HISTÓRIA 1° ANO - MANUAL DO PROFESSOR

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DESCOBERTAS

História Ensino Fundamental • Anos Inicias

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Tainá Nogueira Bacharel em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Mestre em Multimeios pela Universidade Estadual de Campinas. Histmateriais ór ia Editora de didáticos. Ensino Fundamental • Anos Inicias

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DESCOBERTAS 1a edição São Paulo, 2021

História Ensino Fundamental • Anos Inicias

MANUAL DO PROFESSOR

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Universo das Descobertas História – 1º ano

Conselho Editorial Alessandro Gerardi, Alessio Fon Melozo, Luis Afonso G. Neira, Luis Matos, William Nakamura

© UDL Educação

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Dados

Internacionais de Catalogação na Publicação Angélica AngélicaIlacqua IlacquaCRB-8/7057 CRB-8/7057

(CIP)

N716u Nogueira, Tainá

Universo fundamental São Paulo : (Universo

das descobertas : História : Ensino : Anos iniciais : 1º ano / Tainá Nogueira. –– Universo da Literatura – UDL Educação, 2021. das descobertas ; 1)

ISBN 978-65-89871-43-9 (aluno) ISBN 978-65-89871-53-8 (professor) 1. História (Ensino fundamental) I. Título II. Série FICHA CATALOGRÁFICA 21-3308 CDD 372.89

Índices para catálogo sistemático: 1. História : Ensino Fundamental I

Direção Editorial Alessandro Gerardi Coordenação Editorial Priscilla Cerencio/Ex-libris Soluções Didáticas e Editoriais Edição Priscilla Cerencio e Stella Mendes Fischer/Ex-libris Soluções Didáticas e Editoriais Revisão de textos Débora Tamayose e Hires Héglan/Ex-libris Soluções Didáticas e Editoriais Projeto gráfico Escala Educacional e Ex-libris Soluções Didáticas e Editoriais Capa Todotipo Editorial Ilustração de capa Ilustracartoon Editoração eletrônica e Arte Ex-Libris Soluções Didáticas e Editoriais Licenciamento de textos e imagens Andrea Bolanho Pesquisa e Licenciamento

Todos os direitos reservados: UDL Educação Av. Ordem e Progresso, nº 157, sala 803 - Várzea da Barra Funda CEP 01141-030 - São Paulo - SP – Brasil Phone/Fax: 55 11 3392 3336 www.udleducacao.com.br contato@udleducacao.com.br

Pesquisa iconográfica Andrea Bolanho Pesquisa e Licenciamento


Sumário Apresentação................................................................................................................................. IV 1. Orientações gerais.................................................................................................................. V 1.1 O ensino de História no Ensino Fundamental - Anos iniciais ...................................... V Propostas curriculares de História............................................................................................ VI Os desafios do ensino de História............................................................................................VII Somos sujeitos da História........................................................................................................VII 1.2 Pressupostos teórico metodológicos da coleção............................................................VII

2. Estrutura e organização da coleção...........................................................................VIII 2.1 Os conteúdos..........................................................................................................................VIII 2.2 A estrutura..............................................................................................................................VIII 2.3 Os graus de dificuldade de cada volume ......................................................................... IX

3. Avaliação...................................................................................................................................... X 4. Planejamento do X ano...................................................................................................... XI 5. Referências............................................................................................................................... XV Livro do Estudante...................................................................................................................... 1 Apresentação.................................................................................................................................. 3 Conheça seu livro......................................................................................................................... 4 Sumário.............................................................................................................................................. 8 Para começar................................................................................................................................... 8 Unidade 1 - Ser criança............................................................................................................... 10 Unidade 2 - Minha identidade.................................................................................................. 24 Unidade 3 - A família.................................................................................................................. 40 Unidade 4 - Os amigos................................................................................................................ 58 Unidade 5 - A escola: hoje e no passado................................................................................ 76 Unidade 6 - Para ler o mundo................................................................................................... 98 Para finalizar............................................................................................................................... 110

Referências................................................................................................................................... 128


Caro professor, Elaboramos este manual especialmente para você, com o intuito de contribuir com seu trabalho de educador junto aos estudantes, principalmente no ensino de História. Aqui, nestas páginas, você encontrará as diretrizes teóricas e metodológicas que orientaram a elaboração deste projeto, discussões sobre o ensino e a aprendizagem em História, além de sugestões de como utilizar o material em sala de aula e adequá-lo ao seu planejamento. Esta coleção foi feita conforme as habilidades e competências elencadas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), seguindo as Diretrizes Curriculares Nacionais e os preceitos da Política Nacional de Alfabetização. Esperamos que este manual seja uma ferramenta útil para suas aulas e atualização docente. Ótimo trabalho! A autora e a equipe editorial deste livro


Orientações gerais O ensino de História no Ensino Fundamental – Anos iniciais Desde os anos 1980, com todas as transformações políticas e sociais vividas no Brasil em decorrência do movimento de redemocratização, a educação e, consequentemente, o ensino de História vêm sendo intensamente discutidos. Nesse cenário político, com as demandas da sociedade mais expostas e discutidas abertamente, foram publicados o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em 1990, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), em 1996, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), em 1996, as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica (DCN), em 2013, e, por fim, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), em 2018, e a Política Nacional de Alfabetização (PNA), em 2019. O ECA representou uma virada histórica na forma de conceber a infância e a juventude. Os direitos da criança e do adolescente, entre os quais está o acesso à educação, passaram a ser considerados de responsabilidade do Estado, das famílias e de toda a sociedade. A LDB reafirma esse princípio ao mencionar, no artigo 32, que é direito de todas as crianças o acesso ao Ensino Fundamental, obrigatório e gratuito em escola pública, tendo como finalidade a formação básica do cidadão. Além disso, reconhece a importância de um ensino de História que leve “em conta as contribuições das diferentes culturas e etnias para a formação do povo brasileiro, especialmente das matrizes indígena, africana e europeia”. Os PCNs e a DCN trouxeram novos horizontes ao segmento e, consequentemente, aos componentes curriculares escolares que os compõem. Nesse sentido, no que se refere à História, eles constituíram um esforço de sistematização do conhecimento na área para um novo tempo, para uma nova infância, para uma nova escola. Para substituir uma História focada na memorização e sem relação com as questões do presente, essas iniciativas conduziram ao diálogo entre passado e presente e também à seleção de acontecimentos históricos relevantes para os diferentes contextos de estudo. Além disso, a concepção de sujeitos históricos deixou de se restringir a indivíduos ilustres, passando a incluir pessoas comuns, diferentes grupos sociais, crianças, mulheres, organizações, e instituições. Embora esses avanços tenham sido significativos, havia ainda a necessidade de diretrizes pedagógicas que garantissem a equidade na educação, tendo em vista a grande diversidade cultural e as desigualdades sociais presentes no país. Assim, com base na LDB, que previa o estabelecimento de competências e diretrizes para a educação básica que norteassem currículos e seus conteúdos mínimos, foi concebida a Base Nacional Comum Curricular.

Entendendo-se competência como mobilização e aplicação de conhecimentos (conceitos, procedimentos, valores, atitudes), de acordo com a BNCC, espera-se tornar o educando capaz de acionar e utilizar seus conhecimentos na busca de resoluções de problemas. Com esse intuito, a BNCC elenca dez competências gerais, que perpassam todos os componentes curriculares da educação básica, e sete competências específicas para História.

COMPETÊNCIAS GERAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA 1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. 2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas. 3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural. 4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo. 5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva. 6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade. 7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta. V


8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas. 9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza. 10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018. p. 9-10.

A Política Nacional de Alfabetização, por sua vez, foi criada com o objetivo de melhorar a qualidade da alfabetização no país, combatendo o analfabetismo absoluto e o analfabetismo funcional. Para isso, ela prevê o desenvolvimento da literacia e da numeracia. A literacia é entendida como o conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes relacionados à leitura e à escrita, bem como sua prática produtiva. Segundo essa política, ela deve ser desenvolvida da forma a seguir nos anos iniciais do Ensino Fundamental. • 1o ano: aquisição de vocabulário, desenvolvimento da consciência fonológica, aquisição de habilidades de leitura (decodificação) e de escrita (codificação). • 2o ano ao 5o ano: além das habilidades acima, são desenvolvidas a fluência em leitura oral e a interpretação de textos.

Propostas curriculares de História COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE HISTÓRIA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL 1. Compreender acontecimentos históricos, relações de poder e processos e mecanismos de transformação e manutenção das estruturas sociais, políticas, econômicas e culturais ao longo do tempo e em diferentes espaços para analisar, posicionar-se e intervir no mundo contemporâneo. 2. Compreender a historicidade no tempo e no espaço, relacionando acontecimentos e processos de transformação e manutenção das estruturas sociais, políticas, econômicas e culturais, bem como problematizar os significados das lógicas de organização cronológica. 3. Elaborar questionamentos, hipóteses, argumentos e proposições em relação a documentos, interpretações e contextos históricos específicos, recorrendo a diferentes linguagens e mídias, exercitando a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos, a cooperação e o respeito. 4. Identificar interpretações que expressem visões de diferentes sujeitos, culturas e povos com relação a um mesmo contexto histórico, e posicionar-se criticamente com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. 5. Analisar e compreender o movimento de populações e mercadorias no tempo e no espaço e seus significados históricos, levando em conta o respeito e a solidariedade com as diferentes populações. 6. Compreender e problematizar os conceitos e procedimentos norteadores da produção historiográfica. 7. Produzir, avaliar e utilizar tecnologias digitais de informação e comunicação de modo crítico, ético e responsável, compreendendo seus significados para os diferentes grupos ou estratos sociais. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018. p. 402.

VI

Em artigo em que analisa as propostas curriculares nos diferentes estados brasileiros, a professora Circe Bittencourt (1998) identifica como conceitos básicos desenvolvidos nos anos iniciais do Ensino Fundamental o de cultura, vinculado à construção das noções de semelhanças e diferenças, e o de organização social e do trabalho. Também aponta a introdução das noções de tempo e espaço histórico desde o processo de alfabetização. Em relação à noção de tempo histórico, os documentos oficiais que orientam esse componente curricular recomendam que se trabalhe a ideia de antes e depois, com o conceito de geração e o conceito de duração. Dessa forma, os estudantes dos anos iniciais do Ensino Fundamental poderão compreender, de maneira gradual, que a noção de tempo histórico não se restringe ao tempo cronológico. Outra proposta comum para os anos iniciais é a problematização dos temas abordados por meio da história local. Essa prática permite que se contextualizem os problemas do presente, articulando questões locais, regionais, nacionais e internacionais. Assim, a escolha dos conteúdos e problemas deve começar na história local associada à história do cotidiano, possibilitando a introdução de novos objetos, sujeitos e métodos. A BNCC propõe o estudo de História por meio de diferentes fontes (escritas, iconográficas, materiais e imateriais) que proporcionem a compreensão da relação entre tempo e espaço e das relações sociais que as produziram. Registros e vestígios trazem em si as experiências humanas, revelando sujeitos, suas formas de produção, circulação e consumo, que se verifica por meio de processos de identificação, comparação, contextualização, interpretação e análise. Nesse sentido, a BNCC pretende que estudantes e professores incorporem atitude historiadora diante dos conteúdos propostos.


Os desafios do ensino de História O mundo social vivenciado pelos estudantes atualmente é infinitamente mais dinâmico e complexo que o de algumas décadas atrás. Hoje, eles têm acesso às informações por meio do uso mais difundido da internet e das múltiplas ferramentas de busca. Além disso, a comunicação virtual, com a multiplicação de redes sociais, propicia uma nova dinâmica de relações para a nova geração. Cada vez mais, os estudantes se veem diante de questões que desafiam a sociedade e se tornaram parte do cotidiano das pessoas. Dessa maneira, justifica-se a necessidade de se trabalhar em sala de aula temas contemporâneos, como direitos da criança e do adolescente, preservação do meio ambiente, educação alimentar e nutricional, processo de envelhecimento, respeito e valorização do idoso, educação em direitos humanos, saúde, vida familiar e social, educação para o consumo, trabalho, ciência e tecnologia, diversidade cultural, entre outros. Nesse cenário, sistematizar informações acerca de acontecimentos, mudanças e fenômenos sociais contemporâneos, transformando-os em saberes escolares, passou a ser um desafio do ensino de História. Assim, para assegurar as aprendizagens essenciais em cada etapa da educação básica, fazem sentido as ações propostas pela BNCC, como contextualizar os conteúdos, consolidar a interdisciplinaridade entre os componentes curriculares, adotar diferentes metodologias e estratégias didático-pedagógicas, procurar motivar e engajar os alunos na aprendizagem, adotar recursos didáticos e tecnológicos que contribuam para o processo de ensino e aprendizagem.

Somos todos sujeitos da História Nos anos iniciais, é recomendado que o estudo de História propicie aos estudantes o reconhecimento de sua história de vida e da de outras pessoas de sua convivência para que construam as próprias narrativas sobre essas histórias. De acordo com a BNCC:

O exercício do “fazer história”, de indagar, é marcado, inicialmente, pela constituição de um sujeito. Em seguida, amplia-se para o conhecimento de um “Outro”, às vezes semelhante, muitas vezes diferente. Depois, alarga-se ainda mais em direção a outros povos, com seus usos e costumes específicos. Por fim, parte-se para o mundo, sempre em movimento e transformação. Em meio a inúmeras combinações dessas variáveis – do Eu, do Outro e do Nós –, inseridas em tempos e espaços específicos, indivíduos produzem saberes que os tornam mais aptos para enfrentar situações marcadas pelo conflito ou pela conciliação. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018. p. 347-348.

Essa forma de estudar História é essencial para alicerçar o conhecimento de outras localidades, cidades, estados e países. Desse modo, os estudantes compreendem pela experiência que a História pode ser escrita sob múltiplas perspectivas. Quando o estudante se coloca como narrador, percebe também que a noção de espaço e de tempo é essencial para a compreensão dos períodos históricos. O ensino de História deve permitir aos estudantes que desenvolvam as próprias representações da época em que vivem e, ao mesmo tempo, pratiquem uma análise crítica sobre a memória coletiva. O principal intuito do componente curricular é favorecer a formação de sujeitos que questionem a realidade que os cerca – aprendendo que podem atuar na transformação da realidade histórica na qual estão inseridos – e reconheçam as multiplicidades de realidades sociais e dimensões vividas.

Pressupostos teórico-metodológicos da coleção No início do século XX, os historiadores Marc Bloch e Lucien Febvre criaram uma perspectiva histórica que posteriormente ficaria conhecida por Escola dos Annales. Contra a concepção linear do tempo histórico e as análises que narravam a sucessão cronológica dos fatos, Bloch introduziu a perspectiva de permanência na análise histórica, alterando profundamente o modo de pensar a relação passado – presente – futuro. Ao admitir que a sociedade é um jogo de interações, Bloch abriu caminho para que se considerassem os ritmos de cada uma das partes, analisando aquilo que se apresenta em termos de continuidade e de mudança (REIS, 1994). O resultado foi o surgimento de novos objetos, novos problemas e de novas abordagens dos fatos sociais. A Escola dos Annales transformou o cotidiano social em objeto de investigação e, assim, a natureza, a alimentação, as práticas de leitura, o corpo humano, os temas étnico-raciais, entre outros, foram anunciados como objetos da História. Enfim, a nova História abria-se para investigações no campo da história econômica, social e cultural, privilegiando a história de sujeitos coletivos. Esse enfoque sugere o estudo de uma sociedade com base em um de seus aspectos particulares. A pesquisa histórica, então, assumiu uma dimensão dialética, na qual a permanência de um aspecto revelava sua mudança, e vice-versa. Ao introduzir os acontecimentos em uma perspectiva de longa duração, os Annales permitiram, portanto, uma nova relação temporal, que passou a ser ordenada por meio da problematização de um acontecimento no tempo presente e da interpretação do que esse acontecimento representa em termos de mudanças e permanências na história. Interrogar o documento mediante os problemas do mundo tornou-se a operação historiográfica. Fernand Braudel, outro importante representante da Escola dos Annales, emprestando categorias de análise de áreas como Antropologia, Economia, Sociologia e VII


Geografia, inseriu a noção de ritmos da temporalidade, dimensionando e diferenciando os eventos que aconteciam no plano imediato (curta duração), no nível conjuntural (média duração) e no estrutural (longa duração). Essas novas orientações no campo historiográfico redefiniram a visão de muitos historiadores sobre o ensino de História e seus objetivos e acabaram incorporadas a muitos dos currículos do ensino básico. Essas perspectivas estão na base desta coleção. Busca-se partir das questões do presente próximas dos alunos e estabelecer as articulações entre o local, o nacional e o geral. O estudo da realidade mais próxima do estudante permite que ele crie vínculos com a memória familiar, com o mundo do trabalho, das migrações e das festas, bases da constituição de identidades individuais, sociais e coletivas. Na coleção, essa história local ou do lugar associa-se à história do cotidiano, sobretudo do cotidiano da criança (seu tempo e espaço). O cotidiano das pessoas torna-se objeto de investigação: as brincadeiras e os brinquedos de hoje e de outros tempos, os hábitos alimentares de diferentes lugares e de épocas distintas, o jeito de se vestir, as tarefas diárias de adultos e crianças, os tipos de moradia etc. Na construção do conhecimento histórico, os conceitos de tempo, sujeito, espaço e acontecimento histórico são essenciais e, por isso, precisam ser trabalhados e avaliados de forma integrada. Desse modo, é fundamental a valorização do cotidiano social que permeia a vida dos alunos e sua relação com a experiência histórica de outros grupos, lugares e tempos. É dessa forma que o estudante poderá situar-se historicamente, ou seja, compreendendo que pessoas, relações e atividades do seu cotidiano se articulam à dinâmica cultural, social, política e econômica de elementos históricos, próximos e distantes espacialmente, simultâneos e anteriores em termos temporais. Em relação aos métodos de ensino, a coleção parte da ideia de que os estudantes têm saberes sobre os objetos de ensino e que é necessário articular esses conhecimentos prévios aos conteúdos que serão ensinados. É preciso considerar que o estudante chega à sala de aula com certas noções sociais de tempo, sujeito e acontecimento histórico. Além disso, o professor poderá identificar e analisar as relações estabelecidas pelos estudantes entre os seus conhecimentos prévios e os novos saberes, para planejar as intervenções adequadas, a fim de ajudá-los a avançar no processo de aprendizagem. Portanto, propõe-se um método no qual o estudante tem um papel ativo na construção do conhecimento sobre conceitos, noções e acontecimentos históricos. Outro aspecto da metodologia adotada diz respeito às relações e comparações estabelecidas entre o presente e o passado, em um mesmo espaço ou em lugares diferentes, com o objetivo de levar o estudante, gradualmente, à compreensão da realidade em uma dimensão histórica. VIII

Estrutura e organização da coleção Os conteúdos A coleção é composta de cinco volumes, cada qual dividido em unidades centradas em um tema específico. O volume do 1o ano desenvolve conteúdos pertinentes ao aluno, ao Eu, tratando de temas como: ser criança, a identidade, família e escola. Por meio desses temas, a ideia é desenvolver a noção de identidade, individual e coletiva, vinculada aos grupos de convívio mais próximos do estudante (a família, os amigos, a escola). O volume do 2o ano, por sua vez, está centrado na ideia do Eu e o outro, abordando assuntos como: crianças de diferentes lugares, crianças no tempo, formas de morar e festas. Começamos, assim, no universo da criança, a realidade mais próxima do aluno, apresentando diferenças no tempo e no espaço, para discutir as moradias, as características do viver e as questões relacionadas à produção de bens, sempre nos preocupando em incentivá-lo a perceber e conhecer as diferentes formas de registro e evidências históricas. O volume do 3o ano tem como base o Eu, o outro, nós. Seus temas estão centrados na cidade, no campo, nas formas de vida, trabalho e lazer que se consolidaram ao longo do tempo nesses espaços. Procuramos, assim, chamar a atenção para a construção dos espaços (cidade e campo), trabalhando diferenças entre urbano e rural. Trabalhamos ainda as comemorações e as questões ambientais relacionadas a esses espaços. Os conteúdos do volume do 4o ano ampliam as temáticas já tratadas até aqui. Deixa de se configurar especificamente ao redor do aluno para abordar temas pertinentes à construção do conhecimento histórico, às origens da humanidade, à formação dos brasileiros, entre outros. O livro tem como pano de fundo a mobilidade e a incessante transformação das culturas e dos modos de viver. O volume do 5o ano, por fim, desenvolve temas como os primeiros povos ao redor dos grandes rios, a formação do Estado, o surgimento da escrita, a cidadania e o patrimônio histórico. Sempre com os olhos no presente, é um mergulho pelos processos históricos que deram origem às sociedades contemporâneas.

A estrutura Cada unidade apresenta estratégias e recursos variados para o ensino de História no texto principal, nas imagens, nos quadros e nas seções de atividades. O propósito é desenvolver a percepção e o domínio das noções e dos conceitos centrais do componente curricular. Porém, tais estratégias e recursos podem ser escolhidos e combinados, conforme os objetivos do curso e, sobretudo, de acordo com o perfil da turma. As aberturas de unidades desta coleção foram projetadas para despertar o interesse do aluno pelo tema a ser desenvolvido, organizar os conhecimentos prévios e a elaborar hipóteses.


O texto principal, por sua vez, é aquele destinado a desenvolver o tema central da unidade e do qual deriva todo o restante do conteúdo. Ele desenvolve o tema da unidade por meio de linguagem adequada à faixa etária dos estudantes. Os intertítulos cumprem papel relevante nessa organização e sistematizam o assunto a ser estudado. Em geral, os conteúdos de cada unidade estão organizados com base em um olhar sobre o tempo presente e a realidade do estudante. Busca-se, então, localizar os assuntos ao longo do tempo e em outros espaços. Considerando a preocupação de formar estudantes com domínio de múltiplas habilidades e competências, foram ainda elaboradas seções de atividades que possibilitam o trabalho em grupo, a leitura de imagens e de textos, a expressão oral ou escrita e a pesquisa, entre outros recursos. As unidades também contêm quadros chamados +História, que oferece sugestões de livros, filmes e sites sobre os assuntos tratados. Cabe destacar as seções que trabalham os conceitos fundamentais para a construção do conhecimento histórico. A seção De olho no sujeito apresenta a diversidade de indivíduos e grupos que são sujeitos da história. A seção De olho no tempo trabalha a noção de tempo histórico sem se limitar ao tempo cronológico. Por meio dela, procura-se apresentar aos estudantes as noções de diferentes ritmos de duração e a ideia de mudanças e permanências. Por sua vez, a seção De olho nas pistas aborda as evidências históricas, destacando a diversidade de materiais utilizados para a escrita da História. Ao final de cada unidade existe a seção Juntando saberes, um conjunto de atividades que propõem desde a sistematização do conteúdo até pesquisas e entrevistas. Nela são trabalhadas habilidades, como a comparação entre passado e presente, a identificação de diferenças e semelhanças, noções de mudanças e permanências e diferentes ritmos e níveis temporais. Essas atividades não são apenas um instrumento de sistematização e assimilação do conteúdo. Elas também foram planejadas para estabelecer debates, incentivar o trabalho coletivo e a pesquisa, contribuindo com a formação integral dos estudantes. Para orientar os estudantes, algumas atividades são identificadas com ícones, informando-lhes se devem ser realizadas oralmente, em dupla ou em grupo:

Ícone

Descrição Atividade oral Atividade em dupla Atividade em grupo

Para dar suporte ao trabalho do docente, o Manual do Professor, além de conter respostas e orientações de encaminhamento dos conteúdos e das atividades, apresenta mais um ícone – Tema contemporâneo – central do volume. Apesar de, ao longo dos volumes, o material perpassar os diversos temas contemporâneos transversais, em cada ano um deles tem um destaque maior, de acordo com a temática principal desenvolvida ao longo do ano. Esses temas podem ser identificados em um ícone visível somente ao professor.

Ícone VIDA FAMILIAR E SOCIAL

Descrição Tema contemporâneo de destaque

Ao longo da coleção, você perceberá que várias atividades não estão acompanhadas por nenhum dos ícones apresentados no quadro acima. Atividades sem ícone são aquelas que sugerimos que sejam realizadas individualmente e, em geral, requerem produção escrita dos estudantes. O Manual do Professor ainda oferece alguns recursos extras para sala de aula, em especial as Atividades complementares e sugestões que o professor pode adaptar às suas condições de trabalho.

Os graus de dificuldade de cada volume Uma característica importante da coleção é a graduação de dificuldade ao longo dos cinco volumes. Nos volumes do 1o ano e do 2o ano, em virtude de os estudantes ainda estarem em processo de alfabetização, preocupamo-nos em oferecer um número maior de atividades orais, com diálogos e debates sobre os temas propostos. Aos poucos, porém, nesses volumes, as atividades escritas vão sendo inseridas em maior quantidade para, nos volumes seguintes, serem cada vez mais requeridas, acompanhando as expectativas de literacia do PNA. O mesmo ocorre com os graus de dificuldade de leitura e resolução de atividades. Nos primeiros volumes, os textos mais longos e complexos foram pensados para serem intermediados pelo professor. Há também um maior número de atividades intercaladas ao longo do conteúdo, de forma a criar maior interação com o pequeno estudante. Esses artifícios vão sendo reduzidos conforme os estudantes avançam no aprendizado. Nos dois últimos volumes, a forma de abordar os assuntos se torna mais complexa, sendo que, no quinto, procuramos nos aproximar dos livros dos Anos Finais do Ensino Fundamental. Assim, com tais estratégias de graduação progressiva de dificuldades ao longo da coleção, acreditamos estar preparando os estudantes para uma transição suave entre os anos e entre os diferentes ciclos de ensino. IX


Avaliação O ensino e aprendizagem não estaria completo sem as avaliações. Avaliar a aprendizagem do conhecimento histórico no espaço escolar envolve tanto a aprendizagem dos conteúdos como a construção de relações sociais mais amplas entre os alunos e as coisas do mundo. No processo de avaliação, mais relevante do que mensurar, atribuir uma nota ou um conceito, é obter informações sobre a aprendizagem do estudante, com a finalidade de ajudá-lo a avançar e aprender. A avaliação deve servir para balizar todo o trabalho desenvolvido em sala de aula, desde a adequação do planejamento até o desempenho dos estudantes. É interessante que a avaliação seja encarada como um processo, isto é, seja composta de diversos instrumentos capazes de avaliar diferentes aspectos e momentos da aprendizagem. É importante, para isso, estimular a participação do estudante, explicitando os critérios nos quais se baseiam a avaliação, os meios utilizados e os objetivos a serem alcançados. O professor Charles Hadji (2001), que trata da avaliação formativa, aponta três características principais desse modelo de avaliação. A primeira é o fato de ser uma avaliação informativa, ou seja, que oferece dados sobre a condução do processo de ensino e aprendizagem. A segunda, decorrente da primeira, é a possibilidade de permitir que o professor reflita sobre o seu trabalho com base nos dados fornecidos, e que o estudante tome consciência de suas dificuldades, assim, ele poderá reconhecer e corrigir seus erros. Por fim, a terceira característica é a função “corretiva” dessa avaliação, que é resultado da variabilidade didática. Sobre isso, Hadji é categórico: [...] o professor, assim como o aluno, deve poder “corrigir” sua ação, modificando, se necessário, seu dispositivo pedagógico, com o objetivo de obter melhores efeitos por meio de uma maior “variabilidade didática”. A avaliação formativa implica, por parte do professor, flexibilidade e vontade de adaptação, de ajuste. Este é sem dúvida um dos únicos indicativos capazes de fazer com que se reconheça de fora uma avaliação formativa: o aumento da “variabilidade didática”. Uma avaliação que não é seguida por uma modificação das práticas do professor tem poucas chances de ser formativa! HADJI, C. Avaliação desmistificada. Porto Alegre: Artmed, 2001.

X

As correções a serem feitas com o objetivo de melhorar o desempenho do estudante, que concernem, portanto, tanto à ação de ensino do professor quanto à atividade de aprendizagem do aluno, são escolhidas em função da análise da situação, tornando-se possíveis pela avaliação formativa. O remédio baseia-se no diagnóstico, o que permite aos atores retificar as modalidades da ação em andamento. A avaliação formativa, portanto, preocupa-se com todo o processo de ensino e aprendizagem, que não é uniforme e depende dos conhecimentos e das competências desenvolvidos anteriormente por cada um dos estudantes. Assim, a avaliação pressupõe certo grau de individualização do processo de aprendizagem. Por isso, para Hadji, o único procedimento que de fato atesta a prática de uma avaliação formativa é a existência da variabilidade didática, que decorre da obtenção de informações sobre o que e como o estudante aprende. Em outras palavras, em um processo de avaliação formativa, obtemos informações que podem ser usadas para ajudar os diferentes estudantes a aprender. Em consequência, é necessário pensar em propostas diferenciadas. Quando a variabilidade didática não é aplicada, o processo até pode ter sido presidido por uma intenção formativa, mas ela não se concretiza de fato. Uma das formas para viabilizar esse tipo de avaliação é a análise das tarefas sugeridas aos estudantes. Hadji propõe a decomposição da tarefa em suas etapas primordiais para a elaboração de critérios de realização, que norteiam os estudantes na execução da atividade e o professor na apreciação dela. Esses critérios também informariam as dificuldades e facilidades encontradas pelos estudantes ao cumprir a tarefa. No fechamento de cada etapa do processo avaliativo, seja a etapa organizada por blocos de conteúdos, seja associada a períodos escolares, enfatizamos a importância da autoavaliação, momento em que o estudante pode fazer um balanço de seu aproveitamento, contando com o acompanhamento do professor. Para viabilizar a autoavaliação, devem ser apresentados, no início do trabalho com a turma, os objetivos mínimos a serem alcançados. Durante a avaliação, pode-se retomar os temas estudados naquele período, assim como as atividades realizadas, e relembrar com os alunos os objetivos preestabelecidos. Esses dados servirão de parâmetros para a autoavaliação, que pode ser oral ou escrita. É importante lembrar que nem todos os estudantes sentem-se suficientemente seguros para se expor diante do grupo e que essa característica deve ser respeitada. É fundamental apoiar-se nos resultados do processo avaliativo para discutir conquistas e dificuldades, a fim de definir posteriores mudanças.


Planejamento do 1o ano Para o 1º ano, a BNCC preconiza que devem ser desenvolvidas as seguintes habilidades:

Descrição

Código EF01HI01

Identificar aspectos do seu crescimento por meio do registro das lembranças particulares ou de lembranças dos membros de sua família e/ou de sua comunidade.

EF01HI02

Identificar a relação entre as suas histórias e as histórias de sua família e de sua comunidade.

EF01HI03

Descrever e distinguir os seus papéis e responsabilidades relacionados à família, à escola e à comunidade.

EF01HI04

Identificar as diferenças entre os variados ambientes em que vive (doméstico, escolar e da comunidade), reconhecendo as especificidades dos hábitos e das regras que os regem.

EF01HI05

Identificar semelhanças e diferenças entre jogos e brincadeiras atuais e de outras épocas e lugares.

EF01HI06

Conhecer as histórias da família e da escola e identificar o papel desempenhado por diferentes sujeitos em diferentes espaços.

EF01HI07

Identificar mudanças e permanências nas formas de organização familiar.

EF01HI08

Reconhecer o significado das comemorações e festas escolares, diferenciando-as das datas festivas comemoradas no âmbito familiar ou da comunidade.

Para contribuir com o planejamento de suas aulas, apresentamos a seguir uma proposta de uso do material ao longo das 40 semanas letivas.

Semana

Páginas

Indicações

1

8e9

Aplicação das atividades diagnósticas da seção Para começar

2

10 a 13

Unidade 1 – Ser criança Brincar e imaginar

3

14 a 16

Brincadeiras de todos os tempos e lugares • A atividade 3 pode ser usada como avaliação contínua. De olho no tempo: Elefantinho colorido

4

17 e 18

Os direitos da criança. • A atividade 2 pode ser usada como avaliação contínua.

5

19 a 21

Direitos da criança é assunto sério! Juntar saberes (atividade 1)

6

21 a 23

Juntar saberes (atividade 2 ao final) • As atividades desta seção podem ser utilizadas como avaliação formativa.

Habilidades da unidade

EF01HI01 EF01HI05

XI


XII

7

24 a 27

Unidade 2 – Minha identidade Iguais, mas diferentes

8

28 e 29

Cada criança é de um jeito

9

30 a 33

Ser diferente é legal! História em ação

10

34 e 35

Nome e identidade Documentos, para quê?

11

36 a 39

A história de cada um Juntar saberes • As atividades desta seção podem ser utilizadas como avaliação formativa.

12

40 a 43

Unidade 3 – A família Família: cada um tem a sua As atividades das páginas 42 e 43 podem ser usadas como avaliação contínua.

13

44 a 46

As famílias são diferentes

14

48 e 49

A família na história • As atividades da página 49 podem ser usadas como avaliação contínua.

15

47

De olho nas pistas: árvore genealógica

16

50 a 52

Convivendo com a família

17

53

O papel de cada um

18

54 e 55

Famílias de diferentes culturas

19

56 e 57

Juntar saberes • As atividades desta seção podem ser utilizadas como avaliação formativa.

20

58 a 61

Unidade 4 – Os amigos Amigos na família e na escola Amigos na família

21

62 a 64

Amigos na escola • A atividade 3 da página 64 pode ser usada como avaliação continuada.

22

65 e 66

Aniversário entre amigos

23

67 a 69

Amigos de longe e diferentes Amigos virtuais

24

70 e 71

Amigo de estimação • A atividade 2 pode ser usada como avaliação continuada. De olho nas pistas: Nossas lembranças nos objetos

25

72 a 75

História em ação Juntar saberes • As atividades desta seção podem ser utilizadas como avaliação formativa.

EF01HI01 EF01HI04

EF01HI02 EF01HI06 EF01HI07

EF01HI01 EF01HI02 EF01HI04


26

76 a 80

Unidade 5 – A escola: hoje e no passado A escola hoje • A atividade 1 página 78 pode ser usada como avaliação continuada.

27

81 e 82

Muito lugares, diferentes escolas As diferentes escolas brasileiras

83 a 87

Escola pública e escola privada • A atividade 2 página 84 pode ser usada como avaliação continuada. Os combinados e as regras na escola • As atividades 1 e 2 página 85 podem ser usadas como avaliação continuada.

29

86 a 89

Combinados na família e na escola Festas e comemorações na escola

30

90 a 92

A história da escola no Brasil • A atividade 3 itens a, b, c página 92 pode ser usada como avaliação continuada

31

93

De olho no tempo: A história da escola em que estudo

32

94 a 97

Juntar saberes • As atividades desta seção podem ser utilizadas como avaliação formativa.

33

98 e 99

Unidade 6 – Para ler o mundo

34

100 e 101

Ler e escrever De olho nas pistas: como era antes da escrita? • A atividade 2 página 101 pode ser usada como avaliação continuada.

35

102 e 103

Ver e enxergar Educação é um direito

36

104 e 105

De olho no sujeito: diversas maneiras de aprender • A atividade 2 página 105 pode ser usada como avaliação continuada.

37

106

O que se aprende

38

107

História em ação • A atividade 1b pode ser usada como avaliação continuada.

39

108 e 109

Juntar saberes • As atividades desta seção podem ser utilizadas como avaliação formativa.

40

110 a 111

Aplicação das atividades diagnósticas da seção Para finalizar.

28

EF01HI03 EF01HI04 EF01HI06 EF01HI08

EF01HI01 EF01HI03 EF01HI04

XIII


Referências ANTUNES, R. Adeus ao trabalho? Ensaio sobre as metamorfoses e a centralidade do mundo do trabalho. São Paulo: Cortez; Campinas: Editora da Unicamp, 1995. BALAKRISHNAN, G. (org.). Um mapa da questão nacional. Rio de Janeiro: Contraponto, 2000. BARRETO, E. S. (org.). Os currículos do Ensino Fundamental para as escolas brasileiras. Campinas: Autores Associados; São Paulo: Fundação Carlos Chagas, 1998. BITTENCOURT, Circe Maria F. Ensino de História – fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2005. A obra aborda aspectos de ensino e aprendizagem de História do ponto de vista dos problemas teóricos que fundamentam o conhecimento escolar e dos problemas das práticas em sala de aula. BITTENCOURT, Circe Maria F. Propostas curriculares de História: continuidades e transformações. In: BARRETO, Elba Siqueira de Sá (org.). Os currículos do Ensino Fundamental para as escolas brasileiras. Campinas: Autores Associados; São Paulo: Fundação Carlos Chagas, 1998. BLOCH, Marc. Apologia da História ou ofício do historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002. Por meio desse livro, Marc Bloch amplia a noção de documento, a possibilidade de objetos de estudo e quebra paradigmas conservadores no que se trata de fazer ciência. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF: Ministério da Educação, 2018. BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Brasília, DF: Ministério da Educação, 2013. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=15548-d-c-n-educacao-basica-nova-pdf&Itemid=30192>. Acesso em: 30 jul. 2021. BRASIL. Ministério da Educação. Ensino Fundamental de Nove Anos. Brasília, DF: Ministério da Educação, 2004. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/ensino-fundamental-de-nove-anos>. Acesso em: 30 jul. 2021. BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília, DF: Ministério da Educação, 1997. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro01.pdf>. Acesso em: 30 jul. 2021. BRASIL. Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, 1990. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069. htm>. Acesso em: 30 jul. 2021. BRASIL. Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF: Presidência da República, 1996. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/ldb.pdf>. Acesso em: 30 jul. 2021. BURKE, P. (org.). A escrita da História: novas perspectivas. São Paulo: Ed. Unesp, 1992. CALVINO, I. Cidades invisíveis. São Paulo: Companhia das Letras, 2003. CARRETERO, M.; ROSA, A.; GONZÁLES, F. (org.). Ensino de História e memória coletiva. Porto Alegre: Artmed, 2007. CAVALCANTE, B.; EISENBERG, J.; STARLING, H. (org.). Decantando a República: inventário histórico e político da canção brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira; São Paulo: Perseu Abramo, 2004. v. 2. CHAUÍ, M. Seminários: o nacional e o popular na cultura brasileira. 2. ed. São Paulo: Brasiliense, 1984. CUESTA FERNANDEZ, R. Clio en las aulas: la enseñanza de Historia en España entre reformas, ilusiones y rutinas. Madrid: Akal Ediciones, 1998. FERNANDES, C. O.; FREITAS, L. C. Indagações sobre currículo: currículo e avaliação. Brasília, DF: Ministério da Educação/ Secretaria de Educação Básica, 2007. FREIRE, José Ribamar Bessa. Aldeamentos indígenas do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: EDUERJ, 2009. FURET, F. A oficina da História. Lisboa: Gradiva, 1986. XIV


Neste livro, François Furet traz reflexões acerca do ofício do historiador, analisando o desenvolvimento metodológico pelo qual a História passou até chegar ao final do século XX. O autor destaca, ainda, como a ciência histórica adquiriu um aspecto mais social com o passar do tempo, tornando-se mais eclética ao agregar aspectos metodológicos de outras Ciências Humanas, porém, sem perder a sua essência e rigor. FUNARI, Pedro Paulo; PIÑON, Ana. A temática indígena na escola: subsídios para os professores. São Paulo: Contexto, 2011. Voltado para professores das escolas não indígenas, esse livro traz informações, análises e reflexões sobre inquietações recorrentes dos professores a respeito da temática indígena. FUNARI, Pedro Paulo; SILVA, Glaydson José da. Teoria da História. São Paulo: Brasiliense, 2008. GEERTZ, C. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1989. GONÇALVES, Maria Alice Rezende (org.). Educação, cultura e literatura afro-brasileira. Rio de Janeiro: NEAB/UERJ, 2007. (Coleção Sempre Negro). O livro é composto por um conjunto de textos que abordam uma variedade de temas oferecendo aos educadores vasto e fundamentado material para abordar a temática em sala de aula. GONÇALVES, Maria Alice Rezende (org.). Educação, Arte e cultura africana de língua portuguesa. Rio de Janeiro: NEAB/ UERJ, 2007. (Coleção Sempre Negro). A obra apresenta um conjunto de textos que contribui para as discussões da questão étnico-racial na escola. GORENDER, J. O escravismo colonial. São Paulo: Ática, 1985. HADJI, C. Avaliação desmistificada. Porto Alegre: Artmed, 2001. HALL, S. Identidade cultural na pós‑modernidade. 7. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2002. HEYWOOD, Linda M. (org.). Diáspora negra no Brasil. São Paulo: Contexto, 2008. Essa obra colabora com a compreensão do papel exercido por importante parcela do povo negro em nosso país e abre novos horizontes para historiadores, antropólogos, sociólogos e demais estudiosos da África e sua diáspora. HOBSBAWM, E. Mundos do trabalho: novos estudos sobre história operária. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988. HOLANDA, S. B. Raízes do Brasil. 26. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. KAHN, Marina. ABC dos povos indígenas no Brasil. São Paulo: SM, 2015. A obra busca mostrar que o Brasil indígena é amplo e diversificado. São 234 povos vivendo de norte a sul do país, falantes de 180 línguas distintas, sem contar os grupos que permanecem isolados. Um universo fascinante, que se revela na variedade dos estilos e técnicas de pintura corporal, nos tipos de festas e cerimônias, como as que envolvem ritos de passagem, no sortimento de artefatos, nas formas de relacionamento com a natureza. KARNAL, Leandro (org.). História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas. São Paulo: Contexto, 2003. Esse livro lança novas luzes sobre o trabalho do professor, tanto do Ensino Fundamental quanto do Ensino Médio. Com base em discussões das teorias, questiona certas práticas de sala de aula e propõe outras, compatíveis com a responsabilidade social do historiador, visando tornar mais eficaz o despertar do interesse dos alunos pela matéria. LE GOFF, Jacques. História e memória. Campinas: Editora da Unicamp, 2003. Nesse livro, Le Goff busca reconstruir o conceito de história, abordando, historicamente, como este conceito foi concebido desde a Antiguidade clássica, com Heródoto, passando pelas concepções de Santo Agostinho e Ibn Khaldun até a contemporaneidade, com Michel de Certeau, Marc Bloch e a Escola dos Annales. MARROU, H. Do conhecimento histórico. 7. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1975. MASI, D. O ócio criativo. Rio de Janeiro: Sextante, 2000. MCLAREN, P. Multiculturalismo crítico. 3. ed. São Paulo: Cortez; Instituto Paulo Freire, 2000. XV


MONTEIRO, A. M. Professores de História: entre saberes e práticas. Rio de Janeiro: Mauad, 2007. NOVAES, A. (org.). Tempo e História. São Paulo: Secretaria Municipal de Cultura; Companhia das Letras, 1992. ORTIZ, R. Cultura e mundialização. São Paulo: Brasiliense, 1994. PINSKY, Carla Bassanezi (Org.). Novos temas nas aulas de história. São Paulo: Contexto, 2009. Esse livro pretende aproximar a realidade das pesquisas ao conteúdo escolar. Trata de assuntos como meio ambiente, relações de gênero e direitos humanos, essenciais nas aulas de História. PINSKY, J. (org.) O ensino de História e a criação do fato. 10. ed. São Paulo: Contexto, 2002. REIS, J. C. Nouvelle Histoire e tempo histórico: a contribuição de Febvre, Bloch e Braudel. São Paulo: Ática, 1994. RÜSEN, J. Razão histórica, teoria da História: os fundamentos da ciência histórica. Brasília, DF: Ed. UnB, 2001. SANTOS, Joel Rufino dos. Na rota dos tubarões: o tráfico negreiro e outras viagens. Rio de Janeiro: Pallas, 2008. SANTOS, M. Metamorfose do espaço habitado. São Paulo: Hucitec, 1991. SILVA, M. (org.). Repensando a História. Rio de Janeiro: Marco Zero, 1984. SOIHET, R.; BICALHO, M. F. B.; GOUVEA, M. F. S. (org.) Culturas políticas: ensaios de história cultural, história política e ensino de História. Rio de Janeiro: Mauad, 2005. SOUZA, Marina de Melo. África e o Brasil Africano. 2. ed. São Paulo: Ática, 2007. A autora traça um panorama do continente africano, com suas diversas sociedades locais, sua história e cultura antes e depois da escravidão. E retrata as consequências da imigração forçada de quase 5 milhões de africanos escravizados ao longo de mais de 300 anos de história do Brasil, mostrando as marcas de um legado cultural que exerce influência fundamental na sociedade brasileira. TELLES, Teresa Silva; MELO, Mariana. Meu Brasil africano. São Paulo: IBEP, 2013. Essa obra trata da importância do legado africano em nosso país. A primeira parte do livro apresenta um amplo panorama do continente africano, antes e depois da chegada dos europeus. Na segunda parte, é discutida a matriz africana de nosso país, identificando o negro como agente da nossa história. WHITE, H. Trópicos do discurso: ensaios sobre a crítica da cultura. 2. ed. São Paulo: Edusp, 2001. ZAMBONI, E. (org.). Quanto tempo o tempo tem? Campinas: Alínea, 2003.

XVI


universo das

DESCOBERTAS

História Ensino Fundamental • Anos Inicias

1

O

ANO

universo das

DESCOBERTAS

Tainá Nogueira

2

Bacharel em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Mestre em MultimeiosHpela Estadual de Campinas. istórUniversidade ia de materiais didáticos. Ensino FEditora undamental • Anos Inicias

O

ANO

universo das

DESCOBERTAS 1a edição São Paulo, 2021

História Ensino Fundamental • Anos Inicias

3

O

ANO

universo das

DESCOBERTAS 1


Universo das Descobertas História – 1º ano

Conselho Editorial Alessandro Gerardi, Alessio Fon Melozo, Luis Afonso G. Neira, Luis Matos, William Nakamura

© UDL Educação

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Dados

Internacionais de Catalogação na Publicação Angélica AngélicaIlacqua IlacquaCRB-8/7057 CRB-8/7057

(CIP)

N716u Nogueira, Tainá

Universo fundamental São Paulo : (Universo

das descobertas : História : Ensino : Anos iniciais : 1º ano / Tainá Nogueira. –– Universo da Literatura – UDL Educação, 2021. das descobertas ; 1)

ISBN 978-65-89871-43-9 (aluno) ISBN 978-65-89871-53-8 (professor) 1. História (Ensino fundamental) I. Título II. Série FICHA CATALOGRÁFICA 21-3308 CDD 372.89

Índices para catálogo sistemático: 1. História : Ensino Fundamental I ISBN 978-65-89871-43-9 (LE) ISBN 978-65-89871-53-8 (LP)

Direção Editorial Alessandro Gerardi Coordenação Editorial Priscilla Cerencio/Ex-libris Soluções Didáticas e Editoriais Edição Priscilla Cerencio e Stella Mendes Fischer/Ex-libris Soluções Didáticas e Editoriais Revisão de textos Débora Tamayose e Hires Héglan/Ex-libris Soluções Didáticas e Editoriais Projeto gráfico Escala Educacional e Ex-libris Soluções Didáticas e Editoriais Capa Todotipo Editorial Ilustração de capa Ilustracartoon Editoração eletrônica e Arte Ex-Libris Soluções Didáticas e Editoriais Licenciamento de textos e imagens Andrea Bolanho Pesquisa e Licenciamento

Todos os direitos reservados: UDL Educação Av. Ordem e Progresso, nº 157, sala 803 - Várzea da Barra Funda CEP 01141-030 - São Paulo - SP – Brasil Phone/Fax: 55 11 3392 3336 www.udleducacao.com.br contato@udleducacao.com.br

Impressão e acabamento

Em respeito ao meio ambiente, as folhas deste livro foram produzidas com fibras de árvores de florestas plantadas, com origem certificada.

