Revista Mirante - nº 40 - junho de 1960

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Para o confôrto e a beleza de

MIRANTE

E. S. A. L. Q. CENTRO

RENOME

lar

MONFRINÀTO

MORAES BARROS, 1429—FONE,2362

DE

AGRONÓMICO

INTERNACIONAL SA T ANTÓNIO:

seu

PÃO DE

Obra que

precisa

ser divulgada e conhecida.

MIRANTE NO40

Mensal - PIRACICABA,

Junho 1960 - cr$ 15,0t


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Caiu a ponte: 50 pessoas feridas JOAQUIM DO MARCO

Não será preciso dizer que o título acima

é de uma notícia de jornal. Também não será pre-

ciso dizer que o brasileiro, com a mania que tem de denegrir tudo quanto é nacional, já preparou

4MIRANTE

-mirando n que acontece...

REVÍSWMENSAL EDITADA POR PIRACiCABA PUBLICIDADE

seus ataques à nossa falta de organização, de pre_

vidência, de senso de responsabilidadee outras

faltas mais.

— É de amargar, diz êle. Aqui no Brasil, tudo é assim. Não se faz nada com seriedade, com método, com previsão. Leviandade e negligência são marcas constantes em tudo quanto leva a etiquêta «made in Brazil». Assim nas organizações oficiais como nas particulares, a regra é a improvisação, a ausência de planos, o apêgo ao provisório, ao «experimentar» para depois passar à realizaçãomais firme e definitiva. Esse caso da ponte que caiu é mais uma prova de nossa incapacidade organizadora.

E o brasileiro — triste exemplo de um ge-

Diretor:

RENATO WAGNER

Redator:JOAQUIM

Colaboradoresdiversos

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54dUinafura anual: na cidade— Cp$ no,oo

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númerodo

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númeroafradado — CNS20,00

neralizado complexo de inferioridade coletivo —

SEDE

vai por aí afora, alinhando fatos, acumulando argumentos, para demonstrar nossa incapacidade congênita e permanente de fazer as coisas corretas e bem acabadas. Pior ainda, procura comparações com outros povos, estabelece paralelos com outras nações, chegando sempre a conclusões

DO MARCO

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desairosas para nós, que nos colocam na posição inferior e incômoda de incapazes, ou negligentes, ou desonestos, ou velhacos... O mais doloroso, porém, de tudo isso, diríamos mesmo o mais vergonhoso, é que o brasilei-

PIRACICABA Estadode São Paulo- Brasil

ro assim complexadotorna-se o pior dos cegos — aquêle que não quer ver. E não aceita exemPIOSem contrário, não se convence com argumen-

tos a nosso favor, não admite nem mesmo a des«cá e lá, mas culpa amarela do velho ditado fadas há». Não! A Cia. Paulista é apenas uma exceção que confirma a regra... O progresso industrial de São Paulo não passa de desalmado tubaronismo financeiro dominado pelo capital alienígena... Volta Redonda parece uma realidade... mas qual será seu fim? Nossos grandes homens não existem...

LacÔrte

foto

Entretanto,se o brasileiro,assim azêdoe

complexado, prestasse ao menos um pouco de a-

tenção à notícia do jornal e tivesse tido paciência de lê-la tôda (são apenas seis linhas!), teria

verificadoque a pontenão caiu em parte alguma do Brasil, mas na civilizadae milenáriaItália, país de engenheiros e administradores notá-

veis. Teria verificadomais que o desastre ocorreu a 80 km. da Roma eterna, perto da cidade de Rieti, e quando aquelas cinqüenta pessoas feridas gravemente aguardavam a passagem de uma pro-

cissão ...

Os melhores retratos mentos prêto

Retratos Fotocópias-

ridade do brasileiro!...

Salma, filhinha do nosso agente de publcidade Salim Kraide e I). Cecilia Formaggio Kraide estará comple-

tando I ano de idade. Foto:Lacôrte

— de casa-

em cores e e branco de crianças. o mais

rápido

serviço da cidade

Ah! como é injusto êste complexo de inferio-

Nossacapa:Quandoesta revista estiver circulando,

A MELHOR

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José,

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Tel., 3809


divulObra que precisa ser"Escoligada e conhecida que social nha de açao ampara a pobresa envergonhada".

Não há, em tôrno da Pia União de Santo Antonio, como aliás sucede com a maioria das con-

gregações religiosas de cárater assistencial,uma publicidade sistemática e permanente que lhe divulgue as atividades benéficas, fazendo-a assim conhecida do público e atraindo-lhe, em conse-

qüência, o auxílio dêsse mesmo público. E é pena, porque tão alto é o valor dos serviços que presta sem alardes, anônimamente e com rigoroso critério seletivo, a numerosos necessitados, que ela bem merecia ser mais conhecida para obter maiores meios de expansão ao seu apostolado benefi-

cente. Diz uma de suas zeladoras, com tocante humildade, que ela é como uma «escolinhade ação social» junto a elementos desajustados, que vi-

Uma das casas pobres de Piracicabaque recebe pão e leite diários.

PÃO DE SANTO ANTÓNIO Reportagemde: JOAQUIM DO MARCO

de Santo A atual presidente da Pia Uniãoentregar o Antonio,D. AlziraK. Maluf ao pacote de Natal aos pobres, contendo géneros

alimentícios.

Fotos: LACÔRTE


3

vem num país tão rico como o Brasil e não sabem procurar o seu próprio bem estar e a justa

felicidade dos seus ou porque foram vencidos pelas

desgraças e doenças, ou porque deixaram de fazer um pequeno esfôrço a mais para vencer os revezes da luta quotidiana. Esses elementos, em geral, constituem o que se chama a «pobrezaenvergonhada». Precisam de socorro, mas sentemse acanhados em pedí-lo, dado que, pouco antes, em tempos melhores, não precisaram dêle. E se desesperam, perecendo à mingua, se alguma alma caridosa não os descobrir para acudí-los. E' então que entram em atividade os membros da Pia União de Santo Antonio, com seu trabalho silencioso de «descobrir» os pobres envergonhados e ampará-los até que vençam a situacão adversa. Os efeitos dessa ação não se notam logo, mas, com o decorrer do tempo, os resultados serão excelentes. Em verdade, essa «escolinha de ação social» é uma grande instituição filantrópica, cuja ação precisa ser divulgada, não só para que receba maiores doaçÕes dos piracicabanos proverbialmente generosos, mas também para que engrosse

auxílios pessoais e materiais, para dar maior am-

plitude à sua benemérita ação social.

Alguns dados numéricos darão melhor idéia do acervo de serviços assistenciais que deve ser creditado à Pia União de Santo Antônio de Pira-

cicaba, que tem, no «pão de Santo Antônio» um símbolo — «dar de comer a quem tem fome» — e a parcela principal de sua realização. A Pia União foi fundada, como já dissemos, em 6 de novembro de 1945, por D. Ernesto de Paula e teve, como primeira diretoria: — diretor — monsenhor Manoel Rosa; presidente mélia Sampaio H' •orpner; vice-presidente — d. Maria Lúcia Azevedo Pacheco; secretária — d. Benedita Bueno Zangelmi; tesoureira — d. Diva de Barros Negreiros. Sua I.a recepção fez-se com 9 zeladoras e 41 associadas. Hoje conta com 400 zeladoras e 150 associadas. 0 1.0 balancete da Pia União acusou os seguintes dados: — Receita: Cr$ 902.10; Despesas: cr$ 573,80; saldo: cr$ 328,30. Já em setembro de 1945, era êste o pagamento feito - num só mês, por ocasião de seu 10.0 ani-

