Healthers Ed.07

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Healthers - apaixonados pela saúde - Número 7 - abril de 2014

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Apaixonados pela Saúde

COLABORAÇÃO E TECNOLOGIA PARA DESENVOLVER O

SETOR SAÚDE NA PONTA DOS DEDOS

Ano 2 | Número 7 Mar/Abril de 2014

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SAÚDE CADA VEZ MAIS DIGITAL

DECISÃO ARTIFICIAL COMO A TECNOLOGIA TEM AVANÇADO PARA AUXILIAR NA DECISÃO MÉDICA POR MEIO DE SISTEMAS E INTELIGÊNCIA

ARTIFICIAL

COLABORAÇÃO PARA DESENVOLVER A SAÚDE 12/04/14 01:23


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Oferecer um futuro com ainda mais saúde. Esse é o nosso compromisso. Nós da Beneficência Portuguesa de São Paulo estamos com os olhos voltados para o futuro. Sempre evoluindo e desenvolvendo novas ofertas de serviço, com inovação tecnológica e ampliação dos nossos hospitais. Esse é o nosso compromisso com a sua saúde.

Beneficência Portuguesa de São Paulo: Uma cidade dedicada à saúde.

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Responsável técnico: Dr. Luiz Eduardo L. Bettarello –CRM 23706

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O Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos completará 65 anos e se diferencia por conter um Centro Médico de Especialidades, Unidade de Medicina Diagnóstica e importantes áreas de Terapia Intensiva, além de contar com uma equipe multidisciplinar de alto desempenho e corpo clínico capacitado para atender em mais de 50 especialidades. Oferece um ambiente que se destaca pela arquitetura e infraestrutura diferenciadas, acolhimento no atendimento, hotelaria de alto padrão e tecnologia de ponta e inovadora. Já conquistou importantes selos e prêmios como o “100 Melhores Empresas para Trabalhar GPTW - Brasil”, conquistado pelo terceiro ano consecutivo, o “ 35 Melhores Empresas para Trabalhar GPTW - Saúde”, o ranking dos “Melhores Hospitais da América Latina”, publicado pela Revista América Economia e a importante renovação de sua Acreditação Hospitalar Nível 3 - Excelência em Gestão (ONA).

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Responsável técnico: Dr. Antoninho Sanfins Arnoni - CRM: 16.071

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NESTA EDIÇÃO

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Colaboração e tecnologia para desenvolver o setor Em entrevista para a Healthers, Marcelo Medeiros e Rodrigo Lopes falam sobre os próximos passos do Grupo Saúde Bandeirantes e a incorporação de tecnologia para melhorar o setor de saúde

OPINIÃO

58 Finanças – Carlos Marsal 78 TI – David Oliveira 98 RH – Karla Lemes

20 26

26 Saúde na ponta dos dedos Na era da procura incessante por informação e da disponibilização de conteúdos diversos para aparelhos móveis, grandes empresas buscam seu espaço também na área da saúde

34

34 Decisão artificial Como a tecnologia tem avançado para auxiliar na decisão médica por meio de sistemas e inteligência artificial

42

42 Integração, o nome do jogo A interoperabilidade de sistemas tem avançado e criado oportunidades de negócios, mas os desafios nessa área ainda persistem

50

50 Como conciliar ética e tecnologia? Eis a questão Nos últimos anos, o avanço da tecnologia colocou em dúvida a possibilidade de manter a ética inabalada em diversos setores, a medicina é um deles

62 72

62 Um ano de história Fóruns encontros e conteúdo, confira o que fizemos no primeiro ano de Healthers

80

80 Cuidando da saúde dos colaboradores Como a ASAP pretende avançar as práticas Gestão de Saúde Populacional no Brasil por meio de treinamentos e referências de metodologia

86

86 Estratégia e TI para otimizar processos Instituições de saúde investem em desenvolvimento de aplicativos e parcerias para otimizar praticas administrativas e aumentar a eficiência dos hospitais

112 Hospitais – Francisco Balestrin 130 Insigth – Alberto Leite

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20 Saúde cada vez mais digital Paul Grabscheid, VP of Strategic Planning da InterSystems, fala sobre como a tecnologia tem influenciado a saúde ao redor do globo e mudado a forma de fazer medicina

72 Saúde em tempo real Tendência ou não, o mercado de dispositivos wearables já movimenta bilhões em mercados estrangeiros e gera discussão sobre sua aplicação no Brasil

100

100 De olho no paciente Como as novas tecnologias possibilitam o monitoramento da saúde e por que isso pode ser um benefício para hospitais, médicos e pacientes

108

108 Reduzindo custos e controlando o acesso Em parceria com empresa brasileira, sistema de saúde do Texas recorre à tecnologia de controle de acesso para reduzir custos e melhorar o desempenho assistencial de seus serviços

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EDITORIAL

Como você vê o futuro? O que você está fazendo para construir um futuro melhor no setor de saúde? Pesquisas, desenvolvimento de tecnologias, sistemas, novas terapias? São diversas as frentes de trabalho abertas por profissionais visionários que lutam por um futuro melhor na saúde, seja na área assistencial ou administrativa. O importante é que existem pessoas sonhando e trabalhando por um futuro melhor. Será que em algum momento, os criadores do seriado “Star Trek” imaginaram que seria possível coletar dados de um paciente com um aparelhinho de mão, utilizar um robô para realizar um procedimento cirúrgico ou até mesmo discutir sobre uma patologia com um sistema de inteligência artificial, como a série clássica de ficção científica mostra? A verdade é que a ficção, pensada há mais de três décadas, hoje tornou-se realidade e assim também será com tudo aquilo que vemos hoje em filmes e livros que falam sobre o futuro. Em um passado não tão distante, há cerca de um ano, surgia a ideia de criar uma empresa capaz de desenvolver conteúdo e aproximar executivos das maiores e melhores empresas do setor de saúde com o objetivo de fomentar parcerias e desenvolver cada vez mais o segmento. Há um ano surgia a Healthers. Durante esse período produzimos mais de cem matérias, e entrevistamos cerca de 300 fontes que, como nos, acreditam em um setor de saúde melhor e dedicam-se de corpo e alma para que seus sonhos sejam realidade. Nesta edição especial, que comemora o primeiro ano de Healthers, será totalmente dedicada à TI em saúde. Nas próximas páginas, você encontrará tendências e projetos que estão mudando o cotidiano das instituições de saúde, tornando-as mais seguras, eficientes e rentáveis. Porém, mesmo com temas diferentes abordados nessa edição uma premissa permeia cada um dos conteúdos publicados: a excelência e qualidade no atendimento à saúde e a sustentabilidade financeira de hospitais e laboratórios estão cada vez mais dependentes de sistemas informatizados que auxiliam na gestão e estratégia do negócio. Boa leitura!

Guilherme Batimarchi

EDITOR

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Publisher Alberto Leite | alberto@healthers.com.br Diretora de Negócios Gabriela Marcondes | gabriela@healthers.com.br

Editor Chefe Guilherme Batimarchi | guilherme@healthers.com.br

Repórter Isadora Mota | Isadora@healthers.com.br Claudia Rocco | redacao@healthers.com.br Maristela Orlowski | redacao@healthers.com.br Soraya Simón | redacao@healthers.com.br Sérgio Spagnuolo | redacao@healthers.com.br Ilustração Rick Zafala | redacao@healthers.com.br Arte Rodrigo Martins | rmartins.rodrigo@gmail.com

Fotografos Danilo Ramos | daniloramosfoto@gmail.com

dministrativo e Financeiro Julio Portello | julio@hrealthers.com.br A Gerente de Negócios Karla Lemes | karla@healthers.com.br Coordenadora de Operações Ana Paula Savordelli | ana@healthers.com.br Operações Beatriz Fiori | beatriz@healthers.com.br Conselho Editorial

Claudio Tonello Carlos Marsal Marília Ehl Barbosa Carlos Suslik

HEALTHERS é uma revista direcionada aos executivos do setor de saúde brasileiro, cujo objetivo é compartilhar conhecimento técnico e prático para comunidades de marketing, TI em saúde, RH, Compra, Venda, Finanças e CEOs. A publicação traz, também, conteúdo acadêmico e artigos escritos por especialistas, além de cases internacionais. As informações contidas nas mensagens publicitárias publicadas pela revista são de exclusiva responsabilidade das empresas anunciantes. Os artigos assinados são responsabilidade de seus autores e não refletem necessariamente a opinião dos editores da revista. Todo o conteúdo da HEALTHERS, revista e portal, é de livre reprodução, sendo necessária a citação da fonte, conforme legislação de direitos autorais. Marketing e Audiência Saiba como promover e valorizar sua marca, seus produtos ou serviços na HEALTHERS | revista e portal. Solicite nosso Mídia Kit pelo e-mail pedro@healthers.com.br ou pelo telefone: (11) 4327-7007 Editorial: Para falar com a redação da HEALTHERS ligue: (11)4327-7007 ou envie suas notícias para redacao@healthers.com.br Publicidade: Para anunciar na revista, no portal HEALTHERS, ou discutir uma estratégia de comunicação para aumentar as vendas de seu produto ou serviço, ligue para (11) 4327-7007 ou gabriela@healthers.com.br. Distribuição Nacional: Treelog Impressão: ELYON

HEALTHERS - Apaixonados pela Saúde. Rua Dr. Nelson Líbero, 103 | CEP 04576-010 | Cidade Monçoes

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Fotos: Danilo Ramos

ENTREVISTA

Acompanhe este e outros conteĂşdos em www.healthers.com.br

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Colaboração e tecnologia para

desenvolver

o setor Por Guilherme Batimarchi

guilherme@healthers.com.br

Incorporação de tecnologia, inovação, continuidade de gestão e mudanças no grupo. Esses foram alguns dos assuntos abordados por Marcelo Medeiros e Rodrigo Lopes, do Grupo Saúde Bandeirantes durante um bate papo exclusivo com a Healthers.

Healthers: Como o Grupo Saúde Bandeirantes está posicionado no mercado brasileiro de saúde?

Marcelo Medeiros: Nós realizamos algumas mudanças no posicionamento de marketing da instituição, e inclusive a marca da organização. O Grupo Saúde Bandeirantes que possui também o Hospital Leforte causa uma certa confusão aos clientes. Por esse motivo nós abandonamos a ideia do nome Grupo Saúde Bandeirantes e agora seguiremos trabalhando a marca dos hospitais individualmente. A sociedade Assistencial Bandeirantes, como outros grupo que vemos atuando no mercado ficará como a marca mãe dos hospitais do grupo. Acreditamos que o ideal para nós é colocar cada uma das marcas em evidência no mercado. Estamos no mercado hospitalar há 68 anos. Desde 1945, quando meu avô começou com uma clínica, em 1964 terminou a primeira fase de construção ABRIL DE 2013

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ENTREVISTA

"Acreditamos em nosso potencial e que precisamos fazer nossa parte, além de sermos inovadores 24 horas” Rodrigo Lopes

do hospital, e em 1975 e começou a se chamar Hospital

tiva e para todos do grupo, está muito claro que a família

Bandeirantes e em 2009 inauguramos o Hospital Lefor-

não está no negócio.

te. Nessa época, nosso plano estratégico tinha o nome de

Acreditamos que é muito importante profissionalizarmos

Plano Rosa dos Ventos, cujo objetivo era possuir unida-

a gestão para que os executivos e outros colaboradores do

des assistenciais nas quatro regiões de São Paulo, Norte,

hospital tenham uma oportunidade de crescimento den-

Sul, Leste e Oeste.

tro da organização.

Estamos seguindo com esse plano, em 2009 inaugura-

Já no ponto de vista de faturamento e tecnologia, somos o

mos o Leforte, no Morumbi, que consideramos uma

primeiro hospital no Brasil, que começou a trabalhar com

marca Premium do grupo para competir com institui-

armários eletrônicos no pronto socorro, o que trouxe uma

ções com outras instituições. O que faremos agora é a

mudança cultural e de gestão muito grande aos colabora-

aquisição ou construção de clínicas avançadas, e pos-

dores da instituição.

teriormente, de acordo com a realidade do mercado,

Rodrigo Lopes: Aqui no grupo temos uma filosofia que

construirmos hospitais.

é “fazer igual, mas de forma diferente”, e acreditamos

Temos em mente que precisamos manter a sustentabili-

muito em inovação, e não apenas em tecnologia.

dade do setor. E dessa forma, não apenas por causa dos

Fizemos uma grande parceria com a Cisco. Acreditamos

investimentos no grupo, que são muito altos, mas também

que, se tivermos um bom departamento de TI estratégico,

temos que tomar muito cuidado em mitigar o custo da

e não operacional, a base para a assistência mais eficien-

operadora para que consigamos manter o crescimento de

te permitirá um crescimento otimizado e mais rentável,

forma saudável e sem prejudicar a fonte pagadora.

tanto para o hospital quanto para nossos clientes que são

Healthers: Com essa mudança no grupo, e a en-

principalmente as operadoras.

trada de uma nova geração de gestores da famí-

Temos investido muito na tecnologia em gestão, fornecen-

lia na instituição como fica a continuidade dos

do mais agilidade, controle de processos, geração de in-

trabalhos frente ao Grupo Saúde Bandeirantes?

dicadores para resultar na melhoria de nossos resultados.

Marcelo Medeiros: A decisão de tornar a gestão do

Outro ponto interessante é que temos trabalhado muito

grupo totalmente profissionalizada veio em 2001. Atual-

com Lean. Estamos com a primeira academia Lean He-

mente, nenhum dos diretores do grupo pertence a família.

althcare no Brasil e, em breve, lançaremos o primeiro livro

Para nós, hoje, no ponto de vista da governança corpora-

de Lean Healthcare para o mercado de saúde brasileiro.

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Healthers: Esse programa de Lean Healthcare é exclusivo

Fizemos o seminário sobre o Oceano

para os executivos do Grupo Saúde Bandeirantes?

Azul, poucos dias antes da realização

Rodrigo Lopes: Não. Este é um curso aberto para profissionais de todas

do planejamento estratégico do grupo

as instituições. Não temos medo de concorrência, acreditamos em nosso

para mudar a visão dos gestores e tra-

potencial e que precisamos fazer a nossa parte e sermos inovadores 24

zer novas ideias ao grupo. Nossa meta

horas por dia.

é dobrar os resultados da instituição em

Acreditamos muito na filosofia do Oceano Azul, e quando começamos

cinco anos, mas acreditamos que isso

a gerar criatividade com menor custo, conseguimos fazer inovação. Não

seja possível, com muito trabalho, em

é apenas incorporando tecnologia que fazemos inovação, na verdade,

três anos. Não há mágica para isso, e

ela faz parte desse processo.

sim muito trabalho e planejamento.

Desde 2013 realizamos reuniões onde um grupo de executivos leem

Healthers: Como vocês traba-

alguns livros – começamos com três títulos, Oceano Azul, E se Disney

lham para conhecer e incorporar

administrasse seu hospital e A semente da vitória – e através da visão

novas tecnologias e processos ao

deles, são apresentados seminários para os colaboradores da instituição.

Grupo Saúde Bandeirantes?

Esse ano estamos trazendo quatro novos títulos.

Rodrigo Lopes: Esse ano, estamos ABRIL DE 2013

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ENTREVISTA

criando um programa que consiste em um calendário de visitas à instituições de ponta, hospitais de excelência como Sírio Libanês, Moinhos de Vento, 9 de Julho, Rede D’Or, entre outros. Não vemos nenhuma dessas instituições como nossos concorrentes. Já visitamos hospitais no Canadá, em Londres, estivemos na HIMMS esse ano e no final do ano passado no centro médico da Cisco, que foi um verdadeiro banho de tecnologia em saúde. Acreditamos que não podemos correr o risco de esperar a tecnologia vir até nós. É preciso visitar e pesquisar no maior número de fontes possíveis. Tudo isso pode nos trazer ideias. Acreditamos que é preciso ser inquieto e correr atrás das novidades. Aqui no Grupo Saúde bandeirantes a Família Medeiros nos dá total liberdade para trabalharmos e crescermos. Healthers: Quais projetos de tecnologia vocês estão executando nesse momento? Rodrigo Lopes: Nesse momento, estamos implementando o projeto de conectividade da Cisco, que nos permitirá rastrear OPMEs, equipamentos e controle de fluxo de pacientes por meio de RFID, toda a telefonia dos hospitais será IP e estamos desenhando open offices que estimularão o compartilhamento de informações e a comunicação entre os colaboradores e nossos servidores estarão redundantes e em uma nuvem privada. Paralelo a isso, implementando uma ferramenta do MV Soul de gestão de planejamento estratégico e BSC (Balance Score Card), onde todo o planejamento está em um sistema. Isso é um pouco diferente nos hospitais e acabamos 16

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“Temos em mente que precisamos manter a sustentabilidade do setor” Marcelo Medeiros

de implementar uma ferramenta de BI (Business Inteli-

Aparentemente tudo isso pode parecer ir contra nos-

gence) para todo o hospital.

sos interesses, mas na verdade é uma visão em médio

Outro projeto é a disponibilização de telas para o moni-

e longo prazo de que precisamos entender o lado da

toramento por indicadores de desempenho para todos os

operadora e fazer com que eles não gastem menos,

gestores do hospital.

mas gastem certo.

Em nosso centro cirúrgico, instalamos uma tela touch scre-

Healthers: Como o Grupo Saúde bandeirantes

en para que os cirurgiões possa controlar e acessar exames

passou a ter uma TI mais focada em estratégia e

sem o auxílio de um mouse ou teclado. Este é um projeto

menos em operações?

muito similar ao que vimos em um hospital no Canadá.

Rodrigo Lopes: Tudo em nossos hospitais amadureceu

Hoje, também temos um ensaio de uma nuvem privada

devido ao capital humanos que temos hoje. Nosso princi-

onde estão contidos dados de pacientes para o comparti-

pal executivo de TI que agora foi promovido graças a um

lhamento com outras instituições. A ideia é fazer parcerias

programa de job rotation e que agora é diretor de uma

com operadoras para que elas possa enxergar os dados

das unidades do Grupo Saúde Bandeirantes é uma pessoa

dos exames dos pacientes com o objetivo de reduzir o si-

extremamente inquieta e com foco em estratégia.

nistro dos pacientes.

