Nissan Leaf
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5 O visionário, vai mais longe Após 7 anos de existência, o Nissan Leaf deixou de ser figurativo na paisagem automóvel. Depois de uma primeira abordagem quando do seu lançamento, tivemos agora a oportunidade de o ensaiar com mais tempo, e com um olhar mais critico. Uma vez sentado ao volante, os controlos caiem na nossa mão que nem uma luva e a posição da direção pode ser ajustada num ápice. Desde os primeiros quilómetros, o Leaf dá a ideia do excelente conforto da suspensão, o que não é de admirar, tendo em conta a corrente de opinião de proprietários que o enaltecem neste ponto. Desenvolvendo 150 cv e 320 Nm disponível desde o início, o seu motor elétrico, obviamente, não faz qualquer ruído e permite, à boa maneira japonesa, encaixá-lo no transito com particular facilidade.
E como se não bastasse, a nova geração Leaf, inova com a função e-Pedal. A grande vantagem é que no percurso urbano esta novidade dispensa o pedal do travão. Atuando a partir do freio do motor, gere a travagem até à imobilização total, sem que o condutor tenha de pressionar o travão. Ao principio não é fácil, confesso, e a dosagem será mais ou menos forte dependendo da rapidez com que se levanta o pé do acelerador. Um tanto perturbador como foi no passado, por exemplo, o cruise control, mas parecenos bastante eficaz.
... Na Europa, em cada 12 minutos há uma encomenda Leaf ...
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Outra inovação, o ProPilot, já conhecida em veículos Nissan vendidos no Japão. É mais um passo na direção da condução autónoma. Uma vez acionado, permite ao Leaf manter a distância do carro da frente e, ao mesmo tempo, abordar as curvas sem intervenção humana, mantendo o veículo no seu caminho. Testado nas autoestradas japoneses tem, como a maioria dos sistemas concorrentes, que lutar para seguir a trajetória quando a curva aperta de mais. Já o ProPilot Park, tecnologia Nissan inteligente Mobility, é bem mais eficaz e tão avançado que ao estacionar, sentimo-nos excluídos da manobra, meros espectadores, o que acaba por ser surpreendente e, ao mesmo tempo, divertido.
Características avançadas de segurança O novo Nissan LEAF oferece aos condutores completa confiança no que toca à segurança. As características de série da versão base incluem seis airbags (dianteiros, laterais e de cortina), fixações ISOFIX, Sistema Antibloqueio dos Travões (ABS), Distribuição Eletrónica da Força de Travagem (EBD), Assistência de
Travagem (BA), e Arranque Assistido em Subidas (HSA). O Identificador de Sinais de Trânsito e o Aviso de Ângulo Morto são também de série desde a versão base Visia, tal como o Sistema Inteligente Anticolisão com Reconhecimento de Peões e Ciclistas. Os sistemas de tecnologia de segurança avançados, como por exemplo, o Aviso de Mudança de Faixa, o Sistema Inteligente de Manutenção de Faixa e o Alerta de Trânsito Traseiro também fazem parte do equipamento de série dos novos Nissan LEAF.
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O novo modelo Leaf é bem mais sedutor que o anterior.
Mas a grande questão que temos direito de perguntar é: e a autonomia? No primeiro ensaio que fizemos, num andamento moderado, que incluía estradas nacionais e autoestrada, nesta última sem passar do 110 km/h, percorremos 101 km, e usamos 138 km da bolsa de autonomia. Neste primeiro ensaio é difícil dizer se os valores anunciados pela Nissan são atingíveis. Com uma bateria de 40 kWh, contra 30 KWh do modelo anterior, poderíamos ir, segundo o ciclo NEDC (muito subjetivo) fazer 389 km, com uma carga. Impossível! No entanto, a Nissan também utiliza outro ciclo (WLTP) e promete autonomia
de 270 km na estrada, este mais bem real, no entanto, as nossas experiências relatam, em média, entre 240 e 250 Km, o que é bastante bom. (80% da população europeia faz um máximo de 60 km por dia). Na cidade, certamente é possível fazer mais e até aproximar dos 270/280 km, ou talvez mais.
Possuir um carro elétrico exige organização...
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As nossas expectativas é que faça pelo menos 250 km em uso real: um dado fruto da nossa experiência em conduzir veículos elétricos. Um condutor com menos experiência fará seguramente menos quilómetros. A desvantagem: leva agora 40 minutos para carregar 80% da bateria num carregador rápido, contra os 30 minutos do modelo anterior. O Leaf foi construído com base no modelo anterior. Assim, alguns detalhes irritantes subsistem, como a habitabilidade traseira. Além disso, o acabamento melhorou mas continua austero e muito económico, diga-se em abono da verdade, pouco em linha com o preço.
