria). E a partir daqui, temos um labirinto, cheio de recantos por explorar. Mas muito vandalizados.
auxílio do mapa, se podia perceber o que tinha sido.
Ao passar o arco…tive uma pontinha de desilusão. Achei o espaço pequeno. Nos vídeos parecia tudo muito A sala do motor, é nes- maior. te momento, o ponto Para ver ali…que nos de acesso para tudo enchesse os olhos só o resto. Era onde era mesmo a vista para o efetuada a alimenta- mar e as ilhas Cies. O ção do sistema de di- resto eram restos de reção de tiro compos- paredes e instalações to pelo equipamento grafitadas, destruídas, Alza Directora Vickers aguentando-se ainda e o telémetro Barr-S- as estruturas princitround. pais e que, só com o
Se dissesse que o local não é sinistro, estaria a mentir com todos os dentinhos… É poderoso, silencioso, um fantasma cheio de glamour.
Com facilidade, descobri a entrada, que nos levaria, aos tão almejados túneis e seus bunkers. Confesso que foi estranho lá entrar. Passada a sala do motor… eis que a escuridão esperava por nós. Para a esquerda ou para a direita? O mapa ajudou-nos a colocarmo-nos no caminho certo para o bunker 1, o único com um acesso diferente de todos os outros. O mais espetacular ☺
Uma exploração urbana cheia de suspense, pois, o que poderemos encontrar, dentro dos túneis, é sempre um sobressalto no cora- Ao fim dos primeiros ção. metros, o meu frontal, E o estacionamen- ficou sem pilhas, tal to junto ao arco foi o como a minha lanterponto de partida para na.
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“Foi uma das explorações urbanas que mais mexeu comigo. A adrenalina, o medo do que poderia encontrar, o fascínio por ter a possibilidade de circular ali”
Restava-nos um frontal…e sangue frio. Não via nada a centímetros de mim, e a minha claustrofobia, começava a querer dominar-me. O poder da sugestão começou a toldar-me os sentidos. O frontal existente passou para a minha posse e as coisas melhoraram.
de dois braços que nos A exploração aos respuxem. tantes bunkers, surge Do segundo ao último por instinto. Chegalance de escada, o co- mos a um local, em ração salta-nos pela que nos são apresenboca, a cada investida. tados dois caminhos. As escadas estão po- Ora primeiro por um, dres e soltas da pare- depois por outro. de em alguns pontos. Muitas escadas des-
Lá em cima…temos alguma claridade. Para aceder ao canhão, um “poço” na porta de Num instante estávaentrada requer muito mos no acesso para o cuidado, pela profunBunker 1, após duas didade que apresenta. ou três tentativas goradas. Procura- Aqui temos o cenário va a porta de metal, da cache mistério Meexistente nalguns dal Of Honor-Bunker relatos…mas não a 1 [GC44RMQ]. Está vi. Para aceder-mos muito bem escondida a este bunker, temos e o container adequade subir 4 lances de díssimo ao tema. escadas, ele encontra- O regresso ao túnel se numa cota superior. mãe fez-se com todo É o canhão mais bem o cuidado, e a partir conservado de todos daqui continua-se a os 4. recolher pistas para O primeiro lance de escadas já não existe. Existe uma pedra a servir de ajuda, mas para o primeiro nível, precisamos mesmo
a letter El Túnel Del Pánico, que nos obriga a explorar todas aquelas catacumbas misteriosas e cheias de história.
cemos, e fez-me alguma confusão, como toda extensão do tapete que transportaria as munições, está totalmente destruído em ambos os patamares. Estes 3 canhões, bem mais acessíveis, encontram-se sobejamente garatujados, tais como os corredores de acesso aos mesmos. Era tempo de regressar ao exterior. Saímos pelo acesso que nos permite sair na Torre de Telemetria e ter a perceção que estas “toupeiras” iam a todo o lado sem ter que vir ao exterior.
Faltava ainda encontrar o container da letter, que tem um final muito apropriado e embora totalmente inserido no tema, é inesperado. Foi uma das explorações urbanas que mais mexeu comigo. A adrenalina, o medo do que poderia encontrar, o fascínio por ter a possibilidade de circular ali, o suspense, a alegria, a escuridão total, o ar que se respirava que era estéril. Muito respeito. Recomendo a quem lá quiser ir, não vá “só” fazer geocaching! O geocaching irá tomar outra dimensão, se entendermos as histórias das coisas e percebermos outras tantas. Texto / Fotos: Sónia Fernandes (Mystique*) Outubro 2015 - EDIÇÃO 17
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GeoPT e Geocaching@ PT, são claramente dois nomes conhecidos de qualquer geocacher internauta a nível nacional. Pelo menos um destes dois sites de referência sobre geocaching em Portugal, faz parte da vida de todos os geocachers que passeiam pela Internet em busca de informações sobre o seu hobbie, ou mesmo com vista à partilha das suas experiências ou discussão de assuntos relacionados com o mundo do Geocaching. Sendo a GeoMag uma revista de publicação online, faria sentido que, numa das suas edições, o Frente a Frente viajasse até ao mundo virtual, promovendo esta reunião entre os dois principais fóruns nacionais geocachianos. E assim foi. Endereçados e aceites os convites, teremos nesta edição um moderador do fórum Geopt frente a frente com um moderador do fórum Geocaching@ PT, que irão responder às nossas perguntas, ajudando-nos a perceber um pouco melhor o trabalho destes colaboradores que despendem do seu tempo livre (e muitas vezes da sua paciência!) para ajudar a
manter estes dois locais virtuais de convívio e discussão sobre geocaching em português. Assumindo o seu papel de moderador do fórum Geopt, teremos Idílio Ludovino, geocacher com o nickname de IDILIO49, 33 anos de idade, natural do Cercal do Alentejo, casado e com dois filhos, residente em Setúbal há 16 anos. Registado no Geopt desde Dezembro de 2010, assumiu oficialmente as funções de moderador em Novembro de 2011, embora já tivesse anteriormente funções de administrador na área de Badges, nalgumas áreas do IAAN e de testes na APP GeoptTools, bem como nos convites para a Geopt.tv. Frente a Frente, estará Nuno Xavier, mais conhecido na comunidade como Alieri. Geocacher algarvio, já festejou 43 primaveras e reside em Faro. Define-se como alguém que “gosta de caches que envolvam caminhadas em plena natureza, de preferência em grupos pequenos (com alguns bons amigos que fez graças ao geocaching).” Acrescenta ainda que “detesta powertrails e raramente resolve mistérios” e que “muitas vezes as melhores cachadas são feitas sem sair do
restaurante”. Actualmente pouco activo na procura de caches, é utilizador do Geocaching@ PT desde 2007, tendo passado a fazer parte do grupo de moderadores no inicio do ano de 2009. Como é que estes dois utilizadores se tornaram moderadores de cada um dos fóruns? Como veem o fórum no qual exercem funções de moderação? Que qualidades e competências tem de ter um moderador? Nuno Xavier e Idílio Ludovino respondem-nos a estas e muitas outras questões, frente a frente!
1. Idílio e Nuno, gostaria de começar por vos agradecer terem aceitado o convite para este Frente a Frente. E já que falamos de convites, impõe-se como primeira questão: Como surgiu o convite para fazerem parte de cada uma das equipas do fórum e assumir o papel de moderador? Idílio: Começando um pouco mais atrás, desde o início do Geopt que acompanhei o site, a evolução do mesmo, as funcionalidades e as
trocas de informação que aconteciam, mas inicialmente apenas de uma forma passiva sem qualquer intervenção. Apenas quando numa viagem de trabalho ao estrangeiro o resultado foi quase mais caches enterradas na neve do que founds e, tal curioso facto veio à baila nas conversas do fórum, senti necessidade de participar activamente e daí em diante nunca mais parei. Tendo em conta que uma plataforma como esta apenas vive do resultado final da conjunção de esforços de todos, e não apenas dos Administradores ou Moderadores, e com algum tempo livre que tinha na altura foi de forma voluntária que ofereci os meus serviços para ajudar, e assim foi durante algum tempo onde no background fazia andar tarefas trabalhosas que ninguém acreditava virem a ser possíveis. Talvez como reconhecimento desse trabalho que já vinha a acontecer, ou quem sabe como estratégia da Administração preferindo ter-me do lado deles do que “contra” eles ☺, foi-me endereçado o convite. Foi aceite de forma natural, pois não me estava a ser pedido nada mais do que já faOutubro 2015 - EDIÇÃO 17
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zia, por outro lado havia o reconhecimento público desse trabalho, que não sendo essencial, mal também não faria. Nuno: No meu caso, comecei a participar no fórum do geocaching-pt.net a meio de 2007. Nessa altura este era o único site sobre geocaching a nível nacional, com excepção de um grupo no yahoogroups, que aliás ainda existe, e que viria a evoluir para o site que hoje temos. Não havia grupos de facebook (nem facebook!) e o núcleo de jogadores portugueses era relativamente reduzido. Muito pouca gente sabia o que era o geocaching, no nosso país. Quem chegava ao geocaching vinha aqui parar mais cedo ou mais tarde, e de alguma forma todos se “conheciam” e participavam. Havia um espírito de comunidade muito forte no fórum, boa disposição e muita entre-ajuda, e estou seguro que essa era uma das razões porque algumas pessoas ficavam no geocaching. Falo por mim. A maior parte das amizades que fiz no geocaching e que mantenho, vêm desse tempo. A determinada altura de 2008 o número de 30
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participantes era cada vez maior, começaram a haver quezílias e ataques pessoais entre os utilizadores, a secção de classificados era uma confusão e havia necessidade de regular tudo isso. Eu participava bastante no fórum e já tinha conhecido pessoalmente alguns dos então administradores do site. No início de 2009 o MAntunes contactoume, explicou os objectivos e as ideias da equipa do site e fez-me o convite para integrar a equipa. Entrei para o grupo de moderadores juntamente com a Silvana, uma geocacher do Norte. 2. Falemos agora um pouco do fórum no qual são moderadores. Como o definem? Idílio: O Geopt é muito mais que um fórum, é uma panóplia de funcionalidades que estão ao dispor da comunidade onde o fórum é apenas mais uma, uma pequena parte, onde existe uma maior interacção entre os elementos da comunidade. Tem como principal objectivo o esclarecimento da comunidade e a inter-ajuda entre elementos, assim como disponibilizar num só local, de fácil acesso,
informação que ajude e possa tirar dúvidas à comunidade. Só deixando a comunidade com livre participação pode haver ajuda mútua, fazendo assim com que os participantes se sintam em casa, claro que isso tem também o reverso da medalha levando a acesas discussões, mas isso não é nada mais nada menos que o viver em sociedade onde cada cabeça sua sentença. O moderador apenas tem como papel garantir que isso não descamba de vez. Nuno: Tal como disse antes, é um fórum sobre geocaching, mas onde também são debatidos vários temas relacionados, como fotografia, viagens, tecnologia, BTT, entre outros. Acho que até de todo-o-terreno e astronomia se chegou a falar. Temos diversos tutoriais disponíveis para geocachers novatos e experientes, destaques para os logs mais interessantes, concursos de fotos. Procuramos que tenha utilidade quer para já tem muita experiência quer para quem se inicia neste hobbie, para quem quer escolher o equipamento ideal, e até para quem só queira saber se há caches em Lagos (piada muito velha). Teve
alturas de muita participação com dezenas de utilizadores activos em simultâneo. Já não tem a participação de outros tempos, é verdade, mas à data que escrevo estas linhas tem mais de 11500 membros registados desde 2007. É obra! Há muita informação útil acumulada nestes oito anos. E muito off-topic também. :) Aparentemente existe hoje uma procura muito grande pelas primeiras edições das geocoins portuguesas. Pois a apresentação das propostas dos primeiros desenhos, as votações para os decidir, as encomendas em grupo, tudo isso teve lugar neste fórum. Assim como as primeiras grandes “cachadas em grupo”. 3. Cada um dos fóruns está inserido num site de geocaching, que para além do próprio fórum, oferece outros recursos e ferramentas a quem o visita, tais como artigos, estatísticas, mapas, etc... Se tivessem de destacar uma mais valia do site a que o “vosso” fórum pertence, qual seria? Idílio: São todas “uma mais valia”, diferentes e com importâncias maiores ou menores confor-
me a forma de encarar o geocaching de cada um. No entanto ao ter de destacar uma penso que será sem sombra de dúvidas o IAAN pela revolução que foi e pela forma única de proporcionar dados não existentes em mais lugar nenhum. Dentro disto um especial destaque para as Badges que permitem agrupar caches com características semelhantes que não seriam possíveis agrupar de outra forma, permitindo assim a comunidade ter uma ferramenta para cachar de acordo com os seus gostos e preferências.
e diversas ferramentas. Penso que esta secção, a par do fórum, ao ter informação dos primórdios do geocaching em Portugal e da sua evolução, seja um dos grandes trunfos do site. Infelizmente a secção das estatísticas não tem o grafismo mais apelativo ou intuitivo que encontramos hoje em muitos sites mais modernos, mas qualquer pessoa habituada a mexer num computador chegará ao que pretende.
humana que mantém a actualização do fórum é toda a comunidade. Só com a participação de todos é possível manter uma plataforma actualizada e fazer a coisa andar para a frente. O staff é apenas a “equipa das limpezas” que vai arrumando os cantos à casa. Lembrando que ninguém vive disto, e que a vida pessoal e profissional é sempre mais importante, o fundamental é que umas vezes uns outras vezes outros, quem vai tendo um tempinho livre vai dando o que pode e mais não se lhes pode pedir, portanto o essencial é a contribuição de quem pode, quando pode. Quanto à infraestrutura material, é tudo gerido pela Administração.
4. Muitos dos utilizadores desconhecem a infraestrutura humana e material por trás de cada um dos fóruns. Nuno: O geocaching- Quantas pessoas e que -pt.net engloba um site hardware é preciso para com diversos artigos, manter actualizado o uma “geo”wiki, um fó- vosso fórum? rum e uma secção de estatísticas, com mapas Idílio: A infraestrutura Nuno: Em relação ao
hardware não posso responder, pois o serviço está alojado em servidores contratados a uma empresa, tal como qualquer um de nós pode ter. Neste momento somos 4 moderadores e dois administradores, que é o nome pomposo que damos a uns duendes fechados numa cave a martelar código num teclado. Volta e meia o site fica mais lento, então vamos à cave e damos umas chibatadas no duende de serviço e a coisa volta ao normal. Não é assim em todo o lado? 5. Falemos da vossa experiência. Existe algum momento ou situação especial, que vos tenha marcado enquanto moderador, seja pela positiva ou pela negativa?
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Idílio: Penso que todos os momentos em que sentimos que fizemos algo que ajudou realmente alguém nos deixa sempre uma marca bastante positiva. De resto, nenhum momento demasiado marcante, talvez pela minha acção praticamente despercebida como Moderador. Nuno: Positivamente, marcou-me, desde logo, o convite para fazer parte da equipa do geocaching-pt, onde passava tanto tempo e que me dizia tanto, por isso foi uma coisa que me orgulhou muito, foi algo especial. Como utilizador, todas as ajudas que recebi desde o primeiro momento, de gente que não conhecia mas que se disponibilizava a explicar todas aquelas
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coisas que o geocaching tem para apreenderes quando começas, criaram em mim a ideia de pertencer a um grupo especial de pessoas. Isso foi maravilhoso e não sei se hoje seria possível. Para teres uma ideia, em determinada altura - muito antes de ser moderador - disse no fórum que ia em viagem para o Gerês, e que o meu GPS se tinha avariado. Houve logo quem, sem me conhecer de outro lado que não do fórum, simpaticamente se oferecesse para me emprestar o seu. Só tive que fazer um pequeno desvio na minha rota para o ir buscar. Isto foi completamente inesperado! É um gesto extraordinário!! Voltando à pergunta, não posso dizer que
tenha havido alguma coisa que me marcasse negativamente, embora admita que houve um tempo, durante uma fase conturbada do fórum, em que havia provocações constantes entre utilizadores e em que tínhamos que intervir frequentemente como moderadores para pôr água na fervura. Havia abusos de tal ordem que chegámos a ser contactados, por via privada, por pessoas que diziam que já não suportavam frequentar o fórum e que o abandonavam. Tínhamos que fazer alguma coisa acerca disso, e fizemos, e então chegámos a ser acusados de censura e sei lá que mais. Fomos muitas vezes postos em causa por uns e elogiados por outros. A verda-
de é que, apesar de todo o teu esforço, de dares o teu melhor, não é possível agradar a todos. Além disso, se gostas do que fazes, vais ficar a pensar se a tua conduta foi a melhor face àquela situação concreta. E tendo em conta que houve situações com pessoas que conhecia pessoalmente, houve algum desgaste, obviamente. Se tivesse que destacar algo negativo, seria o fim da participação no fórum de muitas pessoas que aportavam um valor muito grande aos conteúdos e aos temas debatidos. 6. A verdade é que, como se costuma dizer, “isto não é a vossa vida!”. De quanto tempo pessoal despende um moderador?
Idílio: Penso que essa expressão resume bem o papel do Moderador. Há que haver um pouco de Moderador em cada um de nós. É difícil quantificar o tempo pessoal que se despende visto que é isso mesmo, é tempo livre que é reaproveitado em usufruto da comunidade, quando há mais tempo investe-se mais, quando o tempo não surge tem de se aguentar apenas as pontas esperando que haja alguém com maior disponibilidade naquele momento. Nuno: Acho que varia muito com a tua disponibilidade momentânea, com as funções que tenhas e também depende do que se passa em determinado momento no fórum, assim como das políticas de gestão do mesmo e do teu estilo de participação. Se trabalhas frente ao computador e consegues ir acompanhando o fórum, nem sentes que estás a gastar tempo livre.
ter a serenidade, respeitar opiniões e fazer respeitar, mantendo um papel de isenção do que ao Moderador diz respeito, lembrando no entanto que qualquer Moderador tem também o direito à sua participação e opinião como vulgar utilizador. Nuno: Um moderador é uma espécie de árbitro. Tal como no futebol, deverá saber quando deve intervir e quando deve deixar a participação dos utilizadores correr livremente. Se não se der por ele, tanto melhor, é sinal que o sistema está bem oleado, os temas debatidos têm participação, os novos utilizadores são bem encaminhados nas suas dúvidas, etc., etc. 8. A vida de um fórum depende em grande parte da actividade dos seus utilizadores. Nos tempos que correm, são inúmeros os grupos nacionais de geocaching que se podem encontrar no Facebook. De que forma as redes sociais vierem modificar os fóruns?
7. Na vossa opinião, que qualidades e competências tem de ter um mo- Idílio: Há que diferenciar actividades que trazem derador de um fórum? mais-valias de actividaIdílio: O Moderador de des que apenas fazem um fórum tem de man- a coisa mexer. Para um
ir ao Google pesquisar por fóruns. Entram no facebook, pesquisam e encontram logo dezenas de geo-grupos , que aliás são usados como mini-fóruns. Aí é possível a um novato obter algum apoio, até de pessoas geograficamente mais próximas de si. Isso pode ser (é) importante, mas ao mesmo tempo acho que daí decorre que vai haver uma tendência para limitação do âmbito geográfico do que os jogadores conhecem e as zonas onde se movem. Quero dizer, se só frequento o grupo da zona y, só conheço os nomes (nem são os nicks) dos geocachers dessa zona e as caches dessa e das zonas mais próximas. É a regionalização do geocaching. Já nos fóruns normalmente usam-se os mesmos nicks do geocaching e rapidamente ganhas uma percepção mais abrangente quer do jogo quer da sua realidade nacional. (Sendo certo que, como sabemos, há centenas de jogadores que não estão nem no facebook nem Nuno: Não sei se vie- nos fóruns) ram modificar. Pen- Por outro lado, acho que so que vieram diluir os assistimos hoje a uma participantes por todas perda de qualidade quer essas áreas. Acho que da informação, que fica os novos jogadores tal- assim dispersa, quer vez nem se lembrem de dos próprios particifórum o essencial são as actividades que trazem mais valias no momento mas essencialmente de consulta futura a longo termo e em relação a isso não houve grande alteração. No Facebook a actividade é mais efémera, discutem-se coisas do momento e com relevância mínima, nomeadamente ao fim de pouco tempo. Essas discussões caíram portanto um pouco nos fóruns deixando de atrair visitantes em massa para discussões calorosas, no entanto em termos úteis nada se perde. Os grupos e grupinhos no Facebook são mais que muitos e sobrepõemse uns aos outros sem qualquer objectivo concreto resultando em assuntos iguais discutidos simultaneamente em vários locais, culminando com informação repetitiva e falta de aglutinação para ouvir todas as partes e onde não existe um local centralizado onde seja possível pesquisar por informação relevante a pequeno ou longo termo.
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pantes. Nos fóruns tens quer sociedade actual é remam com os mesmos como dizer que cada um conteúdos muito ricos, a própria comunidade objectivos e há que dei- tem o seu público, mas sistematizados
e
fa- que se divide e em fun- xar caminho para os vá- é um facto que o nosso
cilmente pesquisáveis, ção disso é necessário rios rumos.
por vezes é procurado
tudo num mesmo espa- existirem
por pessoas em busca
alternativas.