2

Pesquisa iconográfica Andrea Bolanho Pesquisa e Licenciamento


APRESENTAÇÃO CARO ESTUDANTE, ESTA COLEÇÃO DE HISTÓRIA PRETENDE “AJUDÁ-LO A OLHAR” E INTERPRETAR O MUNDO. A HISTÓRIA – CIÊNCIA QUE ESTUDA AS TRANSFORMAÇÕES PROVOCADAS PELOS SERES HUMANOS NO TEMPO – AUXILIA-NOS NO RECONHECIMENTO DAS RELAÇÕES ENTRE NOSSAS EXPERIÊNCIAS PARTICULARES E AS EXPERIÊNCIAS DAS OUTRAS PESSOAS E DOS GRUPOS SOCIAIS. ELA TAMBÉM NOS AJUDA A ENTENDER NOSSAS EXPERIÊNCIAS DENTRO DO CONTEXTO EM QUE VIVEMOS, ASSIM COMO A RECONHECER O QUE PERMANECE DO PASSADO EM NÓS E O QUE MUDOU. ASSIM, O CONHECIMENTO HISTÓRICO POSSIBILITA COMPREENDER OUTROS MODOS DE VIDA E OUTRAS FORMAS DE VER E SENTIR O MUNDO. QUEM SABE NOS AJUDE A SONHAR COM UM OUTRO TEMPO MAIS FELIZ E ABUNDANTE PARA TODOS. ESPERAMOS QUE GOSTE. A AUTORA E TODA A EQUIPE DESTA COLEÇÃO

3


CONHEÇA SEU

LIVRO

1 AMIGOS NA FAMÍLIA E NA ESCOLA

1 AMIGOS NA FAMÍLIA E NA ESCOLA

… NA FAMÍLIA?

… NA RUA OU NO BAIRRO ONDE VOCÊ MORA?

… NO PRÉDIO ONDE MORA?

M

É MEU AMIGO DO BAIRRO ONDE MORO.

IDADE

A

NOME

L

T

GOSTOS

U

P T F C CADA CRIANÇA É DE UM JEITO

Q

IDEIAS

R

A

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VAMOS BRINCAR

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OPINIÕES

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I

GRUPO COM DOIS COLEGAS, CONVERSEM

• É IMPORTANTE OU JOGAMOS QUE

E RESPONDA

GUS MORAIS

HI

IA

A) CONVERSE COM OS COLEGAS: COMO ESSA HISTÓRIA VAI ACABAR?

IA

HI

FERNANDO FAVORETTO/CRIAR IMAGEM

DIAGR G AMA AS CARACTERÍSTICA S QUE NOS TORN AM SERES ÚNICO S. ALTURA

M: HAJA DIVERSIDAD PORNÃO QUÊ? TEM E E QUE AS PESSO GRUDE FUTEBOL, OU POPEGA-PEGA! COM DOIS COL AS SEJAM DIFER ENTES? EGAS, CONVER BRINCADEIRA! É IMPORTANT SEM E4 RES AGORA, DIGAM PONDAM AOS OUTROS E QUE HAJA DIVE : COLEGAS DA TURMA QUAL RSIDADE E QUE • TODOS CHEGARAM POR QUÊ? FOI A CONCLUSÃO À MESMA CONC AS PESSOA DO GRUPO. CONVERSEM LUSÃO? TIVER S SEJEAM TROQDIFE AM A MESMA UEM IDEIA REN OPINIÃO? S. TES? 4 AGORA, DIGAM AOS OUT STÓR ROS COLEGAS LIVRO DA TURMA QUA TODOS CHEGAR L FOI•AOSCON DIREFCLU AM À MESMA ENTESÃO S, DE PAUL DO AGRU CONCLUSÃO? BOSSPO. CONVERSEM IO. SÃO PAUL O LIVRO CONTA TIVE O: PULO DO E TROQUEM IDEI RAM A MES A HISTÓRIA DE GATO, 2018. ALGO UMA MENINA MADEOPI AS. DIFERNIÃ QUE, CERTO ENTEO? EM TODAS AS DIA, NOTA QUE DELA. O PESSO QUE SERÁ QUE AS AO SEU REDOR HÁ É TÃO ESTRA , EXCETO NA NHO? FAMILIA

B) DESENHE NO CADERNO UM FINAL PARA A HISTÓRIA.

LIVRO

• OS DIREFENTE

29

S, DE PAULA BOS

SIO. SÃO PAU O LIVRO CON LO: PULO DO TA A HISTÓRIA GATO, 2018. DE UMA MEN ALGO DE DIFE INA QUE, CER RENTE EM TOD TO DIA, NOTA AS AS PESSOA DELA. O QUE QUE HÁ S SERÁ QUE É TÃO ESTRANHO? AO SEU REDOR, EXCETO NA FAMILIA

TEXTO PRINCIPAL EM CADA UNIDADE, OS ASSUNTOS ESTÃO AGRUPADOS EM TÓPICOS E SÃO DESENVOLVIDOS POR UM CONJUNTO DE TEXTOS, IMAGENS E ATIVIDADES. A IDEIA É FORMAR UM ESPAÇO GOSTOSO E DIVERTIDO PARA VOCÊ DESENVOLVER SEUS ESTUDOS.

29

ESTES SÃO OS SIGNIFICADOS DOS ÍCONES UTILIZADOS NO LIVRO: SELOS INTERDISCIPLINARES ÍCONES DE ATIVIDADE ATIVIDADE EM DUPLA ATIVIDADE ORAL ATIVIDADE EM GRUPO

4

É MEU AMIGO DO BAIRRO ONDE MORO.

OPINIÕES

A

1 UMA TURMA DO PRIMEIRO ANO SE DIVERTIA QUANDO HOUVE UM DESENTENDIMENTO. 3 FORME UM

28

É MEU AMIGO.

2 PROCURE NO

A

F

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D)

. É MEU AMIGO DA ESCOLA.

60

VOCÊ JÁI DEVE DTER PERCEBIDO QUE NÃO É IGUAL A NENHUM DE A D E SEUS COLEGAS. S N O M E,M VOCÊ ÉI UM SER ÚNICO! COM SUA APARÊNCIA FÍSICA, SEUS GOSTOS Q B P SEU JEITO DE SER, DE SE VESTIR, VDE FALAR, X DE PENSAR. S

3 FORME UM

C) NO PRÉDIO OU NA RUA ONDE MORO,

DIAGRAMA AS CARACTERÍSTICA S QUE NOS TOR NAM SERES ÚNI COS.

ALTURA

P

B)

É MEU AMIGO.

C) NO PRÉDIO OU NA RUA ONDE MORO, D)

+ HISTÓRIA AQUI VOCÊ ENCONTRA INDICAÇÕES DE LIVROS, SITES, VÍDEOS E MÚSICAS SOBRE O TEMA QUE ESTÁ ESTUDANDO, PARA SE • INFORMAR E AMPLIAR OS SEUS CONHECIMENTOS!•

A) EM CASA, MEU MELHOR AMIGO É

É MEU AMIGO DA ESCOLA.

B)

… NA RUA OU NO BAIRRO ONDE VOCÊ MORA?

1 ESCREVA O NOME DE SEUS AMIGOS E COMPLETE AS FRASES A SEGUIR.

.

60

2 PROCUR E NO

… NO PRÉDIO ONDE MORA?

1 ESCREVA O NOME DE SEUS AMIGOS E COMPLETE AS FRASES A SEGUIR.

A) EM CASA, MEU MELHOR AMIGO É

… NA ESCOLA? A_LESIK/SHUTTERSTOCK

A_LESIK/SHUTTERSTOCK

MIKEDOTTA/SHUTTERSTOCK

… NA ESCOLA?

MIKEDOTTA/SHUTTERSTOCK

… NA FAMÍLIA?

MONKEY BUSINESS IMAGES/SHUTTERSTOCK

MONKEY BUSINESS IMAGES/SHUTTERSTOCK

UNIDADE O LIVRO ESTÁ ORGANIZADO EM UNIDADES, CADA QUAL CONCENTRADA NO ESTUDO DE UMA TEMÁTICA. TUDO COMEÇA COM UMA BONITA IMAGEM QUE OCUPA DUAS PÁGINAS E É ACOMPANHADA DE QUESTÕES PARA DESPERTAR SEU INTERESSE E MOTIVÁ-LO AO ESTUDO.

DIARIAMENTE, VOCÊ CONVIVE COM VÁRIAS PESSOAS EM DIFERENTES LUGARES: EM CASA, NA ESCOLA, NO PRÉDIO, NA RUA, NO BAIRRO. ENTRE ESSAS PESSOAS, QUEM SÃO SEUS AMIGOS? OBSERVE AS FOTOGRAFIAS. VOCÊ TEM AMIGOS… FERNANDO FAVORETTO/CRIAR IMAGEM

DIARIAMENTE, VOCÊ CONVIVE COM VÁRIAS PESSOAS EM DIFERENTES LUGARES: EM CASA, NA ESCOLA, NO PRÉDIO, NA RUA, NO BAIRRO. ENTRE ESSAS PESSOAS, QUEM SÃO SEUS AMIGOS? OBSERVE AS FOTOGRAFIAS. VOCÊ TEM AMIGOS…


AS SEÇÕES AO LONGO DAS UNIDADES, VOCÊ ENCONTRA TRÊS SEÇÕES COM TEXTOS, IMAGENS E ATIVIDADES PARA TRABALHAR OS ELEMENTOS BÁSICOS DA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO HISTÓRICO. SÃO ELAS: DE OLHO NO SUJEITO

DE OLHO NAS PISTAS

MAURO SANTOS

SASIMOTO/SHUTTERSTOCK

VOCÊ JÁ BRINCOU DE ELEFANTINHO COLORIDO? ESSA É UMA BRINCADEIRA QUE JÁ DIVERTIU MUITAS CRIANÇAS NO PASSADO E CONTINUA DIVERTINDO NO PRESENTE. POR ISSO, DIZEMOS QUE ESSE É UM JOGO TRANSGERACIONAL, OU SEJA, QUE PASSOU POR MUITAS CRIANÇAS QUE VIVERAM EM DIFERENTES ÉPOCAS. É POSSÍVEL QUE ESSA BRINCADEIRA TENHA FEITO PARTE DA INFÂNCIA DOS SEUS PAIS, AGORA FAZ PARTE DA SUA INFÂNCIA, E VOCÊ TERÁ A OPORTUNIDADE DE ENSINÁ-LA A MUITAS CRIANÇAS DA SUA FAMÍLIA!

PUSLATRONIK/SHUTTERSTOCK

EM MUITAS COMUNIDADES, O CONHECIMENTO É PASSADO DE GERAÇÃO EM GERAÇÃO POR MEIO DA ORALIDADE. NA FOTO, UMA PROFESSORA NA TANZÂNIA ENSINA SEUS ESTUDANTES SOMENTE POR MEIO DA FALA E DA OBSERVAÇÃO DA NATUREZA, 2018.

MUITOS POVOS INDÍGENAS, POR EXEMPLO, NÃO UTILIZAM A ESCRITA, MAS, SEM DÚVIDA, COMPREENDEM MUITO BEM O LUGAR ONDE VIVEM! ELES APRENDEM A VIVER DE VÁRIAS MANEIRAS. QUANDO SÃO CRIANÇAS, APRENDEM ACOMPANHANDO E OBSERVANDO OS ADULTOS NAS TAREFAS DIÁRIAS.

ZILDA SANTOS

ALLNIKART/SHUTTERSTOCK

1. SIGA AS ORIENTAÇÕES DO PROFESSOR PARA BRINCAR DE ELEFANTINHO COLORIDO! 2. VOCÊ JÁ TINHA BRINCADO DE ELEFANTINHO COLORIDO? 3. REÚNA-SE COM MAIS QUATRO COLEGAS E PERGUNTEM A ADULTOS DA ESCOLA SE ELES CONHECEM ESSA BRINCADEIRA.

FABIO COLOMBINI

CARLOS AMARAL

ELEFANTINHO COLORIDO

HÁ DIVERSAS FORMAS DE APRENDER SEM USAR AS PALAVRAS E AS LETRAS ESCRITAS NOS LIVROS. AS PESSOAS QUE NÃO APRENDERAM A LER NEM A ESCREVER TÊM MUITOS CONHECIMENTOS SOBRE A VIDA, A NATUREZA, OS ACONTECIMENTOS E OS PROCESSOS DO MUNDO.

ÁRVORE GENEALÓGICA

LÚCIA AMARAL

DE OLHO NO TEMPO

DIVERSAS MANEIRAS DE APRENDER

VOCÊ SABIA QUE UMA DAS FORMAS MAIS EFICAZES DE CONHECER A HISTÓRIA DA NOSSA FAMÍLIA É CONVERSANDO COM OS ADULTOS MAIS VELHOS DO NOSSO GRUPO FAMILIAR? EM GERAL, OS IDOSOS DA FAMÍLIA GUARDAM REGISTROS IMPORTANTES QUE EXPLICAM SE A FAMÍLIA É ORIGINÁRIA DAQUI, SE VEIO DE OUTRO PAÍS E COMO CHEGOU AO BRASIL. UMA DAS FORMAS DE PRESERVAR A HISTÓRIA DA FAMÍLIA E CONHECER SUA ORIGEM É POR MEIO DOS DOCUMENTOS PESSOAIS, COMO A CERTIDÃO DE NASCIMENTO, EM QUE PODEMOS VER O NOME E O SOBRENOME DOS NOSSOS PAIS E DOS NOSSOS AVÓS. QUANDO RECONSTRUÍMOS A HISTÓRIA DA NOSSA FAMÍLIA, INVESTIGANDO A ORIGEM DE CADA UM, TEMOS A OPORTUNIDADE DE MONTAR A NOSSA ÁRVORE GENEALÓGICA.

NÚBIA AMARAL

A) PINTE DE VERDE UM QUADRINHO PARA CADA PESSOA QUE RESPONDER SIM E DE LARANJA PARA CADA PESSOA QUE RESPONDER NÃO.

ANTÔNIO SANTOS

SARA AMARAL SANTOS

CRIANÇAS INDÍGENAS DA ETNIA SATERÊ-MAWÉ APRENDEM COM ADULTOS A FAZER ARTESANATO USANDO LINHAS E SEMENTES. MANAUS (AMAZONAS), 2018.

CAIO AMARAL SANTOS

B) ESSA É UMA BRINCADEIRA CONHECIDA ENTRE OS ADULTOS DA SUA ESCOLA? C) DURANTE A PESQUISA, ALGUM ADULTO CONTOU UMA HISTÓRIA DE INFÂNCIA PARA O SEU GRUPO? SE SIM, PARTILHE ESSA HISTÓRIA COM A TURMA.

104

47

DE OLHO NAS PISTAS SÃO APRESENTADAS EVIDÊNCIAS HISTÓRICAS, TUDO O QUE UM HISTORIADOR USA PARA SE APROXIMAR DAS EXPERIÊNCIAS DO PASSADO.

16

DE OLHO NO SUJEITO AQUI VOCÊ VAI PERCEBER QUE NÃO TEM HISTÓRIA SEM SUJEITO, PESSOAS COMO EU E VOCÊ, RESPONSÁVEIS POR CONSTRUIR O MUNDO EM QUE VIVEMOS.

3. JUNTE OS DOIS QUADRADO S DE PAPEL SULF PRETO EM CONT ITE, COLOCAND ATO COM UM O O LADO PARA NÃO SAIR LADO EM BRAN CO DO DO LUGAR, PREN OU FITA ADES DA OS DOIS QUAD OUTRO QUADRADO. IVA. RADOS USAN DO CLIPES 4. DESENHE O SEU ROSTO NO LADO BRANCO DA FOLHA EM QUE PASSOU O LÁPIS PRET DESTACANDO O, SUAS CARACTER VOCÊ CONHECE O JOGO DA MEMÓRIA? É UMA BRINCADEIRA NA O ÍSTICAS SEQUAL PRECISAR, OLHE -SE NO ESPELHO FÍSICAS. JOGADOR TREINA A MEMÓRIA E A ATENÇÃO ENQUANTO SE DIVERTE. REPARE BEM E EM VOCÊ. ENTÃO, QUE TAL BRINCAR COM O JOGO DA MEMÓRIA DA TURMA DO 5. ESCR EVA O SEU NOME NA PARTE 1O ANO? COM OS COLEGAS DA TURMA, SIGAM AS INSTRUÇÕES DO PROFESSOR. DE CIMA DO DESENHO.

DE OLHO NO TEMPO OBSERVAMOS COM DETALHES COMO ALGUMAS AÇÕES HUMANAS AO LONGO DO TEMPO RESULTARAM EM IMPORTANTES TRANSFORMAÇÕES QUE FAZEM PARTE DA NOSSA VIDA HOJE.

HISTÓRIA EM AÇÃO

SIDNEY

A BRINCADEIRA SERÁ REALIZADA EM DUAS ETAPAS. NA PRIMEIRA, VOCÊS VÃO FAZER RETRATOS PARA USAR NO JOGO – PARA ISSO, VÃO USAR SUAS HABILIDADES DE DESENHISTAS! NA SEGUNDA ETAPA, SERÁ O MOMENTO DE JOGAR!

MATERIAL NECESSÁRIO • FOLHA DE PAPEL SULFITE • LÁPIS PRETO • LÁPIS COLORIDOS, CANETAS HIDROGRÁFICAS OU TINTA PARA PINTURA

HISTÓRIA EM AÇÃO

• • •

ETAPA INDIVIDUAL – DESENHANDO VOCÊ MESMO 1. RECORTE DOIS QUADRADOS DE PAPEL SULFITE E DOIS QUADRADOS

6. SEPARE OS DOIS QUADRADO S. HABILIDADES: VOCÊ SABER TERÁ O MESM O DESENHO FAZER ALGUMA COISA, EM CADA COMO DESENHAR. UM DELES. PINTE -OS DO MESMO JEITO , CORES QUE MAIS USANDO AS COMBINAM COM VOCÊ. 7. COLE OS SEUS DESENHOS NOS QUADRADOS DE PAPELÃO. COLA FITA ADESIVA OU ETAP CLIPES A COLETIVA PEQUENOS – HORA DO JOGO PAPELÃO (SERVE QUALQUER TIPO DE EMBALAGEM)1. É HORA DE JOGA R! PARES DOS RETR O PROFESSOR VAI REUN IR E EMBARALH ATOS. DEPOIS, AR TODOS OS OS DESENHOS VAI COLOCÁ-LO VIRADOS PARA S SOBRE A MESA BAIXO. , COM 2. REÚNAM-S E EM PEQUENOS GRUPOS E DECID INICIAR O JOGO AM QUAL DELE . O OBJETIVO S DEVE É FORMAR OS PROFESSOR MISTUROU. PARES DOS RETR ATOS QUE O 3. NA VEZ DO SEU GRUPO, O REPRESEN DEPOIS OUTR TANTE VAI VIRAR A. SE ACERTAR, UMA CARTA E O GRUPO PEGA SE ERRAR, VIRA O NOVAMENTE AS CARTAS COM PAR DE CARTAS PARA SI. E OUTRO GRUP OS DESENHOS O FAZ A JOGA DA. PARA BAIXO, . O JOGO ACAB A QUANDO TODO E RECOLHIDO S OS PARES DE CARTAS FORE S. M VIRADOS SIDNEY

DE PAPELÃO, COM A MESMA MEDIDA. VOCÊ CONHECE O JOGO DA MEMÓRIA? É UMA BRINCADEIRA NA QUAL O 2. PEGUE UM DOS QUADRADOS DE PAPEL JOGADOR TREINA A MEMÓRIA E A ATENÇÃO ENQUANTO SE DIVERTE. SULFITE E PINTE UM DOS LADOS COM O LÁPIS PRETO. ENTÃO, QUE TAL BRINCAR COMDEIXE-O O JOGO DA MEMÓRIA DA TURMA DO BEM ESCURO. O 1 ANO? COM OS COLEGAS DA TURMA, SIGAM AS INSTRUÇÕES DO PROFESSOR. A BRINCADEIRA SERÁ REALIZADA EM DUAS ETAPAS. NA PRIMEIRA, VOCÊS VÃO FAZER RETRATOS PARA USAR HABILIDADES: SABER FAZER ALGUMA COISA, NO JOGO – PARA ISSO, VÃO USAR SUAS HABILIDADES COMO DESENHAR. DE DESENHISTAS! NA SEGUNDA ETAPA, SERÁ O MOMENTO DE JOGAR!

HISTÓRIA EM AÇÃO A CADA DUAS UNIDADES, UMA BOA SURPRESA! VOCÊ ENCONTRA UM CONJUNTO DE ATIVIDADES PARA SE DIVERTIR E DESENVOLVER UM PRODUTO, COLOCAR A MÃO NA MASSA E CONFERIR O QUE APRENDEU.

MATERIAL NECESSÁRIO

GLOSSÁRIO • FOLHA DE PAPEL SULFITE • COLA • LÁPIS PRETO • FITA ADESIVA OU CLIPES AQUI VOCÊ ENCONTRA PEQUENOS • LÁPIS COLORIDOS, CANETAS HIDROGRÁFICAS OU TINTA • PAPELÃO (SERVE QUALQUER TIPO OS SIGNIFICADOS DE PARA PINTURA DE EMBALAGEM) PALAVRAS IMPORTANTES ETAPA INDIVIDUAL – DESENHANDO VOCÊ MESMO PARA COMPREENDER 1. RECORTE DOIS QUADRADOS DE O CONTEÚDO. PAPEL SULFITE E DOIS QUADRADOS SIDNEY

DE PAPELÃO, COM A MESMA MEDIDA.

2. PEGUE UM DOS QUADRADOS DE PAPEL SULFITE E PINTE UM DOS LADOS COM O LÁPIS PRETO. DEIXE-O BEM ESCURO.

33

5 REGISTRE TRÊS APRENDIZADOS QUE VOCÊ

JUNTAR SABERES NO ENCERRAMENTO DE CADA UNIDADE, VOCÊ ENCONTRA ESTA SEÇÃO, QUE REÚNE ATIVIDADES QUE AGRUPAM E UTILIZAM OS CONHECIMENTOS CONQUISTADOS. DIVIRTA-SE COM ELA!

S JUNTAR SABERE GA 1 LYGIA BOJUN

RA DE LIVROS PARA NUNES É UMA ESCRITO E ESCREVER.

DISSE SOBRE LER

CONQUISTOU DURANTE ESTE ANO.

QUE ELA CRIANÇAS. VEJA O 6 PREENCHA SUA LINHA DO TEMPO ABAIXO COM

AS SEGUINTES INFORMAÇÕES: A) PASSADO – UM APRENDIZADO DA EDUCAÇÃO INFANTIL QUE VOCÊ CONSIDERA QUE FOI IMPORTANTE PARA ESTE ANO.

LIVRO DO EU, LEITORA DE PRESENTE UM B) PRESENTE – ALGO QUE VOCÊ APRENDEU ESTE ANO. QUANDO GANHEI [...] EU TINHA SETE ANOS FUTURO – ALGO QUE VOCÊ GOSTARIA DE APRENDER ÕES DE NARIZINHO. C)DE NO PRÓXIMO ANO. CHAMADO REINAÇ MONTEIRO LOBATO QUER DIZER, UM SER DO UMA LEITORA, EU TINHA ME TORNA CRIATIVA. : ESCRITO AÇÃO IMAGINAÇÃO ATIVA, CIFRADO IMAGIN COM A MINHA EM SINAIS. EU, LEITORA, CRIO NESSES O CIFRAD VEM QUE PASSADO TODO O UNIVERSO PRESENTE FUTURO NUNES. DOS LETRAS. NUNES, DE LYGIA B. SINAIZINHOS CHAMA O COM LYGIA BOJUNGA P. 11, 20-21. LIVRO: UM ENCONTR

ASHATILOV/SHUTTERSTOCK

32

RIO DE JANEIRO: AGIR,

1990.

A IMAGINAÇÃO DA E COM X O QUE FEZ A SEGUIR, MARQU A) ENTRE AS OPÇÕES TAR. MENINA LYGIA DESPER UM FILME. UM LIVRO. UM BRINQUEDO. DESPERTOU? O A IMAGINAÇÃO DELA SE TORNOU QUAND B) O QUE A AUTORA LEITORA. DANÇARINA. ESTUDANTE. 2

OU UMA LEITORA? É SER UM LEITOR REINAÇÕES DE OU A LER O LIVRO A QUANDO COMEÇ LER? SE SENTIU LEITOR VOCÊ COMEÇOU A LEITOR? QUANDO QUANDO SE SENTIU NARIZINHO. E VOCÊ, AOS COLEGAS. NCIA EXPERIÊ CONTE A SUA LÊ NOS LIVROS. ELA QUE O TUDO CRIA NA IMAGINAÇÃO IA, UM POEMA OU HISTÓR 4 A AUTORA LYGIA UMA SER PODE TEXTO PARA LER: A) ESCOLHA ALGUM . S QUE VOCÊ QUISER S, SONS E CHEIRO UMA ANEDOTA, O TEXTO: CRIE IMAGEN LENDO, IMAGINE O B) QUANDO ESTIVER PARA ELE. VOCÊ IMAGINOU. QUE O VA C) DESCRE PARA VOCÊ, O QUE

3 A MENINA LYGIA

109

108

32

5


SUMÁRIO PARA COMEÇAR ...............................................................................................8

1

UNIDADE

SER CRIANÇA

10

1. BRINCAR E IMAGINAR .............................................................................. 12 BRINCADEIRAS DE TODOS OS TEMPOS E LUGARES .............................................................. 14

2. DIREITOS DA CRIANÇA ............................................................................. 17 DIREITOS DA CRIANÇA É ASSUNTO SÉRIO! ............................................................................ 19 JUNTAR SABERES ....................................................................................................................... 21

2

UNIDADE

MINHA IDENTIDADE

24

1. IGUAIS, MAS DIFERENTES ........................................................................ 26 CADA CRIANÇA É DE UM JEITO .............................................................................................. 28 SER DIFERENTE É LEGAL! .......................................................................................................... 30 HISTÓRIA EM AÇÃO .................................................................................................................. 32

2. NOME E IDENTIDADE ............................................................................... 34 DOCUMENTOS PARA QUÊ? ...................................................................................................... 35 A HISTÓRIA DE CADA UM ........................................................................................................ 36 JUNTAR SABERES ....................................................................................................................... 38

3

UNIDADE

A FAMÍLIA

40

1. FAMÍLIA: CADA UM TEM A SUA ............................................................. 42 AS FAMÍLIAS SÃO DIFERENTES................................................................................................. 44

2. A FAMÍLIA NA HISTÓRIA .......................................................................... 48 3. CONVIVENDO COM A FAMÍLIA ............................................................... 50 O PAPEL DE CADA UM ............................................................................................................. 53

4. FAMÍLIAS DE DIFERENTES CULTURAS ..................................................... 54 JUNTAR SABERES ....................................................................................................................... 56

6


4

UNIDADE

OS AMIGOS

58

1. AMIGOS NA FAMÍLIA E NA ESCOLA ....................................................... 60 AMIGOS NA FAMÍLIA ................................................................................................................ 61 AMIGOS NA ESCOLA ................................................................................................................. 62 ANIVERSÁRIO ENTRE AMIGOS ................................................................................................. 65

2. AMIGOS DE LONGE E DIFERENTES ......................................................... 67 AMIGOS VIRTUAIS ......................................................................................................................68 AMIGO DE ESTIMAÇÃO ............................................................................................................ 70 HISTÓRIA EM AÇÃO .................................................................................................................. 72 JUNTAR SABERES ....................................................................................................................... 74

5

UNIDADE

A ESCOLA: HOJE E NO PASSADO

76

1. A ESCOLA HOJE......................................................................................... 78 MINHA ESCOLA ......................................................................................................................... 79

2. MUITOS LUGARES, DIFERENTES ESCOLAS ............................................. 81 AS DIFERENTES ESCOLAS BRASILEIRAS ................................................................................... 82 ESCOLA PÚBLICA E ESCOLA PRIVADA..................................................................................... 83

3. OS COMBINADOS E AS REGRAS DA ESCOLA ........................................ 85 COMBINADOS NA FAMÍLIA E NA ESCOLA.............................................................................. 86

4. FESTAS E COMEMORAÇÕES NA ESCOLA ............................................... 88 5. A HISTÓRIA DA ESCOLA NO BRASIL....................................................... 90 JUNTAR SABERES ....................................................................................................................... 94

6

UNIDADE

PARA LER O MUNDO

98

1. LER E ESCREVER ...................................................................................... 100 VER E ENXERGAR .................................................................................................................... 102 EDUCAÇÃO É UM DIREITO ..................................................................................................... 103

2. O QUE SE APRENDE ................................................................................ 106 HISTÓRIA EM AÇÃO ................................................................................................................ 107 JUNTAR SABERES ..................................................................................................................... 108

PARA FINALIZAR .......................................................................................... 110 REFERÊNCIAS................................................................................................ 112

7


8

1 COMPLETE E PINTE O DESENHO COM O SEU ROSTO.

BSD/SHUTTERSTOCK

A atividade 1 tem como objetivo identificar a compreensão dos estudantes sobre o campo Corpo, gestos e movimento. O corpo é o instrumento utilizado para vivenciar experiências que produzem aprendizagens. Identificar o que os estudantes sabem sobre o funcionamento do próprio corpo e a forma como vivenciam essas aprendizagens é essencial para propor novos desafios pertinentes às capacidades individuais e às da turma. No caso dessa primeira atividade, ela também traz componentes importantes de identidade, pois pede aos estudantes que façam uma autodescrição. É importante identificar e analisar se a percepção do estudante faz jus aos dados da realidade. Em caso negativo, é necessário averiguar o que leva a criança não conseguir identificar as próprias características físicas. Essa reflexão pode exigir apoio da orientação educacional ou coordenação pedagógica, pois a partir dos 6 anos é esperado que o os estudantes consigam responder às questões que compõem esse exercício. Também, leve em consideração que a aquisição dos instrumentos cognitivos para se autodescrever tem relação com o trabalho proposta na PNA, por meio do incentivo do desenvolvimento do vocabulário. A atividade 2 dialoga com campo Escuta, fala, pensamento e imaginação. É esperado que, embora os estudantes possam sentir dificuldades em compor um texto, tenham desenvolvida as capacidades de expressar ideias e desejos de melhora para o personagem Lucas. Trata-se de identificar se os estudantes compreenderam a função social empática do bilhete; na faixa etária para qual o volume foi produzido, é esperado que já consigam identificar palavras de consolo para uma situação de tristeza.

PARA COMEÇAR

AGORA, RESPONDA ÀS PERGUNTAS.

Q

A) QUAL É A COR DOS SEUS OLHOS? Resposta pessoal. B) QUAL É A COR DA SUA PELE? Resposta pessoal. C) COMO SÃO OS SEUS CABELOS? Resposta pessoal. D) OBSERVE OS COLEGAS DA TURMA E VEJA O DESENHO QUE ELES COMPLETARAM.

• OS COLEGAS QUE ESTUDAM COM VOCÊ SÃO TODOS IGUAIS? SIM.

X

NÃO.

• OLHE PARA O ROSTO DE UM DOS COLEGAS E DIGA A ELE UM TRAÇO QUE VOCÊ CONSIDERA MUITO BONITO. Resposta pessoal.

2 LUCAS ESTÁ TRISTE PORQUE NÃO PODERÁ VISITAR O AVÔ ESTA SEMANA. ESCREVA UM

BILHETE PARA AJUDÁ-LO A SE SENTIR MELHOR. Resposta pessoal. Acolha os sentimentos que possam emergir, especialmente em relação à frustração. Estimule a reflexão sobre a importância da empatia e a necessidade de validação dos sentimentos alheios. 8

Avaliação diagnóstica A avaliação diagnóstica é um importante instrumento que pode colaborar na identificação das possíveis causas de dificuldades específicas dos estudantes na apropriação de diferentes conteúdos e aprendizagens. Estabelecer um marco identificatório que evidencie o que os estudantes já sabem antes de dar início ao trabalho de mais um ano letivo é essencial para produzir um planejamento pedagógico mais adequado. É a partir do diagnóstico que se faz possível organizar um cronograma de ações pedagógicas e elaborar um plano de trabalho, que poderá ser bimestral ou semestral, conforme a tradição da instituição e/ou a escolha do grupo docente. Em ambos os casos, o diagnóstico tem a função de instrumentalizar o professor para que possa cumprir o plano anual de forma a alcançar o máximo de aproveitamento dos estudantes.


3 RELACIONE DE FORMA NUMÉRICA COMO VOCÊ PODE COOPERAR PARA A RESOLUÇÃO

DAS SEGUINTES SITUAÇÕES. 1

GUILHERME ESQUECEU A RÉGUA EM CASA.

2

ANA NÃO CONSEGUIU OUVIR O RECADO DADO PELA PROFESSORA.

3

RODRIGO É NOVO NA ESCOLA E AINDA NÃO FEZ AMIZADES.

3

1

2

POSSO ME APRESENTAR, APRESENTAR MEUS AMIGOS E CONVIDÁ-LO A SE JUNTAR A NÓS. POSSO EMPRESTAR O MEU MATERIAL ESCOLAR. POSSO COMPARTILHAR O QUE EU OUVI E EXPLICAR O QUE ENTENDI.

A atividade 3 dialoga com o campo Escuta, fala, pensamento e imaginação. É esperado que os estudantes tenham desenvolvido a capacidade pensar e imaginar soluções para os problemas apresentados. Trata-se também de permitir a verificação de como a turma trabalha questões práticas e lógicas. A atividade 4 dialoga com campo Escuta, fala, pensamento e imaginação. É uma oportunidade de identificar a forma subjetiva como os estudantes percebem as relações e seu grau de facilidade ou dificuldade em lidar, por exemplo, com a frustração de brincar sozinho.

ARTISTICCO/SHUTTERSTOCK

4 OBSERVE A CENA E FAÇA O QUE SE PEDE.

Leve em consideração que essa atividade pode dar uma pista de como trabalhar as solicitações da PNA, especialmente no que se refere ao desenvolvimento do vocabulário, pois conseguir identificar e nomear sentimentos é uma operação cognitiva bastante apurada.

A) ASSINALE COM UM X OS SENTIMENTOS QUE ESSA IMAGEM DESPERTA EM VOCÊ.

Resposta pessoal. Peça aos estudantes que assinalem e depois expliquem oralmente aos colegas por que assinalaram o item.

ALEGRIA

FELICIDADE

RAIVA

TRISTEZA

SAUDADE

OUTRO

B) AS BRINCADEIRAS DA IMAGEM SÃO MAIS DIVERTIDAS QUANDO A CRIANÇA ESTÁ SOZINHA OU ACOMPANHADA DE OUTRAS CRIANÇAS? EXPLIQUE A SUA OPINIÃO. Resposta pessoal. Acolha todas as respostas e incentive o convívio, a troca e as brincadeiras coletivas.

9

Tendo explicado sua função, podemos compreender a avaliação diagnóstica como uma espécie de raio-X, que mostra para o professor as dificuldades latentes. Estas, podem ser relacionadas ao currículo formal –, ou seja, relacionadas aos conteúdos do currículo e às diferentes necessidades dos estudantes no campo da aprendizagem –, mas também podem evidenciar dificuldades no desenvolvimento pessoal, por exemplo, uma questão física e ou cognitiva. Assim, podemos afirmar que são três as funções básicas desse instrumento pedagógico: • identificar a realidade educacional do grupo de estudantes; • identificar se os estudantes apresentam a aquisição das habilidades e pré-requisitos para os processos de ensino e aprendizagem da faixa etária à qual pertencem; • refletir sobre as causas das dificuldades encontradas, especialmente as recorrentes, definindo ações assertivas para sanar os desafios identificados. 9


Sobre esta unidade A unidade tem como ponto de partida o universo infantil, com sua propensão natural à ludicidade e às brincadeiras. São propostos textos e atividades que possibilitam às crianças reflexões, conversas para trocas de experiências e brincadeiras.

1

UNIDADE

SER CRIANÇA

Os temas tratados, e o que é necessário que os estudantes reflitam, têm como função solidificar os aprendizados da pré-escola, período em que a aprendizagem se dá essencialmente por experiências psicossomáticas. Também são propostas leituras de obras de arte para que os estudantes reflitam sobre as diferenças entre as brincadeiras da atualidade e as de outros tempos históricos e diferentes culturas. Partindo do entendimento do brincar como atividade fundamental no desenvolvimento infantil, a leitura e a realização das atividades levarão a uma reflexão sobre os direitos das crianças por meio de exemplos práticos, apresentando tanto casos em que esses direitos são garantidos como outros em que não são. Esses conteúdos são importantes para que os estudantes consigam, posteriormente, construir importantes percepções da própria identidade.

Proposta pedagógica O tema central desta unidade é a infância. Buscamos proporcionar aos estudantes a oportunidade de compreender a infância como um período do desenvolvimento humano que eles estão vivenciando, garantindo-lhes a oportunidade de refletir sobre a importância dessa etapa.

10

10

Essa reflexão é estimulada por meio de textos como “Brincar e imaginar” e suas respectivas atividades. O texto “Direitos da criança” conduz os estudantes à reflexão questionando-os sobre o que são direitos e quais são os principais direitos inerentes à infância, período de vulnerabilidade física e psicossocial. Compreender seus direitos é importante para que os estudantes consigam iniciar o processo de construção de identidade social, tema que será aprofundado na próxima unidade.


NOTIONPIC/SHUTTERSTOCK, ANDRÉ RICCI/YAN

A ilustração introduz o tema a ser tratado na unidade e possibilita refletir sobre as questões que serão trabalhadas nas próximas páginas. Aproveite a oportunidade e incentive a leitura coletiva da imagem para que os estudantes se expressem acerca da brincadeira proposta. Questione se é comum que brinquem de imitar adultos e quais são as imitações que mais gostam de fazer. Anote na lousa as brincadeiras mais frequentes para que todos possam visualizá-las.

A AUTORA DESTE LIVRO NÃO É MAIS CRIANÇA. ENTÃO, RESOLVEU PERGUNTAR A BRUNA, DE 7 ANOS: “O QUE É SER CRIANÇA?”. BRUNA RESPONDEU:

É importante que faça a leitura do texto e das questões propostas, pois nem todos os estudantes encontram-se alfabetizados ou têm autonomia na leitura. Valorize as respostas deles e auxilie aqueles que demonstram dificuldade para se expressar oralmente.

É FAZER O QUE QUER E APROVEITAR TUDO O QUE PODE, MAS COM RESPEITO. TEM UMA COISA BOA DEMAIS, QUE É O COLO DOS NOSSOS PAIS.

É fundamental um ambiente positivo de socialização entre os estudantes, sobretudo porque nesse momento estão começando a se conhecer.

1. BRUNA É CRIANÇA OU ADULTA? COMO VOCÊ DESCOBRIU ISSO? Espera-se que os estudantes respondam que é uma

Pré-requisitos

PARA COMEÇAR...

criança, pois tem 7 anos.

2. VOCÊ CONCORDA COM A OPINIÃO DE BRUNA? Resposta pessoal.

3. PARA VOCÊ, O QUE É SER CRIANÇA? Resposta pessoal.

11

Objetivos da unidade • Identificar as brincadeiras frequentes no grupo social em que os estudantes estão inseridos. • Comparar as brincadeiras contemporâneas às brincadeiras realizadas no passado. • Compreender que as crianças têm direitos. • Identificar-se como um sujeito de direitos em uma fase específica do desenvolvimento humano, a infância. • Reconhecer a gravidade de situações em que há violação de direitos garantidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Habilidades trabalhadas:

EF01HI01

/

• Compreender-se como criança, saber nomear as diferentes etapas do desenvolvimento humano: infância, fase adulta e velhice. • Ter repertório sociocultural de diferentes brincadeiras, coletivas e individuais. • Ter iniciativa para dialogar e expressar opiniões e compartilhar histórias.

EF01HI05

11


Aproveite a oportunidade e incentive jogos de imaginação. Para essa faixa etária, é muito importante fantasiar e imaginar, visto que, imaginando, as crianças criam hipóteses para a resolução de diferentes problemas.

CRIANÇA BRINCA BASTANTE. BRINCAR FAZ PARTE DE SER CRIANÇA. PARA BRINCAR, A CRIANÇA USA MUITO A IMAGINAÇÃO: UMA CAIXA DE PAPELÃO VIRA CARRINHO, UMA FOLHA DE PAPEL VIRA AVIÃO, UMA BONECA É A PACIENTE OU A VISITA, A PRÓPRIA CRIANÇA É UM SUPER-HERÓI. 1 OBSERVE AS FOTOS A SEGUIR. EM QUAL BRINCADEIRA VOCÊ ACHA QUE É PRECISO USAR MAIS A IMAGINAÇÃO? POR QUÊ? A imaginação é usada nas duas situações. Observe a argumentação das crianças. SERGEY NOVIKOV/SHUTTERSTOCK

Leia o texto desta página com os estudantes e incentive-os a falar sobre como a imaginação pode transformar os objetos e os espaços, por exemplo, uma caneta que vira microfone, um canudo que vira luneta etc.

1 BRINCAR E IMAGINAR

ANDREY_POPOV/SHUTTERSTOCK

Orientações

Na atividade 1, não se esqueça de ressaltar que haverá respostas que justifiquem a imaginação nas duas imagens. Portanto, é importante compreender as diferentes justificativas e hipóteses elaboradas pelas crianças. Na atividade 3, aproveite a oportunidade para introduzir maneiras de representar quantidades, trabalhando conhecimentos de Matemática. Liste na lousa os nomes das brincadeiras mencionadas pelos estudantes. Depois, monte um gráfico de barras, fazendo quadradinhos correspondentes à quantidade de vezes que a brincadeira foi mencionada. Ao final, indique qual é a brincadeira preferida da turma, mostrando a barra mais extensa.

CRIANÇA BRINCA DE VIDEOGAME.

CRIANÇAS BRINCAM COM A AREIA DA PRAIA.

2 DO QUE VOCÊ COSTUMA BRINCAR COM SEUS AMIGOS? Atividades 2 e 3. Respostas pessoais. Dê espaço para que os estudantes expressem-se livremente. 3 TROQUE IDEIAS COM OS COLEGAS: Ao escutar as brincadeiras uns dos outros, eles poderão encontrar semelhanças que contribuem • QUAL É A SUA BRINCADEIRA PREFERIDA? para a socialização.

• POR QUE VOCÊ GOSTA DESSA BRINCADEIRA?

4 ESCREVA O NOME DA PESSOA COM QUEM VOCÊ MAIS COSTUMA SE DIVERTIR. Resposta pessoal.

12

Avaliação Observar as respostas dos estudantes para a atividade 3 pode ajudar a identificar se eles se compreendem como uma pessoa com direitos. Também será possível identificar quais são as brincadeiras frequentes no grupo social em que estão inseridos. Em relação à atividade 4, certifique-se de que os estudantes compreenderam o comando da atividade e se escreveram de forma correta o nome da pessoa.

12


5 LEIA AS FRASES A SEGUIR. CIRCULE AQUELAS COM AS QUAIS VOCÊ CONCORDA. Resposta pessoal. Ao verificar as respostas dos estudantes, valorize as atitudes de respeito em situações de conflito.

“GOSTO MUITO DE BRINCAR COM MEUS AMIGOS.” “EU E MEUS AMIGOS NOS DAMOS MUITO BEM. MAS, ÀS VEZES, A GENTE BRIGA POR CAUSA DE UMA BRINCADEIRA.” “EU E MEUS AMIGOS NUNCA BRIGAMOS, POR NENHUM MOTIVO.” “QUANDO BRIGO COM MEUS AMIGOS, FICO COM RAIVA. DAÍ, EU XINGO, BATO E FICO DE MAL.” “NÃO XINGO NEM BATO NOS MEUS AMIGOS, MESMO QUANDO FICO CHATEADO.”

6 CONVERSE COM OS COLEGAS E O PROFESSOR: O QUE FAZER QUANDO OCORREM Respostas pessoais. Escute as opiniões dos estudantes e instrua BRIGAS DURANTE AS BRINCADEIRAS? a conversa de modo que percebam que conflitos são comuns, porém devem ser sempre resolvidos com diálogo. 7 DESENHE ABAIXO A SUA BRINCADEIRA PREFERIDA E O QUE MAIS TIVER VONTADE

DE MOSTRAR. Resposta pessoal.

Converse com o grupo sobre a importância do diálogo para se chegar ao consenso em situações de divergências. Explique a importância do respeito ao próximo e às suas opiniões. É significativo que os estudantes vivenciem as brincadeiras como espaço de treino para as relações sociais, e é função do adulto mediar intercorrências e ajudá-los com sentimentos com que ainda não tenham condições de lidar e, por isso, tornam-se explosões de ira, oposição ou choro. Incentive as produções artísticas como forma de dar vazão ao mundo interior dos estudantes, uma vez que muitos conflitos podem ser percebidos por meio de desenhos e pinturas; ao desconfiar de excesso de ira ou melancolia em manifestações artísticas, acolha o estudante e coloque-se à disposição para conversar e ajudá-lo a compreender melhor uma eventual situação que possa o estar incomodando.

13

Atividade complementar O que é ser criança? Amplie a atividade perguntando aos estudantes quais são as diferenças entre uma criança e um adulto. Pergunte se todas as crianças que eles conhecem são iguais. Fique atento a sinais de desconforto que possam demonstrar durante a conversa sobre o tema, pois o que define infância para alguns pode ser o que falta na infância de outros, como “ser cuidado pela mamãe”, “ter muitos brinquedos”, “ser protegido”. É importante que a definição construída seja abrangente e inclusiva sem, no entanto, excluir as crianças que têm seus direitos infringidos. É importante acolher todos os relatos, incluindo aqueles que tratam de situações como o trabalho infantil, e deixar claro que isso não os desqualifica como “crianças”. Assim, a atividade proporcionará a introdução da noção de que a infância é uma fase com características próprias e diferentes da vida adulta, bem como introduzirá percepções de diferenças culturas infantis. 13


Orientações

BRINCADEIRAS DE TODOS OS TEMPOS E LUGARES

Para introduzir o tema, Brincadeiras de todos os tempos e lugares, é possível iniciar brincando com as crianças. Proponha, por exemplo, uma roda com cantiga, como “A canoa virou”. Para isso, faça uma grande roda com os estudantes e inicie a cantiga:

CRIANÇA SEMPRE BRINCOU, EM TODAS AS ÉPOCAS E EM TODOS OS LUGARES. AS BRINCADEIRAS SÃO PARTE IMPORTANTE DA VIDA DAS PESSOAS, POR ISSO NOS LEMBRAMOS DELAS COM CARINHO. PARA GUARDAR ESSE MOMENTO TÃO DIVERTIDO, MUITOS ARTISTAS RETRATARAM BRINCADEIRAS DE CRIANÇAS EM SUAS OBRAS. VEJA ALGUNS EXEMPLOS.