Quando você tem uma ideia e essa ideia é absorvida por

Marcelo Medeiros: na questão da mitigação do custo

um grupo ela acaba transformando-se em um projeto

do paciente oncológico, por exemplo, que passamos para

que, posteriormente, torna-se realidade.

a operadora é que as informações do paciente precisam

A instituição tinha uma ideia dessa necessidade de evo-

estar em nuvem.

lução em estratégia e os executivos compraram a ideia

Se um paciente atendido pelo Hospital bandeirantes, por

de ter um RH, um departamento de marketing e outras

exemplo, passa mal e é levado para outra instituição, na

áreas do hospital com um foco estratégico. A área de TI

hora do atendimento serão solicitados novos exames, au-

também identificou a necessidade e a oportunidade de

mentando o sinistro da operadora, uma vez que o pacien-

tornar-se estratégica e deixar de ser apenas um serviço de

te já os realizou anteriormente.

suporte ao usuário.

Por meio das informações em nuvem, o médico, acessaria

Existem grandes empresas onde as diretorias fazem o job

os dados do paciente sem poder imprimir, e tendo acesso

rotation constantemente. Onde você começa a ter ges-

com um cartão de senha e certificação digital por uma

tores generalistas na parte estratégica e não especialistas

questão de segurança e ética.

você garante otimização e velocidade. Quando você tem

Em segundo lugar, achamos importante os serviços de

um colegiado trabalhando e todas as decisões são compar-

home care estarem altamente lincados ao hospital, pois

tilhadas, você sai de um pensamento feudal de gestão e as

sem o home care e a gestão de informações rápida difi-

pessoas começam a ter maior interação.

cilmente conseguiremos reduzir o custo da saúde. Isso é

Marcelo Medeiros: Isso significa também que a tec-

o que temos colocado para as operadoras em casos de

nologia saiu de um ponto de vista técnico e tornou-se

pacientes oncológicos. Por esse motivo estamos investindo

uma questão executiva por estar tão inserida no negó-

pesadamente em tecnologia.

cio da instituição. ABRIL DE 2013

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ENTREVISTA

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Saúde cada vez

mais digital Por Guilherme Batimarchi guilherme@healthers.com.br

Em entrevista exclusiva para a Healthers, Paul Grabscheid, VP of Strategic Planning da InterSystems, fala sobre como a tecnologia tem influenciado a saúde ao redor do globo e mudado a forma de fazer medicina.

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Healthers Como a InterSystems vê o mercado de saúde no mundo? Paul Grabscheid A primeira coisa que eu diria para responder à sua pergunta é: nós da InterSystems temos a chance de conhecer os sistemas de saúde do mundo todo. Há os mais diversos tipos—alguns são completamente privados, outros completamente públicos, alguns são mistos, mas todos têm os mesmos tipos de problemas. Vou contar um pouco sobre o cenário que nós da InterSystems vemos ao redor do mundo. Existem alguns problemas centrais que realmente afetam o sistema de saúde de qualquer lugar. O primeiro deles é que o setor não é estruturado de forma que todas as peças possam funcionar bem juntas. A maioria das pessoas recebe cuidados médicos de mais de um profissional, em mais de um local—portanto a coordenação, o compartilhamento de informações e a entrega de assistência ao paciente não são muito bem organizados. Não funcionam muito bem como um sistema. Healthers: Os processos não são bons, é isso? Paul Grabscheid Os processos não são bons e muitas vezes é difícil obter uma visão geral e completa do paciente, já que seus dados estão armazenados em locais diferentes. Ninguém consegue acessar essas informações com clareza. É complicado para os médicos e o paciente acaba recebendo uma assistência não tão boa quanto deveria ser, às vezes tendo que repetir um mesmo exame duas ou três vezes. Nesse sentido, estamos muito focados em usar a tecnologia para entregar o que acreditamos ser um sistema de assistência mais conectado. Parte disso está no uso da tecnologia em si; uma outra parte é a tentativa de fazer as diferentes pontas do sistema de saúde funcionarem juntas. Sistemas mistos são particularmente interessantes, porque neles as pessoas enxergam os dois lados—público e privado. Parte do histórico está aqui, parte está lá, e é preciso encontrar maneiras de conectar as duas pontas. Esse é um dos pontos no qual estamos bastante focados. Um segundo ponto é: à medida que o tipo de conhecimento em medicina continua avançando, ou seja, novas descobertas são feitas, novas terapias surgem, novos remédios aparecem. Nesses últimos dias aconteceu muita discussão sobre genômica, muito mais do que nos anos anteriores desse mesmo evento. Pois então, à medida que os cuidados com a saúde continuam avançando, cresce o desafio de como incorporar esse novo conhecimento na prática da medicina. Para nós, a tecnologia também deve ajudar a resolver esse problema. Healthers Estamos falando de medicina customizada? Paul Grabscheid Exatamente. Portanto, acredito que o desafio do sistema de saúde em qualquer lugar do mundo é: quando uma descoberta como essa é feita, como podemos torná-la parte da assistência ao paciente? Esse provavelmente é um dos aspectos em que estamos mais focados. Outro ponto, e tenho curiosidade de saber como ele se aplica ao Brasil, é que existe o interesse cada vez maior na possibilidade de o paciente ter participação médicas, ser capaz de se comunicar eletronicamente com seu médico... Eu te-

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Dvulgação

mais ativa na assistência prestada a ele. Ou seja, ter acesso às suas informações

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ENTREVISTA

Se observarmos o mercado de TI de forma geral, veremos que a área de TI em healthcare vai crescer ainda mais rápido. Existem grandes oportunidades

22

nho sérios problemas para contactar meu médico

pos de medicina. A maioria dos médicos não está feliz

por telefone: eu ligo, ele está ocupado. Ele liga de

com o sistema que possui. Existem sistemas com muita

volta, eu estou ocupado. Eu ligo de novo, ele está

capacidade, mas que não se adequam ao método de

ocupado de novo! É isso, o telefone às vezes não é

trabalho deles. Por isso, uma das tendências que vemos

um método eficiente. Quando é possível se comuni-

é o desenvolvimento de softwares que realmente se en-

car eletronicamente, fica tudo mais fácil.

caixem no dia a dia dos médicos.

Healthers: Via aplicativo, por exemplo?

Uma segunda tendência é a união do time que ofe-

Paul Grabscheid: Sim, pode ser via aplicativo.

rece assistência ao paciente. Eu costumo dizer que a

Umas das coisas interessantes que tem acontecido nos

medicina é como um time esportivo, no qual existe

Estados Unidos é que antigamente o médico só era

um grupo de pessoas envolvidas. O problema é que

pago quando o paciente ia até o seu consultório. Era

não existe um capitão, um técnico, não é um time

necessário um encontro físico, o paciente tinha que es-

muito organizado! É um time que não tem ferramen-

tar no mesmo espaço que o médico. Agora, algumas

tas e estrutura para que os seus membros trabalhem

empresas nos Estados Unidos já estão pagando mé-

bem juntos. O que nós vemos, do ponto de vista da

dicos por “visitas eletrônicas”: o paciente troca men-

tecnologia, é que é preciso primeiro otimizar o siste-

sagens eletrônicas com seu médico e consegue cuidar

ma para cada uma das pessoas que o utiliza, para só

totalmente de seu problema. Isso equivale a uma visita.

então encontrar uma forma de otimizá-lo para o time

Pense só: ir até o consultório é menos conveniente para

como um todo. O time de cuidados de cada pessoa

você, menos conveniente para o médico e, em alguns

é diferente.

casos, é totalmente desnecessário. Por esse motivo, es-

Healthers: Sobre Mobile Health: como esse

tão começando a incentivar esse tipo de “visita”.

tipo de tecnologia pode ajudar as instituições

Healthers: Na sua opinião, quais são as ten-

de saúde?

dências no mercado de saúde e tecnologia?

Paul Grabscheid: Bom, de algumas formas. A

Paul Grabscheid: O que vemos de mais importante

tecnologia mobile ajuda as organizações no sentido

gira em torno dos softwares—a tentativa de desenvol-

de tornar seus pacientes mais conectados, mais en-

ver sistemas que se adaptem cada vez mais ao trabalho

gajados. No fim das contas, a conquista mais impor-

dos médicos, e que sejam cada vez mais customizados

tante de um médico é fazer seu paciente mudar de

às suas necessidades, às necessidades dos diferentes ti-

comportamento: comer direito, fazer mais exercícios,

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parar de fumar. Provavelmente esse é o tipo de coisa que mais afeta a

nuindo, o investimento quase não apa-

saúde da sociedade. Quanto mais tornamos as pessoas engajadas em

rece na conta. O dinheiro é destinado a

sua própria saúde, mais saudáveis todos nós ficamos. Acho que o celular

outras áreas.

tem um papel de importância percebido na vida das pessoas, ao contrá-

Healthers: Interoperabilidade:

rio de hospitais e médicos. Dentro do hospital, um dos desafios sempre

empresas como a Phillips e a

foi o fato de que a maioria das pessoas que têm um trabalho importante

General Electric têm investido

não está sentada atrás de uma mesa. Elas estão para lá e para cá o tempo

bastante nessa área. Como a In-

todo. Até pouco tempo, a tecnologia não era muito conveniente para

terSystems vê a concorrência e

esses profissionais, mas acredito que isso tem mudado.

o que tem feito para superá-la?

Healthers: Falando um pouco da InterSystems: quais são as

Paul Grabscheid: Quando eu pen-

expectativas para o mercado global de healthcare?

so na InterSystems e na base de nosso

Paul Grabscheid: Considerando o que eu vejo ao redor do mundo,

negócio, que é ser uma plataforma de

existem dois fatores consistentes. Primeiro: em todo país, as pessoas pen-

tecnologia para healthcare, vejo três fa-

sam que o seu sistema de saúde tem grandes problemas, e que ele deve

tores principais. O primeiro é o trabalho

ser melhor em algum outro lugar. Se você perguntar a essas pessoas o

com as organizações de saúde (hospitais,

que elas fariam para melhorar o sistema de saúde de seu país, elas vão

clínicas, laboratórios, quaisquer empre-

apresentar uma lista daquilo que gostariam. Portanto existe bastante pres-

sas que oferecem assistência médica). O

são para que o sistema de saúde seja melhor. Esse é o fator número um.

segundo é o trabalho com outras com-

O outro é: se você perguntar a qualquer pessoa do governo de qualquer

panhias de software que estão criando

lugar do mundo, não importa quanto esse país gaste em serviços de saúde,

novas soluções, e nós oferecemos nossa

o valor sempre vai ser muito alto. Os custos em saúde continuam subindo

plataforma para viabilizar essas solu-

mais rápido do que a economia é capaz de crescer—é uma fatia cada

ções. O terceiro é o trabalho com o que

vez maior da receita. A pressão no governo é cada vez maior, pois todo

chamamos de “information networks”,

mundo precisa de assistência médica e ninguém está muito satisfeito com

ou seja, organizações que não traba-

o que tem em seu país. Todos esperam que o sistema melhore, mas o

lham com assistência médica, não criam

governo não tem mais dinheiro para investir. Esse pode ser um ambiente

softwares ou aplicativos, mas estão en-

terrível para se estar.

volvidas na operação de algum tipo de

Por outro lado, acredito que todo país vê os investimentos em TI e

network, alguma forma de conectar

healthcare como bons investimentos; como uma forma de melhorar a

empresas. É a combinação desses três

assistência médica e ao menos desacelerar o aumento de custos. Não

fatores que nos permite ter uma presen-

é possível diminuir os custos em si, mas se o crescimento deles for mais

ça forte no mercado.

devagar, já estaremos felizes.

Um de nossos novos parceiros é a Ve-

Portanto, o mercado de TI em healthcare é muito forte no mundo todo,

rizon, maior companhia de telecomu-

e na minha opinião vai continuar sendo. Se observarmos o mercado de

nicação dos Estados Unidos—acredito

TI de forma geral, veremos que a área de TI em healthcare vai crescer

que hoje mais e mais americanos esco-

ainda mais rápido. Existem grandes oportunidades. O cenário é particu-

lhem a Verizon para seu serviço de ce-

larmente bom em países que já estão investindo em healthcare. É o caso

lular. A Verizon também oferece mais

da China, por exemplo, ou da Arábia Saudita. Na Arábia Saudita estão

telefones fixos para os lares americanos

construindo diversos hospitais e aumentando o número de médicos—es-

do que qualquer outra empresa. Eles

tão realmente tentando modernizar e fazer crescer seu sistema de saúde.

também estão no ramo de TV a cabo,

Nos Estados Unidos isso não acontece: o número de hospitais está dimi-

enfim, são realmente grandes. ABRIL DE 2014

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ENTRADA DE EMPRESAS

SAÚDE

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Na era da procura incessante por informação e da disponibilização de conteúdos diversos para aparelhos móveis, grandes empresas buscam seu espaço também na área da saúde. ABRIL DE 2014

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NA

PONTA

DOS

DEDOS

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Por Cláudia Rocco redação@healthers.com.br

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Com a popularização e fácil acesso à internet e o ENTRADA DE EMPRESAS desenvolvimento e aprimoramento constante de aparelhos móveis como telefones celulares e tablets, a humanidade se encontra numa era nova, onde cada um pode buscar respostas, ajuda e soluções para muitas das coisas que precisam em um curto espaço de tempo.

Percebendo a nova realidade e o potencial mercado que

são desenvolvidos e lançados no

seria possível se criar para atender a crescente demanda pela

mercado, frequentemente, com o

auto informação e facilitação da vida, diversas empresas vol-

objetivo de alertar para a necessi-

taram os seus olhos para este setor. Atualmente, cerca de dois

dade dos cuidados com a saúde

milhões de aplicativos para celulares estão disponíveis para

e a possibilidade de se fazer isso

uso e a expectativa é que o faturamento deste mercado, para

com um simples toque na tela de

o ano de 2014, seja da ordem de US$ 29,5 bilhões.

um aparelho móvel.

Paralelamente a isso, a saúde também tem se tornado um

A multinacional Google é

assunto muito comentado e que, cada dia mais, faz parte da

uma dessas empresas. Alarma-

preocupação das pessoas em todo o mundo. Pressão alta, dia-

dos com o alto índice de pessoas

betes, colesterol alto, infarto, sobrepeso, entre outros termos,

com diabetes no mundo – hoje

já fazem parte do vocabulário comum e são temas de pes-

uma em cada 19 pessoas no pla-

quisas e cuidados especiais da população em busca de mais

neta é diagnosticada com diabe-

qualidade de vida.

tes – profissionais estão testando

Juntando então um mercado em franco crescimento, um

uma lente de contato inteligente,

assunto de extrema importância para todas as pessoas e a bus-

que será responsável por medir

ca incessante pela auto informação, diversas empresas têm

os níveis de glicose através das

buscado o seu espaço no segmento da saúde e novos produtos

lágrimas. “Usando um chip sem

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Há cerca de 40 anos, ninguém sequer pensava o quanto seria importante ter saúde na ponta dos dedos! “Pretendemos procurar parceiros especialistas em trazer produtos como este para o mercado. Eles usarão a nossa tecnologia para uma lente de contato inteligente e desenvolverão aplicativos que tornam as medidas disponíveis para o usuário e seu médico”. A Nike, líder mundial em materiais esportivos, fio minúsculo e um sensor de glicose

é outra empresa que busca cada vez mais espaço no

miniaturizados que são encaixados

segmento da saúde. Novos produtos para incentivar a

entre duas camadas de material ma-

prática de esportes são lançados frequentemente, como

cio de lente de contato”, explicam

é o caso da Nike + FuelBand, pulseira inteligente que

Brian Otis e Babak Parviz, responsá-

monitora, através da conectividade com um celular, as

veis pelo projeto.

atividades físicas do usuário mostrando a distância, fre-

“Estamos testando protótipos que

quência e intensidade de uma corrida, por exemplo e

podem gerar uma leitura uma vez por

emitindo relatórios e comparação de desempenho atra-

segundo. Ainda, estamos investigando

vés do aplicativo instalado no celular.

o potencial para que isso sirva como

A atualização do aplicativo Nike + Running, cria-

um alerta para o usuário, por isso ex-

do para iPhone e iPod Touch, é outra das apostas da

ploramos a possibilidade de integrar

empresa. Visando incentivar corredores a desafiarem

pequenas luzes de LED que poderão

seus amigos, o atributo Nike + Challenge foi relançado

acender para indicar que os níveis de

para que os atletas possam definir metas de distância

glicose estão acima ou abaixo de certos

e convidar os amigos para participar e competir de

limiares”, contam os executivos que

uma corrida. O aplicativo, que conta com mapas de

garantem que ainda é cedo para falar

percursos, quadro de classificação, torcida, feedback de

sobre o lançamento desta tecnologia.

áudio sobre ritmo, bate-papo, distância, tempo, playlist

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ENTRADA DE EMPRESAS

Atualmente, cerca de dois milhões de aplicativos para celulares estão disponíveis para uso e a expectativa é que o faturamento deste mercado, para o ano de 2014, seja da ordem de US$ 29,5 bilhões de motivação extra e incentivo de alguns atletas patrocinados pela empresa, é um dos produtos da empresa que visam utilizar a conectividade interpessoal para disseminar a cultura da prática de esportes. Já a também multinacional Apple, fabricante dos mundialmente conhecidos iPhones, iPads e iPods, ainda não desenvolveu um produto específico voltado para o mercado da saúde, porém a Apple não ficou de fora da “briga” por um espaço na área da saúde e, por isso, disponibiliza para download uma vasta gama de aplicativos de outras empresas na sua loja de aplicativos, a App Store. Os produtos oferecidos na App Store são diversos e vão desde aplicativos para ajudar no controle do peso de forma saudável, auxiliar no consumo de água e monitorar a qualidade do sono até rastrear o período menstrual e medir o

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pulso e frequência cardíaca através das câmeras dos aparelhos móveis. O NutraBem, da Live Touch , por exemplo, calcula o IMC do usuário, analisa seu perfil de consumo diário, oferece a possibilidade do registro das refeições para apontar quais foram as calorias consumidas e quais são as recomendadas, apresenta grupos de alimentos em uma tabela de equivalência nutricional, disponibiliza receitas e oferece dicas de nutricionistas sobre alimentos e refeições, e tem como objetivo ajudar os usuários a perder peso de uma forma saudável. O Beber Água, da Aplicativos Legais, calcula a necessidade de água que o usuário precisa ingerir por dia de acordo com o seu peso e programa notificações de acordo com os horários de dormir e acordar. São milhares de aplicativos – quase dois milhões -, produtos e campanhas desenvolvidos todos os dias, tendo como objetivo a melhora nas condições de saúde e qualidade de vida da sociedade. Tamanhas facilidade e diversidade são compatíveis com o momento que vivemos agora, onde as pessoas buscam mais informações e auto suficiência, e podem trazer melhoras significativas para as condições de saúde de cada indivíduo. Há cerca de 40 anos, ninguém sequer pensava o quanto seria importante ter saúde na ponta dos dedos!

