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sumário
BREAK #100 16
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Break. Conteúdo que vai além da programação na web Participe! Envie suas sugestões de pautas, artigos e ilustrações para o e-mail break@eptv.com.br
03 Editorial 04 Case Campinas – O Matuto 05 Case Ribeirão – Lojas Xavier 06 Case Central – Café Pacaembu 07 Case Sul de Minas – Lojas Edmil 08 As campanhas 10 Os Mídias 12 Case.com – João Rock 13 A Televisão 16 Tendências 18 Páginas Azuis 21 Ideias 22 Retrospectiva
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Conselho Editorial
Coordenação e Produção
André Giron, Arnaldo Bragion, Frank Alcântara, Julio Paiva, Margarete Prezoto, Mauricio Falsarella Nilson Brito, Patrícia Cordeiro, Regis Lotumolo e Rene Nestori Neto
Furla Comunicação furla@furla.com.br
Publicação da Divisão Comercial da EPTV Rua Regina Nogueira, 120 Campinas, SP CEP. 13045-900 Fone. 19 3776-6400 Fax. 19 3776-6947 comercial.eptv.com.br
Tiragem 3.000 exemplares
Jornalista Responsável Marilena Furlaneto MTB 18212
Entrevistas e Textos Mariana Cruz
Capa Caio Henrique Marischka Mateus
Projeto Gráfico e Diagramação Guilherme Neptune Marcon gneptune@gmail.com
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editorial
100 VEZES OBRIGADO!
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ara preparar esta edição especial comemorativa de número 100, visitamos nossa história, escrita com parceiros que há 22 anos abrem as portas do seu empreendimento e contam sobre seu dia a dia ocupado por metas de vendas, desafios, estratégias de comunicação e negócios, relacionamento com o cliente e resultados, conquistados com trabalho árduo e dedicação. Nestas 100 edições, publicamos cerca de 400 cases de sucesso. Muitos deles tiveram seu crescimento contado aqui nas páginas do Break. Um grande orgulho para nós! Agora, voltamos a apresentar parceiros de longa data, como o Savegnago Supermercados, que completou 40 anos no mês de agosto e desde 1983 exibe sua marca na programação da EPTV. Igualmente comemorando 40 anos, as Lojas Xavier possuem o slogan “Mania de vender barato” e também de anunciar na EPTV. Já o Café Pacaembu, com 59 anos, anuncia desde a década de 90 e é parceiro em todas as edições do projeto EPTV na Escola. E as Lojas Edmil, cujo tempo de loja e de investimento em propaganda são os mesmos: 36 anos. Relembramos as campanhas mais marcantes da Baby Calçados exibidas na EPTV e que ficaram por muito tempo no ar, discutimos a profissão do Mídia, e também colocamos em pauta um olhar sobre o futuro a partir das várias transformações que vivemos agora e que estão impactando todos os segmentos e meios, como a TV. A TV, pelo seu jeito de contar história e originalidade, se manterá relevante. É o que diz o jornalista e escritor americano Michael Wolff, entrevistado pelo Break, a respeito da singularidade e exclusividade que a TV possui e a compara com o mercado da arte. Por causa desse conteúdo produzido exclusivamente para comemorar a edição número 100, apresentamos um presente: uma capa desenhada à mão, de forma artesanal em que foi utilizada a técnica hand lettering, para traduzir toda a importância dos clientes e agências para a EPTV. Nosso muito obrigado!
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case campinas
Assista ao depoimento de Everaldo Israel sobre a parceria com a EPTV no site negocios.eptv.com.br/Break
Gustavo Tilio
Os irmãos Everaldo e Dilamara comemoram expansão de O Matuto em Campinas e região
O MATUTO ESTREIA NA TV E CONQUISTA NOVOS TERRITÓRIOS
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á três patrimônios que Everaldo Israel, sócio-proprietário da churrascaria O Matuto, investe e lapida todos os dias: fortalecimento de marca, satisfação dos clientes e o custo-benefício da experiência proporcionada no local que oferece cortes nobres. Depois que iniciou, em 2012, um plano de expansão da empresa, com a inauguração de churrascarias express em shoppings, o empresário decidiu redirecionar os investimentos em comunicação somente para a TV, estratégia realizada em parceria com a EPTV, em 2014, através do patrocínio no programa Mais Caminhos. Atualmente, com 7 lojas em shoppings e
4 churrascarias nas cidades de Campinas e Piracicaba, Israel acompanhou o aumento de 40% no faturamento da unidade O Matuto, no bairro Taquaral, após dois meses de veiculação da campanha. “A propaganda na TV registra uma evolução da marca, nos trouxe credibilidade e os resultados que tivemos foram visíveis. Desde então, não paramos de investir. Acredito que o patrocínio traz uma mensagem rápida e eficácia para fortalecer a marca”, ressalta o sócio. O departamento de Marketing d’O Matuto carrega as impressões digitais de Israel que faz questão de opinar e levar ideias para as campanhas desenvolvidas pela EE2 Propaganda, a exemplo do slogan “Churrascaria Completa” e a associação do local ao lazer e boa experiência.
Ciente da importância do investimento em comunicação, o sócio reserva parte do faturamento das franquias para campanhas publicitárias. O modelo de negócio em que o franqueado, chamado de sócio-operador, possui 20% da churrascaria express tem dado certo, pois está marcada para 2016 a inauguração de mais uma unidade O Matuto em shopping. O segredo para manter o crescimento mesmo em momento de crise é tratar o cliente como protagonista da história que Israel e sua família de Passo Fundo (RS), iniciou há 19 anos na garagem alugada de uma casa em Campinas. “Trabalhamos muito para oferecer o melhor e sempre buscamos inovar”, finaliza Everaldo Israel.
O MATUTO, 19 ANOS
MODELO DE NEGÓCIO
ESTRATÉGIA DE COMUNICAÇÃO RESULTADOS
• Churrascarias premium • Churrascarias express em shoppings • Franquias
• Patrocínio no programa Mais Caminhos • Valorização da experiência de consumo • Redirecionamento de verba publicitária somente para TV
• Expansão da marca • Aumento de 40% no faturamento unidade Taquaral • Fortalecimento de marca
Vanessa Ferreira
Mateus Xavier comenta resultados de patrocínio no Futsal no site negocios.eptv.com.br/Break
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case ribeirão
LOJAS XAVIER COMPLETAM 40 ANOS COM EXPANSÃO REGIONAL
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história de 40 anos das Lojas Xavier, comemorada este ano, se mistura com os 35 anos de parceria com a EPTV Ribeirão, que mais tarde se estendeu para as regiões de São Carlos e Sul de Minas, à medida que a empresa de Franca (SP), fundada pelo atual presidente Olívio Xavier e dois amigos, nos fundos da casa da mãe, foi conquistando novos espaços, com a inauguração de 40 unidades. O diretor administrativo das Lojas Xavier, Mateus Xavier de Almeida, filho de Olívio Xavier, trabalha desde os 13 anos na rede e acompanha o crescimento da empresa há 26 anos. Ele destaca que as décadas de campanhas exibidas na TV contribuíram para fortalecer a marca, que passou a estar presente em todo o país
através do e-commerce, lançado no início do ano e amplamente divulgado na ação de patrocínio do projeto Taça EPTV Futsal Ribeirão, realizado no período de fevereiro a maio. “Demos o primeiro passo no e-commerce e percebemos que conquistamos uma boa reputação em cidades que não temos lojas físicas, mas onde o sinal da EPTV transmite nossas campanhas, o que é um facilitador para a nossa expansão e nos trouxe credibilidade também para o espaço digital”, ressalta o diretor que lembra a evolução da empresa que iniciou as entregas em carroças, em 1976. Pela primeira vez, a empresa patrocinou o projeto Futsal, oportunidade para consolidar a marca e se aproximar do público, reflete Xavier. “Foi uma experiência muito importante e gostamos da interação do público com o campeonato. A comunicação é parte do nosso
negócio”. O diretor explica que iniciou o ano com ação na TV, realizou em julho uma das principais campanhas que já entrou no calendário das Lojas Xavier e dos clientes - a “Quinzena do Estofado” - e segue o planejamento de mídia com uma festa de descontos para comemorar os 40 anos do grupo em setembro. Um dos diferenciais da empresa, a “Mania de vender barato”, tornou-se slogan das campanhas desenvolvidas pela agência Ideia Fixa. Mateus Xavier ressalta que a mania de atender bem também faz parte da filosofia do grupo, que escreve sua história há quatro décadas com muita seriedade, compromisso e dedicação. “Somos um grupo que sempre busca agir de maneira muito correta e que trabalhou para concretizar nossas ideias, sempre com os pés no chão”, conclui o diretor administrativo.