Para a realização da atividade, é importante que os estudantes leiam com atenção a legenda das obras de arte e reconheçam as informações fornecidas. Se isso não ocorrer, trabalhe com eles o texto das legendas antes de solicitar que respondam às questões. Caso o nível de letramento da turma não permita a leitura autônoma, a atividade pode ser 14

PULANDO CORDA III, DE IVAN CRUZ, 2004. AQUARELA SOBRE TELA, 30 CM × 60 CM. ARACY BOUCAULT. BRINCADEIRA BAMBOLÊ. COLEÇÃO PARTICULAR.

1

3

É importante que todos os estudantes participem cantando e sejam citados na cantiga. Deixe que o estudante mencionado indique quem será o próximo, e assim sucessivamente. Ao término da brincadeira, os estudantes estarão ambientados com o tema que será trabalhado teoricamente, terão vivenciado de forma prática o brincar e estarão prontos para sistematizar a teoria.

IVAN CRUZ. PULANDO CORDA III. COLEÇÃO PARTICULAR. FOTO: LUDMILA GUERRA.

2

ARTISTAS: PESSOAS QUE FAZEM OBRAS DE ARTE. NESTE CASO, AS OBRAS SÃO AS PINTURAS.

DIREITO DE REPRODUÇÃO GENTILMENTE CEDIDO POR JOÃO CANDIDO PORTINARI

A canoa virou A canoa virou Por deixá-la virar Foi por causa da ........... (nome de um estudante) Que não soube remar Se eu fosse um peixinho E soubesse nadar Tirava a .......... (nome de um estudante) Do fundo do mar A canoa virou Por deixá-la virar Porque se eu mergulho Eu vou me molhar Se eu fosse um peixinho Mas como eu não sou Não posso nadar E a canoa virou

ARTE

MENINOS SOLTANDO PIPA, DE CANDIDO PORTINARI, 1943. TINTA GUACHE SOBRE PAPEL, 16 CM × 30 CM. BAMBOLÊ, DE ARACY BOUCAULT, 2014. ÓLEO SOBRE TELA, 50 CM × 30 CM. 14

adaptada de acordo com as possibilidades: você pode ler as legendas para os estudantes eles identifiquem as brincadeiras com mais clareza ou pode organizá-los em duplas, unindo estudantes com mais autonomia na leitura com aqueles que têm menos. Em relação ao item B, para gradual apreensão das noções de tempo cronológico e tempo histórico, o trabalho com as linhas do tempo se constitui importante ferramenta para a organização dos fatos no passado, desenvolvendo nos estudantes a percepção de antecessor e sucessor. Habilidade trabalhada:

EF01HI05


1 JUNTE-SE A UM COLEGA. OBSERVEM ATENTAMENTE AS PINTURAS E RESPONDAM:

Avaliação

A) QUEM PINTOU CADA UMA DAS OBRAS? CONTORNE OS NOMES DOS ARTISTAS. B) EM QUE ANO CADA PINTURA FOI FEITA? ELAS SÃO DA MESMA ÉPOCA?

Espera-se que os estudantes percebam que as pinturas foram feitas em anos diferentes, distantes umas das outras.

2 COMPLETE O QUADRO COM AS INFORMAÇÕES SOBRE CADA UMA DAS PINTURAS.

PINTURA 1

PINTURA 2 Dois meninos e uma

Dois meninos.

QUEM SÃO AS PESSOAS RETRATADAS

PINTURA 3 Cinco meninas.

menina.

Calça e camisa.

Meninas: vestidos.

O QUE ELAS VESTEM

As semelhanças e as diferenças nas brincadeiras vão variar de acordo com a região de moradia dos estudantes. Anote as conclusões na lousa, atentando para as características das brincadeiras e dos locais onde as crianças costumam brincar. Há opções de lugares abertos para que as crianças brinquem? As crianças brincam em espaços de prédios e/ou clubes? Brincam na rua? É uma oportunidade de trabalhar as diferentes culturas infantis e a diversidade da infância em nossa sociedade e sua relação com o espaço do brincar.

Vestidos.

Menino: bermuda e camiseta.

ONDE ESTÃO

Em um campo aberto,

Em um local aberto, em

Em uma área de

aparentemente seco.

frente à moradia.

campo.

Empinando pipa.

Pulando corda.

Brincando de bambolê.

Os itens A e B da atividade 3 ajudam a identificar se os estudantes reconhecem brincadeiras contemporâneas e brincadeiras realizadas no passado, possibilitando que expressem sua compreensão da passagem do tempo e das modificações trazidas pelas diferenças psicoculturais de cada época.

O QUE ESTÃO FAZENDO

3 CONVERSE COM OS COLEGAS E O PROFESSOR SOBRE AS BRINCADEIRAS ATUAIS:

A) AS CRIANÇAS AINDA SE DIVERTEM COM AS BRINCADEIRAS RETRATADAS NAS PINTURAS? ONDE AS CRIANÇAS BRINCAM HOJE? Respostas de acordo com a vivência dos estudantes.

B) NA SUA OPINIÃO, EXISTEM BRINCADEIRAS SÓ DE MENINOS E SÓ DE MENINAS? EXPLIQUE A SUA RESPOSTA. Resposta pessoal. Incentive os estudantes a refletir sobre a igualdade de direitos entre meninos e meninas.

4 PROCURE EM JORNAIS E REVISTAS OUTRA IMAGEM QUE MOSTRE CRIANÇAS BRINCANDO. Resposta pessoal.

• RECORTE E COLE A IMAGEM NO CADERNO OU EM UMA FOLHA AVULSA. • ESCREVA UMA LEGENDA PARA A IMAGEM INDICANDO QUEM ESTÁ BRINCANDO E QUAL É A BRINCADEIRA.

15

É importante lembrar que, historicamente, a separação de brincadeira por gêneros era muito rígida; por isso, acolha as respostas dos estudantes e converse sobre como eles percebem essa separação. As brincadeiras fazem parte da nossa cultura, sendo para as crianças um ato de relação com o mundo; portanto, as brincadeiras revelam a forma como elas percebem a sociedade em que vivem. As brincadeiras devem ser entendidas como potencializadoras da infância, e não como fator de limite para o exercício do brincar. Habilidade trabalhada: EF01HI05

15


Orientações

DE OLHO NO TEMPO

Conte aos estudantes que “Elefantinho colorido” é uma brincadeira antiga. Caso você tenha participado dessa brincadeira durante a sua infância, relate aos estudantes. É bastante importante criar um laço transferencial; a criança aprende também por identificação, por isso conhecer fragmentos da infância do professor melhora o vínculo pedagógico, pois humaniza a relação.

ELEFANTINHO COLORIDO VOCÊ JÁ BRINCOU DE ELEFANTINHO COLORIDO? ESSA É UMA BRINCADEIRA QUE JÁ DIVERTIU MUITAS CRIANÇAS NO PASSADO E CONTINUA DIVERTINDO NO PRESENTE. POR ISSO, DIZEMOS QUE ESSE É UM JOGO TRANSGERACIONAL, OU SEJA, QUE PASSOU POR MUITAS CRIANÇAS QUE VIVERAM EM DIFERENTES ÉPOCAS. É POSSÍVEL QUE ESSA BRINCADEIRA TENHA FEITO PARTE DA INFÂNCIA DOS SEUS PAIS, AGORA FAZ PARTE DA SUA INFÂNCIA, E VOCÊ TERÁ A OPORTUNIDADE DE ENSINÁ-LA A MUITAS CRIANÇAS DA SUA FAMÍLIA!

Habilidade trabalhada: EF01HI05

Avaliação É fundamental observar as respostas dos estudantes para a atividade 3 e seus subitens, pois ajudam a identificar quais são as brincadeiras frequentes no grupo social em que estão inseridos e quanto conseguem acessar a história da infância e das brincadeiras, itens muito importantes para a construção da memória e a formação da identidade de grupo.

ALLNIKART/SHUTTERSTOCK

1. SIGA AS ORIENTAÇÕES DO PROFESSOR PARA BRINCAR DE ELEFANTINHO COLORIDO!

Resposta pessoal. Estimule os

2. VOCÊ JÁ TINHA BRINCADO DE ELEFANTINHO COLORIDO?estudantes a partilhar suas memórias. 3. REÚNA-SE COM MAIS QUATRO COLEGAS E PERGUNTEM A ADULTOS DA ESCOLA SE ELES CONHECEM ESSA BRINCADEIRA. Respostas de acordo com o desenvolvimento da atividade. A) PINTE DE VERDE UM QUADRINHO PARA CADA PESSOA QUE RESPONDER SIM E DE LARANJA PARA CADA PESSOA QUE RESPONDER NÃO.

B) ESSA É UMA BRINCADEIRA CONHECIDA ENTRE OS ADULTOS DA SUA ESCOLA? C) DURANTE A PESQUISA, ALGUM ADULTO CONTOU UMA HISTÓRIA DE INFÂNCIA PARA O SEU GRUPO? SE SIM, PARTILHE ESSA HISTÓRIA COM A TURMA. 16

Atividade complementar Elaborar a noção de tempo Estimule os estudantes a lembrar de algum brinquedo com o qual não brincam mais, mas se recordam de ter gostado muito; pode ser também um objeto de valor afetivo, como um cobertor especial. Pergunte por que não brincam mais com esse objeto, refletindo sobre o que mudou. Peça que desenhem esse objeto e escrevam o nome dele. A atividade pode ser adaptada de acordo com o grau de autonomia na escrita dos estudantes. A atividade estimula os estudantes a perceber a temporalidade em sua vida, construindo a noção de que, mesmo sendo crianças, já passaram por mudanças em suas atividades e seus prazeres. Habilidade trabalhada:

16

EF01HI01


2 DIREITOS DA CRIANÇA

Orientações

CRIANÇA NÃO É IGUAL A ADULTO. POR ISSO, ELA PRECISA DE ATENÇÃO E CUIDADOS ESPECIAIS. 1 LEIA A LETRA DESTA CANÇÃO DE TOQUINHO E ELIFAS ANDREATO.

DEVERES E DIREITOS CRIANÇAS: IGUAIS SÃO SEUS DEVERES E DIREITOS. CRIANÇAS: VIVER SEM PRECONCEITO É BEM MELHOR. CRIANÇAS: A INFÂNCIA NÃO DEMORA, LOGO, LOGO VAI PASSAR, VAMOS TODOS JUNTOS BRINCAR. [...] SIDNEY

MENINOS E MENINAS, NÃO OLHEM RAÇA, RELIGIÃO NEM COR. CHAMEM OS FILHOS DO BOMBEIRO, OS DOIS GÊMEOS DO PADEIRO E O CAÇULA DO DOUTOR. [...] MENINOS E MENINAS, NÃO OLHEM COR NEM RAÇA OU RELIGIÃO. BONS AMIGOS VALEM OURO, A AMIZADE É UM TESOURO GUARDADO NO CORAÇÃO. DEVERES E DIREITOS, DE TOQUINHO E ELIFAS ANDREATO. EM: CANÇÃO DE TODAS AS CRIANÇAS. BRASIL: PHILIPS, 1987.

Os estudantes podem mencionar,

A) O QUE SIGNIFICA A PALAVRA DESTACADA NO TEXTO? baseando-se no texto, que direito é algo B) QUAL DEVER DAS CRIANÇAS É CITADO NO TEXTO? É dever das crianças respeitar a diversidade religiosa e étnica.

justo e certo. Acrescente a necessidade de que esses direitos estejam garantidos por lei.

2 JUNTE-SE A DOIS COLEGAS E CONVERSEM SOBRE QUAIS SÃO AS DIFERENÇAS ENTRE

UMA CRIANÇA E UM ADULTO. NO CADERNO, FAÇAM UMA LISTA DESSAS DIFERENÇAS E, DEPOIS, CONTEM PARA TODA A TURMA. Respostas pessoais. 17

Avaliação Observar as respostas dos estudantes à atividade 2, pois é importante identificar se compreendem que a infância é um período do desenvolvimento humano em que está presente a vulnerabilidade. Caso esse tipo de fala não apareça no grupo, reforce essa reflexão como parte de uma postura cidadã.

Com os estudantes, ouça a canção “Criança não trabalha”, do grupo Palavra Cantada (disponível em: https://youtu. be/lgDOXkKSobM; acesso em: 3 jun. 2021). Leia a letra ou escreva na lousa as palavras que remetam às brincadeiras. Retome a atividade inicial em que os estudantes caracterizaram a infância e pergunte se a letra da canção explica o que é ser criança. Com as características da música e aquelas levantadas pelos estudantes, confeccionem um mural com palavras sobre a infância e as brincadeiras. O mural pode instigar o estudo da segunda parte da unidade, que trata dos direitos das crianças. A letra da canção pode ser lida por você ou reproduzida para que todos possam ler juntos e em voz alta, facilitando, assim, a compreensão e aprimorando a fluência oral, habilidade essencial no cumprimento do PNA. A atividade do item A deve ser adaptada de acordo com o grau de alfabetização dos estudantes. Procure explicar de forma acessível aos estudantes o significado da palavra direito, em destaque na letra da canção, promovendo desenvolvimento do vocabulário. Falar sobre determinados direitos das crianças pode ser embaraçoso para aquelas cujos direitos não são respeitados. Por isso, antes de os estudantes realizarem a atividade, converse com eles para conhecer sua realidade. Procure criar um clima de confiança e apoio na turma para que todos possam expor suas experiências. As crianças cujos direitos não são respeitados podem desconhecer que têm direitos garantidos o que torna mais importante o papel da escola como promotora do acesso a esse conhecimento. 17


3 OS DESENHOS A SEGUIR REPRESENTAM ALGUNS DIREITOS DAS CRIANÇAS.

A) LIGUE CADA DESENHO AO TEXTO CORRESPONDENTE.

O objetivo das atividades é que os estudantes associem imagens a ideias. Em caso de associação incorreta, verifique se se trata de problema de leitura de imagem ou de leitura das palavras. Os diferentes contextos escolares exigirão do professor atenção a determinados direitos. Em algumas situações, será necessário se ater ao direito “ter casa limpa e viver em segurança”. É importante ressaltar de que os direitos devem ser garantidos pela família, pela sociedade e pelo Estado. Cite alguns exemplos aos estudantes, como o direito à educação por meio da escola pública e o direito à saúde, que deve ser garantido por postos de saúde e hospitais públicos.

CONVERSAR E FAZER PERGUNTAS.

TER CARINHO DE PAI E MÃE.

IR À ESCOLA E ESTUDAR.

SER RESPEITADO E FAZER AMIGOS.

TER CASA LIMPA E VIVER EM SEGURANÇA.

ILUSTRAÇÕES: CIBELE QUEIRÓS

Orientações

B) NO DIA A DIA, VOCÊ JÁ VIU OU SOUBE QUE ALGUM DESSES DIREITOS DAS CRIANÇAS NÃO FOI RESPEITADO? QUAL DELES? CONTORNE COM LÁPIS VERMELHO. Resposta pessoal.

18

18


DIREITOS DA CRIANÇA É ASSUNTO SÉRIO!

Orientações

HOUVE UMA ÉPOCA EM QUE AS CRIANÇAS ERAM TRATADAS COMO ADULTOS. MUITAS CRIANÇAS, POR EXEMPLO, TRABALHAVAM COMO GENTE GRANDE. NÃO TINHAM TEMPO PARA ESTUDAR NEM PARA BRINCAR. TAMBÉM ERA COMUM FICAREM DOENTES OU SE MACHUCAREM DURANTE O TRABALHO.

Sugerimos que a leitura seja feita em voz alta e de forma coletiva, ou como jogral.

HERITAGE IMAGES/EASYPIX BRASIL

O objetivo da leitura é compreender que o ECA é resultado de lutas pelos direitos da criança. Para tanto, vale explorar o texto e a imagem para que os estudantes percebam que as crianças retratadas na foto tinham o direito de brincar restringido porque precisavam trabalhar como adultos. É uma oportunidade para retomar a caracterização da infância feita na abertura desta unidade e comparar com a imagem para que os estudantes possam identificar as diferentes infâncias nos diferentes tempos.

GAROTOS TRABALHAM EMPACOTANDO CHOCOLATES NA FÁBRICA. YORK, INGLATERRA, 1940.

MAS, AOS POUCOS, EM DIFERENTES LUGARES DO MUNDO, DIVERSAS PESSOAS COMEÇARAM A LUTAR PARA MUDAR ESSA SITUAÇÃO. POR ISSO, ATUALMENTE, NO BRASIL, AS CRIANÇAS E OS ADOLESCENTES TÊM SEUS DIREITOS GARANTIDOS POR LEI PELO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE, O ECA.

LEI: NORMA OU REGRA A SER SEGUIDA POR TODAS AS PESSOAS DE UM GRUPO. AS LEIS BRASILEIRAS DEVEM SER OBEDECIDAS POR TODOS QUE VIVEM NO BRASIL. 19

Aproveite a oportunidade para instruir os estudantes a desenvolver um olhar atento para o desrespeito com os direitos da infância. As crianças precisam ser educadas para a vivência na cidadania, e esse aprendizado é processual. Relembrá-los constantemente de que vivem uma fase do desenvolvimento que precisa de cuidados é uma forma de estimular a participação social; assim, incentive-os a se colocar em opiniões, a estranhar ao deparar com crianças que trabalham, que não têm moradia ou que não frequentam a escola.

Atividade complementar As leis para uma boa convivência Certifique-se de que os estudantes tenham compreendido o significado da palavra “lei”, contida no glossário. Faça-os compreender que há regras que devem ser seguidas na escola onde estudam, como não jogar lixo no chão, respeitar os colegas e os funcionários do estabelecimento, não gritar, entre outras. Se achar oportuno, peça aos estudantes que citem algumas regras que consideram importantes para uma boa convivência escolar. A intenção aqui é sensibilizar os estudantes para a importância da escola não apenas como lugar de aprender e conviver, mas também de exercício de questões ligadas à cidadania, como o respeito aos direitos infantis e o cumprimento de deveres. 19


Orientações

ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (TRECHOS)

Converse com os estudantes sobre o conhecimento da lei e a importância de um estatuto que garanta os direitos da criança e do adolescente.

ART. 7–O – A CRIANÇA E O ADOLESCENTE TÊM DIREITO À PROTEÇÃO, À VIDA E À SAÚDE [...]. ART. 11 – É ASSEGURADO ATENDIMENTO MÉDICO À CRIANÇA E AO ADOLESCENTE [...].

Durante a leitura dos trechos do ECA, destaque aos estudantes as características de um texto de legislação. A intenção é que percebam que, em um documento de legislação, há a presença dos artigos, que anunciam os diferentes direitos e deveres. É importante que identifiquem, gradativamente, as particularidades dos textos que circulam socialmente.

ART. 19 – TODA CRIANÇA OU ADOLESCENTE TEM DIREITO DE SER CRIADO E EDUCADO NO SEIO DA SUA FAMÍLIA E, EXCEPCIONALMENTE, EM FAMÍLIA SUBSTITUTA [...]. ART. 53 – A CRIANÇA E O ADOLESCENTE TÊM DIREITO À EDUCAÇÃO [...]. ART. 60 – É PROIBIDO QUALQUER TRABALHO A MENORES DE 14 ANOS DE IDADE [...]. ART. 70 – É DEVER DE TODOS PREVENIR A OCORRÊNCIA DE AMEAÇA OU VIOLAÇÃO DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE.

Por tratar-se de um texto longo e formal, você pode utilizá-lo para desenvolvimento do vocabulário e também para fazer questionamentos acerca da compreensão do texto, trabalhos essenciais para o cumprimento do PNA.

HI

Ó ST R

IA

Esse momento é propício para retomar a ideia das atividades anteriores, como a de que os direitos da criança devem ser garantidos pela família, pela sociedade e pelo Estado. Cite mais uma vez alguns exemplos, como a garantia do direito à educação por meio da escola pública, enfatizando que é dever da família buscar uma instituição escolar; o direito à saúde, que deve ser garantido pelos postos de saúde e hospitais públicos, reforçando que a família tem a obrigação de garantir o acesso da criança a esses espaços.

BRASIL. ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. LEI N. 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990. DISPONÍVEL EM: www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm. ACESSO EM: 22 JAN. 2021.

LIVRO

• O LIVRO DOS GRANDES DIREITOS DAS CRIANÇAS, DE HIRO

KAWAHARA E MARCELO LOURENÇO. SÃO PAULO: PANDA BOOKS, 2011.

O LIVRO TRAZ QUARENTA DIREITOS QUE TODA CRIANÇA DEVERIA TER PARA SER SAUDÁVEL E FELIZ.

VÍDEO

• TURMA DA MÔNICA – ESTATUTO DA CRIANÇA E DO

ADOLESCENTE, DE MAURICIO DE SOUSA. DISPONÍVEL EM: https:// youtu.be/l1gR1YxsbUs. ACESSO EM: 24 MAR. 2021.

O VÍDEO APRESENTA O ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE.

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Para ampliar Publicações sobre o ECA Existe uma grande oferta de material ilustrado sobre o ECA que pode facilitar a compreensão dos direitos estabelecidos nesse conjunto de normas. Atualmente, é possível encontrar diversas publicações impressas ou na internet que tratam do ECA de maneira lúdica e atraente para o leitor infantil. Seguem algumas dicas para ajudar no seu trabalho em sala de aula.

20


Orientações

JUNTAR SABERES 1

EM VOZ ALTA, LEIA NOVAMENTE OS TRECHOS DO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE NA PÁGINA ANTERIOR. ELES MENCIONAM VÁRIOS DIREITOS E UM DEVER. CONVERSE COM OS COLEGAS E FAÇA O QUE SE PEDE. A) ESCREVA O NÚMERO DO ARTIGO DO ECA QUE MENCIONA UM DEVER. Artigo 70.

B) RESPONDA: O QUE VOCÊ ENTENDEU SOBRE ESSE DEVER? QUEM DEVE CUMPRI-LO? Os estudantes devem mencionar que, para cumprir esse dever, os adultos devem cuidar para que os direitos da criança sejam preservados.

2 PROCURE, EM JORNAIS E REVISTAS, IMAGENS QUE RETRATEM O RESPEITO AOS

O objetivo das atividades é que os estudantes compreendam a importância do ECA, ao mesmo tempo promover o trabalho com imagens, a fim de que possam fazer a ligação entre elas e o assunto da unidade. Assim, as atividades proporcionam melhor compreensão dos conceitos de direitos. De acordo com as possibilidades e os recursos, a oferta de imagens ilustrativas dos direitos pode facilitar o entendimento.

DIREITOS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES.

• RECORTE E COLE AS IMAGENS NO ESPAÇO ABAIXO. • ESCREVA, PERTO DE CADA IMAGEM, O DIREITO QUE ELA REPRESENTA.

Organize os estudantes em grupo para que expliquem um dos direitos, podendo fazer desenhos ou escrever palavras. É importante permitir a oralidade na argumentação deles mesmo que a atividade compreenda um orador que pode ser substituído numa outra atividade. Assim, exercitam a argumentação oral com as características da fala no espaço público.

Respostas pessoais. O objetivo é encontrar imagens que representem os direitos estabelecidos pelo ECA.

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• Site da Turma da Mônica, com entrada para o ECA. Disponível em: www. crianca.mppr.mp.br/arquivos/File/publi/turma_da_monica/monica_estatuto. pdf. Acesso em: 3 jun. 2021. • Site do cartunista Ziraldo, com destaque para a cartilha Crianças e adolescentes primeiro. Disponível em: www.crianca.mppr.mp.br/arquivos/File/publi/ anadep/cartilha_defensor_publico.pdf. Acesso em: 3 jun. 2021. O material desses sites pode ser impresso ou projetado. As ilustrações favorecem a compreensão dos direitos estabelecidos nessa legislação.

21


3 OBSERVE AS FOTOGRAFIAS A SEGUIR. DEPOIS, FAÇA AS ATIVIDADES.

As fotos devem servir de base para que os estudantes respondam que não. No Brasil, ainda há muitas crianças que trabalham no campo ou na cidade. Além disso, muitas vivem em situação de abandono.

CRIANÇA DESVIA DE POÇA DE ÁGUA DE ESGOTO A CÉU ABERTO EM SANTA MARIA DA BOA VISTA (PERNAMBUCO), 2019. ROGÉRIO REIS/TYBA

O reconhecimento da usurpação do direito inicia-se no estranhamento; logo, a criança precisa estranhar ao ver um direito violado. As imagens têm a função de provocar a desnaturalização da precarização da infância e ajudar os estudantes a enxergar uma anomalia social, ajude-os nesse processo.

ADRIANO KIRIHARA/PULSAR IMAGENS

Orientações

MAURO AKIIN NASSOR/FOTOARENA

CRIANÇA VENDE BALA NO TRÂNSITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO (RIO DE JANEIRO), 2019.

CRIANÇA TRABALHA CARREGANDO MILHO PARA SER VENDIDO EM INDIAROBA (SERGIPE), 2020. 22

Avaliação formativa A realização das atividades desta seção que fecha a unidade vai continuamente possibilitar que o professor verifique a aprendizagem dos estudantes. As atividades 1 e 2 da página 21 são particularmente oportunas, pois exigem dos estudantes o exercício de identificar e comparar as imagens com os direitos do ECA. Atente-se para a forma como os estudantes se comportam frente às fotografias pesquisadas, identificando se eles conseguem fazer a associação e diferenciar situações de respeito e desrespeito. Na atividade 3, os estudantes devem perceber a oposição entre os direitos e a imagem; já a atividade 4 requer que analisem se há concordância entre as imagens. Portanto, ambas as atividades permitem que verificar se eles conseguiram realizar 22


A) OS DIREITOS DAS CRIANÇAS SÃO SEMPRE RESPEITADOS NO BRASIL? EXPLIQUE A SUA RESPOSTA COM BASE NAS FOTOGRAFIAS. Espera-se que os estudantes respondam que não, pois

em duas fotografias vemos crianças trabalhando e em uma vemos criança exposta a sujeira, o que pode causar doenças.

B) QUAIS DIREITOS DAS CRIANÇAS E DOS ADOLESCENTES NÃO ESTÃO SENDO RESPEITADOS NAS SITUAÇÕES APRESENTADAS NAS FOTOGRAFIAS? DIREITO À VIDA.

DIREITO À EDUCAÇÃO.

DIREITO À SAÚDE.

X

DIREITO DE NÃO TRABALHAR.

DIREITO A UMA FAMÍLIA.

X

DIREITO À PROTEÇÃO.

Certifique-se de que os estudantes tenham compreendido o conteúdo e as informações veiculadas na legenda das fotos.

C) AGORA, FAÇA UM DESENHO COM ESSAS TRÊS CRIANÇAS TENDO OS DIREITOS DELAS RESPEITADOS. Resposta pessoal.

Converse com os estudantes sobre as duas situações registradas nas imagens – respeito e desrespeito – e a importância de ações afirmativas. Esta atividade vai auxiliá-los na sistematização do saber construído pela comparação entre as fotos. Retome as imagens que já foram mostradas na seção:

4 COM A AJUDA DO PROFESSOR, FORME UM GRUPO COM MAIS TRÊS COLEGAS. CADA

GRUPO DEVE ESCOLHER UM DIREITO DESCRITO ABAIXO E DEFENDÊ-LO, EXPLICANDO AO RESTANTE DA TURMA POR QUE ELE DEVE SER RESPEITADO POR TODOS.Respostas pessoais. DIREITO À VIDA. DIREITO À SAÚDE.

HI

IA

Ó ST R

As situações registradas nas fotografias mostram que as crianças estão expostas a condições muito ruins: trabalho pesado, abandono, falta de proteção e afeto, entre outras. Nessas condições, nenhum direito está sendo respeitado.

DIREITO À EDUCAÇÃO. DIREITO A SER FELIZ E BRINCAR.

LIVRO

• MALALA E SEU LÁPIS MÁGICO, DE MALALA YOUSAFZAI. SÃO PAULO: COMPANHIA DAS LETRINHAS, 2018.

• Foto 1 – retrata o abandono da criança que não tem respeitado os direitos ao acesso à vida digna, com saneamento básico, vestimenta e moradia. • Fotos 2 e 3 – retratam situações de trabalho infantil. Pode ser interessante reler os artigos 19, 60 e 70 do ECA.

O LIVRO CONTA A HISTÓRIA DE MALALA, UMA MENINA QUE TEVE SEU DIREITO À EDUCAÇÃO COLOCADO EM PERIGO E, POR ISSO, BUSCOU FORMAS DE GARANTIR ESSE DIREITO PARA SI E PARA OUTRAS MENINAS COMO ELA. 23

esse exercício cognitivo de associação entre a representação por escrito e por imagens. As atividades 3 e 4 requerem que os estudantes tenham compreensão dos textos teóricos e a elaboração de hipóteses e resoluções. Se os estudantes conseguirem realizar a atividade de maneira satisfatória, mesmo aquelas não alfabetizadas que contaram com o auxílio de leitura, significa que compreenderam que a infância é uma fase caracterizada pelo brincar e que, se ela é caracterizada pelo trabalho e pelo abandono, trata-se de uma infração dos direitos infantis. 23


Sobre esta unidade O tema da unidade, Minha identidade, contribui para a construção da percepção e o reconhecimento dos estudantes como indivíduos. São propostos diálogos, atividades e reflexões sobre si e sobre as características individuais que nos tornam únicos.

2

UNIDADE

MINHA IDENTIDADE

De forma lúdica, o tema identidade teve início na unidade anterior, que trabalhou o conceito de infância e ajudou os estudantes a compreender a etapa da vida em que se encontram. A segunda parte da unidade propõe o estudo de documentos que permitem a construção da história de vida de cada pessoa, fornecendo elementos para que os estudantes reflitam sobre a própria história. As atividades coletivas fomentam a compreensão do outro como ser único e dotado de história, promovendo assim o respeito à diversidade.

Proposta pedagógica O tema central desta unidade é a construção da identidade do indivíduo. A intenção é que os estudantes consigam se perceber como sujeitos biopsicossociais. Essa reflexão é estimulada por meio de textos como, “Iguais, mas diferentes”, “Cada dia uma mudança” e “Cada criança é de um jeito”. A ideia é que os estudantes possam se reconhecer nos textos e estabelecer conexões com suas percepções cotidianas, apoiando a construção da autopercepção. Os textos foram construídos para promover reflexão sobre a importância de nos reconhecermos com nossas peculiaridades, bem como integrá-las e vivenciá-las de forma confortável. 24

24

Compreender a si mesmos é importante para que os estudantes consigam vivenciar o processo de construção de uma identidade social pessoal e familiar, tema que será tratado na próxima unidade.

Objetivos da unidade • Identificar diferenças e semelhanças físicas. • Reconhecer e localizar informações em documentos. • Produzir uma representação do próprio corpo. • Perceber a identidade de si mesmo como sujeito individual e coletivo. • Identificar aspectos do próprio crescimento por meio das transformações físicas. Habilidades trabalhadas: E F 0 1 H I 0 1 E F 0 1 H I 0 4


ANEBARONE/YAN

Orientações Para a execução da atividade, promova uma roda de conversa com os estudantes, de preferência em lugar aberto, agradável e descontraído. Estimule-os a se olharem, observando as próprias características e as dos colegas. Procure manter o clima de respeito e preste atenção se há crianças se sentindo desconfortáveis com a comparação, atentando-se para uma possível intervenção e o trabalho desse desconforto nas atividades posteriores. O objetivo é incentivar a percepção das diferenças e o respeito às características individuais. Portanto, a conversa inicial com os estudantes é pautada no respeito às diferenças entre as pessoas.

Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes indiquem que há três meninos e três meninas, que todos aparentam estar felizes e que 1. O QUE VOCÊ OBSERVA NAS CRIANÇAS todos têm diferenças na aparência física. REPRESENTADAS NA IMAGEM?

PARA COMEÇAR...

2. OBSERVE OS COLEGAS DA TURMA. ELES SÃO IGUAIS OU DIFERENTES DE VOCÊ? Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes identifiquem que todos eles são diferentes, de alguma forma.

25

Pré-requisitos • Compreender-se como criança e conseguir identificar diferenças físicas quando se compara a outras crianças e pessoas no geral. • Estar em processo de construção de repertório cognitivo que permita compreender que somos constituídos de características físicas e subjetivas. • Estar em processo de construção de repertório cognitivo que permita compreender que todas as pessoas têm uma história de vida. • Ter iniciativa para dialogar e expressar opiniões e compartilhar histórias.

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Enfatize aos estudantes que as pessoas são diferentes nas características individuais, mas todas têm direitos iguais. Ao realizar a leitura da atividade, comente com os estudantes que eles são de uma mesma faixa etária, mas com características físicas distintas, diferentes personalidades e preferências, entre outras especificidades.

1 IGUAIS, MAS DIFERENTES VOCÊ E OS COLEGAS DA TURMA PODEM ACHAR QUE SÃO TODOS IGUAIS. AFINAL, VOCÊS SÃO CRIANÇAS E TÊM OS MESMOS DIREITOS E DEVERES. MAS, SE OLHAREM UNS PARA OS OUTROS, PERCEBERÃO QUE HÁ VÁRIAS DIFERENÇAS. O QUE OS TORNA DIFERENTES? VEJA AS CRIANÇAS DESTA FOTOGRAFIA. FERNANDO FAVORETTO/CRIAR IMAGEM

Orientações

IMAGEM APLICADA EM 172%

O objetivo da atividade é que os estudantes sistematizem na tabela a observação das diferenças físicas entre as crianças da foto. Reflita com a turma sobre as características listadas na tabela e compare-as com as características observadas por eles na atividade anterior, verificando se os estudantes utilizaram outros critérios para identificar as diferenças. Conversem sobre quais diferenças não estão na tabela, mas poderiam ser mencionadas.

ESTUDANTES DE UMA ESCOLA NA CIDADE DE SÃO PAULO (SÃO PAULO), 2017. 1 PINTE A SEGUNDA COLUNA DO QUADRO DE ACORDO COM O QUE VOCÊ OBSERVA

NA FOTOGRAFIA.

CARACTERÍSTICAS IGUAIS OU DIFERENTES DAS CRIANÇAS

Quanto às respostas, apenas o campo correspondente à roupa deve ser pintado na cor amarela. Se alguém fizer uma das marcações incorretas, é importante verificar se houve problema no entendimento do enunciado.

CARACTERÍSTICAS

OU

CABELO

Vermelho.

IDADE

Vermelho.

MANEIRA DE OLHAR

Vermelho.

ROUPA

Amarelo.

SEXO

Vermelho.

JEITO DE SORRIR

Vermelho.

PARA O QUE FOR IGUAL ENTRE AS CRIANÇAS DA FOTOGRAFIA. PARA O QUE FOR DIFERENTE ENTRE AS CRIANÇAS DA FOTOGRAFIA.

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Atividade complementar Desenhando o corpo Esta atividade foi pensada para ser realizada em sala de aula. Para ampliar a percepção das diferenças físicas e potencializar a compreensão da diversidade existente na sala de aula, solicite aos estudantes que confeccionem representações do corpo humano. 1. Recorte folhas de papel Kraft em tamanho que permita que os estudantes se deitem sobre elas.

26


DE OLHO NO TEMPO

Orientações

VIDA FAMILIAR E SOCIAL CIÊNCIAS

CADA DIA, UMA MUDANÇA

RAWPIXEL.COM/SHUTTERSTOCK

NÓS ESTAMOS SEMPRE MUDANDO. AO LONGO DO TEMPO, AS CRIANÇAS CRESCEM, TROCAM OS DENTES, O CABELO MUDA. OS ADULTOS FICAM MAIS VELHOS. MAS ALGUMAS SITUAÇÕES PODEM PERMANECER: A AMIZADE PELOS COLEGAS, O AMOR PELOS IRMÃOS E PELOS PAIS, A PREFERÊNCIA POR UM BRINQUEDO.

Chame a atenção dos estudantes para que percebam a passagem do tempo por meio do que podem observar neles mesmos, no que se refere tanto às alterações físicas quanto às mudanças de preferências. Aproveite para integrar conhecimentos do componente curricular Ciências, incentivando-os a observar e se apropriar de fenômenos que vivenciam no cotidiano, como o ciclo de troca dos dentes de leite pelos permanentes. A atividade requer o envolvimento dos responsáveis pelos estudantes para ajudá-los com as fotos ou para que tenham informações para desenhar. Estimule os estudantes a perguntar a familiares e/ou responsáveis quando começaram a andar, quando nasceram os dentes, quando disseram as primeiras palavras, se já caíram os dentes de leite. Dessa forma, eles adquirem mais informações sobre as transformações vividas.

VER FOTOS DE FAMÍLIA NOS AJUDA A PERCEBER AS MUDANÇAS OCORRIDAS COM O PASSAR DO TEMPO.

1. QUAIS MUDANÇAS ACONTECERAM COM VOCÊ DESDE QUE NASCEU? PARA PERCEBER MELHOR, FAÇA O SEGUINTE: Respostas pessoais. A) EM CASA, EM UMA FOLHA AVULSA, COLE UMA FOTOGRAFIA OU FAÇA UM DESENHO QUE MOSTRE COMO VOCÊ ERA: • QUANDO BEBÊ; • QUANDO TINHA 2 OU 3 ANOS; • AGORA, NO PRIMEIRO ANO DA ESCOLA. B) TRAGA A FOLHA COM AS IMAGENS PARA A ESCOLA. 2. AGORA, VOCÊ E UM COLEGA DEVEM OBSERVAR AS IMAGENS UM DO OUTRO. CONVERSEM SOBRE AS SEGUINTES PERGUNTAS: Respostas pessoais. A) QUANTO TEMPO PASSOU DE UMA IMAGEM PARA OUTRA? B) QUE MUDANÇAS ACONTECERAM COM VOCÊ ENTRE UMA IMAGEM E OUTRA? C) ALÉM DA APARÊNCIA FÍSICA, QUE OUTRAS MUDANÇAS OCORRERAM? 27

2. Cada estudante deve se deitar em uma folha e ter o contorno de seu corpo desenhado pelo colega. Após o primeiro estudante ser desenhado, o colega que o desenhou deve se deitar e ter seu contorno desenhado. 3. Com o desenho pronto, os estudantes devem colocar os itens faltantes: características físicas, roupas, acessórios, calçados etc.

É importante lembrar que, para muitas pessoas, a prática frequente de fotografar ocorreu mais intensamente com a popularização das máquinas digitais e dos aparelhos de celular. Por isso, é recomendável que o educador investigue com sua comunidade a existência das fotos antes de solicitá-las, acolhendo os estudantes que, por diversas razões, não possuem registros fotográficos da primeira infância.

4. Se possível, ofereça materiais variados, como canetinhas ou tinta guache. Os desenhos podem ficar expostos em uma parede da sala para que os estudantes se vejam e se diferenciem dos colegas.

27


Orientações

CADA CRIANÇA É DE UM JEITO

Incentive a leitura conjunta e em voz alta. Aproveite a oportunidade e chame a atenção para as particularidades entre as crianças. Explique aos estudantes que até irmãos gêmeos e amigos parecidos e com gostos semelhantes têm suas peculiaridades, assim como as meninas da ilustração, que são idênticas na aparência física, mas têm diferentes preferências para brincar.

VOCÊ JÁ DEVE TER PERCEBIDO QUE NÃO É IGUAL A NENHUM DE SEUS COLEGAS. VOCÊ É UM SER ÚNICO! COM SUA APARÊNCIA FÍSICA, SEUS GOSTOS E, SEU JEITO DE SER, DE SE VESTIR, DE FALAR, DE PENSAR. E EU AMO BRINCAR DE BONECA.

FERRÉ

As atividades propõem aos estudantes que identifiquem o conflito representado na imagem e solucionem a questão por meio de desenho. Acompanhe a produção deles e incentive-os a comparar as soluções que elaboraram com situações vividas em outros contextos.

EU ADORO JOGAR FUTEBOL.

1 UMA TURMA DO PRIMEIRO ANO SE DIVERTIA QUANDO HOUVE UM DESENTENDIMENTO. Respostas pessoais.

VAMOS BRINCAR DE PEGA-PEGA!

OU JOGAMOS FUTEBOL, OU NÃO TEM BRINCADEIRA!

Explique aos estudantes que os desentendimentos são comuns, mas para solucioná-los, é preciso respeito, paciência para ouvir o outro e empatia para chegar ao entendimento. GUS MORAIS

Acolha as percepções dos estudantes. É importante que todos os sentimentos, negativos e positivos, sejam integrados e bem encaminhados para que possam se sentir seguros e construir sua autonomia.

A) CONVERSE COM OS COLEGAS: COMO ESSA HISTÓRIA VAI ACABAR? B) DESENHE NO CADERNO UM FINAL PARA A HISTÓRIA. 28

Incentive os estudantes a expor sua opinião sobre a resolução do conflito, trazendo experiências de histórias já vividas. Eventualmente, eles contarão experiências semelhantes vivenciadas na própria escola e até mesmo com colegas de turma. Caso não resolvam o conflito da ilustração de maneira positiva, incentive-os a pensar meios respeitosos de resolução.

28

Avaliação Observe o que cada estudante traz durante a realização da atividade, o que o desenho sugere; interesse-se em compreender a produção e ouvir atentamente o relato, assim, será possível identificar como está o processo de autonomia dele. Ele consegue dialogar? Faz propostas de pacificação ou ainda responde somente com os instintos primários? Não cabem julgamentos, mas orientação para que alcancem a percepção de que acordos e diálogos são o melhor caminho para a vida em sociedade.


2 PROCURE NO DIAGRAMA AS CARACTERÍSTICAS QUE NOS TORNAM SERES ÚNICOS.

ALTURA

IDADE

NOME

GOSTOS

IDEIAS

O diagrama de palavras é uma forma lúdica de trazer reflexão sobre um tema tão importante, as características pessoais. Aproveite a oportunidade para promover o respeito e a empatia e colocar em perspectiva o fato de a beleza ser um padrão socialmente construído.

OPINIÕES

M

A

L

T

U

R

A

A

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V

F

A

M

Q

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C

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O

P

I

N

I

Õ

E

S

I

Avaliação

3 FORME UM GRUPO COM DOIS COLEGAS, CONVERSEM E RESPONDAM:

• É IMPORTANTE QUE HAJA DIVERSIDADE E QUE AS PESSOAS SEJAM DIFERENTES? POR QUÊ? Resposta pessoal.

4 AGORA, DIGAM AOS OUTROS COLEGAS DA TURMA QUAL FOI A CONCLUSÃO DO GRUPO.

• TODOS CHEGARAM À MESMA CONCLUSÃO? TIVERAM A MESMA OPINIÃO? CONVERSEM E TROQUEM IDEIAS. Resposta de acordo com o debate da turma.

HI

IA

STÓR

LIVRO

Observe a resposta de cada estudante para esta atividade É importante que reflitam sobre a importância de respeitar pessoas de diferentes gêneros e etnias. Lembre-se de que, nessa faixa etária, o discurso reflete a cultura estão inseridos, por isso, caso apareça algum comentário preconceituoso e estereotipado, de forma paciente, contribua para a reflexão e a aceitação de todas as pessoas. O diálogo proposto nas atividades 1, 3 e 4 oportunizam o desenvolvimento do vocabulário, essencial para o cumprimento do PNA. Habilidade trabalhada:

• OS DIREFENTES, DE PAULA BOSSIO. SÃO PAULO: PULO DO GATO, 2018.

EF01HI04

O LIVRO CONTA A HISTÓRIA DE UMA MENINA QUE, CERTO DIA, NOTA QUE HÁ ALGO DE DIFERENTE EM TODAS AS PESSOAS AO SEU REDOR, EXCETO NA FAMILIA DELA. O QUE SERÁ QUE É TÃO ESTRANHO?

29

29


Orientações

SER DIFERENTE É LEGAL!

O texto introdutório tem o objetivo de chamar a atenção dos estudantes para as características do modo de vida do menino retratado no poema. Reflita com eles sobre a hipótese de sermos todos iguais, seja na aparência física, nas ideias ou nas preferências. Ouça as hipóteses que elaboraram e, aproveite a oportunidade para valorizar os aspectos positivos das diferenças.

JÁ IMAGINOU SE TODO MUNDO FOSSE IGUAL? SE TIVÉSSEMOS A MESMA APARÊNCIA FÍSICA, NÃO CONSEGUIRÍAMOS DIFERENCIAR UMA PESSOA DA OUTRA. E SE TODOS PENSASSEM DO MESMO JEITO E TIVESSEM AS MESMAS IDEIAS, COMO SERIA? E SE TODOS SE DIVERTISSEM SEMPRE COM UMA ÚNICA BRINCADEIRA?

MENINO BOIADEIRO NUMA CASA PEQUENA, EM TERRAS DO PARÁ, MORA JUCA MENINO... MUITO BOM ESSE MENINO... PREPARA A MESA, CEDO TOMA CAFÉ, AJUDA A MÃE... [...] COM VASSOURA DE TAIOBA, VARRE TODO O TERREIRO CATA GALHO CAÍDO, PAPEL AMASSADO...

Se achar oportuno, comente com os estudantes que existem personagens de histórias em quadrinhos que também falam de forma diferente, informal, a exemplo do menino Juca. Nunca é demais citar o exemplo de Chico Bento, de Mauricio de Sousa.

FERRÉ

— MANHÊ, POSSO CHAMAR A ALICE PRA BRINCÁ? JÁ DEI COMIDA PROS PATOS, PRO GALO, PROS CABRITOS... — PODE, JUCA, MEU FILHO. VANCÊ É BOM MENINO, NEM PRECISO PEDI, VANCÊ NUM RENEGA TRABAIO...

Fique atento para que não ocorra nenhum tipo de discriminação nem preconceito dentro do grupo. A leitura do texto e realização das atividades contribuem para a aquisição de habilidades necessárias à compreensão de textos, essencial no cumprimento da PNA.

TAIOBA: PLANTA DE FOLHAS LARGAS USADA NA ALIMENTAÇÃO EM ALGUNS LUGARES DO BRASIL.

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Atividade complementar Rotina diária Esta atividade foi pensada para ser solicitada como tarefa para casa. Peça aos estudantes que desenhem quatro atividades de sua rotina em uma folha de papel avulsa. A folha pode ser dobrada em quatro partes para que as marcas delimitem um espaço e, ao final, se pareça com uma história em quadrinhos. Cada quadrinho deve conter a atividade de determinado horário, por exemplo, logo após acordar, pela manhã, à tarde e à noite, podendo, de acordo com o seu conhecimento acerca da turma, alterar esses horários.

