HISTÓRIA 2° ANO - MANUAL DO PROFESSOR

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Ensino Fundamental • Anos Iniciais

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História Ensino Fundamental • Anos Iniciais

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Tainá Nogueira Bacharel em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Mestre em Multimeios pela Universidade Estadual de Campinas. Editora de didáticos. Histmateriais ór ia Ensino Fundamental • Anos Iniciais

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DESCOBERTAS 1a edição São Paulo, 2021

História Ensino Fundamental • Anos Iniciais

MANUAL DO PROFESSOR

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Universo das Descobertas História – 2º ano

Conselho Editorial Alessandro Gerardi, Alessio Fon Melozo, Luis Afonso G. Neira, Luis Matos, William Nakamura

© UDL Educação

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Dados

Internacionais de Catalogação na Publicação Angélica AngélicaIlacqua IlacquaCRB-8/7057 CRB-8/7057

(CIP)

N716u Nogueira, Tainá

Universo fundamental São Paulo : (Universo

das descobertas : História : Ensino : Anos iniciais : 2º ano / Tainá Nogueira. –– Universo da Literatura – UDL Educação, 2021. das descobertas ; 2)

ISBN 978-65-89871-44-6 (aluno) ISBN 978-65-89871-54-5 (professor) 1. História (Ensino fundamental) I. Título II. Série 21-3309

CDD 372.89

Índices para catálogo sistemático: 1. História : Ensino Fundamental I

Direção Editorial Alessandro Gerardi Coordenação Editorial Priscilla Cerencio/Ex-libris Soluções Didáticas e Editoriais Edição Priscilla Cerencio Ex-libris Soluções Didáticas e Editoriais Revisão de textos Débora Tamayose e Hires Héglan/Ex-libris Soluções Didáticas e Editoriais Projeto gráfico Escala Educacional e Ex-libris Soluções Didáticas e Editoriais Capa Todotipo Editorial Ilustração de capa Ilustracartoon Editoração eletrônica e Arte Ex-Libris Soluções Didáticas e Editoriais Licenciamento de textos e imagens Andrea Bolanho Pesquisa e Licenciamento

Todos os direitos reservados: UDL Educação Av. Ordem e Progresso, nº 157, sala 803 - Várzea da Barra Funda CEP 01141-030 - São Paulo - SP – Brasil Phone/Fax: 55 11 3392 3336 www.udleducacao.com.br contato@udleducacao.com.br

Pesquisa iconográfica Andrea Bolanho Pesquisa e Licenciamento


Sumário Apresentação................................................................................................................................. IV 1. Orientações gerais.................................................................................................................. V 1.1 O ensino de História no Ensino Fundamental - Anos Iniciais ...................................... V Propostas curriculares de História............................................................................................ VI Os desafios do ensino de História............................................................................................VII Somos sujeitos da História........................................................................................................VII 1.2 Pressupostos teórico-metodológicos da coleção............................................................VII

2. Estrutura e organização da coleção...........................................................................VIII 2.1 Os conteúdos..........................................................................................................................VIII 2.2 A estrutura..............................................................................................................................VIII 2.3 Os graus de dificuldade de cada volume ......................................................................... IX

3. Avaliação...................................................................................................................................... X 4. Planejamento do 2o ano..................................................................................................... XI 5. Referências.............................................................................................................................. XVI Livro do Estudante...................................................................................................................... 1 Apresentação.................................................................................................................................. 3 Conheça seu livro......................................................................................................................... 4 Sumário.............................................................................................................................................. 6 Unidade 1 - Somos diferentes, mas iguais......................................................................10 Unidade 2 - Crianças no tempo........................................................................................26 Unidade 3 - Festas e festejos............................................................................................40 Unidade 4 - Festas de todos os tempos...........................................................................54 Unidade 5 - Casas e moradas...........................................................................................68 Unidade 6 - As moradias no tempo.................................................................................80 Unidade 7 - Com trabalho, tudo se transforma..............................................................96 Unidade 8 - Tipos de trabalho e de trabalhador...........................................................110

Referências................................................................................................................................... 128


Caro professor, Elaboramos este manual especialmente para você, com o intuito de contribuir com seu trabalho de educador junto aos estudantes, principalmente no ensino de História. Aqui, nestas páginas, você encontrará as diretrizes teóricas e metodológicas que orientaram a elaboração deste projeto, discussões sobre o ensino e a aprendizagem em História, além de sugestões de como utilizar o material em sala de aula e adequá-lo ao seu planejamento. Esta coleção foi feita conforme as habilidades e competências elencadas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), seguindo as Diretrizes Curriculares Nacionais e os preceitos da Política Nacional de Alfabetização. Esperamos que este manual seja uma ferramenta útil para suas aulas e atualização docente. Ótimo trabalho! A autora e a equipe editorial deste livro


Orientações gerais O ensino de História no Ensino Fundamental – Anos iniciais Desde os anos 1980, com todas as transformações políticas e sociais vividas no Brasil em decorrência do movimento de redemocratização, a educação e, consequentemente, o ensino de História vêm sendo intensamente discutidos. Nesse cenário político, com as demandas da sociedade mais expostas e discutidas abertamente, foram publicados o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em 1990, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), em 1996, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), em 1996, as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica (DCN), em 2013, e, por fim, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), em 2018, e a Política Nacional de Alfabetização (PNA), em 2019. O ECA representou uma virada histórica na forma de conceber a infância e a juventude. Os direitos da criança e do adolescente, entre os quais está o acesso à educação, passaram a ser considerados de responsabilidade do Estado, das famílias e de toda a sociedade. A LDB reafirma esse princípio ao mencionar, no artigo 32, que é direito de todas as crianças o acesso ao Ensino Fundamental, obrigatório e gratuito em escola pública, tendo como finalidade a formação básica do cidadão. Além disso, reconhece a importância de um ensino de História que leve “em conta as contribuições das diferentes culturas e etnias para a formação do povo brasileiro, especialmente das matrizes indígena, africana e europeia”. Os PCNs e a DCN trouxeram novos horizontes ao segmento e, consequentemente, aos componentes curriculares escolares que os compõem. Nesse sentido, no que se refere à História, eles constituíram um esforço de sistematização do conhecimento na área para um novo tempo, para uma nova infância, para uma nova escola. Para substituir uma História focada na memorização e sem relação com as questões do presente, essas iniciativas conduziram ao diálogo entre passado e presente e também à seleção de acontecimentos históricos relevantes para os diferentes contextos de estudo. Além disso, a concepção de sujeitos históricos deixou de se restringir a indivíduos ilustres, passando a incluir pessoas comuns, diferentes grupos sociais, crianças, mulheres, organizações, e instituições. Embora esses avanços tenham sido significativos, havia ainda a necessidade de diretrizes pedagógicas que garantissem a equidade na educação, tendo em vista a grande diversidade cultural e as desigualdades sociais presentes no país. Assim, com base na LDB, que previa o estabelecimento de competências e diretrizes para a educação básica que norteassem currículos e seus conteúdos mínimos, foi concebida a Base Nacional Comum Curricular.

Entendendo-se competência como mobilização e aplicação de conhecimentos (conceitos, procedimentos, valores, atitudes), de acordo com a BNCC, espera-se tornar o educando capaz de acionar e utilizar seus conhecimentos na busca de resoluções de problemas. Com esse intuito, a BNCC elenca dez competências gerais, que perpassam todos os componentes curriculares da educação básica, e sete competências específicas para História.

COMPETÊNCIAS GERAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA 1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. 2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas. 3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural. 4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo. 5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva. 6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade. 7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta. V


8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas. 9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza. 10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018. p. 9-10.

A Política Nacional de Alfabetização, por sua vez, foi criada com o objetivo de melhorar a qualidade da alfabetização no país, combatendo o analfabetismo absoluto e o analfabetismo funcional. Para isso, ela prevê o desenvolvimento da literacia e da numeracia. A literacia é entendida como o conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes relacionados à leitura e à escrita, bem como sua prática produtiva. Segundo essa política, ela deve ser desenvolvida da forma a seguir nos anos iniciais do Ensino Fundamental. • 1o ano: aquisição de vocabulário, desenvolvimento da consciência fonológica, aquisição de habilidades de leitura (decodificação) e de escrita (codificação). • 2o ano ao 5o ano: além das habilidades acima, são desenvolvidas a fluência em leitura oral e a interpretação de textos.

Propostas curriculares de História COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE HISTÓRIA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL 1. Compreender acontecimentos históricos, relações de poder e processos e mecanismos de transformação e manutenção das estruturas sociais, políticas, econômicas e culturais ao longo do tempo e em diferentes espaços para analisar, posicionar-se e intervir no mundo contemporâneo. 2. Compreender a historicidade no tempo e no espaço, relacionando acontecimentos e processos de transformação e manutenção das estruturas sociais, políticas, econômicas e culturais, bem como problematizar os significados das lógicas de organização cronológica. 3. Elaborar questionamentos, hipóteses, argumentos e proposições em relação a documentos, interpretações e contextos históricos específicos, recorrendo a diferentes linguagens e mídias, exercitando a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos, a cooperação e o respeito. 4. Identificar interpretações que expressem visões de diferentes sujeitos, culturas e povos com relação a um mesmo contexto histórico, e posicionar-se criticamente com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. 5. Analisar e compreender o movimento de populações e mercadorias no tempo e no espaço e seus significados históricos, levando em conta o respeito e a solidariedade com as diferentes populações. 6. Compreender e problematizar os conceitos e procedimentos norteadores da produção historiográfica. 7. Produzir, avaliar e utilizar tecnologias digitais de informação e comunicação de modo crítico, ético e responsável, compreendendo seus significados para os diferentes grupos ou estratos sociais. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018. p. 402. VI

Em artigo em que analisa as propostas curriculares nos diferentes estados brasileiros, a professora Circe Bittencourt (1998) identifica como conceitos básicos desenvolvidos nos anos iniciais do Ensino Fundamental o de cultura, vinculado à construção das noções de semelhanças e diferenças, e o de organização social e do trabalho. Também aponta a introdução das noções de tempo e espaço histórico desde o processo de alfabetização. Em relação à noção de tempo histórico, os documentos oficiais que orientam esse componente curricular recomendam que se trabalhe a ideia de antes e depois, com o conceito de geração e o conceito de duração. Dessa forma, os estudantes dos anos iniciais do Ensino Fundamental poderão compreender, de maneira gradual, que a noção de tempo histórico não se restringe ao tempo cronológico. Outra proposta comum para os anos iniciais é a problematização dos temas abordados por meio da história local. Essa prática permite que se contextualizem os problemas do presente, articulando questões locais, regionais, nacionais e internacionais. Assim, a escolha dos conteúdos e problemas deve começar na história local associada à história do cotidiano, possibilitando a introdução de novos objetos, sujeitos e métodos. A BNCC propõe o estudo de História por meio de diferentes fontes (escritas, iconográficas, materiais e imateriais) que proporcionem a compreensão da relação entre tempo e espaço e das relações sociais que as produziram. Registros e vestígios trazem em si as experiências humanas, revelando sujeitos, suas formas de produção, circulação e consumo, que se verifica por meio de processos de identificação, comparação, contextualização, interpretação e análise. Nesse sentido, a BNCC pretende que estudantes e professores incorporem atitude historiadora diante dos conteúdos propostos.


Os desafios do ensino de História O mundo social vivenciado pelos estudantes atualmente é infinitamente mais dinâmico e complexo que o de algumas décadas atrás. Hoje, eles têm acesso às informações por meio do uso mais difundido da internet e das múltiplas ferramentas de busca. Além disso, a comunicação virtual, com a multiplicação de redes sociais, propicia uma nova dinâmica de relações para a nova geração. Cada vez mais, os estudantes se veem diante de questões que desafiam a sociedade e se tornaram parte do cotidiano das pessoas. Dessa maneira, justifica-se a necessidade de se trabalhar em sala de aula temas contemporâneos, como direitos da criança e do adolescente, preservação do meio ambiente, educação alimentar e nutricional, processo de envelhecimento, respeito e valorização do idoso, educação em direitos humanos, saúde, vida familiar e social, educação para o consumo, trabalho, ciência e tecnologia, diversidade cultural, entre outros. Nesse cenário, sistematizar informações acerca de acontecimentos, mudanças e fenômenos sociais contemporâneos, transformando-os em saberes escolares, passou a ser um desafio do ensino de História. Assim, para assegurar as aprendizagens essenciais em cada etapa da educação básica, fazem sentido as ações propostas pela BNCC, como contextualizar os conteúdos, consolidar a interdisciplinaridade entre os componentes curriculares, adotar diferentes metodologias e estratégias didático-pedagógicas, procurar motivar e engajar os alunos na aprendizagem, adotar recursos didáticos e tecnológicos que contribuam para o processo de ensino e aprendizagem.

Somos todos sujeitos da História Nos anos iniciais, é recomendado que o estudo de História propicie aos estudantes o reconhecimento de sua história de vida e da de outras pessoas de sua convivência para que construam as próprias narrativas sobre essas histórias. De acordo com a BNCC:

O exercício do “fazer história”, de indagar, é marcado, inicialmente, pela constituição de um sujeito. Em seguida, amplia-se para o conhecimento de um “Outro”, às vezes semelhante, muitas vezes diferente. Depois, alarga-se ainda mais em direção a outros povos, com seus usos e costumes específicos. Por fim, parte-se para o mundo, sempre em movimento e transformação. Em meio a inúmeras combinações dessas variáveis – do Eu, do Outro e do Nós –, inseridas em tempos e espaços específicos, indivíduos produzem saberes que os tornam mais aptos para enfrentar situações marcadas pelo conflito ou pela conciliação. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018. p. 347-348.

Essa forma de estudar História é essencial para alicerçar o conhecimento de outras localidades, cidades, estados e países. Desse modo, os estudantes compreendem pela experiência que a História pode ser escrita sob múltiplas perspectivas. Quando o estudante se coloca como narrador, percebe também que a noção de espaço e de tempo é essencial para a compreensão dos períodos históricos. O ensino de História deve permitir aos estudantes que desenvolvam as próprias representações da época em que vivem e, ao mesmo tempo, pratiquem uma análise crítica sobre a memória coletiva. O principal intuito do componente curricular é favorecer a formação de sujeitos que questionem a realidade que os cerca – aprendendo que podem atuar na transformação da realidade histórica na qual estão inseridos – e reconheçam as multiplicidades de realidades sociais e dimensões vividas.

Pressupostos teórico-metodológicos da coleção No início do século XX, os historiadores Marc Bloch e Lucien Febvre criaram uma perspectiva histórica que posteriormente ficaria conhecida por Escola dos Annales. Contra a concepção linear do tempo histórico e as análises que narravam a sucessão cronológica dos fatos, Bloch introduziu a perspectiva de permanência na análise histórica, alterando profundamente o modo de pensar a relação passado – presente – futuro. Ao admitir que a sociedade é um jogo de interações, Bloch abriu caminho para que se considerassem os ritmos de cada uma das partes, analisando aquilo que se apresenta em termos de continuidade e de mudança (REIS, 1994). O resultado foi o surgimento de novos objetos, novos problemas e de novas abordagens dos fatos sociais. A Escola dos Annales transformou o cotidiano social em objeto de investigação e, assim, a natureza, a alimentação, as práticas de leitura, o corpo humano, os temas étnico-raciais, entre outros, foram anunciados como objetos da História. Enfim, a nova História abria-se para investigações no campo da história econômica, social e cultural, privilegiando a história de sujeitos coletivos. Esse enfoque sugere o estudo de uma sociedade com base em um de seus aspectos particulares. A pesquisa histórica, então, assumiu uma dimensão dialética, na qual a permanência de um aspecto revelava sua mudança, e vice-versa. Ao introduzir os acontecimentos em uma perspectiva de longa duração, os Annales permitiram, portanto, uma nova relação temporal, que passou a ser ordenada por meio da problematização de um acontecimento no tempo presente e da interpretação do que esse acontecimento representa em termos de mudanças e permanências na história. Interrogar o documento mediante os problemas do mundo tornou-se a operação historiográfica. Fernand Braudel, outro importante representante da Escola dos Annales, emprestando categorias de análise de áreas como Antropologia, Economia, Sociologia e VII


Geografia, inseriu a noção de ritmos da temporalidade, dimensionando e diferenciando os eventos que aconteciam no plano imediato (curta duração), no nível conjuntural (média duração) e no estrutural (longa duração). Essas novas orientações no campo historiográfico redefiniram a visão de muitos historiadores sobre o ensino de História e seus objetivos e acabaram incorporadas a muitos dos currículos do ensino básico. Essas perspectivas estão na base desta coleção. Busca-se partir das questões do presente próximas dos alunos e estabelecer as articulações entre o local, o nacional e o geral. O estudo da realidade mais próxima do estudante permite que ele crie vínculos com a memória familiar, com o mundo do trabalho, das migrações e das festas, bases da constituição de identidades individuais, sociais e coletivas. Na coleção, essa história local ou do lugar associa-se à história do cotidiano, sobretudo do cotidiano da criança (seu tempo e espaço). O cotidiano das pessoas torna-se objeto de investigação: as brincadeiras e os brinquedos de hoje e de outros tempos, os hábitos alimentares de diferentes lugares e de épocas distintas, o jeito de se vestir, as tarefas diárias de adultos e crianças, os tipos de moradia etc. Na construção do conhecimento histórico, os conceitos de tempo, sujeito, espaço e acontecimento histórico são essenciais e, por isso, precisam ser trabalhados e avaliados de forma integrada. Desse modo, é fundamental a valorização do cotidiano social que permeia a vida dos alunos e sua relação com a experiência histórica de outros grupos, lugares e tempos. É dessa forma que o estudante poderá situar-se historicamente, ou seja, compreendendo que pessoas, relações e atividades do seu cotidiano se articulam à dinâmica cultural, social, política e econômica de elementos históricos, próximos e distantes espacialmente, simultâneos e anteriores em termos temporais. Em relação aos métodos de ensino, a coleção parte da ideia de que os estudantes têm saberes sobre os objetos de ensino e que é necessário articular esses conhecimentos prévios aos conteúdos que serão ensinados. É preciso considerar que o estudante chega à sala de aula com certas noções sociais de tempo, sujeito e acontecimento histórico. Além disso, o professor poderá identificar e analisar as relações estabelecidas pelos estudantes entre os seus conhecimentos prévios e os novos saberes, para planejar as intervenções adequadas, a fim de ajudá-los a avançar no processo de aprendizagem. Portanto, propõe-se um método no qual o estudante tem um papel ativo na construção do conhecimento sobre conceitos, noções e acontecimentos históricos. Outro aspecto da metodologia adotada diz respeito às relações e comparações estabelecidas entre o presente e o passado, em um mesmo espaço ou em lugares diferentes, com o objetivo de levar o estudante, gradualmente, à compreensão da realidade em uma dimensão histórica. VIII

Estrutura e organização da coleção Os conteúdos A coleção é composta de cinco volumes, cada qual dividido em unidades centradas em um tema específico. O volume do 1o ano desenvolve conteúdos pertinentes ao aluno, ao Eu, tratando de temas como: ser criança, a identidade, família e escola. Por meio desses temas, a ideia é desenvolver a noção de identidade, individual e coletiva, vinculada aos grupos de convívio mais próximos do estudante (a família, os amigos, a escola). O volume do 2o ano, por sua vez, está centrado na ideia do Eu e o outro, abordando assuntos como: crianças de diferentes lugares, crianças no tempo, formas de morar e festas. Começamos, assim, no universo da criança, a realidade mais próxima do aluno, apresentando diferenças no tempo e no espaço, para discutir as moradias, as características do viver e as questões relacionadas à produção de bens, sempre nos preocupando em incentivá-lo a perceber e conhecer as diferentes formas de registro e evidências históricas. O volume do 3o ano tem como base o Eu, o outro, nós. Seus temas estão centrados na cidade, no campo, nas formas de vida, trabalho e lazer que se consolidaram ao longo do tempo nesses espaços. Procuramos, assim, chamar a atenção para a construção dos espaços (cidade e campo), trabalhando diferenças entre urbano e rural. Trabalhamos ainda as comemorações e as questões ambientais relacionadas a esses espaços. Os conteúdos do volume do 4o ano ampliam as temáticas já tratadas até aqui. Deixa de se configurar especificamente ao redor do aluno para abordar temas pertinentes à construção do conhecimento histórico, às origens da humanidade, à formação dos brasileiros, entre outros. O livro tem como pano de fundo a mobilidade e a incessante transformação das culturas e dos modos de viver. O volume do 5o ano, por fim, desenvolve temas como os primeiros povos ao redor dos grandes rios, a formação do Estado, o surgimento da escrita, a cidadania e o patrimônio histórico. Sempre com os olhos no presente, é um mergulho pelos processos históricos que deram origem às sociedades contemporâneas.

A estrutura Cada unidade apresenta estratégias e recursos variados para o ensino de História no texto principal, nas imagens, nos quadros e nas seções de atividades. O propósito é desenvolver a percepção e o domínio das noções e dos conceitos centrais do componente curricular. Porém, tais estratégias e recursos podem ser escolhidos e combinados, conforme os objetivos do curso e, sobretudo, de acordo com o perfil da turma. As aberturas de unidades desta coleção foram projetadas para despertar o interesse do aluno pelo tema a ser desenvolvido, organizar os conhecimentos prévios e a elaborar hipóteses.


O texto principal, por sua vez, é aquele destinado a desenvolver o tema central da unidade e do qual deriva todo o restante do conteúdo. Ele desenvolve o tema da unidade por meio de linguagem adequada à faixa etária dos estudantes. Os intertítulos cumprem papel relevante nessa organização e sistematizam o assunto a ser estudado. Em geral, os conteúdos de cada unidade estão organizados com base em um olhar sobre o tempo presente e a realidade do estudante. Busca-se, então, localizar os assuntos ao longo do tempo e em outros espaços. Considerando a preocupação de formar estudantes com domínio de múltiplas habilidades e competências, foram ainda elaboradas seções de atividades que possibilitam o trabalho em grupo, a leitura de imagens e de textos, a expressão oral ou escrita e a pesquisa, entre outros recursos. As unidades também contêm quadros chamados +História, que oferece sugestões de livros, filmes e sites sobre os assuntos tratados. Cabe destacar as seções que trabalham os conceitos fundamentais para a construção do conhecimento histórico. A seção De olho no sujeito apresenta a diversidade de indivíduos e grupos que são sujeitos da história. A seção De olho no tempo trabalha a noção de tempo histórico sem se limitar ao tempo cronológico. Por meio dela, procura-se apresentar aos estudantes as noções de diferentes ritmos de duração e a ideia de mudanças e permanências. Por sua vez, a seção De olho nas pistas aborda as evidências históricas, destacando a diversidade de materiais utilizados para a escrita da História. Ao final de cada unidade existe a seção Juntando saberes, um conjunto de atividades que propõem desde a sistematização do conteúdo até pesquisas e entrevistas. Nela são trabalhadas habilidades, como a comparação entre passado e presente, a identificação de diferenças e semelhanças, noções de mudanças e permanências e diferentes ritmos e níveis temporais. Essas atividades não são apenas um instrumento de sistematização e assimilação do conteúdo. Elas também foram planejadas para estabelecer debates, incentivar o trabalho coletivo e a pesquisa, contribuindo com a formação integral dos estudantes. Para orientar os estudantes, algumas atividades são identificadas com ícones, informando-lhes se devem ser realizadas oralmente, em dupla ou em grupo:

Ícone

Descrição Atividade oral Atividade em dupla Atividade em grupo

Para dar suporte ao trabalho do docente, o Manual do Professor, além de conter respostas e orientações de encaminhamento dos conteúdos e das atividades, apresenta mais um ícone – Tema contemporâneo – central do volume. Apesar de, ao longo dos volumes, o material perpassar os diversos temas contemporâneos transversais, em cada ano um deles tem um destaque maior, de acordo com a temática principal desenvolvida ao longo do ano. Esses temas podem ser identificados em um ícone visível somente ao professor.

Ícone VIDA FAMILIAR E SOCIAL

Descrição Tema contemporâneo de destaque

Ao longo da coleção, você perceberá que várias atividades não estão acompanhadas por nenhum dos ícones apresentados no quadro acima. Atividades sem ícone são aquelas que sugerimos que sejam realizadas individualmente e, em geral, requerem produção escrita dos estudantes. O Manual do Professor ainda oferece alguns recursos extras para sala de aula, em especial as Atividades complementares e sugestões que o professor pode adaptar às suas condições de trabalho.

Os graus de dificuldade de cada volume Uma característica importante da coleção é a graduação de dificuldade ao longo dos cinco volumes. Nos volumes do 1o ano e do 2o ano, em virtude de os estudantes ainda estarem em processo de alfabetização, preocupamo-nos em oferecer um número maior de atividades orais, com diálogos e debates sobre os temas propostos. Aos poucos, porém, nesses volumes, as atividades escritas vão sendo inseridas em maior quantidade para, nos volumes seguintes, serem cada vez mais requeridas, acompanhando as expectativas de literacia do PNA. O mesmo ocorre com os graus de dificuldade de leitura e resolução de atividades. Nos primeiros volumes, os textos mais longos e complexos foram pensados para serem intermediados pelo professor. Há também um maior número de atividades intercaladas ao longo do conteúdo, de forma a criar maior interação com o pequeno estudante. Esses artifícios vão sendo reduzidos conforme os estudantes avançam no aprendizado. Nos dois últimos volumes, a forma de abordar os assuntos se torna mais complexa, sendo que, no quinto, procuramos nos aproximar dos livros dos Anos Finais do Ensino Fundamental. Assim, com tais estratégias de graduação progressiva de dificuldades ao longo da coleção, acreditamos estar preparando os estudantes para uma transição suave entre os anos e entre os diferentes ciclos de ensino. IX


Avaliação O ensino e aprendizagem não estaria completo sem as avaliações. Avaliar a aprendizagem do conhecimento histórico no espaço escolar envolve tanto a aprendizagem dos conteúdos como a construção de relações sociais mais amplas entre os alunos e as coisas do mundo. No processo de avaliação, mais relevante do que mensurar, atribuir uma nota ou um conceito, é obter informações sobre a aprendizagem do estudante, com a finalidade de ajudá-lo a avançar e aprender. A avaliação deve servir para balizar todo o trabalho desenvolvido em sala de aula, desde a adequação do planejamento até o desempenho dos estudantes. É interessante que a avaliação seja encarada como um processo, isto é, seja composta de diversos instrumentos capazes de avaliar diferentes aspectos e momentos da aprendizagem. É importante, para isso, estimular a participação do estudante, explicitando os critérios nos quais se baseiam a avaliação, os meios utilizados e os objetivos a serem alcançados. O professor Charles Hadji (2001), que trata da avaliação formativa, aponta três características principais desse modelo de avaliação. A primeira é o fato de ser uma avaliação informativa, ou seja, que oferece dados sobre a condução do processo de ensino e aprendizagem. A segunda, decorrente da primeira, é a possibilidade de permitir que o professor reflita sobre o seu trabalho com base nos dados fornecidos, e que o estudante tome consciência de suas dificuldades, assim, ele poderá reconhecer e corrigir seus erros. Por fim, a terceira característica é a função “corretiva” dessa avaliação, que é resultado da variabilidade didática. Sobre isso, Hadji é categórico: [...] o professor, assim como o aluno, deve poder “corrigir” sua ação, modificando, se necessário, seu dispositivo pedagógico, com o objetivo de obter melhores efeitos por meio de uma maior “variabilidade didática”. A avaliação formativa implica, por parte do professor, flexibilidade e vontade de adaptação, de ajuste. Este é sem dúvida um dos únicos indicativos capazes de fazer com que se reconheça de fora uma avaliação formativa: o aumento da “variabilidade didática”. Uma avaliação que não é seguida por uma modificação das práticas do professor tem poucas chances de ser formativa! HADJI, C. Avaliação desmistificada. Porto Alegre: Artmed, 2001.

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As correções a serem feitas com o objetivo de melhorar o desempenho do estudante, que concernem, portanto, tanto à ação de ensino do professor quanto à atividade de aprendizagem do aluno, são escolhidas em função da análise da situação, tornando-se possíveis pela avaliação formativa. O remédio baseia-se no diagnóstico, o que permite aos atores retificar as modalidades da ação em andamento. A avaliação formativa, portanto, preocupa-se com todo o processo de ensino e aprendizagem, que não é uniforme e depende dos conhecimentos e das competências desenvolvidos anteriormente por cada um dos estudantes. Assim, a avaliação pressupõe certo grau de individualização do processo de aprendizagem. Por isso, para Hadji, o único procedimento que de fato atesta a prática de uma avaliação formativa é a existência da variabilidade didática, que decorre da obtenção de informações sobre o que e como o estudante aprende. Em outras palavras, em um processo de avaliação formativa, obtemos informações que podem ser usadas para ajudar os diferentes estudantes a aprender. Em consequência, é necessário pensar em propostas diferenciadas. Quando a variabilidade didática não é aplicada, o processo até pode ter sido presidido por uma intenção formativa, mas ela não se concretiza de fato. Uma das formas para viabilizar esse tipo de avaliação é a análise das tarefas sugeridas aos estudantes. Hadji propõe a decomposição da tarefa em suas etapas primordiais para a elaboração de critérios de realização, que norteiam os estudantes na execução da atividade e o professor na apreciação dela. Esses critérios também informariam as dificuldades e facilidades encontradas pelos estudantes ao cumprir a tarefa. No fechamento de cada etapa do processo avaliativo, seja a etapa organizada por blocos de conteúdos, seja associada a períodos escolares, enfatizamos a importância da autoavaliação, momento em que o estudante pode fazer um balanço de seu aproveitamento, contando com o acompanhamento do professor. Para viabilizar a autoavaliação, devem ser apresentados, no início do trabalho com a turma, os objetivos mínimos a serem alcançados. Durante a avaliação, pode-se retomar os temas estudados naquele período, assim como as atividades realizadas, e relembrar com os alunos os objetivos preestabelecidos. Esses dados servirão de parâmetros para a autoavaliação, que pode ser oral ou escrita. É importante lembrar que nem todos os estudantes sentem-se suficientemente seguros para se expor diante do grupo e que essa característica deve ser respeitada. É fundamental apoiar-se nos resultados do processo avaliativo para discutir conquistas e dificuldades, a fim de definir posteriores mudanças.


Planejamento do 2o ano Para o 2o ano, a BNCC preconiza que devem ser desenvolvidas as seguintes habilidades:

Código

Descrição

EF02HI01

Reconhecer espaços de sociabilidade e identificar os motivos que aproximam e separam as pessoas em diferentes grupos sociais ou de parentesco.

EF02HI02

Identificar e descrever práticas e papéis sociais que as pessoas exercem em diferentes comunidades.

EF02HI03

Selecionar situações cotidianas que remetam à percepção de mudança, pertencimento e memória.

EF02HI04

Selecionar e compreender o significado de objetos e documentos pessoais como fontes de memórias e histórias nos âmbitos pessoal, familiar, escolar e comunitário.

EF02HI05

Selecionar objetos e documentos pessoais e de grupos próximos ao seu convívio e compreender sua função, seu uso e seu significado.

EF02HI06

Identificar e organizar, temporalmente, fatos da vida cotidiana, usando noções relacionadas ao tempo (antes, durante, ao mesmo tempo e depois).

EF02HI07

Identificar e utilizar diferentes marcadores do tempo presentes na comunidade, como relógio e calendário.

EF02HI08

Compilar histórias da família e/ou da comunidade registradas em diferentes fontes.

EF02HI09

Identificar objetos e documentos pessoais que remetam à própria experiência no âmbito da família e/ou da comunidade, discutindo as razões pelas quais alguns objetos são preservados e outros são descartados.

EF02HI10

Identificar diferentes formas de trabalho existentes na comunidade em que vive, seus significados, suas especificidades e importância.

EF02HI11

Identificar impactos no ambiente causados pelas diferentes formas de trabalho existentes na comunidade em que vive.

Para contribuir com o planejamento de suas aulas, apresentamos a seguir uma proposta de uso do material ao longo das 40 semanas letivas.

Semana 1

Páginas

Indicações

8e9

Aplicação das atividades diagnósticas da seção Para começar.

10 a 16

Unidade 1 – Somos diferentes, mas iguais Brincando aprendemos a viver em sociedade Brincadeiras daqui De olho nas pistas: brinquedos e brincadeiras têm história • As atividades desta seção podem ser usadas como avaliação contínua. Brincadeiras de outros lugares De olho no sujeito: Brincadeiras indígenas

17 a 19

Modos de vida • A atividade 2 da página 17 pode ser usada como avaliação contínua. Como se vai à escola O que se come • A atividade 2 da página 19 pode ser usada como avaliação contínua.

4

20 a 23

O que você veste Com que roupa eu vou De olho no tempo: A moda na História Histórias que contam

5

24 e 25

Juntar saberes • As atividades desta seção podem ser utilizadas como avaliação formativa.

2

3

Habilidades da unidade EF01HI01 EF01HI02 EF01HI03 EF01HI08 EF02HI07

EF02HI01 EF02HI03 EF02HI04 EF02HI05 EF02HI06 EF02HI07 EF02HI09

XI


Semana

Indicações

26 a 28

Unidade 2 – Crianças no tempo A infância • A atividade 1 da página 28 pode ser usada como avaliação contínua.

7

29 e 30

A infância no passado • A atividade 3 da página 29 pode ser usada como avaliação contínua. A infância no presente • As atividades 2 e 3 da página 30 podem ser usadas como avaliação contínua.

8

31 e 32

História em ação De olho no tempo: contando o tempo

9

32 a 35

De olho no tempo: contando o tempo • A atividade 1 da página 32 pode ser usada como avaliação contínua. O tempo passa • A atividade 1 da página 35 pode ser usada como avaliação contínua.

10

36 a 38

Juntar saberes • As atividades desta seção podem ser utilizadas como avaliação formativa.

11

40 a 42

Unidade 3 – Festas e festejos O que é uma festa?

12

43 a 45

Minha, sua, de todos De olho nas pistas: festa de criança • As atividades dessa seção podem ser usadas como avaliação contínua.

46 e 47

As festas de todos • A atividade 2 da página 46 pode ser usada como avaliação contínua. Comida boa • As atividades da página 47 podem ser usadas como avaliação contínua.

14

48 e 49

Música para alegrar! • A atividade da página 48 pode ser usada como avaliação contínua. Para compartilhar: presente • A atividade 1 da página 49 pode ser usada como avaliação contínua.

15

50 a 53

De olho no sujeito: gostamos de comemorar! Juntar saberes • As atividades desta seção podem ser utilizadas como avaliação formativa.

16

54 a 55

6

13

17

XII

Páginas

56 e 57

Habilidades da unidade

EF02HI01 EF02HI03 EF02HI04 EF02HI05 EF02HI06 EF02HI07 EF02HI09

EF02HI01 EF02HI03 EF02HI07 EF02HI08 EF02HI10

Unidade 4 – Festas de todos os tempos Festas de antigamente • A atividade 2 da página 56 pode ser usada como avaliação contínua. Festas do trabalho

18

58 a 61

Festa do Divino • As atividades 2 e 3 da página 58 podem ser usadas como avaliação contínua. O grande dia De olho no tempo

19

62 e 63

Nos tempos do entrudo Guerrinha de água • A atividade 3 da página 63 pode ser usada como avaliação contínua.

20

64 a 67

Juntar saberes • As atividades desta seção podem ser utilizadas como avaliação formativa. História em ação

21

68 e 69

Unidade 5 – Casas e moradas

22

70 e 71

Diferentes jeitos de morar • A atividade 2 da página 70 pode ser usada como avaliação contínua. Minha casa

23

72 a 75

Vários tipos de moradia • A atividade 4 da página 73 pode ser usada como avaliação contínua. De olho no sujeito: As moradias e seus construtores

EF02HI01 EF02HI02 EF02HI03 EF02HI04

EF02HI03 EF02HI04 EF02HI08 EF02HI10 EF02HI11


Semana

Páginas

Indicações

24

76 e 77

Na minha casa, eu preciso de... • A atividade da página 76 pode ser usada como avaliação contínua. Muito tempo na mesma moradia

25

78 e 79

Juntar saberes • As atividades desta seção podem ser utilizadas como avaliação formativa.

26

80 a 83

Unidade 6 – As moradias no tempo O que tem dentro de casa? Antigos objetos

27

84 e 85

De olho no tempo • As atividades 2 e 3 da página 85 podem ser usadas como avaliação contínua.

86 a 89

As primeiras moradias O surgimento das aldeias • As atividades da página 87 podem ser usadas como avaliação contínua. Vilas e cidades

29

90 a 93

História em ação • A elaboração da maquete pode ser usada como avaliação contínua. Mudanças no jeito de morar Por aqui, antigas moradias

30

94 e 95

Juntar saberes • As atividades desta seção podem ser utilizadas como avaliação formativa.

31

96 a 99

Unidade 7 – Com trabalho, tudo se transforma O trabalho transforma • As atividades da página 99 podem ser usadas como avaliação contínua.

32

100 e 101

Perto de você Quem faz o que • As atividades da página 101 podem ser usadas como avaliação contínua.

33

102 a 105

De olho no sujeito: você é o repórter A produção de um livro • As atividades das páginas 104 e 105 podem ser usadas como avaliação contínua.

34

106 e 107

Mudar com o tempo Um jeito diferente de trabalhar • As atividades da página 107 podem ser usadas como avaliação contínua.

35

108 e 109

Juntar saberes • As atividades desta seção podem ser utilizadas como avaliação formativa.

110 a 114

Unidade 8 – Tipos de trabalho e de trabalhador Trabalho no campo As máquinas e o trabalho Cuidados agrícolas • A atividade da página 114 pode ser usada como avaliação contínua.

37

115 a 117

O trabalho na fábrica • A atividade 2 da página 115 pode ser usada como avaliação contínua. Os trabalhadores das indústrias A indústria atual

38

115 a 1120

Soja brasileira: agricultura e indústria História em ação

39

120 a 125

História em ação Juntar saberes • As atividades desta seção podem ser utilizadas como avaliação formativa.

28

36

40

126 e 127

Aplicação da avaliação de resultados da seção Para finalizar

Habilidades da unidade

EF02HI03 EF02HI04 EF02HI08 EF02HI10

EF02HI04 EF02HI10 EF02HI11

EF02HI03 EF02HI10 EF02HI11

EF02HI01 EF02HI02 EF02HI05 EF02HI10

XIII


Referências ANTUNES, R. Adeus ao trabalho? Ensaio sobre as metamorfoses e a centralidade do mundo do trabalho. São Paulo: Cortez; Campinas: Editora da Unicamp, 1995. BALAKRISHNAN, G. (org.). Um mapa da questão nacional. Rio de Janeiro: Contraponto, 2000. BARRETO, E. S. (org.). Os currículos do Ensino Fundamental para as escolas brasileiras. Campinas: Autores Associados; São Paulo: Fundação Carlos Chagas, 1998. BITTENCOURT, Circe Maria F. Ensino de História – fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2005. A obra aborda aspectos de ensino e aprendizagem de História do ponto de vista dos problemas teóricos que fundamentam o conhecimento escolar e dos problemas das práticas em sala de aula. BITTENCOURT, Circe Maria F. Propostas curriculares de História: continuidades e transformações. In: BARRETO, Elba Siqueira de Sá (org.). Os currículos do Ensino Fundamental para as escolas brasileiras. Campinas: Autores Associados; São Paulo: Fundação Carlos Chagas, 1998. BLOCH, Marc. Apologia da História ou ofício do historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002. Por meio desse livro, Marc Bloch amplia a noção de documento, a possibilidade de objetos de estudo e quebra paradigmas conservadores no que se trata de fazer ciência. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF: Ministério da Educação, 2018. BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Brasília, DF: Ministério da Educação, 2013. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=15548-d-c-n-educacao-basica-nova-pdf&Itemid=30192>. Acesso em: 30 jul. 2021. BRASIL. Ministério da Educação. Ensino Fundamental de Nove Anos. Brasília, DF: Ministério da Educação, 2004. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/ensino-fundamental-de-nove-anos>. Acesso em: 30 jul. 2021. BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília, DF: Ministério da Educação, 1997. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro01.pdf>. Acesso em: 30 jul. 2021. BRASIL. Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, 1990. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069. htm>. Acesso em: 30 jul. 2021. BRASIL. Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF: Presidência da República, 1996. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/ldb.pdf>. Acesso em: 30 jul. 2021. BURKE, P. A escrita da História: novas perspectivas. São Paulo: Ed. Unesp, 1992. CALVINO, I. Cidades invisíveis. São Paulo: Companhia das Letras, 2003. CARRETERO, M.; ROSA, A.; GONZÁLES, F. (org.). Ensino de História e memória coletiva. Porto Alegre: Artmed, 2007. CAVALCANTE, B.; EISENBERG, J.; STARLING, H. (Org.). Decantando a República: inventário histórico e político da canção brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira; São Paulo: Perseu Abramo, 2004. v. 2. CHAUÍ, M. Seminários: o nacional e o popular na cultura brasileira. 2. ed. São Paulo: Brasiliense, 1984. CUESTA FERNANDEZ, R. Clio en las aulas: la enseñanza de Historia en España entre reformas, ilusiones y rutinas. Madrid: Akal Ediciones, 1998. FERNANDES, C. O.; FREITAS, L. C. Indagações sobre currículo: currículo e avaliação. Brasília, DF: Ministério da Educação/ Secretaria de Educação Básica, 2007. FREIRE, José Ribamar Bessa. Aldeamentos indígenas do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: EDUERJ, 2009. FURET, F. A oficina da História. Lisboa: Gradiva, 1986. XIV


O livro traça um cenário da vida dos primeiros habitantes fluminenses, desde a chegada do colonizador europeu até o século XX. A obra é ilustrada por desenhos de gravuristas como Rugendas e Debret e composta por textos extraídos de diários de exploradores e viajantes, como Pero Magalhães Gândavo, além de registros oficiais da época. FUNARI, Pedro Paulo; PIÑON, Ana. A temática indígena na escola: subsídios para os professores. São Paulo: Contexto, 2011. Voltado para professores das escolas não indígenas, esse livro traz informações, análises e reflexões sobre inquietações recorrentes dos professores a respeito da temática indígena. FUNARI, Pedro Paulo; SILVA, Glaydson José da. Teoria da História. São Paulo: Brasiliense, 2008. GEERTZ, C. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1989. GONÇALVES, Maria Alice Rezende (org.). Educação, cultura e literatura afro-brasileira. Rio de Janeiro: NEAB/UERJ, 2007. (Coleção Sempre Negro). O livro é composto por um conjunto de textos que abordam uma variedade de temas oferecendo aos educadores vasto e fundamentado material para abordar a temática em sala de aula. GONÇALVES, Maria Alice Rezende (org.). Educação, Arte e cultura africana de língua portuguesa. Rio de Janeiro: NEAB/ UERJ, 2007. (Coleção Sempre Negro). A obra apresenta um conjunto de textos que contribui para as discussões da questão étnico-racial na escola. GORENDER, J. O escravismo colonial. São Paulo: Ática, 1985. HADJI, C. Avaliação desmistificada. Porto Alegre: Artmed, 2001. HALL, S. Identidade cultural na pós‑modernidade. 7. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2002. HEYWOOD, Linda M. (org.). Diáspora negra no Brasil. São Paulo: Contexto, 2008. Essa obra colabora com a compreensão do papel exercido por importante parcela do povo negro em nosso país e abre novos horizontes para historiadores, antropólogos, sociólogos e demais estudiosos da África e sua diáspora. HOBSBAWM, E. Mundos do trabalho: novos estudos sobre história operária. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988. HOLANDA, S. B. Raízes do Brasil. 26. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. KAHN, Marina. ABC dos povos indígenas no Brasil. São Paulo: SM, 2015. A obra busca mostrar que o Brasil indígena é amplo e diversificado. São 234 povos vivendo de norte a sul do país, falantes de 180 línguas distintas, sem contar os grupos que permanecem isolados. Um universo fascinante, que se revela na variedade dos estilos e técnicas de pintura corporal, nos tipos de festas e cerimônias, como as que envolvem ritos de passagem, no sortimento de artefatos, nas formas de relacionamento com a natureza. KARNAL, Leandro (org.). História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas. São Paulo: Contexto, 2003. Esse livro lança novas luzes sobre o trabalho do professor, tanto do Ensino Fundamental quanto do Ensino Médio. Com base em discussões das teorias, questiona certas práticas de sala de aula e propõe outras, compatíveis com a responsabilidade social do historiador, visando tornar mais eficaz o despertar do interesse dos alunos pela matéria. LE GOFF, Jacques. História e memória. Campinas: editora da Unicamp, 2003. Nesse livro, Le Goff busca reconstruir o conceito de história, abordando, historicamente, como este conceito foi concebido desde a Antiguidade clássica, com Heródoto, passando pelas concepções de Santo Agostinho e Ibn Khaldun até a contemporaneidade, com Michel de Certeau, Marc Bloch e a Escola dos Annales. MARROU, H. Do conhecimento histórico. 7. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1975. MASI, D. O ócio criativo. Rio de Janeiro: Sextante, 2000. MCLAREN, P. Multiculturalismo crítico. 3. ed. São Paulo: Cortez; Instituto Paulo Freire, 2000. XV


MONTEIRO, A. M. Professores de História: entre saberes e práticas. Rio de Janeiro: Mauad, 2007. NOVAES, A. (org.). Tempo e História. São Paulo: Secretaria Municipal de Cultura; Companhia das Letras, 1992. ORTIZ, R. Cultura e mundialização. São Paulo: Brasiliense, 1994. PINSKY, Carla Bassanezi (Org.). Novos temas nas aulas de história. São Paulo: Contexto, 2009. Esse livro pretende aproximar a realidade das pesquisas ao conteúdo escolar. Trata de assuntos como meio ambiente, relações de gênero e direitos humanos, essenciais nas aulas de História. PINSKY, J. O ensino de História e a criação do fato. 10. ed. São Paulo: Contexto, 2002. REIS, J. C. Nouvelle Histoire e tempo histórico: a contribuição de Febvre, Bloch e Braudel. São Paulo: Ática, 1994. RÜSEN, J. Razão histórica, teoria da História: os fundamentos da ciência histórica. Brasília, DF: Ed. UnB, 2001. SANTOS, Joel Rufino dos. Na rota dos tubarões: o tráfico negreiro e outras viagens. Rio de Janeiro: Pallas, 2008. SANTOS, M. Metamorfose do espaço habitado. São Paulo: Hucitec, 1991. SILVA, M. (org.). Repensando a História. Rio de Janeiro: Marco Zero, 1984. SOIHET, R.; BICALHO, M. F. B.; GOUVEA, M. F. S. Culturas políticas: ensaios de história cultural, história política e ensino de História. Rio de Janeiro: Mauad, 2005. SOUZA, Marina de Melo. África e o Brasil Africano. 2. ed. São Paulo: Ática, 2007. A autora traça um panorama do continente africano, com suas diversas sociedades locais, sua história e cultura antes e depois da escravidão. E retrata as consequências da imigração forçada de quase 5 milhões de africanos escravizados ao longo de mais de 300 anos de história do Brasil, mostrando as marcas de um legado cultural que exerce influência fundamental na sociedade brasileira. TELLES, Teresa Silva; MELO, Mariana. Meu Brasil africano. São Paulo: IBEP, 2013. Essa obra trata da importância do legado africano em nosso país. A primeira parte do livro apresenta um amplo panorama do continente africano, antes e depois da chegada dos europeus. Na segunda parte, é discutida a matriz africana de nosso país, identificando o negro como agente da nossa história. WHITE, H. Trópicos do discurso: ensaios sobre a crítica da cultura. 2. ed. São Paulo: Edusp, 2001. ZAMBONI, E. (org.). Quanto tempo o tempo tem? Campinas: Alínea, 2003.

