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Ino va ção
Apaixonados pela Saúde
Mais do que grandes ideias é necessário entender o que o cliente pensa
Sempre
30
Tendência: TI em Saúde O que será usado em2013
Gestão financeira
Hospitais se reinventam para sair do vermelho
Liderança
Saber dar ordens é o suficiente? H01.indb 1
anos
A história de George Schahin
à frente do Santa Paula
Marketing
digital
por perto Fidelizar o médico é garantia de receita
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Seu hospital está pronto para as redes sociais?
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NESTA EDIÇÃO
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Três décadas de história
George Schahin fala sobre sua carreira, as crises que abalaram o País e as mudanças no hospital Santa Paula
OPINIÃO 24 Gestão A parábola da mosca na água
32 Marketing Novas
tecnologias aplicadas em prol do cliente
34 TI Como a TI pode causar
26
COMPRAS
38
MARKETING
42
RH
48
FINANÇAS
54
TI EM SAÚDE
58
INOVAÇÃO
72
VENDAS
mudanças no setor de saúde?
68 Finanças Gestão de
Resultados aplicada à saúde
78 Vendas Desafios do segmento Premium
88 Insight Pés descalços
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Supply Chain Principais aspectos de um dos setores de maior importância nas instituições
Conexão mais saudável
Hospitais atingem novos objetivos por meio do marketing digital
Líder hospitalar
Passos fundamentais para obter uma boa liderança dentro das entidades
Saindo do vermelho
Inovar a gestão financeira é uma opção para elevar o fluxo de caixa de um hospital
Saúde 2013
Tendências em tecnologia na saúde do Brasil irão evoluir neste ano
Futuro Próximo
Empresas de saúde adaptam seus modelos de negócios às necessidades do mercado
Qualidade de vida
Programas oferecidos pelos hospitais geram melhoria de vida e garantem fidelização ao corpo clínico
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EDITORIAL
Somos apaixonados pela saúde Uma das maiores características que uma pessoa inovadora pode ter é a paixão. A paixão por suas ideias, seus ideais e a vontade de mudar o meio onde está. No setor de saúde é muito comum encontrarmos profissionais visionários e apaixonados pelo que fazem. Uma das mentes mais inovadoras e criativas do mundo certa vez disse: “Se você pode sonhar com isso, você pode fazer”. O autor dessa célebre frase não era médico, cientista ou atuava no setor de saúde mas, sem dúvida, era um sonhador que, provavelmente, tornou grande parte de seus sonhos realidade e fez parte da infância de gerações ao redor do mundo. Em muitas biografias e reportagens, amigos e funcionários de Walt Disney diziam que, quando ele tinha uma ideia, certamente, ela sairia do papel. Ele não era apenas um homem de visão, ele estava cercado pelos melhores profissionais e, se sua equipe não conseguisse colocar em prática alguma de suas ideias, ele pesquisava ou desenvolvia tecnologias capazes de fazê-la. Esse engajamento e obstinação eram motivados por sua paixão, em fazer as coisas se tornarem realidade. Essas qualidades também são muito comuns no segmento de saúde, onde grandes mentes trabalham horas a finco para desenvolver novos modelos de negócios ou tecnologias para deixar a saúde cada vez mais sustentável. Nossa missão nessa nova revista é trazer um pouco dessa paixão e preencher a lacuna por informação qualificada para gestores, diretores e CEOS dos maiores hospitais do País para que, a cada edição, os elos da cadeia de saúde estejam cada vez mais fortes. Escrever é um ato de paixão que requer não só uma mente criativa, mas um coração apaixonado, para que cada informação, cada palavra ou cada vírgula colocadas no papel contribuam para o desenvolvimento do segmento de saúde brasileiro. Fazemos isso para que possamos nos orgulhar, cada vez mais, de fazermos parte dessa história, contribuindo para um sistema de saúde democrático e acessível para todos.
Guilherme Batimarchi Editor
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Publisher Alberto Leite | alberto@healthers.com.br
Editor Guilherme Batimarchi | guilherme@healthers.com.br Repórter Gabrielle Rocha | gabrielle@ healthers.com.br
Colaboradores Gilberto Pavoni Junior | redacao@healthers.com.br Claudia Rocco | redacao@healthers.com.br Rick Zafala | redacao@healthers.com.br Comercial Leandro Premolli | leandro@healthers.com.br Adriana Ferreira | adriana@healthers.com.br
Arte Flávio Della Torre
Fotografia Danilo Ramos Ricardo Benichio Operações e Marketing Pedro de Assumpção Venturini | pedro@cboard.com.br Ana Paula Savordelli | ana@cboard.com.br Administrativo e Financeiro Juliana Higa | juliana@cboard.com.br Conselho Editorial Claudio Tonello Carlos Marsal Erickson Blun
HEALTHERS é uma revista direcionada aos executivos do setor de saúde brasileiro, cujo objetivo é compartilhar conhecimento técnico e prático para comunidades de marketing, TI em saúde, RH, Compra, Venda, Finanças e CEOs. A publicação traz, também, conteúdo acadêmico e artigos escritos por especialistas, além de cases internacionais. As informações contidas nas mensagens publicitárias publicadas pela revista são de exclusiva responsabilidade das empresas anunciantes. Os artigos assinados são responsabilidade de seus autores e não refletem necessariamente a opinião dos editores da revista. Todo o conteúdo da HEALTHERS, revista e portal, é de livre reprodução, sendo necessária a citação da fonte, conforme legislação de direitos autorais. Marketing e Audiência Saiba como promover e valorizar sua marca, seus produtos ou serviços na HEALTHRES | revista e portal. Solicite nosso Mídia Kit pelo e-mail leandro@cboard.com.br ou pelo telefone: (11) 4327-7061 Editorial: Para falar com a redação da HEALTHERS ligue: (11)-4327-7007 ou envie suas notícias para redacao@healthers.com.br Newsletter: Para receber assine nossa Newsletter no endereço: www. healthers.com.br Publicidade: Para anunciar na revista, no portal HEALTHERS, ou discutir uma estratégia de comunicação para aumentar as vendas de seu produto ou serviço, ligue para (11) 4327-7061 ou leandro@healthers.com.br. Distribuição Nacional Impressão: Ibep HEALTHERS/CBOARD - Promovendo negócios no setor de saúde. Rua Helena, 280 | 04552-050 | Vila olímpia - São Paulo/SP Tel: 55 (11) 4327-7061 www.healthers.com.br
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MOVIMENTO
CEO o presidente e Após 13 anos, a re para Améric da GE Healthca a a ix io Patr u s de Latina Ro g ér e. de aposentar-s empresa e deci o foi A n d ré Lo n g O cardiologista rcargo de direto confirmado no de l na Agência Nacio presidente da novo entar (ANS). O Saúde Suplem com do gão foi aprova executivo do ór da sabatina realiza unanimidade em ciais de Assuntos So pela Comissão ral. de Fe (CAS) do Senado ndas , o diretor de ve Após sete anos ação ra Saúde, Educ da Dell Brasil pa , ez rd o M en es e Governo, Ri ca ll. na De deixa seu cargo
eado Patrus foi nom Para o lugar de 26 er, que está há Jo e Sh raw d acional anos na multin
rá Menezes na Quem substitui e será o Pu erta, qu função é D ieg tor se as da Dell no diretor de vend o. O executivo público e privad de atuação na possui 14 anos . multinacional
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Fiocruz, Pau lo O presidente da teve seu cargo G a d el h a, man r tuição após se à frente da insti do mandato reeleito. O novo é 2016. executivo irá at
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à frente da TI do Após sete anos O da itano (SP), o CI Hospital Samar ixa de ito n Si m ão, instituição, Kl a sumir a diretoria o cargo para as TI do grupo de corporativa de milo. hospitais São Ca de fundador da Re Jo rg e M o ll , o. up gr esidência do D’Or deixa a pr vo presa, o executi Segundo a em do te en id mo pres permanecerá co . de re ministração da conselho de ad
s ello não é mai Cl au d io To n vo keting corporati diretor de mar vo uti ec o Luiz. O ex da Rede D’Or Sã funções de que assumirá as la o foi definido pe Tonello ainda nã ia or ndo a assess instituição, segu de imprensa.
lé o lugar de Mol Quem assume iu o su ito, que as m H er ác li to Br de abril. cargo no dia 10
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ENTREVISTA Por Guilherme Batimarchi
Três décadas de história Durante o bate papo, que durou cerca de uma hora e meia, George Schahin, falou sobre seus 33 anos a frente do hospital Santa Paula, e com muito bom humor nos contou como foi enfrentar o dia a dia de uma administração em tempos conturbados como a reabertura política e econômica do País, o Plano Collor e o dragão da inflação. Healthers – Como surgiu o hospital Santa
Paula, que na época era um pequeno pronto socorro.
Paula e sua experiência como gestor?
A primeira grande mudança que tivemos aqui
George Schahin – Nossa história começou no dia
foi em 1983 quando compramos um aparelho de
primeiro de julho de 1980. Eu e mais um grupo de
hemodinâmica e iniciamos o serviço de cirurgia
médicos compramos o hospital, e desde o primeiro dia
cardíaca. Na época, chegamos a fazer cerca de 80
tive a incumbência de fazer toda a gestão. Naquela
procedimentos extra corpóreas ao mês.
época nem se falava em gestão, falava-se em administrar
Em 1987 nos descredenciamos do INAMPS, o que foi
o hospital, o termo “gestão” ainda nem existia.
uma decisão muito difícil de ser tomada na época, pois
Me formei em 1974, pela Unicamp, em medicina. Um
estávamos saindo do atendimento do governo, onde
ano depois me formei em administração hospitalar pelo
tínhamos uma facilidade para conseguirmos pacientes,
IDH, trabalhei por dois anos como diretor técnico no
porém a remuneração era extremamente baixa, e nos
Hospital da Unicamp, depois fui diretor do Hospital do
aventuramos a atender os planos médicos.
Servidor Público Municipal e assessor do secretário de higiene e saúde do município de São Paulo. Então nesses
H – Como foi lidar com essas empresas da
cinco anos eu trabalhei para órgãos públicos e achei que
saúde suplementar no final da década de 80?
realmente não tinha um grande futuro nesse segmento e
GS – Naquela época nós não sabíamos muito bem
precisava entrar como empreendedor na iniciativa privada.
como deveríamos lidar com as operadoras e elas
Foi nessa época que me reuni com um grupo de outros
também não sabiam o que precisavam contratar no
profissionais e começamos a procurar oportunidades
Hospital. Não havia ANS e, consequentemente, não
no setor privado, até que surgiu o Hospital Santa
havia regulamentação.
Há 33 anos como presidente do Hospital Santa Paula, George Schahin fala sobre sua trajetória profissional, as crises que abalaram a saúde no País e a entrada de seu novo sócio... 20
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ENTREVISTA
Então as coisas não tinham muito profissionalismo nem
GS – Minha rotina continuou a mesma. Como sou
regras para organizar o mercado. Essa regulamentação
sócio também, as decisões no Santa Paula são tomadas
só aconteceu após a criação da constituição de 88,
em comum acordo, e sem interferência que não sejam
e ficou nítido que não havia interesse por parte do
para melhorar o hospital. Senti total apoio às melhorias
governo no fortalecimento da saúde privada.
que eu queria fazer aqui. Além de receber novas sugestões e ideias para que os processos e o negócio
H – Na sua visão como administrador, como
melhorassem cada vez mais.
foi enfrentar esse período de turbulência econômica no Brasil?
H – E para os colaboradores e outros
GS – Sem dúvida esse período tirou o sono de
executivos do hospital? Como eles receberam a
muitos administradores, inclusive o meu. Um dos
notícia dessa nova participação societária?
planos econômicos mais traumáticos que vivi como
GS – No começo houve uma certa insegurança, pois
administrador hospitalar foi o Plano Collor.
havia a dúvida se eu ficaria ou não à frente do Santa
Eu me lembro como se fosse hoje. No dia em que ele
Paula. Por mais que eu dissesse que ficaria, um processo
assumiu o governo e lançou o plano, nós aqui no Santa
desses leva algum tempo até que a decisão final seja
Paula estávamos inaugurando nossa nova tomografia.
tomada, e essa era a dúvida dos colaboradores em
Na época, o preço de um equipamento desses era um
relação à entrada do novo sócio. E eu continuei.
absurdo, ao contrário de hoje. Enfrentamos esse período encarando trocas de moedas
H – Como é administrar um hospital tendo em
inflação e tudo mais. Me lembro que isso ocorreu em
vista o desafio entre manter a qualidade no
março, e se você me perguntar como, não saberei te
atendimento e a sustentabilidade financeira da
responder, mas no mês seguinte conseguimos honrar
instituição?
nossa folha de pagamento. Essa é uma coisa que se me
GS – Hoje o hospital possui três tipos de clientes: o
perguntassem sobre como conseguimos essa proeza eu
médico, o paciente e a operadora. Os três tem objetivos
não saberia responder.
diferentes e conflitantes. Essa é uma equação onde é
A partir de 1995, com o equilíbrio dessa situação
preciso saber equilibrar todos os lados. O médico quer
econômica, o cenário para os hospitais ficou muito
recursos humanos e infraestrutura de qualidade, e isso
mais confortável. Continuamos prestando o serviço
custa dinheiro. Já o paciente quer hotelaria, conforto e
à vista e recebendo a prazo, mas sem inflação, o
isso também tem seus custos, depois disso ainda temos
dinheiro que se recebe hoje vale muito mais. Para se
a operadora, que quer tudo isso para seus clientes,
ter uma ideia, depois de tudo isso, compramos mais
mas quer pagar pouco, ou o mínimo possível que ela
alguns terrenos e construímos outro bloco para o
conseguir negociar.
hospital, que ficou pronto em 2001.