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FERRÉ

Faça a leitura do trecho do poema, lembrando que foi utilizado português não padrão, o que se dá pelo fato de representar a fala de uma pessoa, marcada pelas características da cultura de onde vive e do contexto de fala (informal, no caso).

1 LEIA O TRECHO DE UM POEMA QUE FALA DO DIA A DIA DE UMA CRIANÇA.


FERRÉ

[...] JUCA SAI CORRENDO, ALICE MORA PERTINHO. BRINCAM NO TERREIRO DELA, BRINCAM DE BOIADEIROS... JUCA AINDA É PEQUENO, MAS VAI PARA A ESCOLA TODO DIA. ELE QUER APRENDER MUITAS COISAS. VAI SER, QUANDO CRESCER, ÓTIMO VAQUEIRO! ELE CUIDA COM CARINHO DOS BEZERRINHOS... A) Preparar a mesa, tomar café, ajudar a mãe, varrer o terreiro, catar galhos, dar comida aos animais da casa, brincar, estudar. Anote as

PEDACINHOS ALEGRES DO BRASIL, DE LÚCIA PIMENTEL GÓES. atividades na lousa e retome com os alunos os direitos da criança, SÃO PAULO: PAULINAS, 2007. P. 26-29.a importância da educação e o direito à brincadeira. destacando

A) CIRCULE NO TEXTO AS ATIVIDADES DO DIA A DIA DE JUCA. B) A SUA VIDA É IGUAL À VIDA DE JUCA? CONTE AOS COLEGAS UMA DIFERENÇA E UMA SEMELHANÇA ENTRE O DIA A DIA DE VOCÊS. Resposta pessoal. C) ESCREVA A LETRA C PARA A ATIVIDADE QUE JUCA REALIZA EM CASA E A LETRA E PARA A ATIVIDADE QUE ELE REALIZA NA ESCOLA. C

AJUDAR A PREPARAR O CAFÉ DA MANHÃ.

E

PRESTAR ATENÇÃO NAS EXPLICAÇÕES DA PROFESSORA.

Orientações As atividades devem ser adaptados de acordo com a autonomia de leitura da turma. Em alguns casos, a escrita das atividades pode ser feita na lousa para ser reconhecida no texto. O objetivo é que os estudantes identifiquem as atividades cotidianas de Juca, a fim de perceber as diferenças e eventuais similaridades entre a rotina do personagem e a deles. De modo geral, as atividades diárias de Juca são características de um contexto rural. Aproveite a oportunidade para incentivar as crianças a refletir sobre o local de sua moradia, pois, de acordo com o local onde fica a escola, é importante diferenciar o contexto espacial da vida de Juca daquele da vida das crianças, marcando a diferença entre rural e urbano.

D) PINTE DE AZUL AS ATIVIDADES QUE JUCA FAZ E VOCÊ TAMBÉM FAZ. Resposta pessoal. AJUDAR A PREPARAR O CAFÉ DA MANHÃ.

PRESTAR ATENÇÃO NAS AULAS.

BRINCAR COM OS AMIGOS.

LIMPAR O QUINTAL.

E) ONDE OCORRE A MAIORIA DAS ATIVIDADES QUE VOCÊ TEM EM COMUM COM JUCA? ASSINALE COM UM X. Resposta pessoal. NA ESCOLA.

EM CASA.

31

Na aula seguinte, coloque os estudantes em grupos para que apreciem os desenhos dos colegas e conversem sobre suas rotinas, percebendo suas semelhanças e suas diferença. Aproveite a oportunidade para reforçar a importância da rotina, explicando à turma que saber previamente alguns acontecimentos que ocorrem de forma sistemática permite o planejamento para uma melhor execução, por exemplo, conseguir se organizar para fazer a lição de casa e organizar o material escolar.

Na resposta do item A, verifique se os estudantes incluem as atividades além da escola, pois geralmente uns realizam menos atividades externas que outros. Faça-os refletir sobre as atividades de casa, como assistir à TV, jogar no celular, fazer lição de casa, tomar banho, brincar, esperar a mãe chegar etc. Quanto ao item B, a identificação da semelhança e da diferença indica que os estudantes conseguem perceber nuances de seu cotidiano e estabelecer relações com diferentes realidades. Verificar essas percepções é importante para avaliar quanto estão próximos de entrar no estágio operacional concreto, período em que começam a resolver problemas concretos por meio da abstração e do pensamento filosófico, que ainda estão em desenvolvimento. Habilidade trabalhada: EF01HI04

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Orientações

HISTÓRIA EM AÇÃO

A utilização de jogos em sala de aula estimula o raciocínio, o trabalho coletivo e a vivência dos conteúdos trabalhados. O jogo da memória, em específico, estimula a atenção e a concentração.

VOCÊ CONHECE O JOGO DA MEMÓRIA? É UMA BRINCADEIRA NA QUAL O JOGADOR TREINA A MEMÓRIA E A ATENÇÃO ENQUANTO SE DIVERTE. ENTÃO, QUE TAL BRINCAR COM O JOGO DA MEMÓRIA DA TURMA DO 1O ANO? COM OS COLEGAS DA TURMA, SIGAM AS INSTRUÇÕES DO PROFESSOR. A BRINCADEIRA SERÁ REALIZADA EM DUAS ETAPAS. NA PRIMEIRA, VOCÊS VÃO FAZER RETRATOS PARA USAR HABILIDADES: SABER FAZER ALGUMA COISA, NO JOGO – PARA ISSO, VÃO USAR SUAS HABILIDADES COMO DESENHAR. DE DESENHISTAS! NA SEGUNDA ETAPA, SERÁ O MOMENTO DE JOGAR!

Esta atividade está dividida em duas etapas. Na primeira, os estudantes são estimulados a olhar-se no espelho e elaborar seu autorretrato. Essa etapa promove, principalmente, a constituição da identidade individual deles. É muito importante valorizar os desenhos que elaboram, pois nesse exercício há também um trabalho de afirmação da autoestima. Na segunda etapa, os estudantes devem trabalhar em grupo, respeitando as regras do jogo. Essa etapa privilegia a construção de nexos de companheirismo e respeito entre eles. Rechace todos os comentários ofensivos em que apontem de maneira negativa características físicas dos colegas.

MATERIAL NECESSÁRIO • FOLHA DE PAPEL SULFITE • LÁPIS PRETO • LÁPIS COLORIDOS, CANETAS HIDROGRÁFICAS OU TINTA PARA PINTURA

• COLA • FITA ADESIVA OU CLIPES PEQUENOS • PAPELÃO (SERVE QUALQUER TIPO DE EMBALAGEM)

ETAPA INDIVIDUAL – DESENHANDO VOCÊ MESMO

2. PEGUE UM DOS QUADRADOS DE PAPEL SULFITE E PINTE UM DOS LADOS COM O LÁPIS PRETO. DEIXE-O BEM ESCURO.

SIDNEY

1. RECORTE DOIS QUADRADOS DE PAPEL SULFITE E DOIS QUADRADOS DE PAPELÃO, COM A MESMA MEDIDA.

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Orientações Para explorar melhor a atividade, se possível, projete ou imprima autorretratos produzidos por artistas de várias épocas ou de diferentes movimentos artísticos, como Frida Kahlo, Picasso, Van Gogh, Tarsila do Amaral, Nelson Lener, Flávio de Carvalho, entre outros. O objetivo é ampliar a noção de que há várias possibilidades para a produção de um autorretrato. Nesse sentido, solicite aos estudantes que usem a imaginação para fazer desenhos de si mesmos. Auxilie-os nesse exercício de imaginação.

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3. JUNTE OS DOIS QUADRADOS DE PAPEL SULFITE, COLOCANDO O LADO PRETO EM CONTATO COM UM LADO EM BRANCO DO OUTRO QUADRADO. PARA NÃO SAIR DO LUGAR, PRENDA OS DOIS QUADRADOS USANDO CLIPES OU FITA ADESIVA. 4. DESENHE O SEU ROSTO NO LADO BRANCO DA FOLHA EM QUE PASSOU O LÁPIS PRETO, DESTACANDO SUAS CARACTERÍSTICAS FÍSICAS. SE PRECISAR, OLHE-SE NO ESPELHO E REPARE BEM EM VOCÊ.

SIDNEY

5. ESCREVA O SEU NOME NA PARTE DE CIMA DO DESENHO. 6. SEPARE OS DOIS QUADRADOS. VOCÊ TERÁ O MESMO DESENHO EM CADA UM DELES. PINTE-OS DO MESMO JEITO, USANDO AS CORES QUE MAIS COMBINAM COM VOCÊ. 7. COLE OS SEUS DESENHOS NOS QUADRADOS DE PAPELÃO.

ETAPA COLETIVA – HORA DO JOGO 1. É HORA DE JOGAR! O PROFESSOR VAI REUNIR E EMBARALHAR TODOS OS PARES DOS RETRATOS. DEPOIS, VAI COLOCÁ-LOS SOBRE A MESA, COM OS DESENHOS VIRADOS PARA BAIXO. 2. REÚNAM-SE EM PEQUENOS GRUPOS E DECIDAM QUAL DELES DEVE INICIAR O JOGO. O OBJETIVO É FORMAR OS PARES DOS RETRATOS QUE O PROFESSOR MISTUROU. 3. NA VEZ DO SEU GRUPO, O REPRESENTANTE VAI VIRAR UMA CARTA E DEPOIS OUTRA. SE ACERTAR, O GRUPO PEGA O PAR DE CARTAS PARA SI. SE ERRAR, VIRA NOVAMENTE AS CARTAS COM OS DESENHOS PARA BAIXO, E OUTRO GRUPO FAZ A JOGADA. .

O JOGO ACABA QUANDO TODOS OS PARES DE CARTAS FOREM VIRADOS E RECOLHIDOS.

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Orientações Se houver possibilidade de colocar os estudantes diante de espelhos, seria interessante, pois seria uma oportunidade de prestarem atenção às próprias características antes de fazer o retrato. É importante que atente para a forma como cada estudante se autorretrata e se há características que as fazem se sentir desconfortáveis. Muitas vezes, crianças que têm características físicas das populações negras, orientais e indígenas sofrem preconceito dos colegas, situação que ocorre também com crianças que têm nariz proeminente, orelha grande, enfim, qualquer uma que não tenha a aparência aceita socialmente como padrão. O objetivo das atividades da unidade é valorizar a diversidade, proporcionando a todos os estudantes uma visão positiva da própria identidade. Portanto, é fundamental manter um ambiente de respeito e identificar aqueles que já trazem em sua experiência marcas negativas na imagem que fazem de si mesmos. Após a finalização do desenho, leia os enunciados. O objetivo das atividades é é levar os estudantes a refletir sobre as permanências em nossa aparência por meio da produção de um autorretrato.

Avaliação Observe como os estudantes lidam com as regras dos jogos. Eles esperam a vez de jogar? São pacientes com os colegas? E a percepção da própria imagem, é realista? É importante ter em mente esses aspectos, pois são parte da construção da autonomia esperada para essa faixa etária. A realização do jogo da memória contribui para exercitar a memória e a percepção. Ele pode ser usado como avaliação continuada. O desempenho e a interatividade no decorrer da atividade são indicadores importantes de serem observados sobre a construção da autonomia esperada para essa faixa etária.

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Antes de ler o texto com os estudantes, é importante que estude a lista de nomes da turma para enfatizar no texto características deles. Há muitos nomes compostos? Nomes repetidos? Há algum de origem europeia ou indígena? Há estudantes que chegaram ao país nas recentes ondas de migrantes para o Brasil (haitianos, bolivianos, angolanos, venezuelanos, entre outros)? Converse com a turma sobre os nomes repetidos, informando que há épocas em que certos nomes se repetem com maior frequência, muitas vezes por influência de pessoas que estão em evidência, como jogadores de futebol, cantores, personagens de novela, entre outros. Existem também nomes formados pela junção dos nomes de duas pessoas da família. E ainda há muitos nomes que são típicos de um local ou uma região. As atividades com nome dos estudantes são comuns no processo de alfabetização e letramento. Retome as atividades já realizadas na unidade, enfatizando o nome como elemento essencial de identidade. Ajude-os a compreender que o nome é nossa primeira marca de identificação. Essa atividade pode ser utilizada como avaliação continuada, pois ajuda a perceber se os estudantes estão desenvolvendo a consciência fonêmica.

2 NOME E IDENTIDADE AO NASCER, RECEBEMOS UM NOME E UM SOBRENOME. É POR MEIO DELES QUE SEREMOS IDENTIFICADOS EM MEIO A TODAS AS PESSOAS. OS NOMES DAS PESSOAS PODEM SER FONTE DE INFORMAÇÕES SOBRE A CULTURA FAMILIAR DA QUAL ELAS FAZEM PARTE. POR EXEMPLO, EM ALGUMAS ESSE É NEYMAR DA SILVA SANTOS FAMÍLIAS É COMUM NOMEAR UMA JÚNIOR. NEYMAR É UM NOME DE CRIANÇA COM O MESMO NOME DO PAI OU ORIGEM FRANCESA, QUE SIGNIFICA “FILHO DO MAR”. DE UMA AVÓ. QUANDO O FILHO RECEBE O NOME E O SOBRENOME DO PAI, É COMUM ACRESCENTAR “FILHO” OU “JÚNIOR” APÓS O SOBRENOME, PARA DIFERENCIÁ-LOS. TODOS OS NOMES TÊM UMA ORIGEM E UM SIGNIFICADO. POR EXEMPLO: • CAUÃ – NOME DE ORIGEM TUPI, SIGNIFICA “GAVIÃO”. • NÚBIA – NOME DE ORIGEM EGÍPCIA, SIGNIFICA “PERFEITA COMO O OURO”. JÁ O SOBRENOME É O NOME DA FAMÍLIA À QUAL PERTENCEMOS. ELE TAMBÉM PODE INDICAR A ORIGEM DAS FAMÍLIAS. VEJA: • CANATO, GUARNIERI, PAVANI – ORIGEM ITALIANA. • NAKAMURA, YAMADA, UEDA – ORIGEM JAPONESA. • MARTINS, RAMOS, SANTOS – ORIGEM PORTUGUESA.

A. RICARDO/SHUTTERSTOCK

Orientações

1 ESCREVA O SEU NOME COMPLETO. Resposta pessoal. 2 PERGUNTE AOS ADULTOS QUE MORAM COM VOCÊ QUEM ESCOLHEU O SEU NOME,

COMO FOI FEITA ESSA ESCOLHA E QUAL É A ORIGEM DO SEU SOBRENOME. NA PRÓXIMA AULA, COMPARTILHE AS SUAS DESCOBERTAS COM OS COLEGAS. Resposta pessoal. 34

Avaliação Observe como os estudantes lidam com a grafia do próprio nome. Embora cada um tenha seu tempo e seu ritmo, nessa faixa etária é esperado que saibam escrever o próprio nome; por isso, caso perceba disparidades entre os estudantes, proponha exercícios que reforcem o reconhecimento das letras, usando especialmente as letras que compõem o nome dos estudantes com maior dificuldade. Você pode propor um bingo de letras ou palavras ou brincar de soletrar palavras simples. Quanto mais lúdica for a atividade, mais prazerosa e significativa ela será.

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DOCUMENTOS PARA QUÊ?

Orientações

NOME E SOBRENOME SÃO REGISTRADOS EM UM DOCUMENTO: A CERTIDÃO DE NASCIMENTO. ESSE É O PRIMEIRO DOCUMENTO DE UMA PESSOA. E ELE DEVE SER PROVIDENCIADO LOGO QUE A CRIANÇA NASCE. ALÉM DO NOME COMPLETO, NA CERTIDÃO HÁ OUTROS DADOS QUE IDENTIFICAM A PESSOA.

Aproveite a oportunidade e questione se os estudantes conhecem o documento reproduzido na página para então realizar a leitura dele. Ressalte sua finalidade e suas informações, como o nome da pessoa registrada; local, data e hora de nascimento; nome dos familiares; assinaturas (explique de quem são), número do registro etc. Pode ser proveitoso trabalhar com a definição de certidão, que significa “documento de fé pública emitido por tabelião ou escrivão, no qual se certifica algo” (Houaiss, versão digital). Caso seja possível, leve um dicionário para a sala de aula e leia a definição para a turma.

ANA DRUZIAN

1 OBSERVE ESTA CERTIDÃO. CONTORNE OS DADOS QUE IDENTIFICAM ESTA PESSOA.

Ao final da leitura, faça o exercício de maneira coletiva, perguntando aos estudantes: O que sabemos a respeito da pessoa desse documento?

REPRODUÇÃO DE UMA CERTIDÃO DE NASCIMENTO. 35

Faça a atividade de modo a não constranger estudantes que eventualmente não tenham o nome do pai na certidão ou migrantes cujas famílias tenham problemas com a documentação no Brasil. Atente também para que não haja comentários preconceituosos sobre os nomes “diferentes” ou pouco comuns. Habilidade trabalhada: EF01HI01

Atividade complementar Nomes comuns Esta atividade foi pensada para ser realizada em duas etapas: a primeira como tarefa para casa e a segunda para apresentar os dos dados aos colegas em sala de aula. Os nomes estão relacionados com a cultura, o contexto social e a época de nascimento. Para compreender os nomes que se repetem como um fenômeno datado, sugerimos organizar com os estudantes uma entrevista a ser realizada com os familiares, propondo que anotem:

1. Nome do familiar. 2. Grau de parentesco. 3. Idade do familiar 4. Qual nome era muito comum na época em que o familiar era criança. Com os questionários prontos, solicite aos estudantes que contem para a turma os nomes que eram comuns e avaliem coletivamente se há nomes que se repetem, se as pessoas têm idades próximas ou se são nomes que têm sempre altos índices, como Maria, José ou João. A atividade auxiliará na percepção de que no passado eram outros nomes que se repetiam. 35


A HISTÓRIA DE CADA UM

Orientações Leia o texto coletivamente com os estudantes, se possível, em voz alta. Na sequência, peça que observem as imagens e leiam as legendas, atentando-se ao tipo de informação que elas revelam.

DR NAJEEB LAYYOUS/SCIENCE PHOTO LIBRARY/FOTOARENA

SAMUEL BORGES PHOTOGRAPHY/SHUTTERSTOCK

É importante lembrar os estudantes, assim como os documentos escritos, fotografias, imagens de ultrassom, como o do menino Joílson, são documentos pois oferecem informações que permitem compreender a história.

JOÍLSON NASCEU EM MARÇO DE 2016. QUANDO SUA MÃE AINDA ESTAVA GRÁVIDA, FOI FEITO UM EXAME DE ULTRASSOM PARA SABER COMO ESTAVAM A SAÚDE DELA E A DO BEBÊ. EDSON GRANDISOLI/PULSAR IMAGENS

Certifique-se de que todos tenham compreendido o texto explicativo. Caso algum estudante queira saber o que é “exame de ultrassom”, esclareça que se trata de um exame médico realizado com um aparelho que visualiza as partes internas do corpo humano. O aparelho gera imagens que são vistas em tempo real num computador. Comente que as mulheres grávidas devem fazer o exame para saber se o bebê está se desenvolvendo conforme o esperado. O exame não causa desconforto na mãe nem oferece risco ao bebê.

CERTIDÃO DE NASCIMENTO, CARTEIRA DE VACINAÇÃO E CADERNETA ESCOLAR SÃO EXEMPLOS DE DOCUMENTOS QUE IDENTIFICAM UMA PESSOA E REGISTRAM MOMENTOS DA SUA HISTÓRIA. MAS HÁ OUTRAS MANEIRAS DE CONHECER O PASSADO E A HISTÓRIA DE ALGUÉM. VEJA, POR EXEMPLO, ALGUNS DOCUMENTOS QUE APRESENTAM PISTAS DA VIDA DE UM MENINO. AQUI, VAMOS CHAMÁ-LO DE JOÍLSON.

Habilidade trabalhada: EF01HI01

QUANDO ELE ESTAVA COM UM MÊS DE VIDA, SÓ TOMAVA LEITE, NEM TINHA DENTES AINDA.

EM 2023, JOÍLSON FEZ 7 ANOS E JÁ SABIA LER E ESCREVER.

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Tema contemporâneo Aproveite a oportunidade para reforçar aos estudantes a importância da vivência em família. Ajude-os a valorizar as pessoas que se ocupam de sua educação e representam sua origem. Lembre-se de ter um olhar atento, pois, embora a família seja o grupo social que tem o dever de cuidar e proteger, não é incomum a ocorrência de abusos e negligências. Por isso, uma escuta acolhedora e atenta é essencial para identificar problemas e angústias, assim como para incentivar a preservação de vínculos afetivos e respeitosos.

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Proponha aos estudantes que, em uma folha avulsa, citem três vivências ou situações que gostam de ter em família e uma situação que não gostam. Esclareça que esses desenhos serão usados em uma atividade com toda a turma. Recolha as folhas, leia os registros e, posteriormente, promova uma roda de conversa sobre o material coletado. Incentive as boas práticas identificadas e converse também sobre situações difíceis que podem acontecer, como conflitos entre irmãos, divórcios, mudanças de residência, perda de empregos. Embora sensíveis, esses temas precisam ser integrados à história pessoal e familiar.


BRUNA FAVA

Avaliação Observe como os estudantes lidam com as hipóteses elaboradas para cada marcação; dessa maneira, você pode identificar se compreendem o documento como fonte de informação. Habilidade trabalhada: EF01HI01

Joílson Lima da Silva ENSINO

ANO

TURMA

NO

Fundamental

2o ano

Tarde

12

EM 2023, JOÍLSON ESTAVA NO 2o ANO. PODEMOS SABER DISSO POR MEIO DE REGISTROS, COMO ESSA CADERNETA ESCOLAR. 1 LEIA A RELAÇÃO A SEGUIR. ASSINALE COM X APENAS O QUE REALMENTE FORNECER

PISTAS SOBRE A HISTÓRIA DE VIDA DAS PESSOAS.

X

LIVRO

X

AGENDA

MÚSICA

X

DIÁRIO

ÍMÃ DE GELADEIRA

X

OBJETOS DE USO PESSOAL

FOTOGRAFIA

LISTA TELEFÔNICA

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Para ampliar Documentos históricos Documentos históricos são registros e evidências que nos possibilitam a recuperação da experiência humana, fornecendo-nos informações sobre o passado de diversos sujeitos sociais. Existem vários tipos de documento histórico: escritos, fotografias, imagens, filmes, construções, móveis, objetos, relatos orais, entre outros. Eles são fonte de conhecimento para historiadores e pesquisadores para a elaboração de interpretações sobre o passado, sendo

entendidos não como um espelho fiel da realidade que passou, mas uma representação desta. O uso dos documentos nas aulas de História é fundamental, pois fomenta uma postura investigadora e crítica, estimulando o reconhecimento de mudanças e permanências nas vivências humanas. Dessa forma, os estudantes vão aprendendo a relacionar diversas organizações da sociedade por meio de aspectos sociais, políticos, religiosos, artísticos ou econômicos. Consequentemente, estarão aptos a produzir o conhecimento deles sobre o passado.

37


Orientações O objetivo da atividade é que os estudantes, munidos da cópia do documento, consigam localizar e identificar as informações solicitadas. Novamente é importante estar atento àqueles cujo o nome do pai não consta no registro ou têm documentação estrangeira, que segue outro padrão.

JUNTAR SABERES 1 AGORA, QUE TAL VOCÊ OBSERVAR A PRÓPRIA CERTIDÃO DE NASCIMENTO E DESCOBRIR

MAIS SOBRE A SUA HISTÓRIA? Resposta pessoal. A) PEÇA A SEUS PAIS OU SEUS RESPONSÁVEIS QUE LHE MOSTREM A SUA CERTIDÃO DE NASCIMENTO. B) OBSERVE-A, LEIA AS INFORMAÇÕES E COMPLETE A FICHA COM SEUS DADOS PESSOAIS.

NOME COMPLETO:

Para realizar esta atividade, é importante que os pais e/ou responsáveis participem do processo. Habilidade trabalhada:

DATA DE NASCIMENTO:

EF01HI01

/

/

MUNICÍPIO EM QUE NASCEU:

ESTADO EM QUE NASCEU:

NOME COMPLETO DA MÃE:

NOME COMPLETO DO PAI:

2 PROCURE SABER:

A) QUANDO É PRECISO UTILIZAR A CERTIDÃO DE NASCIMENTO? Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes respondam que a certidão é CONTE O QUE DESCOBRIU. usada quando precisamos nos identificar. B) ALÉM DA CERTIDÃO DE NASCIMENTO, EXISTEM OUTROS DOCUMENTOS DE IDENTIFICAÇÃO. QUAIS SÃO? VOCÊ POSSUI ALGUM DELES? 38

38

Resposta pessoal. É possível que alguns estudantes já tenham carteira de identidade. Lembre-os de que a carteirinha escolar também é um documento de identificação.


Avaliação formativa

3 DESENHE A QUANTIDADE DE VELAS QUE REPRESENTA A SUA IDADE E PINTE O BOLO Resposta pessoal. Você pode conferir, na ficha do estudante, a idade de cada um para DE ANIVERSÁRIO. identificar a resposta.

BESSYANA/SHUTTERSTOCK

Nesta avaliação final, peça aos estudantes que solicitem ajuda aos pais e/ou responsáveis para preencher um quadro com as preferências deles quando tinham 6 meses, 4 anos e na atualidade, conforme o exemplo apresentado abaixo.

4 EM CASA, CONVERSE COM UMA PESSOA MAIS VELHA QUE VOCÊ PARA RESPONDER ÀS

PERGUNTAS A SEGUIR. A) PERGUNTE A ESSA PESSOA: “QUANDO VOCÊ TINHA A MINHA IDADE, QUAL ERA A SUA BRINCADEIRA FAVORITA?”. REGISTRE A RESPOSTA. Resposta pessoal. B) VOCÊ JÁ BRINCOU DESSA BRINCADEIRA MENCIONADA PELO SEU FAMILIAR? SIM.

NÃO.

Resposta pessoal.

C) DAS BRINCADEIRAS QUE VOCÊ APRENDEU COM UM ADULTO, DE QUAL VOCÊ MAIS GOSTA? ESCREVA O NOME DELA. Resposta pessoal. 5 NUMERE EM ORDEM CRESCENTE OS ACONTECIMENTOS PELOS QUAIS VOCÊ JÁ PASSOU. Resposta pessoal. Para ajudar os estudantes a definir a ordem dos acontecimentos, pergunte a eles, a cada item, se o acontecimento foi “antes” ou “depois”, reforçando assim esses conceitos.

APRENDEU A ANDAR.

PERDEU O PRIMEIRO DENTE DE LEITE.

DEIXOU DE TOMAR MAMADEIRA.

APRENDEU A ESCREVER O PRÓPRIO NOME.

APRENDEU A FALAR.

ANDOU DE BICICLETA PELA PRIMEIRA VEZ.

APRENDEU A LER.

39

UNIDADE

6 meses

4 anos

Com o quadro preenchido, organize os estudantes em duplas para que comparem as semelhanças e as diferenças entre seus quadros. Peça que pintem as semelhanças de azul e as diferenças de amarelo. Solicite às duplas que registrem (de acordo com o nível de alfabetização da turma) tais semelhanças e diferenças. Eles devem fazer isso com base nas seguintes questões: • Vocês mudaram muito com o passar dos anos? O que mudou? • Quem mudou mais entre vocês dois? • Vocês dois tinham muitas características parecidas aos 4 anos? Em caso afirmativo, quais? • Vocês dois têm muitas características parecidas agora? A atividade indicará se cada estudante identifica as mudanças ocorridas nele e no colega no decorrer do tempo, se percebe as mudanças nas brincadeiras e nas preferências e se identifica as diferenças atuais entre ele e o colega.

Na atualidade

Minha comida preferida Minha fruta preferida Meu brinquedo preferido Meu personagem animado preferido Minha brincadeira preferida

39


Sobre esta unidade A unidade tem como tema central os diferentes modos de convivência estabelecidos nas famílias. Buscamos oferecer a oportunidade de trabalhar a diversidade nos seus modos de constituição e organização.

3

UNIDADE

A FAMÍLIA

O principal objetivo desta unidade é desenvolver habilidades relacionadas à identificação de diferenças e semelhanças entre as constituições familiares, abordando também famílias de culturas e origens distintas. Explora-se ainda o tema da diversidade cultural e étnica do povo brasileiro e seus reflexos nos hábitos e nos costumes das famílias, assim como o direito assegurado por lei de as crianças e os adolescentes serem criados e educados em um núcleo familiar. O pleno trabalho com esta unidade está intimamente relacionado ao trabalho desenvolvido na unidade anterior, que trabalhou a identidade. É importante refletir com os estudantes o fato de a identidade individual ser uma construção que ocorre essencialmente dentro da família, nos primeiros anos de vida. Assegure-se de que todos tenham compreendido que estão no processo de construção da identidade individual. A integração e a consolidação desses conteúdos são importantes para que os estudantes possam compreender a função das outras comunidades nas quais estão inseridos, como as relações de amizade, que será o tema da próxima unidade.

ALMOÇAR E JANTAR EM FAMÍLIA É UM COSTUME EM VÁRIAS PARTES DO MUNDO. 40

Proposta pedagógica O tema central desta unidade é a constituição de diferentes organizações familiares. Buscamos proporcionar aos estudantes a oportunidade de refletir sobre a função social da família. Essa reflexão é estimulada por meio de textos como “Família: cada um tem a sua” e “As famílias são diferentes”. Todo o material foi pensado para proporcionar a experiência de refletir, resultando em identificação. É muito importante que os estudantes tenham a experiência da representatividade, pois a família é um intenso elemento de identidade. Compreender seu lugar e seu papel na família é fundamental para que os estudantes consigam dar continuidade ao processo de construção de sua identidade social, tema que será aprofundado na próxima unidade.

40


MONKEY BUSINESS IMAGES/SHUTTERSTOCK

PARA COMEÇAR...

Espera-se que os estudantes relacionem a cena retratada com o título da unidade, percebendo facilmente que o tema a ser estudado é a família. Durante a atividade oral, incentive-os a participar da discussão, reforçando que devem ouvir com atenção os colegas e respeitar a vez de cada um falar. O importante nessa introdução ao tema é convidá-los a pensar sobre como se relacionam com os familiares e levá-los a compreender que não existe um modelo único de família, mas formas de organização e de composição familiares diversas, cada qual com características próprias. Cuide para que não haja qualquer tipo de discriminação e/ou manifestação de preconceito para com os colegas e suas famílias.

Espera-se que os estudantes relacionem a cena retratada com o título da Unidade, percebendo que o tema a ser estudado é a família.

1. LEIA O TÍTULO DA UNIDADE E OBSERVE A FOTOGRAFIA. O QUE VOCÊ ACHA QUE VAI ESTUDAR NESTA UNIDADE? 2. COMO VOCÊ SE RELACIONA COM AS PESSOAS DA SUA FAMÍLIA? Resposta pessoal. 3. DEPOIS DE OUVIR O QUE OS COLEGAS CONTARAM, DÊ A SUA OPINIÃO: SERÁ QUE AS FAMÍLIAS SÃO TODAS IGUAIS? 3. Espera-se que os estudantes notem que há várias composições familiares, portanto as famílias são diferentes.

Explore com os estudantes os elementos da imagem de abertura, ajudando-os a perceber que a cena retrata um almoço de família com membros de diferentes gerações. Pergunte se eles se identificam com algum aspecto da cena e como são os almoços familiares de que participam.

Pré-requisitos 41

Objetivos da unidade • Colaborar com a ampliação de leitura de mundo dos estudantes na perspectiva de respeito ao próximo e tolerância perante as diferenças. • Proporcionar reflexão e identificação com a história da própria família e identificar semelhanças e diferenças entre sua história familiar e a de outras pessoas. • Perceber mudanças e permanências nas formas de organização familiar ao longo do tempo. • Reconhecer e respeitar as diferentes configurações familiares atuais. Habilidades trabalhadas na Unidade: E F 0 1 H I 0 2 E F 0 1 H I 0 6 E F 0 1 H I 0 7

• Ter compreendido que possui uma identidade individual. • Saber nomear gostos e características pessoais. • Conseguir identificar e nomear acontecimentos de sua vida pessoal, como data de aniversário, e lembranças de realização de gostos pessoais, como brincadeira favorita.

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Orientações Peça aos estudantes que observem atentamente a imagem que ilustra o poema, perguntando o que mais lhes chamou a atenção na cena. Depois, encaminhe a leitura coletiva do texto, convocando voluntários para ler em voz alta um verso do poema. Integre os conhecimentos de Língua Portuguesa, observando o ritmo, a entonação e a fluência dos estudantes leitores, sem interrompê-los ou corrigi-los durante a atividade. Nesta fase inicial do Ensino Fundamental, eles estão em diferentes estágios de alfabetização e de letramento, e esse processo deve ser acompanhado com cuidado. Não permita comentários depreciativos por parte dos colegas.

1 FAMÍLIA: CADA UM TEM A SUA

VOCÊ CONHECE MUITAS FAMÍLIAS? COMO É A SUA? E A DE SEU AMIGO? ELAS SÃO IGUAIS, MUITO PARECIDAS OU BEM DIFERENTES? ACOMPANHE O PROFESSOR NA LEITURA DESTA HISTÓRIA. FAMÍLIAS E FAMÍLIAS FAMÍLIA, NÃO TEM DUAS IGUAIS. TEM FAMÍLIA COM DUAS MÃES E FAMÍLIA COM DOIS PAIS. TEM FAMÍLIA COM UM PAI E UMA MÃE QUE NÃO SE ENTENDEM COMO PARENTES. NESSE CASO ELES MORAM EM CASAS DIFERENTES. E POR AÍ VAI... TEM FAMÍLIA SÓ COM MÃE OU SÓ COM PAI. [...] TEM TAMBÉM UM TIPO DE FAMÍLIA QUE NÃO É DE MÃE, NEM DE PAI, NEM DE IRMÃO. SOU EU COM VOCÊ E VOCÊ COMIGO. JÁ ADIVINHOU? É FAMÍLIA DE AMIGO! CADA FAMÍLIA É DE UM JEITO, DE ALINE ABREU. SÃO PAULO: DCL, 2007. P. 3-8.

Habilidade trabalhada:

ULISSES FIGUEIREDO/YAN

Se a turma for heterogênea quanto à capacidade leitora, forme duplas com estudantes que estejam em estágios diferentes para que leiam juntos e se ajudem mutuamente. Após essa etapa, pergunte aos estudantes do que trata o poema, orientando-os a buscar no texto exemplos que comprovem o que disseram. Se houver discordâncias, confronte as diferentes interpretações até a turma chegar a um consenso.

VIDA FAMILIAR E SOCIAL

1 QUAL DOS TIPOS DE FAMÍLIA MENCIONADOS NO TEXTO VOCÊ CONHECE? Resposta pessoal. Incentive os estudantes a citar os tipos de família que conhecem, expressando suas experiências e suas vivências. 2 3

VOCÊ CONHECE ALGUM TIPO DE FAMÍLIA QUE NÃO APARECE NO TEXTO? QUAL?

Os estudantes (ou mesmo você) podem mencionar famílias formadas por netos e avós, sobrinhos e tios, crianças e tutores (ou responsáveis) etc.

VOCÊ CONCORDA QUE NÃO EXISTEM DUAS FAMÍLIAS IGUAIS? POR QUÊ?

Espera-se que os estudantes reconheçam que, assim como cada pessoa é única, as famílias também são singulares.

42

EF01HI02

Avaliação Observar as respostas dos estudantes para as questões desta página, pois, por meio delas, é possível identificar o contexto em que estão inseridos e também como se relacionam com ele. Trata-se de uma oportunidade para identificar opiniões estereotipadas, que nessa faixa etária são reproduções do ambiente em que vivem, uma vez que, nessa faixa etária, ainda não fazem julgamento moral, contudo esse processo está para se iniciar; daí a importância de naturalizar o afeto em diferentes contextos, com a finalidade de contribuir para que se tornem empáticos e respeitosos para com aqueles que vivem de maneira diferente da sua. Além disso, é possível identificar o grau de autonomia dos estudantes, oportunizar o intercâmbio de informações e o desenvolvimento de vocabulário, essenciais no cumprimento da PNA. 42


4 COMO É A SUA FAMÍLIA?

Orientações

A) EM UMA FOLHA DE PAPEL AVULSA, FAÇA UM DESENHO DA SUA FAMÍLIA.

Com o passar do tempo e o desenvolvimento, é bastante comum que os estudantes comecem a se questionar a respeito da própria origem. Aproveite esse momento para contribuir com a pesquisa da história da família.

B) EM DUPLA, MOSTRE SEU DESENHO PARA O COLEGA E CONVERSE COM ELE SOBRE A RELAÇÃO DE PARENTESCO (PAI, MÃE, IRMÃO, TIO) QUE CADA PESSOA DO DESENHO TEM COM VOCÊ. C) OBSERVE OS DESENHOS DOS COLEGAS E COMPARE-OS COM O SEU. O QUE VOCÊ PERCEBEU? Respostas pessoais. Espera-se que os estudantes consigam observar, de forma mais objetiva, as diferenças entre a composição familiar dele e a do colega e também das relações entre os parentes.

ANTÔNIO

LUÍSA

(PAI DE JOÃO)

FERNANDA

ESSA É A FAMÍLIA DE JOÃO: SEUS PAIS E SEUS IRMÃOS. FERNANDA TEM 12 ANOS E É A FILHA MAIS VELHA. LUÍS, QUE TEM 8 ANOS, É O FILHO DO MEIO. JOÃO É O FILHO MAIS NOVO E TEM 6 ANOS.

BRUNA FAVA

ANDY DEAN PHOTOGRAPHY/SHUTTERSTOCK

5 AGORA, OBSERVE A FOTOGRAFIA E O ESQUEMA A SEGUIR.

(MÃE DE JOÃO)

LUÍS

JOÃO

NO ESQUEMA, ESTÃO REPRESENTADAS AS RELAÇÕES DE PARENTESCO DA FAMÍLIA DE JOÃO.

• DE ACORDO COM O ESQUEMA, DESENHE O SÍMBOLO QUE: A) REPRESENTA OS HOMENS.

B) REPRESENTA AS MULHERES.

Explique aos estudantes que o esquema que mostra a relação familiar chama-se árvore genealógica. 43

Avaliação Observe o desenho que cada estudante produziu na atividade 4. Ainda que não seja sua função tecer um psicodiagnóstico, é possível prestar atenção em como ele representa a família. Todos os personagens têm características humanas? Os familiares representados têm todos os membros? Não se trata de estética , mas de um olhar atento que possa identificar algum desconforto da criança. Caso identifique algo fora do padrão, questione: mas essa pessoa tem alguma característica ou atitude diferentes das demais? Você se sente seguro em conviver com ela?

O exercício de inserir os estudantes em um contexto histórico proporciona a eles a sensação de pertencimento, o que é bastante positivo. Além disso, muitos antepassados poderão lhes servir de modelo, tornando-se referências importantes durante seus primeiros anos de vida. O processo de conhecer a trajetória da família é fundamental para que possam construir a própria história. Falar sobre avós, bisavós e outras pessoas importantes que já não estão presentes também auxilia na compreensão do ciclo do desenvolvimento humano, constituído de nascimento, envelhecimento e morte. Com base na comparação, os estudantes devem perceber que as famílias apresentam semelhanças e diferenças entre si, o que resulta em diversas formas de organização familiar. Ajude-os a identificar as peculiaridades de cada família, reforçando sempre que não há um modelo ideal de família a ser seguido. Os desenhos podem ficar expostos na sala de aula para que sirvam de exemplos sobre as diversas possibilidades de composição familiar. Sempre que pertinente, essas produções podem ser retomadas para servir de suporte às aulas expositivas. Habilidade trabalhada: EF01HI02

Ouça o estudante e lembre-se de que a autonomia, que é função da escola incentivar, passa pelo diálogo e por um pacto de confiança, respeito, acolhimento e solidariedade. Caso identifique que o problema é grande demais para o espaço da sala de aula, conte com a coordenação e/ou a orientação pedagógica de sua escola. Esses profissionais têm condições de acionar uma rede de solidariedade e acolhimento.

43


Orientações

AS FAMÍLIAS SÃO DIFERENTES

Oriente a leitura coletiva dos textos citados, certificando-se de que foram compreendidos em sua totalidade. Se julgar oportuno, leia um texto de cada vez para os estudantes. Peça, então, a voluntários que releiam cada frase, procurando, em seguida, decifrar seu significado. Se necessário, explique o significado do termo “redesenhado” no contexto em que aparece, isto é, condição em que núcleos familiares originais se desmancham para dar lugar a outras configurações, incluindo novos membros da família.

AS FAMÍLIAS PODEM SER FORMADAS DE DIFERENTES MANEIRAS. LEIA ALGUNS DEPOIMENTOS EM QUE AS PESSOAS RELATAM SUAS EXPERIÊNCIAS. Leia os depoimentos com os estudantes e, se necessário, faça pausas para explicar

Ao final, pergunte qual é o tema central dos dois textos. Espera-se que os estudantes respondam que o primeiro trata das famílias cujas configurações iniciais foram modificadas depois da separação dos pais e da formação de novos núcleos familiares com os filhos do marido da mãe ou da esposa do pai, ou irmãos de pai ou mãe diferentes. Já o segundo texto trata de uma família formada pelo pai e seu filho que chegou por adoção.

vocábulos que não conheçam.

FAMÍLIAS REDESENHADAS O NAMORADO DA MINHA MÃE. A AVÓ DO MEU IRMÃO. O FILHO DO MARIDO DA MINHA MÃE. O PAI DA MINHA IRMÃ. A MULHER DO MEU PAI. A MULHER DO PAI DO MEU IRMÃO. PERSONAGENS COMO ESSES ESTÃO CADA VEZ MAIS PRESENTES NA NARRATIVA COTIDIANA DAS CRIANÇAS. [...] NA CASA DE GIULIO, 7, OS IRMÃOS DELE – JORGE, 3, E GIÁCOMO, 15 – SÃO FILHOS DE PAIS DIFERENTES. “EU CHAMO A AVÓ DO MEU IRMÃO GRANDE DE VÓ, MAS É AVÓ MESMO DELE”, CONTA GIULIO. FAMÍLIAS REDESENHADAS, DE TATIANA DINIZ. FOLHA DE S.PAULO, SÃO PAULO, 6 ABR. 2006.

PARA HENRIQUE BORGES, 7, O PAI É SEU MELHOR AMIGO. “A GENTE CONVERSA SOBRE TUDO. ELE É PAI-MÃE JUNTO. MAS NUNCA RECLAMOU NEM DISSE QUE É DIFÍCIL.” O GAROTO FOI ADOTADO, AINDA BEBÊ, PELO EMPRESÁRIO PAULO BORGES, 50. “A DEDICAÇÃO É MAIOR POR EU CRIÁ-LO SOZINHO, MAS, POR OUTRO LADO, HÁ UM LAÇO DE COMPANHEIRISMO”, DIZ PAULO. CRIANÇAS CONTAM COMO É VIVER COM PAIS QUE ASSUMIRAM A CRIAÇÃO DOS FILHOS, DE MÔNICA CARDOSO. FOLHA DE S.PAULO, SÃO PAULO, 10 AGO. 2013.

EXISTEM FAMÍLIAS COMO A DE HENRIQUE, COM PAI E FILHO. OUTRAS SÃO COMO A DE GIULIO, COM PAIS E IRMÃOS. TAMBÉM EXISTEM FAMÍLIAS COM O PAI OU A MÃE, CADA UM DELES COM SEUS FILHOS. E FAMÍLIAS COM PAI, MÃE E FILHOS QUE VIVEM TODOS JUNTOS E É O ÚNICO CASAMENTO DOS PAIS. 44

44

VIDA FAMILIAR E SOCIAL


HEDGEHOG94/SHUTTERSTOCK

Contudo, também é comum que os professores se sintam ansiosos sobre o que fazer para colaborar com o pleno desenvolvimento dessas crianças. Caso seja o seu caso, tenha em mente, que seu principal objetivo é colaborar para que todos os estudantes construam sua identidade, e para isso, toda pessoa precisa conhecer a própria história e se apropriar dela.

ESSA FAMÍLIA É FORMADA PELOS AVÓS E PELOS NETOS.

SUNSHINE SEEDS/SHUTTERSTOCK

HÁ TAMBÉM CRIANÇAS QUE FORMAM FAMÍLIA COM OUTRAS CRIANÇAS, MAS NÃO TÊM OS MESMOS PAIS NEM VIVEM JUNTO DELES. ESSAS CRIANÇAS MORAM JUNTAS EM CASAS DE ACOLHIMENTO. OS ADULTOS QUE TRABALHAM NESSAS INSTITUIÇÕES CUIDAM DELAS.

NESSA CASA DE ACOLHIMENTO, MORADORES DA COMUNIDADE AJUDAM A PREPARAR REFEIÇÕES PARA AS CRIANÇAS.

HI

IA

Ó ST R

LIVRO

• MINHA FAMÍLIA É COLORIDA, DE GEORGINA MARTINS. SÃO PAULO: EDIÇÕES SM, 2015. ÂNGELO TEM PARENTES BEM DIFERENTES ENTRE SI. UNS COM CABELOS LISOS, OUTROS COM CABELOS ONDULADOS, ALGUNS ATÉ DE ETNIAS DIFERENTES, MAS TODOS FORMAM A MESMA FAMÍLIA.

A escola pode ser um importante parceiro e um espaço de mediação dessa questão, especialmente quando a criança pede acesso a informações sobre seu desenvolvimento no período em que conviveu com a família biológica. Essa pode ser uma questão delicada, sobretudo se existe histórico de negligências ou no caso de adoção de crianças mais velhas, que podem ter muitas memórias dolorosas desse período. É de extrema importância saber como a família tratou o tema e as expectativas quanto ao envolvimento e ao trabalho da escola. Também é essencial explicar aos pais como se pretende trabalhar o assunto e explicar que se trata de um direito conhecer a própria história. Nesses casos específicos, solicite a supervisão de um especialista na área da psicopedagogia ou da psicologia.

45

Orientações Talvez haja crianças adotadas na turma. Caso saiba disso, tenha em mente que o acolhimento desses estudantes pode requerer atenção especial. Pela condição original de abandono, a criança pode apresentar sentimentos contraditórios, como medo de ser rejeitada e ciúme excessivo do professor ou mesmo de algum de seus colegas. É importante que tenha paciência e respeite as especificidades dessa relação; por exemplo, é comum que a criança não queira que os colegas saibam que ela é adotada, pois sente-se constrangida com sua origem de vulnerabilidade.

45


1 OBSERVE ESTAS DUAS FOTOGRAFIAS DE FAMÍLIAS.

Os estudantes devem marcar as três frases e perceber que a mesma configuração de família foi representada nas duas fotos, ou seja, um adulto e duas crianças. Nesse momento, é fundamental dar liberdade aos estudantes para que descrevam a família, valorizando as diferenças entre eles. Lembre-se de que há várias possibilidades de concepção de família. Por isso, todos os estudantes devem ter espaço para falar e qualquer comentário que diminua a representatividade de algum formato familiar deve ser adereçado de forma explicativa, para que ninguém sinta que sua família é pior que a do outro.