No entanto, na estrada o Leaf oferece todas as vantagens de um carro elétrico especialmente em termos de ruído (mesmo que o ruído aerodinâmico se mantenha) e da baixa disponibilidade de energia. Agradável, por vezes saltitante, oferece uma “boa estrada” graças ao amortecimento firme, pelo facto, sobretudo, de limitar os movimentos da caixa relacionados com o peso das baterias à volta.
... O Leaf foi construído com base no modelo anterior...
No segundo ensaio que nos levou desde a Ericeira até Vila Nogueira de Azeitão, e daí até às instalações da Nissan no Lagoas Park, num total de 182 km, gastamos 178 km de autonomia, utilizando o mesmo tipo de condução: tranquilo. Embora não seja segredo nenhum, podemos adiantar que o Leaf receberá no final do ano uma bateria com aumento da capacidade, falamos de 60 kWh, o que lhe permitirá cerca de 490 km de autonomia.
Mais trabalhado e menos restritivo, o novo Leaf apagou alguns defeitos da primeira geração e apresenta recursos de condução inovadores.
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A nossa opinião: o Nissan Leaf foi positivamente renovado em termos de equipamento, tecnologia e uma bagageira maior. Construído sobre a plataforma antiga, ainda mantém alguns defeitos mínimos do modelo anterior, que se podem transformar em trunfos para futuros concorrentes. Enquanto isso, o Leaf é, na nossa opinião, um carro de utilização diária, confiável e energeticamente eficiente, preocupado cada vez mais com questões de autonomia, tendo em conta que 80% da população europeia percorre no máximo 60 km, por dia. Bateria: iões de lítio, 40 kWh
Gostamos: ¬ Performances ¬ Silêncio de funcionamento ¬ Conforto ¬ Função do e-Pedal ¬ Insonorização ¬ Guiabilidade ¬ O nível de equipamento ¬ Autonomia ciclo WLPT (autonomia real) ¬ Volume da mala
Gostamos menos: ¬ Autonomia anunciada em ciclo NEDC ¬ Recarregamento mais longo ¬ Habitabilidade nos bancos traseiros
... foi positivamente renovado ...
Infotainment extraordinário O melhorado ecrã (TFT) de 7 polegadas e a cores do novo Nissan LEAF destaca as principais funcionalidades, incluindo a informação dos sistemas de áudio e navegação. A versão mais recente do sistema de navegação Nissan Connect EV inclui conectividade Bluetooth e rádio DAB. Para além das funcionalidades de navegação de série, também inclui informações em tempo real sobre os pontos de carregamento mais próximos.
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Ficha Técnica
Nissan Leaf Motor: elétrico, sincronizado com ímanes permanentes Potencia: 150 cv desde 0 /rpm Binário: 320 Nm desde 0/rpm Bateria: iões de lítio, 40 kWh Velocidade máxima: 144 km/h 0-100 km/h: 7,9 segundos Tempo de carga: 16 horas com ficha tomada doméstica (3 KWh); 8 horas com 6 KWh, com recurso a wallbox (7 KWh): demora 7,5 horas. 40 minutos num carregador rápido (50 kWh) para carregar 80% da bateria. Autonomia: 389 km (ciclo NEDC), 270 km (com base no ciclo WLTP. Worldwide Harmonised Light Vehicle Test Procedure (Procedimento Mundial Harmonizado de Teste para Veículos Ligeiros) Dimensões Comprimento: 4,48 m; Largura; 1,79 m; altura: 1,54 m
Distância entre eixos: 2,70 m Peso (Kg): 1520 Volume da mala (Litros): 435 Preço: desde 34.900 até 39.850,00 Euros Pinturas exterior extras: 200 a 650 Euros Modelo ensaiado: Versão especial de lançamento LEAF 2.Zero Equiparada ao N-Connect, Jantes 17”, Câmara 360º, ProPilot. PVP: 36.400 euros, desconto Nissan Oferta Cliente – 2000 euros e 5 anos garantia (ou 100.000 km). Preço final 34.400 euros, “preço Nissan”, sem benefício do Estado.
www.nissan.pt
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VILA NOGUEIRA DE AZEITÃO Visitar a região de Azeitão é correr o sério risco de - deliciosamente - cair em tentação e pecar. Prova-se o Moscatel, deliciosas tortas, os “esses” tão injustamente esquecidos das bocas do mundo, estrela-se o céu da boca com o queijo amanteigado que, no mínimo, põe os franceses à beira de um ataque de nervos. Admiram-se os palácios, calcorreia-se as vinhas das quintas e descobre-se os encantos de uma região que já nasceu encantada, sem tirar os olhos da Serra da Arrábida.
