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Oriente-se Arona: www.seat.pt Alandroal: 38º 41’ 57” N / 07º 24’ 33” W Equipamento indispensável: câmara fotográfica e espírito de viajante
Seat Arona TSI 1.0 115 CV
Chique e sedutor A Seat desce à arena dos SUVs urbanos para uma luta de titãs. O seu mais recente gladiador, o jovem Arona, encontrou na marca os pergaminhos que o incentivam a enfrentar a poderosa
concorrência com otimismo. A recente entrada do Ateca no competitivo mercado dos SUVs compactos, veio aumentar a responsabilidade do hermanito Arona que ganha o nome de um pequeno município de Tenerife, a maior ilha do arquipélago das Caraíbas. Para se destacar da multidão onde
Nissan Juke, Peugeot 2008 e Renault Captur dominam, o Arona surge bem vestidinho, com linhas dinâmicas bem no espírito da produções da marca. O set é sério o que lhe dá uma aparência de chique urbano, a antítese, por exemplo, do novo Citroen C3 Aircross, que joga a cartada do espírito de aventura.
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Alandroal O riquíssimo património histórico e a deslumbrante paisagem natural do concelho do Alandroal, em pleno Alentejo, levou-nos ao comandos do Seat Arona TSI 1.0 de 115cv, a visitar
este concelho profundamente marcado pelo Rio Guadiana e por magníficas construções de outros tempos, como os Castelos do Alandroal, Terena e Juromenha. A pacata vila do Alandroal ergue-se orgulhosamente a 341 metros de altitude. Visitar o Alandroal é ir ao encontro
dos primórdios da presença humana na região, que data de tempos bem antigos, como o comprovam diversos monumentos megalíticos que ao longo dos tempos têm sido preservados, como a fortificação do Castelo Velho, o menir da pedra Alçada, o Santuário rupestre da Rocha da Mina, ou mesmo a Vila Romana dos Castelinhos.
Seat Arona TSI
O prazer da condução O prazer de conduzir revela-se nas estradas nacionais e camarárias onde a paisagem passa por nós tranquilamente e inebria-nos de beleza. Uma experiência intrínseca inigualável. O Seat Arona proporciona-nos esta experiência de
O prazer de conduzir revela-se nas estradas nacionais e camarárias...
7 forma muito particular: oferece-nos uma visão periférica devido à generosidade das suas janelas que deixam entrar todas as sensações visuais e a luz, que exerce o poder que tem sobre a pessoas e como pode alterar o modo como estas interagem com o espaço e a envolvência. O Seat Arona é um SUV do segmento B que, tal como o Ateca no segmento C, tem por objetivo atacar o coração do segmento e se o faz, para isso, conta com bons argumentos: design
o Arona é, pelo menos 3.200 Euros mais caro que o Ibiza (baseado no TSI 1.0 de 115 cv e sem descontos) mas, o Arona será o grande conquistador: está posicionado no coração do marcado dos pequenos SUVs cujas vendas explodiram na Europa nos últimos anos. O Arona não está sobrecarregado com uma proposição 4x4, aliás, pouco solicitada neste segmento, ao invés, tira da cartola o trunfo da personalização
que agrada à maioria dos potenciais clientes, bom equipamento, boa habitabilidade, motorizações corretas, muitas possibilidades de personalização. Enfim, tudo aquilo que se “exige” a um carro deste tipo. Com 4,14m de comprimento, 1,54m de altura, e uma distância ao solo de 19cm, o Arona é mais comprido 8cm e mais alto 10cm que o Ibiza. E falamos disto porquê? Porque ambos partilham a mesma plataforma. Na versão igual,
muito mais apreciado pelos clientes dos pequenos SUVs. Desde as pinturas bicolor, retrovisores coloridos, pinturas especiais, entre outros, o Arona oferece nada mais, nada menos, que 68 combinações para que todos tenham o “seu” Arona. A mesma possibilidade de desenvolvimento é proposto para o habitáculo, o que não é nada mal pensado. Mas sobre isso, já lá vamos.
Seat Arona TSI
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Evasão O concelho de Alandroal localiza-se no distrito de Évora, sendo servido pelas EN 373 e EN 255. Geograficamente, faz fronteira com a Espanha através da margem direita do Lago do Alqueva. A pacata vila do Alandroal foi surpreendida e não resistiu à nossa
fascinante invasão do seu Castelo, que foi construído em apenas quatro anos, o que para a época foi notável, por um arquiteto mouro chamado Galvo, o “Mestre do fazer”. O castelo de Alandroal é um belo exemplar da típica fortificação gótica, com portas ogivais, vários torreões e uma altiva torre de menagem adossada à muralha.
o nome Alandroal deve-se a neste concelho crescerem aloendros, cuja madeira é usada no artesanato local.
pelos pastores para uso doméstico, infelizmente, hoje em dia, ameaçados pela industrialização e uso do plástico.
Terra de tradições e costumes, mantém no artesanato uma das suas características muito próprias, com trabalhos de cortiça, madeira, pele e chifre que tradicionalmente eram feitos
A gastronomia é também um dos pontos fortes da vila, com o pão a ser o rei da mesa, nos ensopados, nas migas, açordas ou sopas.
