Globalexpedition#11 issuu

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Suzuki Ignis Irreverente como a STREET ART Algumas das primeiras expressões de arte de rua foram certamente os graffiti que começaram aparecer nas paredes e nos comboios. Um trabalho com a assinatura dos gangues na década de 1920 e 1930 em Nova York. O impacto desta cultura subversiva foi extraordinariamente sentida nas décadas de 1970 e 1980. Aliás, este movimento cultural foi registado no livro The History of American Graffti, de Roger Gastman e Caleb Neelon. Estas décadas foram um ponto de viragem significativo na história da arte-de-rua – foi um momento em que os jovens, ao responderem ao seu ambiente sóciopolítico, começam a criar um movimento, “battle for meaning” (tradução livre: batalha pela transformação), com as suas próprias mãos. Rapidamente o fenómeno subcultural ganhou a atenção e o respeito do

mundo “adulto”. Dos dedos e das latas de spray dos adolescentes, criou-se uma forma de verdadeira expressão artística. Um dos nomes mais respeitados no campo da documentação de artede-rua é a fotografa Martha Cooper. Rapidamente, as fotografias não foram o único meio para capturar e “deslocar” a arte urbana em diferentes contextos. Essencialmente, uma atividade ilegal, um processo de criação, podemos dizer

(porque não?) através da destruição mas, sobretudo, através da evolução em inúmeras formas de expressão artística que abriram caminho para as galerias e para o mercado global de arte. Embora ainda subversivo, em grande parte ilegal, através de entusiastas da arte e profissionais, a arte-de-rua (arte urbana) ganhou o seu lugar no mundo da arte contemporânea.

Algumas das primeiras expressões de arte de rua foram certamente os graffiti que começaram aparecer nas paredes e nos comboios...


Na Rua Presidente Arriaga em Santos, não muito longe do Museu Nacional de Arte Antiga,em Lisboa, podemos encontrar esta obra “Cyrcle” na ala de um prédio sui generis, da autoria de um duo de artistas americanos de Los Angeles, Davey Detail e David Torres.


E por falar em arte urbana O Suzuki Ignis não é um SUV urbano, como os outros. É mais curto, mais barato e conveniente para estacionar na cidade. Tem um sistema pioneiro de de hibridação leve ( SHVS) e é muito “cool” graças ao tratamento do seu painel. Três razões, de avanço, para que o pequeno talento da Suzuki figure em primeiro plano. Mas há mais...

O Suzuki Ignis tem aquele talento raro, quase miraculoso, de se apresentar com dimensões reduzidas (comprimento: 3,7 m; largura: 1.690 m e altura: 1.595 m) mas oferecer uma excelente visibilidade, um habitáculo surpreendentemente espaçoso e uma bagageira de 260 litros de capacidade.

“Quebrar barreiras, cravar em paredes rostos para chamar atenção para quem mais sofre, utilizar os “materiais que a cidade expele” - Vhils


7 ... a arte-de-rua deu à luz artistas que criam murais de tirar o fôlego...

E o Street-art hoje em dia? Já não é apenas um história sobre graffiti. É uma forma de arte maravilhosa por direito próprio que veio desmistificar o elitismo artístico e democratizar a arte como direito de todos às coisas belas. E é surpreendente seguir a evolução e diversidade da arte de rua no século XXI. Por exemplo, os stencils fizeram parte da história paralelamente aos graffiti e foram autênticas autoestradas para ativismo sociopolítico para os que estão no poder e ainda mais para aqueles que resistiram. A evolução da arte-de-rua (arte urbana) tornou-se evidente através de artistas com Banksy que transformaram as visões desta forma de arte com o seu portfólio artístico do lado de fora das galerias de arte. Com o surgimento de artistas como Vhils (português) ou BLU (italiano), a arte-de-rua tornou-se um terreno para experimentar diferentes tipos de metodologia, sem nunca desistir da sua personalidade irreverente dos padrões e da hegemonia da realidade e da cultura popular. Assim, a arte-de-rua deu à luz artistas que criam murais de tirar o fôlego. Para entender a história da arte-de-rua, é preciso mergulhar na energia desse fenómeno cultural sublime. Foi o que nós fizemos, ao volante do irreverente Suzuki Ignis. Um crossover de “bolso”, talhado para a selva urbana!

Sophia de Mello Breyner e a sua “Fada Oriana” pintura realizada por Mariana Dias Coutinho, na Travessa do Monte, em Lisboa. Natália Correia e Florbela Espanca também estão retratadas no mesmo muro. Ali bem perto ficam os miradouros da Graça e da Senhora do Monte.

Pneus e jantes de liga leve 175/60/R16, em todas as versões.