PLANEJAMENTO DE MÍDIA • Patrocínio Taça EPTV de Futsal • Campanhas promocionais e de aniversário • Campanha “Quinzena do Estofado”
EXPANSÃO • 40 lojas nas regiões de Ribeirão Preto, São Carlos e Sul de Minas • E-commerce
RESULTADOS • Fortalecimento de marca • Aproximação com o público através de patrocínio de projeto • Expansão pelo e-commerce
Mateus Xavier, das Lojas Xavier: comunicação traz credibilidade para lojas físicas e digital
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case central
Leia mais sobre a receita de sucesso do Café Pacaembu no site negocios.eptv.com.br/Break
PACAEMBU: CAFÉ E MÍDIA SÃO TRADIÇÕES
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Uma empresa tradicional e em constante processo de inovação: assim resume-se a Café Pacaembu, fundada em 1957 pelo empreendedor Michel Halla, que iniciou suas atividades numa pequena torrefação de café na cidade de Vargem Grande do Sul (SP), próxima ao sul de Minas Gerais, região conhecida pela produção de café. Instalada em um amplo e moderno parque industrial com 42 mil m2 de área, a empresa possui capacidade produtiva de 3,5 milhões de quilos por mês e é reconhecida como referência em qualidade, tecnologia e inovação. É a 9ª empresa do ranking brasileiro em volume de sacas de cafés produzidas, entre as 1200 torrefações existentes. Prestes a completar 60 anos, a empresa, atualmente presidida por Murilo Bignardi Halla, neto de Michel, tem como diretrizes o investimento contínuo em marketing, inovação, tecnologia e valorização dos seus funcionários. Uma das últimas empreitadas do grupo foi a entrada no mercado de monodoses, com o lançamento da linha Nostro, cápsulas de cafés produzida através de uma linha de produção importada da Itália. O presidente ressalta que a Café Pacaembu também se destaca neste mercado por ser a única empresa das compatíveis com a máquina Nespresso que oferece o diferencial de preservar por mais tempo a qualidade e o sabor do produto por conta do seu processo de envase com injeção de nitrogênio direto nas cápsulas. “As cápsulas são fabricadas pela Café Pacaembu, com matéria-prima diferenciada, fechadas de maneira a impedir a entrada ou saída de ar, que ajudam a manter o frescor, o aroma e as características do café, como se ele tivesse sido envasado no dia. Trabalhamos também com um sistema de moagem diferenciado”, explica ele. O Nostro, nome de origem italiana, região que é referência em cafés espressos e monodoses, é uma inspiração ao nome do produto que foi genuinamente desenvolvido pela Café Pacaembu e já obteve o reconhecimento dos consumidores e também do mercado publicitário, ao conquistar o Prêmio ABRE (Associação Brasileira de Embalagem), na categoria de embalagens de bebidas não alcoólicas pela sua diferenciação, funcionalidade, beleza e harmonia. Dentre os investimentos da empresa, estão as ações de mídia que a Café Pacaembu realiza numa parceira duradoura com a EPTV, iniciada na década de 90, e com resultados positivos a cada ano, a exemplo do patrocínio do projeto EPTV na Escola, que está em sua 17ª edição, sendo todas com a marca Café Pacaembu aliada à educação. A empresa também anuncia em Ribeirão e Campinas, regiões onde os seus produtos são vendidos e estreou o projeto de merchandising no programa Mais Caminhos, com uma receita de conteúdo e sucesso exibida no quadro “Segredos da Cozinha”, com Fernando Kassab. “Foi muito interessante participar desse novo formato, trazendo mais credibilidade, com a assinatura de um apresentador conhecido,
que tem uma boa sinergia com público-alvo do nosso produto, veiculado a um programa exibido em todas as regiões da EPTV”, comentou Halla sobre o primeiro merchandising que a EPTV realizou no ano passado em parceria com a Café Pacaembu. Em complemento à estratégia de merchandising com a EPTV, a empresa realizou projetos de revitalização das embalagens e da marca que foram exibidos na emissora. “À medida que a empresa se moderniza, nossa mídia avança junto e em parceira com a EPTV, que nos vincula à sua credibilidade, abrangência e importância”. “Sempre buscamos realizar melhorias constantes, englobando também a comunicação, que contribui positivamente com os objetivos estratégicos da empresa”, completa Murilo Halla.
Investimentos em: aInovação aQualidade aTecnologia aValorização do ser humano aLançamento de produtos aComunicação e Marketing a C onquista de selos e certificações de qualidade, ambiental e social, de abrangências nacional e internacional
Ju Tolentino
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Confira trajetória de expansão das Lojas Edmil no site negocios.eptv.com.br/Break
case sul de minas
LOJAS EDMIL: SUCESSÃO DE BONS RESULTADOS
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cenário em que o diretor comercial das Lojas Edmil, Adaoney Pereira Valias, concedeu entrevista ao Break é a sua sala no novo Centro de Distribuição, inaugurado em 2015, numa área de 15 mil m2, na cidade de Elói Mendes (MG), onde o patriarca da família e fundador da rede, Adauto Pereira Valias, iniciou as atividades em 1981. Valias chega para a produção da reportagem carregando um dos exemplares do Break, a edição 90, publicada em 2013, quando as Lojas Edmil foram case de sucesso e compara os avanços desde então, como a inauguração de cinco novas lojas, totalizando 67, e do moderno centro de distribuição escolhido para ser local de sua sala de trabalho no segundo andar do prédio, de onde ele acompanha de perto a logística da empresa. Destacando que sente-se privilegiado por viver em uma região que tem como principal força econômica o agronegócio - que sofreu pouco impacto durante a crise que o país atravessa - o empresário diz que este ano abriu mais uma vitrine da marca, dessa vez no shopping de Varginha. Também promoveu a reestruturação interna e a integração dos departamentos e da fábrica própria, que produz cerca 6.500 itens entre estofados e colchões. “Realizamos investimentos para melhorar a eficiência da empresa e entregar mais agilidade para o cliente. O novo centro de distribuição ajudou muito”, comenta Valias. O diretor inclui entre os fatores de sucesso de seu negócio o investimento em mídia e a parceria com a EPTV Sul de Minas desde a fundação da emissora. Com campanha no ar de domingo a sexta, o último vídeo institucional exibido em julho ganhou repercussão, ao mostrar famílias mineiras comprando móveis e eletro das Lojas Edmil. Ele faz questão de ressaltar que apesar do cenário econômico instável, a comunicação continua entre as prioridades da empresa. Para comprovar o que diz, ele cita o crescimento da participação de fornecedores em campanhas promocionais. “Aumentamos a verba em TV, enquanto muitas empresas reduzem”, afirma. O diretor diz que em momentos de recessão é preciso aproveitar as oportunidades, a exemplo do que fez nas cidades de Guaxupé e Formiga, ao revitalizar as lojas existentes e negociar dois novos imóveis maiores para expandir as unidades, reformar e reinaugurálas. Enquanto caminha pelo centro de distribuição, Valias fala dos planos para atingir o número de 70 lojas em 2017, com a expansão da marca em Baependi e Juruaia, cidades onde o sinal da EPTV também está presente. “Nossa intenção é expandir e consolidar a marca somente no estado de Minas Gerais e em cidades onde já somos conhecidos”, finaliza Adaoney Pereira Valias.