• : — cr$ 5.9120,10de pão e cr$ 1.358,50 versano de leite Deve-se notar aqui que, em Maio de 1947, a Pia União foi agregada à Pia Primária de Roma, ereta canônicamentena Igreja de Santo Antônio, em Roma. Diretoria atual da Pia União: — presidente d. Alzira K. Maluf; vice-presidentes— dd. Rosa Foltran Ortigosa, Alice Ferraz dos Santos Negreiros, e Zoraide Brasil; tesoureira: — d. Diva de Barros Negreiros, Com esta diretoria, continuadora eficientís-

sima da grande obra durante mais de uma década dirigida por d. Amélia Sampaio Hoeppner, o. movimento assistencial da Pia União da Catedral, pela sua instituição «Pão de Santo Antônio», cres-

ceu extraordinàriamente, como se depreende do

D. Amelia Hoeppener,a primeira presidente da Pia

União de Sto. Antonio, também faz entrega do pacote contendo feijão, arroz, açúcar, café, macarrão e uma rosca.

o contingente ainda pequeno de suas zeladoras

e se multiplique o número de seus associados. Conhecemos e admiramos o trabalho incansável de

sua atual presidente, d. Alzira Maluf, e de suas companheiras zeladoras. Conhecemos e admiramos também o lento mas seguro desenvolvimento da Pia União de Santo Antonio, desde sua fundacão, em novembro de 1945, pelo dinâmico Bispo Diocesano Dom Ernesto de Paula, que o fez ins-

pirado em nosso santo e querido padroeiro qual, é bem de ver-se, não tem faltado com suas bênçãos especiais à organização. Por isso, é-nos grato incluir esta reportagem nas páginas da revista «Mirante», justamente no mês de Santo Antônio, o santo predileto de nossa devoção, esperando, dessa maneira, contribuir para que a Pia União se torne mais conhecida, receba mais largos

montante das despesas realizadas em 1959. assim discriminado: leite—a. 778,00; aluguel de casa — 3.200,00; medicamentos 11.440,00; despesas da irmandade — 9.818,00; gê-

neros alimentícios — 19.681,00e despesas de Na-

tal — 12.570,00:total — 437.840,00.Este total

exprime bem. sem necessidadede maiores comentáriog. o desenvolvimento atingido pela assistência da benemérita Pia União e indica às almas proverbialmente caridosas dos piracicabanos a necessidade de continuarem contribuindo cada vez mais para sua manutenção, a fim de que ela possa desenvolver ainda mais seu esplêndido pa-

pel de «escolinha social» de amparo eficiente à

«nobreza envergonhada». E, para finalizar, tal como tem sido feito em outras reportagens de nossa imprensa, é de justiça ressaltar nesta os nobres gestos da Foto Lacorte, oue destina à Pi aUnião de sua renda no dia 5.974,00), e 13 de cada mês (total em 1959

da PRD-6 que lhe oferece a renda do programa

Café Morro Grande, dos sábados (total em 1959

— 22.608,00).


Em todo o mundo... a experiênciados consumidores prova —

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5

"CIDADÃO

CONSCIENTE E CIDADÃO QUALQUER"

rios. Há também os lugares reservados para os repórteres e, ao seu lado, dezenas de cidadãos como você.

Ao se iniciar á sessão, você ouviu a leitura da ata anterior e cientificou-sede tudo que ha-

via acontecido naquela ocasião, gravado em um livro pela redação hábil do secretário da Câmara.

Você já havia notado a presença de certo

número de vereadores, sem os quais a sessão nem teroa sido aberta. Começado o expediente você soube que vários assuntos seriam deliberados durante o transcorrer da importante reunião. Você ouviu orado-

res na tribuna comentaremessas e outras maté-

DIRCE RAMOS DE LIMA

Sim. Vamos falar de você, escrupuloso cidadão, que, pertencendo ao mesmo povo, sendo também nossa terra e nossa gente, elevou-se numa camada superior de esclarecimentoe cultura. Vamos falar de você, que deu ao seu voto o justo valor, de você, que colocou em nossa Câmara Municipal alguém que satisfazia aos anseios

de progresso e bem estar da coletividade.

Mas vamos falar também de seu vizinho, ou melhor daquele velho amigo, bonachão e descüidado, ao qual entregaram, nas últimas horas da campanha eleitoral, um envelope, uma cédula, um nome qualquer; ou falemos daquele que, vendo-se numa cabina, julgou-se forçado' a escolher, entre as diversas porções expostas, um candidato indeterminado. Sim, vamos falar dêsse despreocupado habitante que elegeu um desconhecido. Aliás,

no rol dos acasos, já contavam com êle...

Você soube o que fez porque conhecia as obrigações que pesariam sôbre seu escolhido; ainda hoje você segue os seus movimentos e está sa-

tisfeito com o voto que lhe deu. Você lê nos jor• nais as publicações dos projetos apresentados por êle, pesquisa os pareceres que êle dá, sabe que êle é pontual nas sessões camarárias; você compreende o esfôrço que êle dispende para criar uma lei; você participa de seus debates, perca ou vença, você luta com êle, porque você o colocou ali: você

ê o povo que governa sua cidade. Você teve o direito de escolher, terá o direito de gritar e reclamar, pois você acompanha os passos da edilidade; você sabe o que são poderes judiciário, executivo e legislativo; você sabe qual

é a amplitude de cada um. Você é o povo que pensa e reflete antes de decidir. Você até já se deu a preocupação de assistir não a uma das sessões do Legislativo. Sabe que reserespaço o porque pode vir freqüentemente vado à assistência é muito limitado e alguns, como você, devem comparecer apenas uma vez ou outra, Sua presença não é necessaria, pois estará oassivo todo o tempo e, além disso, você sempre seguiu as narrações publicadas na imprensa local. Mas, agora, seus olhos vieram ver o que êles viam por você. Notou como estão dispostos os vereadores e

os que ficam em destaque: presidente e secretá-

rias. Você teve perfeita noção do papel de cada membro da edilidade naquela noite e compreendeu porque colocou ali homens de responsabilidade e personagens de valor. Quando passaram à Ordem do Dia você percebeu que aquilo que estava se tornando projeto de lei já havia passado por diversas fases anteriores, já havia sido discutido e dissecado amplamente naquela mesma sala por aquêles mesmos senhores. Você percebeu que quando cada edil se levantava para rejeitar. ou permanecia sentado para aprovar algo, êle estava consciente de seu atos e das suas conseqüênciasfuturas. Terminada a sessão, você notou a expressão fatigada de cada um dêles e aplaudiu silenciosamente o trabalho de todos. Você constatou por fim que a maioria vence ali da tnesma forma que seu voto venceu nas urnas: depois de apurado estudo e reflexão. Você não é um ignorante a quem possam iludir com meia dúzia ae palavras. Seu vizinho, aquêle velho amigo, espanta-se quando dizem que há 21 vereadores e pergunta logo: — Que faz tanta gente lá? Seu vizinho gosta de ver ruas asfaltadas, estradas bem cuidadas;gosta de ver a cidade crescer e embelezar-se; seu vizinho gosta de tudo como está mas sente-se cada vez melhor à medida que tudo vai se ampliando e favorecendo seus interêsses, mas seu vizinho nem de leve sonha com o esfÔrcodespendido por aquêle homem que casualmente êle colocou na Câamara Municipal.. Seu vizinho é o povo que vegeta sob as sombras de nossas avenidas para depois, quando agitado, vir as luzes, esfregando os olhos, dizer: —T Que fazem os vereadores? Seu vizinho é o povo que grita como malta excitada por um fariseu qualquer a condenar Jesó sus e libertar Barrabás, mas você é o povo que vive porque certa, hora na justamente, reclamará em sua época com os olhos abertos e a mente desperto, Você lê jornais, ouve rádios, assina revistas, conversa com os bons amigos, troca boas idéias, comenta; você conhece sua gente, sua terra e seu govêrno .

