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Capítulo 6 Comunicação comunitária na internet
Ojornalismo na web é um dos mais recentes métodos do jornalismo para informar e manter contato direto com os leitores. Pode-se observar que, com a evolução dos meios da comunicação, hoje a Comunicação Social permite atingir um número maior de pessoas dentro de uma cidade, Estado ou país.
Analisando o livro “Perfomance do Ciberjornalismo”, a obra trata desse estilo de jornalismo e afirma que a proposta do ciberjornalismo é formar jornalistas para trabalharem em ambientes on-line. O livro ainda relata que atuar em área virtual significa ao menos duas coisas: saber integrar o usuário ao processo de produção de notícia e identificar as novas funções dentro das redações. Atualmente, um jornalista não pode se restringir à sua atividade tradicional. Fora também que o cidadão, leitor ou amigo virtual podem ser excelentes fontes de informação.
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o comunitário na Web
É fato que o jornalismo comunitário não poderia ficar concentrado em apenas um ou dois veículos de comunicação diferentes. Isso porque, considerando-se a era digital, o século XXI trouxe muitas inovações tecnoló-
gicas que permitiram uma comunicação mais ágil entre a população.
Em Campo Grande existem muitos sites de origem jornalística que visam informar os habitantes sobre o que está acontecendo na cidade. O jornalismo na web, por meio da Internet, contribui para que os leitores se mantenham conectados ao veículo de comunicação, interajam com a notícia ou até se tornem fontes.
Assim como o jornalismo comunitário nas rádios e televisões, o jornalismo comunitário nas mídias online também tem sua importância na sociedade. Vale lembrar que, atualmente, com a correria do dia a dia, são poucas as pessoas que têm tempo de assistir uma reportagem ou ouvir uma notícia na rádio. Contudo, apesar do pouco tempo, boa parte da população usa com frequências as redes sociais para se entreter. Com a adaptação do jornalismo na internet, as notícias aparecem para informar o consumidor.
o uso da internet e sua interatividade com o consumidor
Existem sites que utilizam a interatividade com o internauta para produzir jornalismo comunitário. Em Campo Grande podemos citar o exemplo do jornal O Estado de Mato Grosso do Sul, que apesar de não ser um veículo destinado aos interesses comunitários, tem a sua versão online, que passou por mudanças, e foi reinaugurado como portal OE 10.
O veículo de comunicação inovou ao criar um quadro chamado “Muchilink”, no qual o jornalista Mauro Silva percorre as ruas da cidade em uma moto, gravando vídeos para postar no portal do jornal. Imagens essas, filmadas nas comunidades da Capital, falando com moradores sobre os problemas que precisam ser resolvidos, e que antes disso devem ser di-
vulgados para chegar ao conhecimento dos responsáveis, no caso, o poder público.
Mauro formou-se em jornalismo em 2016, e apesar de estar apenas iniciando sua carreira jornalística no mercado de trabalho, ele contou como é a experiência de fazer vídeos voltados às comunidades, e a sua importância para manter a cidade da melhor forma possível. “Acredito que a principal importância deste trabalho é conhecer os principais pontos da cidade, pois não é qualquer pessoa que pega uma moto e vai dar uma volta para conhecer a sua própria cidade. Um dos pontos positivos desse jornalismo é conhecer os bairros. Vou sempre nos extremos da cidade para ver o que está acontecendo e também ver no que posso contribuir naquela região”, disse.
Para o Muchilink, é interessante ter o contato com as histórias dos cidadãos. Mauro relata que, sempre quando pode, para nas ruas para conversar com alguém sobre algum problema. “Uma coisa que acho interessante é que, nas ruas, as mulheres são mais acessíveis para conversar que os homens”, contou.