Adaoney Pereira Valias, no novo Centro de Distribuição das Lojas Edmil: “Organizar a casa” para atender melhor e expandir a rede
LOJAS EDMIL 2016 - 36 ANOS ANO DE 2016 • Nova loja no shopping de Varginha • Novo Centro de Distribuição • Reinauguração e ampliação de lojas existentes
EXPANSÃO • Venda e entrega em cidades próximas ao Centro de Distribuição • Inauguração de novas lojas em cidades de cobertura da EPTV • Crescimento em Minas Gerais e em cidades com mais de 40 mil habitantes
COMUNICAÇÃO • Parceria com a EPTV há 36 anos • Campanhas institucionais e promocionais • Fornecedores que investem junto com a Edmil em campanhas na TV
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as campanhas
ALMA DA BABY CALÇADOS: SAPATOS E PROPAGANDA
Eduardo Bortoletto, diretor da Baby Calçados, entre Edmilson Mendes, diretor da agência Mendes Guimarães, e Sérgio Alquimim, gerente da Baby Calçados
REDE DE LOJAS CAMPINEIRA FAZ HISTÓRIA COM CAMPANHAS QUE PERMANECERAM ANOS NO AR E FICARAM NA MEMÓRIA DOS CONSUMIDORES E IDEALIZADORES
A
todo instante, as pessoas estão em contato com marcas, slogans, jingles e novas campanhas publicitárias. Essa necessidade de constantes criações se deve à característica ágil do segmento de varejo. Entra campanha, sai campanha e algumas permanecem na memória do consumidor. E outras fazem história, como a campanha desenvolvida pela agência Portal Publicidade, para a Baby Calçados, exibida durante cerca de oito anos na EPTV nos intervalos do Globo Esporte, na década 80. Para resgatar esse momento da Publicidade, o Break reuniu pessoas que participaram dessa campanha, seja na criação, ou seja como telespectador, funcionário da Baby e filhos de um dos fundadores da rede, Sérgio Bortoletto, 80 anos, que já trabalhou como vendedor da
loja na época e tornou-se um dos sócios. A rede de lojas, hoje com 22 unidades, foi fundada há 70 anos, na rua Treze de Maio, coração do comércio de Campinas. A letra do jingle “A Baby Calçados, você já conhece, o preço é baixo e a qualidade aparece, é só você subir (em menção a subir a rua Treze de Maio) que o preço desce”, dançado por um balé que subia a escada rolante da loja, foi criada a partir de uma pesquisa realizada pela Portal, que identificou que as pessoas conheciam a loja, mas que uma parcela delas não subia até a Baby Calçados, como conta Guilherme Massaioli Filho, 74 anos, fundador da agência. “O Sérgio me procurou para criar uma nova campanha e na época eles usavam o mote “Loucuras da Baby. Baby ou Babi, é logo ali”.
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Confira outras campanhas marcantes no site negocios.eptv.com.br/Break
Senti muita responsabilidade em produzir a campanha. O Sérgio era meu amigo e eu disse aqui na agência que a gente não podia errar. Então, nós mesmos realizamos uma pesquisa para entender as necessidades do consumidor e produzir o vídeo. Identificamos que a loja era conhecida por todos, e por isso a música começa com “A Baby Calçados, você já conhece”. O arranjo da música é do maestro Gaia. Passamos uma noite inteira do Guilherme Massaioli final de semana gravando o balé dentro da Filho, fundador da agência Portal loja. Os resultados desse vídeo foram muito Publicidade, bons, a primeira liquidação vendeu 500 mil desenvolveu uma pares de sapatos”, lembra ele. das campanhas mais Eduardo Bortoletto, diretor da rede e um lembradas da Baby Calçados dos filhos de Sérgio, canta todo o jingle e ressalta que o balé da Baby é considerado a campanha mais marcante e motivo de apelido na escola. “Eu era criança, chegava na escola e as pessoas gritavam Baaaaby!”, lembra aos risos. Tamanho “Onde a moda sucesso, parte da música foi é gostar de usada por muito tempo como você também foi slogan. “Onde a moda é gostar substituído por de você também foi substituído Onde a moda é por Onde a moda é caminhar caminhar com com você, entre tantos outros você, entre tantos que já usamos. O vídeo foi outros que já bem marcante, mostrava uma loja muito moderna para a usamos. O vídeo época, com escada rolante, foi bem marcante, parecia loja de shopping na rua mostrava uma loja Treze de Maio”, completou muito moderna Bortoletto. Outra característica para a época, com do balé da Baby é que ele foi escada rolante, exibido durante anos com o parecia loja de mesmo planejamento de mídia, shopping na rua nos intervalos do Globo Esporte, criando identificação do público Treze de Maio” com a loja Baby Calçados e o Eduardo Bortoletto, diretor da programa esportivo. “Até hoje, Baby Calçados as pessoas pensam que somos patrocinadores do programa. Continuamos com campanhas, às vezes saímos, mas a identificação continua”, explica Bortoletto.
as campanhas O rock da Baby Já na década de 90, outra campanha, a “Pise Baby”, desenvolvida pela agência Mendes Guimarães Propaganda para a Baby Calçados, permaneceu seis anos no ar. Dessa vez, o rock foi o fio condutor para atrair o público jovem, estratégia citada no briefing de Sérgio. O diretor da agência Edmilson Mendes, que atende a rede há 24 anos, conta que a ideia era ter um novo filme impactante. “A campanha “Pise Baby” era arrojada, com uma chamada Baby logo no início com um tom rockeiro, bem forte e moderno. A intenção era mostrar que a loja também atendia o público jovem. A repercussão foi sensacional!”, comenta o diretor que gravou a campanha em Curitiba, com uma banda de rock e cerca de 30 bailarinos. Bortoletto ressalta que o sucesso dos vídeos vinha acompanhado do aumento de faturamento. “Às vezes, tínhamos que fechar a loja porque se formavam filas e a rua se enchia de pessoas com a famosa sacola amarela da Baby”. Esse período é também relembrado por Sérgio, gerente da Baby Calçados, que começou a trabalhar como estoquista há 28 anos. “O jingle do balé marcou muito o meu início de carreira na loja, além das filas. Era meio-dia de sábado e a loja ainda estava lotada”.
Eduardo Bortoletto e os profissionais de publicidade que desenvolveram as campanhas da Baby gravaram um vídeo contando histórias da Baby Calçados. Assista no site negocios.eptv.com.br/Break
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os mídias
UM MUNDO CHEIO DE NOVIDADES IMPULSIONA COMO NUNCA ANTES NA HISTÓRIA A CRIATIVIDADE DOS MÍDIAS. INFORMAÇÕES EM ABUNDÂNCIA E DISPONIBILIZADAS EM DIVERSAS PLATAFORMAS E EM TEMPO REAL SÃO MATÉRIAS-PRIMAS E FONTE DE INSPIRAÇÃO NUM MERCADO EM CONSTANTE EBULIÇÃO
Com as várias transformações pautando as relações de mercado, indústria e consumidores, é inevitável que as profissões como já são tradicionalmente conhecidas ganhem novas funções, se tornem mais dinâmicas e sejam desafiadas a serem mais eficientes. Eficiência é assunto recorrente no dia a dia dos profissionais de mídia que acompanham as inovações tecnológicas e o impacto do meio digital, tornando a atividade um inesgotável e desafiador mundo de oportunidades e adaptações. O Break convidou quatro profissionais de mídia - um de cada mercado que abrange a EPTV – para um brainstorm a respeito da profissão daqui a 20 anos e a avalanche de mudanças que estão acontecendo agora. Thiago Facioli Vieira, coordenador de Mídia na Agência 6P Marketing e Propaganda, em Ribeirão Preto, vê o profissional de mídia com um acúmulo de funções nos próximos anos. “Ele será atendimento, planejamento, social mídia, gerador de conteúdo, etc., pois as mídias como vemos hoje serão readaptadas para um padrão interativo e todas elas se tornarão únicas, não havendo distinção entre on e off, gerando a possibilidade de comunicação instantânea, principalmente na TV”. Flávia Tonon, Mídia na agência Explícita, em Campinas, concorda com a opinião de que daqui 20 anos não haverá mais a distinção entre on e off. “Os meios de comunicação estarão integrados e a forma de planejar, negociar e veicular será adaptada a toda essa mudança”. Nesse cenário, Laiz Araújo Borges de Castro, Mídia na agência Visualize, em Guaxupé, enxerga um futuro otimista. “Cada vez mais serão necessárias soluções criativas de mídia para que ela seja eficiente. Acredito que a profissão tem tudo para ser cada vez mais valorizada no mercado. O profissional de mídia precisa ser multitalentos, negociador, entendedor de ciências como psicologia do consumidor e antropologia, curioso, antenado, estrategista e principalmente criativo”.