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SISTEMAS DE SUPORTE A DECISÃO

DECISÃO ARTIFICIAL Por Maristela Orlowski redação@healthers.com.br

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Na hora de achar um diagnóstico ou definir um tratamento, sistemas computacionais de apoio à decisão clínica auxiliam profissionais e promovem agilidade, qualidade e segurança à prática diária médica e ao paciente ABRIL DE 2014

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SISTEMAS DE SUPORTE A DECISÃO

DIVULGAÇÃO

Luiz Comar: O sistema pode manter ou gerenciar os dados de cada indivíduo para a gestão do tratamento clínico, o acompanhamento da evolução terapêutica, bem como os resultados da utilização de drogas e procedimentos.

A prática da medicina tem contado com

diagnóstico, o prognóstico e o planejamento terapêutico, com in-

fortes aliados nas últimas quatro décadas: os

tuito de melhorar a qualidade e segurança do paciente com uso

sistemas de apoio à decisão médica (SADM).

racional de recursos. Entretanto, é no ambiente ambulatorial e

O avanço tecnológico associado aos novos

hospitalar que se encontram as maiores experiências, com siste-

conceitos de inteligência artificial propiciou

mas inteligentes já implementados na prática diária.

desde então a elaboração de sistemas compu-

O propósito não é substituir o especialista, mas ampliar e orga-

tacionais inteligentes e eficientes. Essas ferra-

nizar sua experiência e seu conhecimento. “Esses sistemas facilitam

mentas, alimentadas por um sólido banco de

o trabalho de todos os profissionais da saúde envolvidos no processo

dados, compila e analisa um elevado número

de cuidado ao paciente e fortalecem a cultura da prática médica ba-

de informações e norteia a tomada de decisão.

seada nas melhores evidências. Eles também racionalizam o uso de

Agilidade, economia de tempo e custos, efi-

recursos humanos e financeiros, assim como contribuem para o au-

ciência em diagnósticos e tratamentos, assim

mento da qualidade e segurança do paciente”, considera Schettino.

como qualidade e segurança são algumas de

Uma das vertentes de uso desse tipo de sistema é em diagnóstico. Segundo a literatura médica, o primeiro SADM foi o MY-

suas vantagens. De acordo com o gerente-médico da

CIN, dedicado ao diagnóstico e terapia de doenças infecciosas,

UTI do Hospital Sírio-Libanês, Guilherme

desenvolvido pelos Departamentos de Ciência da Computação e

Schettino, diferentes publicações revelam os

Medicina da Universidade de Stanford (EUA).

benefícios do uso dos SADM em todas as eta-

Luiz Comar, consultor especialista em Tecnologia da In-

pas da linha de cuidado, desde a prevenção

formação, explica que os SADM possibilitam melhor preci-

primária até a reabilitação, passando pelo

são no diagnóstico, por meio de respostas consistentes para

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“Os SADMs estão ainda em fase embrionária no Brasil. Esperemos uma grande evolução em termos de inteligência incorporada aos sistemas, rapidez de processamento, facilidades de uso, mobilidade, conectividade e diminuição de custos para aquisição e manutenção desses sistemas” – Guilherme Schettino, gerente-médico da UTI do HSL questões, processos e atividades

de melhores práticas; gestão de pro-

tamento mais atuais, corrigir dose

repetidas. O sistema pode man-

tocolos médicos, tratamentos, exa-

por peso, função renal e hepática,

ter ou gerenciar os dados de cada

mes e análises clínicas; precisão nas

prever interação medicamentosa e

indivíduo para a gestão do trata-

perguntas (o sistema não se esquece

programar o tempo de tratamen-

mento clínico, o acompanhamen-

de perguntar algo); compilação de

to”, avalia.

to da evolução terapêutica, bem

dados demográficos e culturais; e

Além disso, segundo o gerente-

como os resultados da utilização

disponibilização das informações

-médico, o sistema também pode

de drogas e procedimentos. “Du-

dos pacientes entre várias institui-

auxiliar na notificação do caso às

rante o diagnóstico, por exemplo,

ções (integração sistêmica).

autoridades sanitárias, assim como

ao considerar todas as informa-

Schettino exemplifica uma si-

ter acesso imediato e atualizado aos

ções disponíveis sobre o paciente,

tuação: um médico de um grande

dados epidemiológicos brasileiros e

o sistema pode antecipar atalhos

centro urbano brasileiro frente a

internacionais – o que é cada vez

e prevenir riscos, em um planeja-

um paciente com suspeita de ma-

mais importante em um mundo

mento mais individualizado”, diz.

lária, doença menos frequente e

globalizado, onde há franca mo-

O leque de soluções dos sis-

que raramente entra na rotina do

vimentação de pessoas dentro do

temas de apoio é vasto, segundo

profissional. “Um SADM pode ser

chamado turismo de saúde.

Comar: auxílio na interpretação

extremamente útil para auxiliar o

LIMITAÇÕES

de dados (imagens, sinais gerados

médico a pensar no diagnóstico,

Os especialistas ressaltam que

por aparelhos, medições médicas,

sugerir exames para sua confirma-

as experiências brasileiras no campo

narrativas de pacientes); promoção

ção, apresentar protocolos de tra-

dos sistemas de apoio à decisão mé-

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SISTEMAS DE SUPORTE A DECISÃO

SADM ONDE PODEM SER UTILIZADOS:

• PREVENÇÃO PRIMÁRIA; • DIAGNÓSTICO; • PROGNÓSTICO; • PLANEJAMENTO TERAPÊUTICO; • INTERPRETAÇÃO DE DADOS, IMAGENS, SINAIS GERADOS POR APARELHOS, MEDIÇÕES MÉDICAS; • PROMOÇÃO DE MELHORES PRÁTICAS; • GESTÃO DE PROTOCOLOS, TRATAMENTOS, EXAMES E ANÁLISES CLÍNICAS; • PRECISÃO NA ANAMNESE; • COMPILAÇÃO DE DADOS DEMOGRÁFICOS E CULTURAIS DE PACIENTES; • INTEGRAÇÃO SISTÊMICA DE DADOS. dica ainda são muito tímidas e pontuais.

sidade de nacionalização dos sistemas, já

Agilidade, economia de tempo e custos, eficiência em diagnósticos e tratamentos, assim como qualidade e segurança são algumas das vantagens.

que a grande maioria é estrangeira, com

nutenção desses sistemas”, comenta o gerente-médico do HSL.

dados epidemiológicos de fora e banco

Para ele, ainda é preciso provar os benefícios, sejam em melhoria

de dados de medicamentos aprovados

da qualidade e segurança do cuidado, efetividade e eficiência,

para uso em outros países. Custo tecno-

satisfação dos usuários e clientes e melhor desfecho clínico.

Existem limitações que devem ser superadas para a disseminação do uso dessas ferramentas no país, como a própria cultura médica para inserção e processamento em tempo real de informações e o uso da tecnologia. Há também a neces-

lógico para o desenvolvimento e a imple-

Quando os SADMs virarem, efetivamente, produtos de merca-

mentação dessas soluções é outra questão

do, teremos os desafios do uso pelos profissionais de medicina e de

que precisa ser considerada.

sua manutenção pelos profissionais de tecnologia, de acordo com

“Os SADMs estão ainda em fase

Comar. “Colocar essa relação nos consultórios já tem sido desafia-

embrionária no Brasil. Esperemos uma

dor quando se trata dos prontuários eletrônicos. Imagina para os

grande evolução em termos de inteli-

sistemas”, indaga o consultor em TI. “Em um contexto em que as

gência incorporada aos sistemas, rapi-

decisões médicas ainda dependem muito do conhecimento acumu-

dez de processamento, facilidades de

lado pelos profissionais e há resistência ao uso de sistemas informa-

uso, mobilidade, conectividade e dimi-

tizados, a primeira decisão que precisamos influenciar é a de aceita-

nuição de custos para aquisição e ma-

ção do uso desses sistemas”, acrescenta.

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EXPERIÊNCIA Na prática, o Hospital Sírio-Libanês tem experiência de um módulo de auxílio à decisão incorporado ao prontuário/prescrição eletrônica para avaliação de risco e sugestão de prevenção para tromboembolismo venoso. “A implementação desse sistema aumentou consideravelmente tanto o uso da profilaxia para trombose venosa profunda quanto o grau de aderência às recomendações do nosso protocolo institucional de prevenção de tromboembolismo venoso”, revela Schettino.

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INTEROPERABILIDADE

INTEGRAÇÃO, O N A interoperabilidade de sistemas tem avançado e criado oportunidades de negócios, mas os desafios nessa área ainda persistem

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O NOME DO JOGO Texto: Sérgio Spagnuolo Apruração: Guilherme Batimarchi redação@healthers.com.br

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INTEROPERABILIDADE Não é segredo. Em um momento no qual a tecnologia médica moderna tem alcançado níveis inéditos de qualidade, com poderosos aparelhos e medicamentos ultra-avançados, até as paredes dos hospitais já sabem: no momento atual do setor saúde o nome do jogo é “interoperabilidade”. A palavra, que nos últimos anos ganhou força no léxico da tecnologia médica contemporânea, nada mais é do que plena interação entre sistemas para a troca de informações relevantes sobre pacientes e procedimentos. É uma tendência global e, como um dos maiores mercados de saúde do planeta, o Brasil não tende a ficar de fora. Para se ter uma ideia da importância desse tema na saúde, em um relatório conjunto com a União Internacional das Telecomunicações (UIT) contendo sugestões para estratégias de saúde eletrônica no âmbito nacional, a Organização Mundial da Saúde (OMS) colocou a interoperabilidade e a adoção de padrões para sua implementação no topo da lista de recomendações a serem seguidas pelos países. Isso traz benefícios para todos, desde a entrega de serviços de qualidade e a redução de custos até a aceleração de procedimentos e a capacidade de evitar redundâncias desnecessárias. E, claro, os negócios também abrem os braços para isso. Nos Estados Unidos, por exemplo, o desperdício de recursos de saúde é estimado entre US$ 513 bilhões e US$ 815 bilhões por ano, sendo até US$ 226 bilhões apenas em uso desnecessário de tratamentos, consultas, medicamentos e exames, de acordo com estudo de 2013 do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). Embora não existam números correspondentes sobre o Brasil por falta de dados, o IESS acredita pelo menos 20% do gasto com saúde no país deve resultar em desperdício. Com tudo isso em jogo, grandes empresas do setor, nos últimos anos, começaram a orientar seus negócios para explorar essa promissora área de tecnologia de saúde. “Historicamente a gente vinha trabalhando muito em [fazer] equipamentos mais robustos”, afirmou à Healthers o vice-presidente de Sistemas de Imagens para a América Latina da Philips, Daniel Mazon. “Mas será que ‘mais’ realmente é a solução?” Ele mesmo responde. “Agora, o que temos trabalhado muito em cima é que talvez o ‘menos’ possa ser o ‘mais’, ou seja, tecnologia mais precisa, tecnologia certa no lugar correto. E integrada”.

tratamento em Salvador. Ou um equipamento de tomografia trans-

DANILO RAMOS

Com essa integração, por exemplo, um médico em São Paulo teria acesso ao prontuário eletrônico de um paciente que fez um mitiria ao operador informações que facilitassem a concentração em partes do corpo específicas. Ou, mais simples ainda, um usuário da 44

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Daniel Mazon: Já vê redução em custos de hospitais que adotam soluções da empresa

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INTEROPERABILIDADE rede de saúde não precisaria preencher incômodos cadastros repetidamente. Nessa linha, a companhia holandesa já possui diversos serviços e soluções para facilitar a interoperabilidade, especialmente buscando melhorar o gerenciamento de ativos e recursos hospitalares. De acordo com Mazon, hoje gestores de hospitais com certas soluções da Philips já conseguem reduzir, em alguns casos, os custos totais em até 20%, incluindo na parte administrativa. A GE Healthcare também tem olhado para esse mercado. Em 2012, a companhia completou a formação da Caradigm, uma joint-venture com a Microsoft voltada para sistemas de saúde. Assim, a GE encara a conversa entre esses sistemas, por meio de softwares, como uma grande promessa nos próximos anos. A inteligência em soluções de TI compõe boa parte da carteira de serviços da empresa. “Não olhamos mais o equipamento médico como algo isolado, o equipamento tem estar com a possibilidade de se conectar e se coordenar com o software que coordene sua utilização”, disse o líder da área de integração de sistemas do centro de pesquisas global da GE no Brasil, Marcelo Bouis. “A gente vê isso como o futuro”. DESAFIOS Como todo mercado em ascensão, as oportunidades geradas pela interoperabilidade no Brasil também são acompanhadas de alguns dos velhos conhecidos desafios do desenvolvimento tecnológico, inclusive relacionados à infraestrutura, à privacidade dos usuários e - um elemento fundamental nesse caso - à padronização dos termos e regras a serem transmitidos. Em termos de estrutura, apesar de possuir regiões como São Paulo e Rio de Janeiro, as quais contam com centros de excelência em saúde, o Brasil ainda carece de acesso a equipamentos de ponta em regiões mais afastadas dos grandes centros - as quais são, não raro, as mais debilitadas em atendimento à saúde. “A distribuição e a disponibilidade de equipamen46

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Marcelo Blouis: Busca soluções para a padronização de termos e melhor sintonia entre aparelhos e médicos

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“Talvez o ‘menos’ possa ser o ‘mais’, ou seja, tecnologia certa no lugar correto. E integrada” Daniel Mazon, da Philips

tos fora das grandes capitais é um grande desafio”, afirmou Mazon, da Philips. Segundo ele, para tratar desse tema é preciso trabalhar na redução dos “contrastes” nacionais, de uma maneira rápida, precisa e com melhor custo benefício. A conectividade à Internet também pode ser um grande empecilho, considerando que para interligar sistemas é necessário conexão à rede. “Isso acontece especialmente se você imaginar as distâncias, onde a gente tem áreas rurais com conectividade quase nula”, afirmou Bouis. Nesse caso, uma abordagem de crescimento progressivo da conectividade pode ser a resposta de longo prazo. “A gente primeiro tem que integrar a rede de uma cidade, depois a um nível estadual e fazer questão crescer até chegar numa rede nacional”. Outro ponto fundamental é a adoção de padrões e terminologias amplamente aceitos pelos equipamentos das empresas. Se a interoperabilidade funcional depende da conexão entre duas máquinas, a chamada “interoperabilidade semântica” é um pouco mais sutil. É ela que vai permitir a leitura e interpretação compreensível a partir de diferentes aparelhos. “Muitas vezes, se você utiliza estruturas diferentes, novamente seu sistema vai se perder”, disse Bouis, da GE. Existem padrões internacionais já em uso, como o HL7, o openEHR e o CEN/TC251, mas ainda há, no Brasil, certa falta de compatibilidade entre elementos. “A ferramenta em si, sua plataforma, já traz toda a infraestrutura de conectividade necessária, mas essa parte de automatizar a tradução de termos é justamente a área de pesquisa que a gente tem aqui dentro (da GE)”, disse o executivo. “Você precisa de ferramentas que falem esses padrões”. ABRIL DE 2014

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ÉTICA E TECNOLOGIA

COMO CONCILIAR ÉTICA E TECNOLOGIA? EIS A QUESTÃO Por Cláudia Rocco redação@healthers.com.br

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Nos últimos anos, o avanço da tecnologia colocou em dúvida a possibilidade de manter a ética inabalada em diversos setores, a medicina é um deles.