Referente ao estilo jornalismo comunitário, o jornalista responde que a ideia do quadro é dar voz ao povo. “Às vezes as pessoas de um bairro carente, como as favelas de Campo Grande, não têm ninguém que os representem e para quem possam reclamar sobre alguma situação. Eles não têm acesso ao governo ou a prefeitura, como nós da imprensa temos”, relatou Mauro Silva. “Damos voz ao povo, levamos essas reclamações da área da saúde, cultura, do bairro. Damos espaço para que essas pessoas falem. O jornalismo comunitário surge para dar voz às pessoas mais simples, porque as elitizadas têm acesso, conhecimento e sabem onde recorrer sobre seus direitos. Já o mais carente não tem esse conhecimento”, complementou o jornalista.
Apesar de integrar uma equipe que produz notícias e informações para um portal na Internet, o veículo de comunicação inovou ao usar os vídeos para contribuir na produção de notícia. O jornalista Mauro Silva também explicou como funciona o “Muchilink” e os pontos positivos do quadro para o jornal e para a população campo-grandense. “Os vídeos trazem pontos positivos para a população, pois neles a gente mostra os bairros, o asfalto, lama, falta de saneamento básico, pontes sobre córregos que correm risco de cair. Nossa obrigação é cobrar da prefeitura melhorias para a nossa cidade”, destacou.
De acordo com Mauro, os vídeos são voltados para mostrar as “coisas ruins” e divulgar através do site e das redes sociais o que precisa de melhorias. “Muitas pessoas vão olhar e entender que, apesar de a Capital ser maravilhosa, ainda precisa ser melhorada. A imprensa está aqui para ajudar as pessoas. Não é todo dia ou todos os veículos que dão a voz ao público e o deixam reclamar”, afirmou.
Segundo o jornalista, o portal OE10, tem muitas visualizações, e com os vídeos do Muchilink os acessos aumentam. “Temos a opção de colocar o link dos vídeos no Facebook, já que hoje em dia, muitas pessoas, desde a mais simples até a mais elitizada, usam as redes sociais. Acredito que o Facebook leva as pessoas a acessarem o portal. Temos mais visualizações que o jornal impresso, muitas pessoas deixaram de se interessar ou de comprar um jornal para acessar a notícia pelo celular. Percebo que várias empresas de comunicação estão se inserindo no Facebook para buscar os internautas, e são esses internautas que, vendo nossos vídeos, vão identificando o que precisa ser melhorado nos bairros de Campo Grande. Acho importante ter esses vídeos no portal, e a relevância do jornalismo comunitário é estar dentro de uma comunidade, dar nome e voz ao povão. Somente eles sabem o drama no qual vivem”, concluiu o jornalista.
jornalismo na internet e a criação dos sites
O jornalista Humberto Marques criou no início de 2017 o site “Comunidade.MS”, no qual tem por objetivo publicar informações relevantes que acontecem ou tenham impacto nos bairros das regiões urbanas do Anhanduizinho e Lagoa, que abrangem cerca de 250 mil moradores de Campo Grande. Marques tem um extenso currículo na área da Comunicação e atua como jornalista profissional há 17 anos. Formado em 2000 pela Unesp (Universidade Estadual Paulista), ele iniciou a carreira no Diário de Botucatu (SP) no mesmo ano, onde permaneceu por seis meses. Em junho daquele ano, já em Campo Grande, passou pela Revista Metrópole, portal Terras MS, Diário do Pantanal, Campo Grande News e Jornal O Estado de Mato Grosso do Sul – onde permaneceu por oito anos, começando como repórter e chegando ao posto de editor-executivo. O jornalista ainda trabalhou em assessorias de comunicação neste período, nos sindicatos dos Bancários, Policiais Civis, Cabos e Soldados da Polícia Militar e Empregados em Entidades Culturais, Recreativas, de Assistência Social, de Orientação e de Formação Profissional (Senalba), além de assessorar o ex-vereador Alex do PT.
Com toda essa bagagem acumulada, no início deste ano, o jornalista resolveu criar um site. Humberto explica os motivos que o levou a montar um jornal online voltado às comunidades. “Sempre notei que havia uma quantidade muito grande de pautas nos bairros, mas, mesmo diante das facilidades criadas pela Internet, é praticamente impossível que um único veículo possa dar espaço a todas essas demandas. Seria necessário uma grande equipe e um espaço igualmente abrangente para veicular tais assuntos com o devido destaque”, disse.
