Política & Saúde Brasília, 4 de maio de 2015
Edição N°03/2015
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editorial
A
saúde pública no Distrito Federal enfrenta diversos problemas, que vai desde as dificuldades para o atendimento médico a disponibilização de leitos em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Um dos agravantes foi a denúncia que o Política & Saúde recebeu de uma família, cuja paciente aguarda mais de cinco dias na fila para uma UTI, mesmo com uma liminar. A decisão judicial não foi cumprida, pois não há vagas. A paciente corre risco de morte. Na área de regulação, a Anvisa promove audiência pública para debater sobre os alergênicos, que são substâncias dos alimentos, plantas ou de animais que provocam uma reação exagerada do sistema imunológico e causam a inflamação. O tema em discussão será sobre a Consulta Pública nº 29/2014, que regulamenta quais alergias provocam reações severas, como choque anafilático. Já no cenário político, a prevenção das doenças renais, a sustentabilidade dos serviços de hemodiálise e papel da patologia renal no Brasil serão debatidas em um seminário na Câmara dos Deputados, a ser realizado no dia 7 de maio. Nesse mesmo dia, o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) e o Senado discutirão as propostas para ampliar acesso à saúde ocular. Segundo levantamento feito pela Organização Mundial da Saúde, o Brasil tem quase 1,2 milhão de cegos, sendo que mais de 700 mil pessoas que perderam a visão no País poderiam ter problema evitado ou revertido caso recebessem tratamento adequado a tempo. O último Censo realizado pelo CBO mostra que no país há um oftalmologista para cada grupo de 11.604 pessoas.
PESQUISA
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Unicamp realiza estudo com melatonina para tratamento da Hipertensão Arterial Pulmonar Pesquisador da Unicamp, Luiz Alberto Ferreira Ramos, avaliou, em tese de Doutorado, o provável efeito cardioprotetor do hormônio melatonina em ratos diagnosticados com Hipertensão Arterial Pulmonar (HAP). A HAP é uma doença rara caracterizada pelo aumento da resistência dos vasos pulmonares, aumento da pressão arterial pulmonar e hipertrofia do ventrículo direito do coração. Para a execução da parte experimental, o pesquisador distribuiu os animais por quatro grupos de cinco componentes: um grupo de controle, constituído por animais sadios; outro com animais igualmente sadios que recebiam apenas uma dose diária de melatonina; um terceiro em que a doença foi induzida pela monocrotalina, mas que não seriam tratados; e um quarto grupo com a doença induzida, mas que receberia diariamente uma dose de melatonina. O estudo concluiu que o tratamento com melatonina, aumenta as defesas enzimáticas antioxidantes, atenuou os efeitos deletérios sobre o sistema cardiovasculares induzidos, tanto pela ação direta da monocrotalina quanto pelas alterações secundárias à HAP promovida por esse alcalóide. Assim, melatonina pode representar uma nova abordagem terapêutica no tratamento da Hipertensão Arterial Pulmonar. Baixe o estudo na íntegra: http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=000934913&fd=y (Fonte: Unicamp)