Seu vizinho é o mesmo povo de qualquer parte, mas você, você é um cidadão consciente... E como seria envaidecedor para nós se pudessemos dizer: — Você é um cidadão piracicaband. Piracicaba — Junho de 1960


Localidade: Torrinha, Est. de S. Paulo. Acontecimento: Procissão de Corpus Christi, dia 16 de Junho p.p. Cu-

riosldade:O povo ornamenta as ruas com interessantes desenhos feitos com pó de café (usado), cedrinho, pó de serra de varias côres e palha de arroi. Só de pó de café foram gastos desta vez 1.200Kg. e 1.400 mts. de rua foram assim ornamentadas.

O trânsito nestas ruas, fica impedido de 2 a 3 dias. A procissão não passa em cima dos ornamentos, mas somente o "santíssimo" (padre e irmãos do santíssimo). As pessoas passam de duas em duas pelas laterais.

As sargetas são pintadas, assim como as casas que possuem altar.

respeito.

O QUE ACONTECE

Tudo é feitona mais perfeita ordeme

POR Aí... Fotos: CANTARELLI

Enlace; Helena Folegoto-Lazaro Verissimo, realizado no dia 22de Maio

p.p. na matriz de Vila Resende.

Na foto. os noivos durante a cerimonia religiosa e os padrinhos: Sr. João Antonio Monteiro Piedade e sua esposa D. Diva Kraide Piedade


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Em ação o Até hoje foram

entregues

mais de

sindicato do comércio varejista

40.000 No dia II do corrente, esta dinââmica enti-

dade dos comerciários piracicabanos promoveu in _ teressante congresso regional das associaçÕessindicalizadas,ao qual compareceram altos mentores

Transformadores nacionais, fabricados com ma-

terial selecionado da mais alta qualidade

Transformadores com comutador externo

do SESCe SENACda capital e representantes de Bauru, S. Carlos, Piraçununga, Limeira, Itapira. Dentre os vários atos realizados, destacou-se a cerimóniada inauguraçãodo retrato do prof. André Ferraz Saimpaio, fundador do Sindicatolocal, na sala da Escola de Datilografia, aqui instalada pelo SENAC.No ato o nosso redator, prof. Joaquim do Marco, saudou os presentes em nome

ConselhoCoordenadordas Entidades de Pira-

cicaba e leu a seguinte biografia do professor André Ferraz Sampaio: O prof. André Ferraz Sampaio, nasceu em Piracicaba no dia 9 de maio de 1884.

ou interno

Caixa de chapa de Ferro de 1/8" de espessura eletricamente soldada

Filho do cel. Arlindo Ferraz de Andrade e Delfina Sampaio, lavradores na zona cafeeira de Jaú, veio estudar na Escola Complementar de Piracicaba, hoje Instituto de Educação Sud Mennucci .

Diplomado, lecionou por curto espaço de tempo. Casando-se com a profa. Maria José Krahenbuhl Ferraz, transferiu-se para São Paulo no comércio do café.

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Foi depois de algum tempo convidado pelos irmãos João e Frederico Krahenbuhl (este último seu sogro) a tomar a direção da indústria de veí•••Tose casa comercial, que ambos possuiam na ci_ dade de Piracicaba. Aceitando o convite volto" novamente a aqui residir, tornando-se gerente da firma a qual deu grande impulso sendo aue muitas vezes chegavam a supor, ser o mesmo proprietário da indústria, tal a sua influência e o seu dinamismo na direção da firma. Foi nêsge tempo que a fabricação de veículos teve o seu apogeu, levando de norte a sul no país e até mesmo no estrangeiro, o nome dos concei-


9

tuados e admirados veículos de fabricação Kra-

henbuhl.•

No estrangeiro (Turin, Roma, Milão e outros centros) foram premiados por diversas vêzes com

medalha de ouro, os afamados tróles que chegaram a ser chamados «Tróles Americanos». Nessa época o prof. André Ferraz Sampaio, sentindo a necessidade de um veículo de transpor-

te de passageiro de maior capacidadeentre cidades vizinhas, fez um ônibus tipo «Diligência»,puxado a tração animal, que denominou «Jardineira» .

Com advento dos atuais ônibus (a tração mo;

tora) o nome «Jardineira», continua a seu usado em algumas regiões. Mais tarde, com o falecimento dos sócios, Frederico e João Krahenbuhl, tornou-se proprietário da casa comercial e das indústrias. Desenvolveugrandemente a firma, cuja casa comercial funciona até nossos dias sob o nome de

«Casa Krahenbuhl», completando a mesma no

corrente ano seu nonagésimo aniversário. A refe-

rida casa pertence hoje ao seu filho dr. Lineu Krahenbuhl Ferraz. Agricultor evoluido foi dos primeiros a crer nos prongnósticos do saudoso dr. Navarro de An-

drade, fazendo uma plantação de eucaliptos em escala comercial, na sua propriedade agrícola.

Foi um dos pioneiros na citricultura paulista. Em 1933, juntamente com elementos, alguns dos quais ainda fazem parte do Sindicato, fundou a Associação Comercial e em seguida o Sindicato do Comércio Varejista de Piracicaba. Pelas referidas entidades muito trabalhou. Foi vereador à nossa Câmara Municipal no ano de 1926, tendo substituido o então prefeito naquela ocasião. Também foi um dos fundadores do Rotary Club local, por volta do ano de 1940. Faleceu em 2 de setembro de 1946, na sua cidade natal.

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coisa de um segundo.

O pretinho, impaciente, insiste: — Vamu, Mancada, corre pru gô. Márcio, mecânicamente, sai correndo de sua

flauta de

indecisão.

O prazer vencera o orgulho, e agora Márcio ficou em casa. Quem está defendendo o gôl é o Mancada da «troça da Tatuí». Como as pernas não ajudavam, Mancada jogava de goleiro. E seu orgulho, eram as grandes defesas que os companheiros, de vez em quando, recordavam,

quando a troça se reunia à noite. «Pega, Mancada». «Aí, Mancada». «Larga, Mancadas». «Joga ela pra mim co'as mão, Man— cada» .

CONTO DE MÁRIO PIRES

Márcio espia a rua pelos óculos quadrados

da vidraça.

Tinha que se contentar assim, pois a presença chata da garoa (boa apenas para Inspirar poetas), aprisionava-o em casa. Felizes eram os companheiros da «troça». (Naqueles tempos, «troça» é como se chamavam os moleques unidos pelo bairrismo da rua onde moravam. Naqueles tempos, dois •bandos dispu-

tavam a liderança do bairro: a «troça da Tatuí» e a «troça da Fortunato» ) . Márcio esbugalha os olhos, comendo a distância de vinte metros que o separa da sua «troça da Tatuí». A vidraça, embaçada pelo bafo do garôto,

reflete um rosto esbraseado. Seus péus chutam a parede, o corpo todo vibra. É que chegou «Pirulito» (o pretinho Amâncio) e foi logo organizando o «canindé».

Agora, o grito da molecada, que o vidro da janela não abafa, invade a sala e atua no garôto como a flauta de Pã atraindo Sirix. Aí, Márcio não se contém mais. Ao diabo

.Mancada... Pancada! Sim, eram como pancadas que descessem dolorosas em seu coracão, em seu amor-prÓprio,tôdas as vêzes que o epíteto humilhante e malvado partia das bôcas dos companheiros. E foi com uma sensação de mundo desabando, de infinita vergonha, que, justo no momento do nome depreciativo,gritado por Pirulito, a mãe do menino assoma à janela! A expressão de dolorosa surprêsa, traída pelo olhar penetrante da mãe, fez com que êle se quedasse imóvel, fitando-a, num silêncio pesado.

