ASAP|Healthers ed.01

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Apaixonados pela saúde

Especial

Gestão de Saúde Populacional

uma ferramenta para a melhora na qualidade de vida

ASAP

Tecnologia

a serviço da GSP




!" É preciso cuidar do topo da pirâmide

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#$ Artigo

Gestão de saúde populacional: de ideia a realidade

#% O Resultado é positivo?

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Gerir para não precisar remediar

$& Vida longa à tecnologia

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Publisher Alberto Leite | alberto@healthers.com.br Diretora Comercial Gabriela Marcondes | gabriela@healthers.com.br Editor Chefe Guilherme Batimarchi | guilherme@healthers.com.br Repórter Isadora Mota | isadora@healthers.com.br Claudia Rocco | redacao@healthers.com.br Arte Rodrigo Dias | rodrigo@healthers.com.br Fotografia Danilo Ramos | daniloramosfoto@gmail.com Conselho de Administração ASAP | contato@asapsaude.org.br Ana Elisa Álvares Corrêa Fabio de Souza Abreu Flavio Bitter José Antonio Diniz de Oliveira Luiz Carlos Silveira Monteiro Maurício da Silva Lopes Michel Daud Pedro Onofrio Caio Seixas Soares Nicolas Toth Jr. Paulo Hirai Presidente Superintendente Executiva

Paulo Marco Senra Souza Marilia Ehl Barbosa

HEALTHERS | ASAP é uma publicação direcionada aos executivos do setor de saúde brasileiro e outros segmentos preocupados com a gestão de saúde e qualidade de vida, cujo objetivo é compartilhar conhecimento técnico e prático para melhorar as práticas de Gestão de Saúde Populacional. As informações contidas nas mensagens publicitarias publicadas por este veículo são de exclusiva responsabilidade das empresas anunciantes. Os artigos assinados são responsabilidade de seus autores e não refletem, necessariamente, a opinião dos editores da revista. Todo o conteúdo da HEALTHERS | ASAP é de livre reprodução, sendo necessária a citação da fonte, conforme legislação de direitos autorais. Editorial: Para falar com a redação da HEALTHERS ligue: (11)-4327-7007 ou envie suas noticias para redação@healthers.com.br Distribuição Nacional: Treelog Impressão: Elyon HEALTHERS - Apaixonados pela Saúde. Rua Doutor Nelson Líbero, 103 - Cidade Monções - CEP 04567-010 - São Paulo - SP www.healthers.com.br


SAMPLEX

PESQUISA EM SAÚDE www.samplex.com.br


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1950

Tratamento: Transfusão de sangue

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2013

Tratamento: Terapia genética

A prestação de serviços surgiu como alternativa para somar valor aos produtos que já eram tratados no mercado como commodities, escolhidas pelo preço. A customização através da prestação de serviços garantiu às organizações prestadoras diferenciais que atraíram novas e melhores demandas. Porém, nos últimos anos, os serviços também foram “comoditizados” e o que antes era diferencial, tornou-se hoje uma obrigação. Dessa forma, passou-se a customizar pela experiência. Gerar situações únicas e agradáveis passou a influenciar consumidores e a criar tendências. Dentro das organizações do setor da saúde não é diferente e nós, da SAMPLEX, medimos constantemente o grau de autenticidade da experiência que você propõe. A evolução está no conhecimento. Com ele, nossas decisões vão além. Pesquisa com clientes contínua Fechamento mensal, demonstração trimestral Metodologia quantitativa + resumo qualitativo Nível de confiança superior a 95%


ASAP

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!"#$%"&' 08 ASAP AGOSTO DE 2014


H

á muitos anos vemos aquela famosa figura da pirâmide etária com base e topo do mesmo tamanho. Mas, algum tempo atrás essa era a realidade de países europeus e nem sequer pensávamos nisso num país enérgico como o Brasil. Nosso sistema de saúde é baseado em uma população jovem, com taxa de fertilidade alta e com a expectativa de vida mais baixa do que a que temos atualmente. Com um novo cenário estabelecido – e nunca visto antes na história desse país - o Brasil passa por um momento delicado, quando precisa assimilar a informação, desenvolver programas, captar recursos e aplicar novos conceitos para que a sua nova população tenha acesso à saúde, não somente dentro dos hospitais, e qualidade de vida. “O mundo está envelhecendo e países emergentes estão liderando o aumento do número de idosos. Em 2012, 11% dos brasileiros tinham 60 anos ou mais e a previsão para 2050 é que este número aumente para 29%, ou 64 milhões de pessoas. Isso o coloca entre os três primeiros países, com mais de 50 milhões de pessoas, que envelhecerá mais rapidamente nos próximos 20