ço. No facebook é muito Dessa forma os fóruns Nuno: Acho que divi- de informação muito esmais complicado fazer respondem às necessi- de, tal como decorre pecífica. essa pesquisa e a dada dades da comunidade. da
questão
altura o jogador terá que Se é o ideal? Não. Mas Havendo
anterior.
mais
polos 10. Existe alguma no-
ir onde as suas dúvidas é o ideal para a comu- de interesse, o público vidade ou iniciativa do encontrem
respostas. nidade que temos! Claro irá diluir-se por eles. É GeoPT ou do Geoca-
Por essa razão acho que que não faz sentido ter natural que um fórum ching@PT que possam os fóruns e sites de geo- funções replicadas em onde exista mais parti- partilhar com os noscaching vão continuar a locais distintos, mais cipação e actualização sos leitores em primeira ter o seu lugar e a sua valia conjugar esforços cative mais pessoas do mão? importância.
e torná-las melhores que outro que aparente Idílio: Novidades? Sanem vez do esforço du- ser menos movimenta- tos da casa não fazem
9. Um mesmo hobbie, plicado para as manter; do. Mas noto que mes- milagres… dois sites, dois fóruns, funções diferentes em mo no geopt é frequen- Nuno: Nota do Editor – duas equipas. Conside- locais diferentes só por te fazerem referências “Não sabe / não responram que a existência de si valem o que valem, aos conteúdos do geo- de” dois fóruns nacionais de mas se se integrassem caching-pt.net.
Muitas
geocaching divide a co- em conjunto poderiam vezes reportam-se a
Texto: Bruno Gomes /
munidade ou cada um ser mais valias com um temas do nosso históri-
Idílio Ludovino / Nuno
tem o seu público alvo?
melhor aproveitamen- co, que é muito anterior
Xavier
to. Mas deixemo-nos de ao surgimento do outro
Fotos: Idílio Ludovino /
Idílio: Tal como em qual- idealismos, nem todos fórum. Não iria tão longe
Nuno Xavier
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GEO MAG.
Por Valente Cruz
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Pelo seu contexto, este foi o evento ao qual ninguém desejaria ter vindo. Contudo, paradoxalmente, sendo certo que não se pode alterar o passado, este foi também o evento ao qual todos os que se sentiram tocados pela partida prematura do Roberto “d3vil” Costa gostariam de ter ido. O local escolhido para o evento/homenagem foi as Velas Brancas, próximo das Fichinhas [GC1MB2Y], no coração do Gerês. A escolha prendeu-se com o facto de este ser um dos próximos locais a ser visitado pelo Roberto. Os participantes seguiram à risca a hora de chegada ao local de estacionamento, perto da Cascata do Arado [GC110G4], de onde sairia a caminhada. Ninguém queria ficar para trás, tanto por respeito ao Gerês como à homenagem. Após algumas indicações iniciais dadas pelo Dragao88,
os mais de 60 participantes dividiram-se em vários grupos e iniciaram o percurso. A passagem pela cascata serviu para um primeiro deleite das vistas. Subindo pelo trilho, alguns participantes fizeram um pequeno desvio para aceder ao prado [GC5Q3FH] e à lagoa [GC3TRVT] do Arado, local onde decorreu o primeiro banho do dia na tentativa para alcançar a cache. Prosseguindo pelo vale, os geocachers aproveitaram a chegada ao curral da Teixeira [GC1BR8X] para descansar e reagrupar. Ao redor, as encostas iam-se agigantando. Para quem desconhecia o percurso, tudo era novidade. Os que já sabiam do esforço que teriam pela frente iam resfriando o ânimo com a visão das dificuldades. Logo de seguida, a subida para a descoberta d’O Santo Graal [GC1HZYT] marcou o primeiro teste físi-
co do dia. Contudo, o verdadeiro desafio estava um pouco mais à frente, com a ascensão para a base da Roca Negra. Como seria de esperar, o grupo acabou por se esticar de forma natural. Do alto da encosta, os caminhantes formavam uma fila de intenções na imensidão geresiana. Pareciam formigas num rumo determinado. Entretanto, alguns participantes resolveram fazer um pequeno desvio ao Borrageiro e ao seu arco [GC49VTX]. Subiu-se depois à Roca Negra para completar a mítica Heart of Darkness [GC1471Q], numa ascensão ao píncaro geresiano. Este é um dos locais mais fantásticos desta serra! Talvez seja mesmo o mais fantástico. A vista para o vale e para a Rocalva, o rochedo mais icónico do Gerês, é memorável! Contudo, uma imagem não vale meia contemplação. É necessário estar lá para se per-
ceber de facto o quão incrível é conquistar a Roca Negra. Depois de uma passagem pelo vale da Rocalva, o grupo seguiu para as Velas Brancas. Esta parte do percurso fez-se sem grandes sobressaltos. Chegados ao local, é impossível ficar indiferente às vistas para as Fichinhas [GC1MB2Y], Porta Ruivas [GC487F4], Sombrosas [GC1WGQ5] e para o vale do rio Touça [GC4FD0J]. Parece que se está no céu geresiano, com um mundo aos nossos pés. Enquanto o grupo aproveitava para descansar e reforçar o estômago, juntaramse os restantes participantes que tinham saído da Portela de Leonte [GCWDDE] e/ ou que tinham vindo por outros percursos. A conversa e as memórias iam deambulando no alto da serra, enquanto o cansaço se ia esfumando na vivência de um momento especial.
“Com um sorriso no rosto, restam as lembranças e os bons momentos, multiplicados pela memória em homenagens como esta.” Outubro 2015 - EDIÇÃO 17
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As Velas Brancas erguem-se de forma abrupta das Fichinhas e o rio Touça fura pelo vale assombroso numa pressa cristalina. Existe por ali algo que ficou perdido no tempo; uma natureza primeva que se manteve fiel a um compromisso indómito e pouco dado a humanismos. Parece um castelo de sonhos protegido pelas fragas, que o muralharam de pretensões inaturais. Surgiu então a surpresa de uma nova cache a ser colocada na Serra do Gerês, Wish You Were Here [GC631HC]. Para além de se tratar de um recipiente individualizado e de ter também e um logbook personalizado, a cache contém ainda o artigo escrito por alguns amigos do Roberto e publicado na GeoMagazine #15, aquando da homenagem prestada. Por certo, todos aqueles que vierem a descobrir esta cache ficarão mais perto de saber quem foi o d3vil e algumas das aventuras que viveu. Depois de uma foto de grupo seguiu-se a colocação do recipiente. A escolha acabou por 38
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ser mais ou menos evidente, com uma vista triunfante sobre o vale do rio Touça. Houve ainda tempo para construir uma mariola de memórias perto do esconderijo. O grupo seguiu depois na direção da Rocalva [GC1DC15], com um desvio para aceder ao Coucão [GC484V7]. Já no prado da Rocalva, os diferentes grupos criados voltaram a juntar-se e a dividir-se posteriormente. Uns seguiram para o Cutelo de Pias em busca d’O Regresso do Rei [GC49ZBF] e outros para o prado do Vidoeirinho [GC53B14]. Acabariam por se encontrar mais abaixo, descendo então o vale do rio Conho. Pelo meio fez-se mais uma paragem estratégica e inevitável no fantástico Poço Azul [GC3Q6AE], onde os mais intrépidos e calorentos aproveitaram para tomar um banho. A caminhada até ao final do percurso também não levantou grandes problemas, com mais algumas paragens/ desvios para aceder à cache My Blue Lagoon [GC1D9PG], à Cabana do Velho [GC5EED7], no Curral da Malhadoura, e à Fonte das
Letras [GC1WFRW]. Para além do inevitável cansaço, foi extraordinário notar o sorriso de superação nos rostos dos participantes. É ainda de realçar a satisfação e o espanto daqueles que estiveram pela primeira vez no Gerês profundo! Certamente, muitos regressarão. Para o final, alguns participantes trouxeram bebidas para saciar a sede de todos. Com a chegada do grupo restante ficámos a saber que havia mais uma surpresa: a Clamie e o SurFreeMan tinham trazido um bolo para a comemoração de milestones. Os mais de 23 quilómetros (incluindo os desvios) concluíram-se em cerca de 12 horas. Este é sem dúvida um dos percursos mais emblemáticos do Gerês. O track pode ser consultado na página do evento [GC5YX0K] ou aqui (http://pt.wikiloc.com/wikiloc/view. do?id=4698093). Gerês rima com solitude. Normalmente, os grupos que por lá deambulam são pouco numerosos. Contudo, esta não foi uma caminhada normal. Neste dia, mais de 60
caminheiros, a custo de um longo e duro percurso, deslocaram-se ao Gerês profundo para celebrar a vida e a memória do Roberto, que, através de todos, também lá esteve! Não é fácil encontrar palavras sobre a sua partida prematura. Foi naturalmente um choque que abalou a comunidade de geocaching, os amigos e sobretudo os familiares. Uma lembrança atroz da Natureza que, de um momento para o outro, tudo pode mudar. Podemos levantar perguntas e tentar perceber o fio da meada, largando gritos ao vento, mas ficaremos na mesma. A vida, já se sabe, não se compraz com o nosso ideal de justiça. Com um sorriso no rosto, restam as lembranças e os bons momentos, multiplicados pela memória em homenagens como esta. Foi um prazer reencontrá-lo em todos nós no coração do Gerês!
Texto e fotos: António Cruz (Valente Cruz)
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International Earthcache Day ou A Arte De Bem Receber.. another event cache by DanielOliveira! por ruijsduarte
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Este passeio/evento, The Guincho-Oitavos Dune Field [GC5TMHC], estava prometido desde Janeiro de 2013, aquando da comemoração dos 10 anos das EC´s, num outro evento e, desde que a oportunidade se proporcionasse, não podia de maneira nenhuma faltar!
lidade para partilhar um pouco de si e dos seus locais preferidos com a comunidade, etc..
A explicação? Há várias, parece-me... o sorriso desarmante do Daniel; a paixão despretensiosa que coloca nas suas explicações; a disponibi-
sadiço acima... Parando aqui e acolá para beber mais um pouco de conhecimentos geológicos e ir-se tirando as medidas ao enorme volume
A verdade é que, do que fui apurando durante as duas horas que durou o evento, vários (muitos?) já tinham inclusive encontrado a grande maioria das caches da zona e não eram, portanto, o Chegado ao ponto de motivo da deslocação encontro com meros dez matinal até ao Litoral do minutinhos de atraso e Guincho. já nem estacionamento Uns breves minutos de arranjei... não há muitos briefing iniciais (BilinOwners que, mesmo gues!!! Fruto da comdebaixo da promessa de parência de um compamuita chuva e até de um nheiro estrangeiro que furacão/tempestade (o teve desta forma direito tal de Joaquim), consi- às respectivas explicagam arrancar do con- ções, ao longo de todo forto do lar tanta gente o percurso, no idioma como a que se reuniu no de Sua Majestade!) e alpendre da Dona Cres- iniciou-se a caminhada! mina esta manhã. Passadiço abaixo, pas-
o caminho visível, utilizando algumas canas à laia de cerca improvisada e tentando que os O creme de la creme utentes não se afastem das explicações e da muito do trilho previsto. visita estava reservado A restante caminhada para próximo do local fez-se a bom ritmo, com onde nasceu a nova The algumas paragens para Wentworth Scale - DP/ observação dos fenóEC78 [GC62XBQ], bem a menos que dão nome e propósito para mais um vida a outras das EC´s souvenir (e onde o Jasa- residentes (a visita às fara foi colocado à prova amigas Orbitulinas não pelo Prof., passando podia faltar!), e para com distinção, à primei- constatar uma e outra ra e “sem espinhas”). vez as péssimas opções Ora, nesta zona o corpo tomadas pelas autodunar atinge uma altura ridades, ditas compeverdadeiramente digna tentes, para lidar com o de registo e fez desa- dinamismo da massa de parecer debaixo de si o areia. passadiço! Desaparecer Mais um Evento com por completo! Não há letra grande, a provar, como cumprir o tal de mais que tudo, que o “Proibida a circulação EarthCaching goza de (...) fora dos passadi- muita saúde e tem uma ços”! Já por ali andei um boa franja de adeptos par de vezes em busca (Hoje presentes cerca de das caches residentes cinquenta!)... e a diferença impressiona... os responsáveis Texto / Fotos: Rui pelo espaço fazem o Duarte (RuiJSDuarte) que podem para manter de areia que se vai deslocando das praias para os oitavos (e de volta ao mar).
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M A N DA M E N TOS
Faz o trabalho de casa por
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Tiago Veloso
chamava-nos ao qua- de água? E eu sem dro e não sabíamos calçado adequado... resolver nada?! Bons Ou a luz UV em falta... velhos tempos... Ou as coordenadas Mais tarde, muito que mudaram há 4 mais tarde, aprendi dias, mas a minha que os TPC até tinham pocket era da semana a sua importância no passada... mundo dos estudos... E aquele owner que e do Geocaching. nunca cria caches Quantas vezes dedi- acessíveis? Se eu tiquei preciosos minu- vesse visto que era tos a procurar uma dele, tinha tirado uma cache que não estava folga de mais dias... lá? (e essa informação Quantos metros de era clara pelo elevado “abrir mato” fiz para número de DNF...). chegar a uma ca-
poupado se tivesse reparado que a listing dizia que o único acesso era num TT? Agora tenho o tubo de escape ao pendurão, maldito buraco!
E depois o professor E aquele ribeiro cheio E quanto podia ter
Tiago Veloso
As disciplinas mais chatas eram as que mandavam TPC complicados que roubavam preciosos minutos ao Batatoon... e atrasavam as complexas construções de Lego... Professores maus!!! Muito maus!
E quem é que nunca teve uma falta de presença porque o “cão comeu o caderno”? A aversão aos “trabalhos para casa”, “trabalhos para totós”, “tortura para crianças”, “todos para casa”, é universal Quantas vezes chee vem desde sempre. guei a uma cache complexa que não Digam lá, quem é que pude logar, por faltar nunca copiou pelas soluções aqueles algum instrumento? exercícios indecifrá- (e havia referencia nos veis de matemática? atributos...).
Fiquei mal habituado pelos TPC escolares... mas estes geocachianos raramente me escapam. Os 4 minutos de leitura da listing e de visualização dos atributos, pode ajudar a poupar uns euros e alguns minutos de buscas.
che que até estava Agora, obrigo os meus num trilho? Porque miúdos a fazer os TPC não olhei para os todos os dias. Os eswaypoints? colares. E se eu tivesse lido os logs que referem um Texto / Fotos: erro de 38 metros?
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ENTREVISTA DE CARREIRA
SUP3RFM Por Rui Duarte
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Olá Hugo! Sê (finalmente) muito bemvindo às páginas da GeoMag... Há já imenso tempo que tens o “teu espaço” aqui reservado e é para mim um enorme prazer poder ser mesmo eu a abordar-te para esta entrevista! Vamos lá revisitar estes teus dez anos de geocaching, neste que foi o teu último ano enquanto Revisor! E sim, já lá vão dez anos! :) Ups...sim, já não és Revisor... ...calma caros leitores, calma...já lá iremos!! :) GM - Então, onde andavas tu nos idos anos de 2005 e qual o papel do Geocaching nesse teu Verão? Onde começa a história dos SUp3rFM & Cruella? SP - A história começa um pouco antes, em 2004. Na altura, um amigo contava-nos que andava à procura de caixas com a ajuda de um GPS. Falava-se disso no IRC e gozava-se com a situação nos almoços entre amigos. A oportunidade de experimentar, de nos mostrar como era, só surgiu no início de 2005. Foi nessa altura que procurámos as primeiras caches. 52
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Procurámos, mas não as encontrámos. Foram dois DNFs, uma no Pego do Inferno e outra junto à praia do Barril, em Tavira. Apesar de não as encontramos, o bichinho ficou. Encontrei um GPS porreiro, um Magellan Sportrak Pro no eBay que nos chega no verão de 2005. Após algumas semanas, surge a oportunidade para encontrar as primeiras caches com o novo username. A partir daí, a história continua, agora não tanto no geocaching, mas felizmente continua fora dele. GM - Hum... A minha pesquisa não conseguiu alcançar esse hiato temporal, pré SUp3rFM & Cruella... Registaste de alguma maneira esses primeiros DNF´s ou na altura não te pareceu ser necessário? Calculo que te estejas a referir à (já arquivada) Multicache Pego do Inferno [GCKRCB]do ppinheiro e à Armação do Barril [GCGTWC] do NCarvalho, certo? Esta última onde acabaste por vingar o DNF, já em finais de 2005. Está correcto? SP - Desse período não há registo online. Foi apenas uma introdução, para vermos como era. E, sim, foram essas as caches.
Não as encontrámos, mas a emoção da procura motivou-nos a continuar. Afinal, a coisa tinha piada, mesmo quando se fica de mãos a abanar. O convívio, a descoberta, as piadas, acabam por ofuscar a frustração. O registo no geocaching. com só surge após a chegada do GPS. A partir daí, está tudo online.
tinha lido a página da cache, não vi a dica (na altura dava direito a ser excomungado). Apareceu e assim redescobri o jardim. Foi uma procura pragmática. Apontava, procurei, encontrei. Sorte, talvez. Fiquei contente, claro! Descobri a cache e um local interessante. Sei que o espaço ao redor já foi melhorado, mas GM - Ok, voltemos o local onde a cache então aos meus apon- está, parece condenatamentos [risos]! Es- do. tavam em Setembro GM - Vemos também de 2005 quando, já de pelo vosso perfil que Magellan em punho, foram uns dias cheios encontraram o boni- de to Jardim da Estrela e a cache alusiva ao caches encontradas, mesmo, uma criação esses da recta final do Bargao_Henriques de Setembro! Relem(curiosamente entre- bras alguma dessas vistado para o número buscas como algo de anterior da GeoMag), realmente especial ou de nome BH06 Es- andavas/am numa de trela Garden [Lisboa] revisitar Lisboa e ar[GCKH20]. Tiveram redores? mais sorte que muitos SP - Foi um escape. outros geocachers... O meu avô havia faEsperamos o dia em lecido nos dias anteque requalifiquem o riores e precisava de miradouro para que a espairecer. Inclusive dita seja finalmente a Ana (Cruella) estareactivada (e já lá vão va a trabalhar e eu muitos, muitos me- tirei uns dias para ir ses)! Conta-nos um apanhar umas ondas pouco dessa desco- e umas caches. Com berta...foi um “Olha, as crianças na escola, afinal é verdade!” ou estava sozinho com mais para o “A culpa a prancha e com o foi do GPS” (ou me- GPS. Ganhou o GPS/ lhor, da falta dele)? Geocaching. Foi uma SP - Já não me recor- excelente alternativa, do muito bem. O GPS como quase sempre o apontava para o local, é. Ficamos com a ca-
beça preenchida das possibilidades onde possa estar a cache e não nos sobra espaço para outras coisas menos positivas. Foi também uma redescoberta. O geocaching revela-nos novos locais, possam ser eles no topo de um monte ou no fim da nossa rua, sem que nunca tenhamos passado por lá. GM - Tens toda a razão... consegue mesmo ser um excelente escape! Ainda há poucos dias o usei como desculpa para uma voltinha de bike e dois “Found It”! Estava a sofrer da síndrome “Filho de férias com os Sogros” e precisava de pensar noutra coisa! E, mesmo a propósito, falemos de Família!
Tens uma “Team Familiar”, certo? É/era costume as vossas saídas conjuntas ou nem por isso? Aproveitam/ avam para fazer algum tipo especial de caches e passeios quando todos juntos (Jardins, etc.)? SP - Sim, o nick é da família. As crianças acharam piada, mas nunca ficaram particularmente motivadas para encontrar caches. Se fosse pelo caminho, numa saída para um jardim, eram capazes de falar no assunto, apenas nessas ocasiões. Não se criou o hábito, por uma razão ou outra, de vamos passar um dia inteiro a fazer geocaching. Entre mim e a Ana, sim, já houve.
