Renascer Denis Lima
Certo dia, um rapaz andava perdido e sem rumo. Em algum momento, se aproximou de um vilarejo simples, mas não conhecia o lugar e nunca tinha estado ali. Ele estava tão perdido em seus pensamentos que nem se importava com suas andanças sem rumo ou com o pequeno vilarejo pelo qual passava. Bem longe, porém, avistou algo que, finalmente, o tirou de seu devaneio: em uma estradinha de terra, havia uma curiosa casinha de sapê. O jovem em questão era conhecido em sua cidade. Ouviam-se relatos de que ele era uma pessoa de pouca fé, que carregava as piores mágoas, as dores mais doloridas, os sentimentos mais impuros e as angústias mais infelizes. Tudo isso que ele trazia em seu ser era como uma doença, e estava acabando com a sua vida. Era um jovem tão pessimista que dificilmente se poderia imaginar que, um dia, já fora um rapaz cheio de sonhos. Já no vilarejo, falava-se que existia um velho, muito velho, que era um grande sábio e que tudo sabia sobre a vida. Alguns diziam que era encantado e nunca morreria. Outros acreditavam que fosse o espírito de uma pessoa muito iluminada, nele incorporada e que nunca iria embora. Por essas crenças que rodeavam o velho, muitas pessoas procuravam-no apenas por curiosidade, embora nunca o encontrassem no vilarejo. Após andar muito, o rapaz aproximou-se da casinha e viu que havia um senhor sentado em um banco de madeira, com um chapéu de palha e um cachimbo do qual saía uma fumaça bem fraca. Sem 19