ΙΡιΑΝΤ
1ロロロロ0 ロロロロロロ%
■ロ0000 ■■■ 鬱 ー
ロ■0
0%ロ 00
: :
1ロ0 ロロ0 確
俿勢 第層載 纃を協 ・ ■ 切 第 ■0臨
]ー ロ 0 ロ 扉 斷 1レ第影a ■ 1 仭 ロ 加 ロ ■ 0 コ 矗 ロ レ ロ ■ 」 ロ膨新 及凵ロー 冽 匈 1 ロ 0 み 0 コ ロ 0を望 当 切 飭 ■ ・ ロ00 載当 彦ロロロ■ 新 1ロ 00■ 磯 ロ 町 ロ ロ ロ ・ ■ ] ロロ00 都 ロロロロロロロ・ 0
■
〕
ー 0ロ 000 務 ア・0■0000000 ・
】 第00
新
ロ00M ー
日ロロロロ
MIRANTE
MIRANTE
Pundada em março de 1957
Diretor:
Araken Martins
ANO 1
PIRACICABA/OUTUBRO/1980
NO6 (NOVA FASE)
Editor:
João Maffeis Neto - Reg. 9.579
Redação:
Araken Martins, Ari Gomes, Barone e Lucio Domenico
Vera Maria Queiroz. Fotografia:
Christiano Diehl Neto, Nelson
Campos, Henrique Spavieri e
Cícero Correa dos Santos
Composição:
Empresa Gráfica Piracicabana Ltda. — tana, 94 —
Rua Rangel Pes-
Fone: 33-3099 —
Piracicaba —
SP.
Impressão: de Menores
Lar Franciscano
— Av. Independência, 1146 — Fone: 22-8835 —
Piracicaba —
SP.
Tiragem:
3.500exemplares
Redação, administração e anúncios:
Rua São José,851 caba —
Piraci-
NOSSA CAPA
SP.
MIRANTEé publicada por intermédio de Jal —
Arte & Co-
Marilisa Seghesi Romani,
fotografada por Christiano Diehl Neto, do Studio Macro
municação S/C Ltda.— Rua
(Câmera
São José, 851 — Piracicaba —
Nikon
F2, lente 105 mm,
filtro Soft)
SP.
SUMÁRIO
Distribuição: Distribuidora Piracicabana de Jornais e Revistas Ltda.
Travessa Almeida Junior, 355 —
Fones: 33-3315 e 22-6289 —
Piracicaba — SP.
Todos os direitos são reservados, sendo proibida a repro-
dução total ou parcial dos anúncios
e matérias
constan-
tes desta edição.
Os pedidos de assinaturas de-
vem ser feitos diretamente à
Rua São José,851, ou através de
nossos
contatos
mente credenciados.
devida-
ZOOLOGICO
O CENTRODE REABILITAÇÃO UM RESTAURANTE DIFERENTE
CAFÉ EM SOCIEDADE AMOR NELLY KIM, JUMBO ELETRO: SETE ANOS CINEMA MODA
MOTO: UMA NOVA IMAGEM FILATELIA
4 9 12 14 16 11
22 24 26 29 3
ZOOLÓGICO O terreno que o zoológico
de Piracicaba ocupa atual-
concretizada no
governo de
pertencia à Fazenda mente Areão, da Esalq. Ciente do o dr. Edterreno abandonado,
Cássio Paschoal Padovani. O dr. Kiehl lembra-se perfeitamente da proposta feita pelo Secretário de Obras, Lá-
de doação em 1962 por inter-
zoológico. Vocês arrumam os
mar Kiehl entrou com pedido médio
do Lions Clube de Pi-
racicaba-Centro,do qual era
zaro Capellari:"Eu arrumo o animais?"
A
administração munici-
do 1--lomeroPaes de Athayde substituiu a Cássio Paschoal Padovani.
GASTOS E VERBAS Resistindo a várias admizoológico foi nistrações, o de an;número em crescendo encargos. e funcionários mais, Gangorras, bebedouros e disco voador deram novo aspecto ao Paraíso da Criança. Os gas-
presidente. Seis anos se passa-
pal cedeu as máquinas para a
do da pelo então governador de Barros. Estado, Adhemar
eucalíptos; foram
zoológico, o Lions Centro contou com o apoio do Lions Leste e dos três Rotary existentes. Os cinco clubes de servi-
apenas dois anos o zoológico estava pronto, sendo inaugu-
mil cruzeiros mensais. Segundo o dr. Kiehl, quando Adilson B. Maluf assumiu a pre-
1971.
feitura, foi destinada
entanto, que é considerado uma extensão do zoológico, só em 12 de oufoi inaugurado
posteriormente para 100 mil.
ram até que a doação efetiva-
Para a implantação do
ço formaram
uma
comissão
para a criação do zoológico mas, na época, o prefeito Luciano Guidotti não concordou com a idéia, que só veio a ser
terraplenagem, conservando os marcadas
as ruas e construído o lago ar-
tifical existente até hoje. Em
rado a primeiro de agosto de O Paraíso da Criança, no
tubro do ano seguinte, quan-
tos giravam em torno de 40 ao zooló-
gico a irrisóriaverba anual de 50 mil cruzeiros, aumentada
No fim do mandato, Maluf deixou um orçamento de 300 mil
5
cruzeiros para a administração João Herrmann
Neto. De-
pois de tantos cortes, essa quantia
ficou reduzida
pela
metade. Nessa época a verba
destinada pela prefeitura de Sorocaba
ao
considerado um
seu
zoológico,
dos melhores
do interior do Estado de São Paulo, era de 3,5 milhões de cruzeiros.
Uma fase difícil relembra-
da pelo dr. Kiehl: "A alimense tacão dos bichos sempre maiores dos num constituiu a problemas, principalmente Polícia que a no carnívoros, dos colaborou, muito Rodoviária sobre os anicomunicando-nos
mais mortos por atropelamen-
to nas cercanias de Piracicaba".
Esse serviço que a Polícia
Rodoviária ainda presta ao zoológicoé de grande valia. Pa-
ra se ter idéia do consumo
de
carne, um leão come de três a
cinco quilos de carne diariamente. São consumidos também cerca de 15 mil pintinhos
todo mês, conforme afirmação do profissional da área veteri nária, dr. Hélio Negrelli Filho
que, junto com o dr. Miguel Morano Junior, prestam servicos à Prefeitura, através da Coordenadoria
Municipal
de
Turismo, responsável diretapeIo zoológico e Paraíso da Crian-
ça, depois do afastamento do antigo diretor. De julho de 1979 a janeiro deste ano, além do repovoade animais através de mento captura, empréstimo, doação, permuta
e aquisição, o zoológi-
co e o parque passaram por muitos melhoramentos, alguns dos quais de grande importância, como a drenagem do lago, reparos nos encanamentos e esgotos, reformas de viveiros em estado precário,consertos
de brinquedos e substituição das grades de proteção ao público.
Contando com 300 animais entre aves, mamíferos
e
répteis —-o zoológicoe o par-
que, que tem mais de vinte
funcionários, receberam no ano passado aproximadamente 300 mil visitantes.Otimista ou
irreal, essa estimativa é baseada no relatórioda Cootur
(17
de janeiro de 1980), que dispõe sobre a administração do zoológico e Paraíso da Criança. Casos interessantes aconte-
cem no dia a dia do zoológico. deles,segundo o dr. Ne-
Um
grelli, aconteceu com uma leoa que sofreu duas cesárias, ope-
rações bem
sucedidas, muito
embora perigosas e com grande margem de risco de vida. Na primeira vez, passados cinco dias, a leoa arrancou os pontos
i3t:.
da operação, sendo necessária a reconstituição à noite, sob a luz de um poste. A outra operação foi seguida pela castração, evitando-se dessa forma
nova gravidez que poderia ser fatal.
Se a média diária de visitantes é de 800, realmente a
população de Piracicaba tem interesse naquela e cultura.
Não
área de lazer
ao
seria conveniente
município pensar no zoológico
em termosde Fundação?
POUPANÇA É TERRA.
AVENCAS LOTES A PARTIR DE 250m2 Informações— Tel. 34-2811
Propriedade do•
grupo industrial
guatapará
imobiliária
monte alegre s.a.
Procuradora: TERRAS DO ENGENHO Planejamento. Construção e Administração Ltda.
CRECI — 10.446
A cATTl FAZ MAIS
DO QUE AVIAR RECEITAS: DEIXA VOCÊ COM UMOLHAR BONITO. negócio. Aviar receitas sempre foi o nosso E a perfeição das lentes é a nossa maior
preocupação, e para que não haja nenhum risco,
nós mesmos fazemos as lentes. Nós acreditamos que os óculos devem ser a soluçáo dos seus problemasde visão. Náo o começo de outros.
Queremos que você veja tudo perfeitamente. Veja
tudo bonito.
E aí entra mais uma qualidade Gatti. Já que você vai ver tudo bonito, queremos que você fique bonito também. A Gatti sempre se preocupa em indicar uma armação que fique perfeita para o seu
rosto. Você sabia que existe, pràticamente,um tipo de armação para cada tipo de rosto? A Gatti sabe. Dê um pulo na Gatti que agente mostra isso para você.
