A recente proposta de reforma eleitoral em Portugal veio a gerar um intenso
modernizar o sistema visa aumentar a transparência e a representatividade no Parlamento, mas enfrenta resistência de
dos partidos e enfraquecer a democracia. No entanto, defensores da reforma destacam a necessidade de adaptar o processo eleitoral às novas realidades tecnológicas e sociais. Este é um momento crucial para entrevistA:
cArlos DAs neves mArtins
O regresso de Carlos das Neves Martins à presidência da agora ULS de San-
DEMOCRACIA A PRESERVAR
vasta experiência e no profundo conhecimento da Unidade Local de Saúde. A
humano de excelência e pela visão es-
lógica e parcerias internacionais. Carlos das Neves Martins visa colocar a ULS de Santa Maria na vanguarda dos cuidados
BmW motorrAD DAys: regresso A gArmisch-PArtenkirchen
O maior evento de motos BMW Motorrad do mundo regressou a Garmisch-Partenkirchen. Durante três dias, a cidada cultura motociclista, com um ambiente festivo contagiante e ensaios de con-
não apenas uma homenagem ao legado da BMW Motorrad, mas também uma redas duas rodas.
Bentley:
luxo, requinte e quAliDADe A Bentley continua a elevar os padrões de luxo automóvel. A marca decidiu criar
resposta às tendências do mercado, especialmente o chinês, a Bentley encontra-se a desenvolver um novo SUV de raiz, pro-
metendo uma obra-prima que superará o Bentayga. Este novo modelo, elaborado com o meticuloso trabalho dos artesãos
Bentley com a excelência, em luxo e qualidade incomparáveis.
AutoBello:
Desfile De elegânciA em Belém O AutoBello trouxe a Belém um espetá-
zando com os prestigiados concursos do lago de Como e Pebble Beach. O evento,
para cidades como Marbella e Barcelona, fez a sua estreia em Portugal no ano passado e retornou em grande estilo. O Altis Belém Hotel foi palco de um des-
uma mistura de charme e exclusividade, o AutoBello destacou a crescente relevância de Portugal no circuito internacional de eventos de luxo e prometeu um
já agendada para o Porto.
BoAs fériAs!
Nesta época do ano, é o momento de recarregar baterias. Votos de umas boas férias e de um bom descanso para todos.
ANO 17
8/ NEWS
12/ GRANDE ENTREVISTA
Carlos das Neves Martins
26/ OPINIÃO
Luís Mira Amaral
Maria de Belém Roseira
Carlos Zorrinho
Luís Lopes Pereira
Fernando Leal da Costa
32/ PANORAMA
Equilíbrio orçamental
34/ GRANDE ANGULAR
Sociedade
36/ AMBIENTE
Saneamento e qualidade ambiental
38/ MAGAZINE
Crise da habitação
40/ ANÁLISE
Sustentabilidade
42/ VISÃO
Reino Unido
44/ ATUALIDADE
Reformas na Justiça
46/ EM FOCO
Tempo de trevas
48/ SAÚDE
Sistema de Saúde Militar
FICHA TÉCNICA
Diretor: Nuno Carneiro | Editora: Ana Laia | Colaboram nesta Edição Luís Mira Amaral, Nuno Melo, Fernando Leal da Costa, Luís Lopes Pereira, Carlos Zorrinho, Isabel Meirelles, Samuel Fernandes de Almeida, Carlos Mineiro Aires, Fernando Santo, Fernando Negrão, Carlos Martins,Antóno Saraiva, Pedro Mota Soares,Alexandre Miguel Mestre,Tiago Mayan, Rui Miguel Tovar, Jorge Garcia, Casimiro Gonçalves, Fernanda Ló, João Cordeiro dos Santos, José Caria, Avelar, Francisco Almeida Dias, João Cupertino, Martina Orsini, Miguel Figueiredo Lopes / Presidência da República, NelsonTeixeira, Nuno Madeira, Pedro Sampayo Ribeiro, Rui Ochoa/Presidência da República | Diretor Comercial: Miguel Dias | Proprietário: Armando Matos | Produção: DesignCorner Lda. Sede: Airport Business Center Avenida das Comunidades Portuguesas Aerogare, 5º piso–Aeroporto de Lisboa 1700-007 Lisboa – Portugal E-mail: geral@hvp-design.pt | Registada no ICS com o n.º 125341 | Depósito Legal n.º 273608/08 | Estatuto editorial disponível em: www.revistafrontline.com Facebook: RevistaFRONTLINE
50/ LIVROS
52/ REAL GARRAFEIRA
54/ APRESENTAÇÃO
Nissan Kashqai
Opel Frontera
Hyundai SANTA FE
58/ SOBRE RODAS
Yamaha BMW R 1300 GS
60/ MOTORES
Bentley Bentayga EWB Mulliner
64/ ON THE ROAD
68/ CONCENTRAÇÃO
BMW Motorrad Days
70/ CHECK-IN
Anantara Dhigu Maldives Resort
74/ A RESERVAR
Jackpot
76/ EVENTO
Rock in Rio 2024
AutoBello
80/ OFF ROAD
Clube Escape Livre
82/ SOCIAL
International Club of Portugal
IPO L I SB OA
HOMENAGEIA ANTÓNIO GENTIL MARTINS
O pediatra e cirurgião António Gentil Martins celebrou o seu 94.º aniversário (a 10 de julho), com a simbólica homenagem de atribuição do seu nome à sala dos médicos de Pediatria do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa, serviço do qual foi fundador.
António Gentil Martins, neto do fundador do IPO (Francisco Gentil – em 1960), cirurgião plástico e cirurgião pediatra português, é conhecido pelo êxito das várias operações de separação de gémeos siameses.
GENERIS FARMACÊUTICA
DE I XA MENSAGEM
Agora que chegou a época em que se inicia o período de férias da maioria dos portugueses, é importante pensarmos que o ambiente que nos acolhe nestes meses deve ser deixado sem interferência negativa a nível ambiental.
Cuidemos todos da nossa pegada ecológica e evitemos garrafas de plástico e embalagens descartáveis nas refeições que fazemos na praia ou no campo. Nós estaremos de férias, mas a consciência ambiental tem de se manter ativa para que as gerações futuras desfrutem do nosso planeta tal como nós desfrutamos!
GRUPO GERMANO DE SOUSA
N O T OP 100 DAS MARCAS MA I S VA LIO SAS
CRUZ VERMELHA DA MAIA
I NAUGURA N OVA UN I DADE
Foi na presença de Ana Povo, secretária de Estado da Saúde, que António Saraiva inaugurou a nova unidade de cuidados continuados da CVP na Maia. O presidente da CVP teve também o prazer de, na mesma ocasião, distinguir o presidente da Câmara da Maia, António Domingos da Silva Tiago, com a medalha de benemerência da Cruz Vermelha Portuguesa.
O Grupo Germano de Sousa encontra-se entre as 100 marcas portuguesas mais valiosas. Em termos da categoria Laboratories Healthcare, o Grupo Germano de Sousa é a marca n.º1.
Estes resultados têm como fonte o estudo de mercado nacional realizado pela OnStrategy. O estudo é desenvolvido desde 2009 recorren-
ção das normas ISO20671 (avaliação de estratégia e força) e ISO10668liadas com base em informação pública, nomeadamente relatórios e contas, dados de mercado e indicadores de força de marca.
Esta avaliação reforça o posicionamento do grupo no mercado nacional como Laboratório de Portugal. O Laboratório Germano de Sousa, 100% português, 100% médico e 100% familiar, é uma referência a nível nacional nas áreas de Patologia Clínica, Anatomia Patológica, Genética e Genómica, em inovação, qualidade e rigor. Com mais de 550 postos de colheita de norte a sul do país, incluindo na Região Autónoma dos Açores, e com cerca de 1600 colaboradores distribuídos por 15 laboratórios, o grupo tem investido continuamente no desenvolvi -
PROENÇA-A-NOVA
B I B LIO MÓVE L C O MEM O RO U 18 AN O S
GRUPO SALVADOR CAETANO
CE L EBRA 78 AN O S
Há 78 anos que o Grupo Salvador Caetano ajuda as pessoas a moverem-se. Das carroçarias, à produção dos autocarros. Da importação à distribuição e representação de mais de 50 marcas automóvel. Da terra aos céus, com a produção de componentes de aviões. “Vamos continuar a crescer, a inovar e a transformar, com a mesma coragem e competência que nos trouxe até aqui.” Esta empresa foi a responsável pela fundação da Toyota Caetano Portugal, S.A., que teve como fundador Salvador Fernandes. Muitos parabéns, Salvador Caetano.
Há 18 anos que a Bibliomóvel – Biblioteca “sobre rodas” de Proença-a-Nova percorre 31 localidades do concelho, pelas “mãos” de Nuno Marçal, levando muito mais do que livros aos seus utilizadores: desde a viagem inaugural, realizada a 26 de junho de 2006, ao serviço de empréstimo domiciliário, juntaram-se outros, sendo atualmente um posto móvel de atendimento do Município e uma forma de levar serviços de proximidade junto dos seus utilizadores. “A Bibliomóvel é um instrumento de divulgação cultural, de enriquecimento dos nossos concidadãos e, ao mesmo tempo, veículo de inclusão social. É por isso ferramenta hoje indispensável e ação de educação, cultura e ação social”, considera João Lobo, presidente da Câmara Municipal de Proença-a-Nova.
“ENTENDI QUE TINHA CONDIÇÕES PARA DAR O MEU
CONTRIBUTO AO SNS E EM
CONCRETO A UMA CASA QUE FICOU NO MEU CORAÇÃO”
por Nuno Carneiro
O regresso de Carlos das Neves Martins à presidência do Conselho de Administração da agora Unidade Local de Saúde de Santa Maria é marcado por um misto de tranquilidade e motivação. Em entrevista à FRONTLINE, expressou que a sua vasta experiência no setor da Saúde, desde 1993, e o conhecimento profundo da Unidade dia 1 de fevereiro, o sentimento predominante é de tranquilidade e motivação. Tranquilidade pela experiência acumulada e motivação pela capacidade instalada
A tranquilidade de Carlos das Neves Martins é alicerçada na sua familiaridade com a instituição, tendo anteriormente ocupado cargos de liderança dentro da mesma.
capital humano da ULS.
Carlos das Neves Martins defende a nova organização dos cuidados de saúde que deu origem às Unidades Locais de Saúde, destacando as vantagens para os cidadãos.
Para os próximos três anos, a visão estratégica de Carlos das Neves Martins para a ULS de Santa Maria foca-se na inovação, tanto tecnológica quanto na cultura de gestão. Entre os projetos destacados estão a aquisição de tecnologia de ponta e o desenvolvimento de parcerias internacionais para avanços na área da Oncologia.
tecnológica e proporcionar os melhores cuidados aos nossos doentes”, concluiu.
regressa à presidência do conselHo de administração de um centro Hospitalar. qual o sentimento que experimenta?
“TRANQUILIDADE, PORQUE NÃO SÓ TENHO
EXPERIÊNCIA
NO SETOR DA SAÚDE, ONDE ESTOU DESDE 1993, MAS TAMBÉM PORQUE
CONHEÇO BEM PARTE DA ULS (UNIDADE LOCAL DE SAÚDE), A PARTE HOSPITALAR, DADO QUE
r egressa à presidência do consel H o de administração de um centro
H ospitalar . q ual o sentimento que experimenta ?
Tenho dito, desde o dia 1 de fevereiro, que aquilo que preside em termos de sentimento, ou sentimentos, é tranquilidade e motivação. Tranquilidade, porque não só tenho experiência no setor da Saúde, onde estou desde 1993, mas também porque conheço bem parte da ULS (Unidade Local de Saúde), a parte hospitalar, dado que estive cá há seis anos. E a motivação tem a ver com a capacidade que a instituição tem como ULS, ou seja, a capacidade instalada (numa linguagem mais de gestão) que temos nos dois hospitais – Hospital Universitário, Hospital Pulido Valente – e na rede de centros de saúde, desde aqui até Mafra. E quando falamos de capacidade instalada, falamos daquilo que é determinante, que é o capital humano. Temos um capital humano de excelência. Temos instituições que todos os dias fazem milagres, promovem inovação, dão motivos de felicidade aos
sua qualidade de vida, as suas famílias; dão motivos de felicidade e satisfação ao SNS pelas técnicas inovadoras de que dispomos. -
lidade, há a motivação de fazermos mais e melhor em cada dia que passa, e sentir uma instituição em que há todo um capital humano que tem essa ambição de servir o
país, servir o SNS, servir a sua casa, em prol dos portugueses e centrando a sua atenção nos doentes que estão à nossa responsabilidade diariamente e que são milhares.
como surgiu o convite para ocupar o cargo de presidente do conselHo de administração da unidade local de saúde de santa maria?
O convite surgiu nos últimos dias de 2023, já passado algum tempo de a minha antecessora, Ana Paula Martins, atual ministra da Saúde, ter anunciado a sua saída de funções.
Fui apanhado de surpresa, porque sempre tive uma excelente relação com o Prof. Fernando Araújo, seja como médico, como secretário de Estado, como presidente do São João, e mais ultimamente como diretor executivo. Somos pessoas que sentem e vivem o SNS e que com alguma regularidade falávamos, nos encontrávamos. Para mim o encontro combinado seria mais um café,
dos temas e pensei, muito sinceramente, que me queria pedir algumas sugestões para o futuro da instituição.
O convite foi feito e, numa fração de segundo em que o coração falou mais alto do que a razão, aceitei. Entendi que tinha condições para dar o meu contributo ao
mo dizer, no meu ADN.
Houve alguma fração de segundo em que teve dúvidas, ou aceitou prontamente o cargo?
Aceitei prontamente, conforme disse a alguns amigos meus e até pessoas de família, quando foi tornado público, o que também foi quase instantâneo – se não foi no mesmo dia, foi no dia a seguir. Estranharam a minha opção. Estava a fazer coisas de que gosto na área internacional, com uma agenda acessível, sem grandes dores de cabeça, e razões: primeiro por voltar ao SNS, ao setor público, e depois por voltar a Santa Maria, já que também não é normal alguém voltar ao sítio onde já esteve. Há quem diga que não devemos voltar ao sítio onde fomos felizes.
concorda com esta nova organização dos cuidados de saúde que deu origem às unidades locais de saúde? quais os benefícios e desvantagens?
Acho que é o momento de recordar uma outra grande reforma com o mesmo alcance, que foi decidida em 1993. Até dezembro desse ano, existiam distritos organizados por sub-regiões de Saúde, e os hospitais eram algo à parte, dependiam de Lisboa. Ou seja, hospitais para um lado e centros de saúde para o outro. E o Governo de então decidiu fazer uma reforma de descentralização, des-
“
qual é a visão estratégica da unidade local de saúde de santa maria para os próximos anos?
TEMOS EQUIPAMENTO DE PONTA EM QUE SOMOS ÚNICOS NO PAÍS, SOMOS ÚNICOS NA PENÍNSULA
IBÉRICA, SOMOS DOS POUCOS NA EUROPA”
concentração, criando cinco Regiões de Saúcom um coordenador, equiparado a subdireos conselhos de administração dos hospitais e os centros de saúde. Presidi ao primeiro Algarve, em 1994, pelo que esta não é uma realidade nova para mim. Tive este período da minha vida que correu muito bem, com resultados fantásticos do ponto de vista pesprópria região. Foi o meu primeiro cargo no Serviço Nacional de Saúde, portanto, eu comecei a minha carreira como estou, no SNS. É uma realidade que tem muitas vantagens do ponto de vista organizacional, mas aqui a preocupação não são as vantagens da organização, mas sim a vantagem que o cidadão retira deste modelo. As ULS são uma ferramenta de gestão, e nós aqui, desde fevereiro que temos essa visão. Depois, temos um pilar que é o hospital universitário, outro pilar que é o hospital Pulido Valente, outro pilar que são os cuidados de saúde primários, e ainda temos um de que se fala pouco, que é o centro de diagnóstico neurológico Ribeiro Santos, que foi integrado na nossa ULS. E a ULS não eliminou o hospital Santa Maria, o hospital Pulido Valente, enquanto instituições, não apagou a história, não apagou a cultura, muito pelo contrário. O que sempre temos dito é que temos a responsabilidade de respeitar a cultura, respeitar a história e construir um futuro diferente, alicerçando esse futuro nas capacidades instaladas de cada um destes pilares. Diria que há uma gestão vertical. A única gestão que é horizontal é a gestão dos doentes.