Como “pauta”, o jornalista não se refere apenas a assuntos de maior repercussão, que são bem explorados pelos veículos em geral. Conforme ele, trata-se de assuntos de interesse específico de uma fatia da população, com diferentes dimensões, desde um problema que atinja um setor específico de um bairro até algo que possa ter repercussão por toda uma região. Ou ainda, informações que são relevantes para apenas uma parte dessa mesma comunidade, como a eleição de uma associação de moradores ou uma ação social focada em apenas uma parte da cidade.
Jornal Online “Comunidade.MS”, produzido pelo jornalista Humberto Marques. Crédito: Reprodução/Comunidade.MS
- O foco principal do Comunidade.MS é cobrir pautas relevantes que ocorram ou tenham impacto nos bairros das regiões urbanas do Anhanduizinho e Lagoa - conta.
Segundo Humberto Marques, há duas modalidades de cobertura. “Na edição online valorizamos os fatos de maior repercussão e engajamento, produzindo e repercutindo um noticiário variado que possa influenciar de
alguma forma os moradores desses bairros”, disse. Marques ainda explicou que, por esse motivo, é extremamente comum divulgarem pautas na linha de prestação de serviço público, como informações de concursos ou processos seletivos, ou envolvendo ocorrências policiais, por conta do impacto e da maior necessidade de atenção por elas geradas, de forma a permitir acesso a essa informação sempre de forma direcionada. - Ouvimos a população e intermediamos o contato junto ao poder público para dar a devida satisfação aos moradores da localidade sobre a demanda em questão. Da mesma forma, em março, divulgamos os imbróglios envolvendo a pavimentação da região da Vila Vilma (Tijuca), que já deveria ter sido asfaltada há 20 anos. Ouvimos justificativas da prefeitura sobre o impasse, que revelou a perda de recursos federais para a obra ainda em 2012 - disse Marques. O jornalista diz que o Ministério Público investiga o fato, algo que não é possível atribuir apenas à reportagem.
jornalismo na web e sua interação com os leitores
- Por ser um estilo de jornalismo mais interativo, a relação com os leitores é a mais aberta possível, seja por meio do contato direto de moradores para que nossa reportagem vá ao local e registre os problemas, ou de nosso próprio interesse de ir aos bairros e prospectar tanto dilemas enfrentados por moradores como fatos inusitados, personagens que mereçam destaque ou situações que valem a pena ser divulgadas - explicou Humberto Marques sobre a interação do site com os campo-grandenses. Para se ter um veículo de comunicação é preciso ser o mais acessível possível às fontes. Humberto relatou que o jornal “Comunidade.MS” mantém os canais de comunicação como WhatsApp e redes sociais para
se comunicar com os seus leitores, prática essa que tem surtido o devido resultado. “Embora sejamos um veículo relativamente novo, com funcionamento em maior escala iniciado em março deste ano, temos obtido uma resposta positiva”, disse.
Conforme os números do Google Analytics – um dos principais instrumentos de medição de audiência online –, entre 22 de julho e 21 de agosto deste ano, o jornal teve 53.884 visitantes únicos e 168.700 visualizações de página no site. Isso equivale a uma média de 1,8 mil acessos únicos diários. Vale lembrar que esse acesso, em boa parte, é resultado da inserção em redes sociais, onde as reportagens produzidas são todas divulgadas, já que o veículo ainda está em fase de consolidação de seu nome perante a sociedade. “Sou o único responsável pelo site e jornal, seja na produção e formatação de conteúdo como na área administrativa. O único serviço feito por terceiros envolve a contabilidade”, contou.
o jornalismo é, antes de mais nada, uma prestação de serviço à sociedade
Questionado se existia uma parceria do veículo com o poder público, o jornalista respondeu: “Não. O que há é a relação comum entre redações de veículos de comunicação e as esferas da administração, por meio da divulgação de releases que possam trazer informações de relevância para os leitores ou respondendo às nossas demandas. Ocasionalmente somos incluídos no plano de mídia, quando há campanhas a serem divulgadas – em relação igual à mantida com os demais anunciantes”.