GATTI Rua Governador Pedro de Toledo, 974
O Centro de Reabilitacão O Centro de Reabilitação de Piracicaba, fundado há mais de dez anos com a finalidade de atender às crianças excepcionais da cidade e re-
gião, desponta hoje como um
dos mais importantescentros
ção do Bem Estar do Menor, Prefeitura Municipal, Centro
de adaptação do interior. Entidade particular e filantrópica, mantém-se a partir de
Nacional de Educação Espe-
sileira de Assistência,Funda-
campanhas beneficentes.
convênios com a Legião Bra-
cial, Secretaria da Educação,
além de sócios contribuintes e
de neurologia, fisiatria, ortopedia, pediatria, odontologia, assistência social, psicologia, fisioterapia, terapia ocupacional,
Basicamente, o Centro de
Reabilitaçãode Piracicaba tem por finalidade a adaptação e
readaptação física, psicológica, educativa, social e profissional,
fonoaudiologia
integrando equilibradamente tais processos parciais com um fim único global de máximo
desenvolvimento
potencial
orientação
de
nato e ambulatorial. Somente são admitidas as crianças de idade inferior a 14 anos incompletos, portadores de deficiêy cia física elou mental, excluindo-se as que possuam deficiência da sensibilidade especial,
no aos aprendizes que atingi-
rem desempenho qualitativo e
notadamente os de categoria
portamento do.
cável, destaca-se o trabalho desenvolvido na Oficina de Tra-
Seguindo esse esquema, os aprendizes recebem por pro-
balho Abrigada Piracicaba —
O.T.A.P. —
funcionando no
próprio Centro, ainda em instalações precárias, das 8:00 às 17:00 horas.
A O.T.A.P., que abriga
jovens de 15 a 25 anos, tem por objetivo promover treina-
visão e audição.
colocação em emprego exter-
mal e que possuam um com-
educacional treinável ou edu-
mais de 350 paAtendendo três recientes, são mantidos gimes: semi internato, exter-
excepcional na força de
trabalho; promover treinamento profissionale possibilitar
pedagógica. Favorecendo a adaptação do excepcionalà comunidade.
cada paciente.
tais como
e
menor
profissional aos excep-
quantitativopróximo do nor-
dução,
laborativo adequa-
através de
subcontra-
tos mantidos
com
sas Alutec —
Indústria e Co-
as empre-
mércio, Fábrica de Vassouras Primavera e Philips do Brasil S.A.
Procurando atingir todos os setores e ampliar ao máximo a possibilidade de integra-
O Centro de Reabilitação funciona atualmente em pré-
mento
cionais que atingiram todas
cão do excepcional à comuni-
dio próprio, à rua Almirante Barroso, n.0 500, cujo terreno foi doado pela Prefeitura Mu-
as etapas do setor educacional; psicofavorecer ajustamento
dade, o Centro de Reabilitação oferece, através do seu setor
nicipal,estando capacitado pa-
borativa, independência
ra um
atendimento
e
social; romover adaptação lae tra-
balho remunerado; pesquisar
trata-
mento de melhor nível. Para atender e cobrir todas as necessidades dos excepcionais, uma equipe de profissio-
nais presta serviços nas áreas
interesses, aptidões e habilidades laborativas; favorecer aquisição de hábitos, atitudes de
trabalho e resistência à fadiga; promover a integração do
educacional, com duas pedagogas e vinte e duas professoras especializadas, as classes
de Treinamento de Condutas Básicas, Maternal, Jardim dr Infância, Pré-Oficina, Pré-AIfabetização, Primeira Série e Oficia Pedagógica.
SUA VIAGEM À
DisneyW0r1d COMEÇA COMESTES TELEFONES:
34-3131 — 34-2267
Consulte nossos programas, preços e facilidades.
Giro Turismo Ltda. Rua Riachuelo, 1.044— Plraclcaba-SP
10
Emb. 080013801-5
Jumbo Eletro : a grande atracão
do comércio
OS NOVOS DEPARTAMENTOS
lançou sua grande venda de
aniversário com o já tradicio-
Passados sete anos desde sua inauguração,
o Jumbo
nal tema
Ele-
aniversárioe quem
tro mantém-se como a maior atracão do comércio, atraindo
ano
seu
de atividades em
caba e servindo também
da a região,o Jumbo
Eletro faz
ganha o
presente é você".
milhares de clienmensalmente e região. Piracicaba de tes
Completando
"Jumbo
Além das incontáveis ofertas especiais cujos preços são r e alm e n te convidativos, o
grande centro comercial co-
sétimo
memorou
Piraci-
um
a to-
Eletro
a data distribuindo
bolo de mil quilos à sua
clientela no dia 11 de outubro.
Passando por completa reem
formulação
todos os seus
setores,a loja ganhou visual. Todas gistradoras
novo
reas máquinas " check-outs"
foram substituídaspor outras mais modernas
e funcionais e
aumentadas em número de quatro. Em 9.500 m2 de área construída, encontram-se os de-
partamentos de supermercado, lanchonete (totalmente reformada), frios e laticinios,verduras, cereais, bomboniere, tabacaria, cine-foto-som, discos,
camping,
móveis, aparelhos
domésticos, ferramentas, brinquedos, bazar, cristais,prataria, tapetes, cortinas, forrações, cosméticos, bijouteria e confecções infantis, masculinas e femininas. Além de todos esses depar-
tamentos, dois outros foram
criados para atender as exi-
gências do consumidor: uma
completa rotisserie e uma mo-
dema padaria e confeitaria,
IVülltlll\
que, além de oferecer pães, bolos e doces o dia todo, tami
bém aceita encomendaspara
festas.
Por outro lado, também se
preocupando com o cliente, e empresa
se interessa pelo ní-
vel de preparação dos funcionários ao auto-serviço. Por ou-
tro lado, pessoal especializado cria vendedores de gabarito dando-fnes condições de continuidade nos estudos e oferecimento de cursos técnicos em
administração e comercialização. 11
-68.0 Z
ESTÃURANTE
restaurante diferente
Inicialmente, parecia uma idéia maluca, apesar de origi-
nal: utilizarum
vagão da FE-
PASA como restaurante para estudantes. Mas a idéia estava lançada dentro da Faculdade de Odontologia de Piracica-
ba.
Sabia-se da possibilidade de consegui-lo e foi com a inter-
venção do deputado Jairo Ribeiro de Mattos e do dr. Anto12
nio Carlos Neder junto ao pre-
portes Lubiani
col), que a doação se concreti-
No mês
sidente da ferrovia, Tuffic Ja-
zou.
A partir daí, uma equipe começou a trabalhar sob a coordenação
do dr. Fausto Bér-
zin. Desdea escolha do vagão em Rio Claro até a preparação da base de concreto e os primeiros contatos com a Cater-
pillar Brasil S.A. e a Trans-
Ltda., três me-
ses se passaram.
de maio o vagão es-
tava pronto para a remoção da Estação
da Paulista ao campus
da FOP. Fora construídoem
1917 nas oficinas da antiga Paulista de EstraCompanhia da de Ferro e servia como restaurante à administração da estrada em suas viagens de inspeção. Com 17 metros de com-
Um
restaurante
diferente, agradável e funcional.
primento, pesando mais de 30 toneladas, a difícil tarefa de transportá-lo coube às duas
grandes empresas locais.Foram utilizadasduas empilhadeiras de alta tonelagem
da
terpillar e um Scania com carreta especial para cargas pesadas da Lubiani, movimentando
ainda equipes da Polícia Rodoviária,Telesp e Companhia Paulista de Força e Luz. O dr. Fausto Bérzin já dizia na época: "Vamos fazer o pos-
sível para devolver ao vagão as suas cores originais mar-
IUBIANI TRANSPORTES LTDA.
rom terra e amarelo — e man-
ter o estilo"Art Nouveau" que prevalecia desde sua constru-
cão"
Hoje, totalmente restaura-
do e circundado
por 300 mu-
das de árvores frutíferas tradi-
cionais (jambo, jambolão, pitanga, ingá, etc.), doadas pelo Departamento do Estado
de Sivicultura
o vagão
restaurante
atende não somente estudan-
tes,como também professores e funcionários da faculdade, além de ser mais um ponto de atração no campus da FOP.
PRONTA
O primeiro em transportes pesados de Piracicaba Rua or. JoggaCoury-4S-SS—
•Fon.:
13
EMSOCIEDADE * Uma nova casa de modas vai dar muito o que falar a partir de novembro. Anote o
nome: Kamarin. As proprietárias são Elaíne Eliane Andia.
Giannetti
e
* Por falar em moda, a Galeria "O Beco", na Governador, está levando vantagem com
conceituada boutique se
uma
instlando primeiras
em
de
uma
lojas.