RIDO/SHUTTERSTOCK

Aproveite a oportunidade para explicar aos estudantes, de forma gentil, que a família tem a função psicossocial de adaptar suas crianças a determinada cultura; além disso, é função dos pais e/ou responsáveis proteger, cuidar e garantir condições dignas para suas crianças. Nas relações familiares, elas aprendem a encontrar táticas para alcançar os resultados desejados diante dos desafios e a identificar seus direitos e suas responsabilidades em situações de aprendizagem na educação.

AJR_PHOTO/SHUTTERSTOCK

Orientações

PAI AJUDA OS FILHOS A FAZER LIÇÃO DE CASA.

MÃE COM OS FILHOS EM UM DIA DE PASSEIO.

AGORA, MARQUE COM UM X AS FRASES QUE SE REFEREM ÀS DUAS FAMÍLIAS DAS FOTOGRAFIAS. A)

X

NAS DUAS FAMÍLIAS, O PAI OU A MÃE CUIDA DOS FILHOS.

B)

X

NAS DUAS FAMÍLIAS, NÃO HÁ FILHOS ÚNICOS. AS CRIANÇAS TÊM IRMÃOS.

C)

X

AS DUAS FOTOGRAFIAS MOSTRAM UM TIPO DE FAMÍLIA FORMADO POR UM ADULTO E DOIS FILHOS.

2 ALGUMA DAS FAMÍLIAS DOS DEPOIMENTOS OU DAS FOTOGRAFIAS SE PARECE COM

A SUA? SE SIM, QUAL DELAS? O QUE É SEMELHANTE? QUAIS SÃO AS DIFERENÇAS? CONTE AOS COLEGAS. Resposta pessoal. 3 VAMOS ESTUDAR UM POUCO MAIS SOBRE A SUA FAMÍLIA? FAÇA ESTA ATIVIDADE EM

CASA, COM AJUDA DOS ADULTOS QUE MORAM COM VOCÊ. A) PINTE A QUANTIDADE DE QUADRINHOS QUE INDICAM QUANTAS PESSOAS MORAM COM VOCÊ.

B) ESCREVA O NÚMERO DE PESSOAS QUE MORAM COM VOCÊ. Resposta pessoal.

C) CONTORNE O PARENTESCO DE CADA UMA DAS PESSOAS QUE MORAM COM VOCÊ.

Resposta pessoal.

BISAVÓ

MÃE AVÔ

AVÓ TIO

PADRASTO PRIMO

IRMÃO

MADRASTA

PAI PRIMA

TIA

BISAVÔ

IRMÃ

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Habilidade trabalhada: EF01HI02

Atividade complementar

Álbum de família Para ampliar o tema, organize uma atividade de construção de um álbum de família, integrando os conhecimentos de Arte. Peça aos pais e/ou responsáveis que selecionem, com as crianças, algumas fotos de família, antigas e atuais (o ideal é fazer cópias das fotos, por exemplo, usando a câmera do celular, e imprimir as imagens em papel sulfite). Em seguida, separe material de papelaria para a elaboração do álbum. Incentive os estudantes a usar a criatividade na hora da montagem do álbum, deixando sua marca pessoal nele. Oriente também os estudantes a identificar cada foto, com o nome da pessoa (ou das pessoas), o local onde foi tirada e a data. As fotos devem ser dispostas no álbum em sequência cronológica, com a ajuda do professor, se necessário. Desse modo, introduzem-se também noções conceituais importantes na História: antes; depois; ao mesmo tempo. Habilidades trabalhadas: E F 0 1 H I 0 2 / E F 0 1 H I 0 6 / E F 0 1 H I 0 7 46


DE OLHO NAS PISTAS

Orientações É importante ter em mente que a família é o mais importante ponto de referência para a criança, pois é com ela que aprende e desenvolve suas primeiras habilidades socioemocionais.

VOCÊ SABIA QUE UMA DAS FORMAS MAIS EFICAZES DE CONHECER A HISTÓRIA DA NOSSA FAMÍLIA É CONVERSANDO COM OS ADULTOS MAIS VELHOS DO NOSSO GRUPO FAMILIAR? EM GERAL, OS IDOSOS DA FAMÍLIA GUARDAM REGISTROS IMPORTANTES QUE EXPLICAM SE A FAMÍLIA É ORIGINÁRIA DAQUI, SE VEIO DE OUTRO PAÍS E COMO CHEGOU AO BRASIL. UMA DAS FORMAS DE PRESERVAR A HISTÓRIA DA FAMÍLIA E CONHECER SUA ORIGEM É POR MEIO DOS DOCUMENTOS PESSOAIS, COMO A CERTIDÃO DE NASCIMENTO, EM QUE PODEMOS VER O NOME E O SOBRENOME DOS NOSSOS PAIS E DOS NOSSOS AVÓS. QUANDO RECONSTRUÍMOS A HISTÓRIA DA NOSSA FAMÍLIA, INVESTIGANDO A ORIGEM DE CADA UM, TEMOS A OPORTUNIDADE DE MONTAR A NOSSA ÁRVORE GENEALÓGICA.

Refletir sobre a árvore genealógica promove o entendimento das relações familiares. Além disso, a atividade proposta pode promover a afetividade no convívio familiar. Habilidades trabalhadas: / EF01HI07

PUSLATRONIK/SHUTTERSTOCK

EF01HI02

ÁRVORE GENEALÓGICA

LÚCIA AMARAL

CARLOS AMARAL

NÚBIA AMARAL

SARA AMARAL SANTOS

MAURO SANTOS

ZILDA SANTOS

ANTÔNIO SANTOS

CAIO AMARAL SANTOS

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Atividade complementar Montagem de árvore genealógica Com base no conceito de árvore genealógica, converse com os estudantes sobre os familiares deles e como seria a árvore genealógica da família. Esta atividade deve ser feita com apoio dos familiares, que fornecerão as informações. No caso de crianças adotadas, deixe claro que, com o processo de adoção, a criança passa a fazer parte formalmente da família, ou seja, também tem lugar na árvore genealógica da família. Apoie os estudantes como for adequado na montagem da árvore genealógica e, depois, promova uma roda de conversa com todos para que compartilhem os achados. Use esse momento para destacar que, mesmo com as diferenças de costumes e formatos, todas são famílias. 47


2 A FAMÍLIA NA HISTÓRIA

Orientações Fique atento à tendência de generalização. É bastante comum em determinadas regiões do país que as famílias sejam numerosas ainda na contemporaneidade, assim como existem muitos lares em que as mulheres são responsáveis pelos cuidados com a casa e não exercem outra função profissional. Acolha essa realidade, a intenção é evitar que o estudante que identifique essa condição em sua casa sinta-se constrangido.

VIDA FAMILIAR E SOCIAL

ZOONAR GMBH/ALAMY STOCK PHOTO/FOTOARENA

Explore com os estudantes os elementos da foto de 1915, que registra uma família. Pergunte o que percebem de diferente das famílias deles ou de outras que conhecem nos dias atuais, preparando-os para as atividades propostas na página seguinte.

LIDERINA/SHUTTERSTOCK

A IDEIA DE FAMÍLIA COMO CONHECEMOS LAÇOS SANGUÍNEOS: HOJE SURGIU HÁ CERCA DE 500 ANOS. RELAÇÕES ENTRE PESSOAS NAQUELA ÉPOCA, O GRUPO FAMILIAR INCLUÍA QUE TÊM PARENTESCO PORQUE SÃO DESCENDENTES AS PESSOAS QUE MORAVAM JUNTAS, E ESSAS DOS MESMOS ANTEPASSADOS. PESSOAS PODIAM TER LAÇOS SANGUÍNEOS OU NÃO. AO LONGO DO TEMPO, AS FAMÍLIAS FORAM FICANDO DIFERENTES. NO BRASIL, ATÉ CERCA DE CINQUENTA ANOS ATRÁS, A MAIORIA DAS FAMÍLIAS ERA FORMADA POR PAI, MÃE E VÁRIOS FILHOS. EM GRANDE PARTE DAS FAMÍLIAS, O PAI TINHA UMA PROFISSÃO E SUSTENTAVA TODAS AS PESSOAS DA FAMÍLIA. A MÃE CUIDAVA DA LIMPEZA DA MORADIA, DOS FILHOS E DA ALIMENTAÇÃO DE TODA A FAMÍLIA. HAVIA TAMBÉM FAMÍLIAS, EM GERAL MAIS POBRES, EM QUE A MÃE TRABALHAVA FORA DE CASA OU FAZIA SERVIÇOS PARA OUTRAS PESSOAS, ALÉM DE CUIDAR DA CASA. ATUALMENTE, A MAIOR PARTE DAS MULHERES TEM UMA PROFISSÃO E TRABALHA FORA DE CASA. AOS POUCOS, AS FAMÍLIAS TORNARAM-SE MENORES, COM MENOS FILHOS.

RETRATO DE UMA FAMÍLIA EM 1915.

FOTOGRAFIA DE UMA FAMÍLIA EM 2020.

48

Avaliação Observe se os estudantes realizam com facilidade as atividades desta página, pois elas permitem identificar se todos conseguem perceber a passagem do tempo. Conseguir trabalhar com a passagem do tempo é muito importante para a compreensão dos conteúdos das Ciências Humanas, em especial os de História, mas é importante também para que o indivíduo possa construir sua própria narrativa sobre a vida, suas explicações e suas hipóteses pessoais sobre o ambiente em que vive e para sua organização psíquica. Identificar a passagem do tempo organiza a vida mental e ajuda a pessoa e ter funcionalidade e objetividade em suas tarefas cotidianas.

48


OBSERVE AS IMAGENS DA PÁGINA ANTERIOR.

1

Tema contemporâneo

A) PREENCHA O QUADRO, COMPARANDO AS DUAS IMAGENS.

FAMÍLIA 1

FAMÍLIA 2

QUAL É A DATA DA FOTOGRAFIA DA…

1915

2020

HÁ QUANTAS PESSOAS NA…

9

3

B) COMO SÃO AS ROUPAS E O COMPORTAMENTO DAS PESSOAS EM CADA FOTOGRAFIA? LIGUE AS COLUNAS.

• COMPORTAMENTO DESCONTRAÍDO • COMPORTAMENTO SÉRIO FAMÍLIA 1

• ROUPAS FORMAIS • ROUPAS INFORMAIS

FAMÍLIA 2

• SITUAÇÃO FORMAL • SITUAÇÃO INFORMAL PINTE A PALAVRA QUE COMPLETA CORRETAMENTE A FRASE.

2

A) AS FAMÍLIAS DO PASSADO ERAM

IGUAIS

B) COM O PASSAR DO TEMPO, AS FAMÍLIAS FICARAM

HI

IA

Ó ST R

DIFERENTES X DAS ATUAIS. MAIORES

MENORES X .

Aproveite a oportunidade para refletir com os estudantes sobre a função psicossocial dos idosos dentro da família e na sociedade. Compartilhe com eles a ideia de que as pessoas contribuem de diversas formas com o coletivo, por exemplo, com a produção do seu trabalho e com suas memórias e suas experiências de vida. Conte para os estudantes que os idosos têm o direito de pertencer à família e reforce que são eles que podem colocar os mais jovens em contato com memórias e histórias dos antepassados; explique à turma o valor simbólico e afetivo que essa troca representa. Incentive o respeito aos idosos e o convívio harmonioso entre as diferentes gerações; compartilhe com os estudantes o conceito de pertencimento; todos têm o direito de ter uma comunidade familiar e usufruir o bem-estar que essa rede de apoio e solidariedade representa.

LIVRO

• ÁLBUM DE FAMÍLIA: DO PASSADO AO PRESENTE, O QUE HÁ DE DIFERENTE?, DE PATRÍCIA TISSI RODRIGUES. CURITIBA: BOM JESUS, 2016. O LIVRO MOSTRA, POR MEIO DE TEXTOS E IMAGENS, AS TRANSFORMAÇÕES DE ALGUMAS FAMÍLIAS COM O PASSAR DO TEMPO E COMO ELAS FIZERAM PARA MANTER SEUS COSTUMES E SUAS TRADIÇÕES. 49

Não perca a oportunidade de trabalhar a temporalidade em todos os componentes curriculares, de forma orgânica, questionando em que momento devem fazer determinada atividade ou que fato ocorreu antes; por exemplo, relembre o dia anterior, quais atividades foram realizadas e em qual ordem. Oriente os estudantes a observar os diferentes elementos das imagens, comparando os modos de vestir e de se pentear, as expressões faciais e corporais das pessoas retratadas, o nível de formalidade nas situações, entre outros aspectos. Habilidade trabalhada:

EF01HI07

49


Orientações No texto, os personagens expressam o desejo de que os pais estivessem juntos, e não em novos relacionamentos. Embora o tema seja bastante sensível, aproveite a oportunidade para conversar com os estudantes sobre o tema separação/divórcio dos pais. Acolha as falas dos estudantes, demonstre ser compreensível que os filhos queiram que os pais permaneçam juntos, mas esclareça que, em caso de separação, os pais têm o direito de reconstruir a vida, o que pode incluir um novo relacionamento.

3 CONVIVENDO COM A FAMÍLIA

COMO VOCÊ SE RELACIONA COM OS SEUS IRMÃOS? E COM OS SEUS PAIS? LEIA O TEXTO COM O PROFESSOR. É UMA CONVERSA ENTRE DOIS IRMÃOS: UMA MENINA DE 5 ANOS E UM MENINO DE 7. — ENTÃO HOJE É SEXTA, NÉ? — TÁ CANSADA DE SABER QUE É. — ENTÃO HOJE É DIA, NÉ? — É. TÁ CANSADA DE SABER QUE É. NÃO OUVIU A MÃE FALAR, MENINA? [...] — NÃO QUERO IR. POR QUE EU TENHO QUE IR? — PORQUE É ASSIM, UÉ. A GENTE NÃO VAI TODA SEXTA? — ENTÃO, HOJE É SEXTA. [...] JÁ SEI. É A NAMORADA NOVA DO PAI, NÉ? [...]

Relembre aos estudantes que o fato de os pais não dividirem mais o mesmo teto não significa que deixaram de amar os filhos. Essas duas páginas contêm um material rico para realizar leitura e avaliar a compreensão de texto dos estudantes, habilidades essenciais para o cumprimento da PNA. Habilidade trabalhada: EF01HI07

50

50

VIDA FAMILIAR E SOCIAL


Avaliação

— [...] SE EU NÃO IR, EU VOU FICAR AQUI E A MÃE NÃO VAI NO TEATRO COM O NAMORADO DELA. [...] SE EU NÃO IR, ELA FICA AQUI COMIGO, NÉ? AÍ, NÉ, OCÊ PEGA O PAI COM A NAMORADA DELE E VEM PRA CÁ TAMBÉM. — E DAÍ? FICA TODO MUNDO AQUI NA SALA. [...] — E DAÍ, NÉ, QUE A GENTE PEGA O PAI E A MÃE PELA MÃO E SAI PELA PORTA DA COZINHA SEM FAZER NENHUM BARULHO, SEM O NAMORADO DA MÃE E SEM A NAMORADA DO PAI PERCEBER NADA.

Observe como os estudantes se posicionam em relação ao tema, que é sensível e merece um olhar atento e acolhedor. Para além da atividade de interpretação de texto, é importante analisar se já identificam que a família é constituída de diferentes pessoas, as quais têm desejos diferentes. É comum para a faixa etária que ainda existam fortes traços narcísicos, e a separação dos pais pode ser sentida pela criança como se fosse em relação a ela, e não uma separação entre o casal.

SEXTA-FEIRA, DE NOITE, DE MARIO PRATA. SÃO PAULO: QUINTETO EDITORIAL, 1984. P. 7, 13, 18, 24, 27.

1

AGORA, CONVERSE COM OS COLEGAS E RESPONDAM ÀS QUESTÕES. A) QUAL ERA O ASSUNTO DA CONVERSA ENTRE OS DOIS IRMÃOS? Eles falavam dos pais separados, sobre o dia de ir à casa do pai.

B) PELA CONVERSA, COMO OS DOIS IRMÃOS SE RELACIONAM? Eles implicam um com o outro, mas se entendem bem.

C) NA SUA OPINIÃO, É COMUM IRMÃOS BRIGAREM OU ELES SEMPRE SE DÃO Resposta pessoal. Os estudantes provavelmente BEM O TEMPO TODO? EXPLIQUE SUA RESPOSTA. mencionarão suas vivências com os irmãos. D) QUAL ERA O DESEJO DAS DUAS CRIANÇAS EM RELAÇÃO AOS PAIS? As crianças desejam sair juntas com os pais, sem a presença dos namorados deles.

Motive-os a refletir sobre essa relação.

2 AGORA QUE VOCÊS JÁ TROCARAM IDEIAS, FAÇA ILUSTRAÇÕES PARA O TEXTO

NO ESPAÇO CORRESPONDENTE. CAPRICHE! Resposta pessoal. 3 QUANDO VOCÊ BRIGA OU DISCUTE COM O SEU IRMÃO OU A SUA IRMÃ OU COM

UM AMIGO, COMO RESOLVE O PROBLEMA DEPOIS? Resposta pessoal. 51

Orientações Explique aos estudantes que, nas relações familiares, os laços afetivos são fortalecidos pelo modo que seus membros se relacionam, principalmente no convívio diário. Respeito, colaboração e participação são importantes para promover a harmonia entre todos, sobretudo quando se trata de “dever”.

Caso perceba esse tipo de sofrimento, ofereça uma escuta atenta, gentil e acolhedora; relembre o estudante de que os laços de afeto não são rompidos quando um dos pais deixa de morar na mesma casa que ele. Atente-se a como os estudantes se posicionam. Embora estejam em uma fase do desenvolvimento bastante egocentrados, é função da escola inserir o contorno, trazer a razão para as reflexões. Incentive o diálogo como forma de resolver conflitos. Acolha os sentimentos de raiva e frustração, mas explique que, embora esses sentimentos sejam parte da nossa vida, precisamos buscar uma boa destinação para eles e tentar convertê-los em tolerância e atitudes de respeito, mesmo discordando dos colegas e/ou dos familiares.

Vale lembrar que as realidades vivenciadas pelos estudantes são diversas, podendo não corresponder à situação mencionada. Cuide para que as diferentes realidades sejam respeitadas.

51


Aproveite a oportunidade para incentivar os estudantes a contar a rotina da família durante a semana e que atividades costumam realizar aos fins de semana. Organize a discussão garantindo a participação de todos.

4 A DIVERSÃO, AS BRINCADEIRAS E OS PASSEIOS TAMBÉM FAZEM PARTE DO DIA A DIA

DAS FAMÍLIAS. OBSERVE AS CENAS A SEGUIR. Respostas pessoais. 2

1

Explique aos estudantes que a rotina de uma família se relaciona com sua cultura e seus valores. Acolha todos os tipos de manifestação, é possível que mencionem atividades religiosas, por exemplo. É importante que todas as experiências mencionadas sejam validadas.

4

3

5

Habilidade trabalhada: EF01HI06

Todas as respostas são pessoais. Mesmo que os estudantes não realizem frequentemente as atividades mencionadas nos exemplos, ajude-os a reconhecer aquelas que são praticadas por eles, ainda que de modo esporádico. Pergunte sobre outras atividades lúdicas que gostam de fazer com um ou mais membros da família, mas não estão contempladas nos exemplos ilustrados. O item A da atividade contribui para que você perceba se os estudantes desenvolveram sentido numérico e capacidade de representação, indicando capacidade de compreensão no campo da numeracia. Habilidade trabalhada: EF01HI02

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A) QUAL(IS) DAS ATIVIDADES ILUSTRADAS ACIMA VOCÊ FAZ COM SUA FAMÍLIA? ESCREVA O(S) NÚMERO(S) DA(S) ILUSTRAÇÃO(ÕES). B) COM QUEM VOCÊ FAZ ESSAS ATIVIDADES? ESCREVA O(S) NOME(S) DA(S) PESSOA(S) E O PARENTESCO DELA(S) COM VOCÊ.

NOME

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PARENTESCO

ILUSTRAÇÕES: GUS MORAIS

Orientações


O PAPEL DE CADA UM

VIDA FAMILIAR E SOCIAL

Orientações Reflita com os estudantes que, assim como na família, em outros ambientes as pessoas também desempenham papéis sociais, realizando atividades como ir à escola e ao trabalho e desfrutando momentos de lazer, e ainda cumprem deveres. São essas atuações que nos tornam sujeitos históricos. É importante aproveitar a oportunidade para desconstruir a ideia de herói histórico e enfatizar que todos nós construímos a História, participando da sociedade. ILUSTRAÇÕES: GUS MORAIS

NAS FAMÍLIAS, AS PESSOAS CONVIVEM TODOS OS DIAS. ELAS REALIZAM VÁRIAS ATIVIDADES JUNTAS, ROTINA: HÁBITOS CUIDAM DA ROTINA, DIVERTEM-SE E FAZEM DIÁRIOS; ATIVIDADES QUE AS PESSOAS COSTUMAM AS REFEIÇÕES. FAZER TODOS OS DIAS.

MAS CADA FAMÍLIA TEM SEU JEITO DE CONVIVER, E CADA PESSOA TEM UM PAPEL NA FAMÍLIA. MUITAS VEZES, OS ADULTOS TRABALHAM E CUIDAM DA MORADIA E DOS FILHOS. AS CRIANÇAS ESTUDAM, BRINCAM E COLABORAM COM A ARRUMAÇÃO DA CASA. 1 COMO É O DIA A DIA NA SUA FAMÍLIA? CONTE O QUE VOCÊS GERALMENTE FAZEM

DURANTE A SEMANA E NO FIM DE SEMANA. Resposta pessoal. 2 AGORA PENSE NA ROTINA DAS PESSOAS DA SUA FAMÍLIA. CONVERSE COM

OS COLEGAS: Respostas pessoais. A) QUEM TRABALHA FORA? B) QUEM CUIDA DA CASA? C) QUEM CUIDA DAS CRIANÇAS QUANDO OS ADULTOS ESTÃO TRABALHANDO? D) O QUE VOCÊ FAZ PARA AUXILIAR NA ORGANIZAÇÃO DA CASA? 53

Para que os estudantes se expressem oralmente, motive-os a contar o que fazem em casa, mencionando o que gostam e o que não gostam de fazer, e a comentar um pouco sobre as parcerias que estabelecem com os adultos da casa. Os itens da atividade são um bom momento para trabalhar noções de temporalidade e reafirmar a apropriação do repertório sobre os dias da semana. Se julgar oportuno, confeccione com os estudantes um calendário semanal de atividades de lazer, identificando as que são realizadas com a família e as que são realizadas com os amigos. Depois, peça que troquem os calendários, de modo que possam conhecer a rotina de lazer dos colegas.

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4 FAMÍLIAS DE DIFERENTES CULTURAS

Orientações Reflita com os estudantes sobre as fotografias e as legendas que trazem exemplos de famílias que têm um tipo de configuração diferente das famílias ocidentais e monogâmicas. Trabalhe o tema diversidade cultural explicando que tais formações familiares estão de acordo com a cultura desses povos e devem ser compreendidas nessa perspectiva.

Observe se os estudantes têm avançado no processo de naturalização de contextos distintos dos seus. A essa altura já se pode esperar que mencionem com naturalidade as famílias diferentes da deles. Caso perceba que essa ainda é uma dificuldade, explore mais, nas rodas de conversa, o tema organização familiar e cultura, mas sem pressões. O objetivo é ambientar o ouvir sobre realidades de vivências diferentes daquela que ele conhece.

Para o professor AZEVEDO, Maria Amélia. Infância e violência doméstica: fronteiras do conhecimento. – 7 ed. São Paulo: Cortez, 2015. Aborda violência doméstica contra crianças e adolescentes. FERRARI, Dalka C. A.; VECINA, Tereza C. C. (org.). O fim do silêncio na violência familiar. São Paulo: Ágora, 2002. Conjunto de artigos escritos por profissionais do Centro de Referência das Vítimas da Violência (CRVV) que aborda o tema em diferentes perspectivas e possíveis soluções.

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CULTURA: NO TEXTO, A CULTURA DE UM POVO SÃO OS COSTUMES E O MODO DE VIVER DESSE POVO. LENDAS, COMIDAS, FESTAS E BRINCADEIRAS TAMBÉM FAZEM PARTE DA CULTURA.

ZUMA PRESS / EASYPIX BRASIL

Avaliação

AS FAMÍLIAS SE ORGANIZAM E TÊM HÁBITOS DE ACORDO COM A CULTURA DE SEU POVO. EM ALGUNS PAÍSES, HÁ FAMÍLIAS EM QUE AS MULHERES TÊM MAIS DE UM MARIDO AO MESMO TEMPO. TAMBÉM HÁ FAMÍLIAS FORMADAS POR UM HOMEM CASADO COM MAIS DE UMA MULHER AO MESMO TEMPO. ESSE COSTUME É CHAMADO DE POLIGAMIA.

VIDA FAMILIAR E SOCIAL

FAMÍLIA FORMADA POR UM MARIDO E SUAS TRÊS ESPOSAS. ÁFRICA DO SUL, 2020.

DIVERSAS COMUNIDADES INDÍGENAS BRASILEIRAS SÃO POLIGÂMICAS. EM MUITAS DELAS É COMUM UM HOMEM SE CASAR COM MAIS DE UMA MULHER. HÁ COMUNIDADES, POR SUA VEZ, EM QUE UMA MULHER PODE SE CASAR COM MAIS DE UM HOMEM. 54


CESAR DINIZ/PULSAR IMAGENS

Orientações

FAMÍLIA INDÍGENA DA ETNIA XAVANTE NA ALDEIA BOM SUCESSO, NA TERRA INDÍGENA SANGRADOURO, NO MUNICÍPIO GENERAL CARNEIRO (MATO GROSSO), 2020.

FABIO COLOMBINI

O MODO DE FORMAR A FAMÍLIA É MUITO IMPORTANTE PARA OS POVOS INDÍGENAS. É DE ACORDO COM A FAMÍLIA QUE ELES DEFINEM QUEM PODE VIVER NA MESMA MORADIA, QUEM DEVE FAZER AS PLANTAÇÕES E CUIDAR DA TERRA, QUEM PARTICIPA DE CERIMÔNIAS E FESTAS.

INTERIOR DE UMA MORADIA INDÍGENA COLETIVA DA ETNIA KALAPALO. ALDEIA HAIA, PARQUE INDÍGENA DO XINGU (MATO GROSSO), 2018. 1

VOCÊ CONHECE ALGUMA FAMÍLIA DE CULTURA DIFERENTE DA SUA? CONTE AOS COLEGAS COMO É ESSA FAMÍLIA.

Comente sobre as famílias de cultura diferente que você conhece. Incentive o respeito à cultura de outros povos.

Apresente aos estudantes alguns aspectos de algumas das culturas indígenas brasileiras. É importante que compreendam que se trata de diferentes povos e que algumas características no modo de vida desses povos são semelhantes, como o respeito à terra e à natureza e a valorização das tradições e das crenças de seu povo. Questione aos estudantes: • Vocês conhecem alguma aldeia indígena? • Conhecem algum indígena que viva fora da aldeia? • Vocês têm familiares indígenas? Aproveite as respostas para desmistificar os povos indígenas. Embora sua cultura tenha especificidades, é função da escola eliminar a visão quase folclórica que se tem dessas populações. Os indígenas não são pessoas em uma realidade paralela; eles apenas vivem segundo uma cultura em mais harmonia com uma vida sustentável quando aldeados, mas cada vez mais buscam inserção na sociedade secular, pleiteando cargos públicos, formando-se professores universitários, médicos, entre outras possibilidades.

55

55


Valorize as experiências dos estudantes. Ouça com atenção e legitime suas percepções. Lembre-se de que eles estão construindo a personalidade, processo que adentra a adolescência. Aqueles que não se percebem vistos e ouvidos terão mais dificuldade de se expor quando chegarem à fase adulta. Possibilite um ambiente seguro para que possam compartilhar suas vivências.

JUNTAR SABERES 1 CIRCULE DE AZUL OS LUGARES PÚBLICOS QUE VOCÊ FREQUENTA COM A SUA FAMÍLIA.

BIBLIOTECA

IGREJA

CLUBE

PARQUE

PRAÇA

TEATRO

PRAIA

A) DESSES LUGARES, ESCREVA QUAL É O SEU FAVORITO. Resposta pessoal.

B) QUANDO VOCÊ PASSEIA COM A SUA FAMÍLIA EM ALGUM DESSES LUGARES, AS REGRAS DE CONVIVÊNCIA SÃO DIFERENTES DAS REGRAS DE CONVÍVIO DA SUA Resposta pessoal. É esperado que os estudantes mencionem que as CASA? CONTE AOS COLEGAS. liberdades que temos em casa são diferentes das vivenciadas de forma

coletiva. É possível que eles exemplifiquem que não podem mexer em objetos de pessoas desconhecidas, devem respeitar

2 PINTE OS QUADRADINHOS QUE INDICAM O QUE É POSSÍVEL ENCONTRAR NO CAMINHO as orientações para o uso do espaço público, sempre ficar perto do DA SUA CASA ATÉ CHEGAR À ESCOLA. adulto responsável, não conversar com desconhecidos, entre outras Respostas pessoais. possibilidades.

AÇOUGUE

SORVETERIA

PADARIA

PARQUE

SUPERMERCADO

IGREJA

OUTRA ESCOLA

FARMÁCIA

POSTO DE SAÚDE

ESCRITÓRIO

(

SALÃO DE CABELEIREIRO POSTO DE COMBUSTÍVEL

AGORA, FAÇA O QUE SE PEDE. A) CIRCULE QUAIS DESSES LUGARES VOCÊ COSTUMA FREQUENTAR COM A SUA FAMÍLIA. B) ALGUM DOS SEUS FAMILIARES TRABALHA EM UM DESSES LUGARES? Respostas pessoais. SIM.

NÃO.

SE SIM, EM QUE LUGAR ELES TRABALHAM?

C) VOCÊ VIVENCIOU ALGUM MOMENTO ESPECIAL COM UM DE SEUS FAMILIARES EM ALGUM DESSES LUGARES? SE SIM, CONTE PARA A TURMA. 56

Resposta pessoal. Possibilite aos estudantes que façam os seus relatos espontaneamente. Após os relatos, esclareça à turma que essas são memórias que fazem parte da história pessoal e de família de quem contou.

Avaliação formativa A realização das atividades desta seção possibilitará a você verificar a aprendizagem dos estudantes. Os itens da atividade 1 são particularmente oportunos para que os estudantes evidenciem o que já internalizaram como regras de convívio. Caso perceba que o tema ainda é muito difícil para a turma, converse e explique a importância de saber distinguir as diferentes regras existentes nos muitos ambientes e espaços. É chegado o momento de começar a diferenciar de forma clara os ambientes públicos dos privados. Essa diferenciação é importante por, pelo menos, dois motivos: 1) ajuda-os a compreender o que são relações pessoais/próximas e o que é vida comunitária; ter esses limites claros protege-os de relações abusivas; 2) contribui para que conquistem a autonomia, pois permite que leiam o ambiente e desempem bem o papel social esperado. Com paciência, explique as diferenças entre o convívio doméstico e o convívio escolar. Lembre-se de que a escola é o primeiro grupo fora dos laços familiares, por isso é importante assumir a função de nortear o processo de autonomia. 56


3 LEIA O POEMA A SEGUIR COM UM ADULTO.

v

Aproveite a oportunidade e trabalhe a capacidade leitora dos estudantes, integrando os conhecimentos de Língua Portuguesa. A atividade de leitura pode ser compartilhada, sugerindo a cada estudante voluntário que leia um verso ou uma estrofe do poema. Observe o ritmo da leitura, a entonação, a emissão da voz e a fluência.

PARENTES E AMIGOS EU NÃO TENHO PAI NEM MÃE NÃO TENHO IRMÃ NEM IRMÃO NÃO TENHO TIO NEM TIA AVÓ E AVÔ TAMBÉM NÃO.

MESMO ASSIM VIVO CONTENTE AMOR EU NUNCA MENDIGO NA VIDA NÃO SOU SOZINHO E MEU SEGREDO EU JÁ DIGO

NEM PRIMO EU TENHO, NEM PRIMA NÃO TENHO NENHUM PARENTE NEM PADRINHO, NEM MADRINHA ASSIM COMO MUITA GENTE.

É QUE GOSTO DAS PESSOAS TENHO SEMPRE ALGUÉM COMIGO COMO SENTIR SOLIDÃO QUANDO SE TEM AMIGO?

Ajude os estudantes leitores a adquirir segurança para ler em público, evitando corrigi-los durante a leitura. Valorize seus acertos e jamais tolere comentários depreciativos da parte dos colegas.

PARENTES E AMIGOS. EM: VOCÊ ME CHAMOU DE FEIO, SOU FEIO MAS SOU DENGOSO!, DE RICARDO AZEVEDO. SÃO PAULO: MODERNA, 2007.

A) ESCREVA QUAL É:

• O TÍTULO DO POEMA: Parentes e amigos • O TÍTULO DO LIVRO: Você me chamou de feio, sou feio mas sou dengoso!

Habilidade trabalhada: EF01HI02

• O NOME DO AUTOR: Ricardo Azevedo B) COMO VIVE O PERSONAGEM DO POEMA? MARQUE COM UM X. ELE VIVE SOZINHO EM UM APARTAMENTO BEM GRANDE, ONDE VÁRIAS PESSOAS CUIDAM DELE. X

ELE VIVE COM MUITOS AMIGOS EM UMA CASA DE APOIO OU EM UM ABRIGO. ELE VIAJA O TEMPO TODO E MORA EM HOTÉIS, COM VÁRIOS QUARTOS. ELE FAZ AMIGOS DIFERENTES TODOS OS DIAS.

C) NA SUA OPINIÃO, NO CASO DO PERSONAGEM DO POEMA, O DIREITO DE TER UMA FAMÍLIA ESTÁ SENDO RESPEITADO? CONVERSE COM OS COLEGAS. HI

Espera-se que os estudantes indiquem que o direito não está sendo respeitado, pois ele dá a entender ser órfão e

IA

STÓR

LIVRO

contar apenas com os amigos.

• DRUFS, DE EVA FURNARI. SÃO PAULO: MODERNA, 2016. NO LIVRO, OS ESTUDANTES DA PROFESSORA RUBI ESCREVERAM A RESPEITO DE SUAS FAMÍLIAS. LEIA E SAIBA O QUE ELES DISSERAM. 57

Por ser de grande importância, caso sinta que o tema não está bem estabelecido, produza com os estudantes um cartaz com combinados para o bom funcionamento da sala de aula. Os combinados devem ser decididos coletivamente. Procure incluir explicações com situações ilustrativas, para que os estudantes possam compreender a importância do que está sendo combinado. A atividade 3 possibilita aos estudantes refletir sobre a importância psicossocial da família. Caso perceba que o tema não está bem elaborado, em uma roda de conversa, peça aos estudantes que relatem experiências positivas, nas quais tenham se sentido amados e acolhidos pela família. Finalize solicitando que ilustrem em uma folha avulsa algum de seus relatos e exponha as produções no mural da sala. Construir uma sólida compreensão da própria identidade e da relação dessa identidade com seu grupo de origem é essencial para a aquisição de novos aprendizados, pois de forma espiral os estudantes terão de ampliar seus conhecimentos para compreender a função psicossocial das relações de amizade, tema da próxima unidade. 57


Sobre esta unidade A unidade tem como tema central os diferentes veículos de afeto e as diferentes formas de constituir relações de amizade. A ideia é que os estudantes reflitam sobre a importância dos vínculos pessoais e suas peculiaridades, bem como percebam que os ambientes nos quais essas relações são construídas conferem características diferentes ao laço social.

4

UNIDADE

OS AMIGOS

O trabalho desenvolvido nesta unidade está intimamente relacionado ao trabalho realizado na unidade anterior, pois é a partir de como aprendemos a nos vincular dentro de nossa família que estabeleceremos laços de afeto. O ambiente doméstico e a compreensão desse espaço privado contribuem para que os estudantes consigam participar da construção de ambientes sadios, com espírito de coletividade, amizade e sentimento de pertencimento. Alcançar esses aprendizados é um passo fundamental para que os estudantes desenvolvam empatia, assim, compreendam as diferenças transgeracionais, tema que será trabalhado na próxima unidade, que abordará o papel da escola em diferentes tempos históricos. Habilidades trabalhadas: EF01HI01

EF01HI02

EF01HI04

Proposta pedagógica O tema central desta unidade são os laços de amizade e sua importância psicossocial. Para que os estudantes possam refletir sobre o papel dos laços afetivos em sua vida cotidiana, propusemos textos como “Amigos na escola” e “Amigos virtuais”. Todo o material foi pensado para proporcionar a experiência de reflexão e incentivar questionamentos e causar 58

58

identificação. Na atualidade é muito comum que as crianças se relacionem por meio digital, portanto, mais do que nunca, faz-se necessário naturalizar essas experiências, pois para os nativos digitais, como os estudantes dessa faixa etária, esse é um meio de convívio que não causa estranhamento; logo, a resistência parte do adulto; daí a necessidade de criar esse elo de reflexão, para transformar em fluida essa forma de relacionar-se e, assim, compreender como se dá o processo de vínculo, um constructo subjetivo, em crianças expostas a relações mediadas por tecnologias.

Objetivos da unidade • Identificar e comparar as diferentes relações de amizade dentro de diferentes grupos sociais. • Compreender o conceito de amizade. • Identificar a escola como um espaço de vinculação afetiva.


ANEBARONE/YAN

Orientações A proposta da imagem é iniciar um diálogo sobre a importância dos amigos no convívio social. Pergunte aos estudantes sobre as brincadeiras da imagem, se gostam daquelas atividades e se é possível realizá-las e desfrutá-las sozinhos. Esse é um momento para observar se há estudantes que estão permanentemente isolados da turma e que podem se constranger ao dizer que não têm amigos. Caso perceba que existe algum estudante que tenha dificuldade em estabelecer vínculos de amizade, é bastante importante investigar o motivo. Essa preocupação se deve ao fato de não ser comum crianças dessa faixa etária escolherem o isolamento. Muitos problemas podem causar esse comportamento, desde dificuldade em adaptar-se ao grupo – por ser novo na escola – até situações de síndromes que prejudicam a interação social, como no caso de pessoas dentro do espectro autista.

PARA COMEÇAR... 1. PENSE EM DOIS AMIGOS. CONTE QUEM SÃO E COMO VOCÊS SE CONHECERAM. Resposta pessoal. 2. O QUE VOCÊ E SEUS AMIGOS COSTUMAM FAZER QUANDO ESTÃO JUNTOS? Resposta pessoal. 59

• Reconhecer os ambientes virtuais como um espaço de troca e possível vinculação afetiva. • Refletir sobre o conceito de comunidade virtual. • Identificar e refletir sobre o possível vínculo com os animais de estimação. • Identificar seus grupos de pertencimento como aspectos de sua identidade.

Pré-requisitos • Compreender que possui uma identidade individual e, por causa disso, tem gostos pessoais. • Saber nomear gostos e características pessoais e identificá-los como uma liga subjetiva para a construção dos laços de amizade. • Reconhecer-se como pessoa que gosta de trocar experiência como brincar, jogar, conversar, ou seja, formar laços.

Proponha aos estudantes que pensem em amigos, preferencialmente de fora do ambiente escolar. Aproveite a oportunidade para lembrar à turma que o fato de mencionarem dois amigos não significa que não gostem de muitos outros. Os amigos citados podem ser de vários meios. É possível que os estudantes respondam que, juntos, eles brincam e conversam. Incentive-os a falar mais sobre o assunto, perguntando do que brincam e sobre quais assuntos eles conversam, se brigam ou se concordam uns com os outros, se gostam das mesmas coisas etc. 59


1 AMIGOS NA FAMÍLIA E NA ESCOLA

As respostas são pessoais. Pode ser que os estudantes queiram incluir mais de um amigo em cada lacuna. O professor pode auxiliar na escrita das frases no caderno, com ajustes na concordância. Nesta atividade, é possível utilizar o alfabeto móvel para formar os nomes. Para o letramento, é fundamental que os estudantes testem hipóteses de escrita. Habilidade

… NA FAMÍLIA?

… NO PRÉDIO ONDE MORA?

FERNANDO FAVORETTO/CRIAR IMAGEM

… NA RUA OU NO BAIRRO ONDE VOCÊ MORA?

1 ESCREVA O NOME DE SEUS AMIGOS E COMPLETE AS FRASES A SEGUIR. Respostas pessoais.

A) EM CASA, MEU MELHOR AMIGO É B) C) NO PRÉDIO OU NA RUA ONDE MORO,

trabalhada:

D)

EF01HI02

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… NA ESCOLA? A_LESIK/SHUTTERSTOCK

As imagens incitam à reflexão sobre os espaços onde é possível construir amizades. Pergunte aos estudantes se frequentam os espaços retratados e quais outros poderiam ser incluídos entre eles (alguns fazem amigos durante atividades esportivas; outros, em atividades complementares à escola; nos espaços religiosos; entre outros).

DIARIAMENTE, VOCÊ CONVIVE COM VÁRIAS PESSOAS EM DIFERENTES LUGARES: EM CASA, NA ESCOLA, NO PRÉDIO, NA RUA, NO BAIRRO. ENTRE ESSAS PESSOAS, QUEM SÃO SEUS AMIGOS? OBSERVE AS FOTOGRAFIAS. VOCÊ TEM AMIGOS… MONKEY BUSINESS IMAGES/SHUTTERSTOCK

O objetivo desta página é proporcionar aos estudantes a oportunidade de refletir sobre importantes características das pessoas com as quais compartilham vivências e experiências cotidianamente e os motivos que levam algumas dessas pessoas a se tornar suas amigas.

MIKEDOTTA/SHUTTERSTOCK

Orientações

. É MEU AMIGO DA ESCOLA. É MEU AMIGO. É MEU AMIGO DO BAIRRO ONDE MORO.


Orientações

O QUE É UM AMIGO? PARECE FÁCIL RESPONDER, MAS DEPENDE DE CADA UM, NÃO É MESMO?

Peça aos estudantes que observem as imagens e leiam as informações das legendas. A atividade propõe que reflitam sobre as amizades dentro do grupo familiar, sugerindo os laços de amizade com adultos. Se julgar oportuno, comente com os estudantes a importância de confiar nos adultos da família – para conversas francas, em especial, pai, mãe ou a pessoa responsável pelos cuidados, função materna/paterna. Mas também é importante afirmar a importância de se resguardar de pessoas que, embora possam frequentar a casa, não sejam seus cuidadores diretos. Explique aos estudantes que eles não são obrigados a abraçar, beijar ou demostrar qualquer forma de afeto físico com pessoas em que não sintam confiança. Relembre-os de que o corpo precisa ser cuidado e protegido e adultos não podem nem devem tocá-los.

FOTOCUISINETTE/SHUTTERSTOCK

DELFIM MARTINS/PULSAR IMAGENS

AMIGOS NA FAMÍLIA

PARA ALGUMAS CRIANÇAS, A MÃE, O PAI OU OS IRMÃOS SÃO OS MELHORES AMIGOS. QUANDO SOMOS AMIGOS DOS NOSSOS FAMILIARES, AJUDAR NAS TAREFAS DIÁRIAS É MAIS DIVERTIDO! CESAR DINIZ/PULSAR IMAGENS

O MELHOR AMIGO NA FAMÍLIA TAMBÉM PODE SER AQUELA TIA QUE SEMPRE FICA FELIZ QUANDO ENCONTRA VOCÊ.

ÀS VEZES, O MELHOR AMIGO É UM DOS PRIMOS, DE QUEM VOCÊ GOSTA TANTO QUE PODERIA SER UM IRMÃO! 1 FORME DUPLA COM UM COLEGA. CONVERSEM E RESPONDAM:

Respostas pessoais.

A) AMBOS TÊM UM GRANDE AMIGO NA FAMÍLIA? QUEM? POR QUE CONSIDERAM ESSA PESSOA O SEU GRANDE AMIGO NA FAMÍLIA? B) QUAL É A VANTAGEM E QUAL É A DESVANTAGEM DE TER UM GRANDE AMIGO NA FAMÍLIA? 61

Atividade complementar Definição de amigo Organize os estudantes em trios, releia com a turma o texto introdutório desta página e pergunte: O que é um amigo? Permita que todos se expressem, que digam o que entendem por amizade. Peça que digam uns aos outros sua definição e estimule a troca de ideias sobre os diferentes pontos de vista. Depois, solicite que façam desenhos que representem a amizade e, por fim, que troquem os desenhos entre eles, presenteando os colegas do trio.

Resposta pessoal. É importante atentar aos argumentos elaborados pelos estudantes e a eventuais desconfortos que demonstrem. A atividade sugere que cada um pense em adultos como amigos, mas pode ser que os estudantes citem os primos da mesma faixa etária. Nesse caso, é possível estimulá-los para que pensem também se os adultos familiares podem ser amigos. Se necessário, explique as palavras do enunciado. Espera-se que os estudantes identifiquem que é positivo ter amigos com laços familiares pela proximidade. As respostas vão variar de acordo com as diferentes configurações familiares. Habilidade

trabalhada:

EF01HI02

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AMIGOS NA ESCOLA

Converse com os estudantes sobre as amizades no ambiente escolar. Questione se alguns deles já eram amigos, já se conheciam? Por que é bom ter amigos na escola? Os amigos ajudam a gente a aprender mais?

NA ESCOLA, É COMUM CRIAR LAÇOS DE AMIZADE COM ALGUNS COLEGAS E FORMAR TURMAS. OS AMIGOS DA TURMA COSTUMAM FAZER VÁRIAS ATIVIDADES JUNTOS: CONVERSAM, BRINCAM, FAZEM A LIÇÃO. FERNANDO FAVORETTO/CRIAR IMAGEM

Orientações

Comente que as pessoas têm personalidades diferentes; por isso, alguns têm mais facilidade para fazer novas amizades, enquanto outros são mais tímidos. Tenha cuidado para não hierarquizar a diferença. Habilidades trabalhadas: EF01HI02

EF01HI04

ALGUMAS AMIZADES QUE SE FORMAM NA ESCOLA QUANDO SOMOS CRIANÇAS PERMANECEM POR TODA A VIDA.