Que o chão desabasse, naquele instante e êle sumisse tragado pelo solo, -foi seu grande desejo. Mas, enquanto Mancada permanecia nesse estado de ausência, a bola de meia continuava a

rolar de pé para pé, entre os moleques. Otávio corre, dribla Zéca, desce para a rua,

vai até o meio, vislumbra Pirulito em sua frente,

ginga o corpo e conseguepassar, também, pelo craque! Vê-se frente ao gôl sem traves, limitado de um lado, pela parede e de outro, por um «ma-

caco» tirado ao calçamento.

Vê Mancada naauela posição esquisita, fora

do gôl, sem acompanhar o jôgo e grita: — Deixa de besteira, Mancada e defende

esta.

Só tem que, de chaleira, mandar a bola pro Era o ponto da vitória, pois terminara o .tempo, assinalado pelo velho relógio de parede de Nha Rita, visível da calçada. gôl.

a garoa e os cuidados da mãe. Num ápice, já vai

Tvdo se passou num segundo! Pirulito, possesso, veio correndo em direção a Márcioe empurrou-o com tôda a fôrça da raiva incontida. aos palavrões. — Vendido, maricas..

um. Vai lá pro gô. Ocê chuta pro nosso lado. Mais

na cabeça do pobre garôto e logo o fio escarlate do sangue, manchou a pedra. Ao ver aquilo, tôda a «troça» disparou, enquanto a mãe de Márcio, «Meu filho!», «Meu fi-

correndo, em direção aos companheiros, arrastando a perna direita. O danado do «Pirulito» é quem o vê primeiro. E grita ao garôto: Olá, «Mancada»! Tava fartando mesmo num fais fricote. E vê si num ingole muito frango, s:não te deixo mais manquitola. E a brasa da língua se entremostra com os dois caninos, num gargalhar gozador, no carvão

O paralelepípedoescorou o baque

lho!», atarantada, corre para junto do •menino

exangue.

do rosto .

Márcio morde os beiços, entre humilhado e enraivecido. Estaca no meio-fio. O amor-próprio ferido ordena-lhe que volte. Titubeia. indeciso. É

Márcio iá está há oito dias no Pavilhão Fernandinho. Um médico de uma alma grande como

sua gigantesca estatura, tratara o menino com ex-


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tremada bondade. Salvara-o, após delicada operação. O ferimento fôra próximo à fonte e por dois

dias Márcio lutara com a morte.

Graças, porém, à perícia e à dedicação do mé_

dicd, o menino, deixando o gôl, conseguira driblar o mais temível adversário.

O médico,de estatura esguia, moreno e de gestos bondosos, era o doutor... doutor não sei

o que Gomes. Tôdas as manhãs visitava seus pequenos enfermos gratúitos. Mas ficava mais tempo sentado na cama de Márcio, conversando sôbre a «troça» e o futebol. — Olha, hem! Nós somos rivais. Eu sou Paulistano, você é Corintiano! ... Vê lá se Nestor, Clo-

dô e Barthô deixam aquela linha «garganta», pas-

sar a barreira! ..

E Márcio, animado: — Que nada, doutor. O melhor time do mundo é mesmo Tufi, Grané, Del Debbio; Nerino Guimarães e Munhoz; Filó, Aparício, Gamba, Rato e De Maria! Foi grande, interveio o enfermeiro. Pois você não soube, Márcio, que o Lazzio comprou quase todo o seu time?!

Não diga, Venâncio! Digo, sim. Pergunta pro doutô. Vão embora pra Itália, Del Debbio, Guima, Filó, Rato e De Maria. O menino só acreditou quando lhe trouxeram o jornal da tarde. E, na sua querença forte e ingênua, de infante, não pôde conter a emoção traída pelas lágrimas. Não é que o rádio de uma residência da rua Marquez de Itu, levando a música da Rádio Educadora até o Pavilhão, com os acordes de um samba melancólico, veio bulir ainda mais com a tristeza de Márcio. «Pinião, pinião, pinião, oi, pinto correu de medo do gavião Os oito dias de internação pesam no espírito do garôto como se fôssem oito mêses. Que sauda-

des de casa, da família, da sua rua Barão de Ta-tuí, onde morava, . da troça! — E' verdade, mamãe. Que fim levou o pessoal da troça?! Esquisito, ninguém veio me visitar! ... Ninguém pergunta por mim? A senhora não mandou pegarem o Pirulito pro «Modêlo», mandou ?

— Não, meu filho. Êles estão preparando

uma surpresa.

Mal dona Elvira acaba de terminar essas pa-

— É a troça! É Pirulito! —

Sim, sô eu, sêo Márcio... Eu

e

mais

Otávio, Zéca, o «intalianinho», o «Caôio»,o «Ze-

brão» e o Juquinha.

E, já no amplo quarto, ante os olhares admirados dos pequenos enfermos, dirigindo a vista desconfiada para os pais de Márcio, Pirulito tira os braços da posição mantida, que escondiam algo

atrás do corpo. E o incrível pretinho, líder da «troça», as duas bolas brancas e enormes dos olhos, acen— tuando ainda mais o negro retinto do rosto, faz a maior jogada de suas «peladas», exclamando, sem

conter as lágrimas:

— Tome, sêo Márcio, diz oferecendo-lhe as flôres. Cada raminho representa um de nóis dá tropa. Sare logo, que ocê tá fazeno muita farta no gôr da «Tatuí». — Quem?, retruca o doente, querendo se

certificar da transformação do companheiro. Már-

cio ou o Mancada?

— Mancada morreu naquele dia... Quem tá fazendo farta é mesmo Márcio, termina o pretinho Amâncio, vulgo Pirulito.

Há intensa emoção no coração de todos, peIa surprêsa da revelação da nobreza de alma que o negrinho desabusado e de bôca irreverente sem_

pre escondera.

Márcio, feliz com o rasgo de bondade e amizade de Pirulito, que o colocava em situação de privilégio entre a «troça», emudece. Olha o companheiro com um brilho desusado e chuta nervo— samente o lençol. Na casa da rua Marquês de Itu, o samba da moda retorna a cantar alto e chega à enfermaria da Santa Casa, Mas, a Flauta de Pã suplanta os acordes do samba e volta a gritar insistente na vontade subjugada do garÔto.

LAVnNDERln A MELHOR e MAIS BEM

APARELHADA da CIDADE Lavagens a sêco Serviços rápidos e perfeitos

lavras, quando assoma à porta, «seu» Maurício, pai de Márcio. Vem com um olhar brejeiro e umidecido.

O pequeno, muito inteligente, desconfia de

algo .

E acerta em seus pressentimentos.

Eis que um pequeno vulto esgueira-se timi-

damente, como um ponto de exclamação muito ne_

gro, na fôlha branca da porta. Atrás dêle, várias sombras se agigantam na parede do corredor, onde um sol muito forte, mais as destaca. Márcio não se contém e exclama alto:

MARIO Rua Moraes Barros, 1442

3221


12

A BELGICA e 0 BRASIL A. S. OLIVEIRA JúNIOR Escreve :

ZÉ TAQUARA

Na história das relaçÕesentre a Bélgica e o Brasil, a visita que o chanceler daquele país, sr. Pierre Wigny recentemente realizou ao Brasil, poderá ser apontada como de importância excepcional .

Taquarísticas Mulatinha Brasilêra Mulatinha brasilera, Mulatinha feiticera, De vancê quero falá.

Hoje essas trovas minha É pra vancê, mulatinha, Produto bem nacioná. Mulatinha brasilera, Que passa a sumana intera Dano duro no fogão!

