Global Expedition #33.

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Range Rov


Na estrada, tudo corre bem, os quilómetros correm suavemente, sem esforço e, curiosamente, num silêncio notável.

O “Rolls” campo


5 Range Rover Sport P400e HSE O híbrido com todos os condimentos também chegou ao muito aristocrático Range Rover. Recorde-se que o P400e, foi o primeiro Plug-in, o primeiro Range a sentir os ventos de mudança. Na senda de evolução o mais recente modelo arroga uma imagem virtuosa, com um motor de 4 cilindros flanqueado por um motor elétrico. O que pode deixar adivinhar algumas concessões.

por critérios tecnicamente pouco realistas). Movimentar um SUV de mais de duas toneladas com um pequeno 4 cilindros auxiliado por motor elétrico para levar o nosso gigante britânico ao otimista número de 76 g/Km de C02, aprovado, claro, de acordo com o defunto ciclo NEDC, deixa-nos algumas perplexidades. Mas vamos ao que interessa.

É que mesmo para os grandes SUVs, o sistema híbrido parece ser uma obrigação. Pelo menos, para diminuir a média das emissões de toda a gama e, assim, ser capaz de manter por alguns anos o grande V8 que se “esconde”, por exemplo, debaixo do capô do Range Rover Sport SVR.

O Sport P400e opta pelo pequeno motor Ingenium de 2 litros supercharged já conhecido pelo resto da família JaguarLand Rover e que, curiosamente, até faz parte da lista dos melhores motores de 2018.

Mas isto vale o que vale, as vendas deste monstro de quase 600 cv são quase residuais e, portanto, tem um impacto infinitesimal em termos de emissões, além disso, a fiscalidade definida a nível europeu é monótona (definida

O híbrido com todos os condimentos também chegou ao muito aristocrático Range Rover...

do RECOMENDA:

Pneus T005 • O melhor desempenho do segmento em piso molhado. • O reforço em aço e poliéster rígido único asseguram um comportamento superior e menor resistência ao rolamento para reduzir as emissões C02 e o consumo de combustível.

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Range Rover Sport P400e HSE

O que há de novo neste Range P400e? A única pista externa, é a tomada de carga que está por detrás de uma escotilha escondida na grelha. A bordo, para além da instrumentação especifica para o híbrido (sem tacómetro) destaca-se o botão EV para forçar a marcha totalmente elétrica. O motor elétrico de 114 cv, acoplado à caixa de 8 velocidades, pode operar por conta própria, sensivelmente, até aos 135 km/h numa extensão de 50 km, isto em teoria. No entanto, a nossa experiencia deu-nos menos, apesar do pé direito em modo pluma. Era preciso meter as baterias em algum lugar. A solução foi enfiá-las debaixo da bagageira que subiu 10 cm e perdeu cerca de cem litros (479 l). Mesmo assim, o espaço restante é suficiente para a bagagem de cinco ocupantes muito bem instalados com tudo o que se pode esperar de uma Limousine.

Massagens, bancos em couro Windsor, dianteiros aquecidos com 16 ajustes e função de memória (mesmo os braços são aquecidos, como no Mercedes S), iluminação interior ambiente, Touch Pro Duo, sistema de som melhorado.

Ainda por cima, este exemplo de luxúria, é elegante e elegante (a paleologia é propositada). Couros expandidos, motivos em madeira exótica e nada de plásticos visíveis...O restyling recente também beneficiou o conforto dos bancos e acrescentou um pouco de conteúdo techno. O duplo ecrã touchscreen surgiu no Velar, por exemplo. Não é um must de praticidade, mas enche o olho. Os faróis LED e laser também são uma estreia e estão agora disponíveis em todas as gamas.