No final do dia, para a conta ser positiva para o hospital é necessário equilibrar esses três fatores. Na hora que
H – Como ficou seu cotidiano no hospital após
um gestor conseguir equilibrar essa conta, ele acaba
a entrada de seu novo sócio?
tendo a lucratividade projetada.
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H – E o que mudou nesses 33 anos de gestão para você? GS – Passei por boa parte do que vemos na saúde hoje, a criação do SUS, da ANS, a chegada de novas tecnologias, períodos de instabilidade financeira, e depois de tudo isso, fundamentalmente fiquei careca. Mas de tudo isso, o que aprendi é que a cada dia aprendemos uma coisa nova, Nunca sabemos absolutamente tudo. É preciso ser um eterno insatisfeito, no dia em que eu achar que já sei absolutamente tudo sobre saúde e gestão, aí eu estarei morto. O importante para um executivo é sempre aprender algo novo e ser um eterno insatisfeito. H – O que evoluiu em sua rotina como gestor nesses 33 anos? GS – Antigamente, ao chegar no escritório, haviam dezenas de ligações para eu retornar, e hoje em dia, raramente o telefone toca por aqui. Porém, a quantidade de e-mails para eu responder é absurda, e com a entrada dos dispositivos móveis, como o iPad, a rotina
"O que aprendi é que a cada dia aprendemos uma coisa nova, Nunca sabemos absolutamente tudo. É preciso ser um eterno insatisfeito."
mudou muito, uma vez que você pode responder um e-mail enquanto aguarda para entrar em uma reunião ou está no transito a caminho do hospital. Além disso, hoje, quando acordo, já tenho acesso ao número de leitos ocupados no hospital e uma série de outros indicadores, isso antes das 7h da manhã e fora do hospital.
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GESTÃO
Erickson Blun
A parábola da mosca na água Nunca se falou tanto em gestão em saúde. Mais que isso: em gestão em saúde suplementar. A formação para o setor tornou-se um nicho relevante, muito bem aproveitado por alguns dos principais centros de educação executiva do País. Bom para os profissionais, bom para as empresas e especialmente bom para os pacientes. Mas, o que realmente diferencia o gestor em saúde suplementar dos demais? Costumo dizer que um gestor competente deve ser capaz de exercer suas funções em qualquer ambiente. E é isso que as organizações do setor esperam de seus executivos. Que compreendam e apliquem os princípios da administração competente. Que planejem e ao Erickson Blun Superintente do Hospital e Maternidade Brasília
mesmo tempo garantam a execução. Que ajustem o leme na hora certa, frente às mudanças do mercado. E quanto à diferença? Que atuem para a saúde do negócio, sem jamais comprometer a saúde de quem faz com que ele exista. Para tanto, é preciso saber gerir uma cadeia de serviços altamente complexa que tem na preservação da vida sua função. É preciso entregar aos pacientes aquilo que contrataram das operadoras, em uma relação de tripla demanda: de um lado pela excelência do atendimento e da assistência, do outro pela gestão efetiva de custos e, ainda, pela garantia da rentabilidade. Enquanto a prática médica baseia-se em evidências, a gestão em saúde é muitas vezes atividade imprecisa. Os cenários externos mudam e com isso – preferencialmente antes disso – novas decisões devem ser tomadas. A parábola da mosca que caiu na água ilustra bem. Uma vez sobre o leite, o pequeno inseto bateu asas e tal movimento, contínuo e de imenso esforço, provocou a formação de nata. Ele subiu na nata, bateu asas e voou. Depois, ao tombar na água, acreditou que sabia como se salvar. Bateu as asas, mais uma vez, e se afogou. Se não há profissional capaz de receitar a combinação perfeita de remédios e condutas para sanar os desafios da gestão no setor, não é difícil saber como se equivocar. Repetir o que no passado funcionou é caminho certo para o insucesso. É bater asas
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sobre a água. A saúde suplementar encontra-se em franca expansão, com significativa mudança do perfil dos usuários, dos concorrentes e com novas regulamentações. Isso sem falar que as instituições possuem paredes de vidro, sendo continuamente monitoradas pela opinião pública, e que é imprescindível incorporar as novas tecnologias. Pois bem, já que aceitamos assinar esta coluna – uma honra e responsabilidade –, cabe aqui fazer o prognóstico. Para ser competente gestor em saúde suplementar deve-se manter a postura continuada de aluno, em busca da reciclagem e da superação dos próprios limites através do conhecimento. Ao mesmo tempo, é preciso exercitar a visão estratégica e a inteligência política, conciliando aspectos externos e internos, e aprimorar a liderança. Mas, atenção: entre a escrita e a publicação desse artigo, permitamo-nos mudar de opinião.
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Como um Relógio Quais são as principais funções, gargalos e grandes perspectivas de um dos mais importantes, e vitais, setores das instituições de saúde: o Supply Chain
O
setor de Supply Chain (ou Cadeia de Suprimentos) é responsável por qua-
se todo o fluxo de informação e abastecimento de materiais de um hospital e soma cerca de 40% dos recursos financeiros mensais da instituição. Por isso, não é difícil imaginar que uma deficiência no processo dessa gestão pode causar danos custosos e
Por Cláudia Rocco
permanentes em termos financeiros e produtivos para diversos setores da instituição de saúde - uma vez que as áreas de compras, estoque, armazenagem, transporte, distribuição, materiais, processo, entre outras, estão diretamente ligadas à Supply Chain, além de poder afetar também médicos e pacientes. De acordo com Sidney Diniz, em artigo publicado sobre Supply Chain Management, este conceito pode ser resumido como a parcela do processo da cadeia de
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COMPRAS Divulgação
Mayuli, da Unihealth: quanto melhor a compra e a utilização do material, maior o ganho.
suprimentos que planeja, implanta e controla o fluxo eficiente de produtos desde o seu ponto de origem até o ponto de consumo com o propósito de atender os requisitos do cliente. Portanto, a integração de toda a cadeia pode ser um dos segredos para o sucesso. Carlos Oyama, diretor de suprimentos e logística
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do Hospital Israelita Albert Einstein, diz que a área
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de Supply Chain é determinante para atingir um
de compras parte das movimentações geradas na
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elevado nível de excelência no atendimento hospita-
cadeia de suprimentos, a partir da atualização dos
CM
lar. “Ela é abrangente à medida que solicita, abaste-
parâmetros de estoque mínimo, máximo e ponto de
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ce, recebe, prepara, identifica e entrega o material
pedido. “Por outro lado, o setor de compras tam-
CY
e medicamento correto na quantidade, dose e mo-
bém tem um papel importante para a Supply Chain,
mento certo para o paciente que necessita. Mas, um
como desenvolvimento e padronização de novos
problema na gestão de compras pode oferecer riscos
produtos e serviços, com foco na qualidade e visão
à segurança do paciente e a falta de qualquer mate-
de custo benefício.”
rial ou medicamento pode prejudicar ou interromper procedimentos médicos assistenciais”, afirma.
hospitalar com atualização de dados em tempo real é necessário para um desempenho satisfatório, pois
podem trazer consequências muito negativas. Se-
é necessário garantir a integração entre as áreas de
gundo Oyama, uma compra ineficiente, perda de
atendimento, logística e faturamento, possibilitando
margem, perda por vencimento e falta de material
uma gestão efetiva de planejamento e aquisição de
afetam diretamente os resultados financeiros dos
materiais.
hospitais. “Porém, mais importante do que o desem-
O planejamento de compras deve atuar de for-
penho financeiro é a ineficiência no atendimento
ma dinâmica e atento às oscilações de consumo para
médico assistencial, onde o paciente e sua segurança
garantia do abastecimento, atuando em conjunto
podem ser diretamente afetados.”
com a equipe multiprofissional para situações de
Para a gerente de suprimentos do Hospital Sa-
urgência. Ela destaca também que a ineficiência do
maritano de São Paulo, Ana Paula Melo, os impac-
setor pode gerar gastos desnecessários em estoque
tos na Supply Chain atingem diretamente o setor de
sem giro de consumo, compras emergenciais sem
compras e vice-versa. Para ela, todo o planejamento
a devida análise de oportunidades e estratégias de
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A gerente garante que um bom sistema de gestão
O especialista destaca que problemas no setor
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PARA CRIAR CONEXÕES QUE VÃO ALÉM DAS CORPORAÇÕES.
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COMPRAS
“Apesar de não termos muitos profissionais qualificados, contamos com bastante tecnologia” Mayuli Fonseca, da Unihealth
res de Supply Chain, segundo os especialistas, estão ligadas aos fornecedores, diversidade de produtos no mercado e dificuldade de padronização. Oyama reforça essa tese e garante que os fatores são diver-
negociação, baixo nível de satisfação do cliente in-
sos, mas um deles é o baixo desempenho dos forne-
terno e riscos assistenciais”.
cedores “A falta de pontualidade na entrega, dimen-
Mayuli Fonseca, diretora de novos negócios da
sionamento incorreto dos estoques e dependência
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Uniheath Logística Hospitalar, afirma que a Supply
de importação causam uma série de contratempos,
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Chain interliga as áreas administrativa e assisten-
oferecendo dificuldades para uma boa gestão da ca-
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cial de um hospital. “Quanto melhor a compra e
deia de suprimentos. Isso reforça a necessidade de
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a utilização do material, maior o ganho. A Supply
reduzirmos a base de fornecedores para alinhar in-
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Chain define o que comprar, onde e quando aquele
teresses e ofertar serviço de qualidade.”
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material deve estar e não deixa faltar insumos para o hospital, médicos e pacientes.”
Ana Paula, do Samaritano, destaca como os principais problemas neste segmento o, crescimento
A diretora garante que o papel fundamental do
constante de novos produtos no mercado, variedade
setor é o gerenciamento dos insumos, do momen-
de especialidades e patologias presentes no perfil da
to em que chegam ao hospital até serem consumi-
instituição, dificuldade de padronização de marcas
dos. Segundo Mayuli, para não ocorrer a perda por
concorrentes e fidelidade de informações gerenciais
excesso, ou desperdícios, é de extrema importância
para tomada de decisão.
este gerenciamento antes de uma nova compra.
dem “reduzir o custo e aumentar a produtividade”
hospitais hoje são: perda dos insumos - quando a
na área de Supply Chain, garante Mayuli Fonse-
enfermeira usa e não marca na ficha do paciente,
ca. “Apesar de não termos muitos profissionais
pois não gera receita para o hospital - e logística
qualificados, contamos com bastante tecnologia”,
reversa - quando a medicação vai para o paciente,
afirma. Para Ana Paula, as soluções de TI vêm
mas não é utilizada. Nem sempre volta para o al-
se destacando tanto em ferramentas de gestão
moxarifado para ser utilizada por outro paciente.
de estoque e compras (plataformas eletrônicas
Se a gestão e suprimentos é ineficiente, não há
de compras e ERPs específicos), quanto nos pro-
controle e muitos insumos se perdem destas duas
cessos operacionais (soluções de armazenagem
maneiras”, garante Mayuli.
eletrônicos) que otimizam os processos e favore-
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A boa notícia é que diversas tecnologias po-
“Dois problemas graves enfrentados pelos
As maiores dificuldades enfrentadas pelos seto-
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cem a gestão estratégica.
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PORQUE SOMOS MAIS QUE PROFISSIONAIS, SOMOS PESSOAS BUSCANDO NOVAS POSSIBILIDADES.
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MARKETING
Claudio Tonello
Novas Tecnologias Aplicadas em Prol do Cliente Nos últimos tempos, experimentamos diversos avanços tecnológicos. E nada melhor do que utilizarmos as novas descobertas como aliadas do marketing com o intuito de medir efetivamente o grau de satisfação dos clientes e poder medir nossos próprios níveis de serviço. Todos nós sabemos que existe uma grande diferença entre “qualidade” e “qualidade percebida”. A primeira, podemos buscar por meio de órgãos de acreditação, dos comparativos e benchmarkings, como: nível de infecção hospitalar, taxa de mortalidade, índice de quedas, entre tantos outros.
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A segunda, que nem sempre recebe tanta atenção nas corporações, é a “qualidade
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Claudio Tonello
percebida”. Ou seja, a maneira pela qual nossos consumidores nos vêem, nos percebem. A
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Executivo de marketing na área da saúde
diferença do que somos ou do que pensamos que somos, para como os outros nos perce-
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bem, pode sim ter uma enorme diferença.
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Foi pensando assim que alguns dos grandes e importantes hospitais dos Estados Unidos e da Índia, como o Fortis Escorts Heart Institute (FEHI), em South Delhi, introduziram o sistema RFID (Radio Frequency Identification) em seus atendimentos de Pronto Socorro.
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Agindo como um verdadeiro GPS, tal tecnologia é introduzida na pulseira de identificação que é colocada no paciente assim que ele chega ao hospital. A partir daí, todos os movimentos são monitorados segundo a segundo. É possível medir qual o tempo de permanência na Acompanhe este e outros conteúdos em www.healthers.com.br
recepção antes da consulta, na sala do médico, na sala de exames, medicação e assim por diante. Tudo com o objetivo claro de mensurar o tempo em que o consumidor, no caso, o paciente, “gasta” em sua visita ao hospital. Depois da implantação do novo sistema nestes hospitais, várias oportunidades de melhoria foram identificadas e mudanças foram realizadas, mas uma delas chamou bastante atenção: a ampliação do uso da pulseira também para o corpo clínico. Médicos e enfermeiras passaram a usar a pulseira com RFID, fazendo com que profissionais e pacientes estivessem nos locais certos, no tempo certo. Para avaliar a percepção e o nível de satisfação sobre sua experiência no Pronto-Socorro, seria muito importante fechar todo o processo com uma pesquisa de satisfação “on-line”. Por meio de tablets, totens ou por telefonia celular (SMS). Esta última poderá ser ativada com o uso do RFID. Assim que o cliente termina o processo no Pronto Socorro, uma antena capta e identifica este sinal e dispara automaticamente um SMS para o celular do paciente solicitando seu nível de satisfação. Tudo sem influência de terceiros, sem custos adicionais com contratação de institutos de pesquisa ou de novos colaboradores. Prático, rápido e eficiente.