GM - Ora aí está algo conhecido como o dia que, até ver, nunca que o Vítor Sérgio consegui fazer, um dia encontra croquetes inteiro dedicado ao numa cache, a voltiGeocaching, nem com nha 4x4 na região de a minha mulher nem Tomar, a ida à Serra da com o meu filho (ele Estrela, dias de praia ainda é pequeno, te- que depois acabam nho esperança). Têm com toda a gente a algum desses périplos procurar caches, etc. geocachianos como São muitos e difíceis referência especial de isolar, já que cada de “Olha que dia bem um teve sempre algo especial que o torna passado!”? Onde? diferente, de uma forSP - Uma das primei- ma positiva. ras aventuras conjuntas foi a ida ao buraco Não digo que só em da agulha, na Arrábida, conjunto é que se vià Six Feet Under [Arrá- vem momentos únibida][GCH618]. Para cos. Tenho também além da cache, do de- aventuras sozinho ou safio para se lá chegar, com a minha mulher o grupo acabou por com muito boas recorse juntar à mesa, ou dações! seja, foi um dia bem GM – Ok, falemos dos passado! Tenho ainda Amigos! Acabaste, como referência as obviamente, por criar idas em conjunto a laços de amizade com Sintra à noite, no Dia outros praticantes... das Bruxas, também “Cachadas conjuntas” Outubro 2015 - EDIÇÃO 17
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são/eram um habitué pelo btrodrigues num do teu léxico ou nem dos seus logs! por isso? Como se junta tanSP - Se me pedissem to Geocacher em para encontrar, numa 2005?!? Eram já teus só palavra, aquilo que conhecidos o geocaching me deu, muitos dos compadiria: Amigos. Sem nheiros desse dia? dúvida alguma. Sim, estive (estarei?) em SP - Honestamente, muitas aventuras, não me recordo com caches épicas, conví- exactidão como tudo vio, grupos, locais do foi organizado. além, mas os amigos Teria sido num dos que encontrei foram meetups em Lisboa? a melhor coisa que o No fórum do geocageocaching me deu. ching-pt? Já não me Com eles e não só, lembro. Sei que era já tivemos cachadas uma turma de pesfantásticas, muitas soal “boa onda” que histórias para contar... estava ali para se diGM - Conta...conta! vertir. Como era aconPodes começar por selhado o uso de um esse “Meetup” na Ar- capacete, lembro-me rábida (como lhe cha- de ter ido na noite anmaram os Rifkindsss) terior à procura de um e que foi bem concor- à Decathlon. Achei enrido como podemos graçado alguém estar atestar numa foto de a fazer exatamente a grupo disponibilizada mesma pergunta ao
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empregado da secção. No dia seguinte, desfez-se o mistério. Era o Páscoa, do Porto! Não o conhecia, nem dos logs, nem das fotografias. Quais as probabilidades daquilo acontecer em 2005? Não comprei um capacete, fui com um das obras e sobrevivi. Já conhecia algumas das pessoas, não todas. Perdi o contacto com alguns, outros ficaram para a vida. GM - Falemos agora um pouco da tua faceta de Owner. Alguma investigação revela que te iniciaste com um par de Multicaches, ainda em 2005. As Let’s Play! [Lisboa] [GCR8WX] e A walk in the Park [Lisboa] [GCRH8W]. Duas boas caches (na minha opinião) em duas zonas
bem emblemáticas da cidade de Lisboa (a localizada no Parque das Nações goza por estes dias de “nova roupagem”! Leia-se “novos instrumentos”). Porquê este tipo, tens um especial apreço por Multicaches? Julgo que seria/ será mais habitual começar-se pelas “simples” Tradicionais. SP - Não tenho qualquer preferência sobre determinado tipo de cache. Lembro-me de discutirmos como seriam as caches e a ideia comum: Mostrar os locais. Levar os geocachers do ponto A para o ponto B. É um conceito relativamente simples. Na “Let´s Play” mostra-se os instrumentos musicais, na “Walk in the Park”, uma parte do
Parque Eduardo VII e o Pavilhão Carlos Lopes. Depois dessas surgiram as tradicionais e outras, apenas porque achámos que se ajustavam melhor. A colocação das primeiras, fruto da nossa inexperiência, criou algumas dores de cabeças aos geocachers e algum impacto negativo nos locais onde estavam. Soubesse o que sei hoje e seriam diferentes. Sempre a aprender... GM - Não tens preferências sobre o tipo de cache em si...então e sobre as tuas “criações” propriamente ditas? Colocaste duas dezenas de caches... reconheço, pessoalmente, pelo menos meia dúzia delas como muito boas caches e entre elas um trio que está no meu TOP! Destaco sem dúvida as duas Navarone e a do Museu do Traje. Todas muito perto dos 40% de Favoritos, não obstante irem a caminho dos dez anos de existência.
abandonado, e acho toda aquela envolvente totalmente fora da realidade. Artilharia pesada, às portas de Lisboa, com uma vista fantástica sobre a costa. Achámos que seria o local perfeito para uma cache. Não era preciso complicar. Coordenadas e caixa. O resto deixámos p ro p o s i t a d a m e n t e para descobrirem. A Dress Code [Lisboa] [GCTYTF] foi uma cache que nos deu muito prazer em colocar e acompanhar o seu dia-a-dia. Foi uma preparação “by the book”. Contactámos a direção do espaço, propusemos o percurso, os locais e fomos muito bem recebidos. Em pouco tempo conseguimos o apoio do arquitecto responsável pelo espaço e pela equipa de jardineiros. Aliados de força… que se riam com as buscas infrutíferas de alguns geocachers.
Outra, por ser completamente diferente das outras, que apreciamos bastante, foi a eMula. O desafio, o local, a página. Tudo Tens algumas preferi- bate certo, acreditadas entre aquelas que mos nós. colocaste? GM - A eMula... essa SP - A escolher uma, “maldita”... [risos]! seria a Guns of Nava- Ainda está na “To Do rone [Trafaria] [GCR- List”, hei-de perceber QT1]. Conheço aquele o que é para fazer! local desde criança, já Outra cache vossa
que me parecia bastante diferente era a Stargate P38009 TB Cache [GC13TRB], uma das mais interessantes de Monsanto, já arquivada. O que podes contar sobre a sua idealização e conceito?
A eMula é simples. Está tudo, ou melhor estava, no eMule/a!
GM - A outra “vertente” de ser Owner, promover eventos... olhando para o teu historial vemos que não é coisa em que tenhas sido muito SP - As caches Star- profícuo. gate são um conceito único. Um conjunto de Não é/era a tua praia? Já como participante, geocachers, um pouco mais de seis dezenas por todo o mundo, en- de attends... activos carregava-se de fazer participantes mas não passar os trackables como organizadores, depositados e envia- certo? vam-nos por correio para outras caches SP - Não consigo isoda rede, as melhores lar uma razão para ajudavam a cumprir tal. Acho que nunca os seus objetivos. Há nos moveu verdadeiquem não goste, na- ramente a criação de turalmente, da ideia, eventos, sem consejá que os trackables guir explicar o porquê. não circulam de forma No entanto, não dei“legítima”. Creio ter xamos de aparecer, e visto a ideia a ser dis- agradecer, em evencutida nos fóruns da tos organizados pela Groundpseak e propus comunidade. a criação de uma em Portugal. Foi interes- GM -Por falar em cosante, mas algo dis- munidade, fala-nos pendioso. Funcionou um pouco sobre uma durante algum tempo célebre e depois teve o seu reportagem para SIC, em Maio de 2007. fim. Revela-nos os basEstava localizada no tidores de uma coiParque do Monsanto sa destas! Como se por três razões: Ser viram confrontados razoavelmente perto com tal mediatismo, da cidade, estar num o que acharam, como local seguro, pelo correu, etc.. Tudo, vá. que no meio da mata pareceu-nos o locar SP - A reportagem já indicado e ter um ta- foi há alguns quilos manho razoável, uma atrás. Ainda tinha cabelo! Ammo Box. Outubro 2015 - EDIÇÃO 17
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“Se me pedissem para encontrar, numa só palavra, aquilo que o geocaching me deu, diria: Amigos. Sem dúvida alguma.” Creio que foi um contacto encaminhado por um geocacher, não me lembro de quem. A SIC gostava de mostrar o que era o geocaching e nós aceitámos o desafio. Reunimos os mais pequenos e fomos para Monsanto. Mostrámos uma cache do Regalla que havíamos adotado. À semelhança de outras, creio que foi um bom retrato do que é o geocaching. Hoje serve para não só mostrar como é o geocaching, mas também para os miúdos brincarem uns com os outros pelas figuras que fizeram. Na realidade, não há nada a apontar-lhes, estiveram muito bem. GM - E as participações na rádio? Confirma-me, duas? Antena3 e TSF? A da TSF julgo que também de Maio de 2007 mas em relação à outra não sei. Que tal?
de saber mais sobre geocaching. Aceitei o convite. É um mundo que me é familiar, mas a responsabilidade de representar algo tão fervorosamente acarinhado por muitos, num programa em direto, para uma larga audiência, fez-me pensar várias vezes sobre ir ou não ir. Lá estive e não fui apedrejado à saída. Parece que correu bem. A reportagem na Antena 3 foi uma pequena participação. O João Lopes (Lopesco) e o Afonso Loureiro é que foram os responsáveis pelos contactos. Também foi em direto e, curiosamente, em duas caches nossas, na Guns of Navarone [Trafaria] [GCRQT1] e na Log it! [Pela Falésia à Lagoa #1] [GCY008]. Aliás, esse contacto acabou depois por originar uma reportagem na RTP1 com o João Lopes, também. Mais outro bom veículo de divulgação da atividade, mesmo com o Lopesco a aparecer.
SP - Na TSF, o assunto parecia ser mais sério. A rádio tinha um programa sobre curiosidades depois GM - Entretanto foram do almoço, durante a “dando” as vossas casemana, e gostavam ches para adopção.
Uma opção natural Ora, sensivelmente com o abrandar da ac- um ano depois do vosso registo no Geotividade? caching.com aparece SP - Sim, natural. Já o o Reviewer SUp3rdeveríamos ter feito FM... como é que isso mais cedo. Não é coraconteceu? Como é reto deixar as caches que se passa do “jogaabandonadas, sem a dor” para o “revisor”! atenção devida, não Tenho presente que obstante haver outras antes de ti as caches razões, como a vida eram revistas pelo refora do geocaching, visor Garri, espanhol, que por vezes se in- certo? tromete neste nosso passatempo. Por essa SP - Sim, quando razão, as nossas des- começámos, a reviculpas. Agora estão são estava a cargo todas com novos do- do Garri, catalão, boa nos, algumas arqui- gente, genuinamente interessado em Porvadas, prontamente tugal. Tanto que ficou substituídas por memotivado a aprender lhores experiências, a falar e a escrever certamente. português! Eu estava GM - Hahaha [ups] interessado em saber Desculpa. Saiu-me mais e por isso freuma gargalhada sem quentava o fórum da querer! Vou aprovei- Groundspeak. Na altutar esta tua primeira ra, Portugal não tinha piada cáustica para um fórum dedicado, fazer a transição para os poucos assuntos o SUp3rFM, o temível eram tratados num (ex)Revisor! Pode ser? grupo genérico. Pedi a criação do espaço e SP - Temível? No trânem agosto de 2006, lá sito chamam-me, por apareceu. O meu nick vezes, coisas piores. aparece assim ligado à Vou tomar temível função de moderador, como um elogio. Obripartilhada com o Brugado. no Rodrigues. Só em GM -E era, e era! [Ri- junho 2009 é que a Groundspeak me consos] Outubro 2015 - EDIÇÃO 17
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por ti? Do primeiro estarmos a falar de um evento? passatempo. LembroSP - Antes do Garri, me da quantidade de as caches em Portu- informação que foi negal caiam numa pool cessário absorver, dos de revisores que se passos a tomar. Prinocupavam com “ou- cipalmente isso, sem contundo esquecer as Era necessário alguém tros territórios”, ou boas reações que tive local, mais presente, seja, países ainda sem da esmagadora maiomais disponível, para grande expressão e ria da comunidade. fazer a revisão das caches em Portugal, Brasil, Cabo Verde e “A primeira cache que São Tomé. Aceitei, por muito avassalador que publiquei foi a do Filipe a função parecia ser nessa altura (e ainda MightyReek, Dá-me asas... o é). siderou como revisor. Creio que esse convite surge da ligação que já tinha com a Groundspeak e com os laços que mantinha com o Luís Garrido (Garri).
Por consequência, Espanha ia também perder o único revisor, pelo que durante muito tempo também assegurava a revisão das caches em Espanha, com a ajuda de um revisor americano. Tempos engraçados. GM - Não fazia mesmo ideia! Pensava que tínhamos revisor “dedicado” há bastante mais tempo... Por pouco não entrei no Geocaching.com ainda no tempo do Garri. “Tempos engraçados.”, acredito! Um revisor Americano a publicar caches em Português e Espanhol devia ser bem interessante de ver! Desses primeiros tempos, de que te recordas?!
(Sesimbra) [GC1V1FX]”
que facilmente, apesar da barreira da língua, conseguiam rever e publicar caches. É uma estratégia que ainda hoje faz sentido com países onde o geocaching ainda está pouco ativo. Com o alargar da equipa de revisão numa escala mais global, procuravam-se encontrar pessoas que ficassem com territórios com mais afinidade, Portugal e Brasil são um exemplo disso. Calhou ser eu.
Recordo-me do receio. Principalmente isso, do receio, das dúvidas. Conversámos muito sobre essa responsabilidade, se aceitava ou não o convite. Era e continua a ser uma Lembras-te da pri- responsabilidade conmeira cache publicada siderável, apesar de 58
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A primeira cache que publiquei foi a do Filipe MightyReek, Dáme asas... (Sesimbra) [GC1V1FX]. Calhou, mas creio que foi um excelente começo. O primeiro evento não me lembro, mas a resposta está no IAAN, certamente. GM - E da primeira “confusão”? [risos] SP - Que confusão? Não me lembro de nenhuma. Lembro-me das dezenas (posso dizer centenas?) de emails, de cumprimentos, de abraços, de telefonemas, de até postais de parabéns e votos de força (não confundir com forca) para a função que desempenhava. As confusões, das quais não me recordo,
são todas esquecidas. As atitudes positivas, um obrigado, um cumprimento, acabam por fazer esquecer qualquer tipo de situação mais desagradável que possa ter eventualmente acontecido... GM - Olha, olha... o politicamente correcto! [risos]! Não me lembro bem do SUp3rFM assim... recordo-me mais de ver referências ao Opencaching (que me parece ter fechado portas), site usualmente citado como alternativa para os descontentes com os serviços da GS! Lembro-me de alguém mais ao género do btrodrigues do que do vsergios! Já agora, qual o elemento da equipa actual achas que “herdou o teu estilo” (o que quer que isto queira dizer)? Mesmo na máxima “todos diferentes todos iguais” há alguns mais iguais do que outros! SP - Mau feitio, não creio. Pragmático, sim. Muito. As referências ao Opencaching ou a outro qualquer passatempo fora do geocaching.com surgiam quando alguém dizia que era a última vez que fazia uma cache por qualquer razão. Nesses casos, ajudava a pessoa no sentido
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de eliminar essa frustração e encontrar uma alternativa. Não faz sentido insistir em algo de que não se gosta. Não somos todos iguais, mas nenhum é cáustico por natureza. Como já referi inúmeras vezes, nenhum revisor, em Portugal e no mundo, quer bloquear uma cache ou um geocacher porque sim. São demasiadas caches, demasiados geocachers para conseguirmos de forma racional, fria, calculista, dizer que A não vai publicar mais nenhuma cache, ou que no local Y não vamos publicar nenhuma, só porque sim. Todas as questões levantadas no processo de revisão de uma cache visam a publicação de uma cache de
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acordo com as linhas de orientação. O processo é falível e é bom todos tomarem consciência disso mesmo. Não partam é do princípio que o revisor, que todos os dias passa, pelo menos, uma hora a olhar para as caches do outro, vos escolheu para atormentar os vossos planos. É absurdo! Colaborem. Mesmo se acharem que a pergunta é estranha, ridícula, parva, colaborem. E, se por algum motivo aquele vosso projeto não pode ser publicado, utilizem o que aprenderam com isso, a fazer um ainda melhor. Se o revisor está errado, ajudemno a perceber o erro. Não acho que tenha um estilo particular e muito menos que
algum dos revisores tenha herdado algo. À semelhança do que acontece com os novos que entram, herdam conhecimento, mas isso é desassociado da personalidade.
Portugal! Lembro-me também de ter visto a tua recusa em participar e/ou ser proposto.
Lembraste disso? Podes partilhar as tuas opiniões sobre o assunto, a eleição em si e o porquê de não Todos trabalham para quereres ser envolvique as vossas caches do? sejam publicadas. ToSP - Já disse que não dos. tenho mau feito, se GM - Vá, damos o voltas a insistir, lembenefício da dúvida e bra-te que sei onde não insistimos muito moras. Creio que a no teu mau feitio... iniciativa foi do GeoPT. até porque, ninguém Gosto de actos públiduvidará de que tens cos de reconhecimenuma grande cota to. Acho que é assim parte no desenvolvique se motivam as mento do geocaching pessoas a fazer mais e por cá. Lembro-me melhor, seja num pasperfeitamente de ler satempo, seja na vida o teu nome vezes profissional, etc. sem conta aquando da iniciativa da GS em Recusei participar por eleger o Geocacher achar que o processo da Década, e respec- de nomeação e partivo paralelismo em ticipação não foi im-
parcial, nem objetivo. Apenas por isso. Agradeci as referências e nomeações de todos que o fizeram, mas achei melhor sair do processo. Mas, mais uma vez, reforço que iniciativas como os Prémios GPS, Geocacher do mês/ano/década são importantes. Motivam quem ganha, quem é nomeado, quem nomeia. No final, ganha a comunidade. GM - Vamos então à “grande questão”! Essa de seres o primeiro EX-Revisor Nacional... O que nos podes revelar sobre o assunto? Renunciaste? Foste arquivado [muhahaha]? Deixaste de ter a disponibilidade necessária para essa tal hora despendida a tentar levar a bom porto a publicação de caches e afins?
cer, erguer estátuas à nos arbustos ou penequipa de revisão que durada numa árvore. teve que É mais fácil de comaguentar com a so- preender este fenóbrecarga de trabalho. meno se pensarem É uma equipa feno- que os geocachers só menal, que dá muito estão a ver parte do para que milhares se trabalho de um revipossam divertir. Estou sor. As caches que são com uma dívida difícil publicadas são a parte de pagar para com visível. O que não se vê todos. Só gente boa é ou sabe, e que por isso que podia aguentar a é difícil de contabilizar, situação sem pesta- são a quantidade de nejar. projetos que por uma GM - E nesse quebrar razão ou outra não de laços, tiveste tem- são publicadas. po ou discernimento Naquele dia à noite para dizer “Vou puem que recebemos blicar esta última cauma Reviewer Note che!”? Lembras-te do ou a publicação, penúltimo “Publish”? Foi sem que esse é só um ponderado/escolhiacto, das dezenas que do? o revisor já fez e fará SP - Não me lembro. de seguida. Não é fácil. Nem sequer foi simGM - E estamos a bólico. Curiosamenfalar de que altura? te, esse é um mal de Quando cessaste espraticamente todos os sas funções? Como te revisores. Como passentes agora, que já samos os olhos por tiveste algum tempo centenas, milhares de para “respirar”? submissões, acabamos por esquecê-las SP - Creio que foi no rapidamente. Um dos final de 2013, início de meus receios era de 2014. Fui deixando e passar a saber onde e acabou-se a ligação. como estavam escon- Esse momento, o de “respirar” começa didas as caches. assim que parei. No Assim, o geocaching perderia interesse entanto, esse espaço rapidamente, porque, acabou por ser ocuafinal, já sabia onde pado pela vida profiselas estavam. Não sional e familiar. São podia estar mais en- tempos vividos com ganado. Em minutos, outro prazer.
SP - Tirei uma espécie de ano sabático. Tinha muita coisa a acontecer ao mesmo tempo na vida profissional e já sobrava pouco tempo para a vida familiar. Por consequência, menos ainda para o geocaching e para a revisão. Deixei de ter disponibilidade e desfez-se a ligação. Amigos como sempre. É apenas mais um capítulo da minha vida. já não me recordava GM - Do que consigo Nesta altura, só tenho onde era a cache X ou depreender, a visita (e que louvar, agrade- Y, se estava escondida “praxadela” à minha
pessoa) à minha defunta Letter de Loures foi um dos teus últimos actos oficiais como Reviewer [risos]! Digam-me lá o que vos passou na cabeça e que despoletou essa brincadeira! Lembro-me que estávamos numa altura em que se discutia muito as guidelines e algumas alterações (como sempre) e vocês “venderam-me” que tinham de rever “in loco a cache”, derivado de ser diferente do habitual. Algo até arriscado já que não conhecia nenhum de vós (SUp3rFM, Lopesco e Btrodrigues). SP - Essa, entre outras, foi um dos momentos mais épicos da minha vida como revisor. A ideia surgiu numa das várias conversas que vamos tendo ao longo do dia sobre as caches em revisão. Achámos que era a partida ideal. Foi épico. A preparação, a chegada ao local, a tua reação, tudo. Foi particularmente interessante quando a partilhámos com a restante comunidade de revisores e com a Groundspeak. Ficaram todos espantados pela forma como “montámos” a partida. Serve também esta história para sustentar a ideia de, apesar de Outubro 2015 - EDIÇÃO 17
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parecer contraditório, os revisores são aqueles que mais relevam e que menos levam a atividade a sério, de forma sisuda, zangada. Encontramos, em qualquer situação, sempre algo para nos fazer rir, mesmo naquelas mais críticas.
revelar alguma coisa do processo que adiciona novos elementos à equipa? São vocês, voluntários, que pedem reforços com o evoluir da actividade ou são os “patrões” que notando o incremento de publicações se chegam à frente?
Há quem goste demasiado de geocaching, tanto que turvam a visão e a capacidade de análise. Relaxem, é só um passatempo.
SP - Onde é que já se viu um grupo de adultos a brincarem com réplicas de armas verdadeiras que disparam bolinhas de plástico? Que criancice… Se ao menos usassem equipamentos GPS para encontrarem caixas de plástico!