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PENSANDO O FUTURO DA COMUNICAÇÃO
Meios de comunicação Ao encontro das novas demandas e em alguns casos à frente das transformações, os meios de comunicação ampliam sua atuação também para o universo digital. Quem observa essa característica interativa e a indica como tendência dos veículos tradicionais é Vieira, ao analisar o papel dos meios no futuro. “Acredito que todos os meios, inclusive a TV, irão se reinventar. Na verdade, isso já começou. Todos os meios tradicionais estão com plataformas on-line. A interatividade é o futuro dos meios e o conteúdo será o ponto de partida para que o público se interesse. Acredito que a propaganda estará inserida no conteúdo dos textos, matérias, programas, novelas e filmes. E o que levará o consumidor a ver a propaganda será o interesse no conteúdo onde a marca está inserida. A escolha será o futuro dos meios e da TV. E a TV, com os horários programados e específicos como vemos hoje, com certeza terá que mudar”, prevê. Para Fernando Lucato Sotrati, diretor de mídia da agência Tarp, em Arararaquara, as pessoas já começaram a mudar o comportamento em relação à plataforma que acessam o conteúdo, mas não vão deixar de consumir os tradicionais meios. “Futuro cheio de mudanças, novos formatos e com mais integração. A TV já iniciou de forma inteligente a interatividade com o consumidor que hoje assiste TV com o celular na mão”.
Conteúdo é rei. Informação, matéria-prima Para a mídia Laiz, o conteúdo estará cada vez mais presente na forma de comunicar, inclusive na linguagem publicitária. “Já é uma realidade o crescimento do marketing de conteúdo,
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O bate-papo com os profissionais de mídia continua no site do Break: negocios.eptv.com.br/Break. Confira!
os mídias Laiz Araújo Borges de Castro Mídia na agência Visualize, em Guaxupé Está há 4 anos na profissão e nesse período constatou mudanças no segmento. Ela observa, por exemplo, o crescente interesse dos clientes em investir em mídia digital, o que não era tão comum anos atrás.
Fernando Lucato Sotrati Diretor de Mídia da agência Tarp, em Araraquara
da inserção do comercial dentro da própria programação, no tutorial da revista, na roupa ou até mesmo na comida da influenciadora digital. Acredito que a tendência é que isso aumente e que procuremos as pessoas onde elas estão naturalmente”. “Nossa principal matéria-prima é a informação, por isso, evoluir e sempre aprimorar o conhecimento é fundamental”, complementa Flávia. O livre acesso à informação faz do mídia um dos profissionais mais antenados do mercado, destaca Vieira. “O mídia está preparado para repassar aos outros departamentos da agência as novidades, a melhor estratégia, os melhores formatos e meios. Ele atualiza todos os departamentos para que a ideia criativa seja a melhor possível e dê resultados”.
Atua há 15 anos no mercado e ressalta que o que mais mudou nos últimos tempos foi a percepção dos profissionais de propaganda, e também dos clientes, em relação aos veículos de comunicação. Com a forte chegada do marketing digital, muitos deles estão migrando ou apostando em novas estratégias.
Thiago Facioli Vieira Coordenador de Mídia na Agência 6P Marketing e Propaganda, em Ribeirão Preto Atua há 15 anos no mercado e diz que a maior transformação foi a chegada dos meios digitais e das redes sociais. Isso fez com que os veículos tradicionais buscassem novas alternativas, oferecendo também a versão on-line de suas plataformas.
Flávia Tonon Mídia na agência Explícita, em Campinas Começou a trabalhar na área há 17 anos e percebe que cada vez mais o profissional de mídia tem que estar antenado e integrado com todos os departamentos da agência. É preciso ter uma base consolidada para planejamento em primeiro lugar, para depois desenvolver toda a campanha e buscar alternativas e oportunidades para melhor posicionar a marca do cliente.
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case.com
No site negocios.eptv.com.br/Break, Luit Marques comenta repercussão do João Rock, 15 anos
Thiago Losz
JOÃO ROCK PARA O MUNDO
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maior festival de rock nacional é ribeirão-pretano, acontece apenas uma vez por ano no mês de junho, tem nome brasileiríssimo, João Rock, e alcançou a sua plenitude em 2016, ao completar 15 anos com uma comemoração de dez horas de música, tocadas simultaneamente em três palcos, no Parque de Exposições Permanente, em Ribeirão Preto. Quem ressalta essas características do João Rock é Luit Marques, produtor do evento, sócio na empresa Banana´s Eventos e um dos “pais da cria” que acompanha o crescimento do festival nos últimos anos, e, mais recentemente, o recorde de 50 mil pessoas na edição debutante. Além das milhares de pessoas presentes nessa maratona musical, o festival pôde ser visto por muitos fãs no Brasil e também no exterior, através do palco digital, no site Gshow. Uma semana depois, um programa especial veiculado pela EPTV exibiu os melhores momentos para quem quis relembrar ou não pode assistir ao João Rock. O hotsite exclusivo para o evento contou igualmente com produção de conteúdo feita por equipe de jornalistas e fotógrafos. Marques destaca que a parceria entre o festival e a EPTV/G1 foi assertiva e em sinergia com o perfil do público, uma geração de jovens, que participou do João Rock e da transmissão, interagindo nas redes sociais. “Foi uma experiência muito bacana estar associado ao G1, um meio que traz valor agregado e com
audiência nativa. Isso motiva o festival a estar dentro da programação do canal. Os resultados foram melhores que 2015”, ressalta o produtor. A transmissão e a parceria, pela segunda vez consecutiva, atraiu a geração millennials, composta de jovens que priorizam viver uma experiência única, como a maratona de música que o João Rock oferece. Foram 100 mil visualizações do conteúdo produzido na página especial (hotsite) do Gshow, cerca de 32 mil acessos às transmissões ao vivo e mais de 1,2 milhão de impactos de marca exposta nos banners. Outro dado que mostra a adesão ao evento, segundo o produtor, é que 20 mil pessoas compraram os ingressos sem ao menos saber os nomes das bandas que se apresentariam, confiando na qualidade da programação. Este ano, o festival ganhou mais um palco chamado 2002, um tributo ao primeiro João Rock, e o “Fortalecendo a Cena”, um dos espaços que está garantido nas próximas edições, com o objetivo de divulgar e fortalecer bandas locais. Com as melhorias na infraestrutura realizadas todos os anos, e o acompanhamento da repercussão a cada edição, o produtor garante que a essência do João Rock, realizado em apenas um dia e em dois palcos se manterá e não será expandido para outras cidades. “A intenção é inovar sempre, mas deixar um gosto de quero mais para outras edições”, finaliza Luit Marques.