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QUE INSTINTIVAMENTE SE ATRAEM PARA CRIAR LAÇOS, DIVIDIR EXPERIÊNCIAS, CAMINHAR JUNTAS.
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TI EM SAÚDE
David Oliveira
Como a TI pode causar mudanças no setor de saúde? Vemos uma nova TI na saúde, com novos e desqualificados profissionais se aventurando e leiloando seus conhecimentos prematuros. É uma geração de profissionais que promete fazer mais, com menos. MENTIRA. O que vemos são tarefas e projetos sendo entregues em menos tempo, sem nenhuma preocupação com qualidade ou entendimento do negócio. Vemos profissionais que pedem pagamentos em “ouro” e são totalmente desapegados ao negócio (vou usar muito essa palavra). E, quanto à velha guarda? Bom, ela continua mais lenta, é verdade, mas com 100% de assertividade nas suas entregas.
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David Oliveira
Para entender de verdade qual é o rumo deste setor, o CIO (Chief Information Officer)
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é gerente de TI do Sepaco e presidente da ABCIS
precisa ter uma visão abrangente: além da TI, é preciso entender de equipamentos médicos,
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tendências do setor de saúde, ser curioso em tudo que está acontecendo na instituição que
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atua, pois o setor muda a todo instante. Então, não se lamente se a engenharia instalou um
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equipamento médico e precisa as pressas de uma infraestrutura de TI para operar. Onde você
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estava que não sabia da compra de um equipamento que leva pelo menos seis meses para ser fabricado e instalado depois da compra?
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Você não poderá jamais fazer investimentos nestas organizações de forma inteligente se não entender suas mudanças. Se a alta direção entender que reinventar o seu núcleo requer investimentos massivos em Tecnologia Integrada, irá descobrir o segredo do sucesso das grandes organizações e, certamente, os intangíveis resultados aparecerão mais rápido do que se esperava. Vi organizações aumentar significativamente seu faturamento em seis meses pós-integração tecnológica. Acompanhe este e outros conteúdos em www.healthers.com.br
Entenda que, quando afirmo isso, englobamos tudo além das fronteiras de TI. Quantas vezes você revisou as regras de negócio daquele software de gestão depois de sua implantação? Surpreenda-se se fizer isso ou se assuste com o que ia pelo ralo! Identifique as pessoas chaves da empresa que fazem o navio navegar. Nem sempre é o gestor! São essas pessoas chaves que possuem boa parte do dinheiro que você precisa para investir em Tecnologia. Existem três grandes passadas tecnológicas numa organização de saúde: Infraestrutura básica, Tecnologia Hospitalar e Integração. Com este modelo de trabalho revisado, periodicamente, a busca por uma governança de TI passa a ficar mais próxima e você pode enxergar que um hospital inteligente está cada vez mais evidente. Parece muita coisa para se preocupar, mas o CIO deve ir além da TI para justificar qualquer investimento que gere valor. Fica aqui uma frase motivacional: “Você não está sozinho nessa!”.
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NÃO POR OBRIGAÇÃO, MAS POR INTERESSES COMUNS E AFINIDADES REAIS, QUE NOS APROXIMAM DE FORMA ESPECIAL.
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CHEGOU QUANDO AS PARTES SE ATRAEM A CONEXÃO ACONTECE NATURALMENTE.
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MARKETING Por Gabrielle Rocha
Um
para a
Saúde
Acreditar na tecnologia e investir no marketing
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m toda sua história, a humanidade vem desenvolvendo tecnologias que facilitam nosso
modo de viver. Desde a invenção das primeiras
digital são os passos
ferramentas, no período paleolítico como ferra-
fundamentais para gestores
mem não só conseguiu caçar ou se locomover
hospitalares alcançarem novos objetivos
mentas de corte e, provavelmente, a roda, o hocom mais eficiência, mas também deu início a uma transformação que dura até hoje. Desde a primeira revolução digital, em meados de 1990, teorias e ferramentas tecnológicas aparecem com grande intensidade e novas mídias
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surgem com o objetivo de divulgar marcas, serviços, e de aproximar empresas de clientes.
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Porém, essa novidade ainda não é utilizada por muitas instituições. Uma pesquisa realizada pela empresa norteamericana Acsys Interative, questionou profissionais do setor de saúde em todo o país sobre quais tópicos de marketing emergente eles gostariam de ser informados. O estudo apontou que 66,3% dos hospitais dos Estados Unidos utilizam canais habituais de comunicação como impressão, mala direta e anúncio em rádio para o marketing, enquanto apenas 9,9% usam pesquisas de marketing SEM (Search Engine Marketing), web-banners e mídias
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MARKETING
Elis: Quanto mais você conhece os hábitos e o comportamento do púbico consumidor dos seus serviços, mais adequada será a escolha das estratégias de comunicação.
cionamento de uma marca. Hoje, não é mais uma escolha de estratégia para as empresas e sim, uma Marcelo Fonseca
necessidade”, explica a gerente de marketing do Hospital São Camilo, Roserly Fernandes. O estudo realizado pela Acsys demonstra, ainda, que a tendência para a mídia digital tem como
sociais para divulgação.
consequência a propagação de canais digitais, tais
A pesquisa divulgou também que, em 2013,
como, redes sociais, vídeos e dispositivos móveis; o cres-
36,6% dos hospitais irão para o mercado online e
cimento da demanda dos profissionais de marketing
49,5% acreditam que o orçamento de marketing será
em atuar em outras plataformas; o anseio de aumento
dividido igualmente entre as áreas online e off-line.
da produtividade de marketing e como decorrência,
O marketing digital é um terreno ainda pouco
resultados mais expressivos na área de negócios.
conhecido no setor. A gerente de mídias digitais
Elis afirma que o aumento de investimentos em
do Hospital Israelita Albert Einstein, Elis Forgeri-
marketing digital ocorre pelos benefícios e possibi-
ni, afirma que a estratégia de utilização de serviços
lidades que esses meios oferecem. “É possível saber
de comunicação mais adequada para o marketing
quais ações estão funcionando, qual o impacto e se o
é entender profundamente o perfil do público.
custo está adequado. Neste segmento do marketing
“Quanto mais você conhece os hábitos e o compor-
é que estão as melhores oportunidades de inovação
tamento do público consumidor dos seus serviços,
e comunicação dinâmica, interativa e muito mais
mais adequada será a escolha das estratégias de
personalizada e humanizada, o que faz uma enorme
comunicação e, consequentemente, os canais digi-
diferença para a área hospitalar”.
tais a serem utilizados”.
As técnicas de marketing e mídia não visam so-
Na área da saúde do Brasil ainda há muito
mente o somente o lucro, mas, principalmente, a
espaço para explorar ferramentas como aplicativos
divulgação de marcas e serviços hospitalares. Roserly
mobile e a própria internet para facilitar a vida dos
acredita que o principal passo para o marketing di-
pacientes com serviços online.
gital hospitalar eficiente é o relacionamento com o
Para atingir o mercado, há necessidade de um
cliente. “Há um número enorme de pessoas que se
aumento de recursos para vídeos na rede, treina-
identificam com a sua marca, eles, inevitavelmente,
mento de equipe especializada e, por fim, uma meta
vão emitir uma opinião sobre um atendimento ou so-
de trabalho e liderança muito bem definida.
bre a interatividade que vão ter com o seu produto”.
“As mídias digitais até pouco tempo era uma das
A gerente de marketing do São Camilo ainda
possibilidades de estender a comunicação e o posi-
conta que é preciso captar essa interação, monito-
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“É necessário ter cuidado. Estamos lidando com questões delicadas, como a falta de saúde e a fragilidade humana.” Elis Forgerini, do Einstein
rar, transformar essas ações em respostas rápidas e,
fissional da saúde. Hoje, o paciente é o principal ob-
automaticamente, em médio prazo melhorar a en-
jetivo do marketing, desde o primeiro contato com o
trega, seja de produtos ou serviços.
hospital, seja por telefone, e-mail, site ou outro canal
Existem diferentes tipos de conteúdos na mídia digital que atraem os consumidores. Gil Giardelli,
As redes sociais também funcionam como ferra-
professor da ESPM e CEO da Gaia Creative, acredi-
mentas úteis para os players do sistema de saúde se
ta que, além dos conteúdos, os hospitais também são
organizarem para o futuro, já que a melhor publici-
propagadores de práticas que aumentam a qualida-
dade é a que se aproxima da rotina do consumidor.
de de vida das pessoas.
Para Elis, o melhor caminho para verificar se a
Os hospitais da capital paulista, Albert Einstein
utilização do marketing digital alcança os resultados
e São Camilo acreditam nesse segmento e vêm rea-
esperados é mensurar sempre. “É possível mapear
lizando constantes investimentos na área. Há três
exatamente todos os passos do usuário no ambien-
anos, o hospital israelita criou uma área de mídias
te web e mobile. Para isso, é necessário acompan-
digitais dentro de sua estrutura. A comunicação e
har detalhadamente toda a performance de suas
o relacionamento feito por meio das redes sociais
campanhas e ver se está adequada ao perfil do seu
reforçaram atributos da marca, como a humanização
público. Avaliar o nível de engajamento, relaciona-
e o olhar centrado nas necessidades do paciente.
mento e compartilhamento dos seus conteúdos e
O São Camilo começa a investir nisso. Atualmente, a instituição possui um monitoramen-
ações além de calcular tempo de permanência em seu site”.
to interno feito por uma empresa contratada
O grande desafio na comunicação digital é sa-
com o apoio da área de comunicação. O objeti-
ber lidar com todos os tipos de diálogos. Dessa for-
vo é dar uma resposta em tempo ágil quando há
ma, a área médica pode atender de maneira plena
manifestações positivas e negativas, buscando in-
qualquer tipo de paciente, seja qual for sua doença
teragir com o cliente ou paciente de uma forma
ou perfil.
rápida e eficiente. “Estamos montando um setor
Segundo Elis, não há fórmula ideal para o que
exclusivo dentro da área de comunicação para tra-
funciona e o que não funciona no marketing digi-
balharmos com informação relacionada à área de
tal do ramo hospitalar. “É necessário ter cuidado.
saúde. A nossa intenção não é divulgar serviços, é
Estamos lidando com questões delicadas, como a
interagir com o público, passando informação e
falta de saúde e a fragilidade humana. Por isso, é
qualidade de vida”, esclarece Roserly.
importante ficar atento à modismos e ondas de re-
Antes, os investimentos com novas modalidades de serviços eram direcionados somente para o pro-
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de comunicação.
des sociais que não necessariamente se aplicam ao segmento hospitalar.”
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RECURSOS HUMANOS Por Gabrielle Rocha
A arte de liderar Mais do que trazer resultados para a empresa, um líder deve aproximar seus colaboradores, gerar conhecimento e valores em prol do desenvolvimento da organização
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m bom líder tem como características a capacidade de administrar pessoas, gerenciar equipes com diferentes perso-
nalidades, coordená-las e encaminhá-las para objetivos comuns. No segmento da saúde não é diferente. O líder já nasce com a habilidade de prever os acontecimentos, de ir à frente. Com esse dom, fica mais fácil identificar as deficiências do setor e fazer com que a organização hospitalar se torne mais competente e se destaque no mercado. Para despertar o espírito de liderança dentro de uma equipe, o diretor de relacionamento institucional do Hospital Bandeirantes de São Paulo, Marcelo Medeiros, aposta na confiança. “O bom líder estimula as pessoas a se comunicarem adequadamente, isso é um grande ativo de um hospital. Ou seja, o fluxo de informações tem que ser um só e a equipe tem que ser treinada e trabalhar em conjunto nesse sentido. A confiança que você quer atingir deve ser
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RECURSOS HUMANOS Dada Cardoso
Marcelo Medeiros, do Bandeirantes: o bom lider estimula as pessoas a se comunicarem adequadamente
gerada por meio disso, além do bom atendimento”. O sistema de saúde brasileiro é formado por prestadores e compradores de serviços, que têm como principal compromisso garantir o acesso aos bens e serviços disponíveis em cada segmento da sociedade. Dessa forma, o objetivo é alcançar metas para a manutenção e a recuperação da saúde dos indivíduos. Porém, atualmente, os conceitos passaram a ter um novo significado. É o que explica o consultor de recursos humanos, Paulo Celso de Toledo. “O líder, no sistema de saúde, deve incutir em sua equipe e dar exemplo, tem que estar à disposição
saber ouvir e conduzir os casos com os pacientes, falar
para acolher o doente, amparar os familiares e acom-
serenamente com as pessoas respeitando a hierarquia.
panhantes. Ele deve priorizar a cura e o conforto aci-
Mas, antes disso, deve respeitar o ser humano!”, res-
ma dos interesses dos resultados financeiros, por mais
salta Medeiros.
legítimos que sejam. Ter equipes e líderes servidores:
Para o diretor de RH do Hospital São Camilo,
essa deve ser a grande meta em todo o sistema de
Claudio Collantonio, atualmente, na área de saúde,
saúde”, opina. Segundo Paulo, a questão crucial para
existem três grandes competências para se tornar um
o verdadeiro exercício da liderança no sistema é saber
líder. “A humanização é um dos fatores determinan-
lidar com a vida e as emoções das pessoas.
tes, pelo tipo de atendimento que nós fazemos. Outro
Outro fator importante para exercer uma boa
fator é a resolubilidade, onde se busca um serviço de
liderança é conhecer intimamente o sistema hospita-
saúde que, a princípio, além de ser muito bem aten-
lar em que se está inserido, possuir ideias muito claras
dido, gera resolução para o seu problema e uma pró-
e um conhecimento global da atividade que desenvol-
atividade muito grande”, conta Conllantonio.
ve. Um bom líder deve criar o clima em que ele quer
Em 1997 e 1998, a Cambria Consulting, empresa
trabalhar e fazer com que os outros profissionais se
de consultoria dos Estados Unidos, estudou 62 mode-
sintam da mesma forma.
los de competências de lideranças de grandes empre-
A melhor forma de se relacionar com o paciente
sas do mundo.
