história & objetivos: designer gráfico com o intuito de trabalhar com editorial por Guilherme Neptune Marcon
formação e contato
Experiência profissional
de 2007 a 2010, trabalhamdo como assistente de arte para a Casa Vogue (Carta Editorial)
formado em Design gráfico pelo Unicentro Belas Artes de São Paulo. 11 8944-1439; gneptune@gamail.com
Ferramentas: pacote adobe, pit stop, mac/pc vogue 161
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vitaecarta ao leitor
currículo
por Guilherme neptune marcon
Contato: Celular: 11 8944.1439 Casa: 11 3672.9164 e-mail: gneptune@gmail.com end: Rua Dr. Augusto de Miranda, 977 apto 51 - Pompéia - São Paulo, SP. 162
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atural de Juiz de Fora - MG, cresci e vivi a maior parte da minha vida em Campinas no interior paulista, lugar no qual tive o primeiro contato e o verdadeiro interesse pelo design. Já na faculdade, a princípio, me interessava mais pela área de produto, mas como o mercado ia além das minhas expectativas, decide então migrar para o design gráfico. Fiz a transferência da minha faculdade para São Paulo e aqui encontrei o que bem procurava. Realmente tomei um amor verdadeiro pela profissão. Após três meses de busca por um emprego na área, consegui uma vaga numa pequena gráfica na região de Taboão da Serra, cuja função era de impressor de crachás de pvc para diversas empresas. Ao passar dos meses procurei outras coisas e até que ocupei a vaga de auxiliar de arte na produção gráfica da editora Carta Editorial. Bom já estava no caminho certo, já que meu maior desejo quando comecei o curso de design gráfico era o de trabalhar no ramo editorial. Na produção gráfica aprendi a fechar arquivos para a gráfica, a revisar todos os arquivos (pdf), montar bonecos, materiais para bancas e promocionais da editora. Em 2008 recebi uma promoção e a agarrei com força! Pronto! o meu desejo estava realizado, e desde então trabalhando como diagramador da revista Casa Vogue.
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belle de jour
Em Ilhabela, litoral paulista, o clima zen da casa neobrasileira contemporânea tem assinatura de Marcio Kogan por SErgio zobaran
Abertura total da sala, no térreo, para a varanda e a piscina e para o jardim de trás. No segundo piso, brise soleil com réguas de bambu que se abrem por completo
Na sala, cadeiras Gervasoni, sofá também italiano com capa, mesa de centro de madeira, tapete de algodão. Na página ao lado, escada de concreto engastada na parede de pedra clara – leveza
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a praia da Feiticeira, voltada para o “canal”, a residência de 430 metros quadrados de área construída tem tamanho suficiente para receber, aos finais de semana, a jovem família paulistana formada pelo casal – ela estilista, ligada à filosofia hindu e praticante de ioga; ele do mercado financeiro e windsurfista convicto –, e seus filhos. Aliás, se pudessem, dali jamais sairiam; o refúgio é a cara deles: contemporâneo e zen. A construção reta e pé-na-areia, instalada em volumes nobres e superpostos nos mil metros quadrados de terreno, sugere nos dois andares a abertura total com vista para o mar, bem ao gosto de Marcio Kogan. “Um estilo hippie-chic”, arrisca o arquiteto, ao lado de Diana Radomysler, responsável pelos interiores, e Eduardo Chalabi, seu coautor no projeto. Mais uma das tão faladas “caixas”, que Kogan justifica como “uma renovação do modernismo tropical dos anos 1940 até os 1960 – por sua amplitude, e seus estudados sombreamentos e ventilação cruzada”. A luz entra diretamente na sala térrea, e recobre o chão de concreto e seixos rolados, numa experiência que deu certo. As portas de correr de alumínio polido se embutem por completo, e integram varanda e interior: composto de estar, jantar, som e TV (escondidos no móvel que também abriga a lareira, ao centro). De lá se percebem as águas de verdes parecidos – da piscina de pastilhas de vidro, e das ondas que se esticam até as areias. No andar superior, quando o brise soleil de bambu está aberto, os cinco quartos são contemplados com a paisagem paradisíaca.u
f o t o s : P E D RO V ANN U CC H I / d i vu l g a ç ã o
Materiais rústicos como a pedra, o piso de concreto e os seixos rolados
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Com vista para o mar azul da charmosa Ilhabela, a casa contemporânea da jovem
Ao fundo, o Buda no nicho protege o jardim, que tem plantas em pequena variedade. À frente, mesa de madeira com cadeiras Ghost, de Philippe Starck, e luminárias com silhuetas de paisagens de São Paulo e Rio de Janeiro, por dentro
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fam铆lia paulistana conta a hist贸ria de uma vida com seus pr贸prios elementos
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or dentro, quando fechado, ele esboça uma penumbra de emaranhados indescritíveis sobre o piso de cumaru. Para chegar lá, a escada de concreto paira leve, engastada na parede de moledo, pedra clara que a reveste. Em tons de beges e marrons, o mobiliário evidencia os grandes nomes do design italiano atual, com o conforto que nós, brasileiros, fazemos questão. A luz ressalta os relevos e as texturas dos materiais brutos utilizados internamente. E a arte ainda está por vir, pois a casa é recente. Mas alguns acréscimos dos moradores já aparecem na cena: entre divindades orientais, o Buda indiano colocado no nicho do jardim de trás, iluminado de vermelho em meio ao verde pensado por Renata Tilli, reina absoluto. “A atmosfera local e as dimensões da planta remetem ao entorno nativo, e requerem um horto de pouca vegetação, com pequena variação de espécies”, diz. Assim fica harmonioso, como no muro por ela idealizado em réguas de bambu que ostentam a trepadeira com ares de cestaria indígena. “No final, tudo parece maior”. p 174
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No terreno, a natureza em festa comedida e elegante, porém alegre
Na área externa, piscina com pastilhas de vidro e espreguiçadeiras Woods. Na página ao lado, o toque do barquinho na sala, e a vista maior: o mar. Abaixo, o efeito muxarabi na ventilação e iluminação do andar superior, nos quartos vogue 175
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A cena que se abre do living mostra a luminosidade exposta pelas janelas da fachada 176
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o novo sempre vem Numa das áreas mais belas de Illinois, Estados Unidos, o arquiteto alemão Mies van der Rohe remodelou a métrica americana com tons modernistas por Adriana Brito
fotos Jean-François Jaussaud vogue 177
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A-Olho de até 70 toques destaque olho de até 70 toques olho de até 70 toques
Legenda onono onono nonon ono nono nono nono non onon onoel eliquam conulluptat, suscinisim iliquis nullam, quat. Nisi. Ate duis dipit utet, conse
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ltimo diretor da prestigiada Escola de Bauhaus, entre 1929 e 1933, antes da mesma ser fechada pelo governo nazista, Mies van der Rohe logo trouxe à tona o modo vanguardista de observar a arquitetura. Num de seus trabalhos mais audaciosos, o conjunto de dois edifícios perpendiculares construído às margens do Lago Michigan, em Chicago, o que se viu foi o surgimento de um monumento dedicado à arte urbana, tomado pelo equilíbrio das proporções e pela simplicidade estética das fachadas. Chamados de Glass Houses, os prédios que compõem o complexo Lake Shore Drive possuem 26 andares cercados de vidro e esquadrias de alumínio. De acordo com Neil Harris, professor de História da Universidade de Chicago, as torres reúnem atualmente mais de 200 apartamentos, já que muitos dos inquilinos readequaram o plano original através da aquisição de unidades adjacentes. É o que fizeram os moradores que ocuparam recentemente a cobertura de uma das unidades. Para aproximar o layout das demandas necessárias, o casal convidou Eric Ceputis, um dos designers de interiores mais festejados do circuito. “Eles viviam numa casa de 90 anos, erguida no estilo inglês Tudor, com ambientes escuros”, conta o profissional. u 178
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Repaginado por Eric Ceputis, o apartamento reflete a dinâmica da modernidade
Três partes da área de estar: mesa para momentos de convivência; móveis que facilitam a circulação; luminária de estilo vogue 179
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Lanรงado em 1951, o complexo residencial Lake Shore Drive,
O destaque da sala de jantar estรก nos detalhes coloridos e na angularidade do conjunto de mesa e cadeiras 180
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conhecido como Glass Houses, mantĂŠm-se no topo do modernismo
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As fachadas cercadas por séries de janelas de vidro, literalmente, refletem
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ric diz que ao visitar o imóvel percebeu que teria a oportunidade de melhorar os detalhes da obra de Mies, um adepto declarado dos espaços abertos, dos materiais nobres e dos móveis de alto padrão. “Depois de pronto, eles amaram a serenidade exibida no assoalho de madeira e nas molduras históricas. Para valorizar as armações metálicas usei tons de cinza nas paredes, e a cor ganhou força nas obras de arte e nos objetos de design adicionados em porções estratégicas.” Por se tratar de um projeto de mais de 60 anos foi preciso reconfigurar a cozinha, os banheiros e a área de serviço. “Mesmo com todo cuidado para preservar os originais, existiam ainda as interferências deixadas pelos donos anteriores.” Além disso, para completar o make-up, todo o empreendimento passou por restauro. Sobre a dificuldade de modificar uma concepção tão celebrada, o designer lembrou que a escolha de seus clientes pelo apartamento também se deu para que houvesse uma reflexão sobre a natureza das formas do século passado. “Eles não queriam viver num lugar que fosse obrigatoriamente intocado. A evolução tecnológica e os métodos modernos de produção de determinados materiais deram a possibilidade de reinventar o próprio Mies van der Rohe. As paredes de vidro e as pias de aço esmaltado, inseridas nesta versão, serviram de exemplos para os detalhes que seriam apreciados por ele, caso da suavidade das formas e da ausência dos exageros.” p 182