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ÉTICA E TECNOLOGIA

É antiga - muito antiga - a discussão acerca das definições da palavra ética. Derivada do grego ethos, que se refere aos costumes, caráter e modo de ser do homem, o conceito da palavra se baseia nos valores históricos e culturais de uma sociedade para que seja constituída com princípios norteadores de condutas equilibradas, buscando o bom funcionamento social. Porém, nos últimos 20 anos, a sociedade passou a contar com mais um membro essencial em seu cotidiano, a tecnologia. Cada dia mais desenvolvida e facilitadora, ela se faz mais presente e necessária na vida de cada pessoa e também de cada profissional. Dos objetos criados desde a Revolução Industrial, a tecnologia atingiu também diversos processos tornando as relações no mundo moderno muito diferentes do que se podia imaginar há 30 anos. 52

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“As regras colocadas para orientar e determinar a conduta médica sempre ficarão aquém das necessidades humanas e a ciência da genética está o tempo todo questionando, ou sendo questionada, sob os aspectos éticos” Ciro Martinhago - Chromosome “A real intenção do código de conduta médico é promover a proteção da relação profissional-paciente e também o estabelecimento, de forma dinâmica, contextualizada e responsável, de um conjunto de regras normativas e prescritivas baseadas em princípios que devem ser seguidos para minimizar danos, promover benefícios, manter o sigilo e respeito às escolhas do indivíduo. A ética médica não garante sempre, ela adverte, faz refletir e em muitos casos, a partir dos conselhos de ética faz cumprir deveres ou obrigações para cercear ou punir condutas inadequadas. A manutenção da ética profissional é parte da garantia para o paciente”, define Dra. Raquel Boy, diretora de ética da Sociedade Brasileira de Genética Médica. De acordo com Dr. Ciro Dresch Martinhago, diretor da Chromosome Medicina Genômica a ética fundamenCiro Martinhago: as leis são dinâmicas, nascem e morrem de acordo com evoluções e movimentos sociais. E, no nosso caso, acho que nada é mais dinâmico em termos de evolução do que a ciência médica

tal é formada no caráter de cada ser humano e se baseia em princípios educacionais. “As leis são dinâmicas, nascem e morrem de acordo com evoluções e movimentos sociais. E, no nosso caso, acho que nada é mais dinâmico

Esta nova realidade desperta frequentes dis-

em termos de evolução do que a ciência médica. As re-

cussões sobre os conceitos de ética empregados

gras colocadas para orientar e determinar a conduta mé-

na sociedade. Até que ponto a tecnologia muda

dica sempre ficarão aquém das necessidades humanas e

os padrões anteriormente estabelecidos? As pes-

a ciência da genética está o tempo todo questionando, ou

quisas genéticas foram um dos assuntos icônicos

sendo questionada, sob os aspectos éticos. Os limites do

sobre como conciliar a ética médica e os avanços

impossível são frágeis nessa área”.

da tecnologia. Assim como em todas as profissões,

“Há alguns anos fiz a primeira seleção de embri-

a medicina conta com o seu código de conduta e

ões para um casal cuja filha de cinco anos, portadora

precisa se adaptar a novas realidades.

de talassemia, precisava urgente de um transplante de ABRIL DE 2014

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ÉTICA E TECNOLOGIA células-tronco compatíveis para sobreviver à doença. Antes de tudo, certifiquei-me de que o casal queria um segundo filho, caso contrário como viveria essa criança, sabendo que fora concebida com intuitos meramente utilitários? O bebê nasceu e há um ano o transplante foi efetuado com absoluto sucesso. Uma vida foi salva, mas o procedimento poderia facilmente ter sido considerado como prática de ‘eugenia’. Bom senso ético, respeito às regras da profissão, sem dúvida. Mas a vida e sua qualidade falam muito alto”, conta Martinhago. A diretora da SBGM acredita que a conciliação da ética médica com os avanços da tecnologia devem partir do diálogo. “Deve existir a tentativa constante de solucionar conflitos a partir da discussão multiprofissional, formulando assim condutas que muitas vezes não poderão ser generalizadas, mas contextualizadas, respeitando-se valores socioculturais, análise de casos, além das leis estabelecidas. O próprio código de ética médica, na sua ultima versão (2010), dedicou-se mais à questão da manipulação de embriões e devemos nos ater ao preconizado. E o papel do geneticista clínico é fundamental no esclarecimento e divulgação dos alcances e limitações destes avanços”. Como uma empresa de medicina genômica, a Chromosome está no epicentro das controvérsias sobre ética. “Somos uma clínica de aconselhamento genético e um laboratório de genética. Basicamente o que fazemos é buscar no genoma de nossos clientes as respostas sobre doenças genéticas e hereditárias que eles precisam para: tomar decisões práticas como redefinir o estilo de vida ou obter informações sobre como criar e conviver com uma criança que terá 54

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Raquel Boy: Deve existir a tentativa constante de solucionar conflitos a partir da discussão multiprofissional, for- mulando assim condutas que muitas vezes não poderão ser generalizadas,

da de testes genéticos. “O aconselhamento é um proceDivulgação

dimento que ainda consideramos exclusivo ao geneticista clínico. Estamos firmes na elaboração de normas para

“A manutenção da ética profissional é parte da garantia para o paciente” Raquel Boy - SBGM

implementar a formação de equipes multidisciplinares habilitadas em parceria com as normas de seus respectivos conselhos profissionais. Em relação aos testes, buscamos implementação da educação da comunidade para o entendimento das indicações, implicações e limitações dos diversos testes genéticos ofertados e disponibilizados no mercado. Buscamos o uso racional aplicado a aconselhamento pré e pós-teste. Por isso, não apoiamos a difusão de testes genéticos comerciais sem a devida solicitação e

necessidades especiais. Oferecemos o mais seguro

orientação medica prévia”.

teste pré-natal não invasivo para casais que desejam

Para o empresário da Chromosome, a informação

saber se o futuro bebê será portador de uma ano-

é o primeiro e maior problema da ética médica no setor

malia genética. O teste é realizado a partir da nona

da genética. “O médico brasileiro, de forma geral, ainda

semana de gravidez, com uma amostra do sangue

não está sabendo o que fazer com as novas ferramentas

materno. O resultado é 99,99% seguro. Diante de

diagnósticas disponíveis. Ainda há um julgamento ba-

um resultado positivo, o casal terá tempo suficiente

seado em corporativismos e ignorância do assunto. Se

para informar-se e tomar suas decisões, procurando

um médico não recomenda, ou pior, rechaça o uso de

especialistas e organizações de apoio, e já convivendo

um diagnóstico genético ao seu paciente, ele está – no

com as perspectivas.”

mínimo – pouco ou nada informado, e está – com cer-

De acordo com a Dra. Raquel Boy, os principais

teza – arranhando um princípio ético pétreo da conduta

problemas enfrentados hoje no setor da genética di-

médica que é o de usar todos os recursos disponíveis para

zem respeito ao aconselhamento e indicação adequa-

atender as demandas de seu paciente”, finaliza Ciro. 55

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FINANÇAS

O E-Social e suas implicações Por meio do SPED - Sistema Público de Escrituração Digital criado em 2007, o governo tem desenvolvido várias iniciativas visando automatizar o envio das informações pelas empresas. Pouco a pouco os antigos processos de fornecimento de informações estão sendo substituídos por sistemas integrados gerando uma capacidade muito maior de padronização, consistência e uniformidade das informações. O governo também objetiva reduzir os custos e pressionar as empresas a cumprirem suas obrigações acessórias. E-Social ou escrituração física digital social é um sistema bastante amplo que visa unificar o controle e a remessa feitos ao governo federal das informações tributárias,

Carlos Marsal é

trabalhistas e previdenciárias das empresas. A unificação da transmissão de dados deve

superintendente de controladoria e finanças do Hospital Sírio-Libanês

aprimorar muito o processo organizando o envio das obrigações acessórias. Parece claro que o governo também tem outros objetivos como: assegurar os direitos dos trabalhadores, fiscalizar o cumprimento dos deveres do empregador, implantar uma forma mais simples e barata para registro das obrigações e melhorar a qualidade dos dados e informações prestadas. Contudo, é importante também observar que o E-Social trará um grande poder de fiscalização ao governo e consequentemente maximizar a arrecadação. Seguindo a mesma forma do sistema de registro do imposto de renda de pessoa física, o empregador deverá apurar, validar e gerar as informações por meio de um arquivo eletrônico. Este arquivo por sua vez, deverá gerar um documento que será transmitido para o ambiente nacional do E-Social. Após a validação das informações e garantia de sua integridade, o empregador receberá um protocolo de recebimento. O sistema após implantando trará benefícios importantes. As empresas terão que implantar um grande projeto, com participação multidisciplinar visando desenvolver todas as adaptações necessárias para viabilização do E-Social - necessariamente os cadastros terão que ser revisados para evitar inconsistências. Outro aspecto muito importante é o desenvolvimento do sistema de informação que terá que ser adequado ao modelo de envio do E-Social. É evidente que muitas das obrigações preconizadas pelo E-Social já são praticadas pelas empresas. O que gera muita preocupação é que estas informações devem ser enviadas diariamente, implicando na adaptação de diversos processos internos e também na necessidade de capacitação das pessoas envolvidas.

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Acompanhe este e outros conteúdos em www.healthers.com.br

O E-Social, em sua abrangência, vai clarificar as práticas de gestão das empresas. Em face de todo o esforço que deverá ser despendido para implantação, há a expectativa por parte dos empregadores de que o Governo, a partir de o extraordinário aumento da capacidade de análise dos dados gerado pela implantação do modelo, busque definitivamente as reformas tão esperadas nos sistemas previdenciário, tributário e trabalhista. Os profissionais que administram a folha de pagamento e que fazem a gestão da saúde e de segurança do trabalhador terão que mudar radicalmente algumas rotinas. Em muitas situações as áreas não se preocupam em antecipar o registro das informações. Dentre muitas mudanças, para exemplificar, a partir da implantação do E-Social as admissões de novos colaboradores terão necessariamente que ser informadas um dia antes do evento. Outro exemplo se refere aos afastamentos que deverão ser informados no dia efetivo da ocorrência com discriminação do período que o colaborador estiver afastado. Falando especificamente de nossa área, esta implantação tem trazido algumas reflexões sobre nossas práticas de gestão e operacionalização. A conscientização da alta administração é fator fundamental não só para apoiar o projeto de implantação, mas também para patrocinar as mudanças culturais que o E-Social deverá impor sobre as empresas. Só não podemos esquecer que temos uma legislação trabalhista muito ultrapassada e que claramente tem gerado ao longo dos anos, impactos negativos no desenvolvimento das empresas, outro aspecto é que seus dispositivos geram margem para muitas interpretações o que inevitavelmente causa descumprimento, informalidade e a busca de espaços para adaptação. Contudo, devemos ficar atentos à eliminação da informalidade e ao estabelecimento de relações de trabalho seguras do ponto de vista legal. Improvisos, atitudes arbitrárias e sem responsabilidade, comuns em nosso setor de atividade, não serão toleradas e poderão resultar em multas para as instituições. Outro aspecto interessante é a centralização das atividades. Historicamente em nosso setor as áreas de recursos se preocupavam única e exclusivamente com a administração dos colaboradores contratados pelo regime CLT. A centralização proposta pelo E-Social indiretamente responsabiliza estas áreas pela gestão de toda a força de trabalho. Por fim, precisamos correr com o processo de implantação deste modelo. Os administradores devem estruturar uma equipe de trabalho, avaliar criticamente os principais processos, avaliar a qualidade das informações, implementar as mudanças e novos critérios de registro das informações. Também é necessário ficar atento para as adaptações nos sistemas de informação tanto para consistir as informações quanto para proceder ao envio.

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ESPECIAL HEALTHERS UM ANO

O PRIMEIRO CAPÍTULO DE UMA GRANDE HISTÓRIA

PUBLICAÇÕES IMPRESSAS E DIGITAIS, FÓRUNS, ENCONTROS CORPORATIVOS E A MISSÃO DE DESENVOLVER O SEGMENTO DE SAÚDE NO PAÍS POR MEIO DE RELACIONAMENTO E GERAÇÃO DE CONTEÚDO. ESSAS FORAM ALGUMAS DAS REALIZAÇÕES DA HEALTHERS EM SEU PRIMEIRO ANO DE HISTÓRIA. MOVIDOS PELO IDEAL DE CONSTRUIR E DESENVOLVER UM SETOR DE SAÚDE DEMOCRÁTICO E SUSTENTÁVEL, A HEALTHERS, EM SEU PRIMEIRO ANO DE HISTÓRIA, JÁ PUBLICOU MAIS DE 600 PÁGINAS DE CONTEÚDO EM SUA REVISTA, 400 MATÉRIAS VEICULADAS ONLINE E TEVE CERCA DE 500 PRESIDENTES, CEOS, CFOS, CIOS E ESPECIALISTAS CONVIDADOS PARA FÓRUNS E EVENTOS. MESMO COM POUCO TEMPO DE EXISTÊNCIA, A HEALTHERS JÁ COLECIONA CONQUISTAS E O RECONHECIMENTO DO MERCADO COMO UMA DAS MAIS RELEVANTES PUBLICAÇÕES DA ÁREA. VEJA A SEGUIR COMO FOI O PRIMEIRO ANO DA EMPRESA E SUAS REALIZAÇÕES. NOSSA HISTÓRIA ESTÁ APENAS COMEÇANDO 62

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Parabéns para Healther, pelo seu primeiro aniversário. Por meio de sua revista tem conseguido trazer para os gestores de saúde, um conteúdo do momento, atualizado e moderno. A Revista tem sido um excelente instrumento de atualização do conhecimento. Os encontros de lideres promovidos pela Healthers, tem possibilitado um ótimo momento de relacionamento e troca de experiências. Um momento único para os apaixonados pela Saúde. – VALDESIR GALVAN, DO GRAACC

Depois de passar um tempo em Curitiba, me juntar aos Healthers foi uma grande oportunidade de reestabelecer contatos com os principais executivos da saúde brasileira. Os eventos são extremamente bem planejados e realizados, possibilitando-nos reais e efetivas oportunidades de negócios, de aprimoramento e confraternização. Parabéns ao time da Healthers por este primeiro ano de vida. – ANDRÉ VILAS BÔAS, DA UNIMED PAULISTANA

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aúde

Mais do que grandes ideias é necessário entender o que o cliente pensa

Sempr

Tendência: TI em Saúde

2013 ABRIL – Foi realizado o primeiro encontro promovido pela Healthers, no restaurante Varanda Grill, que contou com a participação de 43 executivos da saúde. Alguns dos convidados que prestigiaram a nossa primeira ação foram: George Schahin do Hospital Santa Paula, Luiz de Luca do Hospital Samaritano de São Paulo, Fábio Abreu da AxisMed e Paulo Barros da Unimed Palistana.

O q u e se rá u sa d o e m 2

Seu hospital está pronto para as redes sociais?

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Manter um co ntrole sobre o que é consumido é vi tal para a gestão de compras

Hospitais se re inventam para sair do ve rmelho

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MAIO – Foi lançada a primeira edição da Healthers, com tema central “As tendências de gestão e tecnologia para a saúde em 2013” e uma entrevista exclusiva com George Schahin, do Hospital Santa Paula. ABRIL DE 2014

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à frente do Santa Paula

digital

Gestão financeira

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anos

Marketing

por perteo

Fidelizar o méd ico é garantia de re ceita

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A história de Ge orge Schahin

06/05/13

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ESPECIAL HEALTHERS UM ANO

JUNHO – O segundo encontro para executivos do setor ocorreu no restaurante Bareto, do Hotel Fasano, e reuniu 53 convidados. O jantar, promovido pela Healthers contou com a participação de: Carlos Marsal do Hospital sírio Libanês, Claudio Tonello do Wallmart, Carlos Lofti do Hospital São Luiz, Newton Takashima e Paulo Zoppi, do laboratório SalomãoZoppi.

2013 JULHO – Recém-chegada à Beneficência Portuguesa de São Paulo, Denise Santos ilustra a capa da segunda edição da Healthers e fala sobre gestão e os novos passos da instituição para os próximos anos.

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AGOSTO – Mais um jantar de relacionamento chega para aproximar executivos do setor de saúde. Dessa vez, o encontro foi promovido no Hotel Hyatt, em São Paulo. Alguns dos executivos que prestigiaram o evento foram: o arquiteto João Carlos Bross, da Bross Consultoria e Arquitetura, Fábio Teixeira da Beneficência Portuguesa, Rodrigo Lopes do Grupo Saúde Bandeirantes, Luiza Dal Ben, da Dal Ben e outros 42 executivos que compareceram ao terceiro evento promovido pela Healthers.

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JULHO – Reforçando seu comprometimento com o desenvolvimento do setor de saúde brasileiro a Healthers promove seu primeiro Fórum de Marketing para a Saúde. O local escolhido para receber o evento foi o WTC, em São Paulo. Entre os temas que foram discutidos estavam os desafios dos setores de marketing para os hospitais, merchandising e reformulação de marca. Alguns dos palestrantes foram: Claudio Tonello, do Wallmart, Marcia Ladeira, da Rede Globo, Kelly Rodriges, da Home Doctor e Roserly Fernandes do São Camilo.

2013

Todos podem ganhar com a gestão de saúde populacional

Investimento

Como é a captação de recursos de seu hospital? HEALTHERS_02 1

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Denise Santos

O desafio é garantir o futuro do hospital

Novos tempos

O que mudou no papel do CIO de saúde?

Pensando

Ano 1 | Núm ero 4 Outubro de 2013

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Investir e inovar em vendas pode gerar bons resultados para uma organização Ano 1 | Número 2 Junho de 2013

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Políticas de remuneração podem ser mais eficiente na hora de incentivar equipes

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Atuar no segmento da saúde é um ato de solidariedade. É preciso se preocupar diariamente com o outro e ter proximidade, seja com seu paciente ou leitor. A Healthers completa um ano de compromisso com essa causa, trazendo um conteúdo completo e debates fundamentais para a saúde. – DENISE DOS SANTOS, DA BENEFICÊNCIA PORTUGUESA DE SP

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AGOSTO – Drones, robôs cirurgiões, mobilidade. Estes foram alguns dos assuntos abordados na primeira edição especial de tecnologia em saúde publicada pela Healthers.

1

ESP

PenECsIAaLndo hoje n hospital de ama o nhã 07/11/13

OUTUBRO – Para entender melhor o edifício de saúde, em sua quarta edição, a Healthers conversou com o arquiteto João Carlos Bross. Entre os destaques da última edição de 2013 também estão temas como centrais de serviços compartilhados e investimentos em saúde. ABRIL DE 2014

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ESPECIAL HEALTHERS UM ANO

NOVEMBRO – encerrando o ciclo de jantares para executivos do segmento, a Healthers promoveu, no restaurante Figueira Rubayat, em São Paulo, o seu último encontro de 2013. Entre os convidados estavam Denise Santos, CEO da Beneficência Portuguesa de São Paulo, Paulo Senra da Amil, Valdecir Galvan, CEO do Graac, Dario Ferreira Neto, CEO do Hospital Edmundo Vasconcelos, Carlos Lotfi, diretor geral do Hospital São Luiz Anália Franco.

Conheço grande parte da equipe da Healthers há vários anos. O Alberto sempre foi uma pessoa surpreendente e com ótimas ideias, um grande conhecedor do sistema de saúde e suas relações. Com a criação da comunidade Healthers, que agora completa um ano de atividade, ele conseguiu unir todas estas características pessoais a um grupo de outros entusiastas do modelo de relacionamento gerando conteúdo. Estou certo de que o amadurecimento desse projeto trará uma nova visão dos elos da cadeia de saúde possibilitando uma gama de novos e bons resultados. Sigam em frente.” – PEDRO PALOCCI, DO HOSPITAL SÃO LUCAS RIBEIRINHA

Parabenizamos e desejamos vida longa à Healthers. Sua atuação nas áreas de produção de conteúdo informativo e gestão de eventos nos permitem acesso a uma rede de valor inestimável de pessoas e dados. Sem dúvida, são ferramentas que contribuem diretamente para a melhoria contínua de nosso trabalho. – DARIO FERREIRA NETO, DO HOSPITAL EDMUNDO VASCONCELOS

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NOVEMBRO – Encerrando o calendário de encontros e fóruns de 2013, a Healthers reuniu cerca de 50 profissionais das áreas administrativa e financeira do setor de saúde para trocar ideias e experiências no setor no primeiro Fórum de Finanças para Saúde. No evento, esses profissionais tiveram a oportunidade de abordar temas como captação de recursos, palestra ministrada por Carlos Marsal, do hospital Sírio Libanês e como preparar sua empresa para fazer aquisições, por Roberto Aldworth, da Lincoln International.