é dar o maior número de informações possíveis para
George O. Klemp Jr., fundador da empresa ame-
que não haja problemas de comunicação entre ele e
ricana, propôs um modelo completo de competências
sua família. “O líder precisa ter humildade, precisa
de liderança, chamado de “Modelo dos Nove Baldes”,
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RECURSOS HUMANOS
Cláudio Collantônio, do São Camilo - Ter equipes e líderes servidores: essa deve ser a grande meta em todo o sistema de saúde
liderança é necessário observar dois modos diferentes de competências: práticas e atributos. Luiz Carlos Leite
As práticas são as atividades realizadas pelo líder e sempre se remetem ao resultado final, sempre sendo observadas em seu ambiente de trabalho. Os atributos constituem no desempenho, na capacidade que o
que se resume em: cinco metas e competências relativas
líder possui para cumprir determinada tarefa, de-
à atributos (QI, Inteligência Emocional, Conhecimen-
monstrando qualidade em alguns quesitos, tais como,
to, Crescimento e Ego) e as outras quatro relacionadas
pensamento estratégico, iniciativa e grande energia.
à práticas (Dizer, Vender, Iniciar e Relacionar-se).
Na opinião de Collantonio, hoje, uma liderança na
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Atualmente, o desempenho de um líder não é
área assistencial é ter uma equipe com relação de auto-
apenas de um profissional responsável pela delegação
comprometimento. E isso é um déficit do segmento de
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de atividades. Na opinião do consultor, o maior de-
saúde hospitalar como um todo. “A maioria dos profis-
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safio que um líder de saúde enfrenta no meio orga-
sionais ligados à área assistencial não tem somente um
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nizacional é justamente buscar o equilíbrio entre o
emprego, eles normalmente trabalham em escalas de
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conteúdo técnico do trabalho, as demandas por re-
12 por 36 e acabam não tendo um comprometimento
sultados financeiros, o tratamento dos segurados e a
significativo. Então, ver essa equipe com um empenho
atenção à suas famílias.
melhor é o maior desafio de liderança do profissional
Medeiros diz que, as maiores dificuldades, hoje,
que ocupa um cargo de chefia”.
estão na falta de mão de obra, número de pessoas
Existem alguns passos principais a serem segui-
treinadas e na legislação brasileira. “Exigimos que
dos para implantar a ação da gestão estratégica, que
os enfermeiros ajudem os médicos, porém, eles não
visa o melhor aproveitamento do capital humano nas
recebem o mesmo treinamento que esses médicos:
organizações por meio da delegação de poder. Um
seria necessário que eles fizessem cursos para poder
deles é chamado empowerment, que se resume em
participar dos procedimentos. A falta de mão-de-obra
duas necessidades básicas.
especializada também é um grande problema, além
“Primeiro passo é estabelecer bons processos de
das exigências de diminuição no horário de trabalho
trabalho que visem proporcionar às lideranças vencer
da enfermagem. Esses aspectos teriam um grande im-
seus desafios e obstáculos. Em seguida, é necessário
pacto nos hospitais e nos custos, no ponto de vista de
preparar as pessoas para que saibam delegar e exer-
competência técnica”, opina o diretor.
cer com competência os poderes que lhe forem
Segundo estudo realizado por Klemp Jr., na
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atribuídos”, encerra Toledo.
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Com a intenção de elevar o fluxo de caixa, hospitais inovam em gestão financeira
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Danilo Ramos
FINANÇAS
“O País investe pouco em saúde, nós não temos uma abundância de recursos, ou seja, é preciso trabalhar com pouco dinheiro e ter que inventar moda para sobreviver.” Dr. Forte, do Hospital Santa Casa de São Paulo
Antônio Carlos Forte (acima), superintendente da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (a direita).
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o sistema atual de saúde, conservar o caixa do
mente no segmento de prestação de serviços na área
hospital no “azul” é uma questão complicada
da saúde, que é altamente complexo, onde o custo da
e acabar com os problemas financeiros requer disci-
medicina aumenta expressivamente. “É fundamental
plina. A melhor maneira é tentar diminuir os custos
ter um acompanhamento detalhado das informações
e aumentar a produtividade. Mas, é nas dificuldades
de custos para a tomada de decisões e estratégias as-
que aparecem as oportunidades de explorar novos
sertivas que permitam o equilíbrio dos negócios.”
serviços e reestruturar a rede hospitalar.
Outro fator gerador de despesas e gastos traba-
Por mais difícil que seja sobreviver ao clima eco-
lhistas são as demissões. Novas contratações podem
nômico dos dias de hoje, inovar continua uma obri-
causar mal estar entre os funcionários antigos, o que
gação. Em primeiro lugar, os gestores precisam co-
pode até gerar ansiedade e diminuir a produtividade.
nhecer as despesas para saber onde deve haver cortes
Para driblar a crise, os hospitais precisam buscar no-
no orçamento e identificar quais são os custos fixos e
vos mercados e diversificar os serviços causando entu-
variáveis de cada área da instituição.
siasmo para um crescimento futuro.
Com os custos detalhados, a próxima etapa é
O superintendente da Santa Casa de São Pau-
organizar planilhas de acompanhamento gerencial:
lo, Antonio Carlos Forte, conta que apurar os cus-
contas a pagar, contas a receber, controle de estoque
tos com segurança é bem complicado. “O produto
e fluxo de caixa. Com esse conhecimento as decisões
final das entidades é a saúde do doente e isso não
a serem tomadas serão baseadas nos dados coletados.
pode ser controlado, esse é o grande problema. En-
De acordo com a gerente financeira do Hospital e
tão, a gestão financeira fica difícil, em especial na
Maternidade Dr. Christóvão da Gama, de São Paulo,
saúde pública, que é uma atividade financeira mal
Ana Cristina Silva, identificar os gargalos financeiros
remunerada no Brasil.”
dentro da instituição é uma missão difícil, principal-
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Uma opção a ser testada pra equilibrar as finan-
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Danilo Ramos
ças é o associativismo, que nada mais é do que uma
gestão deve contemplar o controle de custos bem es-
“associação” com objetivos em comum. Em parceria
truturado e detalhado em sua apuração e mensura-
com outros hospitais é possível realizar compras con-
ção, buscando a eficiência sem interferir na qualidade
juntas para aumentar os prazos de pagamento. Ges-
dos serviços prestados, criando assim uma vantagem
tores podem compartilhar, também, investimentos
competitiva. “Este modelo só é possível quando todos,
em consultoria, ações de marketing e treinamentos.
dentro do processo, inclusive a equipe médica, estão
“O País investe pouco em saúde, nós não temos
alinhados com a estratégia de negócio da instituição.”
uma abundância de recursos, ou seja, é preciso tra-
Em qualquer organização de saúde, é necessário
balhar com pouco dinheiro e ter que inventar moda
que haja um administrador hospitalar com o objetivo
para sobreviver”, destaca Forte.
de resolver de forma competente as dificuldades do dia a dia, para alcançar os melhores resultados nos
ADMINISTRAÇÃO
serviços que coordenam.
Na formação das organizações hospitalares, o mais im-
Um bom médico assistencial não significa um
portante são informações adequadas que visam aprovei-
bom gestor, relata o professor adjunto do Departa-
tar ao máximo os recursos disponíveis, com a utilização
mento de Medicina da UNIFESP e diretor do GRI-
de ferramentas administrativas e financeiras para gerar
DES (Grupo Interdepartamental de Economia da
um atendimento de alta qualidade com preços acessíveis.
Saúde) da Universidade, Marcos Bosi. “O executivo
As instituições possuem um papel social. Seu
da área da saúde precisa ter competências e habilida-
principal objetivo é em favor do ser humano, pre-
des, mas além de tudo, reconhecer as peculiaridades
ocupando-se com a melhoria da qualidade dos ser-
existentes dentro do próprio sistema de saúde e como
viços prestados.
esse mercado funciona.”
Na opinião de Ana Cristina, o modelo ideal de
Bosi ainda conta que os hospitais têm procurado
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FINANÇAS
Ana Cristina: é fundamental ter um acompanhamento detalhado das informações de custos para a tomada de decisões.
de comunicação para obtenção de incentivos na aprendizagem organizacional e critérios simples de análise das culturas da instituição. Ana Cristina acredita que as culturas organizacionais no cenário atual são causadoras do sucesso ou fracasso de qualquer instituição e ter consciência desta e da cultura mercadológica é fator preponderante para o equilíbrio nos negócios. “Grandes grupos acabam investindo exaustivamente em seus gestores, mas muitas vezes esquecem que, dependendo da mudança, é preciso alinhá-la ao histórico cultural do profisMarcos Silva
sional a ser treinado, bem como da organização, sob
o médico com formação clínica para capacitar-se e
o risco de comprometer todo o negócio.”
mover competências para ser um bom gestor, como também o administrador não médico para reconhe-
INVESTIMENTOS
cer progressivamente os adeptos desse sistema.
Atualmente, os hospitais contam com pouquíssimas
O papel principal desse executivo dentro da ins-
vagas em comparação com o grande número de pes-
tituição é motivar e aconselhar sua equipe, estar ca-
soas que necessitam de atendimento. Mudanças drás-
pacitado a decidir sobre ações internas e externas da
ticas são necessárias para aumentar a lucratividade e
organização e principalmente gerenciar as relações
com isso, gerar melhorias na prestação dos serviços.
humanas, sociais e tecnológicas.
O objetivo principal da maioria das instituições é
“A empresa hospital tem características muito es-
sobreviver dentro do segmento da saúde, que na opi-
pecíficas, é diferente do que fazer gestão financeira
nião da gerente financeira, cada vez mais se distancia
em uma empresa comum, os objetivos são muito dis-
de outros segmentos no que diz respeito à rentabilida-
tintos”, esclarece Forte, dizendo que há dificuldades
de, encontrando o equilíbrio entre o controle de cus-
em contratar gestores para trabalhar na Santa Casa.
tos, qualificação de processos e estratégia de mercado.
QUESTÃO CULTURAL
ceira pelos gestores é de fundamental importância
Para tentar resolver problemas culturais dentro de
por levar os hospitais a atingir retornos financeiros
uma entidade é indispensável uma revisão das ativi-
apropriados. “Investimos em treinamento, tanto dos
dades internas. Também é preciso criar mecanismos
gestores, quanto da diretoria financeira. Trabalha-
O domínio das técnicas da administração finan-
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Principais objetivos a serem traçados para os hospitais melhorarem a saúde financeira, segundo o professor de medicina da Unifesp, Marcos Bosi. Gestão financeira
Conhecer o mercado
Visão empreendedora
Uma instituição depende acima
É necessário que o gestor te-
As entidades precisam ter uma
de tudo de um pleno conheci-
nha conhecimento do mercado
noção clara da onde está e a
mento dela própria. É funda-
onde atua e de sua própria ges-
aonde quer chegar em deter-
mental saber o que está acon-
tão quanto ao ativo e passivo.
minado tempo, além de reco-
tecendo internamente e obter
nhecer os riscos que pode haver
dados confiáveis das análises de
nesse caminho. É necessário ter
custos realizadas pelos gestores.
ambição de crescimento, melhorar a qualidade de serviços ofertados e ter uma visão para ocupar uma maior parcela do mercado existente disponível.
mos com unidades de custos, onde existe uma receita
cada unidade de negócio, bem como o mercado em
e uma despesa que os gestores da parte financeira pre-
que atua, o que determina suas estratégias gerenciais.
cisam controlar, essa é uma das maiores preocupações
“Entender a gestão financeira significa entender a em-
que temos em treiná-los”, expõe Forte.
presa como um todo. Para auxiliar o processo, conta-
Para obter recursos, a Santa Casa de São Paulo
mos com apoio de um software desenhado para nossa
realiza campanhas para desenvolver projetos e custe-
necessidade, o que facilita a tomada de decisões”, res-
ar despesas, com o objetivo de melhorar a qualidade
salta Ana Cristina.
da assistência prestada. Ultimamente, a campanha
Traçar objetivos dividindo-os em etapas: curto, médio
de maior destaque é a “Santa Energia”, uma parce-
e longo prazo podem facilitar a visualização e prevenção
ria com a AES Eletropaulo, para doação através da
de despesas. Montar um plano com as pessoas que utili-
conta de luz.
zam do orçamento da instituição e pagar as contas em dia
O Hospital Christóvão da Gama também investe
evitam gastos com juros, também é necessário definir com
em processos de qualificação. A equipe possui co-
a equipe quais poderão ser cortados. Esse tipo de planeja-
nhecimento da realidade da Instituição, dos custos de
mento poderá elevar o fluxo de caixa.
