Herdade da Contenda
5 Na Herdade da Contenda à descoberta do Convento da Tomina ao volante da Isuzu D.Max: o mais fiel amigo do homem. Ao longo da história da Península Ibérica, portugueses e espanhóis, sempre tiveram arrufos de má vizinhança e gestos de maus fígados. Entre avanços e recuos, com mais ou menos confrontos sangrentos, desde as conhecidas contendas fronteiriças à primazia da expansão marítima, na qual se inclui, o famigerado Tratado das Tordesilhas, onde as duas coroas dividiram o mundo ao meio como se fosse uma laranja, incluindo territórios conhecidos e desconhecidos, que os dois povos sempre foram ciosos em garantir os seus novos domínios. Os historiadores encarregaram-se, ora com interpretações à luz dos manuscritos, ora com mais ou menos criatividade, de passar à posterioridade todos, ou quase todos, os amuos históricos entre os dois povos. A Herdade da Contenda, situada no extremo ocidental da Serra Morena, na freguesia de Santo Aleixo da Restauração, concelho de Moura, distrito de Beja, deve o seu nome às rixas fronteiriças. Está situada nas “terras das velhas contendas”. A herdade, também conhecida por Contenda da Moura, resulta de uma propriedade inicialmente com uma área de 12 mil hectares. Com uma área de mais de 5.000 hectares, a parte
portuguesa, foi inicialmente explorada em parcelas por rendeiros locais, tendo em 1957, por solicitação do Município, sido entregue a sua gestão aos Serviços Florestais. É propriedade do Município de Moura desde 1983, quando da assinatura do tratado de Madrid que, finalmente, definiu a fronteira local. Ao longo da herdade podem ser percorridos 19 quilómetros de fronteira tendo ao longo dos anos desempenhado um importante papel nas trocas e relações comunitárias com o país vizinho. Sintomático deste facto a existência durante décadas de dois postos da Guarda Fiscal, o de Vale Malhão e o de Ferrenha, desativados no final do século XX. Em 2009 é assinado um protocolo entre a Autoridade Florestal Nacional e o Município de Moura, estabelecendo um período de transição de 3 anos, findo o qual a gestão passou , no inicio de 2012, integralmente para o seu proprietário, o Município. A Herdade da Contenda, é zona de caça nacional e perímetro florestal e possuiu uma flora e uma fauna riquíssima. Foi o nosso destino privilegiado, “por natureza” para ensaiar a nova Isuzu D. Max 1.9 litros, de 164 cavalos, o mais fiel amigo do Homem.
Isuzu D.Max
Garantia Isuzu: 5 Anos (ou 100.000 Km)
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Toque pessoal Provavelmente, sou o jornalista europeu que mais tempo se sentou ao volante de uma Isuzu pick-up. O Grupo Bergé, importador oficial da marca, assentou arraiais em Portugal decorria o ano de 2005 e relançou a Isuzu no nosso país, com o lançamento da pick-up Rodeo.
9 Desde então, acompanhei de muito perto a evolução da marca japonesa e até visitei uma das fábricas no sudeste asiático.
Durante alguns anos, a pickup Isuzu foi o meu carro de serviço. Percorri milhares de quilómetros por estradas e trilhos do nosso país e protagonizei algumas aventuras forade-portas, particularmente, no norte de África em países, como Marrocos, Sahara Ocidental, Argélia, Tunísia e Líbia. No último trimestre do ano passado, protagonizei a aventura de uma vida,
A Herdade da Contenda, é zona de caça nacional e perímetro florestal e possuiu uma flora e uma fauna riquíssima...