2013

DEZEMBRO – Em 2014 o Hospital Samaritano completa 120 anos de história. Para contar um pouco dessa trajetória e sobre o novo perfil da instituição conversamos com o superintendente corporativo do hospital, Luiz de Luca e desejamos ao setor um ótimo ano novo. Acredito que a Healthers chegou com irreverencia, com um propósito crítico e diferenciado, quanto a sua abordagem mercadológica e editorial. Como característica pessoal e profissional tenho como modelo comportamental e de gestão sair da zona de conforto, buscar transformações e tentar criar e inovar em um mercado que, infelizmente, ainda somos seguidores. Dessa forma, parabenizo a Healthers por acreditar que o diferente poderá ser melhor sem desmerecer os valores essenciais do passado, que foram importantes para construção do presente, entretanto insuficientes para nos manter no futuro. – LUIZ DE LUCA, DO HOSPITAL SAMARITANO

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ESPECIAL HEALTHERS UM ANO

2014

JANEIRO – O setor de saúde brasileiro tem crescido consideravelmente, e como consequência, tem atraído o olhar de investidores estrangeiros. Esta e outras pautas marcaram a primeira edição da Healthers em 2014.

FEVEREIRO – Abrindo em grande estilo os jantares de 2014, a Healthers reuniu cerca de 50 dos principais executivos do setor de saúde em seu primeiro jantar do ano no restaurante Cantaloup, em São Paulo. Entre os convidados estavam Luiz de Luca, do Hospital Samaritano, Denise Santos, da Beneficência Portuguesa, Pedro Palocci, do hospital São Lucas Ribeirinha e João Sabino, da Bradesco Seguros.

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A área de saúde vive um momento muito importante . A tão sonhada profissionalização avança a passos largos e com certeza terá uma contribuição importante para a sustentabilidade e perenidade das instituições. O projeto Healthers surge neste contexto com uma abordagem progressista, contemporânea, clara e objetiva. O perfil altamente arrojado e inovador dessa publicação tem trazido aos agentes de mudança de nosso setor um suporte importante para a inovação, eficiência e a melhoria contínua. Parabéns a todos vocês pelo primeiro de muitos aniversários – CARLOS MARSAL, DO HOSPITAL SÍRIO LIBANÊS

MARÇO – Na segunda edição do Fórum de Marketing para a Saúde, ocorrido no Hospital Samaritano, em São Paulo, o mercado de luxo na saúde e os novos desafios do marketing em saúde foram alguns dos principais destaques do encontro que reuniu palestrantes como: Claudia Cohn, do Alta diagnóstico, Manuel Pereira da Beneficência Portuguesa, Paulo Ishibashi do Hospital Samaritano e Patícia Suzigan do hospital Sírio libanês. Futuro...

Tenho muito prazer em divulgar, compartilhar e mostrar o que estamos fazendo de bom. O quanto é importante aprender, entender, estudar novos projetos, novas ideias e bons resultados. A Healthers me permite, ou melhor, nos permite tudo isso e também realizar benchmarking do mercado constantemente. Parabéns Healthers por esse primeiro ano de sucesso. – RODRIGO LOPES, DO GRUPO SAÚDE BANDEIRANTES

ACOMPANHE O SEGUNDO CAPÍTULO DE NOSSA HISTÓRIA... ABRIL DE 2014

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WEARABLES

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SAÚDE EM TEMPO REAL Por Soraya Simon redação@healthers.com.br

Tendência ou não, o mercado de dispositivos wearables já movimenta bilhões em mercados estrangeiros e gera discussão sobre sua aplicação no Brasil

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WEARABLES

“A verdade é que falta uma atenção mais direcionada aos benefícios que esse tipo de tecnologia pode trazer para a qualidade da assistência e para a questão da viabilidade do custo da saúde em geral” Klaiton Simão, do São Camilo Há quase uma década, empresas de diversos segmentos vêm desenvolvendo

dessa tecnologia dentro do centro cirúrgico, ampliando o conceito de telemedicina.

dispositivos de monitoramento de saúde

A prova de que os dispositivos wearables estão se tornando uma

que podem ser utilizados por qualquer

realidade foi constatada por um estudo realizado pela Consumer Ele-

pessoa, independente de seu estado de

tronics Association (CEA), nos Estados Unidos, afirmando que mais

saúde. Um dos exemplos mais comuns

de 40 milhões de produtos voltados para a saúde e bem-estar pessoal

encontrados no mercado são as pulseiras

foram comercializados em 2013 e a expectativa até 2018 é que este

para exercícios físicos como a FitBit ou a

número aumente para 70 milhões. A pesquisa também apontou que

FuelBand, projetada pela Nike, para ser

27% de usuários de smart phones gostariam de contar com dispositi-

usada durante o dia inteiro para fornecer

vos que ajudem a melhorar sua qualidade de vida.

informações sobre diversas atividades por

Essa demanda impulsiona o mercado para criar produtos que pos-

meio do movimento do pulso em um dis-

sibilitem às pessoas gerenciarem sua saúde. Uma concorrência positiva

play matricial de LED.

que fará com que o setor da saúde ganhe dispositivos menores, mais

Claro que qualquer nova tecnologia

eficientes, com novos designs e a custos acessíveis. Porém, alguns espe-

requer mudanças comportamentais e a

cialistas comentam que, no Brasil, ainda há muito a ser feito para que

quebra de paradigmas, mas já é possível

oestes aparelhinhos tornem-se uma realidade.

constatar os inúmeros benefícios desse

Para Klaiton Simão, diretor de TI da Rede de Hospitais São Ca-

tipo de tecnologia. Os dispositivos wea-

milo, em São Paulo, ainda existem algumas barreiras a serem rompi-

rables, como são conhecidos prometem

das, entre elas a resistência das entidades médicas por conta da pouca

revolucionar a forma do relacionamento

segurança que se tem em relação a esses dispositivos e, do outro lado,

entre médico e paciente, uma vez que

a dificuldade de encontrar um financiador para esta modalidade de

eles terão mais acesso aos dados de sua

cuidado. “Estes fatores fazem com que este tipo de recurso seja, por

saúde de cada indivíduo. Facilitando a

enquanto, uma promessa”, adverte.

interação com o médico para definir o

A dificuldade da regularização dos wearables pelas entidades certi-

melhor tratamento. O paciente também

ficadoras, como o Conselho Federal de Medicina e os Conselhos Regio-

passará a ter em suas mãos o controle de

nais de Medicina, existe devido ao fato desses órgãos ainda olham com

sua saúde, em tempo real.

desconfiança para esses dispositivos porque não há evidências concretas

O acesso às leituras biométricas ge-

de que a acuracidade do diagnóstico desse monitoramento seja igual ao

radas por essas ferramentas e gerencia-

dos métodos tradicionais. “Por conta dessa incerteza que paira sobre a

das por sistemas médicos também pos-

qualidade efetiva, elas não reconhecem isso como uma alternativa, pois

sibilitarão uma melhor gestão da saúde

há muito a evoluir para torná-la plenamente confiável.”

de grupos de pessoas. Outra utilização

Outro aspecto que o executivo ressalta é o ambiente de negócio.

que já está sendo estudada é a aplicação

O mercado de saúde está em um momento de reflexão sobre a via-

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DIVULGAÇÃO

Há quase uma década, empresas de diversos segmentos vêm desenvolvendo dispositivos de monitoramento de saúde que podem ser utilizados por qualquer pessoa

bilidade e equilíbrio econômico fi-

redesenho de processos para gestão

qualidade de vida; controle do tran-

nanceiro. A falta de dinheiro, entre

comercial hospitalar, gestão do fa-

sito de pessoas em locais de risco; e

outros fatores, traz grandes rupturas

turamento e auditoria de contas e

monitoramento de equipamentos e

por conta da exaustão do modelo

ciclo de vida de contratos, concorda

insumos de alto custo, de alto risco de

anterior. Cada vez mais, prestadores

com a situação atual da saúde e não

contaminação ou de uso controlado.

e fontes pagadoras buscarão meios

acredita que esses gadgets se tornem

Apesar de por enquanto não

de entregar serviços com qualidade

realidade absoluta no País. “Não

acreditar na consolidação em lar-

a um custo menor e, neste caso, não

temos mais barreiras técnicas para

ga escala, o executivo comenta que

há como não considerar estes apare-

inserção de qualquer tipo de tecno-

para pacientes de alto poder aquisi-

lhos que estão incluídos no conceito

logia, a questão é o modelo de ne-

tivo, a monitoração à distância pode

da internet das coisas.

gócios envolvido, pois tanto a saúde

reduzir a ocorrência de muitas doen-

O fato de não constar no rol de

suplementar quanto o SUS estão na

ças, mas representará uma parcela

procedimentos ou de pagamentos

linha que separa a viabilidade do co-

muito pequena da sociedade, quase

das operadoras, acaba criando um

lapso do financiamento, da captação

nada em se comparado ao universo

vácuo em saber quem vai pagar essa

de recursos”, conclui.

de atenção à saúde do Brasil.

conta. “A verdade é que falta uma

Na visão de Enio, o conjunto que

Tendência ou realidade? Fato é

atenção mais direcionada aos benefí-

envolve a utilização dos wearables

que as instituições de saúde que não

cios que esse tipo de tecnologia pode

– equipamentos, sistemas e pessoas

tiverem acesso ao recurso para fidelizar

trazer para a qualidade da assistência

envolvidas – traz um custo adicional

seus pacientes não estarão competitivas

e para a questão da viabilidade do

e ainda não existe fonte de recurso

no mercado. Para os pacientes, será a

custo da saúde em geral. Acredito

disponível para bancar esse tipo de

garantia de que tem sempre alguém

que seja um tremendo recurso para

despesa. Mas admite que algumas

cuidando de sua saúde, além de poder

baratear o cuidado com o paciente

aplicações tecnicamente indiscutíveis

contar com os recursos de emergência

através do dispositivo vestível”, avalia

no que dizem respeito a sua utiliza-

como código azul em casos extremos.

O CIO do São Camilo.

ção, tais como o monitoramento

Quem não gostaria de saber que foi sal-

Enio Jorge Salu, CEO da Es-

de pacientes que necessitam acom-

vo por causa de uma ligação automáti-

cepti, empresa especializada em

panhamento remoto para garantir

ca de seu dispositivo wearable? ABRIL DE 2014

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“Big Data” na Saúde: Nós não sabemos o que fazer Uma quantidade enorme de informações circulam por nossas bases de dados dentro das instituições de saúde, não estruturadas e que trafegam em velocidade assustadora. Chamamos isso tudo de Big Data. Devo reconhecer que nós não sabemos o que fazer com tanta informação, um software aliado a um poderoso hardware que irá custar milhões não vai te dar as respostas que você espera. Vejo muitas empresas comprar esses poderosos equipamentos e um dia, antes de instalá-los, ainda estavam tentando analisar sua competência anterior. É preciso, antes de mais nada, entender seu negócio, seu núcleo! Veja, se você não sabe o

David Oliveira

é gerente de TI do Sepaco e presidente da ABCIS

que fazer com os pequenos blocos de dados atuais, o Big Data vai te fazer estagnar no tempo. Quando olhamos uma grande Amazon, o Ebay, ou até mesmo o popular Mercado Livre no Brasil, vemos há anos essas empresas trabalhando com um grande volume de dados e ofertando novos produtos por meio de análises combinatórias. Um colega professor há poucos anos estava quase sendo chamado de louco quando disse que era preciso ser um cientista de dados para analisar tudo isso, e é verdade! Você tem um? Aí vem o próximo passo, você tem informações para ofertar novos serviços, sim, porque o sucesso do Big Data veio para ofertar novos produtos e agora estamos buscando aplicá-lo em novos serviços, entregar valor ao nosso cliente. Mas, ainda há uma restrição no sistema, àquela que talvez possa fazer você perceber depois de investir milhões que poderia esperar

Acompanhe este e outros conteúdos em www.healthers.com.br

mais dois anos, que é: - A credibilidade dos seus dados. Você confia neles hoje? Novamente, não é o Big Data que vai resolver isso. Você vai descobrir que no final não precisaria de um Big Data e, sim, apenas acreditar no que já é produzido hoje e saber o que pedir ao departamento estatístico ou, na grande maioria, a TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação). Ou quem sabe você precise de um matemático? A meu ver, se você quer, neste momento, aqui no Brasil avançar um pouco mais na sua inteligência de negócio, compre um bom sistema de análise que rode em memória. Você já vai ter dificuldade de fazê-lo responder o que você quer saber. Big Data é um grande negócio.

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ASAP

GSP AS SOON

AS PO

Por Sérgio Spagnuolo redacao@healthers.com.br

A crescente orientação do setor corporativo para cuidados de saúde de seus funcionários tem merecido destaque nos últimos anos no Brasil, com diversas empresas interessadas em programas de tratamento preventivo e em doenças crônicas. Mas, para gerar melhores resultados, é preciso pensar a Gestão de Saúde Populacional (GSP) de uma maneira mais abrangente e integradora, através de dados e indicadores mais completos. Com essa finalidade, a Aliança para a Saúde População (ASAP) - associação criada em 2012 que reúne grandes grupos empregadores interessados na promoção da saúde populacional - está em conversas com renomadas instituições de ensino superior para a criação de cursos de GSP e para tornar-se uma referência nessa área, valendo-se, inclusive, de análises aprofundadas de programas corporativos. Marilia Elh Barbosa, superintendenteexecutiva da ASAP, falou à Healthers sobre os próximos passos da entidade quanto à capacitação profissional, à certificação de programas corporativos e ao posicionamento de empresas brasileiras em GSP. Veja a entrevista a seguir: Healthers: A ASAP busca ser uma referência em metodologia e em indicadores de sucesso em saúde populacional, como vocês pretendem alcançar isso? Marilia: Hoje a Population Health Alliance (PHA) consegue ser nos EUA referência para o governo em métricas, metodologia e indicadores que devem ser avaliados em qualquer programa de prevenção e promoção de saúde. Hoje as empresas têm dificuldade em medir seus resultados, então a PHA consegue ser referência na identificação desses indicadores. É o que a ASAP fazer no brasil, referencia em metodologia.

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Marilia: Hoje cada fornecedor (da área de saúde) tem um método diferen-

Divulgação

Healthers: Qual o objetivo por trás disso? Acompanhe este e outros conteúdos em www.healthers.com.br

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Como a ASAP pretende avançar práticas Gestão de Saúde Populacional no Brasil através de treinamentos e referências de metodologia

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ASAP

Também queremos capacitar pessoas das áreas de programas de benefícios. Enfim, são essas pessoas que a gente quer de alguma forma profissionalizar e trazer conhecimento. Nem sempre um gestor de RH é um médico te, cada empresa tem um método diferente, a corpora-

o que pretendemos de verdade é fazer treinamentos,

ção privada fica muito na mão do fornecedor de saúde,

fazer cursos na área de gestão de saúde populacional

que já tem o produto pronto e entrega pronto e pouco

onde a gente possa especializar pessoas nessa área. Se a

se adapta à realidade do que a empresa quer. Então que-

gente puder, também, vamos criar referências na grade

remos criar referência em metodologia. E qual a melhor

curricular das universidades, das instituições de ensino.

metodologia? Se não a ideal, qual a melhor hoje que a

E a gente vai tentar fazer isso no Brasil, para que os mé-

gente consegue construir no Brasil e levar para o mer-

dicos saiam com alguma formação em gestão de saúde

cado? Indicadores, quais são os indicadores em termos

populacional e não só no tratamento da patologia.

de qualidade de melhoria de vida para os beneficiários

Healthers: Esses treinamentos seriam para

em termos econômico-financeiros para as empresas? As

melhorar a metodologia e os indicadores das

empresas acabam acordando para isso…

empresas? Para que elas avancem a outros ní-

Healthers: … por que estão acordando agora

veis dentro de seus próprios programas?

para isso?

Marilia: A gente pretende num futuro próximo tra-

Marilia: Primeiro porque a assistência médica hospi-

balhar com certificação e acreditação dessas empresas;

talar que hoje nas empresas corresponde ao segundo

mostrar a importância, dar conteúdo e depois trabalhar

maior gasto, então elas olham para isso como sinistro,

também um pouco na parte de acreditação. Lógico que

tenho que reduzir isso […] e ao fazer gestão de sinistro

não a ASAP atuando como uma acreditadora ou uma

esquece de fazer gestão de saúde de seus empregados.

certificadora, nós trabalharíamos junto a instituições

Então vira aquela bola de neve: faz gestão de sinistro,

que já fazem isso para começar a certificar, inicial-

tenta reduzir custos e os custos não se reduzem e dei-

mente, programas de algumas empresas que estejam

xam os trabalhadores continuarem doentes.

com os processos validados, nos quais a gente consiga

Além disso, se eu não invisto na saúde do meu empre-

identificar os indicadores, identificar uma metodologia

gado, vem ai dois itens que eu tenho o tempo todo fi-

de mensuração de resultados. E a partir daí, começar

car olhando, que é o absenteísmo e o presenteísmo. O

certificar alguns programas para depois começar a cer-

primeiro são as faltas por conta de uma patologia que

tificar as empresas donas desses programas.

apareça, as licenças médicas, e o presentísmo é a pessoa

Healthers: Que tipo de pessoas vocês querem

está lá mas não está saudável e não está produzindo

capacitar?

tudo o que poderia produzir […] As empresas acordam

Marilia: Gestores de RH principalmente, porque

para a importância disso, mas as iniciativas para tratar

hoje quem toma conta dentro da empresa da gestão

da questão ainda são muito incipientes.

do plano de saúde geralmente é o RH. Mas também

Healthers: E é ai como a ASAP pretende atuar? Na

os gestores dos programas de saúde ocupacional, por-

conscientização das empresas pra essa realidade?

que todas as informações geradas por esses programas

Marilia: Ano passado focamos em fazer eventos,

- que é obrigatório - as vezes são arquivadas e ignoradas

workshops, onde a gente trocou experiências, mas

pelas empresas, e ali tem uma gama de informação ri-

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quíssima para você trabalhar programas de preven-

Marilia: A gente ainda não conseguiu avaliar.