GM - Épico mesmo! Ainda mais com a chegada daquele grupo armado, liderado por um Superintendente de uma das forças policias (que não chegou a tempo de nos ver)! Aproveito para te agradecer não teres “passado cartucho” ao Bruno, que queria arquivar a cache on the spot por causa dos “tropas” e teres servido de interlocutor entre a comunidade geocachiana, que ali era eu, e os responsáveis pelo espaço. Entrada de leão no campo das Letters, naquela que me parecia ser uma excelente cache (modéstia à parte). [risos]
A entrada de novas pessoas é sempre positiva. Para além da capacidade aumentar, sempre é mais uma pessoa para ajudar no processo de decisão. Os revisores não sabem tudo na ponta dos dedos. É por vezes necessário debater as ideias apresentadas, até porque muito do fascínio da atividade nasce da imaginação dos participantes, sempre na procura de novos conceitos. Quanto ao processo, não posso revelar. É um procedimento interno da Groundspeak. Eles aparecem quando se acha necessário aparecerem.
Só mais uma pergunta relacionada com os tempos de revisão... como foste vendo a entradas dos restan- GM - Afinal eram duas tes elementos? Podes perguntas. E o au62
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mento exponencial de quivamentos devido a situações que se caches para rever? Chegavas ao PC e prolongaram durante “*%&%&&$! Mais du- muito tempo. Achei zentas?!?!”? Alguma uma coincidência intevez houve um dia em ressante.
que não caísse qual- Assim ficou. quer coisa na queue? GM - Do que depreenSP - Exactamente: do pelo vosso perfil, a “*%&%&&$! Ainda há última grande jornada uma hora se limpou a geocachiana foi por fila de entrada e já lá terras do Tio Sam, estão mais 50?!”. Sim, uma barrigada de caaconteceu muitas veches antigas (virtuais) zes. Nunca houve um em Fevereiro de 2012. dia sem uma cache nova para rever, nem Confirmas ou tens um email ou Reviewer uma daquelas páginas Note para responder. É de “notas de campo” um emprego a tempo carregada de Founds inteiro, todos os dias. (ou DNFs) por regisÉ uma atividade que tar? Foi propositado não respeita qualquer ou “atravessam-se no teu caminho”, como é feriado. usual dizer por estes GM - Hum... Esquecidias? me de perguntar pela origem do teu avatar! SP - Quando viajamos, Na Geochurrascada e porque o interesse do ano passado fui principal não é o geoselecciono apresentado a um caching, gigantesco cone (com caches que estão ao chapa de TB e lo- longo do caminho gbook), “igual” ao que de dificuldade baixa, te serve de chapéu acesso rápido, tradino avatar de revisor... cionais, virtuais, webcams e earthcaches. está relacionado? SP - Na primeira Geo- Tudo o resto é ignorachurrascada que fui, o do. Tenho field notes travel bug [TBK3T0] desde então, entre do Bruno Rodrigues as quais um found na andava a circular de GC23. Ainda não as cabeça em cabeça. registei, mas vou faModéstia à parte, zê-lo um dia. achei que a foto me favorecia. Adotei-a como meu avatar. Curiosamente, no princípio da “carreira”, houve muitos ar-
GM - Tens acompanhado, neste último ano e meio, de alguma maneira a evolução do panorama geocachiano ou esse “ano
sabático” ainda não grupo de “incógnitos” ga “carreira” de geo- como a melhor múgeocachers? cacher! terminou? sica, o melhor livro, SP - Tenho acompa- SP - É possível. Cos- Aqui, nos bastidores melhor filme. Acontenhado de longe. Não tumo frequentemen- da GeoMag, espera- ce o mesmo com as sinceramente caches. Que caches sei como está, mas te estar à mesa com mos Difícil, imagino que tenha geocachers, grandes que tenhas (pelo me- recomendo? melhorado. O balanço amigos que são… nos) outros tantos muito difícil. Aliás, geral é sempre para Incógnitos, é relati- anos envolvido neste não o consigo fazer. frequente nosso hobbie! Um Descubram-nas vomelhor numa ativi- vamente dade que depende da encontrar alguns pela último pedido, para cês. Pode ser uma no imaginação dos seus cidade quando cami- darmos por encerra- fundo da vossa rua participantes. As más nho, quando corro, etc. das as hostilidades... ou no topo de uma ideias serão sempre Há sempre algo que Recomenda-nos um serra. Nunca se sabe. ofuscadas por novas e nos denuncia entre par de caches que te É a beleza da coisa. nós. A partir daí, é fá- encham as medidas Divirtam-se, sozinhos brilhantes ideias. cil meter conversa. O para que possamos ou com amigos, não GM - E agora? É progelo quebra-se assim “aguentar” melhor levem isto demasiado vável encontrarmos que se diz “Precisam este intervalo que nos a sério. Agradeçam a em breve assinatude uma dica?”. separa da próxima re- todos, owners e reviras dos SUp3rFM & sores. Cruella por aí ou será GM - Muito obrigado vista! Hugo pela disponibiSP - Por natureza, mais simples darmos lidade e simpatia com sempre achei muicontigo à mesa de um Texto: Rui Duarte / que to difícil encontrar o qualquer estabeleHugo Silva cimento, em amena abraçaste mais este top absoluto entre as Fotos: Hugo Silva cavaqueira com um desafio na tua já lon- coisas que gostamos Outubro 2015 - EDIÇÃO 17
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wa y m a r k i n g
Time capsule por razalas
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Ícone da categoria Time Capsules Caixa do Tempo [WMN980] http://tinyurl.com/otzy7yp Detroit Century Box http://tinyurl.com/pd526uo Time capsule com 220 anos http://tiny.cc/10oc4x
Nesta edição da GeoMag decidi destacar um Waymark da categoria “Time Capsules”, a “Caixa do Tempo” [WMN980] que se encontra em Matosinhos, no jardim do Palacete do Visconde de Trevões (nas traseiras da Câmara Municipal). Encontrei-a por acaso durante o percurso de uma Wherigo cache que existe na zona.
Estados Unidos. Tinham sido seladas há mais de duzentos anos e dentro das mesmas foram encontradas moedas, jornais do dia em que foram seladas, livros, A razão pela qual des- mensagens, entre outaco esta categoria é tras coisas. porque considero as Contudo, a que consi“Time Capsule” uma dero mais fascinante, é forma rudimentar das a “Detroit Century Box”, tão desejadas viagens que, apesar de ter esno tempo, uma vez tado fechada “apenas” que põem em contacto 100 anos (de 1900 a pessoas de diferentes 2000), continha 100 épocas. Deve ser incrível cartas de personaliabrir uma destas coisas, dades relevantes da pois é como se alguém época com comentários de uma época passada, e dados acerca da vida com a qual nunca terias em 1900, bem como as oportunidade de te cru- suas curiosas previsões zares, te descrevesse as de como a cidade seria certezas e incertezas do em 2000. Um exemplo seu tempo. dessas previsões é a dos
que no futuro os prisioneiros fossem transportados para a esquadra da polícia por meio de tubos pneumáticos.
Comissários da Polícia de Detroit que previam
Texto / Fotos: Pedro Salazar (Razalas)
possível e assinalar a sua localização com um pequeno monumento ou placa (com as indicações de quando foi colocada e de quando deve ser reaberta).
Uma “Time capsule” é, como diz a descrição da categoria, uma forma de enviar informação acerca de uma determinada época para o futuro. A forma como isso se processa é colocando mensagens e/ou objetos representativos do espírito desse tempo dentro de um contentor, Há cerca de um ano atrás selá-lo da melhor forma foram abertas duas nos
Infelizmente a criação de “time capsules” ainda é uma prática muito americana e em Portugal não tinha conhecimento da existência de nenhuma, até me cruzar com a do Waymark referido no início do texto, selada e enterrada em 2010 e que será aberta em 2035. Segundo os seus criadores, esta contém previsões de como será a Europa nesse ano e, apesar de ser uma curta “viagem no tempo”, gostaria de estar presente aquando da sua abertura.
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PÉ DE CABRIL GCZBTH Por ZéSampa
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O Gerês ou o Parque Nacional da Peneda-Gerês, na sua expressão mais lata, permanecerá para todo o sempre associado à prosa e poesia de Miguel Torga, exímio mestre alquimista, hábil no acto de transformar em palavras a inefável beleza das imensas serranias destas montanhas. O encantamento e deslumbre não será difícil de entender, pois todo aquele que, tal como o mestre, ouse cirandar pelos seus intemporais trilhos, certamente perder-se-á em palavras de arrebatadoras visões e indiscritíveis sensações. Divagando pelas suas entranhas, deixandonos levar pela brisa do vento, a alma parece reencontrar o corpo simples e despido por entre o nu da rocha cal-
va característica destes granitos. Na dureza das suas quase que infindáveis expressões, dominando a linha do horizonte erguem-se caprichosas formas da erosão, afirmando-se em incontáveis picos, entre os quais, a 1238 metros de altitude, eleva-se o imponente Pé de Cabril, a “pétrea majestade” de Torga. O emblemático rochedo desde há muito que se assume como “local de peregrinação” de vultos de renome da cultura nacional, arrogando destaque na literatura de Torga ou na pintura naturalista de Artur Loureiro. O desejo de dominar as suas formas desde sempre seduziu o homem que na sua insignificante e efémera existência almejava conquistar o seu
topo. Assim, não é de estranhar que este tenha sido um dos berços da escalada em Portugal, modalidade que nos anos 30 deu alguns dos seus primeiros passos na parede oriental deste icónico colosso. Inevitavelmente o fascínio da indelével obra da natureza, prorrogarse-ia até ao nosso dias, clamando por contínuas conquistas, mais que não fosse pelo alcançar dum cobiçado plástico, simples contentor de experiências e superações plantado num cenário de transcendente beleza. Todavia, não seria antes do agora longínquo Outubro de 2006 que, pelas mãos da lendária equipa d’Os Cacheiros Viajantes (Cache-a-lote, Cachapim, Ouriços Cacheiros e Robin da Mata), surgiria
o tesouro que assinalaria no panorama do Geocaching nacional o domo granítico do Pé de Cabril. A equipa, muito antes de se estrear no Geocaching, cedo deu início ao contacto próximo com a montanha. No caso do Cache-a-lote e do Cachapim, principais responsáveis pela colocação da cache, a prática da caminhada e do campismo selvagem teve início no seu tempo de estudantes algures na Serra da Freita e Arouca, a sua “praia iniciática de montanha”. Todavia, não obstante o grupo ter feito anteriormente uma ou outra incursão pelo PNPG, como foi o caso da Fenda da Calcedónia [GCGZCK], foi só com a descoberta de vários locais dados a conhecer pelo Geocaching – entre Outubro 2015 - EDIÇÃO 17
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“
Há sítios do Mundo que são como certas existências humanas: tudo se conjuga para que nada falte à sua grandeza e perfeição. Este Gerês é um deles. Acumulamse e harmonizam-se aqui tais forças e contraste, tão variados elementos de beleza e de expressão, que o resultado lembra-me sempre uma espécie de genialidade da natureza.” Miguel Torga, Diário VII
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“Porém, a demanda, tal como qualquer grande aventura por entre vales e encostas montanhosas, começa bem antes de se alcançar o almejado topo, sendo que as alternativas para aí se chegar são diversas. ”
os quais se destaca a cache Stairway to Heaven [GC640F] dos GreenShades – que surgiria a ideia de assinalarem a sua presença na imensidão geresiana.
chamamento de con- das Silhas dos Ursos quista. [GCYHJ1], seguindo Porém, a demanda, tal depois em direcção ao como qualquer grande apelidado planalto do aventura por entre vales “Planeta dos Macacos” e encostas montanho- até atingir o Covelo, num sas, começa bem antes total aproximado de cerE assim, tendo como de se alcançar o alme- ca de 5 quilómetros. missão primordial a “(…) jado topo, sendo que as Foi precisamente este partilha de lugares que alternativas para aí se último trajecto o escopodíamos fazer chegar a chegar são diversas. lhido pela equipa (repreoutros, na exacta medi- Assim, de entre as várias sentada pelo Cachapim da em que também nós opções, possivelmente a e o Cache-a-lote) para, ambos (Cache-a-lote e forma mais fácil e directa numa primeira abordaCachapim), recém-che- de aceder à base do gi- gem, visitarem o local. gados a essa actividade, gante é aquela que parte Visita que apesar de lonnos víamos a agradecer desde a Portela de Leon- gínqua não foi esquecipor alguns lugares que te [GC4W2EP], seguindo da, permanecendo bem outros nos deram a ver o trilho que sobe em gravada na mente des(…)”, nascia a ideia de direcção à encosta, com tes expedicionários. Tal assinalar o topo do Pé de início junto à antiga casa como refere o Cache-aCabril. do guarda. O percurso -lote: “ainda lembro que O local seria descober- com cerca de 2,5 quiló- para a colocarmos, eu e to pelo Cachapim cuja metros marcado por al- o Miguel/Cachapim, que “(…) primeira referência gumas mariolas, apesar não conhecíamos o local, surgiu numa pesquisa do declive acumulado, tomamos o caminho que que referia os poucos não apresenta dificul- não mais repetimos, o degraus metálicos cra- dades de maior e em caminho no qual se vê vados na parede como pouco mais de uma hora o Pé de Cabril, não de exemplo de via ferrata conduz-nos ao início da frente mas por trás, senem Portugal (…)”. Depois, ascensão propriamen- do difícil imaginar aquilo naturalmente, surgiram te dita. Em alternativa, que da estrada se vê ao as demais referências poderá iniciar-se a cami- longe, cuja lenta aproà escalada e ao fascínio nhada na casa do guarda ximação foi sendo um que o afloramento ro- da Junceda, num per- lento deslumbramento choso exercera sobre al- curso cujos quilómetros pela geologia e paisagem guns artistas nacionais, iniciais acompanham daquela zona.” circunstâncias a que se aliava um irresistível
caminho que se escolha, esse deslumbramento estará sempre presente nestes trilhos. Percorrê-los é, quiçá, o maior dos encantos destas paragens. Aqui cada passo significa muito mais do que simples centímetros, metros ou quilómetros. Cada passada é uma decisão! Uma manifestação do livre arbítrio. Um encontro rumo à liberdade apenas alcançável na natureza bruta destas paisagens.
Ainda assim, não obstante cada recanto reservar uma infindável panóplia de visões e sentimentos, a experiência, tal como a paisagem, ver-se-á para sempre dominada pelas formas austeras daquele pico. Este, na sua eterna perenidade, quebrando a serenidade daquelas encostas, assume-se como rei e senhor do horizonte, alto e imponente como que gritando: “Estou aqui! Venerem-me! Curvem-se a meus pés em submissa glória!”. Mandamentos que, após a chegada às raízes do de perto a pequena rota De qualquer modo, in- seu corpo, ganham uma do Trilho Interpretativo dependentemente do nova expressão. Aí, a Outubro 2015 - EDIÇÃO 17
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submissão, perante a imensa verticalidade da sua figura, será imediata, esmagando-nos em dúvidas e incertezas, levando-nos a questionar se existirá forma possível de domar o seu ego. Felizmente, seguindo o rasto das pisadas indicadas pelos owners, eis que se revela o sinuoso trilho, abrindo caminho rumo à conquista da (quase) impenetrável fortaleza. Passo a passo, percorrendo as acidentadas rugas da criatura, com alguma determinação, rapidamente chegamos à profundeza das suas entranhas. Aí, eis chegada a hora da devida vénia, rastejando pelo âmago da sua robustez disforme em busca da ténue luz que do outro lado espera à sombra do moribundo carvalho. Ultrapassada a escura fenda, seguindo pela rocha, o caminho torna-se cada vez mais evidente conduzindo-nos com
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relativa segurança até à outra margem, onde, num só golpe, estendendo-se em inúmeros vales ofuscados pelo cintilante espelho d’água da albufeira da Caniçada [GC31B13], a magnitude da paisagem anuncia-se em todo o seu esplendor. Neste ponto, com o topo à distância de três delicados e vertiginosos passos, o ferrugento metal cravado na rocha, assume-se como o objectivo final da ascensão, “la pièce de résistance” da sublime obra (cfr. log do prodrive). Porém, ainda que os singelos passos rodeados pelo abismo abrupto não se avizinhem fáceis, o hipnotizante apelo de conquista falará mais alto, seduzindo--nos num inexplicável assomo de força e coragem que, tal qual chamamento absoluto, rasgará os céus em odes de glória, clamando a hercúlea conquista do incrível colosso!
Chegados ao topo, na transcendência inebriante do momento, a sensação de conquista, emoldurada pelo singular quadro natural, compensará todo e qualquer receio. Desde o cume, contemplando o horizonte, na vastidão de altos e baixos da paisagem é possível avistar outros emblemáticos picos destas paragens. Assim, entre os relevos, tendo como pano de fundo o casario de Covide e do Campo do Gerês, erguese a Calcedónia e o Tonel [GC4TYKJ], isto enquanto, na outra encosta, acima do verdejante vale dominado pela Mata de Albergaria [GC1Q4DP], assoma-se o Borrageiro [GC1471Q], senhor do coração geresiano. Como se tal não bastasse, como que desafiando a esguia figura da albufeira da Caniçada, e por entre as formações rochosas, dum inconfundível azul, irrompem os contornos da albufeira de Vilarinho
das Furnas [GC34ZRP] delimitada pelas encostas da Serra Amarela, eterna guardiã da aldeia subaquática [GC1220J]. No fundo, a sublime visão aliada ao sentimento de conquista e superação, será o grande tesouro deste caixote, cuja lenda perdurará no tempo, lado a lado, com a intemporal beleza destas montanhas, reino mágico de mil e uma formas graníticas. Circunstâncias que tornam o secular tesouro num dos mais carismáticos deste Parque, ao qual a comunidade atribuiu o privilégio de figurar entre as caches nomeadas aos Prémios GPS da Década. Agora, desafiem-se e deixem-se levar até ao topo desta desmedida necessidade de ir mais além, conquistando o imenso colosso de pedra que, “na margem de lá, (…) solene,” parece esperar “(…) o abraço duma ascensão.” (Miguel Torga, Portugal)
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1 - Como descobriram o Pé de Cabril? Todos nós, os membros d’Os Cacheiros Viajantes, conhecíamos já zonas do PNPG, mas não muito. No meu caso e do Miguel/ Cachapim a nossa ‘praia iniciática de montanha’ em tempos de estudante, e falo de caminhada e de campismo selvagem (mas já cumprindo, na altura, a regra de nada deixar para trás, lixo incluído) não fora o Gerês, antes a Serra da Freita e Arouca. Claro que já fizéramos uma ou outra incursão – e falo dos anos 80, no tempo comum a todos nós, da faculdade – como foi o caso da Fenda da Calcedónia, mas sempre em modo de caminhada para piquenique, e um ou outro passeio de carro que depois e em conjunto fizémos. Efectivamente foi só depois do Miguel nos/me iniciar no Geocaching, em 2005 que retomámos quase em conjunto o prazer da caminhada, que todos, creio, ainda mantemos, algumas vezes em conjunto, e para as quais, ocasionalmente, nos desafiamos mutuamente. O caso do Pé de Cabril – e confesso: tive de abrir o site para saber que talvez tenha sido a nossa 2ª ou 3ª cache – a ideia foi do Miguel, quando após colocarmos a nossa 1ª na Serra d’Arga – nos desafiou a colocarmos uma no Gerês que já nos chamava sem que soubessemos ainda como. 72
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De facto mal lembro mas ainda lembro que para a colocarmos, eu e o Miguel, que não conhecíamos o local, tomamos o caminho que não mais repetimos, o caminho no qual se vê o Pé-de-Cabril, não de frente mas por trás, sendo difícil imaginar aquilo que da Estrada se vê ao longe. Tenho algumas fotos, poucas é certo, dessa caminhada, e de facto, a lenta aproximação que fizémos foi sendo um lento deslumbramento pelo geologia e paisagem daquela zona, incluindo algumas que as poucas fotos que ilustram a cache mostram. Portanto e indo directo à tua pergunta, penso que o Miguel quando pensou no local, respondeu a um chamamento, e que eu, com ele, partilhei, de partilha de lugares que podíamos fazer chegar a outros, na exacta medida em que também nós ambos, recentes chegados a essa actividade, nos víamos a agradecer por alguns lugares que outros nos deram a ver; e aqui tenho de facto, de referir, as primeiras caches que eu e ele fizeramos na PenedaGerês, nesse mesmo ano, da autoria de uns senhores chamados ‘GreenShades’, como sucedeu com a ‘Stairway-to-Heaven’. Conclusão: há sempre alguém, atrás, que motivou outros, à frente, a promover esse tipo de partilha. Ainda bem que assim é. 2 - De que mais gostas no local e que recordações te traz o momento em que esconderam a cache?