Os doentes têm que circular dentro deste perímetro e entre estas instituições sem qualquer constrangimento.
qual é a visão estratégica da unidade local de saúde de santa maria para os próximos anos?
Bom, nós temos um plano com uma visão a três anos. Foi construído e aprovado por quem nos antecedeu, e não tivemos nenhuma intenção de fazer alterações, nem temos previsto no nosso horizonte fazer qualquer tipo de alteração ao plano de desenvolvimento operacional que contemple de uma forma global as grandes áreas.
A primeira prioridade da nossa estratégia é a inovação: a inovação da cultura de gestão, a inovação tecnológica do ponto de vista dos sistemas de informação, do ponto de vista do equipamento, sobretudo do equipamento pesado, equipamento diferenciado. Por exemplo, adquirimos o primeiro robô da Península Ibérica para a farmácia, quando só existiam, à data da aquisição, três no mundo. Estamos a desenvolver, em parceria com uma multinacional e com mais dois hospitais, a nível mundial, uma tecnologia na área da Oncologia que dará origem a um equipamento que será o primeiro, a nível mundial, que estará na Península Ibérica. Seremos um dos dois hos-
Fazemos coisas de estado de arte no limite máximo, e o limite máximo é estar no desenvolvimento de alguma tecnologia, de algum equipamento. Temos equipamento de ponta em que somos únicos no país, somos únicos na Península Ibérica, somos dos poucos na Europa. E depois, temos o nosso dia a dia, com a preocupação diária de conseguir que, em
proximidade, o cidadão tenha respostas na sua unidade de saúde familiar, na sua unidade de saúde de cuidados primários, nas unidades de cuidados comunitários, tenha acesso fácil ao hospital, não necessitando de ir à urgência. Eu diria que o dia alterna entre questões de perímetro internacional e questões de base muito local, de freguesia, e essa diversidade na gestão é estimulante. Há quem pense que é uma complicação, que não é governável estar à frente de um hospital universitário como Santa Maria, que é o maior hospital universitário do país – eu diria o melhor, respeitando imenso o excelente trabalho dos restantes –, mas sem prejuízo disso, é esta complementaridade que dá riqueza à função deste modelo organizacional.
quais são os principais desafios de santa maria?
que o dia é feito de decisões, umas que são mais estruturantes, outras mais estruturais. Obviamente que temos objetivos, mensais, trimestrais, semestrais, anuais. Temos um conjunto de objetivos que são partilhados. Primamos pela gestão participativa, os nossos dirigentes intermédios participam nas dos investimentos ou das alterações. Aproveitando estes meses de verão, temos como objetivo trabalhar o novo modelo organizacional. Estamos a ultimar um projeto de regulamento interno muito moderno, com uma visão europeia. Aliás, inspira-se muito em dois ou três hospitais de referência da Europa e dois de referência nacional. Esse é um objetivo que poderá ser apontado como algo administrativo, mas
Carlos das Neves Martins |
o drama todo é que, se não tivermos uma organização, comprometemos o nosso desenvolvimento. As casas constroem-se pela fundação, se não tivermos boas fundações, o
mos com uma velocidade de cruzeiro e uma tranquilidade, em termos do nosso quotidiano, que nos permite parar algum tempo para nos dedicarmos à organização, àquilo a que se chama a regulamentação interna da casa, que será muito importante para o nosso crescimento e desenvolvimento sustentado.
de que forma a tecnologia está a ser incorporada para melHorar os serviços e a eficiência operacional do Hospital?
A tecnologia é extremamente importante. Por um lado, porque quanto melhor, mais atualizada e mais diferenciada for, melhor é o diagnóstico, melhor é a intervenção – nós temos equipamento de intervenção, não temos só de diagnóstico. Posso referir, a este respeito, que recentemente fechámos o processo de aquisição do nosso primeiro robô cirúrgico, que
que terá de ser instalado e haverá um processo de formação, um processo de organização, mas
robô de forma prática, ou seja, com os doentes a serem intervencionados com o nosso robô e termos equipas completamente treinadas em várias especialidades para essa utilização.
Todo o investimento que fazemos em tecnologia de ponta, em tecnologia diferenciada, em tecnologia que é ímpar no país, ou na Península Ibérica, ou mesmo na Europa, não tem a -
rio, a nossa lógica é que tudo aquilo que nós temos está o serviço do país. Aliás, 80% dos nossos doentes encontram-se fora da nossatal de resposta nacional e internacional. Pretendemos também encontrar ferramen-
nuem a crescer do ponto de vista do desenvolvimento técnico, e assim conseguirmos também vincular cada vez mais jovens proaos nossos dois hospitais – e conseguirmossionais, a estes hospitais.
A tecnologia deve estar sempre ao serviço do doente, deve estar integrada numa estratégia de diferenciação e formação dos nossos pro-
Carlos das Neves Martins | GRANDE
dados, e esses dados são essenciais para a gestão, para termos uma gestão cada vez mais decisões por antecipação e não por reação, e mesmo que por reação seja, que seja de horas ou de dias, e não reação de medo.
quais os projetos de inovação em que a uls está envolvida neste momento?
Em termos de estruturas, o maior investimento que temos neste momento em curso é a nova maternidade, que será a melhor e a maior do país, e isso deixa-nos orgulhosos, como é evidente.
Mas não me vou reduzir à questão dos grandes investimentos e dos muitos metros quadrados. Por vezes o detalhe faz a diferença. Estivemos ainda há pouco junto à nova base da VMER (Viatura Médica de Emergência e Reanimação), que é um edifício pequeno, mas foi importantíssimo, em termos de operacionalidade, esta nova localização, dentro da urgência, num edifício que está junto à saída do hospital, que permite, ao minuto, a saída das viaturas e que tem autonomia em termos funcionais, porque está destacado um espaço próprio das equipas da VMER. Foi extremamente importante para os nossos tripulantes de VMER, mas sobretudo muito importante para a sua operacionalidade. Dito de outra forma, nós privilegiamos muito o duplo bem-estar. Não há bem-estar dos nossos doen-
bem-estar, e o inverso também é verdadeiro. Temos feito algumas apostas, e esta da deslocalização e da autonomização da base da nossa VMER, que fez 20 anos – foi no dia do seu aniversário que foi inaugurada –, teve em
Voltando à questão dos projetos de inovação, dos projetos que têm a ver com o olharmos para o futuro e construirmos um futuro diferente, ele está a ser construído todos os dias, ou com grandes obras, como a maternidade, ou com obras tão pequenas em termos de metros quadrados, como é a base da VMER, ou outras obras que estamos neste momento a projetar e que irão arrancar ao longo da
de que forma é que o Hospital santa maria está a garantir a sustentabilidade financeira face aos desafios económicos do setor da saúde? Diria que aí temos boas notícias. Nesta área da gestão, leia-se Saúde, temos que
ter sempre ponderação, uma análise com alguma cautela, porque as coisas podem mudar de um dia para o outro – se há setor com dinâmica é o setor da Saúde. Nós traçámos uma estratégia, que está ases crescemos na atividade cirúrgica. Aliás, crescemos em todas as linhas de atividade na área hospitalar. Todos os meses temos estado a crescer, numa curva de crescimento que tem a ver com a curva de aprendizagem de estarmos em ambiente de ULS. Mas a curva de crescimento da área hospitalar, que é a mais relevante do ponto de vista de dimensão, tem sido uma curva de crescimento sustentável.
Do lado dos cuidados de saúde primários, dos centros de saúde, a curva não é bem uma curva, temos uma atividade meio , mas que tem a ver com um conjunto de situações, como o período de transição para a ULS ter sido mais longo e, quanto a capital humano, termos um conjunto de médicos que se reformaram. Só mais à frente é que poderemos ter alguns resultados de decisões que temos estado a tomar.
Na área hospitalar foi um bocadinho mais fácil, porque é uma máquina com uma capacidade diária de resposta que tem a sua dinâmica própria. O que teremos de fazer é obviamente encontrar a correção do rumo e encontrar novos rumos para que as coisas corram melhor do que no dia anterior. Nesse aspeto, temos, em síntese, do ponto de vista da atividade, um crescimento sustentado nestes últimos meses. Do ponto de vista do desempenhorar o EBITDA, estamos a melhorar o resultado líquido. Porque estamos a crescer sustentadamente entre os 20 e os 25% das receitas, e estamos a crescer na despesa a um ritmo entre os 14 e os 16%, ou seja, a nossa curva de crescimento da receita está acima da curva de crescimen-
em recursos humanos, em fármacos? Não cortámos rigorosamente nada, estamos a gestão. Discutimos economicamente o áreas do hospital. Discutimos no sentido de colocar números em cima da mesa e fazê-lo com os dirigentes intermédios da situação. E como é que podemos melhorar? Quais são os caminhos? Não esta-
“
ESTAMOS NESTE
mos a fechar camas, não estamos a fechar espaços, não estamos a não renovar contratos, não deixamos de contratar, não cortamos administrativamente nenhuma das áreas de despesa, temos feito uma gestão muito rigorosa ao dia, com avaliação semanal em conselho de administração, com indicadores partilhados com toda a instituição.
curar, nas entrevistas, sobretudo em algumas carreiras da instituição, mas também na área médica, fazer uma abordagem aos candidatos, para percecionar a área em que
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MUITO MAIS ALARGADO
EM TERMOS DE ABRANGER
TODAS AS CARREIRAS
PROFISSIONAIS,
quais são os indicadores-cHave de desempenHo utilizados para monitorizar e melHorar a qualidade? Essa é outra das partes aliciantes da gestão da saúde. É que a bateria de indicadores é muito grande. Em regra, olho para 20/25 indicadores de atividade, mas eles são muito mais, e partilhamos com a instituição uma bateria de seis indicadores, sendo que qualquer dirigente da instituição tem acesso aos indicadores completos. O RADEF (Relatório Analítico de Desempenho Económico-Financeiro) é um documento que enviamos
e os nossos dirigentes intermédios, nos vários níveis, têm acesso ao desempenho da casa, a todos os indicadores.Têm depois um mais sucinto, mas que tem a ver com as suas áreas de atividade. Nós, enquanto conselho, o que partilhamos com a instituição e publicamente são indicadores-chave, para que qualquer cidadão possa olhar para aquilo a que chamamos in-
está. Tem sempre o comparador com o período homólogo e, portanto, é possível perceber se este ano estamos melhor ou pior do que no ano passado, nos indicadores queplexos, são uma bateria grande, que temos agrupados por grandes áreas. E é por aí que costumamos analisar, sendo que mergulhamos depois para ver como é que se chegou àquele número, ou seja, quais são as várias colunas e corrigi-las.
qual é a abordagem do Hospital para recrutar, desenvolver e reter talentos na área da saúde?
Estamos a introduzir um conjunto de mudanças na área do capital humano, desde logo vamos ter um departamento de pessoas e bem-estar. Regra geral, é um serviço de recursos humanos, que terá naturalmente uma direção de recursos humanos, mas vamos introduzir, e isso é inovador, uma unidade de recrutamento constituída
em alguns serviços, a opção era colocar os selecionados nos sítios de maior pressão, o que podia não resultar. A unidade de recrutamento vai permitir que as bolsas detamento tenham uma informação sobre o nossa instituição de uma forma mais dirigi-
Por outro lado, recriámos o nosso plano de formação. Estamos neste momento com um plano muito mais alargado em termos de abranger todas as carreirasjunto de questões inovadoras naquilo que é a dinâmica da saúde. Vamos ter um regulamento para bolsas de pós-graduações, mestrados, doutoramentos, ou seja, vamos apoiar o nosso capital humano, obviamente, com limitações. É um processo que também terá a sua curva de aprendiuma forma mais modesta, mas queremos ir alargando, todos os anos, o para essa área. E assim podemos demonstrar ao nosso capital humano que, face à opção por Santa Maria ou para quem já esteja na Unidade Local de Saúde de Santa Maria, tem do lado da administração um apoio para o seu desenvolvimento, não só
plano doutoral, em que estamos a estimular inclusivamente os nossos médicos internos a começarem a fazer o doutoramento mais cedo e a terem essa opção. Estamos a desenhar um conjunto de ações de formação na área das tecnologias de informação, naquilo que se chama a revolução tecnológica com base na inteligência àqueles que estão no mercado de trabalho e àqueles que estão já connosco, que a Unidade Local de Saúde de Santa Maria tem um conjunto de oportunidades muito grande, na prestação de cuidados, na investigação, nos ensaios clínicos, na área da educação, na área da formação. Portanto, somos muito complexos e temos uma oferta a cem por cento.
em que medida o Hospital de santa maria colabora com instituições de saúde internacionais e participa em redes de cooperação global? Temos aí dois níveis, um em que de facto somos das instituições a nível nacional com maior número de centros de referência, nacionais e da rede europeia, portanto, do ponto de vista médico-
participação muitíssimo ativa. No outro lado da equação, mais na prestação de cuidados, temos um conjunto de protocolos, de memorandos de entendimento, e temos relações de cooperação. Ainda recentemente esteve cá um fantástico cirurgião inglês a transmitir a sua técnica, e continuará a vir cá. Também temos o inverso, temos eminentes cirurgiões que vão lá fora ensinar a sua técnica cirúrgica e treinar equipas. É uma cooperação mais discreta, sem grande destaque na comunicação social, mas é extremamente importante para a formação dos jovenscém-especialistas para fazerem períodos de , de seis meses, três meses.
peração institucional.
concorda e apoia as medidas apresentadas pelo governo no que à saúde diz respeito?
Obviamente que sim, e não o digo pela circunstância de estar como presidente de uma ULS, digo-o por convicção. Estou há muitos anos no setor da Saúde. A saúde tem que ter uma leitura e um consenso transversal. Se olharmos bem, obviamente que há muitas matérias que o Governo da AD decidiu, e bem, colocar como questões estratégicas, como prioridades. Mas dentro das estratégicas e das prioridades, também há questões que vêm obviamente do passado. Aliás, o estranho é se assim não fosse, e há questões que são cooptadas dos programas de outros partidos. Eu diria que isso é perfeitamente que estive 25 anos na política ativa e já tenho um vasto conjunto de experiências que me permitem dizer com tranquilidade qual é o problema e qual é a dúvida. O estranho seria que aparecesse um governo que não desse continuidade àquilo que são as boas políticas e as boas medi-
das, que nem olhasse para as que constam em programas de outros partidos.
O que está aqui em causa não é apenas servir, é servir o país e servir os portugueses, pelo que diria que todas as boas ideias são
matriz diferente. Não podemos esquecer que tivemos governos de centro-esquerda e até, num determinado momento, muito à esquerda, com uma visão muito estatizante daquilo que é o SNS. E temos agora um governo mais liberal, mais de centro-direita.
então que serviço nacional de saúde temos Hoje?
Temos um SNS que se está a refundar. Passou por um período extremamente difícil,
não se fala nisso, o que é uma enorme in-
enorme ingratidão para as instituições. A pe-
pegada da doença, é a pegada de um momento muito particular da vida das instituições do país, em que foram tomadas medidas de exceção, mas também houve um conjunto de decisões que tiveram que acontecer por razões de saúde pública. E a normalidade não volta de um dia para o outro, isto é, não se carrega no botão e diz-se: “acabou, vamos
a um país e a segurança aos seus cidadãos é um sistema nacional de saúde onde existe o setor privado, o setor social e o setor público. Mas qual é o país do mundo desenvolvido que não tem três pilares dentro do seu setor de saúde – público, privado e social? Não conheço nenhum. O que me causa por vezes alguma preocupação é ver o sistema nacional de saúde ser arrastado para o combate político de forma tática e não de forma construtiva.
de saúde e as instituições do Serviço Nacional de Saúde respondem com trabalho todos os dias. Essa é a maior garantia que podemos dar aos portugueses.
na sua opinião, e aproveitando a sua afirmação sobre os excelentes médicos que temos, como é que é possível reter esses bons médicos em portugal?