Vá
suas
lá confe-
rir. * Também será inaugurado * Reinaugurada com finocoquetel depois
de ter passado
por complete reforma, a loja
de calçados e bolsas "Chaplin" está recebendo a selecionadíssima clientela de Piracicaba e região desde o dia 5 de outubro. A partir de então, a mulher elegante e inteligente não
mais precisa se locomover para grandes centros quando
quiser marcas famosas como Ducho, Tereza Gureg, Lefan, Bruno & Ferrari e outras mais. Nos bastidores de todo esse sucesso está o casal Fernando Augusto (Silvia) Z. Faraht.
no início de novembro o imponente edifício Sisal Center, da Construtora Fagundes. Luiz
Antonio Lopes Fagundes está radiando
* Registramos o recebimento do primeiro exemplar da nova fase de "O Trator", jornal in-
terno da Caterpillar Piracicaba. Com
*
O
professor dr. Antonio
Carlos Neder,
titular da
área
de Farmacologia, Anestiologia e Terapêutica da Faculdade
de
Odontologia de Piracicaba, que
já vem dando sua colaboração como membro de órgãos fede-
rais como o Conselho Nacional de Saúde
e a Central de
Medicamentos, acumula agora duas outras funções importantes dentro do Conselho Federal de Odontologia. A primeira
como presidenteda Comissão de Fiscalização dos Cursos de
Especialização existentes no Brasil e a outra como assessor para assuntos relativos a medicamentos
de uso em odonto-
logia. * Sob o comando
do cap.
uma badalada Shop realizou
festa para clientes e convidados especiais. Muito uísque e champagne francesa marca-
ram o acontecimentoaté alta madrugada, que tevelugar na
boite Crocodillus.
14
* Ivone Maluf Goldschimidt, dama
de nossa sociedade, pro-
moveu com grande sucesso o
seu "Café da Manhã", em co-
memoração aos 20 anos da Maison
D'Or. Figuras de des-
taque da socila piracicabana
marcaram presença ao evento na
mansão
de Isa Silveira
tiragem
de
3 mil
exemplares,impressão em off-
set e capa 2 cores, "O Trator"
traz entre outras matérias uma reportagem completa so-
bre
o
serviço de
assistência
médica da Caterpillar.Quem viu e leu o novo "Trator", sem
dúvida alguma, deve ter gostado.
Mello. Um colorido todo especial foi dado pelo organista Belito e pelo cantor Sanny. O
buffet Manoelina de São PauIo serviu aos convidados.
Vive Ia différence!
* Devidamente anotada a ausência de intelectuais nativos
no lançamento do livro "Direito, Poder
Francisco Stefanovitz, a New
felicidade.
e Opressão",
de
RobertoArmando Ramos de Aguiar, dia 9 de outubro, no
saguão do Teatro Municipal.
Por outro lado, a noite de autógrafos foi prestigiada por um
tipo diferente de pessoas.
interessadas em algo mais além
de coquetel.
Em
nossa
próxima edição estaremos comentando
esse livro.
* Olhaí o trio masculino do colunismo social: Mauro Pereira Vianna, Paulo Cesar e
Mario Terra.
UMA NOITE
PARA GENTE MUITO
ESPECIAL. * A sociedade piracicabana viveu no dia 12 de setembro
uma noitadainesquecível com o desfilede modas
"Summer
Collection", do estilista Gregório Faganello, no ex-teatro
São José.Com a presença de badaladas manequins do eixo Rio-São
Paulo
entre elas
Isis,do Planeta dos Homens; Monique, ex-Pedrinho Aguinaga; Estela, da novela Plumas e Paetês; Veluma, Silvia,
t.2zWoL•
E.aZ
Marcela e Beth Lago — a soçaite pôde apreciar os últimos ditames da moda
verão-80.O
buffet Eduardo's de São Paulo foi o responsável pelo requintado jantar. A apresentação es-
teve a cargo da charmosa artista de teatro e televisão Al-
cioneMazzeo, que juntamente com outras manecas recebeu o toque de beleza de Horácio Cabelereiro.
15
Nelly Kim, meu amor FERNANDO VAZ Três profundas decepções marcaram indelevelmente a vida de Adalberto.E podem ser resumidas
sentado de branco no primeiro ban-
como
pecar em sua vida, se Ele fizesse
se segue:
PRIMEIRA— Com Deus— No domingo seguinte à sua primeira comunhão, aos oito anos de idade. Um homem de longuíssimas barbas brancas, sentado num
trono reluzente, em alturas inalcansáveis pelos humanos mortais. Ele tinha feito o mundo e amava as crianças que por sua vez sofriam muito nas mãos dos adultos incapazes de compreender e atender a seus anseios e desejos. Deus tudo podia e tudo fazia.
Adalberto queria uma bola oficial marca Drible e um par de chuteiras. Seu pai, insensível, adiava de mês a mês a compra, alegando falta de dinheiro. Por isso no dia mes-
mo de sua primeira comunhão,
um
domingo ensolarado e amarelo, 16
cheio de luz e alegria, Adalberto, co da nave, prometera a Deus não
com que sei pai lhe desseao menos a bola oficial marca Drible. E cumpriu à risca a promessa, tanto que no domingo
seguinte,no-
vamente no primeiro banco da nave, coração puro e alma leve, comungou
sem
necessidade
de
se
confessar. Voltou para casa certo de encontrar a bola em algum canto. Em vão, vasculhou todos os vãos e nada de bola. Pegou sua
bicicleta e saiu passear pela cidade, sem camisa, assobiando contra o vento. Numa esquina, logo após a curva, se viu frente a frente com um
Chevrolet 52. A Caloi bateu no
pára-choque, Adalberto alçou espetacular voo e sua cabeça em-
Berrou com todos os pulmões, dor e desespero, desesperança e ódio. Não era justo que Deus tratasse assim um menino que lhe prome-
tera jamais pecar vida a fora a troco de simples bola de capotão marca Drible. Quanto mais sangue corria de sua boca, manchando-lhe a camisa e o capô do Chevrolet, mais
nervoso ficava Adal-
berto, enquanto o motorista berrava por auxílio, dizendo que precisavam levar urgente o menino ao hospital, pois ele devia ter comido a própria língua. Exagero do motorista, Adalberto tinha apenas quase dividido em duas partes es-
sa maravilhosa mucosa gustativa, ainda inteira por acaso, obra mia raculosa de inexplicável e imprevisto fio de
carne
e nervo. Adal-
berto berrava, colocaram-no num b e r r a va
branqueceu o vidro do carro em estilhaçosmil. Uma dor aguda na
mais, colocaram-no numa mesa de
língua e o gosto acre de sangue.
pequena cirurgia. Adalberto berra-
automóvel.
Adalberto
va mais e mais; o médico aplicoulhe injeçño na língua. As enfermeiras seguravam-no, o médico pedia pra ele ficar quieto, bonzinho, aquilo ia ser fácil de curar. E quando Adalberto se viu no coIo de seu pai, segurando uma gase na ponta da língua, se sentiu mais
seguro, a dor já era menor. Recechuva de carinho dos
beu uma
pais, dos avós e dos tios, dormiu durante
profundamente
toda
a
tarde e quando acordou encontrou a seu lado a bola de capotão marca Drible e um par de chuteiras. Não se comoveu com os presentes,
raciocinou apenas: Se o preço foi
todo esse sofrimento, preferível não ganhar mais nada na vida.
burro, indisciplinado? Assim, uma espécie de animal semi-domestica-
do. Ainda precisou carregar por mais um ano essa fama, no Tiro de Guerra, sob cerrada persegui-
cão do sargento que, ao menor deslize, lhe aplicava os mais arbitrários castigos: guarda durante quinze dias ininterruptamente, um mês consecutivo fazendo a fa-
xina da sede, recuperar devidamente, sozinho, na base da enxada, rastelo,ancinho e enxadão 0
campo de futebol e a pista de atletismo, etc.. E quando se via livre das garras do sargento estava entregue ao chefe do escritórioda Retífica Confiança, para quem ne-
estava bem
memorando
nhum
Por isso,pouco brincou com a bo-
feito, nenhuma
1a; as chuteiras ainda estavam novas em folha e não entravam mais
de acordo, o livro-caixaandava
em
seus pés.
SEGUNDA — Com os homens
— Estava na primeira série do ginásio e não atinava com sidade
de
decorar
a neces-
tantas coisas
inúteis. Números fracionários, regras de acentuação, declinações la-
tinas, perspectiva geométrica, capitaisdos estados,nomes de personagens históricas.Para que tudo
isso? Seu
pai sabia
essas
coi-
sas? Provavelmente não e, no entanto, tinha seu emprego e ganhava dinheiro. Mas esse argumento de nada valeu, sequer pôde
ir à segunda época: levou bomba em cinco matérias das onze existentes então. E assim, com dois
anos em cada uma das séries, obteve seu diploma ginasial no mesmo
ano em
que fez seu alista-
mento militar. Desajeitado, com barba na cara, subiu no palco e recebeu
simbólico
canudo
pelas
mãos do diretor. "Em verdade, Adalberto, você merecia dois canudos, porque fez o ginásio duas vezes." Ele não gostou da brincadei-
ra do diretor, mas se calou porque agora estava livre daquela gente toda e jamais haveria de se sentar num banco escolar novamente. Não bastavam os cascudos
que tinha levado ao longo desses oito anos, em casa ou na escola? Não bastava a vergonha de carregar consigo a fama de retardado,
nota
fiscal tirada
petição de miséria, o diário um
em
verdadeiro descalabro.Sem contar de seu os constantes resmungos pai. "Não tem mais jeito,está perdido. Um animal, se cair de quatro nunca mais vai ser capaz de se levantar". Por
isso, Adalberto
não aprendeu a dançar, não frequentou
nem
bares, não
fez amigos,
teve namoradas. Embora
amasse em segredo muitas meninas da cidade.