anos”, fala sobre a nova realidade brasileira a Dra. Louise Plouffe, pesquisadora no Centro Internacional de Longevidade. “O envelhecimento populacional é um êxito do século 20 e o desafio do século 21. As gerações que envelhecerão agora e nos próximos anos são responsáveis por diversas lutas e conquistas como pelo direito das mulheres e dos homossexuais. Eles não aceitarão a violação de seus direitos e revolucionarão a saúde, como estão fazendo com tudo, se não forem bem atendidos”, comenta Plouffe. A adoção de um estilo de vida mais saudável para que a velhice seja vivida de uma forma mais digna e justa é um dos resultados que uma boa Gestão de Saúde Populacional pode oferecer a um grupo de pessoas. “O Marco Político do Envelhecimento Ativo, proposto pela OMS em 2002, tem uma visão positiva e cobre todos os setores: governo, empresas privadas e sociedade civil. Trata-se do processo de otimizar as oportunidades de saúde, educação continuada, participação e segurança de modo a aumentar a qualidade de vida a medida em que envelhecemos”, pontua a pesquisadora. AGOSTO DE 2014 ASAP 09


ASAP

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Para ela, o Brasil está trilhando um bom caminho, mas ainda existem lacunas que precisam ser preenchidas. “Na adoção de um estilo de vida mais saudável, o país está indo bem: há um bom fundo legislativo com o SUS, previdência privada, política nacional e estatuto do idoso, mas a implementação das leis é incompleta, as desigualdades persistentes são gritantes e a ausência de cuidados é visível a olho nu.” “Passar a pensar na prevenção ao invés do tratamento é essencial. A cultura de cuidado é sustentável, economicamente viável, mostra compaixão e é universal. Se analisarmos recursos e cuidados, os investimentos são inversos, ou seja, se investe pouquíssimo dinheiro em autocuidado e muito nos cuidados institucionais e isso não minimiza a crescente crise da insuficiência global”, conclui Louise. Para o Luiz Roberto Ramos, professor da UNIFESP, o que era exceção agora virou regra e acomodar esta transição demográfica na dinâmica bio-psicosocial da população é o verdadeiro desafio brasileiro. “Como manter a população aposentada aumentando com a economicamente ativa, diminuindo? 10 ASAP AGOSTO DE 2014

Precisamos lidar com isso e fazer mudanças. O processo brasileiro foi rápido, intenso e transformador, por isso, a saúde precisa de uma mudança de paradigma, o que ainda está bem longe de ser assimilado pelo setor.” De acordo com dados apresentados pelo professor, o processo de envelhecimento da população na Europa levou 180 anos, enquanto no Brasil, 90. Hoje, a média de filhos em grandes cidades como São Paulo é de menos de dois para cada mulher. “Vivemos uma época de mudanças gritantes e em 2025 teremos aumentado em 30 milhões a nossa população de idosos, contando desde 1950.” “Os desafios da saúde agora são ter novos indicadores – capacidade funcional, qualidade de vida e sinistralidade -, novos objetivos – mudar a atitude, comportamento, inclusão e aderência crônica aos tratamentos – e inovar na gestão de saúde pública e privada. Se olharmos as taxas de mortalidade dos idosos encontramos idade, gênero, histórico de hospitalização, função cognitiva e práticas do dia-adia. As doenças são consequências”, pontua o Luiz Roberto.


