Algodão
Presença discreta
Nematoides são organismos traiçoeiros que muitas vezes passam despercebidos pelos produtores, confundidos com sintomas como deficiências nutricionais, compactação ou encharcamento do solo. Em algodão são responsáveis por perdas de até 40%. Seu manejo exige identificação correta da espécie e demanda medidas como rotação de culturas, tratamentos biológico e químico, além de cuidados básicos com a desinfecção dos implementos utilizados na área
A
produtividade do algodoeiro vem aumentando significativamente nos últimos anos, e o Brasil tem se mantido entre os cinco maiores produtores mundiais, ao lado de países como China, Índia, Estados Unidos e Paquistão. O estado do Mato Grosso é o maior produtor, com 66,2% da área cultivada, seguido pela Bahia, com 22,4%. A cultura do algodão já teve grande importância na economia no Paraná, que respondia por metade da produção brasileira de algodão há aproximadamente 20 anos. Mas questões climáticas e comerciais, somadas à incidência de uma praga de difícil controle, o bicudo-do-algodoeiro, Anthonomus grandis Boheman, 1843, impediram o sucesso de produção dos cotonicultores. Atualmente este cenário vem tornando-se diferente e motivador, de modo que a cultura do algodão está ressurgindo com uma nova configuração técnica e tecnológica. E para essa transição, a Associação dos Cotonicultores Paranaenses (Acopar) realiza um projeto, com apoio do Instituto Brasileiro de Algodão (IBA) e colaboração de diversas entidades estaduais, cooperativas e empresas, para reinserir a cultura no agronegócio paranaense, uma vez que se trata de uma boa opção na rotação de culturas e provável alternativa para a pós-colheita da soja no estado. São vários os fatores que afetam negativamente a cultura do algodoeiro, dentre os problemas fitossanitários, destacam-se os fitonematoides. São causadores de danos econômicos, pois pre40
Setembro 2020 • www.revistacultivar.com.br