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AGRO NEWS
SC tem crescimento de quase 30% na exportação de carne suína Estado respondeu por mais da metade (54,7%) do faturamento brasileiro com as exportações de carne suína no mês
O principal produtor e exportador de carne suína do Brasil segue ampliando sua presença no mercado internacional. Em julho deste ano, Santa Catarina alcançou o faturamento de US$ 133,5 milhões, com 53,2 mil toneladas embarcadas. O resultado demonstra um crescimento de 29% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados do Ministério da Economia e analisados pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa). No período, o estado ampliou consideravelmente o faturamento com os embarques para mercados importantes como Chile (25%), Estados Unidos (70,9%) e Emirados Árabes (85,7%). O analista da Epagri/Cepa Alexandre Giehl explica que, apesar dos bons resultados, o setor produtivo segue preocupado com os elevados custos de produção. “Embora se observem leves melhorias nos preços ao produtor pagos nas primeiras semanas de agosto, essas variações ainda são insuficientes para cobrir os aumentos de custos dos meses anteriores”, destaca. Santa Catarina respondeu por mais da metade (54,7%) do faturamento brasileiro com as exportações de carne suína no mês. O destaque vem pelo seu status sanitário diferenciado e pela qualidade de sua produção, que abre as portas para os mercados mais exigentes do mundo. “Seguimos aumentando nossas exportações, tanto de carne suína quanto de aves para os mercados mais exigentes do mundo. Esse é o resultado de toda força de trabalho dos nossos produtores rurais, cooperativas e agroindústrias”, ressalta o secretário de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, Altair Silva. Reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como área livre 24
de febre aftosa sem vacinação, o estado demonstra um cuidado extremo com a sanidade animal – algo extremamente valorizado pelos importadores de carne. Santa Catarina é também zona livre de peste suína clássica. MERCADO PARAGUAIO Outro país que tem visto crescer suas vendas externas de carne suína é o vizinho Paraguai. A receita gerada pelas exportações do complexo suíno do país apresentou aumento de 11,7% no primeiro bimestre de 2021. O valor obtido com as exportações chegou a US$ 1.486.706 ante os embarques dos mesmos meses de 2020, quando o valor era de US$ 1.329.987. Os dados apresentado em relatório mensal do Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Animal (Senacsa), indica a Geórgia como o principal mercado comprador do complexo suíno, com 58% do total exportado. Seguem-se Tailândia com 22%, Azerbaijão com 6%, Gabão 5%, Angola 4%, Hong Kong com 3% e Uruguai, o mais novo mercado conquistado, adquiriu 2% do total, com cerca de 25 toneladas. O relatório esclarece que apenas o embarque de carne suína propriamente dito contraiu até 10%, já que o valor dos embarques caiu de US$ 1.077.493 no bimestre de 2020, ante os US $ 966.731 exportados neste ano. Paralelamente, as exportações de miúdos suínos deram um salto exponencial, com um crescimento de 1.201% inclusive, pelo fato de no mesmo período mencionado, no ano anterior terem sido enviadas por apenas US$ 28.538, enquanto neste ano o valor subiu para US $ 375.902. n