Um paradoxo com a antiga realidade deixa claro que o desafio é grande em termos econômicos e também na definição da qualidade de vida dos pacientes. “Os médicos são treinados para tratar crianças com doenças infecciosas, de risco social e ambiental, com uma medida preventiva efetiva, a vacina, e com um tratamento muito barato. A partir de agora os pacientes são idosos, com doenças crônicas estabelecidas pela genética e por questões comportamentais, com medidas preventivas pouco eficazes, tratamentos complexos e bastante caros, demandando muito a hospitalização, ou seja, levando muitos recursos para o setor institucional da saúde”, reflete o Ramos. Práticas não comuns como meditação, acupuntura, ioga e relaxamento podem ser grandes aliadas dos médicos nessa nova realidade, de acordo com o professor da UNIFESP. “As práticas não convencionais junto com uma equipe multiprofissional pode ser uma das soluções para a melhora na qualidade de vida dos idosos e também para que eles deixem de ser os grandes vilões na hora de fechar os números de gastos e custos com saúde.” AGOSTO DE 2014 ASAP 11


Gestão de saúde populacional:

de ideia a realidade

A

discussão nacional sobre a

da empresa e apenas quando aparecem

prática do conceito de Gestão

doenças crônicas em estágio avançado

de Saúde Populacional nas

–, um grupo crescente de companhias

empresas ganhou um impulso com a

está na vanguarda, batalhando pelo

criação da pioneira Aliança para a Saúde

modelo mais humano e mais produtivo

Populacional (Asap), em setembro de

da GSP.

2012. Foi a primeira iniciativa oficial no país a envolver players estratégicos e

O cenário faz do GSP uma necessidade

que começa a despertar a atenção entre

premente. O setor de saúde suplemen-

o mercado corporativo, como mostram

tar cresceu fortemente na última dé-

os contínuos e produtivos encontros

cada, na carona da expansão da nossa

que já realizamos com especialistas e

economia e da ampliação do número

gestores da área.

de trabalhadores com emprego formal. E quem arca com esse custo, em grande

Os eventos mensais realizados pela

parte, são as empresas. O envelhecimen-

entidade representam um claro indi-

to populacional caminhou na mesma

cador da mudança dos horizontes cor-

proporção e, somado à maior competi-

porativos no que diz respeito à saúde

tividade no mercado de trabalho, fez

dos funcionários, com a crescente

explodir os índices de absenteísmo e

percepção da necessidade de retenção

doenças crônicas. O Instituto Brasileiro

e valorização do capital humano. Se o

de Geografia e Estatística (IBGE) apon-

padrão nacional de gastos com planos

ta que quase um terço da população bra-

de saúde é liderado pelos planos em-

sileira sofre de pelo menos uma doença

presariais coletivos, em que a preocu-

crônica, que já responde por 70% dos

pação é basicamente a descentralização

gastos com saúde no país. Realidade

de responsabilidades – ou seja, o em-

que o mercado corporativo, sozinho, se

pregado que cuide de sua saúde fora

mostra incapaz de atenuar.

12 ASAP AGOSTO DE 2014


Por Marilia Ehl Barbosa, superintendente executiva da Aliança para a Saúde Populacional (Asap)

A Gestão de Saúde Populacional des-

por meio de um forte intercâmbio de

ponta como resposta para esse contex-

dados e conhecimentos.

to, com base em um conceito simples e intuitivo. A proposta é trocar os cuida-

Essa realidade torna-se mais cristali-

dos reativos pelos preventivos; alterar o

na ao vermos que as melhores práti-

padrão de visitas aos consultórios ape-

cas em GSP estão sendo, de fato, apli-

nas na situação extrema por um acompanhamento sazonal, rotineiro; e, por fim, mudar os comportamentos dos colaboradores com vistas a estilos de vida mais saudáveis. Essa vanguarda empresarial, em suma, impelida pela intenção de acelerar a mudança de cultura na iniciativa privada, uniu esforços e

cadas nas empresas que fazem parte da entidade, e que cases de sucesso não faltam. Nos Estados Unidos, onde esse conceito está consolidado, foi revelado que cada dólar investido em atividade física, melhor nutrição e ações de desestímulo ao fumo

resultou no nascimento da Asap.

pode resultar em economia de cinco

A ideia para a entidade partiu da ONG

o futuro não deve ser diferente.