JOÃO ROCK, 15 ANOS: UM MUNDO DE MÚSICA, PAZ E DIVERSÃO Maior festival de rock nacional do país Em 15 anos, 74 bandas nacionais passaram pelo festival Mais de 400 mil pessoas participaram do festival Gerou mais de 25 mil empregos diretos 2016: 50 mil pessoas (público dobrou nos últimos 4 anos) 60% do público tem de 18 a 24 anos 92% região Sudeste De 250 mil seguidores nas redes sociais, em 2015, para 540 mil seguidores, em 2016 100 mil visualizações do conteúdo produzido na página especial (hotsite) do Gshow 32 mil acessos às transmissões ao vivo Hoje é dia de João Rock, bebê! Com transmissão ao vivo do festival, Luit Marques diz que o festival, aos 15 anos, atingiu a plenitude
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a televisão
O FUTURO DA TELEVISÃO É MAIS TELEVISÃO A CONVERGÊNCIA DIGITAL, QUE CONTRIBUIU PARA A EXTENSÃO DE CONTEÚDO TELEVISIVO PARA VÁRIAS OUTRAS PLATAFORMAS, E O JEITO DE CONTAR HISTÓRIAS AJUDAM A ESCREVER UM ROTEIRO ONDE A INDÚSTRIA DA TV É PROTAGONISTA E LUCRATIVA. EM ENTREVISTA AO BREAK, MICHAEL WOLFF, AUTOR DO LIVRO “A TELEVISÃO É A NOVA TELEVISÃO – O TRIUNFO DA VELHA MÍDIA NA ERA DIGITAL”, DEFENDE O POTENCIAL DESSE MEIO DE MASSA NA ERA DIGITAL
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assados pouco mais de 20 anos desde o início da revolução digital, há muitas reflexões sobre o futuro dos meios de comunicação de massas e até previsões em relação ao desaparecimento ou decreto de morte dos meios de comunicação, em detrimento do novo, do universo digital. Neste cenário surge uma análise, uma resposta detalhada e enfática sobre os rumos dessa revolução tecnológica e confirmação do potencial da televisão, que já enfrentou disputas de espaço e comparações com o rádio, cinema, TV a cabo e, por último, a internet.
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a televisão
No livro “A televisão é a nova televisão – O triunfo da velha mídia na era digital”, o autor da obra lançada em 2015, o jornalista americano Michael Wolff descreve um cenário promissor de uma revolução audiovisual iniciada em 1950 e que continua a acontecer: independente de telas, plataformas ou tecnologias, a criação e a produção de conteúdo continuam cada vez mais fortes e potentes. Wolff é jornalista e pesquisador da cultura digital e seu impacto na mídia contemporânea, escreve para veículos como GQ Magazine, Vanity Fair, Wired e The Guardian. É autor de seis livros, entre eles a biografia de Rupert Murdoch, fundador e líder do grupo News Corp/Fox. Em sua obra, o jornalista compara as características da televisão em relação ao meio digital, o faturamento da indústria tradicional e a diferença entre tráfego (audiência na internet) e audiência na TV, considerada mais qualificada e lucrativa. Wolff cita como exemplos o site de notícias Buzzfeed e o campeonato de futebol americano Super Bowl, maior evento televisivo do calendário nos Estados Unidos. De um lado, o Buzzfeed diz ter o tráfego de 200 milhões de visitantes únicos por mês. Já o Super Bowl, com A convergência metade do público, 100 milhões digital acaba se de espectadores, gera uma receita concretizando de US$ 1 bilhão, enquanto o site de notícias Buzzfeed gera US$ 10 não ao levar a milhões. De acordo com Wolff, computação para essa comparação ilustra e mostra na prática a diferença entre a televisão, mas tráfego e audiência, sendo que ao levar mais esta última retém mais atenção. O televisão para escritor completa dizendo que o faturamento dos sites de notícias a sua televisão é oriundo apenas de anúncios.
“Hoje, a televisão obtém metade de seu faturamento por meio de negócios não publicitários – assinatura, licenciamento, vendas externas. Ao mesmo tempo, ela retém um conjunto de eventos especiais, valorizados, únicos, em tempo real, nos quais os anúncios são inevitáveis (o Super Bowl é o principal deles, mas, de certa forma, todos os esportes), no qual o valor da publicidade, ao contrário das tendências, continua a crescer. A televisão, que costumava depender da publicidade, hoje extrai metade de seu faturamento de outras fontes. Não que tenha perdido 50% de sua receita publicitária; na realidade, dobrou o seu faturamento com outras fontes”. Wolff expõe outros dados de receita, como o da Fox que gera quase US$ 2 bilhões por ano e a CNN, com pouco mais de US$ 1 bilhão. Existem poucos veículos de notícias digitais que faturam anualmente mais de US$ 100 milhões; e os que o fazem são organizações tradicionais como o The New York Times, cujo mercado digital obteve mais valor proveniente de seu negócio tradicional. Mas e o Facebook e o Google? Bem, Wolff os coloca em outra classificação: Facebook e Google não são empresas de comunicação, mas sim agregadoras de notícias. “O valor do Facebook como empresa de tecnologia pode parecer alto, mas seu valor real vem da enormidade de seu tráfego sem sentido e indiferenciado. Não tem qualquer outro produto que possa vender além de alguns anúncios. A tecnologia digital não refinou ou mudou de fato a experiência do vídeo – nem para o público nem para o anunciante. É possível que tenha diminuído a experiência: qualidade mais baixa e integração de publicidade mais forçada (o pre-roll - publicidade antes do conteúdo que o internauta quer assistir - era fácil de evitar)”. EXTENSÃO DO MERCADO TELEVISÃO Michael Wolff dedica-se a analisar o que chama de antirrevolução da Netflix. Segundo ele, o solipsismo (visão autocentrada) da comunidade tecnológica vê a Netflix como um satisfatório rompimento da indústria da televisão. Mas isso é uma completa inversão do que está acontecendo de fato: a TV está interrompendo a internet. Não é a Netflix que está levando o digital para a televisão, mas ela está trazendo a programação, os valores e o comportamento da televisão para as telas que costumavam ser interativas e relacionadas à computação. O digital proporcionou a expansão do mercado televisivo, defende Wolff, ao comentar que a Netflix contribuiu para transformar programas que dependiam de anúncios em produtos pagos, ao estabelecer o intercâmbio de acordos de licenciamento para programas de televisão. Todo ano, por exemplo, a empresa paga à HBO uma quantia para exibir seus conteúdos. “A Netflix dependia bem pouco do sistema digital de tráfego em rede e dos anunciantes; por outro lado, dependia totalmente de sua habilidade de licenciar conteúdo televisivo e atrair os melhores roteiristas, atores, produtores e diretores. O desafio para a televisão não é o modelo da Netflix; pelo contrário, o desafio da Netflix é descobrir
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O futuro da comunicação será sempre manual, garimpado, exclusivo, assim como o mercado da arte, onde a cultura avança em direção ao original, ao singular, diferente da padronização do mercado digital
como adotar um modelo mais televisivo. Enquanto o lucro líquido da HBO em 2013 foi de US$ 1,8 bilhão, o da Netflix foi de US$ 620 milhões. A convergência digital acaba se concretizando não ao levar a computação para a televisão, mas ao levar mais televisão para a sua televisão”, exemplifica ele. No livro, também é citada a atração de Steve Jobs por entretenimento e conteúdo, até mais que a própria tecnologia,
lembrando que o fundador da Apple também criou a Pixar, empresa de animação. Para o escritor, a televisão não se torna um dispositivo de computação, mas sim de entretenimento que é oferecido em qualquer momento e lugar. Sobre o futuro da comunicação, Michael Wolff conclui que ele é sempre manual, garimpado, exclusivo, assim como o mercado da arte, onde a cultura avança em direção ao original, ao singular, diferente da padronização do mercado digital. “O apelo inicial do digital, seu contraponto à televisão, era a promessa de singularidade infinita, mas a realidade, depois de uma era de sistematização e controle vertical, e da otimização constante da própria tecnologia, foi uma eficaz repetição e superficialidade. A revolução iniciada nos anos 1950 continua a acontecer – depois de pular a distração do digital”, finaliza Michael Wolff.