TERCEIRA— Com a distribuição de rendas — Adalberto só gostava mesmo de estar sozinho em seu quarto,sonhando com amores
imposíveis. Ali se casou centenas de vezes com
as mais bonitas mu-
lheres. Algumas eram artistas que via nas telas do Cine Alvorada. Num sábado à tarde, seu avô tirouo desse peculiar sossego onírico: — Adalberto, você não quer ser
funcionário público? Só
que
vai
Arrumou as coisas e partiu para São Paulo, onde fez os exames médicos de praxe antes de tomar posse no seu cargo de Escriturário ref. 11 do então Departamen-
to de Tisiologia I da Secretaria dos Negócios da Saúde do Governo do Estado de São Paulo. Estávamos no inicio de 1.963.Adalpensão, berto instalou-se numa mas não suportava a convivência aqueles 'rapazes de sua idade, cheios de sonhos e ambições, palavras e atitudes.Tão logo recebeu
com
o primeiro ordenado alugou um duquarto-e-sala-conjugados, a zentos metros de seu local de trabalho. Ali começou a viver como desejou: inteiramente só. sempre Fazia sua própria comida, se dei-
tava cedo, levantava mal clareava o dia, casava-se e descasava-se com artistasde cinema, colegas de trabalho ou simples pedestres com quem cruzava na rua. Tinha pouca roupa, comia pouco e sem nenhum prazer. Seu ordenado era todo mês lhe mais que suficiente, dinheiro que ia sobrava algum
guardando sem saber exatamente pra quê. Recebia cartas de seus pais e não
as respondia. Certa fei-
ta, eles foram a São Paulo. Encontraram-no magro, desleixado, de unhas compridas e sujas, cabeludo, barba de dias. — Mas você não pode ir tra-
balhar assim, meu filho, causa má
impressão! Você precisa se cuidar melhor. Adalberto ouviu, chateado, todos os conselhos e ficou satisfeito quando eles partiram. Contudo,
uma coisa do que falaram a Adal-
berto acabou calando:
Por que você pelo menos
não
ter de ir trabalhar em São Paulo.
compra uma televisão? Ele ouvia seus colegas de tra-
da vida. Ele aceitou, principalmente ante a perspectiva de sair de casa,
balho comentando
Emprego bom, seguro, pro resto
de ir viver pra sempre
lugar onde
não
sozinho, num
conhecesse nin-
guém. E pouco depois de ter recebido seu Certificado de
Reser-
vista foi cumprimentado primeiro por seu avô, então por seu pai, depois pelo chefe do escritório da Retífica Confiança
e finalmente
pelos demais colegas de trabalho.
humorísticos,
os programas
as novelas. De
fato,
uma televisão poderia dar novo
colorido a sua vida. Num
sábado
cedo saiu pela cidade para ver preços. E percebeu que suas econo-
mas não mias eram insuficientes,
cedeu à tentação de fazer crediá-
rio. Não por escrúpulos económicos, antes pela dificuldade de en-
contrar avalista e pela chateação de ter de todo mês sair de sua ca-
17
sa para efetuar o pagamento das Se
prestações. Pensou:
até hoje
vivi sem televisão, posso esperar mais, vou guardando quando der compro.
dinheiro e Assim fez.
Mas de volta à loja percebeu que os preços tinham
se elevado a
olímpicas alturas e seu dinheiro do que o que ti-
era ainda menos nha
quando
ra vez. Mas
foi à loja pela primei-
não mudou
de idéia,
não cedeu à tentação fácil do crediário. Continuou economizando,
agora com redobrado vigor. Por
mais iria entender mais refinado
e complicado problema, qual seja,
a importância do desporto na vida do homem
civilizado. Por isso,
toda vez que a programação normal era interrompida pra levar ao ar as moscovitas competições olímpicas,
Adalberto reclamava
para as paredes, alto e bom som. Que me importa se o mundo é meio
parecido com uma laranja azul rolando no espaço? Nem me interessa saber se é verdade que a so-
ma do quadrado dos catetos é
isso, quando chegou à loja tempos depois o dinheiro era mais que suficiente,ia até sobrar um pouco. Já estava quase efetuando o negócio, mas notou um apare-
Naquela noite disse isso às paredes de sua quitineche,se levantou
lho que transmitia a cores e perguntou se aquele também era pra
do furioso para a televisão. Como
ser vendido. se destinasse Como exatamente à venda, perguntou o preço e viu que seu dinheiro era
insuficiente. Mas adiou ainda uma
não desistiu, vez a compra,
pois iria adquirir um daqueles aparelhos a cores que além de mais bonito transmitem muito mais vida e beleza. E com triplicado vigor voltou a economizar. Assim foi que apenas no primeiro semestre de 1.980 Adalberto, após 17 anos de serviço público e com 31 de idade, adquiriu sua televisão.A cores,
lógico,
Efetivamente,
ela
modificou sua vida por completo. Agora, mais que nunca, seu mundo era a velha quitineche onde se abrigava há dezesseisanos. Lá podia ver as mulheres mais bonitas Lá se casou com Ree fantásticas. gina Duarte, fez piqueniques com
Marília Gabriela, deflorou Lucélia
igual ao quadrado
da hipotenuza.
e ficou a andar da cama até a única porta de sua vivenda, olhan-
queríamos
demonstrar, toda pro-
paroxítona leva acento agudo na sílaba tónica, dizia e caminhava batendo os pés, quando de repente se interessou por uma moça,
cara de japonesa que fazia cambalhotas e saltos mortais, elegan-
18
jando-se naquela caminha
estrei-
ta da quitineche.Ela agradecida,
Adalberto tirando-lhe a roupa. Sim, era preciso fazer alguma coisa para salvar Nelly Kim. Mas ante o abrupto aparecimento de sua última ex-mulher, Bruna Lombardi, dando entrevista na qual se defendia da acusação de plágio que a imprensa vinha fazendo con-
tra ela, Adalberto se esqueceu por um minuto de Nelly Kim e tentou as palavras de Bruacompanhar na. Como não entendesse o que
mulher! E voltou à sua vida conju-
sas e Adalberto permanecia
senta-
do, irrequieto, na expectativa de outra vez admirar aqueles olhos puxados da ginasta. Precisou esperar algum tempo e só a pôde ver rapidamente, no pódio ao lado de
Nadia Comaneci.Mas valeu a espera, pois
descobriu
seu
nome:
ra Adalberto. Interessava-lhe apenas que estavam, ele e Nelly Kim, se amando desesperadamente, Não precisou se desquitar de Gal Cos-
provas da esfericidade da Terra ja-
berdade. Ele e ela, deitados, bei-
poder fixar muito tempo sua atencão nas feições da ginasta. Logo, outras meninas e outros rapazes começaram a fazer as mesmas coi-
em sua cama e fitou o vídeo, extático. Irritava-se apenas por não
bardi para ir viver com Gal Costa, dentre outras peripécias.
Adalberto nunca chegou a compreender a importância do conhecimento da regra de três e das
resgate de Nelly Kim para a li-
era plágio, tampouco
Nelly Kim. Era russa e campea
QUARTA — O amor — Claro, se
como as demais ginastas? Sim, Nelly Kim não estava na Rússia por vontade própria. Devia ter sido roubada ao Japão e levada à força àquele país dos mil demónios onde, para não ser assassinada, aprendeu todas aquelas bobagens absolutamente inúteis. Seu corpo tremeu e Adalberto se viu metido numa aventura de espionagem, cujo final feliz era o
temente, ao som de uma música desconhecida. Achou-a maravilhoSentou-se samente encantadora.
Santos, salvou a vida de Sonia Braga com quem acabou se casando, desquitou-se de Bruna Lom-
No entanto, à quarta decepção Adalberto, não resistiu.Ela chegou mais ou menos junto com as imagens das Olimpíadas de Moscou e pode ser contada como se segue:
magricela
do mundo em ginástica olímpica. Nada disso tinha importância pa-
ta, pois naquele dia pôs os pés no
chão e pensamento fulgurante perspassou seu cérebro: O que estaria tão bonita moça fazendo num país como a Rússia, onde não
se tem liberdade nem de escolher a melhor marca de pó de café? E por que estaria a televisão mostrando-a ao mundo
inteiro?
