Política & Saúde Brasília, 19 de outubro de 2015
Edição N°21/2015 editorial
O
s debates sobre a Alta Complexidade em Saúde em Brasília foram acalorados. No dia 15 de outubro, o Tribunal de Contas da União (TCU) deu início a uma importante a auditoria da judicialização da saúde no Brasil. A iniciativa afrouxar o nó da gravata no que diz respeito aos gastos em saúde, e obrigar o Poder Judiciário a ter um maior aprofundamento nas decisões relacionadas à saúde brasileira. O ministro da Saúde, Marcelo Castro avaliou os impactos das ações judiciais na sustentabilidade do Sistema Único de Saúde (SUS) e na garantia da segurança do paciente. Muitas vezes, são solicitados na justiça acesso a tratamentos sem registro no Brasil e comprovação de eficácia e segurança. Desde 2010, houve um aumento de 500% nos gastos do Ministério da Saúde com ações judiciais para aquisição de medicamentos, equipamentos, insumos, realização de cirurgias e depósitos judiciais. Naquele ano, o valor consumido foi de R$ 139,6 milhões. Apenas em 2014, o gasto chegou a R$ 838,4 milhões. Em cinco anos, mais de R$ 2,1 bilhões foram gastos com ações judiciais O trabalho do TCU será relatado pelo ministro Bruno Dantas, e as informações serão obtidas com dados dos governos federal, estadual e municipal e contará com o apoio de nove unidades do Tribunal de Contas nos Estados, e inclui visitas nos hospitais e instituições. Outro debate sobre saúde foi realizado no Congresso de Ética Médica do DF (16/10), um dos temas discutiu a crise na atenção à saúde pública do DF. O promotor da saúde do Ministério Público do DF, Dr. Jairo Bisol disse em alto e bom tom que o governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, deve blindar a saúde dos interesses políticos e que as manobras para a privatização da gestão de saúde ferem um dos princípios do SUS: a participação popular. Bandeira esta tão defendida pelo Partido Socialista Brasileiro, no qual o governador é filiado . Foto: Ananda Borges/Câmara dos Deputados
PUBLICAÇÃO Foto: Reprodução/ Internet
Segurança do paciente O Centro Colaborador para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente (Proqualis), vinculado ao ICICT/Fiocruz, lançou o relatório intitulado “Desenvolvimento de indicadores de segurança para monitoramento do cuidado em hospitais brasileiros de pacientes agudos”. A publicação é uma ferramenta estratégica que busca contribuir para a melhoria da segurança do paciente em hospitais de pacientes do Sistema Único de Saúde, ou seja, instituições de saúde que oferecem atendimento a condições clínicas e cirúrgicas, incluindo traumas, de curta duração. O monitoramento através desses indicadores permite a avaliação do desempenho dos serviços de saúde e a programação de ações de melhoria. A publicação está disponível no site: www.proqualis.net.