Não é difícil reter os bons médicos em Porde saúde encontram no SNS a sua realização completa. Ou seja, é o Serviço Nacional de Saúde que tem mais inovação. Por exemplo, quem é que neste país tem inovação na área da terapêutica? Quem é que tem a inovação de ponta em termos de fármacos, em termos de dispositivos médicos? Quem? O Serviço Nacional de Saúde.
algumas questões que nunca tinham sido discutidas passassem a fazer parte das agendas, internas e externas. O SNS que temos hoje é um serviço nacional de saúde que, ao contrário do que às vezes muita gente diz – que está caótico, está doente –, não está caótico, não está doente. Não podemos confundir a
Nesta instituição, por exemplo, fazemos diariamente milagres. Temos diariamente técnicas, intervenções cirúrgicas, que são verda-
plantação de uma mão. Não é o milagre que acontece, mas é uma intervenção que não é habitual fazer e que nós fazemos. No nosso Serviço Nacional de Saúde, temos as técni-
qualquer outro hospital do mundo que não aqui, em Portugal, porque ombreiam com os melhores da Europa e do mundo e são reconhecidos. E o que dá a qualidade de vida
No caso que está muito mediatizado, em que nós próprios estamos envolvidos (e não vou comentar essa parte da história), quantos são os hospitais privados em Portugal que que isso é uma coisa exclusiva das autorizações de utilização especial, como há uns anos atrás era exclusivo do Serviço Nacional de Saúde formar médicos (só vi internos no SNS). O Serviço Nacional de Saúde não é insubstituível, não é incontornável, só porque é público. Ele é incontornável e insubstituível porque faz parte do ADN do país e é ele que garante ao país a qualidade de vida das populações e a vida. Dá e devolve a vida a muitas pessoas.
cional de Saúde a resposta à sua ambição e aos seus sonhos. Obviamente, encontrarão um conforto de ordem mais material, no setor público. No setor público, a maioremunerada. Podemos chegar aí também. Mas o setor público do Serviço Nacional de Saúde encerra um conjunto de oportunidades: investigação, ensaios clínicos, produção
adicional, prevenções que são necessárias para garantir que há resposta em 30/45 minutos, a equipa poder ser reforçada. No
tão maus. Há uma parte da instituição que, de facto, tem remunerações que poderiam ser melhoradas. E não estou a falar de remunerações de base, estou a falar naquilo -
ponível para a sua vida pessoal e familiar. Em relação à questão de ir para fora, sim, ésignadamente médicos e enfermeiros, têm uma remuneração melhor no exterior. Mas vamos olhar primeiro para o salário mínimo em Portugal e para o salário mínimo nacional nesses países. É que, depois, também aí se confunde um bocadinho a árvore com
intelectualmente a discussão não é séria.
em que o salário mínimo não chega aos mil euros, e depois temos outro país em que o salário mínimo começa nos 2350 ou nos 2 mil, é óbvio que, aqui, um vencimento terá que ser o dobro, comparado com o nosso país. Por outro lado, ainda, estamos a falar de -
dos, mas fazem só aquela atividade. Não há
atividade paralela. Não há, digamos, um horário para cumprir em função das necessidades do serviço. Naturalmente, fruto desta organização do trabalho e da exclusividade de funções, permite que as administrações e os responsáveis políticos consigam ter de saúde diferentes das nossas.
Mas lá fora também há prevenções, e as prevenções não são facultativas, são obrigatórias em muitos países. Não estou asional tem uma grelha da sua semana e das semanas daquele mês, e sabe exatamente quando tem prestação de cuidados em regime de horário normal, quando tem que fazer urgência naquele dia, naquele período, quando tem que estar de prevenção. Isso conta para a entidade empregadora, a remunerar adicionalmente, mas não é pago
Nós não temos essa capacidade competitiva no Serviço Nacional de Saúde, nem, quiçá, no sistema nacional de saúde. Eu acho que, em termos médios, os vencimentos no sistema nacional de saúde, público, privado e social, é inferior à nossa vizinha Espanha. Mas não podemos ir por aí, porque temos que começar pela
base da discussão que é: qual é o vencimento? Qual o salário mínimo nacional desses países? Qual é o salário médio desses países? E para depois podermos ter uma discussão sobre fatores de competitividade, além de outra coisa, qual é o custo de vida nesses países, sendo que depois ganhamos claramente em termos de segurança, de clima, de gastronomia?
Aí temos um conjunto de fatores não são
ou seja, na conta bancária, mas também são importantes. Isso também faz regres -
que marca quer deixar nesta unidade local de saúde?
Um dia, quererei ser recordado como alguém que passou por esta casa, que se dedicou a ela de corpo e alma, de forma genuína, de forma afetiva também, e que deu o melhor que sabia e o melhor que podia de si próprio, muitas vezes em detrimento dos tempos para a família. Mas isso faz parte, ou seja, não comporta nenhum objetivo especial. Teoricamente, e digo isto a sorrir, estou a correr o risco de ser o presidente que mais anos ocupou a presidência do hospital de Santa Maria nos diversos contextos: hospital, centro hospitalar, agora ULS. Para já, até ver, sou o único que ocupou a presidência duas vezes, pelo menos nos tempos pós-25 de Abril. Em termos de marca, a única que quero
Quero que a minha família tenha orgulho a fazer, e que um dia seja recordado como alguém que passou, entrou e deixou sempre a instituição um bocadinho diferente para melhor, com uma equipa. Não é uma marca pessoal, é um trabalho de equipa,ministração, depois, de toda a equipa de Administração, de mim próprio e,
tem a responsabilidade maior, mas todos somos importantes, desde o segurança que está ali à porta até ao presidente dotributo a dar, cada um na sua escala de responsabilidade, cada um no seu grau de trabalho de equipa que dá resultados.
O corpo humano é extraordinário
Realizamos milhares de milhões de feitos num só batimento cardíaco, somos exemplos espantosos da tecnologia da natureza.
Mas também somos humanos.
Enfraquecemos. Falhamos.
E quando isto acontece, os nossos extraordinários corpos exigem soluções extraordinárias que transformam a vida.
Lideramos a tecnologia médica global, resolvendo com audácia os problemas
que a humanidade enfrenta atualmente.
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A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
Temos tido vários paradigmas tecvem ( cloud a plataforma de mais rápido crescimento tem a capacidade de dialogar sobre os -
tantes em vários domínios: sistemas de -
human sense.
“ O DESAFIO QUE SE PÕE AOS PROFISSIONAIS ALTAMENTE QUALIFICADOS É O DE SE
REINVENTAREM, ABANDONANDO TAREFAS QUE SERÃO AUTOMATIZADAS, CONCENTRANDO-SE EM TAREFAS MAIS COMPLEXAS ”
Engenheiro e Economista
AVANÇO CIENTÍFICO
transformaram-se no dia a dia das nossas
“COMO COLOCAR AS PESSOAS EM PRIMEIRO LUGAR EM TERMOS ORGANIZACIONAIS É UM IMPERATIVO, E COMO FAZÊ-LO DETERMINA A BUSCA DE NOVOS MODELOS QUE IMPLICAM PROFUNDAS TRANSFORMAÇÕES”
Maria de Belém Roseira
Jurista
COESÃO E PROPÓSITO
Eprovavelmente retomado a minha ativida-
dossiers
bra em dossiers
e precisa avivar todos os dias o propósito
“A COESÃO INTERNA DA UNIÃO VAI DEPENDER
DA SUA CAPACIDADE DE SER RELEVANTE ENQUANTO PARCERIA MULTILATERAL, E NÃO
SE DEIXAR ESMAGAR ENTRE BLOCOS NEM
CAPTURAR POR NENHUM DELES”
CORAGEM NA SAÚDE
consigam envolver todos os intervenientes
coragem para parar os processos de com-
cisam de compromissos e de coragem do
“ A CORAGEM NÃO SE COMPRA, NÃO É UMA FORÇA FÍSICA, É ALGO QUE É COMUM AOS QUE
TENTAM MUDAR O RUMO E DERRUBAR MUROS DE PRECONCEITOS E MEDOS”
PRESUNÇÕES
Tmedia recor-
“Ele conseguiu porque alguém meteu uma cunha por ele.”
disseram na TV e eu até ouvi uns senhores, os que souberam descobrir as maroscas, a explicar tudo direitinho.”
“A mim não me enganam mais. Malandros dos políticos. É tudo amigos e compadrio.”
“Houve falcatrua, foi assim porque
“ VIVEMOS NUM MEIO EM QUE OS MEDIA RECORREM MAIS A IMPRESSÕES E ESPECULAÇÕES DO QUE À SIMPLES E HONESTA TRANSMISSÃO DE FACTOS DOCUMENTADOS ”
NÃO É POSSÍVEL DAR TUDO A TODOS
por António Saraiva Presidente da SPAL
Se, de facto, existem muitos grupos sociais com legítimas queixas, nomeadamente
Em março, escrevi neste espaço que o enquadramento externo hostil em que vivemos torna ainda mais necessária uma política económica que contraponha a uma conjuntura adversa um enquadramento interno mais favorável ao crescimento.no, neste domínio, é o de conciliar políticas públicas mais favoráveis ao aumento da
produtividade com a sustentabilidade das
constatamos precisamente o reconhecimento expresso de que a manutenção de equilíbrio orçamental tem de estar baseada numa economia com maior produtividade e competitividade, geradora de mais crescimento económico, o que permitirá susten-
tar uma forte ambição na redução da carga
Constatamos também o reconhecimento de que a melhoria dos serviços públicos e o equilíbrio orçamental pressupõem uma
De facto, são estas as duas vias para, simultaneamente, prestar serviços públicos de maior qualidade e reduzir a dívida que deixamos às
próximas gerações, sem continuar a sufocar cidadãos e empresas com um peso sempre crescente dos impostos na economia.
e conomia mais produti Va -
nomia mais produtiva, capaz de gerar e distribuir mais rendimentos – salários e lucros –que proporcionarão, por sua vez, mais receita precisamos de um enquadramento mais favorável ao investimento, desde logo no domínio -
Precisamos de libertar as empresas do excesso de custos de contexto que absorvem muito do seu tempo e dos seus recursos.
recursos. Todos teremos exemplos a dar de estruturas que não servem o propósito com que foram criadas, de tempo e trabalho desperdiçado em atividades de utilidade duvido-
como seria possível poupar ou utilizar melhor o dinheiro público.
certamente, nem simples nem fácil. A este res--nos que o excedente orçamental de 2023 não deve criar falsas ilusões de prosperidade nem alimentar a ideia de que todos os problemas podem ser imediatamente solucionados.
f alsas ilusões
Se falsas ilusões houvesse, os resultados da execução orçamental do primeiro trimestre depressa as teriam desmentido. Ora é precisamente este o ponto que quero aqui realçar: se, de facto, existem muitos grupos sociais com legítimas queixas, nomeadamente
mas não só, temos de reconhecer que não é possível dar tudo a todos, de imediato, e satisfazer todas as reivindicações corporativas
Haverá, certamente, inúmeros problemas e injustiças a resolver, mas todos nos lembramos
do resultado de políticas irresponsáveis que, sob louváveis propósitos, nos conduziram a uma situação de quase rutura das contas pú-
consequências de pôr, depois, toda a prioridade na chamada consolidação orçamental.
V encer as dificuldades
Defendi, neste espaço, a necessidade de instabilidade e incerteza que enfraqueçam, tanto no plano interno como no plano externo, a nossa capacidade de ação para
políticos, cabe também aos parceiros sociais e a todas as organizações que formam a Sociedade Civil, na sua diversidade, e que interagem entre si e com o poder político.
ção em diversas frentes, cabe agora uma difícil missão, apresentando resultados e sabendo gerir as expectativas que criou sem, no entanto, as defraudar.
AVÓS NUMA SOCIEDADE MODERNA
por Carlos Carreiras
Presidente da Câmara Municipal de Cascais
Temas como o envelhecimento da população mundial e a queda abrupta da taxa de natalidade são abordados diariamente e já considerados um problema da sociedade dos nossos dias. Consciente da situação e enquanto representante de uma autarquia decidi lançar em Cascais a Licença de “Avosidade”.
“S
e os 40 anos são a idade velha da juventude, então os 50 são a juventude da idade velha”, escreveu Vitor Hugo para a posteridade. Não poderia concordar mais. Vive-se cada vez mais anos e viver mais implica vi-de de vida, com plenitude e dignidade. Cabe-nos a nós, políticos e sociedade civil,
construir o seu projeto de felicidade.
estudo feito em parceria com o ISCTE, Estudo do Envelhecimento no Concelho de Cascais, Estratégia e Plano sobre o Envelhecimento: Velhice e Políticas Sociais do Município, decidimos implementar a impacto do aumento da longevidade na notória transformação das estruturas familiares.
lidero resume-se a duas frases simples: fazer deste concelho um território amigo dos cidadãos; um território onde cada um dos elementos da sociedade possa
avós participarem ativamente no cuidado e educação dos seus netos.
M edida inédita -
passo à frente nas políticas de conciliação
inédita em Portugal, a Licença de “Avo -
período de um mês para se dedicar ao cuidado do primeiro neto, até aos três anos da criança.
promoção da natalidade contra o invernomentada em meio mês a partir do segundo neto, inclusive. Além disso, os avós podem ainda solicitar uma redução de 0,025-remos todas as empresas e entidades deportivo do concelho a aderirem à medida, IMI sobre as suas instalações.
de criar um ambiente de trabalho susten -
de idade e responsabilidades familiares. Queremos estar na vanguarda das boas
trabalho e família promovendo o bem-estar, coesão, solidariedade familiar e re -
é a família.
dos mais invejados e generosos estados sociais europeus. País considerado muito avançado, conhecido por ter uma das
lhança da de Cascais, permite aos avós tirarem uma licença paga para tomar conta
te lei de maternidade e paternidade. Na parental e a dos avós.
S olidariedade entre geraçõe S
a solidariedade entre gerações é uma es-
um papel cada vez mais crucial na prestação de cuidados. Mais ainda num momento
avós no mercado de trabalho. Esta é a nossa nova realidade socioeconómica, marcada pela pressão económica, famílias é crítico.
empresas privadas a olharem para esta nova licença como um avanço, como uma -
papel ativo no cuidado dos netos, não só estaremos a apoiar as famílias como também a fortalecer a coesão social. Espero, desta forma, inspirar outras regiões a adotarem medidas semelhantes, estrutura familiar moderna.
PORTUGAL TEM 440 BANDEIRAS AZUIS EM 2024
por Carlos Martins Engenheiro Especialista em Engenharia Sanitária
Um trabalho articulado entre municípios e as entidades gestoras regionais responsáveis pela gestão dos sistemas de saneamento permitiu nos últimos 30 anos uma trajetória de sucesso na gestão das águas residuais, assegurando a drenagem e o adequado tratamento.
OTrês praias da Linha na lista negra têm má qualidade, segundo os últimos resultados do Instituto da Água…
Banhistas indignados – ‘Não entrei na praia porque com este aspecto nem me atrevo’, diz Valdemar Alcobia, apontando para uma mancha no areal… Correio da Linha Praias da Linha em má situação
A CapitalGuincho abre bandeira azul.
mo dia 17 de Junho e a praia do Guincho será a primeira, entre as 139 praias contempladas, a receber a bandeira azul. Na lista para 2000, constam ainda as praias das Moitas, Tamariz, São Pedro do Estoril e Crismina…
o exemplo De pessegueiro
praias galarDoaDas
site
A escolha desta praia para acolher uma das ceri-
‘Praia de Ouro 2024’ teve em consideração o trabalho desenvolvido pela Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra, na área do ambiente, e pela Águas do Vale do Tejo (empresa do Grupo Águas de Portugal), entidade responsável pelo tratamento de águas residuais, fundamental para restituir ao meio hídrico água com a qualidade necessária à manutenção dos ecossistemas.”
Descobrir praias fluviais
SEM CUSTOS DE PRODUÇÃO ACESSÍVEIS
por Engenheiro, Bastonário da Ordem dos Engenheiros
2004-2010
O atual Governo considerou a crise da habitação como urgência nacional e apresentou a Nova Estratégia para a Habitação, com seis prioridades: (i) incentivar a oferta com redução de custos; (ii) Promover a habitação pública; (v) Fomentar a habitação jovem e (vi) Assegurar a acessibilidade na habitação.