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Outrora marginalizado O SUV urbano tornou-se no Eldorado do mercado europeu. Representou cerca de 16% das vendas totais em 2016. Este filão parece que foi esculpido para a Suzuki, um especialista em modelos pequenos. Mas, sinceramente, o construtor japonês quase que passava ao lado desta bênção para os seus automóveis. Recorde-se que o primeiro Ignis (2000-2008) abandonou o palco enquanto os SUV urbanos posicionavam-se em cena. A mesma falta de intuição aconteceu com o SX-4 (2006-2013), que cresceu ao nível dos SUV compactos sob o nome S-Cross. Suzuki é, desde o carismático LJ10 dos anos “70”, detentora do ceptro dos pequenos “grandes” veículos 4x4. Mas, o construtor japonês com o Ignis, muda de estratégia e propõe uma declinação para as duas rodas-motrizes e uma motorização híbrida, o que significa que a Suzuki não está pelos ajustes e chega à cidade com muitos, mas mesmo muitos, argumentos.

Bem equipado e com uma paleta de cores disponíveis o Ignis proporciona uma condução muita atraente... Esta imagem de uma menina com o braço esticado -- como que a dizer “pára!”, e com a mão de um adulto a manipular os seus movimentos como uma marioneta, alerta para os maus-tratos na infância e é da autoria do artista Nark. Foi criada em abril de 2017 e encontra-se na Praça D. Manuel I, junto à penúltima paragem do eléctrico 15, em Algés.

Após o lançamento do Vitara (4,17 m), em meados de 2015, a Suzuki, atacou a outra extremidade do segmento. O Suzuki Ignis é o resultado desta nova estratégia. Além disso, não passa despercebido porque apresenta três verdadeiras originalidades. Primeiro, um gabarito impar de citadino

(3,70 m) numa categoria onde a maioria dos atores supera alegremente os 4 metros. Em seguida, um estilo“ evsao” que o inscreve claramente nos veículos fora-de-estada, com versão 4x4 (Allgrip): grelha poderosa e vertical, excelente distancia ao solo (18cm), teto relativamente alto (1,60m) e barras de


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O ilustrador Nuno Saraiva criou este mural na Travessa da Mata, bem perto da Sé. Chama-se “Cavaleiros da Posta Real” e a inspiração veio dos cavalos de Etienne-Jules Marey, fotógrafo do século XIX e um dos pioneiros do cinema de animação. O objectivo é recriar o reboliço que se vivia à volta do vizinho Palácio do Correio-Velho.


tejadilho. Um verdadeiro look outdoor. A bagageira oferece uma capacidade de 260 litros com os bancos traseiros direitos; 514 litros com os bancos traseiros rebatidos. Apesar de ter três cintos de segurança no banco traseiro, e espaço equivalente a 57 cm para cada passageiro, a lotação do Ignis é de 4 passageiros. Uma restrição. Finalmente, o Ignis enriquece o universo do SUVs urbanos com uma inovação técnica real: um pequeno motor elétrico, alimentado por uma bateria de íons de lítio alojada no banco do condutor ajuda o motor 1.2 de 90 cv durante as fases de arranque e recuperação. O Ignis não pode funcionar em modo 100% elétrico, como um verdadeiro híbrido, mas esta maquilhagem pontual oferece um duplo beneficio: menor consumo de combustível e acelerações mais generosas e, isso, sem degradar o peso (1330 kg) e o preço (custa menos 450 Euros que a versão AGS GLX 2WD. Ver tabela de preços).

atinja uma velocidade máxima de 170 Km/h e, para quem gosta destas coisas, chega dos 0-100 km, em pouco mais de 11 segundos. A direção é leve e precisa e o pequeno 1.2 atmosférico dá muito bem conta de si, com um binário máximo de 120 Nm/4400 rpm. Apesar do ruído agudo do 1.2 gasolina, a insonorização é razoável e devido ao centro de gravidade alto, a suspensão tem um concepção, digamos, mais desportiva. A caixa de velocidades manual é precisa e rápida e deixa-se acompanhar por um pedal de embraiagem muito suave. O Ignis também propõe uma caixa automática, na versão de 2 rodas

motrizes. Graças a tudo isto, ao seu peso contido, oferece um excelente comportamento estradista, com um atrito de rolamento muito bem controlado, apesar da distancia ao solo ser de 18 cm.

Na cidade, ou na estrada o Ignis exige uma condução tranquila, embora Podíamos escolher uma parede rebentada artisticamente. Mas ainda há muito boa gente que não sabe quem é o autor desta obra chamada “Calçada” que mora no largo entre a paragem do eléctrico 12 na Rua de São Tomé e a Rua dos Cegos (a caminho das Portas do Sol). Aqui Vhils, o seu autor, prestou homenagem à fadista Amália Rodrigues, desta vez usando a tradicional calçada portuguesa. Vhils (Alexandre Farto), português, nascido no Seixal, é um dos mais reconhecidos criadores mundiais de arte urbana.


