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Nutrição contra doenças de final de ciclo

Mais produtividade

Fertilizante associado a fungicidas convencionais apresenta alta sinergia, ajuda a induzir a defesa natural das plantas de soja contra Doenças de Final de Ciclo (DFCs) e resulta em grãos mais pesados. Diminuição da severidade de DFCs chega a 48,4%, enquanto o incremento produtivo alcança até seis sacas por hectare

OUltra K Max, associado a fungicidas convencionais, reduziu em 48,4% a severidade das doenças de final de ciclo e incrementou a produtividade da soja em seis sacas por hectare, em relação ao tratamento padrão. Após o aparecimento da ferrugem-asiática em 2001, várias doenças, entre elas as Doenças de Final de Ciclo (DFCs), deixaram de ser a principal preocupação dos agricultores. Porém, nas últimas safras, doenças como mancha alvo, antracnose, cercóspora e oídio, voltaram a aparecer com grande intensidade na maioria das lavouras. As DFCs têm causado perdas na produtividade de até 45%. O controle do complexo formado por essas doenças é dificultado pela capacidade desses patógenos sobreviverem em restos culturais e pela perda de eficiência dos principais defensivos utilizados

Andreia Quixabeira Machado no manejo. Como todos os métodos de controle apresentam limitações, é necessária a investigação de outras alternativas. Diante desse cenário, a Spraytec desenvolveu o Ultra K Max, que, em baixas doses, oferece nutrientes de alta solubilidade, absorção e translocação, além de apresentar excelente sinergia e compatibilidade físico-química com defensivos, sendo totalmente biodegradável. Os componentes essenciais contidos no produto exercem funções específicas na fisiologia da planta, como a máxima translocação de fotoassimilados das estruturas vegetativas para as reprodutivas por um período mais longo. Ultra K Max aplicado no final do ciclo interfere na rota da síntese de etileno, evitando a senescência precoce das folhas, mantendo a relação fonte-dreno ativa por mais tempo, garantindo uma melhor formação e enchimento de grãos. Além disso, aumenta a resistência natural das plantas ao ataque de patógenos, por ativar a síntese de metabólicos secundários. Outro aspecto de grande relevância agronômica para a utilização do Ultra K Max é sua atuação como mediador químico dos mecanismos de defesa da planta. A partir do momento em que houve ativação desses mecanismos, outros componentes do produto entram em cena, fazendo parte da composição de enzimas e proteínas que atuarão na defesa contra o agente causador da injúria. Os componentes presentes no Ultra K Max têm a função de aumentar a velocidade da reação de defesa e, ao mesmo tempo, torna o processo

Figura 1 - Eficácia de Ultra K Max na redução da severidade de DFC’s em soja Figura 2 - Efeito de Ultra K Max sobre a produtividade da soja

mais eficiente e com menos gastos energéticos, sendo um importante ativador enzimático. A utilização de cultivares de alto potencial genético, associada ao desenvolvimento sustentável, exige produtos inovadores como Ultra K Max.

OBJETIVO

Avaliar a eficiência do complexo nutricional bioativador Ultra K Max em associação com fungicidas convencionais no manejo de Doenças de Final de Ciclo em soja.

MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi conduzido na estação experimental da Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária (Fapa), localizada no distrito de Entre-Rios, Colônia Vitória, município de Guarapuava, Paraná. No ensaio, foi utilizada a cultivar de soja BMX Apolo RR. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso, com quatro repetições. Os tratamentos consistiram em Testemunha (sem aplicação), Padrão Fapa (quatro aplicações de fungicidas: Nativo + Bravonil + Áureo, Elatus + Bravonil + Nimbus, Fox + Unizeb Gold + Áureo e Priori Xtra + Cypress + Nimbus) e Padrão Fapa + Spraytec (quatro aplicações de fungicidas associados ao Ultra K Max 0,20L/ha). As aplicações foram realizadas quando a cultura estava nos estádios R1, R3, R4 e R5.1, respectivamente. O volume de calda utilizado foi de 200L/ha. Foram realizadas avaliações da severidade das Doenças de Final de Ciclo e a produtividade da cultura. Os dados foram submetidos à análise de variância e ao teste de Tukey (p < 0,05), através do software SASM Agri (Canteri et al., 2001).

RESULTADOS

A associação de Ultra K Max aos fungicidas reduziu a severidade das Doenças de Final de Ciclo em 48,4%, em relação ao tratamento padrão. A severidade foi de 21,7%, 19,4% e 10% para a testemunha, tratamento padrão e tratamento padrão + Spraytec, respectivamente (Figura 1). A redução da severidade das DFCs é de extrema importância para que não haja perda do potencial produtivo da cultura. Nesse contexto, com relação à produtividade, a colheita na testemunha foi de 32,3, no padrão de 78,4 e no padrão mais Ultra K Max, de 84,4 sacas por hectare. A associação de Ultra K Max aos fungicidas promoveu um incremento médio de produtividade de seis sacas por hectare em relação ao tratamento padrão (Figura 2). Ultra K Max atua na fisiologia das plantas, melhorando sua defesa, promovendo maior síntese de lignina e fitoalexina, importantes compostos que atuam como barreiras físicas e químicas, respectivamente, contra a entrada de fungos nos tecidos vegetais, contribuindo para o manejo das DFCs. O aumento de produtividade pode ser explicado pela diminuição dos problemas com a desfolha causada por essas doenças e também pelo efeito do Ultra K Max no aumento do transporte de fotoassimilados das folhas para os grãos, aumentando o seu peso. Assim, observamos que a maioria dos fungicidas apresenta limitações, e a associação deles com Ultra K Max demonstrou ser uma ferramenta eficaz para garantir melhor manejo das Doenças de Final de Ciclo e promover maior produtividade da cultura da soja.

CONCLUSÃO

O Ultra K Max, além de nutrir as plantas para a máxima expressão de seu potencial produtivo, é uma alternativa promissora no manejo das Doenças de Final de Ciclo em soja por induzir os mecanismos de defesa das plantas, apresentando alto sinergismo com os fungicidas convencionais. C C

Heraldo R. Feksa, Fundação Agrária de Pesq. Agropecuária (Fapa)

Sintoma de antracnose em pecíolo de soja

Solange Bonaldo

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