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3.2. As citações em A grande ilusão
aos discursos daqueles políticos tão ultrapassados quanto demagógicos que, dos palanques “oposicionistas”, chamavam o povo para derrubar a ditadura.”(p. 153)
Paráfrases, alusões, paródias (que vamos ver daqui a pouco), epígrafes, traduções são algumas das formas de intertextualidade: em todas elas temos uma voz que se associa à voz de alguém, e também do artista, para dar melhor seu recado.
3.2. As citações em A grande ilusão
No caso de A grande ilusão, a forma intertextual mais presente, como adiantamos acima, é a citação.
E a mais frequente é de passagens bíblicas, do Eclesiastes, do Apocalipse, do Deuteronômio, dos Salmos e dos Provérbios. Peguemos um exemplo dos Provérbios: “Não havendo profecia, o povo se corrompe; mas o que guarda a lei é feliz”. (p. 87) (E o cronista jura por Deus que é ateu!!!)
Voltaremos aos provérbios, ou ditados, daqui a pouco.
Tratemos de outras citações de nosso cronista. Carlos Drummond de Andrade aparece não só definindo de maneira brincalhona a relação entre leitor e cronista, na primeira crônica, à página 14. Surge, também, numa citação ligeiramente modificada, por força da necessidade, em um trecho de “Um homem bom”: “Como escreveu Drummond, Minas é um retrato na parede, e como dói.”
Eis abaixo o final do poema de Drummond, “Confidência do itabirano”, do livro Sentimento do mundo:
Itabira é apenas uma fotografia na parece.
Mas como dói!
Belchior, cantor e compositor, tem lembrado seu belo verso “Viver é melhor que sonhar”, na crônica “Sonhos”. Adão Ventura, poeta mineiro, tem citada uma frase importante, no contexto das crônicas, e está na primeira delas: “A