Herdade da Contenda aos comandos de uma pick-up Isuzu D.Max, 2.5: uma viagem desde Lisboa até Joanesburgo, pela costa ocidental do continente africano, seguido de um costa-a-costa desde Benguela, no Atlântico Sul, até Durban, na costa sul-africana do Oceano Indico. Uma experiencia única e marcante na comemoração do 100º Aniversário da Isuzu. Desde a Rodeo até à D. Max, ensaiei todos os modelos, inclusive, a poderosa
3.0 litros de 190 cavalos, com caixa automática. Potente e arrebatadora, desmistificou por completo o mito que as caixas automáticas não servem para o fora-de-estrada. Quando vi, pela primeira vez, a nova Isuzu D.Max no Salão de Paris fiquei impressionado mas, ao mesmo tempo, expectante. Não que duvidasse da engenharia da Isuzu mas, confesso, receei que este facelift perdesse algumas das fabulosas características
4x4 da sua antecessora. Afinal de contas, passar de 2.5 litros para 1.9 litros, sem perder características, não é tarefa fácil. E nestas coisas, os termos de comparação são inevitáveis. Em tempos, ensaiei uma pick-up (europeia) 2.0 litros de 184 cavalos e apesar de ficar deslumbrado com o conforto e o comportamento em estrada, confesso, que na hora da verdade, ou seja, quando foi preciso ultrapassar alguns
11 ...passar de 2.5 litros para 1.9 litros, sem perder características, não é tarefa fácil...
Até à Herdade da Contenda
obstáculos fora-de-estrada, todo o deslumbre ficou ofuscado pela falta de “peito”, pela falta de binário. É verdade que, no caso da Isuzu, os floreados nunca foram o seu estilo. Nos países que lidera em vendas é conhecida pelas suas capacidades ímpares de trabalho e sempre cultivou os mesmos valores: eficiência, robustez, fiabilidade e preços competitivos.
De Lisboa a Moura, passando por Évora e Reguengos de Monsaraz, são cerca de 230 km. De Moura a Santo Aleixo da Restauração são mais 30 km. A poucos quilómetros da saída de Santo Aleixo da Restauração em direção a Barrancos encontramos duas placas que indiciam o Perímetro Florestal da Herdade da
Neste facelift foi introduzido um novo 1.9 litros que, para já, tem a melhor relação preço / potencia de motor da categoria pick-up. Mas será suficiente para convencer todos aqueles (onde, naturalmente me incluo) que uma pickup deve ter, pelos menos, 2500 de cilindrada?
Contenda. Na segunda placa, voltamos à esquerda, numa estrada de terra, atravessamos uma ribeira e damos de caras com o portão da Herdade da Contenda.
O que resta do Convento da Tomina
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Isuzu D.Max
1.9l
...no habitáculo, não há turbulências e o motor é quase mudo, em relação ao seu antecessor. Espaço não falta...
de 164 cavalos
Uma vez no habitáculo, não há turbulências e o motor é quase mudo, em relação ao seu antecessor. Espaço não falta. Os bancos, com material renovado, não são difíceis e revelam grau de inclinação suficiente para não
sobrecarregar os rins. Na fileira de trás de bancos traseiros podem viajar confortavelmente três adultos. Além disso, o conjunto de bancos oferece a opção reclinável, rebatível e modular a fim de acomodar mais bagagem se tal for necessário. Por baixo dos bancos traseiros surgem duas caixas de arrumos; nada de especial e até com
um certo ar de subdesenvolvidos. O ambiente é sóbrio mas elegante. Materiais em plástico duro, resistentes e bem dimensionados para facilitar a limpeza e minimizar o desgaste. Não é um primor de design, mas é extremamente funcional e apresenta quotas de espaço interior mais expressivas.
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Herdade da Contenda
17 Pelos trilhos da biodiversidade da Herdade da Contenda ...A sustentabilidade da herdade deve-se à criação de uma empresa municipal, garante de maior eficácia na gestão da propriedade...
A Herdade da Contenda é considerada um dos espaço abertos onde existe a maior concentração de veados do país, com mais de dois mil animais. Para além destes, existem ainda espécies cinegéticas de caça maior como o muflão e o javali. A área da herdade encontra-se integralmente inserida numa Zona de Proteção Especial e 85% integrada no sitio da Rede Natura 2000.
objetivos em sete áreas distintas: agropecuária, sobretudo, virada para a silvo-pastorícia, apicultura, turismo, exploração cinegética, exploração florestal, proteção do meio-ambiente, educação e investigação. A par disto, criaram-se algumas parcerias e relações protocolares com diversas entidades, de ambos os lados da fronteira, para a criação de condições para a reintrodução do lince ibérico e do abutre-preto.
A sustentabilidade da herdade deve-se à criação de uma empresa municipal, garante de maior eficácia na gestão da propriedade, tendo sido estabelecido
Esq/Dir: Rafael Rodrigues, Administrador Executivo da Herdade da Contenda e Pinto Moreira, funcionário da herdade, e grande entusiasta de fotografia de natureza, autor das fotos identificadas por Herdade da Contenda.