XVI


universo das

DESCOBERTAS

História Ensino Fundamental • Anos Inicias

2

O

ANO

universo das

DESCOBERTAS

Tainá Nogueira

3

Bacharel em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Mestre em Multimeios pela Universidade Estadual de Campinas. História Editora de materiais didáticos. Ensi cias no Fundamental • Anos Ini

O

ANO

universo das

DESCOBERTAS 1a edição São Paulo, 2021

História Ensino Fundamental • Anos Inicias

universo das

DESCOBERTAS

4

O

ANO

1


Universo das Descobertas História – 2º ano

Conselho Editorial Alessandro Gerardi, Alessio Fon Melozo, Luis Afonso G. Neira, Luis Matos, William Nakamura

© UDL Educação

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Dados

Internacionais de Catalogação na Publicação Angélica AngélicaIlacqua IlacquaCRB-8/7057 CRB-8/7057

(CIP)

N716u Nogueira, Tainá

Universo fundamental São Paulo : (Universo

das descobertas : História : Ensino : Anos iniciais : 2º ano / Tainá Nogueira. –– Universo da Literatura – UDL Educação, 2021. das descobertas ; 2)

ISBN 978-65-89871-44-6 (aluno) ISBN 978-65-89871-54-5 (professor) 1. História (Ensino fundamental) I. Título II. Série 21-3309

CDD 372.89

Índices para catálogo sistemático: 1. História : Ensino Fundamental I ISBN 978-65-89871-44-6 (LE) ISBN 978-65-89871-54-5 (LP)

Direção Editorial Alessandro Gerardi Coordenação Editorial Priscilla Cerencio/Ex-libris Soluções Didáticas e Editoriais Edição Priscilla Cerencio Ex-libris Soluções Didáticas e Editoriais Revisão de textos Débora Tamayose e Hires Héglan/Ex-libris Soluções Didáticas e Editoriais Projeto gráfico Escala Educacional e Ex-libris Soluções Didáticas e Editoriais Capa Todotipo Editorial Ilustração de capa Ilustracartoon Editoração eletrônica e Arte Ex-Libris Soluções Didáticas e Editoriais Licenciamento de textos e imagens Andrea Bolanho Pesquisa e Licenciamento

Todos os direitos reservados: UDL Educação Av. Ordem e Progresso, nº 157, sala 803 - Várzea da Barra Funda CEP 01141-030 - São Paulo - SP – Brasil Phone/Fax: 55 11 3392 3336 www.udleducacao.com.br contato@udleducacao.com.br

Impressão e acabamento

Em respeito ao meio ambiente, as folhas deste livro foram produzidas com fibras de árvores de florestas plantadas, com origem certificada.

2

Pesquisa iconográfica Andrea Bolanho Pesquisa e Licenciamento


APRESENTAÇÃO CARO ESTUDANTE, ESTA COLEÇÃO DE HISTÓRIA PRETENDE “AJUDÁ-LO A OLHAR” E INTERPRETAR O MUNDO. A HISTÓRIA – CIÊNCIA QUE ESTUDA AS TRANSFORMAÇÕES PROVOCADAS PELOS SERES HUMANOS NO TEMPO – AUXILIA-NOS NO RECONHECIMENTO DAS RELAÇÕES ENTRE NOSSAS EXPERIÊNCIAS PARTICULARES E AS EXPERIÊNCIAS DAS OUTRAS PESSOAS E DOS GRUPOS SOCIAIS. ELA TAMBÉM NOS AJUDA A ENTENDER NOSSAS EXPERIÊNCIAS DENTRO DO CONTEXTO EM QUE VIVEMOS, ASSIM COMO A RECONHECER O QUE PERMANECE DO PASSADO EM NÓS E O QUE MUDOU. ASSIM, O CONHECIMENTO HISTÓRICO POSSIBILITA COMPREENDER OUTROS MODOS DE VIDA E OUTRAS FORMAS DE VER E SENTIR O MUNDO. QUEM SABE NOS AJUDE A SONHAR COM UM OUTRO TEMPO MAIS FELIZ E ABUNDANTE PARA TODOS. ESPERAMOS QUE GOSTE. A AUTORA E TODA A EQUIPE DESTA COLEÇÃO

3

3


CONHEÇA SEU

LIVRO

7

UNIDADE

Com trabalho, tudo se transforma

FAAK/SHUTTERSTOCK

UNIDADE O LIVRO ESTÁ ORGANIZADO EM UNIDADES, CADA QUAL CONCENTRADA NO ESTUDO DE UMA TEMÁTICA. TUDO COMEÇA COM UMA BONITA IMAGEM ACOMPANHADA DE QUESTÕES PARA DESPERTAR SEU INTERESSE E MOTIVÁ-LO PARA O ESTUDO.

Para começar...

Resposta pessoal. Converse com os estudantes sobre a

1. Você sabe do que é feito o chocolate? transformação do cacau em chocolate.

2. Você sabe quais são os trabalhadores envolvidos na fabricação do chocolate? Converse com os colegas e o professor.

Chocolate é uma delícia e faz bem. Mas tem muito açúcar e muita gordura. Então, nada de excessos, certo?

Resposta pessoal.

96

97

2 AS FESTAS DE TODOS ACORDAR, ESTUDAR, FAZER LIÇÃO. PARECE QUE TODOS OS DIAS SÃO IGUAIS. MAS ALGUNS DIAS SÃO DIFERENTES DOS DEMAIS, PORQUE MUITAS PESSOAS SAEM PARA BRINCAR E SE DIVERTIR! ESSES SÃO OS DIAS EM QUE ACONTECEM AS GRANDES FESTAS DA COLETIVIDADE. E A ORIGEM DA MAIOR PARTE DESSAS FESTAS É ANTIGA, 2 AS FESTAS DE TODOS POR EXEMPLO, O CARNAVAL E O ANO-NOVO. ACORDAR, ESTUDAR, FAZER LIÇÃO. PARECE QUE TODOS OS DIAS

HISTÓRIA + AQUI VOCÊ ENCONTRA INDICAÇÕES DE LIVROS, SITES E MÚSICAS SOBRE O TEMA QUE ESTÁ ESTUDANDO, PARA SE QUEIMA DE FOGOS PARA COMEMORAR O COMEMORAÇÃO DE ANO-NOVO ANO-NOVO. COM A FAMÍLIA. INFORMAR E SE FORMAR NO LUGAR ONDE VOCÊ MORA HÁ FESTAS EM QUE MUITA GENTE PARTICIPA? CHEIO DE CONHECIMENTOS! QUEIMA DE FOGOS PARA COMEMORAR O ANO-NOVO.

SIMONA PILOLLA 2/SHUTTERSTOCK

SIMONA PILOLLA 2/SHUTTERSTOCK

RUBENS CHAVES/PULSAR IMAGENS

RUBENS CHAVES/PULSAR IMAGENS

SÃO IGUAIS. MAS ALGUNS DIAS SÃO DIFERENTES DOS DEMAIS, PORQUE MUITAS PESSOAS SAEM PARA BRINCAR E SE DIVERTIR! ESSES SÃO OS DIAS EM QUE ACONTECEM AS GRANDES FESTAS DA COLETIVIDADE. E A ORIGEM DA MAIOR PARTE DESSAS FESTAS É ANTIGA, POR EXEMPLO, O CARNAVAL E O ANO-NOVO.

TEXTO PRINCIPAL EM CADA UNIDADE OS ASSUNTOS ESTÃO AGRUPADOS EM TÓPICOS E SÃO DESENVOLVIDOS POR UM CONJUNTO DE TEXTOS, IMAGENS E ATIVIDADES. A IDEIA É FORMAR UM ESPAÇO GOSTOSO E DIVERTIDO PARA VOCÊ DESENVOLVER SEUS ESTUDOS.

COMEMORAÇÃO DE ANO-NOVO COM A FAMÍLIA.

1 NO LUGAR ONDE VOCÊ MORA HÁ FESTAS EM QUE MUITA GENTE PARTICIPA?

2 ONDE ESSA(S) FESTA(S) ACONTECE(M)?

1

HI

IA

STÓR

LIVRO

• HOJE É DIA DE FESTA, DE VÁRIOS AUTORES. SÃO PAULO: COMPANHIA DAS LETRINHAS, 2006.

ESSE LIVRO CONTA A HISTÓRIA DE VINTE FESTAS DIFERENTES. QUE TAL CONHECER TODAS E ESCOLHER A SUA PREFERIDA?

2 ONDE ESSA(S) FESTA(S) 46ACONTECE(M)?

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• HOJE É DIA DE FESTA, DE VÁRIOS AUTORES. SÃO PAULO: COMPANHIA DAS LETRINHAS, 2006.

ESSE LIVRO CONTA A HISTÓRIA DE VINTE FESTAS DIFERENTES. QUE TAL CONHECER TODAS E ESCOLHER A SUA PREFERIDA?

JUNTAR SABERES

4 O VOVÔ MÁRIO ESTÁ MOSTRANDO AO NETO FOTOS DE QUANDO

ERA CRIANÇA. ESCREVA O NOME DE DUAS BRINCADEIRAS ANTIGAS QUE PODEM APARECER NO ÁLBUM DE FOTOS DO VOVÔ.

1 ESTE É O RETRATO DE DOM PEDRO II,

JUNTAR SABERES FECHANDO AS UNIDADES, VOCÊ ENCONTRA ESTA SEÇÃO, QUE REÚNE UM CONJUNTO DE ATIVIDADES QUE O INCENTIVA A AGRUPAR E UTILIZAR TODOS OS CONHECIMENTOS CONQUISTADOS. ANTES DE TUDO, DIVIRTA-SE COM ELA!

BAHAU/SHUTTERSTOCK

MUSEU IMPERIAL, PETRÓPOLIS

46

IMPERADOR DO BRASIL. OBSERVE A PINTURA E:

DOM PEDRO II, AOS 12 ANOS DE IDADE. PINTURA DE FÉLIX ÉMILE TAUNAY, 1837. ÓLEO SOBRE TELA, 90 cm × 66 cm.

5

DESENHE O PRESENTE MAIS ESPECIAL QUE VOCÊ GANHOU DE SEUS AVÓS OU DE OUTRO IDOSO DA SUA FAMÍLIA. DEPOIS, RESPONDA ÀS QUESTÕES.

A) DESCREVA O VESTUÁRIO DO RETRATADO. B) CONTE PARA OS COLEGAS: POR QUE O MENINO FOI RETRATADO DESSE MODO? 2 ESCOLHA NO QUADRO A SEGUIR AS PALAVRAS QUE COMPLETAM AS FRASES.

BRINCADEIRAS

VESTIMENTAS

DORMIR

A) AS CRIANÇAS TÊM DIREITO DE

COMIDAS

BRINCAR

COMER

,

E

. B) EXISTE UMA GRANDE VARIEDADE DE NO MUNDO. C) MUITAS QUALQUER LUGAR.

E A) QUANTOS ANOS VOCÊ TINHA QUANDO GANHOU ESSE PRESENTE? QUE AS CRIANÇAS ADORAM SÃO IGUAIS EM

3 IMAGINE-SE RESPONSÁVEL POR CRIAR UM CENTRO DE MEMÓRIAS PARA PRESERVAR O

JEITO DE SER DAS CRIANÇAS DOS DIAS DE HOJE. NO CADERNO, FAÇA DUAS LISTAS: A) UMA COM OS BRINQUEDOS QUE VOCÊ GUARDARIA E OS QUE VOCÊ NÃO GUARDARIA NELE.

B) QUAL É O NOME DA PESSOA QUE LHE DEU ESSE PRESENTE? C) ESCREVA UM PEQUENO RECADO AGRADECENDO O PRESENTE À PESSOA E CONTANDO POR QUE ELE É TÃO ESPECIAL PARA VOCÊ.

B) OUTRA COM AS ROUPAS QUE VOCÊ GUARDARIA E AS QUE VOCÊ NÃO GUARDARIA NELE. 24

4

25


AS SEÇÕES AO LONGO DAS UNIDADES, VOCÊ ENCONTRA TRÊS SEÇÕES COM TEXTOS, IMAGENS E ATIVIDADES PARA TRABALHAR OS ELEMENTOS BÁSICOS DA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO HISTÓRICO. SÃO ELAS: DE OLHO NO SUJEITO

DE OLHO NO TEMPO

CONHECER OS BRINQUEDOS E AS BRINCADEIRAS NOS AJUDA A ENTENDER OS HÁBITOS DE UM POVO NO PASSADO, ALÉM DE FORNECER PISTAS SOBRE OS RECURSOS NATURAIS E OS TIPOS DE FERRAMENTA QUE EXISTIAM NO LUGAR ONDE ELES MORAVAM. ESSES BRINQUEDOS PODEM TER FEITO PARTE DA INFÂNCIA DE SEUS AVÓS, SEUS TIOS E SEUS PAIS. VOCÊ OS CONHECE?

AS CRIANÇAS INDÍGENAS TÊM DIVERSOS JOGOS, BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS. ALGUNS DELES SÃO CONHECIDOS POR DIVERSOS POVOS, OUTROS SÃO PRATICADOS POR UMA ÚNICA ETNIA. AS CRIANÇAS XAVANTE, POR EXEMPLO, GOSTAM DE BRINCAR DE PERNA DE PAU E TAMBÉM DE PETECA. JÁ AS CRIANÇAS KALAPALO PREFEREM O FUTEBOL, QUE JOGAM COM BOLAS QUE ELAS MESMAS FAZEM. MAS TODAS AS CRIANÇAS INDÍGENAS SE DIVERTEM TAMBÉM DE OUTROS MODOS. EM CONTATO COM A NATUREZA, ELAS NADAM, CAÇAM, PESCAM, SOBEM EM ÁRVORES E OUVEM HISTÓRIAS DOS MAIS VELHOS.

D) DE QUE MATERIAL ERA FEITO?

B) QUAL É O NOME DE CADA UM DELES?

E) ONDE BRINCAVA?

C) JÁ BRINCOU COM ALGUM DELES?

F) COM QUEM BRINCAVA?

DEPOIS, RESPONDA: VOCÊ BRINCA IMITANDO ATIVIDADES DE ADULTO? COMO É ISSO?

HI

IA

STÓR

VOCÊ PODE CONFERIR COMO AS CRIANÇAS INDÍGENAS BRINCAM, CONSULTANDO O SITE DO INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL: https://mirim.org/ como-vivem/brincadeiras. ACESSO EM: 19 MAR. 2021.

3. QUE PISTAS ESSES BRINQUEDOS PODEM NOS FORNECER SOBRE O PASSADO? CONVERSE COM OS COLEGAS E O PROFESSOR SOBRE O ASSUNTO. 16

DE OLHO NAS PISTAS O ASSUNTO AQUI SÃO AS EVIDÊNCIAS HISTÓRICAS, TEXTOS, FOTOS, DOCUMENTOS, TUDO O QUE O HISTORIADOR USA PARA SE APROXIMAR DAS EXPERIÊNCIAS DO PASSADO.

Maquete: representação em tamanho reduzido de uma obra arquitetônica ou uma escultura.

90

Usando sucata, você e sua turma vão construir ma maquete de tipos de moradia que observam o lugar onde vivem. Para isso, procure cumprir as tapas descritas a seguir.

DE OLHO NO SUJEITO AQUI VOCÊ VAI PERCEBER QUE NÃO TEM HISTÓRIA SEM SUJEITO, PESSOAS COMO EU E VOCÊ, RESPONSÁVEIS POR CONSTRUIR O MUNDO EM QUE TODOS VIVEM.

DE OLHO NO TEMPO A HISTÓRIA É O ESTUDO DAS AÇÕES HUMANAS AO LONGO DO TEMPO, DIZIA UM IMPORTANTE HISTORIADOR. E, DE FATO, SABER HISTÓRIA É QUASE COMO DOMINAR O TEMPO.

Etapa 2 – Observação do objeto Nessa etapa, é preciso anotar todas as informações necessárias para a construção da maquete. Façam desenhos e, se possível, fotografem as casas para guardar todos os detalhes. Etapa 3 – Seleção dos materiais Para a construção das moradias, separem: • caixas de diversos tipos e tamanhos (caixas de sapatos, de creme dental, de remédio, de fósforos etc.); • papéis (sobras de papéis de diferentes espessuras, texturas e cores); • tesoura com pontas arredondadas; • cola, fita adesiva e barbante; • canetas hidrocor, lápis de cor, giz de cera e tintas.

HISTÓRIA EM AÇÃO A CADA DUAS UNIDADES, UMA BOA SURPRESA. VOCÊ ENCONTRA UM CONJUNTO DE ATIVIDADES PARA SE DIVERTIR E DESENVOLVER UM PRODUTO, COLOCAR A MÃO Etapa 2 – Observação do objeto NA MASSA E CONFERIR O QUE APRENDEU.

Etapa 4 – Confecção Antes de iniciar o trabalho, é importante vocês conversarem e entrarem em acordo sobre como e o que vão produzir. Se possível, desenhem em uma cartolina ou em papel Kraft um modelo da maquete. Deixem a criatividade rolar e projetem tudo que vocês esperam para ela. Ao final, com os materiais obtidos, reproduzam o desenho feito na cartolina ou no papel Kraft, com os diferentes tipos de moradia em tamanho menor que o da realidade.

GEOGRAFIA

ARTE

Maquete: representação em tamanho reduzido de uma obra arquitetônica ou uma escultura.

Nessa etapa, é preciso anotar todas as informações necessárias para a construção da maquete. Façam desenhos e, se possível, fotografem as casas para guardar todos os detalhes. 91

ÍCONES DE ATIVIDADE SELOS INTERDISCIPLINARES ESTES SÃOEtapa OS 3ÍCONES – Seleção dos materiais ParaNO a construção UTILIZADOS LIVRO:das moradias, separem: •

GLOSSÁRIO NELE VOCÊ ENCONTRA OS SIGNIFICADOS DE PALAVRAS IMPORTANTES PARA COMPREENDER O CONTEÚDO.

Etapa 1 – Preparação Com a supervisão do professor e a autorização de seus responsáveis, ocês devem realizar um passeio pelo bairro para colher informações. Para o passeio, levem: caderno, canetas coloridas, lápis, borracha, régua , se possível, câmera fotográfica (pode ser a câmera do celular). Fiquem atentos: • aos tipos de moradia existentes no local (casas térreas, sobrados, casarões, prédios, casas geminadas); • aos materiais de que são feitas (madeira, barro, pau a pique, tijolo, cimento etc.); • ao tamanho das moradias e às técnicas utilizadas nas construções.

caixas de diversos tipos e tamanhos (caixas de sapatos, de creme dental, de remédio, de fósforos etc.); papéis (sobras de papéis de diferentes espessuras, texturas e cores); tesoura com pontas arredondadas; cola, fita adesiva e barbante; canetas hidrocor, lápis de cor, giz de cera e tintas.

• ATIVIDADE EM DUPLA • • •

ATIVIDADE ORAL

Etapa 4 – Confecção Antes de iniciar o trabalho, é importante vocês conversarem e entrarem em acordo sobre como e o que vão produzir. Se possível, desenhem em uma cartolina ou em papel Kraft um modelo da maquete. Deixem a criatividade rolar e projetem tudo que vocês esperam para ela. Ao final, com os materiais obtidos, reproduzam o desenho feito na cartolina ou no papel Kraft, com os diferentes tipos de moradia em tamanho menor que o da realidade.

ATIVIDADE EM GRUPO

ULISSES FIGUEIREDO/YAN

História em ação

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ULISSES FIGUEIREDO/YAN

Etapa 1 – Preparação Com a supervisão do professor e a autorização de seus responsáveis, vocês devem realizar um passeio pelo bairro para colher informações. Para o passeio, levem: caderno, canetas coloridas, lápis, borracha, régua e, se possível, câmera fotográfica (pode ser a câmera do celular). Fiquem atentos: • aos tipos de moradia existentes no local (casas térreas, sobrados, casarões, prédios, casas geminadas); • aos materiais de que são feitas (madeira, barro, pau a pique, tijolo, cimento etc.); • ao tamanho das moradias e às técnicas utilizadas nas construções.

O INÍCIO DA DÉCADA DE 2000 FOI MARCADO PELO USO DE CALÇAS JEANS, CAMISETAS E BLUSAS DE MALHA, SANDÁLIAS, TÊNIS E ACESSÓRIOS VARIADOS.

1. E VOCÊ, COMO GOSTA DE SE VESTIR? 2. O QUE VOCÊ JULGA IMPORTANTE PARA SE IDENTIFICAR COM A ROUPA?

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Usando sucata, você e sua turma vão construir uma maquete de tipos de moradia que observam no lugar onde vivem. Para isso, procure cumprir as etapas descritas a seguir.

NA DÉCADA DE 1980, A MODA ERAM ROUPAS BASTANTE COLORIDAS. FOI UMA ÉPOCA TAMBÉM EM QUE AS MULHERES CONQUISTARAM MUITOS CARGOS DE CHEFIA, O QUE FEZ SURGIR UM NOVO MODO DE VESTIR FEMININO.

SITE

• BRINCADEIRAS INDÍGENAS

B) VOCÊ TEM ALGUM BRINQUEDO OU OUTRO OBJETO DE QUANDO ERA CRIANÇA? SE SIM, POR QUE O GUARDOU?

ARTE

NA DÉCADA DE 1960, A MODA FOI USADA PARA EXPRESSAR AS EMOÇÕES. NA ÉPOCA, MUITAS PESSOAS SE INSPIRAVAM NAS VESTIMENTAS USADAS POR ATORES E CANTORES. KEENE/BSIP/ALAMY/FOTOARENA

MENINAS DA ETNIA KALAPALO JOGAM BOLA NA ALDEIA AIHA, EM QUERÊNCIA (MATO GROSSO), 2018.

A) POR QUE ESSE BRINQUEDO FOI GUARDADO?

GEOGRAFIA

NA DÉCADA DE 1940, MUITAS PESSOAS FAZIAM SUAS ROUPAS EM CASA, POR ISSO OS MODELOS ERAM MAIS SIMPLES E AS CORES NEUTRAS, COMO PRETO, VERDE-ESCURO E BEGE.

• NO TEXTO, IDENTIFIQUE ATIVIDADES IGUAIS ÀQUELAS PRATICADAS POR ADULTOS.

2. EXISTE NA SUA CASA ALGUM BRINQUEDO COM O QUAL VOCÊ BRINCAVA QUANDO ERA BEBÊ? SE SIM, PERGUNTE AO SEU FAMILIAR:

História em ação

AS ROUPAS VESTIMENTAS TAMBÉM MUDAM COM O PASSAR DO TEMPO. ISSO ACONTECE PORQUE A MODA É DIFERENTE EM CADA ÉPOCA E LUGAR, MUDANDO CONFORME A CULTURA, OS COSTUMES E A MENTALIDADE DE CADA POVO.

LYUDMILA2509/SHUTTERSTOCK

1. ESCOLHA E ENTREVISTE UMA PESSOA QUE MORA COM VOCÊ. NO CADERNO, ANOTE O NOME DO FAMILIAR E O PARENTESCO. DEPOIS, FAÇA AS PERGUNTAS A SEGUIR E REGISTRE AS RESPOSTAS. A) VOCÊ CONHECE ESSES BRINQUEDOS?

A MODA NA HISTÓRIA

DELFIM MARTINS/PULSAR IMAGENS

ULISSES FIGUEIREDO/YAN

AS BRINCADEIRAS INDÍGENAS

OLEG GOLOVNEV/SHUTTERSTOCK

DE OLHO NAS PISTAS BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS TÊM HISTÓRIA

91

5


SUMÁRIO PARA COMEÇAR ...............................................................................................8

1

UNIDADE

SOMOS DIFERENTES, MAS IGUAIS

10

1. BRINCANDO APRENDEMOS A VIVER EM SOCIEDADE ...........................12 BRINCADEIRAS DAQUI ...............................................................................................................13 BRINCADEIRAS DE OUTROS LUGARES .....................................................................................15

2. MODOS DE VIDA........................................................................................17 COMO SE VAI À ESCOLA ...........................................................................................................18 O QUE SE COME .........................................................................................................................19 O QUE SE VESTE .........................................................................................................................21 HISTÓRIAS QUE CONTAM ..........................................................................................................23 JUNTAR SABERES ........................................................................................................................24

2

UNIDADE

CRIANÇAS NO TEMPO

26

1. A INFÂNCIA .................................................................................................28 A INFÂNCIA NO PASSADO .........................................................................................................29 A INFÂNCIA NO PRESENTE ........................................................................................................30 HISTÓRIA EM AÇÃO ...................................................................................................................31

2. O TEMPO PASSA ........................................................................................34 JUNTAR SABERES ........................................................................................................................36

3

UNIDADE

FESTAS E FESTEJOS

40

1. O QUE É UMA FESTA? ...............................................................................42 MINHA, SUA, DE TODOS ...........................................................................................................43

2. AS FESTAS DE TODOS ...............................................................................46 COMIDA BOA..............................................................................................................................47 MÚSICA PARA ALEGRAR! ..........................................................................................................48 PARA COMPARTILHAR: PRESENTE ............................................................................................49 JUNTAR SABERES ........................................................................................................................52

4

UNIDADE

FESTAS DE TODOS OS TEMPOS

54

1. FESTAS DE ANTIGAMENTE ........................................................................56 FESTAS DO TRABALHO ..............................................................................................................57 FESTA DO DIVINO .......................................................................................................................58 O GRANDE DIA ...........................................................................................................................59

2. NOS TEMPOS DO ENTRUDO .....................................................................62 GUERRINHA DE ÁGUA ...............................................................................................................63 JUNTAR SABERES ........................................................................................................................64 HISTÓRIA EM AÇÃO ...................................................................................................................66

6

6


5

UNIDADE

CASAS E MORADAS

68

1. DIFERENTES JEITOS DE MORAR................................................................70 MINHA CASA ..............................................................................................................................71 VÁRIOS TIPOS DE MORADIA .....................................................................................................72

2. NA MINHA CASA, EU PRECISO DE... .......................................................76 MUITO TEMPO NA MESMA MORADIA ....................................................................................77 JUNTAR SABERES ........................................................................................................................78

6

UNIDADE

AS MORADIAS NO TEMPO

80

1. O QUE TEM DENTRO DE CASA?...............................................................82 ANTIGOS OBJETOS .....................................................................................................................83

2. AS PRIMEIRAS MORADIAS ........................................................................86 O SURGIMENTO DAS ALDEIAS ..................................................................................................87 VILAS E CIDADES ........................................................................................................................88 HISTÓRIA EM AÇÃO ...................................................................................................................90 MUDANÇAS NO JEITO DE MORAR ...........................................................................................92

3. POR AQUI, ANTIGAS MORADIAS .............................................................93 JUNTAR SABERES ........................................................................................................................94

7

UNIDADE

COM TRABALHO, TUDO SE TRANSFORMA

96

1. O TRABALHO TRANSFORMA ....................................................................98 PERTO DE VOCÊ........................................................................................................................100 QUEM FAZ O QUÊ? ..................................................................................................................101

2. A PRODUÇÃO DE UM LIVRO ..................................................................104 3. MUDAR COM O TEMPO ..........................................................................106 UM JEITO DIFERENTE DE TRABALHAR ...................................................................................107 JUNTAR SABERES ......................................................................................................................108

8

UNIDADE

TIPOS DE TRABALHO E DE TRABALHADOR

110

1. O TRABALHO NO CAMPO .......................................................................112 AS MÁQUINAS E O TRABALHO ..............................................................................................113 CUIDADOS AGRÍCOLAS ............................................................................................................114

2. O TRABALHO NA FÁBRICA......................................................................115 OS TRABALHADORES DAS INDÚSTRIAS .................................................................................116 A INDÚSTRIA ATUAL ................................................................................................................117 SOJA BRASILEIRA: AGRICULTURA E INDÚSTRIA ....................................................................118 HISTÓRIA EM AÇÃO .................................................................................................................121 JUNTAR SABERES ......................................................................................................................124 PARA FINALIZAR .......................................................................................................................126

REFERÊNCIAS.................................................................................................128

7

7


PARA COMEÇAR 1 ASSINALE COM UM X OS OBJETOS QUE VOCÊ USAVA QUANDO ERA BEBÊ.

X

8

X

YARM_SASHA/SHUTTERSTOCK NATTIKA/SHUTTERSTOCK

• ALGUM DESSES OBJETOS QUE VOCÊ USAVA NA INFÂNCIA TRAZ UMA RECORDAÇÃO ESPECIAL? SE SIM, CONTE AOS COLEGAS. Resposta pessoal.

NEWYEAR/SHUTTERSTOCK.COM

2 OBSERVE O CALENDÁRIO E FAÇA O QUE SE PEDE.

EF01HI01

Esta atividade tem, entre os seus objetivos, o objetivo de identificar se os estudantes compreenderam o uso do calendário e se têm autonomia para utilizá-lo. O uso desse instrumento ajuda as crianças a compreender o funcionamento dos números em um contexto específico, e trata-se, por exemplo, da oportunidade de verificar se eles conseguem organizar acontecimentos e compromissos comuns ao grupo escolar, compreendendo as medidas de tempo: dia, mês e ano. Também, é possível avaliar a numeracia dos estudantes, contribuindo para o planejamento para o cumprimento da PNA. A atividade também traz questões para identificar se os estudantes distinguem festividades particulares de eventos comunitários, aprendizagens essenciais para que possam dar continuidade ao processo de identificação social e construção dos contornos do que é público e o que é privado. Habilidades trabalhadas: EF01HI08 / EF02HI07

X

PROTON-STOCK/SHUTTERSTOCK

X

ROBERT_S/SHUTTERSTOCK

KITCH BAIN/SHUTTERSTOCK

Respostas possíveis:

PUKACH/SHUTTERSTOCK

Esta atividade tem como objetivo identificar se os estudantes têm a compreensão de que os objetos podem estimular a memória e nos remeter a recordações, experiências e informações relacionadas ao passado. A memória contribui para que o passado não seja inteiramente esquecido, pois ela capacita o ser humano a atualizar impressões e informações passadas, fazendo com que a história se perpetue na consciência humana. Essa atividade também possibilita que os estudantes falem sobre suas memórias, emoções e sentimentos, incentivando-o no desenvolvimento do vocabulário, e contribuindo para o trabalho com a Política Nacional de Alfabetização (PNA). Habilidade trabalhada:

8

Avaliação diagnóstica A avaliação diagnóstica é um importante instrumento que pode colaborar na identificação das possíveis causas de dificuldades específicas dos estudantes na apropriação de diferentes conteúdos e aprendizagens. Estabelecer um marco identificatório que evidencie o que os estudantes já sabem antes de dar início ao trabalho de mais um ano letivo é essencial para produzir um planejamento pedagógico mais adequado. É a partir do diagnóstico que se faz possível organizar um cronograma de ações pedagógicas e elaborar um plano de trabalho, que poderá ser bimestral ou semestral, conforme a tradição da instituição e/ou a escolha do grupo docente. Em ambos os casos, o diagnóstico tem a função de instrumentalizar o professor para que possa cumprir o plano anual de forma a alcançar o máximo de aproveitamento dos estudantes.


A) CONTORNE DE AZUL O MÊS DO SEU ANIVERSÁRIO. Resposta pessoal. B) CONTORNE DE VERDE O MÊS DO ANIVERSÁRIO DA SUA ESCOLA. Resposta pessoal. C) CONTORNE DE VERMELHO O MÊS EM QUE SÃO COMEMORADAS AS FESTAS JUNINAS. D) DAS COMEMORAÇÕES MENCIONADAS, QUAL É PARTICULAR? O próprio aniversário.

Junho.

E) QUAIS COMEMORAÇÕES SÃO DE INTERESSE DA COMUNIDADE? Aniversário da escola e festas juninas.

FIZKES/SHUTTERSTOCK MONKEY BUSINESS IMAGES/SHUTTERSTOCK

X

X

ROMAN SAMBORSKYI/SHUTTERSTOCK

X

AKG-IMAGES/ALBUM/FOTOARENA

3 OBSERVE AS FOTOGRAFIAS E FAÇA O QUE SE PEDE.

A) ASSINALE COM UM X AS IMAGENS QUE REPRESENTAM FAMÍLIAS.

Resposta pessoal. É esperado que os estudantes respondam que não. pessoal. É esperado que os C) EXPLIQUE O QUE VOCÊ ENTENDE POR DIFERENTES FAMÍLIAS. Resposta estudantes respondam que, assim como o número de pessoas, a cultura D) REGISTRE ALGO IMPORTANTE QUE VOCÊ APRENDEU: e os hábitos também diferem entre Resposta pessoal. as famílias.

B) NA SUA OPINIÃO, TODAS AS FAMÍLIAS SÃO IGUAIS?

• COM A SUA FAMÍLIA.

O objetivo desta atividade é identificar se os estudantes conseguem compreender que a família é um grupo social com características que refletem a cultura e o tempo histórico na qual está inserida, considerando que homens e mulheres são sujeitos sociais e históricos. A família é uma instituição sociocultural que desempenha intenso papel no processo de socialização das crianças e passou por muitas mudanças nas últimas décadas. A instituição familiar passou a assumir diversas formas, não sendo mais exclusivamente formada de pai, mãe e filhos; tornando-se muito mais ampla. Porém, mesmo com intensas modificações, a família continua sendo a base primária para o processo de crescimento do indivíduo em aspectos físicos e socioemocionais. Os itens B e C desta atividade possibilitam que os estudantes exponham suas opiniões de forma dialogada. Essa atividade verbal, que incentiva o desenvolvimento do vocabulário, contribui para o trabalho com a PNA. Habilidades trabalhadas: / EF01HI03

EF01HI02

• NA ESCOLA. 9

Tendo explicado sua função, podemos compreender a avaliação diagnóstica como uma espécie de raio-X, que mostra para o professor as dificuldades latentes. Estas, podem ser relacionadas ao currículo formal –, ou seja, relacionadas aos conteúdos do currículo e às diferentes necessidades dos estudantes no campo da aprendizagem –, mas também podem evidenciar dificuldades no desenvolvimento pessoal, por exemplo, uma questão física e ou cognitiva. Assim, podemos afirmar que são três as funções básicas desse instrumento pedagógico: • identificar a realidade educacional do grupo de estudantes; • identificar se os estudantes apresentam a aquisição das habilidades e pré-requisitos para os processos de ensino e aprendizagem da faixa etária à qual pertencem; • refletir sobre as causas das dificuldades encontradas, especialmente as recorrentes, definindo ações assertivas para sanar os desafios identificados. 9


Sobre esta unidade A Unidade tem como tema central a identificação das similaridades e as diferenças existentes entre os indivíduos e também entre os grupos sociais. A intenção é contribuir para que os estudantes ampliem suas percepções, reflexões e experimentações a partir de diferentes experiencias socioculturais.

2 1

UNIDADE

SOMOS DIFERENTES, CRIANÇAS NO TEMPO MAS IGUAIS

O principal objetivo é apresentar aos estudantes diferentes experiências ligadas aos diferentes acontecimentos históricos e a passagem do tempo. Para isso, são abordados os seguintes temas-geradores: brinquedos, brincadeiras, alimentação, roupas, mitos, dentre outros. Partindo da realidade do estudante e estabelecendo relação de comparação com outras culturas e povos e como passado. O pleno trabalho com essa primeira unidade está intimamente relacionado ao trabalho desenvolvido ano anterior, que trabalhou de forma profunda a identidade pessoal, familiar e escolar do estudante; a partir de agora o estudante já adquiriu recursos para identificar-se com o outro, comparar as condições ambientais e iniciar a percepção e compreensão de que diferentes contextos, oferecem diferentes experiencias e que é a parir delas que formamos e desenvolvemos muitos dos nossos papeis sociais.

CRIANÇAS DA ETNIA CANOÉ BRINCAM NA ALDEIA RICARDO FRANCO, EM GUARAJÁ-MIRIM (RONDÔNIA), 2020. 10

Proposta pedagógica O tema central desta unidade é a identificação de algumas das principais similaridades e diferenças que compõem os seres humanos e a vida em sociedade. As atividades da página 14 oportunizam o reconhecimento da história da infância de um familiar, exercício que humaniza a relação, estimula uma relação empática e traz para o estudante a percepção de passagem do tempo e continuidade. Quanto as atividades 10

da página 17 são muito úteis para que os estudantes possam se aperceber como um indivíduo, um alguém com gostos pessoais, características e interesses diferentes dos outros colegas de turma, trazendo o princípio da individualização e da autonomia. Por fim, as atividades das páginas 24 e 25 contribuem para que os estudantes identifiquem quais aprendizagens conquistaram durante o estudo desta unidade.

Objetivos da unidade Espera-se que ao fim do estudo desta unidade os estudantes sejam capazes de: • Identificar os brinquedos e brincadeiras como documentos históricos e identificar algumas mudanças desses objetos e práticas com o passar do tempo. • Entender o conjunto de práticas e saberes ligados ao modo de vida de diferentes grupos sociais, com destaque para os costumes, as comidas, as formas de locomoção, as vestimentas e a mitologia.


CASSANDRA CURY/PULSAR IMAGENS

PARA COMEÇAR...

Orientações A fotografia foi escolhida para incentivar o estudante a refletir sobre os temas que serão trabalhados ao longo da unidade, com especial atenção às brincadeiras e brinquedos infantis e a diversidade destes no Brasil e em outras partes do mundo. Na atividade 1, caso o grupo demonstre dificuldades para iniciar a conversa, faça um levantamento das brincadeiras preferidas da turma, privilegiando aquelas que não necessitam de um brinquedo específico para que aconteçam. Registre as respostas dos estudantes na lousa, para que eles possam visualizar as diferentes brincadeiras mencionadas e tomarem notas. Estimule a fala dos estudantes e valorize as opiniões, permitindo que eles comecem a compreender as brincadeiras e os brinquedos como objetos e práticas contidos de sentidos, que expressam modos de ver e de vivenciar o mundo.

2. Espera-se que os estudantes notem que, ainda que sejam ambas meninas indígenas, elas são diferentes. Incentive-os a identificar as diferenças.

“CRIANÇA É TUDO IGUAL, SÓ MUDA DE ENDEREÇO”, DIZEM ALGUNS ADULTOS. SERÁ QUE É ASSIM? 1. TODAS AS CRIANÇAS BRINCAM DO MESMO MODO, NOS MESMOS LUGARES E COM AS MESMAS BRINCADEIRAS? Espera-se que os estudantes respondam que não, considerando a própria experiência de aprender com os colegas.

2. VOCÊ ACHA QUE AS CRIANÇAS DA FOTO SÃO IGUAIS? QUAIS SERIAM AS DIFERENÇAS ENTRE ELAS? 11

Na atividade 2 é esperado que os estudantes formulem hipóteses, embora as meninas sejam bastante parecidas fisicamente, é possível que eles consigam expressar a possibilidade de terem personalidade e gostos pessoais bastante diferentes.

• Compreender que os costumes dos grupos sociais podem ser diferentes, e identificar a importância de valorizá-los numa atitude de respeito ao multiculturalismo.

Pré-requisitos • Compreender-se como um indivíduo com gostos e características individuais. • Identificar que o outro tem características próprias, físicas e subjetivas, e identificá-las como legítimas. • Ter iniciativa para dialogar e expressar opiniões e compartilhar experiências e histórias pessoais e de família. Habilidades trabalhadas: E F 0 2 H I 0 1 / E F 0 2 H I 0 3 / E F 0 2 H I 0 4 / EF02HI05 EF02HI06 / EF02HI07 / EF02HI09

11


Aproveite a oportunidade e faça uma leitura compartilhada do texto. Pergunte aos estudantes se eles brincam de boneca, pião e bola. Se for possível, leve um pião para a sala de aula, pode ser que haja algum estudante que nunca tenha brincado com este brinquedo. Atente-se para que haja uma atmosfera de respeito entre todos. Geralmente, nessa faixa etária, os estudantes tendem a classificar os objetos e as práticas por gênero. Converse com os estudantes sobre o sentido do brincar, explicando que esta atividade é um modo das crianças aprenderem a conviver e viver em um grupo. Por isso, muitas vezes, as crianças costumam brincar reproduzindo situações do universo adulto. Nessa perspectiva, lembre que os meninos podem brincar de bonecas, pois no futuro serão melhores cuidadores; e que as meninas podem brincar com carrinhos, ou qualquer outro brinquedo que tradicionalmente é atribuído aos meninos, pois as atribuições da vida adulta, em especial o mundo do trabalho, não separa as pessoas por gênero, essa característica é parte de uma cultura que já não faz sentido na contemporaneidade, homens e mulheres podem desempenhar diversos papeis, entre eles o cuidado com a família e com o próximo, o campo da ciências, das engenharias, do magistério entre outros. Habilidade trabalhada: EF02HI01

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SEVENTYFOUR/SHUTTERSTOCK

APRENDEMOS A VIVER EM SOCIEDADE

BRINCAR É MUITO BOM! BRINCAR PROMOVE A ALEGRIA E NOS DÁ A OPORTUNIDADE DE MEXER O CORPO E COMPARTILHAR FANTASIAS.

CRIANÇAS DE TODAS AS IDADES PODEM BRINCAR DE PEGAR BOLINHAS DE SABÃO.

AS BRINCADEIRAS TAMBÉM AJUDAM A APROXIMAR AS PESSOAS, POSSIBILITANDO QUE CRIEM LAÇOS DE AMIZADE, COMPANHEIRISMO E EMPATIA. QUANDO BRINCAMOS, ESTAMOS NOS EMPATIA: CAPACIDADE DE PREPARANDO PARA ENFRENTAR DESAFIOS! IMAGINAR COMO A OUTRA PESSOA ESTÁ SE SENTINDO. ISSO PORQUE TODA BRINCADEIRA TEM FANTASIA: IMAGINAÇÃO, REGRAS A SEREM CUMPRIDAS E QUE FAZ DE CONTA. ESTIMULAM A CRIATIVIDADE. VGSTOCKSTUDIO/SHUTTERSTOCK

Nesta página o estudante inicia um trabalho de compreensão da função dos brinquedos e das brincadeiras como fontes que nos ajudam a contar a história de um determinado período histórico e de uma localidade ou região.

1 BRINCANDO

LIGHTFIELD STUDIOS/SHUTTERSTOCK

Orientações

JOGAR VIDEOGAME ESTIMULA A CRIATIVIDADE E O RACIOCÍNIO.

BRINCADEIRAS DE COMPETIÇÃO NOS ENSINAM A GANHAR E A PERDER.

• QUAIS SÃO AS SUAS BRINCADEIRAS FAVORITAS? CONTE AOS COLEGAS. 12

Resposta pessoal.


BRINCADEIRAS DAQUI

DIVERSIDADE CULTURAL

Orientações Para conversar sobre as diferentes formas de brincar, e sobre a diversidade de brincadeiras, organize uma roda de conversa e pergunte aos estudantes quais são suas brincadeiras favoritas e com quem costumam brincar. Em seguida, explore a ilustração desta página, perguntando aos estudantes que brincadeiras estão sendo retratadas. Solicite que justifiquem as respostas. Por fim, peça que os estudantes formem trios e disponibilize figurinhas e jogos de cinco marias entre os grupos.

EXISTEM VÁRIOS TIPOS DE BRINCADEIRA E DIVERSAS MANEIRAS DE BRINCAR: SOZINHO, COM OUTRA CRIANÇA, COM VÁRIAS CRIANÇAS. PODE-SE BRINCAR COM BRINQUEDOS OU SIMPLESMENTE USANDO A IMAGINAÇÃO. O IMPORTANTE É BRINCAR, UM DIREITO DE TODA CRIANÇA. VOCÊ CONHECE ESSAS BRINCADEIRAS? BAFO – É UMA BRINCADEIRA COM FIGURINHAS. OS JOGADORES COMBINAM QUANTAS FIGURINHAS ENTRARÃO NO JOGO, E CADA PARTICIPANTE COLOCA AS SUAS EM UM MONTE, VIRADAS PARA BAIXO. O JOGADOR BATE A MÃO SOBRE O MONTE, TENTANDO VIRÁ-LAS. ELE GANHA AS FIGURINHAS QUE CONSEGUIU VIRAR DO MONTE. CINCO-MARIAS – COSTUMA-SE JOGAR ESSA BRINCADEIRA COM CINCO PEÇAS, QUE PODEM SER PEDRINHAS OU SAQUINHOS DE PANO CHEIOS DE AREIA. O JOGADOR ESPALHA AS PEÇAS NO CHÃO. PEGA UMA E LANÇA-A PARA O ALTO. ANTES DE PEGÁ-LA, AINDA NO AR, DEVE RECOLHER AS DEMAIS PEÇAS DO CHÃO. PERDE A VEZ QUEM DEIXAR A PEÇA LANÇADA CAIR OU NÃO CONSEGUIR RECOLHER AS QUE ESTÃO NO CHÃO.

Pergunte que tipo de brincadeira pode ser feitas com aqueles objetos. Em seguida, explique como se joga bafo e cinco marias, esclarecendo que cada local ou grupo de pessoas têm regras e formas de brincar diferentes.

ULISSES FIGUEIREDO/YAN

Deixe-os brincar por algum tempo e, em seguida, troque os jogos entre os grupos. Para finalizar, pergunte se eles conheciam essas brincadeiras, se gostaram e se mudariam alguma regra. Habilidades trabalhadas: / EF02HI04

EF02HI05

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13


DE OLHO NAS PISTAS

Orientações

O objetivo principal da atividade é mostrar aos estudantes que, entre uma geração e outra, alguns brinquedos e brincadeiras mudam, outros permanecem. Nesse sentido, a memória de pessoas mais velhas pode auxiliar as crianças a conhecer mais sobre brinquedos e brincadeiras do passado. Explique para os estudantes, que somente os seres humanos preservam suas memórias, e que essa é uma função e necessidade psicossocial. Essa é uma boa oportunidade para conversar com o grupo sobre o que devemos e ou podemos guardar, e o que precisamos descartar.

BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS TÊM HISTÓRIA CONHECER OS BRINQUEDOS E AS BRINCADEIRAS NOS AJUDA A ENTENDER OS HÁBITOS DE UM POVO NO PASSADO, ALÉM DE FORNECER PISTAS SOBRE OS RECURSOS NATURAIS E OS TIPOS DE FERRAMENTA QUE EXISTIAM NO LUGAR ONDE ELES MORAVAM. ESSES BRINQUEDOS PODEM TER FEITO PARTE DA INFÂNCIA DE SEUS AVÓS, SEUS TIOS E SEUS PAIS. VOCÊ OS CONHECE?

ULISSES FIGUEIREDO/YAN

Auxilie os estudantes a entender quais são os objetivos da entrevista e como ela deve ser feita. Explique que devem conversar com algum adulto de sua família sobre a entrevista e quando forem realizá-la, devem ter em mãos o livro, o caderno, lápis e borracha. É importante escutar o entrevistado de forma atenta, perguntar caso não tenha entendido alguma informação ou palavra, anotar seus dados e agradecer pela participação ao final da entrevista.

1. ESCOLHA E ENTREVISTE UMA PESSOA QUE MORA COM VOCÊ. NO CADERNO, ANOTE O NOME DO FAMILIAR E O PARENTESCO. DEPOIS, FAÇA AS PERGUNTAS A SEGUIR E REGISTRE AS RESPOSTAS. Respostas de acordo com a entrevista. A) VOCÊ CONHECE ESSES BRINQUEDOS?

D) DE QUE MATERIAL ERA FEITO?

B) QUAL É O NOME DE CADA UM DELES?

E) ONDE BRINCAVA?

C) JÁ BRINCOU COM ALGUM DELES?

F) COM QUEM BRINCAVA?

2. EXISTE NA SUA CASA ALGUM BRINQUEDO COM O QUAL VOCÊ BRINCAVA QUANDO ERA BEBÊ? SE SIM, PERGUNTE AO SEU FAMILIAR: A) POR QUE ESSE BRINQUEDO FOI GUARDADO? Respostas de acordo com a entrevista. B) VOCÊ TEM ALGUM BRINQUEDO OU OUTRO OBJETO DE QUANDO ERA CRIANÇA? SE SIM, POR QUE O GUARDOU? 3. QUE PISTAS ESSES BRINQUEDOS PODEM NOS FORNECER SOBRE O PASSADO? CONVERSE COM OS COLEGAS E O PROFESSOR SOBRE O ASSUNTO. Respostas de acordo com os exemplos apresentados.

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Avaliação A partir das respostas dadas nesta atividade, você poderá mapear o que os estudantes sabem sobre a importância da preservação da memória, quer seja coletiva, familiar e pessoal. É importante aferir essa compreensão, pois trata-se de um pré-requisito para compreender a função da História enquanto disciplina. Aproveite a oportunidade para estimular a conversação, os diálogos ampliam o vocabulário e enriquecem as experiências subjetivas, trazendo ideias que sozinhos, muitas vezes a pessoa não teria. Habilidade trabalhada:

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EF02HI03


Orientações

BAFO E CINCO-MARIAS SÃO BRINCADEIRAS CONHECIDAS EM VÁRIAS PARTES DO BRASIL. MAS EXISTEM BRINCADEIRAS DE OUTROS LUGARES QUE SÃO POUCO CONHECIDAS POR AQUI. VEJA UM EXEMPLO. TRUYEN-TRUYEN – AS CRIANÇAS VIETNAMITAS SE DIVERTEM COM ESSE JOGO DE VARETAS. COLOCA-SE UMA VARETA EM UMA MESA OU NO CHÃO E OUTRAS NOVE APOIADAS SOBRE ELA (VEJA A IMAGEM). É PRECISO TAMBÉM UMA BOLINHA OU UMA PEDRINHA. O JOGADOR LANÇA A BOLINHA PARA O ALTO E, ANTES DE PEGÁ-LA NO AR, TIRA UMA VARETA, SEM ENCOSTAR NAS JOGO TRUYEN-TRUYEN. OUTRAS. LANÇA NOVAMENTE A BOLINHA E RETIRA OUTRA VARETA, VIETNAMITAS: PESSOAS E ASSIM POR DIANTE, ATÉ RECOLHER TODAS. QUE NASCEM NO VIETNÃ. MONTA NOVAMENTE AS VARETAS E RECOMEÇA, PEGANDO AS VARETAS DE DUAS EM DUAS, E ASSIM POR DIANTE. O JOGADOR PERDE SUA VEZ QUANDO DEIXA A BOLINHA CAIR, QUANDO NÃO CONSEGUE RETIRAR AS VARETAS A TEMPO OU QUANDO ENCOSTA NAS OUTRAS VARETAS.

Inicie o estudo do tema perguntando aos estudantes se eles acham que as crianças que vivem em outros países brincam da mesma forma que as crianças brasileiras. Estimule-os a perceber que possivelmente, várias crianças do mundo gostem dos mesmos jogos eletrônicos e joguem bola. Explique que as brincadeiras estão ligadas à cultura e aos costumes de cada povo e dessa forma, há brincadeiras que são típicas de certas culturas ou povos.

EDUARDO ENOKI

BRINCADEIRAS DE OUTROS LUGARES

Após ler sobre o truyen-truyen, mostre aos estudantes a localização do Vietnã em um mapa. Caso haja acesso à internet, utilize o Google Earth para uma viagem pelo país. Pergunte aos estudantes se eles imaginam qual meio de transporte pode ser usado para chegar ao Vietnã.

• O JOGO DAS VARETAS, TRUYEN-TRUYEN, É SEMELHANTE A ALGUM OUTRO QUE VOCÊ CONHECE? QUAL?

É semelhante ao jogo cinco-marias, mas o tipo e a quantidade de peças são diferentes. __________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________ 15

Atividade complementar

Museu do brinquedo Incentive os estudantes a criarem um museu do brinquedo na sala de aula. O acervo poderá ser formado com brinquedos antigos e em desuso encontrados em casa ou emprestados por algum parente, vizinho ou amigo. Procure envolver a comunidade escolar e a família na realização da atividade. É muito comum que as pessoas guardem brinquedos antigos em casa para apresentá-los às gerações mais jovens ou como objetos de coleção. Habilidade trabalhada:

EF02HI09

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DE OLHO NO SUJEITO

Orientações

Os jogos são ferramentas importantes na construção de uma consciência das regras e na constituição da autonomia, pois quem joga deve enfrentar na prática um conjunto de normas fixas que define a própria dinâmica do jogo. Além disso, quem joga deve também lidar com um conjunto de valores éticos e com as atitudes dos outros indivíduos que estão participando da brincadeira.

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AS CRIANÇAS INDÍGENAS TÊM DIVERSOS JOGOS, BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS. ALGUNS DELES SÃO CONHECIDOS POR DIVERSOS POVOS, OUTROS SÃO PRATICADOS POR UMA ÚNICA ETNIA. AS CRIANÇAS XAVANTE, POR EXEMPLO, GOSTAM DE BRINCAR DE PERNA DE PAU E TAMBÉM DE PETECA. JÁ AS CRIANÇAS KALAPALO PREFEREM O FUTEBOL, QUE JOGAM COM BOLAS QUE ELAS MESMAS FAZEM. MAS TODAS AS CRIANÇAS INDÍGENAS SE DIVERTEM TAMBÉM DE OUTROS MODOS. EM CONTATO COM A NATUREZA, ELAS NADAM, CAÇAM, PESCAM, SOBEM EM ÁRVORES E OUVEM HISTÓRIAS DOS MAIS VELHOS.

MENINAS DA ETNIA KALAPALO JOGAM BOLA NA ALDEIA AIHA, EM QUERÊNCIA (MATO GROSSO), 2018.

• NO TEXTO, IDENTIFIQUE ATIVIDADES IGUAIS ÀQUELAS PRATICADAS POR ADULTOS.

DEPOIS, RESPONDA: VOCÊ BRINCA IMITANDO ATIVIDADES DE ADULTO? COMO É ISSO?

Resposta pessoal.

STÓR

IA

Como forma de avaliação, promova rodas de conversa de modo a estimular os estudantes a refletirem sobre a necessidade das regras na dinâmica dos jogos, promovendo um entendimento dessas regras como elementos reguladores e não como punitivos ou arbitrários.

DIVERSIDADE CULTURAL

DELFIM MARTINS/PULSAR IMAGENS

Para ampliar

AS BRINCADEIRAS INDÍGENAS

HI

Trata-se de uma boa oportunidade para retomar com os estudantes o tema da diversidade nos povos indígenas; é importante que as crianças saibam que cada povo tem sua cultura própria, o que inclui brincadeiras, lendas e modos de conviver e interagir.

SITE

• BRINCADEIRAS INDÍGENAS VOCÊ PODE CONFERIR COMO AS CRIANÇAS INDÍGENAS BRINCAM, CONSULTANDO O SITE DO INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL: https://mirim.org/ como-vivem/brincadeiras. ACESSO EM: 19 MAR. 2021.

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2 MODOS DE VIDA

DIVERSIDADE CULTURAL

Orientações É de grande importância tratar da questão dos indígenas brasileiros, suas características, costumes, línguas, localização geográfica, dentre outros fatores. Tratar da diversidade cultural dos povos indígenas brasileiros é oportunidade para promover conteúdos atitudinais ligados à valorização e respeito de nossa matriz étnico-racial. Para complementar a leitura do texto, utilize um mapa político do Brasil e mostre aos estudantes a localização das etnias citadas nesta seção. Os xavantes vivem em diferentes aldeias espalhadas pelo estado do Mato Grosso. Os kalapalos vivem em oito aldeias dentro da Terra Indígena do Xingu, que está ao norte do Mato Grosso.

VOCÊ CONHECEU ALGUNS JOGOS E BRINCADEIRAS DAS CRIANÇAS DO BRASIL E DO MUNDO. JÁ PENSOU QUE O MODO DE VIDA DAS OUTRAS CRIANÇAS PODE SER DIFERENTE DO SEU? ATÉ AS PESSOAS QUE VIVEM NA MESMA CIDADE OU NO MESMO BAIRRO PODEM VIVER DE MODOS DIFERENTES. 1 RESPONDA CADA UMA DAS PERGUNTAS ABAIXO. Respostas pessoais.

A) O QUE VOCÊ COSTUMA COMER? B) DE QUE PRATO VOCÊ MAIS GOSTA?

C) QUE TIPO DE ROUPA VOCÊ COSTUMA VESTIR?

D) QUE TIPO DE HISTÓRIA VOCÊ GOSTA DE OUVIR?

Avaliação E) DE QUE MANEIRAS VOCÊ COSTUMA SE DIVERTIR?

F) QUE ANIMAL DE ESTIMAÇÃO VOCÊ TEM OU GOSTARIA DE TER?

2 REÚNA-SE COM MAIS DOIS COLEGAS E COMPARE AS SUAS RESPOSTAS COM AS DELES.

A partir das respostas dos estudantes para a atividade 2, pode ajudar você a identificar se o grupo percebe a variedade de possibilidades para as respostas, se eles conseguem respeitar posicionamentos e opiniões diferentes, se reagem com empatia e compreensão de que nem sempre as respostas são cartesianas.

TODAS AS RESPOSTAS FORAM IGUAIS? Espera-se que os estudantes identifiquem que não. 17

17


Chame a atenção dos estudantes para o fato da forma de ir para à escola ser parte da cultura local. É importante que eles iniciem a percepção de que estão interligados com a comunidade e sua forma de organização, desafios e cultura.

EM ALGUNS LUGARES, É PRECISO ATRAVESSAR O RIO PARA CHEGAR À ESCOLA. POR ISSO, OS ESTUDANTES USAM BARCO ESCOLAR. MANAUS (AMAZONAS), 2016.

SE TIVER UM ESPAÇO PARA GUARDAR A BICICLETA, ESSA TAMBÉM É UMA OPÇÃO, COMO NESSA ESCOLA EM CAMPO MOURÃO (PARANÁ), 2017.

PARA QUEM MORA MAIS DISTANTE, TAMBÉM PODE PEGAR UMA VAN ESCOLAR. ITABERABA (BAHIA), 2019.

• COMO VOCÊ CHEGA À SUA ESCOLA: PERCORRE O TRAJETO CAMINHANDO OU USA ALGUM MEIO DE TRANSPORTE? VAI SOZINHO OU ACOMPANHADO? Respostas pessoais.

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Atividade complementar

Mapa imaginário Para o aprofundamento das questões trabalhadas nesta página, proponha aos estudantes a elaboração de um mapa imaginário que descreva o trajeto que eles realizam de casa até a escola. Incentive-os a desenharem os lugares percorridos, casas e outras edificações importantes e/ou que chamem a atenção deles, ruas, avenidas, praças e os nomes de algumas vias. Essa atividade trabalha habilidades de escrita, senso de direção, observação e descrição do entorno, além de desenvolver atitudes de interação e troca de experiência entre os estudantes. Nesse sentido, é possível integrar conhecimentos de Língua Portuguesa e de Geografia.

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SÉRGIO PEDREIRA/PULSAR IMAGENS

MORAR PERTO DA ESCOLA POSSIBILITA IR A PÉ, COMO NESSE POVOADO EM SANTALUZ (BAHIA), 2018.

CHICO FERREIRA/PULSAR IMAGENS

Trata-se de uma boa oportunidade para conversar com os estudantes sobre o entorno da escola, questione o que eles veem no trajeto, questione, se algum monumento, praça, comércio tem alguma relação com a história da família de algum deles ou de algum conhecido. É importante que eles compreendam que a história pessoal se interlaça com a história da comunidade local.

HÁ MANEIRAS DIFERENTES DE SE CHEGAR À ESCOLA.

Explore as fotografias com os estudantes de modo que eles consigam perceber que há diferenças em como as crianças vão à escola dependendo do lugar onde vivem. BRUNO ZANARDO/FOTOARENA

Após conversarem sobre o modo como algumas crianças vão para a escola, o estudante será estimulado a pensar em como se dá o seu deslocamento até a escola. Promova uma roda de conversa para que os estudantes possam conhecer o modo de deslocamento de seus colegas. Anote na lousa os meios de transporte utilizado pelos estudantes para chegarem na escola.

COMO SE VAI À ESCOLA

DIRCEU PORTUGAL/FOTOARENA

Orientações


Tema contemporâneo

VOCÊ JÁ ESCUTOU A PARLENDA “UM, DOIS, FEIJÃO COM ARROZ!”. ESSA É A COMBINAÇÃO PREFERIDA DA ALIMENTAÇÃO DOS BRASILEIROS. ACRESCENTE CARNE E SALADA, E PRONTO! SE TIVER ALGUMA FRUTA DE SOBREMESA, FICA PERFEITO! AÍ ESTÁ UMA BOA REFEIÇÃO, QUE FAZ BEM PARA A SAÚDE, E MUITA GENTE GOSTA. CULINÁRIA: REFERE-SE MAS HÁ MUITOS OUTROS PRATOS EM NOSSA A PRATOS, COMIDAS, COSTUMES DE CULINÁRIA. VÁRIOS DELES FORAM TRAZIDOS POR ALIMENTAÇÃO DE UM PESSOAS DE DIFERENTES LUGARES DO MUNDO QUE POVO. É TAMBÉM A ARTE DE COZINHAR. VIERAM VIVER NO BRASIL.

Aproveite a oportunidade para contar aos estudantes que Constituição Brasileira assegura o direito humano à alimentação.

CACIO MURILO/SHUTTERSTOCK

O QUE SE COME

Conte esse fato aos estudantes, é importante que eles saibam que a alimentação é um elemento sociocultural e também um direito que deve ser garantido para todos os brasileiros; a construção da cidadania se dá de forma espiral, é importante que desde a infância o estudante reflita sobre temas sensíveis e não os naturalize, por exemplo, a naturalização das pessoas que passam fome, é dever do Estado garantir a alimentação para todas as pessoas.

Avaliação

A MOQUECA DE CAMARÃO É UM PRATO MUITO APRECIADO NA BAHIA. 1 O QUE VOCÊ COSTUMA COMER NAS REFEIÇÕES? LISTE PELO MENOS CINCO ALIMENTOS. Resposta pessoal.

De forma coletiva, a partir das respostas dos estudantes para a atividade 2, você poderá identificar se o grupo percebe a variedade de possibilidades para as respostas. Também, individualmente, você poderá compreender, se o estudante conseguem respeitar costumes e tradições diferentes daquelas vivenciadas por ele, se ele recebe com empatia respostas que não são comuns para ele.

2 SERÁ QUE TODAS AS CRIANÇAS, DE TODOS OS LUGARES, ALIMENTAM-SE DO

MESMO MODO? Espera-se que os estudantes percebam que não. 3 NA SUA OPINIÃO, O QUE É UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL? CONVERSE SOBRE ESSA

QUESTÃO COM OS COLEGAS E O PROFESSOR. Essa atividade possibilita um debate em sala de aula. 19

Orientações Perceba, os estudantes estão sendo convidados a pensar em sua vida cotidiana, seus hábitos, costumes e histórias. É importante que percebam que eles também têm uma história. Identificar seus gostos e hábitos é uma forma interessante de ajudá-los no processo deformação identitária e na relação que estabelecem com sua história de vida e das pessoas que o cercam. Aproveite a oportunidade, e integre conhecimentos da Educação Alimentar e Nutricional (EAN) e elabore uma sondagem sobre as práticas alimentares dos estudantes, bem como um trabalho informativo sobre a alimentação saudável e equilibrada. Pergunte-lhes, por exemplo, se arroz com feijão é uma combinação saudável, se carne é indispensável, porque é importante comer frutas, legumes e verduras. Comente com eles sobre os nutrientes encontrados nos alimentos (proteínas, carboidratos, vitaminas, gorduras).

Oriente a discussão, dando oportunidade para que todos participem. Comente sobre a importância da alimentação para a manutenção da saúde. Os estudantes devem perceber, por meio da discussão, a diversidade alimentar das famílias e dos povos, além de notar que nem todas as crianças dispõem de alimentação saudável, em virtude de fatores variados (falta de recursos, condições de vida precárias, desatenção dos pais, entre outros). Durante a conversa, faça anotações na lousa e, depois, dê tempo para que os estudantes registrem suas ideias. 19


O QUE SE VESTE

Esta atividade permite trabalhar um conceito importante para a área de Ciências Humanas em geral e dentro do componente curricular de História em específico, que é a passagem do tempo. É possível chamar a atenção dos estudantes para o fato de que há quatro estações durante o ano e que cada uma delas tem características diferentes. Essa noção será aprofundada na próxima Unidade, mas aqui vale a pena se reter um pouco na análise da ilustração de modo a iniciar uma sensibilização dessa temática. Os autorretratos serão livres e individuais. Porém, há regiões no Brasil em que não há diferenças entre o modo de se vestir no inverno e no verão. Converse um pouco com os estudantes sobre essa característica local.

NO DIA A DIA, GRANDE PARTE DAS PESSOAS SE VESTE DE MODO PARECIDO. MAS SEMPRE HÁ UMA MANEIRA DE DIFERENCIAR ESSAS VESTIMENTAS. OS TECIDOS, POR EXEMPLO, PODEM VARIAR DE ACORDO COM O LUGAR E A ÉPOCA DO ANO. NOS LUGARES MAIS FRIOS DO BRASIL, AS PESSOAS COSTUMAM USAR ROUPAS DE LÃ NO INVERNO. JÁ NOS LUGARES MAIS QUENTES, ELAS USAM TECIDOS LEVES, COMO O ALGODÃO, DURANTE O ANO TODO.

Oriente o diálogo, para que os estudantes percebam que as vestimentas são uma necessidade, mas também uma expressão sociocultural. Roupas servem por exemplo para identificar pessoas, por exemplo, os estudantes vestidos com uniforme escolar, bombeiros vestidos com suas fardas, enfermeiros usando seus jalecos, ou seja, as vestimentas são uma utilidade e também um elemento social. Converse com eles sobre a importância do uso do uniforme escolar, conte ao grupo tratar-se de um item de segurança.

ULISSES FIGUEIREDO/YAN

Orientações

1 DESENHE, NO CADERNO, COMO VOCÊ SE VESTE NO VERÃO E NO INVERNO. Resposta pessoal. 2 MOSTRE O SEU DESENHO AOS COLEGAS E OBSERVE O

DESENHO DELES. QUAIS SÃO AS SEMELHANÇAS E AS DIFERENÇAS ENTRE O MODO DE VOCÊS SE VESTIREM? Resposta pessoal.

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Atividade complementar

Aproveite a oportunidade para promover um jogo de advinhas, com o tema: vestuário; além de oportunizar uma atividade lúdica, você contribuirá no processo de literacia. 1.O que é, o que é? Protege-te a garganta, se no pescoço o enrolas, Mais curto ou mais comprido, Pode ter listras ou bolas. Resposta: Cachecol. 2.O que é, o que é?

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SEMELHANÇA: AQUILO QUE É IGUAL OU PARECIDO.

Quando começa a fazer frio, todo mundo vai comprá-los, Para ficarem bem quentinhos Na cabeça vão usá-los. Resposta: Gorros. 3.O que é, o que é? No inverno tenho frio, Nas mãos e nos dedinhos. Adivinha o que os tapa, E ajuda a mantê-los muito quentinhos. Resposta: luvas.


Orientações

O CONJUNTO FORMADO PELAS ROUPAS E PELOS ACESSÓRIOS QUE UMA PESSOA USA É CHAMADO DE VESTUÁRIO. AS ROUPAS TÊM DIFERENTES FUNÇÕES: PROTEGER-NOS DO FRIO, TRANSMITIR INFORMAÇÕES DE QUEM SOMOS, IDENTIFICAR UMA PROFISSÃO, ENTRE OUTRAS.

Explique aos estudantes que, assim como os brinquedos e brincadeiras, os tecidos, as roupas e a forma de se vestir mudam de acordo com o tempo e a cultura. Solicite que os estudantes tragam fotos de parentes quando eram mais novos para promover uma comparação entre as roupas utilizadas no passado e nos dias de hoje. Estimule-os a identificar semelhanças e diferenças entre as roupas usadas no passado e nos dias de hoje.

CHICO FERREIRA/PULSAR IMAGENS

TYLER OLSON/SHUTTERSTOCK

COM QUE ROUPA EU VOU

OS BOMBEIROS TÊM VESTIMENTAS QUE OS PROTEGEM.

Habilidades trabalhadas: / EF02HI04

EF02HI05

O UNIFORME DOS ESTUDANTES IDENTIFICA A ESCOLA EM QUE ESTÃO MATRICULADOS.

KISELEV ANDREY VALEREVICH/SHUTTERSTOCK

VAKS-STOCK AGENCY/SHUTTERSTOCK

AS ROUPAS TAMBÉM PODEM EXPRESSAR CARACTERÍSTICAS DA NOSSA PERSONALIDADE, COMO A COR PREDILETA OU O GOSTO MUSICAL. É POSSÍVEL AINDA QUE A PESSOA SE IDENTIFIQUE COM UM GRUPO SOCIAL QUE COMPARTILHA DETERMINADO MODO DE SE VESTIR.

ADOLESCENTES DO MOVIMENTO HIP-HOP.

MULHER AFRICANA COM VESTIMENTAS TÍPICAS. 21

21


Orientações

A partir das respostas dadas para a atividade 2, você pode identificar se o estudante caminha para a conquista da autonomia. Preste atenção em seu posicionamento, pois é esperado que ele consiga formular uma explicação para sua escolha.

AS ROUPAS VESTIMENTAS TAMBÉM MUDAM COM O PASSAR DO TEMPO. ISSO ACONTECE PORQUE A MODA É DIFERENTE EM CADA ÉPOCA E LUGAR, MUDANDO CONFORME A CULTURA, OS COSTUMES E A MENTALIDADE DE CADA POVO. NA DÉCADA DE 1940, MUITAS PESSOAS FAZIAM SUAS ROUPAS EM CASA, POR ISSO OS MODELOS ERAM MAIS SIMPLES E AS CORES NEUTRAS, COMO PRETO, VERDE-ESCURO E BEGE.

NA DÉCADA DE 1960, A MODA FOI USADA PARA EXPRESSAR AS EMOÇÕES. NA ÉPOCA, MUITAS PESSOAS SE INSPIRAVAM NAS VESTIMENTAS USADAS POR ATORES E CANTORES. KEENE/BSIP/ALAMY/FOTOARENA

Avaliação

A MODA NA HISTÓRIA OLEG GOLOVNEV/SHUTTERSTOCK

Oriente o diálogo, para que os estudantes formulem suas percepções; a questão é bastante subjetiva e, é importante suscitar esse tipo de reflexão, pois questões reflexivas possibilitam que o estudante ressignifique seus conhecimentos prévios e cresçam em aprendizados.

DE OLHO NO TEMPO

LYUDMILA2509/SHUTTERSTOCK

Auxilie os estudantes na leitura desta linha do tempo. Nela eles encontrarão informações sobre diferentes períodos históricos. Explore as características de cada vestuário, pergunte qual das imagens mais chamou a atenção, deixe que os grupo se manifeste e expresse suas percepções e opiniões.

NA DÉCADA DE 1980, A MODA ERAM ROUPAS BASTANTE COLORIDAS. FOI UMA ÉPOCA TAMBÉM EM QUE AS MULHERES CONQUISTARAM MUITOS CARGOS DE CHEFIA, O QUE FEZ SURGIR UM NOVO MODO DE VESTIR FEMININO.

Habilidades trabalhadas: / EF02HI07

EF02HI06

O INÍCIO DA DÉCADA DE 2000 FOI MARCADO PELO USO DE CALÇAS JEANS, CAMISETAS E BLUSAS DE MALHA, SANDÁLIAS, TÊNIS E ACESSÓRIOS VARIADOS.

1. E VOCÊ, COMO GOSTA DE SE VESTIR? Resposta pessoal. 2. O QUE VOCÊ JULGA IMPORTANTE PARA SE IDENTIFICAR COM A ROUPA?

Resposta pessoal.

22

Para o professor História da moda O site a seguir traz referências da moda no Brasil e no exterior, divididas por épocas. Há fotografias e textos explicativos sobre cada período e estilo de moda mostrado. Disponível em: <http://historia-da-moda.info/>. Acesso em: 28 jul. 2021.

22


HISTÓRIAS QUE CONTAM

Orientações

MUITAS SÃO AS HISTÓRIAS CONTADAS PARA AS CRIANÇAS. CADA POVO TEM SEUS CONTOS, SUAS FÁBULAS, SUAS LENDAS, SEUS MITOS.

Após a leitura compartilhada, certifique-se de que os estudantes compreenderam o texto. Converse um pouco sobre o sentido do mito para diversos povos, especialmente os que utilizam a oralidade como meio de transmissão do conhecimento. Em um globo terrestre ou planisfério, mostre aos estudantes onde se localiza o continente africano. Explique que ele é formado por vários países. Contextualize a presença do povo Dogon, que está no Mali e em Burkina Faso, e diga que os sacerdotes dogons são os responsáveis pela transmissão do conhecimento por meio da oralidade. Com relação à atividade D, caso os estudantes não se lembrem ou não conheçam mitos de criação e origem, peça que eles perguntem aos familiares e vizinhos próximos se conhecem algum mito desse tipo e que os contem. Na sala de aula, permita que os estudantes recontem esses mitos.

SABE COMO O MUNDO FOI CRIADO PELOS AFRICANOS? […] FOI DE CONTO EM CONTO QUE SE CRIOU A CRIAÇÃO. […] OS DOGONS […] CONTAM QUE FOI AMMA QUEM CRIOU AS ESTRELAS E DEPOIS JOGOU NO ESPAÇO MUITAS BOLOTAS DE TERRA. EM DUAS DELAS HAVIA COBRE: UMA CONTINHA COBRE VERMELHO, OUTRA CONTINHA COBRE BRANCO: SÃO O SOL E A LUA. AS PESSOAS NEGRAS SÃO AQUELAS QUE NASCERAM SOB O SOL, AS BRANCAS SÃO AS QUE NASCERAM SOB A LUA. HISTÓRIAS DA PRETA, DE HELOISA PIRES LIMA. SÃO PAULO: COMPANHIA DAS LETRINHAS, 1998. P. 18; 22.

A) ESCREVA AS PALAVRAS DO TEXTO QUE VOCÊ NÃO CONHECE. COM A ORIENTAÇÃO DO PROFESSOR, PROCURE DESCOBRIR SEUS SIGNIFICADOS. Resposta pessoal.

ILUSTRAÇÕES: PIETRO

1 LEIA O TEXTO E FAÇA AS ATIVIDADES PROPOSTAS.

MITOS: NARRATIVAS COM ACONTECIMENTOS FANTÁSTICOS, IMAGINÁRIOS, QUE REPRESENTAM ELEMENTOS DA NATUREZA E QUE SÃO CONTADAS E RECONTADAS PELA COMUNIDADE. DOGONS: UM DOS DIVERSOS POVOS AFRICANOS. AMMA: DIVINDADE DOS DOGONS.

B) QUAL É O TEMA DESSA HISTÓRIA? A história trata da criação do mundo ou do Universo e dos seres humanos (negros e brancos) de acordo com um mito africano.

C) PARA OS DOGONS, COMO FORAM CRIADOS O MUNDO E AS PESSOAS? DESENHE A SUA RESPOSTA NO CADERNO. Resposta pessoal.

Habilidade trabalhada: EF02HI06

D) EM CASA, LEIA O TEXTO EM VOZ ALTA PARA A SUA FAMÍLIA. PERGUNTE AOS SEUS FAMILIARES SE ELES CONHECIAM A HISTÓRIA E O QUE ACHARAM DELA. Resposta pessoal. E) NA SUA FAMÍLIA OU NA SUA COMUNIDADE, EXISTE ALGUM MITO DE CRIAÇÃO DO MUNDO E DAS PESSOAS QUE SEJA CONTADO E RECONTADO? COMPARTILHE-O COM O PROFESSOR E OS COLEGAS. Resposta pessoal. 23

Para ampliar A mitologia Os mitos são histórias imaginárias coletivas que explicam acontecimentos e fenômenos. O conjunto de mitos é chamado de mitologia. A mitologia acompanha os grupos humanos há muito tempo, certamente antes de o termo ter sido criado na Grécia antiga. Diferentemente da religião (que também busca significados para os fenômenos), a mitologia não segue um dogma e não entende os mitos como uma revelação de um ser superior.

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MUSEU IMPERIAL, PETRÓPOLIS

Para iniciar a leitura da imagem, permita que os estudantes descrevam livremente o que estão vendo. Provavelmente eles dirão que se trata de Dom Pedro II, o imperador do Brasil, porque vão identificar a informação na legenda. Após a exploração da imagem, forneça algumas informações básicas sobre a biografia do imperador, contextualizando o seu papel na história e possibilitando que o estudante possa responder as questões com mais precisão.

JUNTAR SABERES 1 ESTE É O RETRATO DE DOM PEDRO II,

IMPERADOR DO BRASIL. OBSERVE A PINTURA E:

DOM PEDRO II, AOS 12 ANOS DE IDADE. PINTURA DE FÉLIX ÉMILE TAUNAY, 1837. ÓLEO SOBRE TELA, 90 cm × 66 cm.

1a) Um casaco militar com medalhas, uma calça de cor clara, uma faixa que deve indicar seu posto militar e/ou político, uma espada.

A) DESCREVA O VESTUÁRIO DO RETRATADO. B) CONTE PARA OS COLEGAS: POR QUE O MENINO FOI RETRATADO DESSE MODO?

A atividade 2 é uma oportunidade para a realização do fechamento da Unidade. Utilize as frases formadas como temas para uma roda de conversa. Pergunte aos estudantes se o direito das crianças de brincar, comer e dormir é respeitado pelos adultos; solicite exemplos em que esse direito não é respeitado. Em relação às vestimentas, alimentação e brincadeiras, são sempre iguais em todos os lugares? Por que há variedade? Como é uma atividade de retomada do conteúdo desenvolvido ao longo da Unidade, vale a pena registra- la. Proponha aos estudantes que redijam uma carta a um suposto representante dos direitos das crianças, na qual elas requeiram maior atenção aos direitos e à diversidade dos modos de vida das crianças brasileiras. Além de trabalhar a produção textual do gênero carta, a atividade permite também avaliar a fixação e sistematização dos conceitos e temas debatidos nesta Unidade.

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Porque, mesmo sendo uma criança, ele já era considerado imperador do Brasil. Ele reunia tanto o poder político quanto o militar. Desde os 5 anos dom Pedro II foi preparado para exercer as funções imperiais e governar o Brasil.

2 ESCOLHA NO QUADRO A SEGUIR AS PALAVRAS QUE COMPLETAM AS FRASES.

BRINCADEIRAS

VESTIMENTAS

DORMIR

A) AS CRIANÇAS TÊM DIREITO DE dormir

COMIDAS

brincar

BRINCAR

COMER

comer

,

E

.

B) EXISTE UMA GRANDE VARIEDADE DE NO MUNDO. brincadeiras C) MUITAS QUALQUER LUGAR.

comidas

E

vestimentas

QUE AS CRIANÇAS ADORAM SÃO IGUAIS EM

3 IMAGINE-SE RESPONSÁVEL POR CRIAR UM CENTRO DE MEMÓRIAS PARA PRESERVAR O

JEITO DE SER DAS CRIANÇAS DOS DIAS DE HOJE. NO CADERNO, FAÇA DUAS LISTAS: A) UMA COM OS BRINQUEDOS QUE VOCÊ GUARDARIA E OS QUE VOCÊ NÃO GUARDARIA NELE.

Respostas pessoais.

B) OUTRA COM AS ROUPAS QUE VOCÊ GUARDARIA E AS QUE VOCÊ NÃO GUARDARIA NELE. 24

Para ampliar Centro de memória Os centros de memória estão ligados ao registro da trajetória de grupos sociais e à constituição de identidades. E Essas instituições podem ter o caráter público ou privado. Como exemplo de um valioso centro de memória público brasileiro citamos o Centro de Memória da Unicamp, que tem por objetivo a organização, a preservação e a difusão de documentação relacionada à cidade de Campinas (SP). Este centro de memória disponibiliza na internet boa parte de sua produção (disponível em: <https://www.cmu.unicamp.br/index.php#!html/inicio.html>, acesso em: 28 jul. 2021).


BAHAU/SHUTTERSTOCK

4 O VOVÔ MÁRIO ESTÁ MOSTRANDO AO NETO FOTOS DE QUANDO

ERA CRIANÇA. ESCREVA O NOME DE DUAS BRINCADEIRAS ANTIGAS QUE PODEM APARECER NO ÁLBUM DE FOTOS DO VOVÔ. Resposta pessoal.

5

Incentive os vínculos de afeto, e a importância dos aprendizados que conquistados por meio das relações transgeracionais; esse trabalho é importante para a construção das memórias individuais e familiares.

DESENHE O PRESENTE MAIS ESPECIAL QUE VOCÊ GANHOU DE SEUS AVÓS OU DE OUTRO IDOSO DA SUA FAMÍLIA. DEPOIS, RESPONDA ÀS QUESTÕES.

A) QUANTOS ANOS VOCÊ TINHA QUANDO GANHOU ESSE PRESENTE? Resposta pessoal.

B) QUAL É O NOME DA PESSOA QUE LHE DEU ESSE PRESENTE? Resposta pessoal.

C) ESCREVA UM PEQUENO RECADO AGRADECENDO O PRESENTE À PESSOA E CONTANDO POR QUE ELE É TÃO ESPECIAL PARA VOCÊ. Resposta pessoal.

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Avaliação formativa As atividades dessa seção podem ajudar a compreender como os estudantes desenvolveram as habilidades propostas nesta unidade. Utilize-as para avaliar se os estudantes se apropriaram dos conhecimentos trabalhados. É esperado que eles sejam capazes de entender, que como grupo humano, temos semelhanças e diferenças, também é esperado que consigam tolerar, respeitar e conviver de forma harmoniosa com as características distintas.

Em específico, é importante verificar o desempenho da atividade 3, da página 14, pois a partir dela você poderá compreender se o estudante tem a compreensão da função sócio-histórica da memória e a importância de sua preservação Também é importante verificar se o grupo tem autonomia para responder as atividades da página 17, essa página mostra o trajeto que estão fazendo de heterônomos para autônomos; nessa faixa etária é esperado que eles consigam se posicionar quanto aos gostos pessoais.

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Sobre esta unidade A unidade tem como ponto de partida uma importante reflexão, a passagem do tempo. O principal objetivo é que o estudante tenha a possibilidade de compreender o tema, que em essência, é abstrato.

2

UNIDADE

CRIANÇAS NO TEMPO

A escolha dos temas solidifica os aprendizados adquiridos na unidade anterior, trazendo a oportunidade de aprofundamento, respeitando o tempo da criança e sua necessidade de exemplos práticos e concretos na realização das atividades. Nesse sentido, é proposta uma investigação sobre a infância e outras fases da vida, trabalhando a ideia de passagem do tempo a partir do desenvolvimento biológico e cognitivo. Trata também de diferentes formas de contagem do tempo, como relógios e calendários, além de trabalhar noções sobre elaboração e preservação de memória. Habilidades trabalhadas: / EF02HI03 / EF02HI04 / EF02HI05 / EF02HI06 / EF02HI07 / EF02HI09 / EF02HI01

Pré-requisitos Compreender-se como criança, saber identificar que seus familiares adultos, já passaram por essa mesma fase. Ter noção de sequência, para pode relacionar o passar do tempo cronológico. Demonstrar curiosidade e iniciativa para dialogar, expressar opiniões e compartilhar histórias.

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MENINOS BRINCANDO DE SOLDADOS, DE JEAN-BAPTISTE DEBRET, 1827. AQUARELA, 15,2 cm × 21,5 cm. 26

Objetivos da Unidade • Identificar e nomear as fases da vida, em especial a infância, estabelecendo uma relação de comparação entre passado e futuro. • Ordenar cronologicamente fatos da vida ligados ao crescimento e às suas fases. • Construir noções sobre o passado a partir do levantamento das lembranças familiares. • Entender as consequências da passagem do tempo e conhecer formas de medi-la com objetos. • Identificar medidas de tempo, como minutos, horas, semanas, meses, anos etc. • Analisar diferentes tipos de documentos históricos ligados à literatura que tratam da infância e da passagem do tempo.


MUSEUS CASTRO MAYA, RIO DE JANEIRO

PARA COMEÇAR...

1. Espera-se que os estudantes notem que há diferenças, mas também semelhanças, que são evidenciadas na brincadeira em grupo.

Orientações Mostre para a turma que as personagens desta prancha de Jean-Baptiste Debret são crianças, de modo a construírem juntos uma concepção sobre o papel da criança na situação reproduzida na imagem. Trata-se de uma cena cotidiana, na qual crianças imitam soldados. Contextualize um pouco o período retratado na imagem, que se tratava do Brasil Colônia, uma sociedade escravocrata, na qual brancos e negros exerciam papéis diferentes. Embora, na imagem, haja meninos brancos e negros, é o menino branco quem lidera a ”tropa”, uma representação infantil da sociedade na qual estavam inseridos. Por fim, ajude- os na comparação entre o contexto retratado na pintura e o atual, de modo que cada um traga o olhar para si e para seus pares, pensando o próprio cotidiano, suas brincadeiras e as relações interétnicas. Habilidade trabalhada:

AS CRIANÇAS RETRATADAS NESTA PINTURA VIVERAM NO PASSADO, HÁ MAIS DE 150 ANOS.

EF02HI03

1. O COTIDIANO DAS CRIANÇAS ATUALMENTE É MUITO DIFERENTE DAQUELE DAS CRIANÇAS RETRATADAS NA PINTURA? EXISTEM SEMELHANÇAS? EXPLIQUE A SUA RESPOSTA PARA A TURMA. 2. COMO VOCÊ E SEUS AMIGOS PASSAM O TEMPO JUNTOS? CONTE PARA A TURMA. Resposta pessoal. 27

Proposta pedagógica O tema central desta unidade é a passagem do tempo e as muitas mudanças que transcorrem nesse interim. Buscamos proporcionar ao estudante a oportunidade de compreender a infância como um período do desenvolvimento humano, o qual ele está vivenciando, e garantir uma oportunidade de reflexão sobre a importância dessa etapa e a seguinte reflexão: a importância de se distância temporalmente de certas vivências para poder refletir e compreendê-las. Conquistar essas compreensões são importantes para que o estudante consiga se compreender como uma pessoa, na fase infância, mas que possui uma identidade social, e que faz parte de uma comunidade, tema que será aprofundado na próxima unidade.

Após a análise do passado efetuada a partir da leitura iconográfica, o estudante será estimulado a pensar sobre o tempo presente e a fase da vida na qual se encontra, a infância. Se possível, realize uma roda de conversa para que todos possam falar e ser ouvidos. O objetivo dessa questão é levar o estudante a refletir sobre seu cotidiano e suas relações, incentivar que nomeiem atividades ordinárias e pensem nos ganhos e aprendizados que eles adquirem em tarefas informais. Habilidade trabalhada: EF02HI03

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1 A INFÂNCIA

Orientações

O SER HUMANO PASSA POR DIFERENTES FASES AO LONGO DA VIDA. A FASE EM QUE SOMOS CRIANÇAS É CHAMADA DE INFÂNCIA. ELA COMEÇA COM O NASCIMENTO E É O PERÍODO EM QUE MAIS SE PRECISA DOS CUIDADOS DE OUTRAS PESSOAS. NESSA FASE, TUDO SE APRENDE. MONKEY BUSINESS IMAGES/SHUTTERSTOCK

Pergunte aos estudantes se eles já perceberam que a vida ocorre em ciclos com diferentes fases. Solicite a eles que nomeiem essas fases da vida, pergunte se gostam de ser crianças ou se prefeririam ser adolescentes, adultos ou idosos, com a devida justificativa. Em seguida, leia o texto da página e solicite à turma que identifique em qual fase da vida estão as personagens representadas; essa análise oral vai ajudá-los a responder às perguntas subsequentes.

EM UMA FAMÍLIA É COMUM HAVER CRIANÇAS, ADOLESCENTES E ADULTOS. SÃO PESSOAS EM DIFERENTES FASES DA VIDA.

Avaliação Observar as respostas do estudante para a questão 1, pode ajudar a identificar se ele se compreende como uma criança; essa verificação é importante, pois conseguir entender a própria condição é um pré-requisito para que os conteúdos dessa unidade tenha relevância e significado. O objetivo dessa questão é levar o estudante a conhecer sua história pessoal e notar o quanto já se desenvolveu, se adaptou e aprendeu ao longo da infância. O objetivo dessa questão é suscitar a reflexão do percurso que ainda é necessário até que o estudante adquira total autonomia em relação aos seus cuidadores. Trata-se de um processo e é importante que eles desenvolvam essa consciência.

1 EM QUAL FASE DA VIDA VOCÊ ESTÁ? Espera-se que os estudantes reconheçam que estão na infância, por serem crianças. 2

PERGUNTE A UM DE SEUS FAMILIARES COM QUANTOS ANOS VOCÊ COMEÇOU A: A) ANDAR? Respostas pessoais.

C) FALAR?

B) COMER SOZINHO?

D) TOMAR BANHO SOZINHO?

3 MARQUE COM UM X AS ATIVIDADES PARA AS QUAIS VOCÊ CONTA COM O APOIO DE

OUTRAS PESSOAS, POIS AINDA NÃO CONSEGUE FAZER SOZINHO. Respostas pessoais. PENTEAR O CABELO.

VESTIR A ROUPA.

CUIDAR DO MATERIAL ESCOLAR.

AMARRAR OS TÊNIS.

CORTAR AS UNHAS.

ARRUMAR A CAMA.

ATRAVESSAR A RUA.

GUARDAR OS BRINQUEDOS.

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Habilidade trabalhada: EF02HI06

Atividade complementar

coisas de criança Material necessário: • Revistas, • Tesouras sem ponta, • Cola bastão, • Folhas de cartolina. Peça aos estudantes que recortem das revistas fotografias de crianças fazendo ‘coisas de crianças’, na sequência montem um grande painel em cartolina com as imagens recortadas. 28

Peça que cada um dos estudantes explique para o grupo, porque escolheram determinadas imagens. Na sequência peça para que relatem se já realizaram a atividade retratada, e como se sentiram. Permita que todos expressem suas memórias, percepções e desejos; reforce que a infância é um período que deve ser repleto de atividades divertidas, e que elas são fonte de aprendizado.


Orientações

HOUVE UMA ÉPOCA EM QUE AS CRIANÇAS ERAM TRATADAS COMO ADULTOS EM TAMANHO MENOR. ASSIM QUE A CRIANÇA CONSEGUIA SE CUIDAR UM POUCO SOZINHA (ANDAR, FALAR, ALIMENTAR-SE), PASSAVA A CONVIVER COM OS ADULTOS, PARTICIPANDO DAS ROTINAS DO DIA A DIA, DOS TRABALHOS E DAS DIVERSÕES.

Explique que nem sempre a infância foi entendida como hoje. Somente a partir do século XIX as crianças começaram a ser vistas como diferentes dos adultos, e, portanto, possuidoras de outras necessidades. Pergunte aos estudantes se eles sabem algum aspecto da infância de seus pais, tios e avós. Em caso positivo, auxilie-os a perceber eventuais elementos que passaram por um processo de ruptura ou de continuidade quanto a essa fase da vida na atualidade. A leitura e a análise da fonte iconográfica têm por objetivo auxiliar na identificação do papel social da criança no passado, a fim de contribuir para a constituição do papel dela hoje.

GALLERIA DEGLI UFFIZI, FLORENÇA

A INFÂNCIA NO PASSADO

CRIANÇA BRINCANDO COM CARTAS, DE JEAN-BAPTISTE SIMÉON, 1737. ÓLEO SOBRE TELA, 82 cm × 66 cm.

Habilidade trabalhada: EF02HI03

Avaliação

1 OBSERVE A PINTURA ACIMA E COMPLETE AS FRASES.

A) O TÍTULO DA PINTURA É B) ELA FOI FEITA POR NO ANO DE

.

Criança brincando com cartas Jean-Baptiste Siméon 1737

C) O MENINO ESTÁ

. .

brincando com cartas

Observar as respostas do estudante para essa questão, pode ajudar a identificar se ele compreendeu que os ciclos da vida, são vivenciados de formas diferentes em diferentes culturas e tempos históricos.