Porém, no fim da sumana Vancê se apronta bacana E vai passiá c'o' patrão. Mulatinha brasilera, Que dança nas gafiera, Suingue, samba e baião; Mulatinha que fais sujera, Briga e passa rastera E joga um home no chão. Mulatinha brasilera, Tôda metida a istrangera,

Falando as coisa in franceis! Mulatinha! Coisinha louca

Que bota água na boca Do pobre do portugueis,

A mulher daquêle sábio era muito sabida, mas O coitado do sábio não sabia de nada!

Casar não é tão ruim: o diabo é ter uma

sogra.

— Papai, disse o garotinho, é verdade que os deputados ganham muito dinheiro?

— fi verdade, sim, meu filho.

— Pois quando eu crescer, vou ser deputado. papal ?

Muito bem, meu filho. E para ser deputado, que é preciso fazer,

— Nada, meu filho.

Muitos fatôres concorrem para uma admiracão e um interêsse recíproco. Enquanto os belgas se extasiam na contemplação de nossas belezas

naturais e se entusiasmam com as perspectivas de grandes empreendimentos técnicos e econômicos em nossa terra, nós vemos nêles a personificação de um povo cheio de virtudes. Nêles vemos a personificação de um povo heróico, mas pacífico, de

um povo inteligente, honesto e amigo do trabalho. Nêles vemos os notáveis protagonistas de me-

moráveis episódios da história flamenga de antanho e dos tempos modernos, quando os pacíficos porém destemidos soldados belgas deram sua valiosa contribuição ao triunfo da razão e ao respeito pela sagrada soberania dos povos. Nêles vemos os descendentes dos famosos criadores e in-

térpretes da fulgurante arte flamenga e nêles vemos um povo de boa índole, de grande e clara visão, de um povo que não tem predisposição para a indolência, pois amigo do trabalho bem planejado e honesto, está sempre à procura de novas e construtivas realizações. Finalmente, nêles vemos os técnicos que há longos anos e nos mais diversos setôres colaboraram para o nosso maior desenvolvimentoindustrial, sem esquecer, por outro lado, que a Bélgica, por intermédio de seu grande pôrto de Antuérpia, foi um dos países que mais ' concorreu para a expensão do café brasileiro na Europa e no mundo. No entanto, apesar dêsse clima tão favorável ao incremento das relaçÕes entre a Bélgica e O Brasil, não é suficiente isso. É necessário que haja

um maior contato entre os estadistas dos dois

países . Lembramo-nos, ainda, dos auspiciosos resul-

tados da visita que o saudoso Rei Alberto fez ao Brasil em 1922. Estamos certos de que a recente visita do chanceler da Bélgica,gr. Pierre Wigny, produzirá, igualmente, grandes e benéficos resulta dos

É que, além de ter conquistado as simpatias gerais dos brasileiros pela sua cultura, inteligência e altos predicadosdiplomáticos,o sr. Pierre Wigny que firmou com o chanceler Horácio Lafer proveitoso convênio cultural entre a Bélgica e o Brasil, demonstrou ser um estadista de larga visão animado dos mais altos propósitos.


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14

A entradacentralda E. S. A. "Luizde Queiroz",

em seu interior. já nos dizdo queencontraremos

No ano de 1892, o Govêrno

do Esta-

do de São Paulo, de acôrdo com a lei estadual n. 26 promulgada na auspicicsa data de 11de Maio, autorizou a

criação em Piracicaba de uma Escola Superior de Agrícultura que por mais de meio século vem honrando o nome que com orgulho ostenta.

E. S. A. "Luiz de Queiroz'

Centro ngronôlllico Texto — ANTONIOCELSOB. ZANGELMI

Parque da "ESALQ' , visto de

ângulodiversoda foto da direita.

de


15

Verdadeiraobra da engenharia moderna, constitui o Pavilhãode Engenhariada

Renome Internacional Clichês — Gentileza do Suplemento Agro-Pecuá-

rio do Jornal de Piracicaba

Vista aérea parcial do parque da Escola estando focalizados, Pavilhá0 principal, Pavilhão de

Engenharia,Pavilhãode HorGinásiode. Esportes e demais

ticultura, Galpão de Mecânica, dependências.

continua


16

Um belo espetáculo ao visitante, c secção de avicultura.

Pavilhão de Zootecnia pertencente a 15.a Cadeira onde se desenvolvem os trabalhos de pesquisas, necessárias para o bom desenvolvimento pecuário.

PRESTÍGIO CIENTÍFICO DE QUE GOZA A

"ESALQ"- A AJUDA DAS INSTITUIÇÕES BENEMÉRITAS E DO CONSELHO NACIONAL

DE PESQUISAS - DIRETRIZES QUE NORTEIAMAS PESQUISAS REALIZADAS.

Visualizando um especial desenvolvimento

no que concerne à parte de pesquisa, a Escola que

boje traduz o sonho inconfundível de Luiz Vicente de Sonza Queiroz, alcançou tão elevado grau de autonomia que pôde, por bem dizer, se libertar em parte da chamada ciência importada e alicer-

çar seu ensino na pesquisa própria.

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catitui o lago dos patos, pertencente a

A administração da Cadeira de Zootecnia Geral, que compreende as secções de Suinocultura, Equinocultura e Avicultura, instala-se neste pavilhão.

Por essa e outras razões muito alto é o prestígio científico de que goza a ESALQ, mesmo quando fora dos limites de nosso país, sendo tam-

bém por isso responsável o seu corpo docente, formado de 20 professores catedráticos e 52 assisten_

tes, entre as quais numerosas docentes livres e doutores em Agronomia. Para que exista um per-

feito entrosamento de nossas técnicas agronômicas com a de outros países, reconhecidamenteavançados na ciência do solo e para que se mantenha a necessária atualização de nossos métodos de pesquisa e ensino, é dada aos técnicos da EscoIa de Piracicaba a oportunidade de aperfeiçoamento e especializaçãono estrangeiro. continua

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18

Compravam o incomum prestígio antes citado, o apoio das autoridades governamentais e a ajuda das instituições beneméritas como a Fundação Rockefeller, o Cõnselho Nacional de Pesquisas e mesmo de firmas particulares, que, assim

fazendo, trazem a tona o verdadeiro e real inte-

rêsse pela ampliação e modernização do equipa-

mento didático e científico desta que é a responsável pela racionalização dos métodos de exploração de nosso solo e pelo desenvolvimento e progresso de nossa Agricultura. Tendo o espirito de pesquisa como fanal do

ensino e seguindo diretrizes que norteiam os trabalhos nela realizados, sempre com finalidade de alcançar ràpidamente o máximo progresso dentro do campo agronómico, a Escola vem indiscutívelmente oferecendo resultados que bem mostram o esforço desenvolvidopor seus técnicos na ânsia de se emanciparem da tutela alienígena, no que tange à Agronomia. A amplitude das atividades culturais desenvolvidas pela cadeira de Física e Meteorologia, Secção Técnica de Química Agrícola, Cadeira de Botânica e Descritiva, Secção Técnica de Fitotecconti nua

SECCÃO DE FITOTECN/A

ESCOLA s A. "LUIZ DE QUEIROZ" A esquerda, em cima, vista da represa destinada a irrigação. A esquerda no centro e em baixo, instalação de lavou-

ra cafeeira. No centro, em cima vista de um taboleiro de arroz irrigado. No centro, vista do pavilhão de Agricultura. No centro etnbaixoduas vistas da formaçãoe instalaçãono campo,das mudas de café A direita tres fotos aéreas

da secção de Fitotecnia.


19

Raรงas de procedencias estran-

geiras, tais como Guernesey,

Jersey e Holandez Preto e

Branco, alojam-se neste moderno estรกbulo (Cadeira de Zo-

otecnia II.

Por tanto que vem "ESALQ"

pode

obra que vem

orgulhar-se

edificando.