Herdade da Contenda
Abutre-preto regressa à Contenda para nidificar
...a maior ave planadora que ocorre em Portugal, já não nidificava na Contenda, há quase 50 anos...
19 ...A nidificação deste espécie criticamente em perigo de extinção, nesta região, foi possível à colocação de ninhos artificiais...
Embora seja comum observar aves de rapina necrófagas de grandes dimensões a cruzar o espaço aéreo do Alentejo, a verdade é que algumas destas espécies como o Abutre-preto, a maior ave planadora que ocorre em Portugal, já não nidificava na Contenda, há quase 50 anos. Num esforço conjunto e enquadrado num protocolo de parceria entre a herdade da Contenda e o projeto LIFE “Habitat Lince Abutre”, o abutre-preto ou abutre-fusco voltou a nidificar na área
da herdade. A nidificação deste espécie criticamente em perigo de extinção, nesta região, foi possível à colocação de ninhos artificiais. Neste sentido, foi criada uma rede de campos de alimentação para aves necrófagas na área de implementação do projeto, dirigida ao abutre-preto, bem como um conjunto mais vasto de medidas de conservação do lince ibérico e dos habitats destas duas espécies (incluindo a sensibilização e envolvimento das comunidades locais),
ao abrigo do programa LIFE – Natureza. A Herdade da contenda produz anualmente, mais de 2000 quilos de mel, que rapidamente vende toda a sua produção. No âmbito do apoio da Câmara Municipal de Moura às organizações do sector, a empresa municipal Herdade da Contenda tem um protocolo com a associação de apicultores da região (Apivale) para lhe prestar serviços de moldagem de cera, que antes eram executados noutras regiões do País e em Espanha.
Ao volante da
Isuzu D.Max A Isuzu começou o ano com grandes novidades. A marca japonesa fez um facelift no seu best-seller, a incontornável D.Max, e lançou-a com um novo “powertrain” 1.9, duas novas caixas de transmissão, e como uma boa noticia nunca vem só, o fabricante aproveitou a oportunidade para reforçar a imagem com alguns retoques de design. Com os seus 5,29 m de comprimento, 1,86m de largura e 1,80 de altura, o mínimo que posso dizer é que a Isuzu não perde tempo a fazer croché. Não sucumbe há moda dos SUV. Não, é um trabalhador incansável! É capaz de rebocar 3,5 toneladas e é capaz de transportar, por exemplo, um tronco de quase um metro e meio de comprimento e uma tonelada de peso. Um mastodonte sagrado, que com o seu poderoso focinho e as rodas de 18” levam-nos a imaginar que a nova
D.Max saiu de um western moderno, embora, por baixo do capô, não esteja um potente V8 mas sim um económico powertrain Euro 6, 1.9 litros, de 164 cv. Partindo do zero, a engenharia nipónica integrou várias inovações. Com o novo “powertrain” surgiu um novo turbo de geometria variável,
A Isuzu D.Max , em cinco linhas: Novo bloco diesel TZAE-TC Cilindrada: 1.9 litros Potência: 164 cv . 3600 rpm Binário 360 Nm (2000-2500 rpm) Emissões: Euro 6 (sem Adblue)
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O valor de uma pick-up é “julgado” pela capacidade de carga. A D.Max com uma caixa de 1,50m distingue-se pela capacidade de carga útil (1010 Kg) e capacidade de reboque (3500 kg).
novo sistema de injeção e uma nova câmara de combustão. Foi conseguida maior eficácia na mistura de ar com o combustível (atomização) assim como a redução de ruído e vibrações em virtude da injeção de combustível ser mais precisa. Os pistons surgem tratados com grafite para reduzir a fricção e diminuir a temperatura. Inovação para prevenir o desgaste prematuro no arranque a frio e, consequentemente, aumentar a longevidade do bloco.
O novo bloco é mais leve 61 kg e a transmissão também apresenta menos 3 kg na caixa manual e 2,4 na automática. Em combinação com a nova caixa de 6 velocidades mais reativa (a primeira é praticamente para arrancar, e a segunda suplica pela terceira), a nova D.Max orgulha-se de ser mais leve cerca de 67 kg. Os valores de consumo de combustível e igualmente as emissões CO2 registam uma baixa sensível.