As suas ruas de casario branco foramse desenvolvendo em volta do Castelo, dominado pela Torre do menagem, albergando no interior das suas muralhas a bela igreja Matriz do século XVI. Fora das muralhas o património arquitectónico continua a deleitar, com a bonita Fonte monumental dos séculos XVII e XVIII, o central Pelourinho, a Igreja da Misericórdia e todo o ambiente calmo, pacato e tipicamente alentejano que o Alandroal oferece. Curiosamente,
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1. Ermida Nossa Srª da Consolação.Mandada construirmos Diogo Lopes Sequeira, aqui sepultado, que trouxe da India a imagem da sua padroeira.
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2. A centenária Fonte das Bicas de Alandroal foi construída na transição do século XVII e XVIII, de arquitetura barroca de forma retangular com frontispício de pilastras rematado por fogaréus. Localiza-se num ponto central da vila, na Praça da República e possui um brasão do século XVIII, ladeado por duas esculturas, recentemente furtadas. A fonte possui seis bicas, representadas por cabeças e leões, denominando-se por Bica das Feiticeiras, Santo António, Namorados, Reis, São Pedro e São João.
3. Torre do Relógio. O Castelejo, delimitado por quatro torres. tem no centro a Praça de Armas. A Torre de Menagem domina o conjunto com os seus 20 m de altura, sendo acrescentada a pequena torre do relógio em 1774.
Seat Arona TSI
Ao volante do Arona A altura correta ao teto facilita o acesso a bordo e uma vez sentado ao volante desfruta-se de uma visão sobranceira à estrada e, é por isso que cada vez mais clientes preferem os SUVs aos baixotes sedans. Em termos de manobrabilidade, o Arona, parece-nos muito prático, ao contrário de outros pequenos SUVs que reduzem demais a altura das janelas (talvez, por uma razão de estilo). No Arona encontramos janelas generosas, beneficiando substancialmente a visão periférica. Uma vantagem na cidade e na estrada, uma questão de segurança e, em abono da verdade, entende-se
... o Arona distinguese dos outros pequenos SUVs pelas generosas janelas laterais. A carroçaria bicolor (Série Xcellence) dá-lhe um ar chique e sedutor...
13 melhor os contornos de um veiculo a bordo de um Arona, do que sentado num C3 Aircross ou num Kia Stonic, por exemplo. O Arona é fácil de “agarrar”. Possui um chassis que consegue uma boa síntese entre o conforto e a agilidade de carro pequeno. A direção é suave, o volante de aro fino tem um toque agradável e a suspensão não fica pendurada à primeira curva. Sem dúvida, um excelente compromisso, nesta categoria. Nos 500 km percorridos no nosso ensaio, num percurso ida-e-volta ao
A bordo do Arona Quando nos sentamos ao volante de um Seat não é, propriamente, uma loucura e o Arona não é exceção. Nota-se desde logo a influencia austera do Grupo de Wolfsburgo. O interior é clean mas não surpreende,
Alandroal, notamos o ruído do ar bastante presente a partir dos 120 km/h. Também chegamos à conclusão que as rodas de 18” (pneus 215/ 45 R18) não beneficiam este Arona: o carro perde conforto e ganha ruídos. As outras duas opções disponíveis parecem-nos mais adequadas: 205 / 60 R16 e 205 / 55 R17. O motor 1.0 TSI potencia 115 cv e 200 Nm de torque e oferece flexibilidade na cidade e força na estrada. Sempre fui fã dos motores de 3 cilindros. Este motor é a escolha certa para aproveitar a versatilidade do Arona.
vivacidade embora não escape, momen ta n ea men te, a algumas vibrações nos assentos e no volante em rotações baixas. Mas não se preocupam os mais picuinhas, uma vez lançado o TSI 1.0 dá muito bem conta de si e até pode ser puxadinho até às 6500 rpm mas aí ele queixa-se um bocadinho. Ao ritmo normal, proporciona a flexibilidade esperada num SUV compacto.
Um motor que se manifesta com
o que contrasta com a promissora aparência exterior. Felizmente, a Seat oferece (entre aspas, entenda-se) muitas opções para personalizar o seu interior: estofos em Alcântara, tira de painel com cores dissociadas, inserções na consola central e nos painéis de porta. O melhor é mesmo optar pelo acabamento “Xcellence” e fazer as escolhas certas, como as inserções em couro com pesponto. O Arona fica chique e sedutor na apresentação com assentos ergonómicos e confortáveis e
quase nos esquecemos que estamos rodeados de plásticos duros. O bom espaço a bordo e os arrumos bem distribuídos oferecem a conveniência esperada. Nos tempos que correm um SUV não se pode dar ao luxo de não acompanhar a evolução tecnológica e o Arona não perde pela demora. No painel encontramos uma grande diadema com um painel de controlo de 8” bem integrado. Um GPS moderno e muito
intuitivo, Apple Carplay e conexões Android Auto, várias portas USB e carregamento de smartphone por indução. Os assentos são espaçosos e os bancos de trás acomodam dois adultos bem encorpados com facilidade, sobrando espaço para as pernas e na altura ao teto. Curiosamente, o assento central é hipotecado por um túnel de transmissão integral que, em teoria, não existe nesta plataforma... estranho! Em termos de modularidade dos bancos traseiros, o Arona posiciona-se na oferta
...O Arona conta com os mais modernos sistemas de assistência à condução...