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O duplo ecrã touch-screen que surgiu, pela primeira vez, no Velar

Além da sua capacidade de reboque significativamente reduzida (2,5 t em comparação com 3,5 t para um Range de motor convencional) a honra está segura: o todo-o-terreno combina bem com este Range Rover Plug-in. O Terrain Response oferece vários modos de tração, proporciona passagem a vau de 90 cm (as baterias estão mais altas que o piso) , e os ângulos de saída e de ataque possibilitam progredir em terrenos difíceis com relativa facilidade, melhor ainda, se tiver pneus adequados. O baixo perfil dos Pirelli do nosso ensaio não são seguramente a melhor opção para um ensaio fora-de-estrada. A electrónica

do Terrain Response faz milagres desde que se mantenha o pé levezinho. A resposta do Range quer em estrada, quer fora-de-estrada é de sublinhar. Aliás, fiquei encantado com as suas performances. Impressionante! O P400e vai onde vai o Range Rover convencional. A performance fora-deestrada é notável e numa passagem a vau, com a suspensão na sua posição mais elevada, deu para experimentar a impermeabilização do compartimento da bateria. Com o motor elétrico fica entre o motor convencional e a transmissão, o esforço é enviado através da caixa ZF automática de 8 velocidades para as quatro rodas através da mesma matriz de auxiliares mecânicos de tração, igual ao modelos



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Range Rover Sport P400e HSE não híbridos. Em velocidades baixas, o torque instantâneo do motor elétrico permite um controlo mais preciso do que com um motor convencional; ideal para progredir em pisos rochosos e difíceis. No asfalto a suspensão pneumática é muito agradável, embora a massa considerável do P400e se torne mais

Até dá para acelerar tão rápido quanto o V8 4,4 litros Diesel de 339 cv (de 0 a 100 km/h em 6,8s) e emitir recuperações vigorosas graças ao torque do motor elétrico (640 Nm no binário acumulado). No entanto, um pequeno senão: à menor solicitação abrupta do acelerador reflete-se no despertar mal disposto dos quatros

evidente à medida que a velocidade aumenta. Mesmo a qualidade do andamento é excelente em ritmos urbanos, ou nos pisos irregulares de algumas estradas portuguesas, apesar das rodas de 21 polegadas. Em curvas moderadas cria uma inclinação corporal perceptível, e os limites finais de aderência são previsivelmente modestos, já que a suspensão bastante

suave luta bastante para manter a disciplina em velocidades mais altas. A direção é precisa e o Range Rover, apesar do seu volume, continua a ser um carro fácil de conduzir em caminhos estreitos graças à excelente visibilidade dada pela posição de condução semelhante a um pedestal, mas é definitivamente mais feliz em ritmo imponente.

cilindros, ruidosos de mais para o meu gosto, tendo em conta que estamos a falar de um “Rolls” de campo, bem acima dos 120.000 Euros.

para as encomendas. Na estrada, tudo corre bem, os quilómetros correm suavemente, sem esforço e, curiosamente, num silêncio notável.

Em termos de conforto, o Range Rover está na linha da frente. O conforto ligeiramente reforçado para compensar 160 kg de baterias chega e sobra

O equilíbrio geral, como para qualquer híbrido plug-in , é realmente favorável, isto se aproveitar ao máximo o motor EV. Ou seja, recarregar com a maior


11 frequência possível os 13,1 kW de baterias (aproximadamente 8 horas numa ficha doméstica, cerca de 3 horas num carregar de 32 Amperes) e maximizar os percursos totalmente eléctricos. Nada de novo, caso contrário: exibir este nível de performances com um motor de 4 cilindros num Range carregado de baterias e um sistema híbrido complexo, resultará

logicamente num apetite de “viver no campo”, voraz, muito mais do que o esperado para um Lead Free. Longe dos fantasiosos 3,2 l / 100 km anunciados, obviamente teóricos (assim como as emissões C02), ainda assim, a nossa média de ensaio foi de cerca de 8 l /100km o que, em abono da verdade, não deixa de ser um bom desempenho.

A tomada de carga elétrica está escondida por detrás de uma escotilha na grelha

Em modo Off-Road, a suspensão pode levantar cerca de 10 cm.