Revejo-me na estratégia apresentada e espero que as medidas que vierem a ser aprovadas vão ao encontro das soluções. A atual crise é complexa, pois foi sentida nos últimos 4/5 anos por quem necessita de uma casa, mas começou em 2008 com a crise do setor imobiliário. Até 2019 poucos se mostraram preocupados com o que se passou, a não ser os promotores/construtores que faliram, os desempregados do setor e os bancos que tiveram que reconhecer milhares de milhões de euros de imparidades para responder às imposições do regulador. Entre 2011 e 2016 havia milhares de lotes de terrenos e habitações à venda a preços muito abaixo do seu custo, mas não havia compradores. Quando a crise chegou aos compradores, como era previsível, depois das falências, os “especialistas” e comentadores inventados na hora surgiram com inúmeras soluções, mas que não resultam, porque não respondem às atuais condicionantes para produzir habitação a preços acessíveis. Dos dados estatísticos recentes destacamos: (i) no 1.º trimestre de 2024 o valor
das rendas dos 25.742 novos contratos de arrendamento aumentou 10,5%; (ii) o licenciamento de obras novas de habitação no 4.º trimestre de 2023 reduziu 15,4% e no 1.º trimestre de 2024 agravou para 20,3% relativamente ao período homólogo de 2022; (iii) o número de habitações vendidas no 1.º trimestre de 2024 reduziu 4,1% face ao período homólogo e (iv) segundo dados recentes da OCDE o mercado de habitação em Portugal está cada vez mais distante do poder de compra dos portugueses. Em 10 anos o esforço para aceder a uma habitação aumentou 50%. É o maior agravamento dos países da UE e está a agravar-se a diferença entre o preço da habitação e os salários.
D ificul Da D e D e acesso
A redução da oferta e o aumento dos preços eram previsíveis, conforme manifestei em diversos artigos, e só quem não conhecesse as causas da crise poderia acreditar no Programa Mais Habitação. Já as recentes conclusões da OCDE quanto à crescente dificuldade das famílias portuguesas deixam-me surpreendido.
Então os especialistas da OCDE, a que poderia adicionar os da UE, do BCE e de tantos outros nacionais, não perceberam ainda a razão pela qual os portugueses não conseguem ter acesso à habitação?
São várias as causas, mas há duas determinantes: (1) o custo direto para produzir uma habitação para o segmento médio e social, sem margem de lucro, aumentou entre 2,5 a 3 vezes relativamente aos custos anteriores a 2005 e (2) a capacidade produtiva reduziu para menos de metade, consequência da destruição do setor.
Desde 2005 que se regista um crescente aumento de exigências legislativas e regulamentares para produzir habitação, que passou a ser tratada como um bem de luxo enquanto para os bancos os imóveis passaram a partir de 2011 a ativos tóxicos. O IVA que era de 17% até 2005 passou para 23%.
c ustos eleva D os Maiores exigências e dificuldades de licenciamento implicam mais custos. Agora
surgiu outro negócio, a descontaminação dos solos, com custos elevados, a par das crescentes exigências da eficiência energética, comparável aos modelos dos países nórdicos. Não há limites e as exigências não param, pois as diretivas europeias continuam a impor regras que implicam mais custos. O facto de a habitação ser um direito constitucional deveria obrigar os decisores europeus e nacionais a ponderar entre -
ceira das famílias para os suportar, em vez de satisfazerem os interesses instalados, mesmo que disfarçados de interesse público e do argumento da sustentabilidade. Essas exigências não são sustentáveis para os orçamentos familiares e a sustentabilidade exige a ponderação entre três pilares, o social, o económico e o ambiental. É tempo de confrontar os políticos e os fundamentalistas com a realidade. Com os atuais custos diretos exigidos para urbanizar um terreno, construir um edifício ou reabilitar um existente, não é possível ter preços de venda acessíveis e os imóveis existentes ajustam o valor ao mercado.
R efo R mula R a legislação
Por isso entendo que é urgente reformular a legislação existente criando três níveis de regulamentos, com os atuais a corresponder às exigências para produzir habitação para o segmento alto e luxo. Os dois níveis de menor exigência, com menores custos, permitiriam ajustar os preços para as famílias de rendimentos médios e para a oferta pública de habitação. Afinal é o que sucede em todo o tipo de produtos, desde os automóveis até aos eletrodomésticos.
Mas por que razão a preocupação com a redução dos custos nunca esteve presente no legislador, que transformou a produção de habitação num bem de luxo, com dicom as de outros bens essenciais?
A resposta é simples, a produção de habitação suportava todos os custos, visíveis e ocultos, porque se dividia o preço de venda por 360 prestações (30 anos) para amortização do empréstimo. Se não fosse suficiente, aumentavam para 420,
a que acresceu a redução do encargo através da bonificação dos juros dos empréstimos à custa dos impostos de todos. Desta forma e mesmo quando os custos de produção eram muito inferiores aos atuais, o valor da prestação mensal ajustava ao rendimento das famílias.
A agravar o problema, a UE, o BCE e o FMI, ao imporem o programa da troika como contrapartida pela ajuda financeira a Portugal, destruíram a indústria da construção e arrastaram para o desemprego cerca de 300 mil trabalhadores da construção civil, a maior parte dos quais já não voltou ao trabalho.
Sem a anterior capacidade produtiva e com custos mais elevados não é possível repetir o milagre do passado, pois o rendimento das famílias ficou muito atrás.
Se fosse um bem móvel, o lóbi europeu do import/export resolvia o problema importando da Ásia, mesmo com regras de produção não aceitáveis na UE. Mas os edifícios são bens imóveis. É um pequeno detalhe que faz toda a diferença perante as políticas que dificultam a produção na UE, dadas as exigências, mas permitem importações sem o cumprimento das mesmas regras.
É tempo de se assumir que chegou ao fim o modelo que permitiu a 74% dos portugueses habitarem em casa própria e encarar as políticas com as soluções adequadas ao contexto em que vivemos.
ESG
m Portugal, a sigla ESG poderia ser traduzida como “Ambiente, Social e Governação”, não fora a “moda” das terminologias anglo-saxónicas serem normalmente utilizadas com a designação de origem. No fundo, as práticas ESG espelham preocupações com novas posturas e objetivos que decorrem dos objetivos estratégicos da Agenda 2030 (que não vai poder ser cumprida dentro dos ambiciosos prazos aprovados) e dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) que lhe estão associados, e
constituem critérios para a avaliação do desempenho das empresas e instituições em matéria de atuação responsável com práticas sustentáveis. Desta forma, as práticas ambientais, sociais e de governação das empresas passaram a ser auditáveis por força de imposições políticas e sociais, sendo que a existência de informação monitorizável veio facilitar a tarefa. Por outro lado, é a forma de garantir o empenho empresarial nos objetivos de desenvolvimento sustentável das Nações Unidas, enquanto por
geradores de riqueza e detentores de capital humano, inovação e tecnologia. A adoção de práticas ESG constitui, assim, uma forma de aproximar e envolver as empresas e as organizações no respeito de determinados princípios que devem nortear as suas atividades e os negócios, e que basicamente estão ligados a preocupações de natureza ambiental e ao estabelecimento de uma nova economia assente em atitudes mais justas e inclusivas e preocupada com a crise climática.
No fundo, os fatores ESG permitem medir o grau de compromisso das organizações com os ODS mediante o estabelecimento de indicadores ambientais, sociais e de governação corporativa, ou seja, a avaliação do desempenho das empresas e instituições em matéria de sustentabilidade, também no quadro europeu das finanças sustentáveis.
As empresas ficam sujeitas a reportes não financeiros e financeiros, onde o seu grau de engajamento com as práticas ESG atinge destaque e torna-se indispensável para o sucesso do negócio, para a aceitação do mercado e para a valorização da empresa.
C omponentes es G
Em termos de reporte não financeiro, nas três componentes ESG, as empresas deverão ter em conta: e - atividades relacionadas com políticas ambientais, sistemas de gestão ambiental, programas ambientais e de formação e sensibilização ambiental focados na proteção do planeta e dos riscos climáticos, tais como a gestão de resíduos, reutilização de matérias-primas (eficiência mate -
rial), ou a sua substituição por materiais menos lesivos do ambiente, medidas de eficiência energética e de eficiência hídrica, aposta numa economia circular, redução de emissões de gases com efeito de estufa (GEE) e preservação da biodiversidade, entre outras.
s - políticas de contratação e de direitos humanos, combate à discriminação de qualquer natureza, igualdade salarial, sistemas de saúde e segurança no trabalho e bem-estar, medidas para aumentar a diversidade e inclusão da força de trabalho, igualdade de género, qualificação de trabalhadores, medidas de conciliação entre a vida pessoal e profissional, ligação à comunidade, redes e parcerias locais, etc.
G - os gestores terão de garantir práticas que garantam a salvaguarda de valores éticos, de transparência, de conformidade legal, de combate à corrupção, de políticas salariais justas e adequadas, de diversidade de género na gestão, de políticas de compras responsáveis, de existência de códigos para fornecedores e para as cadeias de abastecimento, etc., onde alvita a importância interna dos códigos de ética e de conduta.
G estão responsável
Sucintamente, a avaliação de uma empresa já não se resume aos resultados económicos dos exercícios anuais e ao balanço, pois deixaram de ser dissociáveis da forma como foram obtidos, nomeadamente em termos de gestão responsável e dos contributos do negócio para objetivos globais ambientais e sociais, o que conduziu a uma nova forma de calcular o valor da empresa e que também consubstancia um modelo de desenvolvimento económico baseado na sustentabilidade em lato sensu.
A atomização do quadro empresarial nacional, onde proliferam as pequenas e médias empresas, não facilita a adoção e internalização das práticas ESG, pois muitas delas não têm capacidade para lidar com um quadro regulamentar algo complexo, pelo que as associações empresariais setoriais podem ter um papel de relevo, incentivando a introdução do processo e assegurando alguma formação e partilha de informação por parte das empresas que estarão mais avançadas.
Outra questão importante, uma vez que cada organização é um caso, é a necessidade de identificar e colocar o foco nos temas que mais diretamente impactam na imagem, nas pessoas e no ambiente, priorizando os mais relevantes.
A existência de dois aspetos fulcrais para o negócio e que hoje também têm novas exigências, a imagem e o acesso a financiamentos bancários, veio colocar alguma pressão. Na verdade um mau desempenho empresarial nas vertentes ambientais, sociais e na governação, afasta os clientes e inquina o mercado, sendo que num quadro de alienação do negócio existem princípios que norteiam os investidores e que os levam a rejeitar a aquisição de empresas que não têm boa imagem e práticas adequadas. Quanto ao segundo aspeto, a banca comercial está muito atenta à informação de fatores de sustentabilidade empresarial e, quan-
te credível, pode rejeitar o crédito solicitado pricing da operação. Nos mercados existem competições em
SAÚDE E ELEIÇÕES
por Luís Pisco
O primeiro-ministro Rishi Sunak convocou eleições gerais antecipadas no Reino Unido para o dia 4 de julho. À semelhança do que tinha acontecido recentemente em Portugal, aumentou o já de si habitual enorme interesse pela Saúde, sobretudo o desempenho da prestação pública, e a expectativa sobre o que fará o próximo governo.
Asaúde do Reino Unido está desgastada, o NHS está em crise e as pessoas desesperam para obter os cuidados de que precisam. Então, o que deve fazer o próximo governo? Várias organizações partilham nesta ocasião os seus pontos de vista e a sua análise sobre a saúde e a segurança social para estas eleições gerais de 2024.
The Health Foundation é uma organização independente e não lucrativa que trabalha para construir um Reino Unido mais saudável e que divulga investigação e análise política da maior qualidade, sempre basea-poníveis a nível internacional, e que procura lançar luz sobre como fazer mudanças bem-sucedidas acontecerem. Com este objetivo disponibiliza no seu sírespostas que considera as mais relevantes a serem analisadas e resolvidas pelo próximo governo, independentemente de quem ganhe as eleições.Três questões são prioritárias.
D e quanto financiamento precisa o n H s para a próxima D éca Da ?
O próximo governo vai herdar um serviço de saúde no meio de um dos períodos
Presidente do Conselho Diretivo da ARSLVT até agosto de 2023
ros quase recorde de pessoas à espera de tratamento hospitalar, pessoas a lutar para ver o seu médico de família e satisfação pública com o NHS em mínimos históricos. Nas próximas duas décadas, as pressões sobre a despesa da saúde vão aumentar mais
co. Isto é ainda mais verdadeiro quando onanciamento de outros serviços públicos e os níveis de tributação necessários.
c omo po D e o próximo governo mel H orar a saú D e Da força D e trabal H o e impulsionar o crescimento ?
A saúde da população em idade ativa está a deteriorar-se, sobrecarregando cada vez mais os cidadãos, o NHS e outros serviços públicos, bem como a economia do Reino Unido. Um número recorde de pessoas está fora do mercado de trabalho devido a problemas de saúde e cada vez mais pessoas a trabalhar relatam condições de saúde que limitam o seu trabalho.
O novo governo terá de criar as condições para um mercado de trabalho saudável a longo prazo. É necessária uma meta ousada e ambiciosa para melhorar a saúde do país na próxima década e além disso, apoiada por uma estratégia intergovernamental para impulsionar a ação governativa necessária. Melhorar a saúde e reduzir as desigualdades requer uma abordagem abrangente que vai muito além do alcance do Departamento de Saúde e Assistência Social. A maioria – se não todos – dos departamentos governamentais tem um papel a desempenhar na construção de uma nação saudável.
c omo po D e o próximo governo levar a prevenção Da retórica à reali Da D e ?
A saúde do país está a desgastar-se, colocando um fardo crescente nos serviços públicos e limitando a prosperidade futura. Muitos destes problemas de saúde poderiam ser evitados.
Um novo governo deve estabelecer uma meta para melhorar a saúde do país e isso precisa ser um dos fatores-chave da política governamental na próxima déca -
da. Para conseguir isso, o governo precisa adotar uma abordagem orientada para a prevenção e paralelamente vai precisar de implementar políticas baseadas em evidências para prevenir o aparecimento precoce de problemas de saúde e retardar o progresso das condições diagnosticadas. O Governo deve colmatar lacunas críticas nos alicerces da saúde, em especial nas zonas mais desfavorecidas do Reino Unido, sendo necessárias medidas urgentes para combater a pobreza, aumentar o financiamento local e alterar a forma como os recursos são atribuídos para garantir que mais investimento é direcionado para as áreas mais carenciadas, orientar os serviços para a prevenção, aumentando a parte do financiamento destinada aos cuidados primários e preventivos e adotando uma abordagem a longo prazo para o investimento na prevenção.
D esigual Da D es
Uma boa saúde é o nosso bem mais precioso, permitindo que as pessoas atinjam o seu potencial, alimentando a economia e ajudando a construir uma sociedade mais forte. Mas a saúde do Reino Unido está a desgastar-se. A melhoria da esperança de vida estagnou; há mais pessoas a viver com problemas de saúde evitáveis durante períodos mais longos das suas vidas e um número recorde de pessoas não consegue aceder aos cuidados de que necessita. Existem e estão a aumentar profundas desigualdades em matéria de saúde, com as pessoas de zonas mais desfavorecidas a viverem durante mais tempo com problemas de saúde e a morrerem mais cedo do que as que vivem em zonas menos desfavorecidas.
Muitas promessas foram feitas no passado, de melhorar a saúde e reduzir as desigualdades, mas repetidamente não se concretizaram. Como resultado, estão a aumentar as pressões agudas em muitos serviços públicos, empurrando recursos limitados para um ciclo vicioso de tratamento dos problemas em detrimento da sua prevenção com um impacto social e económico gritante, especialmente para as pessoas das zonas mais desfavorecidas.
O CANCRO DA JUSTIÇA
por Isabel Meirelles
Advogada, Docente Universitária
Ex-Deputada à Assembleia da República e ao Conselho da Europa
A morosidade da Justiça em Portugal, e não só, é um verdadeiro cancro da nossa sociedade, porque cria tremendas injustiças, sentidas sobretudo pelos investidores e empresários e pelas classes mais desfavorecidas, e também pelo altíssimo valor das custas judiciais e dos honorários dos próprios advogados.