2 AGORA, DESCREVA COMO A CRIANÇA ESTÁ VESTIDA. A criança está usando uma camisa branca e um casaco marrom e tem o cabelo preso em um rabo de cavalo. 3 CASO O QUADRO FOSSE PINTADO HOJE, A CRIANÇA ESTARIA VESTIDA DO

MESMO JEITO? EXPLIQUE A SUA RESPOSTA.

Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes digam que, hoje, as crianças não usam roupas como essas. Elas não são adequadas para brincar, pois dificultam os movimentos, como pular e correr, e são muito formais.

Atividade complementar

Entrevista com parentes mais velhos Se for oportuno, solicite aos estudantes que façam uma pequena entrevista com parentes mais velhos, solicitando que eles contem como foi a fase da infância. Auxilie-os a elaborar um roteiro para isso, com perguntas como: • Nome do entrevistado: • Data e o local de nascimento: • Qual era a brincadeira favorita:

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• Até que série o entrevistado estudou: • Como o que ele mais gostava na escola: Esses são apenas alguns exemplos do que que pode ser perguntado, mas você pode aproveitar a oportunidade e formulem, juntos, questões simples para que eles possam investigar semelhanças e diferenças entre a infância dos familiares e a infância dos estudantes da atualidade. Aproveite a oportunidade e conte um pouco sobre a sua infância; breves relatos pessoais cativam os estudantes, fortalecem os laços de afeto e empatia. Habilidade trabalhada:

EF02HI03

29


ULISSES FIGUEIREDO/YAN

A INFÂNCIA NO PRESENTE

Espera-se que os estudantes percebam que a única cena que não é adequada para a infância é a das crianças que estão trabalhando no farol, pois, além de a lei assegurar que elas não devem trabalhar, essa é uma atividade que coloca em risco a integridade delas. Incentive a turma a se posicionar criticamente sobre essa situação, observando que o trabalho é uma atividade destinada a adultos e aos jovens com mais de 14 anos (aprendizes).

HOJE, A NOÇÃO DE INFÂNCIA É BEM DIFERENTE DAQUELA DO PASSADO. AS CRIANÇAS TÊM O DIREITO DE BRINCAR, DE ESTUDAR, DE PRATICAR ESPORTES E DE REALIZAR OUTROS TIPOS DE ATIVIDADE PARA SUA FORMAÇÃO. NO ENTANTO, PODEMOS DIZER QUE A INFÂNCIA É IGUAL PARA TODAS AS CRIANÇAS?

A resposta será pessoal, contudo, vale a pena fomentar a troca dessas experiências para que eles percebam que existem semelhanças, e também diferenças, no cotidiano de crianças que convivem em uma mesma comunidade. Habilidade trabalhada: EF02HI01

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ULISSES FIGUEIREDO/YAN

As respostas do estudante para essa questão, pode ajudar a identificar se ele compreendeu que a infância não é uma fase propícia para o trabalho, que a única função secular obrigatória para uma criança é frequentar à escola. Crianças devem ser plenamente cuidadas e amparadas, e é importante identificar se eles têm essa clareza.

ULISSES FIGUEIREDO/YAN

Avaliação

ULISSES FIGUEIREDO/YAN

Orientações

1 PENSE E RESPONDA ORALMENTE: ALGUMA(S) DESSAS ATIVIDADES NÃO DEVERIA(M) SER REALIZADA(S) POR CRIANÇAS? QUAL(IS)? Espera-se que os estudantes percebam que a única cena que não é adequada para a infância é a das crianças que estão trabalhando no semáforo, pois a lei as proíbe de trabalhar. 2 VOCÊ ACHA QUE O TRABALHO PREJUDICA A FORMAÇÃO DE UMA CRIANÇA? POR QUÊ? Oriente a discussão para os estudantes perceberem que, ao trabalhar, a criança gasta parte do tempo que devia ser dedicado a outras atividades mais adequadas a sua idade e seu desenvolvimento, como estudar e brincar. 3 NO CADERNO, DESENHE QUATRO ATIVIDADES QUE VOCÊ PRATICA TODOS OS DIAS QUE

CONTRIBUEM PARA SUA FORMAÇÃO E SEU DESENVOLVIMENTO.

Resposta pessoal. O importante é que os estudantes voltem o olhar para seu cotidiano e as atividades que praticam 30 diariamente, refletindo sobre a própria identidade.


Orientações

HISTÓRIA EM AÇÃO

SER CRIANÇA SER CRIANÇA É DUREZA — TODO MUNDO MANDA EM MIM — SE PERGUNTO O MOTIVO ME RESPONDEM “PORQUE SIM”

ULISSES FIGUEIREDO/YAN

LEIA O POEMA E, DEPOIS, FAÇA AS ATIVIDADES.

ISTO É FALTA DE RESPEITO. “PORQUE SIM” NÃO É RESPOSTA, ATITUDE AUTORITÁRIA COISA DE QUE NINGUÉM GOSTA! ADULTO DEVE EXPLICAR PRA CRIANÇA COMPREENDER ESSES “PODES” E “NÃO PODES”. PRA ACEITAR SEM SE OFENDER! CRIANÇA EXIGE CARINHO. E, SIM! CONSIDERAÇÃO! CRIANÇA É GENTE, É PESSOA. NÃO BICHO DE ESTIMAÇÃO. UM CALDEIRÃO DE POEMAS 2, DE TATIANA BELINKY. SÃO PAULO: COMPANHIA DAS LETRINHAS, 2016. P. 10.

1. BUSQUE NO DICIONÁRIO O SIGNIFICADO DA PALAVRA “AUTORITÁRIA”. DEPOIS, EXPLIQUE O QUE SIGNIFICA “ATITUDE AUTORITÁRIA”.

Lembre aos estudantes que autoritário é um adjetivo e no dicionário estará no masculino. Eles devem ser capazes de concluir que uma atitude autoritária coíbe a argumentação, é impositiva e está ligada ao poder que uma pessoa exerce ou pensa exercer sobre outra.

2. OS ADULTOS TÊM UMA ATITUDE AUTORITÁRIA QUANDO NÃO EXPLICAM OS MOTIVOS DO QUE PODE E DO QUE NÃO PODE? EXPLIQUE PARA A TURMA. A resposta é pessoal, mas o importante é que os estudantes sejam capazes de construir um pensamento sobre o valor da argumentação.

A poesia é um recurso didático pouco usado no Ensino Fundamental, muito embora seja bastante aceito pelos estudantes nessa faixa etária. A estética poética é um recurso que sensibiliza os estudantes devidos às rimas e ao próprio ritmo do texto. Além disso, os poemas permitem que os estudantes entrem em contato com a subjetividade, e esse movimento é de extrema importância na constituição do sujeito, principalmente na fase em que eles estão entrando em contato com categorias mais materiais, como o tempo e a quantidade. Leia o poema em voz alta com toda a turma para que o ritmo seja evidenciado. Mostre que as rimas (uma característica estética dos poemas em geral) aparecem a cada duas frases: mim/sim; resposta/gosta; compreender/ ofender; consideração/ estimação. Explique que a escritora faz uma brincadeira com a ideia central do poema, que é a autoridade do adulto em seus comandos em relação às crianças, e o modo como estas reivindicam seus direitos, usando, por exemplo, frases exclamativas.

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Tema contemporâneo Aproveite a oportunidade para instruir os estudantes a desenvolver um olhar atento para o desrespeito com os direitos da infância. O texto escolhido para essa página busca trazer reflexão para o posicionamento dos adultos frente às crianças. Crianças são vulneráveis, pois ainda não têm o cérebro totalmente formado, não têm recursos internos para compreender temas subjetivos, por isso, precisam de um adulto saudável que responda aos seus questionamentos e se disponha a gastar tempo explicando como se dão as relações e as relações sociais. Conte aos estudantes que eles têm o direito de perguntar, de receber atenção de estabelecer laços de afeto, e aproveite a oportunidade para se colocar à disposição; os professores têm papel fundamental no desenvolvimento infantil, cumprem o papel de referência e exemplo. Busque tratá-los com empatia e paciência, esse movimento contribui para o crescimento individual e também para o bom desempenho e relacionamento dentro do grupo. 31


DE OLHO NO TEMPO

Orientações O objetivo desta atividade é trabalhar as noções de tempo e de periodização. Por um lado, é interessante que, sem o compromisso de decorar, os estudantes tomem contato com os termos relativos ao tempo que são usados no dia a dia, não só no tratamento dos temas de História. Por outro lado, é importante mostrar a eles que foram estabelecidas muitas formas de periodização por causa da necessidade de os seres humanos medirem, contarem e organizarem o tempo, definindo referências universais e encontrando identidades e diferenças entre variados períodos. Caso você queira complementar a atividade sugira aos estudantes que consultem, com a ajuda de um adulto, suas certidões de nascimento, para localizarem a hora em que nasceram. Assim, além da divisão do tempo por meses e dias, eles também trabalharão com outro marcador de tempo. Questione-os: Qual a importância de registrar o dia e a hora em que nascemos? Acolha as respostas e, na medida do possível, leve-os a perceberem que todas essas informações o individualizam e os ajudam na construção de uma história pessoal.

CONTANDO O TEMPO SÃO MUITAS AS MANEIRAS DE ORGANIZAR O TEMPO. POR EXEMPLO, DIVIDIMOS O DIA EM MANHÃ, TARDE E NOITE. USAMOS ONTEM, HOJE E AMANHÃ PARA COLOCAR OS DIAS EM SEQUÊNCIA. HÁ TAMBÉM PERÍODOS E INTERVALOS DE TEMPO, CADA QUAL COM UM NOME. 1. CONVERSE COM OS COLEGAS E O PROFESSOR. DEPOIS, LIGUE A COLUNA A COM AS RESPOSTAS CORRESPONDENTES A CADA PERÍODO NA COLUNA B.

A

B

MINUTO

24 HORAS

HORA

30 DIAS

DIA

12 MESES

SEMANA

60 SEGUNDOS

MÊS

7 DIAS

ANO

60 MINUTOS

DÉCADA

10 ANOS

VOCÊ JÁ DEVE TER PERCEBIDO QUE AS PESSOAS SENTEM NECESSIDADE DE CONTAR E REGISTRAR A PASSAGEM DO TEMPO. ENTÃO SAIBA QUE OS SERES HUMANOS, HÁ MILHARES DE ANOS, BUSCAM FORMAS DE MARCAR O TEMPO POR DIFERENTES MOTIVOS. ATUALMENTE USAMOS MUITO OS RELÓGIOS E OS CALENDÁRIOS PARA CONTROLAR A PASSAGEM DO TEMPO E ORGANIZAR NOSSAS ATIVIDADES NO DIA A DIA. EXISTEM DOIS TIPOS DE RELÓGIO, O DIGITAL E O MECÂNICO. NO DIGITAL É FÁCIL VER AS HORAS: TEMOS APENAS DE SABER LER OS NÚMEROS. 32

Avaliação As respostas do estudante para a questão 1 ajuda a identificar se eles sabem nomear as diferentes nomenclaturas das diferentes temporalidades e se compreende quanto tempo compõem cada uma delas. Saberes essenciais para compreender os processos biológico e também os sócio-históricos. Habilidade trabalhada: EF02HI06

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Atividade complementar

Adivinha Se for oportuno, lance a seguinte advinha: Por que algumas pessoas colocam o despertador debaixo do travesseiro? Resposta - Para acordar em cima da hora. Esta advinha oportuniza que você trate do tema tempo de forma prática e cotidiana. É importante conversar com as crianças sobre a necessidade de gerenciamento do tempo.


2. QUE HORAS ESTES RELÓGIOS ESTÃO MARCANDO?

Dez horas e vinte minutos (manhã).

Orientações As atividades desta página visam a trabalhar conceitos e habilidades de contagem cronológica do tempo, preparando o estudante para a construção de noções de antecedência, simultaneidade e posteridade, além da sucessão de acontecimentos.

Dez horas e vinte minutos (noite).

JÁ NO RELÓGIO MECÂNICO TEMOS DE APRENDER A LER AS HORAS: O PONTEIRO MAIS CURTO MARCA AS HORAS E O MAIS COMPRIDO, OS MINUTOS. VAMOS VER ALGUNS EXEMPLOS?

Habilidades trabalhadas: / EF02HI07

EF02HI06

10H20

3H45

7H00

PARA SABER A HORA BASTA LER O NÚMERO PARA O QUAL O PONTEIRO CURTO APONTA. PARA LER OS MINUTOS É UM POUCO DIFERENTE. EM VEZ DE LER O NÚMERO, TEMOS DE LEMBRAR QUE CADA NÚMERO OU MARCAÇÃO REPRESENTA CINCO MINUTOS. VEJA AS ILUSTRAÇÕES ACIMA: QUANDO O PONTEIRO GRANDE APONTA PARA O NÚMERO 9, JÁ SE PASSARAM 45 MINUTOS; E, QUANDO O PONTEIRO GRANDE APONTA PARA O NÚMERO 12, É UM POUCO DIFERENTE: SIGNIFICA 0 MINUTO, PORQUE AQUELA HORA ESTÁ COMEÇANDO.

ILUSTRAÇÕES: MHATZAPA/SHUTTERSTOCK

3. AGORA, COM O PROFESSOR E OS COLEGAS, DESCUBRA A HORA QUE CADA UM DESSES RELÓGIOS ESTÁ MARCANDO.

1H15

4H30

7H25

11H55

E NÃO SE ESQUEÇA: QUANDO CONSULTAMOS AS HORAS, TAMBÉM TEMOS DE SABER SE AQUELE HORÁRIO É DA MANHÃ, DA TARDE OU DA NOITE! FIQUE ATENTO! 33

Cuidar da forma como gastamos nosso tempo não é um tema exclusivo para os adultos, desde a infância é preciso introduzir os limites necessários para que a criança cresça com a percepção de prioridades e senso de responsabilidade. Aproveite a oportunidade para falar da importância de dormir cedo, ter uma boa noite de descanso para conseguir prestar atenção na aula no dia seguinte. Permita que as crianças comentem suas rotinas e percepções sobre o tema, e incentive os bons hábitos, como dormir 8 horas, chegar na escola no horário para participar de todas as atividades preparadas, voltar para a sala quando ouvir o sinal de término do recreio, entre outras atividades que têm o marcador tempo como organizador.

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Orientações Comece perguntando aos estudantes se na casa deles existem objetos que não são mais utilizados e o porquê disso. Se considerar oportuno, conte alguma experiência pessoal sobre objetos ligados à comunicação que você usava e caíram em desuso, como orelhões com ficha, pagers, telegramas, etc. Chame a atenção também para outros objetos que nos remetem a formas de comunicação e que, apesar de serem pouco usuais nos dias de hoje, continuam sendo usados, como cartas manuscritas e cartões-postais. É possível também dar o exemplo de equipamentos que caíram em desuso, como a máquina de escrever, o aparelho de fax etc. Explique à turma que tais objetos não eram piores nem melhores do que os que existem hoje, mas estavam de acordo com a tecnologia e as demandas da época em que foram criados e comercializados.

2 O TEMPO PASSA VOCÊ JÁ REPAROU QUE OS OBJETOS TAMBÉM PODEM SER MODIFICADOS AO LONGO DO TEMPO? O TELEFONE, POR EXEMPLO, FOI CRIADO POR VOLTA DE 1860, POR ANTONIO MEUCCI, UM INVENTOR ITALIANO. DESDE ENTÃO, PASSOU POR VÁRIAS MODIFICAÇÕES, ADAPTANDO-SE ÀS VONTADES E ÀS NECESSIDADES DAS PESSOAS DE CADA TEMPO. TALVEZ VOCÊ NUNCA TENHA VISTO UM DOS ANTIGOS APARELHOS, POIS ELES FORAM SUBSTITUÍDOS, E ALGUNS SE TORNARAM OBJETO DE DECORAÇÃO OU PEÇA PRESERVADA EM MUSEU. PORTÁTIL: FÁCIL HOJE, POR EXEMPLO, TEMOS O CELULAR, UM DE TRANSPORTAR. APARELHO PORTÁTIL E ÁGIL.

Habilidades trabalhadas: / EF02HI07 ULISSES FIGUEIREDO/YAN

EF02HI04

34

34


1 COMO VOCÊ IMAGINA QUE AS PESSOAS SE COMUNICAVAM ANTES DE EXISTIR O pessoal. O objetivo dessa atividade é levar os estudantes a TELEFONE? CONTE AOS COLEGAS. Resposta refletir sobre o passado, de modo que reconheçam que os outros meios de comunicação também funcionavam bem para aquilo a que se propunham. 2 A IMAGEM A SEGUIR REPRESENTA MODELOS DE TELEFONES DE DIFERENTES ÉPOCAS.

ORGANIZE-OS NUMERICAMENTE, DO MAIS ANTIGO AO MAIS NOVO. Resposta esperada:

ILUSTRAÇÕES: OLHA1981/SHUTTERSTOCK

8

5

2

7

3

1

4

9

6

Avaliação As respostas do estudante para a questão 1 ajuda a identificar seus conhecimentos prévios sobre o tema, assim como, possibilita que eles compartilhem memórias familiares. O objetivo desta atividade é permitir ao estudante a percepção do tempo linear e da interferência humana na passagem do tempo. A atividade propicia, ainda, a noção de que os objetos antigos não estão apenas nos museus, muitas vezes ainda são mantidos em uso nas casas ou mesmo como recordação de uma época ou de uma situação específica.

A) CONTE AO PROFESSOR E AOS COLEGAS EM QUE ORDEM VOCÊ ORGANIZOU AS IMAGENS E EXPLIQUE POR QUÊ. Resposta pessoal. B) DEPOIS DE O PROFESSOR CORRIGIR A ATIVIDADE, O QUE VOCÊ ACHOU DA ORGANIZAÇÃO? Resposta pessoal. O objetivo dessa atividade é que os estudantes reflitam sobre as

transformações tecnológicas. Ressalte que, a cada modelo apresentado, há uma inovação, uma modificação que foi feita para facilitar o uso do aparelho.

3 AGORA, QUE TAL MONTAR UMA EXPOSIÇÃO DE OBJETOS ANTIGOS NA SALA DE AULA?

• COM A AJUDA DOS SEUS FAMILIARES, BUSQUE EM CASA UM OBJETO OU UM APARELHO ANTIGO QUE VOCÊ POSSA LEVAR PARA A ESCOLA.

• PERGUNTE AO SEU FAMILIAR O NOME DO OBJETO OU DO APARELHO, A FUNÇÃO DELE E, APROXIMADAMENTE, QUANTOS ANOS TEM.

• COM A AJUDA DO PROFESSOR, ORGANIZEM NA SALA DE AULA A EXPOSIÇÃO DOS OBJETOS TRAZIDOS POR TODA A TURMA.

• DEPOIS DE APRECIAR TODOS OS OBJETOS, QUAIS DESCOBERTAS VOCÊ FEZ?

CONTE AOS FAMILIARES QUANDO LEVAR O SEU OBJETO DE VOLTA PARA CASA. 35

Incentive a turma a anotar informações sobre o objeto, como nome, ano de fabricação e utilidade. Essas informações podem ser inseridas em legendas que farão parte da exposição dos objetos no museu criado na sala de aula. Esta atividade pode ser desenvolvida em várias etapas e com a participação da família das crianças. Em decorrência do tempo demandado para pesquisa e execução desta atividade, ela pode ser utilizada como um projeto que integra as diversas disciplinas e pode ser usada como avaliação bimestral. Habilidades trabalhadas: / EF02HI05 / EF02HI09

EF02HI04

Orientações O objetivo das duas primeiras questões é despertar no estudante uma reflexão sobre o passado, de modo a perceber que existiam outros meios de comunicação que também funcionavam bem para aquilo a que se propunham. Também é interessante mostrar que a evolução da tecnologia é um aspecto manipulado pelo ser humano. Um objeto se torna obsoleto porque deixa de ser necessário para determinado grupo social. Eles podem entender que as pessoas se comunicavam por cartas e bilhetes, por exemplo.

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Você pode orientar a família, por meio de um bilhete, que eles mostrem para as crianças fotografias de infância, e relatem passagens importantes. Trata-se de um tipo de atividade divertida e que estreita os laços de afeto, além de propagar as memórias pessoais e familiares.

JUNTAR SABERES AS PESSOAS MAIS VELHAS DA FAMÍLIA GUARDAM A MEMÓRIA DE OUTROS TEMPOS E, POR ISSO, AJUDAM-NOS A CONHECER O PASSADO DA NOSSA FAMÍLIA. QUE TAL CONHECER UM POUCO DA HISTÓRIA DA SUA FAMÍLIA? 1 ESCOLHA UMA PESSOA MAIS VELHA E PEÇA A ELA QUE CONTE UMA HISTÓRIA DA SUA

FAMÍLIA QUE ACONTECEU ANTES DE VOCÊ NASCER. EM SEGUIDA, FAÇA UM DESENHO DESSA HISTÓRIA. ANTES, ANOTE NA FICHA ABAIXO AS INFORMAÇÕES FORNECIDAS PELA PESSOA ENTREVISTADA. Resposta pessoal.

Aproveite a oportunidade e peça aos estudantes que mostrem seus desenhos e socializem as histórias com todo o grupo. É importante que tenham a oportunidade de compartilhar relatos de pessoas queridas, trata-se de uma oportunidade de intercâmbio com valor socioafetivo.

NOME: IDADE: PARENTESCO:

2 MOSTRE O SEU DESENHO A UM COLEGA E CONTE A HISTÓRIA QUE DESENHOU.

DEPOIS, PEÇA QUE CONTE A HISTÓRIA DELE.Resposta pessoal. 36

36


ULISSES FIGUEIREDO/YAN

— O TEMPO? EU NUNCA VI O TEMPO. — TAMBÉM NÃO. NINGUÉM VÊ O TEMPO. O TEMPO NÃO PARA. PASSA LIGEIRO E NINGUÉM CONSEGUE TOCÁ-LO. [...] SABEMOS QUE ELE EXISTE PORQUE MODIFICA TODAS AS COISAS. O TEMPO TROCA A ROUPA DO MUNDO. ELE MUDA A HISTÓRIA, DESVIA ÁGUAS, COME ESTRELAS, MASTIGA REINOS, AMADURECE FRUTOS, APODRECE SEMENTES.

ULISSES FIGUEIREDO/YAN

3 LEIA O TEXTO A SEGUIR E RESPONDA ÀS QUESTÕES.

TEMPO DE VOO, DE BARTOLOMEU CAMPOS DE QUEIRÓS. SÃO PAULO: EDIÇÕES SM, 2009. P. 8-9.

A) QUAL É O TEMA DO TEXTO? O tempo.

B) DE ACORDO COM O TEXTO, COMO PODEMOS PERCEBER O TEMPO? Percebemos pelo fato de as coisas se modificarem.

C) AINDA SEGUNDO O TEXTO, O QUE O TEMPO FAZ COM OS FRUTOS E AS SEMENTES? O tempo amadurece os frutos e apodrece as sementes.

D) NA SUA OPINIÃO, O QUE O TEMPO FAZ COM AS PESSOAS?

A resposta é pessoal, mas espera-se que os estudantes sejam capazes de identificar a passagem do tempo nos seres humanos, citar as fases da vida, as transformações biológicas e físicas.

E) VOCÊ PERCEBE ALGUMA MUDANÇA EM VOCÊ CONFORME O TEMPO PASSA? QUAL(IS)? Aqui, os estudantes são estimulados a pensar a passagem do tempo com base no próprio corpo. Eles podem citar,

A texto desta página trabalha diferentes escalas temporais: a cronológica, a histórica, a biológica e a geológica. Converse com os estudantes sobre essas diversas noções, evidenciando o fato de que o tempo histórico, objeto primordial da História, depende exclusivamente das experiências humanas, de nossas intervenções, de nossas ações. O tempo natural (biológico e geológico) não depende da interferência humana para que aconteça. Por exemplo, na natureza, uma semente quando germinada, cresce, se desenvolve, dá folhas, flores e frutos, independente da ação humana. Ao passo que o processo de evolução tecnológica exige a atuação humana. Solicite dos estudantes outros exemplos de aplicação dos conceitos de tempo histórico e de tempo natural. Eles podem citar, por exemplo, o envelhecimento humano como uma ocorrência da passagem do tempo natural e a mudança urbana ocorrida num bairro como uma ocorrência da passagem do tempo histórico.

por exemplo, o crescimento do cabelo das unhas, a altura, o tamanho dos pés.

F) COMO SE PERCEBE ISSO? Os estudantes podem citar a necessidade de cortar o cabelos e as unhas ou as roupas que ficam pequenas e curtas. 37

37


Esta atividade tem por objetivo ampliar o trabalho desenvolvido até aqui com relação às noções temporais, aproximando o conteúdo da vivência dos estudantes. A ideia é que eles construam um calendário dos aniversários da turma.

4 A PASSAGEM DOS DIAS, DOS MESES E

SONYA ILLUSTRATION/SHUTTERSTOCK

DOS ANOS PODE SER ACOMPANHADA PELO CALENDÁRIO. VAMOS FAZER UM CALENDÁRIO DE ANIVERSÁRIOS DA TURMA? COM A AJUDA DO PROFESSOR, CONVERSEM E DESCUBRAM O DIA EM QUE CADA UM FAZ ANIVERSÁRIO. ANOTEM, NO MÊS CORRESPONDENTE, O NOME DO ANIVERSARIANTE E O DIA DO ANIVERSÁRIO. PARA SERVIR DE MODELO, JÁ HÁ UMA INFORMAÇÃO NO MÊS DE JULHO.

Caso julgue oportuno, a atividade pode ser desenvolvida coletivamente, com cada estudante dizendo o dia e o mês de seu nascimento. Registre na lousa as datas de aniversário mencionadas por eles. Na sequência, oriente-os a registrarem no livro o que está sendo sistematizado no quadro e, ao final, sugira para que completem o calendário com os aniversários das pessoas próximas de sua relação, amigos e familiares.

JANEIRO

FEVEREIRO

MARÇO

ABRIL

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Avaliação formativa A realização das atividades desta seção que fecha a Unidade irá continuamente possibilitar que você verifique a aprendizagem dos estudantes. A atividade 2 sintetiza grande parte do que foi trabalhado na unidade, pois exigem dos estudantes identificar e explicar a passagem do tempo e as transformações que dela resultam. Se os estudantes conseguirem realizar de maneira satisfatória essa atividade, significa que compreenderam o conceito tempo e suas implicações nos ciclos de vida individual e nos processos individuais e coletivos.

38


MAIO

JUNHO

JULHO

AGOSTO

SETEMBRO

OUTUBRO

NOVEMBRO

DEZEMBRO

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Caso você tenha dúvidas sobre a compreensão do tema, é importante retomar esse conteúdo, pois ele é um pré-requisito para que o estudante compreenda que a História se dá em processo e que esses se desenrolam em um tempo determinado. Trata-se de um assunto abstrato, mas que pode ser dialogado e analisado; peça exemplos que retratam as mudanças que eles identificam no cotidiano, mostre a correlação entre o crescimento físico/biológico e a passagem do tempo; dê o exemplo das sucessivas promoções de série - retome o fato de que em cada série que eles avançam, eles aprendem coisas novas e fica cada vez mais distante as primeiras experiências na escola, quando ainda não sabiam escrever, por exemplo. Traga o tema para a realidade deles, para que ganhe significado.

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Sobre esta unidade A Unidade tem como ponto de partida uma importante reflexão sobre a função social das festas e dos festejos na constituição do sentimento de pertencimento à uma comunidade, e no processo de construção de identidades (tanto singulares quanto coletivas).

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UNIDADE

FESTAS E FESTEJOS

O principal objetivo é que o estudante tenha a possibilidade de compreender o tema, a partir dos seguintes objetos de conhecimento: a comunidade, a convivência e a interação entre os indivíduos; a comunidade no tempo; os marcos imateriais desenvolvidos pela comunidade; o trabalho produzido por ela. Esta Unidade, em especial, busca sensibilizar para o tema da coletividade, aproximando-a da realidade do aluno. Enquanto as unidades anteriores centravam a atenção no eu, esta inicia um movimento de deslocamento para a constituição de um entendimento sobre os pares, o grupo, o coletivo e a comunidade. Esses conteúdos são importantes para que os estudantes consigam perceber que eles são parte de um todo, estão inseridos em uma cultura, participam de diferentes comunidades e que a vida privada caminha lado a lado com diferentes papeis sociais vivenciados especialmente na participação comunitária. Habilidades trabalhadas: / EF02HI03 / EF02HI07 /

EF02HI01 EF02HI08

EF02HI10

APRESENTAÇÃO DE QUADRILHA EM FESTA JUNINA. BUENO BRANDÃO (MINAS GERAIS), 2016. 40

Objetivos da unidade Espera-se que ao fim do estudo desta Unidade os estudantes sejam capazes de: • Entender a importância cultural das festas no âmbito familiar e comunitário. • Identificar e diferenciar festas civis e religiosas. • Compreender que as festas estão ligadas à cultura na qual estão inseridas no tempo em que ocorrem.

Proposta pedagógica O tema central desta unidade são as festas comunitárias e a sua importância. Buscamos proporcionar ao estudante a oportunidade de compreender as festividades e celebrações como uma vivencia sociocultural que faz parte da formação do individuo e também da comunidade. 40


JOÃO PRUDENTE/PULSAR IMAGENS

PARA COMEÇAR...

O foco desta questão é a sondagem das experiências individuais. Por isso, permita que os estudantes se expressem, principalmente os que, eventualmente, sinalizem que não gostam de festas. Embora esta questão não contemple igualmente todos os alunos, o objetivo dela é a sensibilização para o tema. A partir da fala daqueles que já participaram da organização de uma festa, aponte características dessa experiência, mostrando, por exemplo, que uma festa acontece sempre em comemoração a algum momento ou evento importante de nossas vidas, que reúne pessoas (familiares e amigos) e que, para a organização e a realização dela, é preciso o envolvimento de um grupo de pessoas. Aqui, a resposta é individual, mas, inevitavelmente, ocorrerá uma reflexão coletiva, já que a pergunta centraliza as atenções para um acontecimento experienciado direta ou indiretamente por todos os alunos. Fomente a conversa do grupo, porque esta questão objetiva sensibilizar para a constituição de pertencimento e da identidade coletiva.

1. O foco dessa questão é a sondagem das experiências individuais. Por isso, permita que os estudantes se expressem, principalmente os que, eventualmente, sinalizem que não gostam de festas.

1. VOCÊ GOSTA DE FESTAS? DE QUAL TIPO DE FESTA MAIS GOSTA? SE NÃO GOSTA, CONTE O MOTIVO PARA OS COLEGAS E O PROFESSOR.

2. VOCÊ JÁ AJUDOU ALGUÉM A ORGANIZAR UMA FESTA? QUE FESTA? QUEM MAIS AJUDOU NA ORGANIZAÇÃO? Resposta pessoal.

3. NO SEU BAIRRO EXISTE ALGUMA FESTA COMEMORADA TODOS OS ANOS? QUAL? VOCÊ PARTICIPA? Resposta pessoal. 41

Conquistar essas compreensões são importantes para que o estudante consiga se perceber como uma pessoa com identidade social, pertencente à uma comunidade, com direto à diversão e a expressar seus conceitos e princípios. Também, a solidificação dessas temáticas é de grande importância para que os estudantes possam compreender festividades de outros tempos históricos, entender a relação passado/presente que conectam as celebrações, tema que será aprofundado na próxima unidade.

Pré-requisitos Compreender-se como uma pessoa que participa de diferentes grupos/comunidade. Ter repertório para poder compartilhar com o grupo sobre as celebrações que participa ou tenha participado. Demonstrar curiosidade e iniciativa para dialogar, expressar opiniões e compartilhar histórias.

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Aproveite a oportunidade e chame a atenção para o fato de que as festas podem ser familiares, de âmbito pessoal, escolares ou comunitárias. Converse com os estudantes sobre as diferenças culturais relativas aos festejos. Pergunte aos estudantes se a comemoração de aniversário deles e dos amigos deles é muito diferente da retratada na foto. Peça que descrevam as possíveis diferenças e semelhanças.

1 O QUE É UMA FESTA? FESTA É LEGAL, E QUASE TODO MUNDO GOSTA. SE TEM MÚSICA, DANÇA, BRINCADEIRA E COMIDA, ELA FICA AINDA MAIS DIVERTIDA. E O MELHOR: TEM COMEMORAÇÕES DE TUDO QUANTO É JEITO, ESPALHADAS POR TODO O ANO. É SÓ OLHAR O CALENDÁRIO E CONFERIR! ALGUMAS DESSAS FESTAS ESTÃO LIGADAS AO INDIVÍDUO. ELAS PODEM MARCAR MOMENTOS IMPORTANTES, COMO O CASAMENTO, E TAMBÉM OS RITMOS DE VIDA. ANIVERSÁRIO, POR EXEMPLO, ACONTECE TODO ANO, MARCANDO NOSSO CRESCIMENTO. FERNANDO FAVORETTO/CRIAR IMAGEM

Orientações

Reflita com os estudantes, organizar uma festa é bastante trabalhoso, e precisa da colaboração de muitas pessoas, algumas vezes de forma voluntária outras são organizadas por profissionais. Habilidades trabalhadas: / EF02HI03

EF02HI10

CRIANÇAS PARTICIPAM DE FESTA DE ANIVERSÁRIO. 1 QUAIS FESTAS QUE MARCAM MOMENTOS IMPORTANTES NA VIDA VOCÊ CONHECE?

QUE MOMENTOS IMPORTANTES ELAS MARCAM? Resposta pessoal. 2 QUAL É A SUA FESTA FAVORITA? CONTE AOS COLEGAS E AO PROFESSOR O MOTIVO DA

SUA ESCOLHA. Resposta pessoal. 42

Atividade complementar Com a pandemia de COVID19 muitas famílias comemoraram datas festivas de forma online, e assim, ressignificaram a necessidade da presença física em nome de um bem-maior, que era preservar a própria saúde e a saúde dos familiares e amigos. Pergunte aos estudantes se eles chegaram a participar de alguma festividade no formato online, caso tenha na turma algum exemplo desse tipo de comemoração, peça que o estudante socialize como foi a experiência, como ele e os outros convidados se sentiram. Questione quais foram as semelhanças com uma festividade presencial e quais foram os principais diferenciais. Valide todos os relatos, trata-se de uma oportunidade de elaborar a dificuldade enfrentada pelas crianças, muitos sofreram com a impossibilidade de conviver com amigos e familiares, e tratar do tema, integrá-lo à realidade é uma forma de elaborar a perda e ressignificar a experiência. 42


DIVERSIDADE CULTURAL

MINHA, SUA, DE TODOS

ALÉM DAS FESTAS LIGADAS A CADA PESSOA, NOSSO CALENDÁRIO GUARDA OUTROS TIPOS DE COMEMORAÇÃO, QUE PERTENCEM A MUITA GENTE, À COLETIVIDADE. VEJA DOIS EXEMPLOS A SEGUIR.

RICARDO TELES/PULSAR IMAGENS

• FESTAS RELIGIOSAS: SÃO COMEMORAÇÕES LIGADAS ÀS RELIGIÕES. POR EXEMPLO, A FESTA DE IEMANJÁ, COMEMORADA NO DIA 2 DE FEVEREIRO, É REALIZADA POR AQUELES QUE SEGUEM AS RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS.

FESTA DE IEMANJÁ NA PRAIA GRANDE (SÃO PAULO), 2019.

ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA

• FESTAS CÍVICAS: SÃO COMEMORAÇÕES LIGADAS À HISTÓRIA DO PAÍS, COMO A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL (7 DE SETEMBRO) OU A PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA (15 DE NOVEMBRO).

DESFILE DE 7 DE SETEMBRO EM SÃO PAULO (SÃO PAULO), 2019.

• VOCÊ JÁ PARTICIPOU DE FESTAS LIGADAS À COLETIVIDADE? CONTE AOS COLEGAS.

Resposta pessoal. 43

Tema contemporâneo Aproveite a oportunidade e explique aos estudantes, que as festas religiosas estão relacionadas à fé, e que, nem todos comemoram as mesmas datas, pois diferentes grupos de pessoas têm diferentes crenças e religiosidade. Comente que algumas festas católicas fazem parte do calendário oficial, pois o Brasil, até pouco tempo atrás, era majoritariamente católico. No entanto, desde a Constituição de 1981, é um país laico, ou seja, não possui uma religião oficial, e sim liberdade de culto e fé. É importante salientar que nas últimas décadas houve crescimento de outras religiões cristãs (protestantes), afro-brasileiras e de origens diversas, como o budismo. Além disso, houve um crescimento de agnósticos e ateus. Esta é uma boa oportunidade para estimular uma cultura de tolerância, respeito e multiculturalismo. Explique aos estudantes que as festas cívicas rememoram datas importantes da história do país, do estado e da cidade. De modo geral, são ligadas a acontecimentos políticos como mudanças de regime (República) ou de status político (independência). As cidades costumam comemorar suas fundações e outras datas de destaque. Habilidade trabalhada: EF02HI03

Atividade complementar

Proponha aos estudantes que eles façam um convite para uma festividade coletiva, pode ser uma ocasião real, ou uma data fictícia, mas precisa atender ao critério de ser uma festa comunitária. 1) Imagine que você irá ajudar a organizar uma festa comunitária. Complete o convite com as informações necessárias. Na lousa, faça um modelinho de convite, simples, para que eles possam copiar. É importante que tenha as seguintes informações:

• O que será comemorado. • O nome do convidado. • A data da comemoração. • O local da comemoração. • O horário da comemoração. Oriente-os a decorar o convite. A atividade pode ser feita no caderno ou em cartolina ou outro papel que você julgue adequado. Trata-se de uma atividade de imaginação e fantasia, acolha todas as percepções e sugestões de ideias.

Incentive os estudantes a falarem sobre as próprias experiências. É possível que alguns citem outros tipos de festas que também são coletivas, como, por exemplo, as comemorações do bairro, do clube, do centro comunitário etc. Explique que apesar dessas festas serem de cunho coletivo, elas não se enquadram nas categorias descritas nesta página.

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DE OLHO NAS PISTAS

Orientações Sugerimos que faça uma leitura coletiva do poema em voz alta, destacando os principais pontos e ajudando na leitura as palavras desconhecidas. Talvez estudantes tenham dificuldades em ler as palavras hot dog e game, em especial por não conhecerem a pronúncia delas. Explique que são palavras em inglês e que muito provavelmente fazem parte do cotidiano deles.

FESTA DE CRIANÇA UMA FESTA DE CRIANÇA PODE TER SORVETE E PIPOCA, [...] SUCO, GELATINA, BRIGADEIROS E DOCINHOS, HOT DOG, PASTEIZINHOS, SANDUÍCHES, SALGADINHOS, GAMES, BRINQUEDOS, PISCINAS DE BOLINHAS, BOLO ENFEITADO, VELINHAS, BRINDES, LEMBRANCINHAS, MÁGICO E PALHAÇO, SER NUM BUFÊ OU PALÁCIO: TUDO ISSO É MUITO LEGAL, EU SEI, É SENSACIONAL!!! MAS NADA DISSO É ESSENCIAL, NADA É FUNDAMENTAL! O QUE TEM REALMENTE IMPORTÂNCIA NUMA FESTA DE CRIANÇA É A ALEGRIA, A GRITARIA, BRINCADEIRAS, CORRERIAS, É A PRESENÇA DOS AMIGOS – AMIGOS! AMIGOS! AMIGOS!

Habilidades trabalhadas: / EF02HI08

EF02HI03

ULISSES FIGUEIREDO/YAN

FESTA DE CRIANÇA. EM: HOJE É DIA DE FESTA, DE RICARDO DA CUNHA LIMA. SÃO PAULO: COMPANHIA DAS LETRINHAS, 2006. P. 18-19.

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Atividade complementar Proponha a produção de um painel coletivo que represente uma festa. Solicite que cada um dos estudantes desenhe e pinte, uma cena festiva. Depois que as produções estiverem prontas, cada um deverá contar ao grupo o que representou e porque fez essa escolha. Após a participação de todos os estudantes, um mural com todas as produções.

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Orientações

1. PREENCHA A FICHA DE LEITURA COM INFORMAÇÕES RETIRADAS DO POEMA.

A ideia aqui é permitir ao estudante utilizar procedimentos da história oral, como a entrevista e a escuta, para a produção de conhecimento. O foco dessa questão é a memória do entrevistado e como essa memória pode ser útil para compreender as mudanças ocorridas nas celebrações ao longo do tempo.

FICHA DE LEITURA A) AUTOR DO POEMA: Ricardo da Cunha Lima.

B) NOME DO POEMA: Festa de criança.

C) ASSUNTO PRINCIPAL DO POEMA: Festas.

D) O QUE TEM EM UMA FESTA?

Incentive o estudante a pedir para os adultos objetos, como fotos, que lembrem as festas que frequentavam no passado.

Muita comida, bebida e diversão.

E) O QUE É ESSENCIAL EM UMA FESTA? Amigos, alegria, brincadeiras, gritaria.

Avaliação 2. O QUE É UMA FESTA? É importante que os estudantes percebam que uma festa é um evento que reúne pessoas com o objetivo de homenagear algo ou alguém.

3. SERÁ QUE AS FESTAS DE HOJE SÃO IGUAIS ÀS DE ANTIGAMENTE? PERGUNTE AOS SEUS AVÓS OU A UM PARENTE OU UM VIZINHO MAIS VELHO COMO ERAM AS FESTAS DE ANIVERSÁRIO NO TEMPO EM QUE ERAM CRIANÇAS. CONTE A HISTÓRIA AOS COLEGAS. Espera-se que os estudantes percebam que não é exatamente igual.

Habilidades trabalhadas: / EF02HI08

EF02HI03

ULISSES FIGUEIREDO/YAN

Incentive-os a identificar as semelhanças e as diferenças.

Observar as respostas do estudante para essa questão, pode ajudar a identificar se ele compreendeu que as festividades acontecem de formas diferentes em diferentes culturas e tempos históricos.

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Explique a importância dos dias de descanso e de festa, que servem para reunir as pessoas, brincar e marcar momentos de passagem, neste último caso, do Ano-Novo.

ACORDAR, ESTUDAR, FAZER LIÇÃO. PARECE QUE TODOS OS DIAS SÃO IGUAIS. MAS ALGUNS DIAS SÃO DIFERENTES DOS DEMAIS, PORQUE MUITAS PESSOAS SAEM PARA BRINCAR E SE DIVERTIR! ESSES SÃO OS DIAS EM QUE ACONTECEM AS GRANDES FESTAS DA COLETIVIDADE. E A ORIGEM DA MAIOR PARTE DESSAS FESTAS É ANTIGA, POR EXEMPLO, O CARNAVAL E O ANO-NOVO.

QUEIMA DE FOGOS PARA COMEMORAR O ANO-NOVO.

SIMONA PILOLLA 2/SHUTTERSTOCK

Faça uma roda de conversa com os estudantes e estimule-os a falar sobre o próprio cotidiano e o de suas famílias, nos dias em que eles frequentam a escola e os pais trabalham ou desenvolvem outras atividades. Em seguida, use o exemplo de alguma festividade citada no texto (Carnaval e Ano-Novo) e pergunte como é a rotina deles nesses dias: Costumam se reunir com familiares e amigos? Há músicas, dança e brincadeiras nessas festas? Quais roupas usam? A comida é diferente daquela usada no dia a dia? Dentre outras questões.

DIVERSIDADE CULTURAL

2 AS FESTAS DE TODOS

RUBENS CHAVES/PULSAR IMAGENS

Orientações

COMEMORAÇÃO DE ANO-NOVO COM A FAMÍLIA.

1 NO LUGAR ONDE VOCÊ MORA HÁ FESTAS EM QUE MUITA GENTE PARTICIPA? Resposta pessoal.

Habilidade trabalhada: EF02HI01

Avaliação A resposta do estudante para a questão 2 pode ajudar a identificar se ele se percebe como parte de um coletivo, você poderá perceber o que ele sabe sobre a comunidade local e o quanto é participativo em suas atividades.

2 ONDE ESSA(S) FESTA(S) ACONTECE(M)? Resposta pessoal.

HI

STÓR

IA

O estudante é convidado a direcionar o olhar para o lugar em que vive, mapeando as possíveis festas locais e o espaço em que elas ocorrem. Procure ajudá-los a identificar o intuito dessas comemorações, classificando-as a partir das categorias trabalhadas nesta Unidade.

LIVRO

• HOJE É DIA DE FESTA, DE VÁRIOS AUTORES. SÃO PAULO: COMPANHIA DAS LETRINHAS, 2006.

ESSE LIVRO CONTA A HISTÓRIA DE VINTE FESTAS DIFERENTES. QUE TAL CONHECER TODAS E ESCOLHER A SUA PREFERIDA? 46

Atividade complementar Utilizando um calendário do ano vigente, com os alunos, identifiquem os feriados e festividades que fazem parte do nosso calendário, classificando-os como civis, religiosos ou de cunho social (como o Dia da Consciência Negra, Dia das Mulheres, Dia do Trabalhador, etc.). Identifiquem também feriados ou festas do município onde a escola se encontra. Podem ser incluídos no calendário as datas de aniversário dos estudantes e professores. Uma sugestão é colocar esse calendário em um mural da sala para os estudantes acompanharem as festividades do ano e se acostumarem a utilizá-lo a fim de organizar suas tarefas escolares. Habilidade trabalhada:

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EF02HI07


COMIDA BOA

DIVERSIDADE CULTURAL

Orientações

PAULO VILELA/SHUTTERSTOCK

EM MUITOS FESTEJOS DA COLETIVIDADE TEM COMIDA GOSTOSA, PREPARADA COM BASE EM RECEITAS TRADICIONAIS, OU SEJA, PASSADAS DE GERAÇÃO EM GERAÇÃO, DOS PAIS PARA OS FILHOS. VEJA O CASO DAS FESTAS JUNINAS, COMO O SÃO JOÃO, QUE É COMEMORADO TODO DIA 24 DE JUNHO.

PRATOS TÍPICOS DAS FESTAS JUNINAS. MUITOS DELES SÃO PREPARADOS COM MILHO.