A nossa opinião Mesmo disfarçado de ecológico, um Range Rover é sempre uma excelente máquina para encandear quilómetros, no máximo conforto. A hibridização não o afetou, simplesmente, com um motor de 6 cilindros, ficaria ainda melhor. Sem abordar questões de confiabilidade levantadas por esta mecânica de alto desempenho, a razão de ser deste P400e é , sobretudo, uma

questão de imagem. Não é pragmático. A concorrência direta é logicamente mais barata, quer o Volvo XC90 T8 plugin Hybrid, quer o Mercedes GLE500e, em diferenças de mais de 20.000 Euros. No entanto, um Range Rover, em termos de luxo, consegue estar mais à frente. O refinamento e a elegância dão-lhe outro estatuto...

O que mais gostamos: ¬ Conforto ¬ Requinte ¬ Guiabilidade ¬ Performances preservadas ¬ Capacidade Off-Road


Algumas características técnicas Motor 4 cilindros em linha, gasolina, turbo, 1997 cm3 + motor elétrico Potência 400 cv às 5.500 rpm (229 cv térmico + 114 cv elétrico) Binário 640 Nm às 1.500 rpm (combinado) Peso 2.509 kg

Dimensões C x L x A (metros) 4,86 X 2,22 X 1,89 altura mínima: 1,77 altura off-road: 1,89 Distância entre eixos 2,92 m Volume da mala 479 litros

Velocidade máxima 220 km/h 0-100 Km/h 6,8 s Consumo anunciado (misto) 3, 2 l /100 km C02/Km anunciado 76g


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Gama Ligeiros 3.5 Toneladas NLR 1.9 L de 123 CV • NLR 3.0 L de 150 CV Cargas úteis de 1.385Kg a 1.680Kg Comprimento da caixa de carga de 3.030mm a 4.940mm

Gama Pesados DAS 5.5 ÀS 11 TONELADAS NMR 3.0 L de 150 CV • NPR 3.0 L 150CV NPR 5.2 L de 190 CV • FRR 5.2 L de 210 CV Cargas úteis de 3.720Kg a 7.535Kg Comprimento da caixa de carga de 4.010mm a 6.890mm

Cabina Simples, Longa ou Dupla. Gama de Trabalho ou Lazer • 3 ou 5 Lugares • 4X2 OU 4X4 • Transmissão Manual ou Automática

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Volvo


Uma vinha sobre Lisboa Nos aviões, não gosto de viajar nos assentos do meio e nem tenho grande preferência pelos lugares de janela. Sempre que é possível prefiro a coxia, dá-me outra motilidade. Quando aterro em Lisboa, por impulso, ou não, dáme sempre vontade de espreitar pela janela do vizinho, não sei porquê, se para me certificar que cheguei a “casa”, se para dar uma espreitadela no trânsito da segunda circular, seja pelo que for, este gesto automático e imperceptível faz parte das minhas rotinas de voo. Um destes dias, quando o avião se fez à pista, entre telhados de pavilhões industriais e as torres dos Olivais da

revolucionária Lisboa de Salazar, mirei uma vinha. Uma vinha em Lisboa? Surpreendeu-me. Não que seja a única, a da Tapada da Ajuda já existe há muitos anos, mas esta ali , naquele sitio, confesso, que me surpreendeu.

Curiosamente, nos anos 70 do século passado, vivi alguns anos em Paris perto de Clos-Montmatre, uma pequena vinha bem no coração do 18ème arrondissement. Quando passava por ali ficava deliciado e ao mesmo

Num local sem uso, ao abandono, nasceu a vinha lisboeta gerida pela prestigiada Casa Santos Lima...


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intrigado, nem sonhava que no século XII havia por ali muito vinhedo e que a sua maioria era propriedade das Dames de Montmartre, uma congregação religiosa, que cuidava da abadia da região. Ao contrário de Paris, o vinhedo de Lisboa é muito jovem e fica junto da Praça do Aeroporto, conhecida comummente por Rotunda do Relógio, na fronteira da freguesia de Alvalade e a dos Olivais.