norte-americana

Continuum

Além da substancial redução de cus-

Alliance (CCA), que publica estudos,

tos obtida com a diminuição das

realiza seminários e palestras sobre

internações e consultas a pronto-so-

Saúde Populacional, além de reunir

corros, funcionários mais saudáveis

em seus quadros uma grande quanti-

resultam em maior produtividade e

dade de empresários e executivos de

motivação. Corações e mentes, dia

Care

grande porte ou com know-how nesse mercado, influenciando até mesmo as políticas públicas do país. Queremos, com a Asap, manter laços com a CCA,

dólares em até cinco anos. No Brasil,

após dia, estão sendo encantados pela melhoria de resultados na saúde dos funcionários e por meio da melhor gestão dos recursos financeiros. AGOSTO DE 2014 ASAP 13


14 ASAP AGOSTO DE 2014


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AGOSTO DE 2014 ASAP 15


Q

uando falamos em re-

mentais são visíveis mais rapidamente

sultados, a primeira

do que os financeiros, o que pode ser

coisa que nos vem à

desinteressante, à primeira vista, para

cabeça são números.

algumas

Qual é o valor da redução de custos e gastos que minha empresa conseguirá e em quanto tempo com uma boa gestão? Quantos zeros a mais estarão nos lucros finais de minha empresa a partir do momento que investir em prevenção de doenças e não na cura delas?

empresas.

“Para

poupar

dinheiro e ter números concretos rapidamente, cortes na compra de produtos são mais efetivos do que cuidar de um grupo de pessoas para que se previnam doenças futuras.” O executivo ressalta a importância de entender o objetivo e os resultados esperados de uma gestão de saúde

Ao que parece, não há uma res-

populacional. “Primeiro, é preciso

posta exata, em cifras e números,

saber qual é o objetivo e as questões

para essa questão. Mas, o fato é que

específicas de cada caso. Ainda, o que

para fazer uma boa Gestão de Saúde

medir e o que esperar de retorno - que

Populacional é preciso ter o foco

podem ser vários além do financeiro:

bem definido na necessidade da

qualidade de vida, satisfação, redução

melhora da qualidade de vida das

de sinistros, etc. - também é de igual

pessoas para evitar tratamentos e

importância assim como a medição de

os bons resultados podem ser vistos

resultados periodicamente.”

em diversas formas dentro de uma

Para Soeren Mattke, diretor geral da

empresa ou sociedade.

Assessoria de Serviços de Saúde da Rand

De acordo com o Frederic Goldstein,

Corporation, da Califórnia, países que

presidente

Health

têm um crescimento econômico rápido

comporta-

acabam tomando como exemplo o sis-

Alliance,

da os

Population resultados

16 ASAP AGOSTO DE 2014


tema de saúde de países como Estados

mentação e sedentarismo, poupa-se, no

Unidos e Europa Ocidental, que gastam

máximo, US$ 900 por adulto”, ilustra.

muito dinheiro e não conseguem bons resultados para a população, como é o

“Porém, os retornos rápidos vêm em

caso brasileiro. “Os valores da saúde

satisfação, produtividade, fidelidade,

para países como o Brasil não são o

entre outras coisas. É preciso entender

problema, pois o custo deste sistema,

que saúde mais cara não significa saúde

em relação ao PIB, não é grande. Mas,

de mais qualidade e que GSP não é pre-

o aumento de casos de doenças crôni-

venção primária”.

cas e o envelhecimento da população, pede um novo modelo de saúde e a

Alberto

Ogata,

presidente

da

GSP é um caminho que pode trazer

Associação Brasileira de Qualidade de

bons resultados.”

Vida (ABQV), ressalta que a saúde é a primeira colocada nas preocupações da

Para Mattke, os retornos financeiros

população brasileira e que, de acordo

para o tratamento de crônicos ainda

com pesquisa realizada pela Interfarma

é mais atraente por ter números mais

e Datafolha, 62% dessas pessoas con-

altos. “A gestão do estilo de vida, que

sidera o sistema ruim ou péssimo.

trata de questões como tabagismo, obe-

“Precisamos de um sistema que não

sidade e prática de exercícios físicos,

seja fragmentado e com informações

por exemplo, não produz um retorno

menos

rápido sobre o investimento financeiro.

tegradas. Programas de gestão são

A gestão das doenças crônicas econo-

necessários”, afirma.