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Acima, o televisor que ocupa a sala dispensou as estantes convencionais para não prejudicar a vista do exterior Na página ao lado, acima, o family room exibe conforto e elegância. Abaixo, recortes da entrada do hall e da sala de jantar com cadeira Ludwig Mies van der Rohe, 1929, com estrutura de alumínio
o estruturalismo inconfundĂvel do arquiteto alemĂŁo Mies van der Rohe
Legenda onono onono nonon ono nono nono nono non onon onoel eliquam conulluptat, suscinisim iliquis nullam, quat. Nisi. Ate duis dipit utet, conse vogue 183
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Clássicos nunca morrem – eis uma verdade que se mantém absoluta nesta morada
Acima, na biblioteca, sofás, luminária e lareira convidam para noites de leitura. À esquerda e na página ao lado, dois ângulos da sala: estruturas de alumínio presentes em grande parte do mobiliário do apartamento
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No living, o minimalismo acentuou o estilo despojado e elegante do morador. Em primeiro plano, escultura Cinque Elementi Scacci, de Mario Bellini (1971), e seleção de livros 186
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movimento realista O jogo de cores e de formas confere Ă morada do arquiteto belga Vicent Van Duysen atmosfera sedutora e ousada por PatrĂcia Favalle fotos Christoph Kicherer
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O volume das peças e os tons masculinos reforçam o equilíbrio do ambiente
A antessala tem poltrona Alvar Aalto, dos anos 1940, diante de uma foto de Dirk Braeckman. Na página ao lado, a Acer japônica foi plantada no átrio central que circunda a área funcional da casa. Abaixo, detalhe da antessala: as antigas almofadas persas ficam sobre o sofá, revestido de lã cinza 188
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m ca da tr e c h o da c o mp o s i ç ã o assinada pelo morador e também arquiteto e designer de interiores, Vicent Van Duysen, uma nova fração se revela aos olhos. A formalidade dos traços foi contornada pelos detalhes menos rigorosos e quase sensuais que percorrem o projeto. Localizada na Antuérpia, segunda maior cidade da Bélgica, reconhecida como a meca da lapidação de diamantes, a casa deixa evidente que, por ali, a métrica permitida reside nas arestas de estilos criativos. Traçada sob as influências locais e outras tantas trazidas das incursões feitas pelos destinos mediterrâneos, a habitação ocupou uma edificação original do século 19. Mas antes de se estabelecer definitivamente no endereço, Van Duysen se instalou num loft até ser descoberto por Ilse Crawford, então editora de uma consagrada revista de décor. Foi com a carreira em ascensão que ele se decidiu pela compra da propriedade decadente, que antes sediava um cartório. Repaginou o imóvel, abriu passagens interligando a parte social ao paisagismo idealizado por Paul Deroose, além de priorizar a iluminação natural e a sobriedade dos tons. Na antiga garagem criou um jardim urbano com piscina quadrada de pedras Ardennes azuis, que também estão presentes no térreo, no contorno da banheira de hidromassagem. u vogue 189
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Planejada em perspectiva, a su铆te mereceu projeto sob medida e cheio de personalidade
O dormit贸rio foi revestido com tapetes persas feitos por n么mades, uma almofada turca e cortinas belgas de linho. Sobre a cama h谩 uma foto de Nam Goldin 190
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À esquerda, a cozinha tem um enorme fogão LaCornue, cadeiras ao estilo de camponeses chineses e mesa laminada
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or todo o espaço, a sensualidade de levadas flamengas foi disfarçada pela exatidão estrutural. Norteado pelo bem-estar, Vicent escolheu elementos minimalistas e cômodos funcionais, exagerando no uso do branco, nos tecidos feitos à mão, na azulejaria off-white e nos recursos estéticos que incluem da pátina às pinturas com caiação. O contraponto entre a simplicidade e a sofisticação foi alinhavado pelo piso de tábuas de madeira de pinho colocado no living e sala de estar; no mármore de Carrara dos lavabos e nos tapetes persas de lã natural que recobrem as zonas privativas. No dormitório principal, o formato retangular permitiu intervenções de ponta a ponta – com a inclusão de um armário-biblioteca, cama embutida, banco de ripas e muitas janelas. Essa mesma dinâmica percorreu o restante do layout, garantindo leveza e simetria aos conjuntos. Na cozinha, o duo entre o branco e o preto foi estampado no mobiliário, que se aproveitou do desenho moderno para esconder tudo àquilo que é dispensável à primeira vista. E são os detalhes que merecem atenção especial, caso das maçanetas que ostentam o metal enferrujado; das dobradiças expostas sem nenhum pudor; dos filamentos de carvão das lâmpadas de Thomas Edison; dos interruptores elétricos de Berker; e das torneiras de Volevacht. A linguagem conflitante provoca estranhamento nos moldes das citações do escritor Antoine de Saint-Exupéry. Mas basta uns minutos de reflexão para entender que Vicent é mesmo um vanguardista. Com essa maestria, ele impôs novos caminhos para desfazer a monotonia: há antessalas que anunciam os quartos, closets que levam às salas de banho e atrevimento de sobra para sobrepor as cenas mais óbvias do cotidiano.p
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Na página ao lado, a piscina margeada pelo jardim e pedras Ardennes azuis
Com jeito de espelho d’ água, a piscina quadrada suavizou o layout externo vogue 193
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Ao lado, a sala da recepção também serve como sala de jantar. No pedestal, escultura do artista belga Michel François
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1. Obra de Guto Lacaz, R$ 2.800, Arterix 2. Gueridon com tampo de vidro, Brasil, século 20, Stile d.o.c. 3. Aki Chair, disponível em carvalho, estofado de tecido ou couro, Scandinavia Designs 4. Mesa de jantar Quaderna com tampo de osso, R$ 10.757, Empório Beraldin 5. Tapete de Alfredo de Oliveira, R$ 697,40 (o metro), Punto e Filo 6. Relicário Fang-Gabon, base de ferro enferrujado, design de Christian Heymes, Patrimônio Antiguidades 7. Par de banquetas de jacarandá e couro, Collector’s 8. Linhos da Elitis, Wallpaper 9. Banco Mucky de Sergio Rodrigues, Artemobilia 10. Cadeira dos anos 50, Depósito São Martinho 11. Luminária de piso Bauhaus 90, de Fernando Prado, R$ 2.062, Lumini vogue 195 195 vogue
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Inglesa por fora e contemporânea bem Brasil por dentro, a casa paulistana assinada por Dado Castello Branco, novinha em folha, aos poucos ganha as impressões digitais dos moradores por SERGIO ZOBARAN fotos ROMULO FIALDINI produção tissy brauen
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O Mini Coupe à porta: coerência com a fachada inglesa. Na página ao lado, sofá de seda na sala e, ao fundo, o conforto total em marrom na sala de TV
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terreno de três mil metros quadrados, em pleno bairro de Cidade Jardim, São Paulo, viu a casa anterior ir abaixo para ali se erguer, do nada, uma casa de mil metros quadrados em estilo absolutamente inglês, assim como os proprietários pediram ao arquiteto Dado Castello Branco, depois da viagem ao interior da Grã-Bretanha. “Ampla e com uma fachada típica de tijolos marrons, diferente daquilo que se está construindo em São Paulo”, confirma Dado radiante à frente de um projeto feliz e entregue há pouco. São cinco suítes no andar superior e, no térreo, estão as salas de visitas, de TV e de jantar – esta interligada à cozinha gourmet, já que o casal jovem, “e de alto-astral”, gosta de receber pelo menos três vezes por semana. Cozinhar em dupla, eles também curtem muito, em menu que pode incluir uma massa, nem que seja uma pizza de fim de semana típico paulistano. O que não impediu a existência de uma outra cozinha de mármore e toda high-tech, com direito a grande fogão industrial, para dar alimento farto à família que conta com três filhos adolescentes, o que já explica quase tudo. Do lado de fora, deita-se na grama uma piscina cercada por limestone no piso à sua volta, e revestida de pedra vulcânica no seu interior. u
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À esquerda, destaque para o abajur cromado da Esther Giobbi. Na página ao lado, cortinas de seda, da Safira Sedas, sofá com tecido da Empório Beraldin, mesa laqueada da Érea e baú lateral do Arnaldo Danemberg
Cores escuras combinam com Tranquilidade diante da intensa entrada de luz
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Arte de boa qualidade, bom design e materiais nobres sĂŁo garantia de EstĂŠtica
Em simetria, as aquarelas de Tiago Rocha Pitta, no living com sofĂĄs brancos de seda e mesa-bandeja de centro ebanizada. Ao fundo, sala de jantar com parede de palha 200