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TI EM SAÚDE
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O que esperar de
2013 No Brasil, o setor de saúde irá seguir o rumo da evolução mundial para adotar cada vez mais mobilidade, cloud computing e Big Data, mas também investirá em TI básica para estruturar futuras evoluções Por Gilberto Pavoni
O
setor de saúde brasileiro prepara grandes transformações baseadas em tecnologia para 2013 e os anos seguintes. Algu-
mas estão em dia com o que há de mais moderno no mundo, outras servirão para recuperar o tempo perdido e preparar a base para o futuro. É um misto de altíssima inovação com o feijão-com-arroz. Mas pacientes e profissionais podem ter certeza que o sistema de saúde do País será completamente diferente nos próximos anos. A parte dos avanços de ponta incluem a entrada definitiva nas tendências mais fortes e que estão moldando o futuro dos negócios. Mobilidade, cloud computing e Big Data irão transformar a relação entre médicos e pacientes e dar novo fôlego na infraestrutura de tecnologia da informação de hospitais e demais empresas de assistência à saúde. A primeira força de mudança é quase óbvia hoje em dia. A mobilidade ganhou espaço em todo ponto da cadeia de saúde. Fornecedores de tecnologia têm ótimos produtos e serviços para
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TI EM SAÚDE
TI apoia a evolução para o Hospital Inteligente Macro Tendências Foco no paciente e isolado
Envelhecimento da população
Aumento das doenças crônicas
Os idosos --pessoas com mais de 60 anos-- somam 23,5 milhões dos brasileiros, mais que o dobro do registrado em 1991 (IBGE)
54 mil brasileiros morreram em 2010 em decorrência do diabetes. 4 vezes mais que a AIDS e mais que o trânsito.
Inovação em TI
TI Incremental
MOBILIDADE
Protuários Eletrônicos
vender, empresas estão com a infraestrutura sem-fio
sociais até a previsão de futuras doenças com o cruza-
adequadas e com vontade de investir, médicos fica-
mento de dados sobre o genoma do paciente com os
ram apaixonados por tablets, smartphones e pacien-
dados de efetividade de novas drogas.
tes em um passo ainda mais adiante, testando novos
As três tendências ainda ajudarão a mudar a for-
aplicativos e sensores que monitoram estados clínicos
ma como o atendimento está estruturado atualmente.
e ajudam a conseguir mais qualidade de vida.
A evolução tecnológica ajuda a apoiar o profissional
As duas tendências seguintes são polêmicas. Po-
em campo e também melhora a interação com o pa-
rém, segundo analistas e pessoas do mercado, inevitá-
ciente. Com isso, o sistema passará de centrado na
veis. A cloud computing (computação em nuvem) será
cura para centrado na prevenção, aumento da qua-
a melhor opção para que as empresas possam expandir
lidade de vida e longevidade. “Há sempre o risco da
o poder computacional e por consequência os produtos
tecnologia afastar e tornar pessoas reféns de um mo-
e serviços ao paciente. Ao utilizar fornecedores exter-
delo, mas, desde que haja apoio ao profissional e ao
nos para processamento, aplicações, memória, arma-
paciente, o futuro da medicina mobile é promissor”,
zenamento etc, os custos da TI reduzirão e haverá mais
diz o gerente de desenvolvimento de negócios de Saú-
tempo para se dedicar à inovação no atendimento.
de Digital da Intel Jose Luis Bruzadin.
Já o Big Data, irá prover informações em tempo
E é assim que devemos pensar no futuro do setor
real para melhorar vários processos médicos. Vai des-
de saúde. Não é uma evolução em etapas. Tudo virá
de a captação de comportamentos expostos nas redes
ao mesmo tempo para mudar a forma como conhece-
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2011 -74 anos e 29 dias - um aumento de 3 meses e 22 dias em relação a 2010. Em 200 era 70 anos e 182 dias
Inserção de novos consumidores de 2000 a 2010 o Brasil ganhou 16 milhões de novos consumidores.
CLOUD
BIG DATA
Sistemas corporativos
Registros Eletrônicos
Infraestrutura de TI e telecom • Custo da TI Desconhecimento do uso da tecnologia
Aumento da expectativa de vida
Hospital inteligente com foco na prevenção
mos a assistência médica. “Tudo aquilo que conhece-
gramas simples e até redes que ligam um computador
mos hoje para suportar a saúde do paciente depende
a outro ou uma unidade a outra em várias empresas.
de tecnologia e haverá uma convergência ainda maior
De fato e de um modo geral a saúde brasileira está a
nisso para mudar o setor”, comenta o CIO do Hospi-
um passo de entrar numa nova modernidade, mas nem
tal São Camilo, Klaiton Simão.
todos têm sapatos para a jornada.
Ele lembra que cada vez mais existem informa-
“A maioria das empresas estão sem ERP e pron-
ções digitais sobre pacientes e empresas. E elas, que
tuários e registros digitais. E muitas das que possuem
já possuem softwares de comparação e análise, só irão
não conseguem sair de uma cultura de coleta e regis-
aumentar, assim como a tecnologia irá evoluir. “Hoje,
tro de dados”, comenta o diretor de Relações Insti-
visualizamos tudo em separado, mas imagine um fu-
tucionais da Sociedade Brasileira de Informática em
turo com tudo isso junto”, propõe Klaiton.
Saúde (SBIS), Cláudio Giuliano É a dura realidade do setor. Os dados estão digi-
O básico como tendência
talizados e armazendados, mas estão isolados e sem
Mas nem só de termos novos e futuro vive a evolução
condições de serem cruzados. “O primeiro passo da
tecnológica no setor de saúde. A maior tendência em
evolução não é ter tecnologia, é se tornar um hospi-
TI nesse ramo é apenas fazer a lição de casa. O feijão-
tal digital com condições de usar de forma inteligen-
-com-arroz é a grande preocupação. Faltam sistemas
te as informações para crescer e atender melhor o
integrados, infraestrutura de TI, computadores, pro-
paciente”, enfatiza.
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NEGÓCIOS Por Guilherme Batimarchi
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Cada vez mais preocupadas com o futuro dos negócios, empresas de saúde travam uma batalha contra o tempo para adequar seus modelos de negócios às necessidades do mercado. Mas será que elas estão fazendo isso da forma certa? Ou seguindo os exemplos certos?
“A
imaginação é mais importante que o conheci-
aparentemente, não teriam nada em comum foi a par-
mento”. Essa frase, dita por uma das maiores
ceria entre o Florida Hospital for Children, complexo
mentes do século XX é fonte de inspiração para execu-
hospitalar americano pertencente ao Florida Hospi-
tivos de pequenas, médias e grandes empresas ao redor
tal Celebration Health, com a Walt Disney Company.
do globo. O que estes profissionais têm em comum é a
“O relacionamento entre o hospital e a Disney já exis-
visão de um novo modelo de negócio, capaz de suprir
tia antes da construção do complexo. Com o passar
as necessidades atuais e futuras de seus clientes.
dos anos, esse relacionamento foi crescendo e quando
Inovar o modelo de negócio de uma empresa, talvez
a necessidade de um parceiro para o hospital surgiu
seja um dos maiores desafios enfrentados hoje no mundo
para realizar novos tipos de tratamentos e elevar o
corporativo. Com a concorrência cada vez mais acirra-
padrão assistencial para nossas crianças ficou claro
da e a tecnologia no limiar de seu desenvolvimento, criar
que a Disney era o parceiro ideal”, explica a Chief
novos produtos e serviços capazes de atender necessida-
Operating Officer (COO) do hospital, Linda Chen.
des específicas e baratear o custo das operações é um
Essa união entre saúde e o “maravilhoso mundo
dos grandes diferenciais competitivos hoje no mercado.
de Disney”, única no mundo, começou com uma ca-
No segmento de saúde essa realidade não seria di-
racterística comum entre as instituições, o compro-
ferente. Grandes organizações reforçam cada vez mais
metimento com a comunidade local e, principalmen-
seus times de inovação e vão buscar em outros setores
te o bem estar das crianças.
da economia soluções aplicáveis ao modelo de negócio.
O Walt Disney Pavilion não leva apenas o nome
Um exemplo de integração entre segmentos que,
da multinacional. O planejamento do prédio contou
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NEGÓCIOS
Instituição contou com apoio de engenheiros da imaginação da Disney para projetar ambientes livres de estresse
com a colaboração dos Imageneers (engenheiros da imaginação, em uma tradução literal), função criada por Walt Disney para seus profissionais responsáveis em transformar ideias em realidade. A missão desses engenheiros foi criar um ambiente livre de estresse, onde as crianças ainda pudessem ser crianças e, com isso, acelerar o processo de cura de tratamentos e até doenças muitas vezes consideradas graves. O lobby do prédio que leva o nome da companhia expõe temas da Disney como, Procurando Nemo, Mogli e outros sucessos. Além disso, músicos e personagens da Disney visitam os pacientes fazendo com que o hospital pareça cada vez menos um hospital. Além da participação dos imagineers a instituição também absorveu alguns programas de treinamento característicos da Disney, como o “On-boarding”. Nesse programa, todos os funcionários dentro da Disney Company são chamados de membros do elenco e todos eles começam a sua jornada na empresa passando por esse processo de formação especializada. “O treinamento on-boarding que todos os novos funcionários recebem garante que cada membro da equipe esteja alinhado com cultura e valores da organização. O Florida Hospital for Children projetou um programa on-boarding com a Disney para garantir que todos os nossos funcionários, sejam eles executivos, médicos, enfermeiros e equipes administrativas também estejam alinhados com os valores do hospital”, completa Linda. A executiva acrescenta que, além do on-boarding, a instituição filantrópica trabalha com seu time de atendimento pesquisas de satisfação do cliente. Segundo ela, o serviço ao cliente é medido por meio de
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Atuando no limite do conhecimento, para alcançar as melhores taxas de cura do câncer infantojuvenil
Transplante de Medula Óssea
O
GRAACC é uma instituição que trabalha no limite do conhecimento científico, perseguindo de forma determinada a cura de crianças e adolecentes com câncer. Para isso, administra e mantém um hospital, o Instituto de Oncologia Pediátrica (IOP/ GRAACC/Unifesp), preparado para realizar um tratamento eficaz e humano, que o coloca em igualdade com os maiores centros de oncologia pediátrica do mundo.
Responsável Técnico: Dr. Sérgio Petrilli - CRM 16.434
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Brinquedoteca
Cirurgia
Quimioteca
UTI
Ressonância
Pesquisa
A união de profissionais capacitados, recursos tecnológicos, equipamentos e tratamentos avançados permite a realização de cirurgias complexas, para os mais diversos tipos de tumores. Tudo isso acrescido do suporte social aos pacientes e seus familiares. Trabalhando em parceria técnicocientífica com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o GRAACC opera em regime de hospital-dia, beneficiando seus pacientes com os resultados
das atividades realizadas nas áreas de ensino, pesquisa e extensão, além de formar novos mestres e doutores que levam o conhecimento avançado e o tratamento de qualidade em oncologia pediátrica para todas as regiões do país. E, tudo isso, para oferecer à criança e ao adolescente com câncer todas as chances de cura, com qualidade de vida. Saiba mais em: www.graacc.org.br
Rua Botucatu, 743, Vila Clementino São Paulo/SP, Cep04023-062 (+55 11) 5080-8400
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NEGÓCIOS “Quando a necessidade de uma parceria para o hospital surgiu para realizar novos tipos de tratamentos e elevar o padrão assistencial ficou claro que a Disney era o parceiro ideal” Linda Chen, do Florida Hospital for Children
relatórios de satisfação do paciente e esta prática é con-
limita a estrutura do setor ao hospital, medico e me-
siderada um dos principais pilares estratégicos no Flo-
dicação. Porém, essa estrutura torna-se cada vez mais
rida Hospital. “Contamos também com programas de
insustentável, uma vez que os custos de assistência à
excelência, clínica e saúde da comunidade, incluindo
saúde estão cada vez mais altos.
o nosso programa Healthy 100 Kids, que consiste em abordar questões sobre gestão e doenças relacionas.”
Uma alternativa a este modelo é redefinir o core business do hospital e voltar sua atenção a determina-
De acordo com o professor da Fundação Dom
das especialidades. “Na china, por exemplo, existem
Cabral, Kip Garland, para desenvolver uma visão di-
hospitais com cerca de 4mil leitos que são especializa-
ferente sobre o negócio existem dois aspectos que de-
dos somente em uma atividade clínica, como troca de
vem ser levados em consideração pelos executivos que
quadril. O medico nessa instituição vai realizar esse
pretendem inovar seu modelo de negócio. O primei-
tipo de procedimento com muito mais propriedade e
ro é saber qual é o entendimento da empresa sobre
infraestrutura do que seu colega em um hospital ge-
seu cliente. “A maior parte das empresas quer vender
ral, que realiza também muitos outros tipos de proce-
seus produtos e serviços para alguém e tentam adap-
dimentos”, destaca o professor.
tar suas estratégias para atingir esse publico, quando
Ainda de acordo com ele, essa clínica conseguirá
na verdade as necessidades do clientes são diferentes
realizar esses procedimentos com apenas um terço
do que a empresa enxerga. Ou seja, é preciso que a
dos recursos de um hospital geral, o que reflete uma
empresa tenha uma mudança na visão do negócio.”
sustentabilidade financeira à instituição. “No final das
O outro aspecto, segundo Garland, é a visão que a
contas é preciso definir, em primeiro lugar, o que pre-
empresa possui sobre o futuro do negócio que, infeliz-
cisamos entender como inovação em saúde. Inovação
mente, com a profundidade e abundância de informa-
em saúde significa que você tem uma nova definição
ções as quais temos acesso hoje, atendem somente as
do que é saúde, o que é doença e o que é modelo
necessidades momentâneas do negócio, criando uma
de negócio. Os hospitais, hoje, não estão adequando
“visão do passado”, que é usada para projetar as deci-
suas estratégias para este novo modelo de negócio que
sões do futuro. Esse tipo de análise acaba dificultando
teremos no futuro.”
o desenvolvimento de novos negócios. “É isso que cha-
De acordo com o ponto de vista do professor, o hos-
mamos de Future Back. Como uma empresa vai ter
pital não trata da saúde e sim da doença dos seus pa-
uma visão de futuro e levar isso para os tempos atuais
cientes, esses hospitais possuem um modelo de negócio
se ela baseia suas decisões em indicadores gerados no
inadequado e que não está estruturado para lidar com o
passado, esse futuro não existe e não poderia existir.”
novo modelo de negócio que virá. “A saúde deve ser des-
Garland destaca que ainda hoje, o grande modelo de negócio, que foi criado no início do século XX,
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centralizada enquanto o atendimento hospitalar precisa ser centralizado dentro de especialidades”, completa.