O fabricante apresenta um consumo 6,8 litros por cada 100 km, ressalvando que o consumo pode depender da condução e do ciclo utilizado. Nós, optamos por percorrer cerca de 1200 quilómetros em autoestrada, num Lisboa-Madrid, ida-evolta, com uma velocidade controlada entre os 120 e os 140 km/h e registamos uma média de 7,9 litros por cada 100 quilómetros. O que encaixa muito bem nas nossas expectativas. Notamos também que existe uma melhoria substancial no conforto, controlo de vibração e ruído de cabine. Se a potencia é praticamente a mesma que a versão anterior ( 164 cv versus 163 cv, da 2.5 l), o torque diminuiu e passou de 400 Nm para 360 Nm. Neste sentido, submetemos a nova D.Max (com pneus de estrada) ao “teste do algodão”, na serra da Morena. O motor mais rotativo e as passagens de caixa mais curtas compensam, surpreendentemente, a diminuição de Nm (Newton-metro).
Tudo melhorou sobre a estrada; a perda de peso e o centro de gravidade mais baixo faz regressar a D.Max em grande estilo. No Fora-de-estrada, com a optimização dos ângulos de ataque (30º), saída (22,7º e transversal (49º) e o seu sistema 4WD transforma-a numa besta escala-montanhas. A grande referência da marca. A nova D. Max está disponível em 3 variantes de carroçaria: cabine simples, longa e dupla. A Isuzu apresenta pela primeira o Pack Premium a bordo “On Board” para a cabine dupla 4x4 LS com caixa manual ou automática e ainda alarme, ar-condicionado automático, bancos em pele, bancos dianteiros aquecidos, banco elétrico & condutor, comandos áudio no volante & Bluetooth, estribos laterais e badge on board portais laterias. Como opcional oferece as barras de tejadilho e o sistema de navegação e está disponível em nove cores exteriores.
É fácil reconhecer a nova Isuzu D. Max. As óticas com a linha de LED’s em vírgula, destacam os faróis. A grelha cromada e musculada, a antena “tubarão” e os faróis de nevoeiro proeminentes diferenciam a pick-up, mantendo a tradição Isuzu. Os preços soam ao ouvido, como um desafio, para os seus rivais.
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Preços (consultar as campanhas de promoção em www.isuzu.pt): Preços (sem campanha de promoção) Cabine Simples
Trabalho 4x2 € 23.500 4x4 € 25.900
Cabine Longa
Cabine DUPLA
Trabalho
LAZER
4x4 L CC € 26.900 4X4 L Cx € 27.500
4x4 LS € 29.900
Trabalho
ON BOARD
ON BOARD
4x4 L CC € 26.600 4x4 LC € 34.900 4X4 l Cx € 35.500
4x4 LS € 37.500 4X4 € 38.750
4x4 AUTOMÁTICO € 41.150
O que mais gostamos: Novo motor Insonorização Centro de gravidade Características 4x4 Consumo razoável Capacidade de carga e reboque
As terras da
CONTENDA Através da nossa incursão pela Herdade da Contenda alcançamos o Convento da Tomina. Esta edificação não pertence à herdade mas é por aqui o acesso mais interessante.. Situado na zona fronteiriça entre Santo Aleixo da Restauração e Aroche, junto ao ribeiro de Pai Joannes, num local conhecido por sitio da Tomina. No século XIII, Afonso X de Leão e Castela “O Sábio” deixou à sua filha D.Beatriz todas estas terras. A verdade é que portugueses e espanhóis nunca se entenderam quanto à linha de fronteira. Os espanhóis reconheciam que as terras eram de D.Beatriz, filha bastarda de Afonso X, tudo bem, mas em relação à linha de fronteira ninguém sabia por onde ela passava e a verdade é que os povos, localmente, nunca se entenderam sobre esta questão. Nestas terras, havia constantemente choques, lutas, combates, chegando assumir extrema violência, já mesmo quando as duas coroas viviam em paz institucional, gerando o nome “terra da contenda”, que perdura até aos dias de hoje e que dá o nome à herdade. E desses tempos ficou uma história, alegam os historiadores, das mais