Diz-se, recorrentemente, que há uma justiça para pobres e outra para ricos, o que não é absolutamente inverdade. Este é um problema complexo que requer abordagens multifacetadas, mas que fundamentalmente se centra na implementação de novas tecnologias para acelerar a tramitação processual, a digitalização de processos e as audiências virtuais, utilizando plataformas digitais que disponibilizem informações sobre o andamento dos processos e decisões judiciais,
aumentando a transparência nos processos e facilitando o acesso à informação para as partes envolvidas e para o público em geral, sem prejuízo da salvaguarda do segredo de justiça.
Também ao nível dos recursos humanos é capital investir na contratação e formação de mais e melhores operadores de justiça, aperfeiçoando as suas condições de trabalho, introduzindo técnicas de gestão mais eficazes, executando sistemas de metas e avaliações de desempenho, no
sentido de assegurar maior responsabilidade e aumentar a respetiva motivação, logo, a sua eficiência.
Ao nível da reforma processual e legislativa, há que rever e atualizar a legislação para eliminar leis obsoletas e ambíguas que possam contribuir para a morosiprocessos judiciais, eliminando burocracias desnecessárias, garantindo que as leis sejam claras e objetivas, facilitando a sua interpretação e aplicação pelos tribunais.
Finalmente, promover de forma mais robusta, o uso de métodos alternativos de resolução de conflitos, como a mediação e a arbitragem, com custos comportáveis, para aliviar a carga dos tribunais, incentivando a conciliação e acordos extrajudiciais entre as partes envolvidas nos litígios.
O M inistéri O P úblicO
Noutra vertente, encontra-se o Ministério
Público (MP) que em Portugal enfrenta críticas e ataques por uma série de razões, muitas das quais estão enraizadas em fatores políticos, sociais e operacionais.
O MP lida frequentemente com casos
públicas, políticos e empresários. Esses casos atraem muita atenção mediática e, consequentemente, críticas de diferentes setores da sociedade.
Há uma perceção pública de que este políticas, especialmente em casos que enpresariais e criminais. A imparcialidade do MP é frequentemente questionada, o que leva a críticas sobre a sua atuação, sobretudo por parte dos grupos visados que reagem atacando esta instituição para defender os seus interesses.
A falta de comunicação clara e transparente sobre o funcionamento e as decisões do MP pode levar a mal-entendidos e desinformação, nomeadamente pela ausência de explicações detalhadas sobre processos complexos, o que pode alimentar suspeitas e críticas. No entanto, é importante reconhecer que essas críticas também podem servir como um incentivo para melhorias e reformas dentro da instituição.
Rui Rio, por exemplo, tem sido um crítico vocal do MP em Portugal, propondo várias reformas para o sistema judicial, onde se destaca a necessidade de mudan-
sidera ser uma “intromissão política” do MP. Sugere, assim, uma revisão profunda da atuação desta instituição e uma maior transparência e responsabilização nas investigações, em especial em casos que -
mando que sem essas reformas a democracia em Portugal pode ser prejudicada.
O P r O curad O r -G eral da r e P ública
Daí que se discuta atualmente as características que deve ter o vértice da pirâmide do MP, no caso o(a) Procurador(a)-Geral da República. Deve ser, antes de mais, uma pessoa de elevada integridade moral e ética, com um comportamento irrepreensível,
imparcial e independente, capaz de resistir a pressões políticas, económicas ou sociais. deve ter um profundo conhecimento do Direito e uma vasta experiência na prática jurídica, preferencialmente com umco, magistratura ou advocacia.
Tem de ter capacidade de liderança e de tomar decisões difíceis e de lidar com pressão, críticas e situações adversas sem comprometer os princípios éticos e a independência do cargo e assumindo a responsabilidade pelos resultados.
Deve ainda ter competências de gestão administrativa e organizacional, para asse -
reformas e melhorias no sistema judicial e processual.
Finalmente, mas não menos importante, o(a) Procurador(a)-Geral da República, deve possuir uma excelente capacidade de comunicação verbal e escrita, para explicar decisões complexas e interagir com os media , o público e outras instituições governamentais.
Citando, de novo, Rui Rio, sem estas reformas, a democracia em Portugal pode ser prejudicada. Se é que já não está a ser, e muito!
A JUSTIÇA
por Fernando Negrão
Jurista
À semelhança de outros “episódios” no passado, quase sempre despoletados por erros ou omissões na nossa Justiça não explicadas, passamos agora por mais um tempo de trevas. Tempos estes e circunstâncias estas que não diferem muito das outras. Quase sempre na justiça criminal, envolvendo “poderosos”, ou na justiça de família, envolvendo anónimos sem poder, como por exemplo as crianças.
Desde há cerca de 25 a 30 anos que a justiça criminal se começou a deparar com inquéritos e processos envolvendo pessoas com muito dinheiro e influência e outras ocupando lugares de muito poder na estrutura do Estado, designadamente políticos.
A justiça mansa que era feita diariamente até há quase duas décadas, em que a criminalidade económico-financeira era praticamente inexistente e os chamados “poderosos” não eram investigados, era assim porque o Estado Novo entendia que assim deveria ser e assim continuou porque os tribunais continuaram a funcionar numa enorme demora no que respeita a mudanças.
O conhecido Tribunal da Boa-Hora, em Lisboa, tinha nas duas décadas posteriores à Revolução o seu tempo e os seus meios dedicados quase completamente a julgamentos de tráfico de droga e a um ou outro homicídio que esporadicamen -
te acontecia. Tribunais de Família não existiam, sendo que os assuntos relativos às crianças e às famílias eram instruídos e julgados por aqueles que ao mesmo tempo despachavam ações de despejo, pagamento de dívidas, acidentes de viação ou providências cautelares. Procuradores e juízes sempre muito ocupados e, por isso, sem tempo para perceber que o mundo estava a mudar, as sociedades a transformarem-se rapidamente e os cidadãos a tornarem-se mais exigentes. A par com procuradores e juízes na ausência de visão para a Justiça, estavam os responsáveis políticos que nem queriam ouvir falar de problemas na Justiça, pois os da Saúde, Educação, bem como o desenvolvimento económico e as contas púbicas já lhes consumiam os recursos e o tempo.
abandono, mantendo ancestrais costumes nas práticas judiciais e completo alhea-
mento relativamente às mudanças profundas que iam acontecendo na sociedade.
M udanças estruturais
Repentinamente e em consequência das mudanças estruturais ocorridas na estrutura económica do país e nos costumes dos seus cidadãos, a comunicação social descobriu os tribunais como fonte importante de notícia. O conjunto destas circunstâncias levou o Ministério Público e os Tribunais/juízes a serem confrontados com práticas criminais de grande complexidade para as quais não estavam munidos dos meios necessários, da formação adequada e da atitude necessária para juntar na investigação criminal a coragem das práticas e o respeito pelos direitos, liberdades e garantias. O resultado, como seria de prever, não foi bom. Principalmente nos inquéritos que eram abertos pelo Ministério Público, que vivia momentos entusiasman -
tes de crescimento que eram dados ao conhecimento dos cidadãos através dos media e que, não havendo desenvolvimentos, desapareciam, deixando para trás um rasto de “vítimas” que nunca perceberam o que lhes aconteceu e paragens a meio por desconhecimento de como prosseguir.
Foram tempos de fogo, em que o Ministério Público abria inquéritos atrás de inquéritos, parecendo por vezes que interessava mais a sua própria afirmação do que a descoberta da verdade.
Precisamos de melhor justiça penal, pois é nela que melhor se vê o respeito de cada sistema pelos procedimentos democráticos e pela dignidade humana.
Precisamos, na justiça penal, de mais e melhor segurança jurídica, pois é nela que as respetivas ações de investigação mais podem molestar os direitos, liberdades e garantias. Precisamos de maior discrição, mais cuidado no falar e no agir, maior reserva, sigilo e resguardo!
SAÚDE MILITAR
A pandemia provocada pelo vírus SARS-CoV2 contribuiu também para um momento crítico de mudança na geopolítica mundial. A guerra na Europa e no Médio Oriente precipitou alterações marcadas na geoestratégia e polílidade na relação entre países e blocos políticos. A própria North Atlantic Treaty Organization (NATO) sentiu a necessidade de se reorganizar e reforçar a sua capacidade militar de defesa, prevenção e segurança.
OEstado Português tem também a missão de cumprir a Constituição da República Portuguesa e de acompanhar as decisões europeias de reforçar as suas Forças Armadas. Para além do nosso papel no âmbito tradicional estritamente militar, temos, cada vez mais, de reforçar a nossa resposta em missões internacionais humanitárias e de paz, e estar em estado de prontidão para co-
laborar com as autoridades civis, nomeadamente em situações de emergência. A Saúde tem sido considerada como uma prioridade fundamental pelos governos e pe-
nável a nível mundial e continuará a agravar-se nos próximos anos. As causas são conhecidas.
políticas públicas, associadas à rápida evolução da medicina e da ciência e às elevadas expectativas dos cidadãos, constituem fatores deciserviços públicos de saúde.
RepensaR o ssM
Em Portugal, o Sistema de Saúde Militar (SSM), em termos genéricos, acompanha as
por Miguel Guimarães
Bastonário da Ordem dos Médicos 2017-2022
(SNS) em geral. Mas, de uma forma mais serena, à margem dos holofotes públicos. O SSM constitui uma parte essencial das Forças Armadas em cenários de guerra, em missões humanitárias ou em tempo de paz, e na cooperação entre instituições civis e militares, como aconteceu, por exemplo, durante a recente pandemia. Apesar do papel essencial do SSM e das Forças Armadas -
ça Covid-19, a Saúde Militar (SM) atravessa uma crise complexa a nível nacional e inter-
humano e pela inovação tecnológica, com o setor civil tem limitado a sua capacidade operacional e assistencial. Por isso, o SSM necessita de ser repensado à luz de uma reforma centrada na reorganização, no re-cos, e na capacidade de retenção de capital humano. E para tal, a valorização do papel
objetivo de reforçar o SSM, fortalecendo aos diferentes ramos das Forças Armadas,
mentos e a prestação de cuidados de saúde
Para além da restruturação em curso no
sugestões contidas nos relatórios do Estudo de Avaliação do Sistema de Saúde Militar e da auditoria do Tribunal de Contas aopetivos documentos), a capacidade militar do SSM, devem desenvolver componentes internos e externos. O Gen. Carlos Lobato Sousa no seu trabalho de investigação individual (2023) deixa-nos pistas importantes,
conhecidas, debatidas e, na minha opinião, implementadas. A doutrina constitui o elonentes das capacidades militares. Por isso, o seu conhecimento e potencial adaptação ao momento atual constitui um momento essencial neste debate.
pilaRes pRincipais -
vem ser tidos em conta para reforçar o SSM, a nossa capacidade de resposta e o nosso estado de prontidão.
• Tornar atrativa a carreira militar em ge-
nais de saúde, melhorando a capacidade de recrutamento e de retenção; sem recursos humanos especializados e diferenciados é muito difícil responder aos múltiplos desa-
• Aumentar o Orçamento do Estado para a Defesa Nacional, cumprindo as diretivas
Portugal possa fazer os investimentos ne-pamentos e infraestruturas, dando também condições às Forças Armadas para desenvolver e investir em treino diferenciado, formação, investigação e inovação.
• Criação de parcerias com os hospitais do SNS, com as universidades e com outros hospitais militares de países da NATO, potenciando a cooperação bilateral, a interoperabilidade e a formação e desenvolvimento profissional contínuo; nesta perspetiva, é igualmente importanreorganize, modernizando várias áreas de intervenção, no sentido de lhe ser reconhecida competência, idoneidade e capacidade formativa para ter internatos médicos (tempo total ou parcial) em algumas especialidades críticas para as Forças Armadas.
• Implementar e valorizar, em paralelo com a carreira militar, a carreira médica ede, e promover formação pós-graduada nas áreas da liderança e gestão de unidades de saúde, estabelecendo para tal as
O SSM é essencial para toda a família militar, para as Forças Armadas, para a sociedade civil. E este é o momento certo para reforçar a capacidade operacional e assistencial das Forças Armadas, incluindo o SSM.
Referência: “Trabalho de Investigação Individual do CPOG 2022/2023: O HOSPITAL DAS FORÇAS ARMADAS NA MANUTENÇÃO DO POTENCIAL DE COMBATE. General Carlos Lobato Sousa”
“ EU NÃO TENHO UM MÉTODO.
PENSAR
MUITO, E REESCREVER CONSTANTEMENTE.
AS MEDUSAS ENVELHECEM AO CONTRÁRIO
Nicklas Brendborg Contraponto
A procura da vida eterna foi durante muito tempo terreno fértil para aventureiros e charlatães. Hoje em dia, porém, a Ciência tomou o lugar da magia e da religião, e a humanidade está mais perto do que nunca de desvendar o segredo para uma vida prolongada e, sobretudo, saudável. Neste livro, o autor mostra-nos como a Ciência tem travado uma longa batalha para resolver um dos maiores enigmas da vida humana e o porquê de o envelhecimento continuar a ser um desafio complexo. Desde os locais mais remotos do globo e culturas ancestrais a laboratórios com tecnologia de ponta, o autor leva-nos numa viagem fascinante e surpreendente para explorar tudo aquilo que o mundo natural e a Ciência têm para nos oferecer de modo a desvendarmos o mistério do envelhecimento.
O SEGREDO DE LOURENÇO MARQUES
Eduardo Pires Coelho
ESCONDIDOS DA MENTE
Todas as coisas, todos os comportamentos, todas as pessoas têm um outro lado.
no outro lado da fronteira, marcando o destino de Miguel e Maria Teresa. Terminada a investigação a uma antiga embarcação portuguesa naufragada no estreito de Malaca, Filipe recebe um telefonema enigmático de um grande empresário sulafricano; este pede-lhe que descubra o paradeiro de três passageiros clandestinos de um cargueiro português – o Angoche –que, em 1971, foi encontrado a arder ao largo de Moçambique sem ninguém a bordo. A busca levará Filipe a vários países africanos, mas também ao tempo em
nova linha férrea e o Império Britânico combatia as repúblicas boers para se apoderar da sua riqueza – guerra em que um português chamado Miguel Ferreira acabaria por envolver-se.
A outra face da moeda mostra-nos o que à primeira vista não se revela. Não há masoquismo sem sadismo. Não existe uma mente desencarnada de um corpo. Por detrás dos nossos comportamentos, pensamentos e vontade, há uma força que nos comanda: o nosso inconsciente. Há outros lados, lugares escondidos da mente, que não vemos e dos quais não se costuma falar, como, por exemplo: numa psicoterapia, o que acontece na cabeça do terapeuta? De que modo os sentimentos, medos, angústias e inseguranças dos terapeutas condicionam a relação com os seus pacientes? E também há a bondade e a maldade. Ninguém é completamente bom nem completamente mau.
A nossa espécie contém em si a bondade e a maldade.
LUGARES
João Carlos Melo Bertand Editora
TUDO O QUE EU FAÇO É LER MUITO, NÃO É UMA COISA CIENTÍFICA ”
MORRO DA PENA VENTOSA
Rui Couceiro
Porto Editora
O morro da Pena Ventosa fica lá no cimo, nesse Porto antigo, onde dizem que nasceu a cidade. Neste morro, as casas encavalitam-se umas nas outras e nelas sobrevivem a custo os velhos moradores, aqueles que construíram a Invicta e que o turismo e a modernidade vão empurrando para os subúrbios. No morro da Pena Ventosa, são as gentes que dão o colorido às vielas escuras aonde o sol quase não chega e onde subsiste a memória coletiva de um povo que se diz tripeiro. E é no morro da Pena Ventosa que vivem as personagens
e o Dr. Belarmino, o Navalhadas e e O-da-Pastinha, nessa janela com vista para o Douro. Ou assim é até a narradora nos trocar as voltas.