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NEGÓCIOS Divulgação
Linda Chen – O Florida Hospital também projetou um programa on-boarding com a Disney para garantir que todos os funcionários estivessem alinhados com as estratégias e visão da entidade
“Este é mais um exemplo de inovação disruptiva. O Hospital in a Box, apesar de não substituir o papel de um hospital, que possui toda a infraestrutura para a realização de exames e tratamento, é capaz de atender a demanda de uma determinada população a um custo muito mais baixo, ameaçando o negócio dos hospitais”, acrescenta o especialista em inovação e diretor da Axxions, Carlos Cardoso.
Indústria
Para Garland, quando falamos em negócios, é
Além de focar as necessidades do cliente final, a ino-
preciso lembrar o que é um negócio mais barato e,
vação também deve atender as necessidades do meio
que inicialmente, não possui tanto desempenho, mas
onde está a empresa. Com um objetivo nobre de levar
tem uma curva de evolução rápida e eficaz capaz
atendimento médico à regiões de difícil acesso e suprir a
para ser tão bom quanto sistemas mais completes e
necessidade de profissionais de saúde e diagnóstico em
eficientes. “Esse é um modelo de negócio que se com-
países carentes, como a Nigéria, o médico e professor
prova como inovação.”
do Imperial College School of Medicine, Seyi Oyesola, nigeriano, radicado em Londres, auxiliou na criação do
Computação Cognitiva
Hospital in a Box, um dispositivo que engloba diversos
Nas últimas décadas, a humanidade tem gerado gran-
equipamentos médicos em uma mala de médio porte e
des volumes de dados nunca antes registrados em sua
fácil mobilidade para equipes assistenciais em campo ou
história. Todas essas informações não se limitam ape-
em hospitais com uma infraestrutura deficitária.
nas em textos e números, mas incluem também todos
Esse dispositivo agrupa espirômetro, eletrocardio-
os tipos de mídias existentes.
grama, nebulizador, oximetria, otoscópio com ima-
Cerca de 30% dos dados gerados no mundo cor-
gem em vídeo, termômetro, medidor de pressão, um
respondem a imagens médicas. E nos últimos anos,
computador para a avaliação clínica com conexão de
toda essa informação pode se transformar em conhe-
internet e capacidade de carga em baterias de carro
cimento útil por meio de modelos matemáticos sofisti-
ou fontes externas portáteis.
cados, também conhecidos como analytics.
De acordo com o co-criador do equipamento,
Segundo a IBM, apenas em Business Analytics
este dispositivo permite aos médicos e profissionais
(BA), a multinacional investiu US$14 bilhões para
de saúde compartilhar informações do paciente com
adquirir 24 companhias nos últimos cinco anos. A ex-
rapidez e precisão, integrando vários resultados de
pectativa é que a IBM fature cerca de US$ 16 bilhões
exames e suas imagens digitalizadas.
ao ano com BA até 2015.
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Cuidar de pessoas é uma arte onde cada pincelada representa uma história.
Há 21 anos construímos e participamos de histórias, oferecendo o melhor atendimento, com qualidade e amor pelo que fazemos. Home Care • Acompanhamento Hospitalar • Cuidadores • Procedimentos
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NEGÓCIOS
Kip - “A saúde deve ser descentralizada enquanto o atendimento hospitalar precisa ser centralizado dentro de especialidades”
A empresa americana conta com 200 matemáti-
o supercomputador “Watson”, que leva o nome do
cos focados exclusivamente em soluções para análise
fundador da multinacional, desenvolvido pela área de
de dados, além de 8 mil consultores de negócios da
Pesquisa da IBM.
área. A IBM estima que 80% dos novos dados gera-
O dispositivo utiliza análise sofisticada para en-
dos no mundo todo não são estruturados e vêm de
tender o significado e o contexto da linguagem hu-
blogs, e-mail, podcasts, comentários de clientes e ví-
mana. A máquina foi capaz, por exemplo, de analisar
deos, todos eles oferecendo desafios para análise.
informações rapidamente e encontrar respostas preci-
A consultoria IDC prevê que o volume total de
sas em menos de 3 segundos.
dados chegará a 35.000 hexabytes em 2020, compa-
Segundo a IBM, as possibilidades do Watson
rado a 1,200 hexabytes em 2010, o que representa
têm implicações de grande alcance em vários setores,
um aumento de 29 vezes na próxima década.
como o de saúde, finanças, varejo e outros, relacio-
Sistemas cognitivos têm sido considerados como
nadas com a forma de analisar vastas quantidades
a nova era da computação. Com o crescimento con-
de dados complexos em questão de segundos. Isto
tínuo do Big data, a IBM vem explorando cada vez
representa um impacto significativo para a sociedade
mais esse território com o uso de análise de dados
e para os negócios.
sofisticados, gerenciamento automatizado e arquite-
O Watson introduz a capacidade analítica de in-
turas centralizadas, nas quais armazenamento, me-
vestigar o equivalente a cerca de um milhão de livros,
mória e processamento estão andando cada vez mais
ou aproximadamente 200 milhões de páginas de da-
próximos aos dados.
dos, proporcionando respostas instantâneas para per-
A IBM Research está explorando e desenvolven-
guntas feitas a ele.
do de tecnologias que transformarão a maneira como
Essa tecnologia é capaz de analisar qualquer tipo
os computadores são usados. Um exemplo clássico é
de dado, inclusive os mais complexos, em menos de três segundos. Com um sofisticado sistema de computação
“No final das contas é preciso definir, em primeiro lugar, o que precisamos entender como inovação em saúde” Kip Garland da Dom Cabral
de perguntas e respostas, o Watson pode agora, pela primeira vez, analisar a linguagem natural da forma que as pessoas falam e pensam – seja com jogos de palavras, significados sutis ou trocadilhos – e outras complexidades da linguagem em que os humanos se destacam na compreensão e os computadores não. “O Watson representa o futuro da análise de dados de formas totalmente novas, a um ritmo mais acelerado e com maior precisão do que nunca”, completa a multinacional.
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FINANÇAS
Carlos Marsal
Gestão de Resultados aplicada à saúde O difícil estabelecimento de uma cultura de resultados na área hospitalar.
A OMS (Organização Mundial as Saúde) destaca, em relatório de Outubro de 2011 que as despesas com Saúde no Brasil, considerando o setor público e privado já superam os 9% do Produto Interno Bruto. Isto representa R$ 284 bilhões. Nos Estados Unidos, apenas os gastos anuais do governo com saúde somam atualmente US$ 2,6 trilhões, ou US$ 8.402 por cidadão americano, o que representa 17,9% da economia do país. O crescimento econômico brasileiro tem gerado mudanças e transformações profundas no setor. Fatores como a estabilidade econômica, nível de emprego formal e expansão da Carlos Marsal é superintendente de controladoria e finanças do Hospital Sírio-Libanês
renda tem contribuído para o aumento da cobertura no segmento de operadoras de saúde e consequentemente gerando um crescimento expressivo da demanda nos hospitais privados. Dentro deste contexto, destacamos os hospitais como importantes atores que buscam a consolidação e o reconhecimento de sua importância dentro do segmento. Hospitais se constituem em centros de prestação de serviços, com mão-de-obra intensiva e caráter multidisciplinar. Assim, são aplicados em grande intensidade trabalhos assistenciais, técnicos. Em algumas instituições também são priorizadas atuações em ensino e pesquisa. Cabe a qualquer organização e mais especificamente aos hospitais, distribuir insumos materiais, estruturais e humanos de forma harmônica, gerindo sua eficiência, eficácia e produtividade. O Brasil possui cerca de 7.300 hospitais e 470 mil leitos, destacamos três setores principais: Hospitais públicos, Hospitais privados conveniados ou contratados pelo SUS. Também existem os hospitais particulares com fins lucrativos e uma parcela de hospitais filantrópicos não financiados pelo SUS, este grupo representa cerca de 20% de todas as unidades hospitalares e 30% se considerarmos todos os hospitais privados. Hospitais e operadoras de saúde atuam no mesmo mercado, porém há uma diferença que gera claro conflito de interesses: a atividade hospitalar é assistencial logo só se viabiliza quando o volume de atendimento é alto, ao contrário das operadoras cuja atividade tem a natureza do seguro, assim, quanto menor a sinistralidade maior a lucratividade. A relação comercial entre ambos é influenciada pelas dimensões do território brasileiro e a especificidade de cada região.
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Independente da região, os hospitais mais lucrativos são os que conseguem maximizar seus resultados por meio do aproveitamento de áreas com boa rentabilidade, só assim é possível amortizar os altos custos fixos destas instalações. Todos estes fatores conferem a administração hospitalar uma grande complexidade, há que se destacar também, as regras específicas e multiplicidade de controles externos. Se para todos os setores de atividade o planejamento, a gestão, a administração são fatores essenciais, para o segmento hospitalar estas ferramentas tomam um grau de importância ainda maior. A conexão fina entre uma boa estratégia e resultados crescentes é um processo fácil de ser estabelecido. É evidente a evolução e qualificação de sistemas, processos e força de trabalho, sobretudo na absorção e implementação de práticas de gestão já consagradas em outros setores de atividade, porém, apesar da existência de modelos vencedores e ótimas referências setoriais, o processo ainda carece de uma melhor evolução nas práticas de gestão visando à busca da excelência. Um dos termômetros da necessidade de melhores práticas de rentabilidade e o fato de que, durante muitos anos, o setor hospitalar não foi um polo de atração para operações de fusão e aquisição. Aproveitar estas oportunidades ainda é muito difícil para estas instituições tendo em vista a arquitetura econômico-financeira, as expectativas de rentabilidade e as diversas implicações estatutárias e societárias. Em algumas situações as instituições contam com sócios que prestam serviços diretamente e simultaneamente as governam gerando um conflito natural de identidade. A administração financeira se constitui em um dos elementos mais complexos dentro dos segmentos de gestão em grande parte dos hospitais privados. As dificuldades mais recorrentes são a capacidade de investimento, fontes de financiamento, negociações com fontes pagadoras, déficit de caixa, dentre outras. Por outro lado temos um grande desafio que é “educar” os gestores nas melhores práticas de gestão, falando especificamente na gestão financeira, utilizar bem as ferramentas é fator preponderante na busca de resultados superiores. Assim de nada vale um acervo de instrumentos para a tomada de decisão se não há incentivo, disciplina e orientação para que o processo de tomada de decisões possa contar também
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FINANÇAS
com a avaliação financeira. Não é difícil constatar que a formação e especialização de gestores devem ocorrer de forma concomitante ao acesso a de ferramentas e mecanismos de controle. Esta integração é primordial para o uso racional destes recursos e o estabelecimento de uma cultura voltada aos resultados. As decisões e soluções passam por análises de vários aspectos de acordo com o nível de evolução e consolidação que cada instituição apresenta. É evidente que alguns diagnósticos são aplicáveis em grande parte destas organizações. Desta forma, em grande medida, as discussões passam sempre pelos mesmos aspectos: potencialização de receitas, otimização de custos, melhoria de processos, rentabilização dos ativos e o aproveitamento máximo dos recursos tecnológicos. O ponto de partida pode ser a implementação de três iniciativas: uma boa formulação estratégica, a criação de um conjunto de indicadores estratégicos que de fato possam contribuir para a mensuração efetiva dos resultados e também o estabelecimento de uma gestão e cultura de projetos. Estes elementos são essenciais uma vez que a mensuração, publicação e tomada de decisões baseadas em indicadores de desempenho econômico e financeiros tem muito mais sentido quando estão justificados e alinhados pela estratégia. Neste sentido, medir o Ebitda para dar ciência aos principais decisores da organização evidencia a eficiência do administrador financeiro, porém basear o Ebitda a partir de uma estratégia de sustentabilidade gera maior poder de convencimento e melhor eficácia no processo decisório, de acompanhamento e controle. Existem experiências vitoriosas na adaptação de metodologias já desenvolvidas em outros setores de atividade. O BSC – Balanced Scorecard é uma destas ferramentas, além de propor um melhor alinhamento estratégico, tem sido utilizado também nas organizações hospitalares como instrumento para o desenvolvimento de uma visão voltada aos resultados nas organizações hospitalares. É evidente que o caminho é árduo, contudo, o setor hospitalar vive um momento importante e sem precedentes históricos. As instituições buscam o aprimoramento constante e neste sentido, superadas as adversidades, a médio e longo prazo teremos uma prestação de serviços muito mais eficiente, produtiva e atrativa.