complicadas

e

mais

in-

miza US$ 4 para cada US$ 1 investido, o que resulta na economia anual de US$

“Enxergar a pessoa como um todo e

5 mil por adulto, já se o programa de

ter programas holísticos, que abordem

gestão conseguir atingir a eliminação

os lados assistencial, ocupacional e

de fatores de risco como fumo, má ali-

a qualidade de vida das pessoas é um caminho incrível. Todas as empreAGOSTO DE 2014 ASAP 17


tema de saúde de países como Estados

mentação e sedentarismo, poupa-se, no

Unidos e Europa Ocidental, que gastam

máximo, US$ 900 por adulto”, ilustra.

muito dinheiro e não conseguem bons resultados para a população, como é o

“Porém, os retornos rápidos vêm em

caso brasileiro. “Os valores da saúde

satisfação, produtividade, fidelidade,

para países como o Brasil não são o

entre outras coisas. É preciso entender

problema, pois o custo deste sistema,

que saúde mais cara não significa saúde

em relação ao PIB, não é grande. Mas,

de mais qualidade e que GSP não é pre-

o aumento de casos de doenças crôni-

venção primária”.

cas e o envelhecimento da população, pede um novo modelo de saúde e a

Alberto

Ogata,

presidente

da

GSP é um caminho que pode trazer

Associação Brasileira de Qualidade de

bons resultados.”

Vida (ABQV), ressalta que a saúde é a primeira colocada nas preocupações da

Para Mattke, os retornos financeiros

população brasileira e que, de acordo

para o tratamento de crônicos ainda

com pesquisa realizada pela Interfarma

é mais atraente por ter números mais

e Datafolha, 62% dessas pessoas con-

altos. “A gestão do estilo de vida, que

sidera o sistema ruim ou péssimo.

trata de questões como tabagismo, obe-

“Precisamos de um sistema que não

sidade e prática de exercícios físicos,

seja fragmentado e com informações

por exemplo, não produz um retorno

menos

rápido sobre o investimento financeiro.

tegradas. Programas de gestão são

A gestão das doenças crônicas econo-

necessários”, afirma.

complicadas

e

mais

in-

miza US$ 4 para cada US$ 1 investido, o que resulta na economia anual de US$

“Enxergar a pessoa como um todo e

5 mil por adulto, já se o programa de

ter programas holísticos, que abordem

gestão conseguir atingir a eliminação

os lados assistencial, ocupacional e

de fatores de risco como fumo, má ali-

a qualidade de vida das pessoas é um caminho incrível. Todas as empreAGOSTO DE 2014 ASAP 17


!"#$%&"'()*+*,-#&.)*(-* /+0(-*1)2%3+$")'+3 Encontro realizado para discutir a gestão de saúde populacional (GSP) reuniu, em abril, cerca de 400 pessoas no auditório do WTC, em São Paulo. Entre os convidados para as discussões estava o CEO da Population Health Alliance, Frederic Goldstein, que apresentou um panorama da GSP no mundo.

AGOSTO DE 2014 ASAP 19


ASAP

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20 ASAP AGOSTO DE 2014


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AGOSTO DE 2014 ASAP 21


ASAP

B

em-estar e prevenção foram

e soluções integradas por mais saúde e,

temas de uma série de pa-

se possível, um dia não termos mais as

lestras e debates ocorridos

doenças”, afirma Paulo Marcos, presi-

durante o Congresso Internacional

dente da Asap.

da Aliança para a Saúde Populacional (Asap), que aconteceu em São Paulo

“A rota de colisão entre os planos de

nos dias 9 e 10 de abril. Isso pode mos-

saúde, médicos, hospitais e governo

trar que os esforços da Aliança podem

não vai nos levar a lugar nenhum.

estar colocando o Brasil em um cami-

A Asap surge de esforços para

nho diferente do conhecido até hoje,

transformar e redefinir a saúde no

no qual a doença é o principal meio de

Brasil, onde muita coisa ainda está

sobrevivência do sistema de saúde.

para ser feita. Ninguém pode ser contra mais saúde”, resumiu o presi-

Novas práticas devem ser buscadas e

dente na abertura do evento.

novos olhares devem ser lançados sobre o sistema de saúde se o país quiser

O médico e Secretário-adjunto de

deixar de engatinhar e oferecer para

Saúde do estado de São Paulo, Wilson

a sua população saúde de qualidade.