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coerente, que aos poucos ganha a identidade dos donos do pedaรงo
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bela vista fica por conta do verde do jardim, com direito a lindo pé de pau-ferro mantido incólume, criado pelo craque Gilberto Elkis, e traduz um pouco de seu estilo inconfundível, especialmente pelas buchinhas enfileiradas ou agrupadas de tamanhos diversos: “É um jardim de contemplação e uso que emoldura a arquitetura, criando uma simbiose entre o interno e o externo. Idealizar este jardim foi um grade prazer e mais um sonho realizado”, diz Elkis. Tudo isso aliado ao sonho da família de se sentir na Inglaterra, mas com a realidade da luz e do calor tropicais, naturalmente. Daí a claridade que Dado fez entrar em todos os cômodos, que têm interiores brancos, à exceção do home theater, forrado de papel de parede tipo camurça, cor de tabaco, e da sala de jantar com palhinha à volta. O limestone da área externa se repete no chão das salas, mas ganha sensação e realidade mais quente com os tapetes de aloe na cor bege. Carpetes também forram o piso de todos os quartos, dando tranquilidade e o tom sempre elegante de Dado, que consegue captar a essência de cada cliente, e transportar para qualquer canto um jeito muito seu de projetar construções e seus interiores, também sempre reconhecíveis, por mais que se acrescentem desejos inalienáveis de quem o contrata, e que ele segue sem pudor e com a segurança de quem sabe muito bem o que faz. Arte de boa qualidade, como nas telas de Niúra Belavinha e Shirley Paes Leme, e no trabalho sobre dominós de José Patrício, preenchem as paredes com texturas sofisticadas, sofás brancos e luz indireta como sinal de conforto de todo tipo, materiais nobres escolhidos a dedo, e mais o toque macio da antiguidade, cheia de personalidade, mas perfeitamente encaixada com o gosto atual, que a pede esporádica e levíssima. À porta dessa casa, o carro inglês também reforça a procedência do estilo, como a referendar um jeito internacional e atual de se fazer boa arquitetura e, por consequência, morar bem, muito bem.p 202
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Buchinhas em profusão e o verde organizado na área externa, com móveis Casual junto ao pau-ferro. A piscina de pedra vulcânica, no interior, ganha limestone à sua volta. Na página ao lado, chaise- longue dupla, bancada em bege Armani, com conjunto de confortabilíssimas cadeiras Flexform
O toque verde do paisagista ĂŠ fundamental: traz Natureza para dentro de casa
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Christopher e Suzanne Sharp, criadores dos tapetes mais descolados do décor inglês, inventaram um mundo de cor e energia para a sua casa em Londres por Hamish Bowles fotos François Halard
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Candelabro de ferro batido, mesa rústica século 19, cadeiras de Paere Dansk, tapete de Kelly Wearstler, persianas de bambu Chik, de Joss Graham. Na página ao lado, no estúdio dos Sharp: cadeiras de Jaipur, tapetes de Suzanne Sharp, cadeira da escrivaninha, de Paere Dansk, mesas laterais da Habitat
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Cor, conforto e fantasia: a vida dos Sharp passa longe da monotonia
Abajures Barbier, anos 60, da Pruskin Gallery, telas de flores de Petra van de Stolper, alfabeto de Peter Blake, da Banners of Persuasion
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burgu e s i a v i t o r i ana para a q ua l mansão do casal Christopher e Suzanne Sharp foi originalmente construída, poderia torcer o nariz para as paredes pink logo na entrada, ou para a cozinha arejada que se abre para a sala de jantar. Outros elementos também foram modificados pelos novos donos do pedaço, como a camada de muitas cores, padrões e impressões; fotos e tapeçarias penduradas como nos salões antigos e tesouros que sugerem construtores imperiais de tempos recentes. É a personalidade deles impressa em cada cantinho. Suzanne nasceu em Malta, a exótica ilha do Mediterrâneo, e Christopher em Kampala, Uganda (seu pai, que era médico, foi àquele país aos 23 anos, fundou um hospital e nunca mais saiu). “Era um lugar remoto e muito, muito africano”, diz ele, que viveu ali até ser mandado para uma escola na Inglaterra, aos 10 anos (assim como aconteceu com a esposa). Os estrangeiros já flertavam no metrô de Londres, durante as escalas diárias que faziam entre o bairro e o centro da cidade. Quando o jovem Christopher, louro e alto, chegou à festa da amiga de uma amiga, foi Suzanne, de olhos negros, quem abriu a porta. Uma coincidência e tanto. “Nós nos casamos um ano depois, com direito a lua de mel pela Índia e mochila nas costas”, lembra. No regresso, em 1984, compraram a primeira propriedade. Na ocasião, Christopher era editor de vídeos de comerciais para a televisão. Foi nessa época que recebeu a incumbência de tratar de negócios com um empresário saudita, que o convidou para ir a Riad e montar uma empresa. Ele concordou (e acabou criando a MBC, hoje, a maior emissora do Oriente Médio). “Foi um grande choque cultural”, confessa Suzanne. Proibida de trabalhar ou dirigir naquele país, ela canalizou as energias para o décor doméstico. “Minha casa parecia uma tenda de beduínos, com as paredes pintadas com cores diferentes a cada semana. Não havia nada para fazer. Assim, íamos aos souks comprar tapetes afegãos da guerra, aqueles com desenhos de metralhadoras e tanques”. No retorno à Inglaterra, perceberam que seria impossível adaptar-se à rotina. Então migraram para a Itália com a ideia de abrir um hotel-butique. Ficaram hospedados num palazzo na Toscana antes de fincar os pés em Malta, onde arremataram um casarão do século 18, e tiveram três dos quatro filhos – Nick, Sophie e Jack. Para reequilibrar as finanças, comercializaram alguns itens da coleção, e com a crescente procura por novas peças, precisaram abrir uma loja e garimpar artigos mundo afora. Em 1997, voltaram e estabeleceram-se definitivamente na capital britânica, agora como ases do décor. Convidaram dez dos mais importantes decoradores locais – Nina Campbell, Nicholas Haslam e Mary Fox Linton estavam entre eles – para elaborarem modelos de tapetes. “Esse foi o catalisador que desencadeou o progresso do nosso negócio”, diz Christopher. Para produzir as estampas foram ao Nepal à procura de um artesão qualificado, mas por ali também dependiam da autorização do lama. “Ele tocou em nosso cartão de visitas e disse ao tecelão que esta era a melhor coisa que poderia acontecer na sua vida.” Hoje os Sharp empregam mais de 2 mil pessoas em diferentes partes do globo, além das parcerias no ramo da moda. Há dois anos, fundaram a Banners of Persuasion, uma empresa que faz tapeçarias em edição limitada em colaboração com artistas como Kara Walker, Beatriz Milhazes, Shahzia Sikander e Gary Hume. “O negócio evoluiu de forma natural. Nada foi planejado, por isso ainda sentimos o sabor da novidade”, finaliza Christopher. p vogue 207
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4 No alto, à esquerda, cômoda customizada da Niche, Londres, tela de flores comprada na Christie’s South Kensington À esquerda, detalhe de Far from the Madding Crowd, de Julie Verhoven, 2008, tapeçaria disponível de
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Brandão, R$ 180, Loja do Bispo, e rosas caipiras, Mercado Verde 2 Tapetes feitos à mão, com lã de carneiro, design de Suzanne Sharp, The Rug Company 3 Poltrona F978, de Geoffrey Harcourt, Artifort 4 Base de maderia para baú de junco com alça, R$ 2.680, Entreposto 5 Mesa de centro Templo, de Pedro Peña, R$ 35 mil, Arrivato 6 Poltrona Lótus, R$ 4.450,12, Clássica Design 7 Chifre com brasão de madeira, R$ 5.880, Entreposto 8 Lustre de bambu, R$ 2.480, Entreposto 9 Armário de madeira, R$ 2.368, Futon & Home 10 Cadeira indiana marchetada e carneiros de prata, Via Nuova 11 Tapete Key Shadow, feito à mão, com lã de carneiro, design de Suzanne Sharp, The Rug Company 12 Banquinho Shiitake, Micasa vogue 209
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No bairro de Ipanema, próximo da histórica praia fluminense, o apartamento chama a atenção pelas plantas resistentes ao vento constante e à maresia fotos MCA Estúdio
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Caqui Fontes, regida pela influência das flores inglesas e pela delicadeza oriental dos bambus, está no mercado há mais de 30 anos e define seu estilo como eclético
parceiros Nos interiores, o paisagismo brinca com as formas e as cores neutras
“Para criar um jardim de linhas elegantes pede-se pela qualidade que só a Flor de Lis Paisagismo garante”
1 2 1. Cachepot, Lalla Bortolini. 2. Bacia de madeira, da Lalla Bortolini
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Há três anos, entre as ruas cariocas do Leblon, o horto desenhado para uma cobertura transmitiu cores e sabores tropicalistas ao lugar fotos MCA Estúdio
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A criatividade da paisagista encontra porto seguro nas belezas do bioma tropical
e nas novas esp茅cies arb贸reas Detalhe do living na cobertura do Leblon
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1. Cadeira de Jardim, Secrets de Famille. 2. Mesa de jardim, Secrets de Famille. 3. Vaso de Nolina, da Flor de Lis Paisagismo vogue 213
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nadia bentz e vanderlan farias Feito para a Casa Cor 2010, o jardim é dedicado ao convívio familiar. Ambientes aconchegantes e floridos convivem em harmonia com a vegetação
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As podas simétricas conferem toques acolhedores aos espaços externos. À direita, gazebo com toras da Arte Eucalipto.