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A preocupação com o bem-estar de quem cuida Hospitais oferecem programas que melhoram a qualidade de vida e fidelizam o corpo clínico prestador de serviços
O
bem-estar é um tema sempre presente num encontro entre médicos e pa-
cientes. O estresse, a falta de tempo para a prática de atividades físicas e as condições oferecidas no trabalho são alguns dos assuntos abordados pelos profissionais por refletirem diretamente na saúde.
Por Cláudia Rocco
Sabendo melhor do que ninguém que esta máxima é verdadeira, hospitais passaram a oferecer estruturas e serviços exclusivos para o corpo clínico, visando atrair e fidelizar os médicos prestadores de serviço através da oferta de boas condições de trabalho e ganhos também na qualidade de vida.
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VENDAS
Lubasher: não tratamos nossos médicos como agentes de produção e sim como seres humanos.
Em São Paulo, o Hospital e Maternidade San-
Eles precisam de segurança em termos de tecno-
ta Joana, que conta com aproximadamente 4,5 mil
logia e equipe, afirma o diretor. “Agilidade no aten-
médicos cadastrados, inaugurou um Fitness Center
dimento e se puder aliar isso à qualidade de vida,
exclusivo para atender o corpo clínico. O espaço de
perfeito! Estamos sempre em busca de atender, da
1.630 m² conta com piscina semi-olímpica, quadra de
melhor maneira possível, o negócio deles para sermos
tênis e academia.
também bem sucedidos no nosso.”
De acordo com o diretor geral do hospital, Mar-
O Hospital Santa Cruz inaugurou o Centro de
co Antônio Zacarelli, a ideia surgiu quando detecta-
Apoio ao Médico que, como explicita o nome, oferece
ram que os médicos tinham problemas de tempo. “O
serviços que facilitam o desenvolvimento do trabalho.
Santa Joana tem muita proximidade com seu corpo
“O médico pode fazer seu cadastramento, agendar
clínico, fazemos atendimentos personalizados e, por
uma cirurgia, acessar orientações sobre processos
isso, conseguimos perceber que o tempo que perdiam
administrativos e rotinas do hospital, solicitar docu-
no trânsito, por exemplo, impedia que frequentassem
mentações, reclamações e elogios com respostas em
uma academia. A estrutura foi montada na frente do
24 horas, etc. Além disso, ele conta também com um
hospital”, afirma.
espaço de convivência com televisão, frigobar, café,
Os resultados têm sido positivos: há relatos de baixas de colesterol, pressão e maior satisfação com
internet e ar condicionado”, explica o superintendente geral do hospital, Leonel Fernandes.
o Santa Joana. Segundo Zacarelli, a fidelização do
De acordo com ele, a estrutura foi idealizada para
corpo clínico é marketing de relacionamento e tem
o conforto do corpo clínico, que hoje conta com cerca
influência direta na receita da instituição. “60% dos
de 2mil médicos cadastrados.
pacientes são indicações dos médicos, logo, satisfazer
Outros serviços também estão sendo desenvolvi-
as vontades e necessidades deles tem um impacto di-
dos para aprimorar processos, facilitar o trabalho dos
reto na sustentabilidade do nosso negócio.”
médicos e corrigir deficiências apontadas por eles no
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Hospital Marcelino Champagnat
dia a dia. “Todos estes processos demonstram que o
Segundo o diretor do hospital, Cláudio Lubasher,
hospital valoriza e respeita o trabalho do médico e
o relacionamento entre os médicos é um fator muito
estes diferenciais farão com que se lembrem do Santa
importante, pois a falta de integração pode trazer in-
Cruz na hora de agendar um procedimento”, garante
satisfação ao profissional e aos pacientes. “Queremos
Leonel.
que nosso corpo clínico se integre com outros médi-
Além disso, o superintendente conta que os pa-
cos, ambiente de trabalho, valores maristas e com a
cientes também procuram o hospital devido à esta-
própria família. Organizamos eventos para que levem
bilidade do corpo clínico. “E, é claro, a fidelização
cônjuges e filhos.”
deste médico é importante, pois é responsável pela
Lubasher ressalta que antes da abertura do Mar-
maior interação com a instituição e a partir daí novas
celino Champagnat, em 2011, uma pesquisa apontou
propostas surgem para o aprimoramento do serviço.”
que pacientes buscam atendimento mais humanizado
Em Curitiba, uma nova iniciativa acaba de
nos hospitais. “Fazendo este trabalho com o corpo
ser anunciada no Hospital Marcelino Champag-
clínico, os médicos se sentem mais respeitados e satis-
nat, que faz parte do Grupo Marista e conta com
feitos e isso é transmitido diretamente para os pacien-
500 médicos cadastrados. Trata-se do programa
tes. Não tratamos nossos médicos como agentes de
de relacionamento Partners, que através de uma
produção e sim como seres humanos.”
análise que levou em consideração a satisfação dos
O diretor do hospital ainda conta que não são
pacientes e evolução profissional, entre outros indi-
pioneiros no desenvolvimento de mecanismos de re-
cadores, contemplou cerca 35 médicos com diver-
lacionamento hospital-corpo clínico, pois esta é uma
sos benefícios que vão desde custeamento de con-
tendência que ainda será muito aprimorada. “Afinal,
gressos até ingressos para cinema, descontos para
o médico é quem traz o paciente e ele é quem vai
programa Fitness e eventos específicos que visam a
escolher os lugares onde trabalha, mas esta escolha
integração da equipe.
levará em conta valores tangíveis - como estrutura e
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VENDAS Danilo Ramos
Zacarelli: 60% dos pacientes são indicados por seus médicos, logo, satisfazer as vontades e necessidades deles têm um impácto direto na sustentabilidade do nosso negócio.
dinheiro - e intangíveis - valorização e respeito.”
Bento destaca que, para o hospital, é importan-
De acordo com o diretor técnico-executivo da
te que os interesses estejam alinhados, pois o médico
Planisa, empresa especializada em Planejamento e
tem um papel fundamental na gestão hospitalar. “Ao
Organização de Instituições de Saúde, Sérgio Lopez
mesmo tempo em que o médico é gerador de deman-
Bento, um programa de gestão do corpo clínico ob-
da, pois “ajuda” o paciente a escolher o local de inter-
jetiva alinhar interesses dos médicos e do hospital.
nação, ele decide os recursos utilizados no tratamen-
“Um programa desta natureza envolve melhorar as
to, que são fornecidos e custeados pela instituição.”
condições de trabalho para o médico, através da im-
Quanto ao impacto da fidelização do corpo clí-
plantação de programas de qualidade no hospital,
nico na receita de um hospital, Sérgio Lopez Bento
facilidades para os clientes dos médicos, criação de
conclui que “é positivo tanto do lado da receita, pois
incentivos, etc. E por parte do médico, a aderência ao
o médico é gerador de demanda, como do lado do
programa de qualidade, participação nas avaliações
custo, pelas economias obtidas com a padronização
de desempenho, aderência aos protocolos, à padroni-
dos processos assistenciais (protocolos, guidelines), pa-
zação de insumos e fornecedores, etc”, afirma.
dronização de insumos e fornecedores.”
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Marcos Le Pera
Health Branding: desafio para os fortes. Gostaria de começar este artigo com algumas perguntas: Seria antiético estabelecer relacionamento com o paciente após a alta hospitalar? Abordar o usuário com o objetivo de construir marca no momento de um exame é correto? A acreditação deve ser usada como diferencial competitivo na comunicação? É correto alavancar o “brand” através de um programa de marketing de relacionamento com os médicos? Faz sentido estar presente nas redes sociais interfaceando com o público final ou é melhor focar em um planejamento B2B com as operadoras? O investimento na comunicação interna impacta diretamente na redução de erros junto ao leito? Marcos Le Pera é Diretor de Planejamento da Le Pera Comunicação, tem mais de 30 anos de comunicação e construiu cerca de 400 marcas.
Este artigo parece trazer mais perguntas que respostas, mas se o caro leitor tiver um pouco de paciência, poderá refletir comigo sobre alguns pontos relevantes que o ajudem em seu desafio constante do “Health Branding”. Hoje, o mercado de saúde no Brasil movimenta-se de forma cada vez mais profissional. Na medida que o mercado avança e propõe outros desafios, velhas fórmulas não trazem resultado para novos problemas. Soluções de alto impacto de mídia com ampla freqüência já não se mostram tão eficaz como antes. Pacientes, médicos, operadoras e comunidade em geral, estão cada vez mais esclarecidos quando o assunto é saúde, seus custos e benefícios (Santo Google!). A tentativa de alguns setores de “comoditizar” os produtos e serviços deste mercado, colocando tudo e todos num mesmo patamar, trás sérios problemas de percepção. Então, qual seria a saída para a construção de uma marca forte em saúde? Minha experiência neste mercado mostra que uma comunicação personalizada e eficaz, com
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um criativo mix de ferramentas que cubram integralmente públicos e oportunidades funciona. Mas isso apenas não basta, é necessário apoiar este esforço em uma visão de “storytelling”, ou seja, se você não tem uma boa história para contar, não vai prender a atenção de quem deseja. Mas, é preciso ir mais longe. É imperativo que sua marca tenha “significância”, ou seja, que ela gere além de reconhecimento e reputação o desejo nos públicos de “estar filiado a ela”. Isso ultrapassa o velho discurso do “agregar valor” e coloca-a numa condição de ter fãs ao invés de clientes. A solução? Possuir um leque de atributos racionais cada vez mais consistentes e inovadores, e comunicá-los de maneira emocional. Isso transformará clientes em fãs, sua instituição em uma causa e conquistará definitivamente um lugar onde não existe espaço para dividir com a concorrência: o coração daqueles que tiveram uma experiência com sua marca.
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NEGÓCIOS
Cláudia Cohn
Desafios do segmento Premium Conhecer os atributos principais de uma marca é fundamental para falar de sua gestão. Seja produto ou serviço, quando os objetivos de negócios e o público-alvo estão claros para seus tomadores de decisão, é sinal que foi dado o passo certeiro para um trabalho de sucesso. Entrar no segmento premium foi uma decisão pautada em pesquisa sobre o mercado, sobre os players e, principalmente, sobre a expectativa dos clientes deste segmento. Na saúde, a confiança e qualidade são condições para uma excelente atuação e sustentação de qualquer marca. É fundamental ouvir e entender o momento dos clientes, tanto médiCláudia Cohn é diretora do Alta Excelência Diagnóstica, laboratório voltado para o segmento Triple A.
cos prescritores/solicitantes de exames, como usuários, que já são atendidos num processo pré-definido e semelhante no mercado brasileiro. Foi realizada uma extensa e detalhada pesquisa com pacientes do nicho citado e também com renomados médicos prescritores. O objetivo foi entender a expectativa, saber o que sentiam falta e o que já era parte de sua cultura ao realizar ou prescrever exames. As seguradoras e operadoras também foram ouvidas, pois a expectativa e visão ampla do movimento do mercado pelas fontes pagadoras também eram importantes para atender o novo modelo que estávamos desenhando. Na análise do nicho do mercado de luxo no Brasil, em sua geografia, verificamos as concentrações em capitais. Este é um mercado que movimenta R$ 1,2 bilhão no país, tendo a maior parte deste montante concentrada na região Sudeste, nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, especificamente. Com o conhecimento gerado pelas pesquisas e análises, ficou claro o perfil do cliente que desejávamos atingir – o chamado público triplo A - e direcionamos as ações estratégicas e operacionais para um novo modelo. Inovar, buscar mudanças, respeitando a cultura e o desejo do cliente é parte do processo de gestão de marcas pioneiras, que estabeleceram conceitos. Este é um valor que nos permitiu a opção de não seguir os modelos já existentes. Foi detalhadamente então concebido um novo estilo de atendimento para o segmento Premium, com criação de detalhes e diferenciais exclusivos, que não são só pautados na premissa principal – a médica e qualidade técnica, mas também, que trouxeram um toque especial e uma experiência única ao fazer um exame. Sustentação na gestão da marca é criá-la com pilares fortes, de forma rentável e eficiente nos processos. Assim, os três pilares da marca Alta Excelência Diagnóstica
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são um corpo clínico altamente capacitado, tecnologia de última geração e exclusividade em serviços. Em um exame, qualidade e médico são palavras que estão acopladas. Assim, reunir os maiores especialistas nas áreas diagnósticas foi tarefa muito importante, já que são estes especialistas, técnicos, doutores em suas especialidades que trouxeram a tradição e confiança para que tudo pudesse ser construído para crescer. A partir daí, todos os pontos de relacionamento com os diferentes clientes tem metas e indicadores acompanhados, tornando esta experiência personalizada e monitorada. Outro ponto importante a se destacar foi o mapeamento. Ponto, na gestão de marcas, é um fator que define sucesso e permanência. Muitas vezes há fatores que levam os pacientes a se deslocarem para alcançar o desejo. Assim, compatibilizar a referência a pontos que são acessíveis e agradáveis na visão do cliente determinam o sucesso de unidades. Quando falamos em itens pontuais de contato com o cliente, vamos desde a informação eletrônica, seu conteúdo, formato, cores, letras, passando pela comunicação telefônica, treinamento com abordagem personalizada para cada cliente, padrão de laudo, comunicação com o médico, entrega, logística, apresentação da equipe de atendimento, tudo numa experiência jamais vivenciada e que deixa a agradável percepção de cuidado. E quando falamos de saúde, o que queremos quando paciente, é um cuidado único. Tão importante quanto cada premissa e planejamento na gestão da marca, são as pessoas. São elas, o time que transforma todas as premissas em ação de atendimento, que traduzem o que é a gestão da marca. Por isso, foi necessário um cuidado especial durante o recrutamento e a capacitação dos colaboradores, com práticas totalmente diferenciadas. São realizados treinamentos exclusivos para a equipe profissional, destacando o que um paciente triple A espera de um serviço quando vai realizar seus exames. Se mais uma vez formos falar em gestão de marca, liderar não é apenas planejar adequadamente, executar com eficiência e rentabilidade, mas há algo que sustenta marcas no decorrer dos tempos, e as deixa gravadas no coração dos clientes. Não é um sonho. É “o” sonho! Sonhado e compartilhado por todos. Com vocação, amor e disciplina, a realidade transforma o sonho em concretização e conquistas.