COMO AS FESTAS JUNINAS ACONTECEM PERTO DA ÉPOCA DA COLHEITA DO MILHO NO BRASIL, HÁ SEMPRE MUITAS DELÍCIAS PREPARADAS COM ESSE ALIMENTO, COMO PIPOCA, PAÇOCA, CANJICA E CURAU. NESSAS FESTAS, A GENTE ENCONTRA SEMPRE BARRACAS DE COMIDA. HÁ ATÉ QUEM SÓ VAI À FESTA PARA SABOREAR OS PRATOS TÍPICOS! 1 VOCÊ CONHECE ALGUM PRATO TÍPICO SERVIDO NESSAS FESTAS DA COLETIVIDADE? QUAL? Essa questão visa trazer a temática de festejo para a realidade dos estudantes, possibilitando que reflitam e compartilhem suas experiências pessoais. 2 VOCÊ JÁ AJUDOU ALGUÉM A PREPARAR UM PRATO TRADICIONAL? QUAL? Essa questão procura dar luz a um saber popular COMO ELE É PREPARADO? e, ao mesmo tempo, possibilitar que os estudantes compartilhem suas experiências e seu conhecimento.

Atividade complementar

Aproveite a oportunidade e proponha as seguintes advinhas relacionadas à festa junina: Com muitas cores sortidas Alegro a festa inteirinha! Fico balançando ao vento Me chamam de.......... Para ajudá-los dê a seguinte dica, a palavra tem 11 letras. Resposta: Bandeirinha. Antigamente podia, Alto no céu me soltar!

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Solicite aos estudantes que falem sobre as festas juninas: se gostam ou não delas, que tipos de música são tocadas nessa ocasião, se gostam de dançar quadrilha ou outro tipo de dança, etc. Se houver festas juninas na escola, é possível usá-las como exemplo. Apesar de as datas estarem ligadas ao calendário litúrgico católico e à colheita do milho, atualmente as festas juninas de várias regiões se apropriaram de elementos de outras festas ou do gosto popular. Além das comidas feitas com milho, é possível encontrar cachorro-quente, churrasco e diversos outros quitutes. As músicas e brincadeiras também mudaram; se antes se escutavam e dançavam músicas de quadrilha típicas, hoje vários ritmos musicais são tocados e dançados nessas festas. Com relação às brincadeiras, atualmente existem várias, bastante diferentes das de antigamente, como o pau-de-sebo. Habilidade trabalhada: EF02HI03

Avaliação Observar as respostas do estudante para as atividades, pode ajudar a identificar se ele compreende o conceito de comida típica, se ele participa de algum centro de tradições, e como se relaciona com a cultura local.

Hoje é crime ambiental Pode incêndio provocar! Para ajudá-los dê a seguinte dica, a palavra tem 5 letras. Resposta: Balão. 3 – No início amarelinha Com uma roupa diferente Se me esquentam eu dou um pulo Roupa branca reluzente. Para ajudá-los dê a seguinte dica, a palavra tem 6 letras. Resposta: Pipoca.

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DIVERSIDADE CULTURAL

Orientações

MÚSICA PARA ALEGRAR!

Pergunte aos estudantes se eles conhecem ritmos musicais brasileiros além dos citados no texto. Faça uma lista na lousa para que eles possam visualizar e registrar as respostas.

EM UMA FESTA, BOA MÚSICA FAZ A DIFERENÇA! POR ISSO, ELA ESTÁ PRESENTE NAS VÁRIAS FESTAS DO BRASIL. ASSIM COMO A COMIDA, VÁRIAS MÚSICAS QUE EMBALAM OS FESTEJOS DA COLETIVIDADE SÃO CONSIDERADAS TRADICIONAIS, PORQUE SÃO TOCADAS E CANTADAS HÁ MUITO TEMPO. CADA FESTA TEM UM TIPO DE MÚSICA, COM INSTRUMENTOS E RITMOS PRÓPRIOS. NO CARNAVAL DE PERNAMBUCO, POR EXEMPLO, A MÚSICA QUE MAIS CHAMA A ATENÇÃO É O FREVO, NO RIO DE JANEIRO, É O SAMBA.Caso os estudantes não conheçam ou não se lembrem de músicas que fazem parte

Avaliação

O FREVO É A MÚSICA QUE CONTAGIA OS FOLIÕES NO CARNAVAL DO RECIFE (PERNAMBUCO), 2018. RUBENS CHAVES/PULSAR IMAGENS

Observar as respostas do estudante para essa questão, pode ajudar a identificar se ele compreende o conceito de música tradicional, se ele participa de algum centro de tradições, e como se relaciona com a cultura local.

dos festejos brasileiros, apresente algumas a eles. Se possível, mostre vídeos de manifestações populares locais.

LEO CALDAS/PULSAR IMAGENS

Caso os estudantes não conheçam ou não se lembrem de músicas que fazem parte dos festejos brasileiros, apresente algumas a eles. Se for possível, mostre vídeos de manifestações populares local.

NO CARNAVAL, MUITAS PESSOAS SE REÚNEM PARA OUVIR MÚSICA E FESTEJAR JUNTOS. SÃO PAULO (SÃO PAULO), 2018.

• VOCÊ CONHECE ALGUMA MÚSICA TRADICIONAL DOS FESTEJOS BRASILEIROS?

QUAL? ELA FAZ PARTE DE QUAL FESTA? Resposta pessoal. Caso os estudantes não conheçam ou

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não se lembrem de músicas que fazem parte dos festejos brasileiros, apresente algumas a eles. Se for possível, mostre vídeos de manifestações populares locais.

Atividade complementar Aproveite a oportunidade e proponha aos estudantes um momento de cantoria. Para isso, vocês podem fazer uma grande roda, todo sentados no chão, e você faz a palavra circular, permitindo que todos aqueles que quiserem, proponha uma música, todos poderão cantar juntos; aproveite a oportunidade e proponha uma também. Incentive-os a perceber que as músicas guardam inúmeros significados, que revelam diversos aspectos de um indivíduo.

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Orientações

PARA COMPARTILHAR: PRESENTE

Converse com os estudantes sobre a importância exagerada que se dá aos presentes nas festas e comemorações como aniversário, Natal, Páscoa, etc. Sensibilize-os no sentido de entender que o mais importante das festas é a reunião das pessoas das quais gostamos. Muitas vezes o valor do presente não é monetário, mas sentimental e simbólico. Pergunte se eles já fizeram presentes (cartões, dobraduras, desenhos etc.) para familiares e amigos e como foi a experiência. Este tema é propício para tratar da questão do consumismo.

VOCÊ JÁ PAROU PARA PENSAR DE ONDE VEM O HÁBITO DE DAR PRESENTES EM ALGUMAS CELEBRAÇÕES? HÁ MUITO TEMPO, VÁRIAS FESTAS COLETIVAS ACONTECIAM EM PERÍODOS DE COLHEITA, OU SEJA, DE GRANDE ABUNDÂNCIA DE ALIMENTO. NESSAS OCASIÕES, AS PESSOAS TROCAVAM PRESENTES, QUE MUITAS VEZES ERAM FEITOS DOS PRODUTOS COLHIDOS EM SUAS PLANTAÇÕES. ELAS NÃO COMPRAVAM OS PRESENTES: OFERECIAM AQUILO QUE POSSUÍAM, O QUE HAVIA SIDO PLANTADO E COLHIDO POR ELAS. DESSE JEITO, COMPARTILHAVA-SE A FARTURA ENTRE TODOS!

ULISSES FIGUEIREDO/YAN

Avaliação

1 CONVERSE COM OS COLEGAS: QUAL É O OBJETIVO DE PRESENTEAR ALGUÉM EM UMA FESTA? Espera-se que os estudantes percebam a ideia de compartilhar o que há de bom entre as pessoas, nesse caso, a fartura. 2 DEPOIS DA CONVERSA, ANOTE A SUA OPINIÃO SOBRE O ASSUNTO.

Observar as respostas do estudante para a questão 1, pode ajudar a compreender como ele se relaciona com o ato de ganhar presentes; é importante prestar atenção, para poder explicar a função social do presente, explicar que mesmo sem presentear ou ser presenteado existem muitas formas de demonstrar afeto.

Oriente os estudantes quanto ao registro, que deve ser a síntese do que foi discutido na conversa. Incentive-os a ser precisos e concisos. 49

Atividade complementar

Organizando uma festa Proponha para a turma a realização de uma festa da turma, sugerimos um lanche coletivo para confraternizar e estreitar os laços de afeto. A ideia é que os estudantes percebam os elementos que compõem uma festa, assim como seus significados, refletindo criticamente sobre o consumo desnecessário. Sugira que sigam os seguintes passos: 1. escolha de uma data para a festa. 2. elaboração de um planejamento para a realização da festa. 3. divisão das tarefas em grupos.Incentive-os a perceber que as músicas guardam inúmeros significados, que revelam diversos aspectos de um indivíduo. 49


GOSTAMOS DE COMEMORAR! AS FESTIVIDADES PROPORCIONAM MOMENTOS DE COMEMORAÇÃO, DE CONFRATERNIZAÇÃO E, EM ALGUNS CASOS, DE REFLEXÃO.

COMEMORAR A FORMATURA REPRESENTA ALEGRAR-SE COM UMA ETAPA CONCLUÍDA.

TANTO AS COMEMORAÇÕES PESSOAIS COMO AS COMUNITÁRIAS, QUANDO SÃO FESTEJADAS, NECESSITAM DE ORGANIZAÇÃO PARA QUE POSSAM ACONTECER. GRANDES COMEMORAÇÕES COMUNITÁRIAS SÃO FONTE DE TRABALHO PARA MUITAS PESSOAS. POR EXEMPLO, PARA QUE O DESFILE DE CARNAVAL ACONTEÇA, MILHARES DE PESSOAS TRABALHAM O ANO INTEIRO. SÃO COSTUREIRAS, ESCULTORES, PINTORES, ENGENHEIROS, ENTRE OUTROS PROFISSIONAIS.

COMEMORAR A PASSAGEM DO ANO PROPORCIONA FELICIDADE E REFLEXÃO. EM GERAL, NESSA DATA AS PESSOAS PLANEJAM MUDANÇAS PARA O NOVO ANO. DU ZUPPANI/PULSAR IMAGENS

Habilidade trabalhada: EF02HI01

MELINDA NAGY/SHUTTERSTOCK

EDSON SATO/PULSAR IMAGENS

Explique aos estudantes que as comemorações rompem com o cotidiano, e essa característica faz o dia parecer e se tornar especial. Explique que é muito importante ter marcadores festivos, eles juntam pessoas e fortalecem laços socioafetivos.

DIVERSIDADE CULTURAL

DE OLHO NO SUJEITO

Orientações

O CARNAVAL ALEGRA E REPRESENTA A FONTE DE RENDA DE MUITAS FAMÍLIAS NO BRASIL.

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Para o professor A festa da moça. Direção de Vincent Carelli. Brasil: Vídeo nas Aldeias, 1987. (18 min.). O documentário trata do ritual de passagem das meninas Nambiquara. A cerimônia representa a iniciação feminina na sociedade, semelhante à festa de debutante que ocorre em várias partes do Brasil.

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Orientações

MAS NEM TUDO É FESTA...

Explique aos estudantes sobre a importância de responsabilizar-se pelo descarte correto dos resíduos pós-festa. Explique que o descarte errado, sem cuidados, prejudica o meio ambiente.

MAURICIO SIMONETTI/PULSAR IMAGENS

GRANDES FESTAS PRECISAM SER PENSADAS E TER COMO UM DE SEUS PROPÓSITOS CAUSAR O MENOR IMPACTO POSSÍVEL AO MEIO AMBIENTE. ESSA PREOCUPAÇÃO COSTUMA SER COMPARTILHADA ENTRE OS ORGANIZADORES DOS EVENTOS E OS PARTICIPANTES. NO ANO DE 2019, DURANTE AS COMEMORAÇÕES DO CARNAVAL NA CIDADE DE SÃO PAULO, FORAM PRODUZIDAS MAIS DE 500 TONELADAS DE RESÍDUOS. AGORA, IMAGINE QUANTO ESSA MESMA FESTIVIDADE DEVE TER GERADO DE RESÍDUOS EM TODO O BRASIL? É POR ISSO QUE PENSAR SOBRE A PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE DEVE FAZER PARTE DAS RESPONSABILIDADES DOS ORGANIZADORES DOS EVENTOS E TAMBÉM DE QUEM PARTICIPA DELES!

Reflita sobre a importância do consumo consciente, entre as possibilidades, a importância do reuso de materiais que demoram décadas para se decompor. Aproveite a oportunidade e converse sobre a quantidade de lixo que é produzida atualmente e os prejuízos causados ao meio ambiente. Faça um levantamento com a turma para verificar se na casa deles é costume separar os resíduos não orgânicos (papel, vidro, alumínio e plástico) para a coleta seletiva. Mencione a importância dos 3 Rs (reduzir, reutilizar e reciclar).

GARI RECOLHE LIXO DEIXADO POR FOLIÕES APÓS PASSAGEM DE BLOCO DE CARNAVAL. SÃO PAULO (SÃO PAULO), 2016.

E VOCÊ, O QUE FAZ QUANDO PARTICIPA DE UMA FESTIVIDADE COMUNITÁRIA? JÁ REFLETIU SOBRE COMO PODE CONTRIBUIR PARA A DIMINUIÇÃO DA QUANTIDADE DE LIXO NAS RUAS DA COMUNIDADE? 51

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Aproveite a atividade para desenvolver a noção de marcadores de tempo, nesse caso relacionando o dia e mês das festividades. Aproveite a oportunidade para colocar as datas na ordem cronológica e chamar a atenção dos estudantes para esse fato.

JUNTAR SABERES 1 RELACIONE AS FESTAS DAS QUAIS VOCÊ COSTUMA PARTICIPAR AO LONGO DO ANO. DEPOIS, CLASSIFIQUE ESSAS FESTAS DE ACORDO COM A TABELA ABAIXO.Resposta pessoal.

MINHAS FESTAS FESTA

FAMILIAR

ESCOLAR

RELIGIOSA

CÍVICA

Habilidade trabalhada: EF02HI07

É importante prestar atenção, pois alguns grupos religiosos não fazem essa comemoração, entre eles, os muçulmanos, os judeus, os budistas, as testemunhas de Jeová, os candomblecistas, entre outros, atentar-se para que os estudantes possam tratar-se de forma empática caso surja alguma divergência de opinião; aproveite a oportunidade para promover o respeito e a liberdade de crenças religiosas. É importante lembrar que muitas crianças podem desenhar comemorações com sentidos e datas diferentes do calendário cristão. Acolha todas as interpretações, e também aqueles que não queiram realizar a atividade, pois compreendem que a data não deve ser comemorada. Esta atividade pretende levar a reflexão para o cotidiano do aluno, incentivando-o a analisar que se trata de uma data que é comemorada por muitas pessoas, mas que pode ser festejada de modo diverso, ou mesmo não ser comemorada.

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2 NO BRASIL É MUITO COMUM COMEMORAR O NATAL COM A FAMÍLIA. Respostas pessoais.

A) VOCÊ COMEMORA O NATAL? B) NO CADERNO, DESENHE COMO VOCÊ COMEMORA OU GOSTARIA DE COMEMORAR O NATAL. C) AGORA, SENTEM-SE EM DUPLAS E COMENTEM OS DESENHOS. 3 LEIA O TEXTO E FAÇA AS ATIVIDADES.

TODO SEGUNDO DOMINGO DO MÊS DE OUTUBRO, EM BELÉM, UMA CIDADE NO ESTADO DO PARÁ, REALIZA-SE UMA ENORME PROCISSÃO. ELA SE REPETE DESDE 1793. HOJE, ESSA É A MAIOR MANIFESTAÇÃO CATÓLICA DO BRASIL, ATRAINDO ROMARIAS DE DIFERENTES LUGARES. OS FIÉIS CHEGAM A PÉ, A CAVALO, EM MOTOS, CARROS E ÔNIBUS.

RUBENS CHAVES/PULSAR IMAGENS

Esta atividade visa a tratar de uma comemoração que em geral é comemorada por muitos brasileiros, sendo interpretada de diferentes maneiras em todo o país.

MULTIDÃO DE PESSOAS NA PROCISSÃO DURANTE A FESTA ANUAL DO CÍRIO DE NAZARÉ, EM HOMENAGEM A NOSSA SENHORA DE NAZARÉ. BELÉM (PARÁ), 2019. ROMARIAS: GRUPOS DE FIÉIS QUE VIAJAM PARA LUGARES QUE CONSIDERAM SAGRADOS.

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Avaliação formativa A realização das atividades desta seção que fecha a Unidade irá continuamente possibilitar que você verifique a aprendizagem dos estudantes. Se os estudantes conseguirem realizar de maneira satisfatória a atividade 1, significa que compreenderam os conceitos festa escolar, festa cívica e festa religiosa. Esses são conceitos fundamentais nesta unidade, por isso, caso perceba que o tema não tenha ficado claro, retome os conceitos e se disponha à tirar as dúvidas.


A) PREENCHA O QUADRO A SEGUIR COM INFORMAÇÕES RETIRADAS DO TEXTO E DA LEGENDA DA IMAGEM QUE VOCÊ ACABOU DE LER.

FESTAS DO BRASIL NOME DA CIDADE

Belém.

PRINCIPAL FESTA

Festa Anual do Círio de Nazaré.

REALIZADA HÁ QUANTOS ANOS TIPO DE FESTA PRINCIPAIS ATIVIDADES PARTICIPANTES

Esta atividade pretende levar a reflexão para o cotidiano do aluno, incentivando-o a analisar que se trata de uma data que é comemorada por muitas pessoas, mas que pode ser festejada de modos diversos.

Resposta de acordo com o ano. Auxilie o estudante a fazer a subtração.

Festa religiosa. Procissão e romarias.

Habitantes da cidade e fiéis vindos de diferentes lugares.

B) ESCOLHA UMA FESTA QUE VOCÊ CONHECE. PODE SER DA SUA ESCOLA, DO SEU BAIRRO OU DA SUA CIDADE. VALE TAMBÉM UMA FESTA QUE VOCÊ TENHA VISTO NA TELEVISÃO, NO JORNAL, NA REVISTA OU NA INTERNET. PREENCHA O QUADRO ABAIXO COM AS INFORMAÇÕES SOBRE ESSA FESTA.

FESTAS DO BRASIL NOME DA CIDADE PRINCIPAL FESTA REALIZADA HÁ QUANTOS ANOS TIPO DE FESTA PRINCIPAIS ATIVIDADES PARTICIPANTES Auxilie os estudantes na escolha da festa e na elaboração do quadro. O Carnaval, uma das maiores festas do país, não deverá ser abordado nesse momento, pois será tratado no último capítulo da Unidade.

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A atividade 2A permite que você identifique se o estudante conseguiu compreender que festas de cunho religioso podem não contemplar à todas as pessoas, e também permite que você verifique como ele se posiciona frente à essa informação. É importante integrar os conteúdos trabalhados na unidade com a questão da identidade, pois as celebrações que participamos revelam muito da nossa história pessoal e do grupo do qual fazemos parte, por isso, traga o tema para a realidade deles, para que ganhe significado e afetividade.

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Sobre esta unidade A Unidade tem como ponto de partida o resgate da função sociocultural das festas e dos festejos na construção de identidades brasileira. O principal objetivo é que o estudante tenha a possibilidade de compreender As festas do passado, suas características e as tradições culturais às quais estão ligadas. Nesse sentido, são identificadas e analisadas festas associadas ao trabalho, festas de origem europeia adaptadas no Brasil por meio das demais matrizes culturais que fazem parte do país, especialmente, a afrodescendente e a indígena, e festas comunitárias, como o Carnaval. O trabalho pedagógico tem a função de propor a análise das rupturas e continuidades entre as festividades do passado e as dos dias atuais, além das diferentes formas de participação dos indivíduos nesses eventos. Esses conteúdos são importantes para que os estudantes consigam perceber que as festas que celebramos na atualidade, têm uma origem sócio-histórica, e que compreendê-las traz significado e identidade para nossas vivências cotidianas, são parte da nossa identidade como povo brasileiro.

Objetivos da Unidade • Identificar festas que ocorriam no passado aqui no Brasil. • Comparar festas do passado e do presente, identificando rupturas e continuidades. • Entender de que forma as festas se relacionam com elementos sociais como o trabalho, a religião, os costumes, as músicas e as danças. • Valorizar a diversidade cultural do Brasil. Habilidades trabalhadas: EF02HI01 / EF02HI02 / EF02HI03 /

EF02HI10

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UNIDADE

FESTAS DE TODOS OS TEMPOS

CENA DE CARNAVAL, LITOGRAFIA DE JEAN-BAPTISTE DEBRET, 1834. 54

Proposta pedagógica O tema central desta unidade são as tradicionais festas comunitárias, que contribuem para formação da identidade brasileira. Para isso, buscamos proporcionar ao estudante a oportunidade de compreender a origem dessas festividades e celebrações. Reconhecer essas festividades, compreender suas origens é importante para que o estudante consiga se perceber como uma pessoa com uma identidade social, pertencente à uma país, e identificar características dessa identidade, tema que será aprofundado na próxima unidade.


Orientação

MUSEUS CASTRO MAYA - IPHAN/MINC

Converse com os estudantes sobre a cena retratada nesta prancha de Jean Batiste Debret, apontando que todos os retratados são de origem africana. Apesar de os personagens estarem transvestidos para as brincadeiras de Carnaval, eles também estão descalços, uma característica que marcava a condição de escravizado no Brasil Colônia.

PARA COMEÇAR...

Um grupo de homens negros, todos descalços, portando instrumentos musicais. Há uma bandeira e alguns possuem penas coloridas em seus chapéus. Explique aos estudantes que na sociedade escravagista brasileira, a falta de sapatos caracterizava o escravizado. Espera-se que o estudante perceba que se trata de uma cena carnavalesca, em que escravizados brincam o Carnaval. Mesmo que os estudantes respondam negativamente, pergunte-os se já viram na televisão reportagens e outras imagens sobre o Carnaval brasileiro.

1. A imagem chama-se Cenas de carnaval, e seu autor é Jean-Baptiste Debret.

1. QUAL É O NOME DESTA IMAGEM? QUEM É O AUTOR DELA?

Pré-requisitos

2. DESCREVA A CENA RETRATADA NA IMAGEM. Resposta pessoal. 3. VOCÊ JÁ PARTICIPOU ALGUMA VEZ DE UMA SITUAÇÃO ASSIM? ONDE E COMO ELA ACONTECEU? Resposta pessoal.

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• Compreender-se como uma pessoa que contribui, e é influenciado pela cultura da comunidade local. • Ter repertório de memórias familiares sobre celebrações comunitárias. • Ter repertório para poder compartilhar com o grupo sobre as celebrações que participa ou tenha participado. • Demonstrar curiosidade e iniciativa para dialogar, expressar opiniões e compartilhar histórias.

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Converse com os estudantes sobre as mudanças e permanências relacionadas ao casamento. Se considerar oportuno, explique que, por muito tempo (pelo menos até meados do século XX), o casamento entre um homem e uma mulher e a família heterossexual constituía o único modelo de unidade familiar aceito pela sociedade. O casamento civil e/ou religioso entre um homem e uma mulher continua existindo. No entanto, nos dias de hoje, existem vários modelos familiares: crianças adotadas por casais ou pessoas solteiras, padrastos e madrastas, meios-irmãos, famílias formadas por dois homens ou duas mulheres, famílias formadas por mães e filhos, entre outros. Mesmo as festas de casamento mudaram: muitas famílias optam por uniões somente no civil, por fazer festas pequenas ou viagens etc. Habilidades trabalhadas: / EF02HI03

EF02HI01

1 FESTAS DE ANTIGAMENTE

A TRADIÇÃO DE FESTAS NO BRASIL É ANTIGA. ALGUNS DESSES FESTEJOS PERDURARAM NO TEMPO E EXISTEM ATÉ HOJE. OUTROS PERDERAM IMPORTÂNCIA E DESAPARECERAM. ENTRE AS FESTAS QUE EXISTEM HÁ MUITO TEMPO, UMA DAS MAIS IMPORTANTES É A DE CASAMENTO. ANTIGAMENTE, QUANDO A MAIOR PARTE DOS BRASILEIROS VIVIA NO CAMPO, A FESTA DE CASAMENTO ERA SEMPRE UM GRANDE ACONTECIMENTO QUE LEVAVA MESES PARA SER PLANEJADO. NO DIA MARCADO, TODOS SEGUIAM PARA A IGREJA DA CIDADE: A NOIVA EM CARRO DE BOI, ACOMPANHADA POR UMA COMITIVA LIDERADA PELO NOIVO. NO RETORNO COMEÇAVA A FESTANÇA. TINHA MUITA COMIDA, MÚSICA E DANÇA. COLEÇÃO PARTICULAR

Orientações

CASAMENTO NA ROÇA, ILUSTRAÇÃO DE FLUMEN JUNIUS, 1895. 1 AS FESTAS DE CASAMENTO ATUALMENTE SÃO SEMELHANTES ÀS DESCRITAS NO

TEXTO? EXPLIQUE.

Converse com os estudantes sobre as diferenças entre as festas de casamento de hoje e a festa descrita no texto; o tipo de festa também depende de cada cultura, região e religião.

Avaliação Observar as respostas do estudante para essa questão, pois podem ajudar a identificar se ele compreendeu que as festividades acontecem de formas diferentes em diferentes culturas e tempos históricos, e se ele tem o hábito de vivenciar essas celebrações; se compreende que tal celebração continue a cultura local.

Os festejos trabalhados neste início de Unidade foram descritos, no século XIX, pelo memorialista Mello Moraes Filho, no livro Festas e tradições populares do Brasil (Brasília: Senado Federal, Conselho Editorial, 2002).

2 CONVERSE COM OS COLEGAS E O PROFESSOR SOBRE ALGUMA FESTA TÍPICA DO

LOCAL ONDE VOCÊ MORA. FALE SOBRE ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DESSA FESTA E EXPLIQUE POR QUE ELA É IMPORTANTE. Pesquise alguma festa típica do local em que fica a escola e comente com os estudantes. Instigue-os a falar de alguma festa de que já tenham participado, que tipo de roupa era usada, se havia música, se serviam comidas, entre outras características.

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Para ampliar Peça aos estudantes que tragam fotografias de casamentos ocorridos na família. Para isso, é preciso fazer um bilhete de solicitação e envio das fotografias para a família. Peça também, que eles contem paras as crianças como foram essas festas, quem eram os convidados, quais foram as emoções e as lembranças deixadas pelo evento. No dia combinado, peça aos estudantes que mostre as fotografias e contem as histórias para todo o grupo. Permita que se expressem e compartilhem as memórias descobertas; na sequência peça que identifiquem o que é comum à todas as histórias, quais são os principais pontos de diferença, alguma história inusitada, e peça que cada um deles registre no caderno em qual desses casamentos gostaria de ter ido e que justifiquem as respostas.

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DIVERSIDADE CULTURAL

FESTAS DO TRABALHO

Orientações

COLEÇÃO PARTICULAR

COLEÇÃO PARTICULAR

ALGUNS ACONTECIMENTOS DO MUNDO DO TRABALHO TAMBÉM SÃO FESTEJADOS HÁ MUITO TEMPO. MAIS DE 200 ANOS ATRÁS, NAS FAZENDAS DE PRODUÇÃO DE AÇÚCAR BRASILEIRAS, POR EXEMPLO, REALIZAVA-SE UMA GRANDE FESTA NO MÊS DE MAIO PARA MARCAR O INÍCIO DO PERÍODO DE MOER A CANA, USADA PARA FABRICAR O AÇÚCAR. NAQUELE TEMPO, A CANA ERA UM PRODUTO DE GRANDE IMPORTÂNCIA NO BRASIL. OS FESTEJOS REUNIAM A FAMÍLIA DO DONO DA PROPRIEDADE E TODAS AS PESSOAS QUE TRABALHAVAM NO LUGAR.

Explique à turma que trabalho e festas muitas vezes se misturavam e se misturam na cultura brasileira. As várias festas envolvendo a figura do boi (boi de mamão, boi-bumbá, a festa do boi em Parintins, entre outras) são exemplos de festividades ligadas às atividades econômicas do país e, portanto, ao trabalho e aos trabalhadores. No entanto, essas festas transcendem a questão do trabalho e misturam elementos míticos, religiosos (como a festa de maio antes da fabricação do açúcar citada na página), culturais, criativos, entre outros. Habilidade trabalhada: EF02HI10

ALGUMAS PESSOAS QUE PARTICIPAVAM DA FESTA DA MOAGEM DA CANA-DE-AÇÚCAR: À ESQUERDA, UM CONVIDADO CHEGA DESCALÇO APÓS LONGA CAMINHADA; À DIREITA, O DONO DA FAZENDA E SUA ESPOSA. ILUSTRAÇÕES DE FLUMEN JUNIUS, 1895. Os estudantes devem ser capazes de identificar que o açúcar era um produto muito importante para a sociedade 1 CONVERSE COM UM COLEGA E RESPONDAM: POR QUE ANTIGAMENTE EXISTIA UMA FESTA DEDICADA AO AÇÚCAR? daquele período. Mas, caso não consigam explicar isso, mostre a partir do texto que o açúcar parecia ser fundamental no Brasil naquela época. 2 EM CASA, PERGUNTE AOS ADULTOS QUE MORAM COM VOCÊ SE ELES JÁ PARTICIPARAM

DE ALGUMA FESTA RELACIONADA AO TRABALHO DELES. SE SIM, PERGUNTE COMO FOI.

Resposta pessoal. 3 OS ADULTOS GERALMENTE PASSAM BASTANTE TEMPO NO TRABALHO. NA SUA OPINIÃO,

PARTICIPAR DE FESTAS COM OS COLEGAS DE TRABALHO PODE APROXIMÁ-LOS? JUSTIFIQUE A SUA RESPOSTA. Resposta pessoal. 57

Trata-se de uma resposta pessoal, se julgar conveniente, explique que de forma geral, as festividades aproximam as pessoas. Por muito tempo festas em ambienta de trabalho não foram comuns, mas de forma geral, ao logo do tempo foi sendo percebido pelos estudiosos do comportamento e cientistas sociais, que proporcionar alguma descontinuidade do trabalho, proporcionando divertimento e integração afetiva entre os funcionários, colabora para maior interação entre o grupo e para a construção e manutenção do sentimento de pertencimento.

Tema contemporâneo Aproveite a oportunidade e explique aos estudantes, que o trabalho é um aspecto importante da vida da população adulta, pois é por meio dele que ganhamos o sustento. Conte a eles que no artigo 6 da Constituição brasileira, o trabalho é citado como um direito de todos os brasileiros. Quando por questões políticas e/ou econômicas ocorre grande desemprego da população, as pessoas adoecem por falta de perspectiva, e por não conseguir suprir suas necessidades físicas, o índice de violência cresce e o país se torna mais desigual e sem perspectiva.

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DIVERSIDADE CULTURAL

Orientações

FESTA DO DIVINO

Explique aos estudantes que as festas de origem religiosa são também manifestações culturais das comunidades. É importante ouvir a turma com relação à diversidade religiosa, o respeito à diversidade e ao multiculturalismo. Chame a atenção deles para o fato de que, independentemente da religião, a festa é uma manifestação cultural de várias comunidades que dão outros significados sociais e simbólicos para a origem religiosa.

ENTRE AS COMEMORAÇÕES DO PASSADO, MUITAS ERAM LIGADAS À RELIGIÃO CATÓLICA. UMA DAS MAIS CONCORRIDAS ERA A FESTA DO DIVINO, QUE ACONTECE ATÉ HOJE EM MUITAS CIDADES DO BRASIL. A PREPARAÇÃO DESSA FESTA DURAVA MESES E ENVOLVIA TODA A COMUNIDADE. PRIMEIRO, ERA PRECISO ELEGER O FESTEIRO E O IMPERADOR. DEPOIS, COMEÇAVAM AS FOLIAS, COMITIVAS QUE IAM DE CASA EM CASA PEDINDO DOAÇÕES PARA A FESTA. MESMO AS CASAS MAIS HUMILDES RECEBIAM A VISITA DA FOLIA E FAZIAM SUA DOAÇÃO. FESTEIRO: PESSOA ELEITA PARA PATROCINAR A FESTIVIDADE. IMPERADOR: PESSOA ESCOLHIDA PARA DIRIGIR OS FESTEJOS. FOLIAS: GRUPOS DE PESSOAS QUE PERCORRIAM AS CASAS ANTES E DURANTE A FESTA, SEMPRE COM UMA BANDEIRA DO DIVINO.

O objetivo desta questão é mostrar aos estudantes que existem muitas outras festas religiosas, não apenas ligadas ao catolicismo, mas também a outras religiões. Ao mesmo tempo, espera-se que a turma possa compartilhar suas experiências, caso participem de alguma festa religiosa organizada em sua comunidade.

Avaliação Observar as respostas do estudante para essa questão, pois pode ajudar a identificar se os estudantes vivenciam uma cultura religiosa- familiar e o quanto estão engajados em festas religiosas comunitárias. Trata-se de aspectos importantes do contexto sociocultural das da comunidade escolar. O objetivo desta questão é, ao mesmo tempo chamar a atenção do estudante para a característica da eleição dos dirigentes da Festa do Divino, e espera-se ouvir a experiência do estudante com essa característica da festividade. 58

ULISSES FIGUEIREDO/YAN

Muitas comunidades espalhadas pelo Brasil comemoram a Festa do Divino. O objetivo desta atividade é chamar a atenção dos estudantes para esta característica: de permanência de um festejo de origem popular e religiosa.

1 NO LUGAR ONDE VOCÊ MORA, OCORRE A FESTA DO DIVINO? VOCÊ CONHECE ALGUMA

COMUNIDADE QUE COMEMORA ESSA DATA?Resposta pessoal. 2 NA SUA COMUNIDADE HÁ ALGUMA FESTA LIGADA À RELIGIÃO? QUAL? VOCÊ PARTICIPA

DESSA FESTA? Resposta pessoal. 3 NA SUA COMUNIDADE EXISTE ALGUMA FESTA EM QUE OS ORGANIZADORES SÃO

ELEITOS? SE SIM, CONTE PARA A TURMA COMO FUNCIONA A ELEIÇÃO. Resposta pessoal.

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Avaliação Observar as respostas do estudante para essa questão, pois pode ajudar a identificar se ele compreende princípios de elegibilidade, diálogo e acordos comunitários. Habilidade trabalhada:

EF02HI03


Orientações

PARA A COMEMORAÇÃO, O FESTEIRO MANDAVA ROMEIROS: PESSOAS CONSTRUIR DIANTE DA IGREJA UM LUGAR PARA RELIGIOSAS QUE ABRIGAR OS SÍMBOLOS RELIGIOSOS E UM CORETO PARA VIAJAM A UM LUGAR DISTANTE OS MÚSICOS. OS ROMEIROS CHEGAVAM DE VÁRIAS POR DEVOÇÃO. LOCALIDADES, E, NO PRINCIPAL DIA DE FESTA, TODOS RECEBIAM COMIDA. O PONTO ALTO DA FESTA ACONTECIA DEPOIS DA MISSA, QUANDO SE FORMAVA UMA ENORME PROCISSÃO. AS PESSOAS DE MAIOR PRESTÍGIO IAM SEMPRE À FRENTE: ERA COMO UM PEQUENO RETRATO DAQUELA SOCIEDADE PASSANDO DIANTE DE TODOS.

Após a leitura do texto, realize uma leitura da iconografia contida nesta página. Solicite aos estudantes que descrevam a imagem ressaltando elementos contido no texto desta e da página anterior. Os estudantes podem citar, por exemplo, a presença da procissão, das pessoas de maior prestígio (senhores com casacos) e dos festeiros (músicos).

MUSEU PAULISTA DA USP, SÃO PAULO.

O GRANDE DIA

FESTA DO DIVINO, DE MIGUELZINHO DUTRA, 1841. AQUARELA SOBRE PAPEL, 34,8 CM × 24 CM. 1

NO PASSADO, QUEM PARTICIPAVA DA FESTA DO DIVINO? Os romeiros que chegavam de várias localidades e pessoas que moravam na região.

2 O QUE ESSAS PESSOAS RECEBIAM AO CHEGAR À FESTA? Eram recebidas com comida.

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Para ampliar Luís Câmara Cascudo (1898-1986) foi um dos mais importantes pesquisadores da cultura popular brasileira. Deixou uma extensa obra sobre o tema. Dentre os seus muitos livros, destacamos o Dicionário do folclore brasileiro (São Paulo: Global, 1999). Esta obra é um registro de manifestações recolhidas pelo autor em suas diversas viagens pelo Brasil. Sugerimos este título como consulta para o aprofundamento dos temas trabalhados nesta Unidade, mas também como fonte de pesquisa de hábitos e costumes locais e de eventuais atividades que podem ser realizadas com os estudantes em relação ao mapeamento e reconhecimento dessas manifestações culturais.

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DE OLHO NO TEMPO

Orientações Explique ou retome com os alunos, ainda que brevemente, que a região onde atualmente é o Brasil era habitada por várias nações indígenas e que, em 1500, portugueses chegaram aqui e colonizaram o território. Ou seja, os portugueses invadiram a terra onde viviam os indígenas brasileiros a fim de retirar e/ou produzir bens a ser exportados para a Europa. Durante o século XVI, houve a escravização de muitos africanos que foram trazidos para o Brasil.

ESPÍRITO SANTO: NAS

RELIGIÕES CRISTÃS, A FESTA DO DIVINO COMEÇOU EM PORTUGAL HÁ ELEMENTO QUE, COM MAIS DE 700 ANOS, PARA COMEMORAR O ESPÍRITO DEUS E CRISTO, FORMA A SANTO. TRAZIDA PARA O BRASIL, ACONTECE ATÉ SANTÍSSIMA TRINDADE. HOJE EM NOSSO PAÍS. ANTIGAMENTE, TODAS AS PESSOAS CONTRIBUÍAM PARA A REALIZAÇÃO DA FESTA: OS MAIS RICOS DOANDO DINHEIRO; OS MAIS POBRES DOANDO GALINHAS, PORCOS E PÃES. A MAIORIA DOS DONATIVOS ERA RECOLHIDA DURANTE AS FOLIAS. CADA COMITIVA DE FOLIA CARREGAVA UMA GRANDE BANDEIRA CONSIDERADA SAGRADA, PORQUE OS PARTICIPANTES ACREDITAVAM QUE TRAZIA SORTE E SAÚDE. POR ISSO, A COMITIVA ERA SEMPRE RECEBIDA DE PORTAS ABERTAS, COM COMIDA E BEBIDA. SEUS INTEGRANTES CANTAVAM:

O DIVINO ENTRA CONTENTE NAS CASAS MAIS POBREZINHAS; TODA A ESMOLA ELE RECEBE: FRANGOS, PERUS E GALINHAS. O DIVINO É MUITO RICO, TEM BRASÕES E TEM RIQUEZA, MAS QUER FAZER SUA FESTA COM ESMOLAS DA POBREZA.

Dessa forma, muitos aspectos de nossa cultura estão ligados às tradições portuguesas e a várias tradições africanas e indígenas. A Festa do Divino, portanto, tem origem portuguesa, mas acontece de uma maneira própria no Brasil, incluindo elementos de outras culturas.

FESTAS E TRADIÇÕES POPULARES DO BRASIL, DE MELLO MORAES FILHO. BRASÍLIA, DF: SENADO FEDERAL, CONSELHO EDITORIAL, 2002. P. 57.

Habilidades trabalhadas: / EF02HI02 / EF02HI03

CESAR DINIZ/PULSAR IMAGE

NS

É importante mostrar aos estudantes que os eventos dessa festa costumam envolver pessoas de várias classes sociais: das mais ricas às mais pobres. Assim, a posse de bens e dinheiro não diferencia os participantes dela. Chame atenção para esse aspecto citado no trecho da música presente na seção.

FESTA DO DIVINO ESPÍRITO SANTO, EM SÃO LUIZ DO PARAITINGA (SÃO PAULO), 2015.

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EF02HI01

Atividade complementar Após a leitura, distribua folhas de papel canson, ou cartolina, e peça para cada um dos estudantes ilustrar a Festa do Divino, permita que usem a imaginação e usem, para finalizar a produção, lápis de cor, canetas hidrográficas, guache, entre outros materiais disponíveis na escola. Quando a produção estiver toda pronta, monte um painel em sala de aula, para que todos os trabalhos sejam vistos, peça que cada um dos estudantes explique sua produção e compartilhe suas impressões.

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ULISSES FIGUEIREDO/YAN

Embora exista uma ordem cronológica, caso o estudante se equivoque, questione o que levou ao equívoco, muitas vezes ele pode ter participado de uma festividade que tenha algum diferença no rito.

1. ONDE E QUANDO COMEÇOU A FESTA DO DIVINO? Em Portugal, há mais de 700 anos.

2. SEGUNDO A LETRA DA CANÇÃO, COMO A FESTA DO DIVINO ERA ORGANIZADA? Por meio de doações de alimentos (frangos, pães, porcos, perus e galinhas) recebidas nas casas mais pobres e de dinheiro recebido dos mais ricos.

3. IMAGINE QUE VOCÊ FOI ESCOLHIDO FESTEIRO DA FESTA DO DIVINO E TEM DE ORGANIZAR TUDO. NUMERE AS FRASES, CONSIDERANDO A ORDEM CORRETA DOS PREPARATIVOS. •

PARTICIPAR DA MISSA E DA PROCISSÃO.

ORGANIZAR O RECOLHIMENTO DAS ESMOLAS E DOS DONATIVOS.

PREPARAR A RECEPÇÃO DOS ROMEIROS. 3

CONVIDAR AS AUTORIDADES.

4 1

2

4. EM VOZ ALTA, LEIA A CANÇÃO DO DIVINO DA PÁGINA ANTERIOR PARA UM COLEGA E ESCUTE A LEITURA DELE. DEPOIS, CONTORNEM AS PALAVRAS QUE RIMAM.

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Esta pode ser uma boa oportunidade para explicar aos estudantes que as festas, como o Carnaval, foram e continuam sendo modificadas ao longo do tempo. Existem continuidades e rupturas com relação ao Carnaval no Rio de Janeiro nos últimos 150 anos. As fantasias, a música, as brincadeiras podem ser consideradas continuidades. Outro elemento dos Entrudos eram os passeios em carros abertos de pessoas fantasiadas brincando com água, o que não ocorre com frequência nos dias de hoje, tendo em vista que esses passeios deram origem aos carros alegóricos dos desfiles das escolas de samba em vários estados e cidades do país. Incentive a troca de ideias, mesmo com a participação daqueles que não brincam o Carnaval. Questione, por que alguns estudantes não brincam? Ouça o posicionamento de cada um de forma respeitosa. Têm muitas crianças que não participam dessa festividade por questões religiosas, fique atenta para evitar constrangimentos. Se você julgar oportuno, peça para que os estudantes tragam fotografias para a classe, e compartilhem suas experiências com os colegas. A ideia é incentivar o estudante a perceber a festa, desde seus preparativos, como algo coletivo.

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DIVERSIDADE CULTURAL

2 NOS TEMPOS DO ENTRUDO

PODE PARECER ESTRANHO, MAS HÁ 150 ANOS O CARNAVAL CHAMAVA-SE ENTRUDO. ESSA FESTA ACONTECIA NAS RUAS E ERA CHEIA DE BRINCADEIRAS DIVERTIDAS. O “VELHO DE CABEÇA GRANDE” ERA UMAS DAS FANTASIAS PREDILETAS DOS FOLIÕES. MAS ERA PRECISO HABILIDADE PARA EQUILIBRAR O CABEÇÃO E DANÇAR. HAVIA AINDA OUTROS PERSONAGENS, COMO A “MULA RUÇA”, COM CABEÇA DE ASNO. MUITOS MASCARADOS MEXIAM COM AS PESSOAS, PROVOCANDO DISCÓRDIA PELAS RUAS. MUSEUS CASTRO MAYA – IPHAN/MINC

Orientações

CARNAVAL (DIA D’ENTRUDO), DE JEAN-BAPTISTE DEBRET, 1823. AQUARELA SOBRE PAPEL, 18 CM × 23 CM. 1 VOCÊ COSTUMA BRINCAR O CARNAVAL? ONDE BRINCA: NA RUA, NA ESCOLA OU EM OUTRO LOCAL? Incentive a troca de ideias entre os estudantes, mesmo com a participação daqueles que não brincam o Carnaval. Por que esses estudantes não fazem isso? Converse sobre o tema. 2 NO CARNAVAL, VOCÊ GOSTA DE SE FANTASIAR? SE SIM, QUAIS FANTASIAS VOCÊ JÁ USOU? Pedir aos estudantes que levem fotografias para a aula, se possível. 3 VOCÊ COSTUMA COMPRAR OU FAZER SUAS FANTASIAS? SE SIM, QUEM AJUDA VOCÊ A PREPARÁ-LAS? A ideia é incentivar os estudantes a perceber a festa, desde seus preparativos, como algo coletivo. 62

Atividade complementar

Resposta: Máscara.

Para proporcionar uma brincadeira divertida e com caráter educacional, proponhas as seguintes advinhas com o tema carnaval:

2 - Ficamos pequenininhos Junto do enorme dançante O Homem da Meia-Noite

1 - Na cara me vão colocar

É o maior representante

E com elástico segurar

Em Olinda desfilando…

No carnaval não vou parar

De quem eu estou falando?

Vou todos assustar.

Resposta: Do Boneco Gigante!


Avaliação

O CARNAVAL DE ANTIGAMENTE NÃO ESTARIA COMPLETO SEM A GUERRINHA DE ÁGUA. NESSA BATALHA, VALIA TAMBÉM SUJAR O OUTRO COM FARINHA, OVOS E ATÉ MESMO LAMA. MAS AS ARMAS PREDILETAS ERAM OS LIMÕES E AS LARANJINHAS DE CHEIRO, FEITOS DE CERA E RECHEADOS COM ÁGUA PERFUMADA.

Observar as respostas do estudante para essa questão, pois a partir dela você pode identificar se ele consegue fazer uma leitura de imagem de forma eficiente, e se consegue articulara imagem ao texto lido.

BIBLIOTECA NACIONAL DA AUSTRÁLIA, CANBERRA.

GUERRINHA DE ÁGUA

Caso seja possível, permita que os estudantes brinquem com as brincadeiras de água conhecidas. Marque um dia para a realização desta atividade para que eles possam levar para a escola uma troca de roupa. BRINCADEIRA DURANTE O CARNAVAL NO RIO DE JANEIRO, DE AUGUSTUS EARLE, 1822. AQUARELA SOBRE PAPEL, 21,6 CM × 34 CM. 1 QUAL É O TÍTULO DA PINTURA ACIMA? Brincadeiras durante o Carnaval no Rio de Janeiro. Mulheres e homens estão brincando o Carnaval. Há bastante 2 O QUE ACONTECE NA CENA RETRATADA?bagunça, cadeiras tombadas no chão. Alguns estão brincando na janela. Uma mulher escravizada fornece material para a brincadeira. 3 QUAL É A BRINCADEIRA ILUSTRADA NA IMAGEM? COMO VOCÊ TEM CERTEZA? 4 VOCÊ CONHECE ALGUMA BRINCADEIRA COM ÁGUA? EXPLIQUE PARA A TURMA COMO Caso seja possível, permita que os estudantes se divirtam com as brincadeiras de água conhecidas. SE BRINCA. Use água de reúso. Marque um dia para a realização dessa atividade para que possam levar à escola uma troca de roupa. Ó

HI

IA

ST R

Para o aluno THEODORO, Helena. Os ibejis e o Carnaval. São Paulo: Pallas, 2009. Esse livro narra cenas do Carnaval brasileiro em uma linguagem bastante acessível para crianças dos primeiros anos do Fundamental 1. O livro apresenta ainda um glossário com verbetes que explicam elementos e signos característicos dessa grande festa.