Começo por dizer uma coisa: decerto quase todos nós temos um pouco de celta, povo que por cá habitou e construíu, na maioria dos casos, uns castros, visíveis e alguns ainda em bom estado, no topo de montes como sucede tanto no litoral como até no Douro, nas arribas. Sucede que agora ‘nós’ (nós no sentido geral, de pessoas) não estamos propriamente virados para a construção; é mais para o lazer, mas mesmo assim, parece que é sina, querer-se chegar ao topo, a qualquer topo, olhar, e talvez vigiar a aproximação de quem quer se aproxime ‘sem amizade’. Claro que brinco com isto mas não deixa de ser engraçado e curioso este vício de conseguirmos ultrapassar as limitações que essa maldita ‘senhora’ de nome ‘gravidade’ impõe Mais a sério: quem viajar em direcção ao Gerês, por Póvoa de Lanhoso e vilas/aldeias seguintes, depressa repara naquele promontório, vigiando essa entrada para a Vila. Na altura em que a colocámos não existia nenhum azulejo com o que agora está, desde o ano seguinte à sua colocação. Para nós a ‘ascensão’ sempre foi e é de outro tipo. Mas colocá-la lá, zona que na altura nem sabíamos já ter sido usada para escalada, não posso dizer que tenhamos sofrido da bebedeira de altitude, não, é o caso, que ambos não sofremos de vertigens, mas é sempre o chegar ao topo, mesmo
que haja outros topos mais altos. No entanto lembro uma coisa: dessa ascensão a dois, e já depois de subir as escadas, creio que, na altura um ‘pouco mais elegante’, tentei e acho ter conseguido passar por uma fenda e imaginarão os outros o que é sempre passar por uma fenda!!! (sorrisos, e não falo da ‘fenda-gruta’, na base), para chegar ao plano onde decidimos colocá-la. E confesso: agora, e contra todas as expectativas, legítimas, que o tempo permite, a dita fenda que na nossa última incursão voltei a tentar, parece estar mais aconchegada, sinal que os tempos são definitivamente outros e parecem não perdoar. Mas aceitase que o tempo corra contra nós; mas também nós contra ele. 3 - Há algum log que te/ vos tenha marcado de alguma forma diferente ou especial? Confesso que embora receba notificações não abro o log da cache para ler a maioria, embora de vez em quando vá lá espreitar. Sei que foi sempre nosso objectivo recolher fisicamente o logbook quando necessário substituí-lo por outro. Não recordo nenhum especial, excepto aqueles primeiros, antes de visão assombrosa (que lá em cima se tem) se espalhar. Esse deslumbramento passado a palavras por muitos desses primeiros que lá foram – e decerto muitos que ainda agora lá
vão pela 1ª vez com a repetição desse deslumbramento – palavras desses que ascenderam, todos, que exigiram bem mais que meros ‘fenomenal’, ‘maravilhoso’, ‘que espanto’, a esses posso dizer e será comum a todos os membros do grupo, que conseguimos que falassem e se maravilhassem pelo que o espaço em volta permite ver. Esses e são bastantes, recordarei e recordaremos. Talvez um ou outro log, não sei se nesta ou noutra, em que um pai e uma mãe, inicia um filho/a de poucos anos a calcorrear em descoberta. Se nesta cache há algum assim, certamente é um daqueles que devolve um pouco de emoção a todos nós que a colocamos. Uma nota final: em todas as caches, poucas, que colocámos, nunca fizémos questão de lhe dar um esconderijo difícil de encontrar. O objectivo nunca foi esse ultimo passo mas antes o percurso de chegar lá, e chegando lá, dar a satisfação minima de a encontrar. Sei que a alguns chateará percorrer um trilho e nada encontrar, mas o nosso objectivo, mesmo que não seja encontrada, mas estando lá, foi primordialmente cumprido: levar as pessoas até lá; foi assim com esta como com todas as outras. 4 - Algum dia pensaste que a cache pudesse sobreviver durante tantos anos após a sua colocação?
Confesso (e aqui repitome mas não estou em contrição) que não; julgo que nenhum de nós dirá que esperava que tal sucedesse, embora o seu desaparecimento pontual não seja algo a menosprezar. Não faço ideia se há ainda caches activas dos primórdios do Geocaching (e esta nem das primeiras), e activas pelos mesmos que as colocaram. Decerto que haverá, e decerto até bastantes. Mas permanecer lá e servir de iman para que outros gozem o espaço que a caminhada e o local permitem, tenho de reconhecer que também isso dá um gozo e uma satisfação especiais pela perenidade das poucas caches que colocamos, e poucas porque a cada uma demos um especial significado. Portanto, a resposta é não e não deixa de ser interessante perguntar até quando, mesmo que não imaginemos a resposta. 5 - Como encaras o sucesso da cache após quase 10 anos de existência? Eu pessoalmente não encaro as coisas, estas coisas, nesse prisma de sucesso, embora entenda o sentido da pergunta. E no prisma com que a fazes, só tenho a resposta que atrás dei: algo, e algo definido, no ser humano, chama pela natureza bruta, mesmo que seja apenas ao fim de semana. E a natureza bruta coloca sempre desafios a que o Homem se entrega e, pelo menos, achar que ven-
ceu. Decerto haverá logs em que alguns desses caminhantes pensaram não conseguir, mas tendo conseguido, deu-lhes algo que queriam mas talvez não esperassem, Mais uma vez, se tal sucedeu com algum dos que lá foi, só podemos dizer: ‘Óptimo. Bem vindo. Olha daqui ..e tent aver mais além.’. 6 - Como foi revisitar recentemente a cache e ver pela primeira vez um dos elementos da equipa conquistar o topo da formação rochosa (refiro-me à nota de 24/06/2015)? Foi óptimo, até porque foi um percurso novo que fizemos, escolhido pel’Os Ouriços Cacheiros’. No meu caso, até foi a 3ª vez que lá fui, duas delas com o Miguel/Cachapim, e das três vezes, sempre por percurso diferente. E interessante até porque, sendo o PNPG uma zona natural mas humanizada, e isso é bom ninguém esquecer - não é propriamente um ‘Wild Noroeste’ – percorremos zonas onde encontrei bem mais orquídeas, entre outras plantas do que foi possível das outras vezes e nos outros percursos, sinal que, vasto que é aquele espaço, e apesar disso bastante visitado, há ainda muito por calcorrear e descobrir e com isso encontrar o tal deslumbramento paisagístico com tudo o que uma zona semi-selvagem pode dar. Quanto ao facto do ‘Fernão/Ouriço Cacheiro «Alfa»’ ter ascendido e pela 1ª vez, ao topo, ul-
trapassando o ‘mal dos planos inclinados e da profundidade do que está lá em baixo’, confesso que terá sido algo que ele(s) terá decidido fazer, mesmo não sabendo se o faria, e sem que nós soubessemos antecipadamente. Não lhe perguntamos sequer quanto tempo terá durado o processo de decisão: aconteceu e de certeza ele, bem mais que qualquer um de nós, terá dito: ‘Ora bem: assunto fechado’, pese embora saiba que não dirá: ‘Ora bolas: se era só isto ..já o podia ter feito antes’; Isso, sei, ele não dirá. Se alguns de nós, por mera questão de oportunidade, tem uma ou outra cache, das que colocamos, e que nunca visitamos, no caso desta e só desta, ele estava em falta. O facto de já crescidos ‘Os Ouriços juvenis’ serem capazes de fazer a ascensão sem problema algum terá dado uma contribuição mas não o empurrão, pelo que só podemos, todos nós, estarmos satisfeitos. E satisfeitos, e mais uma vez me repito, é como se houvesse uma lacuna na nossa existência (exagero!) sendo certo que a vida de cada um de nós está empedrada de lacunas. Mais uma vez obrigado pela colaboração! Texto: José Sampaio (ZéSampa), Carlos M. Silva (Cache-a-lote) e Miguel Alexandre Salgado (Cachapim) Fotografia: José Sampaio (ZéSampa) Outubro 2015 - EDIÇÃO 17
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GEOCHURRASCADA 2015 por
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R u i JSD u a r t e & H o m e n s
da
Lu ta
O objectivo inicial da presença na GeoChurrascada deste ano era comemorar o seu décimo aniversário fazendo uma retrospectiva das suas já 11 edições… Afinal não há assim tantos eventos regulares que consigam perdurar no tempo, de forma ininterrupta, de modo a poderem comemorar os dez anos de existência (são tão poucos que este é mesmo o único). Acontece que essa retrospectiva já foi feita! Na extinta Gz Portugal saiu uma peça do género pelo que não nos pareceu relevante voltar a fazer tal coisa... O foco mudou então para: primeiro, uma reportagem in loco, ver com os nossos próprios olhos o que continua a fazer da GeoChurrascada um dos eventos de referência do Geocaching Nacional e que, como apregoam os seus organizadores, marca a rentrée anual deste nosso hobbie e, segundo, saber da boca dos seus actuais organizadores, os HdLG, algumas opiniões sobre a história, passada e presente do Evento (história e estórias).
trava no interior do famoso Parque Municipal do Cabeço de Montachique, em busca daquele que, segundo me disseram, foi o local onde se realizou a primeira das edições... E não foi fácil! Tive mesmo de recorrer à app da GS para localizar o gz, tal a forma como está escondido aquele pedaço do parque. Não desfazendo do restante espaço, ali é, pareceme, o sítio ideal para a realização deste evento! Calmo, recôndito, aconchegante, íntimo... Adjectivos que certamente passaram pelas mentes dos que puderam estar ali presentes a 20 de Setembro.
À nossa chegada apenas dois companheiros já lá estavam, dois Homens da verdadeira Luta: o Vsergios e o Jinunes! E o grosso do trabalho já estava feito... Não sei a que horas é que o conhecido por “Homem da grelha Nunes” terá chegado mas uma pilha da melhor lenha já se alinhava para proporcionar calor à muita carninha que marcou presença neste dia. O homem em si, deixou tudo preparado e depois de uma breve sessão fotográfiFoi com isto em mente ca com o seu pequeno que ainda antes das dez discípulo (meu filho), ruda manhã já me encon- mou a outras comezai-
nas, deixando atrás de si um rol de queixumes de quem ia chegando e não o encontrava! Os companheiros de luta iam chegando aos poucos... Primeiro aqueles que não podendo ficar para o almoço vinham dizer olá e trocar uns dedos de conversa (destaque aqui para a chegada triunfal do geo_duarte e buxahs que apareceram literalmente do meio do bosque, verdadeiramente à Geocacher!) e, já mais a horas de utilizar o braseiro, o grosso do pessoal! Desenganem-se aqueles que, olhando aos attends do evento, julguem que terão sido pouco mais de um par de dúzias os que decidiram dizer “Presente” a mais uma jornada dos Homens da Luta! Contei cerca de 70 a 80 participantes, entre singulares, teams, filhos e enteados entre outros, que vieram antes, durante e depois da Churrascada propriamente dita! :)
acompanhar um pouco da preparação deste evento há já quatro verões, as primeiras duas vezes na qualidade de “tipo que manda bitaites e não aparece” e no ano passado com uma fugaz presença depois do dilúvio que se abateu. Este ano estava apostado em tomar verdadeiramente o pulso à mística da coisa e acompanhar a chegada dos comensais ao recinto! Confesso que a explicação do tal sucesso do evento é por demais simples... o que nos foi dado a assistir foi a um rol de sorrisos, abraços e beijinhos de amigos que se reencontraram depois de um ano afastados!
A chegada de mais um companheiro vinha, invariavelmente acompanhada de um “Olha ali o não sei quem!” ou um “O coise já chegou” e etc., sempre com um rasgado sorriso e a promessa de mais um valente cumprimento! E claro, com isto chegava também o rol de peças carnudas Para um evento que que iriam ao longo de vive apenas do salutar várias horas parar em convívio, sem adereços cima das grelhas! “Coisa ou maquiagem, é Obra. bonita pá!”, como diriam Ainda por cima, povoado os Camaradas! de verdadeiros dinos- Neste particular, o do sauros do Geocaching almoço propriamente Nacional! dito, não se pode deixar Tenho
o
prazer
de
em claro o momento em Outubro 2015 - EDIÇÃO 17
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que a shalmai e o paragrama tiram do interior da sua geleira uma garrafinha de tinto e um par de copos a preceito! “Piquenique mas com estilo” (ou algo parecido) foi a desculpa que deram para tais preparos! :) Mais uma prova (se ainda fosse necessário) de que este é verdadeiramente um “Evento Caseiro”. As horas passaram depressa, demasiado depressa, parece-me... quase à mesma velocidade com que o Costa (Lamas) debitava, para deleite dos que iam ficando para o fim, as suas GeoEstórias, e, entre os “Até para o Ano” o recinto ficou vazio... acabámos por sermos nós “a apagar a luz” já que tinha prometido ao meu pequeno geocacher que iriamos procurar “uma caixinha” e aproveitei para revisitar a Passeio pelo Parque de Montachique [ Loures ] [GCXB38], praticamente pelas 19:30.
permitia fazer TRÊS caches de uma vez só. Sim, fazer três caches numa tarde era algo que na altura era uma raridade, dada a escassez das ditas. A organização foi iniciativa do geocacher PPinheiro que de uma forma completamente altruísta se lembrou de juntar uma larga fatia dos geocachers activos Texto: Rui Duarte (Rui- na altura à volta de um JSDuarte) grelhador em amena caFotos: Rui Duarte vaqueira e convívio. (RuiJSDuarte)/Bruno No ano seguinte a esRodrigues(BTRodrigues) colha do local recaiu no
com a certeza que para o ano há mais?! Pelo que pude assistir, SIM, sem dúvida! Um obrigado a todos os Homens da Luta que, de uma forma ou de outra, permitem manter a chama acesa e marcam assim o início de mais um ano caça aos Tupperwares!
A Geochurrascada vista pelos organizadores, Homens da Luta do Geocaching
A Geochurrascada é o evento de Geocaching regular (anual) mais antigo do nosso país, vai na 11ª edição! Desde 2005 que se realiza ininterruptamente, sempre no final do Verão, e é considerado por muitos como a “reentré oficial” da época de Geocaching, depois da maioria de nós ter gozado umas Será isto “O” Geocamerecidas férias. ching?! Fazer amigos e poder almoçar juntos Começou por se realizar uma vez por ano, num no parque de Montemor espaço que é também (entretanto desativado) deles, partilhando his- em Loures, local escotórias, passadas e pre- lhido pela qualidade dos sentes, ver o quanto a equipamentos, pela visdescendência cresceu ta, mas essencialmente (em número e tamanho) porque tinha duas cae ao fim do dia partir ches dos 2Cotas, o que 76
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Parque do Cabeço de Montachique (onde se realiza desde então), também no concelho de Loures, porque oferecia melhores condições, nomeadamente sombras, e mais espaço para todos. Mais uma vez foi iniciativa do PPinheiro, impulsionado pelo feedback do ano anterior e pela ajuda dos restantes geocachers. Dessa edição fica a memória da presença do revisor ibérico da altura, o garri (sim, nessa altura só havia um revisor que tinha Portugal e Espanha). Nessa edição houve um aumento substancial de participantes, quer porque o Geocaching aumentava de forma exponencial quer pela publicidade feita através do (único) fórum de Geocaching que havia na
altura, local onde a larga maioria dos geocachers nacionais se encontrava. Passou de 18 Attends em 2005 para 32 em 2006, o que era um fenómeno na altura. Em 2007 o nº de geocachers presentes praticamente duplicou, e tornou-se evidente que era “o” evento do ano, o momento em que geocachers de todo o país se juntavam para confraternizar e até se conhecer pessoalmente. Estávamos na “época de ouro” do Geocaching em Portugal, quando se registou o maior crescimento e com mais caches (e geocachers) de qualidade. Mais um evento organizado pelo PPinheiro. Para 2008 a fasquia foi aumentada: a pedido de várias famílias tentou-se o primeiro Mega em Portugal! A fasquia ficou 208 geocachers abaixo, mas ainda assim responderam em massa e estiveram em Montachique quase 300 geocachers, algo impensável até então. T-shirts, autocolantes, cartazes, jipes carregados até ao teto, uma logística sem igual que teve neste ano a ajuda de mais alguns geocachers (Rifkindsss, BTRodrigues, Kelux, Playmobil, entre outros) pois o PPinheiro já não
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“Não existe paralelo no panorama de eventos a nível nacional (apesar dos muitos eventos que pegaram e adaptaram este modelo para si) e não está nos planos deixar de o realizar. ” conseguia gerir sozinho o fosso entre o Geocaa “máquina” que se tinha ching dito de “qualidade” tornado este evento. e o geocaching de “beira Em 2009 mais um ano a da estrada”, e isso tamtentar chegar ao Mega e bém se sentiu aqui. Com agora foram quase 400 a falta de motivação de geocachers, já sem o alguns surgiu o empePPinheiro na organiza- nhamento de outros e ção (substituído pelos em 2011 com a ameaça Riffkindsss), mas infe- de não se realizar este lizmente não se chegou evento foram os Hoà marca esperada. Mas mens da Luta do Geoimaginem 400 pessoas caching que pegaram na à volta de um churrasco organização do mesmo gigantesco, e imaginem e (com a ajuda de outros) tudo fizeram para que o toda a logística! mesmo não sucumbisse Em 2010, mais uma e continuasse a ser “o” Geochurrascada e outra evento de referência natentativa de chegar ao cional. Mega. Desta vez foram 431 geocachers no Par- 2011 marca assim a que Municipal do Cabe- viragem na Geochurrasço de Montachique e foi cada, mudando os orgao último ano em que os nizadores e os moldes Rifkindsss estiveram à da mesma. Deixou de frente a organização, ser “pay & eat” e cada tal como foi o último um passou a levar as ano em que se contabi- suas próprias febras e lizaram os presentes (e bebidas, deixou de se que se tentou chegar ao tentar chegar ao Mega Mega). 2010 foi ano de e deixou de ser o evento mudança no geopano- mais participado a nível rama nacional, algumas nacional, com outros cisões ditaram a aber- eventos a chegarem tura de um novo Portal ao Mega logo na sua de Geocaching e termi- primeira edição (os 10 nava a unidade entre os Anos de Geocaching, na geocachers. Aumentava Malveira, em 2010) e a 78
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superarem os Attends adaptaram este modelo da Geochurrascada. para si) e não está nos É desde 2011 portanto planos deixar de o realique os Homens da Luta zar. É muitas vezes difícil do Geocaching orga- de conciliar a vida pesnizam e mantêm vivo soal com o Geocaching este evento, que tem mas tudo faremos para amadurecido em cada que continue a ser este ano que passa e se “re- “o” evento, não deixanfina”, tornando-o quase do vagas aquelas mesas como um evento de do Parque Municipal do “elites”, onde é possível Cabeço de Montachique encontrar os geocachers que todos os 3ºs dominmais antigos, onde há gos de Setembro está à uma identidade e uma nossa espera! sequência. Aqui, o GeoGostaríamos de conticaching até passa para nuar a contar convosco 2º plano, e valoriza-se e com todos os geoa amizade e a camacachers que se revêm radagem. O feedback neste modelo de evento, recebido cada edição sem PTs de 100 caches que passa faz com que à mistura, sem pressa não se esmoreça e não para ir fazer caches, se pense em terminar o sem fanatismos nem que já considerado uma tradição e que continua rivalidades, sem media ser para muitos a tal ção de comprimentos “reentré oficial” no novo de aparelhos reprodutores masculinos mas ano Geocachiano. sim com camaradagem, 5 Edições volvidas desde amizade, boa disposição que os HdLG pegaram e alegria. no evento e penso que o balanço é francamente Contamos convosco em positivo. Não existe pa- 2016! Até lá! ralelo no panorama de Kirikiri kiri kirikiriki! eventos a nível nacional (apesar dos muitos eventos que pegaram e Texto: Homens da Luta
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EVENTO
LEIRIA COINFEST 2015 Por Geocaching Leiria
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Realizou-se no passado mês de Setembro (fim de semana de 11 a 13) o Leiriacoinfest 2015 [GC5QWV4], um evento de mostra de Geocoins (e outras actividades/ eventos pararelos) destinada à partilha de experiências e da paixão que estas bonitas peças despertam em muitos geocachers. Foi este o mote que levou a GeoMag ao contacto com os “Geocaching Leiria” para sabermos mais, não apenas sobre o evento mas também sobre a própria team e os seus planos para o futuro de geocaching n”O tal distrito...”.
de aproximar os geoca- cionar a hipótese de se chers. receber alguns souveEstes eventos, apesar nirs (o dia internacional de criados/preparados relativo às Earthcaches pelo Geocaching Leiria, ou ao CITO).
Desde há cerca de um ano que a equipa Geocaching Leiria tem tentado dinamizar o geocaching no distrito através de várias iniciativas, nomeadamente o Geoconcelhos, com o intuito de dar a conhecer um pouco mais dos concelhos do distrito bem como o
de experiências entre geocachers. Tentamos ainda estar atentos a datas comemorativas, tanto para o “mundo do geocaching” como para a “sociedade em geral”, de forma a não só promover o convívio (ex: o magusto, o natal, etc.) como também propor-
contam sempre com o apoio e colaboração de geocachers locais, que se tornam os anfitriões destes eventos. São iniciativas com uma vertente mais cultural, ou seja, cada evento tem como principal objectivo conhecer locais de interesse, quer a nível cultural, ambiental ou até gastronómico.
Neste âmbito, já visitámos os mosteiros da Batalha e de Alcobaça, assim como a zona histórica de Peniche. Em A Equipa Junho realizámos uma Este foi um projecto caminhada na zona das idealizado e criado em Fragas de S. Simão, 2012 pelos Romeu&- acompanhada de um Dina. Actualmente está jantar gastronómico em a ser coordenado por Alvaiázere, considerada uma equipa composta a Capital do Chícharo. por sete geocachers, Aos dias 22 de cada designadamente pelos: mês, realizamos os noscapitao77, Let_LRA (2), sos Meetup´s. Eventos Nocturnosbike, Reis que têm como finalida&Reis (2) e SmirMan. de o convívio e a troca
tem vindo a permanecer e serve já para identificar os geocachers do distrito.