NAVEGAÇÕES
Malyn Newitt
Navegações explora as viagens de descoberta portuguesas, situando-as nos seus contextos da Europa medieval e renascentista. Mostra como estas viagens nasceram de um espírito de cruzada, bem como do comércio de longa distância com Ásia e África, e com os avanços técnicos
O comércio de escravos, a diáspora dos judeus sefarditas e a disseminação intercontinental de plantas e animais
global de longo prazo. As viagens de descoberta são também narradas no contexto da política portuguesa, e este livro descreve o papel da dinastia
do Renascimento português e na ideologia distintiva do Estado renascentista, bem como nas mudanças culturais que tiveram lugar num contexto europeu mais alargado.
O FIRMAMENTO É NEGRO E NÃO AZUL
António Cândido Franco Quetzal Editores
Filho único de uma família da classe média, desde cedo manifestou enorme talento e frequentou episodicamente o curso de para trabalhar na Inspeção-Geral dos teve meios regulares de subsistência para sustentar uma família crescente, chegando a viver de esmolas ou donativos ocasionais, hospedando-se em quartos alugados, anos fundou a Contraponto, editora onde publicou autores como José Cardoso Pires, Mário Cesariny, Natália Correia ou Herberto Helder. Foi um exemplo de sarcasmo vivo e amargo, polemista temível e temido, intriguista e generoso, inconformista e incómodo.
“O BOM VINHO É UM CONFIANÇA QUANDO
L ongos VaLes Quinta da Pedra
Monção e Melgaço | Vinho Verde Branco | Quinta da Pedra
CASTAS: Alvarinho
ENOLOGIA: Pascal Chatonnet
PREÇO: 12,60€
De cor citrina, o vinho revela aromas a boca, mostra uma fruta intensa, típica da
aromática, onde se destacam as notas de frutos silvestres frescos do Douro, em perfeita harmonia com suaves notas
ACOMPANHA BEM: pratos de carne vermelha, carnes assadas no forno, assim como
Pó de Poeira
Douro | Vinho Branco | Decante Vinhos
CASTAS: Alvarinho, Gouveio
ENOLOGIA: Jorge Moreira
PREÇO: 19,00€
Tal como no tinto, tentamos fazer um vinho personalizado, com um aroma expressivo e com uma profundidade e frescura que caracteriza todos os nossos enorme acidez, que faz com que este
A C OM PANHA B E M : saladas, carnes brancas, pratos vegetarianos
CAMARADA BONDOSO E DE TOMADO COM SABEDORIA”
Herdade PaPa Leite rosé
| Vinho Rosé | Herdade Papa Leite
CASTAS: Syrah
ENOLOGIA: António Madalena
PREÇO: 29,95€
é macio, intenso, com muita frescura e
ACOMPANHA BEM: salada César, carnes brancas, pratos à base de peixes e crustáceos, como sopas, peixe no forno com legumes, peixes com molho
Luís Pato maria gomes bruto
Bairrada | | Luís Pato
CASTAS: Maria Gomes, Sercialinho
ENOLOGIA: Luís Pato
PREÇO: 9,50€
espumante de personalidade borbulhante é ideal para partilhar com os amigos, como aperitivo ou durante a refeição!
Paciência moscateL reserVa 2018
Alpiarça | Vinho Moscatel | Casa Paciência
CASTAS: Moscatel Graúdo
ENOLOGIA: Luís Guimarãis
PREÇO: 15,65€
ACOMPANHA BEM: carnes assadas (leitão, por exemplo), sobremesas doces e os habituais
ACOMPANHA BEM: aperitivos, doçaria conventual, doces como mousses, rabanadas, bolos, sorvetes e
William Shakespeare
CONDUÇÃO ÚNICA E EFICIENTE
por Ana Laia
Aproveitando os dias de sol do sul algarvio, a Nissan convidou-nos para ir conhecer as mais recentes atualizações efetuadas ao seu modelo mais bem sucedido de sempre, o Qashqai.
DESIGN E TECNOLOGIA
por Ana Laia
Madrid foi a cidade escolhida para a apresentação à imprensa ibérica do novo Opel Frontera. Tendo recuperado a designação Frontera, o novo SUV encontra-se abaixo do Grandland e acima do Mokka.
Por diversos anos associámos o Opel Frontera a incursões por caminhos mais desconhecidos e afastados do asfalto, mas com o avançar do tempo, as receitas impostas pelo Grupo Stellantis e pelas tenmarca resgatasse este nome do seu passado e o tivesse aplicado num novo SUV de substituir o Opel Grandland.
prolonga até aos grupos óticos com uma assinatura visual muito característica. Na parte de trás o desenho é menos con-
a maioria das dúvidas.
A bordo do Opel Frontera, uma das principais novidades é o facto de estar dispo-
pode esconder sob o piso da bagageira,
trapartida, nos lugares da frente, há uma
de vista da ergonomia. encontra disponível para encomenda no híbridas com 100 e 136 cv de potência, ou numa 100% elétrica, com um valor de
tros, agradável para viagens urbanas. O design está simples mas apelativo, e o preço, competitivo. Bonito e confortável.
DESIGN, TECNOLOGIA E CARÁCTER PREMIUM
A apresentação à imprensa nacional do novo Hyundai SANTA FE decorreu no passado julho, na Adegamãe, localizada na Ventosa, Torres Vedras, Região Vitivinícola de Lisboa. Um SUV topo de gama que reforça o carácter premium, na sua quinta geração.
Sob o conceito “Open for More”, o novo SANTA FE renova-se como topo de gama de excelência da Hyundai. Com a versatilidade dos sete lugares de série, propõe-se expandir as experiências quotidianas, ligando a cidade e a natureza, o interior e o exterior, enquanto os ocupantes desfrutam de uma qualidade e nível de equipamento superior. Está mais robusto, requintado, bonito e pronto para partir à aventura em família.
A quinta geração deste SUV topo de gama está repleta de características de conforto e conveniência de primeira qualidade, muitas das quais em estreia no segmento ou mesmo a nível mundial. As particularidades premium incluem bancos de relaxamento com apoio para as pernas, tabuleiro de esterilização UV-C (na versão Calligraphy), sistema duplo
smartphones, ecrã panorâmico curvo e muito mais.
A distância entre eixos mais longa oferece lu-
interior e a abertura da porta da bagageira proporcionam um espaço semelhante a um terraço de luxo. Os bancos da segunda e ter-
“terraço”, e com a porta traseira mais larga aberta, permite aos seus utilizadores desfrutar do ar livre sem esforço. Esta característica de design clientes com tendências de estilo de vida ao ar livre, como o campismo em automóvel e as aventuras com equipamento intensivo. Os materiais ecológicos são utilizados em todo o interior para superfícies macias, como o forro do tejadilho, tapetes BCF e
encostos dos bancos e revestimentos, como o tapete de proteção, o revestimento das portas e os bancos. Em particular, os bancos em couro sintético são fabricados com materiais que minimizam os riscos para a saúde
anos de idade.
O interior totalmente novo do SANTA FE contrasta com o exterior, realçando os elementos de design horizontais e verticais e combinando com o tom e a disposição do exterior. Um design em forma de H é aplicado ao painel de instrumentos e às saídas de ar para aumentar a sensação de abertura e criar um equilíbrio de design único. Disponível para venda, em Portugal, a partir de agosto.
por Ana Laia
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O Escudo Global
Um sistema de defesa sofisticado e completo - incluindo uma proteção UV encapsulada - que ativa a autodefesa* da pele e combate as principais agressões ambientais. A pele fica protegida todo o dia* contra o envelhecimento precoce.
YAMAHA EBIKES INOVAÇÃO EM MOBILIDADE SUSTENTÁVEL
A Yamaha, conhecida pelo seu compromisso com a inovação e qualidade, continua a evoluir e a adaptar-se às novas eras e tendências emergentes.
Amarca tem demonstrado a capacidade de evoluir não só com as suas emblemáticas motocicletas, mas também com a introdução de bicicletas de motor elétrico (eBikes) e a evolução contínua de modelos como a Yamaha Tracer.
Entre as suas mais recentes ofertas, destacam-se as eBikes. Estas bicicletas elétricas, que em alguns casos se aproximam das pequenas scooters em termos de funcionalidade e design, representam a aposta da Yamaha na mobilidade
A linha de produtos de eBikes da Yamaha é categorizada em três vertentes distintas: Gravel, Mountain e Urban, cada uma destinada a atender diferentes necessidades e estilos de vida.
A vertente Gravel da Yamaha é ideal para os entusiastas de bicicletas de estrada que desejam explorar trilhos secundários, nem sempre asfaltados. Equipadas com o motor Yamaha PWSeries, que oferece 70 Nm de binário e uma bateria de 500 Wh, estas bicicletas garantem potência e durabilidade. Disponível numa
só cor, este modelo oferece três tamanhos de quadro, proporcionando uma personalização adequada às necessidades do utilizador. Para os aventureiros e amantes de trilhos mais exigentes, a linha de Mountain Bikes da Yamaha apresenta uma construção robusta e suspensões melhoradas, preparadas para enfrentar terrenos irregulares. Mantendo a mesma capacidade de bateria de 500 Wh, estas bicicletas estão disponíveis em duas cores e três tamanhos de quadro, garantindo uma experiência de condução segura e adaptável aos diferentes percursos. No segmento urbano, as Urban eBikes da Yamaha oferecem soluções práticas e confortáveis para o dia a dia nas cidades. Existem duas opções principais:
C ross C ore r C – com um visual clássico de bicicleta, este modelo aposta no conforto e é ideal para um ritmo de vida urbano mais tranquilo. É a escolha perfeita para deslocações diárias com estilo e comodidade.
Booster – com um design inovador e distinto, este modelo apresenta pneus maiores e um quadro em alumínio com formato de favo de mel. Equipado com um motor que fornece 75 Nm de binário e uma bateria de 630 Wh, a Booster oferece cinco modos de utilização, selecionáveis através de um painel LCD. Além disso, inclui um sistema de iluminação integrado e uma velocidade máxima de 45 km/h, popara mobilidade urbana.
A Yamaha continua a liderar o caminho na integração de tecnologias avançadas e soluções de mobilidade sustentável. As suaslidade da marca, mas também atendem às demandas crescentes por meios de trans-
seu compromisso com a inovação e a sustentabilidade no setor de mobilidade.
VERSATILIDADE ÚNICA
Quatro décadas depois de ter associado o seu nome às provas de resistência em todo-o-terreno mais duras do planeta, a BMW GS dá continuidade à sua constante evolução com a apresentação da nova R 1300 GS.
Não se trata de mais uma remodelação estética ou de um acrescento de equipamento, como tem acontecido ao longo dos últimos anos. A R 1300 GS é totalmente nova, quase até ao último parafuso. A primeira impressão visual é que este novo modelo está muito mais compacto que o seu antecessor. A nova GS parece mais estreita e elegante, quase como se tivesse efetuado uma séria dieta misturada com umas sessões mais intensas de ginásio. Uma das novidades mais visíveis é referente ao novo desenho do farolim dianteiro, totalmente em LED, mas com um elemento principal ao centro e luzes de condução diurna, que formam uma espécie de X em torno deste. Quanto ao motor, mantém-se a obriopostos, mas com a cilindrada aumen -
tada para os 1300 cc, a potência para os 145 cv e o binário para uns “musculados” 149 Nm. A maior diferença, no entanto, está no facto de ser mais dócil e -
nos ruidoso. O resultado, em conjunto com uma ciclística que foi otimizada e até viu alguns componentes a mudarem de localização, é um prazer de condução muito mais preciso, muito mais estável e também mais confortável.
A proteção aerodinâmica inclui um vidro de regulação elétrica, que se ajusta facilmente, mesmo enquanto estamos a olhar para a instrumentação totalmente digital com uma leitura quase perfeita, sendo que todas as suas funções são selecionáveis através do novo comando multifunções que se revelou bastante prático de utilizar.
LUXO, REQUINTE E QUALIDADE
Basta olhar para qualquer um dos modelos atuais da Bentley para percebermos o patamar de luxo em que esta marca se encontra e o ambiente para que nos deseja transportar sempre que nos sentamos ao volante de um dos automóveis produzidos na fábrica de Crewe.
Desde o mais desportivo Continental GT ao mais executivo Flying Spur, passando pelo SUV Bentayga que continua a ser o modelo mais vendido da marca, o requinte e o luxo mantêm-se sempre de mãos dadas no mais simples detalhe que se possa imaginar. Apesar disto, há uns anos, a Bentley decidiu que estava na altura de ter um novo topo de gama. Ou seja,
outras e conseguisse representar a marca da melhor forma possível, mostrando tudo o que esta faz de melhor. A grande diferença face ao que a marca tem feito nas últimas décadas é que agora o mundo automóvel é feito de SUV, na sua maioriatagem de unidades a ter a China como destino, por ser o seu principal mercado. Com todos estes elementos em con -
sideração, foi tomada uma importante decisão: o próximo porta-estandarte da Bentley e o seu novo topo de gama iria ser um SUV, mas não “apenas” uma versão mais luxuosa do já existente Bentayga. O novo modelo desenvolvido em Crewe foi praticamente desenvolvido de raiz, com a nobre missão de ocupar o lugar de topo na gama de modelos da marca britânica. E para garantir que tudo fosse efetuado com uma atenção quase obsessiva a todo e qualquer detalhe, muito deste desenvolvimento foi efetuado pelos artesãos da Mulliner, o departamento de personalização e projetos especiais da Bentley, com uma longa história e ligação a esta marca.
E l E m E ntos distintivos
Para todos aqueles que não ligam muito às origens desta versão e à razão da sua exis-
tência, esta pode parecer apenas mais uma versão do Bentayga com a carroçaria maiscos e o desenho dos grupos óticos são praticamente iguais aos do SUV já existente. No entanto, o Bentley Bentayga EWB Mulliner é muito mais do que isso. A diferença mais visível está na enorme largura das portas traseiras, que dão acesso ao espaço mais requintado em todo o habitáculo, mas também não faltam jantes com 22 polegadas de diâmetro e um visual mais elaborado face aos restantes modelos da gama. No capítulo da estética, o Bentley Bentayga já foi criado com os grupos óticos mais recentes, com um visual clássico por fora, mas uma verdadeira obra de arte no seu interior, especialmente os que adornam a secção dianteira deste modelo.
Face à versão base do Bentayga, a versão mais longa adiciona 18 centímetros na distância entre eixos, sendo que todos de assentos. Além disso, a bordo, em vez do formato mais habitual, a parte de trás do habitáculo tem apenas dois lugares disponíveis, ainda que, em cada um deles, a nota de conforto esteja além de elevada. Em ambos, há 22 regulações elétricas, de forma a encontrar a posição mais confortável, e no caso do passageiro traseiro
há ainda a hipótese de “afastar” o assento da frente e transformar o traseiro numa chaise-longue com funções de massagem e climatização já incluídas.
Na consola central, entre os dois assentos traseiros, e além dos espaços de ar-
para duas taças de champanhe, sendo que estas contam com um desenho exclusivo, desenvolvido já a pensar no novo modelo da Bentley. E para que o entretenimento a bordo se mantenha em nível elevado, cada um dos passageiros traseiros dispõem de um ecrã à sua frente, com as informações da navegação, do sistema de som ou, por-
assistir durante uma viagem.
A mbi E nt E A bordo
O ambiente a bordo do Bentley Bentayga EWB Mulliner também conta com um
12 LED nos painéis interiores das portas dianteiras e 22 nos das portas traseiras, sendo que a iluminação passa por pequenos orifícios do acabamento em pele, com menos de um milímetro de diâmetro.
Ainda que os lugares traseiros sejam os de maior destaque neste novo topo de gama da Bentley, isso não quer dizer que
Por esse motivo, para quem vai ao volante, o ambiente é tipicamente Bentley, em todos os detalhes. Não faltam elementos como o relógio analógico no topo do tablier , nem os comandos rotativos cromados, além de um volante que serve de moldura para um painel de instrumentos de visual mais clássico, ainda que seja totalmente digital. No centro do tablier , o ecrã de comando tátil destinado ao sistema multimédia, inclui todos os controlos necessários e os mais variados tipos de ligação a smartphones e ao resto do mundo, onde se incluem os mais variados serviços de streaming . E para que o ambiente acústico também seja perfeito, está presente um sistema de som de qualidade-
lo do Bentayga.
o motor
O motor escolhido é o majestoso bloco V8 biturbo com quatro litros de capacidade e uma potência máxima de 550 cv.
