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2.4 – a segunda leitura da obra

Dia de São Nunca à Tarde

2.4 – a segunda leitura da obra

Proporemos aqui uma série de discussões a serem feitas, inicialmente em grupos, definidos preferencialmente pela própria turma.

tais discussões visam a aprofundar questões que esta novela sugere, de maneira mais ou menos explícita. Cada grupo (ou dois grupos, conforme o interesse da turma) discutirá, por um prazo acertado com todos, um dos problemas ou pergunta proposta, para depois levar suas conclusões à turma toda. desse modo, as ideias principais veiculadas na história voltarão à pauta, realizando-se assim a tão importante “segunda leitura”. sempre que possível, é bom que cada tema seja de livre escolha dos grupos.

durante a preparação dos grupos, é interessante reservar, de novo, alguns minutos das aulas, para responder a dúvidas e indicar fontes de pesquisa, se for o caso. (a bibliografia indicada ao final prevê a possibilidade de os alunos quererem fazer outras leituras de apoio.)

Combinem com a turma o prazo adequado para o estudo em grupo e o tempo disponível para as apresentações, que poderá ser de cerca de 20 minutos, de modo a garantir o debate com a turma toda.

será sempre fundamental o comentário final de vocês, sublinhando acertos e indicando algum ponto que, a seu juízo, mereceria destaque.

• Questões para discussão em grupo

a) o narrador apresenta um dos integrantes do trio maldito, o ruivo, como militante político e adepto do Black Power norte-americano.

Proponham ao grupo (ou grupos) que pesquisem sobre esse movimento e a possibilidade de ser um dos passos para o atual movimento “Black lives matter”, que se espalhou por muitas partes do mundo, inclusive no Brasil.

Nos livros de História e documentos dos “movimentos negros”, os alunos encontrarão material de pesquisa, e certamente terão elementos para relacionar e comparar com os movimentos antirraciais.

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Dia de São Nunca à Tarde

B) o colégio tinha um disciplinador, o frei tanajura, que era também sherloque, aceito ou nomeado pelo próprio diretor. apesar disso, vocês acham que era uma escola rígida? Que argumentos poderão usar para sua resposta?

Parece que o colégio tinha uma abertura razoável: a convivência entre vivos e mortos, o movimento dos alunos contra o castigo imposto a Gabriel, a possibilidade de revolta diante de uma arbitragem ruim no treino de futebol, a existência de um “conjunto musical” e até a “hora dançante” parecem apontar para uma liberdade de reclamações e de divertimento, que não parece comum nos internatos da época.

C) analisando a técnica de antecipação, o narrador desde cedo nos prepara para o papel importante de gabriela na narrativa. Procurem acompanhar cada detalhe da narrativa que prepara os acontecimentos envolvendo gabriela e apresente-os à turma.

Ela aparece na narrativa desde o primeiro capítulo, e, mesmo antes de aparecer no conversível da mãe, fica evidente o sonho não revelado dos alunos de que ela trocasse de lugar com o irmão: além de José Matusalém, ela arranca suspiros de outros. Analisem por que a troca é possível (as roupas dos dois); as suspeitas de Frei Tanajura desde a volta de Gabriel: vê indícios de troca dos dois, no jeito de um e de outro, no olhar trocado, na saída do conversível, no dia 12 de agosto; no baile, nos treinos, onde Gabriel está irreconhecível, até na cena do banho no rio; a paixão de Frei Tanajura e dos dois amigos; e depois o duelo de Ruivo e Tom Zé.

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