Num local sem uso, ao abandono, nasceu a vinha lisboeta gerida pela prestigiada Casa Santos Lima, uma empresa familiar da região da Alenquer que se dedica - com história - à produção e comercialização de vinhos, com mais de 400 hectares de vinha. Chamado de Parque Vitícola de Lisboa, nasceu a partir de um protocolo estabelecido entre o Município de Lisboa e a Casa Santos Lima, Companhia das Vinhas S.A., no âmbito de uma estratégia de investimento e de aumento da

biodiversidade e da estruturação dos espaços verdes da cidade de Lisboa. Este parque, que prefiro chamar-lhe vinha, tem também um alto interesse pedagógico pois serve para promover a cultura vínica bem como divulgar o nome de Lisboa como região produtora de excelência. E não há aviões, carros ou poluição que perturbem. O projeto teve inicio em 2015. Com uma área de cerca de 2 hectares, de solo argilo-calcários foram plantadas, em proporções equitativas, uvas de


Volvo XC 60 D4


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castas Touriga Nacional, Tinta Roriz e Arinto assumindo-se como um espaço muito especial na capital portuguesa. Aliando excelentes características do solo e da exposição solar, permite aos seus visitantes um contacto muito próximo com o ciclo da vinha. A primeira vindima foi realizada em 2017. Nesse ano, foram vindimadas cerca de 19 toneladas de uvas, para a produção de vinho branco e tinto com a marca “Corvos de Lisboa”, que equivale cerca de 15.000 a 20.000 garrafas produzidas. A ideia inicial da CML é, no futuro, ampliar a vinha por mais dois ou três hectares para conseguir “chegar ao rio”, criando assim um corredor verde no centro da capital. Mas, de momento, a ideia está em banho-maria devido ao preço elevado dos terrenos dentro da cidade. A colheita desse ano “Corvos de

Lisboa” Arinto foi distinguida com uma medalha de ouro no Concurso de vinhos de Portugal 2018, enquanto que o tinto foi premiado com a medalha de ouro no Concurso Mundial de Bruxelas. Os alfacinhas, e não só, têm agora a oportunidade de participar, a partir de setembro, na vindima da cidade. De tee. shirt, chapéu de palha e garrafa de água pode experienciar a apanha da uva, com amigos ou em família; passear entre a vinha, conhecer o processo da vinha, explorar a diversidade de castas no terreno e ter o privilégio de um novo olhar sobre Lisboa. Pedido de informações: viticultura@casasantoslima.com



Volvo XC 60 D4

Ao volante do Volvo XC 60 D4 INSCRIPTION 2.0, de 190 cv, diesel A incursão à “vinha do aeroporto” fez parte do nosso ensaio, com cerca de 500 km percorridos, com o Volvo XC60 D4. Num carro destes, o interesse de uma tração integral é obviamente o ganho de motricidade e segurança. É também uma maneira de distribuir melhor a energia no solo, uma vantagem significativa com motores potentes. É plenamente aceitável um carro destes com tração integral nos países do centro e norte da Europa, onde o gelo e a neve se acumula grande parte do ano. O conceito de tração integral do Volvo não tem nada a ver com todo-oterreno; tem a ver com a segurança. No caso do nosso XC 60 D4, não há energia sem limites: os 190 cavalos e o binário de 400Nm são muito bem canalizados e distribuídos pelo dianteiro de um veículo moderno. Além disso, durante o nosso ensaio, o XC 60 4X2 não mostrou qualquer fraqueza na motricidade durante o arranque, por exemplo, nas encostas das vinhas ou nas curvas. Mesmo na chuva, permaneceu imperturbável, mostrando que passa bem sem a transmissão integral que o engorda mais 80 kg e abre-lhe o apetite em mais 10% de combustível. Curiosamente, é insistindo mais fortemente no acelerador que a ausência de tração às quatro rodas é mais sentida. O XC60 parece menos “colocado” na estrada e a trajetória é menos clara. Nada de grave, porque estas observações são feitas a um ritmo

que tem pouco a ver com a Volvo que prefere uma atitude mais cool que desportiva. Para conforto e serenidade, o nosso XC60 é o carro ideal mesmo que preferíssemos uma direção mais responsiva. Além da suspensão suave para os passageiros, o conforto também se manifesta através dos assentos bem projetados, “mobiliário” de qualidade e silêncio na estrada. A transmissão automática Geartronic 8 contribui para a tranquilidade graças a um funcionamento suave e bem estudado. Suave para os passageiros, o Volvo XC60 também é doce para a carteira quando se trata de atestar. Num percurso de 206 km em estrada nacional fizemos 6,5 litros aos 100 km, de regresso mas por autoestrada (portanto em velocidade mais alta) , o fluxo permaneceu limitado a 7,2 litros/100 km, e pouco varia se você tiver o pé um pouco mais pesado. Para um SUV familiar, que oferece uma autonomia de 750 km este dados são interessantes e até surpreendentes.