Silos com capacidade para 12 toneladas, destinado ao armazenamento de forragem verde (Cadeira de Zootecnia ,11)

realizando e

e pelo

que

promete

no

sentir-se satisfeita pela

futuro a vultuosa


20

S. n. "LUIZ DE QUEIROZ"

Maquete do monumento de Luiz Vicente de Souza Queiroz, hoje instalado no centro da cidade de Pira, cicaba, como tributo e reconhecimento de um povo e de uma geração, a este paulista de espírito despreendido, dinâmico e empreendedor, que no afã de dar

a sua terra algo que hoje constitue o maior "Centro

Galpão pertencente a cadeira de Mecânica e Máqui-

nas Agrícolas

nia, Primeira Secção Técnica de Zootecnia, Secção Técnica de Química Agrícola e Instituto Zimotéc-

nico, Cadeira de Zoologia, Anatomia e Fisiologia comparadas dos Ânimais Domésticos, Cadeira de Agricultura Geral, Cadeira de Mecânica e Máquinas Agrícolas, Cadeira de Citologia e Genética Ge-

ral e finalmente Cadeira de Química Orgânica e

Biologia,é de tal monta que passoua ser objeto de consideração dos maiores centros científicos do mundo.

Por tanto que vem realizando e pelo que promete no futuro, a Escola do paulista privilegiado

de excelsitude ímpar, que lhe deu o nome, Luiz Vicente de Souza Queiroz, pode se orgulhar e sen-

satisfeita pela vultuosa obra que vem rea-

lizando .

Procurando eliminar tôda e qualquer deficiência na parte do ensino, foi programado um nov oplano de reorganização didática o qual já aprovado pelo Ergégio Conselho Universitário da Uni.

versidade de S, Paulo, consta de dois cursos distintos, um básico de três anos, e outro de orientaçño diversificada, de dois anos. Procurando assim, sempre por todos os meios

atingir a eminência máxima em perfeição, em tôdas as atividades que desenvolve, a Escola de Pira-

cicaba justifica a frase feita: «A Escola Superior de Agricultura «Luiz de Queiroz» da Universidade de São Paulo, é um florão da cultura de S. PauIo e do Brasil, a serviço da riqueza e do progresso de um grande povo,

Agronômico da America Latina", se imortalizou na memória destes e dos que posteriormente vierem, os

quais plenos de gratidão lhe rendem significativas e meritórias homenagens.


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22

NUNCA!

Ponderando...

O CLUBE DE REGATAS ES-

TEVE TÃO BOM COMO AGO-

JOSÉ DE MORAES

Ao justiçamento, na praça, do homem que furtara pequenas migalhas de pão, os mesmos coautores, no amanhã das coisas repetidas, esta-

rão a blasfemar da crudelíssimaJustiça que,em

caso idêntico, sentenciou nalguns meses outros delituoso cidadão. Sempre os mesmos motivos a enredar, cotidianamente, a grande fábula sem mo-

ral que, La Fontaine, preferindo figurar comanimais, se aborreceria pelo desfêcho notório e rei-

teradamente incoerente. Rouba-se e, na mór parte, impunementenos gabinetes, indústrias, comércio e nas estradas de fronteiras; sempre há quem se enriquece mais fa-

bulosamente no peculato, concussão, corrupção, Aspecto da construção da piscina, que virá breve-

mente completar o parque esportivo do veterano C. R. P.

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sonegação e contrabando. Debaixo do eufemismo dinâmico homem de negócios, quanta velhacaria

grossa, às vêzes, a aviltar ante à opiniãopública e daí, não sem razão, a primeira das investidas

do novo rico — a de dar-se de amizades comos homens de bem de sua cidade! Apesar das perspectivas e do mal ser mais generalizado, é sempre o noticiário do crime de jornal, mormente do homicídio,que põe a prova tôda a ira popular, não faltando opiniões das mais díspares do que se deveria fazer ao brutamontes, descendoa pormenores em que a hediondez suplanta em muito ao caso reportado !

Sem pretensões dogmáticas, bem mal anda tôda uma coletividade,quando seus provérbios perdem seus significados: não mais previnem situações, ao contrário, libertam-nas desnorteadas e os seus anátemas são incrédulamentc ironizados. Assim o ditado: sapateiro, não vá além da sandália, há tempos que não mais existe, tudo porque o homem moderno corrompeu-lheo sen-

tido, depois que se tornou mandão do mundo e entendeu opinar em todos os assuntos com o mesmo ardor de sua arrojada ignorância! Assim, de quan-

do em vez, as cidades se vêem abaladas na confiança da justiça de seus homens pelo absolvição de contumaz marginal, mas a pecha que, nesses mon?entos de crise, querem dar ao magistrado, receba-a em devolução o próprio povo, pois é a quem verdadeiramente cabe. O Julgador, figura de cúpula e de livre entendimento, não deixa de


23

ser um oscilante entre os demarcados campos dos autos e do texto legal. Nos primeiros colaborou todo o povo, no último seus representantes um dia reunidos nos Congressos. Se todo o edifício dos autos levou o suor de seus obreiros e o sinête de sua qualidade, a lei haverá de ser cumprida, porque recebera a êmpera de seus homens de talento e cultura. Nas forjas dos grandes cenáculos, operando a simbiose das idéias, travaram a titânica luta dos argumentos; cedeu-se o falível con— ceito individual ante o indefectível juízo coletivo, enormemente expresso na maioria de seus prebiscitos, e finalmente, num inspirado momento, o espírito de eleição se eternizou na irrevogabilida-

de de seu entendimento! Quem; entretanto, perante a sua consciência foi:

eleitor vendido, testemunha peitada, perito incapaz jurado venal e advogado chicaneiro

conspurcou a Justiça e não pode falar dela, porque não a entendeu e seria já ir além da sandália!

O ESCRITOR

MARIO

PIRES E UMA

RETIFICAÇÃO Em nosso número de Maio último, por uma inadvertência perdoável pela intenção mas indesculpável pelo amor à verdade, ao publicarmos um resumo biográfico dêste nosso apreciado colaborador, atribuimos-lhe a nobre extirpe do «caipira» Cornélio Pires. Foi uma traição causada pelo sobrenome, mas não deve ficar sem a devida retificação, que o prezado amigo Mário Pires nos

solicita discreta e honestamente,— no que demonstra ser mesmo de extirpe nobre — e que nós,

prontamente, fazemos, rogando-lhe mil excusas pela «mancada», cheia de boas intenções, mas «mancada» mesmo. E, além disso, aproveitamos o

ensejo para recomendar aos leitores o interessante conto «A flauta de Pão», de Mário Pires, que esamos publicando peste número.

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24

VIRGOLINO

DE OLI-

VIREAI chefe da 'Usina

em

11

N. S. d'Aparecida

Itapira, que

se di-

gal a usina senhorial e palaciana, onde tudo é brilho e limpeza,

é um dos arregimentadores vanguardei-

ros da "' Campanha

Pró Monumento

A

MARIO DEDINI

A comissãode Piracicaloa/através de seu orcanismo dirigente/ rende-

lhe os seus melhores agradecimentos/ pelo apoio incomensurávelque a ela tem dado.