Por
que Nelly Kim não era loirusca e
atinasse com
a utilidade de se fazer poesia, dis-
se, Hipotenuza! 0 mundo é feito uma laranja azul rodando no espaço e já não vivo mais com essa gal, tranquila ultimamente, desde que Pelé se convenceu de que nada conseguiriacom Gal Costa. Dia seguinte
cedo,
Gal
Costa
ficou
dormindo enquanto ele fez seu café, deixou adiantado seu almoço e foi para o trabalho, mas antes deixou tudo no jeito pra que Gal Costa fizesseseu desjejum com facilidade, coitadinha, pois com tanartísticos pretos compromissos cisava se alimentar conveniente-
mente. No
entanto, ao bater seu
ponto, ouviu a palavra mágica e
he esqueceu que estava bem casa-
do com Gal Costa. Um colega de trabalho dizia que fora injusto Nelly Kim ter dividido o primeiro lugar que, por justiça, era só de
Nadia Comaneci.
Mas Adalberto
ouviu apenas Nelly Kim. Sim, era preciso fazer alguma
coisa.Sentou
em sua mesa e, ao invés de redigir
o ofício,fez longa carta a Nelly,
prometendo
que iria buscá-la em
breve, tirá-la o quanto antes das
mãos daqueles bárbaros, resgatá— Ia para a civilizaçãoe o amor.
Envelopou-a e colocou junto com a correspondência que o contínuo
à tarde levaria ao correio. Mas en-
quanto não chegavao dia de ir a
Moscou resgatar Nelly Kim voltou à sua vida conjugal com Gal Costa, agora novamente tumultuada por causa de Maria Bethânia que não se conformava com a felicidade do casal e vivia a caluniá-los pela imprensa falada, escrita e televisada.Por causa disso,estavam
Adalbertoe Gal Costa para fazer uma turnê pelo Japão. Esta palavra mágica trouxe outra vez a infeliz Nelly à vida de Adalberto. E
assim passaram os dias, como diz o bolero, até aquela noite em que Adalberto viu pelo Jornal da Glo-
bo Nelly Kim desembarcando no Aeroporto de Congonhas, ao lado de russos e russas. Lembrou-se:
ela
estava cumprindo a promessa, fazia exatamente o que tinha dito em sua última carta que o contínuo da repartição, rindo muito, lhe
entregou na ante-véspera. Agora as coisas estavam fáceis: era seguir as instruções de Nelly: com-
prar um buquê de rosas vermelhas, vestir-se inteiramente de branco e ir ao Ibirapuera como quem vai assistirao show. Quando anunciassem o nome de sua
— Fica difícil a gente determinar o dia, porque, como o senhor deve estar sabendo, a Nelly
e eu precisamos antes resolver alguns problemas legais. Creio que
não vai demorar muito. Fique sossegado, acho mesmo que vou convidar o senhor pra um de nossos padrinhos. Envaidecido, o chefe de Adal-
berto até se arrependeu do pensamento
de pouco antes, qual se-
ja, tanto fazia para o bom andamento
dos serviços a presença ou
a ausência de Adalberto na repartição. Pensou em fazer uma pergunta e agradecer ao convite, mas Adalberto já deixava apressa-
ma
loja de confecções e comprou
calça, camisa, meias e sapatos brancos. O vendedor lembrou-lhe que faltava a cinta. Adalberto agradeceu, comprou-a e pediu doze
lenços brancos também. Aí, pensou melhor: Se nosso amor vai se
concretizar comigo usando roupa branca, vou me
vestir assim en-
eterno. Comprou
então mais as se-
camisas, meia dúzia de pares de meias, duas cintas e dois pares de
sapatos,tudo absolutamente branco. Depois, Adalberto entrou nu-
ma floricultura e comprou o mais belo buquê
de rosas vermelhas.
Sedosas, nem pareciam reais. Fi-
ra abrigá-los a salvo dos fascínoras soviéticos sob égide das justas
nalmente, numa
leis brasileiras.
mado para carta, envelope idem
Assim, seus colegas acharam inacreditável que, após dezessete assiduidade, anos de exemplar Adalberto, sem justificativascon-
vincentes, iria faltar. Pelo menos foi o que o chefe tinha entendido:
—
Infelizmente, o senhor não
pode contar comigo hoje, pois tenho compromisso inadiávelcom
Nelly. A propósito, quantos dias de
gala a gente tem pra se casar? Paciente, o chefe respondeu que oito e perguntou quando seriam as núpcias.
camburão
à
delegacia num
da Polícia Militar. Cla-
para decifrar o mistério. Aquela,
guintes peças: três calças, cinco
avisada do que estava por ocorrer, estaria esperando os amantes pa-
encaminhado
tas! É isso: o amor. De fato, era o amor, pois Adalberto entrou nu-
cão à quadra e, exatamente no meio da exibição de Nelly Kim,
Lá fora, a polícia, previamente
policiais brasileiros até ser retirado do Ginásio do Ibirapuera e ser
ro, não chegou a ver nos jornais os comentários sobre o incidente,
amada, desceria devagar em dire-
lhe-ia o buquê de rosas vermelhas.Sairiam correndo do ginásio.
rava, esperneando, que Nelly estava traindo-o. A ginasta, prestes a desmaiar, com seus olhos puxados, mais linda que nunca para Adalberto, pediu chá numa língua estranha, deixou o buquê de rosas vermelhas caído no meio da quadra e nem percebeu que mesmo manietado por policiaisAdalberto mandava-lhe beijos como derradeira e definitiva prova de amor imorredouro. Sim, Adalberto sofreu pequenas e compreensíveis violências de
do a sala. Restou ao chefe sorrir e pensar: Por isso que ele anda esquisito ultimamente. Aquelas car-
quanto ele perdurar. Quer dizer, a vida inteira, pois nosso amor é
postar-se-ia diante dela, entregar-
para junto de Adalberto que ber-
riu papel
papelaria,adqui-
pergaminado
e perfu-
bidem e foi,conforme o combina-
do na carta de Nelly Kim, escrever a dedicatória, simples mas sincera:
PARA VOCÊ NELLY KIM MEU ETERNO E INESQUECÍVEL AMOR.
O mais se passou conforme o previsto, exceto quanto à reação inesperada de Nelly Kim, que in-
terrompeu sua sequência com um grito que assustou a multidão presente e atraiu musculosos russos
preocupado na
que
certa, não
andava
apenas
era a verdadeira
Nelly Kim. Sem dúvida, os russos, esses espertos, tinham é mandado ao Brasil uma sósia de sua eterna
amante. Mas, por volta do meiodia, Adalberto chegou à definitiva conclusão: tinha sido sequestrado pelos soviéticos. Só assim
se expli-
cava estarem confinando-o naqueIa cidade tão cheia de gente, on-
de não se pode ter um apartamento só seu, onde até a televisãodeve ser vista sob olhares ferrenhos
de guardas e em companhia dos outros habitantes. Tudo comum: refeições, horários,
roupas.
Sim,
não havia dúvida. Mas os russos estavam enganados, eles não tinham vencido a batalha apenas
porque conseguiram levar Adalberto a Moscou. Agora as coisas até que lhe ficavam mais fáceis:
bastava conseguir saltar aquele muro que separa as mulheres dos homens em Moscou para tomar Nelly Kim nos braços e se livrarem definitivamente do inferno comunista. Aliás,imediatamente providenciou contatos com o governo brasileiro que estava disposto a
ajudá-los.Era só esperar que o
helicóptero da FAB sobrevoasse Moscou, então saltaria o muro, iria para o lado feminino da capital russa,onde tomaria Nelly Kim nos braços e fugiriam triunfantes para o Brasil.Sim, muito burros es-
ses soviéticos. 19
Os 60 anos da
DEDINI
Da pequena oficina de ferraria e carpintaria dos anos 20, fundada por Mário Dedini e Armando
Cesare Dedini, até a
formação do grande complexo industrial de hoje,
sob a orientaçãodo
presidente Dovílio Ometto, a DEDINIcaminhou com segurança, a passos largos, em direção a um futuro sempre construido com o trabalho árduo e dedicado de muita gente. Sessenta anos depois do
seu nascimento, uma análise das realizações e do crescimento da DEDINI revela um desenvolvimento surpreendente, que transformou a pequena oficina num começo longinquo.
Siderúrgica A Siderúrgica DEDINI foi fundada em 1955, para suprir a M. DEDINI S.A. Metalúrgica, que já existia, no setor de fundição de bronze. Logo depois iniciou suas atividades em laminaçãode vergalhões de aço, montando,para isso, uma aciaria elétrica. Hoje, a Siderúrgica DEDINI é uma das maiores produtoras e exportadoras brasileiras do ramo, com instalações de 52,357metros quadrados e moderníssimo equipamento,sendo responsável, junto com a Metalúrgica, por metade do faturamento das empresas DEDINI. Nas dependências da Siderúrgica trabalham 1.700pessoas, que possuem
completaassistência social, médica e hospitalar. No setor de laminação, a Siderúrgica fornece vergalhões de aço para construção civil e exporta barras de aço de qualidade condizente com as normas técnicas internacionais. No setor de peças fundidas, a Siderúrgica produzia apenas para a M. DEDINI S.A. Metalúrgica. Agora, a fundição teve sua capacidade de produção ampliada para atender o mercado em geral de fundidos pesados, leves e mecanizados, em peças de aço ou ferro, Com essa ampliação do setor de fundição, a Siderúrgica põe à disposição do país e do mercado externo mais produto com a.qualidade DEDINI.