Não há nenhum modelo a gasolina ou híbrido que se possa gabar de consumos tão lisonjeiros. Afinal de contas, o famigerado diesel continua a ser, em muitos casos, a melhor escolha.

...durante o nosso ensaio, o XC 60 4X2 não mostrou qualquer fraqueza na motricidade durante o arranque...


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A nossa opinião Não anda na neve todos os fins-desemana, pois não? Não pratica uma condução dinâmica nas estradas estreitas da Madeira, Serra da Estrela ou na estrada interior que vai de Ervidel à Guarda, pois não? Neste caso o Volvo XC60 é um carro fabuloso: seguro, confortável e económico. Permitam-me deixar aqui uma provocação: com o seu baixo consumo,

este XC60 também mostra que o híbrido recarregável T8 (com todas as suas vantagens) é quase uma heresia: demasiado caro, demasiado pesado e demasiado gélido. Este XC60 D4 4X2 nasceu para brilhar.

O que mais gostamos ¬ Conforto, segurança e equipamento ¬ Multimédia intuitiva e prática ¬ Performances e sobriedade

Gostamos menos ¬ Direção pouco responsiva ¬ Lugar central traseiro pouco confortável ¬ Tapa bagagens de pouca qualidade


Alguns dados técnicos Volvo XC 60 D4

MOTOR D4 Arquitetura . 4 cilindros Cilindrada (cc) . 1969 Potência máxima . 190 cv /4250 rpm Binário máximo . 400 Nm /1750-2500 rpm Combustível . gasóleo Performances e consumos anunciados Combinado . 5,2 l /100 km Urbano . 5,8 l /100 km Extra-urbano . 4,8 l /100 km Aceleração . 8,4 s (0-100km) Vel. Máxima . 205 km/h Emissões CO2 . 136 g/km Dimensões e capacidades Peso . 2500 Kg Depósito de combustível . 60 litros Altura . 1658 mm Comprimento . 4688 mm Largura . 2117 mm Distância entre-eixos . 2865 mm

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Características Nível de equipamento . INSCRIPTION Caixa de velocidades . Geartronic 8 velocidades Jantes . liga leve 19” Estofos . couro napa perfurado 1. O nível INSCRIPTION está bem dotado de série: GPS, ecrã touchscreen de 12 polegadas, ignição sem chave, estofos em couro e no painel de instrumentos, conteúdos e gráficos digitais. O painel central é usado com um tablet. Um dos melhores do mercado. 2. Nesta versão de tração às duas rodas, o Volvo XC60 D4 Geartronic não elimina o prazer de conduzir. 3. A alavanca da caixa Geartronic de oito velocidades e o botão rotativo de ignição: simples e prático. 4. Acabamento chique, materiais de qualidade e sobriedade nórdica neste XC60. 5. Os assentos do XC60 oferecem excelente suporte e conforto.

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OLEIROSD


OLEIROS

PINHAL TOTAL Participar no passeio de TT turístico “Pinhal Total” é, sobretudo, ir ao encontro de um património natural de uma riqueza incalculável, das gentes beirãs, dos sabores de ontem e de

hoje, da essência a pinheiro, dos trilhos floridos, dos cursos de água límpida, do cabrito estonado e do vinho Callum, numa forma única de brindar à natureza, em todo o seu esplendor.