B - Como você imagina o futuro da televisão? E o meio digital?
importantes continuarão a precisar de televisão e vão continuar a resistir ao meio digital.
Wolff - Eu imagino a televisão sempre melhor. Dentro de alguns anos, não haverá distinção entre “televisão” e “digital”, pois vai ser apenas mais televisão. B - E os planos de mídia no futuro? No Brasil, por exemplo, a maior parte do montante de investimento publicitário, cerca de 70% (Fonte: Kantar IBOPE Media), é direcionado à TV. Como você imagina essa distribuição no futuro? Wolff - Eu acho que haverá mais TV paga e, portanto, menos publicidade televisiva. Isso significa que as oportunidades para fazer propaganda na televisão vão se tornar mais valiosas. Publicidade de marcas
B - Quais são as características da TV que são insubstituíveis em comparação com qualquer outro meio? Wolff - História. Começo, meio e fim. Escritores, em outras palavras, ao invés de programadores.
B - Alguns analistas dizem que o futuro da TV é oferecer conteúdo sob demanda (on demand). Se a TV começar a oferecer conteúdo sob demanda, ela será menos rentável, uma vez que as pessoas não vão ver os anúncios? Wolff - Na verdade, as pessoas que pagam por conteúdo proporcionam um lucro maior do que o retorno da publicidade.
B - Como foi a repercussão do seu livro “A televisão é a nova televisão”? Wolff - Eu acho que o impacto foi mais clareza, isto é, para apontar o óbvio: a televisão é a única parte de alta funcionalidade e alto retorno do negócio de mídia.
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tendências
A NOVA ERA DAS VÁRIAS TRANSFORMAÇÕES TEM NOME: É A QUARTA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E VOCÊ ESTÁ DENTRO DELA SERÁ PRECISO MUITA LEITURA, INTERPRETAÇÃO, DINAMISMO E HABILIDADES DIFERENTES PARA INTERAGIR COM OS ROBÔS QUE INVADEM O MERCADO E USÁ-LOS A SEU FAVOR
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om 22 anos de atuação, o Break viveu parte dos séculos XX e XXI, e hoje acompanha a chegada da Quarta Revolução Industrial na qual a humanidade está ingressando. Nas páginas anteriores, já rememoramos os cases de sucesso históricos, as campanhas mais marcantes que os clientes da EPTV desenvolveram para impulsionar seus negócios. O momento é também de olhar para o futuro e nos preparar da melhor maneira para fazer parte de uma evolução que não pára de acontecer. A Quarta Revolução Industrial, também chamada de Indústria 4.0, é pautada por inúmeras inovações tecnológicas, caracterizada por sua natureza hiperconectada por causa da internet e resultará da ação conjunta de tecnologias como a inteligência artificial, a internet das coisas, a computação cognitiva, nanotecnologia, os
vídeos 360º, impressoras 3D, Big Data e os avanços da realidade virtual. Tudo isso promove a fusão entre o mundo físico, o virtual e o biológico. A interação do homem com os robôs deve aumentar. As vendas de robôs, segundo a International Federation of Robotics têm crescido continuamente. Em 2015 foram vendidos, no mundo todo, 255 mil, e estima-se que em 2018 serão 400 mil. Uma era das tecnologias exponenciais! O publicitário e professor universitário Adinan Nogueira, sócioproprietário da agência Cervantes, comenta como estas mudanças vão impactar o segmento de comunicação e o comportamento do consumidor. “As décadas de 70 e 80 foram marcadas pela maturação de muitas tecnologias. Hoje, estamos vivendo a potencialização destas tecnologias. Elas estão muito mais preparadas para realizar funcionalidades que foram previstas anos atrás, mas têm flexibilidade
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tendências
Daniel Reche
e dinamismo para conseguir ir além e com resultados importantes do ponto de vista criativo. Daqui a pouco, o Pokemon Go já não vai ter a mesma relevância ou estará posicionado de outras maneiras. Manterse atual é um dos desafios”, observa Nogueira. O publicitário elenca outros tópicos que estarão presentes nas discussões de agora e do futuro:
assertivos. O profissional de mídia vai ter uma preponderância muito maior porque ele precisará compreender todas as questões criativas, tecnológicas, entrega de audiência e retorno do investimento do cliente porque, cada vez mais, o papel da agência vai ser maximizar o custo-benefício da verba investida. Mudança de valores. O consumidor vive um processo de qualificação, de aprendizado. Ele começa a refletir sobre tudo e isso passa a ter um grande impacto no mercado. Então, ele vai deixar de consumir marcas que poluam, que façam uso de mão-de-obra infantil. Há uma mudança de valores que vai impactar a forma de comunicar das marcas.
Diversidade. Provavelmente no futuro não vai existir uma classificação a respeito das gerações. Com a multiplicidade Audiovisual permanecerá de segmentos, não haverá o enquadramento de pessoas em preponderante. O determinadas gerações. As pessoas vão se comportar mediante os audiovisual vai ter uma cenários que estão inseridas, consumindo de maneira diferente na importância muito grande, Adinan Nogueira, publicitário universidade, entre o grupo de amigos e em casa. A diversidade traz no sentido de que ele e professor universitário junto o desafio de entender as diferentes faces e comportamentos destaca o futuro da comunicação didaticamente traduz os de consumo da mesma pessoa. Isso é uma verificação de e do comportamento dos conteúdos. Não importará comportamento. A própria moda já começou a pautar a questão consumidores mais tanto o meio, mas os dos gêneros e desenvolveu coleções de peças genderless, para canais que estarão à disposição. serem vestidas por todos. A diversidade vai se fortalecer nos comportamentos e nas formas de comunicar das marcas. Tecnologia e criatividade juntas. Com o lançamento de algumas tecnologias, como o celular que já traz as realidades aumentada e virtual acopladas, as mentes criativas do século XXI precisarão estar antenadas e sair na frente para descobrir como usufruir das possibilidades disponíveis e de muitas que ainda estão em estudo em laboratórios. União da criatividade publicitária e tecnologia. Conteúdo. Junto à criatividade virão a tecnologia e a produção de conteúdo, combustível importante na comunicação, e que, por sua vez, vai se tornar ainda mais imprescindível nos próximos tempos. O conteúdo está muito associado à comunicação com o cliente. Complexidade e multisegmentação. Cada vez mais, vai aumentar a complexidade para conversar com os consumidores, pois haverá muitos canais de diálogo e será preciso entender exatamente a função de cada canal e possivelmente existirá alguma tecnologia que faça toda a conexão desses canais e plataformas. Hoje, o desafio está na multisegmentação e na multiplicidade de canais. Os profissionais vão ser mais desafiados por conta dessa questão de multiplicidade e terão que saber muito sobre vários assuntos. Teoria é essencial. Se o profissional de comunicação não dominar a teoria básica, a essência da comunicação, ele não conseguirá, por exemplo, identificar espaços que a tecnologia não oferece por completo. A tecnologia estará sempre presente e muitas dessas inovações foram criadas a partir das teorias básicas. A essência não muda tão rapidamente e é preciso conhecê-la. O profissional de comunicação. Os profissionais de hoje e do futuro precisarão ler muito mais, entender o processo lógico de comunicação, o comportamento e a compra, além de serem mais
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O JEITO SAVEGNAGO DE CONQUISTAR O INTERIOR
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nquanto ainda terminava de falar sobre a maratona de inaugurações de lojas Savegnago, em 2016, nas cidades de Barretos, São Carlos, Rio Claro e Ribeirão Preto, o Presidente Executivo do Savegnago Supermercados, Sebastião Edson Savegnago, conhecido como Chalim, emenda o assunto a respeito da mudança da sede administrativa em Sertãozinho, para um prédio novo na mesma cidade. Ano de inaugurações, e também de festa. No mês de agosto, a rede completou o aniversário de 40 anos, período de muito trabalho, sucesso e expansão que são resumidos em seu slogan “A Rede Forte do Interior”. O Presidente Executivo reforça a busca constante pela modernização das lojas e atendimento às novas necessidades do mercado varejista, porém sem perder a essência e a proximidade com o consumidor, características herdadas do pai Aparecido Savegnago, fundador da primeira loja com 300 m2, em Sertãozinho. O patriarca da família atuava no ramo de máquina de arroz e decidiu, em 1976, criar junto aos três filhos José Carlos, Antônio Aparecido (Toninho) e Chalim, um negócio onde toda a família pudesse trabalhar junto. A empresa familiar cresceu, se consolidou, e hoje o grupo é formado pelas empresas: Savegnago Online, Auto Posto Savegnago, Star Cine, Savegnago Administradora de Cartões (SAC), Savegnago Empreendimentos e Participações (SEP) e Savegnago Desenvolvimento Imobiliário (SDI). Em entrevista ao Break, Chalim, otimista e sorridente, fala sobre expansão, varejo, comunicação e gestão!