ÀS VEZES, OS AMIGOS DA ESCOLA TÊM OS MESMOS GOSTOS E PREFERÊNCIAS. OUTRAS VEZES, ELES SÃO BEM DIFERENTES E VIVEM BRIGANDO POR QUALQUER COISA... MAS CONTINUAM AMIGOS! NA ESCOLA, APRENDEMOS QUE CADA PESSOA É ÚNICA. SER ÚNICO SIGNIFICA TER GOSTOS PESSOAIS, COMO MÚSICAS, BRINCADEIRAS E COMIDAS FAVORITAS, E UM JEITO PRÓPRIO DE VIVER AS EMOÇÕES, COMO GOSTAR OU NÃO DE SER CHAMADO PELO NOME OU PELO APELIDO. A ESCOLA É O PRIMEIRO LUGAR ONDE TEMOS A OPORTUNIDADE DE CONVIVER COM GRANDE DIVERSIDADE DE PESSOAS, CADA UMA COM SUAS CARACTERÍSTICAS, SEUS GOSTOS PESSOAIS E SEU JEITO DE SER. VEJA ALGUNS EXEMPLOS. 62

Atividade complementar

Como fazer a dinâmica:

Amizade e lealdade Explique aos estudantes que a lealdade fortalece os vínculos nos relacionamentos, especialmente nas amizades. Comente que, para demonstrar isso, eles participarão de uma dinâmica. Material necessário: Vendas para os olhos. Sala ampla ou ambiente fechado – é necessário que o espaço seja amplo.

Organize os estudantes em duplas.

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Cada dupla deve decidir quem terá os olhos vendados e quem será o guia da dupla. Estabeleça algumas atividades para as duplas, como: com os olhos vendados, caminhar determinado percurso desviando de obstáculos, acertar a bola no gol, acertar bolas na cesta de basquete, entre outras atividades a ser determinadas de acordo com o material disponível na escola.


STUDIO ROMANTIC/SHUTTERSTOCK

CLARA TEM BAIXA VISÃO. POR ISSO, ELA USA ÓCULOS E SE SENTA PERTO DA LOUSA. OLESIA BILKEI/SHUTTERSTOCK

FERNANDO FAVORETTO/CRIAR IMAGEM

MARCOS TEM DIABETES. POR ISSO, ELE PRECISA ESCOLHER BEM O QUE VAI COMER NA HORA DO RECREIO.

LUCAS TEM DIFICULDADE EM SE CONCENTRAR E PRECISA SEGUIR UMA ROTINA. ELE NÃO ENTENDE PIADAS E DEMORA A CONFIAR NAS PESSOAS, MAS, QUANDO CONFIA, É UM EXCELENTE AMIGO!

FAZER AMIZADE É ACEITAR A OUTRA PESSOA COMO ELA É. É CONHECER E RESPEITAR OS GOSTOS, AS EMOÇÕES E AS CARACTERÍSTICAS DO AMIGO. 63

O estudante que tem os olhos vendados será orientado pelo colega de dupla que tem plena visão. Este, por sua vez, deve se responsabilizar pelo colega e auxiliá-lo na orientação, estando sempre ao seu lado, mas sem tocá-lo. A dupla deve cumprir todas as atividades previamente estabelecidas. Após o cumprimento das atividades, peça aos estudantes que invertam os papéis. Finalizada a dinâmica, converse com a turma levantando as seguintes questões: • Qual é a importância da confiança em uma relação de amizade? • Qual é o valor do outro em nossa vida? Habilidade trabalhada: E F 0 1 H I 0 2 63


Orientações Peça aos estudantes que escrevam o número que representa a quantidade de amigos que têm. Mas cuide para não instaurar um ambiente de competitividade sobre quem tem mais amigos. Procure acolher aqueles que dizem não ter amigos, estimulando todos a estabelecer laços de companheirismo.

1 PENSE NA AMIZADE QUE VOCÊ TEM COM OS COLEGAS NA ESCOLA. RESPONDA: Respostas pessoais.

A) VOCÊ TEM AMIGOS NA ESCOLA? SIM. QUANTOS? NÃO. POR QUÊ?

B) QUANDO HÁ ESTUDANTES NOVOS NA ESCOLA OU NA TURMA, COMO VOCÊ COSTUMA AGIR EM RELAÇÃO A ELES? PROCURO CONHECÊ-LOS, CHAMO PARA BRINCAR, TENTO FICAR AMIGO LOGO. FICO MEIO AFASTADO, ESPERO QUE ELES SE APROXIMEM PARA FALAR COMIGO. TENTO NÃO ME APROXIMAR. NÃO GOSTO DE CONHECER OUTRAS PESSOAS.

A resposta é pessoal e vai variar de acordo com a personalidade de cada estudante.

C) ANALISANDO A SUA RESPOSTA DO ITEM B, VOCÊ SE CONSIDERA: UMA PESSOA TÍMIDA. UMA PESSOA COM FACILIDADE EM FAZER AMIZADES. 2 ÀS VEZES, UM DE NOSSOS COLEGAS PODE PASSAR POR UM PROBLEMA

TEMPORÁRIO. IMAGINE QUE UM COLEGA DA TURMA TENHA QUEBRADO O PÉ AO CAIR DE BICICLETA E PRECISOU IMOBILIZÁ-LO. PROPONHA FORMAS DE AJUDAR ESSE AMIGO NO AMBIENTE ESCOLAR. GORODENKOFF/SHUTTERSTOCK

Resposta pessoal. Peça aos estudantes que justifiquem sua resposta oralmente e ajude-os a perceber que, independentemente de se portar de forma tímida, a escola é um ambiente seguro para construir laços de afeto.

Avaliação Por meio das respostas dadas nesta atividade, é possível compreender se os estudantes estão conseguindo se apropriar do conceito de amizade e a função social que um amigo ocupa em nossa vida. Incentive a turma a propor soluções de conflito, atentando para o fato de que a solução não pode ser negativa nem aos outros nem a si próprio. Caso julgue oportuno, escreva na lousa frases sobre as soluções de conflitos elaboradas coletivamente. Habilidade EF01HI04

trabalhada:

Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes respondam que podem ajudar o colega a se movimentar na sala de aula e com algumas atividades, carregar o material escolar do colega, entre outras possibilidades.

3 VOCÊ TEM UMA TURMA DE AMIGOS NA ESCOLA? A SUA TURMA E AS OUTRAS SE DÃO

BEM OU É COMUM HAVER CONFLITOS? COMO VOCÊ E OS COLEGAS COSTUMAM RESOLVER OS CONFLITOS? CONVERSE COM OS COLEGAS DA TURMA E O PROFESSOR SOBRE ESSE ASSUNTO. Resposta pessoal. 64

Atividade complementar Perguntas malucas Para incentivar o espírito de coletividade, empatia e ludicidade, proponha à turma a brincadeira das perguntas malucas. Para isso, siga as orientações: 1. Escreva o nome de diferentes animais em pedados de papel sulfite. 2. Cada participante deve sortear um pedaço de papel com um nome de animal. 3. Na sequência, o estudante que sorteou o papel deve colá-lo na testa de um dos colegas, sem deixar que este veja o que está escrito. Ou seja, todos os jogadores terão um papel colado na testa, sem saber qual animal está registrado nele.

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Orientações

VOCÊ SABIA QUE MUITAS PESSOAS GOSTAM DE COMEMORAR O ANIVERSÁRIO? ESSA É UMA COMEMORAÇÃO QUE CHAMAMOS DE PESSOAL, PORQUE ELA É IMPORTANTE PARA O ANIVERSARIANTE, PARA A FAMÍLIA E PARA OS AMIGOS DELE. EM MUITOS LUGARES, O ANIVERSÁRIO É COMEMORADO COM UM BOLO, CANTANDO A CANÇÃO “PARABÉNS A VOCÊ” E ASSOPRANDO UMA VELA. ESSA FORMA DE COMEMORAR O ANIVERSÁRIO É BASTANTE COMUM NO LUCIANA ADORA ASSOPRAR A VELA DE ANIVERSÁRIO DELA! NOSSO PAÍS. MAS TANTO NO BRASIL COMO EM OUTROS PAÍSES HÁ FAMÍLIAS QUE NÃO COMEMORAM OS ANIVERSÁRIOS, POIS ESSA FESTA NÃO FAZ PARTE DA CULTURA DELAS.

Mencione ao grupo que festividades são oportunidades de gerar registros, por exemplo, por meio de fotografias e vídeos. Se julgar possível e oportuno, peça aos estudantes que tragam uma fotografia de algum aniversário antigo ou alguma outra comemoração. No dia combinado, peça a cada um que mostre a fotografia que trouxe e conte à turma suas memórias tanto do dia do evento como nesse período da vida. Caso a fotografia seja de uma idade muito distante, como 1, 2 ou 3 anos, peça ao estudante que conte o que sabe sobre como ele era, do que gostava, do que brincava e como agia nesse período.

MONKEY BUSINESS IMAGES/SHUTTERSTOCK

ANIVERSÁRIO ENTRE AMIGOS

1 LEIA O TEXTO E FAÇA O QUE SE PEDE.

Habilidades trabalhadas: EF01HI01

EF01HI02

ANIVERSÁRIO HOJE EU SINTO QUE CRESCI BASTANTE HOJE EU SINTO QUE ESTOU MUITO GRANDE SINTO MESMO QUE SOU UM GIGANTE DO TAMANHO DE UM ELEFANTE É QUE HOJE É MEU ANIVERSÁRIO E QUANDO CHEGA MEU ANIVERSÁRIO EU ME SINTO BEM MAIOR, BEM MAIOR, BEM MAIOR, BEM MAIOR DO QUE EU ERA ANTES. ANIVERSÁRIO, DE LUIZ TATIT E PAULO TATIT. EM: CANÇÕES DE BRINCAR, PALAVRA CANTADA, 1996.

A) GRIFE NO TEXTO PALAVRAS QUE MOSTRAM COMO O PERSONAGEM SE SENTE NO DIA DO ANIVERSÁRIO. 65

4. Com a intenção de descobrir qual animal está registrado no papel em sua testa, o estudante deve fazer perguntas ao colega; entre elas podemos citar: Tenho quatro patas? Tenho penas? Tenho pelos? Sei nadar? etc. 5. Explique à turma que as respostas só podem ser respondidas com sim ou não. 6. Cada participante pode fazer uma pergunta por rodada para tentar adivinhar de que bicho se trata. Se não conseguir adivinhar, ele deve esperar a sua vez para fazer uma nova pergunta. 7. Caso esteja muito difícil, autorize o colega a dar uma pista, como emitir o som característico do animal. Ao final, ressalte a importância do trabalho colaborativo para conseguir alcançar o resultado desejado, no caso descobrir o nome do animal. Comente que na realidade também precisamos de ajuda para conquistar nossos objetivos. 65


B) COMO VOCÊ COSTUMA SE SENTIR NO DIA DO SEU ANIVERSÁRIO?

Orientações

Resposta pessoal.

C) ALÉM DE CRESCER EM TAMANHO, O QUE MAIS VOCÊ PERCEBE QUE MUDOU EM pessoal. Os estudantes podem indicar qualquer VOCÊ DESDE O SEU ÚLTIMO ANIVERSÁRIO? Resposta conquista pessoal, como ter aprendido a ler, andar de

bicicleta ou ter perdido um dente de leite, entre outros. 2 LEIA O POEMA SOBRE UMA FESTA DE ANIVERSÁRIO.

FESTA DE CRIANÇA UMA FESTA DE CRIANÇA PODE TER SORVETE E PIPOCA, [...] BOLO ENFEITADO, VELINHAS, BRINDES, LEMBRANCINHAS, [...] TUDO ISSO É MUITO LEGAL, EU SEI, É SENSACIONAL!!! MAS NADA DISSO É ESSENCIAL, NADA É FUNDAMENTAL! O QUE TEM REALMENTE IMPORTÂNCIA NUMA FESTA DE CRIANÇA, [...] É A PRESENÇA DOS AMIGOS – AMIGOS! AMIGOS! AMIGOS! – PRA ENFRENTAR OS PERIGOS, [...] CANTAR, ZOAR, FAZER LAMBANÇA, ISSO É QUE GERA A DIFERENÇA DUMA FESTA FELIZ DE CRIANÇA!

VECTOR STOCK/SHUTTERSTOCK

É possível que você tenha em sala de aula algum estudante que fique mais sensível no dia do próprio aniversário, pois a data pode estar atrelada a alguma memória de perda, como falecimento, divórcio entre outras. Também é possível que, em razão de suas crenças, alguns estudantes não comemorem a data do próprio aniversário. Nessas situações é importante tratar o tema com naturalidade e acolher as mais diversas falas, promovendo o respeito e a solidariedade.

HOJE É DIA DE FESTA, DE RICARDO DA CUNHA LIMA E OUTROS. SÃO PAULO: COMPANHIA DAS LETRINHAS, 2006. P. 18-19.

A) VOCÊ CONCORDA COM O TRECHO DO TEXTO QUE ESTÁ DESTACADO? Resposta pessoal. SIM. POR QUÊ? NÃO. POR QUÊ? B) VOCÊ JÁ IMAGINOU COMO SERIA UMA FESTA DE CRIANÇA SEM NENHUM AMIGO PARA BRINCAR E SE DIVERTIR? COMO VOCÊ ACHA QUE SERIA UMA FESTA ASSIM? CONTE AOS COLEGAS E ESCUTE O QUE ELES PENSAM SOBRE O ASSUNTO. Resposta pessoal.

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2 AMIGOS DE LONGE E DIFERENTES

Orientações

ÀS VEZES, ALGUM AMIGO MUDA DE ESCOLA OU DE ENDEREÇO E FICA DIFÍCIL ENCONTRAR, BRINCAR COM ELE E CONVERSAR. 1 LEIA O TEXTO E VEJA COMO ALGUMAS CRIANÇAS RESOLVERAM ESSE PROBLEMA. ULISSES FIGUEIREDO/YAN

VIRTUAIS, MAS NEM TANTO AMIGO QUE É AMIGO FAZ TUDO JUNTO: VAI AO CINEMA, AO CLUBE E ATÉ DORME NA CASA UM DO OUTRO. MAS, COMO NEM SEMPRE DÁ PARA ESTAR PERTO, TEM GENTE QUE “CARREGA” O COLEGA PARA TODO LADO DENTRO DO COMPUTADOR. É O AMIGÃO (QUASE) VIRTUAL, QUE NÃO É SÓ AQUELE QUE A GENTE CONHECE PELA INTERNET [...]. ELE TAMBÉM PODE SER QUEM MUDOU DE ESCOLA OU DE CIDADE E MANTÉM CONTATO PELA INTERNET.

Faça a leitura do texto em voz alta e converse com a turma sobre as principais características das amizades virtuais. Questione aos estudantes se eles têm amigos que conheceram no meio virtual. Incentiveos a contar o que compartilham no mundo virtual. Incentive os estudantes a falar sobre suas experiências de afastamento de pessoas queridas, por exemplo, quando passam as férias longe dos amigos, quando se mudam de casa, quando se está doente, em repouso, entre outras possibilidades. Partilhe também histórias suas. Saber alguns fatos da vida do professor estreita os laços de confiança e a sensação de pertencimento.

VIRTUAIS, MAS NEM TANTO, DE CLARICE CARDOSO. FOLHA DE S.PAULO, FOLHINHA, SÃO PAULO, 10 NOV. 2007. DISPONÍVEL EM: https://www1.folha.uol.com.br/ folhinha/dicas/di10110705.htm. ACESSO EM: 8 ABR. 2021.

A) JÁ ACONTECEU DE VOCÊ FICAR LONGE DE UM AMIGO DA FAMÍLIA OU DA ESCOLA POR VÁRIOS DIAS? VOCÊ SE LEMBRA DE QUANTO TEMPO FICARAM SEPARADOS? VOCÊS CONSEGUIRAM MANTER CONTATO? COMO? Resposta pessoal.

Resposta pessoal. Caso alguém marque a resposta “telefone”, esclareça que as conversas por aplicativos de smartphones devem ser consideradas na terceira opção.

B) COMO VOCÊ COSTUMA CONVERSAR COM SEUS AMIGOS? MARQUE X NAS POSSIBILIDADES A SEGUIR. Resposta pessoal. SÓ PESSOALMENTE. PESSOALMENTE E PELO TELEFONE. PESSOALMENTE, PELO TELEFONE E PELA INTERNET. DE OUTRO JEITO. QUAL? C) EXPLIQUE AOS COLEGAS E AO PROFESSOR POR QUE ESSA É A SUA MANEIRA MAIS FREQUENTE DE FALAR COM OS AMIGOS. Resposta pessoal. 67

Para ampliar Crianças e internet Assim como ensinamos as crianças a tomarem cuidado com estranhos na rua, é papel da escola e da família alertar sobre os cuidados necessários na internet. Como no mundo real, os perigos também estão presentes no mundo virtual. Por isso, é preciso acompanhar e orientar as crianças no uso apropriado à faixa etária delas, evitando assim que acessem conteúdos inadequados ou entrem em contato com desconhecidos que possam ser mal intencionados. Oriente os estudantes a nunca enviar fotografias e dados pessoais para pessoas desconhecidas. Esclareça que o ideal é fazer uso da internet sempre com a supervisão de um adulto. Habilidade trabalhada: E F 0 1 H I 0 4

Espera-se que consigam justificar os motivos. Considere que as crianças frequentemente são dependentes dos adultos para acessar os meios de comunicação, bem como para se deslocar até a casa de alguns amigos. Peça aos estudantes que consultem os pais e/ou os responsáveis sobre as questões, a fim de diferenciar a experiência dos adultos da experiência das crianças com a amizade virtual.

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AMIGOS VIRTUAIS

É possível explicar aos estudantes que as tecnologias podem ser muito úteis para incentivar e aprimorar a leitura.

PARA CONSTRUIR NOVAS AMIZADES, É PRECISO TER AFINIDADES, COMO GOSTOS COMUNS OU VIVÊNCIAS COMPARTILHADAS. PODEMOS DESCOBRIR ESSAS AFINIDADES CONVIVENDO COM AS PESSOAS, SEJA NA NOSSA COMUNIDADE PRESENCIAL, DIVERTIR-SE COM OS JOGOS ON-LINE É UMA FORMA DE COMPARTILHAR AFINIDADES. SEJA EM AMBIENTES VIRTUAIS. ATUALMENTE, PELA INTERNET, É POSSÍVEL FAZER E MANTER AMIZADES POR MEIO DE COMUNIDADES VIRTUAIS, COMO AS DE JOGOS OU A DOS COLEGAS DAS SALAS DE AULA ON-LINE. PORÉM, QUANDO UTILIZAMOS O AMBIENTE VIRTUAL, PRECISAMOS TOMAR ALGUNS CUIDADOS, POR EXEMPLO, NUNCA COMPARTILHAR FOTOGRAFIAS COM PESSOAS QUE NÃO CONHECEMOS PRESENCIALMENTE NEM PASSAR O ENDEREÇO OU O NOME DA ESCOLA ONDE ESTUDA. MARIA SYMCHYCH/SHUTTERSTOCK

Caso a escola tenha uma sala multimídia, leve os estudantes e permita que acessem livros e histórias adequadas à faixa etária deles, como os gibis da Turma da Mônica. Para isso, peça que acessem: https://tur madamonica.uol.com.br/home/ (acesso em: 20 jun. 2021).

A TECNOLOGIA AMPLIOU AS NOSSAS FORMAS DE APRENDIZAGEM. PODEMOS FREQUENTAR A ESCOLA DE FORMA PRESENCIAL OU VIRTUAL. 68

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SIAM STOCK/SHUTTERSTOCK

Orientações


FIZKES/SHUTTERSTOCK

PARA AS POSSIBILIDADES QUE AS COMUNIDADES VIRTUAIS OFERECEM, É SEMPRE IMPORTANTE SEGUIR AS ORIENTAÇÕES DE UM ADULTO, QUE PODE SER UM FAMILIAR OU UM PROFESSOR.

Avaliação

AS TECNOLOGIAS PODEM SER USADAS PARA APROXIMAR PESSOAS DAS QUAIS ESTAMOS DISTANTES FISICAMENTE.

Se perceber que nem todos compreendem a importância de manter uma postura de resguardo, não compartilhandofotografias ou dados pessoais e localização com pessoas desconhecidas, reforce essas medidas de segurança. Incentive os estudantes a conversar somente com pessoas da mesma faixa etária e sempre comunicar a um adulto de confiança, como pai, mãe ou responsável, qualquer conversa ou imagem que pareça inapropriada.

1 VOCÊ COSTUMA FREQUENTAR ALGUMA COMUNIDADE VIRTUAL? Resposta pessoal.

SIM.

NÃO.

• EM CASO AFIRMATIVO, O QUE VOCÊ COMPARTILHA NESSE AMBIENTE? Resposta pessoal. 2 NOS AMBIENTES VIRTUAIS É COMUM USARMOS EMOJIS NAS CONVERSAS. PINTE OS

PREMIUMVECTOR/SHUTTERSTOCK

EMOJIS NECESSÁRIOS PARA FORMAR UMA FRASE QUE CONTE ALGO SOBRE VOCÊ. DEPOIS, REGISTRE SUA FRASE. Resposta pessoal.

Por meio da resposta da atividade 1, é possível verificar se os estudantes entenderam as importantes regras de segurança para estabelecer laços em ambientes virtuais.

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Atividade complementar Formando uma comunidade a partir do emojis Com a finalidade de promover os sentimento de grupo e pertencimento, dentro do tema amizade/comunidade, proponha a atividade a seguir. 1. Observe os emojis da página 69 e faça o que se pede. a) Em uma folha avulsa, desenhe o emoji que mais representa você neste momento. b) Busque os colegas que escolheram desenhar o mesmo emoji que você. c) Agora, expliquem à turma por que esse é o emoji que melhor representa vocês neste momento.

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AMIGO DE ESTIMAÇÃO

Leia o texto coletivamente para que os estudantes levantem hipóteses sobre os animais nele citados. Aproveite a oportunidade e faça suspense, incentivando-os a comentar suas hipóteses. Se possível, crie um ambiente lúdico e criativo para que a atividade fique ainda mais divertida e estimule a empatia e a tolerância. Espera-se que os estudantes desenhem um gato e dois cachorros. Converse com a turma sobre as semelhanças e as diferenças entre eles.

VOCÊ SABE O QUE É UM AMIGO DE ESTIMAÇÃO? LEIA O TEXTO E TENTE DESCOBRIR! MEU AMIGO DE ESTIMAÇÃO SE CHAMA TICO. ELE É MEU COMPANHEIRO, VIVE COMIGO NO MEU APARTAMENTO. ELE É MUITO ASSEADO, ESTÁ SEMPRE SE LAMBENDO PARA SE LIMPAR. TENHO TAMBÉM DOIS OUTROS AMIGOS DE ESTIMAÇÃO – O FRED E A FRIDA – QUE NÃO VIVEM COMIGO. ELES SÃO MUITO GRANDES, PRECISAM DE MUITO ESPAÇO E MORAM NO SÍTIO. ELES AJUDAM A GUARDAR O SÍTIO QUANDO EU NÃO ESTOU LÁ E LATEM ALEGRES QUANDO EU CHEGO! TEXTO ELABORADO ESPECIALMENTE PARA ESTA OBRA.

1 JÁ DESCOBRIU QUEM SÃO ESSES AMIGOS DE ESTIMAÇÃO?

A) FAÇA O DESENHO DE COMO VOCÊ IMAGINA ESSES AMIGOS DE ESTIMAÇÃO. B) COMPLETE AS FRASES.

Espera-se que os estudantes mencionem a necessidade de responsabilidade e cuidados relativos aos animais domésticos, como alimentação, saúde, atenção e companhia. Converse com os estudantes sobre outros amigos de estimação que criem e que cuidados requerem. Pode ser interessante informar que a definição da palavra “estima” é “ato ou efeito de estimar, sentimento de carinho ou de apreço em relação a alguém” (Houaiss – Programa digital).

Avaliação Por meio da resposta dada para essa questão, é possível avaliar se os estudantes conseguiram compreender a possibilidade de vincular-se afetivamente aos animais domésticos. É importante verificar a disposição interna das criança de criar vínculos. Em geral, os animais são muito apreciados durante a infância, mesmo por aqueles não têm animal de estimação. Perceba como os estudantes se manifestam perante o tema. Incentivar o afeto pelos animais é parte de ter consciência planetária, o que é útil para incentivar a empatia pelo meio ambiente. 70

ULISSES FIGUEIREDO/YAN

Orientações

O TICO É UM GATO

.

O FRED E A FRIDA SÃO CACHORROS

2 OS ANIMAIS SÃO AMIGOS DIFERENTES. DO QUE ESSES AMIGOS PRECISAM? ELES

CONSEGUEM SE CUIDAR SOZINHOS? COMO DEVEMOS TRATÁ-LOS? Resposta pessoal. 70

.


DE OLHO NAS PISTAS

Orientações ARTE

A atividade desta página busca promover de forma lúdica o direito ao pertencimento. Tal direito abarca o conviver; o brincar; o expressar-se e o conhecer-se. A ideia é possibilitar que os estudantes se sintam parte do próprio processo de desenvolvimento e aprendizagem.

NOSSAS LEMBRANÇAS NOS OBJETOS

KARINA KA

FOTOS/SHU TTE

RSTOCK

APPRECIATE/

ONLYZOIA/SHUTTER STOC

K

SHUTTERSTO

CK

A HISTÓRIA DE CADA PESSOA PODE SER REPRESENTADA POR MEIO DE SUAS MEMÓRIAS. PARA PRESERVAR NOSSAS MEMÓRIAS, PODEMOS COMPARTILHÁ-LAS COM OUTRAS PESSOAS OU REGISTRÁ-LAS EM FOTOGRAFIAS, VÍDEOS E ÁUDIOS. ALGUMAS FAMÍLIAS COSTUMAM FAZER REGISTROS DE ACONTECIMENTOS QUE CONSIDERAM IMPORTANTES, ESPECIALMENTE OS DAS CRIANÇAS, COMO ANIVERSÁRIOS, BATIZADOS, PRIMEIRO DIA DE AULA, VIAGENS DE FÉRIAS, ENTRE OUTROS EVENTOS. ESSES REGISTROS SÃO MARCAS DE ACONTECIMENTOS QUE TRAZEM BOAS LEMBRANÇAS, QUE SÃO COMPARTILHADAS OU RELEMBRADAS QUANDO SE VÊ OU SE USA ESSE OBJETO.

VOCÊ TEM ALGUM OBJETO QUE LHE TRAZ BOAS MEMÓRIAS?

Trabalhar com memória é dar aos estudantes a oportunidade de perceber que a aprendizagem ocorre em situações corriqueiras do dia a dia, de forma integrada, por meio das práticas sociais. É nesse contexto que as experiências trazidas na memória ganham significados, quando são parte de suas relações e suas vivências socioafetivas. Aproveite a oportunidade para incentivar os relatos e acolha as memórias, reais ou fantasiosasdos estudantes. A intenção nesse exercício pedagógico é que o possam se expressar, narrar fatos, encadear ideias, falar da família e do cotidiano. É uma oportunidade para que sejam vistos reconhecidos como alguém que tem o que compartilhar, que suas ideias e suas memórias são importantes para a coletividade. Habilidades trabalhadas:

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EF01HI01

EF01HI02

EF01HI04

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Orientações

HISTÓRIA EM AÇÃO

Promova um ambiente de acolhimento e não permita intolerância ou piadas a respeito de nenhum estudante da turma. Muitas vezes, em um exercício como esse, é possível que alguém mencione de forma desrespeitosa alguma característica de um membro da turma. Para evitar esse tipo de situação, vale uma conversa prévia que ressalte a importância do respeito às características de cada um.

QUE TAL FAZER UM JOGO DE AMIGO-OCULTO USANDO COMO ENIGMA AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS COLEGAS? SIGA AS INSTRUÇÕES DO PROFESSOR.

MATERIAL NECESSÁRIO • TIRAS DE PAPEL COM OS NOMES DOS PARTICIPANTES • CAIXA DE PAPELÃO PARA SERVIR DE URNA • CANETA HIDROGRÁFICA COMO FAZER

Relembre os estudantes de que somos constituídos de uma série de atributos, e os atributos físicos são parte deles, mas não são definem a personalidade de ninguém. Habilidade

1. O PROFESSOR VAI DISTRIBUIR UMA TIRA DE PAPEL A CADA ESTUDANTE DA TURMA. 2. ESCREVA NO PAPEL O SEU NOME E O SEU SOBRENOME. 3. DOBRE O PAPEL E COLOQUE-O NA CAIXA DE PAPELÃO.

trabalhada:

4. O PROFESSOR VAI CHAMAR UM COLEGA POR VEZ PARA FAZER O SORTEIO.

EF01HI02

5. APÓS SORTEAR O PAPEL, O ESTUDANTE DEVE LER, SILENCIOSAMENTE, O NOME QUE ESTÁ REGISTRADO. MEU AMIGO-OCULTO É LOIRO, TEM OLHOS VERDES, GOSTA DE JOGAR FUTEBOL E FAZ ANIVERSÁRIO EM MARÇO!

PATRICK FOTO/SHUTTERSTOCK

6. O ESTUDANTE DEVE DESCREVER AS CARACTERÍSTICAS FÍSICAS, OS GOSTOS PESSOAIS E OUTRAS INFORMAÇÕES DO SEU AMIGO-OCULTO PARA QUE OS COLEGAS POSSAM ADIVINHAR.

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Orientações

7. QUEM SOUBER A RESPOSTA VAI RESPONDER BEM ALTO. 8. QUEM ACERTAR SERÁ O PRÓXIMO A SORTEAR O AMIGO-OCULTO. CASO MAIS DE UMA PESSOA ACERTE, O AMIGO QUE FEZ A DESCRIÇÃO PODERÁ NOMEAR O PRÓXIMO A FAZER O SORTEIO.

AGORA, RESPONDA ÀS PERGUNTAS. As respostas vão depender da 1 VOCÊ ACHOU FÁCIL DESCOBRIR QUEM ERAM OS COLEGAS? experiência do estudante com a atividade.

SIM.

NÃO.

2 QUAL FOI O NOME DO COLEGA QUE VOCÊ DESCOBRIU COM MAIOR FACILIDADE?

• QUAL CARACTERÍSTICA FEZ VOCÊ CHEGAR À CONCLUSÃO CORRETA?

3 NA SUA VEZ DE SER DESCOBERTO, FOI:

RÁPIDO.

DEMORADO.

4 NA SUA OPINIÃO, QUAL CARACTERÍSTICA SUA FOI IMPORTANTE PARA QUE VOCÊ

FOSSE DESCOBERTO? FAÇA UM DESENHO QUE A REPRESENTE.

Trata-se de uma excelente oportunidade para trabalhar a autoestima e a visibilidade dentro do grupo escolar. Promova de forma amistosa e acolhedora a oportunidade de todos mencionarem suas características, ressaltando quanto são importantes – parte da identidade os traços peculiares de cada indivíduo, a riqueza de fenótipos e de personalidades existente no grupo. Ajude-os a integrar suas qualidades e suas características desafiadoras, bem como seus comportamentos. Muitas vezes, o olhar severo e crítico acentua características difíceis; por isso, em vez de ressaltar que um dos estudantes é teimoso, você pode mencionar quanto ele é persistente; é função da família e também da escola contribuir para que os estudantes tenham autoestima e autoimagem positiva.

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JUNTAR SABERES 1 OS AMIGOS E A AMIZADE ESTÃO PRESENTES NA NOSSA VIDA DE VÁRIAS FORMAS. QUER

VER? LEIA AS PERGUNTAS E, COM OS COLEGAS, DESCUBRA AS RESPOSTAS. A) QUEM É “O MELHOR AMIGO DO HOMEM”? De acordo com o ditado popular, é o cachorro (cão).

B) O QUE É AMIGO-SECRETO OU AMIGO-OCULTO? Brincadeira em que um grupo troca presentes por meio de um sorteio. Até o momento da entrega, não se sabe de quem se ganhará o presente.

C) O QUE SIGNIFICA “SER AMIGO ATÉ DEBAIXO DA ÁGUA”? Significa ser amigo em todos os momentos, mesmo nos mais difíceis.

D) O QUE É “AMIGO DA ONÇA”? Uma pessoa que se mostra amiga, mas na qual não se pode confiar, pois é infiel.

2

LEIA ESTE POEMA SOBRE OS AMIGOS DO BAIRRO ONDE A GENTE MORA. Respostas pessoais.

O BRUNO DO PRÉDIO DA FRENTE, O RICARDO DO SÉTIMO ANDAR, O IRMÃO DA LÚCIA DA ESQUINA, O FILHO DO DONO DO BAR.

ONE LINE MAN/SHUTTERSTOCK

AMIGOS DO PEITO O BAIRRO ONDE EU MORO É ASSIM, TEM GENTE DE TUDO QUE É JEITO. PESSOAS QUE SÃO MUITO CHATAS, E UM MONTE DE AMIGOS DO PEITO: O NOME COMPLETO DELES EU NUNCA SEI, OU ESQUEÇO. AMIGO NÃO TEM SOBRENOME: AMIGO TEM ENDEREÇO.

AMIGOS DO PEITO, DE CLÁUDIO THEBAS. BELO HORIZONTE: FORMATO, 1996. P. 13.

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Avaliação formativa As atividades dessa seção podem ajudar a compreender como os estudantes desenvolveram as habilidades propostas, compreendendo diferenças não só no uso da palavra “amigo”, mas também nas diversas relações de amizade que podemos estabelecer nos vários contextos em que vivemos. A turma perceberá que as relações no ambiente doméstico e as externas a ele são diferentes. Em específico, é importante acompanhar a resolução da atividade 4, observando se os estudantes compreenderam a diferença entre os três contextos de relação. Se julgar pertinente, explore a questão, conversando com cada estudante de forma individual e questionando: O que faz essa pessoa especial para você? 74


A) REESCREVA A ESTROFE DESTACADA SUBSTITUINDO OS NOMES DOS PERSONAGENS POR OUTROS DO SEU GRUPO DE AMIGOS.

A realização da atividade depende do nível de escrita da turma. Conduza a atividade da forma que considerar mais adequada à turma. Os estudantes podem fazer listas de características, frases ou palavras. É importante que consigam justificar por que essas são características de um amigo do peito.

B) COMPLETE A FRASE A SEGUIR COM A SUA OPINIÃO.

Reforce que, nesse momento, os estudantes devem escolher apenas um amigo. Fique atento para evitar conflitos entre eles.

AMIGO DO PEITO É

.

3 SOBRE OS AMIGOS DE ESTIMAÇÃO, CONVERSE COM OS COLEGAS A RESPEITO

DAS SEGUINTES QUESTÕES: A) NA SUA OPINIÃO, OS ANIMAIS PODEM SER NOSSOS AMIGOS? EXPLIQUE A SUA RESPOSTA. B) VOCÊ TEM ALGUM AMIGO DE ESTIMAÇÃO? COMO ELE É? POR QUE ELE É SEU AMIGO? C) COMO COMEÇOU A AMIZADE ENTRE VOCÊS? HÁ QUANTO TEMPO VOCÊ TEM ESSE AMIGO? 4 REGISTRE O NOME DAS PESSOAS QUE SÃO IMPORTANTES PARA VOCÊ.

MEU MELHOR AMIGO NA FAMÍLIA.

Resposta pessoal. Espera-se que, de acordo com as leituras e os diálogos anteriores, os estudantes digam que os animais podem ser grandes amigos. É importante atentar para a forma como elaboram suas explicações.

Resposta pessoal.

Resposta pessoal.

Avaliação MEU PRIMEIRO AMIGO NO LUGAR ONDE MORO.

MEU MELHOR AMIGO NA ESCOLA.

Resposta pessoal.

Com base nas respostas da atividade 4, é possível avaliar se os estudantes conseguiram compreender que existem diferentes vínculos de amizade e que eles podem ser construídos em diferentes ambientes.

Resposta pessoal.

5 AGORA, PENSE NOS AMIGOS QUE VOCÊ TEM NA ESCOLA E NOS AMIGOS QUE TEM NA

SUA FAMÍLIA:

• NA SUA OPINIÃO, QUAL É A PRINCIPAL DIFERENÇA ENTRE ESSES AMIGOS? 75

Essa pergunta dará pistas do tipo de apego existente entre o estudante e a pessoa em questão.

Espera-se que os estudantes consigam identificar diferenças entre os amigos de diversos contextos. Eles podem dizer que os da escola não moram juntos, ou que os da família são conhecidos há mais tempo, entre outras situações.

Para finalizar, caso ainda tenha dúvidas sobre a turma ter compreendido a importância dos laços de afeto dos diferentes grupos, peça a cada um deles que conte uma situação, real ou imaginária, na qual ter um amigo ajudaria muito a resolver uma questão importante. Na sequência, pergunte quais dessas questões poderiam ocorrer na escola. É importante verificar se todos compreenderam a escola como um ambiente seguro para o estabelecimento de vínculos, pois o processo de aprendizagem é também uma demanda de afeto e aceitação em ambiente escolar. 75


5

Sobre esta unidade

UNIDADE

A unidade tem como tema central o funcionamento da escola e o papel das pessoas com as quais os estudantes convivem nesse ambiente. Com base na análise de sua escola, eles serão convidados a refletir sobre os diferentes papéis dos funcionários e a importância das regras para o bom funcionamento da instituição. Faz parte desse trabalho analisar de forma comparativa as escolas do presente e as do passado, mais distante e menos distante, no Brasil, para que assim possam entender que a escola é uma instituição viva e que ela se transforma a partir das mudanças ocorridas e experienciadas pela sociedade.

A ESCOLA: HOJE E NO PASSADO

Habilidades trabalhadas: EF01HI03

EF01HI04

EF01HI06

EF01HI08

Proposta pedagógica O tema central desta unidade é a escola do passado e a escola do presente, suas transformações e suas contribuições sociais para a formação de todos os estudantes. Para que pudessem refletir sobre essa importante temática, propusemos textos como “A escola hoje”, “Muitos lugares, diferentes escolas”, “As diferentes escolas brasileiras” e “Os combinados e as regras da escola”. Todo o conteúdo foi pensado para proporcionar a experiência de reflexão e incentivar questionamentos e identificações com a vivência cotidiana. A escola cumpre diversos papéis, pois a sociedade assim exige, e, embora ela se empenhe em corresponder, é preciso trabalhar com os estudantes a compreensão de que a função da escola é socioeducacional e que ela oportuniza chances reais de crescimento cognitivo, cultural e socioemocional. 76

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Objetivos da unidade • • • •

Conhecer sua escola e os direitos ligados à educação. Identificar semelhanças e diferenças entre as escolas do presente e as do passado. Identificar semelhanças e diferenças entre escolas públicas e escolas privadas. Identificar e compreender os combinados que contribuem para o bom funcionamento da instituição escolar. • Entender que as pessoas com diferentes funções, e pertencentes à diferentes grupos exercem importantes papéis na instituição escolar. • Identificar e refletir sobre a função sociocultural da festa em ambiente escolar.


ANEBARONE/YAN

Chame a atenção dos estudantes para os elementos que compõem a ilustração da abertura. Auxilie-os na identificação do local representado na ilustração, dos objetos que o compõem e das pessoas. Solicite que indiquem (ou levantem hipóteses sobre) o papel das pessoas representadas naquele contexto (estudantes, funcionários, professores etc.). Se considerar oportuno, peça que estabeleçam uma comparação entre a ilustração e a escola onde estudam. Aproveite a oportunidade para chamar a atenção para a postura cortês da professora, dando início ao tema da importância dos laços afetivos no ambiente de aprendizado. Peça aos estudantes que tentem se lembrar de como era o cotidiano deles antes de frequentarem a escola. Questione quais foram os ganhos que tiveram a partir do momento que se tornaram estudantes.

PARA COMEÇAR...

Caso sintam dificuldade em elaborar a resposta, relembre os estudantes da importância de fazer novas amizades e aprender conteúdos e experiências novas.

Respostas pessoais.

1. QUANDO VOCÊ COMEÇOU A FREQUENTAR A ESCOLA? 2. VOCÊ SE LEMBRA DE COMO SE SENTIU NO SEU PRIMEIRO DIA NA ESCOLA NESTE ANO? CONVERSE SOBRE ISSO COM OS COLEGAS E O PROFESSOR. PRESTE ATENÇÃO AO QUE CADA UM TEM A CONTAR. 77

Pré-requisitos • Ter compreendido a importância das relações de afeto e confiança. • Ter identificado a escola como um ambiente propício para o estabelecimento e estreitamento de laços afetivos. • Ter compreendido a importância de pertencer a comunidade escolar e com ela contribuir de forma ativa.

Comente com os estudantes que as expectativas de cada um em relação à escola podem provocar reações diferentes quando eles deparam com a realidade escolar. Incentive-os a expressar os sentimentos, lembrando que é natural sentir medo e insegurança nos primeiros dias na escola, pois se trata de um espaço ainda não conhecido (mesmo no caso dos estudantes que tenham vindo da Educação Infantil cujo espaço físico é o mesmo).

77


1 A ESCOLA HOJE

Orientações Converse com o grupo sobre a importância de frequentar à escola. Questione se conhecem alguma criança que esteja privada desse direito. Caso identifique que sim, converse com a coordenação e verifiquem a possibilidade de acionar o conselho tutelar para que a situação seja verificada. A escola tem a função de fazer uma busca ativa por estudantes em sua comunidade. A rede de solidariedade contribui para que todas as crianças tenham condições de usufruir a oportunidade de se escolarizar.

NO BRASIL, TODAS AS CRIANÇAS TÊM O DIREITO DE FREQUENTAR A ESCOLA. NÃO IMPORTA SE MORAM NO CAMPO OU NA CIDADE, SE SÃO RICAS OU POBRES. NÃO IMPORTA SE TÊM ALGUMA DIFICULDADE DE LOCOMOÇÃO, DE VISÃO OU DE AUDIÇÃO. TODAS AS CRIANÇAS DO BRASIL TÊM DIREITO À EDUCAÇÃO ESCOLAR.

APRESENTAM SITUAÇÕES COM AS QUAIS VOCÊ CONCORDA. Resposta pessoal. FAZER AMIGOS

Habilidade

trabalhada:

EF01HI03

Educação em Direitos

78

RIR

APRENDER A RESPEITAR

BRIGAR

CHORAR

CONHECER PESSOAS

APRENDER A DIVIDIR

BRINCAR

ESTUDAR

PENSAR

2 O QUE MAIS VOCÊ FAZ E APRENDE NA ESCOLA QUE NÃO APARECEU NOS QUADROS

ACIMA? CONTE PARA A TURMA. Resposta pessoal. 3 PARA VOCÊ, POR QUE É IMPORTANTE FREQUENTAR A ESCOLA? CONVERSE COM OS

COLEGAS. CONTE A ELES A SUA OPINIÃO E OUÇA A DELES. Converse com os estudantes sobre a importância da escola na formação das crianças. Aprendizagens diversas e conhecimentos adquiridos contribuem para que se tornem adultos capacitados profissionalmente e conscientes de sua atuação na sociedade. Auxilie-os na troca de ideias e na formulação de conclusões. HI

STÓR

IA

Para explicar com maior profundidade o papel da escola na formação do indivíduo, pergunte aos estudantes o que aprenderam na escola e dificilmente teriam aprendido fora do âmbito escolar. Sugira que redijam uma pequena lista dos conhecimentos construídos a partir da experiência escolar.

CRIANÇAS EM ESCOLA MUNICIPAL DE UMBURANAS (BAHIA), 2019.

1 O QUE VOCÊ FAZ E O QUE APRENDE NA ESCOLA? PINTE APENAS OS QUADROS QUE

Anote na lousa as respostas dos estudantes. Ao final, leia todas e chame a atenção da turma para a diversidade de opiniões e a importância de compartilhá-las. Chame a atenção dos estudantes para o fato de que a escola é um ambiente de aprendizados múltiplos, no qual cabe não somente o conhecimento formal, mas também o aprimoramento da forma de viver em comunidade, por exemplo, por meio do respeito à opinião, à cultura e ao fenótipo do outro.

LUCIANA WHITAKER/PULSAR IMAGENS

Explique aos estudantes como é o espaço rural (campo) e o espaço urbano (cidade). Neste momento, eles precisam apenas ter noção das diferenças entre os dois espaços. Esses conceitos serão tratados adiante.

LIVRO

• A FORMIGADINHA, DE ROSSANA RAMOS. SÃO PAULO: CORTEZ, 2012. NO LIVRO VOCÊ VAI CONHECER UMA FORMIGUINHA QUE NÃO SE ADAPTAVA A NENHUMA ESCOLA. OS PAIS PENSAVAM QUE O PROBLEMA ERA DA FILHA. MAS A AVÓ, MUITO ESPERTA, ACHOU QUE O PROBLEMA PODIA SER DA ESCOLA. 78

Humanos – O direito à educação O texto desta página traz uma importante informação para os estudantes, o fato de a educação ser um direito. Aproveite a oportunidade e comente com eles que esse direito é assegurado pela Constituição. No documento promulgado em 1967, já consta no artigo 168 que “A educação é direito de todos e será dada no lar e na escola”, e nossa atual Constituição afirma que a educação é direito de todos os cidadãos brasileiros. O Estado, portanto, tem o dever de criar e manter escolas em todo o território nacional. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), de 1990, por meio do artigo 4, prevê que o Estado e as famílias devem prover e assegurar a entrada e a permanência de todas as crianças e adolescentes na escola, como prioridade absoluta.


MINHA ESCOLA ESTA PARTE DO LIVRO É VOCÊ QUEM VAI ESCREVER. VOCÊ VAI FALAR DA SUA ESCOLA, DAS PESSOAS QUE A FREQUENTAM (ESTUDANTES E TRABALHADORES), DO QUE VOCÊS FAZEM, E MUITO MAIS. SE VOCÊ NÃO SOUBER ALGUMA RESPOSTA, CONVERSE COM ESTUDANTES QUE FREQUENTAM A ESCOLA HÁ MAIS TEMPO QUE VOCÊ, COM PROFESSORES E COM OUTROS TRABALHADORES. 1 COMPLETE A FICHA A SEGUIR. Respostas pessoais.

DADOS SOBRE A ESCOLA NOME DA ESCOLA: ENDEREÇO: BAIRRO:

Habilidades trabalhadas:

CIDADE:

EF01HI04

ESTADO:

ENSINO FUNDAMENTAL

ENSINO MÉDIO

DADOS SOBRE SUA TURMA NOME DO PROFESSOR: ANO:

EF01HI06

Comente com os estudantes que as escolas no Brasil podem ter realidades muito diferentes. Peça a eles que relatem se conhecem alguém que estuda em uma escola diferente da deles.

SEGMENTOS DE ENSINO NA ESCOLA: EDUCAÇÃO INFANTIL

Escreva na lousa os dados que os estudantes não souberem e peça que completem a ficha. No entanto, incentive-os a tentar conseguir essas informações conversando com outros estudantes, funcionários e professores. Caso tenham dúvidas sobre determinados aspectos, por exemplo, sobre os segmentos educacionais, explique brevemente a organização educacional atual (Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio, Ensino Profissionalizante e Ensino Superior).