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Há quase 20 anos, Nadia Bentz e Vanderlan Farias mantém uma parceria de sucesso à frente da Philodendron Paisagismo, criada em 1972. O resultado é qualidade e segurança na realização de sonhos
parceiros “Na Philodendron Paisagismo nada é impossível. Para realizar sonhos, a empresa reúne criatividade e bom gosto”
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Mac Móveis
“A Pedras Ouro e Prata possui uma grande variedade de pedras decorativas de excelente qualidade” “A Mac móveis confere sofisticação e design ao ambiente, deixando-o ainda mais charmoso e diferenciado” “A Arte Eucalipto, especializada em eucalipto autoclavado, alia produtos de alta qualidade e excelente atendimento”
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B-Olho de até 100 toques Destaque olho de até 100 toques olho de até 100 toques olho de até 100 toques por nonononononono fotos nonononononono 216
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o ns e q u i s i t l o r i n h e n i sit prat a l i q uamc o n henim mincili ssequatue dunt ex ex et wisim quatet, quiscil utet, vendre minit, vero dolutat, quat enit vero elit nisi essim zzrit prat ad ero odiamco mmodolor si. Nullam ver amconullum duis nullam, sustie mod dui tionsequi eugueraesto do dolupta tincing euisit nulla feuissis amcommy nibh et luptat. Ure te magnism oloreet, quis dolorem ing exercidunt ulpute consent praestrud min velent nit, vel dolor ad ex el ullaore dionsenisl ut pratum vel duip exeros do commodo lesenit ationsecte mod enit aute te min eu feu feu feugiam eril illa facidunt la faccum voluptat nummod dolor si ea feugait velismo lorpero corpero dipsust ionsendrer sequat alit alis duis nisi estrud magna facil iure commy nonum voluptat essit nis non utat wisl utatue mincili quisi. Iquipit ut amet num iure con volorem nullandre ercil enibh eu feu feugiamet, consed del do eugait nonullan volortinibh etueraessi. Um vullamconum delessiscil elis duis adipit praesed. 218
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B-Olho de atĂŠ 60 toques Destaque olho de atĂŠ 60 toques olho
Legenda onono onono nonon ono nono nono nono non onon onoel eliquam conulluptat, suscinisim iliquis nullam, quat. Nisi. Ate duis dipit utet, conse Legenda onono onono nonon ono nono nono nono non onon onoel eliquam conulluptat, suscinisim iliquis nullam, quat. Nisi. Ate duis dipit utet, conse
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B-Olho de até 60 toques Destaque olho de até 60 toques olho
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B-Olho de atĂŠ 60 toques Destaque olho de atĂŠ 60 toques olho
Legenda onono onono nonon ono nono nono nono non onon onoel eliquam conulluptat, suscinisim iliquis nullam, quat. Nisi. Ate duis dipit utet, conse
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Legenda onono onono nonon ono nono nono nono non onon onoel eliquam conulluptat, suscinisim iliquis nullam, quat. Nisi. Ate duis dipit utet, conse nonon ono nono nono nono non onon onoel eliquam conulluptat, suscinisim iliquis nullam, quat. Nisi. Ate duis dipit utet, conse
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o ns e q u i s i t l o r i n h e n i sit prat a l i q uamc o n henim mincili ssequatue dunt ex ex et wisim quatet, quiscil utet, vendre minit, vero dolutat, quat enit vero elit nisi essim zzrit prat ad ero odiamco mmodolor si. Nullam ver amconullum duis nullam, sustie mod dui tionsequi eugueraesto do dolupta tincing euisit nulla feuissis amcommy nibh et luptat. Ure te magnism oloreet, quis dolorem ing exercidunt ulpute consent praestrud min velent nit, vel dolor ad ex el ullaore dionsenisl ut pratum vel duip exeros do commodo lesenit ationsecte mod enit aute te min eu feu feu feugiam eril illa facidunt la faccum voluptat nummod dolor si ea feugait velismo lorpero corpero dipsust ionsendrer sequat alit alis duis nisi estrud magna facil iure commy nonum voluptat essit nis non utat wisl utatue mincili quisi. Iquipit ut amet num iure con volorem nullandre ercil enibh eu feu feugiamet, consed del do eugait nonullan volortinibh etueraessi. Um vullamconum delessiscil elis duis adipit praesed. La feuiscidunt prat ullandiam, qui esequatem venis essequisit, qui el utat alissequisl ulputat. Vullam nis elis nulla feum dipit, veleniam, sim inim dolobor tionsequat veriuscipis exerosto estrud dunt atinismod delit luptat, commodipsum alit ad modit autpat luptate duisi. Tincinit utat, sustisit, volor susto 222
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nonon ono nono nono nono non onon onoel eliquam conulluptat, suscinisim iliquis nullam, quat. Nisi. Ate duis dipit utet, conse
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estilo matéria-prima
Tartaruga
No décor democrático, vale mixar lâminas do casco natural – sem caça predatória, apostando só no vintage –, com muito acrílico manchado
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por Fr fotos Diego Gaiotti
onsiderado tesouro natural, a tartaruga marinha é encontrada nas Antilhas e nos oceanos Pacífico, Índico e Atlântico. É crime explorar esse animal exótico e indefeso, mas houve um tempo em que sua captura para fins comerciais era comum. Na China, por exemplo, o casco servia de revestimento para móveis e enfeites. Já no Japão, era usado em utensílios. Durante a Renascença, baús e contadores ganharam folheados feitos com as lâminas. No século 19, no auge da Era Vitoriana, esse material de toque macio e sensual foi aplicado em diferentes objetos: tabaqueiras, joias, leques, artigos de toalete, porta-pílulas, porta-cartões, calçadeiras, minaudières e outros tantos realizados com técnicas que caíram em desuso. De colorido marrom avermelhado ou âmbar, as lâminas do seu dorso são consideradas perfeitas, já as de tons amarelados, retiradas do ventre do animal, são ainda mais raras. Nos dias de hoje, as resinas que imitam estampas de tartaruga confundem compradores e colecionadores. p
Abajur de murano “tartarugado”, anos 40, Autore
Mesa de acrílico, década de 70, Antiquário Ivy
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P r o du c ã o B i a n c a S c h a f f e r
Gueridon com tampo de acrílico tipo tartaruga, Passado Composto Clássico
Cofre indiano de tartaruga e marfim, século 17, NY, Harris Lindsay
Casco de tartaruga montado em base de acrílico, Entreposto
Espelho belga com lâminas de tartaruga, início do século 20, Country House Antiques
Como o casco é preparado
Espelho década de 70, com moldura de acrílico, Antiquário Ivy
Bandeja de prata, Entreposto
As placas são submetidas ao calor até ficarem maleáveis e com espessura adequada. O passo seguinte é o polimento que dá o brilho espelhado característico do elemento.
Caixa de costura de tartaruga loira, Inglaterra, início do século 20, Juliana Benfatti Antiguidades 4. Estojo inglês de tartaruga verdadeira, fim do século 19, Country House Antiques
Como reconhecer
Basta submeter a peça ao calor ou raios ultravioleta para verificar seu grau de dureza. A tartaruga natural é mais rígida que o similar sintético. Outro método simples na hora de adquirir os objetos em bric-à-bracs é sentir o cheiro: odores de química indicam resina na certa!
Braceletes, R$ 90 cada, Limonada
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estilo matéria-prima
Malaquita
Uma das pedras de maior impacto na aparência, o mineral tem propriedades poderosas
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por fr fotos diego gaiotti
Brinco cabouchon, R$ 3 mil, Bia Levy
alismã de cor verde acentuado, a pedra malaquita tem poderes curativos. Considerada uma das pedras mais poderosas, é capaz de equilibrar as emoções e apaziguar crises, além de ser a pedra que atrai boa sorte e fortuna. Caracterizada por anéis concêntricos em diversosos tons de verde, são raras as partes com coloração homogênea. Na Itália, serve de amuleto contra mau-olhado, daí que Piero Fornasetti, (1913-1988) genial artista, pintor, escultor e criador de móveis e objetos insólitos, pintou muitas de suas peças com estampa de malaquita para atrair buona fortuna. Objetos refinadíssimos na Rússia dos czares eram símbolos de alto luxo. Também pode ser usada para aliviar tiques nervosos, mas a vaidosa Cleópatra usava mesmo como cosmético devido ao seu poder curativo. A malaquita melhora a autoexpressão, serve como proteção e ajuda a dormir bem. Só não afasta a picada de uma naja. p
Snuff Bottle de malachite, 1780-1850, China, Antiquário Robert Hall, especializado em snuff bottle, Londres
Caixa da coleção de malaquita do decorador Beto Galvez
Mesa de centro com tampo natural de malaquita, Anno Domini Antiguidades Placa de malaquita, Galleria Della Pietra 228
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CASA
p r o du ç ã o : b i a n c a s c h a f f e r
Obelisco revestido de papel estampado, Jorge Elias Boutique
Trumeau-bar, Fornasetti, Milão
Abajur de porcelana imitando malaquita, estilo Império, 6F Decorações, à venda na Fragmentos
Banqueta com desenho zodiacal, Fornasetti, Milão Banqueta de acrílico, Raul Yetman e Alberto Moraes com almofada de tecido gemstone, coleção Tony Duquette da Jim Thompson, importado pela AN.h, e executada pelo Paschoal Ambrosio