Codistil Em julho de 1943,Mário Dedini iniciou seus projetos para a criação de uma empresa que deveria produzir e instalar destilarias para álcool e aguardente. Passaram-se cinco meses e, com oito funcionários, a Construtora de Distilarias DEDINI S.A. entrava em atividade. Hoje, a Codistil 20
A pequena oficina fundada em 1920.
ocupa uma área total de 213.000 metros quadrados e conta com o trabalho de 1.500 funcionários, construindo e comercializando destilarias, máquinas e implementospara indústrias de fertilizantes e inseticidas, químicas e petroquímicas, papel, cerâmica, usinas de açúcar e congêneres.
A evoluçãoda Codistil está ligada a eventos nacionais e internacionais que lhe proporcionaram uma grande expansão, transformando-a em uma das maiores indústrias do ramo, com uma participação da ordem de 80% no mercadoalcooleiro. Neste setor, a Codistil entrega cinco destilarias completas por mês, além de atender outras indústrias a ela ligadas e ainda projetos de terceiros. Com mais de 100 produtos lançados no mercado, a Codistil, em sua linha normal de produção, apresenta destilarias para álcool com capacidade unitária variando de 20.000 a 220.000 litros/dia, e que formam conjuntos de destilação de grandes capacidades, acoplando várias unidades e perfazendo 800.000 litros/dia. Este desenvolvimento, aliado à moderna tecnologia. é o grande responsável pelo crescimento da empresa que, em 1977, atingiu um aumento de 128% em seu faturamento,com relação ao ano anterior.
DEDINI hoje.
Hoje, as Empresas DEDINI possuem, aproximadamente. 10 mil funcionários, assistidos peta DEDINI Serviço Social, que coordena as cooperativas de assistência médica
e farmácia.
Comendador Mário Dedini, fundador da DEDINI
Em 1980, a DEDINI completará 60 anos de existência, uma vida construída com luta
A DEDINI, que hoje se constitui num dos mais importantes
cionais e de controle,são 25 as empresas
complexos industriais a serviço da infra-estrutura nacional, surgiu em 1920, quando Mário Dedini e Armando Cesare Dedini, dois técnicos italianos, fundaram em Piracicaba uma pequena oficina de ferraria e carpintaria. Ainda na década de 20, esta pequena oficina instalou uma pequenafundição de ferro e uma seção de mecânica. Esta expansão tinha por objetivo a manutençãode pequenos engenhos
de aguardentee de açúcar bruto,que existiam na região de
Piracicaba. Naquele tempo, o centro da economia açucareira do país era o Nordeste,mas a visão empreendedorade Mário Dedini, animou-o à implantação da agro-indústria em São Paulo, fazendo do nosso Estado o maior centro açucareiro do Brasil.
e garra por seus funcionários.
Entre as empresas de apoio. as opera-
que formam o complexo DEDINI: Açúcar e Alcool São Luiz S.A.; Agro Pecuária Santa Veridiana Ltda.; Cobrafe Indústria e Comércio Ltda.; Construtorade Disti• larias DEDINI S.A.; DEDINI Agro PecuáriaLtda.: CRE (Dedini Comercial Ltda., Dedini Refratários Ltda. e Dedini Equipamentos Elétricos Ltda.); DEDINI Construtores Ltda.; DEDINI Coppus Turbinas S.A.; DEDINI Fordath Produtos Químicos para Fundição S.A.; DEDINI Kawasaki Engenharia S.A.; DEDINI Segurança S/C Ltda.; DEDINI Toft EquipamentosAgríco-
Ias S.A.: GD - Distribuidorade Títulos e Va-
lores Mobiliários Ltda.; L. J. Corretagem e Administração de Seguros S/C Ltda.: M. DEDINI Indústria de Destilarias Ltda.; M. DEDINI S.A. Metalúrgica;M. DEDINI S.A. Metalúrgica Nordeste; M. DEDINI S.A. Participações; M. DEDINI S.A. Siderúrgica; Siderúrgica DEDINI S.A.: Usina São Francisco do Ouilombo Ltda., Cooperativa de Consumo das Empresas DEDINI; e DEDINI Serviço Social.
DovílioOmetto
NÃO ESPERE O RACIONAMENTO
AIIA
9.
nos amaha ajuda você Ela ternpos custa de crise economiza pouco manutenção. gaso lina e Isso as e nem por deixa mocionante de sua V ser moto conheça nova ou os financiamento planosusada e a sua que de disposiçãotemos A Yamaha recebeu os novos modelos 81; venha comprar ou trocar sua moto
O YAMAHA
OYAMAHA REVENDEDOR AUTORIZADO
21
O cavaleiro elétrico Direção de Sydney Pollack
THE ELECTRIC HORSEMAN O "cowboy" Sonny Steele (Robert Redford) foi campeãomundial cinco vezes. Agora, chegando na casa dos trinta, desgastado pelo trabalho com touros, cavalos e pela bebida, está mais popular do que o era em qualquer
tempo de sua carreira de vaqueiro. "Garoto-propaganda"de um comercial de cereais, seu rosto aparece estampado em posters, cartazes e milhões de pacotes desse produto. Posando para os comerciais de televisão de qualquer maneira, ele conse•
gue vencer pela sua personalidade e pelo seu charme natural. Vestindo uma roupa fosforecente púrpura toda enfeitada, ele viaja pelo país abrindo superrnercados,abrilhantandofeiras e convenções,passandotodo o tempo possível em camas estranhas ou bebendo. É nesse estado que se apresenta durante uma dessas convenções em Las Vegas. Lá, ocorrem dois incidentes perturbadores. Primeiro Sonny descobre Rising Star, seu cavalo que já fora campeão, totalmente dopado. Depois, durante uma entrevista coletiva de imprensa, uma reporter de TV sofisticada, Hallie Martin (Jane Fonda) atinge-o com tipos de perguntasque só poderão ter respostasesquivas.Inicialmente tudo que ela quer de Sonny Steele são algumas declarações interessantes e mesmo quando ele monta Rising Star e passeia pelo cassino, desaparecendo no deserto, seu interesse continua friamente profissional. Se ela o encontrar, ela terá aquela história de interesse humano que faz subir o índice de audiência. E com a ajuda de seus companheiros (Willie Nelson e Timothy Scott) e de sua ex-mulher (Valerie Perrine) ela finalmente o encontra, perseguido por um pequenoexército de carros de polícia. A antipatia inicial de um pelo outro transforma-se em hostilidade. Eles são pessoas radicalmente diferentes.
22
Sonny é simples, direto, inculto; acostumado à vida agitada: mantandoum bezerro, combatendo os novilhos, tomando pileques e metendo-seem encrencas. Ele não entende que espécie de gente aceitaria um trabalho à espera
de um desastre de automóvel ou outra desgraça antes de ter algo para fazer. Ela é urbana, sofisticada, deveria arranjar um cara da "alta" ao invés de andar atrás de um cowboy maluco e um cavalo sequestrado. Não parece uma base para uma história de amor, mas é. QuandoSonny é taxado de bêbado-psicopata pelos seus patrões, ele finalmente concorda em enfrentar as c¿meras de Hallie e contar o motivo do roubo de Rising Star, Mas ele recusa revelar seus destinos enquanto cruzam a fronteira de Nevada para Utah. E não é preciso. Hallie percebera para onde estão indo . e porque. E com um total desinteresse para com ela mesma, seu trabalho e tudo mais em que ela estava certa acreditar, vai atrás dele para ajudá-lo
Sonny . Hallie. .
Charlotta.
Wendell. . . Hunt Sears, . Fitzgerald Danny Fazendeiro.
Gus....
ELENCO
. ROBERT REDFORD . JANE FONDA
. VALERIE PERRINE . WILLIE NELSON . JOHN SAXON .NICOLAS COSTAR . AL LAN ARBUS .WILFORD BRIMLEY
. WILL HARE
DAS PAGINAS IMORTAIS DE BOCCACCIO
'DECBMERON PIER PAOLO PASOLINI De Pier Paolo Pasolini,o homem tanta
me
celeuma
causou
mais audacioso,
com
que nos deu grandes filmes e que
"Teorema
''Decameron"
tos de Boccaccio, numa
" e ''Porcille", agora
(II Decameron),
o seu fil-
tirado dos con-
PREMIO
OURSO DE PRATA" n 01 NO FESTIVAL ,0VW DE BERLIM
produção de Alberto Grimaldi, para a PEA
(Roma) —Les ProductionsArtistes Associés(Paris) e Artemis Film (Berlim),rodado em Technicolor em Nápoles e no Iémen. Selecionando oito das mais famosas e picantes históriasdo célebre escritor italiano da época da Renascença, Pasolini realizou seu filme com uma soberba reconstituição histórica,escolhendo seus atores a dedo,
sendo
poucos
os profissionais:
Franco Citti,Ninetto Davoli, Gianni Rizzo e ele próprio, que faz o pintor Giotto, e mais de 50 não profissionais, escolhidos entre o
povo napolitano. Vencedor do grande prémio "Urso de Prata" no Festivalde Berlim", o filme, que
bateu todos os recordes de bilheteria na Itáliae na França, no ano passado, será uma apresentação do mais alto ga-
barito,da United Artists.
