Política & Saúde Brasília, 27 de abril de 2015
Edição N°02/2015
editorial
Foto: Luiz Alves/Câmara dos Deputados
C
om o feriado prolongado do aniversário de 55 anos de Brasília, as atividades na capital foram um pouco reduzidas. O destaque foi a realização do seminário sobre o autismo e os desafios da educação inclusiva. Parlamentares e gestores de associações não pouparam críticas para os gargalos de colocar em prática as políticas públicas e os investimentos em educação permanente dos professores. Nesta semana, o assunto em pauta na saúde será o VII Fórum Nacional de Políticas de Saúde no Brasil, no auditório do Interlegis do Senado, que vai discutir a efetivação de políticas e programas, de acordo com o Plano Nacional de Saúde e demais regulamentos, para a prevenção e o controle das doenças transmissíveis e seus fatores de risco. As doenças transmissíveis têm apresentado mudanças significativas e continuam a oferecer desafios para os programas de prevenção e monitoramento. Doenças antigas como a cólera e a dengue ressurgiram e endemias importantes como a tuberculose e as meningites persistem, fazendo com que esse grupo de doenças continue apresentando um importante problema de saúde pública. Além disso, a Fiocruz promove em São Paulo, o debate sobre “Cobertura Universal de Saúde versus Sistema Universal de Saúde” em colaboração com o Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio-Libanês, a Associação Paulista de Saúde Pública e Sociedade Brasileira de Bioética e o Centro de Estudos em Planejamento e Gestão de Saúde da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo. A principal diferença entre as duas propostas está na integralidade da assistência. A proposta de Cobertura Universal prevê um limite para gastos em saúde e, quando for necessário extrapolar o limite, o cidadão deverá arcar com recursos próprios, comprando do setor privado. O SUS prevê o atendimento irrestrito, do início ao fim, sem desembolso adicional por parte das pessoas, como assegurado na constituição brasileira: saúde é um direito do cidadão e um dever do Estado.
PESQUISA
Foto: Divulgação
Pesquisa da UFG aposta em células-tronco para a cura da cegueira Obter a cura para a cegueira é o objetivo da equipe do Centro de Referência de Oftalmologia da Universidade Federal de Goiás, juntamente com o Shepens Eye Research Institute, que integra a Universidade de Harvard. O estudo é coordenado pelo pesquisador e professor titular de Oftalmologia da UFG, Marcos Ávila e o desafio é a obtenção de uma célula que se desenvolva dentro do olho e faça a reparação de tecidos lesados que originaram a perda da visão. O estudo utiliza célulastronco derivadas da retina de fetos humanos que não chegaram a nascer e que são isoladas e multiplicadas para que possam ser utilizadas. A pesquisa está em fase final e a equipe planeja concluir a pesquisa até 2016. Fonte : Ascom/UFG