Em matéria de SUVs urbanos... Existe o precursor Nissan Juke, seguiram-se o Peugeot 2008 e o Renault Captur. O Arona chega num segundo pelotão muito bem proporcionado: C3 Aircross, Hyundai Kauai, Kia Stonic, Opel Crossland...podemos juntar o novo Volkswagen T-Roc mas este é um pouco maior que os outros (4,23m), mais potente (até 190 cv), poder 4x4 e é, obviamente, mais caro. A verdadeira ofensiva em matéria de SUVs urbanos da marca germânica será o lançamento do T-Cross, sobre as mesmas bases que o Arona. Em matéria SUVs urbanos estamos conversados e acreditamos que o Arona tem todos os ingredientes para ter sucesso.
clássica de 60/40. Deixa ao Captur e ao C3, por exemplo, a vantagem do banco deslizante mas, a mala de duplo nível é de fácil acesso e bem dimensionada com 400 litros de carga. O Arona conta com os mais modernos sistemas de assistência à condução, sistemas que são comuns a segmentos superiores, como é o caso do Front
Assist, função Hill Hold, Detetor de Fadiga, Sensores de Chuva e Luz, Travagem Multicolisão, sem esquecer a possibilidade de incluir o Alerta de Trânsito à Retaguarda, Deteção de Ângulo Morto e o Park Assist, que funciona tanto no estacionamento paralelo como longitudinal e o Cruise Control Adaptativo (ACC) com função Stop&Go.
15 A nossa opinião A nossa opinião baseia-se, e só, na nossa experiencia sensitiva. Não temos a pretensão de reescrever os Dez Mandamentos (e mesmo estes, sabe deus). Com cerca de quarenta anos de jornalismo, também na área dos automóveis, definimos alguns critérios (sempre em mutação, é verdade) dos quais não abrimos mão. Não é por defeito, é por feitio. Sinceramente, em alguns segmentos não nos preocupa, nem nos tira o sono, os plásticos duros. Mesmo nos veículos com plásticos duros existem bons e maus acabamentos. Ou seja, independentemente dos materiais, os acabamentos, as coisas bem feitinhas, o conforto, eficácia, habitabilidade,
flexibilidade, entre outros, são os fatores determinantes para a nossa avaliação. Além disso, não queremos cair no lugar comum de censurar os plásticos duros numa marca e elogiar os mesmos plásticos duros noutra marca. O Arona tem tudo para seguir a trilha de sucesso do seu irmão Ateca. O seu tamanho, facilidade de aderência, guiabilidade, mecânica e personalização são argumentos fortes do Arona que está pronto para fazer mossa na arena dos SUVs urbanos. Um habitáculo menos austero seria bemvindo. Felizmente, o preço solicitado é o de mercado e os preços das opções são razoáveis. Além disso, permite um toque extra de personalização.
O que gostamos mais: MODELO DESIGN VISIBILIDADE PERIFÉRICA CHASSIS SAUDÁVEL CONFORTO CORRETO HABITABILIDADE ARMAZENAMENTO EQUIPAMENTOS MOTOR
O que gostamos menos: INTERIOR AUSTERO E TRISTE RUÍDO DO AR NA AUTOESTRADA
Ficha Técnica Seat Arona TSI 1.0 115 CV
CARACTERÍSTICAS Motor: 3 cilindros Turbo (999 cm3) Transmissão: rodas dianteiras Binário: 200 Nm entre as 2000/3500 rpm Comprimento: 4,14 m Largura: 1,78 m Altura: 1,54 m DistÂncia entre eixos: 2,57 m Altura ao solo: 19 cm Volume da mala: 400 litros Capacidade do reservatório: 40 litros Tipo de combustível: gasolina sem chumbo 95 Emissões C02: tem a ver com as dimensões das jantes. As emissões situam-se entre as 113 a 137 g/Km Peso: 1210 Kg
Consumos anunciados Urbano: 5,7 l/100 km Extraurbano: 4,5 l/100 km Combinado: 5,0 l/100 km Em cerca de 500 km percorridos (cidade, autoestrada, estradas nacionais e camarárias), com uma condução normal (leia-se: dentro dos limites) e sem preocupações de consumos, a nossa médio de consumo foi de 6,1 L/100 km.
Performances 0-100 km/h:10 segundos Velocidade máxima: 182 km/h
Preços do Arona Versões gasolina • de 155 cv: de 20.420,00 a 24.615,00 Euros (Versão ensaiada) • de 95 cv: de 17.805,00 a 22.505,00 Euros • 1.5 EVO de 150 cv: 26.045,00 Euros Versão Diesel • 1.6 TDI CR 95 c: de 21.955,00 a 23.993,00 Euros
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Texto e Fotos: Manolo; Produção: Glória Oliveira; Design/paginação: Patricia Machado
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