ção e promoção da saúde para seus trabalhadores.

Esse é um trabalho que o comitê técnico vai ter

Também queremos capacitar pessoas das áreas de

que realizar com a gente. Nesse processo de cer-

programas de benefícios. Enfim, são essas pessoas

tificação que vamos atuar de maneira bastante

que a gente quer de alguma forma profissionalizar

importante em 2015, a gente quer, no momento

e trazer conhecimento. Nem sempre um gestor de

em eu certificar certo programa, que ele possa

RH é um médico.

virar um case para a ASAP demonstrar para o

Healthers: Como vai ser o formato desse curso?

mercado e para a sociedade os resultados que se

Marilia: O nosso comitê técnico (formado por vo-

pode gerar. Mas a gente já tem, é lógico, conhe-

luntários indicados pelos associados) tem no plane-

cimento de várias empresas que já fazem pro-

jamento deles a necessidade de formatar esses cur-

gramas de saúde.

sos, então a gente já está pensando nisso. O que a

Healthers: Que tipos de programas?

gente tem hoje são os café da manhã, os workshops,

Marilia: São programas isolados, eles não tem

mas a gente quer fazer treinamento mesmo, com

essa integração que a ASAP pretende de agregar

carga horária.

todas as áreas que lidam com saúde do trabalhador.

Healthers: Estão em conversas com alguma

A gente já tem uns exemplos que vimos em nossos

instituição de ensino para isso?

workshops, como o caso da GE, da Whirlpool, da

Marilia: Já procuramos algumas instituições

Siemens, da Telefônica Vivo (nossa associada), mas

como Insper, FGV, PUC-Ro, Coppead (da UFRJ),

a gente ainda não pegou esses programas para ava-

para, de repente, até criar um curso específico de

liá-los e validá-los para o mercado de saúde como

gestão de saúde populacional. Hoje, grande parte

um todo. Isso a gente pretende fazer com o progra-

da grade curricular dos cursos de MBA tem a ver

ma de certificação e acreditação.

com gestão de saúde populacional, então de repen-

Healthers: O que as empresas fazem hoje

te a gente até pode fazer uma parceria com alguma

nessa área de GSP?

instituição de ensino para um MBA voltado para

Marilia: O que a gente vê é que as empresas hoje

gestão de saúde populacional. Tudo isso ainda está

falam que tem esse tipo de programa. Mas, quando a

sendo formatado, mas é uma ideia que a gente tem.

gente vai ver melhor, são programas isolados, que não

E também cursos e treinamentos que durem uma

tem integração, ao passo que a gestão de saúde po-

semana, três dias, onde a gente possa trabalhar o

pulacional integrada tem toda essa linha de cuidado.

conteúdo dos nossos cadernos de saúde que já estão

Healthers: Que tipo de cuidado?

sendo lançados.

Marilia: Para se fazer GSP eu tenho que saber de

Healthers: Quando podem ser lançados es-

cada indivíduo dentro da minha população quais

ses cursos?

os riscos que ele tem a desenvolver, quais as doenças

Marilia: A nossa intenção inicial é já ter uma coi-

que ele já desenvolveu; é preciso que separar essa

sa formatada para entregar ao público no segundo

população em grupos específicos e tratar de forma

semestre (de 2014). Como esse ano está um pouco

diferente esses grupos. Hoje as empresas fazem

atípico, por conta de Copa do Mundo, se a gente

programas direcionados (idosos, fumantes, doenças

não conseguir fazer um curso ainda no segundo se-

crônicas), elas não pegam toda sua população e ve-

mestre, a gente vai deixar isso para 2015.

rificam o risco daquela população e dividem esse

Healthers: Como a ASAP tem avaliado os

risco. E no nosso entendimento, isso é fazer gestão

cases das empresas nos Brasil sobre GSP?

de saúde populacional. ABRIL DE 2014

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GRAACC: referência no tratamento do câncer infantojuvenil Radioterapia Pediátrica

O

Instituto de Oncologia Pediátrica, o Hospital do GRAACC, é referência no atendimento de alta complexidade do câncer infantojuvenil. A união de profissionais capacitados, recursos tecnológicos, equipamentos e tratamentos avançados permite a realização dos mais complexos tratamentos, para os mais diversos tipos de tumores. Tudo isso acrescido do suporte social aos pacientes e seus familiares. Trabalhando em parceria técnico-científica com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o Hospital do GRAACC também

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realiza atividades nas áreas de ensino, pesquisa e extensão. Sua estrutura está preparada para oferecer tratamento oncológico completo, humano e integral às crianças e adolescentes com câncer. O hospital conta ainda com um aparelho de radioterapia de última geração, que proporciona aos pequenos pacientes rapidez e maior precisão na irradiação local do tumor, preservando, ao máximo, os tecidos sadios. Conheça mais. Acesse www.graacc.org.br

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ESTRATÉGIA E TI PARA OTIMIZAR PROCESSOS

ESTRATÉGIA E TI PARA OTIMIZAR PROCESSOS Por Guilherme Batimarchi Guilherme@healthers.com.br

Instituições de saúde investem em desenvolvimento de aplicativos e parcerias para otimizar praticas administrativas e aumentar a eficiência dos hospitais Acompanhe este e outros conteúdos em www.healthers.com.br

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ESTRATÉGIA E TI PARA OTIMIZAR PROCESSOS

“No primeiro processo, alcançamos uma redução de despesas de 19%. Consequentemente, foi entregue uma redução de 45% no tempo para execução deste processo” Marcos Godoi da Unimed Americana e Santa Bárbara d’Oeste

Com o passar dos anos a TI das instituições de saúde tem ga-

de desempenho. A etapa seguinte contemplou

nhado reconhecimento como área fundamental para contribuir com

outros dois processos, o de reembolso de despesas

as estratégias do negócio. De acordo com o estudo “Antes da TI, a

médicas e o de triagem e encaminhamento no

estratégia em Saúde”, realizado pela consultoria Folks e-Saúde, cer-

Centro de Medicina Integrada.

ca de 73% dos hospitais brasileiros consideram o departamento de

“No primeiro processo, alcançamos uma

TI essencial para a organização, enquanto 28% entendem este setor

redução de despesas de 19%. Consequentemen-

como um componente para aumentar a competitividade da entidade.

te, foi entregue uma redução de 45% no tempo

Com o objetivo de otimizar os processos e oferecer maior vi-

para execução deste processo”, destaca Godoi.

sibilidade em seu gerenciamento, além de obter redução de cus-

O impacto do projeto na instituição foi

tos de operações e aumento de controle e qualidade, a Unimed

positivo. Os funcionários passaram a atuar no

Americana e Santa Bárbara d’Oeste,no interior de São Paulo,

processo através de fluxos de trabalho que se-

em parceria com a IBM, implementaram sistemas de Business

quenciam a troca de informação e execução

Process Management (BPM).

de funções, dando visibilidade ao ciclo como

Antes da chegada da nova ferramenta, o cenário para essas insti-

um todo. A automação das atividades também

tuições não era favorável. “Não havia método para descoberta e regis-

eliminou erros constantes em procedimentos

tro dos processos de negócio, assim como uma prática ineficiente para

manuais. “Isto tudo devido ao resultado alcan-

armazenamento e implementação de melhorias no processo. A cultu-

çado e o reconhecimento de toda a cadeia, em

ra organizacional era totalmente orientada por unidades de negócio e

especial os diretores, que ganharam visibilida-

suas responsabilidades”, conta o CIO (Chief Information Officer) da

de dos processos”, afirma Godoi.

Unimed Americana e Santa Bárbara d’Oeste, Marcos Godoi.

O monitoramento de importantes indicado-

Como o pacote de ERP (Enterprise Resource Planning) usado

res de desempenho evidenciou que, nos proces-

pelas Unimeds até então era de difícil customização, as organizações

sos de reajuste de contratos, foram empregados

decidiram buscar uma solução de BPM (Business Process Manage-

57% de recursos a menos. Além disso, o tempo

ment), por meio da metodologia própria da IBM. A CBM (Com-

de execução, que antes era de cerca de um mês,

ponent Business Modeling), que tem como objetivo segmentar os

hoje fica restrito a 15 dias, no máximo.

processos de negócio através de uma análise ampla e priorizar quais processos de negócio irá alcançar maior resultado.

Os projetos não pararam por aí. A instituição já começou a ampliar a utilização do BPM

Já o BPM, é uma disciplina de gerenciamento que combina uma

e o próximo passo, de acordo com Godoi, é in-

abordagem centrada em processo para melhorar a maneira de como as

tegrar os eventos e regras de negócios, com ob-

organizações atingem suas metas de negócios. “Neste caso, nos direcio-

jetivo de automatizar decisões entre processos e

nou no descobrimento e em como desenhar o processo”, explica Godoi.

aplicações, assim como proporcionar autonomia

O primeiro processo do novo sistema foi o de reajuste de contratos,

para os gestores, o que permite um rápido ali-

que passou a contar com regras documentadas, menor interação huma-

nhamento entre a tecnologia e os desafios do dia

na, redução do tempo de execução e monitoramento dos indicadores

a dia operacional.

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SOLUÇÃO DENTRO DE CASA Entre os papéis de uma TI estratégica, não estão apenas desenvolver sistemas voltados para o negócio do hospital, mas também analisar as demandas internas e eliminar gargalos como problemas de comunicação e criação de indicadores para avaliação do desempenho operacional da organização. Com esses objetivos em mente, um dos gargalos encontrados pelo Hospital Sepaco, em São Paulo, foi a comunicação entre as equipes assistencial e de manutenção e limpeza de leitos no momento em que um desses leitos era desocupado. Segundo o CIO da instituição, David Oliveira, essa falha de comunicação resultava não apenas na demora entre a manutenção do leito e uma nova internação, mas também em conflitos entre as áreas envolvidas nesse processo. Para acabar com estes conflitos e melhorar o processo, a TI desenvolveu um aplicativo que notifica os responsáveis pelas áreas, que imediatamente acionam suas equipes e executam a tarefa de uma forma rápida e adequada, eliminado ruídos no processo de comunicação e envolvendo somente os agentes diretamente envolvidos no processo. O CIO conta também que a solução, desenvolvida internamente levou cerca de 16h de trabalho em seu desenvolvimento, e foram investidos cerca de R$10mil, incluindo a compra de tablets. A opção por criar a solução em casa foi baseada no que o mercado oferece, uma vez que a maioria dos sistemas é desenvolvido apenas em plataforma iOS ou não atendem exatamente as demandas existentes das instituições por serem pouco flexíveis. “Temos capacidade para construir algo simples, com usabilidade, barato e que permitirá bastante mobilidade para as equipes.” Ainda de acordo com o executivo, por ser um aplicativo desenvolvido para Android, o custo de operação é menor. “Começamos a inovação de baixo para cima, uma área operacional que não era vista normalmente como estratégica e que passou a ser totalmente estratégica. Os resultados alcançados com esta iniciativa foram: redução do tempo de manutenção dos leitos, a extinção dos problemas operacionais, maior produtividade na gestão de leitos, aumento da segurança, confiabilidade, redução de conflitos, rastreabilidade das equipes e a criação de indicadores para medir eficiência e qualidade do serviço. “Quebramos alguns paradigmas do que era considerado estratégico na entidade e reunimos esforços em prol de um bem comum, segurança e eficiência”, afirma Oliveira. Para a supervisora de hotelaria do hospital, Mariana Cavalcante, com o uso dessa nova ferramenta as equipes e suas lideranças ganharam mais agilidade, além de terem informações mais confiáveis e em tempo real. “O aplicativo também melhorou a produtividade das equipes. Por exemplo, a demora na liberação de um leito caiu de 30 minutos para 5 minutos”, finaliza. ABRIL DE 2014

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INTERCAMBIO DE BOAS PRÁTICAS HOSPITALARES Por Isadora Mota

isadora@healthers.com.br

O HOSPITAL ALVORADA FIRMOU PARCERIA COM UM HOSPITAL AMERICANO PARA PROMOVER TROCAS DE CONHECIMENTO EM GESTÃO E BOAS PRÁTICAS ORTOPÉDICAS

O

Hospital Alvorada fechou uma parceria com o

do HSS. Também foram criados conselhos da parceria, um em

Hospital for Special Surgery (HSS), principal

cada hospital, que se reúnem mensalmente por vídeo conferen-

instituição de ortopedia dos Estados Unidos,

cia alinhamento de estratégias e exposição de resultados.

após um ano desenvolvendo um projeto para melhorar as

Segundo o diretor, também estão previstos a realização

práticas ortopédicas da instituição. A união tem como obje-

de cursos para os médicos no hospital, em parceria com os

tivo promover a troca de práticas médicas, pesquisa e inter-

Estados Unidos. “Já temos acesso a um dispositivo de E-Le-

cambio de profissionais.

arning para as nossas equipes, não só médicas, mas também

“O HSS é um hospital que foi eleito por cinco anos

para todos os outros profissionais de saúde, como enfermei-

consecutivos o melhor hospital de ortopedia dos Estados

ros e fisioterapeutas. Ainda pretendemos escolher alguém da

Unidos. Por isso achamos que a instituição poderia ser

nossa equipe para fazer um treinamento de três anos – parte

agregada à nossa ideia de se torar uma referência na área

nos Estados Unidos, parte no Brasil – para ser um futuro

de ortopedia.”, disse Fernando Moisés José Pedro, diretor

gestor de boas práticas aqui no Alvorada “

técnico do Hospital Alvorada.

Esta parceria faz parte de uma estratégia da Amil que

O contrato entre as duas instituições foi firmado há apro-

pretende transformar os seus hospitais em centros de exce-

ximadamente um mês. Desde então, todas as práticas ortopé-

lência e referencia em diferentes práticas. Para chegar ao

dicas do Alvorada estão sendo acompanhadas por funcionários

nível de excelência desejado, além de investir em treina-

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mento e capacitação de seus colaboradores,

cluída a obra de um novo atendimento labora-

o Hospital Alvorada também melhorou a sua

torial próximo ao hospital. “Este é um processo

infraestrutura e os seus equipamentos para o

sem fim”, comentou o diretor do hospital.

tratamento de pacientes ortopédicos.

TROCA DE CONHECIMENTO

“Temos um andar totalmente dedicado a

Por contrato, a parceria tem duração de

pacientes ortopédicos e quatro apartamentos

quatro anos, durante esse período os dois

preparados especialmente para pacientes de

hospitais também pretendem estreitar os la-

quadril. Fizemos também uma modificação

ços entre seus médicos pesquisadores. Com

no centro cirúrgico, com a compra de novos

essas bases de pesquisa o diretor acredita

materiais e equipamentos a fim de atender um

em um aprimoramento na formação de

maior número de pacientes ortopédicos aqui

protocolos e de melhores práticas ofereci-

no hospital”, explicou Fernando Pedro.

das aos pacientes.

Ainda segundo o diretor também será

“No final desses quatro anos nós talvez

construída uma nova área de reabilitação, com

teremos uma expertise que vai nos propor-

previsão de inauguração em 2015. Mas, para o

cionar almejar objetivos maiores ainda”,

segundo semestre deste ano já deve estar con-

conclui o diretor. 91

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INVESTINDO NA SEGURANÇA DOS PACIENTES Por Isadora Mota

isadora@healthers.com.br

DIRETOR DO HOSPITAL PAULISTANO CONTA A IMPORTÂNCIA DE SER ACREDITADO PELA JCI E OS BENEFÍCIOS PARA A ORGANIZAÇÃO E PARA O PACIENTE

E

m busca de um diferencial no mercado, o Hospital Paulis-

hospital, que vem se especializando a cada ano, sendo refe-

tano apostou na acreditação internacional da Joint Com-

rência no tratamento do AVC e na aplicação dos cuidados

mission Internacional (JCI) e seus certificados para dar aos

paliativos. Além disso, há reuniões mensais entre as equipes

seus clientes uma garantia de estar oferecendo um alto padrão de

e os profissionais de saúde para compartilhar os resultados,

qualidade na segurança. Segundo do diretor do hospital, o médi-

planos de ações, prazos estipulados e melhorias. Com isso,

co cirurgião Marcio José C. de Arruda, o JCI serve também para

é possível manter um monitoramento dos indicadores e o

desmistificar a ideia de muitos pacientes que associam o hospital

envolvimento de toda a equipe”, observa a gerente de quali-

do convenio a um baixo padrão de qualidade por ser mais barato.

dade, Sandra Francisca Pereira.

“A gente queria deixar claro que nesse hospital nós fazemos

Para ser aprovado pela JCI o hospital passou por diver-

as coisas dentro de um padrão internacional”, afirmou o diretor.

sas mudanças. Milhões, segundo Arruda, foram investidos

O Hospital Paulistano, acreditado pela JCI desde 2010,

em obras, melhoria na parte hoteleira e qualificação dos co-

teve o seu selo renovado em 2013. Ano em que também foi o

laboradores que passam por treinamentos mensais. “Foram

primeiro hospital fora dos Estados Unidos a receber os certifi-

dois anos e meio de processo”, lembra o diretor.

cados para tratamento de Acidente Vascular Cerebral (AVC) e para cuidados paliativos dados pelo mesma organização. “Esta acreditação caminha em paralelo com o perfil do 94

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“O maior desafio foi mudar a mentalidade das pessoas, tanto da equipe médica, quanto dos enfermeiros, que passaram a trabalhar dentro de um método.”