Piracicaba, Junho 25/ 1960 Benedicto Dutra Teixeira - Presidenfe

Cecílio Elias Netto - Sacretário João Evangelista Bueno -


25

Comissão pró

Dr. Francisco Mucci Snr. Gerson Martins Snr. Ismael Corazza Prof. João Chiarini Prof. João Evangelista Bueno

Dr. Luíz Faria Lemos Pinheiro

monumento a

Mário Dedini Pintor Alberto Thomazi Prof. Artur Correa Sanches Prof. Afonso José Fioravanti Snr. Alcides Martinelli Pintor Arquimedes Dutra Prof. Benedito Dutra Teixeira AcadêmicoCecílio Elias Netto Dr. Ermor Zambello Prof. Elias Salum Pintor Faustino F. Souza Snr. Fued Helou Kraide

Vereador Mário Stolf Tenente Pedro Corlatti Snr. Elias Jorge Snr. Salvador Paulilo Vereador Manoel R. Lourenço

Snr. Manoel Chadad Vereador Geraldo Carvalhaes Bastos

Dr. Uriel MarcondesCésar Prof. José Chalita

Prof. J. A. B. Jordão

Maquete do monumento a Mário Dedi-

ni de autoriado escultorLuisMorrone, a ser construidona praça José Boni-

facio.


'26

Demonstraçãode um dos 6 grandes

veículos flutuadores que foram construidos na Inglaterra para serem usados nos charcos de Llanos, na Colombia.

Notícias Internacionais Fotos: BNS O Fairey Rotodyne,avião de passagei-

ros britânicos de decolagem vertical, continua cada dia que passa a provocar maior admiração nos circulos aeronáutiticos, sobretudo porque cada minuto sua versatilidade aumenta. Recentemente, na Inglaterra, na presença de oficiais superiores das fórças armadas, o Roto-

dyne funcionou como grua voadora,

conduzindo um lance completo de uma ponte de aço e depositando-o exatamente no local determinado pelo Corpo

de Sapadoresdo ExrécitoBritânico.

a:

O fazendeiro ou construtor moderno encontra agora na linha de produtos Massey-Ferguson, da Grã-Bretanha, mais um implemento de indiscutivel utilidade. Em questão de cinco minutos, a vista na foto BNS pode ser acoplada a umescavadeira tipos de trator da companhia e, pronto acabou-se dos a dificuldade na abertura de valetas e canais de irrigação. A escavadeira manobrada fàcilmente por uma única pessoa, pode abrir valetas

de até 4 metros de profundidade.


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RUINA EM FLOR (Do livro «Ventarolas» de José Pinto de Almeida Ferraz) frágil, de madeira, casa uma Era Pequeno asilo simples à alegria, Feito para se armar em companhia Á margem de uma rua prazenteira.

Nãovás..

VOLTARAS

Pressinto a dor horrível Que haverá em tua ausência: a saudade entrando em mim, dilacerando-me o ser, fazendo-me recordar-te

e me deixandosem ti.. Não vás.. Hei de pedir sempre

Mas um capricho a expôs, sàzinha, um dia, Distante da cidade, a ventaneira,

À borrasca, à enxurrada traiçoeira, Na fraldasde nevoenta serrania. E a pobre habitação ficou deserta. Ninguéma quis. E' uma ruina agora, Debalde mostra sempre a porta aberta. Hoje, debalde a trepadeira a enflora. Não presta abrigo quando a chuva aperta E infunde mêdo em quem a vê de fora..

que fiques um pouco mais,

ETERNO

porque,

cada vez que partes, é como se minha vida

repetisse a mesma morte violenta . Amo-te demais . Sempre suplico: não vás .

Láqrimas confundem meu olhar, Nubla-se a imagem, e, quando a luz volta, percebo desolada: partiste. Estou só..

E o mesmo pranto que dizia não vás, interroga a solidão,

perguntandotristemente: amor meu, voltarás?

No templo tudo é paz . Os círios acesos, brincam ao sabor do vento. Sobe ao céu, o cheiro gostoso de incenso.. Os santos, nos altares, recebem as orações piedosas. ..

Lá no alto — Cristo — resplandescente de luz e amor,

enche de satisfação, o coração dos fiéis .

No templo tudo é paz..

DIRCE RAMOS DE LIMA

BRASILIA O ímpeto é, ainda, o mesmo; e a travessia Faz-se, agora, já em terra, e não no mar. Voz que chama, gritando ao patamar

Do planalto central, onde se cria

O País do Presente. E, tutelar, O Cênio da Nação serve de guia.

Inúbia de esperança e de magia, Conclamandoo Brasil a se encontrar.

Brasília dos candangos, insubmissa C,idadeda esperança, o mesmo lenho Do sacrifício da primeira missa Plantou-se no sertão! E esta alvorada Nõo mais se deterá; ela é o empenho Da Fé. E' outra, e a mesma, a caminhada!

Piraçununga, 20-4-60 — Celso Augusto

N. da R. — O dr. Celso Augusto de Assump-

çâo, advogado em Piraçununga, é poeta de pri-

meira água. Sua lira, desde os bancos acadêmicos,

é considerada das mais perfeitas e inspiradas. Seus versos, cálidos e expressivos no fundo e per-

feitos na forma, têm sempre um sabor de antologia. Grande é a bagagem de suas composições poéticas, parte delas reunidas num livro cujo título, por si, é um poema — «Santa cruz do meu caminho» .

Súbito ,

um rumor vem de fora, é o motim.

Chegando à porta, o velho e pobre frade, encarando aquêles homens brutos, sem Deus,

diz ao chefe da corja: «Desembainha tua espada, guerreiro,

se tua coragem ultrapassa o céu. Podes entrar no Templo, derrubar altares, quebrar santos, profanar imagens Poderás transpassar coraçÕescristãos, fazer o sangue de Cristo jorrar, tingirá a terra, matarás até o último dos homens .. Mas, no final, quando tcdo cristão tombar, quando nada mais restar, encontrarás Cristo, no teu escondidocoração... » O guerreiro abaixa a cabeça e sai... No Templo tudo é paz. , MARISA COSENTINO


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30

nha, que o macuco fôsse embora, porque a batida do meu coração prendia a minha respiração e dava a impressão de que o macuco poderia até escutar. Ele deu diversos piados no mesmo lugar. Depois de uns IO minutos, consegui levantar-me, mas, o tal já não estava mais no lugar. Como era hora de poleiro, dei um piado e tive a resposta no fundo do grotão já empoleirado. Naquela hora, ti-

ve fôrças para ir procurá-lo, descendo grota abaixo, lugar difícil de andar por ser muito acidentado. Fui descendo. Era hora do crepúsculo,mas nem lembrei que seria difícil a volta e, quando cheguei em baixo, é que pensei quanto seria difícil encontrá-lo. Acendi o farolete e pensei no que

fazer. Resolvi voltar mas não encontrava a picada. Já com bastante mêdo, pensei no compadre que viria me procurar. Não desanimei e continuei a procurar a picada. Eram mais ou menos 20 1/2 horas quando achei o «embaiá». Pensei: Agora es-

tou garantido! E fui saindo bem devagar porque Este era positivamente o dia do caçador!..