Para finalizar, o jornalista explicou a importância do jornalismo comunitário em Campo Grande e relatou que um dos motivos que o levaram a criar o Comunidade.MS é a certeza de que o jornalismo é, antes de mais
nada, uma prestação de serviço à sociedade. Seja por meio da conscientização sobre temas de relevância social, ou da necessidade de mobilizar a população sobre um fato que pode lhe impactar de alguma forma, é fundamental disseminar informações que possam manter a comunidade bem informada. - Essa afirmação se aplica a todo o veículo de comunicação, no entanto, no jornalismo comunitário, ganha dimensão extra, por tratar de temas que nem sempre teriam a devida visibilidade. Já que algo que seja interessante para um morador do Buriti ou do São Conrado talvez não tenha o mesmo impacto para a cidade como um todo ou a um bairro ou região mais distante, como no Nova Lima (região urbana do Segredo). Além disso, acredito piamente que essa modalidade do jornalismo pode ajudar na integração das pessoas, retirando barreiras que, curiosamente, se ampliaram com o avanço das tecnologias de comunicação - destacou.
Marques explicou que, embora estejamos cada vez mais conectados ao mundo por meio de redes sociais, é cada vez mais comum vermos o aumento do interesse ou do conhecimento acerca de um acontecimento a quilômetros de distância, em detrimento de algo que ocorre a poucos metros de nossas casas, como o bloqueio de uma rua ou o aumento da criminalidade na vizinhança.
Para ele, a facilidade na divulgação de informações também permitiu que o filtro dos leitores ficasse direcionado quase que completamente para temas que são de seu interesse primário –música, entretenimento, política nacional ou regional ou outras questões –, deixando outras coisas, mesmo dentro de seu cotidiano, quase que invisíveis. “Esse também é um papel do jornalismo que, infelizmente, nem sempre vemos ser plenamente exercido. Aí está o espaço o qual o Comunidade.MS pretende abordar”, frisou o jornalista.
A influência do jornalismo comunitário na web
Após os relatos dos jornalistas Humberto Marques e Mauro Silva citados acima, é possível perceber que a Internet permite alcançar diferentes públicos e também ficar mais próximos à população. Vale reforçar que um leitor ou um internauta podem ser uma excelente fonte de informação, e para o jornalismo, uma fonte com informação e confiável é tudo.
Lembrando que o jornalismo comunitário é um estilo de jornalismo que vem ganhando espaço em Campo Grande, e seu desempenho é fundamental para aqueles que moram na cidade. Com o jornalismo comunitário na Internet, a possibilidade de alcance aumenta cada vez mais, já que atualmente, estamos na era digital e a maioria da população tem um celular e acesso a Internet, seja por plano no celular, ou por Wi-Fi.
Em setembro de 2016, uma pesquisa que mede a posse, uso, acesso e hábitos da população brasileira em relação à tecnologia de informação e de comunicação revelou que 58% da população brasileira usam a Internet - o que representa 102 milhões de internautas. O estudo foi realizado pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) e pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br). Foram realizadas entrevistas pessoais com abordagem face-a-face em 23.465 domicílios em todo o território nacional, entre novembro de 2015 e junho de 2016. A pesquisa reforça a tese de que o jornalismo comunitário na Internet consegue alcançar boa parte da população brasileira, consequentemente a campo-grandense. As informações, de certa forma, acabam influenciando a vida das pessoas.
Outra versão que também tem chamado atenção de muitas pessoas pela sua interatividade são as rádios web. Esse estilo de rádio é diferente de uma rádio comum, pois basta a Internet para funcionar, e não mais equipamentos como antena, estúdio, entre outros, que uma rádio normal deve ter para conseguir transmitir suas programações. Entretanto, assim como os outros veículos de comunicação, a rádio web também pode ser comunitária.