Pollara, afirma que depois de entrar

“Vivemos em um novo século com

para o poder público sua maior di-

práticas do século passado. Temos

ficuldade é ser responsável por tudo o

tecnologia em informação, comuni-

que sempre criticou enquanto médico.

cação e também na aparelhagem à dis-

“O problema da saúde no Brasil é de

posição e precisamos buscar respostas

gestão, pois não falta dinheiro, não

22 ASAP AGOSTO DE 2014


faltam leitos e também não faltam médicos.” Segundo o Secretário, a municipalização da saúde foi um grande atraso para o sistema brasileiro. “274 cidades do estado de São Paulo têm menos de 10 mil habitantes, ou seja, não há massa crítica nestes lugares para montar uma equipe médica especialista. Em alguns lugares, são feitos cinco partos por ano, ou seja, não há prática. Como exigir que um município assim seja responsável pela saúde que oferece à população?”, indaga Pollara. “A gestão persiste no acesso combinado à qualidade, pois hoje o panorama instaurado no Brasil é: se há qualidade, se centraliza e dificulta o acesso; já se há acesso, a qualidade é pulverizada. 50% dos gastos que se têm hoje no governo são com doentes terminais, que é 60% da conta, e 70% com exames, que AGOSTO DE 2014 ASAP 23


ASAP

!"#$%&'#()#*%+,-.%#)/&$)#%0+'/%-#()#-'1()2#34(,*%-2 5%-0,&',-#)#6%7)$/%#/.%#7', /%-#+)7'$#'#+86'$#/)/5839 Paulo Marcos, da Asa

que soma 35% do total da conta. O que

“Os objetivos são simples, pois o

concluo é que é possível pagar a conta

que buscamos é implantar os princí-

com a metade do dinheiro que utili-

pios de saúde populacional em uma

zamos hoje. Precisamos de uma boa

agenda ampla baseada em qualidade

gestão e nos desprender do que virou

e pesquisa, questões governamentais

negócio aqui, remunerar o médico e

e distribuição de informação e mate-

o hospital quando algo que não é es-

riais”, resumiu o executivo, que ex-

perado é feito”, conclui o secretário-

plicou a reforma do sistema de saúde

adjunto.

norte-americano, aprovado durante o governo Barack Obama e mostrou

A saúde populacional é uma questão

números otimistas em empresas após

internacional e que deve ser liderada

a implementação do modelo de gestão

territorialmente, de acordo com o

de saúde populacional.

Dr. Frederic Goldstein, presidente da Population Health Alliance. “A Asap tem liderado o tema no Brasil e isso é de extrema importância. Nos Estados Unidos temos um sistema um tanto quanto parecido, ou seja, baseado no provedor de saúde e começamos a trabalhar em 1999, passamos a ser aceitos e quando percebemos, nossos membros estavam cuidando da população”, comemorou. 24 ASAP AGOSTO DE 2014

“O bem-estar no trabalho e os incentivos podem estimular a grandes passos na prevenção de doenças como a diminuição do fumo, por exemplo. Temos números significativos disso em alguns ambientes corporativos e isso melhora a produtividade e também a prevenção de muitas doenças. Prevenir a comunidade pode trazer ganhos


enormes para uma empresa ou gover-

dela antes de procurar um médico ou

no”, definiu Goldstein.

entrar em um hospital. “É necessário levar tudo em consideração na vida

Para o futuro, as visões são incertas,

de uma pessoa, pois tudo tem im-

porém otimistas. Focar nas necessi-

pacto na saúde. Uma pessoa mais

dades e realidades de cada país, so-

feliz, trabalha mais, produz melhor,

ciedade e comunidade é essencial.

fica menos doente e isso significa

“Temos um problema de demanda, de

grandes benefícios para a sociedade

fornecimento ou de ambos? A reali-

e para o sistema, além, é claro, de

dade é mais ampla do que o sistema de

implicar em menores custos”.