Caixas com pintura imitando malaquita, Gogó e Pimpa Alcântara
Bandeja de metal com pintura de malaquita e talheres, Fornasetti, Milão
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estilo matéria-prima
Couro atanado
Em alta, o couro molinho tratado com extratos vegetais e pose de cru
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por fR fotos fáustulo machado
Cadeira Barcelona, da Galeria Yves Macaux, Bélgica
ada mais in para interiores que o bom e velho couro. Deixe de lado o tingido e troque pelo atanado. De aspecto natural e molinho, ele é 100% bovino, curtido com extratos vegetais. O resultado é a maciez e aparência da pele quase crua. Muito do mobiliário escandinavo moderno já usava este material elegante, e que agora tem sido resgatado principalmente na reedição de alguns clássicos. Caso tenha pensado nas insuperáveis malas e baús Louis Vuitton, acertou. A super tradicional empresa francesa utiliza o couro atanado em detalhes e alças das bagagens desde 1860 – e foi em 1940 que o modelo da bolsa Keepall, que é de 1930, ganhou versão totalmente produzida no material que por lá é conhecido como couro nômade. Em seguida, vieram peças na mesma material-prima e, claro, know how inimitável. Como diz a Vuitton, o couro é levemente bronzeado com extratos vegetais e vai escurecendo com o uso. Fique ligado: couro atanado é danado de chic. Ah, lembrou também das sandálias da humildade, metáfora usada desde os tempos das retóricas de Platão e convertidas em calçados dos monges beneditinos e franciscanos? Ótimo: elas, que caíram em desuso, também eram feitas de atanado. Vale usar as sandálias (e toda a sua simbologia), o couro atanado e exercitar o muito obrigado! p
Pufe Pompom, de Lisa Hilland
Cadeira, Mahogany, Harris Lindsay Works of Art 230
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CASA
Bolsa Keepall Nomade, Pasta Presidente Nomade e frasqueira Boite Pharmacie, Louis Vuitton
p r o du ç ã o : t i s s y b r a ue n
Estrutura da cadeira Barcelona com tiras de couro atanado
Cadeira Tulipa de Pierre Paulin, Artesian
Poltrona de couro do dinamarquĂŞs Niels Vodder, Harris Lindsay Works of Art
Estojo de couro, feirinha inglesa de Portobello Road, Notting Hill Market
Mala Keepall Nomade, Louis Vuitton
Poltrona Kilin de Sergio Rodrigues, Dpot
Garrafas com capa de couro para carregar bebidas, anos 40, Passado Composto ClĂĄssico
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estilo matéria-prima
Vidro
Quebre o preconceito com esse material inorgânico, que além de tudo é reciclável por FR fotos césar cury
Vasos Iitala, de Alvar Aalto, Finlândia, R$ 229 e R$ 349, Scandinavia Design
sólido, frágil e reaproveitável, o vidro foi descoberto antes de 4.000 a.C., quando já era usado em utensílios e objetos decorativos pelos egípcios – mas os fenícios também reclamam o crédito pela descoberta desse material ultradelicado. Feitos a partir da sílica encontrada em rios e pedreiras, os vidros são destinados às embalagens, como frascos e potes; ao uso técnico, caso das lâmpadas e garrafas térmicas; ao cotidiano doméstico, em copos, pratos e jarras; e na construção civil, a exemplo das peças planas e lisas, temperadas, curvas, antirreflexo e na versão com lâminas de plástico na composição, ideal para vitrines e claraboias. No século 20, a arquitetura moderna abusou desse elemento inorgânico, tanto que “cortina de vidro” se tornou a melhor descrição para as residências inteiramente fechadas com a matéria-prima, onde uma das mais conhecidas é a Glass House, de 1949, erguida em Connecticut pelo americano Philip Johnson. Por aqui, quem leva a fama é a Casa de Vidro do Morumbi, de 1951, assinada por Lina Bo Bardi. O vidro pode ter acabamentos que variam dos lapidados e bisotados aos jateados, acidados, laqueados, tonalizados e pintados. Quanto à sua manipulação, vale lembrar que ele só é maleável enquanto está quente. p
Tijolo de vidro para telhado, Seves Glass Block
Mesa Barcelona, de Mies van der Rohe, Knoll
Block Lamp, de Harri Koskinen, MoMA
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p r o du ç ã o : t i s s y b r a ue n
Mesa lateral Ring, de Mauro Lipparini, com vidro temperado, R$ 4.756, MisuraEmme
Pendente Pressed Glass, Tom Dixon
Vidros com controle solar Sunguard, da Guardian
Mesa LC6, desenho de 1928, por Le Corbusier, Cassina
Copo Optic Glass, conjunto com quatro, R$ 268, Decameron Design Crystal Wall, Koncern Design Studio
Mesa Toy, de Christophe Pillet, Serralunga
In e Out
Out: Escadas com degraus de vidro. Nada convidativas pela sensação de insegurança. In: Vidros grossos com aspecto fabril. Out: Poltronas de vidro. Elas sempre lascam... In: Copos de vidro ultrafino.
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estilo garimpo
Back to Black & White Renda-se à parceria mais chique do décor bicolor
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por fR fotos fáustulo machado
upla sóbria, eternamente sofisticada, o misterioso preto e o branco iluminado são imbatíveis. O estilo bicolor imortalizado por Hollywood, nas décadas de 20 e 30, é como aqueles casais perfeitos, inseparáveis, nascidos um para o outro. Pense nas dobradinhas atemporais queijo com goiabada, café com leite, Bonnie and Clyde, Charles e Ray Eames, Mickey e Minnie, Batman & Robin, Romeu e Julieta, Jonathan e Jennifer Hart, Yin e Yang, luz e sombra, côncavo e convexo. O mais bacana nesse jogo de prazeres mútuos, é que um acaba dominando o outro. No décor, eleja o branco ou o preto para sobressair e use o outro apenas nos detalhes e pitadas especiais. Essa é a dica para evitar que o tradicional duo P&B caia na vulgaridade. Em alta também, todos os tecidos bicolores, clássicos como o pied-de-poule, petit-pois e espinha de peixe ou chevron. p
p r o du ç ã o : b i a n c a s c h a f f e r e t i s s y b r a ue n
Tecido Pinceladas, AGain
Mesas de centro Quark, design Emmanuel Babled, Nilufar
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CASA
Luminária de latão Zumbi, de Cristiana Bertolucci, R$ 990, Bertolucci
Pufe Regina II, de Paolo Rizzatto, poltrona Frau & Cassina – Casual Móveis
Mesa para escritório, design Andrée Putman, Bisazza
Tecido Élitis para WallPaper
Mesa lateral Déco, Rafael Simoes Miranda
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CASA
estilo garimpo A Kind of Magic, fotografia, 2006, de Josef Hoflehner, Galeria Tempo
Cadeira inglesa vitoriana, R$ 1.280, Depósito São Martinho
Mesa laqueada, design de SanVitor, Clami Design
Banqueta forrada com tecido holográfico, da Élitis para Wallpaper
Tecido Boston, de Jakob Schlaepfer, Safira Sedas
Rosas frescas, Floricultura Jardim do Itaim
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CASA
Lampalumina, design Ronan & Erwan Bouroullec, Bitossi
Mesa Insula, design de AnneMette Bartholin Jensen & Morten Ernst, Jorgensen
Estante SH05 ARIE, design de Aric Levy, e15
Chaise LC4, design de Le Corbusier, Cassina Estante Sundial, design de Nendo, Kartell
Cadeira Super Impossible, design de Philippe Starck e Eugeni Quitllet, Kartell
Livros, Freebook vogue 251
CASA
The Tripper, acrílica sobre tela, de Antonio Dias Mosaico Bonaparte, design de Carlo Dal Bianco, Bisazza
Bandeja de laca, R$ 380, KCase
Tapete Moulin Rouge, de Francesca Alzati, mistura a seda natural com lã, R$ 1.300 m2, By Kamy
Azulejo artesanal, Amarelo Pavão
Livro médio, tinta automotiva e látex, 1965, Lygia Pape
Cadeira de madeira, design de Marc Sadler, Skitsch
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estilo tendência
Dando Pinta
Felinos de todos os tipos mancham o décor de exotismo por FR fotos diego gaiotti
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erozes leopardos, gatos selvagens, jaguatiricas, tigres, panteras, onças e guepardos invadem os interiores com ares de donos da situação e fazem chic na decoração. Manchas irregulares em tons de caramelo, marrom e preto imprimem tecidos e daí em diante sofás, poltronas, cadeiras e até paredes podem ser revestidas sem medo. Ambientes nestes coloridos ou em qualquer outra tonalidade contrastante como o vermelho laca, elevam o uso da estampa de onça à sofisticação máxima. Claro, o dono da casa precisa ter aquele tal aplomb, para suportar toda esta chiqueria. Descarte o termo oncinha e padronagem muito miudinha. Be bold! O look selvagem é tiro certo. p
p r o du ç ã o : b i a n c a s c h a f f e r
Óleo sobre tela, Geza Vastagh, artista húngaro (1866-1919), Christie’s NY
Canapé estilo Diretório, século 18, Perrim Antiquaires, Paris
Chaise-longue vintage, versão pele de leopardo, igual ao modelo encomendado pelo marajá D’Indore, Galerie Ulrich Fiedler, Berlim 266
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CASA
Pufe com tecido Jasper Stripe, Colefax & Fowler, Miranda Green
Carteira de pele fake, Yves Saint Laurent
Mesa Parson revestida de couro, Stile d.o.c. Leather Sapato de Charlotte Olympia, Daslu
Papel, reprodução de pintura do século 19, Galeria Brasil Molduras Poltrona francesa, século 19, revestida de pele de onça fake, Renée Behar
Cadeira Giacometti, de bronze e assento de leopardo, Patrick Fourtin, Paris
Repose pied, com regulagem de altura, Passado Composto Clássico Poltrona Art Déco, Stile d.o.c.