NÚMERO DE ESTUDANTES DA TURMA:

Habilidade

trabalhada:

EF01HI04

2 CONVERSE COM OS COLEGAS E O PROFESSOR E RESPONDA: Respostas pessoais.

A) SUA ESCOLA FICA NO CAMPO OU NA CIDADE? B) ELA É GRANDE OU PEQUENA? HÁ MUITAS SALAS DE AULA? QUE OUTROS TIPOS DE SALA EXISTEM? C) NA ESCOLA TRABALHAM MUITAS PESSOAS? COMO ELAS SE CHAMAM? O QUE FAZEM? D) HÁ MUITOS ALUNOS NA ESCOLA? COMO ELES SE RELACIONAM? E) QUAIS ATIVIDADES FAZEMOS NA ESCOLA, ALÉM DE ASSISTIR ÀS AULAS? 79

Atividade complementar Conhecendo a escola Se a turma ainda não realizou uma visita de reconhecimento do espaço físico da escola, aproveite esse momento para realizar essa atividade. Apresente aos estudantes as dependências da escola que geralmente são espaços de circulação deles, como banheiros, vestiários, pátio, jardim, refeitório, quadra, salas de aula, laboratórios, sala de informática e biblioteca. Aproveite também para apresentar os espaços que são mais restritos aos estudantes, como a secretaria, a coordenação e a direção. Essa visita técnica permitirá que tenham maior

domínio do espaço físico da escola, além de mostrar que estão sendo acolhidos e que a escola é um lugar deles também. Essa atividade pode servir de sensibilização para a realização das atividades da página 80. Permita que os estudantes conversem com os funcionários que trabalham nos diferentes ambientes e funções, estimule os laços afetivo, deixe que façam perguntas e levantem hipóteses sobre a função e o funcionamento de diferentes departamentos. O sentimento de pertencimento só é possível quando se tem experiências de vivências profundas com o grupo ou o ambiente. 79


Você pode ajudar os estudantes incentivando-os a se recordarem da expedição que fizeram pelos ambientes da escola. É possível que não saibam todas as regras dos diferentes ambientes e departamentos. Caso identifique essa dificuldade, explique a função do local e peça que elaborem hipóteses sobre as normas e as regras para o funcionamento desse espaço.

3 CONTORNE NO QUADRO DE PALAVRAS OS AMBIENTES QUE EXISTEM NA SUA ESCOLA.

QUADRA DE ESPORTES SALA DE INFORMÁTICA PISCINA

PARQUE

SALA DE AULA

BRINQUEDOTECA HORTA

CANTINA

SECRETARIA

DIRETORIA PÁTIO

ALMOXARIFADO

QUADRA DE ESPORTES

AGORA, RESPONDA. DOS AMBIENTES DA SUA ESCOLA: A) QUAIS SÃO DESTINADOS À DIVERSÃO?

Avaliação

Resposta de acordo com os ambientes disponíveis na escola.

Com base nas respostas da atividade 3, você pode identificar e aferir quanto os estudantes compreenderam a função dos diferentes ambientes da instituição escolar; por meio dessas respostas, é possível identificar se existem estudantes pouco ambientados; nesse caso, se possível, trabalhe de forma paralela, para que se sintam mais seguros em explorar os ambientes e se apropriar do espaço como ambiente público e social. Habilidade

TEATRO

BIBLIOTECA

B) QUAIS TÊM MAIS REGRAS DE UTILIZAÇÃO? Resposta de acordo com os ambientes disponíveis na escola.

C) QUAIS SÃO DESTINADOS APENAS AOS TRABALHADORES DA ESCOLA? Resposta de acordo com os ambientes disponíveis na escola.

4 DESEMBARALHE AS SÍLABAS E DESCUBRA A QUE AMBIENTE DA ESCOLA CADA UM DOS

ESTUDANTES PRECISA IR. A) ANGELA PRECISA DEVOLVER UM LIVRO QUE PEGOU EMPRESTADO.

trabalhada:

CA – O – BLI – BI – TE

EF01HI04

Biblioteca.

B) CELSO PRECISA CONVERSAR COM A DIRETORA. TO – RE – RI – DI – A Diretoria. 80

Atividade complementar Saudades da escola Promova uma oportunidade para que os estudantes possam reconhecer a importância social e afetiva da escola em seu cotidiano. Para isso, proponha que façam uma pequena lista enumerando as atividades, as experiências e as situações que mais sentiram falta de vivenciar no período de fechamento das escolas durante a pandemia da covid-19. Colete as informações e faça uma tabela na lousa. Identifique os registros semelhantes e as percepções e saudades diferentes. Na sequência, proponha a construção de um texto coletivo que reflita a experiência da turma. Quando o texto estiver pronto, façam uma leitura coletiva e proponha a produção de um cartaz que poderá ficar exposto no mural da sala de aula.

80


2 MUITOS LUGARES, DIFERENTES ESCOLAS

EDMUND SUMNER-VIEW/ALAMY STOCK PHOTO/FOTOARENA

A ESCOLA TEM FUNÇÕES MUITO IMPORTANTES, POR EXEMPLO, NOS ENSINAR A CONVIVER COM PESSOAS QUE NÃO SÃO DA NOSSA FAMÍLIA E CONTEÚDOS QUE CHAMAMOS DE FORMAIS, COMO LÍNGUA PORTUGUESA E MATEMÁTICA. A ESCOLA FAZ PARTE DA SOCIEDADE, POR ISSO TEM CARACTERÍSTICAS QUE VARIAM DE ACORDO COM OS COSTUMES, OS HÁBITOS E OS VALORES DAS PESSOAS QUE VIVEM NO LUGAR ONDE ELA SE ENCONTRA. ESSE CONJUNTO DE CARACTERÍSTICAS RECEBE O NOME DE CULTURA LOCAL. VEJA ALGUNS EXEMPLOS DE ESCOLAS E SUAS CULTURAS LOCAIS. A MAKOKO FLOATING SCHOOL FICA NA NIGÉRIA, UM PAÍS AFRICANO. NESSA ESCOLA HÁ ESTUDANTES DE DIFERENTES IDADES. O PRÉDIO FOI CONSTRUÍDO PARA CONVIVER COM O AUMENTO DOS NÍVEIS DE ÁGUA, POIS NESSA REGIÃO OCORREM MUITAS CHEIAS. MAKOTO FLOATING SCHOOL, EM A ESCOLA FUJI-KINDERGARTEN, LAGOS, NIGÉRIA. NO JAPÃO, FOI CONSTRUÍDA PARA INCENTIVAR O INTERESSE PELA AGRICULTURA E PELAS CIÊNCIAS NATURAIS. POR ISSO, TEM UMA HORTA E UMA PEQUENA FAZENDA. VIU QUANTAS ESCOLAS DIFERENTES? E ESSAS SÃO APENAS ALGUMAS DAS ESCOLAS QUE EXISTEM NO MUNDO. FUJI-KINDERGARTEN, EM TÓQUIO, JAPÃO.

MOHAMMED ELSHAMY/ANADOLU AGENCY/AFP

Orientações Explique aos estudantes que a escola é parte de uma cultura e é bastante comum que ela reflita e tenha características da localidade onde está inserida. Esclareça a importância dessas especificidades por meio dos exemplos aqui trabalhados. Chame a atenção para a importância de a Makoko Floating School ter uma engenharia voltada a driblar as enchentes; leve-os à reflexão de que, se não fosse assim, a escola poderia ser inundada e oferecer risco de acidentes aos estudantes. Também chama a atenção para o fato de a escola Fuji-Kindergarten ter características que buscam incentivar o interesse pelas ciências da natureza; conte aos estudantes que a escola cada vez mais cumpre a função de trazer soluções de bem-estar para a comunidade e fomentar a criatividade para a resolução de problemas socioambientais. Habilidade

trabalhada:

EF01HI04

81

Para o professor YOUSAFZAI, Malala; LAMB, Christina. Eu sou Malala. São Paulo: Companhia das Letras, 2015. A paquistanesa Malala tinha 16 anos quando o Talibã tomou o controle da região onde sua família vivia. O grupo extremista proibiu que as meninas fossem à escola e continuassem seus estudos. Malala, porém, lutou pelo seu direito e continuou os estudos. Como represália, foi baleada quando retornava da escola.

81


Incentive os estudantes a relatar o que sabem, compartilhando suas experiências e suas vivências. Estimule-os a falar de escolas que se localizam em lugares distintos e são diferentes daquelas que a maioria deles conhece. Por exemplo, se a escola em que estudam é pequena, incentive-os a falar a respeito de outras que sejam grandes, com muitas salas e estudantes, ou vice-versa. Dê-lhes tempo para registrar suas opiniões e suas conclusões. Esse exercício de verificar as características de alguns espaços escolares, incluindo a escola onde eles estudam, auxilia na compreensão das particularidades e das semelhanças entre os projetos educativos. Habilidade EF01HI04

AS DIFERENTES ESCOLAS BRASILEIRAS NO BRASIL HÁ MUITOS LUGARES DIFERENTES UNS DOS OUTROS. AS ESCOLAS TAMBÉM PODEM SER DIFERENTES, DE ACORDO COM O LUGAR ONDE ESTÃO LOCALIZADAS, O JEITO COMO FUNCIONAM E OS ESTUDANTES QUE AS FREQUENTAM. EXISTEM ESCOLAS PÚBLICAS, OU SEJA, QUE SÃO ADMINISTRADAS PELO GOVERNO. HÁ TAMBÉM ESCOLAS PARTICULARES, ISTO É, QUE PERTENCEM A UMA PESSOA OU A UMA INSTITUIÇÃO. VEJA NA FOTOGRAFIA ABAIXO UM EXEMPLO DE ESCOLA. LUCIOLA ZVARICK/PULSAR IMAGENS

Observe se os estudantes identificam o tipo correto de escola em que estudam. Caso não consigam, retome o que foi estudado na página anterior. Você pode pedir que eles relembrem a expedição que fizeram pelos ambientes escolares e solicitar que puxem pela memória as características identificaram durante a atividade de reconhecimento do ambiente.

ESCOLA NA ALDEIA WAURÁ, NO PARQUE INDÍGENA DO XINGU. GAÚCHA DO NORTE (MATO GROSSO), 2019. 1 PENSE EM COMO É A SUA ESCOLA E MARQUE X NA OPÇÃO CORRETA. Resposta pessoal.

A)

A SUA ESCOLA É IGUAL OU PARECIDA COM A DA FOTOGRAFIA.

B)

A SUA ESCOLA É BEM DIFERENTE DA ESCOLA DA FOTOGRAFIA.

trabalhada: 2 VOCÊ CONHECE OU JÁ OUVIU FALAR DE ESCOLAS BEM DIFERENTES DA SUA? CONTE

AOS COLEGAS O QUE VOCÊ SABE. Resposta pessoal. 82

Para ampliar Escolas pelo mundo O livro Escolas como a sua: um passeio pelas escolas ao redor do mundo, de Penny Smith e Zahavit Shalev, foi publicado em parceria com a Unicef (São Paulo: Ática, 2014). Pode ser interessante apresentar aos estudantes algumas histórias contidas nesse livro e propor que façam uma página sobre a vida e a escola deles, tendo o livro como modelo ou inspiração.

82


Orientações

OS GOVERNANTES SÃO RESPONSÁVEIS PELA CONSTRUÇÃO DAS ESCOLAS PÚBLICAS. O GOVERNO CONTRATA TRABALHADORES, ASSIM COMO PROVIDENCIA MATERIAIS, LIVROS E ALIMENTOS PARA QUE A ESCOLA FUNCIONE BEM. O CUSTO DE FUNCIONAMENTO DA ESCOLA PÚBLICA É PAGO PELO GOVERNO POR MEIO DO QUE ARRECADA COM IMPOSTOS.

Ao explicar as diferenças e as semelhanças entre as escolas públicas e privadas, mais uma vez, retome com os estudantes a ideia de que comparar não significa julgar que algo seja “melhor” ou “pior”. O objetivo é que os estudantes entendam o que é comum e o que é diferente em cada tipo de escola do presente, no Brasil.

PEDRO PERSINOTTI/PULSAR IMAGENS

ESCOLA PÚBLICA E ESCOLA PRIVADA

GOVERNANTES: PESSOAS QUE DIRIGEM O MUNICÍPIO, O ESTADO OU O PAÍS. IMPOSTOS: CONTRIBUIÇÕES EM DINHEIRO QUE O GOVERNO EXIGE DE CADA PESSOA PARA PAGAR DESPESAS DE INTERESSE DE TODA A POPULAÇÃO. COLÉGIO MUNICIPAL EM MONTE PASCOAL (BAHIA), 2021.

JAIR FERREIRA BELAFACCE/SHUTTERSTOCK

NAS ESCOLAS PRIVADAS, UMA PESSOA OU UMA INSTITUIÇÃO É RESPONSÁVEL PELA CONSTRUÇÃO E PELA ADMINISTRAÇÃO DELA. AS PESSOAS QUE QUEREM QUE SEUS FILHOS ESTUDEM NESSAS ESCOLAS PRECISAM PAGAR POR ESSE ESTUDO.

Explique à turma que os recursos que sustentam a escola pública têm como origem a arrecadação de impostos de todos os cidadãos. Esclareça que tudo o que consumimos gera arrecadação para o Estado, e essa característica faz dessa instituição um bem comum a toda a sociedade brasileira. Comente a importância social de uma instituição que visa ao bem-estar social de todas as crianças, independentemente de características socioeconômicas.

ESCOLA PRIVADA EM PITANGA (PARANÁ), 2020. 83

Para ampliar Com que letra começa? Proponha aos estudantes uma brincadeira que contribui para a aquisição de mais conhecimento sobre os diferentes ambientes da escola e para a inserção deles no mundo das letras. Leve os estudantes para passear no pátio da escola e peça que observem os objetos ao redor. Ao retornar para a sala de aula, peça aos estudantes que observem os objetos que estão no trajeto do passeio e a função de cada um deles. Na sala de aula, peça aos estudantes que citem o nome de cada objeto e digam com que letra começa. Essa atividade estimula a concentração e contribui para o processo de alfabetização.

83


Ajude os estudantes a planejar as entrevistas. Organizeos em grupos, de modo que cada grupo tenha mais ou menos o mesmo número de estudantes. Converse previamente com os profissionais da escola, explicando os objetivos da atividade. Peça aos estudantes que decidam a função de cada um no grupo (quem faz as perguntas, quem anota as respostas, quem grava etc.). Se houver possibilidade, eles podem gravar a entrevista. Lembre-os de agradecer ao funcionário pela conversa. Em seguida, proponha aos grupos que compartilhem com o restante da turma as informações que obtiveram.

1 A ESCOLA ONDE VOCÊ ESTUDA: X

DO MUNICÍPIO

DO ESTADO

DO PAÍS

Resposta de acordo com a escola.

A ESCOLA ONDE VOCÊ ESTUDA É ADMINISTRADA PELO GOVERNO . 3 VOCÊ CONHECE BEM OS TRABALHADORES DA ESCOLA E SABE O QUE FAZEM?

ALÉM DOS PROFESSORES, QUEM SÃO AS PESSOAS QUE CONTRIBUEM PARA A SUA EDUCAÇÃO NA ESCOLA? QUE TAL CONHECÊ-LAS? COM A AJUDA DO PROFESSOR, ORGANIZEM-SE EM GRUPOS PARA FAZER ENTREVISTAS NA ESCOLA. SIGAM AS ORIENTAÇÕES ABAIXO. Respostas pessoais.

• CADA GRUPO DEVE ENTREVISTAR UM TRABALHADOR. COMBINEM PARA QUE NÃO SEJAM FEITAS ENTREVISTAS REPETIDAS.

• CONVERSE COM OS MEMBROS DO SEU GRUPO

SOBRE AS INFORMAÇÕES QUE DESEJAM SABER DO TRABALHADOR.

EF01HI06

• PEÇAM AJUDA AO PROFESSOR PARA ESCREVER

AS PERGUNTAS. VOCÊS PODEM PERGUNTAR, POR EXEMPLO, HÁ QUANTO TEMPO ESSA PESSOA TRABALHA NA ESCOLA, QUAIS TAREFAS REALIZA, DO QUE MAIS GOSTA NA ESCOLA, QUE MEIO DE TRANSPORTE UTILIZA PARA CHEGAR À ESCOLA, O QUE COSTUMA FAZER QUANDO NÃO ESTÁ TRABALHANDO.

Avaliação Com base nas respostas da atividade 2, é possível avaliar se os estudantes deram conta da abstração peculiar ao tema. Caso perceba equívoco conceitual, retome o conteúdo, mas sem excesso, pois esses temas serão retomados no 3o ano. Trata-se de proporcionar o aprendizado em espiral, voltando várias vezes ao mesmo tema, porém sempre com um pouco mais de aprofundamento.

• COM A AJUDA DO PROFESSOR, AGENDEM A DATA E O HORÁRIO DA ENTREVISTA PARA NÃO ATRAPALHAR O TRABALHO DESSA PESSOA.

A) ESCREVA O NOME E A FUNÇÃO DA PESSOA QUE VOCÊ ENTREVISTOU. B) CONTE AOS COLEGAS AS DESCOBERTAS QUE O GRUPO FEZ.

84

84

É PRIVADA.

2 COMPLETE A FRASE A SEGUIR USANDO UMA DAS EXPRESSÕES DOS QUADROS.

Habilidades trabalhadas: EF01HI03

É PÚBLICA.


3 OS COMBINADOS E AS REGRAS DA ESCOLA

Orientações

CADA PESSOA TEM UM JEITO DE SER E DE PENSAR. POR ISSO, UMA ESCOLA PRECISA DE REGRAS E DE COMBINADOS ENTRE AS PESSOAS QUE DELA FAZEM PARTE. PENSE, POR EXEMPLO, COMO SERIA SE NÃO HOUVESSE HORÁRIOS A SEGUIR, SE CADA ESTUDANTE OU CADA PROFESSOR CHEGASSE À ESCOLA NA HORA QUE QUISESSE. CADA ESCOLA TEM AS PRÓPRIAS REGRAS, MAS ALGUMAS DELAS COSTUMAM VALER PARA QUASE TODAS AS ESCOLAS. LEIA O QUE LÚCIA, DE 8 ANOS, ESCREVEU SOBRE AS REGRAS DA ESCOLA DELA.

1 QUAIS REGRAS DA ESCOLA DE LÚCIA TAMBÉM SÃO REGRAS NA

A atividade aproxima o conteúdo da vivência dos estudantes. Incentive-os a debater sobre o assunto e anote no quadro as ideias que surgirem.

SUA ESCOLA? GRIFE COM LÁPIS DE COR. Resposta pessoal.

Avaliação

2 QUAIS OUTRAS REGRAS EXISTEM NA SUA ESCOLA QUE VALEM

PARA QUALQUER ESCOLA? CONVERSE COM OS COLEGAS. HI

IA

STÓR

Incentive os estudantes a perceber que o convívio é permeado por regras que buscam garantir o bom convívio entre toda a comunidade. A atividade pretende incentivar a compreensão do texto . Antes de pedir aos estudantes que sublinhem as regras, pode-se promover uma conversa coletiva sobre o assunto.

ULISSES FIGUEIREDO/YAN

NA MINHA ESCOLA, A GENTE TEM ESTES COMBINADOS: • IR AO BANHEIRO NO RECREIO PARA EVITAR SAIR DA SALA DURANTE A AULA. • É PRECISO LEVANTAR A MÃO E ESPERAR A SUA VEZ PARA FALAR. NINGUÉM INTERROMPE A FALA DA PROFESSORA OU DO COLEGA. É PRECISO LEVANTAR A MÃO E ESPERAR A SUA VEZ PARA FALAR. • TODO MUNDO PRECISA CHEGAR NA HORA CERTA. • NA BIBLIOTECA, A GENTE LÊ, ESTUDA OU FAZ PESQUISA. NINGUÉM FALA ALTO NEM CORRE.

O objetivo desse conteúdo é incentivar os estudantes a refletir sobre o papel que desempenham na escola, em especial no que se refere às relações estabelecidas com as pessoas e a forma de utilização do espaço.

Resposta pessoal.

LIVRO

• SER CRIANÇA É DIFÍCIL!, DE JENNIFER MOORE-MALLINOS. SÃO PAULO: ESCALA EDUCACIONAL, 2008. A AUTORA CONTA COMO É DIFÍCIL SER CRIANÇA: SEMPRE OBEDECER A REGRAS, SEMPRE TER UM ADULTO PARA DIZER O QUE PODE E O QUE NÃO PODE FAZER. SERÁ QUE É ASSIM MESMO? 85

Com base nas respostas das atividades 1 e 2, é possível avaliar se os estudantes compreendem a importância das regras no ambiente escolar. Caso perceba que não compreendem, retome o diálogo sobre o tema. Compreender a importância de regras e combinados é essencial para que introjetem a lei dentro de si, função que orientará a moral e a ética na vida adulta. Habilidades trabalhadas:

Atividade complementar

EF01HI03

EF01HI04

EF01HI06

As regras da turma Promova uma roda de conversa com os estudantes e proponha que pensem em regras que a turma poderia ter para seu melhor funcionamento. Deixe-os contribuir com suas opiniões livremente e, em seguida, auxilie-os na confecção de um cartaz com as regras que consideram mais importantes. Ajude-os a criar regras simples e possíveis de serem seguidas. O cartaz pode ser fixado na sala de aula.

85


Orientações

COMBINADOS NA FAMÍLIA E NA ESCOLA

Explique aos estudantes que tanto o lar como a escola são ambientes que têm a função de educar e ensinar a viver de forma ética e respeitosa, por isso estabelecem regras e combinados nesse sentido, respeitá-los é importante para aprender a viver em sociedade. Incentive-os a se expressar quando discordam de algum combinado. Por meio do diálogo franco, é possível rever alguns deles para que o ambiente seja inclusivo e saudável.

NA ESCOLA, ONDE CONVIVEMOS COM PESSOAS DIFERENTES, TEMOS DE SEGUIR REGRAS. EM SUA RESIDÊNCIA, COM AS PESSOAS QUE MORAM COM VOCÊ, TAMBÉM DEVE HAVER ALGUMAS REGRAS E COMBINADOS, NÃO É MESMO? TODAS AS PESSOAS – CRIANÇAS E ADULTOS – TÊM REGRAS A SEGUIR NOS LUGARES QUE FREQUENTAM, CONVIVENDO COM AS OUTRAS PESSOAS. VAMOS VER?

trabalhada:

EF01HI03

ILUSTRAÇÕES: ULISSES FIGUEIREDO/YAN

Habilidade

NA ESCOLA, OS ESTUDANTES TÊM DE PRESTAR ATENÇÃO NA AULA E PARTICIPAR DAS ATIVIDADES.

EM CASA, AS CRIANÇAS TÊM DE CUIDAR DO MATERIAL ESCOLAR E MANTER SEUS BRINQUEDOS EM ORDEM.

NA RUA, OS ADULTOS QUE DIRIGEM AUTOMÓVEIS TÊM DE RESPEITAR AS REGRAS DO TRÂNSITO E AGIR COM RESPONSABILIDADE.

86

86


1 AGORA, PENSE NAS ATIVIDADES QUE VOCÊ FAZ DIARIAMENTE NA ESCOLA E EM CASA.

DESENHE ALGO QUE VOCÊ FAZ NA ESCOLA E ALGO QUE VOCÊ FAZ EM CASA. ESCREVA UMA LEGENDA PARA OS SEUS DESENHOS. Resposta pessoal.

NA ESCOLA

EM CASA

Espera-se que os estudantes percebam que as pessoas da convivência deles, além dos familiares, também têm diferentes responsabilidades e funções sociais. Se algum o estudante não tiver habilidades consolidadas com relação à escrita, pode solicitar auxílio à pessoa entrevistada.

2 ESTA TAREFA É PARA FAZER EM CASA! CONVERSE COM ALGUÉM DA SUA FAMÍLIA E

PROCURE SABER ALGO QUE ESSA PESSOA FAZ TODOS OS DIAS QUE SEJA UMA RESPONSABILIDADE DELA EM CASA E NO TRABALHO OU NA ESCOLA. PREENCHA A FICHA A SEGUIR. Resposta pessoal. NOME:

Se considerar oportuno, realize você a atividade: desenhe algo que realiza na escola, além de dar aula, e algo que executa em casa com sua família. O objetivo é que os estudantes percebam que, no dia a dia, assumimos diferentes responsabilidades e papéis sociais, de acordo com a profissão, as relações familiares, a vida social etc.

Habilidades trabalhadas: EF01HI03

EF01HI04

IDADE:

PARENTESCO: ATIVIDADE OU FUNÇÃO DE SUA RESPONSABILIDADE: EM CASA:

NO TRABALHO OU NA ESCOLA:

87

87


4 FESTAS E COMEMORAÇÕES NA ESCOLA

Orientações Explique aos estudantes a relevância das atividades que ocorrem na escola, como as brincadeiras, o recreio, a convivência com os colegas de diferentes idades, as amizades, os passeios pedagógicos etc. Em seguida, explique a importância das festas escolares, destacando que elas são parte do calendário oficial de quase todas as escolas.

O objetivo é que os estudantes diferenciem as datas especiais em sua vida particular de outras datas corriqueiras. Essa atividade visa prepará-los para os conteúdos que serão trabalhados a seguir. É possível que os estudantes mencionem o próprio aniversário como uma data especial. Também podem surgir datas relacionadas a práticas religiosas ou ainda a mudanças significativas na vida dos estudantes. Acolha todas as inferências e faça as intervenções necessárias, sempre tomando cuidado para que o estudante não se sinta constrangido. Habilidades trabalhadas: EF01HI04

88

EF01HI03

EF01HI08

CESAR DINIZ/PULSAR IMAGENS

Conte aos estudantes que as festas são oportunidades de celebração comunitária, pois possibilitam um objetivo comum para a comunidade, por exemplo, uma das funções da festa junina pode ser arrecadar dinheiro para fazer melhorias na escola. Esse caráter coletivo une as pessoas e fortalece os vínculos de afeto e pertencimento.

NA ESCOLA, TODOS TEMOS ALGUMAS OBRIGAÇÕES A CUMPRIR E REGRAS A SEGUIR. ALÉM DISSO, NA ESCOLA VOCÊ BRINCA E SE DIVERTE COM OS COLEGAS. O QUE MAIS ACONTECE NA ESCOLA? MUITAS ESCOLAS NO BRASIL COSTUMAM FAZER FESTAS E COMEMORAÇÕES EM ALGUMAS DATAS ESPECIAIS AO LONGO DO ANO. NAS FESTAS, ALGUMAS VEZES HÁ COMIDAS E BEBIDAS TÍPICAS, OUTRAS VEZES HÁ MÚSICA E APRESENTAÇÃO DE TEATRO.

APRESENTAÇÃO DE DANÇA PELO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA, EM UMA ESCOLA MUNICIPAL DE ARARUAMA (RIO DE JANEIRO), 2015. 1 PENSE EM UMA DATA ESPECIAL QUE VOCÊ COMEMORA TODOS OS ANOS COM A

SUA FAMÍLIA. ANOTE: Respostas pessoais.

• AGORA, CONVERSE COM OS COLEGAS. A) EXPLIQUE A ELES POR QUE ESSA DATA É ESPECIAL PARA VOCÊ. B) DE QUE FORMA VOCÊ E SUA FAMÍLIA COMEMORAM ESSA DATA? 2 NA SUA ESCOLA, QUAIS SÃO AS DATAS ESPECIAIS? COM OS COLEGAS E O PROFESSOR,

ESCREVA, NO DIAGRAMA DOS MESES DO ANO A SEGUIR, O DIA DESSAS DATAS ESPECIAIS NA ESCOLA. Resposta de acordo com o calendário escolar. 88


Sugerimos que o calendário seja preenchido coletivamente. Se julgar mais eficiente, comece o preenchimento coletivo pelo mês em curso. É importante que constem nesse calendário as datas importantes para a comunidade da qual a escola faz parte, o que refletirá suas diversas culturas, bem como as várias manifestações culturais de cada local.

DATAS ESPECIAIS DA ESCOLA JANEIRO

FEVEREIRO

MARÇO

ABRIL

MAIO

JUNHO

JULHO

OUTUBRO

AGOSTO

NOVEMBRO

Além disso, utilize essa atividade para introduzir aos estudantes o uso do calendário, suas funções e suas formas de utilização. Uma reprodução do calendário feita coletivamente pode ser ampliada e afixada na sala de aula para que anotem datas de lições, provas, trabalhos, aniversários etc.

SETEMBRO

Permitir que os estudantes definam as datas que são importantes para a turma, para a escola e até para o bairro em que vivem é uma oportunidade de trabalhar a constituição de identidade individual e coletiva, além de possibilitar a construção de vínculos entre os alunos e entre eles e a escola.

DEZEMBRO

Habilidade

trabalhada:

EF01HI08

3 NA SUA OPINIÃO, AS FESTAS DA SUA FAMÍLIA SÃO PARECIDAS OU MUITO DIFERENTES

DAS COMEMORAÇÕES QUE ACONTECEM NA ESCOLA? POR QUÊ? Resposta pessoal.

89

89


5 A HISTÓRIA DA ESCOLA NO BRASIL

Comente aos estudantes que a escola é uma instituição tão presente e importante em nossa cultura que, muitas vezes, podemos nos esquecer de que ela nem sempre existiu e que em outros tempos possuía outras características. Estimule-os a imaginar como eram as primeiras escolas, o que era ensinado, como eram os estudantes e os professores, se existiam prédios específicos para as escolas como nos dias de hoje etc. Em seguida, leia as características de cada momento temporal relatado na página, estimulando os estudantes a estabelecer comparações com a escola em que estudam. Explique à turma que a escola que temos hoje é o resultado das mudanças ocorridas com essa instituição ao longo do tempo representado na lousa. E cada tipo de escola visto nesta página, de certo modo, representa características da sociedade de cada período. Do mesmo modo, a escola atual supostamente representa a sociedade da qual fazemos parte. Habilidade EF01HI06

trabalhada:

COMO ERAM AS ESCOLAS DO BRASIL NO PASSADO? AS PRIMEIRAS ESCOLAS DO BRASIL FORAM CRIADAS HÁ CERCA DE 500 ANOS POR PADRES DA IGREJA CATÓLICA. SOMENTE EM 1759, O ENSINO DEIXOU DE SER ORGANIZADO PELA IGREJA E PASSOU A SER ORGANIZADO PELO GOVERNO. EM 1827, O GOVERNO FEZ A PRIMEIRA LEI DETERMINANDO A CRIAÇÃO DE ESCOLAS ELEMENTARES, QUE ERAM AS ESCOLAS PARA CRIANÇAS. NAQUELA ÉPOCA, APENAS OS FILHOS DAS PESSOAS RICAS ESTUDAVAM. HAVIA ESCOLAS SÓ PARA MENINOS E OUTRAS APENAS PARA MENINAS. DEPOIS, MENINOS E MENINAS PASSARAM A ESTUDAR NA MESMA ESCOLA, MAS EM SALAS SEPARADAS. MILITÃO AUGUSTO DE AZEVEDO. MUSEU PAULISTA, SÃO PAULO.

Orientações

ESTUDANTES DO SEMINÁRIO DA GLÓRIA, SÃO PAULO (SÃO PAULO), 1866.

A EDUCAÇÃO DAS CRIANÇAS ERA DIFERENTE. OS MENINOS ERAM ENSINADOS A LER, ESCREVER E CONTAR. AS MENINAS ERAM ENSINADAS A LER, MAS NEM SEMPRE A ESCREVER. ALÉM DISSO, ELAS APRENDIAM A COSTURAR, BORDAR, LAVAR, PASSAR E COZINHAR. AOS POUCOS, AS ESCOLAS FORAM MUDANDO, ASSIM COMO A SOCIEDADE, QUE TAMBÉM FOI MUDANDO A MANEIRA DE AS PESSOAS SE ORGANIZAREM, TRABALHAREM E CONVIVEREM. HÁ CERCA DE SESSENTA ANOS, A ESCOLA JÁ ERA MAIS PARECIDA COM A ESCOLA ATUAL. 90

90


1 OBSERVE A FOTOGRAFIA DA PÁGINA ANTERIOR, LEIA A LEGENDA E RESPONDA

Orientações

ÀS PERGUNTAS.

Na conversa com os estudantes, peça que leiam em voz alta a legenda da primeira fotografia e observe se entenderam que nessa sala de aula não havia meninas. Pergunte se acham que na atualidade existam escolas que separem meninos de meninas.

A) QUEM APARECE NA FOTOGRAFIA? Estudantes de uma escola com suas professoras.

B) DE QUE ANO É A FOTOGRAFIA? A fotografia é de 1866.

C) COMO SÃO AS ROUPAS E OS PENTEADOS DAS PESSOAS? Todas estão usando vestidos. Os vestidos das estudantes são todos iguais, como se fossem uniformes.

Embora sejam poucas, ainda existem instituições que fazem esse tipo de divisão, geralmente por questões religiosas. Acolha todos os relatos, mas reforce que meninas e meninos têm os mesmos diretos e ambos devem frequentar a escola, se alfabetizar e construir a possibilidade de aprender e bem viver na sociedade letrada.

ARQUIVO/AE

2 OBSERVE AS FOTOGRAFIAS, LEIA AS LEGENDAS E FAÇA O QUE SE PEDE.

CHICO FERREIRA/PULSAR IMAGENS

SALA DE AULA FORMADA SÓ POR MENINOS EM ESCOLA EM SÃO PAULO (SÃO PAULO), 1966.

SALA DE AULA FORMADA POR MENINOS E MENINAS EM ESCOLA PÚBLICA EM UMBURANAS (BAHIA), 2019.

A) CONTORNE AS DATAS DAS FOTOS. B) COMPARE AS IMAGENS DAS DUAS SALAS DE AULA.

• CONVERSE COM OS COLEGAS E MENCIONE AS SEMELHANÇAS E AS DIFERENÇAS ENTRE ELAS. Espera-se que os estudantes mencionem, entre as semelhanças, a presença da professora escrevendo na lousa e dos estudantes alinhados, prestando atenção, e, entre as diferenças, a sala mista atual.

91

Promova a leitura das fotografias com os estudantes, perguntando: Quais são os elementos do cenário da fotografia? Quem são as pessoas fotografadas? Que tipo de roupa estão vestindo e em qual posição estão? As pessoas da fotografia são jovens ou idosas? etc. Em seguida, pergunte aos estudantes como imaginam que seja a vida dessas pessoas, o que fazem, se gostam da escola etc. Questione se gostariam de estudar em escolas “só para meninos” ou “só para meninas” e peça que justifiquem suas respostas. Finalize pedindo aos estudantes que observem novamente a fotografia e verificando se mudariam algumas de suas respostas iniciais. Habilidade

trabalhada:

EF01HI06

91


Aproveite a oportunidade para incentivar o convívio harmônico, pacífico e tolerante entre meninas e meninos. Ajude os estudantes a compreender que não há sentido que brincadeiras excluam um gênero. Esclareça que a função da brincadeira é divertir e permitir trocas afetivas, e, nesse contexto, todos devem ser incluídos e aceitos.

3 QUAIS ERAM AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS PRIMEIRAS ESCOLAS

ELEMENTARES DO BRASIL? Espera-se que os estudantes respondam que existia separação física por gênero e que os conteúdos ensinados eram diferentes. 4 LEIA O TEXTO E DEPOIS FAÇA O QUE SE PEDE.

MAL COMEÇOU O TREINO E A GAROTA CAUSOU ESPANTO. CHUTAVA TANTO COM O PÉ ESQUERDO COMO COM O DIREITO. [...] NO FINAL DA PARTIDA, FERNANDA RECEBEU UM CONVITE DOS JOGADORES ADVERSÁRIOS: — QUERENDO MUDAR DE TIME... — NEM PENSAR! AGORA ELA É A CAPITÃ! [...]

Avaliação Com base nas respostas dadas aos itens A, B e C da atividade 4, é possível avaliar o que os estudantes compreenderam sobre as mudanças e as transformações históricas vivenciadas na instituição escolar e identificar o quanto se apropriaram dessa aprendizagem e aplicam o conceito de igualdade de gênero no cotidiano das brincadeiras.

MENINA NÃO ENTRA, DE TELMA GUIMARÃES CASTRO ANDRADE. SÃO PAULO: EDITORA DO BRASIL, 2007. P. 10, 13.

A) ESSE TEXTO REPRESENTA UMA SITUAÇÃO DO PASSADO OU DO PRESENTE? Presente.

B) NA SUA ESCOLA, MENINOS E MENINAS BRINCAM JUNTOS? Espera-se que os estudantes respondam que sim.

c) É esperado que respondam que não e que tenham a percepção de que as brincadeiras não estão relacionadas ao gênero.

C) VOCÊ ACHA QUE FAZ SENTIDO EXISTIREM, BRINCADEIRAS SOMENTE PARA MENINOS E OUTRAS SOMENTE PARA MENINAS? EXPLIQUE O SEU PONTO DE VISTA. D) PERGUNTE AOS ADULTOS QUE MORAM NA SUA CASA COM QUAIS BRINCADEIRAS COLETIVAS, COM MENINOS E MENINAS, ELES BRINCAVAM DURANTE O RECREIO ESCOLAR. REGISTRE AS RESPOSTAS. Resposta pessoal.

92

Para ampliar – para o professor História da educação brasileira Breve história da educação no Brasil (disponível em: www.youtube.com/watch?v=1w_17aJRbH4, acesso em: 11 jul. 2021) é um vídeo produzido pela Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp) para a disciplina Educação e sociedade, do curso de Pedagogia Univesp/Unesp, que apresenta um panorama da educação brasileira do período colonial aos dias atuais, mostrando suas diferentes concepções de acordo com os diversos projetos políticos desenvolvidos para o país, bem como as mudanças em sua legislação.

92


Orientações

DE OLHO NO TEMPO

O objetivo desta seção é reforçar os conhecimentos de cronologia e os processos na vida dos estudantes e na sociedade de forma geral. Assim, eles terão a oportunidade de compreender a passagem do tempo por meio da contagem dos anos e da própria história escolar. Faça um paralelo e retome o que foi trabalhado nas páginas 90 e 91. Peça aos estudantes que ordenem as datas em ordem crescente e expliquem quais são as datas mais antigas e as mais recentes e por que chegaram a essa conclusão.

A HISTÓRIA DA ESCOLA EM QUE ESTUDO VOCÊ JÁ PERCEBEU COMO A SUA HISTÓRIA PESSOAL SE RELACIONA COM A HISTÓRIA DA ESCOLA ONDE ESTUDA? PESQUISE AS INFORMAÇÕES A SEGUIR. DEPOIS, ORGANIZE OS ACONTECIMENTOS NA ORDEM DAS DATAS EM QUE ELES OCORRERAM, OU SEJA, COMEÇANDO NA DATA MAIS ANTIGA ATÉ CHEGAR À MAIS RECENTE. Resposta de acordo com a escola.

Resposta pessoal.

ANO EM QUE A ESCOLA ONDE VOCÊ ESTUDA FOI FUNDADA.

ANO EM QUE FINALIZOU A EDUCAÇÃO INFANTIL.

Aproveite a oportunidade para comentar que, embora o acesso à educação tenha aumentado, ainda hoje há crianças que não frequentam a escola. Habilidade

trabalhada:

EF01HI04

ANO EM QUE VOCÊ COMEÇOU A FREQUENTAR A ESCOLA DE EDUCAÇÃO INFANTIL.

ANO EM QUE INICIOU O ENSINO FUNDAMENTAL. Resposta pessoal.

Resposta pessoal.

93

93


JUNTAR SABERES 1 TODAS AS CRIANÇAS TÊM O DIREITO DE FREQUENTAR A ESCOLA. MAS SERÁ QUE TODAS

AS CRIANÇAS VÃO À ESCOLA? LEIA A HISTÓRIA A SEGUIR.

OI, VERA! VAMOS BRINCAR?

Aproveite a oportunidade e explore os conhecimentos prévios dos estudantes. Peça a eles que sugiram alternativas para crianças nessa situação. Estimule-os a refletir sobre a realidade do lugar onde vivem, investigando se há crianças fora da escola e quais são os motivos para tal condição: falta de vagas, necessidade de trabalhar para ajudar no sustento da família, crianças em situação de rua, entre outros. Incentive atitudes de respeito e solidariedade.

NÃO POSSO, JOÃO. AGORA VOU PARA A ESCOLA. VOCÊ NÃO VAI PARA A ESCOLA HOJE? MINHA ESCOLA É LONGE, NÃO POSSO IR SOZINHO. MEUS PAIS TRABALHAM FORA O DIA TODO, NÃO TEM QUEM POSSA ME LEVAR.

ICHICO/SHUTTERSTOCK

João não frequenta à escola pois não tem condições de chegar à instituição, que é muito longe. Como seus pais trabalham o dia todo, não podem acompanhá-lo até a escola.

A) POR QUE JOÃO NÃO VAI PARA A ESCOLA?

Incentive os estudantes a expressar suas opiniões. Reflita com eles sobre a necessidade de estabelecer regras que permitam uma convivência justa e harmoniosa em locais que são comuns a várias pessoas e a importância da contribuição de cada um. Aproveite a ocasião para que os estudantes possam manifestar sua opinião em relação a alguma situação que se repete com frequência no ambiente escolar. Ao criar um combinado específico, é possível que eles se sintam respeitados em suas necessidades. A regra deve ser aceita pela maioria e não deve se sobrepor a outras regras da escola. Habilidade EF01HI04

94

trabalhada:

B) CONVERSE COM OS COLEGAS. PENSEM EM ALGUMAS MANEIRAS DE RESOLVER O PROBLEMA DE JOÃO. CONTE À TURMA A PRINCIPAL CONCLUSÃO DO GRUPO. 2 PARA QUE A ESCOLA FUNCIONE, É IMPORTANTE QUE AS REGRAS SEJAM RESPEITADAS

POR TODOS. CONVERSE COM OS COLEGAS E O PROFESSOR:

Espera-se que os estudantes percebam que as

A) POR QUE É IMPORTANTE RESPEITAR AS REGRAS? regras auxiliam no bom convívio entre as pessoas. B) HÁ ALGUMA REGRA DA ESCOLA OU DA TURMA QUE VOCÊS GOSTARIAM DE MUDAR? POR QUÊ? Resposta pessoal. C) MARQUE UM X PARA ELIMINAR AS REGRAS A SEGUIR QUE NÃO SÃO VÁLIDAS NA ESCOLA ONDE VOCÊ ESTUDA. Resposta de acordo com as regras da escola. BRIGAR COM O COLEGA QUANDO ELE TIVER UMA OPINIÃO DIFERENTE. 94

ESPERAR A SUA VEZ DE FALAR, DEPOIS DO PROFESSOR OU DO COLEGA.


Quando os trabalhos estiverem prontos, organize uma exposição de todos eles e peça aos estudantes que observem as semelhanças e as diferenças entre os desenhos que produziram e os dos colegas colegas.

CHEGAR À ESCOLA NA HORA CERTA E VOLTAR À SALA DEPOIS DO RECREIO LOGO QUE DER O SINAL.

IR AO BANHEIRO NO RECREIO PARA EVITAR SAIR NO MEIO DA AULA.

USAR A BIBLIOTECA PARA FAZER REUNIÕES COM O GRUPO E COMBINAR AS TAREFAS EM VOZ ALTA.

Aproveite a oportunidade para salientar como as produções refletem o modo peculiar como cada um enxerga a própria escola.

NÃO BRINCAR NO RECREIO PARA NÃO SUJAR AS MÃOS.

Habilidade

trabalhada:

EF01HI06

JOGAR PAPEL FORA DA LIXEIRA.

COMER DURANTE A AULA PARA PODER BRINCAR NO RECREIO.

CUIDAR DO MATERIAL ESCOLAR PARA NÃO ESTRAGAR NEM PERDER. ASSIM QUE TERMINAR A AULA, SAIR CORRENDO DA SALA DE AULA. 3 VOCÊ VAI FAZER ESTA ATIVIDADE COM UM ADULTO. PODE SER SEU AVÔ

OU SUA AVÓ, SEUS PAIS OU UM AMIGO MAIS VELHO QUE TENHA ESTUDADO EM ESCOLA PÚBLICA. A) DIVIDA UMA FOLHA AVULSA EM DUAS PARTES. B) EM UMA METADE DA FOLHA, ESCREVA O SEU NOME E DESENHE A ESCOLA ONDE VOCÊ ESTUDA. C) NA OUTRA METADE, PEÇA AO ADULTO PARA ESCREVER O NOME DELE E DESENHAR A ESCOLA ONDE ELE ESTUDOU. DEPOIS, EM SALA DE AULA, COM A ORIENTAÇÃO DO PROFESSOR, VOCÊ E OS COLEGAS PODEM MONTAR UM PAINEL PARA EXPOR OS DESENHOS. 95

95


1

ESTUDANTES DO ENSINO PRIMÁRIO EM SALA DE AULA. SÃO PAULO (SÃO PAULO), 1962. CESAR DINIZ/PULSAR IMAGENS

• o momento em que as fotos foram feitas (no passado e atualmente); • antigamente, as roupas cobriam a maior parte do corpo, incluindo os braços; • na foto do passado, havia apenas estudantes do gênero masculino na escola; atualmente, há estudantes de todos os gêneros; • antigamente, o comportamento era mais rígido no ambiente escolar. Algumas semelhanças são:

4 OBSERVE AS FOTOGRAFIAS A SEGUIR E LEIA AS LEGENDAS. ARQUIVO/AE

Os estudantes podem mencionar as seguintes diferenças:

2

• nas duas fotos, os estudantes estão posando, preparados para aparecer na fotografia; • nas duas situações há professores com os estudantes. Habilidade trabalhada:

4. c) Os estudantes estão de calça jeans e camiseta do uniforme da escola. Os professores estão vestidos de maneira informal.

EF01HI06

ESTUDANTES EM AULA NA HORTA DE UMA ESCOLA ESTADUAL EM NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO (MATO GROSSO), 2020.

CONVERSE COM OS COLEGAS E RESPONDAM ÀS PERGUNTAS. A) QUEM APARECE NA FOTOGRAFIA 2? Estudantes e professores da escola. B) DE QUE ANO É A FOTOGRAFIA 2? A fotografia é de 2020. C) COMO SÃO AS ROUPAS E OS PENTEADOS DAS PESSOAS DA FOTOGRAFIA 2? D) COMPARE AS FOTOGRAFIAS 1 E 2. QUAIS SÃO AS DIFERENÇAS E AS SEMELHANÇAS ENTRE AS DUAS IMAGENS? Espera-se que os estudantes identifiquem que a primeira fotografia mostra 96

uma sala de aula formal, enquanto na segunda as crianças estão mais livres, aprendendo na a prática.

Avaliação formativa As atividades desta seção podem ajudar a compreender como os estudantes desenvolveram as habilidades propostas nesta unidade. Utilize as atividades das páginas 94, 95, 96 e 97 para avaliar o quanto os estudantes se apropriaram dos conhecimentos trabalhados. É esperado que eles sejam capazes de entender a escola como um ambiente social e histórico, no qual ocorreram e ocorrem mudanças relacionadas às interações socioculturais e afetivas estabelecidas entre os sujeitos que dela fazem parte. E, na medida em que a escola é um organismo vivo, ela funciona de acordo com as necessidades das pessoas que a frequentam, sendo diferente em cada região do país ou lugar no mundo. Por exemplo, a estrutura física da escola indígena (página 82) atende às necessidades de determinado povo indígena, levando em conta sua cultura e o meio em que esse grupo vive e considerando características climáticas e culturais da localidade em que está inserido. Em específico, é importante verificar o desempenho dos estudantes nas atividades da página 78, pois com base 96


5 PENSE EM COMO SÃO AS ESCOLAS ATUALMENTE. CONVERSE COM OS COLEGAS E

RESPONDA ÀS PERGUNTAS. A) POBRES OU RICAS, HOJE TODAS AS CRIANÇAS TÊM DIREITO DE IR À ESCOLA? que os estudantes indiquem que todas as crianças têm TODAS CONSEGUEM ESTUDAR? Espera-se direito a ir à escola, independentemente da condição social. No entanto, B) HOJE, MENINOS E MENINAS APRENDEM AS MESMAS COISAS NA ESCOLA? nem todas Sim.

