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1.4. Outro mergulho — A segunda leitura da obra
período, estabeleçam com eles algum momento das aulas, em que notícias da leitura vão chegando a vocês: o que estão achando das crônicas; em que ponto estão da leitura; se escolheram blocos para ler primeiro; se querem fazer algum comentário ou pergunta. Esse pequeno cuidado os ajudará a avaliar como poderá desenrolar-se o restante do trabalho com a obra, mas sobretudo dará a alunos a certeza de que vocês estão atentos ao processo de leitura deles.)
> Roda de leitura
A roda de leitura é sempre uma boa forma inicial de, depois da primeira leitura, eles apresentarem uma primeira impressão da obra. É fundamental que todos se sintam completamente à vontade para falarem o que verdadeiramente vivenciaram durante a leitura. Eles têm todo o direito de se expressar com relação à obra, sem temer dar um depoimento negativo sobre a experiência. Em círculo, eles serão estimulados a responder a perguntas como: Gostaram? Não gostaram? Leram as crônicas na ordem em que aparecem? Pularam alguma? Querem observar algo especial da obra? Se já tiverem lido o texto de apoio, no final do livro, eles próprios poderão fazer observações novas, que valem a pena considerar.
(As respostas e os depoimentos verdadeiros serão mais um elemento para orientar as sugestões de trabalho. Conforme o caso, cabe a vocês contrapor argumentos, pedir exemplos da obra que sustentem as opiniões emitidas, lembrar alguma crônica, ou recuperar alguma posição levantada por um colega. A roda de leitura é já o início de uma segunda leitura da obra.)
1.4. Outro mergulho: a segunda leitura da obra
Depois dessa roda de leitura, expliquem a próxima etapa da experiência com a obra: de preferência em grupo (mas cabe até o trabalho individual), os alunos vão ler as crônicas de um dos seis blocos (ou eixos temáticos), procurando aprofundar uma marca especial do livro.
No entanto, conforme as observações feitas durante a leitura e a roda de leitura, vocês poderão ter notado algum outro interesse dos alunos, na exploração da obra.
Nossa sugestão é que os grupos, depois de relerem e compararem as crônicas indicadas, apresentem para a turma os pontos mais interessantes e diferentes entre elas.
Definidos os grupos, sempre que possível por escolha dos alunos, acordem com eles um prazo para a apresentação dos trabalhos, também numa ordem acertada com a turma. Proponham um tempo de 20 a 30 minutos (por exemplo) para a exposição de cada grupo.
• Esclarecimentos teóricos
Enquanto estão discutindo as crônicas e definindo a apresentação do trabalho, disponham-se junto a cada grupo e, conforme o caso, à turma, para fazer esclarecimentos em torno das informações dadas no texto de apoio do livro, sobre os ingredientes de cada tipo de crônica, outras de que eles necessitem. (A bibliografia apresentada na parte final deste
Manual pode, eventualmente, ajudar vocês a retomar os conteúdos trabalhados e a indicar alguns textos teóricos mais simples, que talvez eles queiram consultar.)
• A apresentação dos trabalhos
O momento de apresentação dos trabalhos pelos grupos é fundamental não só para os expositores, mas também para a turma toda. É um bom exercício de linguagem oral dos alunos — na escuta e na fala. É importante que, durante a exposição de um grupo, os demais observem pontos que gostariam de discutir, inicialmente com os expositores, e em seguida com os colegas e com o professor.
Terminadas as apresentações, proponham que os próprios grupos se avaliem e que os alunos também emitam opiniões sobre os temas tratados, de tal modo que a avaliação de vocês sobre os trabalhos seja a última, e sempre propositiva.
1.5. Descortinando novos horizontes horizontes - A pós-leitura
Todos nós sabemos o quanto nossa cabeça e nosso coração são caixas de ressonância das obras contempladas, ouvidas ou lidas: elas continuam conosco, ainda que distantes no tempo e no espaço.