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DIVULGAÇÃO

Marcio Arruda: O maior desafio foi mudar a mentalidade das pessoas, tanto da equipe médica, quanto dos enfermeiros, que passaram a trabalhar dentro de um método

Para manter o seu padrão de qualidade o hos-

res e na redução do tempo de hospitalização.

pital trabalha com indicadores que são avaliados

“Para a reacreditação nós reformamos toda a

mensalmente. “E ainda não chegamos lá. Mensal-

central de esterilização de material e reformamos

mente nos deparamos com alguns erros que são

todo o centro cirúrgico”. Essas reformas foram pla-

como se tivéssemos dado um passo para trás.”,

nejadas pela enfermeira supervisora do centro cirúr-

conta o diretor do Hospital Paulistano. “Esse é um

gico e esterilização, Rosa Maria Pelegrini Fonseca que

trabalho árduo e continuo”.

montou o projeto junto com arquitetos e engenheiros.

Outra mudança promovida no hospital foi a

Após a reforma o centro de material esterilizado

criação de um Plano Terapêutico Multidisciplinar,

(CME) do Hospital Paulistano funciona com um flu-

com metas de cuidados para internação e orienta-

xo unidirecional de materiais. Ou seja, ele está divido

ção para o pós-alta. Ele possibilita o aumento na

em seções que não estão ligadas entre si, os espaços

qualidade e na segurança dos serviços prestados, por

são divididos pelas máquinas que fazem a limpeza e a

meio da melhora da comunicação entre os profissio-

esterilização dos materiais sem que haja cruzamentos

nais envolvidos, na percepção de pacientes e familia-

de materiais em diferentes etapas de limpeza. ABRIL DE 2014

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RECURSOS HUMANOS

O que é para você equilíbrio profissional e pessoal? será que só alcançando esse equilíbrio alcançamos nossa plenitude? Karla Lemes é Master Coach

Erickssoniana formada pelo Instituto Brasileiro de Coaching.

Em tempos em que as pessoas estão sempre conectadas e que conexão é sinônimo de produtividade, separar a vida pessoal da profissional esta cada vez mais difícil. Hoje, os objetivos profissionais são vistos como pessoais, e chega a hora em que o executivo já não sabe como desenvolver apenas o seu lado pessoal, já que tudo virou uma coisa só. Mas se souber equilibrar e caminhar com seu lado pessoal e profissional juntos, executivo será cada vez mais evoluído e melhor. Sempre recebo em meu escritório executivos que tem como objetivo do processo de coaching o equilíbrio entre vida profissional e pessoal. Para isso, trabalhamos com uma ferramenta bem simples, chamada roda da vida. Essa ferramenta serve para mostrar ao executivo como ele está levando a sua vida e, principalmente, se o que é mais importante para ele está de acordo com suas atitudes e onde ele investiu a maior parte do seu tempo. Para um executivo ter uma vida equilibrada, é necessário dar atenção a quatro pilares básicos: vida pessoal, vida profissional, relacionamentos e qualidade de vida. Já parou para pensar como anda cada um desses itens em sua vida? No pilar da vida profissional, os principais itens a serem avaliados são a realização e o propósito, recursos financeiros e a contribuição social. Como o trabalho que você exerce hoje pode ser pontuado em cada um desses itens? Isso é importante para você? Quanto? Chegamos agora no pilar do Relacionamento, onde temos os itens família, desenvolvimento amoroso e vida social. Pode alguém se sentir realizado, pleno e completo em sua vida profissional,

Acompanhe este e outros conteúdos em www.healthers.com.br

se não for capaz de ter um relacionamento adulto com uma pessoa do sexo oposto, ouvir um pedido de ajuda de um filho e não atender, ou simplesmente não ter quem chamar de última hora para comemorar seu aniversário ou sua promoção? Eu sinceramente duvido. O último, e não menos importante, é a qualidade de vida, que tem como principais itens a criatividade, hobby, diversão, plenitude, felicidade e a espiritualidade. Quando falo em espiritualidade, não falo em religião e sim em atitudes no dia a dia do executivo, que possam dizer quem ele realmente é como pessoa. Ele é capaz de se colocar no lugar do outro? Sabe ouvir? Convido você, CEO da área da saúde, a fazer um exercício com os 04 pilares da Roda da Vida e entender: será que é importante o equilíbrio entre vida pessoal e profissional ou o mais importante é o equilíbrio na sua Roda da Vida? Quais são os pontos importantes para mim que eu não tenho colocado a atenção necessária? Qual o primeiro passo, a primeira ação que eu posso fazer para equilibrar minha rotina? Hoje sem dúvida é um ótimo dia para começar!

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TOMAM

AS RÉDEAS DA SAÚDE

Como as novas tecnologias possibilitam o automonitoramento da saúde e por que isso pode ser um benefício para hospitais, médicos e pacientes Por Cláudia Rocco redação@healthers.com.br

Na década de 1990, quando a internet chegava ao alcance da população em geral, a tecnologia atingia seu nível mais acelerado de desenvolvimento já conhecido e a medicina anunciava os então revolucionários estudos de células-tronco embrionárias, não era possível imaginar que pouco mais de 20 anos depois estaríamos vivendo um período que a realidade é a integração destes três setores, o que possibilita avanços antes impensáveis, vistos

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MONITORAMENTO

“A Telemedicina, considerando seus inúmeros benefícios para a sociedade, é vital para garantir acesso amplo dos cidadãos aos recursos médicos de ponta” Marcelo Dias (IEEE)

Não é segredo. Em um momento no qual a tecnologia médica

sendo até US$ 226 bilhões apenas em uso

moderna tem alcançado níveis inéditos de qualidade, com poderosos

desnecessário de tratamentos, consultas,

aparelhos e medicamentos ultra-avançados, até as paredes dos hos-

medicamentos e exames, de acordo com

pitais já sabem: no momento atual do setor saúde o nome do jogo é

estudo de 2013 do Instituto de Estudos de

“interoperabilidade”. A palavra, que nos últimos anos ganhou força

Saúde Suplementar (IESS). Embora não

no léxico da tecnologia médica contemporânea, nada mais é do que

existam números correspondentes sobre o

plena interação entre sistemas para a troca de informações relevantes

Brasil por falta de dados, o IESS acredita

sobre pacientes e procedimentos.

pelo menos 20% do gasto com saúde no

É uma tendência global e, como um dos maiores mercados de saú-

país deve resultar em desperdício.

de do planeta, o Brasil não tende a ficar de fora. Para se ter uma ideia

Com tudo isso em jogo, grandes empre-

da importância desse tema na saúde, em um relatório conjunto com a

sas do setor, nos últimos anos, começaram

União Internacional das Telecomunicações (UIT) contendo sugestões

a orientar seus negócios para explorar essa

para estratégias de saúde eletrônica no âmbito nacional, a Organização

promissora área de tecnologia de saúde.

Mundial da Saúde (OMS) colocou a interoperabilidade e a adoção de

“Historicamente a gente vinha traba-

padrões para sua implementação no topo da lista de recomendações a

lhando muito em [fazer] equipamentos

serem seguidas pelos países.

mais robustos”, afirmou à Healthers o vice-

Isso traz benefícios para todos, desde a entrega de serviços de qua-

-presidente de Sistemas de Imagens para a

lidade e a redução de custos até a aceleração de procedimentos e a ca-

América Latina da Philips, Daniel Mazon.

pacidade de evitar redundâncias desnecessárias. E, claro, os negócios

“Mas será que ‘mais’ realmente é a solu-

também abrem os braços para isso.

ção?” Ele mesmo responde. “Agora, o que

Nos Estados Unidos, por exemplo, o desperdício de recursos de

temos trabalhado muito em cima é que

saúde é estimado entre US$ 513 bilhões e US$ 815 bilhões por ano,

talvez o ‘menos’ possa ser o ‘mais’, ou seja,

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DIVULGAÇÃO

Marcelo Dias: a ação governamental para ampliar o alcance e prontidão dos serviços médicos à população através de políticas públicas de saúde que incentivem amplamente o uso destas tecnologias para apoio ao diagnóstico e tratamento

tecnologia mais precisa, tecnologia

tais com certas soluções da Philips já

ordene sua utilização”, disse o lí-

certa no lugar correto. E integrada”.

conseguem reduzir, em alguns casos,

der da área de integração de siste-

Com essa integração, por exem-

os custos totais em até 20%, incluin-

mas do centro de pesquisas global

do na parte administrativa.

da GE no Brasil, Marcelo Bouis.

plo, um médico em São Paulo teria acesso ao prontuário eletrônico de

A GE Healthcare também tem

um paciente que fez um tratamento

olhado para esse mercado. Em

DESAFIOS

em Salvador. Ou um equipamento

2012, a companhia completou a

Como todo mercado em as-

de tomografia transmitiria ao ope-

formação da Caradigm, uma joint-

censão, as oportunidades geradas

rador informações que facilitassem

-venture com a Microsoft voltada

pela interoperabilidade no Brasil

a concentração em partes do corpo

para sistemas de saúde. Assim, a GE

também são acompanhadas de al-

específicas. Ou, mais simples ainda,

encara a conversa entre esses siste-

guns dos velhos conhecidos desafios

um usuário da rede de saúde não

mas, por meio de softwares, como

do desenvolvimento tecnológico,

precisaria preencher incômodos ca-

uma grande promessa nos próximos

inclusive relacionados à infraestru-

dastros repetidamente.

anos. A inteligência em soluções de

tura, à privacidade dos usuários e

TI compõe boa parte da carteira de

- um elemento fundamental nesse

serviços da empresa.

caso - à padronização dos termos e

Nessa linha, a companhia holandesa já possui diversos serviços

“A gente vê isso como o futuro”.

e soluções para facilitar a interope-

“Não olhamos mais o equipa-

rabilidade, especialmente buscando

mento médico como algo isolado,

Em termos de estrutura, apesar de

melhorar o gerenciamento de ativos

o equipamento tem estar com a

possuir regiões como São Paulo e Rio de

e recursos hospitalares. De acordo

possibilidade de se conectar e se

Janeiro, as quais contam com centros de

com Mazon, hoje gestores de hospi-

coordenar com o software que co-

excelência em saúde, o Brasil ainda care-

regras a serem transmitidos.

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MONITORAMENTO

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José Bruzadin: Percebemos que os custos caem e a qualidade de vida melhora se o paciente puder ser tratado em casa

ce de acesso a equipamentos de ponta em regiões mais afastadas

Outro ponto fundamental é a adoção de padrões e

dos grandes centros - as quais são, não raro, as mais debilitadas

terminologias amplamente aceitos pelos equipamentos

em atendimento à saúde. “A distribuição e a disponibilidade de

das empresas. Se a interoperabilidade funcional depen-

equipamentos fora das grandes capitais é um grande desafio”,

de da conexão entre duas máquinas, a chamada “inte-

afirmou Mazon, da Philips. Segundo ele, para tratar desse tema é

roperabilidade semântica” é um pouco mais sutil. É ela

preciso trabalhar na redução dos “contrastes” nacionais, de uma

que vai permitir a leitura e interpretação compreensí-

maneira rápida, precisa e com melhor custo benefício.

vel a partir de diferentes aparelhos.

A conectividade à Internet também pode ser um

“Muitas vezes, se você utiliza estruturas diferentes,

grande empecilho, considerando que para interligar sis-

novamente seu sistema vai se perder”, disse Bouis, da GE.

temas é necessário conexão à rede. “Isso acontece espe-

Existem padrões internacionais já em uso, como o HL7, o

cialmente se você imaginar as distâncias, onde a gente

openEHR e o CEN/TC251, mas ainda há, no Brasil, certa

tem áreas rurais com conectividade quase nula”, afirmou

falta de compatibilidade entre elementos. “A ferramenta em

Bouis. Nesse caso, uma abordagem de crescimento pro-

si, sua plataforma, já traz toda a infraestrutura de conectivi-

gressivo da conectividade pode ser a resposta de longo

dade necessária, mas essa parte de automatizar a tradução

prazo. “A gente primeiro tem que integrar a rede de uma

de termos é justamente a área de pesquisa que a gente tem

cidade, depois a um nível estadual e fazer questão crescer

aqui dentro (da GE)”, disse o executivo. “Você precisa de

até chegar numa rede nacional”.

ferramentas que falem esses padrões”.

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CASE DIVULGAÇÃO

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REDUZINDO CUSTOS E CONTROLANDO O ACESSO Por Soraya Simón

redação@healthers.com.br

EM PARCERIA COM EMPRESA BRASILEIRA, SISTEMA DE SAÚDE DO TEXAS RECORRE À TECNOLOGIA DE CONTROLE DE ACESSO PARA REDUZIR CUSTOS E MELHORAR O DESEMPENHO ASSISTENCIAL DE SEUS SERVIÇOS

O

Texas é o segundo estado mais populoso dos Es-

integração de sistemas. Após muita pesquisa, a DataLogic,

tados Unidos, e para atender a demanda na área

empresa americana desenvolvedora de softwares, foi esco-

de saúde conta com o Texas Medicaid Program,

lhida para ser a fornecedora do sistemas. Após esse primeiro

sistema financiado em conjunto pelos governos federal e es-

passo a empresa norte americana passou a oferecer a plata-

tadual, cujo objetivo é atender a população de baixa renda

forma Vesta, líder em soluções para homecare.

em cuidados com a saúde e qualidade de vida.

Segundo Hector Leal, diretor de Cloud Computing

Como principal desafio, esse sistema tinha a necessidade

da Vesta, era preciso oferecer uma solução fácil e de baixo

de permitir que os provedores de serviços médicos tivessem

custo que atendesse às necessidades do Medicaid. Com esse

um controle mais rígido de horários de chegada e saída dos

objetivo em mente a empresa americana conversou com a

profissionais, requisito fundamental em serviços de home

BRToken, empresa brasileira que aceitou o desafio para im-

care. Para resolver esta questão, o Medicaid recorreu ao

plementar o projeto em tempo recorde.

mercado para buscar uma empresa especializada para de-

De acordo com os organizadores do projeto, a Data-

senvolver internamente um o projeto de comunicação e

Logic precisava que o sistema de autenticação baseado em

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tempo real com tokens fosse além da autentica-

“Devido a necessidade da DataLogic, de-

ção, como ocorre nas autenticações no sistema

senvolvemos para eles um módulo especial, que

financeiro, por exemplo. Era necessário que o

permitiu integrar ao sistema Vesta a capacida-

provedor de serviços médicos (enfermeiras, mé-

de de verificar se a senha dinâmica anotada

dicos, etc) anotasse sua senha dinâmica no mo-

pelo provedor, naquele instante, estava correta.

mento em que a visita ao paciente fosse iniciada,

A complexidade do projeto se dá justamente

e ao final dela. Em seguida, o administrador do

em validar uma senha dinâmica, horas ou dias

sistema poderia validar se a senha digitada pelo

depois de ter sido gerada”, comenta Alexandre

provedor era a mesma que estava sendo gerada

Cagnoni, diretor de Tecnologia da BRToken.

pelo token, anotada a horas ou dias atrás, garan-

O executivo ainda comenta que é um tipo

tindo que o provedor cumpriu o horário estabe-

de aplicação que não é muito notada, mas é de

lecido, recebendo seus honorários baseando-se

extrema importância, uma vez que mal admi-

assim num horário preciso e pré-estabelecido.

nistrado pode gerar encargos altíssimos para o

Alexandre Cagnoni: Imagine serviços de homecare, aonde eventuais provedores não cumprem os horários preestabelecidos, porém anotam horários mais estendidos, para receber valores a mais do governo, já que é um serviço público

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CASE governo do Texas. “Imagine serviços de homecare, aonde eventuais provedores não cumprem os horários preestabelecidos, porém anotam horários mais estendidos, para receber valores a mais do governo, já que é um serviço público. Esse controle agora será feito pelo dispositivo o token da BRToken -, que gera senhas dinâmicas baseadas em tempo”, avalia Cagnoni. Um dos desafios deste projeto era realizar a customização em tempo recorde. Foram cerca de seis meses desde a elaboração do conceito até a implementação da solução BRToken estar integrada ao software Vesta. “Trabalhamos em conjunto sem medir esforços, inclusive para realizar pequenos ajustes ao nosso sistema que foram implementados rapidamente”, explica Leal. Do outro lado, Cagnoni comenta que para alcançar o resultado esperado, a BRToken estabeleceu metas agressivas e alocou uma equipe para determinar os requisitos e implementar, com testes em conjunto com a DataLogic. “Ficamos extremamente satisfeitos ao alcançar nossa meta, no geral, a customização levou apenas um mês para ser entregue”, comemora. A solução, fornecida com exclusividade para a DataLogic no estado do Texas para este tipo de aplicação, está sendo usada em um ambiente de testes e, em breve, será disponibilizada à Medicaid para utilização dos seus funcionários durante as visitas aos pacientes. Desta forma, todos os profissionais do Programa Texas Medicaid utilizarão durante o atendimento aos pacientes, a plataforma Vesta para o monitoramento e gerenciamento das visitas, incluindo processos como autorização do cliente, avaliação, documentação, codificação de diagnóstico, codificação de contas, processamento de formulários, relatórios, programação, gerenciamento de visita, processamento de folha de pagamento e processamento de pedidos. A parte de recursos de autenticação ficou a cargo da BRToken com o SafeCORE API que permitiu uma integração simples e sem impactos no Vesta Notes, habilitando o sistema a validar as senhas dinâmicas geradas pelos tokens SafeSIGNATURE, que irão garantir maior qualidade e pontualidade nos serviços prestados aos pacientes do sistema público de healthcare do Texas. Vale destacar que, com o funcionamento da nova 110

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“A experiência de trabalhar em um projeto complexo para um mercado com tantas especificidades, foi um grande desafio e contribuiu para diversificar a atuação da empresa e fortalecer sua imagem e presença nos Estados Unidos” Alexandre Cagnoni, da BRToken solução, o Programa Texas Medicaid permitirá aos profissionais a garantia dos horários trabalhados e o recebimento de valores corretos pelos seus honorários. Já para o sistema público de saúde, uma grande economia, pois só irá pagar pelo tempo efetivamente trabalhado. Para o Cagnoni, a experiência de trabalhar em um projeto complexo para um mercado com tantas especificidades, foi um grande desafio e contribuiu para diversificar a atuação da empresa e fortalecer sua imagem e presença nos Estados Unidos. “Com essa iniciativa mostramos que é possível desenvolver produtos de grande valor agregado no Brasil e atender demandas variadas do mercado internacional de forma eficiente.” O executivo comemora ao contar que foi a primeira venda da BRToken realizada para um cliente nos EUA com a entrega de uma solução customizada. “Mais do que uma venda, enxergamos isso como uma parceria estratégica, que demonstra nosso comprometimento com este cliente ao criar um sistema inovador para a área de saúde e homecare”. ABRIL DE 2014

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HOSPITAIS

Anahp apresenta propostas para o fortalecimento da saúde

A saúde é uma das atividades econômicas mais importantes no Brasil e no

mundo, representando aproximadamente 9% do Produto Interno Bruto do País (PIB), segundo estatísticas da Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2011. Outro indicador da importância desse segmento é o volume de empregos gerados: mais 4,3 milhões de empregos diretos, de acordo com as estatísticas de 2009, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Diante dessas informações e em face da crescente demanda por parte da

Francisco Balestrin

Francisco Balestrin, Presidente do Conselho de Administração da Anahp (Associação Nacional de Hospitais Privados)

sociedade brasileira por um sistema de saúde com mais qualidade e eficiência, a Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) investiu na elaboração de uma ampla e minuciosa pesquisa que resultou em no Livro Branco: Brasil Saúde 2015 – A sustentabilidade do sistema de saúde brasileiro. ( http://www.anahp. com.br/a-anahp/publica%C3%A7%C3%B5es-anahp ) Para a sua elaboração – que demandou um ano – foram entrevistadas mais de 60 personalidades, como autoridades, ministros, ex-ministros, secretários, médicos, empresários, acadêmicos, estudiosos e gestores. Ao todo, foram mais de 1.200 horas dedicadas à pesquisa e pouco mais de 180 reuniões, encontros e visitas técnicas no Brasil e no exterior. Com o envolvimento da equipe de 25 profissionais, os resultados deste trabalho foram condensados e compartilhados em dois volumes: o caderno conceitual, com o embasamento necessário para a elaboração de um

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modelo de saúde mais eficiente, justo e sustentável e o caderno de propostas, com as recomendações da Anahp para a sustentabilidade do sistema. O foco das propostas é o cidadão/usuário e a sua integração entre os setores público e privado. Para tanto, foi criado um modelo esquemático composto por eixos interligados e divididos em três níveis: do menos ao mais distante e visível do usuário. Assim, foram analisados desde as políticas públicas, a regulação e financiamento geral, até a infraestrutura e equipamentos do prestador do atendimento e o sistema de comunicação passando pelos modelos assistencial, o de remuneração, o de gestão e o organizacional. Todos os eixos e variáveis do sistema de saúde brasileiro foram minuciosamente estudados e analisados.