CD

• CARNAVAL PALAVRA CANTADA. PALAVRA CANTADA. PRODUZIDO POR SANDRA PERES E PAULO TATIT, 2009.

ESTE CD ESTÁ RECHEADO DE MÚSICAS DE DIFERENTES RITMOS BRASILEIROS, COMO O SAMBA E O FREVO. DÁ PARA BRINCAR O CARNAVAL E EM QUALQUER PERÍODO DO ANO. 3. Guerrinha de água. Porque há pessoas portando gamelas e jogando limões e laranjinhas de cheiro. Além disso, há uma escravizada com cesto de limões e laranjinhas de cheiro.

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Trata-se de uma atividade que mobiliza diferentes saberes, caso julgue necessário ofereça o alfabeto móvel para a realização da atividade de desembaralhe das sílabas, trabalhando de forma concreta, é possível que realizem a atividade com maior facilidade.

JUNTAR SABERES 1 DESEMBARALHE AS SÍLABAS E DESCUBRA ALGUNS PRATOS TÍPICOS QUE TÊM O

PRODUTO DA CANA COMO UM DE SEUS PRINCIPAIS INGREDIENTES. CA – CAN – JI

NHA – MO – PA

NHA – JA – DI – QUEI

Canjica

Pamonha

Queijadinha

AGORA, RESPONDA AO QUE SE PEDE. A) QUAL É O PRODUTO EXTRAÍDO DA CANA USADO PARA FAZER ESSES ALIMENTOS? Açúcar.

B) ESSES PRATOS SÃO TÍPICOS DE QUAL FESTIVIDADE DA CULTURA BRASILEIRA? Festa junina.

C) ESSA FESTIVIDADE É TRADICIONAL OU NOVA EM NOSSA CULTURA? Espera-se que os estudantes mencionem que é uma comemoração tradicional, pois existe há muitas gerações.

D) QUAIS OUTRAS FESTIVIDADES VOCÊ CELEBRA QUE TAMBÉM TÊM COMIDAS TÍPICAS? Resposta pessoal.

COLEÇÃO PARTICULAR.

2 OBSERVE A PINTURA E FAÇA O QUE SE PEDE.

A) QUAL É A FESTA POPULAR REPRESENTADA NESSA ARTE? Carnaval.

B) QUAIS ELEMENTOS AJUDARAM VOCÊ A IDENTIFICAR DE QUAL FESTIVIDADE ESTAMOS TRATANDO? Resposta pessoal. Os estudantes podem mencionar as pessoas dançando frevo e os

AÉCIO. BONECOS DO CARNAVAL DE OLINDA, S.D. ÓLEO SOBRE TELA, 50 CM × 70 CM.

bonecos gigantes.

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Avaliação formativa A realização das atividades desta seção que fecha a Unidade irá continuamente possibilitar que você verifique a aprendizagem dos estudantes. Se os estudantes conseguirem realizar de maneira satisfatória a atividade 1, significa compreenderam conceitos importante, como: pratos típicos, festividade tradicional e cultura brasileira; caso perceba que esses conceitos não tenham ficado claros, retome cada um deles, e se disponha à tirar as dúvidas.

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C) ESSA É UMA FESTIVIDADE PESSOAL OU COMUNITÁRIA? COMO VOCÊ CHEGOU A ESSA CONCLUSÃO? Podemos perceber que se trata de uma festa comunitária, pois está representada em ambiente público e os participantes são pessoas da comunidade.

FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL, RIO DE JANEIRO

3 VEJA A FOTOGRAFIA, LEIA A LEGENDA E RESPONDA AO QUE SE PEDE.

FOTOGRAFIA FEITA POR ARSÊNIO DA SILVA, EM 1865. ELA MOSTRA UM GRUPO DE ORIGEM AFRICANA SE DIVERTINDO, PROVAVELMENTE COM O CUCUMBI, UMA DANÇA BASTANTE COMUM DURANTE O CARNAVAL, PRINCIPALMENTE NO RIO DE JANEIRO, ONDE A CENA FOI REGISTRADA.

A) QUE INSTRUMENTOS MUSICAIS PODEM SER VISTOS NA FOTOGRAFIA? Tambores.

B) COMO SÃO AS ROUPAS QUE AS PESSOAS ESTÃO VESTINDO? VOCÊ JÁ VIU ROUPAS PARECIDAS COM ESSAS EM ALGUMA FESTIVIDADE? Estão vestindo roupas enfeitadas e turbantes ou chapéus. Os vestidos das mulheres são rodados, e os homens usam panos coloridos por cima das calças.

3 QUAIS SÃO AS SEMELHANÇAS ENTRE O QUE ACONTECIA NO ENTRUDO E O QUE

AINDA OCORRE NO CARNAVAL DE HOJE? A resposta pode variar de acordo com a região da escola. Em algumas localidades, os estudantes dirão, por exemplo, que o entrudo ocorria nas ruas exatamente como o carnaval de hoje em dia. Poderão dizer também que os mascarados mexem com as pessoas nas ruas, assim como ocorria no entrudo. 65

A atividade 2B permite que você identifique se o estudante conseguiu conhece os elementos básicos que são tradicionais na cultura carnavalesca, e se ele faz relações entre esses elementos e a cultura local; quanto ao item C, ajuda você compreender se ele compreende os conceitos, pessoalidade e comunitário. A atividade 4, permite que você perceba se o estudante consegue fazer a leitura de passado-presente, estabelecer relação entre esses dois tempos históricos, e se consegue identificar semelhanças, diferenças, mudanças e permanências. É importante integrar os conteúdos trabalhados na unidade com a questão da identidade local, pois essas as celebrações revelam muito sobre a histórica da nossa comunidade local, suas raízes e suas contribuições na identidade nacional.

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DIVERSIDADE CULTURAL

Orientações

HISTÓRIA EM AÇÃO

A criança constrói hipóteses sobre as noções de tempo por meio da percepção que os eventos acontecem em uma sequência, constituída por uma duração – um período específico, portanto quanto mais utilizarmos exemplos concretos, mais fácil para que a criança compreenda o funcionamento lógico e linear.

O CALENDÁRIO É UM MARCADOR DE TEMPO MUITO IMPORTANTE. ELE NOS AJUDA A ORGANIZAR NOSSAS ATIVIDADES COTIDIANAS E AS FESTAS DE QUE PARTICIPAMOS NA ESCOLA E NA COMUNIDADE. QUE TAL CONSTRUIR UM CALENDÁRIO COLETIVO QUE SERVIRÁ PARA ORIENTAR TODA A TURMA ATÉ O FIM DESTE ANO? MATERIAL: • FOLHAS DE PAPEL COLORIDO, NA QUANTIDADE DOS MESES QUE FALTAM PARA ACABAR O ANO;

Aprender a fazer uso do calendário é de grande importância para que o estudante entre no mundo letrado, e compreenda seu funcionamento e ritmo; ele é o instrumento mais adequado para que a criança aprenda a lidar com noção de tempo e com as datas e meses do ano. Sempre que possível, é recomendável que o calendário seja produzido junto com os estudantes dos anos iniciais, para que eles sintam que estão participando do processo de construção de sua rotina.

• COLA BASTÃO; • TESOURA COM PONTAS ARREDONDADAS; • LÁPIS DE COR OU CANETA HIDROCOR; • REVISTAS PARA RECORTE, SE ESSA FOR A OPÇÃO DO GRUPO NA CONFECÇÃO DOS ÍCONES. COMO MONTAR O CALENDÁRIO 1. PREENCHA O QUADRO A SEGUIR COM OS ACONTECIMENTOS E AS FESTIVIDADES IMPORTANTES PARA A COMUNIDADE QUE OCORREM TODOS OS ANOS. É RECOMENDÁVEL QUE HAJA UMA ORDEM CRONOLÓGICA NOS ACONTECIMENTOS, OU SEJA, QUE ELES SEJAM ORGANIZADOS SEGUINDO A ORDEM EM QUE OS MESES SE SUCEDEM.

MÊS JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL

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DIA

EVENTO


MÊS

DIA

Orientações

EVENTO

Como curiosidade, conte aos estudantes, que as festividades sempre foram data importantes a serem esperadas; e que que os povos antigos já usavam uso do calendários especialmente para marcar festividades. Explique que o primeiro calendário que se tem registro surgiu na Mesopotâmia, mais ou menos no ano 2700 a.C. Este calendário era baseado no movimento dos astros.

MAIO JUNHO JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO 2. DE FORMA COLETIVA E SOB ORIENTAÇÃO DO PROFESSOR, ORGANIZEM UMA RODA DE CONVERSA. CADA UM DE VOCÊS DEVE CONTAR AO GRUPO QUAIS DATAS JULGAM IMPORTANTES PARA ENTRAR EM UM CALENDÁRIO QUE SEJA DE USO DE TODA A TURMA. JUNTOS, ESCOLHAM QUAIS DATAS DEVEM SER REGISTRADAS E EM QUAL PAREDE DA SALA O CALENDÁRIO DEVE FICAR EXPOSTO. 3. ORGANIZEM-SE EM GRUPOS, UM PARA CADA MÊS QUE FALTA PARA COMPLETAR O ANO. CADA GRUPO VAI MONTAR UM CALENDÁRIO DO MÊS SELECIONADO EM UMA FOLHA DE PAPEL COLORIDO, INDICANDO TODAS AS FESTIVIDADES DA COMUNIDADE E DA ESCOLA QUE OCORREM NO MÊS. 4. DEPOIS DE PREENCHIDOS TODOS OS MESES, ORGANIZEM A MONTAGEM DO CALENDÁRIO NA PAREDE. NÃO ESQUEÇAM QUE OS MESES DEVEM SER INSERIDOS NA ORDEM TEMPORAL, OU SEJA, NA SEQUÊNCIA EM QUE OCORREM. 5. TERMINADO O CALENDÁRIO, LEMBREM-SE DE CONSULTÁ-LO TODAS AS SEMANAS, PARA QUE NÃO SE ESQUEÇAM DE NENHUM ACONTECIMENTO IMPORTANTE. CASO SURJA UM EVENTO QUE NÃO TENHA SIDO PLANEJADO PELA TURMA, VOCÊS PODEM INSERI-LO DEPOIS.

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5

Sobre esta unidade

O principal objetivo é que o estudante tenha a oportunidade de realizar comparações com realidades habitacionais diferentes da vivenciada por ele. Essa unidade permitem a adoção de diferentes tipos de habitação como fontes de pesquisa, além de fornecerem subsídios para tratar do trabalho e da sustentabilidade da comunidade.

Casas e moradas

As unidades 5 e 6 trazem como referência o estudo dos tipos de moradia, dos modos de viver e das transformações e permanências dessas noções no transcorrer da história do Brasil. Partindo da realidade do aluno (Unidade 5) e efetuando comparações com outras realidades, essas duas unidades permitem o uso de diferentes tipos de habitação como fontes de pesquisa, além de fornecerem subsídios para tratar do trabalho e da sustentabilidade da comunidade. As Unidades 5 e 6 mobilizam as seguintes habilidades: EF02HI03, EF02HI10, EF02HI08 e EF02HI11.

GOODSTUDIO/SHUTTERSTOCK

A Unidade tem como ponto de partida os tipos de moradias, os diferentes modos de viver, e as transformações e permanências ocorridas nas habitações em território brasileiro.

UNIDADE

Esses conteúdos são importantes para que os estudantes consigam perceber que a habitação tem uma função sóciohistórica, e que compreendêlas traz significado e identidade para o nosso cotidiano, o modo como moramos é parte da nossa identidade, e a forma como as diferentes regiões moram, continuem características da brasilidade. Habilidades trabalhadas: / EF02HI04 / EF02HI08 / EF02HI10 / EF02HI11 EF02HI03

Objetivos da unidade • Descrever a importância das moradias. • Identificar diferentes tipos de moradias. • Identificar a diversidade das moradias, uma vez que são relacionadas ao local onde foram construídas, às pessoas que as habitam, bem como às culturas, costumes e condições socioeconômicas de seus moradores. • Relacionar a construção de moradias e a ocupação do espaço pelos seres humanos com suas consequências ambientais. 68

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Proposta pedagógica O tema central desta unidade são as diferentes formas de moradia existes no Brasil, a forma como elas evidencia a identidade de seus moradores e da região onde vivem e o quanto contribuem para formação da identidade brasileira. Para isso, buscamos proporcionar ao estudante a oportunidade de comparar imageticamente diferentes moradias. Compreender esses importantes tópicos ajuda o estudante a aprofundar em seu reconhecimento identitário e compreender as principais características da comunidade local da qual faz parte e as mudanças e permanências dessas habitações, tema que será aprofundado na próxima unidade.


Embora a pergunta seja direta e referente à uma imagem específica, você pode ampliar a percepção de que “a casa” não é somente uma construção, mas ela feita também das expectativas, sonhos e projetos de seus futuros moradores. Questione, o que vocês imaginam que os futuros moradores sentem em relação á casa? Em geral, a resposta irá falar das expectativas do próprio estudante e de sua cultura familiar. Caso alguém responda, que não. Questione o motivo desse posicionamento; muitas vezes a resposta pode estar atrelada ao fato de aparentar ser uma casa muito grande, e isso estar distante da realidade do estudante. Se identificar esse motivo, de forma simples, conte ao grupo, que a função da moradia será abordada ao longo da unidade, e que você acredita que até o fim dela, eles mudarão de ideia, pois aqui estamos falando de moradia de força ampliada e não somente de uma construção arquitetônica.

Para começar... 1. Na imagem, o que as pessoas estão construindo? Conte aos colegas como você chegou a essa conclusão. Espera-se que os estudantes percebam que se trata da construção de uma casa.

2. Você acha que seria possível morar nesse lugar, depois de construído? Por quê? Espera-se que os estudantes

indiquem que sim, pois a construção pode ser usada como abrigo, entre outras funções.

3. Se você tivesse de representar por meio de um desenho o lugar onde gostaria de morar, como faria? Desenhe no caderno o lugar onde gostaria de morar. Resposta pessoal.

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Permita que o estudante sonhe, coloque suas expectativas, mesmo as mais fantasiosas; acolha todas as respostas, dê voz para todos os sonhos e desejo do grupo.

Pré-requisitos

• Compreender a função social da moradia. • Ter repertório para identificar diferentes materiais utilizados na construção civil. • Ter repertório para poder compartilhar com o grupo sobre o seu entorno social, condições de explicar como é a sua moradia e as moradias próximas à sua casa. • Demonstrar curiosidade e iniciativa para dialogar, expressar opiniões e compartilhar histórias.

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Orientações Para iniciar o estudo, se possível, apresente à turma fotos de moradias, privilegiando, por exemplo, os tipos de habitações mais comuns do local onde fica a escola. Ao trabalhar o tema apresentado nesta página, atente-se para casos específicos, como de crianças que vivem situações domésticas diferenciadas ou que estejam passando por momentos emocionais específicos com suas famílias e/ou em suas moradias. Tenha o cuidado de incluir esse estudante no tema e ajudá-lo a interagir, mas respeite caso ele apresente resistência. Proponha, por exemplo, que ele descreva o que gostaria de estar vivendo e pense sobre isso, como gostaria que fosse sua casa hoje e no futuro.

1 Diferentes jeitos de morar As moradias podem ser de diferentes tipos e tamanhos. Há pessoas que moram em casas e outras que moram em apartamentos. Há moradias que se localizam em grandes cidades e outras que estão no litoral. Há moradias no campo e até no meio da floresta! 1 Como é a sua casa? Marque com um X as opções que definem sua moradia. Resposta pessoal. O objetivo dessa atividade é aproximar o tema da realidade dos estudantes. Aqui, eles começam a pensar a própria Pequena. moradia e em como vivem.

Grande.

Sobrado (com dois pisos). Apartamento (fica em um prédio com vários andares).

Fica numa rua movimentada. Fica num lugar bem tranquilo. Fica perto de um rio. Fica perto de uma floresta. Térrea (com um único piso).

Fica perto de várias outras casas e construções. Fica em uma região com muito comércio.

2 Recorte em revistas ou jornais imagens de dois tipos de moradia que você conhece e

cole-as abaixo. Escreva como são e o lugar onde estão localizadas.

Avaliação Observar as respostas do estudante para essa questão, pois pode ajudar a identificar se ele quais são suas referências, o que ele compreende da função social de uma moradia. Trata-se de uma oportunidade de mapear conhecimentos prévios dos estudantes.

Cole aqui

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Cole aqui

O objetivo dessa atividade é explorar o conhecimento prévio dos estudantes. As imagens não precisam ser necessariamente de residências, podem ser de diferentes tipos de edificação.

Atividade complementar

Música na sala de aula Caso seja possível, reproduza para os estudantes a música “A casa é sua” (ANTUNES, A. e ORTINHO. In. Ao vivo lá em casa. Rosa Seleste/ Universal Music Publishing/ Humaitá Edições Musicais 2011.). Nesta canção, o eu lírico enumera uma série de elementos presentes em sua casa para, então, explicar a ausência de um ente querido. É possível trabalhar com os estudantes a letra da canção relacionando-a à vida cotidiana deles. Será que existe algum parente que partiu e faz falta no cotidiano da família? Quem é esse ente querido? A letra e a música podem ser encontradas no site oficial do artista Arnaldo Antunes (disponível em: <www. arnaldoantunes.com.br/new/sec_discografia_list.php?view=57>, acesso em: 07 ago. 2021). 70


Minha casa

ULISSES FIGUEIREDO/YAN

De todos os lugares que você conhece, um deles é especial: a sua casa. Em casa, encontramos companhia, aconchego e proteção. Também trocamos afeto e respeito e aprendemos um montão de coisas, por exemplo, a colaborar com as pessoas mais próximas. É em casa que guardamos nossos pertences, como roupas, objetos brinquedos e livros.

Dentro do possível, busque explicar que existe uma rede de solidariedade, e no caso da criança, a escola é parte dessa rede. Mas se o estudante contar algo realmente desrespeitoso ou que o deixe em vulnerabilidade, é importante reportar a situação aos gestores, para que seja pensada de forma conjunta uma forma de ajudar essa criança, não é incomum precisar do auxílio do conselho tutelar.

Avaliação Observar as respostas do estudante para essa questão, pois trata-se de uma questão subjetiva, por meio dela, você pode inferir sobre o meio em que o estudante mora e como são suas relações parentais. Resposta pessoal. Aqui, os estudantes poderão trocar experiências pessoais e perceberem que cada pessoa vive de um jeito diferente e que possuem configurações familiares diferentes também.

1 Escreva uma frase expressando o que você sente quando pensa em seu lar. Resposta pessoal. Permita que os estudantes se expressem livremente. É um momento de fala muito importante.

2 Incluindo você, quais pessoas moram na sua casa? Quais são os nomes delas? Resposta pessoal. Os estudantes poderão trocar experiências pessoais e perceber que cada pessoa vive de um jeito

Habilidade trabalhada:

diferente e tem configurações familiares diferentes também.

EF02HI08

3 Como a sua casa é por dentro? Tem um cômodo ou mais? É colorida? Quantas portas

tem? E janelas? Tem corredor? Coloque a memória para funcionar e desenhe em uma folha avulsa a parte interna da sua casa. Caso seja possível, faça uma exposição dos desenhos. Permita que os estudantes troquem suas experiências. 71

Orientações Se considerar oportuno, faça uma roda de conversa com os estudantes sobre o tema da moradia. É importante problematizar a questão ligada aos diferentes tipos existentes. Uma casa grande e bonita não é necessariamente melhor do que uma moradia simples. Além disso, chame a atenção para o fato de que as moradias também são diferentes porque cada tipo atende às demandas de seus moradores, da região onde eles residem e de sua cultura. Use como exemplo as casas de palafitas (típicas de regiões onde existem cheias e vazantes de grandes rios, no Brasil e em outros países do mundo, como a Indonésia, por exemplo) ou as moradias comunitárias de alguma nação indígena. Habilidade trabalhada:

Caso seja possível, faça uma exposição com os desenhos. Permita que os estudantes troquem suas experiências.

Tema contemporâneo Aproveite a oportunidade e relembre aos estudantes, que ter uma moradia é um direito previsto pela Constituição Federal de 1988, o direito à moradia é uma obrigação comum da União, dos estados e dos municípios. Trata-se de um dos direitos sociais dos cidadãos.

EF02HI04

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Orientações

Vários tipos de moradia

A habilidade de comparação é de grande importância para o ensino de História. Nesse sentido, os estudantes devem ser instrumentalizados ao longo de sua vida escolar a estabelecer relações de comparação sem emitir juízos de valor. Dessa forma, ajude-os a definir essas relações entre as casas representadas nas páginas e as suas próprias sem juízo de valores.

Veja alguns exemplos de moradia no Brasil. As populações que vivem em regiões que têm cheias dos rios, em geral, produzem construções resistentes aos movimentos das águas, como as palafitas. Nelas, as casas são construídas em cima de estacas e, assim, ficam protegidas das águas quando o rio enche. Muitas populações indígenas vivem em aldeias, em moradias coletivas feitas de galhos, troncos de árvores, palhas e folhas. Essas moradias são bastante resistentes e duram muitos anos. As moradias mais comuns no Brasil são as chamadas casas de alvenaria, construídas com tijolos. Elas podem ser térreas ou com mais de um andar, os chamados sobrados. RUBENS CHAVES/PULSAR IMAGENS

DIVERSIDADE CULTURAL

Ocas em aldeia da etnia Enawenê-Nawê, em Juína (Mato Grosso), 2020. 72

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LUIS WAR/SHUTTERSTOCK

MARCOS AMEND/PULSAR IMAGENS

Palafitas na margem do Rio Solimões, em Careiro da Várzea (Amazonas), 2019.

Casa de alvenaria, em Congonhas (Minas Gerais), 2020.


Orientações

JOA SOUZA/SHUTTERSTOCK

Em algumas cidades brasileiras vivem tantas pessoas que não há espaço suficiente para que todas elas construam casas. Uma das soluções para esse problema foi a criação de prédios de apartamentos, onde várias moradias são construídas umas sobre as outras. Além desses, há muitos outros tipos de moradia, que variam de acordo com o lugar e as pessoas que vão morar nelas.

Mostre para os estudantes que a foto é recente e que, apesar de a técnica de taipa ou pau a pique ser muito antiga, ainda hoje é usada em diferentes partes do Brasil. Ela está sendo retomada em certas regiões, pois agride menos o meio ambiente do que outras técnicas de construção. Habilidade trabalhada: EF02HI11

Nestas duas questões o estudante está sendo estimulado a pensar a sua própria moradia a partir da imagem. Auxilie o estudante na leitura desta cena, sempre acentuando a existência de uma enorme variedade de casas, conforme gostos, recursos financeiros, condições climáticas, entre outros aspectos.

Prédios residenciais, em Salvador (Bahia), 2021.

1 Você sempre morou na mesma casa? Resposta pessoal.

Sim.

Não.

2 Do que você mais gosta na sua moradia? Resposta pessoal.

Habilidade trabalhada:

3 Do que você menos gosta em sua moradia?

EF02HI08

O objetivo é fazer os estudantes perceberem que as técnicas e os materiais mudam com o passar do tempo. Assim, muitos dos materiais que existem hoje não existiam anos atrás.

Resposta pessoal.

4 Converse com um adulto que mora com você e faça as perguntas a seguir.

a) Você sempre morou nesta casa? b) Se não, como era a casa onde você morou quando era criança? c) O que essa casa e a outra têm em comum e de diferente?

Avaliação

d) Você tem alguma história para contar que tenha acontecido nesta casa? • De acordo com o que você pode compreender da entrevista, a casa onde você mora faz parte da sua história familiar? Explique a sua opinião. Espera-se que os estudantes respondam que sim, pois parte da história deles está ocorrendo nesse lugar.

73

Para ampliar

Taipa de pilão nos dias de hoje A taipa de pilão é uma técnica de construção que consiste em comprimir a terra em formas de madeira, chamadas de taipais, onde o barro é compactado e disposto em camadas de aproximadamente quinze centímetros de altura, criando, assim, uma estrutura resistente e durável. A taipa de pilão é considerada, nos dias de hoje, uma técnica de construção sustentável e ecologicamente correta, pois não utiliza nenhum tipo de matéria-prima que degrade a natureza e não produz resíduos. Dessa forma, essa técnica típica do Brasil, que tem mais de 200 anos de existência, continua sendo empregada, mas com novo significado nos dias de hoje.

Observar as respostas do estudante para essa questão, pois a partir dela você poderá identificar a autonomia dele no quesito entrevista, planejamento e organização; você poderá identificar se ele consegue retornar com o material sistematizado, com todas as respostas, e consegue explicar o que foi dito à ele.

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De olho no sujeito

Orientações

AS MORADIAS E SEUS CONSTRUTORES Para construir os diferentes tipos de moradia que existem, é necessário o trabalho de várias pessoas. Nas comunidades indígenas, por exemplo, os homens da aldeia são os responsáveis por construir as moradias. LUCIOLA ZVARICK/PULSAR IMAGENS

Aproveite a oportunidade para olhar de forma interdisciplinar para o tema, pois trata-se de uma oportunidade para lançar conhecimento da Geografia, que também é ensinada por meio de representações gráficas e ou fotográficas, para construir, por exemplo, representações cartográficas. Nas séries iniciais é essencial fazer uso de materiais relevantes destinados a leitura e a interpretações, para aprender a fazer croquis, por exemplo.

Oca em construção na aldeia Piyulaga da etnia Waurá. Esse tipo de construção é estruturado com troncos da árvore Pindaíba. Parque Indígena do Xingu, Gaúcha do Norte (Mato Grosso), 2019.

Nas cidades há diversas formas de construir moradias. Muitas vezes, são os próprios moradores que se encarregam da construção de sua casa, que pode ser feita em mutirões. Um mutirão é a união de várias pessoas para executar um serviço gratuitamente, para ajudar o outro. Essa ação traz benefícios para a comunidade, pois muitas vezes o futuro morador não tem recursos para contratar profissionais da construção. 74

Atividade complementar

Conversa com construtores No Brasil, é muito comum que as pessoas construam as suas próprias casas ou ajudem os vizinhos a construírem suas habitações. Também, é bastante corriqueiro a construção de moradias por meio de sistemas de mutirão, a partir da mobilização e organização de diferentes famílias. Converse com os estudantes tentando identificar como suas casas foram construídas. Caso haja a experiência de alguma família que tenha construído a sua própria moradia, convide-a para contar essa experiência à turma. Essa atividade visa a promover uma integração entre as famílias e a escola, além de permitir que os estudantes percebam que eles e suas famílias são sujeitos ativos na construção da História do tempo presente (tanto local quanto do sistema de moradia na região e no país). 74


HENRIQUE NISHIMURA/SHUTTERSTOCK

Orientações Chame a atenção dos estudantes para a importância de trabalhadores que possuem saberes ligados tanto à construção quanto à manutenção de casas. Se considerar oportuno, pergunte a eles se alguém em suas famílias exerce as profissões citadas (ou semelhantes) no depoimento do senhor José.

Mutirão para construir moradias em Planalto (Rio Grande do Sul), 2018.

Você sabia que construir moradias é a profissão de muitos trabalhadores? Conheça alguns deles: • Apontador de obras. • Mestre de obras. • Armador. • Pedreiro. • Carpinteiro. • Pintor. • Eletricista. • Servente ou ajudante de obra. • Engenheiro. • Técnico em construção civil. • Gesseiro. ALF RIBEIRO/SHUTTERSTOCK

Fale que esses saberes podem ser aprendidos em cursos ou no próprio fluxo do trabalho (observando, experimentando e sendo ensinado por aqueles que dominam essas técnicas de trabalho) e que, apesar de muitas vezes serem vistos como trabalhos de status inferior (e, portanto, com ganhos econômicos inferiores), são ligados a habilidades e funções muito importantes. Habilidades trabalhadas: / EF02HI11

EF02HI10

Resposta pessoal. Permita que os estudantes troquem experiências pessoais e compartilhem seus conhecimentos.

Na construção desse prédio na cidade de São Paulo (São Paulo), podemos ver diversos trabalhadores.

E você, conhece algum trabalhador da construção civil? 75

Para ampliar Introduza o tema dos recursos naturais, esse é um momento propício, poiso ramo da construção civil tem grande impacto na extração de recursos naturais, entre esse recurso, á agua. Conte aos estudantes que a água doce, que não representa mais de 3% do total de água em estado líquido no planeta segundo especialistas, se continuarmos desperdiçando este recurso natural, no futuro, a falta de água doce poderá ser um dos maiores colapsos ambientais enfrentados pela humanidade. É importante que o estudante inicie um processo de reflexão sobre a enorme quantidade de

recursos naturais que utilizamos todos os dias para manter um estilo de vida com base no conforto e no consumo, bem como assimilar um repertório de medidas que podem ser tomadas para evitar o desperdício desses recursos, entre eles, escolher produtos, materiais e tecnologias que tenham como objetivo preservar os recursos naturais, inclusive na construção civil, entre esses materiais podemos citar: • • • •

Concreto sustentável. Telhas ecológicas. Blocos de entulho. Madeira manufaturada.

• Madeira plástica. • Cimento ecológico. • Tintas minerais

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As atividades propostas aqui pretendem estimular o estudante a refletir sobre os serviços de água e energia elétrica. Em geral, as residências contam com esses dois serviços mediante pagamento. Mas, no Brasil, especialmente, ainda há pessoas que vivem sem água encanada e energia elétrica. Embora esses serviços sejam essenciais no cotidiano de qualquer um, são custosos e dependem de iniciativas públicas e privadas para implementação e manutenção. Muitas vezes os estudantes não se dão conta de que a energia elétrica possibilita o funcionamento de muitos equipamentos e outros serviços, por exemplo, elevador, metrô, internet, escada rolante, etc. Também podem não ter clareza sobre o fato de que esses serviços não estiveram sempre disponíveis para todos. Através dessas questões, faça uma roda de conversa antes das atividades propostas, como um modo de sensibilizá-los para as discussões que realizarão em grupo. Se houver tempo e o grupo estiver envolvido, crie uma exposição com os cartazes para que sejam compartilhadas experiências e conclusões.

Avaliação Observar as respostas do estudante para essa questão, pois a partir você poderá identificar o que ele sabe sobre consumo inteligente e preservação do ambiente. Trata-se de uma excelente oportunidade para estimular a troca de informações para que todos se beneficiem dos conhecimentos do grupo. Habilidades trabalhadas: / EF02HI10 / EF02HI11

EF02HI03

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2 Na minha casa, eu preciso de... Como você completaria o título acima? Pode ser que sua resposta se torne uma grande lista, pois cada pessoa tem necessidades próprias para morar e se sentir bem. No entanto, alguns itens são essenciais. Água encanada e energia elétrica são alguns exemplos. ULISSES FIGUEIREDO/YAN

Orientações

Respostas de acordo com a localidade 1 Agora, em grupo, conversem sobre os seguintes pontos: e a realidade de cada estudante.

a) Em quais situações cotidianas usamos a água encanada e a energia elétrica? b) Será que a água encanada e a energia elétrica sempre existiram? c) Esses serviços estão disponíveis em todas as moradias? 2 Ao final da conversa, elaborem um cartaz com imagens e legendas explicando as

conclusões do grupo. 76

Para ampliar

Saneamento básico e desperdício de água Conte ao grupo de estudantes sobre a importância dos recursos naturais em nosso dia a dia. A água, por exemplo, é indispensável para a sobrevivência de todos os seres vivos também, além de ter grande importância nas produções das indústrias e do agronegócio, por exemplo. Assim, a preservação dos mananciais hídricos diz respeito à manutenção da vida, e também a saúde da economia. Enfatize, pois é importante promover a compreensão, de que os recursos naturais só existem enquanto sistema. Não existe solo sem as florestas, florestas sem água e vida sem ambos. É o equilíbrio do sistema planetário que permite a existência da humanidade.


Orientações

É comum que uma casa seja a moradia da mesma família por várias gerações, passando de pais para filhos e de filhos para netos. Quando isso acontece, a própria casa é um documento que marca a passagem do tempo na vida dessas pessoas.

Conte aos estudantes que ter uma casa adaptada, que possa atender as necessidades os moradores, é um direito dignificante, traz a sensação de pertencimento, permite que a pessoa crie laços com o ambiente e sinta-se acolhido.

MONKEY BUSINESS IMAGES/SHUTTERSTOCK

Muito tempo na mesma moradia

Respostas pessoais. Aproveite a oportunidade para conhecer melhor a realidade de vida dos alunos. Algumas respostas podem ser parecidas; outras, bem diferentes. Valorize as diferenças nos modos de vida de cada aluno.

Luana mora com os pais e os avós na mesma casa em que o avô dela morou.

CAPTUREPB/SHUTTERSTOCK

Com o passar do tempo, a casa pode precisar de reformas, seja para consertar coisas que quebram com o passar dos anos, seja para atender a novas necessidades dos moradores da residência. Essas novas necessidades podem ser, por exemplo, a construção de novos cômodos para uma família que cresceu.

Para receber mais moradores, algumas pessoas ampliam suas casas, transformando os cômodos. 1 A casa em que você mora já passou por alguma reforma ou adaptação para melhor

atender às necessidades da sua família? Se sim, conte aos colegas e ao professor quais foram essas mudanças. Resposta pessoal. 77

Para ampliar Adaptar a casa para idosos, ou pessoas com deficiências físicas, é fundamental para garantir ambientes mais confortáveis, acolhedores e seguros no dia a dia. Em geral, as adaptações mais necessárias são: • banheiros com barras de apoio que garantem suporte durante o uso dos sanitários. • Alarme que possa ser acionado a pessoa sofra um acidente dentro do banheiro.

• • • •

Piso emborrachado. Porta mais larga que o tamanho padrão. Tomadas mais altas que a altura padrão. Rampas de acesso, principalmente na entrada da casa e para acesso a quartos, banheiros e cozinha. • Móveis sem quinas para evitar acidentes corriqueiros. • Portar mais largas que o tamanho padrão. • Boa iluminação para evitar acidentes em pessoas com perda de visão total ou parcial.

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Juntar saberes 1 Em casa, encontramos afeto, partilhamos os pertences da família e temos também

Agitando o coração Se você quer ficar bem Na casa onde mora, Pense nos outros também, Mas faça isso agora!

ALIA88/SHUTTERSTOCK

alguns deveres. Às vezes, porém, ocorrem conflitos com as pessoas com quem moramos. Veja o que diz este poema.

Todos cuidam uns dos outros Mesmo tendo discussão. O irmão quer videogame, A irmã, televisão. O que importa sua vontade Se alguém vai ficar triste? Pense bem e de verdade: Pra que uma família existe? Ela existe pra mostrar Pra gente uma lição. Um sozinho é muito pouco Ninguém quer a solidão. Poesias para crianças, de Evelyn Heine. São Paulo: Todo Livro, 2004.

• Reescreva um novo final para o poema “Agitando o coração”. Para isso, substitua a última estrofe respondendo à pergunta: Para que uma família existe? Resposta pessoal. Se for preciso, retome com os estudantes a estrutura do poema (versos, estrofes e rimas) integrando conhecimentos de Língua Portuguesa. Na estrofe produzida por eles, observe se conseguem elaborar as rimas. Dê maior importância à expressão das ideias.

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Avaliação formativa A realização das atividades desta seção que fecha a Unidade irá continuamente possibilitar que você verifique a aprendizagem dos estudantes em aspectos emocionais e familiares ligados às moradias, os diferentes tipos de moradias e suas funções, os impactos ambientais da construção de moradias e a relação entre as diferentes culturas e suas moradias. Se os estudantes conseguirem realizar de maneira satisfatória a atividade 1, significa compreenderam a função socioemocional do lar, embora seja um tema 78

subjetivo, a realização da atividade indica que o estudante conseguiu adquirir tal condição e abstração. A atividade 2 contribui para que você identifique o posicionamento do estudante frente aos temas ambientais, pois embora ele não tenha a menor condição de determinar sobre esse tema no âmbito familiar, seu posicionamento em suas respostas, podem evidenciar o que eles compreendem sobre a importância de desenvolver um modo de vida sustentável. É importante integrar os conteúdos trabalhados na unidade com a questão da identidade local, pois a forma de morar é parte da cultura da localidade, e compõe a cultura brasileira.


STUDIOPORTOSABBIA/SHUTTERSTOCK

2 No Brasil, os resíduos da construção civil

são responsáveis por mais da metade do volume de resíduos sólidos gerados nas cidades. Observe a fotografia e responda às perguntas.

a) Você já viu caçambas como essa próximo à sua casa ou nos arredores da escola? Resposta pessoal. Sim.

Durante reformas e construções, os resíduos são colocados em caçambas para depois serem descartados.

Não.

Orientações Conte aos estudantes que em algumas cidades do Brasil existem coleta seletiva organizada pelo poder municipal, às vezes em parceria com catadores e usinas de reciclagem. Caso exista esta iniciativa em sua cidade, valorize esta experiência e faça uso desse serviço sempre que possível.

b) Em sua casa já foi feita alguma reforma que gerou grande quantidade de resíduo? Em caso afirmativo, como sua família eliminou esse material? Resposta pessoal. c) O que você imagina que é possível fazer para diminuir os resíduos na construção?

Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes mencionem a reutilização de materiais, a reciclagem do que pode ser reutilizado, especialmente, para a montagem do canteiro de obras. LUCIOLA ZVARICK/PULSAR IMAGENS

DELFIM MARTINS/PULSAR IMAGENS

3 Observe as fotografias das moradias dos indígenas e responda ao que se pede.

Interior de oca da etnia Waurá da Aldeia Piyulaga. Parque Indígena do Xingu, Gaúcha do Norte (Mato Grosso), 2019.

Estrutura de oca na Aldeia Aiha da etnia Kalapalo. Parque Indígena do Xingu, Querência (Mato Grosso), 2018.

a) De quem são as moradias mostradas nas fotografias? A primeira é dos indígenas Wuará e a segunda é dos indígenas Kalapalo, ambas etnias que vivem na Terra Indígena do Xingu, no estado de Mato Grosso.

b) Quais são os materiais utilizados nessas construções? Espera-se que os estudantes identifiquem pelo menos palha e madeira. 79

Atividade complementar

Habitações indígenas Caso julgue oportuno e em sua escola haja um laboratório de informática, desenvolva uma atividade de pesquisa na internet sobre os diferentes tipos de habitações indígenas. O Instituto Socioambiental desenvolve um projeto chamado Povos Indígenas no Brasil Mirim, por meio do qual fornece conhecimento e dados sobre a população indígena brasileira. Este projeto é destinado especificamente ao público infantil, os textos são concisos e as imagens e esquemas são precisos e diretos. Sugira aos estudantes que visitem o link sobre as habitações indígenas (disponível em: <https://mirim.org/como-vivem/ casas>, acesso em: 07 ago. 2021>, consultem os diversos tópicos e por fim redijam um texto que explique os diferentes tipos de habitações indígenas. Essa atividade pode ser desenvolvida em pequenos grupos, além disso promove um trabalho com o tema da diversidade cultural. 79


Sobre esta unidade A Unidade tem como ponto de partida o tema moradia, sua origem e história, a partir da perspectiva do presente e da vivência dos estudantes.

6

UNIDADE

As moradias no tempo

O principal objetivo é que o estudante tenha a possibilidade de conhecer diversas formas de moradia de antigamente para que estabeleçam uma relação de comparação entre o presente e o passado, em diferentes momentos e lugares. Esses conteúdos são importantes para que os estudantes consigam ingressar de fato em estudos e conhecimentos científicos da disciplina História. Essa unidade proporciona a compreensão da formação das primeiras comunidades, e permite que os estudantes percebam as relações entre passado e presente, assim como as rupturas e as permanências.

Sábio trabalhando no seu gabinete, de Jean-Baptiste Debret, 1827. Aquarela sobre papel, 16 cm × 21,2 cm. 80

Objetivos da Unidade • Identificar diversas tecnologias ligadas à moradia e ao bem-estar no passado e no presente. • Entender como os grupos de seres humanos providenciaram suas primeiras moradias durante o Paleolítico e as mudanças ligadas ao processo de sedentarização. • Identificar o processo de formação das primeiras vilas e cidades. • Caracterizar brevemente os tipos de moradias dos indígenas quando os europeus chegaram ao atual Brasil. Habilidades trabalhadas: E F 0 2 H I 0 3 E F 0 2 H I 0 4 E F 0 2 H I 0 8 E F 0 2 H I 1 0

80


FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL, RIO DE JANEIRO.

Para começar...

Rede, globo, livros, quadros, papéis, armário, cadeiras, caneta-tinteiro, tinteiro, mesas. O objetivo da atividade é relacionar o tema da imagem com o cotidiano dos alunos. Ajude-os nessa comparação, alertando que se trata de um trabalho remunerado. Hoje, há muitos que trabalham em casa em condições semelhantes. Que objetos essa pessoa utiliza para realizar suas tarefas? Como é o ambiente de trabalho dela? Quais as diferenças e semelhanças com relação à realidade mostrada na imagem? É provável que os estudantes mencionem que hoje as pessoas usam produtos industrializados e tecnológicos, o que não ocorria há duzentos anos ou mais. Note que alguns elementos estão presentes nos dois tempos, embora a aparência ou o material de que são feitos tenha mudado. Durante a conversa, anote os comentários da turma na lousa. Depois, dê-lhes tempo para que registrem as conclusões em seus cadernos.

1. Rede, globo, livros, quadros, papéis, armário, cadeiras, caneta-tinteiro, tinteiro, mesas.

1. Quais objetos estão presentes na imagem? 2. Você tem algum parente que trabalha de forma remunerada no espaço de casa? Em caso positivo, conte aos colegas: Resposta pessoal. a) como é o ambiente de trabalho dessa pessoa. b) as diferenças e as semelhanças desse lugar em comparação com a imagem. 3. Observando a imagem, quais mudanças você notou em relação ao modo que as pessoas moram hoje no Brasil? Resposta pessoal. 81

81


Converse com os estudantes sobre os diferentes sentidos da palavra tecnologia. Além de definir os avanços científicos e técnicos, em especial ligados à industrialização, o termo também designa o conjunto de saberes de qualquer área. Por exemplo, os conhecimentos tradicionais sobre conservação de alimentos e purificação da água para consumo humano são considerados tecnologias e estão contidos no conjunto de saberes populares. Recentemente, uma pesquisa estadunidense apontou que o filtro de barro brasileiro é um dos mais eficientes sistemas de purificação de água que existem. Transmita essa informação à turma para que eles tenham uma ideia mais clara sobre o significado da palavra tecnologia, que nem sempre está associada ao desenvolvimento industrial.

1 O que tem dentro de casa? Atualmente, na maioria das casas brasileiras há luz elétrica e diversos tipos de móvel e de aparelho eletroeletrônico. Os equipamentos tecnológicos facilitam as tarefas domésticas. O liquidificador, por exemplo, ajuda a triturar frutas, legumes e verduras. Há equipamentos que nos ajudam a economizar dinheiro e tempo. É o caso da geladeira, que, além de nos permitir armazenar alimentos crus, ajuda a conservar a comida feita por alguns dias. OCKASLYSUN/SHUTTERSTOCK

Orientação

Habilidades trabalhadas: EF02HI03

EF02HI04

A questão permite que o estudante pense sobre o seu próprio cotidiano e investigue o seu modo de vida por meio dos objetos da casa. Com essa questão, o estudante começa a ser estimulado a pensar sobre o desenvolvimento tecnológico no tempo a partir do próprio modo de vida e dos objetos que existem em sua casa. Novamente o estudante deverá refletir sobre o desenvolvimento tecnológico no tempo e ainda será estimulado a pensar em conhecimentos alternativos para a solução de um suposto problema.

82

No Brasil, a energia elétrica começou a ser usada há cerca de cem anos. Antes da luz elétrica, muitas casas eram iluminadas por velas, candeeiros e lampiões, que ainda hoje podem ser encontrados em uso e também em museus. 1 Circule na imagem os aparelhos que usam energia elétrica. 2 Existe algum aparelho ou equipamento na sua casa que traz benefícios e sem os

quais você e sua família não poderiam viver? Qual? Resposta pessoal. A questão visa fazer os

estudantes refletirem sobre o próprio cotidiano e investigar o seu modo de vida por meio dos objetos da casa. 3 Caso esse equipamento ainda não tivesse sido inventado, existe alguma outra

tecnologia que poderia substituí-lo? Os estudantes devem refletir sobre o desenvolvimento tecnológico no tempo e ainda serão estimulados a pensar em

82 conhecimentos alternativos para a solução de um suposto problema.

Atividade complementar Retome com os alunos, na Unidade 5, a importância do acesso à água encanada e ao esgoto tratado. Divida a turma em dois grupos e solicite que façam pesquisas sobre formas de economizar água e energia elétrica em suas residências. Em seguida, em duplas ou trios, eles podem usar cartolina para fazer uma pequena campanha divulgando maneiras de economizar essas fontes de energia que causam grande impacto no meio ambiente.


Antigos objetos

Orientação Explique aos estudantes que, principalmente até o século XX, os objetos de casa eram feitos, em sua maioria, de maneira artesanal. Os artesãos e trabalhadores como marceneiros, por exemplo, faziam a peça do começo ao fim: desde a escolha da matéria-prima até a entrega ao cliente.

Atualmente, a maioria das pessoas que vivem nas cidades compra móveis industrializados. Mas nem sempre foi assim. Antigamente, muitas pessoas faziam seus móveis com materiais como madeira e couro. Quem podia pagar comprava os móveis de um artesão. Era preciso encomendar e esperar semanas até que ficassem prontos. Por isso, os móveis eram sempre conservados, e havia o hábito de consertá-los quando quebravam. Ainda hoje algumas famílias mantêm móveis antigos em casa, por gosto, estilo ou como lembrança. ROMULO FIALDINI/TEMPO COMPOSTO

No entanto, com o avanço da indústria, os objetos domésticos foram sendo substituídos por peças industrializadas, que têm como vantagem o preço menor (pois são feitas em série e em grandes fábricas), mas que, tendencialmente, têm menos qualidade. Habilidade

trabalhada:

EF02HI10

A cama patente é o primeiro modelo industrializado de cama projetado, fabricado e vendido no Brasil. Foi idealizada pelo imigrante espanhol Celso Martinez Carrera, em 1915.