bonitas da História de Portugal. Depois de um combate, onde morreram muitos espanhóis e muitos portugueses, muita gente do lado de cá e do lado de lá, D. Manuel, Rei de Portugal, soube do morticínio e enviou à pressa o embaixador, D. Pedro de Mascarenhas, figura notável, que chegou a ser ViceRei da Índia, com uma arca com 8.000 cruzados em ouro, um dinheirão para a época. O objetivo era pagar cabeça por cabeça todos os espanhóis que sucumbiram naquela batalha. Chamaram-se as viúvas e os órfãos para serem indemnizadas pela morte dos seus entes-queridos. Este gesto, constou na corte do imperador Carlos V, que imediatamente enviou à pressa, a mata-cavalos, um embaixador igualmente com um baú cheio de moedas para compensar as mortes portuguesas. Encontrou-se com D. Pedro de Mascarenhas e perguntou-lhe: “quem são os mortos portugueses que eu também quero indemnizar as viúvas e os órfãos. Trago aqui um baú cheio de dinheiro”. O embaixador português respondeu-lhe: “Diga ao Imperador que lhe agradeço muito essa boa vontade,
infelizmente, isso não é possível, porque os portugueses não têm preço.” Esta contenda fronteiriça durou praticamente desde o século XIII até ao século XIX. A única posição indiscutível e intocável era um convento de frades beneditinos, o Convento da Tomina. Só se alcançou a paz em 1892. Na época, muitos políticos contestaram este acordo porque se dividiu o território em dois, dado que parte espanhola era maior do que a portuguesa. O governo da altura (46º governo da Monarquia Constitucional, José Dias Ferreira, era Presidente do Conselho de Ministros e Francisco Ferreira do Amaral, era Ministro e Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros) achou que era melhor “um bom acordo que uma ruim demanda”. A partir daí as terras da Contenda foram, em boa hora, florestadas e são atualmente a mais importante reserva de caça natural, do nosso país.
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Convento da Tomina O convento está associado à personalidade do Padre Manuel de Jesus Maria, que depois de vir da Índia instalou-se na região em finais do século XVII, para iniciar a construção de um convento. Para a construção deste cenóbio, muito contribuiu a população da área (especialmente a de Santo Aleixo da Restauração) que, devidos aos milagres ocorridos, prontamente se disponibilizou para destruir parte do rochedo existente nesse local, construindo sobre ele o edifício. A obra levou poucos anos a concluir e, não existindo qualquer imagem de Nossa Senhora no convento, este recebeu então a oferta de uma imagem de Nossa
Senhora das Necessidades feita por D. Isabel Xara, de Moura, imagem à qual se atribuem vários milagres e que ainda hoje é muito venerada.
paisagem, deixado apodrecer porque ninguém o quer ou porque ninguém pôde decidir o que fazer com ele, até ser tarde demais.
Célebre ficou o mandato de destruição do Convento da Tomina por D. Pedro II, facto originado em questões relacionadas com ofertas efectuadas a Nossa Senhora da Conceição. De destacar que a população impediu a destruição do edifício, fazendo com que D. Pedro II voltasse atrás na decisão tomada. Para se redimir, D. Pedro II ofereceu ao Convento da Tomina um conjunto de paramentos riquíssimos, trabalhos chineses especialmente encomendados, composto por: três casulas, uma capa de asperges, um véu de ombros, uma dalmática, um pálio, bolsas de corporais, panos de estantes e três frontais elaborados em damasco branco com guarnição vermelha.
Percorrer os trilhos da Herdade da Contenda, é percorrer a natureza no seu estado mais puro. A intenção é colocar a Contenda ao serviço do desenvolvimento do concelho, na convicção de que o progresso e o bemestar dependem fortemente e cada vez mais da existência de ecossistemas saudáveis e funcionais. Acreditamos que a Herdade da Contenda pode constituir-se como um laboratório para demonstrar que a natureza e a economia se interligam, valorizando a conservação e promovendo o crescimento e o desenvolvimento das comunidades.
Hoje, o Convento da Tomina, não passa de um edifício em ruinas que encerra uma áurea misteriosa que marca a
Rua Fonte de Aroche, S/N 7875-065 Santo Aleixo da Restauração Telf.: + 351 285 965 421
Herdade da Contenda ,EM
isuzu.pt
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Herdade da Contenda