PASOLINI EMSEU FILME MAIS AUDACIOSO:"DECAMERON" O Filme é baseado em conhecidos contos do famoso escritoritaliano da época da Renascença, no século XVI, Boccaccio.
Algumas das históriasmais conhecidas do célebre "Decameron" foram selecionadas por Pasolini: A história da Andreuccio
de Peruggia,
valos e se mete em enaencas
com
que
vai a Nápoles
comprar
ca-
uma jovem napolitana que se diz
sua irmã e acaba roubando todo o seu dinheiro,terminando por Mas, inesperadamente, tudo deixá-lonuma situação bem crítica. para ele, quando se envolve com dois ladrões que o obria entrar na tumba do Arcebispo de Nápoles, para roubar-lhe um valosfssimo anel com que fora enterrado.. acaba bem
gam
A história de Massetto,um hortelã que se faz passarpor mudo para entrar num
convento
de freiras.E o que acontece ali dentro.
A históriade Peronella,que, ao ser surpreendidapelo marido nos braços do amante, ajeitaas coisasde um modo que o pobre acaba sendo "enrolado", ganhando um dinheiro por causa de um enorme jarro de barro que Peronella vende ao amante. Ciappelletto,um homem devasso que acaba se arrependendo em seu leitode morte. Ricardo e Catarina, um par de jovens amantes que são surpreendidos pelos pais da jovem em pleno colóquio amoroso e o que acontece daí em diante... Lisabetta e Lorenzo,
dois apaixonados
irmãos dela, que acabam
matando
que são separados pelos três na flores-
o rapaz e enterrando-o
ta. Don Giovanni e a históriada mula que se transformava em mulher durante
a noite..
,
Meuccio e Tingoccio e suas comadres, que descobrem, de um jeito
fantástico, que amar não é pecado. e, finalmente, a figura do grande Giotto e seu afresco na Igreja de
Santa Clara,em Nápoles, com o seu maior trabalho:"O Juízo Fi-
Os filmes comentados nesta edição já estão programados para exibição nos cinemas locais.
nal"..
23
A moda, além de ser aquilo que veste melhor cada corpo, está impreterivelmente ligada ao que chega de novo em cada estação.
Esta idéia é agora reforçada por uma boa parte das con fecções criadas por costureiros brasileiros, que oferecem uma amplitude de estilo, satisfazendo
a maioria feminina e masculina.
-f-4ta;c.09 Qtadn.,
UM VERÃO LEVE E AGRADÁVEL
Embora na plenitude da primavera, o colorido ingénuo das cores em tons pastéis,pas-
h.w.h
p/ d/)
ZUPVPta-..s .
elitrs
PRAÇA DA CATEDRAL, 1023 LOJA 6 FONE 33-2658
24
Com ele o macacão, as bermudas, os vestidinhos que invocam os anos 60, juntos com a
sa a dominar com sua beleza dupla calça e blazer-jaquetão, deixando antever muita novimarcam pontos altosem madade para a moda-verão. téria de estilo.
Algodão, brim, crepom, linho e anarruga formam a linha de frente no que se refere aos tecidos.
O anarruga é o "must" da
estação, que
retorna com
no-
me importado — "seersucker".
Além disso tudo, não se pode deixar de repassar as atuais tendências às curtas medidas. Os minis revivem a moda de alguns anos atrás e as variações são as que melhor enfati-
zam
as pernas femininas.
PEÇAS COORDENADASPARA O HOMEM
A moda masculina/80 também reserva um verão de topálidas,
nalidades um
pouco
deixando
de lado as cores tra-
dicionais, mais escuras, porém com
muitas
opções dentro de
uma linha de padrão mais fle-
xível e dinâmica.
Inspirada em tonalidades quentes com nuances de areia, ocre, ferrugem
e o linho como
tecido básico, a roupa masculina também é leve, perfeita para o verão.
Bermulas, o "hit" que veio para ser sucesso, os conjuntos de calça e blusão e a camisa de
algodão com
com
calças em
linho
preguinhas a partir do
cós, constituem-se nos destaques da moda masculina.
A FORÇADOS ACESSÓRIOS
Acompanhando
a moda, os
óculossurgem como um dos acessórios. mais importantes Os formatos ousados se con-
trastam com a leveza das ar-
mações
e o colorido suave nas
lentes.Os "degradées" são a
melhor opção para maior conforto.
A novidade que os óculos
trazem são os materiais trans-
lúcidosque formam ções.
as arma-
eP2idan' CANTINHO INTELIGENTE DA MODA MASCULINA
Rua Governador Pedro de Toledo, 834 Telefone: 33-1408 25
0
Moto: uma nova imagem mais a imagem tornada inesquecível por James Dean. O
motocicletas, acompanhando
veis particulares, os números não são tão otimistas.Se no ano de 1978 havia mais de 40 mil carros licenciados em Pi-
casaco de couro, cabelos compridos e preocupado com cor-
governamental desestimulando
uma redução de aproximadamente 13%, enquanto que em
o uso individual do automóvel.
apenas quatro anos as motocicletas aumentaram em 528%,
fissional liberal,o funcionário,
resultado, as motoComo cicletas em circulação estão
devido principalmente ao crescente custo do combustível.
lendo-se dela mais como instrumento de trabalho. pesMotocicleta, segundo quisa recente, é veículo prin-
crescendodesde 1976,quando as primeiras unidades monta-
não só em A motocicleta,
Piracicaba mas em todo o Brasil, está perdendo cada vez
próprio motoqueiro com
seu
A surpresa verificada pelo
aumento da produção fica mesmo
com
as montadoras
de
com cautela o potencial de mercado e o próprio incentivo
ridas, deixa campo para o pro-
o estudantee o operário,va-
cipalmente de classe média: a
maioria das vendas são feitas o por pessoas que ganham
equivalente a cinco salários mínimos zo.
26
e que compram
a pra-
das no Brasil entraram no comércio. Nesse ano, o número de licenciamentos verificado
na Delegacia de Trânsito de Piracicaba foi de 1053.Os dados iniciais indicam
um
cres-
cimento anual, jamais retro-
cedido. Quanto aos automó-
racicaba, esse número sofreu
Para muitas famílias a mc-
tocicleta está se constituindo em alternativa para o segundo automóvel; mos meses
tanto que os últido ano passado in-
dicavam que quase 60% dos compradores de motocicletas eram proprietários de automó-
veis.
SEGURANÇA Apesar das campanhas feitas pelos fabricantes, há ainda
bastante preconceito contra a moto, tanto pela imagem criada pelos "motoqueiros" como pela pouca segurança que ela inspira. Os motoqueiros representam, apesar de tudo, u-
ma população tão reduzida co-
mo a dos motoristas irresponsáveis (e que nem por isso afastam os compradores de automóveis).
A insegurança— desde que a moto
Ano
Automóveis particulares
Motocicletas
1975
13.133
673
1976 1977 1978 1979
19.830 22.830 40.024 31.721
1.053 2 .045 2.370 3.553
eeeeeeeeeeeeeeeee•e
ijumbo
seja utilizada segundo
suas regras próprias — prati-
camente não existe: basta evi-
DE PIRACICABA :
tar as batidas e a chuva, usar capacete, blusão, botas e lu-
vas.
usuário piracicabano Um que utilizaa moto quase que exclusivamentepara o trabaseu conselho
lho, dá
VENHA CONHECER O MAIOR E MAIS MODERNO CENTRO DE COMPRAS DA REGIÃO!
aos ini-
ciantes: "Deve-se dirigiruma moto mais pelos espelhos re-
que vale mais do trovisores, que a simples atenção no tràn-
sito frontal. Nos
primeiros
tempos, o novato vai deixar a
moto "morrer" em pleno cruzamento, vai se assustar com as fechadas dos carros, mas,
e
aos poucos, sentirá que seu veículo,além de ser uma opção menos cara de transporte, dependerá bastante de sua aten-
cão, que não deve menospre-
OS PREÇOS MAIS BAIXOS DA REGIÃO EM MÓVEIS, DECORAÇÓES, ELETRODOMÉSTICOS,e
zar em hipótese alguma"
Por outro lado, as duas prin-
cipaisconcessionáriasde motocicletasda cidade, a União
de Veículos e a Motoway, representando
respectivamente
VESTUÁRIO, ESPORTES, CAMPING, SOM, CINE-FOTO E ALIMENTAÇÃO
a
Yamaha e a Honda, possuem cursos gratuitos de pilotagem,
oficinas próprias, assistência técnica, peças de reposição e em especializadas boutiques
CONHEÇA NOSSAS NOVAS E MODERNAS SEÇÕES DE
roupas para motociclistasde ambos
os sexos.