O binário é de 770 Nm e as prestações quase nos deixam esquecer do peso mais acima das 2,5 toneladas. Ainda assim, e segundo as informações fornecidas pela marca, a aceleração dos 0 aos 100 km/h a velocidade máxima é de 290 km/h, sendo que a tração integral é permanente e a passagem de potência para as rodas se faz com a ajuda de uma caixa de velocidades automática de oito relações. Para garantir o máximo desempenho dinâmico e um patamar de segurança ainda mais elevado, o Bentley Bentayga Mulliner também já conta com um sistema de quatro rodas direcionais. A velocidades maisseiras viram no mesmo sentido das dianteiras, garantindo uma maior estabilidade em curva. Abaixo dessa velocidade, o objetivo é transformar os mais de 5,3 metros de comprimento deste SUV topo de gama em algo bastante prático de conduzir e manobrar em ambientes mais urbanos.
MINI COOPER E
A nova geração do Mini está finalmente apresentada oficialmente e já tivemos oportunidade de a conduzir, na sua versão 100% elétrica, durante o evento organizado pela marca nos arredores de Barcelona. O nome Mini Cooper já é conhecido há uns bons anos, mas o seu significado é uma novidade, uma vez que a designação Cooper é agora a que identifica as versões com carroçaria de três portas. Apesar de contar com um desenho bastante atualizado e com linhas mais futuristas, a primeira impressão informa-nos de imediato que se trata de um Mini. O tejadilho que parece flutuar, as óticas dianteiras de formato redondo, o desenho da grelha frontal (que deixou de ser uma grelha e é agora um painel fechado), mas também a decoração dos farolins traseiros com inspiração da Union Jack, não deixam qualquer margem para dúvidas.
HONDA HR-V
LEXUS LM
A Lexus importou do Japão um novo conceito para o mercado europeu, o dos monovolumes de luxo. Trata-se de um automóvel que tem a capacidade de transportar o conceito de hospitalidade Omotenashi até onde este seja necessário, recebendo da melhor forma todos aqueles que tiverem a oportunidade de aceder ao seu habitáculo. E tudo com o patamar de qualidade absoluta que a Lexus integra na grande maioria dos seus modelos, especialmente os que seus topos de gama.
metros de comprimento, o interior do Lexus LM é um verdadeiro casulo de luxo em que será possível viajar de uma forma muito isolada de tudo o que se passa no exterior. Seja em modo de sala de reuniões ou apenas num espaço mais reservado e tranquilo, o novo LM é a solução perfeita para o transporte de passageiros de uma forma mais luxuosa.
O Honda HR-V passou a ser um dos modelos mais populares da marca nipónica desde que iniciou a sua comercialização no mercado nacional. É o mais recente descendente de uma linhagem de modelos que enalteceu o lado prático de um automóvel desde o momento em que os SUV ainda eram um conceito inexistente. Com esta nova geração, as novidades foram mais que muitas, uma vez que o novo HR-V trouxe equipamentos e sistemas que também estavam destinados aos modelos mais recentes da Honda. Um dos seus principais argumentos é o sistema híbrido que equipa a única versão do Honda HR-V no mercado nacional. O sistema e:HEV inclui uma motorização 1.5 a gasolina, mas que apenas funciona como um gerador de energia para o motor elétrico, esse sim, responsável por alimentar as rodas do eixo dianteiro. Em autoestrada, no entanto, os papéis invertem-se. No ritmo de viagem que normalmente não favorece o desempenho dos motores elétricos, um sistema de embraiagens faz com que seja o motor a gasolina a alimentar diretamente o eixo motriz, contando com o motor elétrico para dar uma ajuda sempre que necessário.
KIA EV9
A renovação da gama de automóveis 100% elétricos da Kia tem sido batizada com a sigla EV associada a um número. O primeiro foi o Kia EV6, e agora é a vez do EV9 que, por ser um número maior do que seis, tem também um tamanho mais generoso. O novo Kia EV9 é um enorme SUV de cinco portas e sete lugares, que tem uma carroçaria com mais de 5 metros de comprimento e quase dois de largura. Esteticamente, inclui muitos dos traços mais originais em que a Kia tem apostado e que têm tido uma boa aceitação pelos consumidores. No caso do EV9, a frente é agressiva e tem os faróis posicionados nas extremidades da carroçaria. Atrás, -
do. Na lateral, estão incluídos ângulos mais vincados na carroçaria, em conjunto com as proteções plásticas em torno das rodas, que tentam esconder, de alguma forma, as jantes com uma dimensão entre as 19 e as 21 polegadas.
HYUNDAI IONIQ 6
A mais recente geração do Ford Focus não chegou a ser brindada com uma versão RS, tal como aconteceu com alguns dos seus antecessores. Por esse motivo, a opção mais desportiva de toda a gama é agora o ST, mais comedida em termos de prestações e desempenho, mas igualmente divertida de conduzir numa estrada mais sinuosa.
O Ford Focus ST destaca-se pelo seu visual mais desportivo, com para-choques específicos e uma dupla saída de escape, capaz de providenciar uma sonoridade mais envolvente. Nesta versão, também contamos com a presença de um motor EcoBoost a gasolina de 2,3 litros e 280 cv de potência. Graças a este, é possível acelerar dos 0 aos 100 km/h em menos de seis segundos e alcançar uma velocidade máxima de 250 km/h. O mais importante, no entanto, é que este é também o melhor motor para quando queremos explorar as boas capacidades dinâmicas do chassis deste modelo.
Praticamente um ano depois de termos recebido o Hyundai IONIQ 6 no mercado nacional, o modelo mais aerodinâmico da marca sul-coreana ainda continua a captar olhares por onde quer que passa. Seja para quem o considere bonito ou não, a verdade é que a segunda opção da mais recente família de modelos IONIQ, depois do IONIQ 5, continua a despertar curiosidade pela diferença visual. Os sistemas de iluminação totalmente em LED têm uma identidade visual muito própria e ajudam a conquistar
No habitáculo, o espaço disponível é muito mais amplo do que se poderia prever ao olhar para este modelo a partir do exterior. No entanto, dos 4,85 metros de comprimento, quase três estão na distância entre eixos, de forma a acomodar a bateria. Sendo que isso traz benefícios claros em termos de espaço, especialmente para quem viaja nos assentos traseiros do Hyundai IONIQ 6. Até porque na segunda fila o piso é totalmente plano.
FORD FOCUS ST
MAZDA MX-5 RF 1.5
OPEL GRANDLAND HYBRID
Apesar de estarmos prestes a conhecer uma nova geração daquele que é o maior dos SUV da Opel, o Grandland ainda mantém um visual perfeitamente atual face a muitas das ofertas existentes no mercado. Mais ainda com a presença do novo sistema mild-hybrid mais evoluído, que a Stellantis tem integrado em diversos modelos das suas marcas. No caso do Opel Grandland, a base deste sistema continua a ser o motor 1.2 Turbo a gasolina, com apenas três cilindros, mas que consegue oferecer uma potência máxima de 136 cv. Para lhe fazer companhia está presente um outro motor, 100% elétrico, integrado na nova caixa de velocidades automática de dupla embraiagem com seis velocidades, que é alimentado por uma bateria com uma capacidade inferior a 1 é preciso. A evolução deste sistema MHEV já permite que o Opel Grandland circule algumas vezes com o motor térmico desligado, o que se traduz numa poupança de combustível muito agradável.
perfeita do que pode ser um roadster, a Mazda não parou de aperfeiçoar a sua receita. No entanto, sem que nunca se percam trunfos tão essenciais como os da tração traseira, dos dois lugares e do peso reduzido. A capota de lona é uma daquelas características mais clássicas, apreciada por muitos, mas não por todos. E por causa disso, a terceira geração recebeu um tejadilho rígido retrátil que não dispensava o prazer de condução, mas adicionava peso. Com a geração atual, a marca descobriu que a fórmula perfeita para agradar a todos os entusiastas do Mazda MX-5 é mesmo ter dois modelos. Para uns, o mais tradicional roadster de dois lugares com capota de lona. Para outros, uma nova versão RF (Retractable Fastback), que tem um visual semelhante a um coupé, mas que na realidade é praticamente um targa, uma vez que há uma zona do tejadilho que se pode retirar.
NISSAN ARIYA
A Nissan é uma das marcas com mais experiência no mundo dos automóveis elétricos, sendo apenas necessário referir o Nissan Leaf para que todos percebam do que estamos a falar. No entanto, com o Ariya, a marca parece ter avançado bastante no tempo, principalmente no que diz respeito ao design. As linhas do novo SUV 100% elétrico da marca nipónica representam a imagem que vamos conhecer nos seus futuros lançamentos. A secção dianteira é marcada pela presença das luzes de condução diurna em formato de boomerang, mas também pelo enorme painel negro, colocado no lugar onde, tradicionalmente, encontrávamos uma grelha frontal. Atrás, o arrojo das formas mantém-se, ainda que de uma forma mais discreta.
A bordo, o desenho mais minimalista do tablier das suas linhas seja apenas interrompida pela presença do painel horizontal que está em frente ao condutor e que inclui dois ecrãs principais, ou seja, o do painel de instrumentos e o do sistema multimédia, este último, de comando tátil.
DE REGRESSO A GARMISCH-PARTENKIRCHEN
Após a grande festa do 100.º aniversário da BMW Motorrad na fábrica de Berlim, o maior evento de motos BMW Motorrad do mundo regressou a Garmisch-Partenkirchen! Foram três dias de pura cultura motociclista, ambiente de festa e ensaios de condução ímpares.
Para todos os entusiastas da BMW Motorrad e para uma grande maioria dos apaixonados pelo mundo das duas rodas, o município de Garmisch, na Alemanha, é sobejamente conhecido.A sua localização privilegiada a fazer parte dos Alpes, na zona da Baviera, é sinónimo de passeios incríveis e de experiências inesquecíveis com os modelos de duas rodas da BMW. Sendo que, desde há 18 anos, é também a “casa” do BMW Motorrad Days, um evento anual, que junta fãs e funcionários, provenientes de todas as zonas do globo, com o objetivo de celebrar esta marca, agora centenária. Precisamente por este motivo, a “festa” do ano passado foi realizada de uma forma um pouco diferente do habitual. Para comemorar o primeiro centenário da BMW Motorrad, a marca deixou o município de Garmisch “sossegado” durante um ano e organizou a sua festa anual na cidade de Berlim, próximo da fábrica principal dos seus modelos de duas rodas. A quantidade de eventos, espetáculos, encontros e experiências realizadas em conjunto
que a edição de 2023 tivesse sido lendária. No entanto, e de uma forma geral, a opinião dos visitantes mais recorrentes foi praticamente a mesma: o BMW Motorrad Days de Berlim foi excelente e grandioso, mas não houve a mesma energia e o mesmo ambiente que caracterizam os dias passados em Garmisch. Por esse motivo, provavelmente, a edição deste ano do BMW Motorrad Days regressou à cidade de Garmisch-Partenkirchen, às suas estradas sinuosas e às espetaculares passagens alpinas desta zona. Ou seja, a “mistura única que cria as condições ideais para os entusiastas de motos de todo o mundo”, tal como referido pela BMW. De 5 a 7 de julho, foi para
esta localidade que um grande número de sistemas de navegação foi direcionado. Os restantes não precisaram, pois já sabiam o caminho de cor.
A novA BMW R 1300 GS
Depois da inscrição e do registo no evento, toda a gama de modelos atual da BMW Motorrad estava disponível para ensaios e experiências de condução, ainda que este ano, como esperado, uma das maiores novidades tenha sido a nova BMW R 1300 GS, que chegou recentemente ao mercado, mas também a sua versão Adventure, para as viagens mais longas, em estreia absoluta na edição deste ano de Garmisch.
Face à versão “normal”, que até já tivemos oportunidade de testar em Portugal, a Adventure destaca-se pelo depósito de combustível com 30 litros de capacidade e pela sua autonomia máxima, que pode chegar aos 600 quilómetros, segundo a BMW. Além disso, o novo modelo também conta com uma proteção aerodinâmica melhorada, arcos de proteção e faróis adicionais integrados, mas também diversas soluções integradas para arrumação e instalação de acessórios.
No capítulo da tecnologia, a nova R 1300 GS ainda inclui soluções tão incríveis como o ajuste adaptativo de altura, que eleva a moto automaticamente em 30 milímetros depois de arrancar e a volta a descer imediatamente antes de parar, permitindo colocar os pés no chão ou o descanso com o máximo de conforto e segurança. A potência do motor boxer de cilindros opostos é de 145 cv e o binário é de 149 Nm.
Além da R 1300 GS, foi possível conhecer todas as melhorias efetuadas em diversas gamas, desde as mais complexas até a uma nova gama de cores para os modelos de seis cilindros, não esquecendo as mais urbanas CE 02 e CE 04 ou as desportivas S 1000 XR e RR, junto das suas versões assinadas pela M, ou seja, as M 1000 XR, M 1000 R e M 1000 RR.
Na zona Heritage, a personalização vai ainda mais longe, com a presença de modelos construídos por empresas do setor ou pelos seus proprietários, mas quase sempre com um estilo associado ao passado da marca. O projeto mais incrível, no entanto, será talvez o que foi apresentado pela própria BMW, que ainda se encontra na sua fase de protótipo, que através do seu nome (R20 Concept) revela estarmos
perante um modelo equipado com um motor boxer de dois cilindros opostos, mas com uma capacidade de dois litros e com uma sonoridade simplesmente inacreditável. E depois, no centro do espaço Heritage, estão ainda as duas interpretações da R18 para uma realidade mais alternativa e que são dois exemplos perfeitos de que, no mundo da personalização, não existem grandes limites.
outRAS AtividAdeS
Os maiores entusiastas da marca têm também disponível uma zona mais história, quase ao género de um museu, onde marcaram presença alguns dos maiores ícones da BMW Motorrad, ao longo destes últimos 100 anos, demonstrando o passado mais longínquo da marca e a sua viagem até aos dias de hoje. Entre todas as atrações que estão disponíveis ao longo dos três dias do evento, destaque ainda para o “obrigatório” poço da morte, ou Motodrom, melhor forma. Além disso, ainda no que diz respeito aos espetáculos, foi também possível optar pelos shows de FMX, com os seus saltos impossíveis, com os de Drift e os de Freestyle, que nos mostraram as coisas inacreditáveis que se conseguem fazer com os modelos de duas rodas e que, provavelmente, nunca tentaremos recriar.
Claro que não se pode dispensar uma passagem pela área comercial, onde foi possível conhecer todas as novidades em termos de equipamento dos mais variados tipos, mas também a área dos parceiros da marca, com diversas soluções em termos de pneus, acessórios e tantas outras coisas.Além disto, estão também presentes as empresas responsáveis pela organização das mais variadas experiências de condução, um pouco por todo o mundo, sejam estas em pista ou por trilhos localizados em zonas que nunca viram asfalto.culo de música ao vivo, seguido por uma festa que se prolongava noite dentro.Tudo momentos que nos deixaram com vontade de regressar a Garmisch, mesmo antes de abandonar a cidade, ainda que agora, só mesmo para o ano, entre os dias 4 e 6 de julho. Antes disso, oportunidade para assinalar no GPS a cidade histórica de Peñíscola, em Espanha, cerca de 150 km a norte de Valência e praticamente a mesma distância a sul de Tarragona. Será aqui o próximo evento dos BMW Motorrad Days, entre 18 e 20 de outubro.
LUXO NATURAL
Verdadeiro paraíso na terra, o hotel Anantara Dhigu Maldives Resort é o local ideal para relaxar. Distribuído por 20 mil metros quadrados no South Male Atoll, nas Maldivas, é capaz, apenas pelas suas imagens, de prender logo ao primeiro olhar.