Os meios de comuniEm 2014 organizámos cação utilizados pelo ainda um fim de sema- grupo são o site (www. na com vários eventos, geocachingleiria.pt) e o dos quais destacamos facebook (grupo e páalguns pequenos wor- gina). kshops, que serviram O Evento para trocar opiniões no que diz respeito a al- O LeiriaCoinFest [GC5Qgumas aplicações gra- WV4] foi o maior evento tuitas para Android ou organizado pela nossa pequenos truques para team… a ideia surgiu facilitar a gestão de “ca- num evento com um dos maiores colecionachadas”. dores de geocoins de Recentemente, e a conPortugal, o nosso colega vite do jornal Região paulohercules. de Leiria, o Geocaching Leiria esteve presente A ideia foi amadurecenna festa do despor- do e na altura, com uma to, tendo com vista a equipa de 5 pessoas, promoção desta nossa colocámos mãos à obra. actividade. Esta iniciati- Procurar um local, prova estava direccionada gramar actividades e essencialmente para contactar os coleccionanão praticantes de geo- dores (alguns dos quais caching mas no entanto se mostraram logo contou com a presença disponíveis para expode muito iniciantes na rem as suas colecções), modalidade. Estiveram deram-nos a motivação presentes aproximada- necessária para a concretização deste evento. mente 35 pessoas. Em Dezembro 2014 surgiu um novo símbolo, necessário para que fosse autorizado pela Groundspeak para futuro merchandising. Começou a ser utilizado também o slogan, Leiria “O tal distrito…”. Algo que começou em tom de brincadeira mas que
Depois do projecto delineado apresentámo-lo à Câmara Municipal de Leiria, que se prontificou de imediato em colaborar com esta nossa iniciativa, propondo desde logo a utilização do estádio municipal (com excelentes condições). Foi uma parceria Outubro 2015 - EDIÇÃO 17
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fundamental para que este evento tivesse o sucesso que teve. Aproveitamos assim para fazer um agradecimento especial à CMLeiria por toda a colaboração. Resumo do programa: Leiria Photopapper [GC5RXYQ] (6ª feira, dia 11) Este evento teve como objectivo levar os participantes a visitar 10 dos locais emblemáticos da cidade de Leiria. Sorteámos as equipas e propusemos em cada ponto um pequeno desafio. Por exemplo, num dos locais escolhidos, a fonte luminosa, o desafio era entrarem dentro da fonte e tirarem uma fotografia com o castelo como tema de fundo. As fotos foram expostas durante o dia de sábado e votadas pelos geocachers que iam visitando a exposição das geocoins. LeriaCoinFest [GC5QWV4] (sábado, dia 12) Durante a tarde de sábado tivemos 13 expositores com cerca de 950 coins expostas e a presença de 3 lojas relacionadas. Foi um espaço onde se promoveu a exposição, o convívio e a partilha do gosto por geocoins.
seria o símbolo do Geocaching Leiria. Em relação à outra face e após ouvir várias opiniões (unânimes), optou-se por colocar o ex-libris da Geocaminhada [GC5R- cidade, ou seja, o Castelo. Com a ideia definida XX0] (domingo, dia 13) e com a ajuda de um A manhã de Domin- geocacher (Felipe Whigo foi dedicada a uma te) chegámos então ao caminhada pela Mata resultado final! dos Marrazes, onde se promoveu o contacto Demos seguimento à com a natureza, o con- abertura da fase de prévívio e a diversão, não venda, com a edição reesquecendo de procurar gular (Nickel) e a edição umas caches ao longo limitada (1Gold+2 Nicdo percurso e com um kel), superando as nospicnic para terminar em sas expectativas! A edição limitada esgotou em beleza. apenas 4 dias pelo que Durante todo o fim de se entendeu criar uma semana, foi possível nova versão (Copper). visitar os museus de Desta forma, a edição Leiria de forma gratuita. limitada passou a ser Mais uma das parcerias constituída por 1 Gold que a CMLeiria nos pro- + 1 Copper + 1 Nickel. porcionou. Continuamos (à data do Ao longo dos três dias artigo) a ter disponíveis registou-se a passagem para venda as versões de 126 nicks, perfazen- Nickel e Copper. do um total de 180 pes- Gostaríamos de agrasoas, incluindo alguns decer a alguns geocamuggles. chers colecionadores Para terminar este evento contámos com a parceria do Geopt, que organizou a 4th Traveller Race, de onde partiram 56 TB’s.
sem uma periodicidade definida (os próximos que estão programados são os concelhos de Caldas da Rainha, Pombal e Porto de Mós); continuar a promover o convívio entre os geocachers que já se conhecem e integrar novos membros através dos nossos meetup’s (uma das mais-valias destes eventos é que para além da partilha de experiências e conhecimento se criam novas amizades); organizar mais workshops, com a colaboração de geocachers mais experientes, nomeadamente em algumas aplicações (para optimizar a forma como nos preparamos para as nossas aventuras no terreno).
E claro, a segunda edição do LeiriaCoinFest não será esquecida, aproveitando a experiência adquirida na primeira e trabalhando ainda mais no sentido de se proporpelas suas sugestões e A Geocoin cionar um Evento com opiniões no decorrer do A ideia de criar uma maior sucesso, de forma processo de elaboração geocoin alusiva à cidade a conquistar a vontade deste projeto. de Leiria já era há muito de todos os geocachers falada entre a comuni- O futuro em visitarem Leiria! dade de geocacheres Na continuidade dos locais. Decidimos pois projectos delineado Texto: Geocaching Leiria avançar com a ideia... pelo grupo Geocaching Desde logo ficou deci- Leiria temos em vista: o Fotos: Geocaching Leiria / Matrixamp dido que uma das faces Geoconcelhos , embora Outubro 2015 - EDIÇÃO 17
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ALÉM FRONTEIRAS
A m é r ica do Su l POR JÚLIO GOMES
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Quando 12 portugueses se juntam para uma viagem de 3 semanas pela América do Sul, o resultado só podia ser… uma Tour Tuga!
programa de uma agên- (Fernando R., o nosso cia de viagens. flautista, não de Pan, As palavras-chave fo- mas de costela de lama), ram mesmo “planear” Helena C. e Fernando C. e “antecipar”! Inúmeras (os nossos geocachers vezes, durante as férias, anónimos, rápidos nas Originalmente (e isto comprovamos as van- caminhadas e no “gatiquer dizer em Setem- tagens de ter estudado lho” fotográfico), e Weed bro de 2014, quase um bem os locais e trajetos Hunter (Júlio, o tipo que ano antes da viagem por onde íamos passar, escreveu este texto). propriamente dita) o os constrangimentos de Nos parágrafos que se objetivo era visitar o horários de comboios, seguem, vão ler uma Peru. Mas rapidamente autocarros, custos de descrição muito sumária se concluiu que era um estadias e alimentação, (e ver algumas fotos) de desperdício fazer tantos e até os requisitos para alguns dos principais loquilómetros para visitar visitar locais como as cais por onde passamos, apenas um país, e logo icónicas ruínas de Ma- não necessariamente se acrescentaram o chu Picchu. Ter estes as- na ordem cronológica Equador e Bolívia como petos bem tratados foi por que foram visitados, destinos. Para satisfazer um enorme passo para e claro das caches que o vício do geocaching, que, apesar de algumas fizemos (ou tentamos ainda deu para marcar surpresas que natural- fazer!). Uma narração passagem (rápida) pela mente vão aparecendo mais pormenorizada da Venezuela e Brasil, e até em viagens deste gé- viagem, tipo diário, fica pelos EUA (por Miami e nero, as férias tenham para um livro a editar no as suas “beaches”)! sucedido de forma bas- futuro… Not! Verdade seja dita, e tante positiva. Claro que Agora a sério: espero pese embora o vício em o ADN português foi que se um dia visitarem comum, as caches só muito útil (leia-se “Arte estes países, para geoforam aparecendo no do Desenrasque Nacio- caching ou apenas para turismo, vos possa ser programa da viagem de nal”). acordo com o percurso que (lentamente) se foi desenhando ao longo de quase um ano de planeamento, ou seja, nunca foram a prioridade. Optamos, e foi sem dúvida uma excelente decisão, por sermos nós próprios a tratar de toda a logística relacionada com a marcação de voos, estadias, transportes nos vários locais, etc. Não foi tarefa fácil e requereu muito esforço e tempo mas, compensou muito em termos financeiros e na flexibilidade que naturalmente resulta de não estarmos presos a um qualquer
A viagem decorreu durante as 3 primeiras semanas de Agosto de 2015, e no grupo estavam elementos bem conhecidos (ou não!) da comunidade geocachiana: Silvana (enorme contributo para a organização e sucesso da viagem, e fotógrafa de serviço), MitoriGeikos (Luísa e Zé, os nossos ágeis desportistas), OverdoseNesquik (Paula e Carlos, música e boa disposição sempre presentes), btt (Ana e Aurélio, os nossos médicos sem fronteiras), Nómada (Miguel, o nosso chef de serviço), Nandini
arqueológicos, quer nos costumes dos habitantes, principalmente em zonas menos citadinas. Desertos, montanhas, florestas, mar, a Amazónia, paisagens deslumbrantes e uma enorme variedade de flora e fauna, tudo isto é possível observar neste país.
Em relação à gastronomia, tivemos algumas experiências interessantes. De uma forma geral, todos gostamos da comida peruana, muito à base de milho e batata, mas há alguns pratos para os quais é preciso algum “estômago”. Desde logo o cuy (ou porquinho da índia, sim, aqueles fofinhos) é uma prova de fogo, pelo aspeto “a la ratazana” que apresenta após ser cozinhado. Depois o ceviche (ou cebiche), que é uma marinada de peixe cru, com um sabor útil a informação que fortemente cítrico. Algo se segue. Caso contrá- que nos deixou marario, ao menos que vos vilhados foi a enorme entretenha durante uns variedade de frutos que é possível encontrar por minutos! todo o lado. O Peru… Uma das dificuldades O Peru é uma república, que sentimos no país foi cuja capital é a cidade de a adaptação à altitude. Lima, e conta com cerca Cansaço, falta de fôlego, de 30 milhões de ha- tontura e dor de cabeça, bitantes. Os principais foram apenas alguns idiomas são o espanhol dos sintomas que todos e o quéchua (não, não sentimos, uns mais que tem nada a ver com a outros. Valeu-nos a saDecathlon). bedoria local, já que em Este país abrigou o anti- quase todo o lado era go Império Inca, e ainda possível encontrar com hoje é possível observar grande facilidade umas vestígios dessa civiliza- folhas de coca para ção, quer através dos mascar, ou então tomar imensos monumentos um retemperante chá Outubro 2015 - EDIÇÃO 17
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(mate) daquela planta. algumas caches para os geocachers seguintes, e Fazia milagres! Em termos de geoca- assim tentar ajudar a diching, este e na verdade namizar a atividade por também os restantes aquelas bandas, tarefa países, deixam algo a que não se vislumbra desejar, mas talvez fos- nada fácil. se de esperar que assim fosse. Como há poucas caches (à volta de 300 no conjunto dos principais países que visitamos), haverá com certeza poucos geocachers. E sendo assim, significa que grande parte das poucas caches foram colocadas por geocachers viajantes que tentaram de alguma forma assinalar pontos marcantes das suas expedições. O que acontece é que não há quem faça manutenção, e desta forma elas vão lentamente desaparecendo. Ainda conseguimos ajudar à sobrevivência de algumas, pelo menos por mais algum tempo, mas noutras tivemos mesmo de deixar um DNF, e não foram poucos… Também nós deixamos
Lima e Pachacámac
Capital e maior cidade do Peru, cujo centro histórico foi reconhecido como Património da Humanidade pela UNESCO. A Praça de Armas, a Catedral, o Convento de São Francisco ou o Palácio do Governo são alguns dos muitos ícones desta cidade. Tal como noutras cidades de maior dimensão do Peru, o trânsito é absolutamente caótico e barulhento (não se passam 6 segundos sem que algum dos condutores à nossa volta buzine, acreditem, nós testamos!). Para viajar dentro do Peru, optamos por alugar carros, e digo-vos, não é fácil conduzir nas cidades! Não há qualquer respei-
LIMA - CONVENTO DE SÃO FRANCISCO
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to pelas regras mais básicas de trânsito, é como nos disse um taxista, “quem tem prioridade é quem é mais vivo”. E sobre os táxis, basta colocar uns autocolantes no carro, e siga, já és taxista! E quando digo carro, também pode ser uma “moto-táxi”, uma espécie de tuk-tuk lá do sítio, verdadeiros enxames destas “coisas” circulam pelas estradas atravessando-se constantemente no nosso caminho.
nossa “caravana”, não raras vezes vinha o grito de alerta “LOMBA”!
Próximo da cidade de Lima visitamos o fantástico local arqueológico de Pachacámac (ou Pacha Kamaq, que em quéchua significa “alma da terra”). Este era um santuário visitado anualmente por milhares de peregrinos, e cujo início de construção ocorreu entre 1300 e 1400 d.C.. Um local fantástico, cheio de pirâmides ainda num imE, já que menciono o pressionante estado de trânsito, nunca vimos conservação. país com tantas lombas Reserva Nacional de como o Peru, um verParacas dadeiro oásis para as oficinas especializadas A reserva é uma área em suspensões (quando nacional protegida, com alguns de nós se encon- quase 3.500km2, onde traram já em Portugal, existem muitos pontos e passamos por uma de interesse. Os prinlomba, estas passaram cipais serão provavela ser carinhosamente mente o Candelabro (um apelidadas de “perua- geoglifo com uma exnas”). De PMR - interco- tensão de 120m, tammunicadores - na mão, bém conhecido como para manter o contato Tridente, e que se crê ter entre os vários carros da ligação com os geoglifos
LIMA - PACHACÁMAC
COPACABANA - PORTO
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PAILON DEL DIABLO 90
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de Nazca e Pampas) e a Catedral (uma formação rochosa que por ação erosiva da água e vento assumiu uma forma côncava que lembra as cúpulas das catedrais – infelizmente, e resultado de um sismo ocorrido em 2007, hoje em dia já não é possível observar toda a grandiosidade deste monumento natural). A reserva conta ainda com um Museu e um Centro de Interpretação, onde é possível conhecer toda a fauna e flora que habitam este local. Grande parte da área está no entanto interdita, para proteção das espécies, o que dificulta um pouco a observação, mas ainda assim vale a pena visitar a reserva. Machu Picchu Conhecida como a cidade perdida dos Incas (“montanha velha” em quéchua), está localizada a cerca de 2400m de altitude, no vale do rio Urubamba, e apenas foi descoberta em 1911. É Património da Humanidade e uma das Sete Novas Maravilhas do Mundo. Para lá chegar há duas hipóteses: viagem de comboio desde Cusco até Aguas Calientes (uma localidade completamente turística, uma espécie de Ibiza peruana), de onde se pode apanhar um autocarro até às ruínas; ou em alternativa, seguir o caminho Inca, basicamente uma caminhada pela natureza que dura
entre 3 a 4 dias, e que te leva às ruínas pela entrada da Porta do Sol. A inexistência de estradas públicas para o local é intencional, para limitar e controlar o acesso de turistas. Aliás, existe um número limite de visitas diário, razão pela qual convém comprar os bilhetes com antecedência. Em Aguas Calientes fizemos dois DNFs (na GC3JKH8 “Aguas Calientes Train Station”e na GC41C9D “Aquas Calientes Hot Springs Cache”), o que nos deixou algo desgostosos, pois era a “porta de entrada” de Machu Picchu, e adoraríamos ter marcado a localidade com um sorriso no mapa… O estado de conservação da antiga cidade de Machu Picchu é fabuloso, e foi sem dúvida o ponto alto de toda a viagem. Existe a possibilidade de subir às duas montanhas que ladeiam a cidade, e foi o que fizemos, metade do grupo para cada lado (também há limitação para o número de pessoas que as podem subir diariamente, pelo que novamente é melhor reservar antes, o que se consegue fazer em simultâneo com a reserva da entrada em Machu Picchu).
pois as vistas são de cortar a respiração. Do outro lado, temos o Hayna Picchu, uma subida um pouco mais pequena, mas mais “radical” e desaconselhada a quem sofre de vertigens. Passamos quase um dia inteiro a visitar as ruínas e os seus recantos, a ouvir os guias que faziam visitas a grupos turísticos e, claro, a fazer as caches que foi possível encontrar (GC2Q1TG “Machu Picchu Fault Line Earthcache” e GC19941 “Para Emmy-n-Sapphie”). Pelo caminho encontramos um grupo da Google a fazer mapeamento dos trilhos para o Street View! Será que ficamos “gravados” para a posteridade? Este encontro imediato foi perto do Intipunku, a Porta do Sol, onde havia mais uma cache (GC3JJ56 “Intipunku”).