Minha primeira cacada

de maCUCOS AVELINO MOREIRA

quero narrar a grande emoçãoque tive na minha primeira caçada de macucos. Eu e meu compadre Zico Mé, fomos fazer uma caçada em Capão

Bonito (S.P.), isso há muitos anos. Chegando ao nosso destino, armamos a barraca de lona. Em nossa companhia estavam Dério Daniel e Luiz Clemente, nosso cozinheiro. A caçada estava mui-

to boa. O compadrejá matara dois macucose o Dério um e diversos inhamubus-açus e urus. Nu-

ma tarde, saí só pela primeira vez. Nunca havia ficado sôzinho em sertão como aquêle. Entrei por uma picada em que mal se percebiam os sinais de facão, mas, encorajei-me e penetrei pela mata a dentro. A ochegar à beira de um grotão, dei um piado. Logo respondeu um macuco, tirei o facão da baínha, cortei algumas fôlhas de palmito, fiz um «embaiaá», onde me abriguei. O macuco deu

3 ou 4 piados enquanto eu fazia o mesmo. Passei o lençono rosto para enxugaro suor que cor-

ria, em seguida passei um pouco de Repelex para evitar os pernilongos que me rodeavam. Logo del um piado. No segundo, já respondeu mais perto _ Eu, já bem nervoso, achei melhor sentar para evitar que êle me visse. Pouco antes de eu piar, escutei bem mais perto outro piado. Diante da perspectiva, comecei a tremer. Respondi ao pia-

do, passaram-se dois minutos e aí sim, piou encostado com o «embaiá». A minha tremedeira foi aumentando de tal forma que não tive fôrças pa-

ra me erguer do chão. Era tanta a emoção que não pude me controlar e, então, no silêncio da mata, pedia a mim mesmo, em voz muito baixi-

muito mal se percebia a picada, por não a ter limpado melhor. Quando cheguei na barraca, o compadre e o Dério já estavam prontos para irem ao

meu encontro. Contei o sucedido e o compadre disse: Amanhã cedo iremos lá e quero que você mate aquêle macuco. Dito e feito! Saímos bem cedo. Chegando no lugar, achei melhor nos separarmos, pois, haviam piado dois macucos na noi-

te anterior. Depois de uns 200 metros, fiz outro «embaiá». Comecei a piar, mas não houve resposta. Logo após, escutei um tiro. Fui ao encontro do compadre para saber em que êle havia atirado. Encontrei-o emocionado com um belo macuco na mão e um sorriso nos lábios. Disse êle que

seria eu o matador se tivesse permanecidoali

«Não desanime», disse o compadre; o outro está por aí. Enchi-me de esperanças, demos alguns piados e o tal começou a responder. Mas não se apro-

ximava porque tinha visto o meu compadre.Tive uma idéia, pois o compadre queria mesmo que eu matasse aquêle macuco. Saí, pé por pé, em direcão contrária de onde vinha o piado. Assim foi feito. Êle ficou atrás de uma árvore e começoua

piar. Aconteceu o que eu pensei: o macucosaiu

de onde estava e ao passar por perto do «embaiá» aonde me achava, percebi a bulha. Levantei-mee vi o maravilhoso galináceo. Levei a espingarda ao ombro e disparei. Logo após aparece o compa-

dre c@mum sorriso e perguntou: :— Matou ? Nem

pude responder de tanta emoção. Êle, percebendo a minha alegria, dirigiu-se para onde estava o ma-

cuco e erguendo-opara eu ver disse: — Quecolosso, nunca vi um tão grande assim! Eu, sem nada dizer, quase chorei. Trocamos abraços de alegria e satisfação. Fomos para o acampamento, pois, era 1/2 dia. Ao chegar, o Dério estava almoçando, mas, quando tirei o macuco da patrona, parou com a colher entre os dentes. Pensou al-

guns segundos, depois, muito calmo, exclamou! — Que beleza! Nunca pensei que houvesse macuco tão grande assim! Foi uma alegria geral. Em resumo, aqui está o fim da minha primeira caçada quando também tive a felicidadede matar o primeiro macuco.


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32

I ÚLTIMA ESTAÇÃO I

sentada por Vereador ou pelo Prefeito (nunca por

qualquer outro munícipe) que visa estabelecer norma ou normas obrigatórias para a coletividade local. É o que irá constituir uma lei. Projeto, como o próprio têrmo significa, é uma tentativa, um

O LEGISLATIVO vrrrl Prometêramos retornar, «Deo adjuvante», a êste cantinho final da revista, para prosseguir-

mos a digressão encetada acêrca de nosso Legislativo Municipal.E sôbre o seu modo de funcionar é que iríamos dizer algo. Para início, podemos salientar que, sendo a Câmara Municipal um órgão representativo de uma coletividade.é coletivamente que delibera, resolve, decide, através de votações, públicas na maioria das vêzes, isto é, manifestando-se por gesto em conjunto, se aprova ou desaprova

aquilo que lhe é submetidoao voto pela presi-

dência da Mesa. E êsse gesto é expressivo pelo sentar-se ou levantar-se o Vereador de sua cadeira, segundo seja favorável ou contrário à medida proposta. Para se chegar a essa etapa, que pode ser considerada a etapa final, decisiva,deve entretanto a matéria passar por trâmites diver-

plano. Sômente depois de passar por duas votacães na Câmara Municipal, receber a sanção (aceitação e assinatura) do Executivo (Prefeito) e ser publicado é que será lei, para todos os efeitos. Estranham muitas pessoas, especialmenteas que não acompanham os trabalhos legislativos, no recinto em que se realizam, as discussões às vêzes acaloradas, barulhentas, que se travam no Plená-

rio, entre os srs. Vereadores,não raro recebendo

condenação ou censura. É um êrro tal estranheza, porque o debate de um projeto-lei, demonstra que

atraiu a atenção dos senhores edis, e conseqüentemente o seu estudo mais acurado, o seu dissecamento. e enfim o interêsse público, com possibilidades então de sair dêsse banho de discursos, mais polido, mais perfeito. A meu ver, quanto mais discutido um assunto, quanto mais ventilado, melhores resultados poderá trazer ao bem co-

mum. O silêncio poderia às vêzes ser comprometedor. Em conclusão. louvem-se aquêles que, des-

prendidamente,se dedicam à Vereança louvemlhes o espírito público, o patriotismo; reconheçam-lhes, não os pequenos senÕes, próprios do ho-

mem, mas as grandes manifestações de seu amor para com o Municípioque encarnam.

FOTOCÓPIAS

CÓPIAS

sos chamados regimentais. Assim, o primeiro pas-

so é a realizaçãoda sessão, em dia, hora e local

O

2+,erminados,para cuja efetivação se faz imprescindível a existência de um número certo do Vereadores. Procede-se à chamada nominal, verifica-

êsse número, também dito «quorum», após o

que, faz-se a leitura da Ata da reunião anterior, para os fins de ser aprovada ou retificada. Tem início aí o que se chama EXPEDIENTE,uma e a nrimeira de suas partes, sendo a segunda A OR-

DEMDO DIA. Naquele, através da leitura, tomam

ciência cs srs. Vereadores de papéis e assuntos

diversos, uns redigidos e assinados, outros comen-

,Fas Ne\aqao

Ñ$xaçoes a oxockÑxas \

tados por oradores na tribuna. É apenas um contacto . Na ORDEM DO DIA é que o Legislativo real-

mente delibera.Destas deliberações,umas, como os casos de Requerimentos ou Indicações, são mais pró-forma, outras, como os casos de projetos de lei ou resolução, constituem matéria de lei,

isto é, irão servir de norma para a coletividade.

Portanto, só quando vota e aprova projetos de lei

é que a Câmara Municipal efetivamente legisla para o Município, desincumbindo-se assim da sua precípua e mais importante atribuição. E como é

a matéria mais importante, detenhamo-nosno Projeto-Lei. É êste uma proposição escrita, apre-

Rua Sio lasé, 66' • Telefone.3418


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Há 40

Vistã aérea das•Oficinas Dedini em Vila Rezende

Mas as indústrias Dedini não pararam aí. Hoje elas se desdobramem grande laminação de perfilados e em futuro próximo produzirão aço piracicabano! Isso tudo representa grandeza para S. Pauto e progresso para o Brasil!

M. Dedini S. A. — Grande laminação de perfilados

. Antes de Mário Dedini, tôda maquinaría para a indústria do açúcar tinha de ser importada. Isto representava gastos astronômicos para o Brasil! Depois veio M. D. e construiu aquí tôdas as máquinas para o fabríco do açúcar e em seguida usinas completas'. É fácil imaginar a oconomia em divisas que isto representou para o nosso país.

Por isso êle é com inteira justiça PAI DO AÇÚCAR"

edi


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