Na Rua NatĂĄlia Correia, em Lisboa, esta obra de Shepard Fairey (artista americano conhecido pelo famoso poster “Hopeâ€? de Barack Obama) retrata uma mulher de arma em riste com uma flor no cano.

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A bagageira do Ignis oferece 260 litros de espaço. Com os bancos traseiros rebatidos, oferece mais de 500 litros.

Hábil na cidade Na cidade, o Suzuki Ignis está em “casa”, sente-se bem e domina as vias urbanas. Com um bom raio de viragem (4,7m), permite estacionar fácil, que nem uma luva. Quer na estrada, quer na cidade, gostamos muito da sua sobriedade média: 4.7/100 km para o 2WD, 5,1 litros/100 KM para a versão ALLGrip e 4.1 litros para a versão “híbrida”. Com emissões CO2 104, 114 e 97, respetivamente. Quando estive na apresentação internacional do Suzuki Ignis foi um dos aspectos que não me passou despercebido. Na altura, confesso, fiquei surpreendido com o habitáculo

do Ignis. Muito agradável e muito clean, onde sobressai o painel de controlo, moderno e funcional: ecrã multimédia táctil de 7 polegadas, em forma de tablet, com ligação Smartphone, Bluetooth, câmara de visão traseira, sistema de navegação com smartphone link, compatível com Apple Car play, Android Auto e Mirrorlink, além do bloco cilíndrico de interruptores tipo avião, para os comandos de conforto. O habitáculo é, sobretudo, alegre e sedutor com toques de cor de laranja ou titânio, quer nas portas, na consola central ou no tablier. Enfim, finalmente um painel de instrumentos diferente! Logicamente, um veiculo com estas características e com estes preços não beneficia de acabamentos premium, mas a verdade é que o tratamento interior do Ignis disfarça muito bem esse aspecto.

Na cidade, o Suzuki Ignis está em “casa”, sente-se bem e domina as vias urbanas...


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O habitáculo do Suzuki Ignis é surpreendentemente sedutor, “cool” e fresco. Bem equipado e com uma paleta de cores disponíveis o Ignis proporciona uma condução muita atraente.


A nossa opinião Compacto, sóbrio e prático, o Ignis é um companheiro urbano muito atraente para dominar o trafego sem qualquer constrangimento. Excelente índice de Congestionamento/ Habitabilidade. Excelente precisão de controlo e ergonomia para além de um comportamento sóbrio. A insonorização é razoável, o motor agrada-nos, embora esperássemos mais do sistema de travagem. Preços simpáticos, design “cool” e assentos ergonómicos, calafetáveis e com apoios laterais tipo baquet. Bem equipado e com um paleta de cores disponíveis, o Ignis proporciona uma condução muita gira. Ao cabo de mais de 1000 km percorridos, em estradas nacionais, autoestradas e cidade, a ensaiar as versões 2WD, ALLGrip e SHVS (Smart Hybrid Vecicle by Suzuki), interrogome: porque é que não há mais Suzuki Ignis a rolar nas nossas estradas?

Mudança de mentalidades Atualmente, a população tem um outro olhar sobre o graffiti e sobre a arte urbana. O volume das obras por todo o país já e considerável e todas as pessoas têm, de algum modo, uma obra perto de si com a qual, de alguma forma, se identificam. Segundo, a maioria dos artistas, começa-se a observar alguma mudança de mentalidades e a perceberse a diferença entre o que são gestos de vandalismo que atacam a integridade

de bens patrimoniais e o que são gestos artísticos e plásticos, que se vê um pouco por todo o lado. A arte urbana dá, efetivamente, um contributo muito importante às comunidades. À medida que os artistas vão conseguindo intervir nas cidades, o mercado de arte e alguns museus começam a estar interessados neste tipo de produções. Genericamente, são artistas jovens que não praticam um valor

de mercado demasiado elevado. Tendo em conta os problemas do mercado atual, este tipo de produção desperta interesse porque vai revelando artistas de grande qualidade e que praticam preços bastante acessíveis. Portanto, é natural que as galerias e os museus estejam atentos a estes criadores.


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Compacto, sóbrio e prático, o Ignis é um companheiro urbano muito atraente para dominar o trafego sem qualquer constrangimento.


Parceiro de reportagem: Suzuki Ignis; Texto e fotos: Manolo; Produção e pesquisa: Glória; Design/ paginação: Patricia Machado


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