C) HOJE, MENINOS E MENINAS ESTUDAM EM SALAS DE AULA SEPARADAS? Não, as salas de aula atualmente são mistas.

têm a mesma oportunidade.

LUCIANA WHITAKER/PULSAR IMAGENS

6 OBSERVE ESTA FOTOGRAFIA E MARQUE X NA ALTERNATIVA CORRETA.

Sim. A educação das escolas, atualmente, deve ser igual para todas as crianças. Sim. Hoje, meninos e meninas têm acesso às mesmas atividades, oportunidades e aprendizados dentro da escola. De modo geral, não. Eles estudam juntos. No entanto, existem escolas particulares em que há salas separadas para meninos e meninas.

SALA DE AULA DE ESCOLA MUNICIPAL EM PARAMIRIM (BAHIA), 2019.

A) OS ESTUDANTES SÃO: X

MENINOS E MENINAS.

SÓ MENINOS.

SÓ MENINAS.

B) EM QUE LUGAR A FOTOGRAFIA FOI FEITA? EM UM CLUBE.

X

EM UMA SALA DE AULA.

EM UMA BIBLIOTECA.

C) O QUE FAZ A PESSOA QUE ESTÁ DE PÉ? X

DÁ AULA.

CANTA.

RECLAMA.

D) ENTÃO, A PESSOA QUE ESTÁ DE PÉ POSSIVELMENTE É: UM CANTOR.

UM ESTUDANTE.

X

UM PROFESSOR. 97

nelas é possível avaliar a visão que eles têm da instituição escolar. Atente também a como eles respondem às atividades das páginas 85 e 87, pois essas respostas fornecem parâmetros para identificar se estão conseguindo perceber as peculiaridades e as características do convívio em lugares públicos e diferenciá-las das características das relações estabelecidas em âmbito privado. Para finalizar, caso ainda tenha dúvidas sobre a turma ter compreendido a função social da escola e suas transformações ao longo da História, você pode pedir aos estudantes que expliquem, de forma oral, o que compreenderam dos seguintes temas: • • • •

Hoje em dia, podemos afirmar que a escola é um direito de todas as crianças? Comente alguns aprendizados que adquirimos na escola. Todas as escolas são iguais? Em sua opinião, o que elas têm de semelhante e de diferente? Para que servem as regras e os combinados feitos na escola? 97


Sobre esta unidade A unidade tem como tema central a importância de instrumentalizar os estudantes para que ampliem sua leitura de mundo, propiciando reflexões e experimentações de diferentes vivências socioculturais.

6

UNIDADE

PARA LER O MUNDO

O principal objetivo é apresentar diferentes formas de aprendizado fora da escola. Para isso, instigaremos a reflexão sobre as funções sociais da leitura e a importância da diversidade e do aprendizado conjunto. O pleno trabalho com esta unidade está intimamente relacionado ao trabalho desenvolvido na unidade anterior, que trabalhou a escola, sua função social e as principais mudanças estruturais realizadas ao longo da História. Também é importante refletir com os estudantes sobre quais outros ambientes, instituições e experiências têm o potencial de nos ensinar a viver em sociedade e usufruir o melhor possível as relações interpessoais. A integração e a consolidação desses conteúdos são importantes para que os estudantes possam chegar ao 2o ano tendo a compreensão de quanto é importante formar-se como pessoa, em aprendizados formais e informais. Esses conhecimentos ampliam suas possibilidades de êxito na vida pessoal e, futuramente, no mundo do trabalho e na vida comunitária.

98

Proposta pedagógica O tema central desta Unidade é a ampliação de conhecimentos, formais e informais, para a formação humanista. Buscamos proporcionar aos estudantes a oportunidade de refletir sobre a função social da aprendizagem. Essa reflexão é estimulada por meio de textos, por exemplo, “Como era antes da escrita?”, “Educação é um direito” e “Diversas maneiras de aprender”. Todo o material foi concebido para proporcionar a experiência de refletir e gerar identificação, empatia e curiosidade. É muito importante que os estudantes tenham a experiência de refletir sobre os motivos pelos quais aprendemos e as muitas formas que nos levam ao aprendizado.

98


ANEBARONE/YAN

Orientações Incentive os estudantes a ler a ilustração. Peça que identifiquem as atividades que estão sendo executadas pelas crianças. Em seguida, chame a atenção para o fato de que as pessoas representadas estão lendo de formas variadas: sentadas, deitadas, em braille etc. Aproveite para reiterar que a leitura pode ser, ao mesmo tempo, uma atividade divertida, imaginativa e instrutiva. Se considerar oportuno, leve os estudantes à biblioteca da escola e deixe-os livres para escolher alguma obra e ler por um tempo determinado; em seguida, você e o responsável pela biblioteca podem explicar como funciona o empréstimo de livros. Verifique se os estudantes percebem a importância do conhecimento para entender informações, cálculos, processos da natureza etc. Isso possibilita conhecer a realidade de forma crítica. O objetivo é valorizar e dar novos significados ao processo educacional pelo qual estão passando, valorizando a educação escolar, assim como outras formas de aprender.

PARA COMEÇAR... COM O CONHECIMENTO APRENDEMOS A LER O MUNDO. • VOCÊ CONCORDA COM A FRASE ACIMA? O QUE ELA SIGNIFICA?

Pré-requisitos

Resposta pessoal. 99

Objetivos da unidade • Colaborar com a ampliação de leitura de mundo dos estudantes dentro de uma perspectiva criativa e humanista. • Refletir sobre a importância social e educativa da leitura, promovendo sua valorização. • Explicar de que forma as pessoas cegas podem ler os livros e o mundo. • Refletir sobre os aprendizados não formais oportunizados pela escola. • Identificar as férias escolares como uma oportunidade de aprendizado não formal. Habilidades trabalhadas: E F 0 1 H I 0 1 E F 0 1 H I 0 3 E F 0 1 H I 0 4

• Ter compreendido que a escola é um ambiente propício para o aprendizado. • Saber que é possível aprender fora do ambiente escolar. • Saber que todas as crianças têm direito à educação. • Ter curiosidade para novos aprendizados.

99


Conte aos estudantes que ler e escrever são duas aprendizagens e atividades distintas. Tem gente, por exemplo, que sabe ler, mas não domina a habilidade de escrever. O objetivo é que os estudantes percebam que o domínio da linguagem letrada permite não apenas desvendar o mundo, mas também dar forma concreta à imaginação e à criatividade, criando e recriando por meio da escrita e da leitura. A atividade pretende incentivar os estudantes a perceber as múltiplas funções da escrita e da leitura, a quantidade de informação que elas possibilitam sistematizar e transmitir a outras pessoas. Habilidade EF01HI01

AO LONGO DA SUA VIDA ESCOLAR, VOCÊ JÁ ADQUIRIU MUITOS CONHECIMENTOS. UMA PARTE DESSES CONHECIMENTOS É ENCONTRADA NOS LIVROS. EXISTEM MUITOS LIVROS, COM DIFERENTES ASSUNTOS, DE DIVERSOS TIPOS: COM TEXTOS E FIGURAS, SÓ COM FIGURAS OU SÓ COM TEXTOS. PARA APRENDER A LER, É PRECISO DECIFRAR CÓDIGOS E LETRAS. DEPOIS, PARA ESCREVER, É PRECISO REPRODUZI-LOS. ALÉM DE JUNTAR AS LETRAS E FORMAR AS PALAVRAS, É PRECISO ENTENDER O SIGNIFICADO DAS PALAVRAS FORMADAS E DAS FRASES. QUANDO ISSO ACONTECE, É COMO SE TIVÉSSEMOS DECIFRADO UM ENIGMA, DESCOBERTO UM TESOURO MARAVILHOSO!

CRIANÇAS EM BIBLIOTECA DE ESCOLA INDÍGENA EM ARACRUZ (ESPÍRITO SANTO), 2019.

trabalhada:

1 VOCÊ JÁ SABE QUE EXISTEM DIFERENTES TIPOS DE TEXTO. LIGUE OS ITENS DAS

DUAS COLUNAS. A) TIPOS DE TEXTO

B) OBJETIVOS DOS TIPOS DE TEXTO

RECEITA DE BOLO

PROPORCIONAR DIVERSÃO.

LIVRO DE HISTÓRIAS

TRANSMITIR INFORMAÇÕES E NOTÍCIAS.

JORNAL E REVISTA

ADQUIRIR CONHECIMENTOS.

LIVRO ESCOLAR

FORNECER INSTRUÇÕES.

100

Para ampliar A importância do ato de ler Em sua obra A importância do ato de ler, Paulo Freire (1921-1997), um dos educadores mais importantes do Brasil e do mundo, trata das várias formas de leitura e interpretação crítica do mundo. De acordo com o educador, a leitura do mundo inicia-se na infância, antes mesmo do processo de alfabetização, e tem no processo de decodificação (alfabetização) uma parte importante de aquisição de saberes. O livro na íntegra está disponível em: https://educacaointegral.org.br/wp-content/ uploads/2014/10/importancia_ato_ler.pdf. Acesso em: 14 jul. 2021.

100

DELFIM MARTINS/PULSAR IMAGENS

1 LER E ESCREVER

Orientações


DE OLHO NAS PISTAS

Orientações Explique aos estudantes que a linguagem falada e a escrita foram desenvolvidas pelos seres humanos (e seus ancestrais) de forma evolutiva ao longo de milhares de anos. Ou seja, as diversas línguas faladas no mundo, as letras e as palavras têm história, pois são produções humanas, e as modificações linguísticas e semânticas ocorridas no decurso do tempo fazem parte dela.

COMO ERA ANTES DA ESCRITA?

DANIELLA CRONEMBERGER/SHUTTERSTOCK

ATÉ CERCA DE 50 MIL ANOS ATRÁS, O SER HUMANO AINDA NÃO TINHA INVENTADO A ESCRITA. MAS JÁ EXISTIAM OUTROS TIPOS DE REGISTRO: DESENHOS FEITOS EM PAREDES DE CAVERNAS OU EM ROCHAS. ATUALMENTE, ESSES DESENHOS SÃO CONHECIDOS COMO PINTURAS RUPESTRES. ESSAS PINTURAS SÃO PISTAS QUE NOS AJUDAM A CONHECER UM POUCO DA VIDA DOS POVOS DAQUELA ÉPOCA.

PINTURA RUPESTRE NO PARQUE NACIONAL DA SERRA DA CAPIVARA, EM SÃO RAIMUNDO NONATO (PIAUÍ), 2019. 1 OBSERVANDO A FOTOGRAFIA DA PINTURA RUPESTRE, O QUE PODEMOS SABER DOS Uma interpretação possível para o desenho seria: no lado direito, vários seres POVOS QUE A FIZERAM? humanos caçando um animal e um animal tendo um filhote e, no lado esquerdo, algum tipo de contagem.

QUAIS OUTRAS PISTAS PODEM INDICAR COMO VIVIAM OS POVOS ANTIGOS ANTES DA INVENÇÃO DA ESCRITA? DÊ ALGUM EXEMPLO, SE SOUBER.Espera-se que os estudantes indiquem

2

os vestígios que lembrarem com base em conhecimentos prévios, como fogueiras e instrumentos de uso cotidiano.

HI

IA

STÓR

LIVRO

• O MENINO QUE APRENDEU A VER, DE RUTH ROCHA. SÃO PAULO: SALAMANDRA, 2013.

JOÃO, O MENINO DESSA HISTÓRIA, ENXERGA MUITO BEM. MAS ALGUMAS COISAS ELE NÃO ENTENDE. QUANDO COMEÇA A IR À ESCOLA, SEU ESPANTO AUMENTA. E, ENTÃO, ELE APRENDE A VER (E A LER!) O MUNDO DE UM JEITO DIFERENTE.

101

Avaliação Observar as respostas dos estudantes para as questões desta página pode dar indícios de se eles compreendem a importância da investigação do passado para compreender muitos dos fatos corriqueiros na atualidade, por exemplo, a escrita.

Chame a atenção para a foto presente na página e explique aos estudantes que a escrita não é a única forma de comunicação humana – os desenhos também comunicam. Conte que as pinturas rupestres foram feitas por seres humanos antes da criação da escrita. Esses desenhos devem ser valorizados e preservados, pois revelam a memória e a história da humanidade. Uma interpretação possível para o desenho seria: vários seres humanos usando um tipo de arma ou ferramenta cercam um grande animal. Esse povo, possivelmente, tinha na caça uma de suas fontes de alimentação. São consideradas pistas do modo de vida dos seres humanos em tempos ágrafos, popularmente conhecido como Pré-história: ossadas e restos de fogueira e de objetos (armas, instrumentos, pedras polidas etc.). Incentive os estudantes a responder livremente e mencione também vestígios de grupos humanos que viveram em outros períodos posteriores, como construções, cerâmicas, obras de arte ou vestígios ligados à religião.

101


Aproveite a oportunidade e explique aos estudantes que, há algumas décadas, as pessoas que tinham necessidades especiais visuais, auditivas, cognitivas ou ligadas à locomoção eram excluídas das escolas regulares; por isso, não estudavam ou eram matriculadas em escolas diferenciadas, que atendiam somente a pessoas na mesma condição. No entanto, atualmente, a legislação brasileira prevê que todas as crianças, com ou sem necessidades especiais, podem e devem frequentar as mesmas escolas, tendo em vista que todos podemos aprender uns com os outros e devemos respeitar nossas diferenças. Para isso, vêm sendo feitas algumas alterações nas escolas, como a instalação de rampas de acesso para pessoas com cadeira de rodas, a contratação de intérpretes da Língua Brasileira de Sinais (Libras) para facilitar a comunicação com aqueles com deficiência auditiva, o uso de sinalizadores para pessoas com deficiência visual e também a adoção de livros em braile. Se possível, mostre aos estudantes um livro em braile e esclareça que, assim como as Libras, o sistema braile é apenas uma forma diferente de comunicação, por isso não deve causar surpresa ou estranheza. Habilidade EF01HI03

102

trabalhada:

VER E ENXERGAR O TEXTO A SEGUIR FALA SOBRE DORINA NOWILL, QUE FICOU CEGA AOS 17 ANOS.

CIBELE QUEIRÓS

Tema contemporâneo – Inclusão escolar

DORINA VIU SABE O QUE ELA FEZ? DESCOBRIU QUE A GENTE PODE VER COM OUTRAS PARTES DO CORPO TAMBÉM! COM OS DEDINHOS, POR EXEMPLO! [...] E COMEÇOU A TOCAR E A SENTIR: O ÁSPERO E O LISO, O QUENTE E O FRIO, O MACIO... ENTÃO, ELA PERCEBEU QUE OS DEDINHOS ENXERGAM MAIS QUE OS OLHOS. SABE POR QUÊ? PORQUE COM ELES A GENTE PODE SENTIR! DORINA VIU, DE CLÁUDIA COTES. SÃO PAULO: PAULINAS, 2006. P. 15-17.

QUANDO FICOU CEGA, DORINA COMEÇOU A ESTUDAR UTILIZANDO O SISTEMA BRAILE. DEPOIS, TORNOU-SE A PRIMEIRA ESTUDANTE CEGA A FREQUENTAR UMA ESCOLA COMUM NO BRASIL. O BRAILE É UMA FORMA DE ESCRITA QUE UTILIZA PONTINHOS EM RELEVO PARA REPRESENTAR CADA LETRA DO ALFABETO. ASSIM, AS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL PODEM LER COM A PONTA DOS DEDOS, TATEANDO ESSES PONTINHOS. 1

VOCÊ ACHA QUE É POSSÍVEL “VER” SEM ENXERGAR? VOCÊ ACHA QUE É POSSÍVEL LER COM A PONTA DOS DEDOS? Resposta pessoal.

2

VOCÊ JÁ VIU UM LIVRO EM BRAILE? PROCURE SABER COMO ELE É.

Resposta pessoal. Se houver exemplares de livros em braile na escola, apresente aos estudantes e oriente-os a ter

102 cuidado no manuseio.

Para ampliar Fundação Dorina Nowill para cegos A Fundação Dorina Nowill é uma instituição sem fins lucrativos que auxilia muitas pessoas cegas no Brasil. Um dos trabalhos da instituição é a produção de livros e obras em braile ou acessíveis por meio de outras formas para pessoas com deficiências ligadas à visão. Há fotografias, orientações e relatos interessantes na página Fundação Dorina Nowill para cegos. Disponível em: https://www. fundacaodorina.org.br/a-fundacao/quem-somos/. Acesso em: 14 jul. 2021.


EDUCAÇÃO É UM DIREITO

Orientações

O DOCUMENTO QUE REGISTRA AS LEIS MAIS IMPORTANTES DO BRASIL CHAMA-SE CONSTITUIÇÃO. NO ARTIGO 6o DA CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA ESTÁ REGISTRADO:

Explique aos estudantes o que representa usufruir o direito de frequentar a escola e estudar. Mencione os seguintes pontos:

[...] SÃO DIREITOS SOCIAIS A EDUCAÇÃO, A SAÚDE, A ALIMENTAÇÃO, O TRABALHO, A MORADIA, O LAZER, A SEGURANÇA, A PREVIDÊNCIA SOCIAL, A PROTEÇÃO À MATERNIDADE E À INFÂNCIA, A ASSISTÊNCIA AOS DESAMPARADOS, NA FORMA DESTA CONSTITUIÇÃO.

1. A possibilidade de conviver com outras crianças e adultos que não são do núcleo familiar, tendo a oportunidade de conhecer e vivenciar diferentes experiências socioculturais.

BRASIL. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988. DISPONÍVEL EM: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm. ACESSO EM: 14 MAR. 2021.

WAVEBREAKMEDIA/SHUTTERSTOCK

WAVEBREAKMEDIA/SHUTTERSTOCK

FREQUENTAR UMA ESCOLA É UM DIREITO DE TODAS AS CRIANÇAS EM NOSSO PAÍS. PORÉM, SOMENTE IR À ESCOLA NÃO GARANTE QUE TODAS ELAS TERÃO CONDIÇÕES DE APRENDER. ALGUMAS PESSOAS PRECISAM DE ALGUNS RECURSOS EXTRAS PARA TER ACESSO AO APRENDIZADO. É O CASO DE FÁBIO, QUE NASCEU CEGO, E O DE RAQUEL, QUE SE COMUNICA POR MEIO DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS (LIBRAS).

2. A oportunidade de brincar cotidianamente em diferentes ambientes, com diferentes crianças e adultos, o que possibilita ampliar e diversificar conhecimentos e experiências de criatividade, emocionais, corporais, sensoriais, expressivas e cognitivas. 3. A oportunidade de expressar criatividade, sensibilidade, dúvidas, hipóteses, descobertas e opiniões, por meio de diferentes linguagens. 4. A possibilidade de construir a identidade pessoal, social e cultural, em ambiente diferente do grupo familiar. Habilidade

A LIBRAS É UMA LÍNGUA QUE USA GESTOS. ELA É UTILIZADA NA COMUNICAÇÃO DE PESSOAS SURDAS. PARA QUE RAQUEL CONSIGA APRENDER, É IMPORTANTE QUE A PROFESSORA DELA TAMBÉM SAIBA SE COMUNICAR EM LIBRAS.

PARA QUE FÁBIO POSSA APRENDER, ELE RECEBE MATERIAL DIDÁTICO EM BRAILE.

trabalhada:

EF01HI03

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DE OLHO NO SUJEITO

Orientações

DIVERSAS MANEIRAS DE APRENDER HÁ DIVERSAS FORMAS DE APRENDER SEM USAR AS PALAVRAS E AS LETRAS ESCRITAS NOS LIVROS. AS PESSOAS QUE NÃO APRENDERAM A LER NEM A ESCREVER TÊM MUITOS CONHECIMENTOS SOBRE A VIDA, A NATUREZA, OS ACONTECIMENTOS E OS PROCESSOS DO MUNDO. SASIMOTO/SHUTTERSTOCK

Explique aos estudantes que o domínio das habilidades de leitura e de escrita é de extrema importância em nossa sociedade. Porém, essas não são as únicas formas de adquirir saberes, já que muitas coisas do dia a dia não podem ser aprendidas nos livros, por exemplo, cozinhar, cuidar de crianças, lidar com as pessoas e seus sentimentos, brincar, andar de bicicleta, nadar etc. Reforce a ideia de que até hoje existem povos ágrafos (sem escrita) que possuem saberes que muitos de nós não dominamos, pois o aprendizado está ligado à experiência.

EM MUITAS COMUNIDADES, O CONHECIMENTO É PASSADO DE GERAÇÃO EM GERAÇÃO POR MEIO DA ORALIDADE. NA FOTO, UMA PROFESSORA NA TANZÂNIA ENSINA SEUS ESTUDANTES SOMENTE POR MEIO DA FALA E DA OBSERVAÇÃO DA NATUREZA, 2018.

Não existe um saber “melhor” ou “pior” que outros, existem saberes variados que devem ser valorizados igualmente. FABIO COLOMBINI

Com relação ao saber transmitido oralmente, relembre os estudantes das histórias e das explicações que ouviram dos adultos quando eram mais novos. Nas comunidades que valorizam a oralidade, os saberes das pessoas mais velhas e mais experientes são muito importantes para a história e a identidade das pessoas.

MUITOS POVOS INDÍGENAS, POR EXEMPLO, NÃO UTILIZAM A ESCRITA, MAS, SEM DÚVIDA, COMPREENDEM MUITO BEM O LUGAR ONDE VIVEM! ELES APRENDEM A VIVER DE VÁRIAS MANEIRAS. QUANDO SÃO CRIANÇAS, APRENDEM ACOMPANHANDO E OBSERVANDO OS ADULTOS NAS TAREFAS DIÁRIAS.

CRIANÇAS INDÍGENAS DA ETNIA SATERÊ-MAWÉ APRENDEM COM ADULTOS A FAZER ARTESANATO USANDO LINHAS E SEMENTES. MANAUS (AMAZONAS), 2018.

Habilidades trabalhadas: EF01HI03

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LUCIOLA ZVARICK/PULSAR IMAGENS

CRIANÇAS E JOVENS TAMBÉM APRENDEM OUVINDO AS HISTÓRIAS NARRADAS PELOS MAIS VELHOS. ASSIM, SEUS CONHECIMENTOS E SABERES E SUAS TRADIÇÕES SÃO ENSINADOS AOS MAIS JOVENS, DE GERAÇÃO EM GERAÇÃO. ATUALMENTE, EM MUITAS ALDEIAS INDÍGENAS, HÁ ESCOLAS ONDE CRIANÇAS E JOVENS APRENDEM A CULTURA DOS NÃO INDÍGENAS, ALÉM DA PRÓPRIA CULTURA.

PROFESSOR EM SALA DE AULA DE ESCOLA NO PARQUE INDÍGENA DO XINGU, GAÚCHA DO NORTE (MATO GROSSO), 2018.

1. ALÉM DA ESCOLA, DE QUE OUTRAS MANEIRAS VOCÊ APRENDE? CONTE AOS COLEGAS E AO PROFESSOR. Resposta pessoal. 2. PENSE EM ALGUMA COISA QUE VOCÊ APRENDEU A FAZER DE OUTRA MANEIRA FORA DA ESCOLA. PODE SER ALGUMA COISA QUE VOCÊ APRENDEU A FAZER OU QUE COMPREENDEU COMO FUNCIONA.

• FAÇA UM DESENHO MOSTRANDO COMO FOI ESSE APRENDIZADO. • SE FOI ALGO QUE VOCÊ APRENDEU COM ALGUÉM DA SUA FAMÍLIA OU COM UM AMIGO, MOSTRE O SEU DESENHO A ESSA PESSOA.

Para registrar as respostas dos estudantes, faça uma lista na lousa à medida que os estudantes forem mencionando diferentes maneiras de aprender. O objetivo é que, além do ensino formal, eles valorizem outras formas de aprendizado, como o conhecimento transmitido pelas pessoas mais velhas. Na resposta deles, é possível que apareçam referências às novas tecnologias, como computadores, celulares, aplicativos etc. Valorize e estabeleça relações com o que foi estudado. O objetivo é que os estudantes reflitam sobre a experiência de um aprendizado não escolar e façam o registro como forma de valorizá-lo. Se foi algo aprendido com outra pessoa, sugira que compartilhem o resultado da atividade com essa pessoa.

Resposta pessoal.

Avaliação As respostas para as atividades desta página fornecem indícios para avaliar se os estudantes estão compreendendo que o aprendizado informal amplia nossos conhecimentos e nossas percepções sociais.

105

Atividade complementar A transmissão dos primeiros conhecimentos Não é apenas nas sociedades tradicionais que há a transmissão de conhecimento de uma geração para a outra. Por exemplo, o ato de aprender a andar de bicicleta é um “ritual” que faz parte da vida da maioria das crianças. Geralmente, elas aprendem a andar de bicicleta com cuidadores ou irmãos e primos mais velhos. Esse ritual inicia-se com o uso das rodinhas, que depois são retiradas. No passo seguinte, há quedas, machucados e

choro. Esse processo marca o aprendizado de uma habilidade, mas também reforça os laços entre os membros de uma família. Não existe uma forma correta de aprender a andar de bicicleta. É na prática que as crianças aprendem. Pergunte aos estudantes se há outras habilidades que aprenderam com o apoio de seus cuidadores ou de irmãos e primos mais velhos. Converse sobre essas experiências e escreva essas habilidades na lousa para que as anotem no cadernos. Habilidades trabalhadas:

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105


2 O QUE SE APRENDE

Orientações Pergunte aos estudantes o que eles mais gostam de aprender e vivenciar na escola. Permita que se expressem e chame a atenção para o que for informal como brincadeiras, jogos, vivências no recreio, passeios e festividades. Reforce que todas essas atividades compõem o aprendizado e são essenciais: fazem parte do crescimento sociocultural. Habilidade

HOJE, AO FREQUENTAR A ESCOLA, VOCÊ APRENDE A LER, ESCREVER E FAZER CONTAS. APRENDE TAMBÉM SOBRE NOSSA HISTÓRIA E NOSSA GEOGRAFIA, O PLANETA EM QUE VIVEMOS, OS DIFERENTES SERES QUE O HABITAM E OS FENÔMENOS QUE NELE OCORREM. O QUE VOCÊ E A SUA TURMA APRENDEM NA ESCOLA? 1

NO QUADRO A SEGUIR, HÁ UMA LISTA DE COMPONENTES CURRICULARES. Respostas pessoais. A) MARQUE COM X OS COMPONENTES QUE VOCÊ E SUA TURMA TÊM NA ESCOLA. B) ESCREVA ALGO QUE VOCÊ APRENDEU ESTE ANO EM CADA COMPONENTE.

trabalhada:

COMPONENTE

SIM

EU APRENDI…

EF01HI03

ARTE

É interessante deixar que os estudantes escrevam espontaneamente o que estão aprendendo ou já aprenderam para verificar como percebem seus processos de aprendizagem. Com aqueles que não têm, nesse momento, autonomia para escrever, realize a atividade oralmente e estimule-os a tentar escrever palavras-chave para cada uma das matérias.

CIÊNCIAS EDUCAÇÃO FÍSICA GEOGRAFIA HISTÓRIA LÍNGUA PORTUGUESA MATEMÁTICA

2

DESEMBARALHE AS SÍLABAS E DESCUBRA ALGUNS TEMAS IMPORTANTES QUE TAMBÉM APRENDEMOS NA ESCOLA. DA – CI – DA – A – NI Cidadania

PEI – RES – TO Respeito

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Atividade complementar Proponha aos estudantes a atividade a seguir. 1. Preencha o quadro com as informações solicitadas. Nome de dois amigos que conheci na escola durante este ano. Nome de duas atividades ou brincadeiras que aprendi ou compartilhei com esses novos amigos. Algo que vivenciei na escola e me trouxe muita alegria. Após a realização da atividade, peça a todos que leiam suas respostas e chame a atenção para a diversidade de aprendizados e a conquista de novas amizades; esclareça que essa é uma das principais funções da escola. 106


Orientações

HISTÓRIA EM AÇÃO

v

Explique aos estudantes a importância das férias escolares. Conte a eles que todos nós temos a necessidade física e emocional de descansar.

1. O ANO ESCOLAR ESTÁ QUASE ACABANDO. LEIA ESTE POEMA.

LÁ VÊM AS FÉRIAS CHEGARAM AS FÉRIAS QUE BOM QUE VAI SER! EU VOU PASSEAR, PULAR E CORRER! EU VOU DORMIR TARDE, VOU BRINCAR LÁ FORA... VER TELEVISÃO ATÉ FORA DE HORA.

Comente que, mesmo quando não é possível viajar, tirar um tempo para brincar sem responsabilidades e poder fazer atividades junto à família ajuda a descansar e permite que novos aprendizados sejam adquiridos no retorno às aulas.

VOU LER O QUE EU QUERO, DE NOITE E DE DIA... BRINCAR COM O CACHORRO, OU FAZER FOLIA! COM TODOS AMIGOS VOU FICAR DE BEM, SÓ VOLTO PRA ESCOLA NO ANO QUE VEM!

SIDNEY

ALMANAQUE RUTH ROCHA, DE RUTH ROCHA. SÃO PAULO: ÁTICA, 2011. P. 127.

HI

IA

STÓR

LIVRO

Avaliação As respostas dos estudantes à atividade 1B indicam se compreenderam que acontecimentos ordinários propiciam felicidade e que eles podem ser vivenciados também na vida escolar.

• ASA DE PAPEL, A) O QUE A CRIANÇA DO POEMA VAI FAZER vai passear, brincar, dormir tarde, NAS FÉRIAS? Ela ver televisão e ler.

DE MARCELO XAVIER. SÃO PAULO: FORMATO, 2019.

2. E VOCÊ, ESTÁ FELIZ PORQUE AS FÉRIAS ESTÃO CHEGANDO? O QUE PRETENDE FAZER NAS FÉRIAS? FAÇA UM DESENHO NO CADERNO MOSTRANDO COMO SE SENTE E O QUE GOSTARIA DE FAZER NAS FÉRIAS. SE VOCÊ PRETENDE LER ALGUM LIVRO, ESCREVA O NOME DELE TAMBÉM.

NO LIVRO, COM ILUSTRAÇÕES FEITAS DE MASSA DE MODELAR, O PERSONAGEM VIAJA NAS ASAS DE UM LIVRO, DESCOBRINDO QUE ELE PODE SER UM COMPANHEIRO PARA TODAS AS HORAS.

B) A CRIANÇA DO POEMA ESTÁ FELIZ? POR QUÊ?

1B) Sim, ela está feliz porque está de férias. 107

Atividade complementar Convide os estudantes a fazer o pote da gratidão.

Material necessário 1. Pote grande de plástico com tampa 2. Papéis coloridos 3. Canetas hidrocor Passo a passo No decorrer das duas últimas semanas de aula, ofereça os pedaços

de papel colorido aos estudantes e incentive-os a escrever os acontecimentos felizes que vivenciaram no decorrer do ano. Não há limite de quantos acontecimentos os estudantes podem registrar. Ajude-os fazendo uma retrospectiva dos acontecimentos comuns a todo o grupo: festas, passeios, momentos marcantes. Peça que coloquem os registro dentro do pote.

Em um dia combinado, abra o pote e leia os bilhetes, rememore com a turma os momentos felizes, explicando que eles são parte dos aprendizados conquistados. Participe da atividade de forma ativa, escreva suas memórias afetivas com os estudantes, deixe que saibam do afeto que você sente pela turma. Permita que todos saibam que você também aprende com eles e é grato pelas experiências que vivenciaram juntos. 107


Aproveite a oportunidade e questione aos estudantes se eles já ganham algum livro de literatura; pergunte se gostam de ler como entretenimento.

JUNTAR SABERES 1 LYGIA BOJUNGA NUNES É UMA ESCRITORA DE LIVROS PARA CRIANÇAS. VEJA O QUE ELA

DISSE SOBRE LER E ESCREVER.

Permita que todos se expressem e aproveite a oportunidade para ler uma história para eles. Trata-se de uma atividade lúdica que fortalece os laços afetivos. Você pode pegar algum livro da própria biblioteca da escola.

EU, LEITORA EU TINHA SETE ANOS QUANDO GANHEI DE PRESENTE UM LIVRO DO MONTEIRO LOBATO CHAMADO REINAÇÕES DE NARIZINHO. [...] EU TINHA ME TORNADO UMA LEITORA, QUER DIZER, UM SER DE IMAGINAÇÃO ATIVA, CRIATIVA. EU, LEITORA, CRIO COM A MINHA IMAGINAÇÃO CIFRADO: ESCRITO TODO O UNIVERSO QUE VEM CIFRADO NESSES EM SINAIS. SINAIZINHOS CHAMADOS LETRAS.

Aproveite a oportunidade e, caso algum dos estudantes tenha um livro especial, veja se ele se importa de trazer o livro para a escola. Não deixe de pedir autorização aos responsáveis. Você pode fazer as leituras para o grupo; assim, todos terão a oportunidade de conhecer outras histórias.

LIVRO: UM ENCONTRO COM LYGIA BOJUNGA NUNES, DE LYGIA B. NUNES. RIO DE JANEIRO: AGIR, 1990. P. 11, 20-21.

A) ENTRE AS OPÇÕES A SEGUIR, MARQUE COM X O QUE FEZ A IMAGINAÇÃO DA MENINA LYGIA DESPERTAR. UM BRINQUEDO.

X

UM LIVRO.

UM FILME.

B) O QUE A AUTORA SE TORNOU QUANDO A IMAGINAÇÃO DELA DESPERTOU? ESTUDANTE. 2

DANÇARINA.

X

LEITORA.

PARA VOCÊ, O QUE É SER UM LEITOR OU UMA LEITORA? Resposta pessoal.

3 A MENINA LYGIA SE SENTIU LEITORA QUANDO COMEÇOU A LER O LIVRO REINAÇÕES DE

NARIZINHO. E VOCÊ, QUANDO SE SENTIU LEITOR? QUANDO VOCÊ COMEÇOU A LER? CONTE A SUA EXPERIÊNCIA AOS COLEGAS. Resposta pessoal.

4

A AUTORA LYGIA CRIA NA IMAGINAÇÃO TUDO O QUE ELA LÊ NOS LIVROS. Resposta pessoal. A) ESCOLHA ALGUM TEXTO PARA LER: PODE SER UMA HISTÓRIA, UM POEMA OU UMA ANEDOTA, O QUE VOCÊ QUISER. B) QUANDO ESTIVER LENDO, IMAGINE O TEXTO: CRIE IMAGENS, SONS E CHEIROS PARA ELE. C) DESCREVA O QUE VOCÊ IMAGINOU.

108

Avaliação formativa A realização das atividades desta seção, que fecha a unidade, possibilita verificar a aprendizagem dos estudantes. Os itens da atividade 1 são particularmente oportunos para que os estudantes possam identificar que a leitura é uma forma de entretenimento que possibilita o aprendizado. Trata-se de um momento propício para incentivá-los ao hábito da leitura. A atividade 2 permite aos estudantes trabalhar um conceito, uma abstração; a depender da resposta, é possível avaliar quanto os estudantes têm evoluído em seu

108


5 REGISTRE TRÊS APRENDIZADOS QUE VOCÊ CONQUISTOU DURANTE ESTE ANO. Resposta pessoal.

6 PREENCHA SUA LINHA DO TEMPO ABAIXO COM AS SEGUINTES INFORMAÇÕES: Resposta pessoal.

A) PASSADO – UM APRENDIZADO DA EDUCAÇÃO INFANTIL QUE VOCÊ CONSIDERA QUE FOI IMPORTANTE PARA ESTE ANO.

Caso tenha feito a dinâmica do pote da gratidão, essa é uma boa oportunidade para retomar os sentimentos e as falas dos estudantes. É muito importante valorizar as conquistas e as boas experiências em ambiente escolar. Essas atividades ajudam no processo de aprendizagem significativa.

B) PRESENTE – ALGO QUE VOCÊ APRENDEU ESTE ANO.

ASHATILOV/SHUTTERSTOCK

C) FUTURO – ALGO QUE VOCÊ GOSTARIA DE APRENDER NO PRÓXIMO ANO.

PASSADO

PRESENTE

FUTURO

109

amadurecimento cognitivo, visto que estão entrando na fase de entender abstrações e conseguir utilizá-las no cotidiano. A atividade 4 permite identificar se os estudantes têm condutas de autonomia, se conseguem escolher uma literatura, se estão conectados com sua criatividade e suas fantasias. As atividades 5 e 6 trabalham a capacidade de compreender ideias abstratas, como conquistas cognitivas e passagem do tempo com projeção para o futuro. Esses conceitos trazem indícios das conquistas cognitivas e do amadurecimento socioemocional, que, embora não seja mensurável, é bastante importante para perceber essas conquistas e verificar o amadurecimento da turma.

109


É importante que você identifique se os estudantes conseguem organizar os acontecimentos de forma cronológica, e nomear o que pertence à esfera privada – familiar. Caso perceba alguma dificuldade nesses quesitos, retome o conteúdo teórico, pois esse é um conhecimento essencial para a faixa etária.

PARA FINALIZAR

VETOR STOCK/SHUTTERSTOCK

1 DESENHE UM ACONTECIMENTO QUE TENHA OCORRIDO COM VOCÊ: Respostas pessoais.

É esperado que os estudantes consigam diferenciar responsabilidades da vida doméstica e responsabilidades da vida escolar, um tema bastante trabalhado durante o ano letivo. Caso perceba dificuldades, liste com a turma essas diferentes atribuições e fixe um cartaz na sala de aula. Esse cartaz precisa ser feito a partir das contribuições da turma, para que tenha valor pedagógico. Se julgar oportuno, retome o conteúdo teórico no livro do estudante.

AOS 4 ANOS DE IDADE. NOS ÚLTIMOS DIAS.

AOS 2 ANOS DE IDADE.

NO ANO PASSADO.

• CONTORNE QUAIS DESSES ACONTECIMENTOS VOCÊ VIVENCIOU COM A SUA FAMÍLIA. 2 ESCREVA DUAS RESPONSABILIDADES QUE VOCÊ REALIZA:

EM CASA

NA ESCOLA

Resposta pessoal.

Resposta pessoal.

3 PINTE DE LARANJA AS BRINCADEIRAS ATUAIS E DE VERDE AS BRINCADEIRAS QUE JÁ

EXISTIAM EM OUTRAS ÉPOCAS.

110

110

verde IOIÔ

verde BAMBOLÊ

laranja VIDEOGAME

verde CIRANDA

verde JOGO DE TABULEIRO

laranja JOGO DE CELULAR

verde AMARELINHA

verde PIPA

verde PIÃO


4 ESCOLHA TRÊS PESSOAS QUE VOCÊ CONHECE E PEÇA AJUDA A ELAS PARA

PREENCHER O QUADRO A SEGUIR.

PESSOA DA FAMÍLIA

PROFISSIONAL DA EDUCAÇÃO

MEMBRO DA COMUNIDADE

NOME

Resposta pessoal.

Resposta pessoal.

Resposta pessoal.

PRINCIPAL RESPONSABILIDADE EM RELAÇÃO A MIM

Resposta pessoal.

Resposta pessoal.

Resposta pessoal.

LUGAR ONDE CONVIVE COMIGO

Resposta pessoal.

Resposta pessoal.

Resposta pessoal.

Esta atividade representa uma excelente oportunidade de verificar se os estudantes conseguem identificar a passagem do tempo por meio de imagens. Caso você perceba alguma dificuldade, é possível retomar o conteúdo teórico e mostrar outras imagens que retratem o cotidiano em décadas passadas.

AGORA, RESPONDA: A) TODAS ESSAS PESSOAS EXERCEM O MESMO PAPEL EM RELAÇÃO A VOCÊ? SIM.

X

NÃO.

B) QUEM SÃO AS PESSOAS QUE ENSINAM REGRAS DE CONVIVÊNCIA A VOCÊ? Espera-se que os estudantes indiquem o familiar e o profissional da educação.

1

ANA DRUZIAN

ANA DRUZIAN

5 OBSERVE AS FOTOGRAFIAS E FAÇA O QUE SE PEDE. 1X

Esta atividade é complementar à atividade 2, ambas se fortalecem e contribuem para que os estudantes compreendam a função social de cada ambiente do qual participam, especialmente, o ambiente familiar e o escolar e que são constitutivos nessa faixa etária.

A) ASSINALE COM UM X A FOTO QUE REPRESENTA UMA FAMÍLIA DO PASSADO. B) COMO VOCÊ IDENTIFICOU TRATAR-SE DE UMA FAMÍLIA DO PASSADO?

Espera-se que os estudantes indiquem, entre outras observações, as características da imagem e as vestimentas das pessoas. 6 ESCREVA O NOME DE UMA FESTIVIDADE QUE ACONTECE: Respostas pessoais.

A) NA SUA ESCOLA: B) SOMENTE NA SUA CASA: C) PARA TODA A COMUNIDADE PARTICIPAR: 111

111


REFERÊNCIAS ABREU, M.; SOIHET, R. (ORG.). ENSINO DE HISTÓRIA: CONCEITOS, TEMÁTICAS, METODOLOGIAS. RIO DE JANEIRO: CASA DA PALAVRA, 2009. BARRETTO, E. S. (ORG.). OS CURRÍCULOS DO ENSINO FUNDAMENTAL PARA AS ESCOLAS BRASILEIRAS. SÃO PAULO: FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS, 1998. BITTENCOURT, C. ENSINO DE HISTÓRIA: FUNDAMENTOS E MÉTODOS. SÃO PAULO: CORTEZ, 2005. BITTENCOURT, C. (ORG.). O SABER HISTÓRICO NA SALA DE AULA. 8. ED. SÃO PAULO: CONTEXTO, 2003. BORGES, V. P. O QUE É HISTÓRIA. 12. ED. SÃO PAULO: BRASILIENSE, 1987. (COLEÇÃO PRIMEIROS PASSOS). BRASIL. BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR. BRASÍLIA, DF: MEC, 2017. DISPONÍVEL EM: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/. ACESSO EM: 26 JAN. 2021. BRASIL. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988. BRASÍLIA: PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA: CASA CIVIL. DISPONÍVEL EM: www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. ACESSO EM: 26 JAN. 2021 BRASIL. DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA. BRASÍLIA, DF: MEC, 2013. DISPONÍVEL EM: http://portal.mec.gov.br/docman/julho-2013-pdf/13677-diretrizes-educacao-basica-2013-pdf/ file. ACESSO EM: 26 JAN. 2021. BRASIL. LEI NO 8.069 DE 13 DE JULHO DE 1990. ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. BRASÍLIA: PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA: CASA CIVIL. DISPONÍVEL EM: www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm. ACESSO EM: 28 JAN. 2021. CABRINI, C. ET AL. O ENSINO DE HISTÓRIA: REVISÃO URGENTE. 2. ED. SÃO PAULO: BRASILIENSE, 1986. CARRETERO, M.; ROSA, A.; GONZÁLES, F. (ORG.). ENSINO DE HISTÓRIA E MEMÓRIA COLETIVA. PORTO ALEGRE: ARTMED, 2007. CERTEAU, M. A ESCRITA DA HISTÓRIA. 2. ED. RIO DE JANEIRO: FORENSE UNIVERSITÁRIA, 2002. CHARTIER, R. HISTÓRIA CULTURAL: ENTRE PRÁTICAS E REPRESENTAÇÕES. LISBOA; RIO DE JANEIRO: DIFEL; BERTRAND BRASIL, 1990. CORDEIRO, J. F. P. FALAS DO NOVO, FIGURAS DA TRADIÇÃO: O NOVO E O TRADICIONAL NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA (ANOS 70 E 80). SÃO PAULO: EDITORA UNESP, 2002. FONSECA, S. G. CAMINHOS DA HISTÓRIA ENSINADA. CAMPINAS: PAPIRUS, 2001. FREITAS, M. C. (ORG.). HISTORIOGRAFIA BRASILEIRA EM PERSPECTIVA. 4. ED. SÃO PAULO: CONTEXTO, 2001. FURET, F. A OFICINA DA HISTÓRIA. LISBOA: GRADIVA, 1990. GEERTZ, C. A INTERPRETAÇÃO DAS CULTURAS. RIO DE JANEIRO: LTC, 1989. HALBWACHS, M. MEMÓRIA COLETIVA. SÃO PAULO: VÉRTICE, 1990. LE GOFF, J. HISTÓRIA E MEMÓRIA. CAMPINAS: EDITORA DA UNICAMP, 2013. LEITE, M. L. M. O ENSINO DE HISTÓRIA NO PRIMÁRIO E NO GINÁSIO. SÃO PAULO: CULTRIX, 1969. LUCINI, M. TEMPO, NARRATIVA E ENSINO DE HISTÓRIA. PORTO ALEGRE: MEDIAÇÃO, 2003. MARROU, H. DO CONHECIMENTO HISTÓRICO. 7. ED. SÃO PAULO: MARTINS FONTES, 1975. MCLAREN, P. MULTICULTURALISMO CRÍTICO. SÃO PAULO: CORTEZ/INSTITUTO PAULO FREIRE, 2000. MONTEIRO, A. M. PROFESSORES DE HISTÓRIA: ENTRE SABERES E PRÁTICAS. RIO DE JANEIRO: MAUAD, 2007. MONTEIRO, A. M. GASPARELLO, A. M.; MAGALHÃES, M. S. (ORG.). ENSINO DE HISTÓRIA: SUJEITOS, SABERES E PRÁTICAS. RIO DE JANEIRO: MAUAD, 2007. NOVAES, A. (ORG.). TEMPO E HISTÓRIA. SÃO PAULO: COMPANHIA DAS LETRAS, 1992. PINSKY, J. (ORG.). O ENSINO DE HISTÓRIA E A CRIAÇÃO DO FATO. 10. ED. SÃO PAULO: CONTEXTO, 2002. RÜSEN, J. RAZÃO HISTÓRICA, TEORIA DA HISTÓRIA: OS FUNDAMENTOS DA CIÊNCIA HISTÓRICA. BRASÍLIA (DF): EDITORA UNB, 2001. SILVA, M. (ORG.). REPENSANDO A HISTÓRIA. RIO DE JANEIRO: ANPUH/MARCO ZERO, 1984. ZAMBONI, E. (ORG.). QUANTO TEMPO O TEMPO TEM! CAMPINAS: ÁTOMO&ALÍNEA, 2003.

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