Pela 12ª vez, o pessoal do “Oleiros Aventura” levou a cabo o seu passeio turístico que leva, todos os anos, centenas de peregrinos imbuídos do espírito de turismo de aventura, ao concelho de Oleiros. Nesta edição, a rota assentou num dos pontos colaterais da rosa-dos-ventos: a nordeste do concelho, dividido em três troços, abrangendo as freguesias de Oleiros, Panasqueira, Orelhão, Milrico, Sendinho da Senhora, Amieira (Vale de Moses), Abitureira, Rouco de Cima, para terminar no incontornável alto das Sesmarias, onde se encontra o Cristo Rei de Oleiros, a síntese entre o Cristo Rei que domina o Tejo, e o Corcovado, do Rio de janeiro.


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Participar no passeio de TT turístico “Pinhal Total” é, sobretudo, ir ao encontro de um património natural de uma riqueza incalculável,

Na forma e no conteúdo o “Pinhal Total” é um passeio de TT Turístico como nos bons velhos tempos: roadbook em papel, trilhos bem marcados, privilegiando o património natural, cultural, as referências turísticas, a boa mesa e como não podia deixar de ser, os grandes momentos de TT: a cereja no topo do bolo. No dia do Pinhal Total, a Devesa ou Praça do Município transforma-se, num agitado Paddock. O pórtico de Partida,

colocado entre o edifício da edilidade e o jardim marca o epicentro do evento e o corrupio de participantes entre a Câmara Municipal onde funciona o secretariado, a sede do Pinhal Aventura e o café agita as hostes e altera as rotinas da tranquila vila do distrito de Castelo branco. O primeiro troço leva a caravana, em ritmo tranquilo, de Oleiros a Milrico, num total de 9 km. O pinhal domina a paisagem e a passagem pelo Viveiro

Florestal do Vale de Gato, inserido num projeto pioneiro de reflorestação a nível nacional, capta a nossa atenção. Esta rearborização teve como mais-valias a incorporação de novas espécies, fomentando a biodiversidade e descontinuidade florestal, a manutenção de espécies autóctones resistentes, a criação de pontos de água, como é o caso da lagoa da Lontreira, e de áreas reservadas de pesca e caça, assim como a preservação de uma pista de aviões para o combate a incêndios. Para os mais atentos uma chamada de atenção para a importância da floresta e da sua preservação.


Áreas de monoculturas de pinhais e manchas de matos, são o pano de fundo deste primeiro troço que se revela tranquilo mas bastante técnico exigindo especial atenção às notas do road-book. A passagem pelas aldeias de Orelhão e Panasqueira chamam a atenção para

Preciosidades

a desertificação do interior, um tema sensível, de que muito se fala e pouco se faz. O troço termina com a chancela de um excelente pequeno almoço, nas instalações do Grupo desportivo e Recreativo de Milrico (uma antiga escola primária), que entre outras atividades promove caminhadas, pelos

Entre giestas

mais edílicos e deslumbrantes recantos da região. O Road-book ordena que se recoloque o conta-quilómetros a zero e vamos iniciar o segundo troço, com cerca de 20 km, até Sendinho da Senhora. Logo nos primeiros 5 km encontramos as


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1 a 6 dez 2019 Marrocos

NAVEGAÇÃO POR EXCELÊNCIA Sahara Navigation Marathon

Prepara-te. Chegou a vez de navegares à tua maneira!

Pedido de informações: manoloexpedition@icloud.com


emocionantes alternativas radicais que a organização coloca à disposição dos que procuram sair da zona de conforto, autodesafiar-se, e experienciar a sensação de uma descarga de adrenalina o, que de vez em quando, até é saudável. Da nossa parte, preferimos seguir o percurso e desfrutar da flora e da fauna. E no meio de pistas pouco visíveis sempre se observa um gralha-preta desconfiada ou uma lagartixa-do-mato meia surpreendida pela nossa presença. Numa paragem para fotografar junto a uma pequena ribeira observarmos uma pequena lebre que mais rápida que a própria sombra do Lucky Luke foge, subtilmente, à objetiva da minha Leica. Entre alternativas radicais, ganchos à esquerda e à direita, emoções a vau, paragens obrigatórias para apreciar a paisagem e sentir a brisa fresca do Pinhal Total; mal se dá pelo tempo passar. Os ares do campo abrem o apetite e, meus amigos, o relógio biológico dá dez a zero a qualquer refinado relógio suíço. Em Sendinho da Senhora, a quase 400 metros acima do nível do mar, a promessa cumpre-se e a aldeia animase com o colorido de jipes, motas e