saúde, o paciente precisa estar envolvido em sua realidade e suas escolhas são

O executivo da PHA finalizou desta-

fundamentais. É importante entender

cando a importância da disponibili-

que muito da saúde acontece fora do

dade de dados para uma boa gestão de

sistema”, disse Frederich. O indivíduo, cercado por comunidade, ambiente, governo, empregador, médico e seguradora, tem dificuldade em entender o seu real

saúde populacional. “Para fazer uma boa gestão é preciso ter dados - bons dados - e a tecnologia nos oferece ferramentas maravilhosas com informações valiosas. Com dados podemos

papel na tomada de decisão quando

focar melhor em nossos alvos e saber

se trata de sua saúde. Ainda, parece

mais coisas sobre a saúde e estilo de

difícil entender que é possível cuidar

vida de cada um deles”. AGOSTO DE 2014 ASAP 25


26 ASAP AGOSTO DE 2014


tecnologia !"#$%&'()$%*

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AGOSTO DE 2014 ASAP 27


A

tualmente é difícil im-

troca de informações online, teleme-

aginar como seria a vida

dicina, telecuidado móvel, computação

sem o desenvolvimento

em nuvem e aplicativos para telefones

da tecnologia. Ela trans-

móveis são algumas das ferramentas

formou completamente a forma de

auxiliares para médicos e pacientes.

comunicação e relacionamento entre pessoas em um mundo altamente glo-

“Um dos principais marcos para este

balizado, onde as barreiras de espaço

setor foi a possibilidade de monitorar os

precisam ser transpassadas com rapi-

batimentos cardíacos através de um ce-

dez e o tempo, que se torna cada vez

lular, o Samsung Galaxy 5S, pois a partir

mais escasso por conta da multifun-

deste momento, todos passam a ter aces-

cionalidade assumida por cada um, é

so a este tipo de tecnologia facilmente.

valioso demais e precisa ser poupado

É um ponto de inflexão e que agora será

de uma maneira eficaz.

oferecido em escala, pois a demanda foi criada”, pontuou Guilherme.

O segmento de saúde também vivencia grandes transformações e novas possi-

De acordo com o pesquisador, no cenário

bilidades com o avanço tecnológico. Se-

atual a sociedade busca ter mais controle

gundo o pesquisador, consultor e men-

sobre a sua saúde e bem-estar e as fer-

tor na área de eHealth, Guilherme S.

ramentas de eHealth são muito impor-

Hummel, o habitat da saúde no século 21 está na tecnologia. “Sem a aplicação da tecnologia nas mais diversas áreas, o sentido de fazer política na saúde será perdido”, afirmou em palestra ministrada no Congresso Internacional da Asap. Hoje, centenas de vetores em eHealth já estão disponíveis para profissionais da saúde e também para a população.

tantes para reafirmar que isso é possível e viável. “Todos estes instrumentos dão mais força e poder ao usuário para mudar seu comportamento e seus hábitos, visando uma vida mais saudável. Isso é de extrema relevância quando analisamos as estatísticas que mostram que entre 10 e 15% do estado de saúde de uma pessoa é atribuído ao sistema, enquanto

Prontuários eletrônicos, telemonitora-

a porcentagem relacionada ao estilo de

mento, softwares de gestão hospitalar,

vida é de 30 a 42%”.

28 ASAP AGOSTO DE 2014


tecnolog “Tudo o que temos às ordens hoje não

que ela está aí para nos beneficiar e para

são mais novidades e modernismos, são

ajudar a todos, o sistema, os provedores,

instrumentos de transformação. Esta-

os operadores e também os pacientes”.

mos vivendo um momento de mudança na ordem de oferta e demanda. Cada dia

Segundo números apresentados pelo

mais, o paciente é quem decide o que a

pesquisador, na Europa 60% dos médi-

cadeia passará a fornecer, pois o século

cos clínicos gerais (GP) já adotaram sis-

21 é o momento da supervalorização

temas eHealth e 9% dos hospitais já dis-

do consumidor, no caso da saúde, o pa-

ponibilizam aos pacientes o acesso ao seu prontuário. Na Chi-

ciente. O problema, é que isso ainda é visto como um

benefício

assimé-

trico, já que os médicos não conseguem enxergar as vantagens que muitas destas

tecnologias

po-

dem oferecer a eles”, falou Guilherme,

ressaltando

que ainda existe um gargalo a ser superado entre o sistema e os provedores

Na zona rural da Índia, onde há uma enorme incidência de cataratas, cinco mil pacientes são atendidos anualmente por enfermeiros treinados, que estão conectados com unidades hospitalares na capital e fazem teleconsultas com oftalmologistas” Guilherme S. Hummel, consultor de eHealth

na, onde há 1,1 bilhão de linhas de telefones móveis,

a

prioridade

do programa de saúde do governo é implantar em seis mil hospitais a informatização e monitoramento remoto. O Reino Unido já conta com 1,7 milhões de pessoas já utilizam os

de saúde.

serviços de telecare.