• Em grupo, pesquisem em livros, revistas, jornais ou na internet e descubram

outros móveis, utensílios e objetos que eram usados nas casas antigamente. Façam desenhos ou colem as figuras em uma cartolina. Depois, escrevam para que eram usados no passado e, caso ainda existam, para que são usados atualmente. Respostas de acordo com a pesquisa.

83

Oriente a turma na elaboração da pesquisa, indicando previamente os materiais e sites de consulta. Esta atividade visa, primeiramente, a levar os estudantes a observarem a funcionalidade de peças antigas, tratando-as como vestígios materiais na investigação de hábitos e costumes nos modos de moradia passados; depois, faça-os buscar documentos que permitam a comparação entre os modos de moradia existentes no passado e os de hoje. Peças antigas ainda podem ser encontradas nas casas, em uso funcional e como decoração.

Atividade complementar Aproveite a oportunidade e proponha as seguintes advinhas relacionadas à objetos: De dia tem quatro pés

tem pernas e costas

E de noite tem seis.

e não é gente?”

Resposta: Cama.

Resposta: cadeira.

O que é, o que é:

83


Orientação

Habilidades trabalhadas: EF02HI04

EF02HI08

DIVERSIDADE CULTURAL

Algumas moradias de pessoas que deixaram contribuições para nossa cultura e nossa história tornaram-se museus. Com isso, temos a oportunidade de visitá-los e conhecer um pouco mais dos costumes da época em que aquelas pessoas viveram. Observe a moradia que pertenceu a Vitalino Pereira dos Santos, o artista conhecido como Mestre Vitalino. A casa foi construída em 1959, e nela estão expostos objetos de uso pessoal do artista, móveis, utensílios, ferramentas de trabalho, fotos da família, instrumentos musicais tocados por ele, entre outros objetos. VEETMANO PREM/FOTOARENA

Aproveite a oportunidade e conte aos estudantes, que o museu tem a função de contribuir socialmente, e para isso, oferece conhecimento, educação e entretenimento para pessoas de todas as idades e grupos nas diferentes esferas da vida social. Trata-se de um espaço que propicia a ampliação do campo de possibilidades para construção identitária, a percepção crítica da realidade cultural.

DE OLHO NO TEMPO

RITA BARRETO/FOTOARENA

Casa Museu Mestre Vitalino foi residência do artesão. Caruaru (Pernambuco), 2014.

Interior do Museu Mestre Vitalino. Caruaru (Pernambuco), 2013.

84

Para o professor BOSI, Ecléa. Memória e sociedade: lembranças de velhos. São Paulo: Companhia das Letras, 1994. Nesse livro, a autora buscou compreender as transformações ocorridas ao longo do tempo na cidade de São Paulo por meio do depoimento de idosos sobre suas vidas, entrelaçando as memórias individuais e história social. Esse livro foi indicado pelo Ministério da Educação como uma das cem obras sobre o Brasil que devem compor as bibliotecas das escolas públicas de todo o território nacional.

84


Orientação

Fachada da residência de Henrique Santos Dumont, em São Paulo (São Paulo).

FUNDAÇÃO ENERGIA E SANEAMENTO, SÃO PAULO

MUSEU DE CABANGU - CASA NATAL DE SANTOS DUMONT

Em nosso país, há muitas moradias de pessoas que se tornaram museus. Na cidade de São Paulo, por exemplo, há o Museu da Energia de São Paulo, construído entre 1890 e 1894. Esse lugar originalmente era a residência de Henrique Santos Dumont, irmão do aviador Alberto Santos Dumont e um dos homens mais ricos do Brasil daquela época.

Fachada atual do Museu de Energia de São Paulo (São Paulo). FUNDAÇÃO ENERGIA E SANEAMENTO, SÃO PAULO

Os ambientes das salas do museu nos ajudam a perceber como era a vida das pessoas ricas que moravam na cidade de São Paulo cerca de 150 anos atrás.

Interior do Museu de Energia de São Paulo (São Paulo).

1. Que características históricas essas fotografias têm em comum?

As fotografias retratam museus que foram construídos em residências de personalidades influentes na cultura e na história local.

2. Quais características trazem pistas da cultura da qual essas moradias fizeram parte? 3. Nas proximidades da sua escola existe algum prédio de valor histórico? Se sim, converse com o professor e os colegas para que cada um conte o que sabe a respeito dele. Resposta pessoal. 2. Espera-se que os estudantes mencionem os materiais usados na construção das residências e as características das fachadas, identificando que a primeira retrata uma situação de dificuldade econômica e a segunda demonstra opulência, entre outros.

85

Para o professor Museu da Pessoa No site do Museu da Pessoa, há diversos depoimentos gravados e/ou transcritos de pessoas de todas as idades e de várias regiões do Brasil nos quais o tema dos diferentes tipos de moradia aparece. Disponível em: < https://museudapessoa. org/>. Acesso em: 7 ago. 2021.

Esta atividade permite aos estudantes perceber as mudanças e as permanências expressas na fachada da casa. Tratase de uma oportunidade para questionar a função social de um museu, instituição que tem como uma das principais atribuições a preservação da memória.

Avaliação A resposta do estudante para essa questão, pode ajudar a identificar se ele tem um olhar apurado para identificar mudanças decorrentes da passagem do tempo e as transformações inerentes à ela. Espera-se que os estudantes mencionem os materiais usados na construção das residências e as características das fachadas, identificando que a primeira retrata uma situação de dificuldade econômica e a segunda demonstra opulência, entre outros. Conte aos estudantes, o que determina se um bem cultural pode ser considerado um patrimônio histórico-cultural é a sua relevância histórica para a formação da identidade de um determinado grupo social, e a importância da preservação desse bem para a manutenção cultural desse mesmo grupo social.

Avaliação: A resposta do estudante para essa questão, pode ajudar a identificar o quanto ele sabe, previamente, sobre patrimônios históricos. Aproveite a oportunidade para promover diálogos que ampliem as informações.

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Se possível, converse sobre exemplos de grupos nômades. Um dos mais conhecidos é o dos ciganos, que está presente em vários países do mundo. No Brasil, ainda hoje há pequenos grupos indígenas que vivem desse modo. Na Mongólia, um exemplo são os dukha, um grupo de pastores de renas. Esse grupo desenvolveu uma habitação bastante complexa, que se chama yurt. É uma barraca portátil coberta por peles de animais feita com treliças de madeira ou bambu. Se possível, selecione algumas fotos da internet e apresente aos alunos.

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RONALDO BARATA/QUANTA ESTÚDIO

Os primeiros grupos humanos que surgiram no nosso planeta, milhões de anos atrás, mudavam-se de um lugar para outro com frequência, ou seja, não tinham morada fixa. Para se proteger do frio e de animais que pudessem atacá-los, ocupavam cavernas, grutas e outros abrigos naturais.

Os primeiros grupos humanos habitavam cavernas parecidas com as da figura. STÓR

IA

Explique aos estudantes que os primeiros grupos humanos viveram no que chamamos período Paleolítico, sendo caracterizados pelo nomadismo e pela produção de instrumentos de pedra lascada. Foi posteriormente, o processo de sedentarização, ocorrido na Revolução Neolítica estabeleceu uma nova etapa no modo de vida do ser humano. A grande disponibilidade de alimento fez com que pudessem morar em um só lugar durante um longo período de tempo, na medida em que a prática da agricultura lhe assegurava uma vida mais estável. Dessa maneira, ocorreu o aumento da população humana, que naturalmente abriu caminho para a formação de comunidades numerosas. Mas originalmente, a situação era de grande precariedade, os primeiros humanos enfrentavam grandes dificuldades climáticas e escassez de alimentos.

2 As primeiras moradias

HI

Orientações

LIVRO

• Lolo Barnabé, Eva Furnari. São Paulo: Moderna, 2010. A família Barnabé mora em uma caverna. Eles são muito criativos e gostam de inventar histórias. Esse livro pode ser encontrado nas versões impressa e digital. 1 Você conhece algum exemplo de grupo familiar que ainda hoje vive se mudando de

um lugar para outro com frequência? Resposta pessoal. 2 Suponhamos que sua família pertencesse a um grupo que se mudasse com frequência.

Na sua opinião, quais objetos não poderiam faltar na bagagem de vocês? 86

Aqui, os estudantes são estimulados a pensar sobre o seu modo de vida, identificando objetos que são imprescindíveis para a sobrevivência ou o bem-estar do núcleo familiar.

Atividade complementar Caso seja possível, após a leitura do texto e da elaboração das atividades, proponha para os estudantes a leitura de Lolo Barnabé. Esse livro mostra de maneira muito divertida o processo de transformação dos hábitos e costumes dos seres humanos. A autora desenvolve uma verdadeira linha do tempo da humanidade através da história de uma família formada pela mãe, o pai e o filho Barnabé. A leitura pode ser realizada em sala de aula ou em casa. Neste caso, sugira uma leitura compartilhada com a família


Orientações

Há cerca de 10 mil anos, diversos grupos humanos passaram a viver por mais tempo em um mesmo lugar. Naquela época, as primeiras moradias foram construídas, e os grupos começaram a viver em aldeias. As primeiras moradias costumavam ser construídas com estruturas simples de madeira cobertas com peles de animais e eram de tamanho suficiente para proteger as pessoas que moravam nelas. Também naquela época, os seres humanos começaram a plantar e colher Aldeia: lugar que alimentos e criar animais. Era por meio desse trabalho reúne uma quantidade que os grupos garantiam a moradia e a alimentação das pequena de moradias. pessoas que faziam parte da comunidade.

Conte ao grupo, que estima--se que o período Paleolítico começou há 2,5 milhões de anos e terminou por volta de 10 000 a.C., quando os seres humanos começaram a dominar técnicas de agricultura e pecuária (Revolução Neolítica). Essa transição deu origem ao processo de sedentarização, que culminou com a construção das primeiras vilas e cidades. De acordo com grande parte dos historiadores, o processo de sedentarização ocorreu primeiro na região do Oriente Médio chamada Crescente Fértil. Vários grupos humanos passaram a construir casas a partir do momento em que dominaram a agricultura e não precisaram mais se mudar em busca de alimentos. ULISSES FIGUEIREDO/YAN

O surgimento das aldeias

Algumas das primeiras aldeias eram formadas por moradias construídas com madeira e peles de animais. 1 Você vê alguma diferença entre as primeiras aldeias e a comunidade em que você vive? Espera-se que os estudantes apontem que há diferenças nos materiais e no tamanho das moradias, bem como no sistema de organização da comunidade. 2 Há alguma semelhança entre as primeiras aldeias de seres humanos e a sua comunidade? Alguns estudantes podem perceber semelhanças, principalmente os que vivem no campo. Eles podem dizer que em suas comunidades há hortas e criação de animais. Vale ressaltar que ainda hoje as moradias mantêm o caráter de espaço de proteção das famílias. 87

Sendo oportuno, compartilhe que, em geral, a maioria dos integrantes da uma aldeia eram parentes entre si, visto que algumas poucas grandes famílias formavam a comunidade de uma localidade. Também conhecidas como clãs, essas famílias se juntavam a outras para a formação de uma sociedade tribal. Nesse período ainda não existia um poder político superior, e as principais decisões eram tomadas pelo membro mais velho de cada família. Habilidade

trabalhada:

EF02HI03

Atividade complementar 1. Proponha aos estudantes uma atividade lúdica, fazer uma representação de algumas das atividades e brincadeiras que eles praticam quando estão em casa, a intenção é imitar a arte rupestre. Para isso, sigas as orientações: Materiais necessários: • papel pardo (tamanho A3 ou A4). • carvão. Como fazer 1. Amasse a folha de papel pardo e abra-a em uma parede. 2. Agora, desenhe com carvão em cima do papel. É importante, que antes de iniciar a atividade, você mostre aos estudantes algumas pinturas rupestres.

Avaliação: A resposta do estudante para essa questão, pode ajudar a identificar se estabelece a relação passado-presente, se consegue comprar e chegar à percepções lógicas.

87


Se julgar oportuno, explique aos estudantes que as cidades surgiram como pequenas aldeias às margens de rios, e com o crescimento populacional e, consequentemente, o desenvolvimento das muitas atividades necessárias para sua organização e manutenção, passaram a constituir cidades mais complexas. Um dos principais locais de surgimento das cidades foi as margens dos rios Tigres e Eufrates, na Mesopotâmia. Caso seja possível, mostre um mapa da região para os estudantes.

Vilas e cidades À medida que as aldeias cresciam, elas se transformavam em vilas. Essas comunidades eram assim identificadas porque tinham um número maior de moradores, passaram a ter comércio e alguns serviços e conseguiam produzir parte dos produtos necessários para sobreviver e continuar crescendo. ARQUIVO HISTÓRICO DO EXÉRCITO, RIO DE JANEIRO.

Orientações

Planta e mapa da antiga Vila de Ribeirão de Nossa Senhora do Carmo, cerca de 1750. Atualmente, essa é a cidade de Mariana (Minas Gerais).

Com o crescimento das vilas, surgiram as cidades, localidades maiores do que as aldeias e as vilas, com maior quantidade de pessoas, mais variedades de comércio e maior oferta de emprego e de expressões culturais e artísticas. Nas cidades também ficavam as pessoas que cuidavam da administração dela e das vilas que existiam nas proximidades. A primeira cidade do Brasil foi São Vicente, localizada no litoral do estado de São Paulo. São Vicente foi fundada como vila e posteriormente se tornou cidade. 88

Atividade complementar Peça aos estudantes que pesquisem imagens da cidade de São Vicente, litoral de São Paulo. Essa atividade de pesquisa pode ser feita em casa, com o auxílio da família, ou na escola, no laboratório de informática. Após a seleção das fotografias, montem um cartaz coletivo, a ideia é fazer uma comparação com o quadro Fundação de São Vicente, de Benedito Calixto. Assim os estudantes poderão ver na prática as transformações ocorridas ao longo do tempo, e ter uma visão atual da localidade. Caso tenha algum estudante da região, peça que conte ao grupo suas experiências e vivências na localidade.

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MUSEU PAULISTA DA USP, SP. WTONDOSSANTOS/SHUTTERSTOCK

Fundação de São Vicente, de Benedito Calixto, 1900. Óleo sobre tela, 188 cm × 379 cm.

Orientações Se julgar oportuno, conte aos estudantes que a colonização da Capitania de São Vicente aconteceu, por dois motivos, o primeiro por defesa, pois essa era uma capitania que se encontrava muito próxima dos domínios espanhóis, e o segundo, foi devido ao ouro e a prata, que haviam na região; essa característica trouxe muitos aventureiros portugueses em busca de riquezas.

Vista de praia na cidade de São Vicente (São Paulo), 2019.

Atualmente, a população de São Vicente é de mais de 350 mil habitantes. A cidade também recebe muitos visitantes para conhecer suas praias e seus pontos turísticos naturais, arquitetônicos, culturais e históricos. Na atualidade, tanto São Vicente quanto outras cidades contam com diferentes tipos de moradia, como casas térreas, sobrados, edifícios. 1 Você mora na cidade? Se sim, qual é o nome dela? Resposta pessoal. 2 Você já viajou para outra cidade? Se sim, escreva o nome dela e conte aos colegas o

que mais lhe chamou a atenção nela. Resposta pessoal. 89

Para o aluno MALTA, Therezinha; YAMAMURA, Inhandjara da Silva. A grande assembleia. São Paulo: Editora do Brasil, 2015. Essa obra mostra a importância de se responsabilizar por questões do cotidiano e de entender que, para toda ação, há uma consequência. Ele indica como as propostas de cada pessoa para melhorar e solucionar problemas cotidianos podem melhorar o convívio nos grupos sociais. Selecione trechos do livro que sirvam de alerta para o impacto das ações do ser humano no meio ambiente e leia-os em sala de aula.

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Orientações Trata-se de uma oportunidade de trabalhar de forma interdisciplinar História e Geografia; oriente os estudantes para prestar bastante atenção no trajeto, pois um dos objetivos é que conheçam o lugar em que vivem. Como é o bairro, e que pessoas moram nele. Conhecer o lugar em que se vivem é fundamental para que o estudante entenda sua própria história, e construa sua identidade.

História em ação Usando sucata, você e sua turma vão construir uma maquete de tipos de moradia que observam no lugar onde vivem. Para isso, procure cumprir as etapas descritas a seguir.

ARTE

Maquete: representação em tamanho reduzido de uma obra arquitetônica ou uma escultura.

Etapa 1 – Preparação Com a supervisão do professor e a autorização de seus responsáveis, vocês devem realizar um passeio pelo bairro para colher informações. Para o passeio, levem: caderno, canetas coloridas, lápis, borracha, régua e, se possível, câmera fotográfica (pode ser a câmera do celular). Fiquem atentos: • aos tipos de moradia existentes no local (casas térreas, sobrados, casarões, prédios, casas geminadas); • aos materiais de que são feitas (madeira, barro, pau a pique, tijolo, cimento etc.); • ao tamanho das moradias e às técnicas utilizadas nas construções.

90

90

GEOGRAFIA


Orientações

Etapa 2 – Observação do objeto Nessa etapa, é preciso anotar todas as informações necessárias para a construção da maquete. Façam desenhos e, se possível, fotografem as casas para guardar todos os detalhes.

Ao trabalhar a maquete, integre conhecimentos de Geografia e Arte. Chame a atenção dos estudantes para aspectos importantes dela, como a representação da realidade em tamanho reduzido. O trabalho deve ser realizado em grupo. Caso a turma seja numerosa, divida-a em dois ou três grupos para facilitar o desenvolvimento. Caso seja possível, mostre modelos de maquetes. Solicite permissão dos cuidadores dos estudantes para o trabalho de campo. Organize previamente a saída, com acordos preestabelecidos e preparação para o trabalho a ser elaborado.

Etapa 3 – Seleção dos materiais Para a construção das moradias, separem: • caixas de diversos tipos e tamanhos (caixas de sapatos, de creme dental, de remédio, de fósforos etc.); • papéis (sobras de papéis de diferentes espessuras, texturas e cores); • tesoura com pontas arredondadas; • cola, fita adesiva e barbante; • canetas hidrocor, lápis de cor, giz de cera e tintas.

ULISSES FIGUEIREDO/YAN

Etapa 4 – Confecção Antes de iniciar o trabalho, é importante vocês conversarem e entrarem em acordo sobre como e o que vão produzir. Se possível, desenhem em uma cartolina ou em papel Kraft um modelo da maquete. Deixem a criatividade rolar e projetem tudo que vocês esperam para ela. Ao final, com os materiais obtidos, reproduzam o desenho feito na cartolina ou no papel Kraft, com os diferentes tipos de moradia em tamanho menor que o da realidade.

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Avaliação Utilize a atividade de elaboração da maquete do bairro como uma avaliação de fechamento das Unidades 5 e 6. Ela pode, eventualmente, ser também uma avaliação de final de bimestre. Nesta atividade, os estudantes poderão refletir sobre as moradias do presente e as do passado, verificando possíveis indícios de continuidade e de ruptura. Além disso, a atividade permite observar de que modo os estudantes foram capazes de assimilar e se apropriar do conhecimento trabalhado nessas Unidades.

91


Orientações

Mudanças no jeito de morar

Quanto à pintura Homem fiando e mulher descascando cenouras, chame a atenção da turma para os elementos que mostram que as pessoas, nesse período, além de cozinhar, exerciam atividades produtivas dentro de suas casas. Retome a análise da imagem da abertura da Unidade e estabeleça uma comparação entre ambas as pinturas. Reforce com os estudantes o fato de que muitas pessoas, atualmente, trabalham em casa, em atividades remuneradas ou não. Habilidade

PALÁCIO DE BELAS ARTES DE LILLE, LILLE.

Desde a época em que os seres humanos habitavam as cavernas até as moradias de hoje, muito tempo passou, e, nesse período, diversas mudanças foram ocorrendo. Sociedades: diferentes Inúmeras sociedades se formaram e grupos de pessoas que desapareceram. Cada uma delas expressava sua cultura vivem em um mesmo tempo e espaço, e seu modo de vida também por meio das moradias interagindo e partilhando hábitos e costumes. que construíam e habitavam. Veja as imagens abaixo. PALÁCIO DE BELAS ARTES DE LILLE, LILLE

Auxilie os estudantes na leitura das imagens. Na primeira pintura, Pieter de Hooch retratou um quarto, mas não há uma cama devidamente representada. Uma das mulheres tem nas mãos roupas de cama, o que evidencia que, de fato, se trata de um quarto. É provável que ela esteja arrumando a cama. O artista preferiu focar em outras partes do cômodo, dando ênfase à luz natural. Lembre aos estudantes que no período retratado na pintura não havia energia elétrica e a luminosidade natural era muito importante para a realização das tarefas em ambientes fechados.

Homem fiando e mulher descascando cenouras, pintura do holandês Quiringh Guerritz van Brekelenkan, 1653. Óleo sobre tela, 59 cm × 77,9 cm. O quarto, pintura do holandês Pieter de Hooch, cerca de 1658. Óleo sobre tela, 50 cm × 61 cm. 1 Observe as pinturas, leia as legendas e responda:

a) Que lugar e época estão retratados nas pinturas? A Holanda, nos anos de 1653 e 1658.

b) Cite três móveis e utensílios que você observa nas imagens.

Os estudantes podem citar balde, armário de parede, máquina de fiar (manual), suporte para fios, faca, cesto, mesa lateral, cadeira.

c) Esses tipos de móvel e de utensílio ainda são usados atualmente?

Alguns são utilizados, mas seu processo de fabricação é diferente. Outros, como a máquina de fiar manual que aparece na segunda imagem, não são mais usados.

trabalhada:

EF02HI10

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a) A Holanda, no ano de 1653 e 1658. b) Balde, armário de parede, máquina de fiar (manual),suporte para os fios e faca. c) Alguns são utilizados, mas seu processo de fabricação é diferente; outros não, como esse tipo de máquina de fiar manual.

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3 Por aqui, antigas moradias

Orientações

Por volta do ano 1500, vários navios europeus cruzaram os oceanos em busca de riquezas e fortuna. Assim chegaram às terras que até então desconheciam e que hoje é o Brasil. Conhecemos muito dessa história por meio dos vestígios deixados pelos navegadores que fizeram parte dessas expedições. Um desses documentos é a carta escrita por Pero Vaz de Caminha, um dos primeiros europeus a chegar a estas terras. Leia o trecho em que ele conta como eram as casas dos indígenas que viviam aqui. [...] segundo depois diziam [os europeus que primeiro se misturaram aos indígenas], foram [...] a uma povoação em que haveria nove ou dez casas, as quais diziam que eram tão compridas, cada uma, como esta nau capitânia. E eram de madeira [...] e cobertas de palha, de razoável altura; e todas [...] sem repartição alguma, tinham de dentro muitos esteios; e de esteio a esteio uma rede atada com cabos em cada esteio, altas, em que dormiam. E de baixo, para se aquentarem, faziam seus fogos. E tinha cada casa duas portas pequenas, uma numa extremidade, e outra na oposta.

Suas casas eram compridas e altas, feitas de madeira e cobertas de palha. Não havia divisão de cômodos. Havia redes nas quais os indígenas dormiam.

Carta de Pero Vaz de Caminha. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/ download/texto/ua000283.pdf. Acesso em: 22 abr. 2021.

ULISSES FIGUEIREDO/YAN

Nau capitânia: nau é o mesmo que navio; e capitânia indica que se tratava do barco principal daquela expedição. Esteios: que são usados como sustento ou apoio. Aquentarem: aquecerem, esquentarem.

A Carta de Pero Vaz de Caminha foi escrita em 1o de maio de 1500. No entanto, só foi redescoberta por Juan Batista Muñoz por volta de 1793. Guardada no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, em Lisboa, Portugal, foi publicada pela primeira vez apenas no ano de 1817, por Manuel Aires de Casal, em seu livro Corografia brasílica.

• Descreva as moradias dos povos indígenas que aqui viviam antes da chegada dos europeus.

Suas casas eram compridas e altas, feitas de madeira e cobertas de palha. Não havia divisão de cômodos. Havia redes nas quais os indígenas dormiam.

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Orientação

Juntar saberes

É esperado que os estudantes notem que as moradias da aldeia Gavião Parkatejê são de alvenaria, diferentemente do que foi visto por Caminha.

ANDRE DIB/PULSAR IMAGENS

Aldeia Moykarakô da etnia Kayapó. São Félix do Xingu (Pará), 2015.

Interior de moradia na aldeia Quatro Cachoeiras, da etnia Paresi. Campo Novo do Parecis (Mato Grosso), 2017.

Aldeia Aiha da etnia Kalapalo. Querência (Mato Grosso), 2018.

Aldeia Bom Sucesso, da etnia Xavante. General Carneiro (Mato Grosso), 2020.

CESAR DINIZ/PULSAR IMAGENS

Se os estudantes conseguirem realizar de maneira satisfatória a atividade 1, significa que compreenderam que as moradias dos povos indígenas têm características próprias e cumprem a função de atender as necessidades esses grupos.

RENATO SOARES/PULSAR IMAGENS

A realização das atividades desta seção que fecha a Unidade irá continuamente possibilitar que você verifique a aprendizagem dos estudantes.

ele contatou logo que chegou ao Brasil, compare com as imagens a seguir e depois faça o que se pede.

DELFIM MARTINS/PULSAR IMAGENS

Avaliação formativa

1 Volte à página 93, releia a descrição de Caminha sobre as moradias dos indígenas que

a) As moradias descritas por Caminha são exatamente como as das fotografias? Explique suas percepções.

É esperado que os estudantes notem que, embora algumas fotografias guardem muitas semelhanças com as fotografias, as imagens não são exatamente iguais ao que Caminha descreveu. É esperado que os estudantes notem que as moradias da aldeia em General Carneiro são de alvenaria, bem diferentemente do que foi visto por Caminha.

b) Você já esteve em uma aldeia indígena? Em caso afirmativo, conte aos colegas como eram as moradias que você conheceu. Resposta pessoal. 94

94


GERSON GERLOFF/PULSAR IMAGENS

GORODENKOFF/SHUTTERSTOCK

2 Observe as fotografias, leia as legendas e, depois, faça o que se pede.

Editor de som trabalhando.

Contador trabalhando.

Professora trabalhando.

VLADIMIR PESNYA/SPUTNIK/SPUTNIK VIA AFP

DAVID PEREIRAS/SHUTTERSTOCK

Artesã trabalhando.

A atividade 3 permite que você identifique se o estudante conseguiu compreender a função social das moradias e identificar que elas podem ser diferentes entre si, mas todas têm a mesma função e o mesmo valor social. É importante integrar os conteúdos trabalhados na unidade com o rigor dos processos históricos, refletindo sobre a origem e o desenvolvimento das comunidades e o desenvolvimento que adquiriram ao longo do tempo.

a) O que as fotografias têm em comum quanto ao ambiente de trabalho? Espera-se que os estudantes respondam que todos os profissionais estão trabalhando em casa.

b) Cite dois aspectos positivos e dois aspectos negativos de trabalhar em casa.

ASPECTOS POSITIVOS

ASPECTOS NEGATIVOS

Resposta pessoal. PICTURE WINDOW/SHUTTERSTOCK

3 Observe as ilustrações.

a) Que função essas construções têm em comum? Todas elas são moradias.

b) Em que elas se diferenciam? Elas se diferenciam no estilo de construção e no material usado para construí-las.

c) Pinte a construção que mais se parece com a que você vive. Resposta pessoal. 95

95


Sobre esta unidade A Unidade tem como ponto de partida a temática trabalho, sua a importância sócio-histórica e algumas de suas transformações ao longo do tempo e características na contemporaneidade.

7

UNIDADE

Com trabalho, tudo se transforma

O principal objetivo é que o estudante tenha a possibilidade de compreender a importância do trabalho no cotidiano doméstico e da comunidade. Também é possível refletir sobre o mundo do trabalho dentro da perspectiva da solidariedade e de uma escolha socioafetiva, como no caso dos doutores da alegria e dos dentistas do bem. Esses conteúdos são importantes para que os estudantes consigam perceber que o trabalho constitui uma parte importante da vida do indivíduo e deixa um lastro social.

Objetivos da unidade • Entender a importância do trabalho para a sobrevivência dos seres humanos e como ele transforma a natureza. • Identificar os diferentes tipos de trabalho, as ferramentas utilizadas e suas respectivas funções na sociedade. • Compreender a importância do trabalho doméstico e desenvolver uma atitude de divisão das tarefas do lar. • Comparar os trabalhos realizados no passado aos realizados no presente, relacionando-os com os avanços tecnológicos. Habilidades trabalhadas: EF02HI04 / EF02HI10 / EF02HI11

96

Chocolate é uma delícia e faz bem. Mas tem muito açúcar e muita gordura. Então, nada de excessos, certo? 96

Proposta pedagógica O tema central desta unidade é o mundo do trabalho e suas transformações históricas. Para isso, buscamos proporcionar ao estudante a oportunidade de refletir sobre algumas profissões que de alguma forma estão ligadas ao seu cotidiano. O contexto apresentado tem a função de mostrar que o trabalho desenvolvido pelos indivíduos tem uma função social e também uma dimensão subjetiva-pessoal. O lastro social deixado pela realização do trabalho, será aprofundado na próxima unidade.


FAAK/SHUTTERSTOCK

Orientações A imagem busca incentivar o aluno, primeiramente, a se questionar sobre o processo de produção e as origens de um produto que ele conhece, e que faz parte do seu cotidiano; em um segundo momento, a intenção é compreender que, para esse produto poder ser consumido, é preciso, antes, que a matéria-prima seja cultivada e, depois, extraída, e, então, transformada. E nesse processo há o trabalho de muitas pessoas. Converse um pouco com os estudantes sobre a transformação do cacau em chocolate. Caso seja possível, desenhe na lousa um esquema simples da cadeia produtiva responsável por esse processo de transformação, desde a plantação até o produto final. Explique ainda que o cacau é um produto que se desenvolve bem em regiões tropicais (quentes e úmidas), e que faz parte da economia brasileira desde o período colonial.

Para começar...

Resposta pessoal. Converse com os estudantes sobre a

1. Você sabe do que é feito o chocolate? transformação do cacau em chocolate.

2. Você sabe quais são os trabalhadores envolvidos na fabricação do chocolate? Converse com os colegas e o professor. Resposta pessoal.

97

Pré-requisitos • Compreender que o trabalho é uma produção sociocultural. • Compreender-se como uma pessoa que se beneficia de diferentes trabalhos, realizados por distintos profissionais que compõem a sociedade. • Compreender que que o trabalho doméstico também é um trabalho desgastante e que exige uma organização própria. • Demonstrar curiosidade e iniciativa para dialogar, expressar opiniões e compartilhar histórias.

97


Ajude os estudantes a entenderem a lógica do texto. O objetivo do autor foi mostrar o esforço realizado pelo indivíduo na transformação da matéria-prima em bens necessários para a sua comunidade e para a sociedade em que está inserido. Por exemplo, o oleiro que leva o barro ao fogo é capaz de produzir o tijolo, que será, posteriormente, usado na construção de casas e outros tipos de edificações. Aponte para os estudantes que apesar de elencar uma série de profissões, o autor está mais interessado em mostrar o trabalho como um elemento transformador e não necessariamente com o sentido de atividade que garante a remuneração e a sobrevivência de quem o pratica.

1 O trabalho transforma Leia o texto a seguir. A mão do oleiro leva o barro ao fogo: tijolo. A mão do vidreiro faz a bolha de areia, e do sopro nasce o cristal. [...] A mão da [costureira] risca o pano, enfia a agulha, costura, alinhava, tece e borda. A mão do lenhador racha o tronco. Vem o carpinteiro e da lenha faz o lenho: […], corta com a serra, entalha, […] crava pregos com o martelo […] O ferreiro malha o ferro na bigorna, com o fogo o funde […]. O pintor, lápis ou pincel na mão, risca, rabisca, Oleiro: trabalhador da olaria; alinha […] traça. produz tijolos, telhas, louças O escritor […] rascunha, escreve, reescreve, de barro, entre outros objetos. Entalha: grava, esculpe. rasura, […] apaga. […] O ser e o tempo da poesia, de Alfredo Bosi. São Paulo: Cultrix, 1997. p. 56.

Bigorna: utensílio de ferro sobre o qual metais são batidos e modelados. Funde: derrete e molda.

SIDNEY MEIRELES

Orientações

Ao final da leitura, pergunte aos estudantes se eles conhecem pessoas que desenvolvem essas atividades e se já viram como essas pessoas trabalham Em uma roda de conversa, pergunte aos estudantes sobre as profissões de algumas pessoas de suas famílias. Escolha algumas das atividades citadas (de preferência, manuais) e mostre como elas transformam a realidade que nos cerca. Destaque os saberes envolvidos nessas profissões e converse com eles sobre como as diferentes atividades têm status diversos em nossa sociedade, que tende a valorizar trabalhos intelectuais e a desvalorizar ofícios manuais ou artesanais. Ajude-os a perceberem em que esses preconceitos são descabidos e não devem ser reproduzidos por nós.

98

98

Tema contemporâneo Aproveite a oportunidade e explique aos estudantes, que o trabalho é um aspecto importante da vida da população adulta, pois é por meio dele que ganhamos o sustento. Conte a eles que no artigo 6 da Constituição brasileira, o trabalho é citado como um direito de todos os brasileiros. Quando por questões políticas e/ou econômicas ocorre grande desemprego da população, as pessoas adoecem por falta de perspectiva, e por não conseguir suprir suas necessidades físicas, o índice de violência cresce e o país se torna mais desigual e sem perspectiva.


Avaliação

1 Qual é o assunto do texto da página anterior?

Observar as respostas do estudante para essas questões, pois pode ajudar a identificar se ele compreendeu o tema central do texto, essa é uma verificação essencial para identificar a competência leitora do estudante.

O texto trata do ato de transformar um material em outro por meio do trabalho.

Assinale os itens que indicam os trabalhadores citados pelo autor.

2

Pedreiro. X

Oleiro.

X

Vidreiro.

X

Costureira. Diarista.

Lenhador. X

Carpinteiro.

Professor. X

Escritor.

Motorista.

Médica.

X

Ferreiro.

Vendedora.

X

Pintor.

Oleiro, vidreiro, costureira, lenhador, carpinteiro, ferreiro, pintor e escritor.

Para o professor

Como a imagem da página anterior se relaciona com o texto?

3

O texto fala do trabalho de diversos profissionais, entre eles o oleiro e o carpinteiro. A imagem mostra parte do trabalho desses dois profissionais. 4 Agora, pense em seu cotidiano. Cite pelo menos dois produtos presentes no seu dia a

dia que são feitos por algum dos trabalhadores mencionados no texto. Os estudantes podem citar vários produtos, como tijolos e telhas (oleiros); vidros e espelhos (vidreiros); roupas (costureiras); móveis, janelas e portas (carpinteiros); quadros (pintores); e livros (escritores). 5 Você conhece outros tipos de trabalho? Quais? Esta questão leva os estudantes a refletir sobre seu cotidiano, sobre as profissões que conhecem. Ajude-os a pensar o

DEFOE, Daniel. Robson Crusoé. São Paulo: Penguin, 2012. Esse livro foi publicado originalmente no início do século XVIII, ao longo dos tempos tornou-se um clássico da literatura e também das ciências humanas. A figura de Robson Crusoé é constantemente utilizada para explicar a autossuficiência produtiva do ser humano. Ao naufragar em uma ilha deserta, o marujo inglês se vê obrigado a fabricar as próprias ferramentas, a construir sua moradia, cultivar alimentos e criar animais.

trabalho de forma abrangente, independentemente de a tarefa ser ou não uma profissão legalizada ou remunerada. Eles podem citar, por exemplo, o trabalho doméstico ou trabalhos informais. HI

IA

Ó ST R

LIVRO

• E quando crescer? O que vai ser?, de Toni Rodrigues e Susana Rodrigues. São Paulo: Bamboozinho, 2019.

Você já pensou que profissão vai ter quando crescer? Esse livro traz profissões antigas e novas para você conhecer. 99

Orientações Apesar das transformações ocorridas na esfera do trabalho ao longo do tempo e da abrangência de definições sobre o conceito trabalho, ainda hoje é bastante comum que o trabalho seja visto como uma tradição familiar. Muitos filhos ainda expressam o desejo de seguir a carreira dos pais. Nesse caso, a atividade desenvolvida pela família acaba reforçando a identidade desse núcleo diante de sua comunidade. Pergunte aos estudantes se isso ocorre nas famílias deles ou se eles conhecem famílias com essa característica. Na sequência, pergunte aos estudantes se eles pretendem seguir a carreira dos pais. Conduza a conversa em uma roda, onde todos poderão ouvir e compartilhar expectativas sobre o trabalho no futuro.

99


Perto de você

Converse com os estudantes sobre a grande importância dos trabalhos domésticos na vida de todas as pessoas. Sem esse tipo de trabalho, teríamos dificuldades para nos alimentar, vestir, descansar, etc. Explique que as atividades domésticas podem e devem ser realizadas tanto por mulheres e homens quanto por meninos e meninas. Explique que, assim como outras atividades e outros trabalhos, os serviços domésticos são aprendidos – ninguém nasce sabendo. Dessa forma, tanto meninos quanto meninas devem aprender a realizar as tarefas de casa desde a infância.

Lavar e passar roupa, limpar a casa e cozinhar são atividades chamadas de trabalho doméstico. Às vezes, contrata-se uma pessoa para realizar essas tarefas. Porém, na maior parte das famílias, são os próprios moradores da casa que se encarregam dele. Embora, nesse caso, as pessoas não recebam remuneração pelas tarefas que cumprem, tais atividades são um trabalho muito importante.

Habilidade trabalhada:

Homem e mulher fazem o trabalho doméstico juntos. 1 Complete o quadro a seguir com as atividades domésticas realizadas na sua casa e o

nome da pessoa responsável pela realização de cada tarefa.

EF02HI10

Tarefa

Responsável

A atividade busca estimular os estudantes a refletir sobre o trabalho que é executado em casa no cotidiano.

2 Você colabora com a família em quantas tarefas domésticas? Quais? Aproveite o momento para falar da importância da colaboração de todos na execução das tarefas de casa. Cada um deve ser responsável por uma parte da organização da casa. 100

Atividade complementar Peça aos estudantes relatarem para a turma o que eles registraram na atividade 2, converse sobre o sentimento de pertencimento, quando contribuímos com as atividades domésticas. Na sequência, proponha que os estudantes escrevam um bilhete de agradecimento para os adultos que que cuidam dos afazeres domésticos. Estimule o reconhecimento, a responsabilidade e a gratidão, pois a mudança social começa com o reconhecimento e a validação do papel social desempenhado pelo outro.

100

FERNANDO FAVORETTO/CRIAR IMAGEM

Orientações


b) Várias atividades ao mesmo tempo. Ela segura um papel com uma mão, digita com a

Quem faz o quê? outra, fala ao telefone, responde à pergunta feita pelo homem, tem a criança (o filho) ao

Orientações

No Brasil, é muito comum que as tarefas domésticas ainda sejam realizadas quase sempre pelas mulheres. Muitas vezes, as mulheres que exercem uma atividade remunerada também se responsabilizam sozinhas pelo trabalho doméstico não remunerado. Essa situação é conhecida como dupla jornada de trabalho, pois a mulher acumula seu trabalho fora de casa com aquele que realiza no lar.

Retome a atividade 1 da página 100. Peça aos estudantes que façam uma análise de suas respostas; em seguida, tente descobrir, entre a turma, em quais residências as mulheres fazem a maior parte do trabalho doméstico. Destas, quantas também trabalham fora de casa? De acordo com os resultados obtidos, chame a atenção dos estudantes para o fato de que existe um grande número de mulheres que cumprem jornadas duplas. Se considerar oportuno, faça um pequeno debate com os estudantes sobre os problemas dessa realidade.

seu lado, uma sacola de compras presa ao braço e uma mamadeira perto dela.

LUTE

• Leia a charge a seguir e responda às questões.

a) O que o marido está fazendo? Lendo o jornal.

b) O que a esposa está fazendo? c) O que você pensa sobre a divisão de tarefas entre o homem e a mulher retratada no quadrinho? Resposta pessoal. Incentive os estudantes a perceber que tal distribuição não é igualitária, pois a mulher acumula funções.

d) E, na sua casa, como é a divisão do trabalho entre os homens e as mulheres? Resposta pessoal. A questão estimula os estudantes a pensar sobre o seu cotidiano e o de sua família.

101

Avaliação Observar as respostas do estudante para essas questões, pois são reveladoras do contexto doméstico do estudante. Trata-se de uma oportunidade de incentivar os laços de solidariedade e empatia. Habilidade trabalhada:

EF02HI10

Explique aos estudantes que a imagem trata-se de uma charge. Esse tipo de ilustração é produzido como forma de reflexão sobre um acontecimento ou fato do presente, geralmente ligado à opinião pública. Por esse motivo, a charge tradicionalmente é uma comunicação publicada em jornais e revistas. Atualmente, é também bastante veiculada nas redes sociais. Esse tipo de desenho recorre ao exagero e ao satírico para expressar uma opinião. Caso seja possível, apresente outras charges aos estudantes e desenvolva um trabalho específico de leitura de charges. Após a explicação sobre o sentido das charges. Ajude os estudantes a lerem a charge da página. Eles devem reconhecer que enquanto o homem está lendo jornal, a mulher desenvolve variadas atividades, inclusive o cuidado com o filho do casal. Solicite a opinião dos estudantes sobre a situação retratada e pergunte se na casa deles essa situação se repete.

101


De olho no sujeito

Orientações Caso algum estudante não tenha acesso a um telefone celular ou a outro aparelho que possibilite filmar, oriente-o a fazer o trabalho como se fosse a simulação de uma entrevista que está sendo filmada, mas não deixe de dizer a ele que o registro tem de ser feito por escrito. Ajude a turma a organizar as tarefas que devem ser executadas antes, durante e depois das entrevistas. Explique que o foco dessa atividade são as profissões e seus respectivos instrumentos. Após a realização das entrevistas, se considerar oportuno, verifique, com os alunos, se houve mais de uma ocorrência de profissões, quais foram, o porquê disso, etc. Habilidade trabalhada:

Você é o repórter Aqui, você vai trabalhar como um repórter. O tema da sua matéria será o trabalho perto de você. Convide um adulto da sua família ou alguém próximo para ser o seu assistente e auxiliá-lo na execução do trabalho. Depois, escolha um segundo adulto para ser o entrevistado da reportagem. Por fim, siga as instruções para elaborar o roteiro de perguntas para a entrevista e o vídeo que você vai fazer. Preparado? Então, vamos lá! Em caso de estudantes que não tenham acesso a um

Instruções para fazer o vídeo

Seu assistente será o responsável por conduzir a câmera de vídeo, que pode ser a de um aparelho celular ou mesmo uma câmera de brincadeira, feita de caixas de papelão (nesse caso, não se esqueça de que será preciso anotar as respostas em uma folha de papel). Vocês precisam encontrar um lugar tranquilo, sem ruídos e com boa iluminação para realizar a entrevista. Se possível, escolha um lugar ao ar livre, como um parque ou uma praça, e aproveite a luz natural e a paisagem ao redor. Para que você e seu entrevistado estejam confortáveis durante a entrevista, sentem-se em um banco, no chão ou em um gramado.

EF02HI04

102

102

celular, oriente o trabalho como se fosse uma simulação de entrevista que está sendo filmada, mas não deixe de dizer a eles que o registro tem de ser feito por escrito.


Roteiro de perguntas

Caso seja possível, selecione algumas entrevistas on-line e exiba-as para a turma, para que eles se familiarizem com esse tipo de comunicação .Sugerimos o canal da TV Brasil, que reúne na internet a programação de diversas emissoras públicas brasileiras (disponível em: <https://www.youtube. com/user/tvbrasil/featured>. Acesso em: 08 ago. 2017).

Dica: faça uma pergunta de cada vez. Aguarde o entrevistado responder para fazer a pergunta seguinte.

• Qual é seu nome, sua idade e seu trabalho? • Quando escolheu esse trabalho? Por qual motivo? • Você gosta dele? • Quantas horas você trabalha por dia? • Quais são os problemas mais comuns no seu trabalho? • Quais instrumentos utiliza para trabalhar?

• Qual é a importância do seu trabalho para as outras pessoas?

Habilidade trabalhada:

Sistematização do trabalho

EF02HI10

Organizem coletivamente as entrevistas realizadas pela turma em um quadro como este: Realize esta etapa da atividade coletivamente, usando a lousa.

O trabalho perto de você: resumo das entrevistas Local de trabalho

Instrumentos de trabalho

ULISSES FIGUEIREDO/YAN

Trabalho

103

103


Explique aos estudantes que mesmo objetos que fazem parte do nosso cotidiano, como os livros, têm história, portanto, nem sempre foram (passado) como são (presente) e também não serão (futuro) como são (presente). Todos os objetos que nos rodeiam têm história. Conte que, antes da invenção da prensa por Gutenberg, os livros eram manuscritos, parecidos com os cadernos dos alunos. Foi a partir dessa invenção que os livros passaram a ser produzidos em maior quantidade, o que possibilitou que mais pessoas tivessem acesso a eles. Comente que, até pouco tempo (início do século XX), as pessoas que sabiam ler eram minoria; dessa forma, era um hábito comum que as pessoas se reunissem para ouvir histórias lidas em voz alta. Com o avanço da escolarização, ao longo do século XX, desenvolveu-se o hábito da leitura individual e silenciosa. Ou seja, nossos hábitos também têm história.

Avaliação Observar as respostas do estudante para essas questões, pois a partir dela você poderá identificar se o estudante conseguiu estabelecer a relação de mudanças x permanências, conceito essencial para a compreensão da disciplina história.

2 A produção de um livro Monges copistas: antigos O livro é um objeto muito antigo. Mas o modo religiosos que, nos mosteiros, de produzi-lo mudou bastante ao longo do tempo. eram encarregados do trabalho de transcrever e Há mais de 500 anos, ele era produzido à mão, ilustrar obras antigas. pelos monges copistas. Naquela época, a produção do livro começou a se transformar graças à tipografia, uma tecnologia desenvolvida pelo alemão Johannes Gutenberg. Era a tipografia que permitia imprimir um livro de forma mecânica e, com isso, produzir mais livros em um período menor de tempo. Com a tipografia, o preço do livro baixou, e o número de reproduções aumentou, tornando esse objeto acessível a um número maior de pessoas. MORPHART CREATION/SHUTTERSTOCK

Orientações

Monge copista. Gravura publicada no livro As artes da Idade Média e do Período do Renascimento, de Paul Lacroix, em 1870. 1 Explique o que mudou com a tipografia. O livro passou a ser impresso de forma mecânica, o que fez seu preço diminuir, aumentando o número de leitores.