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CASA
estilo tendência Banqueta italiana com pele de onça fake, anos 40, Renée Behar
Cadeira Napoleão III, Jorge Elias Óleo orientalista, pintor Edwin Lord Weeks (1849-1903), Christie’s NY
Tigre de cerâmica italiana, KCase
Poltrona de ferro, couro e latão, Inglaterra, século 20, Juliana Benfatti Antiguidades
Banqueta com pele de onça, anos 40, Autore
Da esquerda para direita, almofada de onça fake, Renée Behar, almofada de tapeçaria, criada por FR para 6F Decorações, R$ 1.040, Helvétia House e almofada Tigre, de aubusson, R$ 500, Rug Hold 268
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CASA
Pele de coelho imitando onça, Renée Behar
Banqueta revestida com tecido que imita pele de onça, Ana Luiza Wawelberg
Tecidos 100% de algodão, R$ 180 o metro, AGain
Bandeja Safari, coleção Stile d.o.c. Leather Caderno de anotações, R$ 29,50, Le Lis Blanc Casa
Guardanapos de papel, R$ 5, (20 unidades cada pacote), Le Lis Blanc Casa e porcelana linha Safari, Tania Bulhões Home
Caixa e cinzeiro de porcelana, coleção Enjoy, Stile d.o.c.
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CASA
estilo tendência
3 VISÃO D
Volumes extraordinários alteram o olhar e traçam uma nova era na estética vanguardista
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udo que não é plano, ou seja, tem volume, é o que chamamos de terceira dimensão. Um quadrado tem duas dimensões, já um cubo é visto em 3D. Para os mais acadêmicos, trata-se apenas de um desenho em volumetria para ser apresentado no escritório de design ou arquitetura. 3D é muito mais, é o globo, é a vida em movimento. Fique ligado neste termo que revela perspectivas belíssimas e inimagináveis! p
Mesa Carbone 43, design de Rodrigo Ferreira, R$ 4.792, Carbono Design
Mesa Erosion, de Joseph Walsh, Nilufar 270
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CASA
p r o du ç ã o : T i s s y B r a ue n E PA U LA Q U E IROZ
Vaso Vitino, design de Soren Thygesen, com linhas que delimitam o sentido do caule de cada flor, Scandinavia Designs
F o t o s : D i vu l g a ç ã o
Estante modular Brera, de Marco Piva, Altreforme
Clouds, estruturas tridimensionais para divisão de ambientes, de Ronan e Erwan Bouroullec, Kvadrat
Mesa lateral Balancing Boxes, Porro
Banco Loop, de Christophe Pillet, Serralunga
Bowl Faccetta, design de Soren Thygesen, da Kähler Danish Design, Scandinavia Designs
Sofá Waves, de Erik Jorgensen, Jorgensen
Bufê Papillon, de René Bouchara, Roche Bobois
Tecido tridimensional Korsakow, de tule com aplicações de espuma e acabamento em couro, de Jakob Schlaepfer, Safira Sedas
Sofá Grand Plié e mesa Piaffé, de Ludovica e Roberto Palomba, Driade
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estilo tendência
Cadeira Web Chair, de Jum Hashimoto
Pavilhão do Reino Unido, na Expo Shanghai 2010, do escritório Heatherwick
Brilham faíscas e formas estelares, inspiradas pelo projeto do Pavilhão da Grã Bretanha na Expo Shanghai 2010, do estúdio inglês Heatherwick
Vaso de Johann Leltmann, Alemanha anos 50, Teo
Lustre de cristal, design de Walter Von Nessen, Clássica e Moderna
Obra da artista Lara Donatoni Matana, na Galeria Lourdina
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CASA
Mesa de jantar Bellafonte, de Mario Lipparini, com tampo de cristal e base de aço feita à mão, MisuraEmme/ Collectania
Bules de café e chá, de Arne Jacobsen e Paul Smith, Stelton
Cadeira Tolix de aço, de Xavier Panchard, disponível em várias cores, Casual Exteriores
Poltrona Lariviera, de Giorgio Biscaro
Alumínio ou ferro colorido e aço polido fazem time divertido para o look metal informal
Mesa Silver, Pudelskern Banco Alodia, de Todd Bracher, Cappellini
Cadeira Patch Lounge, de Benjamin Hubert, Bla Station
Poltrona Paulistano, de Paulo Mendes da Rocha, Objekto
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CASA
estilo tendência
Jolly, Jolly Direto de Milão, as boas-novas do design despontam com multifunções para driblar os altos e baixos do mercado
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ma certa graça, um certo humor e muito jogo de cintura são indispensáveis nas criações mais ou menos inusitadas que invadem o mercado a partir das novidades apresentadas na semana internacional de design de Milão. De lá trouxemos o termo Jolly, que significa, ao pé da letra, curinga – e em tempos de crise global, vale investir nestas belas peças. Assim como a dança twist dos sixties, o design de alguns anos para cá aderiu ao mobiliário mais próximo ao solo, típico também dos anos 60. Os tais mostram seu poder a curto, médio e longo prazo. Além da versatilidade imediata, sua principal característica, uma peça para ser detectada como Jolly, precisa simpatizar com mais de um estilo; depois é só não perder o rebolado e mandar ver na escolha dos curingas da vez.p
f o t o s : d i vu l g a ç ã o
p r o du ç ã o : b i a n c a s c h a f f e r
Poltronas e sofá Le Corbusier versão colorida, Cassina
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CASA
Garrafas Appo, com rolhas de cortiça que servem como apoio, design Carlo Trevisani, Milão Pivot, design Shay Alkalay, Arco
Estante com módulos de acrílico colorido, Serhan Gurkan
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CASA
estilo tendência
Cabideiro Milk Star, Pudelskern Cômoda Mrs. Robinson, Pudelskern
Mozzarella chair, de aço e tecido, design Tatsuo Yamamoto e Jun Hashimoto, Books
Cadeira Darling do arquiteto inglês Nigel Coates, Frag
All white: Aliado à madeira clara ou aço, o branco lidera
Primitive table, design Nucleo Piergiorgio Robino + Stefania Fersini, Nilufar 276
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CASA
Sofá Blow, de papelão inflável, design Agata Kulik & Pawel Pomorski Pawel, Malafor
Opostos se atraem: Naturais como taquinhos de madeira, palhinha e papelão contrastam com acrílico transparente ou espelhado
Cabana, design Irmãos Campana, Edra
Banco XiqueXique, design do brasileiro Sérgio J. Matos, apresentado no salão Satélite
Luminária Campana, design Fernando e Humberto Campana para Edra
Poltrona Klara, design Patricia Urquiola para Moroso
Invisible chair, design Tokujin Yoshioka, Kartell
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CASA
estilo tendência Armário Woody wood pleat, Delphine Frey
Fique de olho: Fios plásticos trançados e formas bem recortadas mexem com o olhar
Mesa Mogador MC, design de Philippe Bestenheider, Frag
Tapete Mose, de plástico trançado, Pappelina
Poltrona Paper planes, design Nipa Doshi & Jonathan Levien, Moroso
Cadeira de elástico, stretch collection, Carnevale Studio
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CASA
Poltrona giratória Piccola Papilio, design Naoto Fukasawa, B&B Italia
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CASA
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CASA
fala-se de arquitetura
liberdade de expressão
A antiga Casa de Detenção do Carandiru, espaço que durante anos foi destinado à exclusão social, agora é sede da Biblioteca de São Paulo: um marco da inclusão cultural com assinatura do escritório Aflalo&Gasperini por Ledy Valporto Leal fotos Daniel Ducci/divulgação
Insta l a da n o Parq u e da J u v e ntu d e , área da antiga Casa de Detenção do Carandiru, região norte da capital, a Biblioteca de São Paulo foi idealizada a partir de um concurso de 1998, vencido pelo escritório de arquitetura Aflalo&Gasperini. O novo edifício inaugurado em fevereiro deste ano, tem pouco mais de quatro mil metros quadrados e segue o conceito das megastores que mudaram os cenários das livrarias nas últimas décadas. O espaço tem diversas atrações midiáticas, computadores, café, salas de leitura, auditório, varanda, locais para shows e saraus, ambientes infantis, equipamentos para portadores de necessidades especiais e 30 mil títulos de livros à disposição do público. A linguagem arquitetônica procura estabelecer um diálogo com o entorno, integrando o prédio central ao paisagismo do Parque da Juventude. Assim, o volume se destaca pelo balanço de cinco metros da laje do primeiro pavimento que, junto à fachada lateral, cuja altura ultrapassa o pé-direito da cobertura, concede dinamismo ao conjunto. “O traço é simples, mas priorizou a iluminação natural e os amplos ambientes internos”, diz u 284
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CASA
Tendas náuticas apoiadas em mastros de 12 metros de altura criaram áreas externas de leitura. Abaixo, linhas retas e um grande vão livre destacam-se na arquitetura
o arquiteto Roberto Aflalo. Como se fosse um pavilhão, com térreo vazado e vão livre de 15 metros, a obra tem aberturas zenitais que aumentam a luminosidade natural. O fechamento feito de vidro recebeu serigrafias de Marcelo Aflalo, da Univers, que também criou a identidade visual do complexo e providenciou os toldos de lona das áreas externas que recobrem os lounges para leitura. O mobiliário assinado por Dante Della Mana garantiu harmonia entre as instalações por causa das formas simples e minimizadas. p
Biblioteca de São Paulo. Avenida Cruzeiro do Sul, 2.630, São Paulo (SP), tel. (11) 2089-0800. www.bibliotecadesaopaulo.org.br Funcionamento: De terça a sexta das 9 às 21 horas. Sábados, Domingos e Feriados das 9 às 19 horas.
Espaço infanto-juvenil com aviões de papelão revestidos de histórias em quadrinhos e salas de recreação em contêineres de poliéster coloridos e ambiente multimídia
Arquitetura do Bem
Fundado em 1962 como Croce, Aflalo& Gasperini Arquitetura, o escritório logo passou a ostentar apenas os sobrenomes dos sócios Gian Carlo Gasperini, Luiz Felipe Aflalo Herman e Roberto Aflalo Filho. Com quase 50 anos de história, a empresa projetou cerca de 5,8 milhões de metros quadrados distribuídos em mais de 1.200 obras, entre elas o primeiro shopping de São Paulo, o Iguatemi (1964), o World Trade Center (1992), o Credicard Hall (1997) e o Rochaverá (2009).