De salientar o evento de geocaching que ocorreu no dia em que lá estivemos (GC5YZ3R “Lost in Machu Picchu!”), marcado obviamente por nós, com o objetivo de tentar conhecer praticantes desta modalidade, fossem eles locais ou estrangeiros. Infelizmente, apesar de algumas notas no evento de outros geocachers, mais ninA subida do Monte Pic- guém apareceu, a não chu é difícil por causa da ser uns lamas! altitude e pela distância ao topo, a altitude má- Pisco (bebida nacional) xima atinge os 3.000m, em Ica e os seus vinhesão quase 2h para lá dos chegar, mas vale a pena A cidade de Ica vale mui-
to pelo oásis de Huacachina, onde se pode experimentar o sandboard (uma espécie de surf em areia), ou fazer passeios nas dunas em veículos em tudo iguais aos do filme Mad Max. E vale muito mais pelo Pisco, uma aguardente de uva, típica do Peru, e que tivemos oportunidade de provar num dos muitos vinhedos que existem nas redondezas. O vinhedo que visitamos chama-se Tacama, e foi uma visita muito divertida e bem “regada” com prova de pisco e de vários vinhos! Perto de Ica registamos mais um DNF, numa cache tradicional (GC2FY6W “Pto. Inca”). Uma espécie de cemitério antigo, perto do qual foi construído um resort para turistas. Cemitério de Chauchilla Impressionante este lugar, onde é possível ver uma autêntica necrópole. As múmias expostas no local criam uma atmosfera muito mórbida… Há ossos por todo o lado… A famosa múmia de Chauchilla pode aqui ser visitada, num pequeno museu que existe no local. Nazca e as suas linhas Os famosos geoglifos de Nazca são mais uma oferta do Peru para Património da Humanidade. Não é conhecido o propósito destas representações, que têm Outubro 2015 - EDIÇÃO 17
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mais de dois mil anos, mas crê-se que tinham algum objetivo religioso ou astronómico. Não tivemos muita sorte na visita a estas obras de arte, pois quando chegamos a um miradouro, de onde se podem ver dois dos desenhos, já estava a anoitecer e a visibilidade era reduzida. No dia seguinte, alguns de nós ainda tentaram ir fazer um passeio de avião para sobrevoar e fotografar os principais desenhos, mas alguma neblina matinal impediu a descolagem de todos. Sempre existe o amigo Google para nos ajudar a imaginar como seria… Ilha de Amantaní e os seus costumes Esta ilha fica no lado peruano do Lago Titicaca. É uma verdadeira beleza, e sentimos que imergimos na cultura peruana. Fomos brindados com uma festa de casamento que decorria no preciso momento em que visitamos a ilha, e tivemos oportunidade de assistir a parte das festividades que decorreram na praça principal da povoação. Completamente inesperado, e absolutamente delicioso! Aqui encontramos uma das caches mais difíceis de fazer, novamente devido aos problemas de altitude (GC3VRP0 “Pachatata”). Mas uma vez lá em cima, a sensação de comquista é duplamente fantástica! 92
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Sillustani
lua a iluminar os nossos por esta lindíssima localidade. Mais uma necrópole movimentos. absolutamente mo- Aliás, uma das coisas O Convento de Santa numental, desta vez que mais nos maravi- Catalina é um dos locais constituída por torreões lhou no Peru foram os mais importantes da circulares de pedras céus espetacularmente cidade. Localizado bem no centro da cidade, foi (chullpas), onde eram estrelados! enterrados os falecidos. Os Condores no Cañon fundado no século XVI, Chamam-lhes as “casas del Colca e as aldeias e era onde as filhas das dos mortos”. perdidas nas montanhas famílias mais ricas da cidade (únicas capazes Do topo da colina onde É difícil descrever por de pagar o ingresso no se situam as chullpas é palavras algumas das convento) recebiam a possível observar a La- maravilhas que vimos educação necessária goa de Umayo. durante a nossa viagem, para se tornarem espoe talvez a passagem pelo sas dignas (a partir dos Llachon Cañon del Colca seja um 12 anos de idade já se A estadia nesta pequena desses momentos. podiam casar!). O Conpovoação veio a revelarA espetacularidade das vento foi crescendo ao se uma verdadeira imersão na vivência peruana, paisagens naturais, a longo dos anos, e tem no que diz respeito às simplicidade das povoa- hoje mais de 20.000m2. zonas rurais. Ficamos ções e simpatia dos seus Ainda lá habitam algualojados em espaços habitantes, e o deslum- mas freiras residentes, que seriam extensões brante e imponente voo cerca de 12, que contiautênticas da casa da dos condores, fizeram nuam a viver como antifamília proprietária, que deste dia um marco nas gamente. primava pelo empreen- férias. Também marcante nesdedorismo e iniciativa. A subida à Cruz del Con- ta visita a Arequipa foi Nada fácil atrair visitan- dor foi mágica, de onde a Igreja da Companhia tes para o local, dada pudemos observar os de Jesus. Um local tão deslizando belo quanto discreto, e a distância a que esta condores sem esforço pelo ar, que visitamos em conpequena aldeia se situa dos normais trajetos tu- aproveitando as corren- dições verdadeiramente tes de ar térmicas que especiais. Chegamos já rísticos. sobem desde o fundo do em cima da hora do enDesde as refeições à Cañon del Colca, o mais cerramento do horário base de tubérculos, com profundo do mundo. É de visita, mas a simpatia pequenas porções de um cenário fascinante! da senhora que nos re“lomo” e “trucha”, criados ali bem perto junto Aqui fizemos uma earth- cebeu foi tremenda, pelo ao Lago Titicaca, em ter- cache (GC1HKWF “Colca que tivemos direito a um mos gastronómicos fo- Canyon”) que deixará rápido tour personalizado aos pontos mais imram vários os momen- boas memórias. tos em que desafiámos Arequipa e o Convento portantes do complexo. os nossos sentidos. A Praça de Armas, o de Santa Catalina Os alojamentos eram do Mais uma cidade, mais bairro de San Lázaro, ou mais modesto que se um contributo peruano o mercado de San Camipossa imaginar, e com para o Património da lo, são outros locais da direito a horário para Humanidade. Também cidade que sem dúvida dormir. Sim, às 21h30 conhecida como a “Ci- merecem uma visita! os geradores desliga- dade Branca”, são bem Em Arequipa fizemos vam-se e tínhamos visíveis os sinais da uma cache bastante apenas as estrelas e a passagem espanhola engraçada, situada no
CANON DEL COLCA
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MITAD DEL MUNDO
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jardim privado de uma espécie de ATL para crianças, propriedade do owner da cache. Na listing dizia que podíamos entrar no jardim, e assim lá fomos, conhecemos o owner (Bjohn, ou algo do género, não era peruano!) que nos recebeu com muita simpatia (GC56GPP “El Colibri”). Nos arredores de Arequipa, fizemos duas outras caches tradicionais com sucesso, coisa rara nesta viagem (GC49BHT “YARETASHORT BOTANICAL STOP” e GC54V95 “Bosque de Piedra”). Mas claro não podia faltar o DNF, presença constante nestas férias (GC2F7KE “Patapampa”). Centro histórico de Cusco e arredores A caminho de Cusco tivemos a oportunidade de fazer manutenção a uma cache de um geocacher português, algo que não foi fácil devido à presença de muitos comerciantes no gz (GC5BPX9 “La Raya Pass”). Um local estranho, basicamente um “espaço” ao lado da estrada, onde comerciantes montam os seus expositores. A questão é que em volta não há, aparentemente, nada… Também tivemos oportunidade para registar outro DNF (GC5N4ZH “Tunupa”) por ali perto. Há muito para conhecer em Cusco, e uma das primeiras coisas que fizemos foi comprar o
“boleto turístico”, que permite acesso a uma dúzia de locais turísticos com um grande desconto. Na cidade é obrigatório visitar: a Praça de Armas, o Museu Inca, o mercado de San Pedro e assistir a um espetáculo de música e trajes tipicamente peruanos no Centro Qosqo de Arte Nativa. Bem próximo da cidade há muitos locais arqueológicos belíssimos. A fortificação de Saqsaywaman (GC2Q45T “Striated Extrusion of Sacsayhuamán”), os labirintos de sangue de Qenqo (GC34J5A “Quenqo Chico”), o forte militar de Puka Pukara, os canais de Tambomachay, ou a pitoresca Chinchero (GC2Q3X1 “ChincherosQoricocha Surface Rupture”). A imensidão de Pisac Localizado no Vale Sagrado dos Incas, Pisac é um dos locais arqueológicos mais importantes da zona. O ponto alto de Pisac é o Templo do Sol, que servia como observatório astronómico, e de onde se podem observar os imensos terraços agrícolas que os Incas ali construíram. Um dos mais belos locais que visitamos! Ollantaytambo e os canais de água
mente a região do Vale Raqchi Sagrado. Raqchi é um imenFicamos impressiona- so e impressionante arqueológico, dos com os gigantescos parque monólitos que foram onde se destaca a giusados para construir gantesca muralha inca esta cidade, muitos de- que o protege. Existem túmulos les colocados bem alto aquedutos, nas encostas. As téc- subterrâneos e recintos nicas (ainda não total- da cultura pré-inca, e mente descobertas) que sobressaem os restos os incas utilizavam para do que em tempos teria cortar e encaixar estas sido o imponente Temgigantescas pedras plo Wiracocha. comprovam ser muito Sobre o Equador eficientes, ainda hoje, na resistência aos muitos Também uma república, sismos que assolam o o principal idioma é o espanhol, mas ainda há território peruano. uma importante parte Além de um Templo do da população que fala Sol, também ali existe quéchua. A população um Templo da Água, e foi ronda os 15 milhões de impressionante obser- pessoas, e a capital é var o intricado sistema Quito, cujo centro históde canais que os Incas rico foi também declaelaboraram para levar rado Património da Huágua a toda a cidade. manidade pela UNESCO. Os laboratórios agríco- Em termos gastronólas de Moray micos, a parecença com O fantástico de Moray a comida peruana é são os magníficos ter- evidente. Não notamos raços circulares, e sobre diferenças significativas a existência dos quais a esse nível. O que nos positihá algumas possíveis impressionou explicações. A principal vamente, foi o estado finalidade seria a de tes- de desenvolvimento do tar a cultura de diferen- país, incomparável face tes tipos de tubérculos ao Peru. Curiosamente, e cereais, mas também a moeda adotada é o se crê que os terraços, dólar americano. verdadeiros anfiteatros, Embora com uma oferfossem utilizados para ta menor, em termos cerimónias de devoção. arqueológicos, quando Ao fazer a letter que lá comparado com o Peru, se encontrava (GC5H- o Equador tem muito KM6 “Moray”), depara- a oferecer em termos mo-nos com algumas de beleza e diversidade pessoas em plena medi- natural.
Também chamada de “Fortaleza”, era uma tação, o que talvez ates- Aqui, a atividade de cidade-alojamento que te da finalidade mística geocaching foi ainda dominava estrategica- do local. mais reduzida, a falta de Outubro 2015 - EDIÇÃO 17
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Numa das saídas noturnas para jantar, tentamos fazer uma cache num dos muitos parques da cidade, mas fomos brindados com Centro histórico de Quimais um dnf nesta viato gem (GC591W3 “Pista Uma visita pedonal Atlética Parque La Caropelo centro histórico é lina [TREADMILL]”). obrigatória, tal a beleza Mitad del Mundo dessa zona, o que inclui a Praça de São Francis- Tirar uma foto com um co. Ao deambular pelas pé no Hemisfério Norte ruas, facilmente nos e o outro no Hemisfério apercebemos da gran- Sul, no Parque Mitad del diosidade desta cidade. Mundo. Não podíamos falhar! Inúmeras igrejas, mosteiros e até mesmo ca- Aqui fizemos uma catedrais fazem parte do che virtual de 4 dígitos, que deixará muito boas roteiro turístico. recordações (GC934A Esta cidade existe lado “The Fake Equator”). a lado com um vulcão ativo, o Pichincha, e é A tradição dos mercapossível observar os es- dos como o famoso de tragos causados pelas Otavalo recorrentes erupções. A caminho de Otavalo, Enquanto lá estivemos, fizemos duas eartho vulcão insistia em sol- caches (GC2DHJA “Cotar fumo e cinzas, e che- chasqui Fold”, GC20FQZ gamos a temer o encer- “San Pablo + Imbaburamento do aeroporto… ra”). oportunidades não dava para mais. Ainda assim, visitamos alguns locais absolutamente extraordinários e icónicos!
MISAHUALLI
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Otavalo é uma localidade não muito longe de Quito, e que merece uma visita pelo seu impressionante e diversificado mercado indígena, com dezenas (centenas?) de quiosques e bancas de comerciantes. As cores e odores variados existentes no local são um verdadeiro desafio aos sentidos.
nasses, tal a oferta de desportos radicais que ali existe. Fizemos um passeio pela rota das cascatas (uma das cascatas parece que faz crescer o cabelo, vamos a ver se resulta!), uma rota entre os Andes e a Amazónia. Ainda experimentamos alguns (mas poucos) dos desportos radicais que ofereciam.
Aqui conseguimos encontrar uma cache Entre a passagem pelo tradicional (GC1ZP5P “Rosto de Cristo” (uma “Otavalo”). saliência, supostamente Banõs - paraíso dos natural, na encosta da desportos radicais – e montanha que parecia passeio pela rota das de facto o rosto que todos conhecemos de cascatas Rafting, kayaking, Cristo) e a cascata do canyoning, escalada, Véu da Noiva, ficamos bungee jumping, pas- maravilhados com a beseios a cavalo, caminha- leza natural desta zona das ecológicas, canopy do Equador. (o nosso slide), ciclismo de montanha, ufa! Uma canseira esta localidade. Podias fazer tudo o que quisesses e imagi-
Pelo caminho, tentamos fazer uma cache, mas tivemos de registar outro dnf (GC2MW20 “Ruta de las Cascadas: Río Verde,
Devil’s Cauldron”).
Sobre a Bolívia
Durante esse passeio visitamos também o Pailon del Diablo. Não há palavras que descrevam a grandiosidade deste local, a imponência e força da natureza. Por muitas fotos que tirássemos, nenhuma substitui a que fica na nossa memória.
A República da Bolívia tem cerca de 10 milhões de habitantes, e fala-se maioritariamente o espanhol. Tem a curiosidade de ser um dos dois únicos países da América do Sul, sem costa marítima. A capital constitucional é Sucre, mas a sede do Governo fica em La Paz.
Puerto de Misahualli - a A nossa passagem pela Bolívia foi curta, pois o porta para a Amazónia nosso objetivo era apeMisahualli não tem nada nas o de visitar a Isla del de relevante, a não ser a Sol. Por isso mesmo, a possibilidade de expe- nossa experiência da rimentar um pouco da gastronomia local foi sensação da Amazónia. reduzida, assim como a prática do geocaching. Fizemos um passeio de Embora nos tenhamos barco (uma espécie de esforçado (e muito!) canoa, embora mais re- para conseguir deixar sistente, movida a mo- um sorriso no mapa da tor) por um dos afluen- Bolívia. tes do Amazonas, para ir Copacabana e Lago Titivisitar um santuário de caca proteção animal, bem Cidade fronteiriça, vizino coração da selva. Foi nha do Peru, e por onde uma oportunidade única passamos com o objede observar a fauna e tivo de apanhar o barco flora locais, num estado que nos levaria pelo Lago Titicaca até à Isla mais selvagem. del Sol, numa viagem de Pelas margens do Rio cerca de 1 hora. Napo, foi com frequênDe assinalar nesta cidacia que observamos de é o curioso ritual da famílias de garimpeiros bênção de automóveis e a tentar a sua sorte. E respetivos proprietários, também imensa oferta que consiste em decoturística, na forma de rar de forma bastante variadíssimas formas folclórica e colorida os de hospedagem, o que veículos, e levá-los até de alguma forma des- à Catedral de Nossa Secaracteriza a paisagem nhora de Copacabana, onde vários padres fanatural. ziam o ritual de bênção. A reza que os padres
dizem durante o ritual é a Challa.
deslumbrantemente típico, e foi maravilhoso Outro ponto importan- acordar de manhã e, da te da cidade é o Cerro janela, ver a imensidão Calvário, onde rumam do Titicaca… imensos devotos que percorrem a Via Crucis Resta desejar que se de 14 estações, uma tenham divertido pelo subida bem difícil a mais de 4.000m de altitude. menos um pouco a ler Aqui deixamos o nosso esta breve descrição da sorriso no mapa de geo- nossa viagem, e que as caching boliviano (GC- fotos vos ajudem a ima1ZRAZ “CALVARIO de ginar os cenários que COPACABANA”), a muito tivemos oportunidade custo, num verdadeiro de visitar. desafio aos sentidos Em geral, a nossa opidos mais aventureiros. nião do Peru e da Bolívia foi positiva em relação Isla del Sol aos locais arqueológicos Era uma ilha sagrada e beleza natural, e simpara os Incas, e nela é patia do povo, a que se possível visitar vários contrapôs a desorganisantuários. A ilha fica a mais de 4.000m de al- zação e pouca limpeza titude, e impressiona a das zonas urbanas. Já o beleza natural e a tran- Equador, nota-se bem quilidade que ali se vive. que está num estádio de desenvolvimento mais Fizemos um trilho que avançado, com zonas atravessa praticamente urbanas muito bem toda a ilha, o das “Cre- tratadas e ordenadas, a tas”, aproveitando para que se juntam cenários visitar a Roca Sagrada, naturais deslumbrantes, a Mesa do Sacrifício, perdendo na comparao Templo del Inca, e o ção com o Peru apenas Templo Chincana. Deno que diz respeito à moramos muito tempo, oferta de locais arqueoentre 4 e 5 horas (ou lógicos. talvez mais, perdemos a noção do tempo com Se um dia forem a alo cansaço), a completar guns destes países, o trilho, devido às difi- digam-nos o que achaculdades que a altitude ram, adoraríamos trocar provoca, foi talvez a al- impressões e relembrar tura em toda a viagem as muitas aventuras que em que todos sentimos vivemos! mais a diferença de estar a estes níveis de Texto: Júlio Gomes altitude. Passamos uma noite nesta ilha, num local
Fotos: Júlio Gomes / Silvana Outubro 2015 - EDIÇÃO 17
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EVENTO
CERIMÓNIA DE ENTREGA
PRÉMIOS GPS 2014 P O R L U S I TA N A PA I X ÃO & P R O D R I V E
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A noite de 5 de setembro de 2015 foi a data escolhida para celebrarmos o Geocaching com a quinta edição da Cerimónia dos Prémios GPS. O Jorge_53 demonstrou o seu interesse em acolher este evento em terras transmontanas, avançando com uma candidatura oficial no início do ano 2014, há mais de um ano e meio, portanto. A persistência, a vontade e o enorme entusiasmo do Jorge fizeram-nos acreditar firmemente que Mirandela seria o palco de uma edição de ouro, com um sólido apoio logístico num cenário de rara beleza. Expectativas não só alcançadas como largamente superadas, graças à dedicação dos Transmontanos e à disponibilidade da autarquia que colocou ao nosso alcance todos os meios necessários à realização deste Evento. Mas voltemos um pouco atrás na máquina do tempo! A plataforma de votações dos Prémios GPS 2014 foi aberta no dia 20 de fevereiro de
2015, com 370 caches nomeadas a concurso. Um lote de caches particularmente apetecíveis com propostas arrojadas, divertidas, divulgando paisagens incríveis, património natural ou edificado, proporcionando ainda aventuras de cortar a respiração. Durante cerca de seis meses, os geocachers tiveram oportunidade de programar as suas visitas às caches nomeadas e demonstrar as suas preferências, utilizando um boletim de voto on-line. As votações encerraram à meia-noite do dia 24 de Agosto, com 1166 inscritos e 902 votantes, registando-se assim a maior participação de sempre. As 5 geocaches finalistas de cada distrito foram divulgadas na noite do dia 26 de Agosto 2014, encerrando assim o ciclo de votações. Apurados os finalistas e vencedores nos 20 distritos e nas 3 categorias a concurso, tempo de operacionalizar a realização da cerimónia, a logística, os conteúdos e a produção do Evento. Um contra-relógio desen-
freado que foi possível levar a cabo graças à energia de uma equipa incansável e à boa vontade de todos os intervenientes.
É este o espírito que nos move e é este o combustível que nos faz acreditar nesta iniciativa!
E são estes sorrisos, estas palavras de amizade, de entusiasmo e de apoio, que fazem tudo valer a pena!
e também àqueles que acompanharam a Cerimónia à distância, através da nossa emissão em directo.
A Cerimónia de Entrega dos Prémios GPS resume-se a 3 horas e meia de emoções fortes, de música, de risos, de aplausos, de consagração, de festa, de memórias, de solidariedade e de amizade.
Ainda com o calor de Mirandela no coração, e já de olhos postos na Figueira da Foz 2016!
Mirandela 2015 foi E por fim, o relógio uma escolha fantástimarca as 20h30 da ca e uma aposta totalnoite de 5 de Setem- mente ganha. bro de 2015. Devo dizer que me Abrem-se as portas senti em casa, rodeado Auditório dos Sa- da de amigos e apoialesianos, e o nosso da por uma equipa que coração bate um pou- me enche de orgulho. co mais forte ao ver dezenas, centenas No que respeita aos de pessoas, vindas Prémios, os meus dos quatro cantos de parabéns a todas as Portugal continental caches nomeadas, fie Ilhas, entrarem-nos nalistas e vencedoras. pela “casa” dentro, Parabéns e obrigada com sorrisos nos lá- aos Owners destas caches bios, brilho nos olhos e fantásticas a expectativa de uma que nos proporcionam noite um pouco mais momentos de alegria especial do que todas sem igual. as outras dedicadas Obrigada a todos ao geocaching, ao lon- aqueles que se deslogo do ano. caram até Mirandela,
Mal posso esperar por vos reencontrar a todos, amigos! Texto: Flora Cardoso (Lusitana Paixão) Outubro 2015 - EDIÇÃO 17
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“(...) juntar no mesmo espaço, Geocachers de todas as regiões, que têm contribuído de forma notável para o desenvolvimento e para a excelência desta actividade.” Pelo 5º ano consecutivo que se realiza a Cerimónia de Entrega dos Prémios GPS. Depois de dois anos em Mondim de Basto, um em Esposende e outro em Lagoa (S. Miguel - Açores), foi tempo de regressar ao continente e a Trás-OsMontes.
dos quatro cantos de Portugal continental e das ilhas dos Açores e da Madeira. Essa é uma das maiores virtudes desta iniciativa, juntar no mesmo espaço, Geocachers de todas as regiões, que têm contribuído de forma notável para o desenvolvimento e São vários meses de para a excelência despreparação para que ta actividade. aquelas três horas Tudo isto só foi possíe meia decorram de vel com o empenhaforma fluída, alegre, mento dos Transmondivertida e entusias- tanos, o grupo de elite mante. Este ano bate- que o Jorge53 reuniu mos vários recordes: para montar toda a recorde de votantes logística que nos re(902), de espectado- cebeu, desde o audires na sala (cerca de tório, ao dormitório, 300), de espectadores passando por todas através da Geopt.TV as actividades lúdicas e de vencedores pre- que decorreram nos senciais que subiram vários dias de Evenao palco para levantar to. Para todos eles, a o prémio (21 dos 24), nossa enorme vénia, sintoma que a inicia- pelo esforço e resultativa está mais viva do dos alcançados. que nunca e que des- Um enorme agradeperta o interesse de cimento ao Sr. Padre muita gente. Manuel Mendes e
que se veio a revelar mesmo à medida das nossas necessidades. A capacidade de 300 pessoas foi perfeita para termos casa cheia. Também a Câmara Municipal de Mirandela presidida pelo Dr. António Almor Branco foi determinante para o sucesso da iniciativa. Todo o apoio prestado quer logístico quer na disponibilização das infra-estruras de acolhimento foram indispensáveis durante o desenrolar das várias actividades. Um grande abraço para todo o pessoal que sempre nos recebeu de braços abertos e sorriso nos lábios, desde o Sr. Presidente, vereadores e restantes funcionários.
Paixão; AKTeam (Carlos e Andreia); Limão; T!xa; Pintinho e não menos importante, a Maria!!! Muito obrigado a todos os finalistas (vencedores e não vencedores) que fizeram um enorme esforço para estarem presentes. Sem eles, não teria tido a mesma aura. Muito obrigado também aos que subiram ao palco para homenagear os três Geocachers que este ano nos deixaram. Foram momentos de grande emoção, de muita partilha e que muito nos honraram a todos. Uma comunidade grande e unida, tanto nos bons como nos maus momentos!
Um obrigado muito Para o ano há mais, na especial a todo o Staff Figueira da Foz. Fica já da Geopt que volun- o encontro marcado. tariamente participou na montagem da CeriTexto: Gustavo Vidal O maior prazer que po- aos Salesianos de mónia: Cláudio Cortez; (Prodrive) deremos ter é receber, Mirandela pela dispo- Óscar Migueis; Peter; no auditório, amigos nibilidade do auditório Hulkman; Lusitana Fotos: Bravellir 100
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D E S C O B E R T A
P E Q U E N A
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“ O L H O S D E Á G U A D O A LV I E L A ” ( P R 1
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A C N )
R u i J SD u a r t e
Já tinha vindo passear e tomar umas banhocas à praia fluvial vizinha um par de vezes mas ainda não tinha tido a oportunidade de vir explorar o, diga-se, lindíssimo percurso que existe ali na orla do Maciço de Porto de Mós, naquela que é a região cársica mais importante do nosso País. O passeio pretende mostrar-nos uma série de fenómenos relacionados com a erosão provocada pela passagem de água ao longo de milhares de anos, e consegue-o na perfeição... Somos guiados ao longo de pouco mais de um quilómetro entre o arvoredo e as escarpas calcárias, para observarmos a forma como a ribeira dos Amiais desaparece (e reaparece) no interior das rochas.
tema aquela que é “a mais importante nascente do nosso país”, a Nascente do Alviela, e mostra-nos a zona de onde sai, desde 1880, a água para o consumo público de Lisboa. Esta nascente é alimentada em grande parte pela água da chuva que se infiltra no Planalto de Santo António e que viaja através de um complexo sistema de galerias subterrâneas até à base da escarpa (local conhecido por Olhos de Água).