104

Para o professor A biografia e o trabalho do artista brasileiro Candido Portinari podem ser consultados no site do Projeto Portinari, uma iniciativa criada pelo filho do pintor. Disponível em: <www.portinari.org.br>. Acesso em: 12 jan. 2018.

104


Orientações Pergunte aos estudantes se eles já usaram algum livro digital. Em caso de respostas afirmativas, procure saber o que eles acharam da experiência, se preferem os livros digitais ou os de papel e o motivo da preferência.

ULISSES FIGUEIREDO/YAN

Atualmente, o livro é produzido com a ajuda de computadores e muitos outros equipamentos. Em todo esse processo, várias profissões desapareceram, como a dos monges copistas. No entanto, outras foram criadas, como a de designer gráfico, a pessoa que, entre outras atividades, deve elaborar as capas dos livros. Hoje existem livros de diversos tipos, até mesmo em formato digital.

2 Complete o quadro.

Fazer livros: os trabalhadores Aquele que desapareceu

Aquele que surgiu

Monge copista

Designer gráfico

3 Você já leu um livro em formato digital? Se sim, conte sua experiência aos colegas e

diga se você prefere ler livros impressos ou digitais e o motivo da sua preferência. Resposta pessoal. HI

IA

Ó ST R

LIVRO

• A história do livro, de Ruth Rocha e Otávio Roth. São Paulo: Melhoramentos, 2005. Ao ler esse livro, você vai conhecer um pouco mais sobre a história do livro, os profissionais que trabalham nessa fabricação e as mudanças no trabalho deles ao longo do tempo. 105

Para ampliar No site da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), há um artigo relacionado aos livros, desde a Antiguidade até os dias atuais, incluindo contextualização sobre a versão digital. Apresente aos estudantes alguns trechos do artigo. Disponível em: <www.ebc.com.br/infantil/2016/02/conheca-historia-do-livro>. Acesso em: 08. ago. 2017.

105


À medida que o tempo passa, várias profissões se modificam ou desaparecem. Antes da energia elétrica, por exemplo, a iluminação das ruas era feita com lampiões a óleo. E havia um profissional só para acendê-los e apagá-los. Quando a eletricidade se tornou a principal fonte de energia usada nas cidades, surgiram novas profissões, como a do eletricista. O eletricista é um dos profissionais que trabalha para manter a iluminação nas ruas. Com o passar do tempo e as mudanças na tecnologia, atualmente não precisamos mais de uma pessoa para acender ou apagar a iluminação, pois isso acontece automaticamente quando o dia escurece.

FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL, RIO DE JANEIRO.

Retome com os estudantes a ideia das mudanças das profissões no tempo e a relacione com os avanços tecnológicos e as características dos tipos de trabalho no mundo atual.

3 Mudar com o tempo

Primeiras ocupações da manhã, pintura de Jean-Baptiste Debret, 1826. Aquarela sobre papel, 18,7 cm × 24,2 cm. Na obra, Debret retrata o acendedor de lampiões.

Com o avanço da tecnologia, algumas profissões desaparecem, e outras surgem. Na fotografia, um trabalhador instala equipamentos novos na rede de iluminação pública. Campinas (São Paulo), 2021. 106

Atividade complementar

Mapeando o trabalho ao redor do aluno Ao redor dos estudantes há uma série de trabalhadores em atividades remuneradas interligadas ao cotidiano escolar. Além dos familiares que trabalham dentro de casa e fora de casa provendo esses alunos, há o motorista do transporte escolar ou do transporte público que contribui com o deslocamento dos estudantes até a escola; há o agricultor que produz os alimentos que são consumidos por esses alunos; há os funcionários da escola; os professores; os trabalhadores que produzem os uniformes ou as costureiras que fazem as roupas. Proponha aos estudantes a confecção de um painel ilustrado que descreva essa grande cadeia de trabalhadores mobilizados para que os estudantes possam estudar. Se possível, exponha esse trabalho em uma área coletiva da escola, como, por exemplo, o pátio ou um corredor de grande circulação. 106

JOÃO PRUDENTE/PULSAR IMAGENS

Orientações


Orientações

Muitas pessoas, além de exercer atividades remuneradas, realizam trabalho voluntário, ou seja, ajudam pessoas em situações difíceis. Esses voluntários são guiados por princípios de solidariedade. Veja alguns exemplos: Dentistas do Bem: grupo de dentistas que atende gratuitamente crianças cujos cuidadores e familiares não possuem muitos recursos financeiros. Doutores da Alegria: a associação promove visitas de palhaços às crianças internadas em hospitais. Os artistas são remunerados pela organização, mas o hospital não paga nada pela visita.

A relação entre a atividade desempenhada e a realização pessoal nem sempre é perceptível, principalmente quando o trabalho está focado na remuneração para a sobrevivência. Muitas vezes, as crianças entendem o trabalho como uma obrigação e não exatamente como uma atividade que pode trazer realizações pessoais. Isso porque é muito comum ouvirem os adultos reclamando do trabalho e das responsabilidades cotidianas. Nesse sentido, é importante valorizar as experiências voluntárias como as descritas nesta página. Se possível, apresente aos estudantes iniciativas coletivas ou individuais de trabalho voluntário realizadas em seu município ou no bairro no qual está situada a escola.

DOUTORES DA ALEGRIA

Um jeito diferente de trabalhar

Avaliação Observar as respostas do estudante para essas questões, pois a partir dela você poderá identificar se o estudante conseguiu compreender o conceito de voluntariado.

Resposta pessoal. Essa atividade busca sensibilizar os estudantes para a prática da solidariedade por meio do HI

conhecem pessoas que se dedicam a trabalhos voluntários?

STÓR

reconhecimento do trabalho de pessoas que façam parte de seu convívio.

2 Você acha que esses trabalhos são

importantes? Justifique sua resposta. Resposta pessoal. Essa atividade promove o debate entre os estudantes sobre a importância da solidariedade, encorajando-os ao trabalho voluntário e à partilha cotidiana.

IA

1 Converse com os colegas: Vocês

SITE

• Doutores da Alegria No site, conheça alguns dos palhaços do grupo. Disponível em: doutoresdaalegria.org.br. Acesso em: 22 abr. 2021. 107

107


Juntar saberes 1 Observe este estudo para uma obra de arte de Candido Portinari que está na cidade de

DIREITO DE REPRODUÇÃO GENTILMENTE CEDIDO POR JOÃO CANDIDO PORTINARI

Cataguases, em Minas Gerais. Depois, responda às questões propostas.

Estudo para o mural As fiandeiras, de Candido Portinari, 1956. Essa obra está em uma praça da cidade de Cataguases (Minas Gerais).

Fiandeiras: pessoas que transformam a matéria-prima em fio.

a) Quem é o autor desse estudo? Candido Portinari.

b) Qual é o nome da obra de arte e em que ano ela foi realizada? As fiandeiras, 1956.

c) Qual trabalhador e que atividade são retratados no mural? Fiandeiras tecendo.

d) Você conhecia a profissão do fiandeiro? Conhece alguma pessoa que seja fiandeira? Resposta pessoal. É possível que estudantes das regiões Norte e Nordeste conheçam a 108

profissão. Estimule-os a compartilhar o conhecimento. Caso os estudantes nunca tenham visto um fiandeiro trabalhando, mostre fotos e vídeos que podem ser encontrados na internet.

Avaliação formativa A realização das atividades desta seção que fecha a Unidade irá continuamente possibilitar que você verifique a aprendizagem dos estudantes. Se os estudantes conseguirem realizar de maneira satisfatória a atividade 2, significa compreenderam o processo de produção de um objeto utilizado diariamente. Espera-se que os estudantes percebam que na fabricação do lápis há muito trabalho e o envolvimento de muitas pessoas até que o objeto possa ser utilizado na sala de aula, por exemplo. As etapas envolvidas no processo de fabricação do lápis são: plantio de árvores de reflorestamento, extração da madeira, corte da madeira em tábuas, abertura de canaletas nas tábuas, colocação de minas de grafite ou de lápis de cor, sanduíche de tábuas, processamento mecânico das tábuas em lápis, pintura dos lápis e caixa de lápis no comércio. É importante integrar os conteúdos trabalhados na unidade com a questão da identidade-profissional local.

108


2 Lápis e estudo têm várias coisas em comum. As cenas a seguir ilustram várias etapas

Orientações

da fabricação do lápis. Observe a sequência e, em seguida, faça a atividade solicitada.

Aproveite a oportunidade e chame atenção para o impacto ambiental da atividade.

2

Habilidade trabalhada: EF02HI11

3

ILUSTRAÇÕES: CIBELE QUEIROZ

1

5 4

7

6

• Escreva uma frase explicando cada etapa da fabricação do lápis, conforme

observado na representação acima, identificando como você imagina que o trabalho humano está envolvido em cada etapa. Espera-se que os estudantes percebam que na fabricação do lápis há muito trabalho e o envolvimento de muitas pessoas. As etapas envolvidas no processo de fabricação do lápis são: plantio de árvores de reflorestamento, extração da madeira, corte da madeira em tábuas, abertura de canaletas nas tábuas, colocação de minas de grafite ou de lápis de cor, sanduíche de tábuas, processamento mecânico das tábuas em lápis, pintura dos lápis e caixa de lápis no comércio.

109

109


Sobre esta unidade A Unidade tem como ponto de partida a análise de algumas características, e relações estabelecidas no mundo do trabalho, trata-se de um estudo feito por meio da análise e da comparação entre o trabalho no campo e na área urbana em diferentes contextos históricos, partindo do presente e da realidade do estudante.

8

UNIDADE

Tipos de trabalho e de trabalhador

O principal objetivo é que o estudante tenha a possibilidade de compreender a importância sócio-histórica de alguns setores produtivos, e possa compreender como os produtos desses setores estão inseridos em seu cotidiano. Esses conteúdos são importantes para que o estudante consiga perceber nuances da organização socioeconômicas do país; são assuntos de relevância que devem fazer parte do cotidiano do estudante, para que ele se ambiente e cresça tendo interesse em conhecer diferentes profissões e as contribuições sociais de cada uma delas. A forma de trabalhar, o tipo de indústria e ocupação existentes em um país, reflete a história desse lugar, por isso, é tão importante que o estudante conheça as raízes do trabalho em nossa sociedade, tema que será aprofundado em unidades dos próximos anos.

110

Objetivos da Unidade • Caracterizar o trabalho na zona rural e sua importância para a sociedade. • Entender as mudanças, os benefícios e os malefícios causados pela mecanização do campo. • Identificar as princ ipais características do trabalho e os processos de industrialização em diferentes lugares e momentos históricos. Habilidades trabalhadas: E F 0 2 H I 1 0 E F 0 2 H I 1 1 E F 0 2 H I 0 3

Proposta pedagógica O tema central desta unidade são algumas das características, e relações estabelecidas no mundo do trabalho. Para isso, buscamos proporcionar ao estudante a oportunidade de refletir sobre diferentes contextos históricos e ambientes, como campo e cidade, e assim oferecer a oportunidade de uma visão mais ampla para a reflexão deste tema. 110


ANEBARONE/YAN

Para começar... 1. Quais tipos de trabalho você identifica nesta imagem?

Resposta pessoal.

2. Inspirando-se na imagem, desenhe no caderno uma praça ou uma feira do bairro ou da comunidade em que você vive. Inclua nele os trabalhadores que você encontra nesses lugares. 2. O objetivo dessa questão é permitir que os estudantes reflitam sobre os tipos de trabalho e de trabalhador que encontram constantemente e identifiquem as atividades e como são realizadas.

Orientações Auxilie os estudantes na leitura da imagem. Peça a eles que identifiquem as pessoas que estão trabalhando e as que estão em momentos de lazer. Chame a atenção para o fato de que algumas ações praticadas pelas personagens podem ser de trabalho remunerado ou não (por exemplo, cuidar de pessoas com algum tipo de deficiência ou dos animais de estimação). O trabalho é parte integrante da realidade comum. Ao tratar desse conceito com estudantes dos primeiros anos do Fundamental 1 não podemos nos restringir apenas em discutir a importância do trabalho para a sobrevivência ou como elemento que transforma a matéria prima em produto, é preciso mostrá-lo também como um elemento orgânico ao cotidiano, como algo que está integrado à vida social das crianças. Elas realizam trabalho todos os dias, o tempo todo, por exemplo, ao executarem a higiene pessoal e vestirem suas roupas para irem à escola. Do ponto de vista social, essas ações são essenciais para o funcionamento do corpo coletivo.

111

Pré-requisitos • Compreender que o mundo do trabalho tem especificidades que distinguem de outros ambientes sociais. • Ter compreendido que o trabalho pode se dá em diferentes meios e contextos, e que ele também tem uma raiz histórica. • Ter repertório para poder compartilhar com o grupo sobre as experiências de trabalho no ambiente familiar. • Demonstrar curiosidade e iniciativa para dialogar, expressar opiniões e compartilhar histórias.

111


Se considerar oportuno, leve (ou solicite que a turma traga) frutas, verduras, legumes e grãos diversos. Peça aos estudantes que falem o que já sabem sobre os vegetais apresentados: nome, se é raiz, fruto ou folha, como se come, se está disponível o ano todo ou somente durante um período, se traz benefícios para a saúde etc. Complemente com informações sobre formas de plantio, origem e benefícios de cada vegetal. A atividade pode ser ampliada, se houver a possibilidade, com a preparação conjunta de uma salada de folhas ou de frutas. Aproveite e trabalhe conteúdos de Ciências. Você poderá enriquecer a aula deixando que os estudantes assistam esse conjunto de vídeos sobre alimentação saudável: http://www.comerpraque.com. br/biblioteca/serie-de-videos-educativos-com-o-tema-alimentacao-adequada-e-sauda Acesso em: 10.ago.2021.

1 O trabalho no campo Até chegar ao nosso prato, os alimentos passam por diversas etapas. Observe, no exemplo, o processo de produção de um pãozinho doce. Um dos ingredientes de um pão doce é o trigo. Para obtê-lo, é preciso preparar o solo, plantar sementes e cuidar do crescimento dele até a fase da colheita. Há muitas máquinas que ajudam as pessoas nessas etapas.

Depois de colhido, o grão do trigo é separado da palha; em seguida, é moído para se transformar em farinha e, por fim, é peneirado e transportado para muitos lugares.

A farinha de trigo é usada no preparo de muitos alimentos. Para fazer o pão doce, ela é misturada a outros ingredientes, formando a massa, que é assada e, depois, vendida.

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Tema contemporâneo Aproveite a oportunidade e explique aos estudantes, que a alimentação adequada é um Direito Humano, e que dentro desse contexto, a educação alimentar e nutricional tem a intenção de promover a prática autônoma de hábitos de alimentação saudável, considerando as diferentes fases do desenvolvimento humano.

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ELEGANT SOLUTION/SHUTTERSTOCK

Orientações


Orientações

CHICO FERREIRA/PULSAR IMAGENS

As máquinas e o trabalho

MARIO FRIEDLANDER/PULSAR IMAGENS

Desde a época em que moravam em cavernas, os seres humanos utilizam ferramentas para facilitar o trabalho. Com o passar do tempo, diferentes sociedades desenvolveram variados tipos de ferramenta. Os instrumentos agrícolas, por Na agricultura familiar, como vemos nessa plantação de hortaliças, utilizam-se exemplo, foram se tornando cada vez poucos instrumentos. Venda Nova do mais tecnológicos, acompanhando o Imigrante (Espírito Santo), 2019. desenvolvimento da industrialização. O uso de máquinas sofisticadas no campo ajudou bastante o aumento da produção agrícola. Esse processo passou a ser conhecido como mecanização do campo. O uso das máquinas no campo contribuiu para o aumento da produção, mas também causou alguns problemas. Um deles é que, para mecanizar a produção, é preciso comprar equipamentos que custam muito caro. Por causa disso, os pequenos proprietários de terra ficam em desvantagem: além de possuir menos terras, como não dispõem de máquinas, eles produzem menos, o que faz o custo de seus produtos ser maior. Os trabalhadores que não são proprietários das terras também são prejudicados. Afinal, as máquinas, muitas vezes, substituem seu trabalho ou parte dele. Com isso, essas pessoas têm menos oportunidades de trabalho. 1 Que tipos de ferramenta agrícola você conhece? A atividade tem o objetivo de verificar o conhecimento prévio dos estudantes sobre o trabalho no campo. 2 Você conhece alguém que trabalha no campo?

Se sim, que tipo de trabalho essa pessoa realiza? Você já viu como ela trabalha?

A utilização de grandes máquinas na colheita diminui a quantidade de trabalhadores. Sapezal (Mato Grosso), 2021.

Aqui, os estudantes devem ser estimulados a contar sua experiência. É possível que aqueles que vivem em grandes centros urbanos não tenham contato com trabalhadores do campo. Se possível, mostre imagens desses trabalhadores em atividade. Caso algum deles tenha contato com trabalhadores do campo, peça que conte um pouco sobre suas atividades para a turma.

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Atividade complementar Organize um pequeno debate com os estudantes sobre a importância do trabalho no campo, em especial nas pequenas propriedades. Estimule-os com perguntas como: “Seria possível a vida nas cidades sem as atividades rurais?”; “Valorizamos mais as atividades rurais ou as urbanas? Por quê?”. Finalize incentivando uma postura crítica e de valorização do trabalho e do trabalhador rural.

Avaliação: Observar as respostas do estudante para essa questão, pois pode ajudar a identificar quais são os conhecimentos prévios que o estudante tem sobre o trabalho e a vida no campo; esses conhecimentos indicam o meio cultural no qual ele está inserido.

Ao longo da história, o trabalho tem sido um elemento decisivo da identidade e da própria definição do humano, mesmo quando, aparentemente, os avanços tecnológicos coloca em dúvida essa perspectiva. Os seres humanos sempre buscaram meios de aproveitar a sua força produtiva e criativa. Hoje a enxada pode até parecer uma ferramenta obsoleta, principalmente quando comparada às máquinas robotizadas. Entretanto, se fizermos um esforço de imaginação, voltando há milhares de anos, perceberemos que esse instrumento representou um grande avanço tecnológico, facilitando em muito o trabalho humano no preparo da terra para as plantações. Proponha uma análise conjunta das fotografias e peça a eles que se expressem em relação às mudanças ligadas ao trabalho no campo, com base nas imagens. Explique que, assim como o desenvolvimento da tecnologia mudou nossas habitações e os objetos que usamos em nosso cotidiano, no campo ocorreu, e ainda ocorre, um processo semelhante. Várias máquinas foram criadas para substituir a mão de obra humana. Nesse sentido, retome a ideia trabalhada na Unidade 7, sobre profissões que são substituídas por outras. No entanto, chame a atenção dos estudantes para o fato de que, nas pequenas propriedades rurais, onde não existem essas máquinas, o plantio, a colheita e todo o cuidado necessário com a terra é feito por pessoas. Não deixe de chamar a atenção do estudante para o impacto ambiental da atividade. Habilidade

trabalhada:

EF02HI11

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É importante chamar a atenção do estudante para o impacto ambiental causado por agrotóxicos.

Avaliação: Observar as respostas do estudante para essa questão, pois pode ajudar a identificar como o estudante se posiciona quando o assunto é preservação do meio-ambiente; também ajudar identificar o que ele sabe sobre o uso de agrotóxicos nas plantações e suas consequências; são conhecimentos contemporâneos de grande importância, que merecem atenção e destaque. Habilidade EF02HI11

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trabalhada:

Cuidados agrícolas A produção agrícola precisa ser desenvolvida com bastante responsabilidade para garantir a preservação da natureza. MAYTHEE VORAN/SHUTTERSTOCK

Explique aos estudantes que, desde a chegada dos europeus ao Brasil, entre os séculos XIX e XX, a principal característica da zona rural é a concentração de grandes propriedades de terra nas mãos de poucas pessoas. Dessa forma, os donos de pequenas propriedades são bastante prejudicados, muitas vezes não conseguindo concorrer com as grandes propriedades (que possuem máquinas, insumos e dinheiro para investimentos), e, assim, perdem suas terras. Comente também que a concentração de terras e a mecanização do campo levam muitos trabalhadores e suas famílias a deixar a zona rural e a morar nos centros urbanos em busca de melhores condições de vida. É importante que eles saibam, que a agricultura familiar contribui com grande parte dos alimentos que consumimos; trata-se de uma prática feita em pequenas propriedades rurais nas quais famílias são os trabalhadores que cuidam de todo o processo de produção, desde o plantio até a venda da produção, de produtos como: verduras, frutas, leite e ovos e algumas carnes, como porco, frango e coelho.

Vista aérea de uma grande propriedade rural em Queensland, Austrália.

Há vários cuidados que precisamos ter para garantir uma produção agrícola sustentável. • Não realizar queimadas para a abertura de novas áreas agrícolas, pois a destruição da vegetação nativa causa a redução da biodiversidade e a extinção de espécies animais e vegetais, além de desertificação e erosão do solo e redução dos nutrientes presentes nele. • Evitar o uso de defensivos agrícolas, também conhecido como agrotóxicos, pois o uso de produtos químicos pode ser prejudicial aos Trabalhador rural aplica defensivos agrícolas seres vivos, além de contaminar e em plantação de pimentão. Ribeirão Branco poluir o solo, a água e o ar. (São Paulo), 2019. ADRIANO KIRIHARA/PULSAR IMAGENS

Orientações

1 Na sua opinião, qual é a importância de planejar a produção agrícola de forma sustentável? Espera-se que os estudantes tenham compreendido que é necessário refletir a respeito da importância de a produção agrícola ser sustentável, pois estamos contaminando o solo, a água e o ar e desmatando em larga escala a vegetação natural, e essas atitudes colocam em risco a vida de 114 diversos seres vivos, incluindo a do próprio ser humano.


Orientações

2 O trabalho na fábrica

COLEÇÃO PARTICULAR

A fotografia desta página é do bairro do Brás, em São Paulo, em 1913. Naquela época, existiam no bairro muitas fábricas com suas chaminés. Também havia moradias simples, muitas delas ocupadas por trabalhadores das indústrias, empregados do comércio e vendedores ambulantes. Entre as fábricas localizadas ali, destacavam-se as tecelagens, que produzem tecidos.

Bairro do Brás em São Paulo (São Paulo), 1913. 1 Na sua cidade existem fábricas? Elas estão localizadas próximo à sua casa? Resposta de acordo com a localização da casa do estudante.

2 Alguém da sua família trabalha ou trabalhou em uma fábrica? Em casa, converse

com seus familiares para descobrir essa informação. Caso alguém tenha trabalhado, pergunte: Qual é(era) o trabalho? O que a fábrica produz(produzia)? HI

IA

Ó ST R

Verifique se os estudantes sabem o significado de tecelagem; em caso negativo, peça que o procurem no dicionário e o copiem para seus cadernos. Habilidades trabalhadas:

LIVRO

• Nas ruas do Brás, de Drauzio Varella. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2000. A obra narra a história de um menino que nasceu e cresceu nas ruas do Brás e foi ao médico, pela primeira vez, aos 6 anos de idade. 2. Aqui, os estudantes devem deve ser estimulados a refletir sobre profissões e atividades produtivas de seus familiares ou de outros estudantes com quem convive, identificando diferentes modos de trabalho.

Explique aos estudantes que o bairro do Brás fica na cidade de São Paulo e se tornou conhecido pelo grande número de imigrantes europeus que recebeu entre o final do século XIX e meados do século XX. Nesse bairro existiam fábricas, e os trabalhadores moravam nos arredores delas. Atualmente, o bairro é caracterizado por atividades de comércio. Nele existia a Hospedaria dos Imigrantes, local onde os imigrantes ficavam logo após a viagem de navio ao Brasil até serem contratados, em sua maioria, pelos produtores de café do interior do estado. Atualmente, a antiga hospedaria é o Museu do Imigrante, aberto ao público, com várias exposições sobre a história do estado de São Paulo, de sua capital e da imigração. Disponível em: <www. museudaimigracao.org.br>. Acesso em: 09. ago. 2021.

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EF02HI03

EF02HI10

Avaliação: Observar as respostas do estudante para essa questão, pois pode ajudar a compreender se ele estabelece relações presente x passado, se ele consegue situar pontos de mudanças e permanência com os postos de trabalho da atualidade.

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Orientações

1

ESTAÇÃO CONTEÚDO

No Brasil, o número de fábricas começou a aumentar depois de 1870. As indústrias de tecido e de alimento eram algumas das mais importantes e estavam concentradas em cidades como Rio de Janeiro e São Paulo. Com o passar do tempo, outras indústrias foram surgindo e diferentes produtos passaram a ser fabricados no Brasil. Observe as imagens abaixo e preste atenção nos trabalhadores, no modo que se vestem e nas ferramentas que utilizam. 2 COLEÇÃO PARTICULAR

Explique brevemente aos estudantes que, até a segunda metade do século XIX, a maioria dos produtos industrializado consumidos no Brasil era importado de países como Portugal e Inglaterra, mais desenvolvidos nesse setor. Com os lucros obtidos por meio da produção e venda de café, o Brasil começou a ter mais indústrias, localizadas nas grandes cidades, especialmente na região Sudeste.

Os trabalhadores das indústrias

Mulheres trabalham na indústria automobilística brasileira. São Paulo (São Paulo), 1964.

Fábrica no Brás, em São Paulo (São Paulo), no final do século XIX.

1 Nas fotografias, você encontrou trabalhadores que são: X

crianças.

X

adultos.

2 Assinale os trabalhadores que você identifica nas fotografias.

Imagem

Mulheres

Homens

1

X

X

2

X

116

Para o professor GATTAI, Z. Anarquistas graças a Deus. São Paulo: Companhia das Letras, 2010. Nesse livro, que mistura biografia e memória, a autora faz um resgate da história e da identidade dos imigrantes italianos que chegaram ao Brasil na virada do século XIX para o XX, destinados às lavouras de café no interior do estado de São Paulo.

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Orientações

A indústria atual

ALEX TAUBER/PULSAR IMAGENS

A atividade industrial é muito importante para a economia de um país, pois emprega muitos profissionais, com diferentes conhecimentos, para exercer cargos diversos e receber diferentes salários. De acordo com os tipos de produto que fabricam, as indústrias são classificadas em: indústrias de bens de produção e indústrias de bens de consumo. A indústria de bens de produção transforma elementos da natureza em produtos que servirão de matéria-prima às indústrias de bens de consumo.

Conte aos estudantes, que a atividade industrial é considerada essencial para a economia de qualquer país, pois ela gera empregos, e aquece a economia. Trata-se de uma atividade econômica que surgiu na Primeira Revolução Industrial, entre os séculos XVIII e XIX, na Inglaterra. Uma de suas principais características é utilizar a força humana, máquinas e energia para operar. A indústria pode ser classificada em 3 estágios principais: 1. Artesanato, em que o próprio artesão produz e comercializa seus produtos. 2. Manufatura, fase na qual surgiu a divisão de trabalho, em que cada operário passou a ter responsabilidades por uma parte da produção;

Produção de barras de aço para a construção civil. Marabá (Pará), 2019.

Já as indústrias de bens de consumo são aquelas que fabricam produtos voltados diretamente aos consumidores. Nesse sentido, a expansão industrial traz vários benefícios para a população, pois oferece muitos empregos e, geralmente, quando instalada em uma região, promove significativa melhoria na infraestrutura local. No entanto, ela também pode provocar problemas ambientais, como emissão de gases tóxicos que poluem o ar e os rios, por causa do descarte de resíduos industriais sem tratamento. 1 Olhe ao redor e identifique os tipos de produto presentes no ambiente.

Quais deles são produções de indústrias de bens de consumo e quais são de indústrias de bens de produção? Resposta de acordo com o contexto. De forma geral, é esperado que os estudantes concluam que a maioria ou a totalidade provém de indústria de bens de consumo.

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3. Maquinofatura, fase em que as máquinas e demais fontes de energia começam a dividir espaço com as pessoas, fazendo surgir as especializações do trabalho. Após esta última fase, a tecnologia começou a se desenvolver ainda mais rapidamente, assumindo atividades que, até então, eram realizadas manualmente. Na atualidade, já se fala na Quarta Revolução Industrial, fazendo surgir o conceito de indústria 4.0. Ela se caracteriza por unir 3 fatores à sua linha de produção: grande avanço tecnológico, digitalização e inovação.

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Soja brasileira: agricultura e indústria

Para ampliar os conhecimentos dos estudantes, caso você julgue necessário, explique, que a primeira referência ao grão de soja como alimento, é de mais data de 5.000 anos, na China.

A soja é um dos principais produtos agrícolas do Brasil. A grande produção brasileira de soja é um dos resultados do processo de mecanização das lavouras e contribuiu para modernizar o sistema de transportes e melhorar as técnicas de trabalho com esse grão.

A adoção da soja como alimento no Ocidente, ocorreu de forma lenta. No século XVIII, pesquisadores europeus passaram a estudar os brotos de soja para a produção de óleo e nutriente animal. O cultivo teve início nos primeiros anos do século XX, nos Estados Unidos, e na segunda década do século XX o alto teor de óleo, e a quantidade de proteína do grão passaram a chamar a atenção das indústrias mundiais. Somente após o final da Primeira Guerra Mundial, em 1919, que a soja se tornou um produto de comércio exterior de grande importância.

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A soja é um grão. Há plantações de soja em quase todos os estados brasileiros.

Nos últimos anos, a produção e a comercialização de soja estimularam o processo de mudança de muitos trabalhadores para o interior do país. O cultivo desse grão contribuiu para a construção de melhorias na infraestrutura das cidades onde as indústrias de transformação de soja se instalaram. SÉRGIO RANALLI/PULSAR IMAGENS

Para o povo chinês nos anos 200 antes de Cristo, o grão já era a matéria-prima essencial para a produção do tofu, o leite de soja coalhado. Por milhares de anos, a proteína vegetal, o leite, o queijo, o pão e o óleo de soja são essenciais na alimentação dos chineses. Além disso, por muito tempo, a soja foi uma espécie de moeda, porque era vendida à vista ou trocada por outras mercadorias.

NNATTALLI/SHUTTERSTOCK

Orientações

Indústria de produção de óleo de soja em Cambé (Paraná). 118


MUHAMMAD_SAFUAN/SHUTTERSTOCK VELYCHKO_1964/SHUTTERSTOCK

A soja é uma matéria-prima muito utilizada na produção de cosméticos, na indústria farmacêutica e na produção de adubo, adesivos, tintas e plásticos. Na indústria alimentícia, a soja é matéria-prima de produtos como óleo, margarina, sorvete, farinha, tofu, entre outros alimentos, e A lecitina de soja, obtida durante a produção de óleo de soja, é um medicamento natural vendido também é usada na produção de em cápsulas. ração para animais. Assim, muitos empregos no campo e na cidade estão relacionados à produção da soja, pois ela serve de matéria-prima para diferentes indústrias.

Orientações Para ampliar os conhecimentos dos estudantes, caso você julgue oportuno, explique que com a inclusão de genes de resistência a agrotóxicos em certos produtos transgênicos, as pragas e as ervas-daninhas poderão desenvolver a mesma resistência, tornando-se superpragas e superervas. Essa situação é comum, por exemplo, com um tipo de soja que se chama Roundup Read, ela tem como características resistir à aplicação do herbicida glifosato. Logo, ocorre necessidade de aplicação de maiores quantidades de veneno nas plantações, o que representa maior quantidade de resíduos tóxicos em nossos alimentos. Os prejuízos para o meio ambiente também são importantes, pois ocorre maior poluição dos rios e solos e desequilíbrios nos ecossistemas.

Muitos produtos derivados da soja fazem parte da nossa alimentação, como o óleo de soja, muito utilizado na preparação de alimentos, o leite de soja, a farinha e o tofu. 119

119


Orientações Conte aos estudantes que a maçã é utilizada na produção de diversos tipos de doces, geleias, compotas, bebidas e vinagre. Na indústria processadora, o suco é considerado um dos principais produtos. O vinho de maçã, além do consumo direto, constitui a base para outras bebidas alcoólicas.

1

IMLUCKY/SHUTTERSTOCK

• Observe o modo de produção do suco de maçã. 2

3

No Brasil, a casca da maçã tem como principal destino tornar-se adubo orgânico, ou a utilização como ração animal. Uma série de estudos avalia seu aproveitamento na fabricação de álcool e fibras para enriquecimento de alimentos.

SUCO DE MAÇÃ

4

5

SUCO DE MAÇÃ

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SUCO DE MAÇÃ

SUCO DE MAÇÃ

SUCO DE MAÇÃ SUCO DE MAÇÃ

a) Quais etapas dessa produção ocorrem no campo? X

1

X

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3

4

5

6

5

6

b) Quais etapas dessa produção ocorrem na indústria? 1

2

X

3

4

c) Quais etapas dessa produção têm trabalhadores envolvidos? X

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1

X

2

X

3

X

4

X

5

X

Como complemento a essa atividade, você pode solicitar aos estudantes que nomeiem os trabalhadores de cada etapa. Por exemplo, etapa 1: agricultores; etapas 2, 4 e 5: trabalhadores da área dos transportes; etapa 3: operários; etapa 6: comerciantes.

Atividade complementar Proponha para o grupo a seguinte advinha: O que é vermelho ou verde, redondo e as vezes doce as vezes azedo? Resposta: Maçã.

120

6


Orientações

História em ação

Para iniciar o trabalho, convide os estudantes a pensarem em como este livro foi feito, aproximando a temática estudada de sua vivência. Pergunte, por exemplo, se eles imaginam quantos trabalhadores estiveram envolvidos na feitura do livro didático que os acompanhou ao longo do ano.

O livro impresso passou por várias inovações técnicas ao longo da História até chegar ao formato que conhecemos hoje. Essas transformações permitiram melhor conservá-los e facilitaram seu manuseio. Você aprendeu que, com trabalho, tudo se transforma. Pois bem, já pensou em transformar papel em livro? Esta é a proposta da atividade que você vai fazer agora. Para produzir seu livro de adivinhas das profissões, siga as instruções.

BRUNA FAVA

Material necessário

Quem escreveu o texto? A pessoa que elaborou as ilustrações. E as imagens, quem escolheu? E quem juntou e organizou todos esses materiais? Foi uma única pessoa, um único trabalhador, ou um conjunto deles?

• Folhas de sulfite A4

Leve-os a perceberem o quanto é complexa a produção de um livro, desde o momento em que começou a ser escrito pelo autor até ser impresso na gráfica, para ser distribuído às escolas.

• Cartolina • Régua • Pincel • Tintas • Elásticos • Canetas hidrocor

Por fim, convide-os a experimentar um pouco de tudo isso, e a produzirem seu próprio livro.

• Furador de papel • Tesoura com ponta arredondada

121

121


Orientações

Ao trabalho!

Auxilie os estudantes na produção do livro, principalmente aqueles que encontrarem dificuldade ou apresentarem resistência na execução das habilidades manuais. Neste caso, é possível organizá-los em duplas, para que os mais habilidosos ajudem os colegas.

1. As folhas de sulfite serão utilizadas para confeccionar as páginas do livro de adivinhas. Elas podem ter as suas cores preferidas. Agrupe-as em blocos de quatro folhas e dobre-as ao meio. Assim, o livro terá dezesseis páginas.

Oriente os estudantes sobre os tipos e os conteúdos dos livros. Sugira que cada estudante escolha um tema para produzir o livro, que pode ser desenvolvido ao longo do semestre. Estimule a criatividade dos alunos, propondo que escrevam poesias, pequenas histórias ou façam pinturas, colagens etc.

3. Em seguida, recorte a cartolina para fazer a capa e a quarta capa. Ambas devem ter a mesma medida das páginas do livro. Após cortá-las, peça ao adulto que faça os furos na mesma posição dos blocos de papel.

Produza um sarau com os estudantes para que eles possam divulgar suas histórias para toda a turma e também conhecer o trabalho dos colegas. Incentive que eles troquem os livros de modo que as histórias possam ser lidas por todos.

8. Quando seu livro de adivinhas estiver pronto, você poderá brincar com sua família e os colegas de outras turmas. Para isso, você fará a pergunta, e eles terão de descobrir a resposta.

2. Agora, você vai precisar da ajuda do professor ou de outro adulto. No lado da dobra de cada bloco, utilizando o furador, faça ao menos três furos. Utilizando uma régua, marque a distância de 1 cm da margem para marcar os furos. Eles devem ser distribuídos uniformemente na margem da dobra e colocados na mesma posição em todos os blocos. Depois, empilhe os blocos de modo que os furos fiquem no mesmo lado.

4. Use a criatividade para pintar a capa. Escolha um tema para o livro, faça a pintura e aguarde a tinta secar. 5. Junte o verso da capa, os blocos de papel e a capa, com os furos na mesma posição. Amarre um elástico em cada furo para finalizar a encadernação. 6. Na sequência, você deve copiar uma das adivinhas de profissão da página 123. Invente também suas próprias adivinhas.

BRUNA FAVA

7. Após matar a charada, ilustre o profissional que representa a resposta.

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Advinhas

Orientações

De cáries não gosto nada. Dentes, tenho de tirar... Se os meninos não tiverem cuidado, sem dentes vão ficar. Quem sou eu? Dentista.

As advinhas solicitam do estudante a utilização de conhecimentos sociais, culturais e linguísticos, pois desafia e estimula conteúdos de língua portuguesa. Como exemplo, conteúdos de figuras de linguagem, metáforas, processos de formação de palavras entre outros, instigando o estudante à aprendizagem da morfologia de maneira lúdica e não decorativa; leitura e interpretação de textos, por meio da construção de inferências por meio da interrelação entre linguagem, motivação e contexto no qual o estudante está inserido; e ortografia das palavras., além de ser uma forma de brincar e deixar o conteúdo lúdico e participativo.

Muita cola e muitas solas... Uns acompanhados, outros sem par... Uns baixos, outros altos, para eu consertar. Quem sou eu? Sapateiro. Passo o dia no fogão... Com tachos e panelas A fazer muita comida, para eles e para elas. Quem sou eu? Cozinheiro. Passo o dia a ajudar E os males a tratar O estetoscópio e o termômetro vou utilizar. Quem sou eu? Médico. Ando sempre com muita pressa De porta em porta a bater Trago boas ou más notícias Dou novidades a conhecer. Quem sou eu? Carteiro. Linha e pano todo o ano Passo eu a costurar Faço calças e casacos Quem sou eu? Costureiro.

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Avaliação formativa

1 Observe as imagens e responda às questões.

Colheita de café, de Johann Moritz Rugendas, 1835. Litografia, 24,7 cm × 31 cm.

A atividade 2 permite que você identifique se o estudante compreender o que são produtos industrializados, essa percepção é bastante importante, pois está relacionado a ter compreendido a função da indústria. A atividade 3, permite que você perceba se o estudante consegue fazer a leitura socioeconômica de um operário, se compreendeu tratar-se de um cotidiano desgastante, e com muitos desafios. É bastante importante perceber se o estudante está maduro para identificar que existem desníveis socioeconômicos e que eles podem ser identificados inclusive pelo ofício desempenhado.

Colheita mecanizada de café em Gália (São Paulo), 2019.

a) Qual é a data de cada imagem? Quanto tempo se passou entre as duas imagens? A imagem da obra Colheita de café é de 1835, e a foto da colheita mecanizada de café é de 2019. Entre os registros das duas imagens passaram-se 184 anos.

b) Comparando as imagens, que mudanças você identifica no trabalho da colheita de café? Enquanto em 1835 a colheita era feita manualmente e por muitos trabalhadores, em 2019 o trabalho é feito por máquinas operadas por poucas pessoas. Para explicar aos estudantes como ocorreram as mudanças, você pode mencionar aspectos como o avanço tecnológico e a busca pela diminuição do custo com mão de obra. 2 Faça uma lista de cinco produtos industrializados que você costuma consumir. O objetivo é levar os estudantes a perceber quanto a vida deles está relacionada às dinâmicas industriais. Ajude-os a identificar os produtos e percorrer esse caminho. Para reforçar, converse sobre os itens consumidos por todos diariamente.

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ALF RIBEIRO/SHUTTERSTOCK

Se os estudantes conseguirem realizar de maneira satisfatória a atividade 1, significa compreenderam os conceitos de ruptura e permanência; que conseguem estabelecer relações de passado x presente. Caso perceba que esses conceitos não tenham ficado claros, retome cada um deles, e se disponha à tirar as dúvidas.

Juntar saberes IEB/USP, SP

A realização das atividades desta seção que fecha a Unidade irá continuamente possibilitar que você verifique a aprendizagem dos estudantes.


3 Leia a letra da canção a seguir.

Se possível, reproduza a canção em sala de aula, para os estudantes ouvirem e cantarem. É possível encontrá-la na internet.

Se possível, reproduza a canção em sala de aula, para os estudantes ouvirem e cantarem. É possível encontrá-la na internet.

Você conhece o pedreiro Valdemar? Não conhece? Mas eu vou lhe apresentar. De madrugada toma o trem da Circular Faz tanta casa e não tem casa pra morar. Leva a marmita embrulhada no jornal Se tem almoço, nem sempre tem jantar. O Valdemar, que é mestre no ofício, Constrói um edifício e depois não pode entrar. O pedreiro Valdemar. Compositores e intérpretes: Wilson Batista e Roberto Martins. Continental, 1948.

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O AR AM

a) Qual é a profissão de Valdemar? Valdemar trabalha na área da construção, ele é pedreiro.

b) Quais são as dificuldades enfrentadas por Valdemar em seu cotidiano? Valdemar tem de acordar de madrugada para trabalhar. Não tem casa própria para morar e nem sempre tem jantar.

c) Valdemar pode usufruir os bens que constrói com seu trabalho? Justifique sua resposta. Não. Segundo o texto, Valdemar constrói prédios, mas não pode entrar nesses ambientes nem tem casa para morar.

d) Você acha justa a situação vivida por Valdemar? Na sua opinião, o que deveria ser modificado na vida desse profissional. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes tenham compreendido que Valdemar sofre com a injustiça social e deveria ser mais bem remunerado para que pudesse ao menos ter uma moradia digna.

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A atividade 1 é uma adivinha e tem como função ser uma charada desafiadora, que faz o estudante refletir e se divertir. As adivinhas são parte da cultura popular e do folclore nacional. Esses textinhos divertidos foram criados para a prática oral. Trata-se de um tipo de atividade que possibilita a você trabalhar o sistema de escrita alfabética.

PARA FINALIZAR 1 Resolva o enigma e depois faça o que se pede.

O que é, o que é? Tem cauda, mas não é cão; não tem asas, mas sabe voar. Se a largam, não sobe, e sai ao vento a brincar. Domínio público.

Por meio dos textos da adivinha, o estudante pode exibir o que ele conhece de letras, sílabas (iniciais, mediais e finais), o significado das palavras, das expressões com linguagem figurada, o sentido das frases e, especialmente, as perguntas, marcadas pelo ponto de Interrogação.

KID_GAMES_CATALOG/SHUTTERSTOCK

a) Pinte o brinquedo a que o enigma se refere.

b) Esse brinquedo é novo ou antigo? Antigo.

A advinha dessa atividade possibilita que você perceba características da cultura popular do estudante, se consegue identificar a pipa como um brinquedo antigo de uso individual. Caso você perceba dificuldades, retome com os estudantes nomes de brinquedos antigos que são comuns até a atualidade. Certamente o grupo terá a resposta e o compartilhamento ajudará aqueles que originalmente tinha dúvidas. Habilidade

c) Esse é um brinquedo de uso coletivo ou individual? Individual. 2 Desembaralhe as sílabas e depois faça o que se pede.

NA VAL CAR TA FES

JU NA NI

MEN CA TO SA

a) Quais palavras você descobriu? Carnaval, festa junina e casamento.

b) O que essas palavras representam? Essas palavras representam festividades.

trabalhada:

EF02HI05

A atividade 2 tem muitas funções. Entre elas, podemos citar: • Estimular a memorização da escrita. • Incentivar o processo de formação das palavras por meio das junções silábicas. • Oferecer a oportunidade de comparar as palavras e compreender o processo de estrutura das palavras.

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• Incentivar o desenvolvimento da capacidade de juntar sílabas para formar palavras. • Estimular a identificação e a diferenciação das letras que compõem o alfabeto. • Incentivar o desenvolvimento e a o aprimoramento da leitura e escrita. • Promover o processo de compreensão da estrutura das palavras. Caso o estudante não consiga realizar a atividade, você pode ajudá-lo na formação da palavra solicitando que ele circule a sílaba inicial e a final, e depois que separe as sílabas, retomando o conteúdo. Após conseguir formar as palavras é essencial identificar que elas representam festividades. Habilidade trabalhada:

EF02HI02


A atividade 3 traz a oportunidade de verificar se os estudantes conseguem diferenciar as moradias das demais construções. É bastante importante fazer essa verificação para garantir que os estudantes conseguirão crescer em conhecimentos nos próximos anos que aprofundarão o tema da comunidade, dos espaços públicos e dos espaços privados e domésticos.

CUBE29/SHUTTERSTOCK

3 Observe as imagens e faça o que se pede.

a) As ilustrações representam: prédios históricos.

X

Habilidade

moradias.

trabalhada:

EF02HI01

estabelecimentos comerciais. b) Pinte as imagens que representam construções que você já teve a oportunidade de visitar. Resposta pessoal. c) Contorne as ilustrações que têm mais semelhança com o lugar onde você mora. Resposta pessoal.

VECTORS BANG/SHUTTERSTOCK

4 Observe as ilustrações e responda às questões.

a) Assinale com um X os profissionais que existem na sua comunidade. Resposta pessoal. b) Contorne de vermelho a pessoa que trabalha na área da alimentação.Contornar a cozinheira. c) Contorne de verde os profissionais que cuidam da segurança da comunidade. Contornar o policial e o bombeiro.

A atividade 4 traz a oportunidade de verificar se os estudantes reconhecem as profissões representadas na ilustração. Caso você identifique dificuldades, perceba se: • Os estudantes socializam seus conhecimentos sobre as profissões e os relacionam aos instrumentos necessários em cada uma delas? • Eles interagem com os colegas, e expressam opiniões e escutam e respeitam as dos colegas, buscando informações? Garanta que esses processos ocorram, pois dessa maneira é mais fácil que alcancem a compreensão e as respectivas respostas. Habilidade

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trabalhada:

EF02HI10

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