A terra é um dos quatro elementos das cosmogonias tradicionais. No todo-terreno é o coração.

quads, numa concentração inédita para o predestinado almoço. Além disso, impõe-se uma paragem para arrefecer os amortecedores. Só por isso... Reconfortada, a caravana “arranca” para o terceiro troço. São cerca de 10 km, até à Abitureira. Por pura distração falhamos

a nota da “breve paragem para um medronho” que, simpaticamente, a Liga dos Amigos da Amieira oferecia. O que não nos escapou foi a visita ao Retiro de Ioga do Vale de Moses, uma das referencias a nível mundial.

Áreas de monoculturas de pinhais e manchas de matos, são o pano de fundo deste primeiro troço que se revela tranquilo mas bastante técnico...



Vale de Moses. Yoga, massagens, acupunctura e outras terapias A certa altura da sua vida, Andrew e Vanessa, decidiram mudar de vida e trocar a cosmopolita azáfama de Londres pelo campo. Viajaram pela Europa e pelo caminho criaram um blogue para documentar os cocós do Moses o cachorro da família, em cada sitio de paragem. Uma ideia bizarra mas foi tal e qual assim. Entretanto chegaram a Portugal - já lá vão mais de dez anos – e encontraram no concelho de Oleiros, na aldeia de Amieira, uma casa em ruínas, num vale abençoado pelos deuses, que curiosamente tinha o mesmo nome que o pequeno companheiro e fiel amigo: Moses (Moisés). Arregaçaram as mangas e trabalharam duro, durante quase cinco anos, para

reabilitar o espaço e criar um refúgio de montanha alicerçado em quatro pilares: tranquilidade, descanso, cura e alimentação. E assim nasceu o Vale de Moses que independentemente da filosofia de vida de cada um, é um local privilegiado, de uma beleza incontornável que transmite uma

tranquilidade rara, difícil de encontrar nos dias de hoje. O espaço é enorme mas a lotação é limitada e faz todos o sentido porque Vale de Moses não é uma unidade hoteleira convencional mas sim um retiro de Ioga que surge no topo das




37 mais exigentes listas dos melhores retiros de ioga do mundo, recomendado pela National Geographic Traveler, The Guardian, The Telegraph, entre outros. Vale de Moses tem capacidade para alojar duas dezenas de visitantes que são distribuídos pelos quatro quartos da casa principal, pelas duas casas rústicas e pelas seis tendas tipi. O programa tem a duração de uma semana e inclui praticar ioga numa shala (sala de ioga) única em madeira e vidro que se precipita deliciosamente sobre o vale, caminhar quilómetros infinitos nas floresta, banhar-se nos rios de água límpida, respirar o ar puto da serra, comer deliciosas refeições vegetarianas, fazer um ou dois tratamentos de cura, massagens e acupunctura, olhar as estrelas no infinito e, em seguida, dormir profundamente. Uma forma de conectar o corpo e a alma à própria natureza. Voltamos aos trilhos. A conversa dentro da Isuzu foi entusiasmante; avaliar quão gratificante foi esta visita e, naturalmente, equacionar um eventual regresso ao Vale de Moses para um rejuvenescimento da alma. A conversa estava tão boa que mal demos por chegar a Abitureira, curiosamente, ao Largo das Almas, o final do terceiro troço. O quarto e ultimo troço tem 16 km até ao Alto das Sesmarias. O cenário repete-se não estivéssemos nós no “Pinhal Total” um dos mais emblemáticos passeios de todo-o-terreno turístico do país. A passagem pelo marco geodésico da “Azinheira” a 790 metros acima do nível do mar, foi um dos pontos emblemáticos deste troço já para não falar do “Happy end” no Alto das Sesmarias, junto à estátua do Cristo-Rei de Oleiros, onde foi servida a tradicional merenda com as indispensáveis filhós, ou filhoses como diz o povo. Em Oleiros, a tradição ainda é o que era e o jantar de encerramento não é servido sem o aperitivo da praxe: a pista de obstáculos, para as almas mais trialeiras.