IANANTARA DHIGU MALDIVES RESORT
PO Box 2014
South Male Atoll 08190
Maldivas
Tel. 00960 664 4100
Email dhigumaldives@anantara.com
Website http://dhigu-maldives.anantara.com
soladas do mundo, as Maldivas são um paraíso perdido na imensidão do oceano Índico, que conserva, até aos dias de hoje, a sua beleza em estado natural. Compostas por 1190 ilhas exuberantes, com praias imensas de areia branca, com um mar de águas límpidas e cristalinas e paisagens idílicas de cortar a respiração, as Maldivas foram descritas por Marco Polo como “A Flor das Índias” e o nome Maldivas provém de uma palavra em
Há quem lhe chame “o paraíso na Terra”, por ser um dos poucos lugares que ainda conserva o seu estado natural. As várias ilhas, divididas em 26 atóis, com exuberantes palmeiras, praias reluzentes, lagoas
e recifes de coral repletos de peixes de imensas cores fazem deste local um paraíso único no mundo.
Gozando de um clima tropical, a temperatura é quente e a água é morna ao longo de todo o ano. A capital, Malé, abriga cerca de 80 mil moradores e é aqui que os turistas se concentram nos poucos momentos em que abdicam das regalias das unidades hoteleiras de cinco estrelas existentes. Visitam as mesquitas, as casas de chá, as lojas onde se vende artesanato local e objetos importados. Contudo, os recursos naturais são, sem dúvida, a grande atração local.
É neste local mágico, com um mar imponente e estonteante, que se localiza o Anantara Dhigu Maldives Resort.
I magem do paraíso
Se ainda não escolheu qual a imagem que quer ter do paraíso, ao observar o Anantara Dhigu Maldives Resort, vai certamente tomar essa decisão. Oferecendo aos hóspedes 20 mil metros quadrados de puro luxo e pleno contacto com a natureza, esta unidade permite que desfrutem não só das praias de água azul-turquesa, mas também da riqueza de cores, texturas e diversidades que tem a vida marinha local.
No que às acomodações diz respeito, o resort dispõe de 110 vilas, com três tipos diferentes de suítes, que possibilitam a vista do nascer do sol, do pôr do sol sobre a água ou a estadia sobre o mar. Independentemente da acomodação escolhida, saiba que o projeto de decoração foi feito em parceria com a boutique de design de interiores Beaumont.
Abundância de luz natural, camas king-size , banheiras ao ar livre, decks de madeira, chuveiros Grohe, chuveiros ao ar livre e terraços privados desenhados pelo arquiteto Christopher Hogan são alguns dos elementos que auxiliarão os hóspedes a
absorverem toda a boa energia que este lugar mágico proporciona.
Pensadas para os mais ligados à água, cada suíte conta também com uma piscina de
da tradição e património local. O espaço é adornado por painéis de rattan natural compostos por azulejos decorativos de cerâmica italiana.
d I ferentes opções gastronóm I cas
A unidade conta com seis espaços gastronómicos que incluem propostas da gastronomia das Maldivas, italiana e tailandesa. Pratos de marisco fresco são servidos no Sea Fire Salt, enquanto no Aqua Pool Bar podem ser degustados diferentes cocktails . Os hóspedes podem assim escolher o restaurante que mais
os agrada e desfrutar de uma refeição quemória, seja pelos sabores, seja pelas magní -
a t I v I dades para todos
O Anantara Dhigu Maldives Resort disponibiliza um centro de mergulho e uma escola de surf . As atividades de praia incluem meditação orientada e aulas de ioga. Os hóspedes podem ainda experimentar atividades disponibilizadas pelo centro de desportos aquáticos do resort ou dar um
Por outro lado, o hotel conta também com um centro de fitness e uma biblioteca com acesso à internet. Os funcionários multilingues estão ao dispor de todos os clientes.
TESOURO
GASTRONÓMICO
Localizado num dos destinos turísticos mais icónicos de Portugal, o Jackpot não é apenas um restaurante, é uma experiência gastronómica que combina tradição, inovação e um serviço impecável. Falar do Jackpot é também falar do Sr. Casaleiro, que pensou todo o espaço e o transformou na referência que hoje é.
Situado no coração do Estoril, o Jackpot ao Casino. Ao entrar no restaurante somos imediatamente envolvidos por uma atmosfera de requinte e bom gosto. A sua decoração é uma mistura harmoniosa entre o clássico e o contemporâneo. Ali, cada detalhe foi cuidadosamente pensado para proporcionar uma experiência sensorial única.
Apresentando linhas elegantes e uma paleta de cores sóbria, complementada por toques de arte moderna e iluminação suave, toda a de-
ticado. Já as mesas, estão dispostas de forma a garantir privacidade, permitindo que cada refeição seja desfrutada com tranquilidade. Dispõe também de bar, com um balcão, onde é possível tomar um aperitivo ou realizar a refeição com o mesmo menu ou algo mais rápido.
Saber e tradição
O menu apresentado é uma ode à gastronomia local e caseira, utilizando ingredien-
tes frescos e sazonais, muitos deles provenientes de produtores locais. Assim, cada prato celebra os sabores portugueses, sempre com um toque de modernidade. As entradas variam entre queijos, presunto e carpaccios delicados, passando, ainda, por pratos de marisco, que exaltam a riqueza do Atlântico. Cada entrada é uma promessa do que está para vir: uma explosão de sabores, que honra a tradição culinária portuguesa, enquanto a eleva a novos patamares.
delícias gastronómicas. O polvo à lagareiro – uma especialidade da casa – é cozinhado na perfeição, com uma textura macia e um sabor profundo que faz jus à fama deste prato típico. Já os amantesções como o bife à portuguesa, suculento e cheio de sabor; ou o leitão assado,que se derrete na boca e é servido com uma pele crocante e, realmente, irresistível.
Viagem Vinícola
O restaurante conta com uma carta de vinhos que é uma verdadeira viagem pelas melhores regiões vinícolas de Portugal. Com a orientação de sommeliers experientes, os clientes são convidados a descobrir vinhos que se harmonizam, perfeitamente, com os pratos, enriquecendo ainda mais a experiência gastronómica. Desde os vinhos verdes frescos e frutados do Minho até aos robustos tintos do Douro, a seleção é feita de forma cuidadosa, satisfazendo, até, os paladares mais exigentes. No Jackpot, o serviço, mais do que uma mera função, é uma arte. A equipa, profissional e atenciosa, antecipa as necessidades dos clientes e proporciona um serviço que é tanto discreto quanto eficiente. A simpatia e a delicadeza de todos fazem com que cada visita seja memorável. No restaurante Jackpot cada refeição é uma celebração dos sentidos, deixando memórias que perduram.
QUATRO DIAS DE MÚSICA E EMOÇÃO
A edição do Rock in Rio 2024 prometia ser uma das mais memoráveis do festival, e foi, sem dúvida nenhuma, com quatro dias repletos de música, emoção e espetáculos inesquecíveis. O evento, que desta vez teve lugar no Parque Tejo em Lisboa, decorreu de 15 a 23 de junho, reunindo alguns dos maiores nomes da música mundial.
Para além dos concertos, o Rock in Rio 2024 ofereceu uma experiência completa com zonas gastronómicas, exposições de arte e atividades para todas as idades. O compromisso com a sustentabilidade também esteve presente, com iniciativas ecológicas para reduzir o impacto ambiental do evento. O festival não só celebrou a música, mas também promoveu a união e a alegria, oferecendo um escape perfeito para os que procuram diversão e momentos inesquecíveis. O primeiro dia do festival foi marcado por uma abertura explosiva com a presença de grandes estrelas do rock e da pop. Artistas como Scorpions, Europe, Xutos & Pontapés, Evanescence, Extreme, entre outros, aquece-
por Nuno Carneiro
ram o público com atuações cheias de energia e grandes sucessos. Além dos concertos, os festivaleiros puderam desfrutar das diversas atrações do recinto, como a roda gigante e as áreas de entretenimento interativo.
No segundo dia do Rock in Rio 2024 destacou-se a diversidade musical, mas o grande nome foi Ed Sheeran, que subiu ao palco, garantindo uma noite vibrante e cheia de ritmos contagiantes.
O terceiro dia trouxe um equilíbrio entre clássicos do rock e novidades do cenário musical. Jonas Brothers, Ivete Sangalo, Carolina Deslandes, foram alguns dos destaques que conquistaram o público com performances eletrizantes. A mistura de gerações e estilos criou uma atmosfera única, onde fãs de todas as idades celebraram a música.
O último dia do festival foi um verdadeiro apogeu, com artistas como Doja Cat, Camila Cabello, Anselmo Ralph e Soraia Ramos a encerrar o evento em grande estilo.
O Rock in Rio 2024 despediu-se com um espetáculo de luzes e fogo de artifício, deixando uma marca indelével na memória dos festivaleiros.
DESFILE DE ELEGÂNCIA
Inspirado nos prestigiados concursos de elegância do lago de Como e de Pebble Beach, o AutoBello chegou a Belém, trazendo consigo um espetáculo de luxo e sofisticação que encanta tanto os apaixonados por automóveis e motociclos, como os colecionadores de relógios e joias.
OAutoBello, que nasceu em Madrid há quase duas décadas, rapidamente se expandiu para outras cidades como Marbella, Andorra e Barcelona, aterrando em Portugal pela primeira vez no ano passado, na Marina de Cascais. Este ano, o Altis Belém Hotel & Spa, um hotel de cinco estrelas localizado à beira do rio Tejo, foi o palco do evento. No dia 22 de junho, o AutoBello reuniu os melhores colecionadores de Portugal e
que combinou charme, elegância e paixão por veículos e peças de luxo.
A convite da Suzuki Portugal, a nosssa jornada começou com um cocktail de bar aberto, reservado exclusivamente para convidados VIP, criando o ambiente perfeito para networking entre os entusiastas e colecionadores. Em seguida, 90 automóveis de coleção, incluindo supercarros, motocicletas e veículos clássicos, desfilaram perante um júri especializado. Este júri teve a difícil tarefa de decidir quais os veículos que mereciam ser premiados.
Após o desfile, os convidados foram recebidos para um almoço no Altis Belém, onde os melhores colecionadores do país foram homenageados. O evento culminou com a cerimónia de entrega dos prémios AutoBello Gold Cup, celebrando os destaques do dia. O AutoBello em Belém não só trouxe um toque de glamour à cidade, mas também sublinhou a crescente importância de Portugal no mapa dos eventos internacionais de luxo. Com mais de 120 veículos de coleção no ano passado e um sucesso retumbante na Marina de Cascais, o evento deste ano superou as expectativas, deixando os participantes ansiosos pela próxima edição, que decorrerá no Porto. Este evento único, onde a paixão pelos automóveis se funde com o fascínio por relógios e joias, continua a crescer e a encantar, oferecendo uma experiência inigualável aos seus participantes. O AutoBello não é apenas um desfile de veículos, é uma celebração do bom gosto, da elegância e da exclusividade. Com o melhor de dois mundos: automóveis e relógios.
BRIDGESTONE FIRST STOP CAMINHO DE SALOMÃO
TT INSPIRADOR!
Tal como em tantos outros eventos anteriores, uma das constantes dos passeios organizados pela equipa do Clube Escape Livre, liderada por Luís Celínio, é a garantia de momentos bem passados, em boa companhia, com uma excelente gastronomia, visitas históricas e originais, mas também as boas memórias que perduram e nos deixam sempre com vontade de regressar.
Aterceira edição do Off Road Bridgestone First Stop Caminho de Salomão junho e cumpriu a sua missão. Uma animada caravana de participantes oriundos de todo o país acompanhou as pegadas do elefante ao longo de uma viagem por fora de estrada seguindo de perto as páginas do livro A Viagem do Elefante , do Nobel José Saramago. A paisagem, os monumentos e a gastronomia dos Territórios do Côa foram privilegiados num percurso mais compacto, onde, entre várias dezenas de veículos 4x4, se destacaram os
por Ana Laia
P or caminhos e trilhos
De Castelo Novo a Castelo Rodrigo com passagem em Belmonte, Sortelha, Guarda, Almeida, Mêda e Cidadelhe, a caravana percorreu caminhos e trilhos com vários
monumentos e museus. Nunca esquecendo o carimbo digital do Passaporte da Rota Literária Viagem do Elefante. Desta forma, ao longo das três edições do Off Road
Bridgestone First Stop Caminho de Salomão, iniciado em 2022 com o Clube Escape Livre, mais de 300 pessoas passaram a ser embaixadores desta rota literária.
Com o carimbo de passagem em Castelo Novo, a caravana instalou-se no Alambique Hotel Resort & Spa e usufruiu do excelente Golden Rock Spa. Na ligação Fundão-Guarda, destaque para a visita ao Museu dos Descobrimentos em Belmonte, o passeio pela aldeia histórica de Sortelha e a subida ao Castelo do Sabugal, antes de uma paragem para convívio e uma bebida nas Termas do Cró. Na Guarda, uma noite fria não afastou os entu -
siastas que desfrutaram de uma visita encenada ao centro histórico da cidade pelo grupo de teatro Hereditas.
r egresso ao fora de estrada
De regresso ao fora de estrada, o dia seguinte ligou a Guarda a Trancoso tendo como ponto alto a paragem e visita a Almeida e, já nas terras das bodas de Dom Dinis, visita à Casa do Bandarra e à Mercearia do Fradinho. Aqui houve a oportunidade de alguns participantes serem entrevistados para a RTP demonstrando que o voto em mobilidade foi útil e importante para lhes permitir cumprir um dever cívico e simultaneamente participar neste evento do Clube Escape Livre. A noite não terminou sem que Jorge Pina, um dos participantes, animasse o serão com as suas canções acompanhadas à guitarra.
A última etapa amanheceu com chuva em Trancoso, mas ao longo do dia a caravana fugiu por entre os “pingos da chuva” e foi mais um dia de verão que acompanhou a etapa até Castelo Rodri -
go com paragem no magnífico espaço Vinhos e Eventos, na Mêda, e na Casa Forte de Cidadelhe. Os corta-fogos da serra da Marofa constituíram o último obstáculo, superado com distinção por todos os 4x4 e, no caso da armada Suzuki, bastando utilizar o drive mode select e subir e descer trilhos de cortar a respiração com toda a segurança.
Para Ana Guerreiro, responsável pela Suzuki Portugal, “esta terceira edição do Caminho de Salomão permitiu mais uma grande experiência a quem conduziu os modelos Suzuki. Foi uma viagem inesquecível”. Por sua vez, Luís Celínio destacou que “um grande esforço ao longo dos três últimos anos permitiu recriar o percurso de Belém a Castelo Rodrigo e, nesta edição, com forte aposta nos Territórios do Côa, um evento que atraiu à região centenas de pessoas e é um excelente cartaz turístico”.
Os troféus SPAL arrecadados pelos participantes vão ser memória futura de um fim de semana bem passado.
JANTAR DE GALA
Teve lugar, no passado dia 28 de junho, no Lisbon Marriott Hotel, o jantar de gala e espetáculo promovido pelo International Club of Portugal – Joining Cultures! Sob o tema “Camões e Mátria Língua – 500 Anos de Música e Poesia”, o evento decorreu de forma muito animada, não só pelos presentes como pelos artistas em palco. Perante lotação esgotada, o violoncelista Valter Freitas, a fadista Joana Amendoeira e a cantora Madalena Fernandes animaram a noite.
Este clube, fundado em 2007, está de parabéns, pois continua a promover a diversidade e a difundir cultura.
1| Ana Brochado e Manuel Ramalho 2| Ana Consiglieri Pedroso e Celso Manata 3| Jorge Rebelo de Almeida e Manuel Ramalho 4| Fong Miu Leng, Choi Man Hin, Sónia Monteiro e Emanuel 5| Ivete Maria Oliveira 6| Jorge Fonseca, Oriana Fonseca, Isabel Santos e António Silva 7| Júlia Santos e Sílvio Sousa Santos 8| Júlia Silva Ribeiro e Almirante António Silva Ribeiro 9| Maria da Conceição Caldeira e António Carloto Caldeira10| Fernando Seara 11| José Sousa Cintra e Maria da Glória Sousa Cintra 12| Miguel Morgado Ribeiro, Eduardo Teixeira e Patrícia Meneses Leirião 13| Teresa Leal Negrão e Fernando Negrão 14| Zeming Wu e Manuel Ramalho 15| Madalena Fernandes 16| Valter Freitas 17| Manuel Ramalho