“O sistema é onde tudo se encontra. Se

“Diversos países encon-

fôssemos pensar em um diagrama, o

traram soluções incríveis para proble-

ambiente assistido, telecare e mHealth

mas que pareciam impossíveis de ser re-

estão inseridos na aba da telehealth,

solvidos. No Afeganistão, atendimentos

dentro da telemedicina, que está sob o

médicos em unidades de teleconsulta

guarda-chuva do eHealth e o sistema de

são boas soluções para os lugares mais

saúde engloba tudo isso. Não tem como

remotos e com a tecnologia à disposição

separar a tecnologia da saúde, isso não

e bem utilizada, conseguem laudagem e

existe mais, mas precisamos entender

atendimento na capital, Kabul. Na zona AGOSTO DE 2014 ASAP 29


rural da Índia, onde há uma enorme

é um ponto de chegada, mas uma jor-

incidência de cataratas, cinco mil pa-

nada. Não tem um fim, não tem descanso, não pode retroceder, não carece só de reforma, mas de reinvenção. E ela

cientes são atendidos

anualmente

por enfermeiros treinados, que estão conectados com unidades hospitalares na capital e fazem teleconsultas com oftalmologistas. Filipinas, Uganda e outros países também já utilizam tecnologias que possibilitam uma melhora significativa

na

saúde

e qualidade de vida da população”. De

acordo

com

uma

pesquisa divulgada pela Price, até o ano de 2017, 28,4 milhões de brasileiros terão acesso às soluções em mHealth, o que reduzirá o custo da saúde em US$ 14 bilhões e da saúde adicional em

mação”, finalizou Hemmel. da importância de reter um cliente e de oferecer qualidade de serviços e atendimentos, mostramos a eles que todo mundo pode o que

“A Gestão de Saúde Populacional não é um ponto de chegada, mas uma jornada. Não tem um fim, não tem descanso, não pode retroceder, não carece só de reforma, mas de reinvenção. E ela não respira sem a tecnologia da informação” Guilherme S. Hummel, consultor de eHealth

US$ 4,3 bilhões anuais. “Isso demonstra, em números o que torna mais fácil de visualizar, a força do paciente e da tecnologia nos próximos anos. A mudança no estilo de vida terá um enorme impacto no setor da saúde e a tecnologia está completamente atrelada a isso”, disse o consultor. “A Gestão de Saúde Populacional não 30 ASAP AGOSTO DE 2014

não respira sem a tecnologia da infor-

quiser e oferecemos prêmios, bônus, treinamento de sucessores, etc., além das recompensas para a família como check-up para os pais, auxílio casamento, colocação

curso de profissional

para familiares, entre outros. Isso nos trouxe colaboradores que nos veem como uma família”, comemora Vaz.

Os resultados chamam a atenção: 99,71% de satisfação do cliente, 99% de excelência, 89% de índice de felicidade no trabalho, 93% de índice de engajamento e quatro processos trabalhistas ao longo de 13 anos – três deles vencidos pelo Instituto Sabin. “Fazer certo de forma simples, pode sim trazer resultados incríveis”, finaliza Janete.



OMINT.COM.BR

Nenhum outro plano de saúde é tão fundamentado no cuidado,

Cristiana Lowndes Sócia-diretora comercial da MBS Seguros

no respeito e na qualidade do atendimento como a Omint. É por isso que a Cristiana, responsável por benefícios e novos negócios na sua corretora, confia no plano que oferece para seus clientes. Ela sabe que empresas que valorizam o capital humano encontram na Omint a melhor parceira para oferecer atendimento personalizado, seguro e sem burocracia. Os produtos, a implantação e a gestão de contratos da Omint proporcionam a melhor solução médica e odontológica para os clientes e também para a Cristiana.

ASSISTA A OUTROS DEPOIMENTOS EM WWW.YOUTUBE.COM/OMINTBRASIL 0800 726 4000 OU (11) 4004-4011 | CONSULTE SEU CORRETOR.

Prestígio é cuidar de você.


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