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Inovação nos modelos de negócio Um olhar diferente sobre o futuro ABRIL DE 2013
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DESENVOLVIMENTO
T
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emos um dilema em relação à
companhia emergente, a Netscape não
nossa conduta e pensamento em
dispunha de consumidores a serem in-
relação ao futuro de nosso negócio.
terrogados e, portanto, teve de lançar
Qual será a melhor maneira de alocar
mão de outros meios a fim de descobrir
nossos recursos e esforços de maneira a
e desenvolver um browser que, de fato,
maximizar o sucesso futuro? Alguns di-
atendesse às necessidades.
riam que deveríamos nos empenhar em
A segunda razão pela qual pesqui-
estudar comportamentos, necessidades
sar mercados e consumidores não ne-
e desejos dos nossos melhores e mais
cessariamente levará a boas decisões
importantes clientes, a fim de, assim,
para o futuro é que os melhores con-
atingirmos maior clareza em relação a
sumidores atuais não necessariamente
quais produtos e serviços terão maior
também o serão amanhã. Quando Do-
probabilidade de sucesso no futuro.
como, a maior companhia de telecomu-
No entanto, há um problema nes-
nicações no Japão, quis explorar o po-
sa abordagem. Mesmo que, de fato,
tencial das suas redes de dados sem fio,
o consumidor seja uma grande fonte
ela imediatamente se baseou nos seus
em potencial de informação relevante
melhores consumidores - homens de
quanto ao futuro, ele, ao mesmo tempo,
negócios. No entanto, o que lhe confe-
poderá nos confundir, desnortear, e isso
riu realmente todo o sucesso não foram
por duas razões. A primeira é que nos-
os seus consumidores vigentes, mas os
so consumidor tampouco saberá prever
seus “não consumidores”. Isso porque a
o futuro e, portanto, pode acontecer
Docomo descobriu que os adolescentes
que o seu comportamento não seja
desfrutariam melhor do serviço de rede
simplesmente uma projeção do hoje
de dados sem fio (como mensagens de
ou, no mínimo, seja diferente do que
texto), portanto, foram os não clientes
é atualmente. Quando a Microsoft fez
que serviram de base para o crescimen-
uma pesquisa das necessidades e dese-
to futuro.
jos em relação a uma web browser para
O dilema ainda se torna mais com-
seus melhores consumidores em 1985,
plicado quando olharmos para o canal
eles classificaram o browser como “des-
de vendas. Quando Akito Morito, fun-
necessário” e “confuso”. Como uma
dador da Sony, tentou encontrar aplica-
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Os novos modelos de ne'gocios requererão novas competências e ativos. Essa diferênça poderá implicar obstáculos para as atuais companhias
ções práticas para o transistor e levou o seu rádio
obstáculos para as atuais companhias. Novos
baseado no princípio do transistor para o canal de
players não “contaminados” pelos ativos e com-
vendas – lojas de eletrodomésticos - sua ideia foi re-
petências atuais terão mais agilidade para des-
jeitada. Seu produto significaria que o canal de dis-
cobrir e inovar esses novos modelos. Assim, para
tribuição dominante provavelmente perderia consi-
não ficarem para trás, os players atuais deverão
derável parte de sua receita resultante da troca de
obter um melhor entendimento dos novos Jobs to
tubos. E, além disso, seu produto de pequeno porte
be done, adquirir mais prática em inovações dis-
tinha pouco apelo para os melhores consumidores
ruptivas (produtos mais simples e mais facilmente
daquela época, que preferiam conjuntos volumosos
acessados), experimentar novos modelos de negó-
de rádios e televisores. Dada essa rejeição, Akito
cios, trabalhar de forma mais objetiva, a fim de
decidiu criar um canal de vendas completamente
construir um novo futuro, em vez de confiar to-
não tradicional. Encantados com a ideia de co-
talmente em análises, tendências e predições de
mercializar um novo produto que pudesse criar
especialistas quanto ao futuro.
novas receitas, Woolworth’s foram bem-sucedidos na distribuição dos novos eletrônicos baseados no principio do transistor. E, a partir desse novo e inusitado canal de distribuição, Akito foi capaz de transformar a Sony em uma das mais importantes empresas de eletrônicos do mundo. Quais seriam, possivelmente, os grandes paradigmas ou tradicionalismos ortodoxos relativos ao futuro de nosso negócio? Quais predições, tendências ou especialistas poderiam estar equivocados? Como seria se pensássemos o futuro de maneira diferente? De uma única e inusitada maneira? Uma maneira na qual ninguém haja pensado? Poderíamos inovar? Poderíamos criar um novo futuro? Essas ideias têm certamente fortes repercussões para o nosso planejamento do futuro. Os novos modelos de negócios requererão novas competências e ativos. Essa diferença poderá implicar
Kip Garland
é professor de Inovação na Fundação Dom Cabral, ex-sócio do Guru de Inovação, Gary Hamel, na Consultoria de Inovação Strategos, e Fundador da Consultoria de Inovação InnovationSEED. Garland é formado em Física e liderou o famoso projeto de inovação da Whirlpool, que dobrou seu valor do mercado, adicionou US$ 3 bilhões ao ano em receitas de inovação e se tornou uma das cem companhias mais inovadoras do mundo, segundo a Business Week Magazine, com três casos escritos pela Harvard Business School. Ele também liderou projetos de inovação nas Américas do Norte e do Sul, na Europa, na África, na Ásia e no Oriente Médio.
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LIFESTYLE
Liberdade e rebeldia Composto por Jacques Polge, o Criador dos Perfumes de CHANEL, Bleu de Chanel incorpora a exaltação do homem. Com um azul enigmático, que recusa qualquer definição, seu frasco denso e compacto impõe um design que reúne autoridade e elegância. Uma obra de interpretação livre e rebelde. Valor aproximado R$280,00
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Ousadia e elegância A marca Roger Dubuis inspirou-se nas mulheres liberais e criou a coleção Velvet, uma linha ousada, feminina e elegante. O relógio tem calibre de carga automática e é revestido em ouro rosa. Possui 66 diamantes ao redor do aro e mais 196 se estendem pela pulseira. Foi montado e decorado à mão. Valor aproximado R$80mil
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Design e qualidade de som A Dual Dock Station Samsung DA-E651/ZD possui 40w de potência, conexão via Bluetooth, Entrada Auxiliar, USB, micro USB. Além do design moderno o dispositivo é capaz de reproduzir músicas de dispositivos móveis como, Galaxy S2, Galaxy Note, iPhone e iPods. Valor aproximado R$800
Desejo Famosa por seus produtos em couro e artigos de luxo, a Hermès, tradicional marca francesa, criou o cinto mais usado atualmente por celebridades e desejado por fashionistas. Com um estilo clássico e elegante, ele possui uma fivela dourada e é revestido de couro puro. Valor aproximado R$1,2mil
Shackles of Love A linha Love Cartier, criada em 1969 pela marca francesa Cartier, lançou a pulseira Love Bracelet com o significado de ”Shackles of Love” (Algemas do amor). O bracelete foi projetado para ficar preso em torno do pulso através de um parafuso e vem acompanhado de uma chave de fenda em ouro 18 quilates. É revestido de aço inoxidável com ouro amarelo e diamantes de alta qualidade. Valor aproximado R$27mil ABRIL DE 2013
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INSIGHT
Alberto Leite
Pés descalços Quando pequeno costumava ir à praia
É assim que nasceu tudo isso, da von-
com papai. Ele dizia que a água do mar
tade e da conexão com o mundo novo.
era um remédio para diversas doenças.
Olhando para essa geração, que compra
Médico ginecologista e diretor clínico
pulseira Fuel, da Nike, e acredita que
em hospital, papai teve um AVC aos 60
aquilo é saúde e o resto é doença; acredi-
anos de idade. Diante da negativa dos
tando que os números de ciclistas, mara-
médicos com relação à sua melhora pe-
tonistas e pessoas conectadas à natureza
diu para que eu o levasse até a praia.
só aumenta, não podemos fechar os olhos
Entrávamos na água todos os dias e, cam-
para a discussão forte e profunda do que
baleando diante das marolinhas, papai foi
realmente procuramos na prestação do
melhorando dia a dia. Passados dois me-
serviço da saúde. Não há caminho para
ses, ele dirigia e corria conosco na praia.
contemplar o passado com saudosismo.
Um AVC mais pesado levou papai embora
Há espaço para a adaptação, como diria
aos 64 anos, em nossa casa.
Darwin. A adaptação sempre será o ele-
Quando decidi recomeçar profissionalmente, meu projeto de vida envolvia
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mento constitutivo e pilar fundamental para a seleção natural.
a abertura de uma empresa nova, com
Tenho em mente que as coisas ten-
características únicas, aberta, colabora-
dem a mudar rapidamente. Olho os
tiva, transparente, com forte senso de
números demográficos, a relação es-
participação na sociedade, conectada ao
treita que isso tem com o crescimento
futuro. Fico feliz ao olhá-la todos os dias e
de países como Índia, China, Rússia,
ver que estamos no caminho certo.
Brasil, como Austrália e Canadá fogem
O mundo não permite mais nada
da crise mundial, como a África acen-
desalinhado com seu futuro habitante, a
de e descende a cada ano perante uma
geração Millenium, uma geração conec-
expectativa frustrada do mundo capita-
tada, com senso ético apurado, especia-
lista, como a tecnologia invade nossos
lizada no novo, na disputa saudável, na
lares e empresas de forma intempestiva,
competição quase morna, na busca pelo
quase arrancando de nós a calmaria de
alternativo, pelo emergente, pelo espaço a
um tempo que não volta mais, como a
tudo que nasce.
violência nos transforma em pessoas
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diferentes fazendo com que odiemos a desordem causada por um pedaço da Coréia parada num tempo. Como o
Danilo Ramos
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entretenimento de ontem é o stress de hoje, como as relações entre sucesso e fracasso estão cada vez mais conectadas a contratos, e muito menos a apertos de mãos. Penso em tudo isso todos os dias e imagino que precisamos cada vez mais de uma volta na praia contemplando o mar. Simples assim. O mar tem a qualidade de ser um elemento grandioso, completo, lindo, cheio de vida, e que emana energia e beleza. Sua fúria destrói o que quiser a um piscar de olhos. Quando uma pessoa se senta em frente a tudo isso deixa para trás pequenos problemas, pequenos deslizes, pequenos desvios de sua vida. Andar na areia nos faz repensar sobre tudo. Quando decidimos fotografar nossa equipe para a revista pensei em deixá-los a vontade, de acordo com suas crenças, com as roupas que se sentissem mais conectados com suas vidas, com seus universos. A minha foi fácil de fazer. Imaginei na mesma hora um andar na praia, olhando o mar, de calças jeans mesmo, após um dia de trabalho, cuidando da saúde e o mais
Alberto Leite é CEO da Cboard, empresa de gestão de comunidades que publica a revista Healthers e professor de inovação e estratégia da FIA USP.
importante, de pés descalços.
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EMPRESAS CITADAS NESTA EDIÇÃO
Acsys Interative
Hospital Samaritano de São Paulo
ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar)
Hospital Santa Cruz
Axxions
Hospital São Camilo
Cambria Consulting
H.Stern
Cartier
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)
CAS
IBM
Chanel
Imperial College School of Medicine
Consultoria IDC
Intel
Dell
Medley
ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing)
Mont Blanc
Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz)
Nike
Florida Hospital Celebration Health
OMS (Organização Mundial as Saúde)
FEHI (Fortis Escorts Heart Institute)
Planisa
Fundação Dom Cabral
Rede D’Or
Gaia Creative
Rede D’Or São Luiz
GE Healthcare
Roger Dubuis
Hermès
Samsung
Hospital e Maternidade Dr. Christóvão da Gama
Santa Casa de São Paulo
Hospital e Maternindade Santa Joana
SBIS (Sociedade Brasileira de Informática em Saúde)
Hospital Bandeirantes de São Paulo
UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo)
Florida Hospital for Children
Uniheath Logística Hospitalar
Hospital Israelita Albert Einstein
Walt Disney Company
Hospital Marcelino Champagnat
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Para a Philips, oferecer Soluções Integradas é ligar agilidade com precisão, segurança com paciente, eficiência com performance, tecnologia de ponta com a realidade do seu negócio.
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De 2 a 5 de maio no Transamérica ExpoCenter São Paulo - SP H01.indb 91
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Foco no que importa Os hospitais sabem que suas decisões tem consequências que mudam a vida das pessoas. A quem você recorre quando precisa melhorar as operações? A rede da KPMG de profissionais especializados em assistência médica entendem o impacto humano das decisões de negócio e colaboram com os sistemas de saúde para ajudar a manter o foco naquilo que é mais importante. Aprenda mais sobre o setor de saúde em kpmg.com/healthcare kpmg.com/BR
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