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fala-se de feira
art parade
Mais de 1.500 obras de arte e 80 galerias movimentaram o pavilhão da Bienal no Parque do Ibirapuera durante a 6ª edição da SP-Arte, o maior termômetro das artes plásticas na América do Sul por Camila Belchior
Diferente de uma exposição tradicional, onde o valor mercadológico é secundário ao conceito e a contemplação da obra em seu contexto, numa feira de arte o foco principal é o posicionamento de mercado: comunicar de forma rápida e eficiente a “personalidade” da galeria, os estilos de trabalhos de seus artistas e gerar vendas. Uma feira não é uma exposição, é uma vitrine. Sua natureza estimula que os estandes mudem; séries em estoque repõem as comercializadas, num exercício contínuo de maximização dos metros quadrados disponíveis, mesmo que muitas vendas sejam longas e fechem após os cinco dias do calendário. Nem todos os espaços adotam a prática do troca-troca.Aconsolidada Galeria Millan se manteve e a luminária de chão gigante preta deTunga, com base de asas de mosca, atraía os olhares. Para frequentadores do circuito, foi possível conferir o frescor de dez endereços internacionais e a presença da nova Zipper no 1º andar, que aportou por ali antes mesmo de abrir as portas do QG em Sampa. Entre as estrangeiras, destaque para a conceituada Stephen Friedman Gallery de Londres, com inesquecível parede de fotos de Rivane Neuenchwander e uma tela abstrata de grande formato cinza e off white de Wayne Gonzalez, e o showcase das árvores flutuantes do cubano Jorge Mayet, na espanhola Horrach Moya. Na Zipper, obras coloridas, lúdicas e novatos da cena. Entre as revelações, os estudos de cor de RAG e as folhas de madeira pintadas e recortadas em forma de caixas de remédios de Gustavo Nóbrega e Ex-votos, doada ao MAM-Bahia pelo Shopping Iguatemi. 286
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À esquerda, uma das lúdicas árvores de Jorge Mayet (Cayendo Suave, 2009) na espanhola Galeria Horrach Moyá. Abaixo, Festinha no ateliê (2010), de Ana Elise Egreja, destaque de Laura Marsiaj; e Metasquema 178 (1958), de Hélio Oiticica, na Athena Galeria de Arte. Na página ao lado, vista geral da feira; escultura de aço Sem Título (1990), de Amílcar de Castro, na Lemos de Sá Galeria de Arte
De acordo com Fernanda Feitosa, diretora da feira, “a SP-Arte cresce 15% a cada ano, e ainda assim dá para navegar pelos 80 estandes com tranquilidade”. A divisória forrada de Metasquemas de Hélio Oiticica manteve a Athena Galeria em destaque, enquanto na Arte 57 foi uma das obras mais caras do lugar - a escultura de Maria Martins, Tamba Tajá, avaliada em R$ 1,5 milhão. Ruína e Charque – Porto de Adriana Varejão (cerca de R$ 1 milhão) recebia os visitantes na Almeida & Dale. No fundo do primeiro andar, o ambiente enxuto da Mendes Wood trouxe o pop de Sandro Akel, os “recortes pop-up” de Daniel Escobar e as pinturas de Lucas Arruda. Na Leme, as cativantes fotos de cortinas clicadas por Frank Thiel, marcaram a representação da galeria paulistana. Muita foto e pintura e pouco vídeo nesta SP-Arte, sinais de uma feira focada, e de galerias conscientes de seus targets. p vogue 287
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fala-se de feira
Caterva (2009), arte com pólvora do argentino Tomás Espina. Abaixo, fotografia da brasileira Rivane Neuenschwander, Pangaea’s Diaries (2008), na galeria britânica Stephen Friedman
Por que vale a pena frequentar a SP Arte?
A Bienal concentra 80 galerias e cerca de 1.500 obras num mesmo endereço, com algumas peças avaliadas em centenas de reais e até milhões. O mercado de arte é um dos investimentos mais lucrativos, já que existem obras que multiplicam seus valores ao longo dos anos. Além disso, conviver com objetos não utilitários que recheiam os olhos e a alma traduz-se num prazer único e insubstituível.
Fique de olho:
Telas monocromáticas de RAG (Zipper Galeria); Eduardo Berliner (Triângulo) e suas pinturas sinistras de paleta rebaixada; queridinho atual de Charles Saatchi; Obras em papel a partir de guias de viagens de Daniel Escobar (Mendes Wood); O lúdico encontro de texturas, animais e o mundano nas telas de Ana Elisa Egreja (Laura Marsiaj); Os conceitos e questionamentos de Rodrigo Matheus (Fortes Vilaça) através de objetos cotidianos; Marcelo Moscheta (Leme) o diálogo entre o desenho impecável e validação científica. 288
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Jogos patrióticos
Muitos ícones da arquitetura inglesa, caso do prédio que abriga a Tate Modern, que em maio comemorou 10 anos, despontam com a assinatura de Sir Giles Gilbert Scott por ana lúcia de arruda
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fotos Getty images
om toda a pompa da nobreza britânica, Sir Giles Gilbert Scott tratou de misturar tradição e modernismo com o look neogótico, conferindo às suas obras multiplicidade de estilos. O que estava ali para ser apenas mais um edifício funcional, logo virou marco popular. Conhecido por assinar a planta da Usina Termoelétrica de Battersea e o prédio que hoje abriga a Tate Modern (fechado em 1981 e reformado pelos suíços Herzog & De Meuron), Giles se destacou aos 22 anos de idade, quando venceu um concurso para a construção da Catedral de Liverpool. Depois, em 1924, ele alavancou a ideia de repaginar as velhas cabines telefônicas por versões modernas – mas o hit genuinamente inglês causou muita polêmica, e durante a fase de criação sofreu sucessivas alterações, sendo rebatizado de K2, K3 até chegar ao modelo vermelho alto brilho K6, feito em 1935, que desbancou a resistência dos londrinos que preferiam os tons neutros (e sombrios). Desventuras à parte, Giles tem arte no sangue. Seu avô, George Gilbert Scott, foi eminente arquiteto da Era Vitoriana, responsável, por exemplo, pela restauração da abadia de Westminster; seu tio, John Oldrid Scott, seguiu o mesmo riscado, assim como o pai, o segundo George da escala. Sem se perder entre as inevitáveis comparações do trajeto, Giles soube como erguer uma gama de projetos diversificados que revela um poder estético surpreendente, herança do sobrenome Scott – este, em especial, mesmo 50 anos após sua morte continua a ser um dos expoentes do panorama atual. Como dizia Le Corbusier, “a arquitetura é o jogo sábio, glorioso e magnífico de volumes sob a luz do sol” –, contexto que transforma Sir Giles num dos grandes jogadores do século 20.p 290
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Dez anos de tate
Um dos mais emblemáticos cartões-postais de Londres completou recentemente (20 de maio) uma década como sede da badalada Tate Modern. Construída às margens do Tâmisa por Giles Gilbert Scott, a obra inovou ao expor as estruturas com 4,2 milhões de tijolos e optar por planos simples e uniformes. Confira as mostras em cartaz: Voyeurismo (até 03/10); Martin Karisson (até 31/12); Francis Alÿs (até 05/09). Tate Modern. www.tate.org.uk
Acima, Sir Giles Gilbert Scott é clicado junto à maquete da Catedral de Liverpool; na sequência, a catedral já concluída. À esquerda, UsinaTermoelétrica de Battersea, 1929-1935. Na página ao lado, a famosa Tate Modern ocupa hoje o antigo prédio de energia. Abaixo, um dos ícones de Londres, a cabine telefônica K6 vogue 291
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u EXPOSIÇão
O parque High Line recebe intervenção do britânico Richard Galpin
STREET ART
Stephan Doitchnoff, o grafiteiro Calma, bate um papo com Casa Vogue
ARQUITETURA
Os dez anos da Tate relembram a trajetória de Giles Gilbert Scott
MODA
Longe dos quartéis, o estilo militar invade as ruas e as casas brasilis
MÃO DE OBRA
Denise Barretto abre sua agenda preciosa de fornecedores
arte NAS ALTURAS
city abstrata O High Line, parque elevado de Manhattan, recebe por um ano obra interativa do britânico Richard Galpin, que foca a paisagem urbana em constante mutaçãou por camila belchior
Free State II, 2008, foto descamada, Richard Galpin vogue 293
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Viewing Station – Richard Galpin The High Line entre 17th e 18th Streets, Manhattan. Até janeiro de 2011. www.thehighline.org
Acima, fotografia descamada de Galpin, Free State III, 2009. Ao lado, Viewing Station (2010) apresentado pelos Friends of the High Line and the New York City Department of Parks & Recreation
Viewing Station parte do mesmo ponto que as obras pelas quais Galpin é conhecido: vistas da malha urbana. Mas as imagens dele não são reproduções mundanas de cidades, ele as fotografa, amplia, fatia e descama cuidadosamente a película da foto para criar uma versão abstrata do original. Ao eleger o que fica e o que é descamado, estabelece-se uma nova relação entre texturas, cores e detalhes verticais e horizontais que na versão final lembram imagens construtivistas. Para o High Line, parque elevado de Nova York, Galpin utilizou-se da vista em si ao invés de uma fotografia dela para criar sua abstração. Uma placa recortada de aço inoxidável, instalada em frente à vista elegida, cria o efeito abstrato visto nas outras obras. “O local exato me atraiu pela mistura de prédios novos e antigos, pelos outdoors e as cores, elementos que busco quando fotografo. É uma cena urbana densa que se desenvolveu de forma caótica, sem planejamento”, explica. O telescópio instalado ali posiciona perfeitamente o olhar para a visualização de Manhattan através da placa recortada. O efeito final é uma imagem semelhante às fotos descamadas, mas aqui, a engenhoca achata a vista tridimensional e cria uma tela bidimensional viva e abstrata ao ar livre. Imperdível! p 294
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R i c h a r d G a l p i n , V i ew i n g S t a t i o n . P r e s e n t ed b y F r i e n d s o f t he H i g h L i n e a n d t he New Y o r k C i t y D e p a r t me n t o f P a r k s & Re c r e a t i o n . F o t o s : J a s o n M a n de l l a / d i vu l g a ç ã o
BIO GALPIN
Nascido em Cambridgeshire, na Inglaterra, em 1975, Richard Galpin fez mestrado pela Goldsmiths College, em Londres – 2001. Já expôs solo nos EUA, Itália, Londres, Irlanda e em coletivas mundo afora. Importantes coleções como a do Governo Britânico, do British Museum e do Victoria & Albert Museum, contam com obras do artista que já aportou no Brasil três vezes, na Galeria Leme, a qual o representa por aqui. Em Londres é representado pela Hales Gallery. Viewing Station é sua primeira obra pública e a experiência foi tão boa, que Galpin afirma querer fazer outros projetos parecidos.