Para falar melhor a respeito do assunto, o acadêmico de jornalismo da Universidade para o Desenvolvimento do Estado e Região do Pantanal (Uniderp) de Campo Grande, Paulo Cesar, conta que criou uma rádio na web, cujo nome é “Rádio Filadélfia 106”, e apesar de não ser voltado a uma determinada comunidade da Capital, ele consegue uma interação com os internautas e ainda contribui na prestação de serviços nas comunidades. “Ela é do seguimento gospel e funciona através de um servidor 24 horas por dia. Ela tem um aplicativo, só que não renovei, e por isso as programações da rádio não estão funcionando. Contudo, o site está funcionando, e nele os ouvintes deixam recado, solicitam ajuda”, diz.
Paulo Cesar atuou por oito anos em uma rádio comunitária voltada às comunidades da região norte de Campo Grande. Após a aprovação da lei que determina às rádios comunitárias do Brasil operar em baixa potência, a um máximo de 25 watts ERP e altura do sistema irradiante não superior a 30 metros, teve de deixar o rádio comunitário, já que seu alcance ia muito além do permitido. A nova lei e o amor pela profissão levaram Paulo a buscar recursos na Internet para continuar atuando como radialista na Capital. Pensando nisso, Paulo Cesar resolveu criar uma rádio web, com o mesmo nome da antiga, porém, a programação desta seria voltada ao mundo gospel.
Fieis ao apresentador, muitos ouvintes começaram a acessar o site e ouvir as músicas, mas como Paulo Cesar vinha de um segmento de rádio comunitário, as informações e solicitações das comunidades voltaram a acontecer. Na página da rádio na web existe a opção de recados, e por ela, Paulo recebia informações e ajudava na divulgação, principalmente, dos problemas da comunidade. “Na página tem uma opção de recado e por lá as pessoas deixam seus recados e participações. Com isso vou interagindo com o ouvinte de qualquer lugar. Por ser pela Internet, não precisei de autorização para funcionar e também não tive dificuldade de ter a interação do ouvinte no site, porque a rádio funcionou durante oito anos como comunitária, em um canal aberto rádio tradicional”, lembrou.
migração para a internet
De acordo com ele, em 2003 aconteceu a migração para a plataforma online. ”A rádio já tinha um público-alvo e com isso facilitou bastante a interação”, disse. Questionado sobre as possibilidades de voltar a programação às comunidades de Campo Grande, Paulo Cesar relata que tem interesse. “Gostaria, mas para fazer isso precisa de uma equipe, contratar funcionários. No rádio web, eu sempre fiz isso, dentro das possibilidades, algumas ações comunitárias através da Internet”, contou.
Para Paulo, a vantagem de atuar na web em comparação a trabalhar uma rádio tradicional é que pela Internet tudo é programado. O acadêmico de jornalismo ainda relevou que os acessos mensais da rádio são de 4 a 5 mil visualizações e ainda fala sobre as solicitações atendidas. “Lembro que quando divulgava os problemas das comunidades, eles eram resolvidos. As ações solicitadas nos órgãos públicos foram atendidas através da rádio web”, contou.
Questionado sobre a relevância da rádio web, Paulo diz: “A importância do rádio na web é muito grande, porém, no Brasil deixa a desejar, pois temos muita dificuldade de termos internet, em razão de ter um custo muito alto. Mas a importância é que as pessoas podem interagir, ouvir música e participar através da rádio web. Isso facilita por ser um aplicativo no celular. Essa é a grande importância, na minha avaliação”, concluiu.
As rádios web também vêm ganhando espaço na comunicação, e assim como os outros veículos de comunicação que temos atualmente, ela também pode contribuir com a sociedade na prestação de serviços, já que hoje em dia, o Brasil está no quarto lugar no ranking mundial de usuários de internet, segundo um relatório sobre economia digital divulgada em 2017 pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD, na sigla em inglês) e também pela Revista Exame.
De acordo com os dados, no país existem 120 milhões de pessoas conectadas. Conforme a revista Exame, o Brasil ficou atrás apenas dos Estados Unidos (242 milhões), Índia (333 milhões) e China (705 milhões).