Expansão B - Quais os planos de expansão para os próximos anos? Chalim - Nosso projeto é inaugurar loja em Campinas nos próximos cinco anos. Nosso início foi em 1976, em Sertãozinho, e desde então fomos para a vizinha Ribeirão Preto. Acompanhando o sinal de cobertura geográfica da EPTV, realizamos o segundo plano de expansão na região de São Carlos. A partir de 2017, vamos alcançar a região de Campinas. No próximo ano, inauguraremos lojas nas cidades de Limeira e Piracicaba.
B - Ribeirão Preto é a cidade que mais possui lojas Savegnago (12) e também uma cidade com hipermercados. Qual o diferencial do Savegnago para se destacar? Chalim - São várias qualidades. Cada vez mais, melhoramos o serviço e a aproximação com o cliente, além de oferecer produtos de qualidade e com preços competitivos. Um dos diferenciais é o serviço para aprimorar a experiência do consumidor nas nossas lojas. Somos o maior faturamento de Ribeirão Preto, temos pouco mais de 30% de market share. Então, nos destacamos em comparação aos grandes players através do comprometimento da nossa equipe em relação aos clientes. Oferecemos, por exemplo, a vantagem de o cliente trocar os Netpoints por produtos, viagens e descontos. B - Vocês estão comemorando 40 anos de existência no mercado. Qual o maior aprendizado ao longo desses anos?
Divulgação
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Confira entrevista completa com Chalim Savegnago no site negocios.eptv.com.br/Break
páginas azuis Varejo B - As mais recentes lojas de Ribeirão Preto e Rio Claro oferecem o sistema self-checkouts, que permite ao consumidor realizar todas as etapas de compras sozinho. Como você imagina o futuro dos supermercados e a interferência da tecnologia?
Nunca podemos achar que fazemos tão bem as coisas que não possamos melhorar” Chalim Savegnago
Chalim - Eu acho que a loja física sempre vai existir porque o cliente tem a necessidade de ter a experiência de compra na loja, gosta de sentir o aroma e a textura dos produtos. O e-commerce vai crescer cada vez mais entre as famílias que trabalham fora e não tem tempo de ir ao supermercado ou tem uma necessidade emergencial. É um meio de venda complementar e estamos operando nesse sistema desde 2014. Oferecer essa facilidade valoriza a marca e complementa o serviço. B - Você está há muito tempo no setor e sempre traz alguma inovação. Qual a sua fonte de inspiração e criatividade? Chalim - Ao viver o dia a dia da empresa, você vai entendendo as necessidades da rede e também qual o desejo do cliente. Então, porque não implantar o que ele espera? Eu não invento nada. O que eu faço é trazer para dentro do supermercado coisas que já existem ao redor do mundo. Por exemplo, o drive-thru é um sistema que eu quero implantar também e que já existe. Basta termos vontade de fazer as coisas. As oportunidades estão aí e não preciso nem inventar. Eu não sou um Thomas Edison. Eu não inventei a lâmpada. Eu só tenho que acendê-la nos lugares certos (Risos). B - Qual é o principal desafio no varejo?
Chalim - É não acomodar e melhorar cada vez mais o que fazemos no dia a dia. É um processo contínuo. Nunca podemos achar que fazemos tão bem as coisas que não possamos melhorar. B - Quem você homenagearia nessa comemoração de 40 anos? Chalim - Meus pais, pelo exemplo e oportunidade que nos deram ao iniciar a primeira loja. B - O que você aprendeu com eles? Chalim - Aprendi a simplicidade, o carinho com as pessoas, principalmente com os mais humildes. Meu pai era muito próximo das pessoas, gostava delas e dedicava muita atenção. Ele acompanhava a loja de perto, entrava nos diversos departamentos, no açougue, por exemplo, e ajudava a vender.
Chalim - O varejo é uma modalidade comercial bem antiga que vem evoluindo cada vez mais. Hoje, o consumidor é muito bem informado e isso faz com que avancemos também. O grande desafio é acompanhar a evolução da tecnologia e da informação do consumidor, pois se o cliente perceber que eu estou alienado em relação às tendências, ele vai procurar outro lugar. Por exemplo, trabalhamos com CRM (Customer Relationship Management), sistema automatizado que proporciona uma maior interação com o cliente. O cliente vem aqui, compra queijo e não compra vinho. Então, enviamos a ele uma mensagem no celular oferecendo uma sugestão de vinho que ele poderia ter incluído nas compras. Temos que mostrar para ele que sabemos que ele está aqui e que conhecemos seus hábitos de consumo.
Comunicação B - Qual a relevância da comunicação no negócio? Chalim - É muito grande. Tivemos muito crescimento em mídia. Crescemos investindo em mídia. u
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páginas azuis Acompanhamos a evolução, sempre com foco em comunicar ao cliente o que nós estamos fazendo. Isso tem que ser feito mesmo. B - Qual a campanha de maior sucesso e que foi mais marcante?
das reuniões de planejamento de marketing, planejamento de mídia, das ideias de produção dos vídeos. Eu sou muito presente. Uma das características das nossas campanhas é sempre ter algum ator. Fazemos isso desde 1989.
Gestão
Chalim - A que mais me marcou foi uma campanha chamada “O cliente é o show”. Montamos um tapete vermelho para os clientes, reproduzindo o cenário da campanha publicitária exibida na TV, onde usamos um palco para destacar o protagonismo do cliente para nós. Eu gostei muito dessa campanha, não tinha prêmio, mas ela deu uma repercussão muito bacana para nós, para a empresa e para a marca. Inclusive nas faculdades, os professores de marketing levaram o tema para discussão.
B - Que idade você tinha quando começou?
B - Você interfere nas campanhas de comunicação?
Chalim - Aqui no Savegnago temos duas regras. Regra número 1: O cliente tem sempre razão. Regra número 2: Se o cliente não tem razão, vale a regra número 1.
Chalim - Gosto muito de dar opinião, de participar. Gosto muito de marketing, apesar de não ter formação. Participo
Chalim - Eu tinha 17 anos. Em 1976, meu pai tinha 46 anos quando começou o negócio. Ele dividiu a empresa para ele e os filhos. No dia 31 de agosto de 1976, nós quatro éramos donos e sócios de uma loja muito pequena. B - O que pauta a sua vida de sucesso como empresário do ramo de supermercados?