Acima, Richard Galpin. Ao lado, vista recortada. À esquerda, visitante observa a cidade através da obra do artista vogue 295
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É guerra!
Look militar invade seu QG e seu closet. Renda-se! edição Fabrizio Rollo por andré rodrigues fotos Diego Gaiotti
Canivete Swiss Army R$ 295, U.S. ARMY
Cadeira Charles Eames versão verdemilitar, criada por FR, R$ 830, Artesian
Dos campos de guerra para a batalha do dia a dia, as referências militares na moda podem ser muito explícitas, como os coturnos criados por Dr. Martens que viraram grife descolada, ou muito diluídas, como tem acontecido em boa parte dos desfiles nacionais e internacionais. O ombro ganha evidência com voluminhos, as roupas ficam mais utilitárias – com bolsos, zíperes e botões – e a silhueta mais austera, de continência, muitas vezes banhada em tons de verde-musgo ou variações de cores típicas dos exércitos, como o cáqui. Reinaldo Lourenço capitaneou o seu inverno 2010 em torno disso tudo e muito mais, colocando na passarela uma sequência de roupas prontas para o front. A grife para jovens 2nd Floor desconstruiu o trench coat (casaco de trincheira, quer peça mais bélica?), enquanto a Coven bordou e tricotou em cima da temática, dando origem aos simplesmente demais camuflados em nuances de verde e azul com fios dourados de Lurex. No sweet home, a inspiração fica bem ao gosto de cada soldado. Casa Vogue aposta em peças com suave perfume de acampamento militar, nas variações do verde, nos acabamentos em lona e até nos acessórios mais explícitos, como cantis e canivetes. Afinal, vale sempre estar pronto para a batalha. p
Look Reinaldo Lourenço, SPFW
Brasão, Iron Cross
Ray-Ban aviador, R$ 600, Luxóttica 296
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Lit de Camp, estilo Império, pertenceu a Napoleão Bonaparte, reprodução do livro Mobilier de Métal, editions Monelle Hayot
Cantil com copo de alumínio, R$ 65, U.S. ARMY
Caneta de alumínio, usada também para defesa pessoal, R$ 280, U.S. ARMY
Caixa para arquivos, R$ 375, Micasa
Porta-terno de lona BR reciclada original, R$ 400, JRJ Tecidos
Look Reinaldo Lourenço, SPFW
Binóculo, V-Unit
p r o d u ç ã o : p r o d u ç ã o B i a n c a S c h a ff e r
Caixas de metal para guardar munição, V-Unit
Sofá de lona, design Baba Vacaro, composto por diversos módulos, Dpot
Banco dobrável para acampamento, R$ 65, U.S. ARMY
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Constelações Mago da fotografia, o alemão Wolfgang Tillmans expõem na Serpentine Gallery, Hyde Park, durante o verão Londrino foto camila belchior
Reconhecido na década de 90 pelos seus clicks de cenas mundanas, snaps de pessoas e objetos que o rodeavam, Wolfgang Tillmans redefine a fotografia e a forma como é apresentada desde o início de sua carreira. “Fotografo para ver o mundo” disse Tillmans certa vez. Mundo esse que já foi apresentado através de retratos, naturezas mortas e paisagens, até chegar às abstrações. Primeiro fotógrafo e artista não britânico a ganhar o renomado Turner Prize, Tillmans questiona e reinventa a fotografia e como ela é exposta ao apresentar o que enxerga na lente, nas emulsões de revelação e no contexto do espaço expositivo elegido. A instalação é parte fundamental de seu trabalho: ao se deparar com um espaço expositivo novo, ele reorganiza o acúmulo de imagens selecionadas e cria um agrupamento de clicks. “Nas constelações de imagens, tento aproximar a forma com que vejo o mundo, não linearmente, mas como uma multidão de experiências paralelas. São múltiplas singularidades, acessíveis simultaneamente por dividir o mesmo espaço ou sala.” Um dos nomes mais consagrados da arte contemporânea internacional, as pesquisas de Tillmans circundam o estético tanto quanto o processual. Sua preocupação com cores, subversão, beleza e o espírito sócio-político da sociedade contemporânea, andam de mãos dadas com o fascínio conceitual pelo processo fotográfico. Sem dúvida, Tillmans na Serpentine Gallery será um dos musts no circuito cultural do verão Londrino – não perca.p 298
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O fotógrafo
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A s s i s t. de P r o d . : n o n o n o n o n o n o n o
Nascido em 1968, em Remscheid, na Alemanha, Tillmans se formou em 1992 na Inglaterra, recebeu o renomado Turner prize, em 2000, participou da 53ª Bienal de Veneza e expõe nas mais importantes instituições culturais do mundo. Vive e trabalha em Berlim e Londres.
A exposição
Dentro do tradicional Hyde Park e ao lado do rio que dá nome à galeria, a charmosa Serpentine Gallery faz contraponto entre uma série de abstrações e as novas pesquisas figurativas – fruto do fascínio de Tillmans pela cor e processos fotográficos.
Nononon ononono nonono nonon onono nonono nonon onono nonoonoNononon ononono nonono nonon onono nonono nonon onono nonoon Serpentine Gallery Kensington Gardens London W2 3XA T 020 7402 6075 F 020 7402 4103 26 junho a 29 de agosto 2010 www.serpentinegallery.org
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Título 15 toqs
Olho de até 150 toques destaque olho de até 150 toques olho de até 150 toques olho de até 150 toques olho de até 150 toques olho de até 150 toques foto nonononononono
nonononoono nononno nononon Se duis at. Ut lortionsed tet, vent aciliqu ipismolor incilis cincilit, sustrud dionse exeriustie dio ea feu faccummolor iuscilit, conummodo od dio dignit ut velisi ea adiat. Ut la feugue consequate con ute vercin henis ent ing et velisi. Ilis nisis acil iniscipsum velit loboreet laortin vulput acilis nonsed enis nismodolore dolor adiationum dolor sed te modolumsan ute min et, core dit aliquisit irit num vulla feugiate magnim elisl dolore essectet, quipsustinim nissectem at, vullaortie tat ilis am vouscin hent landip erostrud magnibh ea con ero consecte dui er sequis nulputat lan eu feu feummy niscincil duis nullaor iliquiscin ulla conulputat. Rud doloborem irit, velccum ipisi euipit augait, summy nisl ullupta tinibh eu feui ero corem et, velessectet, conum zzriuscillut at iuscin hent landip erostrud magnibh ea con ero consecte dui er sequis nulputat lan eu feu feummy niscincil duis nullaor iliquiscin ulla conulputat. enibh ea feu facip eros atie molorpercil ut nosto od magna consenit augait vel euisi bla fe. p 300
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Olho de até 80 toques olho de até 80 toques olho até 80 toques olho até 80 toques
Nononon ononono nonono nonon onono nonono nonon onono nonoono Nononon ononono nonono nonon onono nonono nonon onono nonoono Nononon ononono nonono nonon onono nonono nonon onono nonoonoFicita dolorpoNus evendest ut aperuptis doloren
Ore ex enit incillaore et, senit nonsenisi te dolorperiure dolobore dolobortin utat, sustrud diamet, conse tet, si esequis num zzrillan utem ing ea faccumsan ulla feu feu feui tie tin hendit, conum vel do enim zzrillandre modion ero core conse faci bla commodolor irilit ullutat, volutpat lum venim irit lor sequam volorperos nonullan euis amcore velit, sum zzrit, volore dolore magnisim nonsecte dolor sustrud exer susto odit lan venim irit veraesenibh ero odolobore min utem velis euisi el iuscillan voloreet vel dolorper ipisl dolesequip ero conullu ptatie do core modio ex el del utet, conse eu facipissed ming exer il ilis augiamcortie dolorti niamcor sit autpate vercil ulla faccum duis nos aliquis adip ea. Na nibh esto doloreetum velit dolortincin veros enim veros niam quis nibh elit lor adipis nosto et nulla cortie elisisi erat, volore cortie exdit la facipit alis alisi tatis nosto ero ea feuguerat, sit ipismodolut lore velit illaorer suscilis exer irillute tat nostrud vogue 301
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