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A ideia do Livro Branco: Brasil Saúde 2015 surgiu do

to. O fortalecimento da saúde pública, ao contrário do

desejo da instituição de participar do fortalecimento do Sis-

que se pensa, não traz prejuízos ao setor privado, mas sim

tema Único de Saúde e estreitar o diálogo entre os setores

ganhos relevantes.

público e o privado, sem barreiras ideológicas e institucio-

Os atores do sistema brasileiro de saúde atuam de for-

nais. Temos certeza que o SUS é bem concebido, mas fal-

ma complementar, cada um com funções e pontos fortes

tam recursos, investimentos e gestão profissional. O sistema

específicos. O setor privado estabeleceu um modelo ágil

privado, por outro lado, possui recursos e investimentos,

e participativo de gestão, voltado à busca da qualidade e

tem gestão, mas falta o modelo assistencial. O SUS pode

da segurança assistencial e responde pela maior parte dos

dar as respostas que o cidadão brasileiro tanto almeja.

recursos aplicados em saúde, com uma participação de

É importante salientar que, no Livro Branco, não se

53%. Carece, no entanto, de um modelo de organização

fala apenas do setor privado ou público, mas da construção

que o setor público – que participa com os demais 47%

do sistema de saúde, reconhecendo que o SUS é um sis-

-- poderia compartilhar.

tema único e universal. O que buscamos é a parceria, a

No esforço de contribuir para essa integração, a

união e a integração público-privada. Os sistemas público

Anahp deu início à entrega desse documento aos candida-

e privado, para que sejam bem-sucedidos, têm que trabal-

tos à Presidência, entre outros políticos e personalidades.

har de forma articulada, seja do ponto de vista do modelo,

O intuito é abrir o diálogo com as autoridades e a socieda-

da estrutura, da organização, e também do financiamen-

de em geral em benefício de toda a população brasileira.

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MARKETING

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Desafios e novas tecnologias para o marketing em saúde Por Isadora Mota

Isadora@healthers.com.br

No dia 26 de março, a Healthers realizou

o atendimento SUS com os beneficiários de planos

o 2º Fórum de Marketing para a Saúde. O en-

de saúde, e lembraram a importância do cresci-

contro contou com a participação de aproxi-

mento financeiro do hospital para poder gerenciar

madamente cem profissionais do setor de saúde

projetos junto ao Sistema Único de Saúde.

no auditório do Hospital Samaritano, em São

Durante as palestras foram levantadas ques-

Paulo. Os participantes assistiram a palestras, a

tões como o mercado de luxo da saúde, as novas

um debate e trocaram experiências na prática

tecnologias para a área de marketing, as ferra-

de marketing em saúde.

mentas de publicidade do Google e importân-

O debate “Desafios do marketing em organi-

cia da pesquisa na área de saúde. Participaram

zações filantrópicas” contou com a participação de

das palestras: a diretora do laboratório Alta Ex-

Manuel Pereira Coelho Filho do Hospital Benefi-

celência Diagnóstica, Claudia Cohn, o sócio da

cência Portuguesa, Patricia Helen Suzigan do Hos-

Neelkeen, Anderson Criativo, o sócio-diretor da

pital Sírio Libanês e Paulo Ishibashi do Hospital

Goobec Brasil, João Dalla Guilherme Montoro,

Samaritano. Os convidados apontaram como uma

diretor da Samplex e Marcos Gallo diretor técni-

das principais dificuldades das instituições conciliar

co da Samplex.

Encontro reuniu cerca de cem profissionais da área de marketing em saúde no Hospital Samaritano de São Paulo

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Entre os temas debatidos estavam os desafios do marketing em saúde e mercado de luxo

Manuel Pereira, da Beneficência Portuguesa de São Paulo fala sobre as barreiras encontradas na saúde para se trabalhar na área de saúde

Claudia Cohn, do Alta diagnóstico em sua apresentação sobre mercado de luxo na saúde

Patrícia Suzigan, do Hospital Sírio Libanês foi uma das convidadas para o debate sobre os desafios do marketing em saúde

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MARKETING

Paulo Ishibashi, do hospital Samaritano, durante a palestra sobre as novas tecnologias disponíveis para a área de marketing

Patrícia Suzigan, do Sírio Libanês e Manuel Pereira da Beneficência Portuguesa durante o debate

Kelly Rodriguês, da Home Doctor durante apresentação sobre mercado de luxo, ocorrida no dia 26 de março no Hospital Samaritano

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HEALTHER

Por Guilherme Batimarchi

guilherme@healthers.com.br

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Cuidado e respeito ao paciente Alze Tavares, do Hospital Paulistano, fala sobre sua carreira, e o que a profissão o ensinou ao longo dos anos “É preciso muito mais do que conhecimento técnico e cien-

sidência médica. Tavares conta que, além do grande cho-

tífico para ser médico. Um bom profissional também preci-

que cultural entre as cidades, a Escola paulista de Medici-

sa ter empatia com seus pacientes e ser humilde na hora de

na não recebia residentes de outros estados, e sua turma

cuidar de uma vida”, descreve o chefe do grupo de cuida-

foi a primeira do gênero. “Inicialmente, não fomos rece-

dos paliativos e clínica médica do Hospital Paulistano, Alze

bidos de braços abertos. Porém, com o passar dos meses,

Tavares, sobre o que é ser médico em sua opinião.

e conforme íamos mostrando nossa capacidade as portas

Formado pela Escola Baiana de Medicina e Saúde pú-

foram se abrindo e ao final do primeiro ano de residência

blica, em 1985, Tavares afirma que nunca teve vontade

as diferenças já não existiam mais.”

seguir outro ofício que não fosse o da medicina. “Lembro

Tavares também conta que, uma das maiores lições que seu

que desde os oito anos de idade queria ser médico. Nunca

ofício o ensinou foi o respeito e o cuidado ao paciente. “Hoje,

pensei em exercer outra profissão, a medicina sempre foi

trabalhamos com uma medicina muito focada na doença,

algo que me encantava.”

e quando você cuida de um paciente com uma patologia

Nascido no Sul da Bahia, longe de grandes centros urbanos,

muito grave e que ameaça a vida, o enfoque do médico não

após concluir o curso de medicina, Tavares mudou-se para

pode mais ser apenas a doença. A atenção deve ser voltada ao

São Paulo para iniciar sua residência em clínica médica e

paciente e sua família, e é nesse momento que aprendemos a

nefrologia na Escola Paulista de Medicina, onde também

lidar com os conflitos e a acolher o paciente e seus familiares,

concluiu seu mestrado e, atualmente é doutorando.

a controlar e amenizar o sofrimento da melhor forma possí-

Responsável pela coordenação da clínica médica do Hos-

vel. Aprendemos a dar mais qualidade de vida à um paciente

pital Paulistano e, desde 2005 da coordenação da equipe

com uma doença grave. Foi isso que a medicina me trouxe

de cuidados paliativos da instituição, Tavares coleciona

como maior benefício em minha vida.”

histórias, desafios superados e lições que apendeu em seus

O médico acredita que essa sensibilidade de cuidar do

28 anos de carreira como médico.

próximo, de olhar para o paciente como um igual não é

Segundo ele, um dos maiores desafios que enfrentou em

ensinada na escola de medicina, mas aprendida no coti-

sua carreira foi a vinda para São Paulo para cursar a re-

diano dos hospitais.

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“É PRECISO MUITO MAIS DO QUE CONHECIMENTO TÉCNICO E CIENTÍFICO PARA SER MÉDICO. UM BOM PROFISSIONAL TAMBÉM PRECISA TER EMPATIA COM SEUS PACIENTES E SER HUMILDE NA HORA DE CUIDAR DE UMA VIDA”

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1950

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2013

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A prestação de serviços surgiu como alternativa para somar valor aos produtos que já eram tratados no mercado como commodities, escolhidas pelo preço. A customização através da prestação de serviços garantiu às organizações prestadoras diferenciais que atraíram novas e melhores demandas. Porém, nos últimos anos, os serviços também foram “comoditizados” e o que antes era diferencial, tornou-se hoje uma obrigação. Dessa forma, passou-se a customizar pela experiência. Gerar situações únicas e agradáveis passou a influenciar consumidores e a criar tendências. Dentro das organizações do setor da saúde não é diferente e nós, da SAMPLEX, medimos constantemente o grau de autenticidade da experiência que você propõe. A evolução está no conhecimento. Com ele, nossas decisões vão além. Pesquisa com clientes contínua Fechamento mensal, demonstração trimestral Metodologia quantitativa + resumo qualitativo Nível de confiança superior a 95%

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RETRATOS

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Simples atitudes fazem a diferença para uma medicina mais humana. Foi isso que motivou o fotógrafo paulistano André François a buscar profissionais da saúde que se destacavam por gestos singelos que tornavam seu trabalho mais humano e mais próximo dos pacientes e familiares pelo Brasil. O resultado foi lançado no livro Cuidar – Um documentário sobre a medicina humanizada no Brasil (2006), que tem versão gratuita disponível para iPad. Nesta cena, Dr. Francisco Hélio Cavalcanti, do Instituto do Câncer do Ceará, carrega criança sedada antes de entrar na cirurgia. A atitude, embora simples, diminui o trauma das crianças que enfrentam procedimentos cirúrgicos. Fotógrafo há mais de 20 anos, André fundou, em 1995, a ImageMagica, uma organização que trabalha com a fotografia como ferramenta de transformação social dentro de escolas e hospitais de todo o Brasil. Nos hospitais, os educadores utilizam a fotografia entre pacientes, familiares e equipe de saúde como forma de humanizar a relação entre eles. É frequente, dentro dos hospitais atendidos, muitas homenagens dos pacientes àqueles profissionais que se dedicam diariamente ao cuidado deles. MAIS INFORMAÇÕES EM:

Dr. Hélio organiza prescrições de pacientes da UTI pediátrica. Após as cirurgias ele passa pelos leitos para checar a recuperação dos pacientes. Instituto do Câncer do Ceará, Fortaleza, CE.

www.imagemagica.org

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ÍNDICE DE ANUNCIANTES Added • Página 119 Alert/Benner • Páginas 106 e 107 Amparo Maternal • Página 129 Ana Costa • Páginas 70 e 71 Beneficência Portuguesa de São Paulo Páginas 4 e 5 Biofast • Páginas 120 e 121 Brasanitas • Página 132 Cerner • Página 131 Convergence • Páginas 76 e 77 Curso Canadá • Página 99 Edmundo Vasconcelos • Páginas 6 e 7 Fórum TI • Página 79 Genexus • Página 92 e 93 Graac • Páginas 84 e 85 Lexmark • Páginas 40 e 41 Medicinia • Páginas 56 e 57 Philips • Páginas 2 e 3 Printer Press • Página 9 Samaritano • Páginas 18 e 19 Samplex • Páginas 124 e 125 Santa Paula • Páginas 48 e 49 São Cristovão • Páginas 114 e 115 Sino Brasileiro • Páginas 96 e 97 Unimed Paulistana • Páginas 32 e 33 Vera Cruz • Páginas 60 e 61

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O menino que deu a volta na vida.

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Treze dias após seu nascimento, no Amparo Maternal, Lúcio foi abandonado por sua mãe. A Instituição o acolheu prontamente e o pequeno viveu cercado de carinho até os 4 anos, quando teve que ser encaminhado para um orfanato. Mas o vínculo de amor permaneceu. Lúcio fazia tratamento para problemas na fala pertinho do Amparo e as Irmãs que trabalhavam na Casa na época sempre acompanhavam e orientavam o menino. E assim foi, até os 22 anos: na saída da escola, nas horas vagas, nos fins de semana, Lúcio continuou frequentando sua "casa". Hoje, Lúcio cuida de mais de 30 crianças na instituição que fundou, a Associação Lar Casa do Caminho. Junto com sua esposa e o casal de filhos, um deles adotado, formam uma enorme família de solidariedade, recebendo crianças carentes e ajudando mães a se reestabelecerem. Como o filho abandonado se tornou o pai de tantos filhos? Ele mesmo sabe a resposta: "em todas as horas que precisei, em tudo, o Amparo foi a mãe que não tive".

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INSIGHT Acompanhe este e outros conteúdos em www.healthers.com.br

Aniversário Danilo Ramos

Com certeza não me lembro do meu pri-

esses que hoje são meus sócios, conselheiros, ou-

meiro aniversário. Nem com foto me lembraria.

vintes, seguidores, perseguidos por mim, enfim,

Meus pais lembram com orgulho de cada pedaço

partilham do sonho comigo.

dele. Eu não. Lembro de muitos aniversários da minha vida.

guir pessoas que me seguissem. Consegui e hoje

Lembro daquele que me marcou mais, quan-

tenho um time de vencedores, de sonhadores, de

do completei 30 anos. Lembro-me como se fosse

amigos e lindas pessoas, que assim como eu, são

hoje que na semana anterior a ele eu estava triste,

apaixonadas pela saúde.

quase depressivo. A razão era simples: na minha

Depois de tudo isso escolher os produtos,

cabeça trinta anos seria a metade de uma vida e eu

o público alvo, os preços, o planejamento, o

não tinha feito metade das coisas. Aparentemente

orçamento, as aquisições, a sede, o nome,

a minha teoria seria válida se eu fosse morrer com

o logo, a cara, a mensagem, ufa, tanta coisa

sessenta, como meu pai. Acontece que hoje as

acontece quando se toma banhos longos e fica

pessoas morrem com oitenta, noventa. Isso torna

até de madrugada pensando.

o meu próximo aniversário, agora sim, a metade

Amigos de fora participaram, família parti-

de tudo. E acredito que sim, fiz metade das coisas.

cipou e hoje consigo olhar para esses 365 dias e

Portanto meu próximo aniversário será mais

pensar que valeu a pena tudo aquilo. Que lutar a

tranquilo e menos depressivo.

Alberto Leite é CEO da Healthers, e professor de inovação e estratégia do MBA da FIA.

cada dia vale a pena, desde que a causa seja nobre.

O aniversário que me lembro com tranqui-

Penso naqueles que criticaram e agradeço

lidade também foi o meu de vinte e um anos de

cada palavra. Penso nos que abençoaram e

idade. Eu terminava a faculdade e o Senna mor-

agradeço ainda mais. Penso nos dias que algo

ria no dia seguinte. Lembro-me de ter tentado não

deu errado e a solidão batia na porta e de repente

chorar com aquele momento.

você está rodeado de pessoas consolando, apoi-

Assim como vários aniversários esse de agora

ando. Penso em tudo isso e chego a uma única

tem toda uma simbologia. Há exatamente um ano

conclusão: é disso que é feita e vida. De lindos

atrás decidi percorrer um dos caminhos mais intri-

aniversários que celebram e nos fazem analisar o

gantes para um jovem: abrir sua própria empresa.

todo, o tempo e a vida.

Em primeiro lugar escolhi a saúde. Porque a saúde?

O aniversário de um ano da Healthers é de meus pais, irmãos, amigos, colegas, sócios, clien-

Porque tenho amigos nesse setor, porque sou

tes, não clientes, concorrentes, fornecedores,

filho de médico, porque amo saúde, porque ela traz

parceiros, torcedores, não torcedores, enfim, é de

paz ao coração no fim do dia, porquês não faltam

todos que estão aqui.

para que ao final do pensar, decidir ficou fácil. A segunda parte era difícil: onde conseguir dinheiro para abrir? Fui atrás de dinheiro com amigos. Amigos

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A terceira parte foi mais difícil ainda: conse-

O sonho de crescer está aqui agora, e com ele o sonho dos apaixonados como eu, apaixonados pela vida, apaixonados por sonhos, apaixonados pela saúde.

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