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2.2 – a pré-leitura de O Vestido

o vestido

se ofereçam aos alunos elementos que possibilitem o seu desenvolvimento, como pessoas e como estudantes.

2.2 – a pré-leitura de O Vestido

apresentamos, mais adiante, atividades específicas de motivação dos alunos para a leitura do romance. mas é muito importante, sobretudo neste momento de motivação, que já esteja definido como será explorado o romance na sua turma, segundo o planejamento da escola. se forem trabalhar o livro depois do estudo dele em língua portuguesa, as sugestões para vocês estão mais adiante. No entanto, se forem os primeiros a trabalhar com ele, nada impede que utilizem algumas das atividades propostas na seção anterior, destinadas a professores de língua portuguesa.

por que insistimos nesse ponto? porque, sobretudo no caso de criar o interesse pela leitura de determinada obra, alguns elementos são praticamente insubstituíveis, como a análise da capa (ou das capas).

os movimentos naturais de quem decide fazer alguma coisa variam pouco. Como dizem os psicólogos, fazemos o que temos necessidade de fazer (infelizmente, até para fugir de castigos!). se vamos a uma livraria comprar um livro, ou a uma biblioteca escolher um livro para ler, detemo-nos na análise do título e em outras informações da capa: autor, editora, imagem. procuramos dicas na quarta capa, que costuma trazer dados da obra, e até nas eventuais orelhas, para sentirmos o que esperar daquela leitura. podemos, também, folhear a obra, ler um ou outro parágrafo. temos, assim, alguns dados para nos orientar na decisão de ler/comprar o livro. Vocês, ao fazerem a motivação, têm que usar os melhores recursos para isso, e certamente capa, título e autor são algumas dessas ferramentas.

Vocês, mesmo sendo de outras áreas que não da literatura ou das artes, com toda certeza compram livros ficcionais, e analisam também com olhos diferentes as suas capas. sabem o que procurar numa capa de livro informativo e científico, e o que buscar numa capa de obra literária: o mesmo princípio que orienta o texto de cada um: num, o referencial; noutro, as conotações. Num, o maior número possível de dados exatos; noutro, a maior porcentagem possível de ambiguidades e de linguagem figurada. enfim, um descobre, o outro encobre. e como é importante que cada um tenha claros esses preceitos, não é?

se, eventualmente, não são vocês os primeiros a trabalhar com O Vestido, procurem saber que questões foram abordadas, para que possam escolher outras, ou considerar outros ângulos da obra. de todo modo, é sempre bom recuperar com os alunos o mais importante

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do que viram, até mesmo para saber quanto do romance eles retiveram, seja do autor, seja dos assuntos do romance, para daí fazer surgirem motivos para a turma reler a obra.

• leitura do início do primeiro capítulo

sobretudo se forem os primeiros a trabalhar a obra, uma excelente estratégia para motivar a leitura é vocês lerem um trecho significativo da introdução da obra.

façam a leitura do início do primeiro capítulo, sua primeira página, até o ponto em que a mãe decide que vai contar a história. informem aos alunos que vocês vão ler o início do livro que estão propondo como próxima leitura da turma. apresentem apenas o título da obra e comecem a leitura.

Consideramos a leitura para os alunos, feita pelo professor, um dos expedientes mais eficazes na conquista dos ouvintes para a leitura de uma obra. Na apresentação da obra, ou em algum momento em que percebemos alguma dificuldade ou equívoco, na relação da turma com a obra, seu efeito é sempre altamente positivo, desde que não improvisada e seja ensaiada em voz alta, para se explorarem todas as possibilidades do texto.

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• apresentação da capa e do autor

analisem, em seguida, a imagem da capa. (alguns detalhes dela foram abordados na seção 1.) incentivem os alunos a imaginarem que tipo de história vão ler, a partir dos dados do texto e da capa.

sobre o autor, escolham entre os dados da biografia aqueles que acreditam ajudar a criar o interesse pela obra. o fato, por exemplo, de ter vários textos e livros levados para a televisão e para o cinema já indica sua capacidade não apenas de grande narrador, como também de certa dramaticidade (clara nesta obra), que combina com esses dois campos artísticos.

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