Abaixo, os índices de vei-
culos licenciados em Piracica-
ba, ano a ano, desde 1975. Os
dados foram fornecidos pela Delegacia de Trânsito ao Banco de Dados da Prefeitura Municipal.
42 DEPARTAMENTOS DE VENDAS 9.000 M2 DE ÁREA DE VENDAS 2.000 M2 DE ÁREA DE ESTACIONAMENTO
e
PADARIA - CONFEITARIA ROTISSERIA LATICíNlOS E LANCHONETES
eeeeeeeeeeeeeeeoee•e•
27
LITERATURA
Tia Júlia
Fernando Vaz
TIA JúLA E O ESCREVINHADOR,
Lições sérias OS CARBONÁRIOS, Memórias clandestinidade.
rias, ou pelo reembolso pos-
tal: Rua
Vai acompa-
da Guerrilha Perdida, de Al- nhar o racha da nossa já na fredo Syrkis, Global Editora, época inexpressiva extrema esCr$ 390,00, encontrável
nas li-
vrarias e bancas de jornais.
No dia 8 de dezembro de
1.970,Alfredo Syrkis completa-
va 20 anos, na infra do tio, ou seja, no aparelho mais procurado pela polícia, onde se ocultava o
Embaixador
Suíça, libertado após
da
40 dias
de cativeiro a troco de 70 pre-
sos políticos. Mas o que fazia
lá esse menino, filho da alta classe média, com todas as
querda que, sem
quaisquer
condições materiais ou intelec-
tuais de continuar existindo, se perdia em risíveisquestões
Por que
Alfredo Syrkis jogou fora todo esse "brilhante" futuro a troco de uma aventura inconse-
quente, onde se jogava a própria vida? Estas respostas você vai encontrar na leitura de Os
Carbonários, onde assistirá à aventura de um
secundarista
que das inofensivaspasseatas estudantis parte para a Clandestinidade e acaba participando do seqüestro de dois embaixadores e consegue deixar o
país com passaporte oficial. Perfeita trama para excelente romance policial e o livro de Al-
gênero. Muito suspense, muita
ação. Lamenta-se apenas que são abso-
sileiros — inutilmente,
Por outro lado, você vai en-
trar em íntimo contato com a 28
Piracicaba) .
Pra mim, Mário Vargas
Olga Savary. No entanto, isto
tolerância desses grupos
e vai
o autor
de Conversasiónen Ia Cate-
dral, já traduzido no Brasil por
não significa que seus outros ser relegados ao livros devem
acabar compreendendo melhor a importância que assume a
esquecimento. Ao
ta em nosso país, porque Al-
na excelente tradução de Re-
anistia ampla, geral e irrestri-
que houve
de 64 a nossos dias.
Invariavelmente, chegamos à
conclusão de que não é justo que nossa sociedade continue dividida entre vencidos
e ven-
cedores de uma guerra que terminou logo em seu início.
A meu ver,há um senão nesse livro. A linguagem é eivada de termos próprios desses
grupos de esquerda,bem como de siglasidem ibidem, o que acaba por confundir um pou-
contrário,
Pantaleão e as Visitadoras,
my
Gorga Filho,me causou
horas
de
agradável
prazer e
inolvidávelrisadas.Remy tam-
bém traduziu o Tia Júlia, que só vim a ler na edição do Cír-
culo. É uma evocação lírica e
satírica, sarcástica e engraçada. do começo da carreira do próprio Vargas Llosa. Num plano, assistimos ao desenrolar confuso das novelas do boliviano Pedro Camacho, cuja solene bronca pelos argentinos provocou protesto formal do
embaixador portenho no Peru. Explorado e inteiramente absorvido pelo seu trabalho, as-
co o leitor não familiarizado com tal jargão. Há também descuidosaqui e ali, principalmente na pontuação, mas um
sas
em
da, após estágio num hospício.
observador atento encontrará reduzido número
alguns
erros de maior monta. Contudo, isso não empana
o brilho
te.
Mas fica anotado, como su-
gestão para que numa próxi-
ma edição (tenho certeza que lutamente verídicose acabou haverá, e brevemente) se faça por ceifar a vida de alguns bra- uma revisão apurada para elios fatos aí narrados
RJ; há também edição do Círculo do Livro, cujos associados podem adquirir pelo correio ou numa das lojas (uma delas era
espantado com a inépcia e a in-
vai chegar ao fim da leitura
fredo Syrkis tem a virtude de da linguagem oswaldiana de nos prender como se estivésse- Alfredo Syrkis, leve e atraenmos mesmo diante de algo do
de Itambé, 28,
Llosa é principalmente
em alguma universidade, for- dados para repensar tudo o
de Carlos Lamarca?
Barão
Botafogo, Rio de Janeiro
programáticas ou em absurdos auto-críticas. Finalmente, você
fredo Syrkis exorciza, espanta oportunidades para ingressar fantasmas e nos fornece novos mar-se, enfim, ter um destino desejado pela maioria absoluta de outros rapazes de sua geração? O que fazia lá ao lado
de Mário Vargas Llosa,
Editora Nova Fronteira, encontrável nas bancas de livra-
minar
esse senão de somenos.
Trata-se de um livro que
precisa ser lido.
sistimos à triste saga às avesdesse
escrevinhador,
ídolo nacional
de
e desprezível in-
formante de uma revista fali-
Noutro
plano, assistimos ao re-
lacionamento do autor com
sua "tia Júlia", divorciada,fogosa e bem mais velha que ele.
A oposição da família, as peripécias de um
grupo de jovens
para conseguir a realização do
casamento etc..Mas subjacen-
te a essa movimentada histó-
ria, está o destino do intelec-
tual no terceiro mundo, onde, forma geral, é quase impossível viver exclusivamenteda profissão de escritor.
Sob o signo mágico
dos selos Edna
A Filatelia é um passatempo científico,sério, instrutivo
FRANCE
J.Perez POSTES
3.00
TAPEÇARIA
"A vida é uma tapeçaria,
financeiro, de e, no aspecto rentabilidade "fora do uma
retratando-a sobre pedaços coloridos de esperanças, anseios, desilusões, fantasias. A tapeça-
comum".
ria engloba a maior de todas as artes — a arte de compor
Filatelista é a pessoa que coleciona, estuda e classifica os selos; é o indivíduo que se dedica ao "hobby" dos selos e a todos os seus fascínios.
pedaços
A J.s BACH DOU*—HOMMACE JEAN PICARI Jean Picart Le Doux: "Homenagem a J. S. Bach"
coM0 INICIAR UMA COLEGÃO
e totalizar o global."
Selo desenhado por Jean Picart Le Doux, formato horizontal (48x36,85) , valor de 3,00 F. (França). Impresso em heliogravura.
Uma coleção é iniciada com um propósito fixo ou aciden-
pode talmente.O principiante colecionar selos de toda espécie pois ao travar interesse peIo "hobby", ganhará ou adquirirá pacotes de selos dos mais variados temas.
TECNOLOGIA
História do automóvel sueco
SVENSK BILHISTORIA
3
: SVERtQE90 :
Após ter sido despertado o interesse e firmada a iniciativa, passa a dedicar-se por uma
especializaçãoquanto ao mc-
tivo,seja sobre países, animais, flores, etc. As peças filatélicas em duplicatas e as demais julgadas fora do interesse do co-
140 150
z
lecionadorpodem servirpara
trocas ou presentear amigos que tenham
interesse pela fila-
telia. Por ser de melhor compreensão a legenda, fácil entendimento a consulta nos ca-
tálogos, ao aconselhado
principiante é
iniciar sua
cole-
ção com selos do Brasil,para
e estudar melhor conhecer rinossa história, costumes, quezas, ciências, belezas natüilustres. rais e personagens Esses selos podem ser encontrados com facilidade nas casas especializadas e nas agências postais.
PRiS: 9 KRONOR Administração
A
Sueca uma
coloca em
folha em
Postal
circulação
miniatura
enfo-
cando "automóveis suecos".Os
selo no valor de 1,40 kr; Thulin
(1923), selo no valor de 1,50 kr; Volvo (1927), selo no valor de 1,70 kr.
Os
selos foram
gravados
sueseis tipos de automóveis , (1898) cos são: G. Erickson's
por ZIatko Jekus, baseados nas
(1903), selo no valor de 1,15 kr; Vabis (1909) , selo no valor (1917), de 1,30 kr•, Tidaholm
da e Bertil Persson (Museu e Tecnologia de Estocolmo . Sordertaije) Scania Museu de
selo no valor de 90 ore; Scania
de Kage Bjorklund fotografias
29
A OPCAOQUE FALTAVA EM PIRACICABA
KAMARI Av. F
a, 87 · Tel. 33一 844
CidadeJardtm