Mas o que nos interessa mesmo é a ribeira dos Amiais, um pequeno afluente do Alviela que é palco de um “dos mais interessantes fenómenos flúvio-cársicos do nosso país”, ao longo do qual se desenrola o PR1 e onde nos é dado a ver uma Perda (passagem da ribeira de curso de água de superfície Esta “visita guiada” para subterrâneo) e tem como grande uma Ressurgência (o
inverso, claro), além de uma enorme Janela cársica de permeio (uma depressão pelo abatimento do tecto da gruta, sobre o leito da ribeira) e diversas pequenas grutas. Este conjunto é local de abrigo de várias espécies de morcegos (mais de 10 diferentes), pelo que está interdito o acesso às grutas. No entanto não vi sinal algum a indicar esta proibição, apenas as vedações... e estas parecem-me estar implementadas para evitar um descuido e uma queda feia, não para impedir a passagem. O Percurso Pedestre propriamente dito é, apesar do desnível anunciado, acessível à maioria de nós e começa junto da estrada alcatroada que dá acesso ao parque de campismo. Temos aí um placard com as principais
indicações do passeio e que tem como complemento várias “mesas” informativas (cinco se não me engano) ao longo do trilho, nos pontos mais interessantes e com explicações dedicadas aos locais, bonitos e apelativos, como se quer! Até o meu filho, com apenas cinco anos, se divertiu bastante a identificar nos pequenos mapas os locais por onde íamos passando! :) As autoridades competentes dedicaram um bom esforço a criar degraus por grande parte do trilho de forma a ajudar a vencer as subidas, mas principalmente as descidas já que, a caminhada, de verão, faz-se realmente bem mas deve cobrar umas boas escorregadelas com o terreno húmido, em especial numa zona onde a descida se faz “destrepando”
“O Percurso Pedestre propriamente dito é, apesar do desnível anunciado, acessível à maioria de nós e começa junto da estrada alcatroada que dá acesso ao parque de campismo.” Outubro 2015 - EDIÇÃO 17
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uma zona de rocha Este nosso regresso (não é muito inclinada ao local (tinha estado mas mesmo assim...). na praia fluvial na semana anterior) tinha Toda a zona atravescomo grande motivo, sada é lindíssima, um além dos “naturais” já misto de vegetação referidos, uma Earthendémica e de (pequecache idealizada pela nas) escarpas abrup- Salprata em 2009, A tas e com uma mão Perda [GC1Y1R9], por cheia de paragens estes dias a cargo dos obrigatórias! Tais fac- Go&Mi Team. Temos tos, aliados ao troço na listing desta inteser realmente peque- ressante EC todo o no e se percorrer, nas complemento ao acicalmas, num par de ma (d)escrito! Recohoras (ida e regresso), menda-se uma leitura fazem deste PR1 um atenta, claro! :) verdadeiro must para Confesso que ia tão os amantes de pas- emerso no passeio seios/caminhadas em e nas respostas às família (leia-se, com questões da Earthcache que, apesar do miúdos pequenos)!
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meu filho me ter dito VÁRIAS vezes “deve haver aqui uma caixinha” (ainda não lhe consegui explicar o conceito das ECs), não me lembrei sequer de ver na app da GS se haveriam mais caches na zona... e há mesmos, várias até!
apresenta um local de passagem “obrigatória” para quem queira aprender mais sobre a zona, a do Centro Ciência Viva do Alviela - CARSOSCÓPIO [GC45N60].
Fica o convite a uma pequena caminhada por um lugar bastante Mesmo sem ter bem bonito e invulgar, praa noção dos seus ticamente às portas GZ, recomendo sem de Lisboa. dúvida as duas que Mais informação em ficam em pleno PR, http://www.icnf.pt/ Projecto GeoRibateportal/turnatur/visitjo - Concelho de Al-ap/pn/pnsac/pr1-ocanena [GC37R7C] e lhos Percurso pedestre dos Olhos d’agua do Alviela. [GC39JKY], além Texto / Fotos: Rui de uma outra que nos Duarte (RuiJSDuarte)
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T e a m M a r r e ta s
Nesta edição aproveitámos o que ainda restava das férias e resolvemos deixar para trás Portugal Continental, viajando pelo Atlântico e escolhendo a bela ilha da Madeira como destino.
B de Betatester – Já fui convidado para fazer alguns e é com muito gosto que ajudo em tudo o que está ao meu alcance.
são uma grande equipa, que faz um trabalho incrível.
as caches que menos gosto de fazer, porque não quero ficar com A de Amigos - Em cabelos brancos. todo este tempo de F de Found – É a pageocaching fiz grandes amizades que lavra que mais gosto com certeza me vão de ouvir, após largos acompanhar pela vida minutos de procura. fora. Não é por acaso G de GeoPT – É sem que fundei há 3 anos dúvida uma mais valia o grupo “Amigos do para todos os pratiGeocaching”. cantes de Geocaching,
L de Los Cabaneros GeoMáfia – Grande grupo de amigos, alguns conheci nos Açores, já nos visitaram na Madeira e já foram visitados por nós em Setúbal.
tubro de 2011, conta com mais de 1400 founds nas suas contas, não só em território madeirense, mas também no Arquipélago dos Açores e em Portugal Continental, às quais se somam as suas 48 caches esO geocacher insular condidas. que nesta edição da GeoMag nos vai dar a Criativo, disponível e conhecer o seu Geo- bem disposto, o que caching de A a Z é significará o nosso Hugo Pita, geocacher hobbie para este geode 33 anos cujo nick cacher madeirense? é precisamente “Hugo Para que esta perPita”. Dono de várias gunta não fique sem caches espalhadas resposta, não percapela ilha de Madeira, é mos mais tempo e coconhecido localmente nheçamos pelas suas pelos seus containers próprias palavras, o originais e, a nível na- Geocaching de Hugo cional, pelas caches Pita, de A a Z. “Halloween Adventure” [GC5D1YV] e “Aventura Nocturna / Night Adventure” [GC45ECW], que lhe valeram o Prémios GPS 2014 e 2013, respectivamente, a nível do Arquipélago da Madeira. Registado desde Ou-
H de Hoje – Hoje a minha vida é muito diferente, porque um C de Cláudia – É a mi- dia alguém me falou nha esposa, que tem do Geocaching muita paciência, pelo I de Imaginação – É tempo que passo aua capacidade que sente a trabalhar em precisamos para elanovos projetos. boração de grandes D de DisneyGui – Nick caches. name do meu filho J de Jipe – É o ‘compaque foi criado há pouco tempo, só tem 4 nheiro’ das cachadas aninhos mas já vibra por trilhos mais difícom o Geocaching e ceis. fica muito feliz com a K de Kit de Geocaching descoberta de novos – Muitos esquecem, tesouros. mas na hora H faz E de Enigmas – São sempre muita falta.
M de Madcreacions – Projeto que trará muitas surpresas a todos os Geoacachers.
“H de Hoje: Hoje a minha vida é muito diferente, porque um dia alguém me falou do Geocaching”
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N de Novatos – Estou sempre pronto a ajudar todos os principiantes do Geocaching que me pedem ajuda.
a pequena MaryJane de quatro patas. De vez em quando recebo umas chamadas estranhas de alguém O de Objectos – In- que tem saudades do felizmente muitos sotaque madeirense. geocachers esquecem Q de Qualidade – É a esta regra do Geoca- palavra de ordem para ching. Se tirar algo da todos os novos projecache, deixe outro ob- tos. jeto de valor igual ou R de Reconhecimento superior. – Foi ter ganho dois P de Pica7 – Grande anos consecutivos amigo é um maluco, o prémio de melhor conhecemos o Pica7 e cache do Distrito da a Vanessa quando vieMadeira. ram à Madeira para a prática de Geocaching, S de Serafim Sauclaro… Retribuímos a dade – Foi o revisor visita e conhecemos que publicou a minha
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primeira cache, já o para percebermos se conheci pessoalmen- as nossas caches este no Mega Evento de tão bem de saúde. Mafra 2015. X de XPTO – São as T de Trabalho – Tra- caches de Ilha da Mabalhosos são todos os deira que aguardam a meus projetos, mas vossa visita. quando estão conY de Yes – É exprescluídos dão-me muito são de contentamento gozo. quando deciframos U de Únicos – São os mistérios. momentos que o GeoZ de Zarolho – Foi caching nos proporcomo fiquei ao chegar ciona. à vigésima sexta letra V de Viajar – Quando do alfabeto português. vou de férias, conheço os melhores locais a Texto: Bruno Gomes / fazer Geocaching. Hugo Pita W de Write Note – É uma ajuda preciosa
Foto: Hugo Pita
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PONTO ZERO - B Í TA R O & M I G H T Y R E V -
Apagar registos online 112
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Uma das tarefas dos Owners é garantir a “qualidade” dos registos na página das suas caches, e para tal, têm o poder de apagar registos.
na página da cache errada? O owner tem que ter bom senso ao lidar com estas situações, preferencialmente de uma maneira simpática e cordial.
Essa opção deve ser, contudo, utilizada com cuidado, pois os registos online fazem parte da história tanto das caches e dos trackables, como dos geocachers, e não podem ser apagados sem que para isso haja uma razão bastante forte.
Se, efetivamente, por uma razão ou outra, o geocacher não foi ao encontro dos requisitos normais dos registos online, o owner deverá agir em conformidade. E será de bom tom fazê-lo de um modo delicado e simpático, enviando um email através do perfil do geocacher a esclarecer o porquê do registo ter sido apagado (ou ir ser apagado).
Na maioria das vezes os registos são apagados por questões de spoiler, ou seja, registos que denunciam de imediato aos geocachers aquilo que o owner pretende que seja surpresa na sua cache. Mas, para este tipo de situação, existe uma outra opção, a de se encriptar o registo. Ou seja, se o geocacher colocou algum spoiler no registo e se o owner entender que é demasiado óbvio, pode simplesmente encriptar o registo. Assim os restantes geocachers saberão que existe ali algo que lhes pode estragar a surpresa e ao lê-lo estarão conscientes disso. Pode também acontecer que alguns registos sejam simples erros de principiante ou feitos por distração. Será que é um geocacher novato e sem experiência e está a colocar repetidos registos de “Found it” para consequentes visitas à cache? Será que o geocacher está a registar a sua aventura
Se o registo contem spoilers, ou fotos spoilers, o owner deve pedir ao geocacher que o edite, ou, se o mesmo já foi apagado, convida-lo a escrever o registo de novo, desta vez sem os ditos spoilers. Claro que não apetece ser muito simpático ou politicamente correto quando um owner recebe na página da sua cache um registo com linguagem obscena ou ameaçadora. E, neste caso, apagar o registo de imediato pode ser mesmo o mais acertado. Estar a responder é estar a dar relevância e motivação para que a discussão se prolongue, no local que não é o apropriado: a página da cache. A página de uma cache não é um fórum de discussão… E nestes casos é mesmo aconselhável que se submeta um pedido de assistência à Groundspeak (através do formulário www.geoca-
ching.com/help), uma vez que estas atitudes menos corretas são claramente contra os Termos de Uso do site Geocaching.com. Apagar um registo remove-o do histórico do geocacher e do seu perfil. E nem o geocacher, responsável original pelo mesmo, o poderá voltar a ver ou ter-lhe acesso. A ação é irreversível, não sendo possível ao owner da cache repor o registo. No entanto, e em casos de erro, o owner pode sempre pedir a um elemento da equipa de revisão local que reponha a normalidade. Um geocacher que se sinta lesado ao ver os seus registos serem apagados indevidamente também pode pedir auxílio a um revisor, se bem que qualquer ação de reposição desses registos terá que passar obrigatoriamente por um administrador do site Geocaching.com, e o revisor reencaminhará sempre o geocacher para a página de ajuda mencionada acima. Portanto, e antes de qualquer precipitação, há que ponderar muito bem antes de tomar a decisão de apagar registos, até porque apagar uma nota de movimentação de um trackable, apesar de não afetar o histórico do mesmo, pode muito bem afetar a felicidade do geocacher que o registou; é natural que um geocacher possa valorizar bastante os seus registos de DNF, as notes ou mesmo os
pedidos de manutenção, portanto o owner de uma cache não deverá assumir que estará tudo bem em apagar registos “sem mais nem menos”. Também para clarificar, os registos de Needs Archived (requerer arquivamento) são automaticamente reencaminhados para os revisores, e não será a remoção destes das listings que impedirão os revisores de os receber. Por fim, e porque é natural que este tipo de questões sejam sempre controversas, desagradáveis e indesejadas (principalmente quando a outra parte envolvida está a mostrarse menos tolerante), será sempre melhor perguntarmo-nos: “Esta disputa vale realmente o meu tempo?”. Temos que ser superiores e fazer um esforço para não sofrer com estas situações e deitá-las para trás das costas… Acabaremos por descobrir que nos sentimos melhor ao fazê-lo. Espero ter ajudado a clarificar este aspeto do geocaching online, e espero acima de tudo que tomemos consciência de que não praticamos geocaching sozinhos e que nos devemos respeitar mutuamente, tendo assim atenção ao que escrevemos e contermo-nos um pouco perante os pequenos poderes que temos sobre as nossas listings. Filipe Nobre / Vitor Sérgio (MightRev / Bítaro) Outubro 2015 - EDIÇÃO 17
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FROM GEOCACHING HQ WITH LOVE 114
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“Já fiz um monte de caminhadas ao longo da vida e tenho de dizer que, é muito raro encontrar locais em que se vendam snacks, água ou mesmo cerveja a meio da caminhada!” Tinha ouvido que Agosto é a pior altura do ano para viajar para o Japão. Então o que fiz? Marquei as minhas duas semanas de férias no Japão para o final de Agosto. Naturalmente, a única razão pela qual faria algo tão tolo seria o geocaching. Também queria escalar o Monte Fiji e o período para fazê-lo em segurança termina mais ou menos nessa altura. Depois de trocar milhas de voo por um bilhete gratuito para Tóquio, comecei a planear a minha grande aventura. Sabia que precisaria de ajuda de alguns locais, por isso procurei todos os contactos que conhecia no Japão. Depois de alguns meses de planeamento, decidime juntar a um grupo de geocachers locais no evento GC5VHCG – um evento CITO que teria lugar no Monte Fuji. Todos os anos um grupo de geocachers japoneses fazem a caminhada com o ob-
jectivo de limpar o lixo não fomos agraciados na montanha. com grandes vistas Embora se possa subir nas primeiras horas ao topo e voltar num do passeio. dia de viagem, o grupo queria desfrutar do nascer do sol no topo da montanha, por isso seria uma aventura com direito a pernoita para nós. Deixámos Tóquio às 8 da manhã e às 11 estávamos no início do trilho. Éramos 11 no total. Embora apenas 3 de nós falassem Inglês e eu conhecesse apenas quatro palavras de Japonês, tivemos muitos poucos problemas em nos entendermos ao longo do caminho. Começámos a caminhada e fomos recebidos pela saudação de “Konnichiwa” de cada montanhista por quem passámos ao longo da caminhada. Como a temporada de subida ao Monte Fuji é muito curta, existiam muitos montanhistas a subir e a descer a montanha. As nuvens estavam baixas e caía uma névoa, e por isso
A subida ao Monte Fiji é dividida em estações, que naturalmente fornecem bons pontos de descanso a cada 45 minutos. Começámos na 5ª estação (2400 metros) no Trilho Fujinomiya e tinha reservado uma cabana na estação 9,5 para passar a noite. O objectivo era alcançar esta estação cerca das cinco da tarde, jantar e ir para a cama cedo. Tínhamos de nos levantar antes do amanhecer e acabar a última meia hora de caminhada até ao cume para ver o nascer do sol no topo.
equipamento de montanhismo, lembranças ou mesmo apenas um lugar quente e seco para descansar. Por 200 ienes (€1,50), podes até usar uma casa de banho.
A maior parte da subida faz-te sentir como se estivesses a caminhar numa paisagem marciana. Para onde quer que olhes, existem belas rochas vulcânicas, bem como solo, vermelhas e negras. Fizemos a rota mais curta e mais íngreme da montanha. Alguns consideram este como sendo o percurso mais fácil pois, como aprendi, as outras rotas tendem a estar cheias de tantas pedras soltas e cascaJá fiz um monte de ca- lho que a cada passo minhadas ao longo da que dás, deslizas pela vida e tenho de dizer encosta abaixo. que, é muito raro en- Por volta da 8ª estacontrar locais em que ção, as nuvens mais se vendam snacks, altas levantaram e água ou mesmo cer- isso revelou uma vista veja a meio da cami- espectacular de um nhada! Cada estação dos lados do Monte no Monte Fiji tem isso Fuji, com um mar inmesmo, bem como terminável de nuvens. Outubro 2015 - EDIÇÃO 17
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Estes são os tipos de Acordei a meio da vistas que fazem com noite com sons de que tudo valha a pena. vento e chuva do lado de fora da cabana. Chegámos à estação Preocupava-me que 9.5 (elevação 3250 a tempestade não se metros) como prografosse embora até à almado por volta das tura em que fôssemos cinco da tarde. Daqui, fazer a nossa tentaticonseguíamos ver o va de chegar ao cume. Torii (portão tradicioAs minhas preocunal japonês) no topo. pações tornaram-se Quase que o conserealidade quando as guia alcançar e tocar, pesadas rajadas de estávamos tão perto! vento e chuva ainda Depois de nos insta- se mantinham às 5 larmos na nossa caba- da manhã. Os trabana e termos um comi- lhadores na cabana do uma bela refeição avisaram-nos que as quente com cerveja, condições estavam acomodámo-nos para ainda piores no topo e que não seria seguro a noite.
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para nós tentarmos chegar ao cume. O meu coração afundou. Tínhamo-nos esforçado tanto e estávamos tão perto. Com todo o planeamento e esforço para fazer esta viagem e subida possíveis, ser obrigado a dar meia volta por causa do mau tempo foi difícil de aceitar. Mas a segurança deve estar sempre em primeiro lugar.
que fazes, bem como os amigos, e as memórias que guardas fazem tudo valer a pena. Agora só preciso de descobrir como poderei voltar e tentar atingir o topo novamente. Eu disse aos meus novos amigos geocachers que voltaria um dia. Afinal, as geocaches no cume ainda lá estão à minha espera!
Às vezes, numa aventura, não ganhas o “prémio” que tinhas definido originalmente, mas isso não é um problema. A viagem
Texto: Annie Love - G Love (Lackey) Tradução por Bruno Gomes (Team Marretas)
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conferência
GEOCACHING NO GEOPARQUE DOS AÇORES Uma ferramenta para explorar e proteger a nossa “herança geológica” p o r pa l h o c o s m a c h a d o
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&
pedro.b.almeida
Durante a 13ª Conferência Europeia de Geoparques (http://www. egnconference2015. com/), realizada durante o Congresso EGN 2015, entre os dias 3 e 5 de setembro, no Rokua Geopark (Oulu, Finlândia), foi apresentado um artigo científico sobre Geocaching e os Geoparques. Artigo desenvolvido através de uma parceria entre os geocachers Dr. Luis Filipe Machado, antigo investigador e docente na Universidade dos Açores durante mais de uma década (aka Palhocosmachado) e o Dr. Pedro Almeida
nos Açores são muitos e de alta qualidade…) e de proteção e respeito pelo meio-ambiente (como provam os, muitos e variados, eventos CITO realizados por todo o Açores e, como é apanáA apresentar o dito, gio e caraterístico deste neste Congresso In“Jogo de Aventuras” que ternacional, esteve a é o Geocaching). Dra. Carla Silva, corresRegiste-se, muito a proponsável pela Área de pósito, que existe uma Educação Ambiental do conexão muito próxima geoparque, licenciada entre o Geocaching (em em Biologia e Biologiaparticular na Região AuGeologia. tónoma dos Açores), os Durante a exposição foi Parques Naturais das apresentado um Power- várias ilhas (tutelados Point sobre Geocaching pela Secretaria do Ame a sua vertente de pre- biente) e o Geoparque servação de trilhos (que dos Açores. Claro que (aka Pedro.b.almeida) e o Geoparque dos Açores (sedeado na Universidade dos Açores), através das Dras. Marisa Machado, Eva Lima e Carla Silva.
este fato relaciona-se com a existência, nos Açores, de inúmeras Zonas Protegidas, bem como de várias reservas. De notar que esta colaboração e trabalho em conjunto tem sido muito profícua para todas as partes. A apresentação deste artigo resulta da parceria existente entre a GeoTour Ilha Verde/ Green Island e o Geoparque dos Açores. Texto : Luis Filipe Machado, Pedro Almeida e Marisa Machado
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