Sobre
Chalim
Savegnago Nome: Sebastião Edson Savegnago (Chalim) Cargo: Presidente Executivo Idade: 56 anos Nascimento: Sertãozinho, SP Família: Casado. Tem 2 filhos,
1 neto e 1 neta
Sonho: Gostaria que a instituição Aparecido Savegnago, fundada há oito anos, se perpetuasse. A entidade oferece aulas de música, artes e computação para 200 crianças, em Sertãozinho.
A Rede Forte do Interior 37 lojas localizadas nas regiões de Ribeirão Preto e São Carlos
7.300 colaboradores
Faturamento 2015: R$ 2,11 Bilhões
2017: novas lojas em Limeira e Piracicaba
1o lugar interior de SP, 6o lugar no Estado de São Paulo, 13o Brasil Fonte: ABRAS
Agência que atende: Shalon Propaganda
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ideias
O FUTURO ESTÁ EMBUTIDO NO PRESENTE
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s germes do futuro já estão diante de nós, e é preciso apenas saber enxergar. Você se lembra dos Jetsons, a família futurista do desenho animado? A verdade é que já estamos na segunda década, pós ano 2000 e nem por isso nos deslocamos por aí em discos voadores. Costumamos subestimar o tempo exigido para que uma ideia se transforme em realidade. O futuro é o intervalo de tempo que se inicia após o presente e não tem um fim definido, referente a algo que irá acontecer. O futuro é o estado utilizado na mecânica clássica para dizer algo que está por vir. O que ainda não aconteceu (mas vai). Direcionar o futuro é o exercício consciente de nossa capacidade criativa de vislumbrar e reescrever nossa vida futura e carreira, envolvendo em conjunto, todos os outros princípios de flash de antevisão. Nossa visão de futuro conduz nossas escolhas e comportamentos, que por sua vez, produzem nossos resultados e moldam nossa vida. Nós (nossas empresas) nos transformamos naquilo que sonhamos. Isso significa que, se quisermos saber como seremos no futuro, precisamos perguntar com o que estamos sonhando. Não pretendo, fazer aqui, nenhum exercício de vidência. Entretanto, gostaria de compartilhar algumas reflexões importantes. A
revolução não acontece quando a sociedade adota novas ferramentas, e sim quando adota novos comportamentos. Na realidade, a exposição às telas é que acabou por moldar a modificação de nosso comportamento. À medida que se aprofundam os estudos para a compreensão desse comportamento, uma tríade permanecerá em qualquer tempo:
Conteúdo: Deixando de lado a obviedade da relevância, para nos focar na perenidade do conteúdo. Isso é que determinará nosso interesse por diferentes telas em diferentes devices. Conteúdos de baixa perenidade, ou seja, aqueles que precisam ser consumidos no momento da transmissão, o device disponível passa a ser o melhor. Neste caso, não importa se é a primeira, segunda ou terceira tela; trata-se da melhor tela possível, ou seja, a “best possible screen”. É o caso de eventos esportivos e jornalismo, que fazem mais sentido se assistidos durante a sua transmissão. Já em conteúdos de alta perenidade, ou seja, aqueles que podem ser consumidos independentemente do momento em que são transmitidos, a tela está mais relacionada à experiência em si do que a uma necessidade imediata, isto é o que chamamos de “extended screen”. Novelas, filmes e séries, normalmente, são conteúdos de alta perenidade; neste caso, você
pode gravar e assistir depois, e sua experiência provavelmente não será impactada.
Contexto: Apps são o futuro
da televisão. Graças ao avanço das Smart TVs e a integração com a internet, nos próximos anos, consumiremos os canais de TV como aplicativos; as telas vão se multiplicar e o controle remoto desaparecerá. Avanços como streaming em 4K e publicidade personalizada acelerarão a transição da TV linear para um sistema sob on demand baseado em aplicativos. A TV Everywhere ajudará nessa transição, porque as pessoas não gostam da experiência linear da televisão. O que passará a contar é a ideia de “my prime time”.
Tecnologia: “Hybridcast” ou a TV Híbrida proporcionará a união da robustez de entrega de conteúdo de forma simultânea, de alta qualidade, a um custo de transmissão fixo para milhões com a flexibilidade de acessar o conteúdo individualizado e endereçável que o mundo IP permite. A TV endereçável é tecnicamente uma forma de TV programática, usando a automação para veicular publicidade. O sistema determina composição do público em tempo real e, em seguida, escolhe os anúncios mais adequados. Cada anunciante atinge individualmente apenas aqueles targets que se qualificam. Segmentação pode ocorrer em níveis geográficos, demográficos
e comportamentais. Junte a isso a possibilidade de Realidade Virtual do StoryTelling to Storyliving, a Holographic TV e Métodos Preditivos de Mensuração de Audiência. Sem dúvida, o futuro não pode ser previsto, mas pode ser inventado. É a nossa habilidade de inventar o futuro que nos dá esperança para fazer de nós o que somos.
Eliane El Badouy Cecchettini, Badu como é conhecida no mercado, é publicitária, professora, palestrante e conferencista. Seus 30 anos de carreira foram construídos em grandes grupos de comunicação como Editora Abril, Folha de S.Paulo e Sony Enterteniment Television e agências de propaganda de grande e médio portes. Em sua trajetória profissional atendeu contas como Mc Donald’s, Tetra Pak, 3M, FIAT, CPFL, Souza Cruz, Unilever, Johnson & Johnson, Internacional Paper entre outras. É consultora e pesquisadora do comportamento, comunicação, mecanismos de atenção e do consumo de mídia do jovem contemporâneo.
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retrospectiva
UM NÚMERO ALCANÇADO JUNTO AOS PARCEIROS COMERCIAIS, AGÊNCIAS E COLABORADORES A história de 22 anos do Break se mistura com várias histórias. Primeiro, com as histórias dos clientes da EPTV, em todos os mercados de atuação da emissora. Segundo, com as histórias dos projetos institucionais da casa, como a Corrida Integração, Taça EPTV de Futsal, EPTV na Escola, Comida di Buteco e tantos outros que são lançados ano a ano. Terceiro, com as histórias indispensáveis de confiança com as agências de publicidade, muitas delas parceiras de décadas. E, finalmente, com as histórias de colaboradores comprometidos que ajudaram a escrever os 37 anos da EPTV. Nesta centésima edição, são muitas as reportagens a serem lembradas, desde os cases de sucesso de diversos segmentos do mercado, as tradicionais festas e rodeios de cada cidade, a exemplo da Festa do Peão de Barretos, os vários prêmios que as agências de publicidade e o Jornalismo da EPTV conquistaram, o crescimento da própria EPTV divulgado no BREAK, a chegada do sinal digital e as ações institucionais voltadas à comunidade. Em comum a todas as edições é a satisfação dos clientes. Esta nunca saiu da pauta da EPTV, pois desde o primeiro boletim Break, já se destacava os bons resultados alcançados por empresários que investiram em mídia na emissora. Acompanhe alguns momentos da história do Break:
Edição 28. Mar/Abril 2000
Edição 46. Set/Out 2003
Edição número 1, 1994
Edição 46. Set/Out 2003
Edição 48. Mar/Abr 2004
Edição 48. Mar/Abr 2004
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retrospectiva
Arquivo
Edição 58. Mar/Abr 2006
Edição 72. Nov/Dez 2008
Edição 79. Jul/Ago/Set 2010
Edição 82. Abr/Mai/Jun 2011
Edição 84. Out/Nov/Dez 2011
Edição 88. Out/Nov/Dez 2012
Edição 90. Abr/Mai/Jun 2013
Edição 91. Jul/Ago/Set 2013
Edição 87. Jul/Ago/Set 2012
Edição 95. Jul/Ago/Set 2014
Edição 96. Out/Nov/Dez 2014
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IMAGINE UM NÚMERO DE OPORTUNIDADES INCRÍVEIS PARA SEU NEGÓCIO. AGORA, IMAGINE VIVENCIAR TUDO ISSO. Saiba mais em negocios.eptv.com.br ou baixe o aplicativo EPTV Negócios.