Padre António de Andrade (1584-1634).

O primeiro europeu a chegar ao Tibete em 1624.

Filho da terra, o padre António de Andrade sempre conciliou a devoção com a aventura. Intrépido, é um ícone da aventura. Nasceu em Oleiros, seguindo depois para a India, onde fez a épica caminhada até ao lago Mansovar no Tibete. Atravessou os Himalaias a 5.604 metros de altitude. Lutou contra o frio, a neve, falta de alimentos e desconfiança dos locais. Uma viagem que ainda hoje é um risco. Um exemplo do “pioneirismo português” dos Descobrimentos da época, mas por terra, em vez de por mar.

maior cordilheira montanhosa do mundo com as paisagens características de Oleiros. António de Andrade “foi o português que pela primeira vez descreveu para o Ocidente as paisagens do Tibete e sentiu a universalidade dos processos de construção de montanhas.

A partir das descrições nos diários de viagem de António de Andrade, geólogos relacionaram a génese da

...padre António de Andrade sempre conciliou a devoção com a aventura...


39 Os passos notáveis desta grande figura do nossos país António de Andrade parte, ainda jovem, para a Índia, a 22 de Abril de 1600 (…) tendo chegado a Cochim a 22 de Outubro do mesmo ano. Após ter completado os estudos no Colégio de S. Paulo, da Companhia de Jesus, em Goa, recebeu as ordens sagradas e foi enviado depois para a missão Mogol, em Agra, onde se julga que aprendeu a língua persa com os muçulmanos cachemires (…) Em 30 de Março de 1624, já como Superior da Missão do Mogol, deixa Agra acompanhado por Jahangin, o rei Mogol que viajava para o Lahore. Quando chegou a Delhi, encontrou um grande número de budistas que rumavam para um fabuloso templo, dado pelo nome de Badré, e situado a quarenta dias de viagem, da Índia, entre a Índia e o Tibete. Esperando atingir o Tibete após alcançar este templo, António Andrade começou a sua via, conduzido pelos gentios. A viagem não é fácil e para sua segurança António Andrade leva consigo um astrolábio e um compasso de sol, que lhe permitiu mais tarde referir que Chaparangue, no Tibete, se situava a 31º29’ norte. (…) O relato do Padre António Andrade dá conta das dificuldades e das diferenças culturais entre os vários povos que foi encontrando… “Assim chegámos à cidade de Siranagar onde reside o Rajá. É a gente destas terras nos costumes muito diferente da gente

lusitana, não degolam os carneiros nem as cabras que comem mas afogam-nos e dizem que ficando o sangue espalhado, faz a carne mais gostosa. E assim, com a pele chamuscada e a carne mal assada, correndo-lhe o sangue, a comem, escreve o Padre António Andrade, em 8 de Novembro de 1624. A viagem não é fácil e para sua segurança António Andrade leva consigo um astrolábio e um compasso de sol, que lhe permitiu mais tarde referir que Chaparangue, no Tibete, se situava a 31º29’ norte. (…) O relato do Padre António Andrade dá conta das dificuldades e das diferenças culturais entre os vários

A organização agradece o apoio das seguintes entidades:

povos que foi encontrando… “Assim chegámos à cidade de Siranagar onde reside o Rajá. É a gente destas terras nos costumes muito diferente da gente lusitana, não degolam os carneiros nem as cabras que comem mas afogam-nos e dizem que ficando o sangue espalhado, faz a carne mais gostosa. E assim, com a pele chamuscada e a carne mal assada, correndo-lhe o sangue, a comem, escreve o Padre António Andrade, em 8 de Novembro de 1624. Como passageiro da Terra, me confesso, sempre que vou ao Pinhal Total sinto o dever de fazer uma breve paragem de homenagem junto à estátua do Padre António de Andrade, com alguns momentos de silêncio, reflexão e admiração por este grande viajante de aventuras.

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Produção: Glória Oliveira Texto e fotos: Manolo Parceiro de reportagem: RANGE ROVER VOLVO ISUZU PINHAL TOTAL Design/Paginação: Patricia Machado

Edição #33

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