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No nosso caso, fomos de Nissan Leaf, através da Nacional 10, a estrada que nos leva até Vila Nogueira, o coração de Azeitão, se é assim que se pode chamar, de uma zona mais abrangente que inclui localidades como Brejos, Oleiros, Aldeias dos Irmãos, Aldeia Grande e Vila Fresca, todas elas com motivos de sobra para serem visitadas. É segunda-feira anda-se à vontade. Mais gente só, dizem-nos, ao fim de semana onde Azeitão transforma-se, com as famílias às compras entre o movimento de turistas que visitam as adegas à procura do dos bons vinhos da região, do moscatel, dos queijos e das célebres tortas.
Município de Setúbal
Azeitão é a palavra derivada de azzeittum, vocábulo de origem árabe, que refere os extensos olivais encontrados quando aquele povo chegou a esta região. A partir de Lisboa chega-se à região de Azeitão, em cerca de 30 minutos. Vila do distrito de Setúbal, nas faldas da serra da Arrábida, é sobejamente conhecida pelos seus produtores de vinho, pelos palácios e quintas brasonadas e, pois claro, pelo queijo e doçaria.
1. Tortas de Azeitão 2. Esses de Azeitão 3. Queijo de Azeitão
Saímos de casa com autonomia mais que suficiente para ir a Vila Nogueira de Azeitão e voltar mas, por defeito ou feitio profissional, fomos verificar se
Município de Setúbal ©
Palácio Bacalhoa
o único carregador existente em Vila Nogueira (Rua Dr. Francisco Gonçalves Oliveira) funcionava. Estava for de serviço. Nada que nos surpreendesse. A nossa sessão de fotos começa por uma paragem na Praça da República, mais conhecida por Rossio. Ali naquele sitio onde durante muitos anos funcionou uma bomba de gasolina, há agora um grande cacho de uvas que jorra água e recorda o forasteiro que está numa terra de bons néctares. Vila Nogueira de Azeitão reúne alguns pontos de referencia mais importantes da região:
A fonte dos pasmados Amarela, azul e grande foi mandada construir no século XVIII. O povo rapidamente apelidou-a de pasmados,
porque as pessoas que vinham de outras bandas vender os seus produtos, entregar mercadorias, ou “tratar da sua vida” ficavam pasmados com a imponência da fonte. Daí à lenda foi um ápice e reza que “quem desta água beber ficará para sempre ligado a Azeitão”.
Palácio dos duques de Aveiro Trata-se de um edifico quinhentista, classificado como imóvel de interesse publico que, obviamente, já teve melhores dias. A história conta-nos que aqui chegou a estar instalada a primeira fábrica de chita portuguesa, entre 1775 e 1847. É lamentável ver o palácio a degradar-se de dia para dia, assim como o Cine Teatro Vitória Azeitonense, cuja decadência está maquilhada com um graffiti. O Cego, é a pastelaria mais antiga da vila. Nascida em 1901, é conhecida
pela doçaria: “esses” e “tortas” mas também pelos “mimos” (doce de ovos, massa filo e amêndoa torrada) e memés, feitos com requeijão de ovelha, no entanto, existem outras casas que vendem excelente doçaria regional e outras especialidades da região, queijo de Azeitão, como a Casa das Tortas, fundada em 1910 e que mantém as pedras originais ou a Casa Negrito, entre outras. Mas, a vila tem muitas portas abertas, de muito bom gosto, para comer queijos servidos em tábuas e deliciar-se com a doçaria. Não resistimos às trouxas de Moscatel e amêndoa.
17 ...a vila tem muitas portas abertas, de muito bom gosto, para comer queijos servidos em tábuas e deliciar-se com a doçaria. ..
Estátua de Sebastião da Gama, o “poeta da Arrábida”, natural de Vila Nogueira
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A visita à Bacalhôa exige mais tempo, e as filas de turistas à porta desmotiva quem está na região em trabalho. Uma visita obrigatória que faz parte de um programa mais alargado que pode incluir passagem pela adega e pelas exposições permanentes ou temporárias da Quinta da Bassaqueira, a sede da Bacalhôa, em Vila nogueira de Azeitão, junto à nacional 10. Ficou a promessa de voltar, talvez de Nissan...
Município de Setúbal
Na mesma rua, José Augusto Coelho, encontramos a casa-museu José Maria da Fonseca que guarda o tesouro, bem guardado, de mais de 180 anos de história, um ícone. Para além de ter a marca de vinho mais antiga do país, a Periquita, guarda na sala da Adega dos Teares Velhos, os moscatéis mais antigos da Península de Setúbal.
José Maria da Fonseca
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Produção: Glória Oliveira Texto e fotos: Manolo Parceiro de reportagem: Nissan Leaf Design/Paginação: Patricia Machado
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